RBS Magazine ED 58
• 2024 - A Solidificação do Mercado GD Solar Brasileiro Números e Oportunidades • Entrevista com Guto Silva, secretário do Planejamento do Estado do Paraná • Entrevista com Priscila Marzullo, Managing Director da AXIAL • Entrevista com Eduardo José Bragança Lopes • Os maiores desafios de vender no agronegócio • A indústria como estratégia de desenvolvimento • Retrospectiva Eventos do Grupo FRG
• 2024 - A Solidificação do Mercado GD Solar Brasileiro Números e Oportunidades • Entrevista com Guto Silva, secretário do Planejamento do Estado do Paraná • Entrevista com Priscila Marzullo, Managing Director da AXIAL • Entrevista com Eduardo José Bragança Lopes • Os maiores desafios de vender no agronegócio • A indústria como estratégia de desenvolvimento • Retrospectiva Eventos do Grupo FRG
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ENTREVISTA EXCLUSIVA COM GUTO SILVA
- Secretário de Planejamento do Governo do Paraná
Vol. 07 - Nº 58 - MAR/ABR 2024
www.revistabrasilsolar.com
Região frase Sul de desponta chamada na
liderança de energias renováveis
ISSN 2526-7167
Editorial
Olá, Leitores da RBS Magazine.
Estamos indo para o quarto mês do ano de 2024 e a 58ª Edição da RBS
Magazine está com diversas entrevistas, artigos e novidades ao integrador que
quer se manter informado sobre o mercado solar.
A geração centralizada alcança 13 GW de usinas instaladas, prioritariamente
em Minas Gerais, Bahia e outros estados do Nordeste, aproveitando o alto fator
de capacidade das localidades, onde o dia solar é mais uniforme e a irradiação
superior. Em relação a geração distribuída, a energia solar alcança 28,1 GW,
onde São Paulo ocupa o posto de estado com maior potência instalada, seguida
de Minas Gerais com o maior número de UCs que aproveitam o benefício da
energia solar, seguidos de Rio Grande do Sul e Paraná. Até o fechamento desse
editorial, o Brasil soma a expressiva marca de 41,2 GW instalados e em operação,
gerando economia e empregos, bilhões na economia e fortificando a matriz
energética renovável que é referência para o mundo inteiro.
Nesta edição, a RBS Magazine tem uma entrevista exclusiva com o Secretário
do Planejamento do Governo do Paraná, Guto Silva, onde destaca os números
da geração renovável do estado e as oportunidades que as energias renováveis
têm trazido a todos que desejam investir nesse setor.
Já na Entrevista do Editor desta edição, vou conversar com o sócio fundador
do grupo de indústrias INOX-PAR, que também é diretor da indústria Brasil
pela Associação Brasileira de Geração Distribuída e um exemplo de ser humano,
Eduardo Bragança, onde fala sobre o setor e ações que promove para o bem da
sociedade.
Também apresentamos a entrevista com o presidente da FIEP, Edson Vasconcelos,
onde ele apresenta como a indústria tem um papel estratégico para o
desenvolvimento do país e, também, um artigo com o SEBRAE-PR apresentando
as diversas iniciativas voltadas ao desenvolvimento de soluções inovadoras, a
partir da cooperação em um ecossistema empreendedor.
Apresentamos a estruturação do Laboratório para Pesquisas de Biogás e
Biometano da TECPAR, onde é um forte avanço para aqueles que trabalham no
aproveitamento de resíduos, tanto de matéria orgânica vegetal ou animal, voltados
a serem usadas como fonte de energia limpa.
Também nesta edição, temos pautas voltadas a sistemas híbridos, DPS,
agrosolar e afins. Todos os temas pertinentes para as empresas do setor solar
se manterem atualizadas e verem as melhores oportunidades para novos negócios.
Então, aproveitem de forma plena a 58ª edição da RBS Magazine, onde traz
um material de alta qualidade e voltado aos empresários do setor de energia.
Que todos tenham uma boa leitura e até mais!
Tiago Cassol Severo – Editor RBS Magazine
Expediente
Curitiba - PR – Brasil
www.revistabrasilsolar.com
EDIÇÃO
FRG Mídia Brasil Ltda.
CHEFE DE EDIÇÃO
Tiago Cassol Severo
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Stephanie Romero
DIREÇÃO COMERCIAL
Tiago Fraga
COMERCIAL
Claudio Fraga, Luan Ignacio Dias
e Klidma Bastos
COMITÊ EDITORIAL
Colaboradores da edição
DISTRIBUIÇÃO
Carlos Alberto Castilhos
REDES SOCIAIS
Nicole Fraga
EDIÇÃO DE ARTE
Vórus Design e Web
www.vorusdesign.com.br
CAPA
Carolina Corral Blanco
APOIO
ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial
de Bioenergia Solar / Instituto BESC / CBCN
/ Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL
- Núcleo de Estudo em Energia Alternativa /
ABEAMA
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Empresas do setor de energia solar
fotovoltaica, geração distribuída e energias
renováveis, sustentabilidade, câmaras
e federações de comércio e indústria,
universidades, assinantes, centros de
pesquisas, além de ser distribuído em grande
quantidade nas principais feiras e eventos do
setor de energia solar, energias renováveis,
construção sustentável e meio ambiente.
TIRAGEM: 5.000 exemplares
VERSÕES: Impressa / eletrônica
PUBLICAÇÃO: Bimestral
CONTATO: +55 (41) 3225.6693 - (41) 3222.6661
E-MAIL: contato@grupofrg.com.br
COLUNISTAS/COLABORADORES
Guto Silva, Priscila Marzullo, Eduardo J. B.
Lopes, Carlos Andriolli, Edson Vasconcelos
índice
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2024 - A Solidificação do Mercado GD Solar
Brasileiro Números e Oportunidades
Entrevista com Guto Silva, secretário do
Planejamento do Estado do Paraná
Entrevista com Priscila Marzullo, Managing
Director da AXIAL
Entrevista com Eduardo José Bragança Lopes
Os maiores desafios de vender no agronegócio
A indústria como estratégia de desenvolvimento
Retrospectiva Eventos do Grupo FRG
A Revista RBS é uma publicação do
Para reprodução parcial ou completa das
informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar
é obrigatório a citação da fonte.
Os artigos e matérias assinados por colunistas e
ou colaboradores, não correspondem a opinião
da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo
de inteira responsabilidade do autor.
RBS Magazine 3
Artigo do Editor
2024 - A Solidificação do
Mercado GD Solar Brasileiro
Números e Oportunidades
Por: Tiago Cassol Severo, Professor da Universidade de Caxias
do Sul e Diretor Executivo da CGP Engenharia & Consultoria
RESUMO
Para o mercado de Geração Distribuída Solar (GD-Solar), os anos de vigência da RN 482 foram de crescimento exponencial, onde o número
de instalações, a potência instalada e o número de empresas e profissionais atuantes no setor aumentaram de forma significativa.
Com a Lei 14.300 e os atrasos da ANEEL em definir pontos importantes da nova legislação fizeram o ano de 2023 conturbado, tanto para
investidores, empresas e concessionárias de energia o que resultou em um resfriamento aparente do setor solar. Mesmo assim, o ano de
2024 tende a ser um ano de solidificação do mercado com a maior compreensão da legislação, entrada de novas tecnologias e oportunidades
e a maior qualificação do setor como um todo. Assim, este artigo tem a missão de trazer algumas análises dos números da GD Solar
e tendências de mercado com o objetivo de orientar como empresas podem se preparar e organizar para o ano vigente.
O QUE NOS DIZ OS NÚMEROS
DO MERCADO SOLAR
As perspectivas brasileiras para
o setor solar são otimistas e há a
previsão de sólidos incrementos na
instalação de sistemas fotovoltaicos,
tanto em nível de geração distribuída
(GD) como em geração centralizada
(GC) até 2030, o que mudará fortemente
a geração de energia elétrica
no país. O Brasil possui mais de 93
milhões de unidades consumidoras
(UC) e apenas um pouco mais de 2,4
milhões dessas UCs possuem energia
solar em seus telhados, o que mostra
um forte mercado disponível para a
GD.
Além disso, as previsões para os
próximos anos são da inclusão de,
pelo menos, mais 132 GW solares na
GC, onde resultarão em bilhões em
investimentos e uma forte necessidade
de recursos humanos para esta
empreitada. Na Figura 01 é apresentada
a distribuição da potência solar
instalada tanto no modelo GD, como
no modelo GC no Brasil.
Figura 01. Potência Solar GC e GD
no Brasil até fevereiro de 2024.
Referência: ANEEL, 2024.
A atual bandeira do Governo Federal
é de transição energética onde
poderá promover novos projetos de
lei voltados ao setor de energia renovável
ou nichos específicos da sociedade,
como optantes do Minha
Casa, Minha Vida ou ações específicas
aos produtores rurais, onde o
setor de energia aguarda tais opções
de forma ansiosa. Somado a isso, se
a economia começar a apresentar
sinais de retomada sustentável, a
escolha pela energia solar e usinas
de investimento serão consideradas
um atrativo de curto prazo e de boa
rentabilidade. Um ponto que reforça
essa reflexão são as taxas de juros
que tem apresentado redução
consistente até a submissão deste
artigo, onde as previsões do Banco
Central estimam uma taxa de juros
de 9,0% até o final de 2024, o que faria
o financiamento solar voltar a ter
força nos projetos GDs de todas as
categorias.
As faturas de energia elétrica irão
sofrer reajustes em 2024 por diversos
fatores, como inflação, ajustes na
carga tributária e afins, o que irá reforçar
a ideia que investir em energia
solar sempre será um bom negócio.
Problemas na liberação dos projetos
GD Solar com as concessionárias
4
RBS Magazine
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A AE Solar TIER 1 concentra-se na fabricação de
módulos fotovoltaicos com excelente qualidade e alta
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premiadas do mercado de energias renováveis,
oferecendo soluções em tecnologia fotovoltaica desde
2003.
Contamos com uma rede global de marketing e vendas
para proporcionar aos nossos clientes o acesso à
energia limpa e promover seus valores fundamentais:
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Série Aurora eleita “2023 Top Performer” pelo PVEL (PV Evolution Labs)
A Empresa foi fundada pelo Dr. Alexander Maier e seus
irmãos em Königsbrunn na Alemanha. Em seus 20 anos de
existência, a AE Solar tem continuado a avançar na
tecnologia e inovação, alcançando diversos marcos
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RBS Magazine 5
Artigo do Editor
serão menores, mas não tendem a
desaparecer assim tão cedo, especialmente
enquanto o tema fluxo reverso
não ganhar uma total e consistente
regulação da ANEEL. Diversos
estados têm conduzido melhor a situação
de rejeição dos projetos solares
pelas concessionárias e, na maioria
deles, GD Solar na microgeração não
tem causado problemas maiores.
Mesmo assim, esse tema ainda irá
precisar ser debatido para que haja
limites na reprovação de projetos pelas
concessionárias e estar atento a
esse ponto será crucial as empresas
solares.
As indústrias chinesas continuam
entregando módulos solares
com preços competitivos ao mercado
mundial e os valores não tendem
a ter fortes oscilações. Entretanto,
há estimativas de uma demanda
mundial crescente na energia solar
o que poderá elevar os preços dos
equipamentos até o final de 2024.
Olhando mais ao mercado brasileiro,
as distribuidoras de kits solares
apresentam estoques cheios e valores
competitivos, mas há uma necessidade
de atenção com o quesito
ex-tarifário e possíveis variações
cambiais que poderão trazer alguns
reajustes nos equipamentos durante
o ano.
Olhando os números da GD Solar,
disponibilizados pela ANEEL, é
possível ter uma ótima avaliação de
como foi o comportamento das instalações
desde 2012, mas também
fazer uma comparação dos mesmos
dados limitando-os para os últimos
30 dias em que oferecem uma
noção do mercado de forma mais
instrutiva. Avaliando os dados fornecidos,
sempre é prudente fazer
análises de longo prazo e compará-
-las com as de curto prazo, inclusive
regionalizando os dados para estados
ou cidades. Na Figura 02 é apresentada
a comparação da potência
solar brasileira para dois períodos
divididas por CLASSES e GRUPO DE
TENSÃO.
Nessa análise é possível observar
que projetos solares residenciais
e no Grupo B sempre foram o motor
do setor solar brasileiro e esse reflexo
se mantém e é reforçado pelos
Figura 02. Distribuição percentual da potência instalada para (a) CLASSE e (b) GRU-
PO DE TENSÃO. * os dados dos últimos 30 dias refletem do dia 27 de janeiro até 27 de fevereiro de 2024.
últimos 30 dias. Então, uma empresa
solar precisa ter uma equipe comercial
preparada a atender este perfil
de cliente, apresentando projetos em
que o sistema solar possa se adaptar
a diferentes tipos de telhados ou
oportunizando expansões futuras
em que o aumento de cargo é uma
consequência mediante a compra
de novos eletrodomésticos, veículos
elétricos oriundo, muitas vezes, da
própria economia de energia elétrica
proporcionada.
