MadeiraIndustrial_254 - Opps

Entrevista Presidente eleito da CNI, Ricardo Alban, defende novos investimentos para a indústria 

GERAÇÕES ATRAVÉS 

DAS MÁQUINAS 

HISTÓRIA DE QUATRO DÉCADAS CONTRIBUI PARA O 

DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA MADEIRA 

GENERATIONS 

THROUGH MACHINES 

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CONTRIBUTES TO THE DEVELOPMENT 

OF THE WOODWORKING INDUSTRY

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SUMÁRIO 

INDUSTRIAL 

86 

2023 

56 

66 

62 

MADEIRA 

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 

ABPM 97 

Aimex 69 

Benecke 04 

Bonardi Química 65 

Bruno 19 

Burntech 41 

Ceratizit 51 

Cipem 39 

Contraco 12 

Dallabona Máquinas 55 

DRV Ferramentas 21 

Dujua 99 

Effisa 45 

Elemaq 91 

Engecass 25 

Fimma Brasil 53 

ForMóbile 43 

Fresul Ferramentas 73 

Gaidzinski 63 

Gautech 83 

H Bremer 08 

Impacto 29 

Indumec 37 

Meeta Industrial 71 

Mendes Máquinas 02 

Metrisa 77 

Mill Indústrias 100 

Montana Química 17 

MSM Química 35 

Nazzareno 31 

Neutraliza 85 

Omil 23 

Pole Cola 75 

Potens 95 

Prêmio REFERÊNCIA 96 

Rotteng 06 

Solution Focus 89 

Tecnosan 91 

Termobio 14 

Termolegno 33 

Vantec 27 

Viscoh Alta Perfomance 10 

WoodFlow 47 

XH MAR BEHTLEHEM 49 

SUMÁRIO 

18 Editorial 

20 Cartas 

22 Bastidores 

24 Notas 

34 Aplicação 

36 Frases 

38 Entrevista 

54 Coluna Abimci 

56 Principal Valores que atravessam gerações 

62 Estudo 

66 Marcenaria 

72 Sustentabilidade 

78 Equipamentos 

80 Feira 

86 Construção 

90 Artigo 

96 Agenda 

98 Espaço Aberto 

16 referenciaindustrial.com.br AGOSTO 2023

EDITORIAL 

É PRECISO 

SE REINVENTAR 

companhar as mudanças e se manter em atividade 

são desafios que os empresários en- 

A 

frentam constantemente. E é se reinventando 

e inovando que garantem a continuidade do 

negócio. Foi assim com a Dallabona Máquinas, 

empresa catarinense que comemora 40 anos em 2023 e é 

tema da reportagem especial desta edição da Revista REFE- 

RÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL. A empresa se destaca na fabricação 

de equipamentos e continua atenta às necessidades 

dos clientes para apresentar as melhores soluções. Na entrevista 

desta edição, o presidente eleito da CNI (Confederação 

Nacional das Indústrias), Ricardo Alban, ressalta a necessidade 

da indústria inovar para garantir a competitividade no 

mercado cada vez mais global. A edição, ainda, destaca a 

publicação da norma técnica na ABNT (Associação Brasileira 

das Normas Técnicas) para o sistema construtivo light wood 

frame, a posição das molduras de madeira no mercado mundial, 

os preparativos para a realização da ForMóbile 2024, e 

a realização da Fimma 2023, entre outros assuntos exclusivos 

do segmento, que só a Revista REFERÊNCIA MADEIRA IN- 

DUSTRIAL oferece. Uma ótima leitura! 

IT IS NECESSARY TO 

REINVENT ONESELF 

K 

eeping up with the changes and staying in 

operation are challenges that entrepreneurs 

constantly face. And it is by reinventing and 

innovating that ensures business continuity. This 

was the case with Dallabona Máquinas, a Santa 

Catarina company that celebrates 40 years in 2023 and is the 

subject of the special report of this issue of REFERÊNCIA 

Madeira Industrial. The Company began by reinventing itself 

in equipment manufacture while continuing to be attentive to 

customers’ needs to present the best solutions. In this issue’s 

interview, Ricardo Alban, the President-elect of the National 

Confederation of Industries (CNI), emphasizes the need for 

the Industrial Sector to reinvent itself and innovate to ensure 

competitiveness in the increasingly global market. The issue 

also highlights the publication of the Brazilian Association of 

Technical Standards (ABNT) technical standard for the light 

wood frame construction system, the position of the wood 

frames in the world market, and the preparations for the realization 

of ForMóbile 2024 and Fimma 2023, among other 

news. Pleasant reading! 

18 referenciaindustrial.com.br AGOSTO 2023 

NA CAPA 

A CAPA DESTA EDIÇÃO DESTACA 

OS EQUIPAMENTOS DA DALLABONA 

MÁQUINAS, EMPRESA QUE 

COMPLETA 40 ANOS CONSOLIDADA 

NO MERCADO DA MADEIRA 

EXPEDIENTE 

ANO XXV - EDIÇÃO 254 - AGOSTO 2023 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

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Ano XXV • Nº254•Agosto 2023 

Entrevista Presidente eleito da CNI, Ricardo Alban, defende novos investimentos para a indústria 

GERAÇÕES ATRAVÉS 

DAS MÁQUINAS 

HISTÓRIA DE QUATRO DÉCADAS CONTRIBUI PARA O 

DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA MADEIRA 

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr. 

bartoski@revistareferencia.com.br 

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OF THE WOODWORKING INDUSTRY 

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e 

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos 

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao 

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por 

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de 

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco 

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE- 

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, 

exceto para fins didáticos. 

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and 

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students, 

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based 

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material, 

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A DECADE OF INVESTMENTS IN 

Entrevista Euclesio Finatti, coordenador da Comissão de Estudos da ABNT esclarece sobre wood frame 

CARTAS 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

EFICIÊNCIA QUE 

ATRAVESSA FRONTEIRAS 

UMA DÉCADA DE INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA 

ATRAI NOVOS MERCADOS E PARCEIROS PARA A 

INDÚSTRIA DA MADEIRA 

CARTAS 

CAPA DA EDIÇÃO 253 DA 

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE JULHO DE 2023 

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Ano XXV • Nº253•Julho 2023 

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TECHNOLOGY ATTRACTS NEW MARKETS 

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REVISTA 

Por Manoel Francisco 

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ENTREVISTA 

Por Matheus Dias - 

Betim (MG) 

ESTUDO 

Esse novo sistema de 

construção promete 

mudar o mercado, 

esperamos que essas 

inovações apareçam 

cada vez mais no nosso 

dia a dia. 

Por Maria Luiza - 

Curitiba (PR) 

Deu até vontade de trocar todas as portas 

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Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os 

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo. 

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é 

fundamental para a Revista REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL. 

20 referenciaindustrial.com.br AGOSTO 2023 

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga: 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

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ENCONTRO 

REGISTRO DO ENCONTRO ENTRE O DIRETOR COMERCIAL DA REVISTA 

REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL, FÁBIO MACHADO E O PRESIDENTE 

DA ACIMDERJ, WADSON WERLY, EM SÃO PAULO (SP). 

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FIMMA BRASIL 

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ALTA 

NOTA DE CRÉDITO 

A agência de classificação de 

risco Fitch Ratings elevou a 

nota de crédito do Brasil de 

BB- para BB, com perspectiva 

estável. O anúncio foi feito no 

final de julho. A agência justificou 

a nova classificação como 

reflexo de “um desempenho 

macroeconômico e fiscal melhor 

do que o esperado, em 

meio a sucessivos choques nos 

últimos anos, políticas proativas 

e reformas que apoiaram 

isso e a expectativa da Fitch de 

que o novo governo trabalhará 

para melhorias adicionais.” A 

avaliação do Brasil tinha sido 

rebaixada para o patamar BBem 

2018. 

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COMÉRCIO VAREJISTA 

Dados da PMC (Pesquisa 

Mensal de Comércio), divulgada 

em 14 de julho pelo 

IBGE (Instituto Brasileiro 

de Geografia e Estatística), 

apontam que as vendas no 

comércio varejista no Brasil 

caíram 1% na passagem de 

abril para maio, segundo 

recuo consecutivo. Com isso, 

a queda acumulada no ano 

chegou a 1,3% enquanto nos 

últimos 12 meses ficou em 

0,8%. Já na comparação interanual, 

o comércio também 

caiu 1% frente a maio de 

2022, marcando a primeira 

taxa negativa após nove meses 

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NOTAS 


REFORMA 

TRIBUTÁRIA 

Depois de 30 anos de discussão, 

a câmara dos deputados 

deu um passo histórico e 

aprovou a primeira fase da reforma 

tributária, que reformula 

a tributação sobre o consumo. 

