Industrial_262Web

manter a floresta viva é nossa missão 

Entrevista Guilherme Hakme, do Conselho Tributário da Fiep, explica sobre a reforma tributária no setor 

DESENVOLVIMENTO 

SUSTENTÁVEL 

INSTITUIÇÃO DE MATO GROSSO 

COMEMORA 20 ANOS DEDICADOS AO 

FORTALECIMENTO DO SETOR 

INDUSTRIAL DA MADEIRA 

SUSTAINABLE 

DEVELOPMENT 

MATO GROSSO INSTITUTION 

CELEBRATES 20 YEARS OF 

OPERATION STRENGTHENING THE 

FORESTRY SECTOR

PRESENÇA 

INTERNACIONAL 

Nenhum lugar é tão distante 

que não possamos chegar, porque 

A CONFIANÇA NOS APROXIMA. 

EUROPA 

Inglaterra 

Bélgica 

AMÉRICA CENTRAL 

México 

Guatemala 

Holanda 

Portugal 

Espanha 

AMÉRICA DO SUL 

Venezuela 

ÁFRICA DO SUL 

África do Sul 

Peru 

Bolívia 

Chile 

Uruguai 

Curitibanos - SC 

OCEANIA 

Austrália 

Nova Zelândia 

Argentina 

A Mendes é destaque no cenário mundial, exportando produtos e 

tecnologia para diversos países. 

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PARCEIRO 

DE CLASSE 

NÓS CONSTRUÍMOS 

CONFIABILIDADE 

DESCASCADOR A8 

O Nicholson A8 é capaz de otimizar o desempenho de 

descascamento em altas velocidades de alimentação e é o 

descascador líder da indústria madeireira para as fábricas 

de alta produção atuais. 

CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS: 

DESIGN ROBUSTO 

• A estrutura robusta e de baixa manutenção possui uma 

chapa de aço de 3 polegadas para suportar aplicações de 

alta velocidade. 

• As portas de chapa de aço sólido proporcionam segurança 

como dispositivos de retenção de toras e contenção de casca. 

• A configuração do cilindro do rolo de alimentação assegura a 

transferência direta do peso da tora para a estrutura. 

ALTO DESEMPENHO 

• Inovações de design, como braços de faca rápidos e 

responsivos, fazem do A8 o descascador de melhor 

desempenho atualmente. 

• O sistema de acionamento do alimentador é simples e 

eficiente, utilizando correia, árvore de manivela e 

engrenagens endurecidas, operando com apenas um motor. 

MANUTENÇÃO SEGURA E FÁCIL 

• O sistema permite acesso fácil e seguro para manutenção 

rápida, com extração do anel, portas totalmente abertas e 

capas removíveis. Além disso, a lubrificação automatizada de 

anéis, vedantes de ar e engrenagens está integrada para 

otimizar o desempenho e a segurança. 

DESCASCADOR r2 

O descascador r2 foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar um 

descascamento superior e maximizar a economia de fibra em 

aplicações de baixa velocidade, utilizando a tecnologia de descascador 

de anel. Suas características de produção e preço competitivo 

conferem uma vantagem significativa sobre as aplicações que 

tradicionalmente usam descascadores do tipo cabeçote rosser head. 

CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS: 

DESIGN SÓLIDO E SIMPLES 

• Baixa manutenção e fácil de operar. 

TECNOLOGIA ESPECIFICAMENTE PROJETADA PARA BAIXAS VELOCIDADES 

• O design do anel maximiza a remoção de casca e economiza fibras. 

• A pressão do descascamento pode ser ajustada sob medida para garantir 

um desempenho superior para diferentes condições de aplicação. 

MANUTENÇÃO SEGURA E FÁCIL 

• Uma porta de serviço integrada facilita o acesso seguro durante a 

manutenção no anel.

