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GENÉTICA<br />
Pesquisadores desenvolvem árvores que produzem até 40% mais celulose por ciclo<br />
DO BRASIL PARA<br />
O MUNDO<br />
SABRES NACIONAIS CONQUISTAM<br />
MERCADO FLORESTAL INTERNACIONAL<br />
FROM BRAZIL<br />
TO THE WORLD<br />
BRAZILIAN GUIDE BARS<br />
CONQUER THE INTERNATIONAL<br />
FOREST-BASED MARKET
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atingir até 25 cm abaixo do solo;<br />
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acácia, pinus, laranja, café, etc;<br />
Trituração de rebrotas de eucalipto, limpeza de áreas com as<br />
sobras de galhadas e tocos para a continuidade ou renovação<br />
da plantação e troca de atividades como pecuária e agricultura
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NO ESPAÇO F-12
SUMÁRIO<br />
AGOSTO 2023<br />
86<br />
PRODUTIVIDADE,<br />
QUALIDADE E<br />
PRECISÃO<br />
14 Editorial<br />
16 Cartas<br />
18 Bastidores<br />
20 Notas<br />
68 Coluna CIPEM<br />
70 Frases<br />
72 Entrevista<br />
82 Coluna<br />
86 Principal<br />
92 Manejo<br />
100 Integração<br />
106 Madeira<br />
112 Monitoramento<br />
115 Caderno Empresarial<br />
124 Mercado<br />
126 Genética<br />
130 Produtividade<br />
132 Sustentabilidade<br />
138 Pesquisa<br />
144 Agenda<br />
146 Espaço Aberto<br />
92<br />
132<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
21 Agroceres<br />
101 Beltz do Brasil<br />
17 BKT<br />
19 Bruno<br />
105 Campoar Drones Agrícolas<br />
27 Carrocerias Bachiega<br />
107 Centenaro Cavacos<br />
143 Controlfor<br />
127 D’Antonio Equipamentos<br />
31 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
41 DRV Ferramentas<br />
97 Duffatto Viveiro <strong>Florestal</strong><br />
113 Ecoserra<br />
73 Eloforte<br />
49 Emex Brasil<br />
35 Engeforest<br />
77 Engtec Forest<br />
148 Envimat<br />
13 Envu<br />
61 Feldermann Forest<br />
63 Felipe Diesel<br />
06 Fex<br />
111 Flamar Implementos<br />
75 Francio Soluções Florestais<br />
137 Fratex<br />
67 H Fort<br />
04 Himev<br />
25 Ihara<br />
51 J de Souza<br />
15 Komatsu Forest<br />
147 Log Max<br />
43 Manos Implementos<br />
65 Mill Indústrias<br />
57 Minusa Forest<br />
139 Nicoletti Máquinas<br />
53 Planalto Picadores<br />
59 Planflora Mudas<br />
79 Poly Brasil<br />
123 Prêmio REFERÊNCIA<br />
133 Raptor <strong>Florestal</strong><br />
99 Recimac<br />
81 Reflorestar Serviços Florestais<br />
69 Richetti Madeiras e Biomassa<br />
47 Rocha Facas<br />
141 Rodoleve<br />
135 Rodotrem<br />
84 Rotary-Ax<br />
10 Rotor Equipamentos<br />
55 Sergomel<br />
29 Sumitomo<br />
23 SuperTek<br />
145 Tech Forestry<br />
37 Tecmater<br />
08 Tigercat<br />
109 Toga Radiadores<br />
39 Unibrás<br />
129 Unidas Locação<br />
93 Vale do Tibagi<br />
83 Valfer Ferramentas<br />
33 Vantec<br />
95 Vista Hydraulics<br />
45 Watanabe<br />
71 WDS Pneumática<br />
103 Woodtech<br />
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EDITORIAL<br />
Olhando para o alvo<br />
Estar em primeiro lugar é o objetivo para qualquer competidor.<br />
Ninguém sai de casa para ser o último, todos buscam o topo e se<br />
tratarmos a indústria de base florestal brasileira como esse competidor,<br />
ela pode sim manter seus olhos no alvo e se tornar um líder e<br />
exemplo mundial para o segmento. O Brasil tem terras férteis, clima<br />
ideal e acima de tudo pessoas dispostas a fazer mais e melhor. Entregar<br />
melhores resultados, atingir novos níveis e buscar objetivos ainda<br />
maiores dos até aqui já alcançados. O caminho é cheio de dificuldades<br />
e percalços, mas o setor florestal nacional tem todos os recursos<br />
e chances de se tornar o modelo de negócio e indústria ideal. Nessa<br />
edição, o leitor irá conhecer um pouco mais sobre a Rotary-Ax,<br />
especialista em ferramentas de corte para o segmento florestal e<br />
seus planos de crescimento, novidades sobre captura de carbono,<br />
modelos de integração lavoura-floresta, produtividade florestal e uma<br />
entrevista exclusiva com o novo presidente do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro), Garo Batmanian, que apresenta os planos da autarquia<br />
para os próximos anos. Ótima leitura!<br />
Manipuladores<br />
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Na capa dessa edição a<br />
Rotary-Ax, especialista em<br />
itens de reposição para<br />
o corte mecanizado no<br />
segmento florestal<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº254 • Agosto 2023<br />
GENÉTICA<br />
DO BRASIL PARA<br />
O MUNDO<br />
Pesquisadores desenvolvem árvores que produzem até 40% mais celulose por ciclo<br />
SABRES NACIONAIS CONQUISTAM<br />
MERCADO FLORESTAL INTERNACIONAL<br />
FROM BRAZIL<br />
TO THE WORLD<br />
BRAZILIAN GUIDE BARS<br />
CONQUER THE INTERNATIONAL<br />
FOREST-BASED MARKET<br />
LOOKING AT THE TARGET<br />
Being first is the goal of any competitor. No one leaves home<br />
to be the last, everyone seeks the top, and if we treat the Brazilian<br />
forest-based industry as this competitor, it can keep its eyes on the<br />
target and become a world leader and example for the segment.<br />
Brazil has fertile lands, an ideal climate, and people willing to do more<br />
and better, delivering better results, reaching new levels, and seeking<br />
even greater goals than those already achieved. The path is full of difficulties<br />
and mishaps, but the Brazilian Forest-based Sector has all the<br />
resources and chances to become the ideal business model and industry.<br />
In this issue, the reader will learn a little more about Rotary-Ax, a<br />
specialist in cutting tools for the Forest-based Sector and its growth<br />
plans, news on carbon capture, crop-forest integration models, forest<br />
productivity, and an exclusive interview with Garo Batmanian, the<br />
new president of the Brazilian Forest Service (SFB), who talks about<br />
the plans of the agency for the next few years. Pleasant Reading!<br />
Entrevista com<br />
Garo Batmanian,<br />
novo presidente<br />
do SFB (Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro)<br />
Programa cooperativo monitora<br />
produtividade e sequestro de<br />
carbono em florestas plantadas<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXV - EDIÇÃO 254 - AGOSTO 2023<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Guilherme Augusto Oliveira<br />
Sofia Carlesso<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
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GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
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CARTAS<br />
Manipuladores<br />
Hidráulicos<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
DESEMPENHO DE GIGANTE Novo picador florestal Titan bate recorde no processamento de madeira<br />
COMBATE A INCÊNDIOS<br />
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Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
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Ano XXV • Nº253 • Julho 2023<br />
PRINCIPAL<br />
Por Ailton Junior, Telêmaco Borba (PR)<br />
A prontidão e excelência do trabalho da Flamar ajuda a proteger florestas<br />
nativas e as áreas de silvicultura do Brasil com perfeição.<br />
ECONOMIA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Pedro Lopez, Canoas (RS)<br />
Tão importante quanto anunciar o crescimento é mostrar com números<br />
esse crescimento. Essa transparência é uma das forças do setor.<br />
ESPÉCIE<br />
Por Paulo Batista, Bauru (SP)<br />
A EMBRAPA é um patrimônio nacional. O trabalho desses pesquisadores<br />
fez com que o Brasil se tornasse essa potência produtiva.<br />
Foto: divulgacão<br />
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Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
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Estaremos presentes na<br />
Expoforest 2023, maior<br />
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no stand 112, durante os<br />
dias 09 a 11 de agosto<br />
na região de Guatapará<br />
(SP). Estaremos<br />
presenteando clientes<br />
e assinantes da Revista<br />
com belos chapéus,<br />
bonés e chaveiros.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
CAPA<br />
Registro da reportagem da capa dessa edição<br />
em parceria com a Rotary-Ax, realizado na<br />
região de Bauru (SP), na empresa Riacho<br />
<strong>Florestal</strong>.<br />
VISITA<br />
O diretor da Rocha<br />
Facas, Jair Rocha,<br />
esteve visitando as<br />
dependências da<br />
JOTA EDITORA, e<br />
foi recepcionado<br />
pelo comercial da<br />
REVISTA REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, Gerson<br />
Penkal.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ALTA<br />
AGOSTO 2023<br />
CONCESSÕES DESBUROCRATIZADAS<br />
DEMANDA INTERNACIONAL<br />
Aprovada pelo Senado Federal no final de maio, a<br />
Lei nº 14.590/2023 prevê mudanças na Lei de Gestão<br />
de Florestas Públicas, responsável por garantir<br />
a proteção das florestas brasileiras e combater a<br />
prática ilegal de apropriação de terras, ocupações<br />
irregulares e a exploração irresponsável dos recursos<br />
naturais. As alterações implementadas pela Lei<br />
nº 14.590 permitem às concessionárias acesso ao<br />
patrimônio genético ou conhecimento tradicional<br />
para fins de conservação, pesquisa, desenvolvimento<br />
e bioprospecção, bem como a comercialização<br />
de créditos de carbono. As mudanças aprovadas<br />
visam facilitar e desburocratizar o processo de<br />
concessões florestais.<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Os mercados de madeira tropical não mostraram sinais<br />
de recuperação em maio e mantiveram queda em alguns<br />
países, de acordo com o último relatório do GTI (Global<br />
Timber Index). O GTI ficou abaixo de 50% nos sete países-<br />
-piloto Brasil, China, Congo, Gabão, Indonésia, Malásia e<br />
México, indicando crescimento negativo no setor. Segundo<br />
o relatório, o GTI da Indonésia, que havia subido acima do<br />
valor limite de 50% em abril, caiu 5,7 pontos percentuais<br />
em maio, para 44,9%, sugerindo que as bases da recuperação<br />
da indústria madeireira do país continuam fracas.<br />
O GTI do Congo aumentou 9,4 pontos percentuais, para<br />
35,7%, indicando um abrandamento no ritmo de contração<br />
do setor. GTIs ficaram bem abaixo de 50% na China<br />
(35,3%), Malásia (28,0%), Brasil (32,9%), Gabão (33,8%) e<br />
México (44,5%), sem recuperação à vista.<br />
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NOTAS<br />
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NOTAS<br />
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Livro eucalipto<br />
No Brasil, o eucalipto é o gênero mais utilizado em plantios florestais com fins comerciais, sendo seu cultivo de grande<br />
relevância econômica, social e ambiental. Nos últimos anos, contudo, vem se tornando frequente a introdução e a disseminação<br />
de novas pragas e doenças, exigindo cada vez mais o manejo integrado. Foi nesse contexto que uma equipe de especialistas da<br />
Suzano, reuniu no livro Pragas & Doenças do Eucalipto informações para detecção, manejo e controle das principais ameaças da<br />
cultura. A publicação permite identificar as principais pragas e doenças do eucalipto, reunindo fotos e informações detalhadas<br />
para serem utilizadas na estratégia de manejo integrado, como caracterização morfológica, comportamento daninho, importância<br />
econômica, época da ocorrência e mecanismos de controle. O livro também relaciona os principais inimigos naturais utilizados no<br />
controle biológico de pragas do eucalipto.<br />
“Esse trabalho é fruto de décadas de experiência, investimentos em pesquisa e sólidas parcerias com pesquisadores, universidades<br />
e institutos de pesquisa. Nosso objetivo é compartilhar conhecimentos com os demais produtores florestais, academia e<br />
com a sociedade em geral, seguindo um dos nossos direcionadores de gerar e compartilhar valor”, explica Reginaldo Gonçalves<br />
Mafia, gerente executivo de Inovações em Manejo <strong>Florestal</strong> da Suzano. Com prefácio dos professores Carlos F. Wilcken, líder do<br />
PROTEF/IPEF (Programa de Proteção <strong>Florestal</strong>/Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), e Acelino C. Alfenas, da UFV (Universidade<br />
Federal de Viçosa), o livro é de autoria de diversos profissionais da Suzano, que atuam na área de tecnologia e inovação.<br />
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NOTAS<br />
Destaque paranaense<br />
A Great Place To Work, consultoria global que avalia e certifica ambientes de trabalho em diversos países, divulgou, no<br />
fim de junho, as Melhores Empresas de Agro 2023. O que chamou atenção é que a Remasa Reflorestadora, empresa sediada<br />
em Bituruna (PR), conquistou o primeiro lugar do ranking de médias empresas. A avaliação dos melhores do Agro, que está<br />
na quinta edição, teve 199 empresas inscritas, com um total de 241.055 funcionários – 50 delas foram premiadas, sendo 10<br />
de pequeno porte, 20 de médio porte e 20 de grande porte.<br />
Para celebrar a conquista, a Remasa divulgou um comunicado assinado pelo diretor-presidente, Alceu Gugelmin Junior,<br />
reforçando o compromisso de criar um ambiente de trabalho excepcional para todos aqueles que contribuem para o<br />
crescimento da empresa. “A conquista deste prêmio não é apenas uma honra para nós, mas também é uma oportunidade<br />
para refletirmos sobre a importância do agronegócio no Brasil, em particular, o setor de florestas plantadas. Nosso setor tem<br />
desempenhado um papel fundamental na economia, na preservação do meio ambiente, e um exemplo notável de como as<br />
duas prioridades podem coexistir e se equilibrar”, disse Alceu.<br />
Na mesma ocasião, Alceu afirmou que o compromisso em desenvolver uma atividade responsável e sustentável é resultado<br />
do esforço conjunto de cada colaborador, que desempenha um papel fundamental em nossa jornada. “Gostaria, portanto,<br />
de agradecer a cada um dos membros da equipe Remasa, por seu comprometimento, dedicação e paixão pelo trabalho que<br />
realizam todos os dias. Vocês são a essência do nosso sucesso e motivo de orgulho”, completou Alceu.<br />
Foto: divulgação<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Save the date<br />
O Congresso Plantações Florestais foi considerado<br />
um grande sucesso segundo os organizadores.<br />
O evento reuniu toda a cadeia produtiva<br />
florestal, recebeu profissionais e pesquisadores<br />
de diversas instituições nacionais e internacionais,<br />
e colocou em pauta temas relevantes, técnicos,<br />
científicos, estratégicos e inovadores sobre como<br />
as plantações florestais têm contribuído para a<br />
sociedade, de forma expressiva, envolvendo aspectos<br />
econômicos, sociais e o atendimento de<br />
serviços ecossistêmicos.<br />
E devido aos resultados obtidos no evento<br />
a próxima edição já está garantida. Na edição<br />
de 2023 as inscrições foram esgotadas com antecedência<br />
e a audiência superou mais de 400<br />
participantes por dia. Em 9 sessões plenárias, 14<br />
talk shows e 14 sessões de trabalhos voluntários,<br />
contou com o envolvimento de mais de 65 palestrantes,<br />
foram selecionados mais de 130 trabalhos<br />
científicos e em relação a sustentabilidade, foi<br />
um evento carbono neutro.<br />
O IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais),<br />
organizador do evento, destacou a parceria<br />
da ABTCP (Associação Brasileira de Técnicos<br />
em Celulose e Papel), IBÁ (Indústria Brasileira<br />
de Árvores) e IUFRO (União Internacional de Organizações<br />
de Pesquisa <strong>Florestal</strong>) na realização<br />
do evento, dos patrocinadores, das associações<br />
apoiadoras.<br />
O próximo congresso será realizado em abril<br />
de 2025 e as informações sobre inscrições e temas<br />
abordados serão divulgados pelo IPEF.<br />
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NOTAS<br />
Conhecimento difundido<br />
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O PCCF (Programa Cooperativo sobre Certificação <strong>Florestal</strong>) do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) reuniu em<br />
sua XXX Reunião de Filiadas empresas e profissionais do setor florestal. O evento foi realizado de forma híbrida, com sessão<br />
presencial em Curitiba (PR). No total, 33 participantes estiveram em Curitiba, representando 19 empresas, e outras 30 pessoas,<br />
de diversos estados, acompanharam online.<br />
Ao longo de 3 dias de encontro, colocou em pauta diversos temas relevantes sobre certificação florestal e teve como foco<br />
principal as mudanças previstas para o Novo Padrão FSC (Conselho de Manejo <strong>Florestal</strong>). Divididas em nove temas centrais e<br />
ministradas por seis profissionais, as apresentações e discussões foram definidas com base em pontos considerados críticos para<br />
as empresas filiadas ao PCCF.<br />
Entre os temas, os participantes puderam acompanhar sobre os Desastres Naturais (José Maia - Morada Consultoria), Monitoramento<br />
do Plano de Manejo e Monitoramento e Implementação de Indicadores (Zezé Zakia), Programa de Auditoria Interna<br />
(José Maia e Zezé Zakia), Direitos Fundamentais no Trabalho e Compensação Justa (Arthur Gersioni - Eldorado Brasil), Relação<br />
com as Comunidades e Povos Indígenas (Eunice Brito - Etno Consultoria), Equidade de Gênero (Fernanda Rodrigues - Rede Mulher<br />
<strong>Florestal</strong>) e Práticas Anticorrupção (André Tourinho - Eldorado Brasil).<br />
O PCCF agradece a participação de todos os palestrantes e representantes das empresas que prestigiaram o evento, de forma<br />
presencial ou remota. A próxima reunião de filiadas do PCCF será realizada nos dias 22 e 23 de novembro, na Bracell SP, em<br />
Lençóis Paulista (SP)<br />
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NOTAS<br />
Associação ativa<br />
O FFBA (Fórum <strong>Florestal</strong> da Bahia) realizou em Porto Seguro (BA) a sua LXXXIV reunião ordinária. A plenária tratou de assuntos<br />
como o levantamento de informações acerca da construção do novo aeroporto na Costa do Descobrimento, das atualizações<br />
dos resultados e as próximas etapas do Monitoramento do Uso do Solo na região do extremo sul da Bahia, bem como<br />
das ações da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) para a fiscalização do uso de defensivos químicos.<br />
A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) lançou o PAFS (Programa Ambiente <strong>Florestal</strong> Sustentável) em<br />
2016. Este programa é uma ampliação do PFCLP (Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda), lançado pela ADAB<br />
(Agência de Defesa Agropecuária) e ABAF em 2015, visando o monitoramento e controle da lagarta parda no sul e extremo sul<br />
da Bahia. Após os bons resultados alcançados pelo PFCLP, a aceitação dos diversos stakeholders e das empresas, a ADAB e a<br />
ABAF resolveram manter o PAFS, ampliando os tópicos a serem trabalhados.<br />
Durante a reunião plenária foi realizada a escolha da nova secretária executiva, momento em que se encerrou o período<br />
de 2 anos da secretária atual, ocupada pela advogada Victória Rizo. Seguindo o regimento interno, os membros realizaram a<br />
votação aberta e democrática para escolher um(a) candidato(a) entre os três finalistas de um processo seletivo que se iniciou<br />
com 81 candidatos e finalizou com a escolha da engenheira florestal Érica Munaro para ser a nova secretária executiva do<br />
Fórum <strong>Florestal</strong> da Bahia pelos próximos 2 anos.<br />
Paulo Andrade, coordenador do PAFS (Programa Ambiente <strong>Florestal</strong> Sustentável), felicitou Victoria Rizo pelo período em<br />
que liderou a secretaria executiva da entidade e parabeniza Érica Munaro pelo êxito na seleção. “Destacamos sua posição de<br />
parceira para a continuidade do diálogo saudável, respeitoso e construtivo, em harmonia com os objetivos<br />
do desenvolvimento regional sustentável”, declarou Paulo.<br />
Foto: Pedro José Ferreira Filho<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Radar de melhoramento<br />
Os testes de progênies do PCMF (Programa Cooperativo sobre Melhoramento <strong>Florestal</strong>),<br />
localizados em Itatinga (SP), receberam o Escaneamento LiDAR. Essa etapa faz parte do<br />
projeto: Escaneamento LiDAR em Experimentos de Melhoramento Genético <strong>Florestal</strong>; desenvolvido<br />
em parceria entre o PCMF do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), a<br />
ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo)<br />
e com o apoio de diversas empresas filiadas.<br />
O objetivo principal do projeto é avaliar a viabilidade da tecnologia LiDAR em ensaios<br />
de melhoramento genético, comparando-a com os métodos tradicionais de mensuração em<br />
campo. A ação de campo foi acompanhada pelas empresas Suzano, EMESENT, ForLiDAR e<br />
Gestão Engenharia, além dos representantes da ESALQ/USP e do IPEF, e no total sete empresas<br />
afiliadas ao PCMF estão participando dessa iniciativa.<br />
Para a equipe do PCMF, o projeto representa um passo significativo no aprimoramento<br />
do conhecimento e da tecnologia utilizada nos programas de melhoramento florestal. E, a<br />
presença da Emesent foi particularmente importante para explorar os recursos e as aplicações<br />
do Hovermap STX, um novo equipamento com maior resolução.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Data<br />
marcada<br />
O comitê brasileiro organizador do Congresso<br />
Internacional IUFRO (União Internacional<br />
de Organizações de Pesquisa <strong>Florestal</strong>, em<br />
inglês) composto por instituições nacionais<br />
e internacionais do setor florestal, inclusive<br />
pelo IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos<br />
Florestais), se reuniu em Campo Grande (MS)<br />
para o planejamento da próxima edição do<br />
evento, que será entre os 18 a 21 de setembro<br />
de 2023.<br />
O Congresso terá como tema: Estratégias<br />
Novas e Clássicas para Manejar a Sanidade<br />
<strong>Florestal</strong> em Plantações; e contará com a<br />
participação de palestrantes da África do Sul,<br />