O texto seguiu para o senado, 

onde precisa ser aprovado em 

dois turnos por, pelo menos, 

três quintos dos parlamentares 

(49 senadores) para ser promulgado. 

A PEC (proposta de 

emenda à constituição), caso 

aprovada em definitivo no congresso, 

simplificará e unificará 

os tributos sobre o consumo e 

representa apenas a primeira 

etapa da reforma. O texto unifica 

duas PECs que tramitaram 

pelo parlamento nos últimos 

anos, uma na câmara e outra 

no senado. Diversos pontos 

negociados foram incluídos no 

texto para facilitar a aprovação. 

A principal mudança será a 

extinção de cinco tributos. Três 

deles são federais: PIS (Programa 

de Integração Social), 

Cofins (Contribuição para o 

Financiamento da Seguridade 

Social) e o IPI (Imposto sobre 

Produtos Industrializados). Esses 

tributos serão substituídos 

pela Contribuição sobre Bens e 

Serviços (CBS), a ser arrecadada 

pela União. Dois impostos 

a serem extintos são locais, o 

ICMS (Imposto sobre a Circulação 

de Mercadorias e Serviços), 

administrado pelos Estados; e 

o ISS (Imposto sobre Serviços), arrecadado pelos municípios. Em troca, será criado o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), 

dividido em duas partes. Uma delas será o IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços), que unificará o ICMS e o ISS. A outra parte 

do IVA será o CBS. 

Em troca dessas mudanças que deverão trazer o fim da guerra fiscal entre os Estados, o governo criará um Fundo de Desenvolvimento 

Regional para financiar projetos de desenvolvimento em Estados mais pobres. Inicialmente orçado em R$ 40 

bilhões a partir de 2033, o fundo foi um dos principais pontos de embates. 

A proposta prevê alíquotas reduzidas para alguns setores da economia e abre margem para a criação de um sistema de 

cashback (devolução de parte do tributo pago), que será regulamentada por lei complementar. O texto também prevê mudanças 

na tributação sobre patrimônio, com cobrança de imposto sobre meios de transporte de luxo e heranças. 


NOTAS 

FIERGS LANÇA NOVAS 

FERRAMENTAS DIGITAIS 

Já estão disponíveis duas novas ferramentas digitais criadas pela FIERGS (Federação das Indústrias do Estado 

do Rio Grande do Sul). A apresentação da Indústria de Benefícios e do Portal da Indústria Gaúcha foi feita a presidentes 

de Sindicatos Industriais filiados à FIERGS pelo presidente Gilberto Porcello Petry. “Estamos apresentando 

o Portal da Indústria e o Indústria de Benefícios para fortalecer os Sindicatos e seus associados. São iniciativas da 

FIERGS para a geração de negócios na indústria gaúcha e fomento ao associativismo”, destacou Gilberto Petry. 

A plataforma Indústria de Benefícios, idealizada pela Unisind (Unidade de Desenvolvimento Sindical) da FIER- 

GS, é destinada exclusivamente às empresas associadas aos Sindicatos Industriais filiados à Federação e ao CIER- 

GS (Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), com acesso gratuito. A iniciativa promove resultados 

para todos os envolvidos. Para os sindicatos, é um incremento de portfólio e estímulo ao associativismo. Para as 

indústrias, uma possibilidade de acessarem fornecedores, serviços diferenciados e com condições favoráveis. Já os 

parceiros terão maior destaque entre as indústrias. São benefícios envolvendo os mais diferentes setores, incluindo 

o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Sesi (Serviço Social da Indústria). Para conhecer a 

plataforma e saber mais sobre os parceiros, acesse o link: https://industriadebeneficios.fiergs.org.br/ 

A outra novidade, o Portal da Indústria Gaúcha, encabeçado pelo Conase (Conselho de Articulação Sindical 

e Empresarial), em parceria com a Unisind, tem como origem conceitual básica o antigo Cadastro Industrial da 

FIERGS. O objetivo é conectar as indústrias gaúchas, aproximá-las das entidades do Sistema FIERGS, entregando 

soluções e conteúdos direcionados de acordo com as necessidades. O portal https://portaldaindustria.fiergs.org. 

br/ integra empresas, relacionando as buscas de uma com os itens catalogados de outra. Também disponibiliza 

um mapa de negócios com localização por município ou região, permitindo pesquisar por densidade de potenciais 

parceiros. 



Máquinas para Laminação

NOTAS 

CUSTO 

BRASIL 


Entre os aspectos que impactam o Custo Brasil, a questão tributária é a que mais desperta preocupações das instituições 

que participaram da consulta pública sobre o tema realizada pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio 

e Serviços) no último mês de junho. Do total de sugestões enviadas à pasta, 18,8% trataram da complexa estrutura de tributos 

no país que se espera ser simplificada com a proposta reforma tributária que tramita no congresso nacional. 

Nesse tema, os participantes fizeram referências específicas à cumulatividade dos tributos ao longo da cadeia produtiva, 

à complexidade da legislação tributária, e às obrigações acessórias como por exemplo, problemas relacionados à emissão de 

notas fiscais e às demonstrações contábeis. 

O setor de energia aparece em segundo lugar na consulta, com 16,6% das contribuições, seguido por transporte e logística 

(14,3%), comércio exterior (10,6%), financiamento e garantias (7,6%), legislação trabalhista (7,3%), meio ambiente (5,3%), 

telecomunicações (3,6%), saúde e vigilância sanitária (3,5%), inovação (2,9%), Justiça e segurança pública (2,7%), regulação da 

qualidade (1;1%), propriedade intelectual (0,6%), comércio (0,6%), saneamento básico (0.6%), abertura de empresas (0,5%, e 

compras públicas (0,4%). 

A indústria foi o setor que enviou mais contribuições, com 42,4% do total, seguida pela área de energia, responsável por 

20% das sugestões, sendo 10,6% relativas a gás natural e petróleo, e 9,4% do setor elétrico. Na sequência, aparecem transportes 

(8,2%), telecomunicações (7,1%), tecnologia de informação (5,9%), setor financeiro (5,9%), saúde (3,5%), agropecuária 

(2,4%), serviços profissionais (2,4%), comércio (1,2%) e saneamento básico (1,2%). 

Sob responsabilidade da Secretaria de Competitividade e Política Regulatória do MDIC, a consulta teve o objetivo de 

identificar ineficiências regulatórias que impactam no Custo Brasil. Os dados serão usados na formulação Estratégia de Redução 

do Custo Brasil, prevista para ser implementada nos próximos 10 anos. 


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NOTAS 

PARQUE INDUSTRIAL 

RETRÓGRADO 

O parque industrial brasileiro envelheceu e não foi renovado. Uma pesquisa inédita da CNI (Confederação Nacional da 

Indústria) mostra que as máquinas e equipamentos industriais têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão próximos ou já 

ultrapassaram a idade sinalizada pelo fabricante como ciclo de vida ideal. Os dados consideram as máquinas usadas na indústria 

extrativa e na indústria de transformação, sem contar os materiais de escritório e os equipamentos de transporte. 

A pesquisa reforça que máquinas mais antigas afetam a competitividade das indústrias e exigem maiores custos de 

manutenção e gerenciamento da vida útil dos equipamentos, uma vez que tendem a ter mais problemas e falhas nas operações. 

Além disso, quanto mais próxima uma máquina está de esgotar sua vida útil, mais dificuldades surgem nos processos, 

como a de conseguir peças compatíveis para manutenção. “Esse cenário de envelhecimento das máquinas e equipamentos 

revela a necessidade de adoção de políticas públicas que estimulem a renovação e atualização tecnológica do parque fabril 

brasileiro”, afirma a diretora de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Lytha Spíndola. A economista lembra que o 

Plano de Retomada da Indústria, entregue pela CNI ao governo brasileiro, apresenta uma proposta de estímulo ao investimento 

por meio da depreciação acelerada, com objetivo de aumentar a produtividade da economia brasileira e acelerar o 

ritmo de crescimento econômico do Brasil. 