Além disso, serviços de pós-venda
que possam permitir uma recorrência
para a empresa que vai além
da lavagem dos módulos, mas o
oferecimento de seguro do sistema
solar, revisão da fatura de energia
elétrica, inserção de novas UCs consumidoras,
implementar sistemas
com baterias ou de carregamento
veicular, propostas de investimentos
em usinas por assinatura e até outros
serviços que se encaixem no escopo
da empresa.
Referência: ANEEL, 2024.
Aumentar o pós-venda que resulte
em recorrência é uma ação
imprescindível para as empresas solares
já que o cliente satisfeito sempre
quer fazer uma nova compra
ou indicar a empresa para seus familiares
e amigos. Entretanto, essa
diversificação de portfólio deve ser
analisada com cuidado para que
não traga problemas de gestão da
empresa. Assim, sempre avalie com
cuidado a implementação de novos
serviços ou parcerias, além de
sempre capacitar a equipe de projetos
e comercial para implementar
ou oferecer novos serviços ou
tecnologias.
Agora analisando os dados da
ANEEL pelo número de instalações e
não pela potência instalada, é possível
ter outras informações relevantes
para as empresas solares. Na Figura
03, os dados referentes a MODALI-
DADE de instalação são apresentados
para os dois mesmos cenários,
desde 2012 e nos últimos 30 dias.
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RBS Magazine
Artigo do Editor
Figura 03. Número de instalações brasileiras por MODALIDADE (a) desde 2012 e
(b) nos últimos 30 dias.
* os dados dos últimos 30 dias refletem do dia 27 de janeiro até 27 de fevereiro de 2024.
(a)
Referência: ANEEL, 2024.
(b)
Essa abertura poderá afastar possíveis
adeptos da geração distribuída,
mas não da energia solar e não será
impeditivo para o setor, podendo inclusive
abrir novas portas para as empresas
preparadas e que compreendam
o conceito de autoprodução ou
dispostas a criar boas parcerias com
empresas comercializadoras de energia
no mercado livre.
CONCLUSÕES
Os dados refletem que Geração
na própria UC é predominante, mas
aqui merece uma reflexão um pouco
diferente do leitor. Olhando os dados
do Autoconsumo remoto, é possível
observar que a cada um interessado
nessa modalidade trazem, em média,
mais duas UCs beneficiárias para serem
incluídas no negócio. Serviços de
monitoramento ou análise de faturas
de energia para que o cliente possa
acompanhar a sua economia pode
entrar no portfólio da empresa e gerar
recorrência.
Além disso, é possível para as
empresas solares analisarem em
seus bancos de dados que os clientes
no modelo de Geração na própria
UC, e que possuam uma quantidade
considerável de créditos acumulados
na geradora, possam migrar
para o Autoconsumo remoto com
a inserção de UCs beneficiárias por
intermédio de uma nova homologação
junto à concessionária. Se há
essa possibilidade, é possível ver
um mercado interessante para as
empresas solares captarem mais recursos
com um cliente que, muitas
vezes é descartado, mediante a um
serviço especializado que poderá
oportunizar conhecer novos clientes
que vão de familiares ou filiais de
empresas.
Esses dados ainda informam algumas
tendências importantes que
servem de alerta para as empresas do
setor solar. O modelo Múltiplas UC,
conhecidas como EMUC, não teve
uma forte adesão como muitos previam
em anos anteriores. Isso pode
ser justificado pela forte dificuldade
técnica implantada pela ANEEL para
este modelo, o que faz essa proposta
trazer mais problemas e frustrações
do que recursos ou a necessidade das
empresas solares em contratarem
serviços especializados para a esta
implementação.
Entretanto, olhando para o modelo
de Geração compartilhada onde
são agrupados, de forma resumida,
as cooperativas, os consórcios ou as
associações, o número tem chamado
a atenção. Isso justificado por cada
usina nesse modelo tem captado em
média 39 UCs beneficiárias, onde
além da construção da usina solar, os
serviços de monitoramento, as propostas
de investimos, o agrofotovoltaico
e a manutenção dessas usinas
podem ser mais uma fonte de recursos
para a empresa solar.
Acompanhando outros pontos
do setor GD Solar, é interessante
lembrar que 2024 é o ano em que
a parcela da TUSD Fio B passa para
30%, ao invés dos 15% aplicados em
2023. Todas os sistemas solares homologados
junto à concessionária
desde 2023 irão sofrer esse aumento
da TUSD Fio B até quando em 2029,
todas estarão sujeitas ao Encontro
de Contas que devera, algum dia,
ser disponibilizado pela ANEEL para
a sociedade. Alertar o cliente desse
ponto é importante para evitar
surpresas e frustrações desnecessárias
que podem macular a imagem
da empresa.
Um ponto final para ser apresentado
é a abertura do Mercado Livre
para todas as UCs no Grupo A, onde
gerou um alvoroço no setor solar no
ano de 2023. Usando os dados da
ANEEL, já apresentados nas figuras
anteriores desse artigo, é possível observar
que o Grupo A não é o público
principal da GD Solar. Mesmo quando
ocorram vendas, e elas sejam de
um valor agregado muito interessante,
elas não são comuns para a maioria
das empresas solares brasileiras.
Este artigo trouxe uma análise
dos números da ANEEL e as tendências
para as empresas que trabalham,
principalmente, com a GD Solar. Aumentar
o portfólio, investir em recorrência
e capacitar as equipes de
trabalho não são clichês neste jovem
mercado brasileiro. Há muito o que
fazer, aprender e apresentar o que
gerará novas oportunidades e poderão
ser bem rentáveis economicamente
para as empresas.
Estar atento às novas tecnologias
ou novos modelos de negócios irão
ajudar a alcançar a captar mais recursos
ou gerar uma recorrência para a
empresa. Entretanto, isso somente
será possível com estudo e preparação
contínua sobre os temas do setor.
As oscilações do mercado irão
ocorrer, entretanto estar atuante no
que tange, em especial, a clareza das
normas, necessita um esforço contínuo
de todo o setor solar e poderão
mitigar problemas que ocorreram em
2023.
Para concluir, o mercado GD Solar
em 2024, tende a ter uma caminhada
com uma visão mais ampla
da trajetória, principalmente, para
aquelas empresas que estiverem preocupadas
em se qualificar resultando
em perturbações de menor amplitude
e obstáculos mais tranquilos de
contornar.
REFERÊNCIA
Dados do Setor de Geração Distribuída,
disponível em:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiY-
2VmMmUwN2QtYWFiOS00ZDE3LWI3ND-
MtZDk0NGI4MGU2NTkxIiwidCI6IjQwZDZ-
mOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhN-
GU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9 – visitado no
dia 27 de fevereiro de 2024.
RBS Magazine 7
ERA N
O "Porta-Aviões" Integrado parte,
a Tongwei lidera a Era do Tipo N
Empresa é líder em vendas no setor de células
A Tongwei possui vantagens
da integração a montante e
a jusante e cresceu rapidamente
como uma "potência
emergente em módulos",
subindo do final da lista dos
dez primeiros em 2022 para
o quinto lugar. Em comparação
com 2022, a taxa de
crescimento das vendas da
Tongwei em 2023 é tão alta
como 262%. Além disso, a
empresa tem sido a número
um no setor de células por 7
anos consecutivos.
Seguindo a tendência do mercado,
a era do tipo N está chegando.
Atualmente, as interações da tecnologia
de células estão impulsionando
toda a cadeia da indústria para reduzir
custos e aumentar a eficiência. Até
2022, a PERC dominava o mercado, e
em termos de tecnologia, basicamente
alcançou o limite da "adição". A rota
de tecnologia N tornou-se um caminho
necessário para continuar aumentando
a eficiência, dessa forma, considerando
todo o ciclo de vida, o uso de
módulos N ajudará as centrais fotovoltaicas
a obterem retornos mais altos
nos próximos 25 anos.
A rota de tecnologia N foi validada
pelo mercado, pois de acordo com
dados da InfoLink Consulting, a participação
de mercado dos módulos N atingiu
25% -30% em 2023, um aumento
de mais de 17-22 pontos percentuais
em comparação com o ano anterior. Já
possui vantagens de custo no sistema
LCOE e acelerará a substituição das células
PERC.
Em resposta à era N, a Tongwei
adotou uma estratégia de "diversificação"
na escolha da rota de tecnologia,
com envolvimento em tecnologias
líderes como TOPCon, HJT, IBC, perovskita
/ empilhamento de silício.
Fabricação “inteligente” de produtos
eficientes, pioneira na era do
tipo N
No que diz respeito à tecnologia, a
Tongwei desenvolveu a primeira linha
piloto de células 210 PECVD Poly da indústria,
sendo pioneira na adoção da
tecnologia PECVD na indústria. Atualmente,
mais de 50% da capacidade da
indústria utiliza essa tecnologia, tornando-se
uma pioneira e exploradora
no desenvolvimento tecnológico da
indústria. Com o apoio dos materiais
produzidos e da tecnologia desenvolvida
pela própria Tongwei, a eficiência
de conversão da produção em massa
de células produzidas com a tecnologia
TNC da Tongwei já ultrapassou 26,7%.
Tomando como exemplo o produto
Topcon G12R desenvolvido e produzido
pela própria emoresa, a potência
já ultrapassou 625 W, aproveitando
totalmente as vantagens de processo
e eficiência da Tongwei, resultando
em uma redução de 2,01% no custo do
BOS em comparação com os módulos
do tipo M10, e uma redução de 1,19%
no LCOE. Com o uso dos módulos
G12R-48, é possível aumentar a capacidade
de instalação em telhados residenciais
em 3,5%, resultando em uma
produção adicional de energia elétrica
de 18.900 kWh ao longo de um ciclo de
vida de 30 anos (com uma capacidade
instalada de 13,65 kW). Já para os
módulos G12-66, adequados para centrais
elétricas em telhados industriais,
comerciais e no solo, em comparação
com os módulos do tipo M10, houve
uma redução de 8,73% na área de ocupação
da terra, resultando em
uma produção adicional de
energia elétrica de 6.730.000
kWh ao longo de um ciclo de
vida de 30 anos.
Quanto aos produtos
HJT, graças aos avanços na estrutura
de pelúcia da célula,
passivação CVD e tecnologia
de metalização e à otimização
do design ótico e elétrico
dos módulos empilhados, foi
comprovado pelo teste da
TÜV SÜD, um órgão de certificação
de renome, que os
módulos THC da Tongwei, com dimensões
padrão de 2384*1303 mm, alcançaram
uma potência frontal do módulo
de 755,03 W, com uma eficiência
de conversão de módulo de 24,31%,
marcando a sexta vez em que quebrou
o recorde de potência e eficiência do
módulo.
Com Vantagens de Liderança Global,
liderando a Era do Tipo N
Com suas vantagens de ser líder
global nos setores de materiais de silício
e células, a Tongwei se dedica à
produção verticalmente integrada,
usando materiais desenvolvidos e produzidos
internamente, carregando genes
da Tongwei, para garantir a qualidade
controlada em todo o processo,
desde matérias-primas até produtos
acabados.
Com o crescimento da procura global
por energia limpa, a Tongwei está
avançando ativamente com a expansão
da capacidade de produção. Até o final
de 2023, a Tongwei já possuía uma capacidade
de produção de módulos de
63 GW. 2024 é um ponto-chave para
a próxima rodada de transformação da
indústria global de energia nova. Diante
das novas oportunidades de desenvolvimento,
a Tongwei continuará a
buscar produtos de alta qualidade que
se adaptem à era de neutralidade de
carbono, partindo de vários aspectos,
como qualidade, eficiência, tecnologia
e inovação.
8
RBS Magazine
Cuiabá receberá
fórum focado exclusivamente
na geração própria de energia
24ª edição do Fórum GD - Centro-Oeste acontecerá
em junho e escolheu a capital de Mato Grosso por seu
grande potencial no setor
Cuiabá, Mato Grosso, 2024 - Nos
dias 26 e 27 de junho de 2024,Cuiabá,
a capital do Mato Grosso, sediará
a 24ª edição do Fórum Regional de
Geração Distribuída da Região Centro-Oeste
(Fórum GD Centro-Oeste).
O evento reunirá os principais
players da cadeia produtiva do setor
de Geração Distribuída com
Fontes Renováveis na região, com
foco em explorar oportunidades de
negócios, discutir barreiras regulatórias,
impedimentos jurídicos, tecnologias
inovadoras, financiamento,
capacitação e perspectivas de
crescimento.
Tiago Fraga, CEO do Grupo FRG
Mídias & Eventos, empresa organizadora
do Fórum, explica que o evento
visa reforçar a importância da GD
para a redução da conta de energia
elétrica, bem como seu benefício na
transição energética a partir de fontes
renováveis. Ele explica que o Brasil
é um país de dimensões continentais
e a ideia do evento é trabalhar
em regiões porque cada uma tem as
suas aptidões para este tipo de geração
de energia.
“O evento tem uma representatividade
em Cuiabá, nos dias 26 e 27 de
junho. Ele torna a capital brasileira de
Mato Grosso, na capital da Geração
Distribuída de energia com fontes renováveis
que é uma tecla que a gente
gosta de bater muito, sendo o Brasil
um país de dimensões continentais,
nós trabalhamos por regiões porque
cada região tem as suas aptidões”
pontua Fraga.
