Jornal Cocamar Julho 2023

SUSTENTABILIDADE
Cocamar lança seu Relatório ESG
Documento contempla as principais informações sobre o desempenho
e as práticas de gestão ambiental, social, econômico e de governança
Com 123 páginas e um
completo e detalhado
conteúdo, o Relatório
de Sustentabilidade
ESG Cocamar 2022 foi lançado
dia 30/6, em Maringá, durante
reunião da Diretoria Executiva
com os conselhos de Administração,
Fiscal e Consultivo. O documento
contempla as principais
informações sobre o desempenho
e as práticas de gestão
da cooperativa nos aspectos
ambiental, social, econômico e
de governança.
DOCUMENTO - Referente ao
período de 1º de janeiro a 31 de
dezembro do último exercício,
trata-se da primeira publicação
anual da Cocamar elaborada
com base nas normas GRI (Global
Reporting Initiative), principal
estrutura de indicadores de sustentabilidade
adotada por organizações
em todo o mundo. São
critérios que facilitam o acompanhamento
da gestão dos
temas materiais ao longo dos
anos, garantindo comparabilidade
dos dados. Complementam
o documento outros dois
relatórios – de gestão e balanço
financeiro – publicados desde
2001.
SUPERAÇÃO - Ao fazer a apresentação
do Relatório, o presidente
executivo Divanir Higino
destacou que o último exercício
foi de superação, como efeito
ainda das consequências do
longo período de pandemia da
Covid-19 e seus reflexos para o
mercado em geral, evidenciados
pela escassez de crédito, as dificuldades
logísticas, a forte alta
dos custos de matéria-prima e a
inflação. Somando-se a tudo
isso, a eclosão do conflito entre
a Rússia e a Ucrânia, no último
ano, criou um cenário de preocupação
em todo o mundo, além
de dificultar o escoamento de
vários itens alimentares.
CRESCIMENTO - Higino ressaltou
que, mesmo assim, a Cocamar
manteve em 2022 o seu
crescimento – registrando um
avanço de 15% sobre os números
do exercício anterior - com o
retorno de resultados aos cooperados.
Completando, o presidente
executivo afirmou que o
ano marcou também o avanço
da cooperativa na Agenda ESG,
reforçando o compromisso assumido
com os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável
(ODS) em 2020, ao se tornar signatária
do Pacto Global da Organização
das Nações Unidas
(ONU).
INTERATIVIDADE - Uma das
novidades do documento é a
interatividade, permitindo, por
exemplo, que o leitor, ao clicar
em um índice, acesse os temas
apresentados e que, além da
mensagem do presidente e informações
sobre o relatório, incluem
dados da Cocamar, inovação
e tecnologia, governança
corporativa, ética e transparência,
ambiental, social, saúde e
segurança e sumário GRI.
Acesse o QRCode para ver
o Relatório na íntegra
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PALAVRA DO PRESIDENTE
Conquistas importantes
reconhecem a excelência
do trabalho da Cocamar
A cooperativa agropecuária é a única do País a fazer parte do seleto ranking
das Melhores Empresas para Trabalhar, no segmento Agronegócio
Três acontecimentos recentes e de
grande relevância, envolvendo a
Cocamar, ressaltam, de um lado,
o alto nível de motivação e a qualidade
do ambiente de trabalho oferecido
ao nosso quadro de colaboradores; de
outro, a excelência do trabalho que vem
sendo prestado aos produtores pela
nossa concessionária de máquinas agrícolas
e, por último, um importante avanço
em relação à sustentabilidade.
A Cocamar é a única cooperativa agropecuária
do País a fazer parte do seleto ranking
das Melhores Empresas para Trabalhar,
no segmento Agronegócio, segundo
levantamento divulgado pela Great Place
To Work (GPTW), em que os colaboradores
foram convidados a se manifestar em
uma pesquisa de engajamento. Eles fizeram
sua avaliação segundo um método de
um padrão internacional e a GTPW faz
uma comparação com empresas do mesmo
porte.
A Cocamar já possui várias outras certificações
da GPTW, sendo que essa última é
específica para o segmento do agronegócio,
em que a cooperativa se posiciona
entre as 20 primeiras do setor. Com isso,
está mais uma vez confirmada a brilhante
posição da Cocamar entre as corporações
mais bem avaliadas para se trabalhar, em
nível nacional.
O prêmio é um reconhecimento aos constantes
investimentos realizados pela cooperativa,
também, na satisfação e qualificação
dos colaboradores, uma equipe altamente
comprometida e que ajuda a
fazer da Cocamar a melhor cooperativa do
Brasil.
Por sua vez, a John Deere oficializou a entrega
da certificação de Classe Mundial à
Cocamar Máquinas, uma das poucas concessionárias
da marca em todo o mundo
a alcançar esse patamar, estando totalmente
adequada e inserida aos conceitos
mundiais da marca, o que garante padrão
de qualidade em todo o processo de vendas,
pós-vendas, distribuição, atendimento
e em sua estrutura física.
Mesmo com poucos anos de operação –
na região de Maringá a concessão começou
em 2016 e na de Londrina em 2020 –
a concessionária já possui mais de 90% de
satisfação no atendimento aos clientes.
Por fim, ao lançar um robusto Relatório de
Sustentabilidade ESG referente ao exercício
2022, a Cocamar reforça o seu compromisso
com os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da Organização
das Nações Unidas (ONU). Trata-se da
primeira publicação anual da cooperativa
com base nas normas GRI (Global Reporting
Initiative), principal estrutura de indicadores
de sustentabilidade adotada por
organizações de todo o mundo.
Esses acontecimentos fortalecem ainda
mais a imagem da cooperativa pela sua
seriedade e a preocupação em oferecer
aos cooperados sempre os melhores serviços,
sendo também um motivo de grande
orgulho para todos nós.
Divanir Higino, presidente da Cocamar
O prêmio é um reconhecimento
aos constantes investimentos
realizados pela cooperativa,
também, na satisfação e
qualificação dos colaboradores,
uma equipe altamente
comprometida e que ajuda
a fazer da Cocamar a melhor
cooperativa do Brasil
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SAFRA DE INVERNO
Milho sofre com atrasos e estiagem
Lavouras devem, na média, apresentar produtividades menores
nesta safra, mas há regiões que esperam colher 250 sacas por alqueire
Diante do atraso na
semeadura e de
condições climáticas
desfavoráveis,
a cultura de milho de inverno
deve apresentar uma produtividade
inferior em relação às
estimativas iniciais, conforme
avalia o gerente técnico da Cocamar,
Rafael Furlanetto.
ATRASO NA SEMEADURA -
Segundo ele, ainda não é possível
mensurar de quanto será
essa redução, mas o atraso na
semeadura, causado principalmente
pelo prolongamento do
ciclo da soja, e as chuvas frequentes
na ocasião, comprometeram
o potencial produtivo.
“A janela vai até o dia 30
de março, mas uma parcela
expressiva de produtores só
conseguiu semear no final
dessa janela, quando, geralmente,
eles o fazem em fevereiro”,
informa Furlanetto, explicando
que, assim, o ciclo da
lavoura fica exposto à menor
luminosidade em razão dos
dias mais curtos do período
outono/inverno, o que afeta
naturalmente o seu desenvolvimento.
DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES
- Por outro lado, acrescenta o
gerente técnico, muitos produtores
semearam o milho com o
solo molhado, o que fez com
que a distribuição de sementes
ficasse longe do ideal, levando
em conta ainda que uma planta
não compensa a outra, como é
comum se observar na soja.
ESTIAGEM - Para completar, a
regiões atendidas pela cooperativa
passaram por uma estiagem
de mais de 30 dias e as
chuvas ocorridas no último final
de semana de maio foram
insuficientes, variando de 5 a
45 mm. “Precisaríamos de
mais uma ou duas chuvas em
bons volumes, pois a seca
também está impactando o
potencial produtivo”, afirma.
PRODUTIVIDADE - Furlanetto
comenta ainda que em algumas
regiões, como Maringá, as
lavouras apresentam potencial
para 250 sacas por alqueire
(103,3/hectare), mas a média
geral da Cocamar é estimada
no momento em 190 sacas
por alqueire (78,5/hectare),
completou.