A sondagem especial Idade e Ciclo de Vida das Máquinas e Equipamentos no Brasil foi realizada em junho e foram ouvidas 

1.682 empresas das indústrias extrativa e de transformação e 356 empresas da indústria da construção. 



NOTAS 


CONTAGEM REGRESSIVA 

Mais de 200 marcas expositoras levarão à Fimma Brasil suas soluções em insumos, componentes, acessórios, químicos, 

máquinas, ferramentas, software e demais segmentos que atendem às indústrias de móveis. A Revista REFERÊNCIA MADEI- 

RA INDUSTRIAL também estará presente na feira que acontece de 28 a 31 de agosto, em Bento Gonçalves (RS). A feira terá 

o espaço Ecossistema de Inovação, que contará com a presença de parceiros apresentando o que há de mais atual em IA 

(Inteligência Artificial) para o setor moveleiro. Em 2023, pela segunda vez a Fimma ocorrerá em conjunto com a Movelsul Brasil. 

Além de promover negócios entre empresas brasileiras, a feira do setor moveleiro entende a importância de apoiar seus 

expositores na prospecção de parcerias com o mercado externo. Por isso, a próxima edição do evento mais uma vez contará 

com Rodadas de Negócios Internacionais – garantindo a presença de importadores vindos de países estratégicos para os fornecedores 

da cadeia moveleira. 

A ação, coordenada pelo Orchestra Brasil – projeto de fomento às exportações mantido pelo Sindmóveis (Sindicato das 

Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves) com apoio da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e 

Atração de Investimentos) – permitirá que os expositores realizem negócios junto ao mercado externo. Conforme Daniel Segalin, 

diretor internacional da Movergs – entidade que realiza a Fimma Brasil, as Rodadas de Negócios Internacionais são um 

diferencial da feira. “Os encontros ocorrerão em um estande exclusivo onde os importadores poderão conversar diretamente 

com representantes das empresas participantes para alinhar parcerias e prospectar negócios. Tudo com apoio e orientação do 

Orchestra Brasil para potencializar a experiência das empresas”, explica Daniel. 


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APLICAÇÃO 

XXV PRÊMIO 

SALÃO DESIGN 

Com 35 anos de história, o Prêmio Salão Design conquistou credibilidade na área do design de mobiliário. Realizado 

desde 1988 pelo Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves), a tradicional premiação brasileira 

do segmento contou nesta edição, a XXV, com 562 projetos inscritos. Desses, 228 foram aprovados e considerados 

finalistas e 11 projetos foram contemplados. A mostra com os produtos ocorrerá em um espaço exclusivo na feira Movelsul 

Brasil, evento simultâneo a Fimma (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis), 

que será realizada de 28 a 31 de agosto, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS). 

Entre os projetos premiados destacamos os Prêmios Especiais: Madeiras Alternativas e Prêmio Voto Popular. O 

primeiro é uma categoria especial em parceria com o SFB (Serviço Florestal Brasileiro), que teve colaboração da pesquisadora 

associada ao LPF (Laboratório de Produtos Florestais) do SFB, Vera Coradin; e o segundo contou com a participação 

do público, que votou em seus projetos favoritos. No site salaodesign.com.br estão disponíveis os projetos premiados 

e os pareceres do júri estético-criativo, bem como, seus depoimentos sobre os desafios do Prêmio Salão Design 

2023. 

PRÊMIOS ESPECIAIS 

A Cadeira Terra, design de Amelia Tarozzo, Camila Fix, Flavia Pagotti e Rejane Carvalho Leite (Plataforma4 para Oficcina 

Origin) de São Paulo (SP) foi o projeto premiado na categoria Madeiras Alternativas. Conforme o parecer do júri, “a 

cadeira usa ripas de jequitibá-rosa (Cariniana sp.) maciço, coladas e prensadas em forma de painéis. A superfície lisa ao 

toque é obtida por meio de lixação manual com aplicação de camada de proteção de verniz PU e seladora.” 

Na categoria Voto Popular, o projeto vencedor foi a Estante KIS, design assinado por Ráisa Guerra e Silva (Mania de 

Decoração), de Goiânia (GO). O parecer do júri destacou a votação obtida. “Pela primeira vez em seus 35 anos de história, 

o Prêmio Salão Design contou com a participação do público. O Prêmio Voto Popular é uma distinção concedida ao 

projeto finalista que foi mais votado. O premiado nesta edição recebeu 12.874 dos 59.583 votos on-line.” 

Fotos: Carlos Ben 

ESTANTE KIS, POR RÁISA 

GUERRA E SILVA 

CADEIRA TERRA, DESIGN DE AMELIA TAROZZO, CAMILA FIX, 

FLAVIA PAGOTTI E REJANE CARVALHO LEITE 


CUPIM SUBTERRÂNEO 

NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

AVALIAÇÃO 10 

CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente 

estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo 

resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo 

assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso). 

• Líder no tratamento inseticida de painéis de 

madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros) 

por adição à cola e tratamento superficial; 

• Indicadores: EC 257-842-9 / 

CAS 52315-07-08 / EPA 70506-10; 

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FRASES 

“O ATUAL CENÁRIO DESAFIADOR PARA A INDÚSTRIA, COM 

TAXA DE JUROS ELEVADA E AUMENTO DO ENDIVIDAMENTO, 

AINDA CRIA UM AMBIENTE DE INCERTEZA NOS EMPRESÁRIOS EM 

RELAÇÃO A UM SEGUNDO SEMESTRE DIFÍCIL, PORÉM COM ALGUMA 

MELHORA NA DEMANDA” 

STÉFANO PACINI, ECONOMISTA DA FGV IBRE (INSTITUTO BRASILEIRO 

DE ECONOMIA DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS), RESPONSÁVEL 

PELA DIVULGAÇÃO DO ICI (ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA) 

“ESTIMAMOS 

UM PRAZO DE 

DOIS OU TRÊS 

MESES PARA O 

AMADURECIMENTO 

DE TODOS OS PONTOS 

DA REFORMA. O 

CONGRESSO DEVE UMA 

REFORMA TRIBUTÁRIA 

AO BRASIL, TENHO MUITA 

CONVICÇÃO DE QUE A 

ENTREGAREMOS AINDA ESSE 

ANO” 

“O SETOR PRIVADO BRASILEIRO, QUE DETÉM A 

CHAVE DE UMA TRANSIÇÃO VERDE BEM SUCEDIDA, 

COM EMPRESÁRIOS QUE OPERAM NA ECONOMIA 

GLOBAL, ESTÃO MAIS BEM COLOCADOS PARA 

PROCURAR UM PREÇO DE CARBONO DOMÉSTICO 

QUE GARANTA AS CONDIÇÕES DE CONCORRÊNCIA 

EQUITATIVA PARA TODOS” 

IGNACIO YBÁÑEZ, EMBAIXADOR DA UNIÃO EUROPEIA 

NO BRASIL, DURANTE LANÇAMENTO DA PROPOSTA DA 

CNI (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA) PARA 

REGULAÇÃO DO MERCADO DE CARBONO NO BRASIL 

RODRIGO 

PACHECO, 

PRESIDENTE DO 

SENADO, SOBRE 

A EXPECTATIVA 

DE VOTAR 

A REFORMA 

TRIBUTÁRIA NA 

CASA 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado 

“O USO DA MADEIRA, APLICADA 

EM SUAS DIVERSAS TÉCNICAS, 

É UM PROJETO QUE MUDA A 

HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 

E MUDA A IMAGEM DO BRASIL NO 

MUNDO, QUANDO O ASSUNTO É 

DESMATAMENTO” 

SILVIO BARROS, CONSULTOR DE 

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URBANA DA CBIC (CÂMARA 

BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA 

CONSTRUÇÃO) 


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cliente. 