Argentina, Austrália, Brasil, Colômbia, EUA<br />
(Estados Unidos da América), Inglaterra, Israel,<br />
Nova Zelândia e Uruguai, que abordarão as<br />
novidades no manejo de pragas e doenças em<br />
plantações florestais. Alguns tópicos de discussão<br />
já foram definidos, como Biossegurança,<br />
Controle Biológico, Melhoramento genético<br />
aplicado à pragas e doenças, Mudanças climáticas,<br />
Novas tecnologias aéreas de aplicação<br />
e Possibilidades no manejo de Organismos<br />
Geneticamente Modificados em florestas.<br />
O comitê de organização é representado<br />
pelo IPEF, UNESP (Universidade Estadual Paulista),<br />
Embrapa Florestas (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária), Reflore-MS (Associação<br />
Sul-Mato-Grossense de Produtores e<br />
Consumidores de Florestas Plantadas), UFGD<br />
(Universidade de Grande Dourados), SCION,<br />
NSW, UDELAR (Universidad de La Republica, no<br />
Uruguai), FABI (Faculdade Batista Interdenominacional)<br />
e Arauco. O encontro promovido<br />
em Campo Grande (MS), com apoio da Reflore<br />
(MS), contou a presença de Murilo Ribeiro<br />
(coordenador PROTEF/IPEF), professor Carlos<br />
Wilcken (Líder Científico Proteção <strong>Florestal</strong><br />
do IPEF e UNESP/Botucatu), professor Edson<br />
Furtado (UESP/Botucatu), Leonardo Barbosa<br />
(Embrapa Florestas), Dito Mário (Reflore-MS) e<br />
professor Fabrício Pereira (UFGD).<br />
As inscrições e submissões de trabalhos<br />
para o Congresso Internacional IUFRO estão<br />
abertas e podem ser feitas através do QR<br />
Code:<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Luta contra o fogo<br />
Foto: divulgação<br />
A Campanha Pantanal sem Incêndios, alerta para os riscos de incêndios e esclarece sobre o uso consciente do fogo nos Estados<br />
de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com o conceito central: Pantanal sem incêndios. Onde tem fogo, tem que ter cuidado; a<br />
campanha foi lançada em 23 de junho, e é uma inciativa do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), da Secretaria<br />
de Comunicação da Presidência da República, do Ibama e do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em<br />
parceria com os governos estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />
A iniciativa faz parte do plano de ação para o manejo integrado do fogo no bioma Pantanal, que visa contribuir para a redução<br />
significativa dos incêndios florestais. Elaborado pelo Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais)<br />
do Ibama, com apoio do MMA, do ICMBIO, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do LASA (Laboratório de Aplicações<br />
de Satélites Ambientais) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Segundo o plano, as ações serão realizadas de forma<br />
integrada, buscando somar esforços das diferentes entidades atuantes no Pantanal, tanto governamentais, terceiro setor e sociedade<br />
civil.<br />
O Pantanal sofreu grandes incêndios florestais em 2020, quando aproximadamente 30% do bioma foi consumido pelo fogo causando<br />
impactos negativos à saúde, à biodiversidade e à economia. Os focos ocorreram, sobretudo, em zonas de vegetação natural e<br />
pastagem, afetando profundamente as áreas de conservação ambiental.<br />
Buscando se antecipar e evitar a repetição desse quadro, o Plano de Ação do Pantanal prevê três frentes de atuação: prevenção,<br />
preparação e combate ao fogo, visando evitar a ocorrência dos incêndios ou diminuir sua severidade; organizar as estruturas de pessoal,<br />
equipamentos e bases operacionais; e, em caso de incidentes, controlar e extinguir todos os focos de forma organizada, segura<br />
e eficiente.<br />
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NOTAS<br />
Monitoramento e segurança<br />
A FEENA (Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade), em conjunto com a prefeitura municipal de Rio Claro (SP), por meio<br />
da Secretaria de Segurança Pública, firmaram uma parceria para fortalecer o monitoramento e ações de preservação na UC (Unidade<br />
de Conservação). A partir de agora, a gestão da unidade terá acesso às imagens de oito câmeras de segurança instaladas em pontos<br />
estratégicos da FEENA. Com isso, será possível realizar uma fiscalização e monitoramento de forma mais abrangente e eficiente do<br />
entorno da floresta, bem como ter uma visão ampla da UC e da cidade em seu entorno.<br />
As imagens, até então, eram monitoradas pela GCM (Guarda Civil Municipal) , mas agora com o acesso pela equipe da Fundação<br />
<strong>Florestal</strong>, esta capacidade de monitoramento será ampliada. Para isso, foi criada uma central na Administração da Floresta, que estará<br />
sob a responsabilidade da gestão da Unidade. “Esta iniciativa trará uma resposta mais rápida para as ações de prevenção, monitoramento<br />
e combate a ocorrências como incêndios florestais, descarte inadequado de resíduos sólidos e depredação do patrimônio<br />
público, entre outras”, completa Simone Freitas, gestora da UC.<br />
A parceria entre a Fundação <strong>Florestal</strong> de São Paulo e a prefeitura foi estabelecida por meio de um convênio, com duração inicial<br />
de cinco anos, podendo ser prorrogado de acordo com o interesse das partes envolvidas. Além do reforço no monitoramento, a<br />
gestão da FEENA tem se empenhado em ações de educação ambiental junto à população residente nos bairros próximos à unidade.<br />
Também foram adicionadas placas informativas em pontos estratégicos para reforçar a comunicação visual e conscientizar a população<br />
sobre a importância da preservação ambiental. “A parceria entre a Fundação <strong>Florestal</strong> e a Prefeitura demonstra o compromisso<br />
mútuo com a proteção e preservação da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, e reforça a importância do envolvimento<br />
da sociedade na conservação das áreas naturais”, finaliza Simone.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Teca em<br />
páginas<br />
A Embrapa Florestas (Empresa Brasileira de<br />
Pesquisa Agropecuária), por meio de uma parceria<br />
técnica envolvendo diversas instituições públicas<br />
e privadas, acaba de disponibilizar o livro Teca<br />
(Tectona grandis L. f.) no Brasil. A publicação reúne<br />
distintos aspectos desta espécie de madeira nobre<br />
e altamente valorizada no mercado internacional.<br />
A obra engloba um importante acervo de conhecimentos<br />
técnicos-científicos sobre a cadeia produtiva<br />
da teca no Brasil, e contém 18 capítulos, tratados<br />
por 47 autores. O livro foi editado em formato digital<br />
e está disponível para download gratuito.<br />
A obra, em mais de 700 páginas, aborda temas<br />
como caracterização botânica, distribuição natural<br />
e requerimentos ambientais; contexto do mercado<br />
mundial da madeira; melhoramento genético;<br />
zoneamento edafoclimático no Brasil; produção de<br />
mudas; silvicultura e manejo sob sistemas de produção<br />
de monocultivo e de integração lavoura-pecuária-floresta;<br />
geotecnologias aplicadas aos cultivos;<br />
sanidade; crescimento e produção; softwares para<br />
manejo florestal de precisão; planejamento, análise<br />
econômica e pesquisa operacional; qualidade da<br />
madeira e certificação florestal.<br />
A teca é originária do sudeste asiático, com<br />
ocorrência natural na Índia, Laos, Mianmar e Tailândia.<br />
Sua madeira possui elevado valor, devido às<br />
suas excepcionais propriedades e beleza. Em função<br />
da enorme demanda por sua madeira no mercado<br />
mundial, plantios de teca passaram a ser realizados,<br />
em mais de 70 países tropicais. Dentre esses, o Brasil<br />
é considerado um relevante player mundial em<br />
plantios de curta rotação de teca, especialmente,<br />
por possuir algumas regiões que garantem condições<br />
ambientais muito favoráveis ao seu cultivo,<br />
atreladas ao uso de clones de bom desempenho<br />
e ao uso de práticas silviculturais de elevado nível<br />
tecnológico.<br />
Desde sua introdução no Brasil, até os dias<br />
atuais, a adaptação da espécie em várias localidades<br />
tropicais brasileiras, aliada aos investimentos em<br />
pesquisa, desenvolvimento e inovação de forma a<br />
aprimorar seu sistema de produção, tem permitido<br />
o sucesso de seus cultivos. O bom desempenho das<br />
plantações de teca, especialmente em Mato Grosso,<br />
ganhou destaque e se estendeu a outros Estados<br />
brasileiros com clima tropical.<br />
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NOTAS<br />
Consulta pública<br />
O IATPR (Instituto Água e Terra do Paraná) abriu no dia 12 de julho a consulta pública para receber contribuições que<br />
possam ajudar no aperfeiçoamento dos textos das portarias IAT nº 257, 258 e 259. As normativas tratam de procedimentos<br />
para o plantio e uso para fins comerciais de espécies exóticas invasoras no Paraná, como o pinus, gramíneas, árvores<br />
frutíferas, plantas ornamentais e para sombreamento e acácia-negra. A medida tem como objetivo central ampliar o debate<br />
com a sociedade civil, comunidade científica, produtores rurais e organizações sindicais. Os formulários para enviar sugestões<br />
ficarão disponíveis por 30 dias no site do IAT.<br />
Publicadas em maio pelo IAT, as regulamentações proibiam, entre outras atividades, o plantio de pinus e acácia-negra<br />
fora dos talhões; uso para ornamentação, arborização, quebra-vento, recuperação de áreas degradadas, sombra e cerca-viva<br />
de árvores frutíferas de fora do Estado como limoeiro, ameixa-amarela (nêspera), mangueira, amora-preta e a goiabeira;<br />
além da permissão exclusiva do uso de gramíneas apenas para pastagens, como fonte de alimento para os animais.<br />
O IAT destaca que esse é o momento de ouvir todos os setores em busca de sugestões que possam colaborar com a<br />
redução da proliferação desenfreada de espécies que ameaçam o equilíbrio da flora e fauna nativas, prejudicando a preservação<br />
e conservação da biodiversidade no Paraná. A região dos Campos Gerais, segundo informações do órgão público, sofre os<br />
efeitos danosos da proliferação sem controle de pinus.<br />
“O momento é de discussão de ideias, de aperfeiçoamento do texto, de ouvir todos os atores envolvidos com o processo.<br />
Lembrando que as portarias visam dar maior responsabilidade para quem utiliza essas plantas em atividades comerciais, tendo<br />
em vista os impactos ambientais negativos e a dispersão descontrolada destas espécies em áreas naturais”, afirmou Rafael<br />
Andreguetto, diretor de Patrimônio Natural do IAT.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Luto<br />
nacional<br />
Faleceu no dia 29 de junho, aos<br />
86 anos, o professor e ex-ministro<br />
da Agricultura Alysson Paolinelli, que<br />
teve papel fundamental na estruturação<br />
da Embrapa (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária) na década<br />
de 1970. Engenheiro-agrônomo e professor<br />
universitário, Alysson Paolinelli<br />
é apontado por muitos como um dos<br />
maiores nomes por trás do desenvolvimento<br />
sustentável da agricultura<br />
brasileira. Ele é um dos principais<br />
responsáveis pela introdução da<br />
tecnologia e da pesquisa na produção<br />
agrícola, o que se consolidou em boa<br />
parte com a criação da Embrapa.<br />
Com isso, contribuiu para que o Brasil<br />
se tornasse uma potência no setor.<br />
Nos últimos anos, Paolinelli ficou conhecido<br />
por sua defesa da segurança<br />
alimentar mundial. Essa sua bandeira<br />
o fez ser indicado ao prêmio Nobel da<br />
Paz em 2021.<br />
Silvia Massruhá, presidente da<br />
Embrapa, destacou a importância<br />
da inegável liderança de Paolinelli<br />
na agricultura brasileira. “Nossos<br />
gestores e empregados se solidarizam<br />
com a família e com todos os atores<br />
do agro nacional que têm em Alysson<br />
Paolinelli essa referência do setor”,<br />
declarou Silvia.<br />
Apoiador da ciência e tecnologia,<br />
Alysson Paolinelli liderou a estruturação<br />
da Embrapa, na primeira<br />
década da estatal. Em sua gestão, foi<br />
criado o POLOCENTRO (Programa de<br />
Desenvolvimento dos Cerrados), com<br />
novos mecanismos de política agrícola<br />
e levando infraestrutura e tecnologia para produzir alimentos na região. As ações no bioma induziram à criação da<br />
Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF). Alysson Paolinelli também foi presidente da CNA (Confederação Nacional da<br />
Agricultura). Desde 2022, era presidente executivo da ABRAMILHO (Associação Brasileira dos Produtores de Milho).<br />
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NOTAS<br />
Juntos na luta<br />
A FLORESTAR (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas) aderiu à operação<br />
São Paulo Sem Fogo, lançada pelo governo estadual. A operação São Paulo Sem Fogo tem como principal objetivo prevenir<br />
e combater incêndios florestais e queimadas em grandes áreas verdes próximas a regiões rurais e urbanas. Durante a<br />
cerimônia de lançamento, no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas reforçou o investimento do estado<br />
de mais de R$ 97 milhões na aquisição de equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas marginais de rodovias e<br />
ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite.<br />
A operação é uma parceria entre as SEMIL (Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), por meio da CFB<br />
(Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Conta também com ações e<br />
investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo),<br />
DER (Departamento de Estradas de Rodagem), FF (Fundação <strong>Florestal</strong>) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento.<br />
Entre as inovações deste ano, o número de municípios que integram o plano preventivo da defesa civil subiu 87%,<br />
passando de 69 para 129 cidades participantes. Com a prevenção ampliada em mais localidades, também aumenta o número<br />
de pessoas protegidas contra efeitos da baixa umidade relativa do ar. Outra novidade é o aperfeiçoamento do sistema<br />
SMAC, desenvolvido pela defesa civil em parceria com a Climatempo para identificar focos de queimada em tempo real<br />
com o uso combinado de inteligência artificial e análises de imagens de satélites. O software também faz previsões de risco<br />
de queimadas para os próximos cinco dias, permitindo o envio de alertas antecipados aos municípios.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Acácia Negra mais forte<br />
O estudo, realizado por pesquisadores da<br />
área de solo e água do DDPA (Departamento<br />
de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária) da<br />
SEAPI-RS (Secretaria da Agricultura, Pecuária,<br />
Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande<br />
do Sul), comprovou que a inoculação de<br />
rizóbios nas mudas de acácia-negra resultou<br />
no aumento da qualidade das mesmas. Os<br />
rizóbios são bactérias fixadoras de nitrogênio.<br />
A solicitação de registro do inoculante será<br />
encaminhada nas próximas semanas para o<br />
Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).<br />
Para Jackson Brilhante, coordenador do<br />
Comitê Gestor do Plano ABC+RS (Plano de<br />
Agricultura de Baixa Emissão de Carbono),<br />
essa é uma ação importante do plano, que<br />
visa ampliar a adoção de bioinsumos. “Essa<br />
é uma etapa importante para disponibilizar<br />
a tecnologia, pois a partir disso as indústrias<br />
poderão produzir o bioinsumo e comercializar<br />
com os acacicultores”, destaca Jackson.<br />
Juarez Pedroso Filho, engenheiro florestal<br />
e gerente de produção agroflorestal da AFU-<br />
BRA (Associação dos Fumicultores do Brasil),<br />
relata que foram feitos testes com o inoculante<br />
em fevereiro deste ano. “A superioridade<br />
foi muito impressionante. De modo geral<br />
percebemos maior uniformidade, maior vigor,<br />
maior sanidade, maior uniformidade do lote,<br />
ou seja, todos os parâmetros de qualidade de<br />
muda foram superiores em relação às mudas<br />
não tratadas. Estamos na expectativa que a<br />
secretaria obtenha os registros necessários e<br />
coloque no mercado esse inoculante”, afirma<br />
Juarez.<br />
Na pesquisa, realizada pelo DDPA, foi<br />
observado que a inoculação foi capaz de<br />
aumentar em 20% o diâmetro do colo das<br />
mudas, 24% a altura das mudas, 13% a massa<br />
seca da parte aérea, 10% em massa de raízes<br />
e também acumulou cerca de 20% a mais de<br />
nitrogênio. Além disso, os ganhos com a inoculação<br />
vão além do processo de produção<br />
de mudas, porque após o plantio no campo,<br />
alguns estudos demonstram um aumento de<br />
12% na sobrevivência e de 21% no volume<br />
individual das árvores.<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Nova legislação europeia<br />
O EUDR (Regulamento Antidesmatamento da União Europeia, em inglês) entrou em vigor. As disposições do EUDR serão<br />
aplicáveis a partir de 30 de dezembro de 2024. O EUDR proíbe a colocação ou exportação de produtos do mercado da UE<br />
(União Europeia), que não cumpram seus requisitos de legalidade e sustentabilidade. As empresas devem realizar due diligence<br />
para garantir que os produtos que adquirem sejam legais e não estejam vinculados a terras desmatadas ou degradadas<br />
após 31 de dezembro de 2020. O principal objetivo do EUDR é reduzir o impacto da UE no desmatamento global, promovendo<br />
o consumo de produtos livres de desmatamento.<br />
Um dos principais agentes para a implantação do EUDR foi o FSC (Conselho de Manejo <strong>Florestal</strong>, em inglês). O conselho<br />
tem quase 30 anos de experiência na implementação de uma abordagem baseada no mercado para combater o desmatamento<br />
e a degradação. Com seus requisitos de sustentabilidade abrangendo aspectos ambientais e sociais, a certificação FSC<br />
já fornece uma base sólida para que as empresas sejam capazes de cumprir suas obrigações relacionadas ao EUDR.<br />
Em comunicado sobre o tema, o FSC afirmou que esquemas robustos de certificação, como os promovidos pelo conselho,<br />
não podem ser usados para isentar as empresas de suas obrigações de due diligence; ao mesmo tempo, o FSC pode ser<br />
fundamental para apoiá-las na avaliação e mitigação de riscos em seus processos de due diligence de maneira sistemática<br />
e eficiente em termos de custos. Como um sistema em constante evolução comprometido com os desafios florestais, o FSC<br />
estabeleceu parcerias com empresas líderes em tecnologia para explorar inovações de ponta, como a tecnologia blockchain,<br />
a fim de promover controle e apoiar essa iniciativa.<br />
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Av. Moacir Campos Milhomem, Nº 12 - Colina Park<br />
UNIDADE 03<br />
LAGES - SC<br />
BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial<br />
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO<br />
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SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC<br />
Localidade de Bom Jesus<br />
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escoamento de aproximadamente 1200 MPa, o que possibilita<br />
maior resistência mecânica e durabilidade;<br />
O conjunto possui sistema de inclinação (12° em sentido<br />
horário e anti-horário), possibilitando maior eficiência na<br />
manutenção de terrenos irregulares;<br />
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do mercado.<br />
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rapidamente com menor esforço do operador;<br />
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ágil e menos cansativo;<br />
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profundidade podem ser facilmente ajustadas;<br />
Seu design permite que o cortador esfrie antes de<br />
bater uma segunda ou terceira vez, o que faz com<br />
que o cortador não queime, proporcionando mais<br />
vida útil para a corrente e a roda;<br />
Mantém os cortadores do mesmo comprimento,<br />
o que permite que sua corrente efetue o corte<br />
proporcionalmente, diminuindo o desgaste da<br />
mesma, elevando sua vida útil.<br />
ESSAS SÃO ALGUMAS DAS<br />
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ESTARÁ LEVANDO PARA A<br />
DE 9 A 11 DE AGOSTO EM<br />
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NOTAS<br />
Minas contra o desmatamento<br />
Para que a população possa acompanhar de perto os trabalhos desenvolvidos pelo Sisema (Sistema Estadual de Meio<br />
Ambiente e Recursos Hídricos) no combate ao desmatamento ilegal, acaba de ser publicada a segunda edição do boletim<br />
mensal: Minas Contra o Desmatamento. A publicação tem como objetivo divulgar informações, iniciativas e resultados alcançados<br />
pelo Estado de Minas Gerais no combate ao desmatamento. O boletim traz dados de fiscalizações, infrações, áreas<br />
desmatadas e recuperadas em Minas Gerais.<br />
Em maio também foi assinado protocolo de intenções com municípios para o desenvolvimento de ações preventivas conjuntas<br />
e articuladas para redução do desmatamento ilegal no Estado. Sete municípios mineiros das regiões mais críticas em<br />
relação aos focos de desmatamento assinaram o protocolo, que reforça o compromisso das gestões municipais em articular<br />
essas ações com o Estado, a fim de reduzir a ocorrência de desmatamento ilegal em seu território.<br />
Além da fiscalização crescente no Estado para combater as irregularidades, é importante também fortalecer as ações preventivas<br />
para evitar as ocorrências. O Plano de Ação de Combate ao Desmatamento prevê o fortalecimento do diálogo com<br />
setores produtivos e governos municipais, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre as consequências da atividade<br />
ilegal para o meio ambiente e para a população, além de fomentar a regularização das intervenções pretendidas, com suas<br />
devidas condicionantes.<br />
O relatório mostra que no primeiro semestre de 2023 as áreas desmatadas tiveram redução de 25% em relação ao<br />
mesmo período do ano anterior. Nesse período foram realizadas 62 operações, 3.994 fiscalizações em 8318 ha (hectares) e<br />