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EVENTO
Atrações do Dia de Campo de Inverno
São esperados cerca de 2 mil produtores cooperados, formadores de opinião,
provenientes de várias regiões dos estados do Paraná e São Paulo
Das 8 às 16h, no dia
12 de julho, produtores
de toda região
conferem as últimas
novidades no tradicional
Dia de Campo de Inverno da
Cocamar na Unidade de Difusão
de Tecnologias (UDT) em
Floresta, município vizinho a
Maringá. A expectativa é de receber
cerca de 2 mil produtores
cooperados, formadores de
opinião, provenientes de várias
regiões dos estados do Paraná
e São Paulo, para uma extensa
programação.
ESTANDES - Além dos tradicionais
parceiros e empresas ligadas
a cooperativa - Unicampo,
Sicredi, Embrapa, IDR, Cocamar
Máquinas/Concessionária John
Deere, Fertilizantes Viridian, Sementes
Cocamar, Energia Solar
e Irrigação Cocamar – outras
25 empresas parceiras participam
expondo produtos e apresentando
novas tecnologias,
entre as quais produtoras de
sementes, fertilizantes, micronutrientes,
defensivos e maquinários,
entre outros itens, comenta
o coordenador técnico
da UDT, Felipe Morota.
ESTAÇÕES – No Dia de Campo
os produtores também poderão
acompanhar os trabalhos
desenvolvidos nas cinco estações
técnicas: os benefícios da
correção do solo na produtividade;
importância do uso de
herbicidas pré-emergentes na
cultura do milho; importância
do manejo fitossanitário no
milho; manejo da mela na cultura
do sorgo e manejo de
solos, água e nematoides. Os
participantes ainda terão a
oportunidade de avaliar o desempenho
de híbridos de milho
e cultivares de trigo em espaços
onde especialistas estarão
disponíveis para prestar as necessárias
informações, além de
variedades de sorgo, cultura
que tem ganhado espaço como
opção de cultivo de inverno nas
regiões que apresentam condições
mais adversas.
2º Encontro de Multiplicadores de Sementes
A Cocamar, por meio de sua
Unidade de Beneficiamento de
Sementes (UBS), promove no
dia 28 de julho em São Sebastião
da Amoreira, na região de
Londrina, a 2ª edição do Encontro
de Multiplicadores de Sementes
Cocamar. A expectativa
é reunir cerca de 200 participantes,
dos quais 150 produtores
multiplicadores de sementes
de trigo e soja.
O evento começa às 16h e a
programação, após a abertura
com o gerente de sementes
Diogo Amaral e o gerente comercial
de Insumos Paulo André
Câmara, inclui palestras (o pesquisador
José Barros França
Neto, da Embrapa, fala sobre
qualidade de sementes, e representantes
das empresas
Basf, Corteva e Syngenta, discorrem
a respeito da parceria).
Haverá, ainda, apresentações
da linha de fertilizantes foliares
e adjuvantes Viridian e da Cocamar
Máquinas/Concessionária
John Deere. Por fim, serão divulgados
os resultados de quase
cinco anos de atuação da cooperativa
no segmento de sementes.
A UBS faz o beneficiamento de
sementes de soja e trigo e, em
relação a essa última, o portfólio
contempla três cultivares
branqueadoras: FPS Luminus,
da Fundação Pró-Sementes;
ORS Madrepérola da OR Sementes
e TBIO Blanc da Biotrigo
Genética. “Houve uma
expansão de 30% do cultivo de
trigo neste ano e as cultivares
branqueadoras representam
20% do total”, comenta Diogo
Amaral.
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PRÊMIO
Uma das melhores
empresas para trabalhar
Segundo a GPTW, a Cocamar é a única cooperativa
agropecuária do País a fazer parte do seleto ranking
ACocamar é a única
cooperativa agropecuária
do País a
fazer parte do seletivo
ranking das Melhores
Empresas para Trabalhar, no
segmento Agronegócio, segundo
levantamento divulgado
pela Great Place To Work
(GPTW) em evento promovido
dia 22/6, no Espaço JK Boulevard
em São Paulo.
PREMIAÇÃO - A iniciativa da
GPTW, que contou com a parceria
da Associação Brasileira
de Agronegócio (Abag) e Globo
Rural, confirma assim, mais
uma vez, a excelente posição
da Cocamar entre as corporações
mais bem avaliadas para
se trabalhar, em nível nacional.
Na solenidade de premiação
a cooperativa foi representada
pela gerente executiva
de Gestão de Pessoas,
Elza Carnelossi, e Natália
Bernardes Ferraz, coordenadora
de desenvolvimento
humano
RECONHECIMENTO - Para o
presidente executivo da Cocamar,
Divanir Higino, o importante
prêmio é um reconhecimento
aos constantes investimentos
realizados pela
cooperativa na qualidade do
ambiente de trabalho, bem
como na satisfação e qualificação
dos colaboradores,
“uma equipe altamente motivada
e que ajuda a fazer da
Cocamar uma das melhores
cooperativas do Brasil”.
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EXPANSÃO
Campo Grande (MS), a mais nova unidade
A estrutura de atendimento oferece toda a
linha de produtos reconhecidos pela qualidade
e as marcas de maior prestígio do mercado
Cerca de 250 convidados,
entre produtores
rurais e seus familiares,
autoridades e lideranças,
participaram na noite de
6/6 em Campo Grande (MS), da
inauguração da unidade da Cocamar
Cooperativa Agroindustrial,
a primeira localizada em
uma capital.
EVENTO - Realizado no Grand’-
Mere Buffet, o evento contou
com a presença do presidente
executivo Divanir Higino e do superintendente
de Relação com o
Cooperado, Leandro Cezar Teixeira,
além de gerentes executivos
e outros gestores, bem
como da gerente Jane Queli Xavier
e equipe de colaboradores
da unidade.
DESENVOLVIMENTO - “A Cocamar
chega a Campo Grande
para contribuir com o desenvolvimento
da atividade agropecuária
da região”, comentou
Divanir Higino, em sua saudação,
salientando que a estrutura
de atendimento oferecerá
toda a linha de produtos reconhecidos
pela qualidade e as
marcas de maior prestígio do
mercado.
ORIENTAÇÃO - Segundo ele, a
loja conta com consultores técnicos
para orientar os produtores
no sentido de que eles obtenham
os melhores resultados
possíveis. “A Cocamar existe para
que seus cooperados tenham
rentabilidade em seus negócios,
sendo também uma organização
diferenciada, que, como cooperativa,
se preocupa com a
comunidade”.
EXPANSÃO - O presidente fez
referência, ainda, ao programa
de expansão da Cocamar, com
instalações em várias regiões do
Mato Grosso do Sul, estado que
vem recebendo especial atenção
e onde a receptividade dos produtores
tem superado às expectativas.
EXCELÊNCIA - Por sua vez, o superintendente
Leandro Teixeira
apresentou os números do crescimento
da cooperativa, que faturou
R$ 11,1 bilhões em 2022,
planeja chegar a R$ 13,7 bilhões
em 2023 e a R$15 bilhões em
2025, investindo constantemente
no treinamento de seus
profissionais para oferecer um
atendimento de excelência aos
produtores.
REGULAÇÃO - “Trazemos para
Campo Grande a nossa competitividade
e o melhor custo-benefício
nas negociações com os
produtores”, destacou, citando
ainda que a presença de uma
unidade da Cocamar é pleiteada
em vários municípios, onde contribui
para organizar a produção
e atua diretamente na regulação
do mercado, impedindo que os
produtores sejam explorados.
ATUAÇÃO - A cooperativa opera
desde 2014 no Mato Grosso, ano
em que instalou sua unidade para
o recebimento da produção e comercialização
de insumos em
Nova Andradina, além de uma
loja na vizinha Ivinhema. Posteriormente,
abriu uma loja em Naviraí
e no começo deste ano
inaugurou uma unidade para recebimento
de grãos em Itaquiraí,
cidade próxima. E, no ano passado,
chegou a Chapadão do Sul,
com uma loja para a comercialização
de insumos agropecuários.
LOCALIZAÇÃO - Em Campo
Grande, a ampla e moderna loja,
cuja equipe vai ser formada por
9 colaboradores, incluindo dois
consultores técnicos e a gerente
Jane Queli Xavier, está localizada
na Rua Coxim 4.111, em frente
ao Assaí da Avenida Coronel Antonino.