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anos de atividade, como uma empresa consolidada de máquinas e 

equipamentos para o setor da madeira, referência no mercado. Com alta 

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ENTREVISTA 

EM DEFESA 

DA NEOINDUSTRIALIZAÇÃO 

IN DEFENSE 

OF NEO- 

INDUSTRIALIZATION 

ENTREVISTA 

O 

empresário Ricardo Alban foi eleito no último mês de 

maio para assumir a presidência da CNI (Confederação 

Nacional da Indústria) nos próximos 4 anos. A 

posse está marcada para 31 de outubro. Atual presidente 

da FIEB (Federação das Indústrias do Estado 

da Bahia) Alban também é vice-presidente da Associação Nacional 

da Indústria de Biscoitos; presidente do Sindicato da Indústria do 

Trigo, Milho, Mandioca, Massas Alimentícias e de Biscoitos do 

Estado da Bahia; membro do Conselho Nacional do Sesi (Serviço 

Social da Indústria); membro da Associação Nordeste Forte; entre 

outras instituições. Desde 1987 é sócio-diretor da fábrica de biscoitos 

Tupy. Em entrevista para Revista REFERÊNCIA MADEIRA 

INDUSTRIAL ele fala da necessidade de investimentos para reindustrialização 

do país. 

Last May, businessman Ricardo Alban was elected to assume 

the Presidency of the National Confederation of Industry 

(CNI) for the next four years. The inauguration is scheduled 

for Oct. 31. Alban is the current President of the Federation 

of Industries of the State of Bahia (Fieb) and also Vice-president 

of the National Association of the Biscuit Industry; President 

of the Wheat, Corn, Cassava, Pasta, and Biscuits Industry of the State 

of Bahia Business Syndicate; Member of the National Council of the 

Social Service of Industry (Sesi); Member of the Northeast Strong Association; 

among other institutions. Since 1987, has been the Managing 

Partner of the Tupy biscuit factory. In an interview with REFERÊNCIA 

Madeira Industrial, he talks about the need for investments for the reindustrialization 

of the Country. 

RICARDO ALBAN 

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHEIRO MECÂNICO 

PELA UFBA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) E EM 

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS PELA EAUFBA (ESCOLA DE 

ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) 

CARGO: PRESIDENTE DA FIEB (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS 

DO ESTADO DA BAHIA), PRESIDENTE ELEITO DA CNI 

Foto: Michelle Fioravanti 

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA) 

PROFESSIONAL EDUCATION: MECHANICAL ENGINEERING, FEDERAL UNIVERSITY 

OF BAHIA (UFBA) AND BUSINESS ADMINISTRATION, BUSINESS SCHOOL, FEDERAL 

UNIVERSITY OF BAHIA (EAUFBA) 

FUNCTION: PRESIDENT OF THE FEDERATION OF INDUSTRIES OF THE STATE OF 

BAHIA (FIEB) AND PRESIDENT-ELECT OF THE NATIONAL CONFEDERATION OF 

INDUSTRY (CNI) 


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SUCESSO NO EXTERIOR: 

PROJETO COM MADEIRA TROPICAL NATIVA ENGENHEIRADA 

É DESTAQUE EM EVENTO INTERNACIONAL 

A utilização de novas tecnologias para a indústria de base 

florestal, além de trazer benefícios econômicos, também garante 

melhor aproveitamento das espécies madeireiras disponíveis na 

floresta. 

Um exemplo disso é a Madeira Laminada Colada, que utiliza 

madeiras de baixa densidade (madeiras brancas) para construir 

peças de diferentes dimensões e formatos, podendo substituir 

estruturas metálicas e concreto nas construções civis, mantendo a 

qualidade e contando com a leveza e beleza da madeira. 

O CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de 

Madeira do Estado de Mato Grosso), em parceria com o LaMEM 

(Laboratório de Madeiras e Estruturas de Madeiras) da USP 

(Universidade de São Paulo), realizou ensaios com algumas 

espécies de madeira nativa, encontrando resultados promissores 

para sua utilização. 

Com base nos resultados do estudo com o LaMEM, o arquiteto 

Roberto Lecomte elaborou o projeto arquitetônico da Sede do 

CIPEM, totalmente construído com madeira nativa, utilizando 

todos os produtos disponíveis, como madeira maciça, laminados e 

a MLC. 

Este projeto foi selecionado, dentre outros 600 trabalhos de 

todo o mundo, para ser apresentado na WCTE (World Conference 

on Timber Engineering, em tradução direta Congresso Mundial de 

Engenharia da Madeira) 2023. 

A apresentação do projeto da Sede do CIPEM, utilizando a 

madeira nativa para a fabricação de madeira engenheirada gerou 

grande repercussão e interesse por parte dos quase 900 participantes, 

de todas as partes do mundo, reunidos em Oslo/Noruega. 

A WCTE é o principal fórum científico do mundo para a 

apresentação das mais recentes soluções técnicas e arquitetônicas 

e inovações na construção em madeira.



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COLUNA ABIMCI 

NORMA TÉCNICA 

DO SISTEMA WOOD FRAME É PUBLICADA! 

Paulo Pupo 

Superintendente da Associação 

Brasileira da Indústria de Madeira 

Processada Mecanicamente 

Contato: abimci@abimci.com.br 

O 

setor industrial madeireiro e de base florestal 

brasileiro está vivendo um dos mais 

importantes momentos da sua história recente, 

com a publicação da norma do light 

wood frame pela ABNT (Associação Brasileira 

de Normas Técnicas), a nossa tão esperada norma 

para construções de casas e empreendimentos com 

madeira. A publicação é um passo fundamental para a 

consolidação do uso do sistema construtivo industrializado 

de casas com madeira no Brasil. 

Foram 7 anos de intensos trabalhos técnicos na 

preparação da norma e, certamente, ainda há muito a 

ser feito para que o sistema ganhe escala de negócios 

na construção civil. Abordagens positivas e competitividade 

não faltam, pois o sistema wood frame, além de 

propiciar vantagens construtivas como a redução do 

tempo de execução das obras, a redução de resíduos, 

a economia de energia, oportuniza ganhos ambientais, 

sendo potencialmente sustentável, pois a matéria-prima 

principal utilizada no sistema construtivo é proveniente 

prioritariamente de florestas plantadas. Esta madeira estoca 

o carbono absorvido durante o ciclo de crescimento 

das árvores. Além disto, é um processo construtivo 

que atende os princípios do ESG, baseados nos aspectos 

ambientais, sociais e de governança. Este sistema 

combina eficiência construtiva, versatilidade, sustentabilidade 

e benefícios energéticos, aspectos cada vez mais 

valorizados na indústria da construção. 

Mas mesmo com todos esses fatores positivos, daqui 

para frente, um intenso trabalho precisa ser realizado, 

como o desenvolvimento de ações coordenadas para 

estimular o desenvolvimento de políticas públicas no 

Brasil, a inclusão do sistema construtivo nas linhas de financiamentos 

oficiais e uma ação coordenada de comunicação, 

apresentando os seus diferenciais e benefícios. 

E para que essas mudanças ocorram, será necessário, 

novamente, o envolvimento de todos os agentes, que 

almejam o avanço e estabelecimento do sistema construtivo 

no Brasil. 


UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DOS 

TRABALHOS DA NORMA 

A publicação da norma técnica ABNT NBR 16936 - Edificações 

em light wood frame, é proveniente de ações iniciadas, 

há mais de duas décadas, por empresas e pessoas, muitas 

vezes em ações solitárias, mas que com persistência e olhar 

de futuro, foram ganhando corpo e aderência. Tais esforços 

levaram a criação, há quase 15 anos, da Comissão Casa Inteligente, 

dentro da Fiep (Federação das Indústrias do Estado 

do Paraná), que reuniu em um primeiro momento, empresários 

do setor madeireiro e representantes da construção 

civil do Paraná. Com o andamento dos trabalhos, o grupo 

cresceu, trazendo mais interessados que começaram a buscar 

soluções e elencar os maiores desafios para a consolidação 

do sistema. 

A Abimci, compreendendo a necessidade de padronização 

do sistema construtivo e de gerar escala de negócios 

junto à construção civil, atuou de forma mais abrangente no 

processo, reunindo os conteúdos técnicos e organizando junto 

à ABNT os trâmites para a criação da Comissão de Estudos 

de Sistemas Construtivos Light Wood Frame para o desenvolvimento 

da norma, que iniciou oficialmente os trabalhos em 

2016. Por mais de 7 anos, nossa entidade atuou em todo o 

processo e na organização geral das atividades da Comissão 

de Estudos, que teve como objetivo a estruturação do texto 

da norma focado em aspectos técnicos de projeto, execução 

e desempenho para edificações em até dois pavimentos. 