verificadas 2966 infrações pelos agentes públicos.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Nova direção<br />
O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) realizou a cerimônia de posse do diretor-presidente, João Paulo<br />
Kleinübing, e do diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Mauro Mariani. O evento contou com a presença do<br />
governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, que assinou a posse dos novos gestores da instituição financeira.<br />
O governador destacou a relevância do BRDE no fomento ao desenvolvimento regional e enalteceu a importância dos novos<br />
diretores para o progresso econômico dos Estados do sul do Brasil. “O BRDE é um banco ativo que tem ajudado no crescimento de<br />
Santa Catarina e das demais regiões. Todos nós respeitamos essa instituição tão importante. Espero que o BRDE faça cada vez mais<br />
por todos os Estados representados. Desejo aos nossos novos representantes uma gestão de muito êxito”, comentou Jorginho.<br />
Durante o discurso, João Paulo Kleinübing agradeceu o convite do governador para integrar o banco e reforçou a importância<br />
do trabalho da instituição. Segundo o novo diretor-presidente, o BRDE por essência nasceu do pioneirismo e ineditismo da união<br />
dos três Estados do sul e o que está sendo feito na continuidade dessa história de sucesso é encontrar soluções para viabilizar os<br />
projetos de desenvolvimento e fazer nossas regiões alcançarem cada vez mais posições de destaque. “Queremos apresentar soluções<br />
diferenciadas para quem acredita e investe em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. O BRDE será<br />
parceiro de todos com a missão de apoiar e desenvolver nossos estados”, disse João Paulo.<br />
No pronunciamento, o diretor Mauro Mariani reconheceu a importância de cada setor no desenvolvimento dos Estados. “Queremos<br />
ajudar o BRDE a chegar mais longe, alcançar mais as necessidades da região sul e para isso, iremos nos dedicar ao máximo e<br />
com muita vontade para promover o crescimento das diversas áreas da nossa economia”, destacou Mauro Mariani.<br />
Fotos: Roberto Zacarias/Secom-Flickr<br />
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NOTAS<br />
Infraestrutura garantida<br />
Com mais de R$ 250 milhões de investimento, a obra de pavimentação na rodovia MS-338, que vai ligar Camapuã (MS)<br />
a Ribas do Rio Pardo (MS) vai contribuir com a integração e desenvolvimento da região. Encurtar caminhos e dar segurança<br />
para quem trafega no trecho. Com duas frentes de trabalho, as atividades seguem em pleno vapor.<br />
Ao todo são 111,5 km (quilômetros) de pavimentação, ligando as duas cidades. A obra foi dividida em dois lotes. O primeiro<br />
saindo de Camapuã tem 45,3 km e o segundo chegando a Ribas do Rio Pardo mais 66,2 km. Este grande investimento<br />
do governo do Estado segue o forte crescimento da região, que vai contar com a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do<br />
Rio Pardo.<br />
A primeira etapa da obra começa no entroncamento da BR-060, em Camapuã, com a rodovia MS-338. Os trabalhos estão<br />
bem avançados, com atividades de terraplanagem, base e solo cimento (preparo antes do asfalto), e implantação das camadas<br />
de pavimentação. Muitas fazendas e propriedades rurais ao longo deste caminho já contam com o asfalto, mudando sua<br />
rotina e realidade.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Paraná no caminho certo<br />
O desmatamento diminuiu 42% entre 2021 e 2022 no Paraná, a segunda maior redução entre todos os Estados do país,<br />
de acordo com o relatório publicado pelo MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima. A diferença corresponde a<br />
quase 3 mil ha (hectares) preservados, reflexo das políticas públicas implementadas a partir de 2019 com foco na educação<br />
ambiental, planejamento e repressão qualificada.<br />
De acordo com o relatório, Paraná perdeu 4.069 ha de área com vegetação nativa em 2022, 0,2% do total do Brasil, ante<br />
7.031 ha em 2021. O número também é inferior a 2020 (5.770 ha). Com isso, o Estado figura em 18º na lista da instituição.<br />
Apenas o Rio Grande do Norte apresentou desempenho superior, com queda de 47% (de 6.597 ha para 3.500 ha). No período,<br />
a área desmatada no Brasil cresceu 22,3%, totalizando 2.057.251 ha. Pará, Amazonas e Mato Grosso são os líderes do<br />
ranking.<br />
O Paraná também foi o único que apresentou redução de desmatamento em área entre os Estados das regiões sul e sudeste.<br />
Espírito Santo (236%), Rio de Janeiro (208%), São Paulo (66%), Santa Catarina (58%), Rio Grande do Sul (39%) e Minas<br />
Gerais (7%) tiveram aumento no número de árvores derrubadas no mesmo intervalo. Em relação ao número de eventos,<br />
também houve diminuição, de 22%, de 1.901 em 2021 para 1.491 em 2022, o que representou apenas 1,96% do recorte<br />
nacional.<br />
O MapBiomas listou também os 50 municípios que mais desmataram entre 2019 a 2022 no Brasil. Não há nenhuma<br />
cidade paranaense. Segundo o relatório, Lábrea, no Amazonas, liderou o ranking com 62.419 ha desmatados, seguido por<br />
Altamira (PA), com 61.446 ha; Apuí (AM), com 61.036 ha; Porto Velho (RO), com 48.140 ha; e São Félix do Xingu (PA), com<br />
46.892 ha. Considerando os últimos 4 anos, apenas 1.426 municípios (25,6%) não tiveram desmatamento detectado no país.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Novas brigadas<br />
Foto: divulgação<br />
O ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) retornou com os cursos de formação de brigada<br />
em unidades de conservação do Brasil. As capacitações são parte do processo seletivo que escolhe agentes temporários<br />
ambientais para atuar na temática fogo. Depois da inscrição, o candidato realiza o Teste de Aptidão Física, que avalia a<br />
capacidade física do candidato, visto que a atividade de campo pode demandar caminhadas longas em condições metereológicas<br />
adversas, e tem caráter eliminatório. Já o teste de uso de ferramentas agrícolas (THUFA) é classificatório e verifica se o<br />
candidato consegue roçar o solo até o nível mineral: esta habilidade é requerida em algumas atividades ligadas ao combate e<br />
à prevenção de incêndios.<br />
No total, estão previstos 86 cursos de formação de brigada, sendo que 40 deles já foram realizados. Ao todo, os cursos<br />
ocorreram em mais de 20 Estados do Brasil, em unidades de conservação nos biomas do Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e<br />
Caatinga. Na avaliação de João Morita, coordenador de Manejo Integrado de Fogo, a volta dos cursos de formação de brigada<br />
não é apenas uma seleção mais qualificada dos brigadistas, como também cumpre uma função social nas comunidades. “Os<br />
cursos de formação de brigada não formam somente brigadistas, como aproximam a maior quantidade possível de pessoas<br />
da gestão e conscientiza a comunidade dos desafios da gestão do fogo”, afirma João.<br />
Nos cursos, os alunos aprendem técnicas de combate a incêndio direto e indireto, como construção de linhas de defesa;<br />
fundamentos de maquinário motorizado, como as motobombas. Também é avaliada a conduta do brigadista: o trabalho<br />
em equipe e a capacidade de seguir orientações em campo, já que estas habilidades podem ser decisivas quando estão em<br />
campo.<br />
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NOTAS<br />
Brasil com crédito<br />
A agência de classificação de risco Fitch elevou a<br />
nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva<br />
estável. No anúncio, a agência justificou a nova classificação<br />
como reflexo de “um desempenho macroeconômico<br />
e fiscal melhor do que o esperado, em meio a sucessivos<br />
choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas<br />
que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo<br />
governo trabalhará para melhorias adicionais.”<br />
A Fitch Ratings atribui, periodicamente, notas relacionadas<br />
ao risco de crédito (conhecido como ratings) e o<br />
grau de investimento de determinados produtos ou ativos<br />
financeiros, emitidos por empresas ou por governos, em<br />
todo o mundo. A avaliação do Brasil tinha sido rebaixada<br />
para o patamar BB- em 2018. Mas, ao analisar o risco vigente,<br />
a Agência Fitch entende agora que o Brasil alcançou<br />
progresso em importantes reformas para enfrentar os<br />
desafios econômicos e fiscais.<br />
A agência de classificação de risco projeta, ainda, o<br />
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) real em 2,3%<br />
em 2023 (antes se esperava 0,7%) e a convergência para<br />
um ritmo de tendência de 2% ao ano, a médio prazo. A<br />
projeção da Fitch é menor do que a esperada pelas autoridades<br />
brasileiras (2,6%). A Fitch justifica a projeção menor<br />
por ainda não estar claro se eles podem avançar uma<br />
agenda econômica forte o suficiente para conseguir isso.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Diálogos florestais<br />
Estão abertas as inscrições para os Diálogos Amazônicos, conjunto de iniciativas da sociedade civil que integrará a<br />
programação da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), no início de agosto. Além do credenciamento para participar do<br />
evento, que acontecerá entre 4 e 6 de agosto, no Hangar Centro de Convenções da capital paraense, movimentos sociais<br />
e demais entidades podem inscrever as atividades auto-organizadas que desejam realizar, no mesmo período, em salas<br />
reservadas para isso.<br />
A Cúpula da Amazônia se estenderá até 9 de agosto, com o encontro dos líderes dos países amazônicos previsto para<br />
os dias 8 e 9. Durante os diálogos, que antecedem o encontro de líderes, serão reunidos representantes de entidades,<br />
movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais, do Brasil e demais países amazônicos,<br />
para pautar a formulação de novas estratégias para a região amazônica. Os resultados dos diálogos serão apresentados<br />
por representantes da sociedade civil aos líderes reunidos na cúpula.<br />
As atividades serão divididas entre plenárias (organizadas pelo Governo Federal, com ampla participação social) e<br />
atividades auto-organizadas. A organização está disponibilizando salas com diferentes capacidades para a realização das<br />
atividades auto-organizadas. As inscrições podem ser feitas pelo QR Code:<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Apoio internacional<br />
Foto: divulgação<br />
A pedido do governo canadense, o governo federal brasileiro enviou ao Canadá uma missão humanitária para apoiar<br />
o combate aos incêndios florestais, que atingem aquele país desde março de 2023 e se intensificaram a partir de junho. O<br />
decreto foi assinado pelo vice-presidente e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e publicado no Diário Oficial da União.<br />
Todas as despesas serão reembolsadas pelo governo do Canadá. A Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações<br />
Exteriores, responsável pela cooperação humanitária brasileira, coordenará a missão. O MMA (Ministério do Meio Ambiente e<br />
Mudança do Clima) integra a missão por meio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)<br />
e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que enviarão 62 agentes ao país norte-americano.<br />
No total, 104 especialistas brasileiros atuarão nas florestas mais afetadas do Canadá.<br />
Integram a missão profissionais dos seguintes órgãos: Ibama; ICMBio; Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do<br />
Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional; FNSP (Força Nacional de Segurança Pública), do Ministério da Justiça<br />
e Segurança Pública; e as corporações de bombeiros militares dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito<br />
Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,<br />
Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Cooperam com a organização da missão os Ministérios da<br />
Defesa, dos Transportes e da Fazenda, além do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil e de outras<br />
repartições federais e estaduais.<br />
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COLUNA<br />
Floresta<br />
na prática<br />
A IV Edição do Dia na Floresta<br />
tem como foco tornar a madeira<br />
nativa protagonista em projetos<br />
arquitetônicos<br />
A iniciativa busca<br />
sensibilizar os<br />
profissionais da área<br />
sobre a importância de<br />
práticas sustentáveis<br />
na arquitetura<br />
e construção,<br />
contribuindo para<br />
a conservação<br />
ambiental e um futuro<br />
mais consciente<br />
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E<br />
ntre os dias 13 e 14 de julho, 100 pessoas, divididas entre autoridades<br />
ambientais, arquitetos influentes, pesquisadores, profissionais da comunicação<br />
e empresários, estiveram reunidos na Fazenda Vaca Branca,<br />
localizada no município de Alta Floresta (MT), para testemunhar in loco<br />
a realidade da atividade madeireira sustentável.<br />
Foram preparadas trilhas na UPA (Unidade de Produção Anual) demonstrando<br />
um cenário de conservação notável, com todas as árvores criteriosamente identificadas<br />
e divididas entre proibidas de corte, remanescentes e aptas ao corte,<br />
obedecendo ao rigoroso controle ambiental, desde o processo de licenciamento,<br />
até a colheita. A trilha também passou por uma UPA que já havia sido explorada,<br />
demonstrando a regeneração natural em curso.<br />
O evento, intitulado “Dia na Floresta”, promovido pelo CIPEM (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), FNBF<br />
(Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) e SEMA-MT (Secretaria de Estado<br />
de Meio Ambiente), já em sua quarta edição, teve como foco destacar a viabilidade<br />
de uso da madeira nativa em construções, pela redução da pegada de carbono e<br />
sustentabilidade de usar um produto verdadeiramente renovável.<br />
O presidente do CIPEM, Ednei Blasius, enfatizou a importância da rastreabilidade<br />
da madeira como um elemento essencial para garantir a sustentabilidade da<br />
cadeia produtiva e a conservação do meio ambiente.<br />
A SEMA (MT), Mauren Lazzaretti, aproveitou a ocasião para destacar os avanços<br />
na gestão da pasta, especialmente com a implementação do Sistema Sisflora 2.0,<br />
integrado ao Sistema nacional DOF+ Rastreabilidade do Ibama. Lazzaretti reforçou<br />
que o manejo florestal sustentável é uma das prioridades do Governo de Mato<br />
Grosso para manter a floresta conservada e equilibrar a demanda por recursos naturais.<br />
Com a participação de arquitetos influentes, o evento visou também incentivar<br />
a utilização responsável da madeira nativa em projetos de construção. A iniciativa<br />
busca sensibilizar os profissionais da área sobre a importância de práticas sustentáveis<br />
na arquitetura e construção, contribuindo para a conservação ambiental e um<br />
futuro mais consciente.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação
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Foto: divulgação<br />
O manejo florestal<br />
é uma opção não<br />
só para a Amazônia,<br />
mas para todo o<br />
Brasil<br />
Frank Rogieri de Souza Almeida,<br />
presidente do FNBF (Fórum Nacional das<br />
Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) em debate<br />
no Senado Federal sobre manejo florestal<br />
sustentável.<br />
“É imprescindível propiciar o<br />
diálogo entre os Estados da<br />
Amazônia Legal, respeitando<br />
as particularidades de cada um<br />
no que tange a produção de<br />
madeira, a fim de promover<br />
os produtos do Manejo<br />
<strong>Florestal</strong> Sustentável aos países<br />
estrangeiros, pela garantia da<br />
origem legal e a contribuição para<br />
a agenda climática”<br />
João Carlos Baldasso, vice-presidente do CIPEM<br />
(Centro das Indústrias Produtoras<br />
e Exportadoras de Madeira do Estado de<br />
Mato Grosso), durante o evento: Juntos pela<br />
Sustentabilidade<br />
“O país, apesar de rico em<br />
termos de biodiversidade,<br />
ainda tem população à<br />
margem da pobreza, e esses<br />
projetos seriam excepcionais<br />
para tirar esse pessoal do<br />
trabalho degradante. Se não<br />
conseguirmos trazer esse<br />
pessoal para os trabalhos da<br />
bioeconomia, continuaremos<br />
a dar a eles incentivos para se<br />
desenvolver na ilegalidade”<br />
Lívia Karina Passos Martins, Diretora de Uso<br />
Sustentável da Biodiversidade e Florestas do<br />
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />
e dos Recursos Naturais Renováveis), durante<br />
debate sobre manejo sustentável no senado<br />
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São Leopoldo/RS
ENTREVISTA<br />
A serviço do<br />
BRASIL<br />
At the service<br />
of Brazil<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
O<br />
Brasil é sinônimo mundial de florestas, riqueza<br />
ambiental e biodiversidade. Para gerir a gestão<br />
das reservas naturais relacionadas às florestas,<br />
foi criado o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />
órgão governamental ligado ao MMA (Ministério do Meio<br />
Ambiente). Garo Batmanian, novo presidente do SFB, tem<br />
longa experiência no setor ambiental e agora é o responsável<br />
por dirigir e planejar as ações do órgão pelos próximos anos.<br />
Confira!<br />
B<br />
razil is a global synonym for forests, environmental<br />
wealth, and biodiversity. A government<br />
agency linked to the Ministry of the Environment<br />
(MMA), the Brazilian Forest Service (SFB),<br />
was created to manage the natural reserves related to forests.<br />
Garo Batmanian, the new president of SFB, has long experience<br />
in the Environmental Sector and is now responsible for directing<br />
and planning the Agency’s actions for the years to come. Check<br />
out below!<br />
Garo Batmanian<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Bacharel em Biologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de<br />
Janeiro), tem mestrado em Ecologia da Fauna e Flora pela UNB<br />
(Universidade de Brasília) e é Ph.D. em Ecologia pela University of<br />
Georgia. Anteriormente, trabalhou nos escritórios do Banco Mundial<br />
nos EUA (Estados Unidos da América), Brasil e China, onde coordenou<br />
a implementação da agenda verde e gerenciou o Programa<br />
de Investimento <strong>Florestal</strong>, o Programa para Florestas e a Parceria<br />
Global para Paisagens Sustentáveis e Resilientes. Foi o primeiro CEO<br />
do WWF-Brasil (World Wide Fund for Nature Brazil) e também é o<br />
fundador do FSC (Forestry Stewardship Council) no Brasil.<br />
Bachelor’s Degree in Biology from the Federal University of Rio de<br />
Janeiro (Ufrj), a Master’s Degree in Ecology of Fauna and Flora from<br />
the University of Brasília (UNB), and a Ph.D. in Ecology from the University<br />
of Georgia. Previously, he worked in the World Bank’s offices<br />
in the United States, Brazil, and China, where he coordinated the<br />
implementation of the Green Agenda and managed the Forest Investment<br />
Program, the Forest Program, and the Global Partnership<br />
for Sustainable and Resilient Landscapes. He was the first Director<br />
of the World Wide Fund for Nature Brazil (WWF-Brasil) and founded<br />
the Forestry Stewardship Council (FSC) in Brazil.<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como foi sua chegada ao SFB?<br />
Fui muito bem recebido por toda a equipe que é muito competente,<br />
embora ainda pequena para o atendimento dos seus<br />
objetivos.<br />
>> Quais os maiores desafios na gestão do SFB?<br />
O primeiro desafio é reestruturar o SFB, uma vez que a administração<br />
anterior adotou um modelo de gestão, no qual<br />
equiparou o SFB a uma Secretaria do MAPA (Ministerio da<br />
Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Desta forma, todas as<br />
atividades consideradas meio como consultoria jurídica, ouvidoria<br />
e tecnologia da informação, que são cruciais para o funcionamento<br />
autônomo do SFB, foram extintas e suas funções<br />
transferidas para respectivas unidades do MAPA. Já em relação<br />
às atividades finalísticas, o desafio é a volta da priorização da<br />
gestão de florestas nativas com foco em: aumentar a oferta de<br />
produtos oriundos do manejo florestal, incluindo o aumento<br />
da área em concessões florestais; promover a recuperação<br />
florestal para a conservação e ou manejo sustentável; apoiar a<br />
regularização ambiental em imóveis e posses rurais, conforme<br />
estabelecido no Código <strong>Florestal</strong>.<br />
>> O SFB é responsável pelo SICAR (Sistema Nacional de Cadastro<br />
Ambiental Rural). Quais as principais ações do SFB para<br />
o fortalecimento do SICAR?<br />
O SICAR está construído para atender todas as etapas da regularização<br />
ambiental rural. Desde janeiro de 2023, o SFB vem<br />
adotando um conjunto de medidas buscando fortalecer os aspectos<br />
de segurança, integridade e transparência dos dados e<br />
das informações contidas no SICAR, bem como, aperfeiçoando<br />
e desenvolvendo novas funcionalidades com o objetivo de robustecer<br />
e automatizar o processo eletrônico de regularização<br />
ambiental. Algumas mudanças devem ocorrer devido a transferência<br />
da gestão do CAR (Cadastro Ambiental Rural) em nível<br />
federal, para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços<br />
Públicos.<br />
>> Como foi sua experiência na WWF-Brasil e no FSC Brasil?<br />
Ao longo da minha carreira, tenho acumulado experiências<br />
trabalhando em projetos e iniciativas que penso serem úteis<br />
para o trabalho desenvolvido pelo SFB. No WWF apoiei, por<br />
exemplo, um projeto comunitário na RESEX (Reserva Extrativista)<br />
Chico Mendes, que exportava castanha do Brasil para uma<br />
empresa dos EUA, um projeto comunitário na RESEX Cajari para<br />
produção de palmito de açaí e polpa de açaí para o mercado<br />
nacional, e o desenvolvimento e disseminação de um manual<br />
para manejo florestal na Amazônia, liderado pelo IMAZON.<br />
Quando voltei ao Brasil para fundar o WWF-Brasil notei a demanda<br />
do setor florestal para separar a produção oriunda do<br />
manejo florestal da madeira proveniente de desmatamento. A<br />