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DIA C
Uma semana para ajudar o próximo
Diversas ações marcaram o Dia do Cooperativismo, com a participação de várias cooperativas
De 26/6 a 1/7 foi realizada
a Semana do
Cooperativismo, cujo
ponto alto é o Dia de
Cooperar, também chamado de
Dia C, (1º sábado de julho), data em
que se comemora o Dia Internacional
do Cooperativismo. Superando
as expectativas, oito cooperativas
de Maringá mobilizaram
cerca de 300 voluntários para
apoiar 14 entidades de assistência
a famílias vulneráveis cadastradas
pelo programa Mesa Brasil.
MUTIRÃO - As cooperativas Cocamar,
Unimed, Sicredi, Sicoob,
Uniodonto, Unicampo, Coopsoli e
Pluricoop se engajaram na programação
do Dia C, na Associação
Cocamar para produzir 10 mil fraldas
geriátricas e arrecadar itens de
higiene pessoal, como lenços
umedecidos e sabonetes, em um
mutirão. Inicialmente, a previsão
era que 150 voluntários de seis
cooperativas estariam envolvidos.
ENGAJAMENTO - “Ficamos muito
felizes e agradecidos com o envolvimento
de tanta gente”, frisou
o presidente executivo da Cocamar,
Divanir Higino, lembrando
que a realização é uma tradição. “O
Dia C mobiliza cooperativas no
Brasil inteiro”, enfatizou. Todos os
superintendentes da Cocamar,
além de vários gerentes, engajaram-se
na realização. O evento
também contou com a participação
de cooperadas, as quais já
prestam de seus serviços, voluntariamente,
na Fábrica de Fraldas
mantidas pela Cocamar. Residentes
em Paiçandu, Odete Marconi
contou que já esteve em outras
edições do Dia C, enquanto Sueli
Queiróz afirmou dirigir-se uma vez
por semana à Fábrica de Fraldas,
ao lado de Helena Bologuesi. Era a
primeira vez de ambas no evento.
Participantes do mutirão para produzir 10 mil fraldas geriátricas e arrecadar itens de higiene
PARTICIPAÇÃO - Das demais
cooperativas, entre outros dirigentes,
estavam presentes Luciano
Ferreira Lopes, vice-presidente da
Unicampo; Reynaldo José Brovini,
diretor de Mercado da Unimed,
José Olímpio Limonta, superintendente
da Uniodonto, Luiz Agita,
presidente do Sicoob, e Wellington
Ferreira, presidente do Sicredi. O
Mesa Brasil foi representado pelo
assistente social Elcir Quintino e a
nutricionista Gislaine Moreno.
FRALDAS - Os preparativos para
o Dia C iniciaram ainda em maio,
quando 70 voluntários do Instituto
Cocamar participaram das primeiras
etapas para a produção de
fraldas no Projeto Fábrica de Fraldas
mantido pela cooperativa em
sua sede, e que foram finalizadas
durante a ação na Associação Cocamar.
No mês de junho, dois voluntários
de cada uma das seis
cooperativas participantes foram
treinados para atuarem como instrutores.
PEDÁGIO - A Cocamar também
participou do Dia C em Londrina
onde, neste ano, por meio de um
grupo de voluntários seus e de
mais seis cooperativas da cidade
(Cresol, Integrada, Sicredi, Sicoob
Ouro Verde, Sisprime e Unicred), foi
organizado o Pedágio Solidário em
parceria com supermercados locais,
que resultou na arrecadação
de 3,5 toneladas de alimentos que
irão para a mesa de centenas de
famílias em vulnerabilidade social.
ALIMENTOS - Nesse evento, os
voluntários abordaram e explicaram
a clientes de supermercados
o motivo do movimento e solicitaram
alimentos para a entidade
Mesa Brasil, a qual repassa as
arrecadações para instituições da
região de Londrina. As arrecadações,
que começaram no dia 10/6
e foram até 1/7, na sede do Mesa
Brasil Londrina, quando houve a
distribuição dos alimentos.
MESA BRASIL - Este é o segundo
ano que a ação do Dia C
reúne as cooperativas, com doação
ao Mesa Brasil, programa do
Sesc com atuação nacional, mas
que em Londrina e outros sete
municípios da região atende a 90
entidades. “É uma parceria muito
importante e queremos que se
repita por muitos anos”, comentou
a assistente da gerência do
Sesc, Yuka Toyama. Segundo ela,
o programa atende a 18 mil pessoas,
sendo que 3,5 mil são entregas
de alimentos direto a famílias
- as demais são atendidas
pelas entidades cadastradas no
programa.
UNIDADES - Além das atividades
em Maringá e Londrina, o Dia C
mobilizou também as unidades da
Cocamar - presentes em cerca de
120 municípios dos estados Paraná,
São Paulo, Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso e Goiás -, para
apoiar no fortalecimento das demandas
em suas comunidades
com arrecadação de alimentos e
itens de higiene e limpeza, engajamento
para doação de sangue,
campanha de coleta de lixo eletrônico
nas unidades e na comunidade,
fabricação de fraldas geriátricas
e infantis, ações recreativas
com crianças e adolescentes e outras
realizações que contaram,
também, com o envolvimento dos
produtores cooperados e suas famílias.
Acesse o QRCode para ver
mais fotos do evento
em Maringá
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PRESERVAR
Várias ações marcam a
Semana do Meio Ambiente
A proposta da área Ambiental da
cooperativa foi levar informação e, ao
mesmo tempo, promover a educação
Oplantio de 60 mudas
de ipê e jatobá por
estudantes na propriedade
de um
cooperado em Nova Esperança,
região noroeste do Paraná, finalizou
a Semana do Meio Ambiente
na Cocamar, de 5 a 9/6. A
iniciativa da cooperativa, por
meio de sua área Ambiental,
com o apoio da Força Verde e
Polícia Ambiental de Maringá, foi
implementada com a participação
do Programa Cultivar, mantido
pela Cocamar em parceria
com a Apae, cujos participantes
produziram as mudas.
ATIVIDADES - A programação
constou de várias outras atividades
durante a semana, direcionadas
ao quadro de colaboradores,
como a realização de
duas palestras, além de uma
pescaria ecológica e a coleta de
eletrônicos e eletrodomésticos
inservíveis.
PALESTRAS - Com os temas
“Pesca – Influência do Plástico
na Vida Aquática e a Piracema”
e “Educação Ambiental no Trânsito”,
as palestras foram transmitidas
para os colaboradores
administrativos. Abordando a
época de piracema e como os
plásticos atrapalham a vida
aquática, a primeira foi ministrada
pela bióloga Lidiany Doreto;
já a segunda, que versou
sobre trânsito, descarte de resíduos
e como um pode interferir
no outro, esteve a cargo de
Francisco Augusto, instrutor do
Sest/Senat (Serviço Social do
Trânsito/Serviço Nacional de
Aprendizagem do Trânsito).
ECOLÓGICA - Por sua vez, a
Pescaria Ecológica envolveu colaboradores
operacionais de todos
os turnos do Parque Industrial
da cooperativa em Maringá,
com foco na despoluição
dos rios, por meio da remoção
dos plásticos.
COLETA - Completando, foram
disponibilizados pontos de coleta
de eletrônicos e eletrodomésticos
em unidades operacionais
em várias regiões, sendo divulgada
entre colaboradores e cooperados
para o descarte correto
desses resíduos.
EDUCAÇÃO - Segundo Fernanda
Volpato, gerente executiva de
Governança da Cocamar, a proposta
da Semana do Meio Ambiente
na cooperativa foi levar
informação e, ao mesmo tempo,
promover a educação. Uma
série de outras ações voltadas
ao meio ambiente em praticamente
todas as regiões onde
atua, contaram também com o
apoio da Cocamar.
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FUTURO
Jovem+Agro prepara
gestores e lideranças
Programa capacita filhos, netos e sobrinhos de cooperados para que
participem da gestão dos negócios da família e da vivência na cooperativa
Com o objetivo de formar,
capacitar e desenvolver
jovens entre
16 e 30 anos para que
participem da gestão dos negócios
da família e da vivência na
cooperativa, a Cocamar deu início
em maio ao Programa Jovem
+ Agro Cocamar.