Neste período, o texto da norma foi encaminhado para 

várias consultas nacionais para avaliação dos seus conteúdos, 

não sem antes serem despendidas inúmeras horas de trabalho 

de revisão técnica, pesquisas, contribuições e atuação de 

grupos de trabalho, que foram formados (materiais, projetos, 

execução e desempenho) para otimização das agendas. 

Como citado no início desta coluna, a publicação da 

norma do light wood frame foi o primeiro passo para a consolidação 

do sistema construtivo, processo que era prioritário 

para o estabelecimento dos parâmetros e entendimentos 

técnicos, mas agora precisamos do olhar estratégico para a 

sua consolidação. 

A Abimci continuará promovendo agendas de defesa e 

de promoção do sistema construtivo no mercado nacional, 

atuando institucionalmente junto ao governo e demais entidades 

estratégicas, como agências reguladoras, instituições 

financeiras, entre outras. Apenas com este trabalho objetivo 

e constante, o sistema ganhará seu merecido espaço frente 

outros sistemas construtivos. 

Parabéns a todos os envolvidos, e que os esforços despendidos 

por todos, direta e indiretamente, ao longo de 

todo esse processo, se transformem em negócios e sustentabilidade 

para o setor madeireiro e de base florestal. 


PRINCIPAL 

VALORES 

QUE ATRAVESSAM GERAÇÕES 

Fotos: divulgação 

EMPRESA COMEMORA 40 

ANOS COM PARCERIAS 

SÓLIDAS E CONSOLIDADA 

NO MERCADO DA 

INDÚSTRIA DA MADEIRA 

N 

unca parar de se reinventar é um grande desafio 

para a manutenção das empresas. Não se 

acomodar para seguir em frente. Com visão de 

negócios e foco nas necessidades dos clientes, 

a Dallabona Máquinas completa 40 anos como 

uma empresa consolidada no mercado. A empresa é especializada 

na produção de máquinas para serrarias e embalagens 

de madeira, fabricadas com estrutura reforçada e matéria-prima 

de qualidade. 

Foi se reinventando que começou a história da empresa. 

Feliciano Dallabona trabalhava na cultura do arroz, na região 

do Vale do Itajaí (SC), e no final da década de 1970, devido 

ao êxodo rural, sentiu a falta de mão de obra para colheita, e 

assim fabricou sua primeira Colheitadeira de Arroz. A notícia da 

fabricação do equipamento se espalhou entre os agricultores 

e os pedidos foram aumentando. Em um período de entressafras, 

a Dallabona passou a atuar em novos mercados. Iniciou 

consertos e fabricação de máquinas para serraria, o que se 

tornou o principal segmento de atuação da empresa até hoje. 


MERCADO DA MADEIRA 

Aristides e Helvecio Dallabona, filhos e sucessores de Feliciano, 

observaram o mercado promissor da madeira, investiram 

em melhorias, aprimoramento e infraestrutura para atender o 

setor e tocaram o negócio para frente com o desafio de não 

cair no comodismo e estar sempre se reinventando. Há quatro 

décadas que a empresa cumpre o compromisso de destinar 

ao mercado da madeira produtos de qualidade, contribuindo 

para o crescimento dos seus clientes e sempre atenta às necessidades 

do setor. 

A Serra Circular Múltipla Regulável, equipamento utilizado 

na serraria para serrar blocos, caibros, pontaletes, sarrafos e 

tábuas, foi o primeiro equipamento lançado pela Dallabona 

voltado para serrarias. Atualmente as Serras Circulares Múltiplas 

e as Destopadeiras Automáticas são os equipamentos mais 

pedidos na empresa. 

“Em cada projeto que desenvolvemos tratamos com singularidade 

e dedicação, porque sabemos que a chave para o 

sucesso é nos colocarmos no lugar do cliente. Nossos valores 

fundamentais baseiam-se nos ensinamentos dos nossos fundadores: 

atender às reais necessidades dos clientes, cumprir com 

excelência os compromissos acordados e cultivar princípios 

sólidos de ética, união e comprometimento”, afirma Jussara 

Dallabona, gerente comercial. 

EMPRESA ROBUSTA 

Nestes 40 anos de atividades, a equipe da Dallabona já 

atendeu mais de 1.800 clientes, foram mais de 5 mil máquinas 

fabricadas, e atualmente conta com mais de 45 modelos de 

equipamentos e máquinas para serraria e embalagens de 

madeira colocadas no mercado, além da automatização de 

linhas, produção de layouts personalizados, instalações e 

treinamentos feitos por profissionais altamente qualificados. 

A empresa conta com um parque fabril de 3.600 m² (metros 

quadrados) instalado no município de Timbó (SC). Hoje a 

Dallabona Máquinas conta com a segunda geração da família 

trabalhando na empresa, sempre buscando a excelência e 

profissionais qualificados para garantir o suporte necessário aos 

clientes antes, durante e depois da venda. Um dos diferenciais 

é o atendimento técnico do departamento comercial para 

identificar a real necessidade do cliente e garantir o suporte 

técnico necessário no pós-venda. 

Aristides e Helvecio Dallabona 

EM CADA PROJETO QUE 

DESENVOLVEMOS TRATAMOS 

COM SINGULARIDADE E 

DEDICAÇÃO, PORQUE SABEMOS QUE A 

CHAVE PARA O SUCESSO É NOS 

COLOCARMOS NO LUGAR DO CLIENTE. 

NOSSOS VALORES FUNDAMENTAIS 

BASEIAM-SE NOS ENSINAMENTOS DOS 

NOSSOS FUNDADORES: ATENDER ÀS 

REAIS NECESSIDADES DOS CLIENTES, 

CUMPRIR COM EXCELÊNCIA OS 

COMPROMISSOS ACORDADOS E 

CULTIVAR PRINCÍPIOS SÓLIDOS DE 

ÉTICA, UNIÃO E COMPROMETIMENTO 

JUSSARA DALLABONA, GERENTE 

COMERCIAL DA DALLABONA 

REDE DE RELAÇÕES 

Entre clientes, fornecedores e empresários a empresa é 

reconhecida pelo trabalho de qualidade. 

Cliente há 15 anos da Dallabona Máquinas, Laurentino 

Tenfen, conhecido como Padreco, diretor da Móveis Caftor, 

empresa especializada em fabricação de móveis de madeira 

para bebês, destaca o atendimento e a redução de custos 

que as máquinas proporcionam. “As máquinas influenciam 

diretamente na produtividade. O atendimento da Dallabona é 

excelente, sempre buscam nos atender com novas tecnologias, 

oferecendo melhorias no processo produtivo”, destaca Padreco. 

Na fábrica instalada em Rio Negrinho (SC), a Caftor utiliza 

equipamentos como a Destopadeira Automática, a Corrente 

Transportadora de Toras, o Carro Porta Toras, Guincho Elétrico, 

Serra Fita Vertical, Serra Fita Horizontal Duas Entradas e Mesa 

Roletada Engrenada e Corrente Transportadora. 

AGOSTO 2023 57

AGOSTO 2023 59


AGOSTO 2023 61

ESTUDO 

MOLDURAS 

DE MADEIRA 

EM PRIMEIRO LUGAR 

O BRASIL FOI O PRINCIPAL 

EXPORTADOR MUNDIAL DE 

MOLDURAS DE MADEIRA 

EM 2021 CONFORME 

ESTUDO DA ABIMCI 


As molduras de madeira são produtos 

manufaturados como rodapés, 

rodameios, rodaforros, alizares de 

portas utilizados na construção 

civil e arquitetura de interiores. 

Além do Brasil, Chile e Alemanha são grandes 

produtores, e juntos estão no ranking dos três 

principais países exportadores de molduras nos 

últimos anos, conforme aponta o Estudo Setorial 

2022 - Ano Base 2021 da Abimci (Associação 

Brasileira da Indústria de Madeira Processada 

Mecanicamente). 


ESTUDO 

Em 2021, o Brasil foi responsável por 19% do 

valor comercializado no mercado internacional 

de molduras de madeira, ficando com a primeira 

posição do ranking. O Chile ficou com 18% 

do total e Alemanha com 14%. Outros países 

exportadores são a Estônia e Rússia que ficaram 

com cerca de 13% cada do mercado global. 

Em 2016 o Brasil tinha ficado com a segunda 

posição, com 12% do mercado global, o que 

demonstra a evolução das exportações deste 

produto. 