SUMÁRIO 

INDUSTRIAL 

52 

2024 

34 

46 

40 

MADEIRA 

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 

Benecke 04 

Bruno 09 

Burntech 13 

Cipem 33 

Contraco 29 

DRV Ferramentas 15 

Engecass 23 

Fhaizer 67 

Formóbile 55 

Gaidzinski 51 

Impacto 25 

Indumec 21 

Máquinas Águia 31 

Mendes Máquinas 02 

Mill Indústrias 68 

Montana Química 07 

MSM Química 19 

Nazzareno 27 

Omil 45 

Prêmio REFERÊNCIA 65 

Rotteng 11 

Vantec 17 

SUMÁRIO 

08 Editorial 

10 Cartas 

12 Bastidores 

14 Notas 

20 Aplicação 

22 Frases 

24 Entrevista 

34 Principal A força do setor florestal 

40 Negócios 

46 Marcenaria 

52 Panorama 

56 Desenvolvimento 

60 Artigo 

64 Agenda 

66 Espaço Aberto 

06 

referenciaindustrial.com.br MAIO 2024

UNIDADE DE PRESERVAÇÃO 

Eleve sua usina ao próximo nível 

com os melhores produtos para 

madeira e conte com serviços 

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REDES SOCIAIS

EDITORIAL 

INDÚSTRIA 

SUSTENTÁVEL 

A 

nova edição da Revista REFERÊNCIA MA- 

DEIRA INDUSTRIAL destaca os 20 anos de 

fundação do Cipem (Centro das Indústrias 

Produtoras e Exportadoras de Madeira do 

Estado de Mato Grosso). Atualmente a 

entidade abrange 100% dos municípios produtores de 

madeira nativa no Mato Grosso e representa 523 indústrias 

madeireiras, sendo um importante apoio para os 

produtores no manejo florestal sustentável. Outra matéria 

aborda as ações do setor madeireiro e do governo do 

Paraná para incentivar o uso da madeira engenheirada 

na construção civil. Na editoria Entrevista, conversamos 

com o coordenador do Conselho Tributário da Fiep (Federação 

das Indústrias do Estado do Paraná) Guilherme 

Hakme, sobre a reforma tributária e suas consequências 

para o setor industrial madeireiro. A edição ainda traz reportagens 

sobre a expectativa das indústrias de portas; 

os preparativos para a 10ª ForMóbile e as madeiras mais 

usadas na construção de instrumentos musicais, entre 

outros assuntos de interesse do setor. Ótima leitura! 

NA CAPA 

OS 20 ANOS DE FUNDAÇÃO 

DO CIPEM É O DESTAQUE DA 

CAPA DESTA NOVA EDIÇÃO 

DA REVISTA REFERÊNCIA 

EXPEDIENTE 

ANO XXVI - EDIÇÃO 262 - MAIO 2024 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

www.referenciaindustrial.com.br 

Ano XXVI • Nº262 • Maio 2024 

Entrevista Guilherme Hakme, do Conselho Tributário da Fiep, explica sobre a reforma tributária no setor 


SUSTENTÁVEL 

INSTITUIÇÃO DE MATO GROSSO 

COMEMORA 20 ANOS DEDICADOS AO 

FORTALECIMENTO DO SETOR 

INDUSTRIAL DA MADEIRA 

MADEIRA 

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr. 

bartoski@revistareferencia.com.br 

SUSTAINABLE 

DEVELOPMENT 

MATO GROSSO INSTITUTION 

CELEBRATES 20 YEARS OF 

OPERATION STRENGTHENING THE 

FORESTRY SECTOR 

manter a floresta viva é nossa missão 

Redação / Writing 

Gisele Rossi 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

T 

his issue of REFERÊNCIA Industrial features 

the 20th anniversary of the Center of State 

of Mato Grosso Wood Producing and Exporting 

Companies (Cipem). The Organization 

currently covers 100% of the municipalities 

producing native timber in Mato Grosso and represents 

523 timber companies, providing important support to 

producers in sustainable forest management. Another 

article looks at the actions taken by the Forest-based 

Sector and the Government of Paraná to promote the 

use of engineered wood in construction. In the Interview 

Section, we spoke with Guilherme Hakme, Coordinator 

of the Fiscal Council of the Federation of Industries of 

the State of Paraná (Fiep), about the tax reform and its 

consequences for the Forest-based Sector. The issue also 

includes articles on the expectations of the door manufacturing 

industry, the preparations for the 10th ForMóbile, 

and the most used wood species for the construction 

of musical instruments, among other topics of interest to 

the Sector. Pleasant reading! 