TEMAS - Reunindo filhos, netos
e sobrinhos de cooperados, a iniciativa
é implementada em parceria
com a Universidade Federal
do Paraná (UFPR) e consiste de
10 encontros em que são abordados
temas como Integração
Cooperativista, Gestão Financeira,
Governança e Ferramentas
de Controle, Projeto Integrador
Lein e Planejamento Estratégico.
PLANEJAMENTO - O primeiro
módulo contou com a participação
de 30 jovens e foi ministrado
pelo professor Gustavo
Abib, analisando o Jogo Cooperativo
e Planejamento Estratégico.
Nele, os alunos vivenciaram,
também, uma simulação
em que atuaram como gestores
de uma cooperativa, estudando
cenários e tomando
decisões para garantir o crescimento,
a rentabilidade e a sustentabilidade
do negócio. O segundo
módulo versou sobre Liderança
e Gestão de Pessoas.
PARCERIA - O programa foi
desenvolvido numa parceria
entre o Professor Tomas Soprano,
da UFPR, e o departamento
de Cooperativismo da
Cocamar, adotando uma linguagem
adequada e que atenda às
expectativas desse perfil de futuros
gestores e lideranças, que
valorizam a agilidade e o dinamismo.
ATIVIDADES - Na avaliação do
analista de Cooperativismo Wellington
Costa Martins, os participantes
têm percebido a necessidade
de uma gestão empresarial
do negócio familiar e o resultado
que isso tem na rentabilidade.
Segundo ele, ao longo da
programação, várias atividades
complementares serão realizadas,
como visitas técnicas à Unidade
de Beneficiamento de
Sementes (UBS) e ao Centro de
Soluções Conectadas da Cocamar
Máquinas/Concessionária
John Deere, treinamento vivencial
no Quintal da Ame em Campo
Mourão e viagem de imersão
em cooperativismo.
ENTENDER - Uma das participantes,
Flávia Shizue Konno, de
20 anos, neta de cooperado e
moradora na Warta, distrito de
Londrina, conta que sentia dificuldades
para o entendimento
de alguns pontos na gestão da
propriedade. Após participar de
dois módulos, os ensinamentos
a ajudaram a entender melhor.
VISÃO MACRO - “Eu me preparei
tecnicamente para conversar
com meu avô, sobre o que
aprendi. Coloquei tudo no papel
e ele recebeu muito bem a nossa
conversa, está me apoiando e
me incentivando a participar do
programa na Cocamar”. De acordo
com Flávia, o conteúdo apresentado
aborda muitos itens que
não são estudados na faculdade
e ajuda a ter uma visão macro da
propriedade. Ela é acadêmica do
curso de agronomia.
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LARANJA
Produtores se mobilizam
para controle do greening
Criação de Câmara Técnica, arrastões,
testes, pulverizações conjuntas,
conscientização e erradicação de plantas
não comerciais são algumas ações
Produtores de laranja
de toda área de ação
da Cocamar têm se
mobilizado e adotado
estratégias emergenciais para
enfrentar o aumento da infestação
de psilídeo (inseto vetor da
doença HLB, o greening) e controle
do greening, considerada a
mais importante doença da citricultura
e ainda sem tratamento.
Para isso foi criada uma
Câmara Técnica de Citros numa
parceria de empresas de pesquisa,
órgãos de fiscalização, representantes
das industriais e
consultores, dentre eles o IDR –
Instituto de Desenvolvimento
Rural, Adapar - Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná e
Cocamar, com apoio das prefeituras
locais.
TESTES - Desde maio já foram
realizadas duas reuniões e a
próxima será dia 18 de julho.
Dentre as medidas discutidas
estão a realização de testes com
todos os inseticidas de controle
do psilídeo, para averiguar se há
resistência a alguma molécula e
qual o produto mais efetivo. Os
testes devem iniciar já em meados
de julho.
ARRASTÕES - Também estão
programados arrastões da força
tarefa criada, com 20 a 30 fiscais,
para fiscalizar de forma
mais intensa os pomares não
comerciais em toda região, onde
não se faz um manejo adequado
com defensivos, pedindo
para erradicar os pés de citros.
Segundo o Departamento Técnico
da cooperativa, um dos fatores
que corroboraram para o
aumento da taxa de captura do
inseto vetor foi a chegada da
frente fria, que pode deslocar a
praga por distâncias de até 30
quilômetros, sendo que grande
parte desses insetos provém de
pomares não comerciais - limão,
laranja e mexerica poncã cultivadas
em fundo de quintais nas cidades,
chácaras e pastos. Tais
plantas acabam servindo para a
reprodução da praga que migra
para áreas comerciais, contaminando
as plantas sadias.
CONSCIENTIZAÇÃO - A Cocamar
tem investido pesado em
ações de conscientização da população
nas escolas, com a distribuição
de gibis, mobilizando as
crianças como agentes de conscientização
dos pais; distribuição
de folhetos na cidade e ações
junto à mídia visando conscientizar
sobre a necessidade de
substituir os pés de citros por
outras frutas. “Além do controle
individual, também temos pedido,
quando necessário, que os
produtores se unam e façam a
pulverização ao mesmo tempo,
para reduzir a incidência do inseto”,
detalha a coordenadora de
Culturas Perenes e Mandioca da
Cocamar, Amanda Carolina Zito.
ECONOMIA - “Buscamos mostrar
que a adoção desses cuidados
não irá beneficiar somente
os produtores, mas toda
população. Em Paranavaí,
por exemplo, a citricultura é
responsável por 30% do PIB do
município e em Nova Esperança,
Alto Paraná e outros
centros produtores de laranja,
os números são bem próximos.
É o setor da agricultura que
mais emprega mão de obra:
são mais de 20 pessoas a cada
10 hectares de laranja. O maior
beneficiado com as medidas
será a própria população. Mas
se todos não se conscientizarem
e participarem das ações
para controle da doença, em
três a cinco anos a citricultura
no Paraná pode ter fim”, afirma
Amanda.
AUMENTO - Os produtores vão
fazer um levantamento por
amostragem para identificar o
percentual de plantas sintomáticas
na área comercial na região
da Cocamar. Amanda comenta
que a estimativa é de que no último
ano tenha ocorrido um aumento
de mais de 30% na
ocorrência de plantas doentes.
Nas últimas semanas, as taxas
de capturas de psilídeos em armadilhas,
aumentaram exponencialmente
em todas as regiões
produtoras de laranja da
Cocamar. Esse fato surpreendeu
e deixou assustados os cooperados,
os quais acreditavam que
a situação se encontrava sob
controle e que os manejos à
base de pulverização semanal
estavam sendo efetivos.
J o r n a l C o c a m a r | 1 7

EM MEMÓRIA
Alysson Paolinelli, o Nobel do Agro Brasileiro
Ex-ministro personificou o significado dos grandes líderes, aqueles que
transcendem as próprias realizações e deixam um legado duradouro
Arecente partida de
Alysson Paolinelli, exministro
da Agricultura
do Brasil e figura
icônica no setor agropecuário,
deixa uma lacuna profunda na
história do país. Sua extraordinária
trajetória é digna de reconhecimento
e homenagem, pois ele
foi muito mais do que um homem
público e agrônomo renomado.
Alysson Paolinelli personificou
o significado dos grandes
líderes, aqueles que transcendem
as próprias realizações e
deixam um legado duradouro.
TRAJETÓRIA - A trajetória e as
contribuições deixadas por Alysson
Paolinelli são verdadeiramente
imensuráveis. Desde seus
dias como aluno, professor e diretor
da Esal (Escola Superior de
Agricultura de Lavras), até o período
em que serviu como secretário
da Agricultura de Minas
Gerais e líder do Ministério da
Agricultura entre 1974 e 1979,
Paolinelli se destacou como
exemplo inspirador de excelência,
dedicação e responsabilidade,
lembrando-nos de que a superação
de desafios pode ser reali-
1 8 | Jo r n a l C o c a m a r

zada com visão, determinação e
compromisso incondicional com
o bem comum.
LÍDER MUNDIAL - Sob o comando
de Paolinelli, nova história
foi escrita para nossa agropecuária.