Os EUA (Estados Unidos da América) são os 

principais compradores da produção brasileira. 

Em 2021 adquiriu 96,5% das molduras de madeira 

do Brasil e em 2016 ficaram com 94%. 

Conforme indica o estudo da Abimci, países 

do sudeste asiático estão se consolidando 

como novos produtores de molduras de madeira 

e deverão ter participação no comércio 

internacional nos próximos anos. 

Os Estados do Paraná e Santa Catarina são os 

maiores produtores e exportadores de molduras. 

A produção nacional tem se mantido estável 

na última década. Em 2021, a produção foi 

de 980 mil m³ (metros cúbicos) e o volume de 

exportação foi de 179 mil toneladas de moldura 

de madeira. O aquecimento do mercado imobiliário 

nos EUA é a principal alavanca para as 

vendas do produto brasileiro, afinal é o principal 

destino da produção mundial de produtos 

de base florestal. 

Ao lado das portas de madeira e do compensado, 

as molduras de madeira são exemplos 

da boa colocação que os produtos da indústria 

brasileira de madeira sólida vêm conquistando 

no mundo, seguindo especificações, padrões e 

classificações que garantem a qualidade e boa 

performance do produto. 

PRODUÇÃO ESTÁVEL 

A indústria de molduras tem como matéria-prima 

a madeira proveniente de florestas 

plantadas, principalmente pinus. Foi a partir dos 

anos de 1990 que este segmento passou a se 

desenvolver, com alto valor agregado, relacionado 

a demanda do setor de construção civil. 

PANORAMA DA EXPORTAÇÃO BRASILEIRA 

DE MOLDURAS DE MADEIRA 

2016 – 143 mil toneladas 

2021 – 179 mil toneladas 

FOI A PARTIR DOS ANOS DE 1990 QUE ESTE SEGMENTO PASSOU 

A SE DESENVOLVER, COM ALTO VALOR AGREGADO, 

RELACIONADO A DEMANDA DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL 


OS MELHORES RESULTADOS PARA A 

INDÚSTRIA DE COMPENSADOS 

 

 

 

 

 

 

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MARCENARIA 

ÁTRIO LJUNGBERG 


BAIRRO COM 

CONSTRUÇÕES 

DE MADEIRA 

ESTOCOLMO ANUNCIA CONSTRUÇÃO DE UM DISTRITO DE 

MADEIRA EM ANTIGO BAIRRO INDUSTRIAL 

Fotos: divulgação Átrio Ljungberg 

AGOSTO 2023 

67

MARCENARIA 

Aprefeitura de Estocolmo, capital 

da Suécia, anunciou recentemente 

a construção de um bairro inteiro 

com edificações em madeira. O 

Estocolmo Wood City é o maior 

projeto de construção urbana em 

madeira do mundo que deve ter os primeiros 

edifícios concluídos em 2025 e o distrito concluído 

em 2027. O projeto se estende por mais de 

250 mil m 2 (metros quadrados) contemplando 

30 edifícios em 25 quarteirões, sendo considerado 

o maior projeto de construção conhecido no 

mundo com madeira. 

A nova área vai abrigar mais de 7 mil escritórios 

e 2 mil residências em Sickla, no sul 

de Estocolmo, em um ambiente urbano com 

uma mistura de locais de trabalho, habitação, 

restaurantes e lojas. “Estamos orgulhosos de 

apresentar o projeto Estocolmo Wood City. Este 

não é apenas um passo importante para nós 

como empresa, mas um marco histórico para a 

capacidade de inovação sueca”, exalta Annica 

Ånäs, CEO da Átrio Ljungberg, construtora responsável 

pelo projeto. 

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 

A construção moderna de madeira é um 

tema de discussão em todo o mundo, pois 

descobriu-se que o uso de madeira nas construções 

urbanas emite menos carbono do que 

outros materiais de construção. Atualmente, a 

indústria de construção civil é responsável por 

quase 40% das emissões globais. A troca dos 

materiais convencionais pela madeira pode reduzir 

essas emissões em até 26,5%. 

O PROJETO SE ESTENDE POR 

MAIS DE 250 MIL M 2 

CONTEMPLANDO 30 EDIFÍCIOS EM 25 

QUARTEIRÕES, SENDO CONSIDERADO 

O MAIOR PROJETO DE CONSTRUÇÃO 

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MERCADO REGULADO DE 

CARBONO 

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SUSTENTABILIDADE 

ACNI (Confederação Nacional da Indústria) 

apresentou ao governo federal, uma proposta 

para a implementação de um sistema 

regulado de comércio de emissões de 

carbono no Brasil. O instrumento é uma 

importante medida para reduzir as emissões de gases 

de efeito estufa e tem potencial de movimentar até R$ 

128 bilhões em receitas, segundo estimativas do projeto 

PMR (Partnership for Market Readiness). 

Após avaliar os modelos praticados por EUA (Estados 

Unidos da América), UE (União Europeia), México, 

Japão e Coreia do Sul, em um estudo lançado 

em 2021, a CNI coordenou as discussões com a base 

industrial e esboçou a arquitetura detalhada de um 

modelo de precificação sob a ótica do cap and trade 

– modalidade vista como a melhor para o Brasil –, que 

apresenta também aspectos relativos à governança do 

sistema. 

O documento foi divulgado no evento Diálogo: 

Mercado Regulado de Carbono e a Competitividade 

Industrial; e pode ser conferido no site da CNI (Proposta 

da Indústria para o Mercado Regulado de Carbono). 

NOVO MODELO 

Os sistemas de precificação de carbono se impõem 

de forma crescente no mundo, em particular pelo 

grande volume de receitas movimentadas, em torno 

de US$ 95 bilhões no ano de 2022, de acordo com 

estimativas do Banco Mundial. Por isso, para a CNI, 

o país precisa se posicionar de forma proativa nessa 

agenda. Regularizar o mercado de carbono é uma das 

propostas da indústria para uma agenda de baixo carbono 

e integra a missão “Descarbonização”, um dos 

quatro pilares de política industrial propostos pela CNI 

no Plano de Retomada da Indústria e já inserido entre 

as missões que serão debatidas pelo CNDI (Conselho 

Nacional de Política Industrial), coordenado pelo MDIC 

(Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio 

e Serviços). 

ENTENDA A PROPOSTA 

Entre os anos de 2016 e 2020, a CNI, federações 

de indústrias, associações setoriais e empresas participaram 

do projeto PMR Brasil. A iniciativa, coordenada 

pelo governo brasileiro em parceria com o Banco Mundial, 

estudou os impactos da implementação de sistemas 

de precificação de carbono no Brasil, mostrando 

expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno 

Bruto), redução do desemprego e potencial de movimentar 

receitas de até R$ 128 bilhões. 

O projeto PMR Brasil finalizou em dezembro de 

2020, e os resultados sugeriram algumas linhas de 

ação para o sucesso do estabelecimento do mercado 

regulado de carbono. São elas: implementação gradual, 

com o primeiro período de conformidade (de 2 a 5 

anos), com ambição modesta e foco no aprendizado; 

adoção de um valor mínimo de emissão anual de 25 

mil toneladas de CO 2 

(gás carbônico) para selecionar 

os setores que serão regulados; regulação com abrangência 

nacional para evitar a sobreposição de regulações 

estaduais; e mecanismos de estabilização de 

preços para evitar flutuações muito amplas. 

As experiências internacionais trouxeram também 

uma questão chave para o mercado de carbono: a implementação 

de uma estrutura de MRV (mensuração, 

relato e verificação), obrigatória, em escala nacional, 

antes do início da operação do mercado. 

A contabilização, quantificação e divulgação das in- 


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MERCADO HÁ 28 ANOS 

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NOS PROCESSOS 

A 

paixão pela geração de vapor e a experiência 

adquirida em mais de 10 anos de atuação na 

área motivaram o engenheiro Paulo Roberto 

Da Cass a fundar a Engecass – Tecnologia em 

Equipamentos, empresa sediada em Rio do 

Sul (SC). Fundada em 1º de julho de 1995 a empresa está 

comemorando 28 anos de atividade em 2023. Os primeiros 

equipamentos vendidos pela Engecass foram uma planta de 

secagem composta por uma caldeira e dois secadores de 

madeira para um cliente de Santa Catarina. 