certificação independente e reconhecida internacionalmente<br />
parecia ser a solução. Como já havia participado da criação do<br />
FSC mundial, promovi junto ao setor privado, ONGs sociais e<br />
ONGs ambientais, a criação do FSC Brasil, o qual presidi pelos<br />
primeiros 7 anos. Foi uma experiência que demonstrou que<br />
How were you received at the SFB?<br />
I was very well received by the team, which is very competent,<br />
although still small, for fulfilling its objectives.<br />
What are the most significant challenges in managing the<br />
SFB?<br />
The first challenge is restructuring SFB since the previous<br />
administration adopted a management model that equated<br />
the SFB as a Secretariat of the Ministry of Agriculture, Livestock,<br />
and Supply (Mapa). Thus, all activities, such as legal<br />
advice, ombudsman, and information technology, which<br />
are crucial for the autonomous functioning of the SFB, were<br />
extinguished, and their functions were transferred to the<br />
respective units of Mapa. Regarding the primary activities,<br />
the challenge is to return to the prioritization of native<br />
forest management with a focus on increasing the supply<br />
of products from forest management, including expanding<br />
the area in forest concessions; promoting forest recovery for<br />
conservation and/or sustainable management; supporting<br />
environmental regularization in rural properties and ownerships,<br />
as established in the Forest Code.<br />
SFB is responsible for the National Rural Environmental<br />
Registry System (Sicar). What are the main actions of SFB<br />
to strengthen Sicar?<br />
Sicar is built to meet all stages of rural environmental<br />
regularization. Since January 2023, SFB has been adopting<br />
measures seeking to strengthen the security, integrity, and<br />
transparency aspects of the data and information contained<br />
in Sicar, as well as improving and developing new functionalities<br />
to enhance and automate the electronic process of<br />
environmental regularization. Some changes must occur<br />
due to the transference of the Rural Environmental Registry<br />
(CAR) management at the federal level to the Ministry of<br />
Management and Innovation in Public Services.<br />
What was your experience at WWF-Brasil and FSC in Brazil<br />
like?<br />
Throughout my career, I have accumulated experience working<br />
on projects and initiatives that I think are useful for the<br />
work developed by SFB. At WWF, I supported, for example,<br />
a community project in Extractive Reserve (Resex) Chico<br />
Mendes, which exported Brazilian ground nuts to a U.S.<br />
company, a community project in Resex Cajari to produce<br />
açaí pulp and palm hearts for the domestic market, and the<br />
development and dissemination of a manual for forest management<br />
in the Amazon, run by Imazon. When I returned<br />
to Brazil to start WWF-Brasil, I noticed a demand from the<br />
Forest-based Sector to separate timber production between<br />
forest management and deforestation. Independent and<br />
internationally recognized certification seemed to be the<br />
solution. As I had already participated in creating the global<br />
FSC, I promoted, with the Private Sector and social and environmental<br />
NGOs, the creation of FSC Brasil, which I chaired<br />
for the first seven years. It was an experience that demon-<br />
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florestal e para florestas plantadas, que continua em vigor.<br />
No Banco Mundial, gerenciei vários programas no Brasil que<br />
apoiou inúmeros projetos pilotos que serviram de base para<br />
iniciativas governamentais como o CAR, concessões florestais, e<br />
manejo comunitário. Na China, onde coordenei a área de meio<br />
ambiente e mudanças climáticas, conheci a diversa experiência<br />
em recuperação florestal e de paisagens. Já como líder global<br />
para florestas, paisagens, e biodiversidade, apoiei projetos de<br />
gestão e recuperação florestal em muitos países de diferentes<br />
continentes e biomas variados.<br />
>> Como avalia o retorno do SFB para o guarda-chuva do<br />
MMA?<br />
Um órgão criado para a gestão de florestas como parte da política<br />
ambiental do Brasil deve fazer parte do ministério responsável<br />
pela definição e implementação de tal política.<br />
>> Como as concessões florestais serão tratadas em sua gestão?<br />
Qual a importância delas para a preservação e monetização<br />
das florestas nacionais?<br />
Esta será a prioridade de nossa gestão. Pretendemos expandir<br />
as concessões dos atuais 1,3 milhão de ha (hectares) para 5<br />
milhões de ha nos próximos 3 anos. Em paralelo, vamos iniciar<br />
as concessões de restauração, nas quais o parceiro privado irá<br />
restaurar grandes áreas em unidades de conservação e poderá<br />
ficar com parte relevante dos créditos de carbono gerados na<br />
operação. Em nossas projeções, este modelo de concessão alcançará<br />
100 mil ha nos próximos 3 anos.<br />
>> Como funciona o LPF (Laboratório de Produtos Florestais)?<br />
O LPF foi concebido como um centro de pesquisa para executar<br />
estudos e pesquisas na área de tecnologia da madeira e produtos<br />
florestais. Sua principal missão é promover o uso racional<br />
dos recursos florestais brasileiros. Isto se dá, principalmente,<br />
por meio do desenvolvimento contínuo de estudos de caracterização<br />
tecnológica da madeira de espécies florestais pouco<br />
conhecidas no mercado madeireiro nacional. Esta estratégia<br />
contribui para a promoção do manejo florestal sustentável. O<br />
LPF também atua no desenvolvimento e melhoria de produtos<br />
florestais diversos, contribuindo com toda a cadeia de bioeconomia<br />
da floresta. Devido a sua estrutura de equipamentos e<br />
strated that an organized dialogue between different sectors<br />
could generate positive results, such as the development of<br />
national standards for forest management and for planted<br />
forests, which remain in force today. At the World Bank, I<br />
managed several programs in Brazil that supported numerous<br />
pilot projects that served as the basis for government<br />
initiatives such as CAR, forest concessions, and community<br />
management. In China, where I coordinated the environment<br />
and climate change area, I had diverse experiences in<br />
forest and landscape recovery. With global involvement with<br />
forests, landscapes, and biodiversity, I have supported forest<br />
management and recovery projects in many countries on<br />
different continents and in varied biomes.<br />
How do you see SFB’s return to the MMA umbrella?<br />
A body created for forest management as part of Brazil’s environmental<br />
policy should be part of the ministry responsible<br />
for defining and implementing such a policy.<br />
How will forest concessions be treated under your management?<br />
How important are they for the preservation and<br />
monetization of Brazilian forests?<br />
This will be the priority of our management. We intend to expand<br />
the concessions from 1.3 million to five million hectares<br />
in the next three years. In parallel, we will start Restoration<br />
Concessions, where the private partner will restore large<br />
areas in the Conservation Units and may keep a relevant<br />
part of the carbon credits generated in the operation. In our<br />
projections, this concession model will reach 100 thousand<br />
hectares in the next three years.<br />
How does the Forest Products Laboratory (LPF) work?<br />
Promoting the rational use of Brazilian forest resources.<br />
This occurs mainly through the continuous development<br />
of studies of the technological characterization of timber<br />
from little-known forest species in the domestic market. This<br />
strategy contributes to the promotion of sustainable forest<br />
management. The LPF also acts in the development and<br />
improvement of various forest products, contributing to the<br />
entire bioeconomy of the forest chain. Due to its equipment<br />
structure and multidisciplinary technical staff, it works<br />
collaboratively with similar bodies and national and international<br />
universities. In addition, it promotes the training<br />
O manejo florestal incluindo o manejo comunitário é<br />
uma alternativa econômica do uso da terra, e como tal é<br />
importante para manter a floresta em pé<br />
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órgãos similares e universidades nacionais e internacionais.<br />
Além disso, promove a capacitação de recursos humanos por<br />
meio de cursos técnicos na sua área de atuação. Finalmente, é<br />
uma unidade geradora de receitas, pois presta serviços técnicos<br />
especializados à sociedade de modo geral.<br />
>> Qual a importância do SNIF (Sistema Nacional de Informações<br />
Florestais) para o trabalho do SFB?<br />
É por meio do SNIF que são apresentados os indicadores<br />
fundamentais para as políticas públicas florestais, atendendo<br />
também as agendas internacionais relacionadas aos objetivos<br />
do desenvolvimento sustentável. O SNIF é a referência em informações<br />
florestais no Brasil, pois agrega dados das principais<br />
fontes de informação oficial do país. São consultadas várias<br />
bases de dados de instituições como: IBGE, SISCOMEX, INPE,<br />
CERFLOR, FSC, CNPQ, CAPES, ICMBio, RAIS, entre outras. O SNIF<br />
é organizado em 4 eixos:<br />
• Recursos Florestais – com as informações sobre quantidade e<br />
qualidade dos recursos florestais;<br />
• Política e Gestão <strong>Florestal</strong> – Com as principais políticas, órgãos<br />
envolvidos e legislação;<br />
• Produção e Economia <strong>Florestal</strong> – Com dados de produção,<br />
quantidade, valor, comercialização e empregos;<br />
• Ensino e Pesquisa – Com informações sobre cursos de formação<br />
na área florestal, pesquisas entre outros.<br />
>> Qual a relevância do IFN (Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional)<br />
para o desenvolvimento e preservação de nossas florestas?<br />
O Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional é a principal fonte de dados<br />
coletados em campo sobre as Florestas do Brasil e uma importante<br />
ferramenta para gestão dos recursos florestais do país. Já<br />
foram coletados mais de 60% dos pontos previstos para todo<br />
o território do país. Em parceria com uma rede de herbários,<br />
mais de um milhão de árvores foram medidas e no processo<br />
de identificação botânica foram identificadas novas espécies e<br />
novas ocorrências. O inventário é a base para as estimativas de<br />
carbono florestal, pois as árvores são medidas uma a uma para<br />
representar todos biomas e suas tipologias vegetais. Além das<br />
informações sobre as plantas, são coletadas amostras de solo e<br />
outras variáveis biofísicas. No entorno da floresta são realizadas<br />
quatro entrevistas no qual são coletadas informações socioambientais<br />
como contribuição da floresta na renda familiar, quais<br />
plantas e suas partes são mais utilizadas, se há comercialização<br />
de quais produtos florestais, percepção da floresta, identificação<br />
de serviços ambientais das florestas, entre outros.<br />
>> Como funciona o portal Saberes da Floresta?<br />
Funciona como um ambiente de educação a distância com o<br />
objetivo de ampliar o acesso à temática ambiental. O Portal Saberes<br />
da Floresta oferta cursos que buscam ampliar o conhecimento<br />
sobre boas práticas de produção e gestão florestal, seja<br />
para fins de produção madeireira e/ou não madeireira. O Portal<br />
disponibiliza hoje dez cursos, que, entre 2018 e 2022, contou<br />
com quase 82 mil inscritos. São ofertados cursos sobre manejo<br />
of human resources through technical courses in its area of<br />
expertise. Finally, it is a revenue-generating unit, providing<br />
specialized technical services to society.<br />
What is the importance of the National Forest Information<br />
System (Snif) for SFB’s work?<br />
Through Snif, the fundamental indicators for forest public<br />
policies are elaborated to meet the international agenda<br />
related to sustainable development objectives. Snif is the reference<br />
for information on Brazilian forests, as it aggregates<br />
data from the primary sources of official information in the<br />
Country. Several institutional databases are consulted, such<br />
as those of Ibge, Siscomex, Inpe, Cerflor, FSC, Cnpq, Capes,<br />
ICMBio, and Rais. Snif is organized into four blocs:<br />
• Forest Resources – with information on the quantity and<br />
quality of forest resources;<br />
• Forest Policy and Management – with the central policies,<br />
agencies involved, and legislation;<br />
• Production and Forest Economics – with data on production,<br />
quantity, value, sales, and jobs;<br />
• Teaching and Research – with information about training<br />
courses in forestry and research, among others.<br />
What is the relevance of the National Forest Inventory<br />
(IFN) for developing and preserving Brazilian forests?<br />
The National Forest Inventory is the primary source of data<br />
collected in the field about Brazilian Forests and an essential<br />
tool for managing the Country’s forest resources. Data has<br />
already been collected for over 60% of the Country’s territory.<br />
In partnership with a herbaria network, more than one<br />
million trees were measured, and new species and occurrences<br />
were identified in the botanical identification process.<br />
The inventory is the basis for forest carbon estimates, as<br />
trees are measured individually to represent all biomes and<br />
their plant typologies. In addition to plant information, soil<br />
samples and other biophysical variables are collected. In<br />
the surrounding communities of the forest, four interviews<br />
are conducted in which socio-environmental information is<br />
collected, such as the contribution of the forest to the family<br />
income, which plants and their parts are most used, and<br />
if there is the commercialization of which forest products,<br />
perception of the forest, and identification of environmental<br />
services of forests, among others.<br />
How does the Forest Knowledge Portal work?<br />
It works as a distance education venue to expand access<br />
to environmental issues. The Forest Knowledge Portal<br />
offers courses that seek to expand knowledge about sound<br />
production practices and forest management, whether for<br />
timber and/or non-timber production purposes. Today, the<br />
Portal provides ten courses, which, between 2018 and 2022,<br />
had almost 82 thousand enrolled. Courses are offered on<br />
ground nut and açaí management; introduction to forest<br />
concession; community enterprise management; introduction<br />
to cooperatives and associations; introduction to forest<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
da castanha, do açaí; introdução à concessão florestal; gestão<br />
de empreendimentos comunitários; introdução a cooperativas<br />
e associações; introdução ao manejo florestal; manejo florestal<br />
comunitário e familiar; manejo de impacto reduzido com ênfase<br />
nas etapas e elaboração de planos de manejo; introdução<br />
à recomposição com ênfase nas florestas tropicais; e óleos e<br />
resinas florestais. Em 2022 foi introduzido um novo curso, em<br />
parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, com um espectro mais<br />
amplo visando ampliar o conhecimento e o uso dos produtos<br />
da biodiversidade, o primeiro curso ofertado foi o: SocioBiodiversidade<br />
e Saúde. Doze novos cursos estão sendo desenvolvidos<br />
para compor o novo portfólio do Portal, com temáticas<br />
mais diversificadas, tais como: manejo florestal na caatinga;<br />
inventário florestal nacional; práticas de recuperação de áreas<br />
degradadas no cerrado; ISA (indicadores de sustentabilidade<br />
em agrossistemas); manejo da araucária, dentre outros.<br />
>> Quais ações pretende realizar em relação ao Plano Nacional<br />
de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais?<br />
O Plano Nacional de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais<br />
- Plano RegularizAgro - foi estabelecido pelo decreto número<br />
11.015/2022 para, no âmbito do MAPA, realizar uma melhor<br />
coordenação da atuação governamental voltada à regularização<br />
ambiental dos imóveis rurais, em conformidade com o<br />
Código <strong>Florestal</strong>. Em razão da retomada de várias estruturas<br />
colegiadas, no âmbito do MMA, o SFB avaliará a necessidade<br />
de se estabelecer uma estrutura de governança e, também, um<br />
plano, em nível federal, voltados, especificamente, para a regularização<br />
ambiental. De todo o modo, é importante ressaltar<br />
que os objetivos gerais e diretrizes do Plano RegularizAgro estão<br />
incorporados, não apenas nas competências legais do MMA<br />
e do SFB, como na prática cotidiana desses órgãos do Governo<br />
Federal.<br />
>> O manejo florestal sustentável na floresta amazônica é chave<br />
para manutenção da floresta em pé?<br />
O manejo florestal incluindo o manejo comunitário é uma alternativa<br />
econômica do uso da terra, e como tal é importante para<br />
manter a floresta em pé. Há, entretanto outras considerações<br />
como a manutenção de serviços ambientais como controle de<br />
erosão e cheias, e a conservação da biodiversidade, que também<br />
dependem da manutenção das florestas.<br />
management; community and family forest management;<br />
reduced impact management with emphasis on stages and<br />
preparation of management plans; introduction to recomposition<br />
with a focus on tropical forests; and, forest oils and<br />
resins. In 2022, a new course was introduced, in partnership<br />
with the Oswaldo Cruz Foundation, with a broader spectrum<br />
aimed at expanding the knowledge and use of biodiversity<br />
products; the first course offered was: SocioBiodiversity and<br />
Health. Twelve new courses are being developed to compose<br />
the new portfolio of the Portal, with more diversified<br />
themes, such as forest management in the caatinga; National<br />
Forest Inventory; recovery practices of degraded areas in<br />
the cerrado; sustainability indicators in agrosystems (ISA);<br />
and, araucaria management, among others.<br />
What actions do you intend to carry out concerning the<br />
National Plan for Environmental Regularization of Rural<br />
Property?<br />
The National Plan for Environmental Regularization of Rural<br />
Property (Plano RegularizAgro) was established by decree<br />
number 11.015/2022, within the scope of Mapa, to carry<br />
out better coordination of government actions aimed at<br />
environmental regularization of rural property, in accord<br />
with the Forest Code. Due to the resumption of several institutional<br />
structures within the scope of the MMA, the SFB will<br />
evaluate the need to establish a governance structure and<br />
a federal plan aimed explicitly at environmental regularization.<br />
In any case, it is essential to emphasize that the general<br />
objectives and guidelines of the Plano RegularizAgro are<br />
incorporated not only in the legal competencies of the MMA<br />
and the SFB but also in the daily practice of these Federal<br />
Government agencies.<br />
Is sustainable forest management in the Amazon rainforest<br />
key to maintaining the forest standing?<br />
Forest management, including community management, is<br />
an economic alternative to land use, and as such, it is vital to<br />
keep the forest standing. There are, however, other considerations,<br />
such as the maintenance of environmental services<br />
such as erosion and flood control and the conservation of<br />
biodiversity, which also depend on the care of forests.<br />
Um órgão criado para a gestão de florestas como parte da<br />
política ambiental do Brasil deve fazer parte do ministério<br />
responsável pela definição e implementação de tal política<br />
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(38) 3527-1001
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O papel do calçado<br />
de segurança no<br />
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Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
14% dos acidentes com o uso de motosserra no setor florestal<br />
ocorrem na região dos pés dos trabalhadores<br />
O<br />
manejo florestal desempenha um papel importante<br />
na economia nacional. Entretanto, as<br />
atividades realizadas nessa área apresentam<br />
diversos riscos aos trabalhadores, tornando o<br />
uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual)<br />
essencial para a prevenção de acidentes. Neste artigo,<br />
daremos ênfase à importância do calçado de segurança, destacando<br />
suas características, benefícios e a necessidade de uso.<br />
OS RISCOS DO SETOR FLORESTAL<br />
Antes de mais nada, é necessário entender os riscos<br />
enfrentados pelos trabalhadores florestais em diversas atividades,<br />
como por exemplo, corte de árvores, roçada de vegetação,<br />
transporte de carga pesada manual, operação de maquinário<br />
ou simplesmente caminhada em terrenos irregulares.<br />
Essas atividades são propensas a diversos acidentes:<br />
Quedas – terreno acidentado e escorregadio pode resultar em<br />
quedas.<br />
Lesões por objetos pontiagudos – galhos, tocos, espinhos e<br />
outros objetos que podem perfurar os pés dos trabalhadores.<br />
Esmagamento – a queda de árvores, toras ou da própria motosserra<br />
pode levar a lesões por esmagamento.<br />
Corte – o contato acidental da corrente da motosserra com os<br />
pés pode causar graves ferimentos.<br />
A FUNÇÃO DO CALÇADO DE SEGURANÇA<br />
O calçado de segurança é um EPI fundamental na proteção<br />
dos pés dos trabalhadores no setor florestal. Os acidentes<br />
nessa região do corpo correspondem a aproximadamente 14%<br />
dos ferimentos. Esse tipo de calçado é projetado para oferecer<br />
conforto, resistência e segurança durante o trabalho. Um calçado<br />