08 

SUSTAINABLE INDUSTRY 

referenciaindustrial.com.br MAIO 2024 

Colunista / Columnist 

Paulo Pupo 

Depto. de Criação / Graphic Design 

Fabiana Tokarski / Supervisão 

Karla Shimene 

Julia Harumi 

criacao@revistareferencia.com.br 

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal 

comercial@revistareferencia.com.br 

fone: +55 (41) 3333-1023 

ASSINATURAS 

0800 600 2038 

Periodicidade Advertising 

GARANTIDA GARANTEED 

Tradução / Translation - John Wood Moore 

Depto. de Assinaturas / Subscription 

Jhonathan Santana 

assinatura@revistareferencia.com.br 

0800 600 2038 

Veículo filiado a: 

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e 

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos 

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao 

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por 

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de 

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco 

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE- 

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, 

exceto para fins didáticos. 

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and 

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students, 

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based 

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material, 

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The 

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs 

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without 

the written authorization of the holders of the authorial rights.

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PRODUCT SECTOR 

Entrevista André Arthur Moreira, primeiro presidente da ABWF, aborda o mercado do wood frame 

CARTAS 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

EXPORTAÇÃO SEGURA 

EMPRESA DE DESPACHO ADUANEIRO 

COMEMORA 25 ANOS DE PRESTAÇÃO DE 

SERVIÇOS PARA O SETOR DA MADEIRA 

CARTAS 

CAPA DA EDIÇÃO 261 DA 

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE ABRIL DE 2024 

PRINCIPAL 

www.referenciaindustrial.com.br 

Ano XXVI • Nº261 • Abril 2024 

SECURE EXPORTS 

CUSTOMS BROKER CELEBRATES 25 

YEARS OF SERVICE TO THE FOREST 

MARCENARIA 

Por Célia Fernandes – 

Blumenau (SC) 

Por Salete Gonçalves – 

Vitória (ES) 

Parabéns pela reportagem sobre o trabalho de 

despacho aduaneiro. Sem isso a exportação de 

produtos seria muito mais complicada. 

Adorei ver a matéria 

sobre os brinquedos de 

madeira. Quem nunca 

teve um? Me trouxe 

ótimas lembranças. 

Foto: divulgação 




ENTREVISTA 

Por Gilson Cardoso – 

Farroupilha (RS) 

ARTIGO 

Já morei nos EUA (Estados 

Unidos da América) e lá 

é muito comum as casas 

de wood frame. Ter uma 

instituição como a ABWF 

é muito importante para 

desenvolver o sistema no 

Brasil. 

Por André Marcondes – 

Luziânia (GO) 

As pesquisas nas universidades, como a 

publicada sobre o pó residual de MDF, 

são muito importantes para melhorar os 

negócios. 

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os 

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo. 

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é 

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL. 

10 referenciaindustrial.com.br MAIO 2024 

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga: 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

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Referência Madeira Industrial 

@referenciamadeira 

@revistareferencia9702

BASTIDORES 

BASTIDORES 

CAPA 

O COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, GERSON PENKAL, ESTEVE 

VISITANDO A EMPRESA VISCOH ALTA PERFOMANCE EM BRAÇO DO NORTE 

(SC), DO GERENTE COMERCIAL DUTTI MELLO E DA DIRETORA HELENA BEZA. 

NA OPORTUNIDADE, CONVERSARAM SOBRE A EDIÇÃO DE AGOSTO/24, 

ONDE A VISCOH SERÁ A CAPA DO MÊS. 


VISITA 

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, 

FÁBIO MACHADO, ESTEVE NA CIDADE DE LIMEIRA (SP) 

VISITANDO OS PARCEIROS COMERCIAIS DA ROTTENG, 

DOS DIRETORES RAFAEL MULLER E ARLINDO MULLER. 