Como toda empresa, em quase três décadas de história, 

muitos desafios foram encontrados, principalmente 

em relação às oscilações do mercado madeireiro nacional 

e internacional, o que implicou em adaptações da marca 

para que continuasse competitiva e eficiente no mercado 

com tecnologias diferenciadas. Além disso, a expansão dos 

seus negócios para outros segmentos da economia gerou 

diversos desafios que a Engecass enfrentou, se colocando 

à frente do mercado. 


SETOR MADEIREIRO 

Quando, no início, forneceu a planta de secagem com 

uma caldeira e dois secadores a empresa também fez assessoria 

no projeto de secagem de madeira. “Foi um trabalho 

singular visto que não fornecemos apenas os equipamentos, 

mas também a assessoria. Variavam muito as especificações 

dos equipamentos em função do tipo da madeira que se 

estava secando, como os diversos tipos de pinus, madeiras 

tropicais, e também a grande variedade de eucaliptos, madeira 

que estava em ascensão no mercado de secagem. A 

partir dali muito foi pesquisado nos equipamentos pelo mundo”, 

lembra Paulo Da Cass, fundador e diretor da empresa. 

A experiência e conhecimentos que a Engecass buscou 

em outros países e trouxe para o Brasil tem como benefícios 

principais o controle apurado da qualidade da madeira, com 

a adoção de controles eletrônicos, com medição contínua 

da umidade da madeira em vários estágios, com controle 

de aquecimento e de consumo energético bastante precisos, 

para que não haja estresse no produto que está sendo 

processado. 

Atualmente a empresa produz secadores convencionais, 

que já tem uma performance muito diferenciada no mercado, 

e também secadores de secagem acelerada, com uma 

tecnologia de alta velocidade de ar e alta área de aquecimento, 

além do controle preciso da umidificação no interior 

da câmara, utilizando o sistema de aspersão de água, vapor 

à baixa pressão, e também as tinas de evaporação. 

QUEIMA 

DE RESÍDUOS 

As caldeiras Engecass 

desenvolveram 

uma tecnologia 

que é capaz 

de queimar a biomassa 

com baixo 

poder calorífico, 

equipamentos direcionados para a queima de serragem 

verde, por exemplo, com 55% ou mais de umidade. Estas 

caldeiras são desenvolvidas para produzir vapor com alta 

eficiência, o que se tornou uma obrigatoriedade nos equipamentos. 

O controle de combustão flexível/modulante, e 

a utilização de acessórios que promovem o aumento do rendimento 

dos equipamentos foram pontos preponderantes 

no desenvolvimento, assim como a adequação às diversas 

exigências ambientais. 

A tecnologia desenvolvida pela Engecass fez com que 

a marca alcançasse clientes em todo o mercado brasileiro e 

América Latina, em países como o Chile, Guatemala, Costa 

Rica e África do Sul, com grande demanda para este tipo 

de secagem. 

Com gosto pelos desafios e os conhecimentos adquiridos 

na atividade de cogeração de energia a partir da biomassa, 

a empresa sempre busca inovar e estar à frente do mercado, 

trazendo novas ideias. Um dos mais novos lançamentos da 

Engecass são as plantas para a queima de RSU (Resíduo 

Sólido Urbano), transformando-o em eletricidade comercializável, 

deixando de depender de distribuidores de energia 

elétrica e barateando o custo de processos. Este tipo de 

queima, além de reduzir o volume do lixo para 10% do volume 

original, traz um destino mais nobre para o problema 

ambiental. O objetivo é a geração de energia térmica através 

da queima dos resíduos, princípio semelhante ao das usinas a 

cavaco. A primeira planta para queima de RSU está sendo instalada, 

com a capacidade de 3,5MWh (megawatts por hora). 

Hoje a empresa promove suas caldeiras para diversos 

segmentos de atuação que necessitam energia térmica. A 

Engecass se destaca pelo fornecimento de caldeiras para o 

mercado de proteína, e também no setor do agronegócio, 

produzindo sistemas de aquecimento para secagem de 

grãos, com sistemas de aquecimento diferenciados. 

AGOSTO 2023 79

FEIRA 

ESPAÇO 

MADEIRA 


PREPARATIVOS 

PARA 10ª EDIÇÃO 

DA FORMÓBILE JÁ 

COMEÇARAM E 

ESPAÇO MADEIRA 

ESTÁ CONFIRMADO 


Apróxima edição da ForMóbile – Feira 

Internacional da Indústria de Móveis e 

Madeira já tem data para acontecer em 

2024. Será realizada entre os dias 2 e 5 

de julho, no São Paulo Expo. Com mais 

de 18 anos de mercado, o evento reúne toda a cadeia 

de produção e suprimentos do setor moveleiro e é 

um dos principais encontros da indústria na América 

Latina. 

O Espaço Madeira, uma das atrações da feira desde 

o ano 2018, está garantido, reunindo expositores de 

fornecimento de madeira maciça e produtos relacionados, 

que compõem o setor de grande importância e 

relevância no segmento moveleiro nacional e internacional. 

AGOSTO 2023 81


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CONSTRUÇÃO 

SISTEMA 

WOOD FRAME 


PUBLICAÇÃO DE 

NORMA TÉCNICA ABRE 

POSSIBILIDADE PARA 

NOVOS NEGÓCIOS 

NO SETOR INDUSTRIAL 

MADEIREIRO 


A 

pós expectativa do setor da madeira 

e muito estudo e dedicação nos 

últimos 7 anos a ABNT (Associação 

Brasileira de Norma Técnica) publicou 

no dia 7 de julho a norma 

técnica NBR 16936 – Edificações em light wood 

frame. A publicação do texto marca oficialmente 

um importante passo para a consolidação do uso 

do sistema construtivo industrializado e sustentável 

no Brasil. 

Para o presidente da Abimci (Associação Brasileira 

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), 

Juliano Vieira de Araujo, este foi 

um passo importante. “A publicação da norma é 

uma conquista muito importante para o setor industrial 

madeireiro e todos os elos envolvidos na 

cadeia produtiva da construção brasileira. Agora, 

outros desafios precisam ser vencidos para que 

o sistema construtivo em wood frame ganhe 

escala, como o desenvolvimento de ações coordenadas 

para estimular o desenvolvimento de 

políticas públicas para o uso do sistema no Brasil, 

bem como a inclusão nas linhas de financiamentos 

oficiais”, pondera Juliano. 

O sistema wood frame, além de propiciar vantagens 

construtivas como a redução do tempo 

de execução das obras, a redução de resíduos, 

a economia de energia, também oportuniza ga- 

AGOSTO 2023 87

CONSTRUÇÃO 

nhos ambientais como explica o presidente da 

Abimci. “A construção de casas com madeira, 

utilizando o sistema wood frame é potencialmente 

sustentável porque a matéria-prima utilizada 

no sistema construtivo é proveniente prioritariamente 

de florestas plantadas. Esta madeira 

estoca o carbono absorvido durante o ciclo de 

crescimento das árvores. Além disto, é um processo 

construtivo que atende os princípios do 

ESG, baseados nos aspectos ambientais, sociais 

e de governança. Este sistema combina eficiência 

construtiva, versatilidade, sustentabilidade e 

benefícios energéticos, aspectos cada vez mais 

valorizados na indústria da construção”, salienta 

Juliano. 

HISTÓRICO 

A publicação da norma técnica ABNT NBR 

16936 – Edificações em light wood frame tem 

em sua história um amplo trabalho técnico que 

envolveu diversos agentes, como associações, 

universidades, pesquisadores e empresas do 

setor industrial madeireiro, fornecedores do sistema 

e construtoras. Há quase 15 anos, o primeiro 

passo foi dado com a criação da Comissão Casa 

Inteligente, uma iniciativa da FIEP (Federação das 

Indústrias do Estado do Paraná) que reuniu, no 

primeiro momento, empresários dos setores madeireiros 

e representantes da construção civil do 

Paraná. Com o passar dos anos, o grupo cresceu, 

reunindo interessados que começaram a buscar 

soluções e elencar os maiores desafios para a 

consolidação do sistema, entre eles, técnicos, 

políticos e culturais. 