O Brasil se tornou líder mundial
em pesquisa e inovação para
a produção de alimentos em
condições tropicais e superou a
insegurança alimentar em prazo
recorde, tornando-se também
um grande exportador. Sua visão
abriu caminho para expandir de
forma extraordinária os limites de
nossa agricultura, com ampliação
da eficiência de nossos cultivos
tradicionais e adaptação aos trópicos
de cultivos e criações dos
quais apenas países de clima
temperado podiam usufruir.
SALTO - A revolução concebida e
iniciada por Paolinelli promoveu
no Brasil um salto na produção
agropecuária que não teve paralelo
em nenhuma outra região do
mundo, considerando o curto espaço
de tempo em que ocorreu.
No início dos anos 1960, quando
tínhamos uma população de cerca
de 70 milhões de habitantes, o
país colheu 17,2 milhões de toneladas
de grãos, cultivando uma
área de aproximadamente 22
milhões de hectares. Em 2023, o
Brasil tem 203 milhões de habitantes
e acaba de produzir uma
safra recorde, de 305 milhões de
toneladas de grãos em cerca de
76 milhões de hectares.
O então ministro Alysson Paolinelli inaugura armazém
da Cocamar em Maringá, no ano de 1975
EFICIÊNCIA - Com esses avanços
em eficiência, a agricultura
brasileira foi capaz de responder
às demandas de uma população
urbana crescente, oferecendo alimentos
mais acessíveis e baratos,
o que contribuiu para a redução
das pressões inflacionárias e
para o alívio das desigualdades
sociais no país. Além disso, a produção
crescente de excedentes
para exportação gera divisas e
contribui para a segurança alimentar
de uma população mundial
em crescimento, algo que
Paolinelli não se cansava de destacar
como uma contribuição essencial
do Brasil para a busca da
paz global.
REVOLUÇÃO - A trajetória de
Paolinelli guarda muitas semelhanças
com a de outro agrônomo
ilustre, Norman Borlaug,
Prêmio Nobel da Paz em 1970 e
principal responsável pela Revolução
Verde. Essa revolução, que
ocorreu na segunda metade do
século 20, impulsionou a produção
de alimentos por meio da introdução
de variedades e práticas
agrícolas modernas, eliminando
o espectro da fome para
milhões de pessoas em todo o
mundo. Os dois se admiravam, e
Borlaug não se cansava de exaltar,
por onde passava, a Revolução
Verde Brasileira liderada por
Paolinelli.
Grande amigo da Cocamar e patrono da ILPF
Logo depois de assumir como ministro
da Agricultura no governo de
Ernesto Geisel, em 1974, Alysson
Paolinelli visitou a Cocamar, cooperativa
que apenas dois anos
antes, em 1972, havia inaugurado
um armazém graneleiro em Maringá
para começar o recebimento
de soja e trigo. Era tudo muito
novo, a Cocamar estava ainda se
adaptando a essa nova atividade,
mas seus dirigentes levaram um
susto no contato com o novo ministro.
Segundo este, a cooperativa
havia acertado em ter saído na
frente, apostado na soja, cultura de
grande futuro no país, e construído
o primeiro graneleiro com fundo
em V do Paraná. No entanto, só
receber não bastava, era preciso
continuar avançando e industrializar
o grão. “Tem que pensar grande”,
orientou Paolinelli.
MUDOU O FUTURO - A passagem
do ministro mudaria o futuro
da Cocamar que, em 1979, aproveitando
incentivos concedidos
pelo governo, colocou em operação
a primeira unidade de extração
de óleo e farelo de soja do cooperativismo
paranaense, em Maringá.
Com ela, a cooperativa deixou
de repassar a matéria-prima
para intermediários (que ficavam
com a maior parte dos lucros) e
passou a verticalizar, agregando
assim mais valor à produção dos
cooperados.
ILPF - Paolinelli esteve outras
vezes na Cocamar, onde fortaleceu
ainda mais os seus laços com a
cooperativa ao encontrar nela total
ressonância, por meio de Luiz Lourenço,
seu então presidente executivo,
para o avanço de uma agropecuária
sustentável, na forma de
integração lavoura-pecuária-floresta
(ILPF). Considerado o patrono
Paolinelli ao lado de Luiz Lourenço e da proprietária
da Fazenda Santa Brigida, Marize Porto Costa
da ILPF, o ex-ministro foi o principal
incentivador desse modelo produtivo
inovador no país.
AMIGO - Ele, Lourenço e outras lideranças
estiveram juntos muitas
vezes nos encontros técnicos
sobre ILPF em Caldas Novas (GO),
eventos ligados ao dia de campo
na Fazenda Santa Brígida em Ipameri,
a 90 quilômetros. Convidado
pela Cocamar, o ex-ministro participou
também de um ciclo de
palestras sobre esse assunto,
para produtores cooperados da
cooperativa, além de uma edição
do CBN Agro, evento promovido
pela Rádio CBN em Maringá e
Londrina. “O Dr. Alysson era um
homem à frente do seu tempo e
grande amigo da Cocamar”, resumiu
Lourenço.
Jo r n a l C o c a m a r | 1 9

EM MEMÓRIA
Reconhecimentos
Felizmente os feitos revolucionários
de Alysson Paolinelli foram
reconhecidos em vida e lhe renderam
prestigiosos prêmios,
como o Prêmio Mundial da Alimentação,
considerado o Nobel
da Agricultura, em 2006, além de
inúmeras distinções nacionais e
internacionais. Nos últimos anos,
se dedicou de forma incansável à
defesa da sustentabilidade e da
segurança alimentar mundial, esforço
que levou à sua indicação ao
prêmio Nobel da Paz em 2021.
INSPIRAÇÃO - De acordo com o
ex-presidente da Embrapa, Antônio
Lopes, o legado de Alysson
Paolinelli é um lembrete poderoso
de que a liderança autêntica
vai além do indivíduo e transcende
as fronteiras do tempo.
“Ele nos inspirou a investir nas
pessoas, a fortalecer as instituições
e a criar uma base sólida
para que outros líderes continuem
o trabalho de transformação
iniciado. Com sua visão de
futuro, seu compromisso com o
bem-estar coletivo e sua dedicação
incansável, Alysson Paolinelli
nos mostrou que os verdadeiros
líderes são aqueles que trabalham
arduamente para criar um
futuro melhor, capacitando outros
a seguir seus passos e garantindo
que o legado de transformação
perdure para as próximas gerações”.
LEGADO - Ao homenagear Alysson
Paolinelli, reconhecemos não
apenas suas realizações pessoais,
mas também seu papel como
um catalisador de mudanças positivas
e um guardião do futuro.
Sua liderança inspiradora e legado
duradouro nos lembram que os
verdadeiros líderes transcendem
seu tempo e deixam um impacto
que ressoa nas gerações futuras.
Que seu exemplo inspire os líderes
atuais e futuros a seguirem
seus passos e a trabalharem para
um mundo melhor, onde as sementes
plantadas hoje floresçam
em um futuro próspero e sustentável
para todos.
2 0 | Jo r n a l C o c a m a r

TERCEIRO SETOR
Instituto Cocamar comemora 20 anos
Além de ampliar seu apoio às demandas das comunidades nas regiões onde atua,
objetivo é atingir a marca de 100 mil fraldas este ano no atendimento a instituições
No dia 10 de junho,
o Instituto Cocamar
celebrou 20
anos de conquistas.
São duas décadas de crescimento
e impacto positivo na
comunidade. Ao longo desses
anos, o Instituto tem sido uma
força inspiradora na comunidade,
promovendo mudanças
significativas e contribuindo
para o desenvolvimento social,
econômico e ambiental de todos
aqueles que passam pela
cooperativa de forma direta e
indireta.
AÇÕES - Muitas são as ações
promovidas junto à comunidade,
como é o caso do Programa Cultivar,
que trabalha pela inclusão
e crescimento de pessoas com
deficiência intelectual; a União
Solidária e Saca do Bem que
captam recursos e doações para
ajudar instituições de saúde e
entidades não governamentais,
a Fábrica de fraldas, o Cooper
Jovem, o Dia de Cooperar, a
Campanha Solidária de Inverno,
a Solidariedade em Dobro e o
Centro de Formação em Futebol,
são programas desenvolvidos
pelo Instituto e que fazem a
diferença na vida de milhares de
famílias.