O potencial da região Centro-Oeste
para a GD
Com uma potência instalada de
28 GW em todo o país, a região Centro-Oeste
destaca-se com uma contribuição
significativa de 4,4 GW. Segundo
dados da Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), Mato Grosso
lidera o ranking regional, gerando
1,74 GW, seguido por Goiás com 1,26
GW e Mato Grosso do Sul com 1,09
GW. O Distrito Federal, por sua vez,
apresenta uma capacidade instalada
mais modesta, totalizando 384,985
kW.
Cuiabá, uma das cidades com
grande potencial para a geração distribuída
no Brasil, foi escolhida como
sede deste importante evento. A
capital mato-grossense conta atualmente
com 24 mil unidades consumidoras
conectadas, além de gerar
sozinha 279.397 kW de energia distribuída.
Como será o evento
O Fórum GD Centro-Oeste oferecerá
um ambiente único para networking,
troca de conhecimentos e
discussão de estratégias para impulsionar
ainda mais o desenvolvimento
do setor na região, segundo Fraga.
Dessa forma, empresários, investidores,
representantes governamentais,
acadêmicos e demais interessados
estão convidados a participar do
evento que promete ser um marco
no avanço da geração distribuída no
Centro-Oeste brasileiro.
Ele abordará mais de 20 painéis,
com temáticas variadas, porém envolvendo
o setor de geração distribuída.
Suporte comercial, jurídico e
de inovação estarão entre os temas
incluídos na programação. Dividido
em dois dias, o evento terá dois auditórios
e permitirá que o participante
assista a palestra que mais lhe interessar.
As inscrições para o Fórum GD
estão abertas e podem ser realizadas
através do site oficial do evento
www.forumgdcentrooeste.com.br.
Sobre o Fórum GD Centro-Oeste
O Fórum Regional de Geração
Distribuída da Região Centro-Oeste
é um evento anual que reúne os
principais atores do setor de Geração
Distribuída com Fontes Renováveis
na região, visando discutir oportunidades,
desafios e tendências do mercado.
A 24ª edição do evento será realizada
em Cuiabá, Mato Grosso, nos
dias 26 e 27 de junho de 2024.
Para mais informações,
entre em contato:
COMERCIAL:
contato@grupofrg.com.br
(41) 32256693
IMPRENSA:
Stephanie Romero
220 Relações Públicas
(65) 99974-7094
RBS Magazine 9
Entrevista
Entrevista com
Guto Silva, secretário
do Planejamento do
Estado do Paraná
"O Paraná é o 4º estado brasileiro em produção de biogás, com 742.000
metros cúbicos por dia e 198 plantas de biogás, das quais
136 são de origem agropecuária."
O Paraná palco da 23ª edição do Fórum GD SUL, destaca-se como um dos principais motores da Geração Distribuída
(GD) na região Sul do Brasil. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2024, o
estado figura como o 4º maior em capacidade instalada de energia solar, com 2.627,3 MW, representando 9,4% do
total nacional.
Entre 2022 e 2023, a capacidade da GD também experimentou um crescimento expressivo de 38,8%, evidenciando
um dos maiores avanços do país, conforme apontado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE). Esse crescimento, por sua vez, tem sido apontado como resultado direto dos esforços do Governo do Estado
em incentivar a produção fotovoltaica, especialmente entre pequenas e médias propriedades agrícolas, por meio do
programa RenovaPR. Ao todo, mais de 7,5 mil produtores rurais já estão sendo beneficiados.
Guto Silva, secretário do Planejamento do Estado do Paraná, destaca que embora o estado tenha impressionantes
98% da capacidade instalada da Geração Centralizada devido a Itaipu, o Governo do Paraná entende que deve
acelerar o processo de produção renovável por outras matrizes, como a energia solar e biogás, onde o estado também
conta com um potencial elevado para este tipo de produção.
RBS Magazine - Como o Governo do
Estado do Paraná está vendo a transição
energética, em especial, a mudança
do uso de combustíveis fósseis
para recursos renováveis no abastecimento
veicular?
GUTO SILVA - A transição energética
é assunto primordial para o Estado,
mesmo o Paraná tendo impressionantes
98% da Capacidade Instalada
da Geração Centralizada voltadas à
produção de energias renováveis, segundo
dados da CCEE, em boa parte
responsabilidade da Usina Hidrelétrica
de Itaipu.
Para ir além, o Governo do Paraná
entende que deve acelerar o processo
de produção renovável por outras
matrizes, como a energia solar que,
através do Programa Paraná Energia
Rural Renovável (RenovaPR), em 30
meses de operação, chega a cerca de
7,5 mil produtores rurais que desejam
investir na geração própria de energia
em suas propriedades, o que inclui
projetos de energia solar e que teve,
recentemente, seu escopo ampliado
para o biogás.
A área de biogás e biometano, aliás,
tem sido estratégica para o Paraná,
visto que que as características
agropecuárias e agroindustriais
do Estado, o adequado saneamento
e tratamento dos resíduos gerados
e a força da indústria dão ao Paraná
liderança no potencial produtivo
dessas energias.
O Paraná é o 4º estado brasileiro em
produção de biogás, com 742.000 metros
cúbicos por dia e 198 plantas de
biogás, das quais 136 são de origem
agropecuária. É o segundo estado com
maior número de plantas instaladas.
O potencial aponta para uma produção
de mais de 2 milhões de metros
cúbicos por dia de biometano.
O Estado está na vanguarda das políticas
públicas de incentivo ao biogás
e já tem uma Política Estadual do
Biogás e Biometano aprovada em lei.
O Paraná também oferece uma série
de incentivos ao segmento, como a
isenção de ICMS para operações com
máquinas, equipamentos, aparelhos e
componentes para a geração de energia
elétrica a partir do biogás, a concessão
de crédito presumido de 12%
sobre o valor das aquisições internas
de biogás e biometano e a redução
da base de cálculo nas saídas internas
com biogás e biometano.
Em fevereiro deste ano, o Governo
do Paraná também assinou um pacto
com entidades federais e municipais,
além do setor privado, para ampliar
a implantação do biogás e biometano
no meio rural, estabelecendo como
principal estratégia o fortalecimento
do RenovaPR e do Banco do Agricultor.
Este ecossistema facilita o acesso
10
RBS Magazine
Entrevista
"O Governo do Paraná estimula a produção fotovoltaica no Estado,
que ocupa o 4 º lugar na Geração Distribuída em energia solar..."
a linhas de financiamento e equalização
de taxas de juros que incentivam
a geração e uso de energia renovável
no meio rural.
O documento também prevê um
uso mais extenso do biometano para
substituir, com menos impacto ambiental,
os combustíveis automotivos
tradicionais e também a lenha
e o GLP.
Ainda no campo da bioenergia, neste
mês de março, a Companhia Paranaense
de Gás (Compagas) - empresa
que atende 98,5% do total de usuários
de gás natural do Paraná – finalizou
sua segunda chamada pública para
aquisição de biometano. As propostas,
somadas, podem ultrapassar o
potencial diário de 320 mil m³ de gás
natural renovável para o Paraná. Esse
volume é muito próximo da atual produção
nacional, que está em cerca de
400 mil m³/dia, e confirma a acertada
estratégia da Companhia em investir
na inserção do combustível renovável
em sua matriz de suprimento para expandir
sua atuação no Estado.
O Paraná também tem dado outros
passos importantes para diversificar
sua matriz energética e estimular a
produção de biofertilizantes ao preparar-se
para, no futuro, colocar em
atividade a produção de hidrogênio
renovável (H2) no Estado.
Os benefícios da produção de H2 são:
nova energia limpa, com redução na
emissão de gases poluentes, dinamismo
na estocagem e transporte e ampliação
da disponibilidade energética,
além de servir como base para fertilizantes
mais sustentáveis, com pegada
renovável.
Entre as iniciativas colocadas em pé
pelo Governo do Estado, através da
Secretaria do Planejamento, e que
visam atingir esses objetivos, esteve
o Plano de Hidrogênio do Paraná,
contratado em agosto de 2023 junto à
Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas).
O plano, que engloba sete entregas,
vem mapeando o cenário do H2 no
Estado e objetiva desenvolver medidas
voltadas ao licenciamento, financiamento
e desoneração da cadeia.
Em fevereiro, a Copel produziu, em
fase de testes, as primeiras moléculas
de hidrogênio renovável a partir
de uma estrutura montada na sede
da empresa, em Curitiba. A iniciativa
é fruto de um projeto desenvolvido
no programa de inovação
aberta Copel Volt, que selecionou
cinco startups para criar soluções que
atendam os principais desafios da
Companhia no cenário de transição
energética.
A startup selecionada para trabalhar
nesta frente é a Solenium, de origem
colombiana, que desenvolve tecnologias
e propõe soluções acessíveis para
geração, monitoramento e controle
energético.
RBS Magazine - Qual a visão do Governo
do Paraná frente ao aumento
de usinas renováveis, em especial, das
usinas solares onde o estado já é o 4º
que mais investe na geração solar distribuída?
O Governo do Paraná estimula a produção
fotovoltaica no Estado, que
ocupa o 4º lugar na Geração Distribuída
em energia solar, segundo
dados da Aneel/Absolar 2024, com
2.591,2 MW de Potência Instalada,
o que representa 9,4% do total
nacional.
Segundo dados da CCEE, a capacidade
da Geração Distribuída - baseada
nos dados de capacidade instalada
da Aneel para as usinas fotovoltaicas
(UFV), e que possuem a modalidade
do empreendimento como Micro e
Mini Geração Distribuída (MMGD) –
teve crescimento no Paraná, de 2022
para 2023, de 38,8%, um dos maiores
crescimentos do país.
Esse investimento paranaense tem
dado resultado e é estimulado, pelo
Governo do Estado, principalmente
junto a pequenas e médias propriedades
agrícolas através do RenovaPR,
que já alcança 7,5 mil produtores rurais.
Em fevereiro, o Governo do Estado
também anunciou um investimento
de R$ 14,6 milhões para a instalação
de seis parques solares no Estado a
partir de 2024. A ideia é que a energia
fotovoltaica que será gerada nessas
usinas seja abatida do consumo
de todas as 412 unidades do Instituto
de Desenvolvimento Rural do Paraná
(IDR-Paraná) presentes nos municípios
paranaenses.
A ideia é trabalhar com o conceito
de fazendas solares, usando espaços
que são patrimônio do Estado, como
colégios agrícolas e outras áreas, e
implantar usinas solares para abastecer
o consumo do próprio Estado.
São investimentos que se pagam
em poucos anos e permitem que o
Governo do Estado se torne 100%
sustentável, gerando sua própria
energia para economizar dinheiro público,
além de ser exemplo de práticas
sustentáveis.
RBS Magazine: Existem investimentos
ou perspectivas de investimento
na ampliação das linhas de transmissão,
em especial em linhas de média
tensão que são voltadas a usinas solares
de maior porte na geração distribuída?
Melhorar a rede de distribuição de
energia em todas as regiões do Estado
é um dos objetivos do plano de investimentos
para 2024 anunciado em
março pela Companhia Paranaense
de Energia (Copel), com valor recorde
de R$ 2,1 bilhões, o maior para um
ano.
O plano prevê a construção de 18
novas subestações – 10 de 138 mil
volts e 8 delas em 34,5 mil volts -, 12
linhas de alta tensão - para conectar
subestações e reforçar a redundância
da rede -, ampliação e modernização
de outras 80 subestações
(divididas entre unidades de 138
RBS Magazine 11
Entrevista
mil volts, 69 mil volts e de 34,5 mil
volts).
Com isso vai ser colocada mais velocidade
no Paraná Trifásico, que é
o maior programa de rede trifásica
da América Latina, que vai chegar a
20 mil km neste ano, o que equivale
à distância de Curitiba a Tóquio, no
Japão.
RBS Magazine: As estimativas de
consumo de longo prazo produzidas
pelos órgãos técnicos competentes
passam por processo de revisão. As
tendências consolidadas têm como
horizonte o ano de 2025. Nesse sentido,
o ONS, a CCEE e a EPE preveem
que no quinquênio 2021-2025 a
demanda brasileira crescerá à taxa
média anual de 3,5%. De que forma
o Estado tem se preparado para
esse crescimento na demanda de
energia?
O Produto Interno Bruto (PIB) do
Paraná cresceu o dobro da média
nacional em 2023, de acordo com os
dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento
Econômico e Social
(Ipardes) divulgados em 25 de março.
A economia paranaense cresceu 5,8%
ao longo do ano, enquanto a brasileira
teve alta de 2,9%, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Quando há um crescimento econômico
muito robusto, como ocorre
no Paraná, é natural que tenha também
um aumento de consumo de
energia. Isso pode ser visto no ano de
2023, que segundo o Banco Central,
foi a maior entre todos os estados,
alcançando 7,8%, o que refletiu em
um aumento no consumo de energia
de 10%.
De 2019 ao começo de 2024, o montante
de investimentos da Copel já
totaliza R$ 12,7 bilhões e o investimento
em instalações e modernizações
de subestações e linhas significa,
também, maior capacidade
de fornecimento de energia, especialmente
em grandes centros urbanos,
onde há uma demanda maior
por energia.