ALTA 

SILVICULTURA 

RESPONSÁVEL 

A CCJC (Comissão de Constituição 

e Justiça e de Cidadania) 

da Câmara dos Deputados aprovou 

a retirada da atividade de 

silvicultura do rol das atividades 

potencialmente poluidoras e 

utilizadoras de recursos naturais, 

prevista na Lei da Política Nacional 

do Meio Ambiente. Com 

a aprovação do PL 1.366/22, o 

segmento fica isento do pagamento 

da TCFA (Taxa Controle 

e Fiscalização Ambiental) e também 

se beneficia da redução das 

exigências burocráticas para a 

implantação de novos projetos 

de florestas plantadas e demais 

atividades operacionais associadas. 

BAIXA 

PREJUÍZOS COM A 

ILEGALIDADE 

Contrabando, pirataria, roubo, 

concorrência desleal por fraude 

fiscal, sonegação de impostos 

e furto de serviços públicos 

são algumas das ações ilegais 

que provocaram um prejuízo 

econômico de R$ 453,5 bilhões 

ao país em 2022. A cifra consta 

na nota técnica: Brasil Ilegal em 

Números; levantamento produzido 

pela CNI (Confederação 

Nacional da Indústria), Firjan (Federação 

das Indústrias do Rio de 

Janeiro) e Fiesp (Federação das 

Indústrias de São Paulo). A maior 

parte, R$ 136 bilhões, refere-se 

aos prejuízos com os impostos 

que deixaram de ser arrecadados 

pelo governo. 

12 referenciaindustrial.com.br MAIO 2024

NOTAS 

PODCAST 

REFERÊNCIA 

O mais novo produto da Revista REFERÊNCIA é o Podcast REFERÊNCIA. Esse novo programa tem como objetivo apresentar 

os cases de sucesso e personagens do setor de base florestal, que são referência no segmento. Para além dos empresários, 

diretores, gestores e líderes de suas empresas, o Podcast REFERÊNCIA vai apresentar as histórias dos empresários 

e das pessoas, que fizeram suas carreiras se desenvolveram. Neste mês tivemos dois episódios gravados, o primeiro deles 

com Enrique Rodriguez. Enrique é chileno, natural de Santiago, tem 56 anos e é formado em desenho industrial pela Pontifícia 

Universidade Católica do Chile e fundador da UP (Universidade do Papel), inciativa que surgiu como projeto social e com 

caráter profissionalizante na periferia de São Paulo (SP), em 2015. 

Enrique relatou em sua participação no podcast que já trabalhava com o papel, através da arquitetura do papel, técnica 

desenvolvida por ele há 14 anos, mas que depois de um grande susto decidiu que esse ofício não deveria ser apenas dele, 

mas sim um legado pessoal e uma oportunidade para mais pessoas. “Sofri um infarto enquanto escalava uma montanha no 

Himalaia e durante a recuperação tive um insight sobre minha atuação e como poderia estender minha atividade para além 

de mim e assim surgiu a Universidade do Papel, que ajudou muitas pessoas a mudarem suas histórias”, relata Enrique. Nesses 

quase 10 anos de existência, a UP alcançou mais de 45 milhões de pessoas através de redes sociais e 45 mil pessoas em 

mostras e exposições presenciais. 

O segundo programa contou com a participação 

de Paulo Bonet. Presidente da Bonet Madeiras 

e Papéis, o empresário curitibano de 61 anos 

acredita que a vida foi sua maior escola e através 

de suas experiências pode guiar a empresa depois 

de um momento de grande dificuldade. 

Hoje a Bonet é a primeira empresa brasileira a 

verticalizar a fabricação de copos de papel e tem 

no BLD (Bonet Low Density) um produto exclusivo 

e reconhecido pela indústria de portas. 

Paulo relatou que quando chegou à Bonet os 

planos do conselho administrativo eram de finalizar 

as atividades da empresa que foi fundada em 

1938, mas que através de uma última tentativa de 

continuar ativa brotou a semente que a mantém 

essa história sem um ponto final. “Conversei com 

meu pai, que liderava o conselho, e ele me deu 

uma oportunidade de tentar continuar e dar mais 

uma chance para a Bonet. Hoje, 20 anos depois 

estamos aqui, criando produtos e elevando padrões 

de qualidade e sustentabilidade continuamente 

em nossas atividades”, relatou Paulo. 