AMPLIAR - Em 2022, o repasse
de R$ 5.248.511,00 ao terceiro
setor, a arrecadação de 43,7 toneladas
de alimentos e a produção
de mais de 20 mil fraldas
geriátricas foram algumas das
atividades do Instituto Cocamar
de Responsabilidade Social. E
para este ano, entre várias outras
ações, a entidade planeja
ampliar seu apoio às demandas
das comunidades nas regiões
onde a Cocamar Cooperativa
Agroindustrial atua e anuncia,
como uma das principais metas,
atingir a marca de 100 mil fraldas
para atendimento a instituições
de apoio a pessoas em
situação de vulnerabilidade.
UNIÃO SOLIDÁRIA - Dos R$
5.248.511,00 repassados ao
terceiro setor, R$ 5.054.440,00
originaram da Campanha União
Solidária realizada em parceria
com a Sicredi Dexis, que atendeu
mais de 500 entidades assistenciais
do Paraná, São Paulo e
Mato Grosso do Sul; R$
189.071,00 da Campanha Saca
do Bem (em prol do Hospital do
Câncer de Londrina), e sobras de
R$ 269.742,00 oriundas da Assembleia
Geral Ordinária (AGO)
da Cocamar, doadas pelos cooperados,
para reforçar o atendimento
a entidades.
DOAÇÕES - Quanto à arrecadação
de alimentos para doação
a instituições, que somou
43,7 toneladas, 22 toneladas
foram da Campanha Solidariedade
em Dobro, 16 toneladas
da Campanha Solidária e 5,7
toneladas do Dia de Cooperar.
Entre outras realizações, houve
o recolhimento e a doação de
11,4 mil agasalhos para atender
públicos em situação vulnerável
e foram produzidas
20.919 fraldas geriátricas pelo
projeto Fábrica de Fraldas do
Instituto Cocamar.
CULTIVAR - Por sua vez, o Programa
Cultivar, de inclusão de
alunos da Apae no mercado de
trabalho, produziu 33.925 mudas
de espécies nativas ao longo
de 2022, distribuídas a cooperados
para a recomposição de
áreas de preservação permanente.
AÇÕES - O Centro de Formação
de Futebol Cocamar contou com
a inscrição de 84 crianças, enquanto
o Banco de Voluntários
chegou a 153 participantes fixos,
ao passo que foram 15 as
apresentações do Coral Cocamar.
Atendendo solicitação da
prefeitura de Maringá, a cooperativa
faz a doação anual de um
volume de rações para apoiar o
trabalho de assistência a animais
abandonados.
PARA 2023 – Em 2023, além
das atividades mencionadas,
houve o envolvimento de todas
as mais de 110 unidades da cooperativa
no Dia de Cooperar. E,
entre os desafios, está chegar a
100 mil a quantidade de fraldas
geriátricas produzidas pela fábrica
do Instituto.
COOPERATIVISMO - O presidente
Divanir Higino destacou
que as atividades realizadas pela
instituição atendem ao princípio
sétimo do cooperativismo, que é
a preocupação com a comunidade.
“São muitas as iniciativas
e o objetivo é incrementá-las
ainda mais em 2023”.
COLABORADORES - Segundo
ele, a comunidade para o qual o
Instituto está voltado inclui,
também, uma parte do quadro
de colaboradores. “Nossa função
não é só a de gerar salário,
mas conhecer as dificuldades
pelas quais, por diferentes motivos,
esse público interno
possa estar passando e prestar-lhes
o necessário apoio”.
EMPATIA - Para o vice-presidente
José Cícero Aderaldo, as
ações do Instituto Cocamar
devem ser exercidas não pela
capacidade financeira, “mas,
principalmente, pela empatia
com as comunidades”. Na visão
dele, as atividades inspiram
simpatia junto aos diversos setores
“e é importante estar
sempre agregando novas propostas”.
Jo r n a l C o c a m a r | 2 1

EVENTOS
Capacitação sobre manejo de solos
Em parceria com o Sescoop (Serviço
Social de Aprendizagem do
Cooperativismo), a Cocamar deu
início dia1/6 a um curso de Manejo
de Solos para capacitação de
30 engenheiros agrônomos que
compõe o Departamento Técnico
e a equipe de assistência técnica
da cooperativa. “Estamos sempre
buscando aprimorar os profissionais
com novas informações e
debatendo assuntos importantes
com especialistas para a prestação
de um atendimento de excelência
aos cooperados”, comenta
o gerente técnico Rafael Furlanetto.
O curso se desenvolve em três
etapas, todas em Maringá, cada
uma delas compreendendo dois
dias, sendo as aulas ministradas
por especialistas da Universidade
Estadual de Maringá. Na primeira
etapa, 1 e 2/6, conduzida pelo
Prof. Dr. Cassio Tormena, foram
abordados os temas Física do
Solo, uma abordagem aplicada; e
Manejo do solo para produção de
grandes culturas de interesse
econômico. Dias 22 e 23/6, o
Prof. Dr. Marcelo Batista tratou de
mais dois assuntos: Fertilidade do
solo aplicada à produção de soja,
milho e trigo; e Avaliação da fertilidade
do solo e recomendação de
calagem e gessagem. A última
etapa do curso, dias 20 e 21 de
julho, com Prof. Dr. Tadeu Inoue,
terá como temas Fertilizantes –
principais características e uso; e
Recomendação de adubação
para soja, milho e trigo.
Novos materiais de milho
Evento técnico promovido pela
Cocamar dia 6/6 na Unidade de
Difusão de Tecnologias (UDT) em
Floresta, região de Maringá, contou
com a participação de profissionais
de sua equipe técnica,
representantes de empresas
fornecedoras de híbridos de milho
e um grupo de cooperados
atendidos pelo Grupo+ de assistência
técnica personalizada. A
finalidade foi conhecer novos
materiais desenvolvidos pelas
empresas, avaliar o desempenho
de cada um deles em parcelas
cultivadas no local e possibilitar
uma troca de informações
entre parceiros e técnicos.
O evento é mais uma realização
voltada ao aprimoramento técnico
dos profissionais da cooperativa,
para que seja prestado
um atendimento de excelência
aos cooperados.
O engenheiro agrônomo Felipe
Morota, coordenador da UDT,
explica que os principais materiais
do portfólio estão plantados
ali, recebendo a mesma adubação
e manejo fitossanitário,
“para que se possa compará-los
em relação à produção, potencial
produtivo, sanidade das plantas,
tolerância ao complexo de enfezamento,
enfim”. Saber como os
materiais vão se adaptar a cada
região e abordar também questões
relacionadas a outras pragas
e doenças que atacam a
cultura, estão entre os objetivos
do evento, conforme menciona
o gerente técnico Rafael Furlanetto,
um dos participantes.
Treinamento da ADITA/inpEV
Dia 29/6 a Associação dos Distribuidores
de Insumos e Tecnologia
Agropecuária (Adita) ministrou
um treinamento para 40
colaboradores da Cocamar em
Maringá. O tema: procedimentos
corretos para devolução das
embalagens de defensivos agrícolas
com foco na atualização
das legislações do Estado do
Paraná.
No dia 16 de junho outros 30 colaboradores
da Cocamar das unidades
de Altônia, Perola, Cianorte,
Cruzeiro do Oeste, Douradina,
Icaraíma, Iporã, Japurá,
Loanda, Nova Londrina, Querência
do Norte, Tapira, Terra Rica e
Umuarama participaram de outro
treinamento ministrado em
Umuarama pelo supervisor da
Central, Phelipe Fedri, com apoio
da coordenadora da ADITA/
InpEV, Adriana de Amorim, e do
diretor executivo da Adita, Waldir
Baccarin.
Jo r n a l C o c a m a r | 2 3

CERTIFICAÇÃO
Cocamar Máquinas é Classe Mundial
Ser elevada a essa categoria significa que
a concessionária alcançou os padrões de
excelência exigidos pela companhia em
relação aos serviços prestados
ACocamar Máquinas é
uma das poucas concessionárias
da John
Deere em todo o
mundo a atingir o nível de Classe
Mundial, reconhecido pela companhia”.