Essas subestações e linhas funcionam
como reforço umas das outras. Isso
significa que, se uma unidade apresenta
um problema, uma das outras
poderá ser usada para evitar um desligamento
e garantir o fornecimento de
energia à população.
Além de toda estratégia voltada às
bioenergias, energia fotovoltaica e ao
hidrogênio renovável, o Paraná também
tem números robustos quanto
à geração de energia por meio das
Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs). O Estado é o sexto do País
em empreendimentos, com 40 projetos
em operação, responsáveis por
gerar uma potência outorgada total
de 496,28 Megawatts (MW), segundo
dados da Associação Brasileira de
PCHs e CGHs (Abrapch). De acordo
com o Instituto Água e Terra (IAT),
essa potência é suficiente para atender
as cidades de Londrina e Maringá,
juntas.
"O Produto Interno
Bruto (PIB) do
Paraná cresceu o
dobro da média
nacional em 2023,
de acordo com os
dados do Instituto
Paranaense de
Desenvolvimento
Econômico e Social
(Ipardes)..."
Há, ainda, 12 outros empreendimentos
em andamento – cinco usinas em
construção e sete em processo de tramitação
de licenciamento. Já em relação
às Centrais Geradoras Hidrelétricas
(CGHs), o Paraná é o quarto do
ranking nacional, com 71 projetos em
operação e 92,46 MW de potência outorgada.
As licenças de funcionamento para
empreendimentos energéticos são
emitidas pelo IAT, processo que se
intensificou a partir de 2019, com o
início da gestão do governador Carlos
Massa Ratinho Junior e uma política
baseada na desburocratização, mas
sem diminuir os cuidados com riscos
ambientais.
Desde então, o número de licenças
concedidas para a execução
desses empreendimentos aumentou
em quase dez vezes, passando
de 12 entre 2003 e 2016 para 112,
além de 26 renovações. Apenas neste
recorte de pouco mais de quatro
anos, os investimentos em PCHs e
CGHs no Estado somaram R$ 1,3
bilhão.
Além do grande potencial, o Paraná
detém toda a cadeia produtiva para
a construção desses empreendimentos,
que geram energia limpa e sustentável.
São investimentos que não
dependem diretamente dos recursos
públicos, mas geram muito emprego
e renda e são estratégicos para o aquecimento
da economia.
RBS Magazine: O consumo industrial
responde por 40% da demanda de
eletricidade no Paraná. A necessidade
de energia por parte da indústria
tem crescido, contudo, em menor ritmo
do que as demais classes de consumo.
Quais são os diferenciais que
o estado do Paraná em relação a sua
tarifa pode apresentar para que seja
competitivo e haja maior atração de
novas indústrias, em relação a outras
regiões?
O Paraná trabalha muito bem a questão
da infraestrutura, olhando ela
como um todo, do acesso à energia,
a trabalhadores, conexões com cadeias
produtivas e rodovias para escoamento.
Estamos transformando o
Estado em um hub logístico, é o que
o governador Ratinho Junior sempre
defende. Temos o maior pacote de
concessões da América Latina, vamos
implementar a Nova Ferroeste,
com 1,5 mil quilômetros de ferrovias,
e a Copel está fazendo o maior ciclo
de investimentos da história para dar
conta dessa demanda.
Todo esse movimento trouxe ao Paraná
mais de R$ 200 bilhões em investimentos
privados nos últimos
anos, o que é um número muito impressionante.
O Estado está com a
menor taxa de desocupação da história
recente, os municípios estão crescendo
e a industrialização também
está em bom ritmo. O nosso grande
diferencial é ter esse planejamento
12
RBS Magazine
integrado, favorecendo o ambiente
de negócios.
RBS Magazine: Em Mato Grosso, por
meio do Projeto de Lei Complementar
18/2021, o Governo não pode cobrar
o ICMS sobre a Tarifa de Utilização
do Sistema de Distribuição da rede
de energia (TUSD) pelos consumidores
que utilizem usinas de energia
solar, até o ano de 2027, em projetos
aprovados até o final de 2023. Atualmente,
o usuário paga 17% de ICMS
sobre o uso da rede de distribuição,
ou seja, a energia não consumida na
hora é tributada pelo governo do estado.
Salvo se o consumidor não usar
a rede e armazenar a energia produzida
em baterias. Existe alguma possibilidade
dessa medida ser aplicada
no Paraná?
A alteração tributária recente mais
significativa voltada à produção
de energia solar no Paraná refere-
-se à remoção da restrição temporal
da isenção do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), sobre a energia elétrica
compensada na micro e minigeração
distribuída, com benefício limitado
a unidades geradoras de até
1MW.
Este é o teor de um convênio cuja minuta
do decreto já fora enviada à Casa
Civil para publicação, passo exigido
para que seja internalizado e passe a
valer.
Relembrando: em 2018, o Paraná havia
aderido ao convênio ICMS 16/2015,
estabelecendo um período de validade
do benefício de apenas 48 meses (4
anos). Em dezembro do ano passado,
o Convênio 187/23 eliminou a restrição
temporal no Estado. Com a mudança,
o benefício irá se tornar válido
por tempo indeterminado. A isenção é
destinada principalmente a unidades
consumidoras que instalam pequenas
gerações locais, como painéis solares
residenciais.
No fim de 2023, dois outros decretos
alteraram regras de aplicação e
cobrança do ICMS, porém com foco
na indústria de biogás e biometano e
também nos taxistas.
O mais abrangente é o Decreto Estadual
4.446/2023, que estabelece o
regramento no Paraná em relação a
três convênios
do Conselho
Nacional de Política
Fazendária
(Confaz) dos
quais o Estado
teve a adesão
aprovada.
Um deles autoriza
o Estado a
conceder isenção
do Imposto
sobre ICMS em
operações com
máquinas, equipamentos,
aparelhos e componentes
para a geração de energia elétrica a
partir do biogás. Outro permite conceder
crédito presumido de 12% sobre
o valor das aquisições internas
de biogás e biometano, enquanto o
terceiro autoriza a redução de base de
cálculo do ICMS nas saídas internas
com biogás e biometano, o que resulta
na aplicação do percentual de 12%
sobre o valor da operação.
Já o Decreto Estadual 4.445/2023 alterou
dispositivos em vigor até 30 de
abril de 2024 para tornar mais específica
a regra sobre a isenção sobre o
ICMS para a compra de carros novos
por taxistas para veículos movidos a
combustíveis de origem renovável.
A medida alinha ainda o regramento
estadual ao federal sobre a isenção do
Imposto de Produtos Industrializados
(IPI).
RBS Magazine: A Nova Lei do Gás,
sancionada em abril de 2021, modificou
o arcabouço jurídico e regulatório
com o intuito de promover concorrência.
Existe um planejamento para
maior utilização de gás natural no
Estado?
A indústria do gás canalizado é composta
pelas atividades de exploração e
produção, transporte e distribuição.
A Nova Lei do Gás (Lei 14.134/2021)
se aplica majoritariamente ao setor de
transporte, cuja regulação é federal.
No que tange à utilização do gás natural,
cabe destacar que sua ampliação
está ligada diretamente ao aumento
da demanda e do consumo e da disponibilidade
da infraestrutura. A distribuição
do gás canalizado em âmbito
estadual é de competência da Compagas,
concessionária responsável pelo
Entrevista
serviço no Paraná. A Companhia é
uma empresa privada, que tem como
acionista majoritária a Companhia
Paranaense de Energia – Copel, com
51% das ações, a Mitsui Gás e Energia
do Brasil, com 24,5%, e a Commit
Gás, com 24,5%.
A atuação da Compagas é pautada
pelo Plano Estadual do Gás e pelo que
determina o novo contrato de concessão
firmado com o Governo do Paraná
pelo período de 30 anos, a contar de
julho de 2024 a julho de 2054. O novo
contrato prevê investimentos e ações
que visam ampliar a utilização do gás
natural e o atendimento a um número
cada vez maior de paranaenses, com
eficiência, segurança, competitividade
e inovação. Os investimentos da nova
concessão serão divididos em ciclos
de cinco anos.
O novo período de concessão, que
se inicia em julho de 2024 prevê investimentos
mínimos de mais de R$
2,5 bilhões que serão utilizados para
expandir sua atuação e atender as
10 mesorregiões do Estado, a iniciar
pelas Regiões Norte e Sul do Paraná.
Ao longo dos 30 anos da nova concessão
é previsto um crescimento de
mais de 120% da rede canalizada de
distribuição, com a implantação de
mais de 1.000 quilômetros de novos
gasodutos, a ligação de mais de
60 mil novos usuários e um volume
de mais de 40 bilhões de metros cúbicos
de gás distribuídos até 2054. A
Companhia também direcionará recursos
para a área tecnológica e para
a inserção do biometano na matriz
de suprimento, com o foco de também
entregar energia renovável e reforçar
o compromisso com as metas
de sustentabilidade.
RBS Magazine 13
TECNOLOGIA
Tecpar inicia estruturação de
laboratório para pesquisas de
biogás e biometano
A medida visa desenvolver o segmento no estado do Paraná
O
Instituto de Tecnologia
do Paraná (Tecpar) está
em processo de estruturação
de um novo laboratório,
voltado à pesquisa
de biogás e biometano. Para isso, adquiriu
um equipamento que realiza
análises automáticas do potencial de
cada insumo na geração de energia
renovável.
Nesta primeira etapa, a intenção
é validar metodologias com testes
no aparelho, que irá realizar análise
do potencial de geração de metano
de biomassas diversas destinadas à
produção de biogás por meio do processo
de digestão anaeróbia, explica
o coordenador do projeto Bill Costa,
químico, com mestrado e doutorado
em engenharia de materiais.
"Após a aquisição do equipamento
e sua montagem em laboratório,
iniciamos alguns testes experimentais
com resíduos de alimentos para
melhor conhecimento da operacionalização
do instrumento e de manipulação
das amostras de biomassa.
Essas atividades têm por objetivo a
elaboração de um procedimento operacional
padrão e posteriormente a
validação da metodologia", destaca.
A intenção do Tecpar é, após
operacionalização do laboratório – o
que deve acontecer até o fim do ano
–, realizar pesquisa aplicada, ou seja,
atuar junto a indústrias e outros interessados
que busquem a produção
de biogás a partir da biomassa, com
a oferta de novas soluções tecnológicas.
"Como instituto de ciência e tecnologia,
o Tecpar busca resolver problemas
dos mais variados segmentos
da sociedade. Com o novo laboratório,
poderemos apoiar indústrias que
queiram gerar sua própria energia
com as soluções laboratoriais e com
nossa equipe especializada", salienta
o diretor-presidente do Tecpar, Celso
Kloss.
PLANO DE GOVERNO – A implantação
do Laboratório de Pesquisa
de Biogás e Biometano no
Tecpar está em linha com as metas
definidas pelo Governo do Estado
ao instituto. O Tecpar tem como objetivo,
até 2026, ampliar o portfólio
de serviços com ensaios laboratoriais
inéditos na área da saúde e do
meio ambiente. Com isso, o instituto
ofertará novos serviços e agregará
valor às soluções disponibilizadas à
sociedade.
META DE BIOMETANO – O Governo
do Paraná assinou neste ano
um pacto com outras entidades federais
e municipais, além do setor
privado, para ampliar a implantação
do biogás e biometano no meio rural.
O documento foi assinado durante
o Show Rural Coopavel 2024 e estabelece
como principal estratégia o
fortalecimento do Programa Paraná
Energia Rural Renovável (Renova-
PR). O documento também prevê
um uso mais extenso do biometano
para substituir, com menos impacto
ambiental, os combustíveis automotivos
tradicionais e também a lenha
e o GLP.
A biomassa é toda a matéria orgânica
vegetal ou animal usada como
fonte de energia limpa, como no caso
o biogás e o biometano, biocombustíveis
produzidos a partir desses materiais
orgânicos. Já a digestão anaeróbia
é um processo de degradação da
matéria orgânica por microrganismos
para a produção de energia.
14
RBS Magazine
Tecpar inicia estruturação de um novo laboratório, voltado à pesquisa de biogás e biometano,
que será coordenado por Bill Costa, químico, com mestrado e doutorado em engenharia de materiais.
Crédito: Hedeson Alves/Tecpar
Entrevista
Entrevista com
Priscila Marzullo,
managing director
da AXIAL
"A empresa tem escritórios em 6 países:
Espanha, Brasil, Japão, Estados Unidos, México e França"
À frente de uma das maiores empresas de equipamentos voltados para energia solar, está Priscila Marzullo, Managing
Director da AXIAL. Ela é uma das poucas mulheres no comando das multinacionais, e contou em uma breve
entrevista sobre a história da empresa e projetos futuros.
RBS Magazine: Nos conte sobre a história
da empresa, desde a sua fundação,
até os dias atuais e a expansão
global!
PRISCILA MARZULLO: A Axial
Brasil é o braço nacional da renomada
Axial Structural, que tem sede em Valência,
na Espanha e é referência global
em projetos e fabricação de estrutura
de fixação de módulos fotovoltaicos.
No Brasil, a operação teve início em
2022, embora a empresa global exista
desde 2008. Desde então,rapidamente
se estabeleceu como uma força a ser
reconhecida no mercado brasileiro.