Os episódios do Podcast 

REFERÊNCIA estão disponíveis no 

nosso canal do youtube, que você 

pode acessar através do QR Code: 

Fotos: REFERÊNCIA 


A dupla de 

Alta Performance! 

As Linhas de serra fita estreita Expert 

e serra fita larga Lion, são produzidas 

em aço-liga de alta qualidade, 

com tratamento térmico especial e 

emenda fusão que garantem um 

alto desempenho no corte. 

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS

NOTAS 

FIMMA BRASIL 

2025 

A próxima Fimma Brasil (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira 

e Móveis), uma das maiores do setor moveleiro, já tem data marcada: será realizada entre os 

dias 4 e 7 de agosto de 2025. A feira, que tradicionalmente ocorre no Parque de Eventos Bento 

Gonçalves (RS), reúne os diversos produtores de móveis e expositores de máquinas do país e 

do mundo, com o objetivo de fomentar a indústria, incentivar a inovação e promover debates 

e parcerias entre os fornecedores da cadeia moveleira, onde, nesta edição, espera cerca 

de 250 marcas expositoras. A comercialização de espaços já teve início. Esta edição também 

contará com a primeira vez em dois anos que as feiras Fimma Brasil e Movelsul vão acontecer 

separadamente. A Movelsul, voltada para a área de varejo e lojistas, com exposição de mobiliário, 

estofados, colchões e decoração, está marcada para ocorrer entre os dias 17 e 20 de 

fevereiro de 2025. 

Fotos: Augusto Tomasi 


NOTAS 

Fotos: Gisele Barão/SEAB 

PARANÁ 

INCENTIVA CONSTRUÇÕES 

Uma parceria entre a Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná) e a Águia 

Florestal Indústria de Madeira Ltda, de Ponta Grossa (PR), vai possibilitar o investimento em tecnologia 

construtiva utilizando material oriundo de florestas plantadas. Um termo de intenção foi 

assinado pelo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e pelo 

diretor da Águia Florestal, Álvaro Scheffer, durante a ExpoLondrina, realizada no último mês de 

abril. Uma casa-modelo do projeto foi montada no parque de exposições. Por meio do termo, 

a Seab solicita à Águia que estruture um modelo de casa rural utilizando madeira engenheirada 

(POC - Prova de Conceito). A iniciativa prevê o manejo sustentável das florestas públicas plantadas 

como um ativo para construção de casas rurais. Ortigara destacou que a iniciativa busca 

atender especialmente a população rural em situação de vulnerabilidade. “Estamos construindo 

essa parceria, em que o estado cede suas florestas, e a indústria entrega casas prontas, para 

atender a população pobre no campo, em especial dos municípios com baixo IDH”, explicou. 

O projeto será apresentado e lançado oficialmente na Expoingá, que será realizada de 9 a 19 de 

maio de 2024, em Maringá (PR). O material desenvolvido pela Águia é denominado CLT (Cross 

Laminated Timber). São lamelas de madeira coladas em camadas cruzadas, que oferecem resistência, 

estabilidade e eficiência acústica e térmica. A construção com madeira de reflorestamento 

ajuda a reduzir a emissão de carbono. 


CUPIM SUBTERRÂNEO 

NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

AVALIAÇÃO 10 

CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente 

estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo 

resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo 

assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso). 

• Líder no tratamento inseticida de painéis de 

madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros) 

por adição à cola e tratamento superficial; 

• Indicadores: EC 257-842-9 / 

CAS 52315-07-08 / EPA 70506-10; 

• Compatível com resinas de última geração; 

• Formulado líquido de emulsão concentrada a 

base d’água, não contendo Hidrocarbonetos 

aromáticos; 

• Fácil diluição em água, para tratamentos por 

imersão de madeiras serradas. 

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APLICAÇÃO 

CADEIRAS 

EM DEBATE 

Foto: Aristeu Pires 

O instituto SENAI de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, localizado 

em São Bento do Sul (SC), promoveu um workshop online 

focado no mercado internacional de cadeiras residenciais. 