A afirmação foi feita na
noite de 28/6 durante cerimônia
em Maringá, pelo diretor nacional
de vendas da John Deere,
Marcelo Lopes, ao participar do
evento que oficializou a entrega
do certificado à concessionária.
PADRÃO DE QUALIDADE - De
acordo com o diretor, ser elevada
à categoria de Classe Mundial
significa que a Cocamar Máquinas
alcançou os padrões de excelência
exigidos pela companhia
em relação aos serviços prestados.
“Receber a classificação é
estar totalmente adequada e inserida
aos conceitos mundiais da
marca, o que garante padrão de
qualidade em todo o processo de
vendas, pós-vendas, distribuição,
atendimento e em sua estrutura
física”, comentou.
SOLENIDADE - A solenidade, no
Haddock Buffet, contou com a
presença de toda a equipe gestora
da Cocamar Máquinas - o
superintendente da concessionária,
Arquimedes Alexandrino,
gerentes e especialistas da rede
de unidades -, os superintendentes
Leandro Cezar Teixeira
(Relação com o Cooperado) e
Osmar Liberado (Operações) da
Cocamar Cooperativa Agroindustrial,
dirigentes da John Deere
e tradicionais clientes da marca.
A John Deere foi representada,
também, por Murilo Sugsawa,
gerente territorial de negócios;
Gustavo Barden, gerente divisional;
Luiz Eduardo Yanosteac, gerente
de contas estratégicas; e
Fabiano Araújo, especialista do
Banco John Deere.
INVESTIMENTOS - Ainda em
seu pronunciamento, Marcelo
Lopes destacou que a John
Deere realiza no Brasil mais investimentos
em pesquisa do
que em qualquer outro lugar do
mundo, e que as tecnologias
oferecidas visam tornar as operações
mais rentáveis e sustentáveis
para os produtores.
CONFIANÇA - Ao agradecer pelo
reconhecimento, o superintendente
Arquimedes Alexandrino
falou de sua alegria e também
“do grande engajamento e comprometimento
dos profissionais
da Cocamar Máquinas, concessionária
que está totalmente
alinhada às políticas da John
Deere”, ressaltando ainda que a
conquista se deve também à
confiança dos clientes.
SATISFAÇÃO - Segundo ele,
mesmo com poucos anos de
operação – na região de Maringá
a concessão começou em 2016
e na de Londrina em 2020 – a
concessionária atingiu mais de
90% de satisfação no atendimento
aos clientes, grande parte
dos quais têm suas operações
acompanhadas pelo Centro de
Soluções Conectadas (CSC). Há
três anos, conforme lembrou, o
CSC tinha 3 colaboradores e
atualmente já são 27.
MOTIVAÇÃO - Para o superintendente,
a certificação de
Classe Mundial é uma motivação
a mais para que concessionária
continue trabalhando forte para
evoluir cada vez mais. “Queremos
que o produtor reconheça a
Cocamar Máquinas como uma
consultoria altamente especializada
para sua tomada de decisão”,
completou.
PARCEIRO - Cliente da John
Deere desde 2008, o produtor
André Matarucco, de Paranavaí,
disse que sua família possui uma
frota da marca. “De 2008 pra cá,
a gente foi só aumentando”, citando
que um diferencial das
tecnologias embarcadas nos
maquinários está em fazer com
que os produtores queiram evoluir
sempre, “produzir mais em
menos áreas com a maior eficiência”.
Na visão dele, a Cocamar
Máquinas “é um parceiro ideal e
faz com que as nossas tomadas
de decisão sejam mais assertivas”
e o reconhecimento de
Classe Mundial é merecido, pois
está focado principalmente no
sucesso dos clientes.
SEGURANÇA - Por sua vez, Pedro
Pereira, de Maringá, cliente
há seis anos, conta com uma
frota formada por tratores, colheitadeiras,
pulverizadores e
plantadeiras, maquinários que,
segundo ele, asseguram qualidade
e rapidez nas operações,
sem esquecer que o atendimento
no pós-venda supera as
expectativas, conferindo segurança
e confiabilidade. “Estamos
muito satisfeitos”, completou
2 4 | Jo r n a l C o c a m a r

CRÉDITO DE CARBONO
Cooperados assinam Termo de Cooperação
O primeiro ciclo do projeto pode durar de 3 a 5 anos até
que ocorram as primeiras gerações dos créditos aos produtores
Oque começou com
um estudo para um
projeto de Lean Seis
Sigma há cerca de
um ano na Cocamar, propondo
um novo negócio com pagamento
por serviços ambientais
(PSA) para agregar mais renda e
sustentabilidade aos negócios
dos cooperados, mostrou a possibilidade
de ganhos financeiros
com o mercado de crédito de
carbono e alguns cooperados já
firmaram um Termo de Compromisso
com o projeto.
INÍCIO - Tal mercado surgiu com
a Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre a Mudança Climática
(UNFCCC) no Rio de Janeiro,
durante a ECO-1992, mas só
cinco anos depois, em 1997, foi
estabelecido o Protocolo de
Quioto determinando que os países
signatários assumissem o
compromisso para redução das
emissões de gases de efeito estufa
(GEE). Para isso, o Protocolo
deveria reunir 55% dos países
que representassem 55% das
emissões globais de GEE.
AÇÕES CONCRETAS - Na Cocamar,
o projeto foi criado com o
objetivo de estimular ações concretas
de mitigações de GEE e
que estejam em sintonia com a
meta de limitar o aquecimento
global a 1,5º C até 2030, estipulada
no Acordo de Paris em
2015, de maneira a promover
ações para estimular práticas
sustentáveis na produção agrícola.
São elas: o incentivo a Integração
Lavoura Pecuária e Floresta
(ILPF), melhorias nos sistemas
de plantio direto, uso de biológicos,
redução de adubações
nitrogenadas e pastagens rotacionadas,
além de apoiar o uso de
energia limpa e renovável, bem
como a preservação dos recursos
naturais.
O QUE É - Para entender um
pouco do crédito de carbono, entende-se
que uma tonelada de
dióxido de carbono (CO 2 ) que
deixa de ser emitida, corresponde
a um crédito de carbono e é este
que pode ser negociado no mercado
internacional. A redução da
emissão de outros gases que são
geradores de efeito estufa, como
o metano (CH 4 ) e o óxido nitroso
(N 2 O) também podem ser convertidos
em créditos de carbono,
utilizando-se para isso o conceito
de carbono equivalente.
COMERCIALIZAÇÃO - Assim,
para dar início ao projeto, a Cocamar
contratou uma consultoria
especializada, a Regrow, que irá
implementar toda a metodologia
conhecida como MRV, necessária
para mensurar/monitorar, relatar
e verificar o processo sobre as
emissões de carbono que podem
estar relacionadas a critérios de
mitigação ou adaptação às mudanças
climáticas. Isto será necessário
para posterior submissão
de documentos descritivos a
instituições de certificação como
Verra, Gold Standard e Social Carbon,
que atestam a geração de
créditos de carbono. A partir de
então, estes poderão ser comercializados
no mercado voluntário,
gerando uma renda extra ao produtor.
PILOTO - A fase piloto avançou
quando alguns cooperados residentes
em municípios do Paraná
participaram da primeira fase, firmando
um Termo de Compromisso
com o projeto. São eles: Ari
Andreoni e Milton Martinez, de
Tapira; André Garcia e João Garcia
Vilhegas, de São Jorge do Ivaí;
Cesar Luiz Velline, de Jardim
Olinda; e Valdenir Seidel, representando
a Fazenda Colab, de Altônia.
PRIMEIROS - De acordo com o
Departamento Técnico da Cocamar,
o primeiro ciclo do projeto
poderá durar de 3 a 5 anos até
que ocorram as primeiras gerações
dos créditos aos produtores.
Esse prazo não constitui empecilho
para que os produtores
acreditem no mesmo, pois, como
comentaram, o compromisso
deles é manter ou adicionar boas
práticas de manejo que além de
assegurarem oportunidades de
uma renda extra, têm como benefícios
maiores o aumento da
produtividade e da sustentabilidade
de sua produção.