Hoje contamos com um escritório em
São Paulo e uma fábrica localizada na
Bahia. A nossa história, combinada
com a experiência de mais de 60 anos
do Grupo Alonso, respeitado conglomerado
europeu ao qual fazemos parte,
traz robustez financeira e expertise
multisetorial para a empresa e seus
clientes.
RBS Magazine: Quais países têm sede
da Axial?
A empresa tem escritórios em 6 países:
Espanha, Brasil, Japão, Estados
Unidos, México e França. Além dos
escritórios, a presença global da Axial
é representada por projetos em mais
de 40 países.
RBS Magazine: Quais os diferenciais
e tecnologias empregadas nos produtos
da Axial?
O diferencial da nossa tecnologia é a
valorização da engenharia em cada
projeto. O Axial Tracker 1V Twin,
por exemplo, foi desenvolvido com
tecnologia homocinética, e é pioneiro
ao trazer essa inovação ao setor,
garantindo o melhor desempenho
possível. Graças a essa tecnologia de
transmissão de movimento, alcançamos
níveis superiores de tolerâncias
de declividade, reduzindo significativamente
os trabalhos civis.
Além disso, sua montagem é rápida
e simples, e a necessidade de manutenção
é mínima, devido ao design
inovador e ao menor número
de peças.
"O diferencial da nossa tecnologia é
a valorização da engenharia em cada
projeto..."
E não para por aí! Cada projeto é estudado
de forma a atender todas as
regiões de vento do país. Para isso, a
empresa conta com uma equipe de
engenharia qualificada e multidisciplinar
que se dedica a garantir a máxima
segurança e que faz toda a diferença
no projeto final. Veja a seguir:
• Com um par de amortecedores
em todas as extremidades
do rastreador, totalizando 8 em
cada Axial Tracker 1V Twin, esses
sistemas de amortecimento
garantem uma solução mais estável,
aliviando os impactos da
movimentação global.
• O Axial Tracker 1V Twin conta
com um tubo mais robusto, nas
dimensões de 120mm x 120mm,
na intenção de aumentar a rigidez
da estrutura. Essa solução,
em conjunto com os amortecedores,
evita que a estrutura entre
em ressonância e em colapso.
• Todas as Correias Ômegas possuem
um suporte interno que
contribui para a distribuição
das forças exercidas ao longo
da peça, principalmente aliviando
a pressão nos parafusos
do perfil U, que são responsáveis
pela fixação das Correias
Ômegas ao tubo do tracker, e,
também, elimina a possibilidade
de abertura dessa peça evitando
possível movimentação e
preservando a integridade dos
módulos.
Essas são apenas algumas das razões
que garantem que o Axial Tracker
1VTwin seja a Escolha Inteligente
para cada projeto fotovoltaico.
16
RBS Magazine
RBS Magazine 17
SUSTENTABILIDADE
Hypontech lança novo
microinversor solar HMS 1.6-2K
para tornar a energia limpa mais acessível
O equipamento deve se tornar líder em vendas no segmento
A
Hypontech anunciou o lançamento
de seu novo microinversor
solar, o HMS
1.6-2K, que é inteligente,
pequeno e acessível, projetado
para tornar a energia limpa mais
acessível para proprietários de residências
e empresas.
The HMS 1.6-2K is equipped with
a number of advantages that make it
ideal for residential and commercial
solar applications. These features include:
Capacitando Casa/C&I com Facilidade
O HMS 1.6-2K possui plug-and-
-play que, com um simples plug-in na
tomada, fornece eletricidade adicional
à rede doméstica/C&I sem esforço.
Suas capacidades excepcionais incluem
uma corrente de entrada máxima de
até 15A, tornando-o compatível com
os principais módulos fotovoltaicos de
alta potência.
Eficiência econômica
Cada microinversor HMS 1.6-2K
pode ser conectado em até quatro
módulos solares, reduzindo significativamente
os custos de instalação, além
disso, possui 4 canais de entrada independentes,
eficiência MPPT em nível
de componente de até 99,9%, baixa
tensão inicial de 16 V, maximizando,
dessa forma, o uso de luz fraca e gerando
energia mesmo em tempo nublado
e chuvoso em ambiente com temperatura
máxima de 50 O C e ainda operação
em plena carga. Isso se traduz em
uma maior eficiência geral de geração
de eletricidade para o sistema fotovoltaico,
contribuindo para a economia de
energia e conservação ambiental.
Segurança e confiabilidade em
primeiro lugar
O HMS 1.6-2K opera com tensão
inferior a 60 V CC, eliminando riscos de
incêndio e choque elétrico em sua raiz,
ele é o guardião final da segurança da
sua central elétrica, e como tem encapsulamento
total com proteção IP67,
ele se torna à prova d'água e de poeira,
quando brevemente imerso em água,
ainda pode operar normalmente, sem
medo de vento, chuva, neve e geada;
Com a sua tecnologia avançada, alinha-se
perfeitamente ao conceito de
eletrodomésticos sustentáveis e ecológicos,
o HMS 1.6-2K é mais do que apenas
um produto, é uma declaração do
seu compromisso com um futuro mais
limpo e verde.
Sobre Hypontech
A Hypontech é uma empresa líder
em inovação técnica, especializada em
inversores fotovoltaicos distribuídos e
soluções inteligentes de gerenciamento
de energia. Como fornecedor de
soluções abrangentes, estamos comprometidos
com o conceito de P&D de
“qualidade em nosso DNA”, rompendo
continuamente as barreiras técnicas
da indústria e garantindo mais de 100
patentes e direitos autorais.
O nosso diversificado portfólio de
produtos varia de 600W a 80kW, certificados
através de testes rigorosos
por entidades como a TÜV, garantindo
cobertura abrangente em inversores
de rede residenciais e comerciais, sistemas
de armazenamento de energia,
microinversores e soluções inteligentes
de gerenciamento de energia. Com
uma presença global que abrange mais
de 70 países em todos os continentes,
temos sido consistentemente homenageados
como 'EUPD TOP BRAND IN-
VERTER' por três anos consecutivos.
Energizando o Futuro, somos
HYPONTECH.
Para mais informações,
você pode entrar em contato:
info@hypon.com
18
RBS Magazine
PRO
3-6KP
SINGLE PHASE 2MPPTS
Eficiência máxima: 98,1%
Sobrecarga máxima DC: 150%
Tensão inicial mais baixa: 40V
Função AFCI opcional
Sistema de monitoramento
24h opcional
RBS Magazine 19
Entrevista do Editor
Nessa edição da Entrevista do Editor, Tiago Cassol recebe um
grande empreendedor do setor de energia e um ser humano
incrível, Eduardo José Bragança Lopes. Ele é bacharel
em direito, com formação administrativa em gestão de
negócios e marketing, além de ser sócio fundador do grupo
das indústrias INOX-PAR. Também é diretor da indústria
Brasil pela Associação Brasileira de Geração Distribuída e
fortemente ativo em diversos setores da indústria.
Além disso, é idealizador do projeto social Iluminando
Famílias e Quilowatt do Bem, onde leva muito mais que
energia para as escolas e crianças, e sim uma verdadeira
luta pela sociedade e contra as drogas. Também é autor de
livros e uma pessoa voltada a fazer uma sociedade melhor.
Conheça mais Eduardo Bragança como profissional de
sucesso e suas ações que há anos colabora para uma
sociedade mais humana e fraterna. Boa leitura.
CASSOL - Eduardo Bragança, primeiro
gostaria de dizer que é um prazer e
felicidade ter esse bate-papo contigo
na Entrevista do Editor da RBS Magazine
dessa edição. Assim, gostaria
de começar com uma pergunta mais
direta sobre o mercado de energia
solar. Qual é a sua percepção do que
podemos esperar desse ano depois
desses primeiros meses de 2024?
BRAGANÇA - A percepção é de que
nós teríamos dificuldades por conta
de uma gestão federal, que tem um
olhar diferente da gestão anterior em
relação ao segmento solar. Mas contudo,
nós estamos sentindo no dia a
dia de que a necessidade de termos
outras fontes de energia, como a
solar, se fazem necessário. Por esse
motivo, a pujança que existe no nosso
país de extensão continental é
tomada a frente, às vezes, de ações
governamentais, como a redução dos
incentivos fiscais para aqueles produtos
que chegam no Brasil que compõe
o kit do segmento solar. Então, tem
alguns produtos hoje que estão com
redução dos incentivos onde isso poderia
ter um efeito de diminuição de
consumo e, no entanto, a gente está
vendo nesses primeiros meses que o
mercado continua em ascensão. Talvez
se estivesse com todos os incentivos
estaria com um volume maior
ainda do que nós estamos vendo, então
a expectativa tem sido boa embora
a gente está sentindo toda essa dificuldade
por conta das autoridades
que estão à frente da gestão pública
federal.
CASSOL - Como sabemos, você tem
uma bela história de empreendedorismo
com a fundação da INOX-PAR
e a participação de diversas ações
no setor industrial como de energia,
em especial, diretor da indústria da
ABGD. Sabemos que a INOX-PAR nasceu
para ser um mercado de fixadores
e componentes de aço inoxidável,
em 1984, uma época em que a energia
solar não tinha um mercado significativo
no Brasil. Qual foi o momento
em que vocês viram a necessidade de
atender esse setor e como vocês se
prepararam para atender o mercado
solar com qualidade?
Primeiro, que a Inox-Par realmente
nasceu em 1984 não se ouvia falar
muito em energia solar. Eu ouvia falar
em aquecimento solar, então tinha
os aquecedores e tinha já algumas
companhias que trabalhavam com
isso, mas em um outro conceito. Até
porque naquela época eu cheguei a
ver placas fixadas com arame, e então,
era um padrão de qualidade sem
normas técnicas e as coisas andavam
por uma necessidade pontual. Não
era um mercado divulgado, apoiado,
incentivado. Assim, nos últimos 10
anos, ao final de 2014 para começo
de 2015, nós tivemos um convite mais
pontual por conta de um player que
era líder de mercado para estar tropicalizando
peças que hora eles importavam
da Alemanha. Naquela ocasião,
era a K2 e a INOX-PAR teve esse
desafio de tropicalizar os produtos e
nós o fizemos com bastante comprometimento.
Eu diria do começo ao
fim e suprindo todas as necessidades,
tudo que se diz respeito a ancoragens
a fixações, nós desenvolvemos e nós
fomos atrás disso oportunamente. Tivemos
uma aproximação de algumas
associações, como ABSOLAR e a própria
ABGD, até que surgiram convites
e nós sentimos à vontade para colaborar
mais com a pasta da indústria,
porque a nossa história é em cima da
indústria. A gente também passou a
contribuir com a ABGD na pasta da
indústria a nível Brasil e, hoje, temos
essa troca de experiências e trazemos
para o mundo da energia solar
os diversos tipos e opções de ancoragens
e fixações para todos os tipos.
Eu diria hoje que começamos com
as soluções de telhado, solo e agora
também das fachadas e fixadores e,
também, para os flutuadores que estão
chegando no nosso país. Então,
é só aprendizado e como estamos
em um País maravilhoso de extensão
continental, temos muito trabalho.
Eu vejo isso como uma oportunidade
onde nós somos muito, mas muito
gratos, a aqueles que confiam e trabalham
com a Inox-Par seja eles nossos
clientes, fornecedores, amigos e
colaboradores. Só gratidão.
CASSOL - Quais novidades ou oportunidades
que a INOX-PAR irá trazer
nesse ano e nos próximos anos, em
especial, para o setor solar? O que
podemos esperar de novidades da
sua empresa?
As novidades sempre estão acontecendo
cotidianamente, porque os
20
RBS Magazine
produtos da linha solar evoluem. As
placas antes tinham determinados
tamanhos, determinadas capacidades
e hoje, você vê os produtos evoluindo
com maior capacidade, tamanhos
diferentes, módulos bifaciais.
Enfim, eles evoluem e se destacam
no que se diz respeito ao custo-benefício
daquele investimento que você
está fazendo, os fixadores também
acompanham, porque quando se fala
das fachadas sustentáveis os revestimentos
e o BIPV, trazem a opção para
satisfazer a arquitetura. No que se diz
respeito a estética e mudança de conceitos
e padrões que a gente já está
acostumado de um jeito. Você vê que
o pessoal lá do hemisfério norte, já a
frente e isso traz um combo, um conjunto
de situações e de produtos que
tem que ser o melhor. Sendo assim,
nós desenvolvemos todo o sistema
de ancoragem e fixações para poder
compor junto com a caixilharia e a engenharia
metálica em conjunto com a
engenharia civil para contemplar as
novas edificações, principalmente, as
verticais. Também os retrofits daqueles
que desejam melhorar a sua edificação,
onde nós percebemos também
que as administrações públicas
dos municípios têm observado isso e
tem contemplado também uma contrapartida
por uma redução do IPTU
daquelas edificações que buscam
fontes sustentáveis, como no caso a
energia solar. Tenho o exemplo aqui
da nossa cidade de Guarulhos que
pode chegar até 6% uma redução de
IPTU, uma vez que você faça alguma
captação limpa e sustentável, tal
como também o reaproveitamento
da água da chuva e outros mais. Então,
tudo isso vai de encontro ao que
a Inox-Par faz cotidianamente, ou
seja, melhorar cada vez mais o sistema
e a sua aplicabilidade. Assim, não
poderia deixar de falar também que a
grande novidade são esses flutuadores
onde nós temos algumas opções
de empresas que estão trazendo esses
produtos com construções diferenciadas
na sua matéria-prima, na
sua forma de fazer esse flutuador. Os
fixadores da Inox-Par tem sido uma
excelente opção e ficamos muito felizes
com isso, porque trabalhamos
bastante com esse foco além de outras
novidades que trabalhamos na
linha do agronegócio, petróleo e gás.