adequado reduz o risco de lesões e aumenta a confiança<br />
dos profissionais durante o trabalho.<br />
CARACTERÍSTICAS DO CALÇADO DE SEGURANÇA<br />
Biqueira de aço ou composite: O calçado de segurança geralmente<br />
possui uma biqueira reforçada, que protege os dedos<br />
contra a corrente da motosserra, impactos de objetos pesados<br />
ou quedas de objetos pontiagudos.<br />
Solado antiderrapante e antiperfurante: Os solados são constituídos<br />
de materiais que proporcionam maior estabilidade e<br />
resistência, minimizando o risco de quedas em terrenos escorregadios<br />
e/ou inclinados, bem como dificultando a perfuração<br />
e penetração.<br />
Impermeabilidade: Muitos modelos de calçados de segurança<br />
são à prova d’água, protegendo os pés da umidade.<br />
Proteção de tornozelo: Alguns modelos oferecem proteção extra<br />
ao redor do tornozelo, minimizando o risco de entorse.<br />
BENEFÍCIOS DO USO ADEQUADO<br />
Segurança dos trabalhadores: O maior benefício é a segurança<br />
proporcionada aos trabalhadores, minimizando a ocorrência<br />
de acidentes graves ou lesões que poderiam resultar em<br />
afastamento temporário ou definitivo do trabalho.<br />
Conformidade com as normas regulamentares: O uso de<br />
calçado de segurança é exigido pelas normas de segurança (NR<br />
06), ou seja, o uso desse item permite que empresas e trabalhadores<br />
estejam em conformidade com a legislação.<br />
Produtividade e bem-estar: Quando os trabalhadores se<br />
sentem seguros e protegidos, sua produtividade aumenta, pois<br />
estão tranquilos e podem focar nas tarefas sem medo. Além<br />
disso, o bem-estar dos funcionários é valorizado, o que contribui<br />
para um ambiente de trabalho mais saudável.<br />
O calçado de segurança é fundamental para garantir a proteção<br />
dos trabalhadores no setor florestal, promovendo um<br />
ambiente de trabalho seguro e produtivo. Suas características<br />
específicas visam reduzir os riscos de acidentes, protegendo<br />
os pés contra cortes, quedas, perfurações, esmagamentos e<br />
outros acidentes. Além disso, o uso adequado do calçado de<br />
segurança é regulamentado pela legislação. Portanto, investir<br />
em um calçado de segurança de qualidade é essencial para a<br />
valorização da vida e da saúde dos profissionais.<br />
Foto: divulgação<br />
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qualidade e<br />
PRECISÃO<br />
Otimização de processos alavanca produtividade na<br />
indústria de segmento de corte florestal mecanizado<br />
Fotos: Emanoel Caldeira e divulgação<br />
Aindústria de base florestal cresce assiduamente e com<br />
ela surge a necessidade de avanços tecnológicos que<br />
garantam a plena produtividade, unindo, principalmente,<br />
qualidade, eficiência e durabilidade dos produtos.<br />
Tudo isso, aliada a uma pronta assistência técnica,<br />
haja vista, que máquina parada na floresta é sinônimo de prejuízo.<br />
Investir justamente na melhoria de processos foi o que fez a Rotary-<br />
-Ax, especialista em itens de reposição para o corte mecanizado no<br />
segmento florestal, o que projetou a empresa a alcançar lugares ainda<br />
mais altos em sua trajetória, tanto no Brasil como na América Latina.<br />
A empresa sediada em Pinhais (PR), conta com mais de duas<br />
décadas de experiência na fabricação e venda de implementos para<br />
a indústria de base florestal. A empresa se destaca no mercado pela<br />
qualidade e confiança oferecida em cada peça que sai de sua linha<br />
de produção. Fundada por Werner Krüger D’Almeida e sua esposa, a<br />
empresa nasceu com o intuito de suprir demandas da área presentes<br />
desde sua criação, como explica Mara Lúcia Krüger D’Almeida, sócia<br />
fundadora da Rotary-Ax. “O prazo de entrega de produtos importados<br />
era muito longo e a possibilidade de nacionalizar esses produtos e<br />
atender nosso mercado diretamente avivaram em Werner a coragem<br />
para dar início a Rotary-Ax”, relata Mara. A sócia comenta que dar<br />
continuidade ao trabalho de Werner é uma das maiores motivações<br />
de todos os colaboradores da Rotary-Ax. “Temos certeza de que o<br />
Werner tem muito orgulho do que estamos fazendo pela empresa”,<br />
completa Mara.<br />
A Rotary-Ax se estabeleceu como uma das líderes de mercado no<br />
segmento florestal, oferecendo sabres, coroas de tração, ponteiras<br />
substituíveis, dentes de corte para feller buncher e mais recentemente<br />
as facas para picador florestal, além de diversos outros itens.<br />
Productivity, quality,<br />
and accuracy<br />
Process optimization leverages productivity<br />
in mechanized forest-harvesting<br />
T<br />
he Forest-based Sector is constantly growing, and<br />
with this comes the need for technological advances<br />
that guarantee improved productivity, mainly uniting<br />
product quality, efficiency, and durability; all this is<br />
combined with prompt technical assistance, given that<br />
a machine stopped in the forest is synonymous with loss. Investing<br />
precisely in process improvement is what Rotary-Ax, a specialist<br />
in replacement items for mechanized cutting in the Forest-based<br />
Sector, has done, which has projected the Company to reach even<br />
higher places in its trajectory in Brazil and the rest of Latin America.<br />
The Company, based in Pinhais (PR), has over two decades<br />
of experience manufacturing and selling implements for the Forest-based<br />
Sector. The Company stands out in the market for the<br />
quality and confidence offered in each piece from its production<br />
line. Founded by Werner Krüger D’Almeida and his wife, the Company<br />
was born to meet the demands of the area present since its<br />
inception, as explained by Mara Lúcia Krüger D’Almeida, founding<br />
Partner of Rotary-Ax. “The delivery time for imported products was<br />
very long, and the possibility of domesticating the production of<br />
these products and serving the Brazilian market directly provided<br />
Agosto 2023<br />
87
PRINCIPAL<br />
Cada um destes de acordo com a demanda específica do cliente,<br />
garantindo velocidade na entrega e também a personalização de<br />
peças em projetos específicos, trabalho no campo ou para serrarias.<br />
INDÚSTRIA MODERNIZADA<br />
A Rotary-Ax não se apoia apenas em sua tradição para se manter<br />
forte em um mercado tão disputado. Os investimentos em equipamentos,<br />
tecnologia e aperfeiçoamento de processos industriais se<br />
tornaram uma marca registrada da empresa. Victor Hugo Shinohara,<br />
diretor da Rotary-Ax, explica que uma de suas principais iniciativas à<br />
frente da operação da indústria foi buscar melhorias nos procedimentos<br />
internos, para que a produção ampliasse sua eficiência e precisão.<br />
“Desenvolvemos um sistema exclusivo de gestão da Rotary-Ax, que<br />
dá uma visão geral da fabricação de maneira clara, facilitando o<br />
controle de produção e o estoque em tempo real, auxiliando nosso<br />
departamento comercial”,<br />
valoriza Victor.<br />
Além dos controles<br />
de qualidade e produção,<br />
a Rotary-Ax tem<br />
feito investimentos em<br />
maquinários, trazendo<br />
para seu parque industrial<br />
avanço em equipamentos<br />
e tecnologias<br />
presentes no mercado.<br />
“Esse investimento é<br />
fruto da evolução do<br />
segmento florestal, com<br />
Desenvolvemos um sistema<br />
exclusivo de gestão da Rotary-Ax,<br />
que dá uma visão geral da<br />
fabricação de maneira clara,<br />
facilitando o controle de<br />
produção e o estoque em tempo<br />
real, auxiliando nosso<br />
departamento comercial<br />
Victor Hugo Shinohara,<br />
diretor da Rotary-Ax<br />
Werner the courage to start Rotary-Ax,” says Mara D’Almeida.<br />
The Partner says that continuing Werner D’Almeida’s work is one<br />
of the greatest motivations of all Rotary-Ax workers. “We are<br />
sure Werner D’Almeida is very proud of what we are doing for the<br />
Company,” she goes on.<br />
Rotary-Ax has established itself as one of the market leaders in<br />
the Forest-based Sector, offering guide bars, sprockets, replaceable<br />
tips, feller buncher saw teeth, and, more recently, forest chipper<br />
knives, as well as many other items. Each of these is supplied<br />
according to the customer’s demand, ensuring delivery speed<br />
and the customization of parts for specific projects, work in the<br />
field, or sawmills.<br />
MODERNIZED INDUSTRY<br />
Rotary-Ax does not just rely on its tradition to stay strong in<br />
such a crowded market. Investments in equipment, technology,<br />
and industrial process improvement have become the Company’s
cada vez mais tecnologia, eficiência e soluções precisas”, exalta Victor.<br />
O diretor relata que a proximidade que a Rotary-Ax tem com seus<br />
clientes é uma das forças que auxiliam a empresa a estar sempre<br />
atenta a cada processo e exigência do mercado. Esse contato contínuo<br />
e presencial em cada visita é uma das chaves para o sucesso<br />
da Rotary-Ax. “Mais do que atender, queremos entender e ouvir<br />
nossos clientes, para ofertar os produtos adequados para cada tipo<br />
de condição operacional ou desenvolver algo novo e que supra perfeitamente<br />
a necessidade apresentada com a melhor solução para<br />
cada cliente”, completa Victor.<br />
Bruna Polo Krüger D’Almeida, diretora da Rotary-Ax, destaca<br />
que além da capacidade de produção e desenvolvimento de novos<br />
produtos, a empresa trabalha para garantir segurança em tudo que<br />
comercializa, tendo cuidado não apenas de fabricar, mas também de<br />
priorizar a qualidade do que é feito. Hoje a Rotary-Ax desenvolve e<br />
registra patentes de cada projeto realizado internamente, isso garante<br />
a exclusividade para seus clientes. “Essa busca por excelência nos<br />
levou a conquistar mercados internacionais com um produto 100%<br />
nacional”, valoriza Bruna, que também é responsável pelo marketing<br />
e crescimento da marca Rotary-Ax no setor.<br />
DA INDÚSTRIA PARA O CAMPO<br />
Aliar o atendimento de qualidade, tradição e personalização de<br />
produtos trouxe a Rotary-Ax ao patamar de referência no mercado<br />
florestal, tudo que a empresa apresenta é validado por seus clientes.<br />
É o caso da Riacho <strong>Florestal</strong>, empresa do segmento de prestação de<br />
serviços sediada na região de Bauru (SP). Joaquim Sidnei Giorgetti<br />
Costa, sócio-proprietário da Riacho <strong>Florestal</strong>, relata que o trabalho<br />
trademark. Victor Hugo Shinohara, Director of Engineering for<br />
Rotary-Ax, explains that one of his main initiatives at the head of<br />
industrial operations was to seek improvements in internal procedures<br />
to increase production efficiency and accuracy. “We have<br />
developed an exclusive Rotary-Ax management system, which gives<br />
a clear overview of manufacturing, facilitating production control<br />
and real-time inventory, helping our commercial department,”<br />
says Shinohara.<br />
In addition to quality and production controls, Rotary-Ax has<br />
invested in machinery, bringing to its industrial park advances in<br />
equipment and technologies in the market. “This investment is the<br />
result of the evolution of the forestry segment, with more and more<br />
technology, efficiency, and precise solutions,” says Shinohara. The<br />
Director says that the closeness that Rotary-Ax maintains with its<br />
customers is one of the forces that help the Company always to be<br />
attentive to each process and market requirement. This continuous,<br />
face-to-face contact on each visit is one of the keys to Rotary-Ax’s<br />
success. “More than anything, we want to understand and listen<br />
to our customers, to offer the appropriate products for each type<br />
of operating condition or to develop something new that perfectly<br />
meets the need presented with the best solution for each client,”<br />
adds Shinohara.<br />
Bruna Polo Krüger D’Almeida, Marketing Director of Rotary-Ax,<br />
points out that in addition to the capacity to produce and develop<br />
new products, the Company works to ensure safety in everything it<br />
sells, taking care not only to manufacture but also to prioritize the<br />
quality of what is made. Today, Rotary-Ax develops and registers<br />
patents for each project carried out internally, ensuring exclusivity<br />
Agosto 2023<br />
89
PRINCIPAL<br />
com a floresta de eucalipto na região, uma das mais importantes<br />
para o Estado de São Paulo, está presente na família há décadas.<br />
“Nossa história empresarial começa em 1960, com meu pai, Antônio<br />
Giorgetti Costa, fundando o Grupo Riacho, mas foi na década de<br />
1990 que a empresa mudou seu foco exclusivamente para atividade<br />
florestal, onde crescemos e nos tornamos referência na prestação<br />
de serviços”, conta Joaquim.<br />
Tiago Francisco Giorgetti Costa, gerente da Riacho <strong>Florestal</strong>,<br />
destaca a importância de produtos de alta qualidade na operação. “A<br />
Riacho oferece uma série de soluções para a operação florestal, como<br />
colheita mecanizada nas modalidades CTL e full tree, transporte de<br />
toras e produção e fornecimento de biomassa; com equipamentos de<br />
última geração conseguimos dar continuidade e manter o alto padrão<br />
de nosso atendimento aos nossos clientes e parceiros”, ressalta Tiago.<br />
O gerente conta que a parceria entre a Riacho e a Rotary–Ax<br />
iniciou há pouco mais de 5 anos e a empresa paranaense se tornou<br />
a fornecedora oficial de conjunto de corte como as coroas de tração,<br />
sabres com ponteira removível e dentes de corte para feller buncher.<br />
“A Rotary-Ax tem soluções com a mais alta qualidade e oferece para a<br />
Riacho equipamentos eficientes, com prazo de entrega rápido, preços<br />
acessíveis e, algo que nos deixa muito felizes: A abertura para dar sugestões<br />
no desenvolvimento de novos projetos”, complementa Tiago.<br />
Jadson e Eduardo Farias, diretores da <strong>Florestal</strong> Farias, empresa<br />
do segmento de serviços florestais fundada em 2017, utilizam os<br />
sabres da Rotary-Ax há mais de 2 anos e constatam a qualidade nos<br />
detalhes presentes no desenvolvimento das peças. “Alguns detalhes<br />
do sabre facilitam a lubrificação da corrente de corte, isso amplia<br />
muito a durabilidade do material e também sua produtividade no<br />
for its customers. “This search for excellence has led us to conquer<br />
international markets with a 100% Brazilian product,” says Bruna<br />
D’Almeida, who is responsible for the marketing and growth of the<br />
Rotary-Ax brand in the Sector.<br />
FROM THE FACTORY TO THE FIELD<br />
Combining quality service, tradition, and product customization<br />
has made Rotary-Ax a reference in the forestry market. Everything<br />
the Company produces is validated by its customers. This is the case<br />
for Riacho <strong>Florestal</strong>, a forest service provider based in the region<br />
of Bauru (SP). Joaquim Sidnei Giorgetti Costa, Co-owner of Riacho<br />
<strong>Florestal</strong>, says that the work with the eucalyptus forest in the area,<br />
one of the most important for the State of São Paulo, has been<br />
present in the family for decades. “Our business history began in<br />
1960, with my father, Antônio Giorgetti Costa founding the Riacho<br />
Group, but it was in the 1990s that the Company changed its focus<br />
exclusively to the forestry activity, where we grew and became a<br />
reference in the provision of services,” says Joaquim Costa.<br />
Tiago Francisco Giorgetti Costa, Manager at Riacho <strong>Florestal</strong>,<br />
highlights the importance of high-quality products in the operation.<br />
“Riacho offers a series of solutions for the forestry operation, such<br />
as mechanized harvesting in CTL and full tree modalities, log transportation,<br />
and biomass production and supply; with state-of-the-<br />
-art equipment, we can continue and maintain the high standard<br />
of our service to our customers and partners,” says Tiago Costa.<br />
The Manager goes on to say that the commercial partnership<br />
between Riacho and Rotary-Ax began just over five years ago, and<br />
the Company from the State of Paraná became the official supplier<br />
90 www.referenciaflorestal.com.br
campo”, aponta Jadson. Já Eduardo Farias, valoriza a versatilidade<br />
e praticidade do sabre da Rotary-Ax. “A possibilidade da troca de<br />
ponteira, que muitas vezes é a primeira peça a ser danificada na operação,<br />
diminui muito os custos e também amplia nossa capacidade<br />
de continuar produzindo, pois, com uma troca simples, podemos dar<br />
sequência ao trabalho”, aponta Eduardo.<br />
Raul Santos, responsável pela colheita, transporte e infraestrutura<br />
florestal do Grupo Maringá (SP), conta que o primeiro contato<br />
com a Rotary-Ax aconteceu na Show <strong>Florestal</strong>, feira realizada em<br />
Três Lagoas (MS) e todo o atendimento prestado desde o primeiro<br />
momento foi um diferencial para que a escolha pela Rotary-Ax fosse<br />
assertiva. “Desde o primeiro contato tivemos muita segurança, pois<br />
foi apresentado um dimensionamento completo de tudo que precisávamos<br />
para dar início a nossa operação. Além disso, a Rotary-Ax<br />
forneceu treinamento completo para garantir o sucesso dessa empreitada<br />
e tem dado suporte sempre que precisamos”, sublinha Raul.<br />
Ronei Pasternack, operador de harvester na TransDi Madeiras<br />
(SC), relata que a Rotary-Ax surgiu para a empresa como uma nova<br />
solução em relação aos sabres, pois oferece maior durabilidade na<br />
operação. “O sabre da Rotary-Ax tem uma diferença muito importante<br />
para o nosso trabalho que é a alta flexibilidade e resistência,<br />
impedindo que o sabre quebre ou empene, pois isso é essencial para<br />
a operação”, afirma Ronei.<br />
O sabre da Rotary-Ax tem uma<br />
diferença muito importante para<br />
o nosso trabalho que é a alta<br />
flexibilidade e resistência, impedindo<br />
que o sabre quebre ou empene, pois<br />
isso é essencial para a operação<br />
Ronei Pasternack, operador de<br />
harvester na TransDi Madeiras<br />
of cutting sets such as sprockets, guide bars with removable tips,<br />
and saw teeth for feller bunchers. “Rotary-Ax has the highest<br />
quality solutions and offers Riacho efficient equipment, with fast<br />
delivery time, affordable prices, and something that makes us<br />
very happy: the openness to give suggestions in developing new<br />
designs,” adds Tiago Costa.<br />
Jadson and Eduardo Farias, Directors of <strong>Florestal</strong> Farias, a<br />
forest service provider founded in 2017, have been using Rotary-<br />
-Ax guide bars for more than two years and see the quality in the<br />
details presented during their manufacture. “Some details of the<br />
guide bar facilitate the lubrication of the saw chain. This greatly<br />
extends the material’s durability and productivity in the field,”<br />
says Jadson Farias. On the other hand, Eduardo Farias values the<br />
versatility and practicality of Rotary’s guide bar. “The possibility<br />
of changing the tip, which is often the first part to be damaged in<br />
operation, greatly reduces costs and also expands our ability to<br />
continue producing because, with a simple change, we can continue<br />
working,” highlights Eduardo Farias.<br />
Raul Santos, responsible for the harvesting, transportation, and<br />
forestry infrastructure for the Maringá Group (SP), says that the<br />
first contact with Rotary-Ax took place at the Show <strong>Florestal</strong>, held<br />
in Três Lagoas (MS), and all the services provided starting from<br />
the first moment was a differential for Rotary-Ax to be chosen as<br />
a parts supplier. “From the first contact, we were very confident<br />
because we were presented with a complete sizing of everything we<br />
needed to start our operation. In addition, Rotary-Ax has provided<br />
comprehensive training to ensure the success of this endeavor and<br />
has provided support whenever we needed it,” emphasizes Santos<br />
Ronei Pasternack, harvester operator at TransDi Madeiras (SC),<br />
says that Rotary-Ax came to the Company as a new solution for<br />
guide bars, as it offers more outstanding durability in operation.<br />
“The Rotary-Ax guide bar has made a significant difference in our<br />
work, which is the high flexibility and resistance, preventing the bar<br />
from breaking or bending, as this is essential for the operation,”<br />
says Pasternack.<br />
Agosto 2023<br />
91
MANEJO<br />
Valorização<br />
DA ATIVIDADE<br />
Debate no senado valoriza o manejo florestal como ferramenta<br />
para deter o desmatamento e ajudar na economia verde<br />
Fotos: divulgação<br />
O<br />
manejo florestal sustentável é um dos mecanismos<br />
mais eficazes para deter o desmatamento<br />
e atividades ilícitas, além de possibilitar<br />
a exploração econômica de muitos<br />
produtos, manutenção de serviços, geração<br />
de emprego e renda e riquezas para Estados e municípios. A<br />
prática gera aumento na arrecadação de impostos e aumenta<br />
a segurança jurídica do setor florestal, além de promover<br />
a conservação da biodiversidade local. É preciso, no entanto,<br />
ampliar as áreas de concessão florestal no país e incentivar<br />
os planos de manejo. A conclusão é dos expositores que<br />
participaram de audiência pública interativa na CRA (Comissão<br />
de Agricultura e Reforma Agrária) sobre o manejo florestal<br />
em área nativa no bioma amazônico e seus desafios.<br />
O debate foi promovido por iniciativa do senador Jaime<br />
Bagattoli (PL-RO) e da senadora Soraya Thronicke (União-<br />
-MS), que preside a CRA. Ex-motorista de caminhão e neto<br />
de madeireiro, Jaime Bagattoli contou que foi um dos primeiros<br />
a fazer um plano de manejo florestal na Amazônia,<br />
em 1987, e destacou a importância do mecanismo para a<br />
preservação ambiental e a economia, até mesmo das comunidades<br />
indígenas. “Tem que aumentar as concessões,<br />
o plano de manejo sustentável é o caminho, é o único mecanismo<br />
de se preservar as florestas e terras da União que<br />