CRITÉRIOS - O projeto poderá
ser estendido aos demais cooperados
interessados, observando-se
alguns critérios para
participação, sendo o principal
deles o comprometimento com
as boas práticas para a produção
sustentável, e exigindo-se, como
quesito básico, o cumprimento
da legislação ambiental.
METODOLOGIA - O Seis Sigma é
uma metodologia que busca reduzir
a variabilidade nos processos
produtivos. Dessa forma é
possível aumentar a qualidade do
produto e evitar desperdícios durante
a sua produção.
Jo r n a l C o c a m a r | 2 5

LEGISLAÇÃO
Produtor precisa registrar seu maquinário
Isso garante a propriedade do bem, facilita financiar novas
máquinas e rastrear e fiscalizar, para coibir roubos
Desde o dia 1 de julho,
entrou em vigor uma
atualização na normativa
que diz respeito
à circulação de maquinários
agrícolas nas rodovias. Aproveitando
a ocasião, a Cocamar voltou
a reforçar junto a seus cooperados
a importância de fazer o
correto registro de suas máquinas
no Registro Nacional de Tratores
e Máquinas Agrícolas
(Renagro), por meio do ID Agro
Máquinas, plataforma digital
desenvolvida pelo Instituto CNA
em parceria com o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), que permite o registro
oficial de tratores e equipamentos
agrícolas, sem custo
para o produtor rural, adequando-o
ao Código de Trânsito
Brasileiro.
AÇÕES - Foi realizado um encontro
virtual com cooperados,
transmitido na sala de reunião
de cada unidade, com a participação
e material de apoio produzido
pela Polícia Rodoviária
Federal e uma reunião presencial
na Unidade Maringá. O material
também foi disponibilizado no
portal Cocamar e no Youtube, e
ainda foram enviados, via Whats
App, cards explicativos sobre as
mudanças.
RENAGRO - Desde 1997 os
produtores rurais enfrentam
problemas com autoridades locais
acerca do trânsito com o seu
trator em via pública, isso até a
publicação do decreto 11014/
2022 e regulamentação do ID
Agro Máquinas, que desde 30 de
setembro de 2022 permitiu formalizar
a documentação de máquinas
e equipamentos, tornando
obrigatório o documento
Renagro para trânsito em via
pública para máquinas fabricadas
após 1/1/2016, e facultativo
o registro para máquinas fabricadas
antes disto, desde que
não transitem em vias públicas.
O Renagro é gratuito, não tem
taxas para o trator, não incide
IPVA, emplacamento ou licenciamento
anual.
EXIGÊNCIAS - Mas, ter o documento
Renagro não significa que
o produtor possa transitar com o
trator em via pública. O documento
é apenas um dos requisitos,
sendo necessário também
carteira de motorista correta,
que a máquina tenha dimensões
adequadas e os itens obrigatórios
de segurança. Dentre os
equipamentos obrigatórios estão
velocímetro e tacógrafo
(mais de 60 km/h), alerta sonoro
de marcha ré, buzina, cinto de
segurança, dispositivo para controle
de motor, espelhos retrovisores,
faróis dianteiros (luz branca
ou amarela), pisca alerta,
pneus em condições de segurança,
faixa retroreflectiva, lanternas
de marcha ré e de freio,
setas traseira e dianteira e iluminação
de placa traseira.
VANTAGENS - Para os especialistas,
o ID Agro Máquinas traz
diversas vantagens para o produtor
rural ao permitir a uniformização
das informações e
rastreio dos tratores e aparelhos
automotores, dando maior tranquilidade
para o produtor. Além
disso, dá maior garantia fiscal de
propriedade do bem, facilitando
operações de rastreabilidade e
fiscalização, para coibir roubos e
furtos, facilita processos de financiamento
de novas máquinas
e de contratação de seguro,
e com a consolidação de informações
comerciais, possibilita
criar uma tabela FIPE de máquinas
agrícolas, nos moldes do que
ocorre com os veículos.
O QUE FAZER - Para registrar
sua máquina agrícola, o produtor
precisa ter a nota fiscal ou documento
de compra e venda registrado
em cartório. O registro é
feito diretamente nas concessionárias
de máquinas agrícolas
de forma gratuita e simplificada.
Esse, entretanto, é o grande
desafio. A maior parte dos produtores
não possui nota fiscal
nem documento de compra e
venda, mas, é possível utilizar a
declaração de imposto de renda
como documento de comprovação
da propriedade. E no caso de
máquinas antigas, de fabricantes
que não existem mais no Brasil,
é possível fazer um registro especial
envolvendo a rede sindical.
FUNCIONALIDADES - Dentre as
funcionalidades em desenvolvimento
no ID Agro Máquinas está
ainda a que permite aos proprietários
transferir a máquina agrícola
de forma direta, pelo aplicativo,
sem intermediadores na
operação; a realização do registro
de máquinas agrícolas todo
de forma remota; o registro da
operação de troca do motor da
máquina agrícola; e a baixa no
registro das máquinas agrícolas
inutilizadas ou destinadas ao
desmanche.
Acesse o QRCode para mais
informações sobre o
Cadastro no ID Agro Máquinas
2 6 | Jo r n a l C o c a m a r

PLANO SAFRA 2023/24
Sicredi Dexis planeja liberar R$ 3,2 bi
O valor será acima do recorde de R$ 2,6 bi da safra 2022/23, que atendeu 9,5 mil
produtores do norte e noroeste do Paraná, centro e centro-leste de São Paulo
Se a expectativa se confirmar,
a Sicredi Dexis
vai liberar um volume
recorde de crédito no
Plano Safra 2023/2024: R$ 3,2
bilhões. O valor será acima do recorde
anterior, de R$ 2,6 bi da
safra 2022/2023, que atendeu
9,5 mil produtores do norte e
noroeste do Paraná, centro e
centro-leste de São Paulo.
RECURSOS - A boa expectativa
também se deve ao volume recorde
anunciado pelo governo
federal, de R$ 441 bi, sendo R$
364 bi para a agricultura empresarial
- R$ 272 bi para custeio e
comercialização e R$ 92 bi para
investimentos - para apoiar
grandes produtores rurais e enquadrados
no Programa Nacional
de Apoio ao Médio Produtor
Rural (Pronamp) – o volume é
27% superior ao plano anterior.
Para os pequenos produtores,
foram anunciados R$ 77 bilhões,
30% mais do que no plano anterior.
JUROS - “Em relação às taxas de
juros, tivemos poucas mudanças.
Nas linhas de custeio os juros vão
permanecer em 8% para Pronamp
e 12% para os demais.
Para pequenos produtores, da
agricultura familiar, os juros reduziram
para 3%, 4% e 6% ao ano. A
novidade é uma redução de meio
ponto percentual na taxa, podendo
acumular redução de até
1% ao ano para os produtores
que apresentarem o Cadastro
Ambiental Rural (CAR) validado
com status de analisado, que
possuírem produção orgânica ou
agroecológica, que utilizem de
bioinsumos, que possuem tratamento
de dejetos nas granjas de
suíno, energia solar nos aviários,
rebanhos rastreados ou possuem
certificação de sustentabilidade”,
comenta o gerente de
desenvolvimento do Agronegócio,
Vitor Pasquini.
CONSTRUÇÃO - Ele destaca
outro aspecto importante: o aumento
de 81% no volume de recursos
para o Programa para
Construção e Ampliação de Armazéns
(PCA) com capacidade
de até seis mil toneladas e de
61% para armazéns de maior capacidade.
“Isso é muito importante,
principalmente para o
momento que o Brasil está vivendo,
com deficiência da capacidade
de armazenamento”.
INVESTIMENTO - Os recursos
do Plano Safra podem ser usados
para custeio da produção e
também para investimentos,
como aquisição de tratores, colheitadeiras,
pulverizadores, sistema
de irrigação, animais de
reprodução ou criação e ampliação
de benfeitorias.
ORIENTAÇÃO - Todas as 111
agências da Sicredi Dexis contam
com especialistas em agronegócio
e ajudam os produtores a ter
acesso aos recursos do Plano
Safra.
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MEMÓRIA
O que fazemos em vida,
ecoa pela eternidade
Em memória daqueles que deixaram seu legado na história da Cocamar,
falecidos entre 20/05/2023 e 20/06/2023
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