CASSOL - Eduardo, além de um profissional
de primeira, você também
é um ser humano fantástico. Você
tem diversas ações sociais, livros escritos
e palestras motivacionais que
impressionam muita gente. Falando
em suas ações sociais, queria que
você nos contasse mais sobre o projeto
QuiloWattdoBem. Qual a missão
desse projeto, de onde vem a ideia e
como podemos fazer para conhecer
melhor essa excelente ação social?
Onde vem tamanha motivação e qual
mensagem você deixa aos nossos leitores
para que eles possam também
ser tornar lideranças locais contra as
barbáries que, em especial as crianças,
passam em nosso mundo?
Obrigado por essas palavras. Isso aí
só nos fortalece e nos incentiva e nos
compromete mais. Porque é um momento
que você sente no coração, na
alma, como é bom fazer o bem. Eu
sempre digo que quem mais recebe
é quem faz. Então, eu só tenho gratidão.
A gente já faz esse trabalho há
26 anos, aproximadamente. Mas, eu
digo que o trabalho não precisa ter
um título. Você pode ser uma pessoa
melhor a cada dia. Isso também é um
trabalho, particularmente, se você
respeita as pessoas que está com
você, a todo tempo, tendo um olhar
para aquele que precisa. Também de
se olhar no espelho, que a gente também
precisa de ajuda. Então, é uma
troca a todo momento. Então, a gente
tem que ter humildade. Resiliência
a todo momento. Eu, quando tive encontro
com o Ricardo da TV Solar, ele
trouxe essa grande ideia do Pila Watt
do Bem. Eu fiquei impressionado e falei
“Nossa, é muito bom, isso dá para
ajudar muita gente, vou te ajudar!''
Nesse momento, a gente resolveu
unir o trabalho que já acontecia aqui
na Inox-Par, denominado Iluminando
Famílias, um trabalho que traz o título
de sustentabilidade humana, que é
essa organização não governamental
que a gente faz ao longo desses anos.
Assim, nós nos unimos.
Então, se a pessoa que
tiver interesse entrar lá
no Pila Watt do Bem,
você vai conhecer um
pouco mais o mecanismo
de você doar aquilo
que você gera se você
tem uma captação de
energia solar. A partir de
1 kWh você pode doar.
Entrevista do Editor
Assim, esse trabalho vai somando essas
doações para depois contemplar
uma instituição que tenha uma gestão
honesta, competente, que nós
iremos visitar e que as pessoas vão
indicar. Então, de repente, vou contribuir,
mas eu vou indicar aqui um
asilo, perto da minha casa, porque
eu acho que é um trabalho honesto.
Então, nós iremos até lá para ver se
realmente merece essa doação. Essa
doação pode vir por crédito, que a
gente vai levar junto à concessionária,
ou pelo projeto, propriamente
dito, ou seja, todo o sistema funcionando.
Ali nós iremos doar todo o
sistema de ancoragem e fixações. Um
outro parceiro vai doar a placa, o outro
vai doar o cabo, o outro vai doar
a mão de obra, o outro vai doar o seguro,
e assim a gente vai contemplar
essas instituições. Entregamos, no final
de 2003, uma creche e orfanato,
630 crianças, aproximadamente. Foi
um sucesso, tinha uma conta próxima
de R$10 mil, onde nós conseguimos
zerar. E se o equipamento durar
os 25 anos? Minimamente 25 anos
sem pagar energia, isso vai ajudar
muito a instituição a proporcionar
outro tipo de ajuda com essa verba,
alimentação, medicação, enfim, educação.
E agora vamos entregar para o
asilo Adolfo Bezerra de Menezes, no
bairro da Penha, no qual eu participei
muito, já ajudei muito nesta casa, e
eles têm um trabalho muito honesto.
Lá é a velhice desamparada, então
são aqueles que são desamparados
pela família e esse trabalho acolhe. E
nós iremos fazer a doação da energia
pelo QuiloWatt do Bem com o projeto
Iluminando Famílias. Se você não
conhece, meu amigo, eu te convido
para conhecer. Se você já tem um
trabalho, continue, mas faça alguma
coisa. Se não for com o nosso, eu
sempre digo que esse trabalho não
é nosso, é de todos. A partir do momento
que você adota, esse trabalho
é seu também.
RBS Magazine 21
REFERÊNCIA
INVT busca liderança no Brasil.
A empresa conta com portifólio
vasto no segmento de energia
A energia solar é a chave para um futuro limpo e sustentável. A INVT Solar
lidera essa transformação com soluções inovadoras em tecnologia solar!
empresa é pioneira
em pesquisa, desenvolvimento,
pro-
A
dução e venda de
inversores solares
e outros produtos, além de garantir
eficiência e confiabilidade
nas aplicações residenciais e comerciais.
Ela também, oferece soluções
de monitoramento e
armazenamento de energia,
aumentando a eficiência e sustentabilidade,
pois na visão da
empresa, é possível um futuro
energético acessível e descentralizado,
no qual cada consumidor
pode gerar sua própria
energia.
Steven Zhao, Diretor da
INVT Solar Brasil, reforça o compromisso
em atender ao mercado
brasileiro com vendas,
marketing e suporte técnico de
qualidade, “Nós temos uma
equipe local para atender ao
mercado brasileiro e estamos
muito animados para fazer um
bom trabalho, junto aos distribuidores
confiáveis e nos quais
estabelecemos parcerias de longo
prazo. Participar de eventos
como o Fórum GD, por exemplo,
é essencial para conexões e parcerias”.
Com o sucesso em mercados
globais como Índia e
Austrália, a INVT Solar se sente
preparada para ser líder no
mercado brasileiro. A vasta
expertise e confiabilidade dos
produtos da marca já estão
estabelecendo negócios estáveis
e parcerias duradouras no
Brasil.
22
RBS Magazine
RBS Magazine 23
APRIMORAMENTO
EMBRASTEC | DPSs
para inversores
Com o crescimento do mercado de energia fotovoltaica, as empresas têm
investido bastante para inovar e aprimorar os seus produtos.
Existem algumas especulações afirmando
que, quando houver proteção acoplada
ao inversor, não há necessidade
de utilizar DPS (Dispositivos de Proteção
Contra Surtos) externos, mas e
agora, o que faço para garantir a segurança do
meu inversor?
A resposta é, você deve usar DPS externo,
como os fornecidos pela EMBRASTEC para garantir
proteção completa ao seu sistema fotovoltaico.
Apenas as proteções fornecidas por inversores
atendem às normas básicas de segurança,
como ABNT NBR 16690:2019 [1] e ABNT
NBR 5419:2015 [2].
Outro fator importante, além de utilizar
os DPSs da EMBRASTEC, sua instalação precisa
ter aterramento e equipotencialização dos elementos
que podem conduzir corrente elétrica,
como os metálicos, assim garantimos que o
surto seja dissipado de forma correta e segura.
Quais os benefícios de usar os DPSs da
EMBRASTEC para proteger meus inversores?
As maiores marcas de inversores não
abrangem em suas garantias problemas provenientes
de descargas atmosféricas. Ao usar os
DPSs para proteger seus inversores, você evita
gastos com manutenção. Além disso, ao deixar
a produção de energia fotovoltaica parada de
1 a 2 meses (tempo de manutenção de um inversor)
você tem prejuízos significativos.
A EMBRASTEC oferece como solução contra
surtos elétricos as String Boxes CC e String
Boxes CA, o DPS solar e o Combiner Box. A EM-
BRASTEC conta com o atendimento consultivo
personalizado e de forma gratuita para indicar
a melhor solução para proteção de seu sistema
fotovoltaico.
Garanta a proteção de SFV com quem é
referência no mercado, compre EMBRASTEC.
24
RBS Magazine
RBS Magazine 25
Artigo
Os maiores
desafios de
vender no
AGRONEGÓCIO
Por: Carlos Andriolli, conhecido como o "Rei do Agro." é um especialista em soluções de energia e financiamentos
para o agronegócio, no qual atua como Coordenador de Vendas há oito anos. Email: carlos_andriolli@yahoo.com.br
O
famoso slogan “AGRO É
TECH, É POP, É TUDO”
não é por acaso, pois o
Agronegócio é essencial
para o Brasil, isso é inegável.
Além disso, o país possui condições
climáticas e recursos naturais
favoráveis para a produção agrícola
em larga escala, o que o torna um
dos principais players no mercado
global de alimentos.
De acordo com o IBGE (fonte: fevereiro
2024), 24,8% do PIB brasileiro
de 2023 veio do agronegócio, 30%
dos empregos gerados são desse setor
e 52% da exportação brasileira foi
do por meio do agro. Tudo isso e muito
mais! O Brasil é o maior produtor
global de soja, açúcar, café e suco de
laranja. O agronegócio brasileiro é a
nossa grande vocação.
Será que podemos afirmar o
quão imaturos são os vendedores de
Energia Solar em relação aos que comercializam
sementes, fertilizantes,
máquinas agrícolas ou camionetes?
Calma que é só uma provocação minha,
já que todos estes que citei, nasceram
para o agronegócio, e sim, sabem
a linguagem nativa deste cliente
e todos os seus desafios, mas você
sabe como atuar nesse segmento fornecendo
Energia Solar?
Primeiramente é necessário conhecer
duas importantes vertentes:
• Perfil do cliente
• Soluções em Energia Solar Híbridas
ou Offgrid
Pode parecer óbvio, mas vamos
conhecer um pouco mais sobre este
cliente.
O produtor rural ou agricultor
tem algumas particularidades interessantes
em todos os cantos do país,
já que eles possuem alto grau de conhecimento
técnico e estão longe de
serem ignorantes em tecnologia!
O cliente desconfiado em relação
às novas soluções, adquire energia
solar muitas vezes por indicação,
no qual a confiança com o vendedor
faz a diferença. Juntamente com sua
linguagem e dialeto particular, este
cliente necessita de uma abordagem
para criar conexão diferenciada. Com
isso, o atendimento personalizado e
in-loco torna-se obrigatório para então,
permitir a conexão e segurança
na solução ofertada.
Pois bem, muitas empresas integradoras
de Energia Solar tiveram
seu crescimento da seguinte forma:
Iniciaram no residencial em pequenos
projetos, depois se estruturaram
e foram inserindo projetos maiores
atendendo Comércio e Indústrias. Tiveram
uma estrutura de engenharia,
instalação e pós-venda e começaram
a buscar Grandes Usinas Fotovoltaicas.
Notou que não se pensou no
Agronegócio? E é exatamente este
o cliente que tem a maior deficiência
energética, começando pela baixa
Qualidade da Energia Fornecida
pela Concessionária, e as Grandes
distâncias de Rede Complementar
até a fazenda fazem com que seu
crescimento produtivo fique limitado.
Observem que sua demanda
energética é altíssima e sua necessidade
o torna como o principal cliente
em relação à viabilidade para inserir
Energia Solar.
E VOCÊ, INTEGRADOR DE
ENERGIA SOLAR, VAI APROVEITAR
ESTA OPORTUNIDADE?
26
RBS Magazine
SISTEMA
Definição das cargas
para sistemas híbridos
As dúvidas começam não na parte técnica do sistema, mas na parte comercial:
como tratar desse tema? Como e quando oferecer?
Já foi possível,
pela fatura de
energia, analisar
similaridades
no tamanho
do sistema
fotovoltaico pelo
histórico de
consumo...
É
corriqueiro na vida do integrador
ser questionado sobre
sistemas híbridos com bateria,
muitas vezes até mesmo antes
de começar a negociação do sistema
on-grid, já que este que por sua vez é
muito mais popular no mercado, tanto
pelo custo quanto pelo benefício.
Antes de tudo, precisamos entender
que se em um sistema fotovoltaico
on-grid sem baterias não poderíamos
tratar a venda como uma receita
de bolo, agora teremos a certeza que
um sistema fotovoltaico on-grid com
baterias nada tem disso.
Naturalmente, há um custo diferente
para implementação desse sistema.
Especialmente para o inversor
e para as baterias. Já podemos fazer
aqui talvez a mais importante observação:
quanto maior for a potência e
a autonomia de backup, maior será
o custo. Da mesma forma, quanto
maior for o sistema de armazenamento
de energia, maior será o custo.
orçamento de um sistema fotovoltaico
híbrido: as cargas de backup. Serão
elas que resultam na potência e
na energia adequada para cada cliente
e justamente por isso, temos que
cada cliente terá suas particularidades
e o sistema para atender às suas
necessidades.
Já foi possível, pela fatura de
energia, analisar similaridades no
tamanho do sistema fotovoltaico
pelo histórico de consumo. Ocorre
agora que, dois clientes podem ter
exatamente o mesmo histórico de
consumo e possuírem sistemas completamente
diferentes para poder suportar
as suas cargas de backup.