não vão ser destinadas a programa de reforma agrária. Não<br />
existe outro mecanismo, isso vai dar remuneração a todos”,<br />
afirmou Jaime.<br />
Na avaliação de Soraya Thronicke, é preciso acabar com<br />
as amarras ideológicas e promover o desenvolvimento do<br />
país. “Os especialistas da audiência pública podem nos<br />
92 www.referenciaflorestal.com.br
MANEJO<br />
ajudar nas lacunas da legislação que ainda existem para<br />
crescermos na produção e melhorarmos as condições de exploração<br />
com muita responsabilidade”, destacou Soraya.<br />
ÁREAS MAPEADAS<br />
As concessões florestais, atualmente concentradas no<br />
Amapá, Pará e Rondônia, ainda representam muito pouco<br />
da produção florestal, ressaltaram debatedores. Hoje há<br />
cerca de 1,4 milhão de hectares sob concessão, mas existem<br />
áreas mapeadas que indicam a possibilidade de ampliação<br />
das concessões, o que aumentaria a participação do Brasil<br />
na parcela global de demanda de madeira. Os EUA (Estados<br />
Unidos da América), Europa e China são os maiores compradores<br />
da madeira brasileira.<br />
Deryck Pantoja Martins, diretor técnico da CONFLORES-<br />
TA (Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais),<br />
diretor técnico da Aimex (Associação das Indústrias<br />
Exportadores da Madeira do Estado do Pará) e representante<br />
da CNI (Confederação Nacional da Indústria), apontou<br />
que o Brasil tem mais de 450 milhões de ha (hectares) de<br />
floresta, no entanto representa apenas 6% do suprimento<br />
industrial de madeira, pois o restante vem de floresta plantada.<br />
“O Brasil é o segundo país no mundo em extensão<br />
florestal, mas corresponde a parcela muito pequena do<br />
mercado mundial de madeira, o que demonstra que temos<br />
espaço para crescer, potencializar essa produção e participar<br />
de forma mais efetiva nesse mercado crescente”, destacou<br />
Deryck.<br />
O representante da CONFLORESTA ressaltou que o<br />
manejo florestal é a melhor estratégia de conservação das<br />
florestas e da biodiversidade. A madeira, segundo ele, é o<br />
produto mais rastreável da economia rural dentre os principais<br />
produtos da balança comercial, por meio de sistema<br />
altamente eficaz que permite garantir que o produto é originário<br />
de floresta licenciada devidamente autorizada pelos<br />
órgãos competentes, a partir de plataforma de sistemas públicos<br />
acessíveis a qualquer cidadão de forma efetiva.<br />
Ainda segundo Deryck, menos de 5% do suprimento de<br />
madeira vem das concessões florestais, e o país ainda tem<br />
grande parte das áreas privadas. Um dos grandes desafios é<br />
ampliar as concessões florestais. Se o país atingir 20 milhões<br />
de ha em concessão de florestas, poderá aumentar em R$<br />
3,3 bilhões o PIB (Produto Interno Brasileiro). “Isso poderá<br />
gerar uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões,<br />
um impacto positivo superior a R$ 85 milhões, a geração<br />
de mais de 170 mil empregos, um valor da produção<br />
em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões, além de um potencial<br />
de receita projetado em R$ 357 milhões”, sublinhou Deryck.<br />
Dentre os principais desafios do Brasil no setor, segundo<br />
Deryck, estão a atuação nos mercados externo e interno; a<br />
substituição da madeira por plástico e gesso; os ataques deliberados<br />
ao produto madeira, associada a desmatamento;<br />
o acesso ao crédito; a reestruturação e fortalecimento dos<br />
órgãos ambientais; a sistematização dos processos autorizativos;<br />
e a garantia de fiscalização no campo. Derick sugeriu<br />
ainda a ampliação da atividade e a simplificação da gestão<br />
florestal; o uso de tecnologias e formas inteligentes de monitoramento<br />
já existentes; a garantia de segurança jurídica<br />
às concessões florestais; incentivos à produção florestal por<br />
meio de compras públicas e programas de casas populares;<br />
a diversificação da produção madeireira; e a promoção do<br />
produto madeira no Brasil e no mundo.<br />
DESINFORMAÇÃO<br />
Presidente do FNBF (Fórum Nacional das Atividades de<br />
Base <strong>Florestal</strong>), Frank Rogieri de Souza Almeida ressaltou<br />
que é preciso combater a desinformação e a ideologia desenfreada,<br />
que se implantou no Brasil, além da discrimina-<br />
94 www.referenciaflorestal.com.br
Soluções hidráulicas<br />
para o setor florestal.<br />
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Diversos modelos.<br />
Suporte a cargas de 1 até 16 toneladas.<br />
Comandos hidráulicos<br />
Acionamento manual, elétrico e joystick.<br />
Vazão máxima: 80 lpm, pressão máxima: 250 bar.<br />
Bombas de pistões axiais<br />
K3V, K5V e K7V.<br />
VH-ISO: montagem em PTO e tomada de força.<br />
Bombas e motores de engrenagens<br />
Rolamento: VBH031, VBH051 e VBH075.<br />
Bucha: VBH315, VBH330, VBH350 e VBH365.<br />
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ção de certos setores da economia. O setor de base florestal<br />
é hoje um dos maiores vetores de preservação ambiental<br />
e de conservação de florestas que o Brasil e o mundo têm<br />
disponível. ”As concessões vêm crescendo, são feitas com<br />
maestria e levam opção de geração de renda, emprego e arrecadação<br />
de impostos a locais antes inóspitos da Amazônia<br />
brasileira”, pontuou Frank. Ainda de acordo com o presidente<br />
da FNBF, o manejo florestal combate o aquecimento<br />
global, contribui para a construção civil, gera emprego e leva<br />
dignidade e opção de renda aos povos amazônicos. Como<br />
exemplo, citou o projeto de manejo florestal implantado<br />
em Altamira (PA), em 2013, que vem contribuindo para o<br />
desenvolvimento da população local. Essa experiência, afirmou,<br />
precisa ser olhada com outros olhos, para combater a<br />
discriminação e mostrar ao Brasil que pode-se avançar mais.<br />
“Desde que foi assinado, o projeto na floresta de Altamira<br />
não tem um foco de incêndio. Gera-se muito emprego para<br />
as mulheres, que produzem para uma grande empresa brasileira”,<br />
apontou Frank.<br />
FLORESTAS PÚBLICAS<br />
Diretor-geral do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Garo<br />
Joseph Batmanian defendeu a aceleração do processo de<br />
concessão de florestas e fez questão de esclarecer que manejo<br />
florestal sustentável não é sinônimo de desmatamento.<br />
Segundo Garo, é preciso reforçar essa mensagem de que na<br />
floresta sob concessão tudo tem que seguir a lei. O serviço<br />
florestal trabalha primeiramente com florestas públicas<br />
dentro das florestas nacionais do Brasil, que são unidades<br />
de conservação gerenciadas pelo ICMBIO (Instituto Chico<br />
Mendes de Biodiversidade). “Cada uma com área destinada<br />
a plano de manejo, todas no momento na Amazônia; 1,2 milhão<br />
de hectares de florestas concessionadas no momento,<br />
21 contratos vigentes em 7 florestas, com 14 em produção<br />
em cinco FLONAS (Florestas Nacionais), que até o momento<br />
já geraram 2 milhões de m3 (metros cúbicos) de madeira em<br />
tora”, explanou Garo.<br />
Além de afirmar que o manejo florestal, mesmo em terras<br />
privadas, gera emprego e renda, especialmente em lugares<br />
pobres, Garo falou dos recursos repassados ao governo<br />
pelos concessionários. Ele afirma que foram arrecadados R$<br />
31 milhões; 13% vão para o município, 13% para o Estado<br />
da concessão, 25% para o ICMBio e 36% para o SFB. Existe<br />
também uma contribuição efetiva para Estados e municípios<br />
que têm concessão de FLONAS em seus limites territoriais,<br />
que podem gerar emprego e renda à população carente.<br />
Para Garo, o SFB quer garantir que a madeira explorada nas<br />
concessões possa ser monitorada, por isso foi criado um<br />
sistema robusto de rastreamento da madeira que sai das<br />
concessões para garantir que ela seja bem utilizada. “As 21<br />
concessões feitas em cinco FLONAS já em operação geraram<br />
1.684 empregos diretos e mais de 3 mil indiretos, com carteira<br />
assinada e outras garantias”, valorizou Garo.<br />
96 www.referenciaflorestal.com.br
MANEJO<br />
CADEIA PRODUTIVA<br />
Diretora de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas<br />
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Naturais Renováveis), Lívia Karina Passos Martins<br />
disse que o manejo florestal incentiva a redução das mudanças<br />
climáticas, uma vez que toda a cadeia produtiva preserva<br />
e protege a floresta. Lívia afirma que o Ibama tem feito<br />
esforço grande para ajudar a qualificar o produto comerciado<br />
na cadeia de base florestal, pois é difícil o empresário sério<br />
da concessão florestal competir com a madeira que está<br />
sendo acobertada por créditos irregulares, com trabalho<br />
degradante e exploração da pobreza do entorno, com empresas<br />
fantasmas envolvidas e documentos fraudados. Isso<br />
não pode estar associado à cadeia de base legal. “Reconhecemos<br />
a importância da rastreabilidade da madeira; somos<br />
competitivos, tanto no mercado interno como externo, e a<br />
qualidade dos produtos é bastante exigida, não existe mais<br />
uma lógica de continuar contaminando a cadeia produtiva<br />
de base florestal com irregularidades já conhecidas”, alertou<br />
Lívia.<br />
GIGANTISMO<br />
Ex-ministra da Agricultura, a senadora Tereza Cristina<br />
(PP-MS) disse que o manejo florestal sustentável é uma<br />
ferramenta que contribui para deter o desmatamento ilegal<br />
em terras públicas. Tereza comenta que esse é um programa<br />
que deve ser olhado com muito carinho pelo MMA<br />
(Ministério do Meio Ambiente), pelo Ibama, e que ele seja<br />
mais célere. “Talvez com lotes menores, não sei, para que<br />
Precisamos avançar<br />
com o pagamento por<br />
serviços ambientais,<br />
pois essa é uma<br />
ferramenta que traria<br />
harmonia e conciliação<br />
entre ambientalistas e<br />
produtores rurais<br />
Tereza Cristina, senadora<br />
a gente possa utilizar essas terras não destinadas e tenha<br />
alguém cuidando. O Brasil tem um problema muito sério,<br />
que é o nosso gigantismo, somos um continente, tudo aqui<br />
e complicado pelo nosso tamanho. O Brasil vive um bom<br />
momento, mas a gente precisa caminhar”, ressaltou Tereza.<br />
A mesma observou que o manejo sustentável em florestas<br />
nativas é uma atividade de fundamental relevância, não só<br />
no âmbito do ambiente amazônico, mas em todo o país,<br />
tendo em vista a existência de áreas legais e de preservação<br />
permanente que podem ser exploradas. Todavia, afirmou,<br />
que a constante demonização da atividade produtiva no<br />
meio rural por setores radicais e movimentos fundamentalistas<br />
contribui para a criação de um ambiente institucional<br />
que dificulta demasiadamente a aprovação dos planos de<br />
manejo florestal, especialmente para aqueles produtores familiares<br />
e associações comunitárias que não têm condições<br />
de contratar assessorias especializadas para a elaboração<br />
dos planos. “Precisamos avançar com o pagamento por<br />
serviços ambientais, pois essa é uma ferramenta que traria<br />
harmonia e conciliação entre ambientalistas e produtores<br />
rurais”, concluiu Tereza.<br />
98 www.referenciaflorestal.com.br
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Presença de árvores melhora qualidade da pastagem<br />
em sistema de integração pecuária-floresta<br />
Fotos: divulgação<br />
U<br />
ma pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste<br />
(Empresa Brasileira de Agropecuária)<br />
comprovou que o manejo das árvores é<br />
estratégico para garantir o equilíbrio em<br />
sistemas de IPF (integração pecuária-floresta)<br />
ou silvipastoril. Além de manter a produtividade<br />
da pastagem e melhorar a qualidade da madeira remanescente,<br />
a forragem nesse sistema apresentou teor<br />
elevado de proteína bruta, quando comparada a um<br />
modelo pecuário tradicional, sem a presença do componente<br />
arbóreo, o que significa maior qualidade do<br />
alimento aos animais.<br />
O avanço é importante porque manter a produção<br />
de forragem em sistemas integrados com árvores é um<br />
desafio para o produtor rural, uma vez que o desenvolvimento<br />
das pastagens depende da incidência de luz.<br />
A diminuição da radiação afeta o crescimento dessas<br />
plantas, podendo ocasionar menor produtividade na<br />
pecuária.<br />
Os sistemas silvipastoris são opções sustentáveis<br />
para o pecuarista realizar a intensificação das pastagens.<br />
Com as árvores integradas à pecuária, o produtor<br />
proporciona bem-estar aos animais e contribui para a<br />
remoção do carbono atmosférico e mitigação das emissões<br />
de GEE (gases de efeito estufa). Sem contar que o<br />
componente arbóreo é uma boa aposta para garantir<br />
créditos de carbono no futuro, uma nova alternativa de<br />
renda.<br />
O trabalho, publicado no The Journal of Agricultural<br />
Science, concluiu que um pasto sombreado tem<br />
características nutritivas superiores e produtividade<br />
semelhante às de uma pastagem a pleno sol manejada<br />
da mesma maneira. (Leia o artigo científico: Productive<br />
and nutritive traits of Piatã palisadegrass after thinning<br />
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INTEGRAÇÃO<br />
the forest component of a silvopastoral system in southeastern<br />
Brazil).<br />
De acordo com o pesquisador José Ricardo Pezzopane,<br />
da Embrapa, o manejo das árvores no sistema<br />
silvipastoril proporcionou aumento da produção da<br />
forragem em comparação aos anos anteriores. Antes<br />
do desbaste, utilizando a média de duas estações – dois<br />
verões –, que é a época mais produtiva da pastagem, a<br />
produção de forragem no silvipastoril foi 45% inferior<br />
ao sistema a pleno sol: 996 quilos por ha (hectare) contra<br />
1,87 mil quilos por ha, respectivamente. Nos dois<br />
verões posteriores ao manejo, a produção foi bem diferente:<br />
quase 2 mil quilos por ha no modelo integrado<br />
e 2,38 mil quilos por ha a pleno sol. “Além de não ocorrer<br />
variação na produção, a forragem no silvipastoril<br />
apresentou teores de proteína bruta superiores, o que<br />
expressa maior qualidade do alimento aos animais. Importante<br />
ressaltar que os dois sistemas foram manejados<br />
sob o mesmo tipo de pastejo, ou seja, rotacionado<br />
com adubação nitrogenada da pastagem”, explica José.<br />
Pezzopane recomenda a adoção do desbaste de árvores<br />
em sistemas integrados para proporcionar produção de<br />
forragem semelhante a pleno sol e, ainda, com maior<br />
teor de proteína.<br />
Quando o pecuarista consegue utilizar, na mesma<br />
área, pecuária e produção de madeira com eficiência,<br />
ele tem diversos benefícios. Além da renda alternativa<br />
com a madeira, há os serviços ecossistêmicos como<br />
diversificação de espécies e fixação de carbono (C), que<br />
geralmente não são computados. No entanto, Pezzopane<br />
alerta que esse modelo é bastante complexo, porque<br />
ocorrem interações variadas entre os elementos:<br />
pastagem, árvores e animais. “Resultados positivos de-<br />
EXPERIMENTO<br />
O estudo avaliou as características produtivas e<br />
nutritivas do capim-piatã (Urochloa brizantha cv. BRS<br />
Piatã) após o desbaste do componente florestal do silvipastoril,<br />
formado por eucaliptos (Eucalyptus urograndis<br />
clone GG100). Também foram analisados a produção<br />
de forragem e o valor nutritivo, com as variáveis do<br />
microclima, no sistema intensivo a pleno sol com capim-piatã.<br />
O experimento ocorreu na Fazenda Canchim,<br />
sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP),<br />
de 2016 a 2018.<br />
O sistema silvipastoril foi formado em 2011, com<br />
árvores plantadas em fileiras simples no espaçamento<br />
de 15m (metros) por 2m, totalizando 333 árvores por<br />
ha. Antes do início do estudo, em 2016, foram retirados<br />
50% dos eucaliptos em cada fileira e, assim, o espaçamento<br />
foi reduzido para 15m por 4m. Segundo dados<br />
da pesquisa, em outubro de 2017, as árvores tinham,<br />
em média, 27,8m de altura e 25,9 cm (centímetros) de<br />
DAP (diâmetro à altura do peito).<br />
Durante o período experimental, o valor nutritivo<br />
e a produção de forragem foram avaliados em cinco<br />
ciclos de pastejo representativos característicos das estações<br />
do ano de dezembro de 2016 a março de 2018:<br />
verão, outono, inverno e primavera de 2017 e verão de<br />
2018.<br />
RESULTADOS<br />
O teor de proteína bruta foi maior no IPF do que<br />
a pleno sol na maioria das estações do ano. Já o acúmulo<br />
de forragem nos dois sistemas foi semelhante.<br />
A produção de forragem foi favorecida pelo desbaste,<br />
principalmente próximo ao evento, enquanto sua qualidade<br />
foi consistentemente superior no IPF. Assim,<br />
102 www.referenciaflorestal.com.br
+ DE 100 INSTALAÇÕES NO MUNDO
INTEGRAÇÃO<br />
Resultados positivos dependem da capacidade de<br />
garantir interações sinérgicas entre tais componentes<br />
José Ricardo Pezzopane, pesquisador da Embrapa<br />
pendem da capacidade de garantir interações sinérgicas<br />
entre tais componentes”, alerta José.<br />
A produtora Maria Fernanda Guerreiro, que trabalha<br />
com sistemas integrados em sua propriedade desde<br />
2013, confirma os resultados da pesquisa da Embrapa<br />
na prática. Ela conta que nunca teve problemas com o<br />
sombreamento das árvores, porque sempre fez o desbaste.<br />
Além de produtora, Maria Guerreiro é engenheira-agrônoma<br />
e relata que tem no sítio um medidor de<br />
radiação de luz fotossinteticamente ativa, PAR. “Por isso<br />
nunca tive problemas com o sombreamento da pastagem,<br />
pelo contrário, só tive benefícios. Trabalhei com<br />
desrama e desbaste dos eucaliptos. Quando o medidor<br />
apresentava sombreamento passando de 35%, a gente<br />
entrava com uma forma de manejo. Tirava as plantas<br />
mais finas, as doentes, e, assim, não tive problemas”,<br />
conta Maria.<br />
O momento certo para o manejo é indicado pelo<br />
nível de retenção de luz pelas árvores. Pezzopane recomenda<br />
o monitoramento constante e, caso ultrapasse<br />
os 35%, deve-se fazer o desbaste. Verificar o crescimento<br />
do diâmetro e da altura também contribui para definição<br />
do ponto ideal de manejo. Outros indicativos são<br />
a estabilização do crescimento das árvores, vigor das<br />
pastagens e as oportunidades de exploração da madeira<br />
para usos na propriedade ou para venda.<br />
A qualidade da pastagem no silvipastoril tem relação<br />
com a maior fertilidade do solo em comparação aos<br />
sistemas intensivos a pleno sol devido à diversificação<br />
da MOS (matéria orgânica do solo) e sua microbiota<br />
pelo desprendimento de raízes de diversas espécies e<br />
queda de serrapilheira. Segundo o estudo, a MOS e seu<br />
carbono resultam em taxa de mineralização de nitrogênio<br />
variada, beneficiando no longo prazo a suplementação<br />
de nitrogênio para as plantas. “Este fator, com as<br />
mudanças fisiológicas causadas pelo sombreamento,<br />
geralmente resultam em espécies com maior teor de<br />
proteína bruta e digestibilidade in vitro da matéria seca<br />
em comparação com aquelas manejadas a pleno sol, o<br />
que explica o maior teor de proteína bruta da forragem<br />
na maioria das estações quando comparado às posições<br />
do intensivo a pleno sol,” detalha José Pezzopane.<br />
MANEJO DE ÁRVORES TRAZ MAIS QUALIDADE<br />
E PRODUTIVIDADE<br />
A produção equilibrada só vai ocorrer com práticas<br />
de manejo como desbastes e podas de acordo com a<br />
necessidade dos sistemas de produção. O estudo apontou<br />
que o desbaste no silvipastoril garante ao pasto<br />
características nutritivas superiores e produtividade<br />
semelhante às de uma pastagem a pleno sol.<br />
As pastagens no IPF têm menos energia disponível<br />
para o crescimento, em comparação com pastagens a<br />
pleno sol. Assim, as plantas sombreadas adaptam-se<br />
morfológica e fisiologicamente para melhor aproveitamento<br />
da energia disponível. Plantas cultivadas sob baixa<br />
irradiação geralmente têm folhas mais finas com alta<br />
AFE (área específica foliar), o que aumenta a interceptação<br />
de luz. Isso é vantajoso para a planta em ambientes<br />
com pouca luz. O desenvolvimento de folhas mais finas<br />
é uma adaptação para diminuir a evapotranspiração,<br />
reduzindo a área foliar submetida à transpiração.<br />
104 www.referenciaflorestal.com.br
MADEIRA<br />
Floresta<br />
EM TUDO<br />
Produtos em que derivados da madeira estão presentes no cotidiano<br />
Fotos: divulgação<br />
D<br />
o sorvete à roupa, a árvore cultivada está<br />
mais presente no dia a dia do que se imagina.<br />
É a partir do plantio de árvores como<br />
eucalipto ou pinus que se origina a celulose,<br />
que vem ganhando relevância e já é<br />
utilizada para fabricação de mais de 5 mil itens. Em 2022,<br />
segundo a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), foram<br />
produzidas quase 25 milhões de toneladas da matéria-<br />
-prima, um recorde histórico para o Brasil.<br />
Para além dos conhecidos cadernos, livros, papéis<br />
higiênicos e embalagens de papel, o setor tem investido<br />
em ciência e inovação para ampliar os usos da celulose<br />
e suprir as demandas globais por produtos de origem<br />
sustentável e biodegradáveis. Hoje a matéria-prima dá<br />
origem a uma série de produtos e materiais que estão<br />
muito presentes no cotidiano das pessoas.<br />
Um grande exemplo é a celulose solúvel, produzida a<br />
partir do eucalipto, que possibilita a substituição de matéria-prima<br />
de origem fóssil em uma série de segmentos<br />
industriais como têxtil, alimentício, beleza, higiene, entre<br />
outros. Assim, o avanço da ciência e tecnologia vem<br />
possibilitando a expansão dos múltiplos usos da madeira<br />
e seus derivados, aumentando as opções de produtos<br />
naturais, biodegradáveis e com alta eficiência.<br />
ROUPAS<br />
A indústria da moda é um setor que tem investido<br />
muito na aplicação da celulose para produção de roupas.<br />