Temas como a importância dos testes de durabilidade, segurança 

e como impactam na qualidade final do produto foram 

temas abordados, assim como as principais normas que regulamentam 

o mercado de cadeiras, como a ISO 7173 e como a 

conformidade com as normas facilita a exportação. “São temas 

relevantes para a indústria. Esses atributos são fundamentais 

para se diferenciar em um mercado competitivo como o internacional. 

Investir em ensaios em móveis não apenas assegura a 

qualidade dos produtos, como também confere credibilidade 

aos olhos dos consumidores, tanto nacionais quanto estrangeiros”, 

explica a coordenadora do instituto, Sandra Furst. 

Foto: Aristeu Pires 

PRODUTO 

DE EXPORTAÇÃO 

Vinculado ao sistema Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa 

Catarina), a credibilidade dos testes realizados pelo instituto SENAI de Tecnologia 

em Madeira e Mobiliário, foi destacada no encerramento da formação 

executiva PRIORI Renove Madeira e Móveis, realizada pela Academia 

Fiesc de Negócios, em Florianópolis (SC), com participação do designer 

Aristeu Pires, premiado internacionalmente. “Testes simulam diversos pesos 

usando a cadeira. São 200 mil repetições, seguindo ISO reconhecida na Europa 

para uso não supervisionado do produto. A qualidade é a mesma para 

todos os produtos, seja para exportação ou para abastecer o mercado interno”, 

explicou o designer que envia protótipos para serem testados no local. 

O designer é reconhecido internacionalmente pelos suas linhas de cadeira. 

Foto: divulgação Foto: Aristeu Pires 


Excelência em cada detalhe 

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FRASES 

“NA CAMPANHA, A PROMESSA ERA DE ISENTAR QUEM GANHA 

ATÉ R$ 5 MIL, AGORA VIMOS UMA ISENÇÃO PÍFIA DE 6,9%. SEM 

FALAR QUE TODA A CLASSE MÉDIA VAI TER AUMENTO DA CARGA 

TRIBUTÁRIA. ALÉM DAS FAKE NEWS, TEMOS QUE TER CUIDADO COM 

AS FAKE PROMESSAS” 

SENADOR ORIOVISTO GUIMARÃES (PODEMOS), EM REUNIÃO DA 

CAE (COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS) SOBRE O VALOR 

DA ISENÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA 

“PRECISAMOS 

OTIMIZAR OS 

MODAIS DE 

ESCOAMENTO DA 

NOSSA PRODUÇÃO 

QUE É ROBUSTA. OS 

NÚMEROS REVELAM 

CRESCIMENTO DA 

PRODUÇÃO, PORÉM, A 

INFRAESTRUTURA NÃO 

TEM ACOMPANHADO 

NOSSO CRESCIMENTO 

INDUSTRIAL, GERANDO 

GARGALOS PREOCUPANTES 

E QUE INFLUENCIAM NA 

SUSTENTABILIDADE DE NOSSOS 

NEGÓCIOS” 

PAULO PUPO, 

SUPERINTENDENTE 

DA ABIMCI 

(ASSOCIAÇÃO 

BRASILEIRA 

DA INDÚSTRIA 

DE MADEIRA 

PROCESSADA 

MECANICAMENTE) 

EM REUNIÃO 

QUE DISCUTIU 

SOLUÇÕES PARA 

EXPORTAÇÃO 

“ESTAMOS FAZENDO UM ESFORÇO PARA QUE 

A MADEIRA ENGENHEIRADA SEJA AMPLAMENTE 

UTILIZADA NO PARANÁ, QUE JÁ É UM GRANDE 

PRODUTOR DE MADEIRA, INCLUSIVE COM EMPRESAS 

INSTALADAS E QUE PRODUZEM PARA O MERCADO 

NACIONAL E INTERNACIONAL” 


RICARDO BARROS - SECRETÁRIO ESTADUAL DA INDÚSTRIA, 

COMÉRCIO E SERVIÇOS DO PARANÁ 

“A INDÚSTRIA COMEÇOU 2024 

COM O MERCADO DE TRABALHO 

AQUECIDO E AS PESQUISAS 

MOSTRAM QUE ESSA TENDÊNCIA 

CONTINUA. ENTRETANTO, APESAR 

DAS ALTAS NA PRODUÇÃO E NO 

EMPREGO, A DEMANDA INTERNA 

AINDA É UM PROBLEMA PARA OS 

EMPRESÁRIOS INDUSTRIAIS” 