Figura 1 – Bateria de lítio PHB à esquerda e bateria
de chumbo ácido à direita, qual é melhor?
Dessa afirmação, conseguimos
extrair o ponto mais importante do
Figura 2 - Histórico de consumo utilizado no
dimensionamento de sistemas fotovoltaicos.
Na reunião comercial, comprovada
a necessidade de um sistema
fotovoltaico híbrido com baterias, é
28
RBS Magazine
A melhor distribuidora para
todos os tipos de projetos
Fale conosco e comprove!
RBS Magazine 29
importante sanar as seguintes perguntas:
1. Qual a tensão das cargas de backup?
2. Quais são os aparelhos elétricos
que entrarão para o backup
do sistema híbrido?
3. Qual a potência de backup?
4. Por quanto tempo se deseja ter
aquela potência de backup?
5. Qual a frequência dos eventos
de falta de energia?
Figura 3 - Bateria de chumbo ácido com profundidade de descarga de 20% possui vida útil de 1000 ciclos.
6. Em média, qual a duração da
falta de energia?
7. Qual o melhor local para colocar
o inversor e as baterias em
segurança?
Respondidas às perguntas, devemos
ainda olhar para o QGBT do
cliente, se haverá a necessidade em
se separar circuitos para atender a
determinadas cargas, por exemplo:
um circuito que atenda toda a cozinha,
pode ser separado para dividir
as tomadas em que estão ligadas geladeiras
e freezers para serem colocadas
no backup.
A partir das perguntas 2, 3 e 4 temos
potência e energia do sistema híbrido.
As perguntas 5 e 6 servem para
confrontar a expectativa do cliente
com o que ocorre de fato de faltas
de energia e estipular orçamentos
alternativos, de menor custo, pois,
na negociação, ele poderá exigir um
tempo de backup superior ao tempo
de falta de energia e se decepcionar
com o valor de investimento. Assim,
podemos criar um meio termo, que
satisfaça os momentos de atuação do
backup e ao mesmo tempo, possuam
uma atratividade maior.
Figura 4 - Comportamento de Ciclos x Estado de Vida (SOH)
da bateria de lítio considerando DoD de 90%.
A questão aqui é que a maioria
dos clientes são leigos e vão tentar
puxar o maior tempo de backup possível.
Mesmo que isso se dissocie da
realidade, o cliente faz isso pois não
tem noções de grandezas e nem do
impacto financeiro que esse superdimensionamento
causará. Cabe ao
integrador dominar o assunto e apresentar
o conteúdo de maneira amigável
ao cliente. O uso de termos kW,
kWp, kWh, V, A, mm² não apresenta
nenhum significado para o consumidor
se ele não entende a sua economia
e, agora, o seu tempo de backup.
Na mesma reunião, é importante
conversar com o cliente sobre quais
serão as cargas de backup de fato e,
além disso, que ele compreenda que
aquele orçamento está sendo feito
para aquele tempo e para aquele
conjunto de cargas. Qualquer modificação,
seja na potência ou no tempo,
acarretará seja em um sistema maior
ou em um tempo menor do backup.
Aqui vale o destaque da descarga
máxima de baterias de chumbo
ácido. De inegável atratividade, a
tecnologia apresenta severo impacto
na vida útil mediante descargas superiores
a 60% de sua capacidade total
de armazenamento, podendo atingir
maiores descargas em cenários de
backup onde o uso da bateria fica relacionado
apenas às faltas da rede.
Neste ponto, destacamos que um
cliente que sofra com faltas diárias,
com duração considerável, sofrerá
maior impacto do que um cliente
com poucas faltas mensais de menor
duração. Por isso, deve-se ter muita
atenção, pois, se o cliente pode comprar
o sistema com essas baterias e
começar a usar muito mais do que foi
estimado, seja em potência ou energia
e em menos de um ano, acabará
tendo que trocar todo o banco de baterias
pelo fim da vida útil precoce do
equipamento.
Na PHB, trabalhamos com inversores
híbridos monofásicos e bancos
de 48V, portanto, o banco mínimo é
de 4 baterias de 12V de chumbo ácido
ou alternativamente, uma bateria
única de lítio íon que já possui em
seus terminais a tensão necessária.
Esses bancos podem ser estendidos
em um total de até 16 baterias de
chumbo ácido (4 paralelos de séries
de 4 baterias) ou 6 baterias em paralelo
de lítio íon de maneira a estender
a máxima quantidade de energia disponível.
Na engenharia, todas as escolhas
são um cobertor curto. Por um lado
você tem o preço melhor, por outro,
30
RBS Magazine
siderando o tempo de backup menor,
cerca de 2 horas.
Figura 5 - As baterias PHB de lítio podem ser fixadas na parede
para otimizar a utilização do espaço disponível.
o equipamento tem uma vida útil menor.
Justamente por isso, mesmo que
a quantidade de energia esteja disponível
em apenas um banco composto
por 4 baterias, deve-se estudar a possibilidade
de se adicionar um segundo
banco visando maior durabilidade
dele como um todo.
Já na bateria de lítio, pela figura
4, vemos o local no qual a tecnologia
mais brilha: na durabilidade. Na hora
do orçamento, pode não ficar tão visível,
porém, na primeira troca das
baterias de chumbo ácido, podemos
já ter um cenário onde teria sido melhor
ter começado o sistema já com
lítio, minimizando futuros custos extras.
A pergunta 7 tem grande importância
pois o volume de equipamentos
é maior, se comparado aos
sistemas ongrid, justamente pela
presença das baterias. Assim, conseguimos
prever um local seguro e até
propor adequações para o cliente
para instalação em ambiente próprio
para o novo sistema, evitando maiores
problemas na hora da instalação,
de 2 metros do inversor.
Na PHB disponibilizamos o inversor
híbrido PHB3548-ES, que possui
3500W de potência e tensão da porta
backup de 127V e os inversores PHB-
3648-ES e PHB6048-ES nas potências
de 3600W e 6000W respectivamente,
ambos operando em 220V. Por isso,
com a pergunta 1, podemos direcionar
o orçamento para o equipamento
correto, pois se as cargas de backup
forem unicamente 127V, podemos
satisfazer ao cliente sem uso de transformador,
com o PHB3548-ES. No
caso de haver equipamentos nos dois
níveis de tensão, recomendamos inversor
híbrido da linha 220V com uso
de autotransformador, que também
disponibilizamos junto ao kit.
Para concluir, demonstramos
na prática, um exemplo, no qual (A)
houve entendimento e aplicação
dos conceitos do artigo e (B) houve
entendimento e aplicação do artigo,
porém ainda assim, maior liberdade
na escolha das cargas para o backup.
Para o caso A, empregamos 6 horas
de backup totalizando energia de
4,08kWh e para o caso B, 10 horas, resultando
24,3kWh. O primeiro caso,
sendo proposto uma única bateria de
lítio e o segundo caso, sendo necessário,
pelo menos cinco baterias de
lítio. Pode-se trabalhar também, no
caso B, apenas com uma bateria, con-
Essa análise torna-se extremamente
relevante quando compreendemos
que a carga e o comportamento
do cliente são dinâmicos e
não estáticos. O mesmo cliente A,
se não compreender os conceitos citados,
seja na hora da venda ou do
pós-venda, pode submeter o sistema
a uma carga muito mais pesada em
comparação ao que foi orçado, trazendo
o cenário muito mais próximo
de B, mas com a quantidade de baterias
(apenas uma) do caso A.
Se bem trabalhado, o cliente
pode cometer pequenos desvios em
relação ao sistema que comprou,
um computador a mais pelo tempo
necessário para salvar documentos
abertos, por exemplo, não tem potencial
de comprometer o tempo
esperado do backup. Os problemas
acontecem quando o cliente não está
ciente dos benefícios e limitações do
que comprou, isso representa uma
diferença substancial na lista de materiais
e no custo para implementação
de sistemas híbridos, e a seleção
de cargas acaba por definir o fechamento
de negócio. Especialmente
posto que em primeiro momento o
cliente é levado a extravagâncias infundadas,
a condução da negociação
pautada pelo conhecimento técnico
do mercado rende frutos positivos
e a especulação sem conhecimento
leva o cliente a ficar com pé atrás,
desconfiado.
Vale ainda destacar que a PHB
possui sistema nobreak solar exclusivo,
que possibilita a criação do sistema
de backup para clientes que já
possuam sistema on-grid em operação,
reaproveitando o inversor e os
módulos já instalados e criando uma
rede separada para alimentação de
cargas prioritárias em evento de falta
de energia da rede da concessionária.
Na nossa plataforma de vendas
disponibilizamos tabela para facilitar
a definição do banco de baterias
e possuímos equipe de engenheiros
para analisar as melhores soluções
para atender aos diferentes casos.
Vale ainda lembrar que para sistemas
de grande porte, possuímos o contêiner
de energia.
RBS Magazine 31
FUTURO
Hopewind fecha 2023
com 150GW de remessas
em produtos
Empresa investe em pesquisa e desenvolvimento
para se manter na liderança
A
Hopewind é uma renomada
fornecedora de
soluções inovadoras e
sustentáveis de energia
limpa que, com escritórios ao redor
do mundo, acumulou mais
de 150GW de remessas em produtos,
no final de 2023. Esta conquista
é reflexo de seu alto nível
de desempenho, da satisfação
dos clientes e do seu reconhecimento
na indústria.
Desde sua fundação em 2007,
a Hopewind avançou rumo a liderança
no segmento de energia
renovável, especializando-se em
pesquisa e desenvolvimento e
na fabricação e comercialização
de tecnologia de ponta para
conversão e controle de energia.
Seu portfólio inclui energia fotovoltaica,
energia eólica, sistema
de armazenamento de energia,
SVG e produtos de hidrogênio.
Essas soluções de alta tecnologia,
foram utilizadas em inúmeros
projetos, incluindo a usina fotovoltaica
de 200MW no China Huaneng
Group; a usina de 100MW
em Hunutlu na Turquia; o projeto
de armazenamento eólico de
1GW no Inner Mongolia Energy
Investment Group e o mais recente
sistema de hidrogênio IGBT de
7.0MW da PetroChina.
O sucesso da Hopewind é o
resultado de sua equipe altamente
qualificada formada por engenheiros
e doutores. Sua expertise
em P&D permite que a empresa
permaneça como pioneira nos
avanços tecnológicos no setor
de energia. Um exemplo disso
é o marco atingido em junho de
2023, com impressionantes 560
patentes obtidas.
Para garantir suporte rápido
e eficiente aos clientes em todo o
mundo, a Hopewind estabeleceu
uma rede abrangente de vendas
e serviços em diversos países.
A empresa busca continuamente
novas parcerias estratégicas
e colaborações para expandir
sua presença internacional e impulsionar
a adoção de soluções
de energia limpa em diversos
setores e regiões.
Como facilitadora da ampla
propagação de soluções em
energia limpa, a Hopewind desempenha
um papel vital na
redução das emissões de carbono,
na atenuação das mudanças
climáticas e na promoção
de um futuro mais sustentável
para todos.
32
RBS Magazine
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RBS Magazine 33
ECONOMIA VERDE
Edeltec une no portfólio
ENERGIA SOLAR E
MOBILIDADE ELÉTRICA
Criada com o objetivo de transformar o mercado de suprimentos de
informática por meio de inovações disruptivas, a Edeltec conquistou
rapidamente uma posição de destaque no setor
Em 2018, a Edeltec expandiu
as atividades para o mercado
fotovoltaico, adotando uma
abordagem fundamentada
em pesquisa tecnológica rigorosa
e uma metodologia de atendimento
ao cliente altamente eficiente.
Essa transição permitiu também
alcançar reconhecimento no segmento
solar.
A Edeltec vem marcando presença
como uma líder de inovação
e sustentabilidade no Brasil. Desde
2019, a empresa expandiu significativamente
sua gama de produtos
e serviços, incorporando a mais recente
tecnologia em energia solar
e mobilidade elétrica.
A trajetória de crescimento
da Edeltec é notável. Segundo a
pesquisa da Greener, a empresa
saltou do 24º lugar em 2022 para
10º lugar em 2024, na lembrança
dos integradores de todo o Brasil.
Este avanço evidencia não apenas
o aprimoramento qualitativo em
seus produtos e serviços, mas também
o crescente reconhecimento
e confiança no mercado fotovoltaico
nacional.
A empresa fortaleceu sua posição
por meio de parcerias estratégicas
com líderes globais em
tecnologia fotovoltaica, como BYD,
Deye, Hoymiles, Osda, Resun, Saj,
Sine, Solis, Sunova e Jinko-módulo,
proporcionando aos clientes
acesso aos produtos de ponta e
serviços técnicos especializados
oferecidos por uma equipe de engenheiros
altamente qualificados.
O diferencial está no acompanhamento
completo oferecido aos
integradores, desde a elaboração
de orçamentos até o pós-venda. A
empresa conta com infraestrutura
logística eficiente, incluindo frota
própria e dois Centros de Distribuição
estrategicamente localizados,
garantindo rapidez e eficiência na
montagem e entrega dos produtos.