Hoje a celulose solúvel, na forma de filamento de viscose<br />
é muito utilizada para revestir tecidos delicados, como<br />
gravatas, roupas íntimas, vestidos e até tecido jeans, bem<br />
como, em toalhas e roupa de cama.<br />
A partir do filamento de viscose produzido a partir<br />
da celulose solúvel, é possível produzir uma fibra com<br />
alto potencial de oferecer alternativa sustentável e de<br />
qualidade para a indústria têxtil, até mesmo ao poliéster.<br />
A fibra utiliza menos água na sua fabricação do que os<br />
tecidos tradicionais, além de ser biodegradável e ter origem<br />
renovável.<br />
No setor de árvores já são feitos vultosos investimen-<br />
106 www.referenciaflorestal.com.br
CAMINHOS DA SUSTENTABILIDADE
MADEIRA<br />
tos para aumentar a produção da fibra de celulose para<br />
este fim. Tamanho é o potencial do mercado que a Bracell<br />
levantou uma unidade, em Lençóis Paulista (SP), que<br />
pode fabricar, tanto a celulose comum, quanto a solúvel.<br />
Lá foram investidos R$ 8 bilhões, cujo principal objetivo é<br />
fabricar a matéria-prima para suprir a demanda por viscose<br />
para fabricação de tecidos.<br />
Outro exemplo é a LD Celulose, joint venture da brasileira<br />
Dexco com a austríaca Lenzing. A empresa inaugurou<br />
uma fábrica de celulose solúvel no Triângulo Mineiro,<br />
onde foram investidos mais de US$ 1,3 bilhão. Toda<br />
produção até o fim de 2025 já está comprada pela parte<br />
europeia, que vai utilizar a matéria-prima para produção<br />
de tecidos.<br />
A celulose microfibrilada [...]<br />
é uma alternativa natural,<br />
biodegradável e de origem<br />
sustentável aos polímeros<br />
sintéticos<br />
COSMÉTICOS<br />
Para além das elegantes embalagens de papel cartão,<br />
a celulose proveniente de árvores plantadas também<br />
está presente em diferentes cosméticos. O setor integra<br />
cada vez mais o material em seus produtos buscando<br />
aumentar a sustentabilidade da matéria-prima utilizada<br />
nesses produtos. Exemplo clássico são as esponjas de celulose<br />
utilizadas para limpar a pele ou aplicação de produtos<br />
cosméticos. Além disso, através do investimento<br />
em pesquisa e inovação, a celulose vem se tornando um<br />
material de grande versatilidade.<br />
A celulose microfibrilada também está presente na<br />
composição de diversos cosméticos como batons e bases,<br />
dando uma textura especial aos produtos e atuando<br />
como um espessante natural, o que aumenta seu poder<br />
de hidratação.<br />
É uma alternativa natural, biodegradável e de origem<br />
sustentável aos polímeros sintéticos, que estão presentes<br />
nas formulações. A utilização da celulose nesses produtos<br />
tem um forte apelo ao público jovem, que cada vez<br />
mais se preocupa com a sustentabilidade e origem responsável<br />
dos cosméticos que utiliza.<br />
108 www.referenciaflorestal.com.br
MADEIRA<br />
MEDICAMENTOS<br />
As cápsulas e revestimentos de remédios podem receber<br />
a matéria-prima. Na forma de celulose microcristalina,<br />
ela permite que os laboratórios e farmácias de manipulação<br />
produzam medicamentos que serão liberados<br />
após o tempo necessário de ingestão ou no local correto<br />
do organismo.<br />
Geralmente, as cápsulas são feitas a partir de uma<br />
proteína derivada de tecidos conjuntivos, como ossos. A<br />
celulose, então, pode ser um substituto para aqueles que<br />
dispõe de alguma restrição, alérgica ou cultural, aos compostos<br />
de origem animal. O revestimento evita que o sabor<br />
ruim do medicamento seja sentido na mucosa bucal.<br />
ALIMENTOS<br />
Exemplo diário é a salsicha, que, em alguns casos,<br />
é cozida em um molde de viscose. Isto quer dizer que a<br />
pele da salsicha, assim como de outros alimentos embutidos,<br />
como o salame, contém a matéria-prima. O revestimento<br />
de celulose é uma alternativa à pele feita com<br />
tripas de animais. Ainda na seara da alimentação, derivados<br />
da celulose são utilizados como emulsionantes,<br />
espessantes e estabilizantes na indústria. Assim, podem<br />
ser utilizados como substitutos ou complemento à gordura<br />
animal, dando a textura e cremosidade desejada a<br />
determinados alimentos. É o caso do sorvete, milkshake,<br />
caldas, creme de leite, xaropes, sucos e hambúrgueres. O<br />
queijo ralado também é um alimento que leva celulose,<br />
impedindo que os pedaços se aglomerem através do isolamento<br />
da umidade.<br />
Outro produto florestal, o licor pirolenhoso, gerado<br />
a partir do processo de produção do carvão vegetal, está<br />
muito presente na indústria alimentícia. É dele que se<br />
origina a fumaça condensada, que dá o famoso gostinho<br />
de churrasco ao molho barbecue ou aos salgadinhos.<br />
AVIÕES<br />
Até mesmo em uma viagem de avião tem-se o contato<br />
com fibras vindas da madeira cultivada, que é utilizada<br />
como reforço de pneus de alta performance, pois é mais<br />
resistente a altas temperaturas. Esse tipo de celulose<br />
solúvel é classificada como um filamento de alta performance<br />
e é mais resistente e sustentável do que aqueles<br />
de origem fóssil. O mesmo material é usado para correias<br />
e mangueiras de alta pressão, contribuindo para aumentar<br />
a resistência dos produtos.<br />
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A<br />
Bracell realizou uma parceria focada<br />
em sustentabilidade e busca de melhorias<br />
para o meio ambiente. Em<br />
uma área onde a companhia mantém<br />
operações florestais no município<br />
de Itatinga (SP) está instalada uma torre de fluxo<br />
que monitora e quantifica de forma detalhada<br />
as entradas e saídas de CO2 (dióxido de carbono) e<br />
água para a cultura do eucalipto.<br />
A torre faz parte do Eucflux (Programa Cooperativo<br />
sobre Produtividade e Fluxos de Carbono e<br />
Água em Eucalyptus), um programa liderado pelo<br />
IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais)<br />
e CIRAD (Centro de Cooperação Internacional em<br />
Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento), iniciado<br />
em 2008 e que conta com diversas empresas<br />
filiadas do setor de celulose, entre elas a Bracell.<br />
Além disso, o Programa conta com instituições<br />
integradas como a UFLA (Universidade Federal de<br />
Lavras), UNESP (Universidade Estadual Paulista) e<br />
USP/ESALQ (Universidade de São Paulo/Escola Superior<br />
de Agricultura Luiz de Queiroz).<br />
112 www.referenciaflorestal.com.br
MONITORAMENTO<br />
Geovanni Malatesta Barros, pesquisador de<br />
Ecofisiologia da Bracell São Paulo, explica que os<br />
dados gerados pelo Eucflux possibilitam uma melhor<br />
compreensão da dinâmica de utilização desses<br />
recursos naturais, sua variação a depender da<br />
sazonalidade climática e como essas informações<br />
podem ajudar na sustentabilidade dos ecossistemas,<br />
visando o melhor aproveitamento dos recursos<br />
e aprimorando a compreensão do crescimento<br />
das florestas de eucalipto. Para o pesquisador,<br />
compreender a variação do CO2 na área foi um dos<br />
principais resultados obtidos pelo projeto, pois<br />
durante o primeiro ciclo de medição, o local onde<br />
a floresta está plantada, agiu como um emissor<br />
de CO2 apenas até o sétimo mês após o plantio.<br />
“A partir deste momento, a situação se inverteu e<br />
ele passou a capturar mais carbono do que emitiu,<br />
gerando um saldo positivo de, na média, 1 tonelada<br />
de carbono por hectare por mês ao longo de<br />
toda a rotação, do plantio até a colheita”, salienta<br />
Geovanni.<br />
Temos um compromisso com a<br />
sustentabilidade e realizamos<br />
ações inovadoras que<br />
asseguram a melhoria contínua<br />
em todos os nossos processos<br />
inclusive em nossas florestas<br />
O projeto concluiu sua primeira fase entre os<br />
anos de 2008 a 2016. Em seguida, iniciou a segunda<br />
fase, com a implementação de um sistema<br />
de transmissão de dados online e a manutenção<br />
contínua de todos os equipamentos de alta performance,<br />
que coletam as informações em alta<br />
frequência, de forma ininterrupta.<br />
Os coordenadores e líderes científicos do programa,<br />
Otávio Camargo Campoe (UFLA), Joannès<br />
Guillemot (CIRAD) e Guerric le Maire (CIRAD),<br />
afirmam que a participação da Bracell é muito positiva,<br />
pois aumenta a integração entre as empresas<br />
e amplia as discussões sobre temas de grande<br />
relevância para o setor florestal, como sequestro<br />
de carbono, o uso de água e as adaptações dos<br />
plantios às diferentes condições ambientais. “Por<br />
isso, esse projeto é tão importante. Por meio dele,<br />
conseguimos entender melhor a dinâmica das<br />
nossas florestas e propor novas ações relacionadas<br />
ao manejo sustentável dos plantios”, destaca Geovanni.<br />
Segundo Gabriela Gonçalves Moreira, gerente<br />
de pesquisa e desenvolvimento da Bracell São<br />
Paulo, a adoção de práticas que potencializam<br />
os impactos positivos a favor do meio ambiente<br />
são prioridades para a companhia. “Temos um<br />
compromisso com a sustentabilidade e realizamos<br />
ações inovadoras que asseguram a melhoria contínua<br />
em todos os nossos processos, inclusive em<br />
nossas florestas”, finaliza Gabriela.<br />
Gabriela Gonçalves Moreira, gerente de<br />
pesquisa e desenvolvimento da Bracell<br />
São Paulo<br />
114 www.referenciaflorestal.com.br
VEM AÍ!<br />
04 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
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MERCADO<br />
Foto: divulgação<br />
Soluções florestais<br />
EM EXPANSÃO<br />
O mercado florestal<br />
está em busca<br />
de empresas que<br />
ofereçam soluções<br />
para os desafios<br />
enfrentados pelo setor<br />
O<br />
negócio de florestas plantadas representa um<br />
dos principais itens da balança do agronegócio<br />
brasileiro. Com o mercado em franca expansão<br />
e o desenvolvimento em inovações tecnológicas<br />
na colheita mecanizada, as empresas do<br />
setor têm que oferecer soluções adequadas de acordo com as<br />
particularidades de cada cliente e do próprio mercado.<br />
E foi pensando assim que a empresa Reflorestar acaba de<br />
fazer o reposicionamento da sua marca, com novas cores, mais<br />
moderna, e com uma nova tagline: Soluções Florestais. “Desde<br />
o fim da pandemia, começamos a fazer uma reestruturação na<br />
Reflorestar. Deixamos de pensar nos serviços que oferecemos<br />
para focar nas necessidades de cada cliente”, afirma Humberto<br />
Godinho, sócio-diretor da empresa.<br />
Referência em atividade mecanizada de colheita e carregamento<br />
de madeira em áreas reflorestadas, a Reflorestar – Soluções<br />
Florestais – atende grandes empresas de papel e celulose,<br />
de produção de carvão para siderúrgicas em todo o Brasil,<br />
além de empresas que utilizam o eucalipto para outras finalidades,<br />
como serraria, madeira tratada e cavacos para energia.<br />
Atualmente, ela tem operações em Minas Gerais, Bahia e Mato<br />
Grosso do Sul.<br />
124 www.referenciaflorestal.com.br
Igor Dutra de Souza, diretor florestal da Reflorestar, explica<br />
que a empresa se tornou uma marca referência em inovação,<br />
performance e confiabilidade em seus quase 20 anos de história.<br />
“Somos uma empresa centrada em pessoas, amparada<br />
pela tecnologia e orientada pela sustentabilidade. Tudo isso<br />
para oferecer excelência naquilo que fazemos e entregamos”,<br />
destaca Igor.<br />
O novo posicionamento da empresa vem acompanhado de<br />
investimentos na formação e capacitação do time, na renovação<br />
da frota e em planos de manutenção cada vez mais eficientes<br />
e confiáveis para atender as demandas do mercado. Com<br />
investimento de R$ 15 milhões em máquinas e equipamentos,<br />
somente este ano, a Reflorestar passa a ter uma das frotas mais<br />
novas do mercado em full tree.<br />
Com essas mudanças, a empresa prevê triplicar o faturamento<br />
em 2023, comparando-se com o período da pandemia.<br />
A Reflorestar aposta saltar dos R$ 55 milhões, em 2020, para<br />
cerca de R$ 150 milhões este ano.<br />
Com o ingresso de soluções digitais e com o crescimento<br />
sustentável, o colaborador também necessita agregar mais<br />
conhecimento para o seu ofício. De acordo com Souza, a capacitação<br />
contínua também foi uma das estratégias adotadas, gerando<br />
ganho de performance, receita e ampliação do portfólio<br />
de clientes.<br />
SUSTENTABILIDADE - O meio ambiente é outro fator que<br />
move a engrenagem da empresa. “Começamos a implementar<br />
diversas ações que contribuíram para a melhoria da nossa<br />
eficiência energética e para a sustentabilidade. Substituímos<br />
máquinas de maior consumo por outras de menor utilização de<br />
combustível. Além de termos um ganho de performance operacional,<br />
contribuímos para um manejo florestal mais sustentável<br />
e menos poluente”, afirma Igor.<br />
O investimento em sustentabilidade gerou uma redução de<br />
mais de 435 mil litros de diesel na atividade global de colheita,<br />
quando comparado 2021 com 2022. Neste ano, a redução do<br />
consumo de combustível permanece dentro do esperado, aumentando<br />
a eficiência energética da empresa.<br />
As iniciativas sustentáveis devem ser acompanhadas por<br />
um processo correto de manutenção, respeitando as instruções<br />
do fabricante e os ajustes rigorosos dos equipamentos. A reposição<br />
de peças genuínas também confere maior confiabilidade<br />
para os resultados ambientais e para a colheita florestal esperada<br />
pela empresa.<br />
Somos uma empresa centrada em<br />
pessoas, amparada pela tecnologia e<br />
orientada pela sustentabilidade<br />
Igor Dutra de Souza,<br />
diretor florestal da Reflorestar<br />
EQUIPE DO ADMINISTRATIVO<br />
DA REFLORESTAR<br />
IGOR DUTRA DE SOUZA, DIRETOR FLORESTAL<br />
DA REFLORESTAR E HUMBERTO GODINHO,<br />
SÓCIO-DIRETOR DA EMPRESA<br />
Foto: divulgação Foto: Marlon Fernandes Foto: Marlon Fernandes<br />
Agosto 2023<br />
125
GENÉTICA<br />
Produção<br />
ACELERADA<br />
126 www.referenciaflorestal.com.br
Árvores geneticamente modificadas<br />
produzem até 40% mais papel<br />
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GENÉTICA<br />
C<br />
ientistas da Universidade Estadual<br />
da Carolina do Norte, nos EUA<br />
(Estados Unidos da América), têm<br />
uma ideia para tornar a produção<br />
de papel mais sustentável. Eles<br />
cultivaram 174 tipos de árvores modificadas<br />
geneticamente que têm concentrações menores<br />
de lignina, um componente importante da madeira<br />
– mas que dá trabalho para a indústria no<br />
momento da produção da pasta de celulose. E<br />
descobriram que, assim, é possível aumentar a<br />
produção de papel em até 40%.<br />
A lignina contribui para a estrutura e integridade<br />
das árvores, e está ligada à celulose,<br />
que compõe o papel. Acontece que separar os<br />
dois componentes é trabalhoso. Para fazê-lo, as<br />
fábricas de papel usam milhões de toneladas de<br />
resíduos químicos e emitem outras milhões de<br />
toneladas de GEE (gases de efeito estufa), além<br />
do consumo de água.<br />
Os pesquisadores, então, tentaram encontrar<br />
uma forma de reduzir este trabalho. Como?<br />
Diminuindo a quantidade de lignina nas árvores<br />
sem prejudicar seu crescimento. Para isso, eles<br />
desenvolveram um modelo de computador baseado<br />
em milhares de estudos de biotecnologia<br />
florestal. Então, usaram para analisar o genoma<br />
do álamo e encontrar combinações de genes que<br />
seriam interessantes de se editar.<br />
A técnica usada para isso, neste caso, é o<br />
CRISPR (ou CRISPR-Cas9, seu nome completo).<br />
A técnica, a grosso modo, recorta um trecho de<br />
128 www.referenciaflorestal.com.br
DNA para inserir a alteração desejada, como em<br />
um efeito copia e cola, mas com amostras de<br />
DNA. Esse processo é criação de duas vencedoras<br />
do Nobel de Química.<br />
O modelo identificou mais de 69 mil maneiras<br />
de editar 21 genes do álamo, árvore muito utilizada<br />
na produção de celulose no hemisfério norte.<br />
Os pesquisadores analisaram todas essas possibilidades<br />
para identificar quais tinham mais chance<br />
de dar certo – em vez de resultar em uma árvore<br />
frágil e defeituosa. Restaram 0,5% das maneiras.<br />
Eles escolheram sete, e cultivaram 174 variantes<br />
diferentes de álamos editados com CRISPR.<br />
Após 6 meses de crescimento, os pesquisadores<br />
verificaram que as árvores modificadas geneticamente<br />
tinham até 49% menos lignina do que<br />
as árvores normais. Eles afirmam que, se uma<br />
fábrica de papel usasse as variedades mais promissoras<br />
obtidas pelo experimento, poderia aumentar<br />
sua produção de papel em 40%, reduzir<br />
suas emissões de GEE em 20% – e aumentar seus<br />
lucros em aproximadamente 1 bilhão de dólares.<br />
Após 6 meses de crescimento,<br />
os pesquisadores verificaram<br />
que as árvores modificadas<br />
geneticamente tinham até<br />
49% menos lignina do que as<br />
árvores normais<br />
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129
PRODUTIVIDADE<br />
Força da<br />
INTEGRAÇÃO<br />
Resultados produtivos e econômicos fortalecem a<br />
posição do sistema lavoura-floresta-pecuária<br />
Fotos: Rafael Richetti<br />
A<br />
ILPF (Integração Lavora-Pecuária-Floresta)<br />
já é uma realidade. A aplicação desse<br />
sistema tem se provado uma solução<br />
ideal para pequenos e médios produtores,<br />
pois rentabiliza a área produtiva<br />
de maneira contínua, oferecendo várias culturas, de<br />
curto, médio e longo prazo simultaneamente. Essa é<br />
a experiência que se tornou uma realidade na Richetti<br />
<strong>Florestal</strong>, que aplica a integração junto a sua produção<br />
de pinus no interior do Rio Grande do Sul.<br />
Rafael Richetti, diretor da Richetti <strong>Florestal</strong>, relata<br />
que tem se surpreendido com os resultados da operação,<br />
seja em relação a rentabilidade da área quanto a<br />
produtividade. E os frutos do sistema de ILPF não são<br />
vistos apenas no final das culturas, mas durante todo<br />
o ciclo. “Aqui plantamos junto com o pinus um tipo de<br />
trigo utilizado na alimentação do gado, e a forma de<br />
cultivo garante uma planta continuamente forte, saudável<br />
e produtiva”, conta Rafael.<br />
Esse trigo, desenvolvido pela Embrapa (Empresa<br />
130 www.referenciaflorestal.com.br
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), permite poda<br />
e rebroto rápido, o que gera produção acelerada de<br />
alimento para a pecuária. “Esse trigo é cortado a cada<br />
15 ou 20 dias, isso faz com que tenhamos na fazenda<br />
uma planta nova e muito mais resistente à pragas<br />
e outras intempéries”, destaca Rafael. Esse fluxo de<br />
produção acelerado diminuiu o uso de defensivos<br />
agrícolas na área, pois a planta rejuvenescida é muito<br />
mais forte, implicando diretamente na diminuição de<br />
custos para a manutenção da produtividade. Apenas<br />
em 2023 serão feitas no total seis safras de grãos:<br />
sendo uma de milho que foi plantado em outubro de<br />
2022, as quatro safras do trigo que foi cortado para<br />
alimentação animal e o mesmo trigo, que pode continuar<br />
sendo cultivado e os grãos estarão prontos para<br />
colheita no último trimestre desse ano.<br />
Para Rafael, a grande vantagem já percebida é<br />
poder girar áreas economicamente em vários ciclos<br />
diferentes ao mesmo tempo. O diretor conta que hoje<br />
estão sendo produzidos trigo, pastagem, gado e pinus<br />
em uma mesma área, todos com produtividade alta.<br />
“O pinus protege o trigo e a pastagem contra o vento,<br />
por outro lado, as plantas sempre novas auxiliam na<br />
manutenção da área sem pragas que poderiam se<br />
proliferar sem essas defesas. O gado aproveita todo o<br />
alimento e sombra para crescer e se desenvolver, em<br />
um conjunto onde todos se ajudam”, valoriza Rafael.<br />
O diretor da Richetti chega a brincar com a simplicidade<br />
do ILPF, por ser uma atividade que exige seus<br />
cuidados, mas não foge muito do que já é feito de<br />
maneira separada. “Plantar e criar animais são práticas<br />
que dominamos há muito tempo, fazer com que<br />
elas funcionem juntas não deveria ser surpresa para<br />
ninguém”, aponta Rafael.<br />
O diretor da Richetti tem apenas uma ressalva<br />
quanto a ILPF que está relacionada a aplicação deste<br />
sistema. A forma como é feita em sua fazenda foi desenvolvida<br />
junto a parceiros e é fruto de muito estudo<br />
para produzir mais e melhor de acordo com todas as<br />
características de clima e geografia da área. “Aqui conseguimos<br />
ter sucesso por ajustarmos o sistema para<br />
nossa realidade, mas em outros lugares de climas e<br />
terrenos diferentes, é preciso um estudo direcionado<br />
para atingir esses resultados”, alerta Rafael.<br />
Plantar e criar animais são<br />
práticas que dominamos há<br />
muito tempo, fazer com que elas<br />
funcionem juntas não deveria ser<br />
surpresa para ninguém<br />
Rafael Richetti, diretor da<br />
Richetti <strong>Florestal</strong><br />
Agosto 2023<br />
131
SUSTENTABILIDADE<br />
INTEGRAÇÃO<br />
E RESULTADO<br />
Novo método de avaliação registra alto índice de<br />
sustentabilidade em sistemas de integração<br />
Fotos: divulgação<br />
132 www.referenciaflorestal.com.br
U<br />
m modelo inovador de análise baseado<br />
na coleta de métricas de sustentabilidade<br />
– dados econômicos, ambientais<br />
e sociais – aponta que as fazendas que<br />
praticam modalidades de sistemas de<br />
integração (lavoura, pecuária e floresta) apresentaram<br />
os melhores desempenhos nessas três dimensões. O<br />
estudo, desenvolvido por pesquisadores da Embrapa<br />
e de outras instituições, atribuiu uma escala numérica<br />
para cada variável analisada, permitindo comparações<br />
e categorizações. Os resultados comprovaram que os<br />
índices de sustentabilidade nos sistemas de integração<br />
foram maiores do que os de estabelecimentos exclusivamente<br />
voltados à produção de grãos ou de pecuária.