MARCELO AZEVEDO, GERENTE 

DE ANÁLISE ECONÔMICA DA CNI 

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA 

INDÚSTRIA) 


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ENTREVISTA 

REFORMA 

TRIBUTÁRIA 

TAX REFORM 

C 

om experiência no dia a dia da empresa da família o 

empresário paranaense Guilherme Hakme, atual coordenador 

do Conselho Temático de Assuntos Tributários 

da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), 

conhece de perto o peso da carga tributária para o setor 

produtivo. Em entrevista para a Revista REFERÊNCIA MADEIRA 

INDUSTRIAL, Guilherme abordou os principais problemas e as expectativas 

do setor com a reforma tributária aprovada em 2023, que 

terá ainda um período de transição e leis regulamentares. Hakme 

lembrou que além da elevada carga tributária, o setor produtivo ainda 

precisa arcar com altos custos com a contratação de advogados, 

contadores, auditores, para minimizar os riscos de autuações fiscais 

e/ou pagamento indevido de tributos. Destaca, também, a importância 

da reforma para diminuir a complexidade da legislação tributária, 

a quantidade de tributos e a chamada cumulatividade tributária. 

ENTREVISTA 

Paraná businessman Guilherme Hakme, the current Coordinator 

of the Fiscal Council of the Federation of Industries of Paraná 

(Fiep), is very familiar with the tax burden on the Productive 

Sector, thanks to his experience in the daily management 

of his family’s business. In an interview with REFERÊNCIA 

Industrial, Hakme discusses the main problems and expectations of the 

Sector with the tax reform approved in 2023, which will still have a transition 

period and regulatory laws. Hakme recalled that in addition to the 

high tax burden, the Productive Sector still has to bear the high cost of 

hiring lawyers, accountants, and auditors to minimize the risk of tax assessments 

and/or undue payment of taxes. He also stressed the importance 

of reforms to reduce the complexity of the tax code, the number of taxes, 

and the so-called cumulative nature of taxes. 

GUILHERME HAKME 

CARGO: COORDENADOR DO CONSELHO TEMÁTICO 

DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS DA FIEP (FEDERAÇÃO DAS 

INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ); PRESIDENTE DO 

SIVEPAR (SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS 

DO VESTUÁRIO DO PARANÁ) 


FUNCTION: COORDINATOR OF THE FISCAL COUNCIL OF THE FEDERATION 

OF INDUSTRIES OF PARANÁ (FIEP); PRESIDENT OF INTERMUNICIPAL UNION 

OF CLOTHING INDUSTRIES OF PARANÁ (SIVEPAR). 


ENTREVISTA 

DE FORMA RESUMIDA, COMO FOI A TRAJE- 

TÓRIA PROFISSIONAL, ATÉ CHEGAR NA COOR- 

DENAÇÃO DO CONTRIB - CONSELHO TEMÁTICO 

DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS DA FIEP? 

Comecei a trabalhar com 14 anos na indústria de 

roupas de meu pai. Passei desde a costura e lavanderia, 

até chegar ao setor administrativo da empresa. 

No setor administrativo, responsável pelo financeiro, 

contabilidade, recursos humanos e jurídico, pude 

perceber a importância de um bom planejamento 

tributário para a eficiência da empresa. Foi assim que 

comecei a estudar o assunto, discutindo diariamente 

com contadores e advogados, sempre buscando 

maior eficiência tributária para as empresas do grupo. 

Em 2023, já integrando a diretoria da Fiep, tive o 

prazer de ser convidado pelo presidente da Federação, 

Edson Vasconcelos, para ser o coordenador do 

CONTRIB. 

COMO É O TRABALHO DO CONTRIB NA 

FIEP? 