O compromisso da Edeltec
com a sustentabilidade e com a
economia verde permeia todas as
suas operações. A empresa promove
ativamente a transição para
energias renováveis e uma mobilidade
mais limpa, através de seu
portfólio diversificado que inclui
desde geradores solares até soluções
de mobilidade elétrica, como
patinetes e bicicletas elétricas.
MOTO ELETRICA HAWK
A Edeltec, através de inovações
constantes e foco na sustentabilidade,
responde aos desafios
contemporâneos e lidera o caminho
para um futuro energético
mais limpo e verde.
A empresa se destaca por
sua ascensão meteórica no
mercado brasileiro, demonstrando
a qualidade e confiabilidade
de suas soluções em energia
fotovoltaica e mobilidade
urbana.
E também, ampliou o portfólio
ao investir em mobilidade elétrica
com a WeHawk, reforçando o compromisso
com a sustentabilidade
ambiental.
A Edeltec não fornece apenas
soluções tecnológicas
avançadas, mas também lidera
a transição para um futuro
mais sustentável.
34
RBS Magazine
RBS Magazine 35
Artigo
A indústria como estratégia
de desenvolvimento
Por: Edson Vasconcelos – presidente do
Sistema Federação das Indústrias do Estado
do Paraná - FIEP
Qualquer região ou país desenvolvido
teve, em algum
momento de sua história, a
indústria como o principal
motor de seu crescimento econômico,
tecnológico e social. Pela constante
necessidade de aprimorar seus
produtos e processos produtivos, a
indústria é uma grande indutora da
inovação e do aperfeiçoamento profissional
de seus trabalhadores, que
têm salários superiores aos de outros
segmentos.
Uma renda que, novamente pelas
características de sua atividade,
a indústria obtém não somente no
território em que está instalada, mas
busca em diferentes mercados, vendendo
seus produtos para outras partes
do país e para o exterior. Tudo isso
cria um ciclo de geração de riquezas
– incluindo tributos – que impulsiona
o desenvolvimento daquela região.
Para se ter uma ideia do poder
multiplicador da indústria, estudos
da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) apontam que, a cada R$ 1
investido na indústria de transformação,
são gerados R$ 2,70 na economia
como um todo. Um valor bastante
superior ao que é gerado com investimentos
em outros setores: na agricultura,
R$ 1 gera R$ 1,72, enquanto
no comércio e serviços, R$ 1,48. Além
disso, a indústria de transformação
brasileira é responsável por 62,4% do
investimento empresarial em pesquisa
e desenvolvimento.
36
RBS Magazine
Artigo
No Brasil, em esfera federal, o
lançamento da Nova Indústria Brasil
(NIB), conjunto de metas e programas
para impulsionar o setor industrial
nacional, é um primeiro passo importante
para colocar o assunto em pauta...
Fazer com que a indústria
desenvolva plenamente seu potencial
é, portanto, uma ação
estratégica para o Brasil e para
o Paraná. Em nosso Estado, já
temos uma indústria dinâmica e
diversificada. Um setor que responde
por 26,1% do PIB paranaense
e é, atualmente, o quarto
principal parque fabril do Brasil,
atrás apenas de São Paulo, Rio
de Janeiro e Minas Gerais. Mas
tanto a indústria nacional quanto
a estadual tem potencial para
crescer muito mais.
Para que isso ocorra, é preciso
criar um ambiente de negócios
adequado, buscando soluções
efetivas para uma série
de desafios que, hoje, impactam
negativamente na competitividade
de nossa indústria. É
preciso solucionar os entraves
causados por questões como
infraestrutura e logística, geração
e fornecimento de energia,
burocracia e regulação, qualificação
e disponibilidade de mão-
-de-obra, acesso ao crédito, inovação
e sustentabilidade, entre
outras.
A atual diretoria da Federação
das Indústrias do Estado
do Paraná (Fiep) tem defendido
desde o início de sua gestão, em
outubro do ano passado, que
isso se faz com a formulação de
uma política industrial efetiva e
eficiente. Um movimento que
vem se intensificando inclusive
em países desenvolvidos, em
um processo de reindustrialização
impulsionado por disputas
tecnológicas e geopolíticas, desafios
climáticos e o rearranjo
de cadeias produtivas globais
após a pandemia.
No Brasil, em esfera federal,
o lançamento da Nova Indústria
Brasil (NIB), conjunto de metas
e programas para impulsionar o
setor industrial nacional, é um
primeiro passo importante para
colocar o assunto em pauta. Porém,
os esforços ainda são muito
tímidos perto do que se vê em
escala internacional. Enquanto
a NIB prevê aportes de R$ 300
bilhões até 2026, países como
os Estados Unidos anunciaram
pacotes de até o equivalente a
R$ 1,6 trilhão ao ano para reforçar
setores estratégicos de sua
indústria.
Além de ampliar os investimentos
e estruturar de maneira
mais efetiva as ações federais
voltadas para o desenvolvimento
da indústria, entendemos
que estados e municípios também
têm papel decisivo nesse
processo. Por isso, a Fiep colocou
como seu objetivo prioritário
ser um instrumento para a
construção de uma verdadeira
política industrial para o Paraná.
Queremos envolver diferentes
atores públicos e privados que
possam contribuir para que o
Estado tenha um plano e ações
concretas que o transformem
no melhor lugar para a atividade
industrial no país.
Além de todas as articulações
que já vêm sendo feitas
nesse sentido, neste dia 15 de
março, começando por Cascavel,
na região Oeste do Paraná,
a Fiep realiza o primeiro de uma
série de seis eventos de lançamento
dos Fóruns Permanentes
Regionais da Indústria. O grande
objetivo dos Fóruns é envolver
toda a comunidade e a opinião
pública qualificada em torno
do tema indústria, mostrando
o grande potencial que o setor
tem para dinamizar o desenvolvimento
dos municípios e das
diferentes regiões do Estado.
O debate inicial nesses seis
eventos servirá como provocação
para que as lideranças
apontem quais são as prioridades
para o desenvolvimento
industrial de suas respectivas
regiões. Um trabalho que
terá continuidade ao longo do
ano, com a realização de oficinas
temáticas em que serão
aprofundadas as necessidades
regionais em diferentes áreas.
Todo o conteúdo coletado nesses
encontros servirá de subsídio
para que a Fiep formule
propostas concretas para uma
política industrial eficiente para
o Paraná.
Nesse movimento, temos
a parceria fundamental de entidades
ligadas ao setor produtivo,
como a Federação das
Associações Comerciais e Empresariais
do Paraná (Faciap) e o
Sebrae/PR, além de Associações
de Municípios e Agências Regionais
de Desenvolvimento. O governo
estadual – por meio das
secretarias do Planejamento, da
Indústria, Comércio e Serviços
e do Trabalho, Qualificação e
Renda – também se prontificou
a apoiar essa iniciativa.
Com tudo isso, a Fiep espera
contribuir, efetivamente,
para que a indústria, pelo
impacto econômico, tecnológico
e social que gera, seja
colocada no centro da estratégia
de desenvolvimento do
Paraná e sirva de exemplo para
o Brasil.
RBS Magazine 37
INOVAÇÃO & TECNOLOGIA
Jornada de inovação aberta vai
aproximar grandes empresas e startups
para gerar soluções e negócios
Iniciativa conecta empresas de vários portes com instituições para o
desenvolvimento de soluções inovadoras, através da cooperação no ecossistema
Por: ASN Paraná
Dentro do Smart City Expo Curitiba 2024, foi realizado
em março deste ano, o lançamento do
Link de Curitiba e Região Metropolitana (RMC).
Trata-se de uma jornada de inovação aberta,
que envolve grandes empresas localizadas em
Curitiba e na RMC com startups, pequenos negócios e
instituições de ensino com o objetivo de sanar as “dores”
apresentadas pelas organizações e, como consequência,
desenvolver todo o ecossistema de inovação.
O diretor-técnico do Sebrae/PR, César Rissete, afirmou
que o Link reforça a conexão entre os ecossistemas
de inovação e salientou o papel da instituição no projeto.
“Os negócios não conhecem limites territoriais. O Sebrae
vai implantar a metodologia; assim, conduzimos o
processo, fazendo a conexão das pequenas empresas, que
são o nosso público principal, startups, empresas tecnológicas,
com os ativos tecnológicos e as grandes empresas.
O nosso trabalho é fornecer a metodologia e facilitar a
conexão”, explicou Rissete.
Dario Paixão, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento,
detalhou sobre o funcionamento do Link
de Curitiba e Região Metropolitana.
“O Link conecta as grandes empresas da indústria
brasileira situadas na Região
Metropolitana de
Curitiba para conexões
de negócios e emissão de
notas fiscais. Tudo isso
significa mais contratos,
produtos e serviços entre
as startups e as grandes
empresas das cidades”,
comentou Paixão.
Entre elas, estão a
Bosch, a Klabin, a Ademicon
e a CNH Industrial.
Dário antecipou que, em
junho, durante a Connect
Week, haverá um encontro
entre essas grandes
empresas e as startups,
com o objetivo de prospectar
negócios.
Diretor-técnico do Sebrae/PR, César Rissete, CEO da Fira Barcelona, Richard Zapatero, o vice-prefeito de Curitiba,
Eduardo Pimentel, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Dario Paixão, com representantes dos ecossistemas
de inovação de Curitiba e RMC, durante lançamento do Link. Fotos: Inove.
Para o vice-prefeito
de Curitiba, Eduardo Pimentel,
por se tratar de
38
RBS Magazine
The 1P Tracker by Soltec
soltec.com
PATENT PENDING
RBS Magazine 39
Ela discute o papel de Pinhais e da Unifap no sistema
de inovação da RMC e suas expectativas para o funcionamento
do Link, um projeto ou iniciativa específica
mencionada no contexto. Salete expressa otimismo, destacando
que nenhum ecossistema cresce sozinho e enfatiza
a importância da união com outros ecossistemas da
Região Metropolitana e com o Vale do Pinhão para fortalecer
o sistema regional
de inovação.
Na parte da tarde, foram realizadas apresentações sobre iniciativas do Link.
uma região metropolitana, é necessário trabalhar em
conjunto com os municípios vizinhos.
“Pitch invertido”
“Penso que as universidades
desempenham
um papel essencial ao
disseminar conhecimento
nas empresas. Atualmente,
o conhecimento é o
principal fator de produção,
superando a terra, o
capital e o trabalho. Possuímos
um recurso imaterial
valioso que deve ser
compartilhado para contribuir
e auxiliar no desenvolvimento
dos recursos
humanos das empresas.
Além disso, as empresas
são vitais para fornecer
suporte ao nosso trabalho,
complementando
esse ciclo de conhecimento”,
discorreu Salette.
“Isso é o Poder Público criando ambiente para o investimento
privado acontecer. É preciso fomentar para
que investimentos e a geração de emprego aconteçam”,
disse Pimentel.
Ele também mencionou o lançamento do projeto Fábrica
de Ideias, um hub de tecnologia que vai reunir empresas,
startups e espaços de cultura e lazer, lançado pelo
Governo do Paraná e pela Prefeitura de Curitiba.
Representantes dos ecossistemas de inovação envolvidos
no projeto, do Vale do Pinhão, Araucária, Pinhais,
Colombo, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande,
ainda participaram, nesta quinta-feira, de um encontro
com as instituições de ensino, de ciência e tecnologia, e
com fundos de investimento para debater iniciativas que
podem ser realizadas através do Link.
Universidade e inovação
Salette Silveira Azevedo, correitora acadêmica do
Centro Universitário Unifap e conselheira do Centro Municipal
de Desenvolvimento e Inovação de Pinhais, enfatiza
que nenhum ecossistema consegue crescer sozinho.
Ela também ressalta o papel da universidade para conectar
talentos e projetos com grandes indústrias de Curitiba
e da Região Metropolitana.
Edgar Meante integra o comitê gestor do Ecossistema
de São José dos Pinhais. Ele enfatiza a importância de
conectar diferentes atores dos ecossistemas e dá destaque
para este novo método de “pitch invertido”, quando
as empresas apresentam suas “dores” para que as micro
e pequenas empresas gerem soluções. Em um esquema
de pitch tido como normal, são as startups que apresentam
os serviços para as empresas.
“É como se você estivesse observando o comprador
demonstrando interesse no produto. Assim, a venda não
se baseia em tentativas de descobrir as necessidades do
cliente; em vez disso, você desenvolve o produto especificamente
para atender às demandas do consumidor final.
Frequentemente, ocorre que as empresas possuem soluções
semelhantes ao que é solicitado e competem entre
si para adaptar e aprimorar essas soluções conforme o
pedido”, resumiu.
Meante cita exemplos de “dores” que startups podem
ajudar a resolver, como digitalização de processos
manuais nas empresas, melhorias na segurança para
acesso às instalações empresariais e a automatização de
processos internos, como o de compras.
Espaço do Sebrae
O Sebrae/PR mantém um estande no evento, oferecendo
palestras sobre inovação, compras públicas,
crédito para inovação, entre outros tópicos ligados ao
ambiente de negócios. Além disso, o estande apresenta
atividades interativas para os visitantes, dispõe de uma
equipe de atendimento ao cliente e conta com a presença
de unidades do Sebrae de outros estados, incluindo
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
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RBS Magazine
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