A compreensão sobre a necessidade de 

padronização e ganho de escala nos negócios, 

trouxe a Abimci, entidade gestora do Comitê 

Brasileiro de Madeiras da ABNT, o CB-031, para 

dentro destas tratativas, atuando tecnicamente 

e organizando junto à ABNT os trâmites para a 

criação da Comissão de Estudos para o desenvolvimento 

da norma. Assim, em 2016, foi instalada 

a Comissão de Estudo de Sistemas Construtivos 

Light Wood Frame da ABNT, coordenada por 

Euclesio Finatti. A Abimci, desde então, atuou 

na secretaria dos trabalhos e organização das 

atividades da Comissão de Estudos, sempre com 

a fundamental contribuição de inúmeros profis- 

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ARTIGO 

AVALIAÇÃO DO EFEITO DA FADIGA NO MÓDULO 

DE ELASTICIDADE NA FLEXÃO DE PAINÉIS DE 

MADEIRA 

COMPENSADA 

Fotos: REFERÊNCIA 

ANDRÉ LUIZ NONATO FERRAZ 

UEMT (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO) 

VINÍCIUS BORGES DE MOURA AQUINO 

UNIFESSPA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ) 

GIOVANA GOBATTO BALANCO 

USP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) 

FRANCISCO ANTÔNIO ROCCO LAHR 

USP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) 

JOÃO PAULO BOFF ALMEIDA 

UFSCAR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS) 

ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO 

UFSCAR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS) 


O 

RESUMO 

s painéis têm sido cada vez mais utilizados 

nas construções civis, rurais, entre outras, 

com destaque para os compensados pelo 

bom desempenho mecânico. Em muitas 

aplicações, os painéis podem estar sujeitos 

à ação de carregamentos cíclicos, e dessa forma, o 

conhecimento do efeito da fadiga é de fundamental importância. 

Todavia, as normas ABNT NBR ISO 2426 [12], 

NBR ISO 1096 [13], NBR 9489 [14] e NBR 9533 [15] que 

apresentam as classificações e os métodos de ensaios 

de painéis de madeira, não prescrevem requisitos para 

considerar o efeito da fadiga nas propriedades do material, 

o que motiva o desenvolvimento de pesquisas nessa 

temática. Este trabalho objetivou avaliar o efeito do 

número de ciclos de fadiga [NC] (zero - referência, 3600, 

7200, 22500, 45000, 67500, 90000) para a frequência de 

oscilação igual a 1,0 Hz nos valores do MOE (módulo 

de elasticidade na flexão) de painéis comerciais de madeira 

compensada de eucalipto. Foram fabricados seis 

corpos de prova para cada número de ciclos, resultando 

em 36 amostras. Os resultados evidenciaram reduções 

significativas do MOE a partir de 22.500 ciclos, implicando 

que zero, 3600 e 7.200 ciclos forneceram resultados 

estatisticamente equivalentes. O modelo de regressão 

logarítmico mostrou ser o de melhor representatividade 

(R²=64,28%), apresentando-se como alternativa na 

previsão do decaimento do MOE para ciclos de fadiga 

superiores aos avaliados nessa pesquisa. 

INTRODUÇÃO 

O uso de produtos engenheirados à base de madeira, 

como painéis MDF (Medium Density Fiberboard), 

LVL (Laminated Veneer Lumber), OSB (Oriented Strand 

Board) e painéis compensados de madeira consistem 

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AGENDA 

AGENDA 

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SETEMBRO 2023 

05 A 08 

WMF 2023 

LOCAL: SHANGHAI (CHINA) 

INFORMAÇÕES: 

WWW.WOODWORKFAIR.COM/ 

WMF23/IDX/ENG 

DEZEMBRO 2023 

12 A 14 

WOOD EXPO 

LOCAL: CASABLANCA 

(MARROCOS) 

INFORMAÇÕES: 

HTTPS://COVERING.MA/WOOD/ 

JULHO 2024 

02 A 05 

FORMÓBILE 

LOCAL: SÃO PAULO EXPO 

INFORMAÇÕES: HTTPS://WWW. 

FORMOBILE.COM.BR/PT/HOME. 

HTML 

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ESPAÇO ABERTO 

A IMPORTÂNCIA 

DO PENSAMENTO COMPUTACIONAL 

NO MUNDO CONTEMPORÂNEO 

POR 

MARCELO 

PARANHOS 

COORDENADOR 

DOS CURSOS DE 

PÓS-GRADUAÇÃO 

EM ENGENHARIAS NA 

UNINTER 

O 

pensamento computacional é uma habilidade 

essencial no mundo de hoje, impulsionado pelo 

rápido desenvolvimento da tecnologia digital 

e da computação. Pode ser definido como um 

conjunto de habilidades mentais e estratégias 

cognitivas que permitem a resolução eficiente e sistemática de 

problemas com base nos conceitos e métodos da lógica de 

programação. Isso inclui a capacidade de dividir um problema 

complexo em partes menores e mais gerenciáveis, identificar 

padrões e tendências relevantes, e desenvolver algoritmos e 

implementar soluções usando linguagens de programação e 

outras ferramentas. 

A importância do pensamento computacional pode ser 

vista em várias áreas e setores, incluindo educação, indústria, 

pesquisa científica e desenvolvimento de software. Entre os 

principais pontos que destacam a importância do pensamento 

computacional podemos citar a resolução de problemas complexos, 

tomada de decisões informadas, criatividade e inovação. 

Além disso, o pensamento computacional promove a 

colaboração entre equipes multidisciplinares. Ao compartilhar 

soluções, discutir abordagens e trabalhar em conjunto para 

resolver problemas, as pessoas podem aproveitar a diversidade 

de conhecimentos e experiências para obter resultados 

melhores. 

Essa forma de pensar é aplicável em diversas áreas da vida 

e não se limita apenas à programação, uso de computadores, 

a projetos e processos, mas é uma abordagem ampla e flexível 

que ajuda a melhorar a tomada de decisões e a resolução de 

problemas em nosso cotidiano, e que deveria ser adotada 

logo nos primeiros anos escolares. 

Na escola, pode atuar de forma transversal em áreas como 

matemática, ciências e tecnologia da informação. Entretanto, 

em um cenário de desistência que atinge sete em cada dez 

alunos de formação de professores em exatas, o desafio é 

ainda maior. Muitas redes de ensino já sentem a dificuldade da 

falta de professores e já há um temor de um apagão de professores 

nos próximos anos. Mas, é realmente necessário estudar 

lógica e programação de computadores para desenvolver 

o pensamento computacional? 

Existem várias abordagens do ensino do pensamento computacional 

como a programação de computadores, o uso de 

jogos e atividades lúdicas, a criação de projetos, entre outras. 

Ainda existe a chamada computação desplugada, que é uma 

abordagem pedagógica que visa ensinar conceitos de ciência 

da computação e programação sem a necessidade de dispositivos 

eletrônicos, como computadores e tablets. Essa abordagem 

pode ser aplicada em diversos contextos educacionais, 

desde escolas com poucos recursos tecnológicos, até programas 

de inclusão digital em áreas remotas ou de baixa renda. 

Um bom exemplo é o jogo de xadrez intimamente relacionado 

de várias maneiras ao pensamento computacional e que 

pode ser usado como um contexto para aplicar e desenvolver 

habilidades de pensamento computacional. O xadrez é cheio 

de padrões e problemas complexos que devem ser resolvidos 

durante a partida. O reconhecimento de padrões e a decomposição 

desses problemas em situações menores ajuda na 

tomada de decisões rápidas e eficientes. 

Em resumo, o pensamento computacional é uma habilidade 

essencial para enfrentar os desafios do século XXI, em especial 

da era digital. Ele ajuda a resolver problemas, promover 

a inovação, tomar decisões embasadas em dados, capacitar as 

pessoas em relação à tecnologia e prepará-las para o futuro. 

Na medida em que a tecnologia continua a avançar, espera-se 

que o pensamento computacional se torne uma habilidade 

ainda mais valiosa. A automação, a inteligência artificial e 

outras tecnologias emergentes estão transformando a maneira 

como trabalhamos, vivemos e interagimos com o mundo. O 

pensamento computacional oferece uma base sólida para se 

adaptar a essas mudanças e se manter relevante no futuro. 

ENTRE OS PRINCIPAIS PONTOS 

QUE DESTACAM A 

IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO 

COMPUTACIONAL PODEMOS CITAR A 

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMPLEXOS, 

TOMADA DE DECISÕES INFORMADAS, 

CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

MadeiraIndustrial_254 - Opps

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