SUSTENTABILIDADE<br />
O artigo publicado no periódico Agronomy for Sustainable<br />
Development propõe um modelo baseado na<br />
lógica difusa, composto por 18 indicadores que permitem<br />
avaliar a sustentabilidade de sistemas agrícolas e<br />
apresenta 22 estudos de caso com os sistemas produtivos<br />
mais comuns na fronteira agrícola mato-grossense<br />
em seus três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal).<br />
Segundo os autores, o modelo de análise contempla o<br />
conhecimento científico e a percepção de especialistas<br />
na formulação dos indicadores, considera a grande<br />
variabilidade de desempenho dos sistemas agrícolas,<br />
bem como as interações entre as dimensões econômica,<br />
ambiental e social da sustentabilidade, podendo ser<br />
ajustado a diferentes contextos ambientais e socioeconômicos.<br />
Júlio César dos Reis, da Embrapa Cerrados (Empresa<br />
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no Distrito Federal,<br />
um dos autores do artigo. O conjunto de indicadores<br />
e o modelo de análise foram construídos associando<br />
as atividades produtivas aos efetivos resultados econômicos,<br />
ambientais e sociais, indicando que a sustentabilidade<br />
é considerada como um todo, e não como a<br />
soma de seus componentes. “Escolhemos esse método,<br />
porque incorpora as principais características dos modelos<br />
multicritério já descritos na literatura científica<br />
para avaliar a sustentabilidade de sistemas agrícolas,<br />
além de oferecer a vantagem de compatibilizar variáveis<br />
contínuas e categóricas e considerar a imprecisão<br />
inerente à análise da sustentabilidade”, ressalta Júlio.<br />
A estrutura do modelo forma um IS (Índice de Sustentabilidade),<br />
composto por três indicadores parciais<br />
(correspondentes às três dimensões da sustentabilidade),<br />
cada um com seis subindicadores, calculados a<br />
partir de dados levantados em cada fazenda.<br />
Essa estrutura permite a comparação entre os<br />
diferentes sistemas agrícolas e favorece a análise das<br />
contribuições de cada indicador para a dimensão de<br />
sustentabilidade correspondente e para o resultado<br />
final. O conjunto de indicadores e subindicadores foi selecionado<br />
considerando o gerenciamento das decisões<br />
dos produtores rurais, o que permite a análise da sustentabilidade<br />
a partir do dia a dia de cada propriedade.<br />
Assim, todos os dados das dimensões econômica, ambiental<br />
e social são derivados dos registros comumente<br />
feitos nas fazendas e calculados sem a necessidade de<br />
grandes recursos matemáticos e computacionais.<br />
Foram realizados nove estudos de caso de rotação<br />
soja-milho e um de rotação soja-milho-feijão, representando<br />
as dez fazendas de grãos; sete casos com criação<br />
de gado de corte, representando as propriedades<br />
de pecuária; e cinco casos de fazendas com sistemas<br />
de integração, sendo quatro com rotação soja-milho<br />
integrada com a criação de gado (Integração Lavoura-<br />
-Pecuária) e um com gado pastejando entre árvores<br />
de teca destinadas à produção de madeira (Integração<br />
Pecuária-Floresta).<br />
134 www.referenciaflorestal.com.br
DESEMPENHOS ELEVADOS E EQUILIBRADOS<br />
As propriedades com sistemas de integração receberam<br />
valores médios e altos para o IS. Duas fazendas<br />
com sistemas de integração – uma com IPF (Integração<br />
Pecuária-Floresta) e outra com ILP (Integração<br />
Lavoura-Pecuária) – mostraram os maiores índices de<br />
sustentabilidade, com elevados desempenhos nas três<br />
dimensões, ou seja, um favorável equilíbrio em termos<br />
econômicos, sociais e ambientais.<br />
A fazenda com IPF é especializada na produção de<br />
madeira de teca para exportação, combinada a uma<br />
pecuária de alta tecnologia. Apesar dos níveis medianos<br />
de lucro e produtividade, a elevada organização e<br />
expertise na produção de teca explicam os altos índices<br />
social e econômico. A eficiência no uso de fertilizantes e<br />
pesticidas e os serviços ecossistêmicos proporcionados<br />
pelas florestas, como baixa perda de solo superficial,<br />
sequestro de carbono e baixo escoamento superficial,<br />
se destacaram na dimensão ambiental, que obteve excelente<br />
resultado, o que contribuiu para um elevado IS.<br />
Já a propriedade com ILP mostrou alto desempenho<br />
produtivo baseado em práticas de gestão para melhorar<br />
os resultados financeiros e operacionais, como<br />
estratégias de comercialização para mitigar os impactos<br />
negativos da volatilidade do preço das commodities e<br />
Escolhemos esse método,<br />
porque incorpora as principais<br />
características dos modelos<br />
multicritério já descritos na<br />
literatura científica para avaliar<br />
a sustentabilidade de sistemas<br />
Júlio César dos Reis, da<br />
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135
SUSTENTABILIDADE<br />
a divisão de lucros com os empregados. Além disso, o<br />
sistema pecuário é focado apenas na engorda do gado,<br />
aproveitando as pastagens consorciadas com o milho.<br />
A fazenda colhe três safras ao longo do ano agrícola,<br />
sendo duas de grãos (soja e milho) e um período de<br />
três meses de engorda dos animais na mesma área. A<br />
propriedade apresentou o segundo maior lucro (969,91<br />
dólares por hectare) entre as 22 fazendas analisadas e<br />
um desempenho ambiental similar à fazenda com IPF,<br />
particularmente quanto a reduzida perda de solo superficial,<br />
ao uso de fertilizantes e a emissões de GEE (gases<br />
do efeito estufa).<br />
Por outro lado, os pesquisadores também encontraram<br />
desempenhos desequilibrados mesmo em propriedades<br />
com sistemas de integração, com elevados<br />
resultados nos indicadores econômico e ambiental, e<br />
mais baixo desempenho social, o que comprometeu o<br />
seu IS. Uma delas, com sistema de ILP, apresentou baixas<br />
escolaridade e atratividade do emprego; já outra,<br />
também com ILP, obteve baixos valores para treinamentos<br />
e cursos e qualidade do emprego.<br />
Segundo os autores, os diferentes resultados entre<br />
os sistemas de integração demonstram que é difícil<br />
estabelecer uma conclusão geral sobre os benefícios da<br />
intensificação sustentável, pois eles são específicos para<br />
cada contexto. Geraldo Stachetti, da Embrapa Meio<br />
Ambiente, afirma que o simples fato de as fazendas utilizarem<br />
sistemas de integração não garante um elevado<br />
IS. “Elas precisam ter um desempenho elevado e equilibrado<br />
entre as três dimensões da sustentabilidade”,<br />
destaca Geraldo.<br />
Na categoria A (desempenho alto) há apenas três<br />
fazendas – a com IPF e duas com ILP, que apresentaram<br />
bom desempenho econômico e excelente desempenho<br />
ambiental, porém desempenho mediano no indicador<br />
social.<br />
A categoria B (desempenho mediano) contempla<br />
quase todas as fazendas de grãos e apenas duas com<br />
sistemas de integração e foi dividida em dois subgrupos:<br />
B1, composto, em geral, por aquelas que apresentaram<br />
bom desempenho econômico associado a<br />
indicadores social e ambiental medianos; e B2, formado<br />
por fazendas que apresentaram baixo desempenho<br />
econômico associado a indicadores social e ambiental<br />
medianos.<br />
Já a categoria C (desempenho baixo) reúne todas<br />
as fazendas de pecuária e duas de grãos, e também<br />
foi dividida em dois subgrupos: C1, com propriedades<br />
caracterizadas por valores muito baixos em duas ou nas<br />
três dimensões da sustentabilidade; e C2, com as três<br />
fazendas que obtiveram resultados muito baixos nas<br />
três dimensões e, consequentemente, com os piores IS.<br />
Os sistemas exigem um alto grau<br />
de gerenciamento e consciência<br />
ambiental para aumentar a<br />
eficiência no uso dos recursos,<br />
o que, em consequência, leva<br />
também a melhores desempenhos<br />
econômicos e sociais<br />
Inácio de Barros, pesquisador da<br />
Embrapa Gado de Leite<br />
136 www.referenciaflorestal.com.br
LONGO PRAZO<br />
O modelo de análise proposto no estudo mostra<br />
que a interação harmoniosa entre as dimensões da sustentabilidade<br />
nas fazendas com sistemas de integração<br />
proporciona situações de ganha-ganha e gera uma trajetória<br />
contínua e sustentável.<br />
Apesar de não estarem no topo de todos os três<br />
indicadores parciais, as fazendas do grupo A mostram<br />
alto desempenho em todos eles. Inácio de Barros, pesquisador<br />
da Embrapa Gado de Leite, explica que esses<br />
resultados demonstram que não existe necessariamente<br />
um perde e ganha inerente entre as três dimensões<br />
e destacam o papel central que a gestão desempenha<br />
para que os produtores se beneficiem das interações<br />
entre as dimensões da sustentabilidade nos sistemas<br />
de integração. “Os sistemas exigem um alto grau de gerenciamento<br />
e consciência ambiental para aumentar a<br />
eficiência no uso dos recursos, o que, em consequência,<br />
leva também a melhores desempenhos econômicos e<br />
sociais”, comenta Inácio.<br />
As fazendas de grãos, por outro lado, apresentaram<br />
valores elevados de perdas de solo superficial e, particularmente,<br />
de escoamento superficial, que indicam<br />
impactos ambientais negativos das lavouras contínuas<br />
em larga escala, o que compromete a capacidade desse<br />
sistema de permanecer produtivo com o passar dos<br />
anos. Para manterem os níveis de produção elevados,<br />
essas propriedades consomem grandes e crescentes<br />
quantidades de insumos externos, em especial fertilizantes<br />
e pesticidas, acarretando custos de produção<br />
cada vez maiores e a necessidade de expansão das<br />
áreas de cultivo para aproveitarem os ganhos de escala.<br />
Essa situação, segundo os autores, ilustra a frágil sustentabilidade<br />
dessas fazendas altamente especializadas,<br />
com baixa diversidade produtiva.<br />
Quanto às fazendas de pecuária, eles argumentam<br />
que a intensificação sustentável a pasto com o emprego<br />
de tecnologias disponíveis poderia aumentar significativamente<br />
a produtividade, permitindo a liberação<br />
de áreas para a produção de carne, grãos, madeira e<br />
combustível para atender à demanda mundial por esses<br />
produtos. Para as áreas inadequadas à adoção de sistemas<br />
de integração, políticas públicas que promovam<br />
a ampla adoção de práticas de manejo das pastagens,<br />
com elevado grau de tecnologias gerenciais, associadas<br />
à concessão de crédito específico, seriam fundamentais<br />
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PESQUISA<br />
Portanto, existe uma abundante<br />
e diversificada regeneração de<br />
espécies comerciais nas clareiras<br />
e a disponibilidade de luz afeta<br />
positivamente a quantidade de<br />
mudas e espécies da regeneração<br />
RESUMO<br />
A<br />
investigação da regeneração natural após<br />
manejo florestal em pequena escala é crucial<br />
para a compreensão dos impactos que<br />
a exploração florestal causa na estrutura<br />
e dinâmica da floresta. Neste estudo, foi<br />
avaliada a regeneração natural de espécies comerciais<br />
exploradas em manejo florestal em pequena escala. Para<br />
isso, vinte clareiras de exploração foram caracterizadas<br />
de acordo com o tamanho, abertura de dossel e altura<br />
da floresta de borda. Em seguida, a regeneração natural<br />
foi diagnosticada a partir da identificação de espécies<br />
comerciais (altura ≥ 1,3m - metros) em nove parcelas de<br />
2m x 2m. A associação entre a abundância e riqueza da<br />
regeneração natural foi testada com correlação de Pearson.<br />
Foram encontrados 205 indivíduos, pertencentes a<br />
42 espécies e 11 famílias. As espécies que comumente se<br />
repetiram foram Protium apiculatum, Protium decandrume<br />
Goupia glabra. A abertura de dossel esteve positivamente<br />
associada com a abundância e riqueza de espécies,<br />
mas não com a composição de espécies. Portanto, existe<br />
uma abundante e diversificada regeneração de espécies<br />
comerciais nas clareiras e a disponibilidade de luz afeta<br />
positivamente a quantidade de mudas e espécies da<br />
regeneração. No entanto, a composição de espécies nas<br />
clareiras não depende da disponibilidade de luz e deve ser<br />
manipulada via plantio de enriquecimento.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A dinâmica florestal pode ser definida como o conjunto<br />
de mudanças na estrutura e composição de uma<br />
floresta quando exposta a distúrbios naturais ou antrópicos.<br />
Esses distúrbios provocam a quebra de galhos e/ou<br />
a morte de uma ou mais árvores, causando a abertura de<br />
clareiras no dossel da floresta (Nascimento et al., 2012). A<br />
abertura dessas clareiras é acompanhada por alterações<br />
nas condições ambientais no local, sendo a principal delas<br />
o aumento da disponibilidade de irradiância (Jardim et<br />
al., 2007), que impulsionam o início dos processos dinâmicos<br />
da regeneração natural, que são fundamentais<br />
para garantir a renovação das florestas tropicais (Puig,<br />
2008).<br />
A abertura das clareiras possibilita o aumento da incidência<br />
da irradiância no sub-bosque da floresta, criando<br />
ambientes de crescimento propícios à proliferação e coe-<br />
140 www.referenciaflorestal.com.br
xistência de diferentes espécies, promovendo um aumento<br />
na diversidade geral de espécies na floresta (Hammond<br />
et al., 2020). O fechamento das clareiras está associado<br />
aos mecanismos de regeneração natural, tais como, germinação<br />
das sementes no banco do solo ou de sementes<br />
que chegaram após a formação da clareira; do banco de<br />
plântulas ou da rebrota de plantas danificadas e do crescimento<br />
lateral da copa de árvores ao longo da borda das<br />
clareiras (Whitmore, 1990). No entanto, a composição da<br />
regeneração natural pode diferir entre clareiras devido<br />
a ação de diferentes fatores, tais como, tamanho e forma<br />
das clareiras e as respostas variadas das espécies à<br />
alteração no ambiente (Hammond et al., 2020). Assim, o<br />
conhecimento sobre a dinâmica de clareiras em florestas<br />
tropicais é fundamental para compreender a restauração<br />
da floresta, o manejo sustentável e a conservação dos remanescentes<br />
florestais (Martins et al., 2012).<br />
No entanto, ainda é um desafio para os planos de manejo<br />
florestal em pequena escala conciliar os protocolos<br />
de exploração madeireira com os processos de regeneração<br />
natural de florestas tropicais (Zimmerman; Kormos,<br />
2012), principalmente, a regeneração de espécies comerciais;<br />
pois, o recrutamento dessas árvores é essencial para<br />
garantir a sustentabilidade e a viabilidade operacional em<br />
longo prazo do plano de manejo (Fredericksen; Pariona,<br />
2002).<br />
Diante disso, o estudo da regeneração natural é uma<br />
importante ferramenta para obter informações sobre o<br />
ingresso e sobrevivência de espécies que estão associados<br />
a formação das clareiras em decorrência da exploração,<br />
entre outras informações fundamentais para embasar as<br />
próximas explorações madeireiras e as intervenções silviculturais<br />
previstas nos planos de manejo (Quadros et al.,<br />
2013). No entanto, entender o processo de regeneração<br />
das espécies é uma tarefa complexa, pois está relacionada<br />
às características ecológicas das espécies e às condições<br />
ambientais (Santos et al., 2015).<br />
Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o<br />
potencial da regeneração natural de espécies arbóreas de<br />
interesse comercial em clareiras resultantes da exploração<br />
madeireira seletiva e de impacto reduzido em manejo<br />
florestal de pequena escala no médio Amazonas; e se as<br />
características das clareiras afetam a abundância, riqueza<br />
e composição da regeneração natural.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
O estudo foi desenvolvido em dois planos de manejo<br />
florestal em pequena escala localizados no Km (quilôme-<br />
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Agosto 2023<br />
141
PESQUISA<br />
tro) 64 da rodovia AM - 363 (Estrada da Várzea), no município<br />
de Silves, interior do Estado do Amazonas. A propriedade<br />
I possui uma área de manejo florestal de 87,3 ha, e a<br />
propriedade II possui uma área de 75,8 ha. Nas duas propriedades<br />
foram explorados 741m³ (metros cúbicos) de<br />
madeira dos planos de manejo no ano de 2020. As duas<br />
áreas foram exploradas no ano de 2020, seguindo todas<br />
as normas e procedimentos da resolução CEMAAM nº<br />
007/2011 que regulamenta os planos de manejo florestal<br />
sustentável em pequena escala no Estado do Amazonas.<br />
Segundo o sistema de classificação de Koppen, o clima<br />
da região é do tipo “Am”, tropical úmido, com temperatura<br />
média anual de 26,7OC, com variação sazonal entre<br />
25,9OC e 27,7OC (Kottek et al., 2006). A precipitação média<br />
anual é estimada em 2.249,0 mm (milímetros), com chuvas<br />
excessivas de janeiro a maio (Silva; Rodrigues, 2003).<br />
O solo predominante na área é o Latossolo Amarelo Distrófico,<br />
sendo um solo muito argiloso com baixa fertilidade<br />
(Silva; Rodrigues, 2003).<br />
A vegetação da região é a Floresta Tropical Densa, que<br />
ocorre em dois ecossistemas distintos: o da Floresta das<br />
Baixas Altitudes, ocupando os platôs Terciários e terraços<br />
de aluviões antigos, onde são encontradas as espécies de<br />
Angelim (Dinizia excelsa Ducke), Breu (Protium brasiliense)<br />
e Abiu (Pouteria caimito Ruiz &Pav.), e o da Floresta<br />
Submontana, que ocupa as áreas com médias a altas altitudes,<br />
com a presença das espécies de Cardeiro (Scleronema<br />
micranthu Ducke), Cumaru (Dipteryx odorata Willd),<br />
Louro (Octea neesiana) e Tauari (Couratari guianensis<br />
Aubl) (Goeldi, 2008).<br />
Primeiramente, as clareiras formadas pela exploração<br />
de árvores foram caracterizadas de acordo com a área da<br />
clareira, abertura do dossel, altura da floresta nas bordas<br />
e posição no gradiente topográfico. Para caracterização,<br />
foram selecionadas 20 clareiras, 10 em áreas de platô e<br />
10 em áreas de baixio. Para tanto, utilizou-se o mapa de<br />
exploração do plano de manejo florestal para sortear as<br />
clareiras. Em campo, com auxílio de um GPS, as clareiras<br />
foram localizadas, verificada a sua posição na topografia<br />
(platô e baixio) e identificadas com uma numeração de<br />
A1-A10 (clareiras localizadas no platô) e B1-B10 (clareiras<br />
localizadas no baixio). O tamanho da clareira foi determinado<br />
a partir da mensuração da distância radial em oito<br />
direções (norte, sul, leste, oeste, sudeste, sudoeste, nordeste<br />
e noroeste) partindo do centro, utilizando bússola<br />
e trena laser. A abertura do dossel foi determinada com a<br />
utilização de um medidor de dossel (Plant Canopy Imager<br />
CI-110, Cid Biosciense, WA US). A partir do uso do medidor<br />
de dossel, foram tiradas três fotografias hemisféricas,<br />
no centro de cada clareira, 2m acima do solo, em dias<br />
parcialmente nublados. As fotografias foram analisadas<br />
no software próprio do medidor de dossel, com ajustes de<br />
filtros de céu e vegetação, e limites de borda.<br />
Para determinar a altura da floresta de borda foi mensurada<br />
a altura em três pontos: árvore mais alta, intermediária<br />
e mais baixa. A altura foi mensurada utilizando um<br />
142 www.referenciaflorestal.com.br
nível de Abney, coletando os dados de inclinação no topo<br />
e base de cada altura e a distância horizontal do medidor<br />
até a árvore.<br />
Para o diagnóstico da regeneração natural, foi realizada<br />
uma amostragem nas clareiras para determinar a<br />
abundância e riqueza de espécies arbóreas de interesse<br />
comercial (espécies exploradas em 2020 e outras comumente<br />
comercializadas na região).<br />
Para o inventário, foram marcadas nove parcelas de<br />
2m x 2m em cada clareira, sendo uma parcela no centro, e<br />
as demais nas direções norte (N1 e N2), sul (S1 e S2), leste<br />
(L1 e L2) e oeste (O1 e O2). Foram inventariados indivíduos<br />
com altura superior à 1,3m, e as informações coletadas<br />
foram: espécie, família e localização na parcela.<br />
Essa é uma versão<br />
parcial deste artigo. O<br />
estudo completo pode<br />
ser acessado através do<br />
QR Code:<br />
Assim, o conhecimento sobre<br />
a dinâmica de clareiras<br />
em florestas tropicais é<br />
fundamental para compreender a<br />
restauração da floresta, o manejo<br />
sustentável e a conservação dos<br />
remanescentes florestais<br />
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ESPAÇO ABERTO<br />
Informação<br />
É TUDO<br />
Por André Tourinho,<br />
formado em direito pela UFBA (Universidade<br />
Federal da Bahia), tem especializações<br />
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e INSPER<br />
e atua como gerente de Compliance da<br />
Eldorado Brasil Celulose<br />
Controles internos como<br />
ferramenta de gestão<br />
são chave para melhor<br />
desempenho da indústria<br />
E<br />
screver um artigo para dizer que controles internos são<br />
uma função útil e essencial para uma boa governança<br />
corporativa das empresas seria chover no molhado.<br />
Grandes e pequenas empresas sabem da importância<br />
de se ter controles eficazes para a governança e para a<br />
integridade das informações em suas respectivas demonstrações<br />
financeiras.<br />
A falta de controles pode ser facilmente percebida por erros<br />
em demonstrativos contábeis, inconsistências em estoques e ineficiências<br />
operacionais, causando, por fim, perdas financeiras para o<br />
negócio. Os controles internos, então, devem ser associados como<br />
ferramentas da gestão para que as estratégias e os objetivos da empresa<br />
sejam alcançados.<br />
É nessa linha que os controles internos são definidos pelo COSO<br />
(Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission),<br />
uma das principais entidades internacionais dedicadas<br />
a desenvolver estruturas e orientações sobre controles internos,<br />
gerenciamento de riscos corporativos e análise de situações de fraudes,<br />
projetadas para aprimorar o desempenho organizacional, além<br />
de monitorar e reduzir a extensão de fraudes nas organizações. Para<br />
o COSO, controle interno “é um processo efetivado pelo conselho<br />
de administração ou pela gestão de uma entidade, projetado para<br />
fornecer garantia razoável em relação à realização de objetivos referentes<br />
a operações, relatórios de reporte e conformidade com as leis<br />
e regras internas.”<br />
Os controles internos vão muito além de simples ações ou regras<br />
internas. Não é apenas uma questão de ter controles para ter uma<br />
boa governança, mas de adotar os controles no dia a dia do negócio<br />
para evitar surpresas, materialização de impactos indesejados e,<br />
consequentemente, perdas financeiras relevantes.<br />
Como pilares essenciais de prevenção em um programa de compliance,<br />
são ferramentas que não visam burocratizar, mas garantir.<br />
São funções que buscam prever como determinadas decisões empresariais<br />
devem ser aprovadas e registradas para a continuidade do<br />
negócio; formalizar como ocorreram ações e operações; e ser suporte<br />
de dados e registro de operações. Tudo isso para garantir que as<br />
demonstrações financeiras reflitam a realidade dos negócios, dando<br />
confiabilidade para novos investimentos e avaliações de capital e<br />
assegurando que a gestão continuará a realizar as atividades empresariais<br />
de forma sustentável.<br />
Como regra geral, não é mandatório que toda empresa possua<br />
um departamento específico de controles internos para a execução<br />
de suas atividades (apesar de ser uma melhor prática!), mas é necessário<br />
que a administração adote os controles internos necessários<br />
para garantir que o negócio irá atingir seus objetivos e, consequentemente,<br />
crescer.<br />
No mês de maio, em que se celebrou a conscientização da auditoria<br />
interna, é importante frisar que as ferramentas de controles internos<br />
dão o suporte necessário para que os testes de auditoria evidenciem<br />
a saúde dos processos da empresa. A Eldorado Brasil conta<br />
com uma área de controles internos que tem o suporte necessário<br />
da administração, como parte da estratégia da empresa de manter<br />
os mais altos padrões de eficiência e competitividade.<br />
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