Tem como função principal a defesa de interesses 

das indústrias paranaenses no que tange aos assuntos 

tributários, seja no âmbito estadual, federal ou 

municipal. O ponto que mais tem tomado tempo é o 

trabalho tentando barrar as diversas tentativas de aumento 

de impostos por parte do governo federal. O 

ano de 2023 foi marcado pelo envio de diversas medidas 

provisórias e projetos de lei ao Congresso Nacional, 

em que se tentava a qualquer custo transferir 

ao setor produtivo a responsabilidade para se chegar 

a um déficit zero por meio de aumento de impostos. 

Tem sido muito relevante o trabalho feito em conjunto 

com deputados e senadores nesse sentido. Fomos 

bem sucedidos em algumas destas ações, em outras 

nem tanto. Temos também as reuniões ordinárias do 

CONTRIB, em que participam como conselheiros representantes 

das mais relevantes indústrias instaladas 

no Paraná. Nestas reuniões, discutimos ações a serem 

tomadas, projetos de lei, prioridades de ação, entre 

outros temas, sempre visando criar um ambiente favorável, 

no que se refere aos impostos, para o setor 

produtivo do Paraná. 

QUAL O CUSTO DOS TRIBUTOS PARA O SE- 

TOR PRODUTIVO HOJE? 

O setor industrial tem uma carga tributária que 

passa de 40%, muito superior aos demais segmentos 

econômicos como serviços, comércio e o setor agro. 

Porém, não é só a alta carga tributária que impacta 

diretamente no setor produtivo, é toda a complexidade 

decorrente da legislação tributária e a insegurança 

jurídica ocasionada por esta complexidade, bem 

como pelo próprio poder judiciário. Então, além de 

WHAT WAS YOUR PROFESSIONAL CA- 

REER LIKE UNTIL YOU BECAME THE COOR- 

DINATOR OF FIEP’S FISCAL COUNCIL (CON- 

TRIB)? 

I started working in my father’s garment 

business at the age of 14. I worked my way up 

from sewing and laundry to the Company’s Administrative 

Department. In the administration 

department, which is responsible for finance, 

accounting, human resources, and legal affairs, I 

realized the importance of good tax planning for 

the Company’s efficiency. So, I began to study the 

subject, discussing it daily with accountants and 

lawyers, always seeking greater tax efficiency for 

the Group’s companies. In 2023, as a member of 

the Fiep Board of Directors, I had the pleasure of 

being invited by Edson Vasconcelos, the President 

of the Federation, to be the Coordinator of 

Contrib. 

HOW DOES CONTRIB WORK WITHIN 

FIEP? 

Its main function is to defend the interests of 

Paraná’s industries in fiscal matters, whether at 

the State, Federal, or Municipal level. The issue 

that has taken up the most time is trying to stop 

the Federal Government’s various attempts to 

increase taxes. The year 2023 was marked by the 

sending of various provisional measures and bills 

to Congress, in which attempts were made at all 

costs to transfer the responsibility for achieving a 

zero deficit to the Productive Sector by increasing 

taxes. The work we have done with Deputies and 

Senators in this regard has been very important. 

We have been successful in some of these actions 

and less so in others. We also have the ordinary 

Contrib meetings, which are attended by representatives 

of the most important companies in Paraná. 

In these meetings, we discuss, among other 

things, actions to be taken, bills, and priorities for 

action, always with the objective of creating a favorable 

tax environment for the Productive Sector 

in Paraná. 

WHAT IS THE COST OF TAXES TO THE 

PRODUCTIVE SECTOR TODAY? 

The Productive Sector has a tax burden of 

over 40%, much higher than other sectors of the 

economy, such as services, commerce, and agriculture. 

However, it is not just the high tax burden 

that has a direct impact on the Productive Sector. 

It is the complexity of the tax code and the legal 

uncertainty it creates, as well as the judiciary itself. 

Thus, in addition to having to bear a high tax burden, 

the Productive Sector still has to bear high 


ENTREVISTA 

ter que arcar com uma elevada carga tributária, o 

setor produtivo ainda precisa arcar com altos custos 

de conformidade, com a contratação de advogados, 

contadores, auditores, para minimizar os riscos de autuações 

fiscais e/ou pagamento indevido de tributos. 

A REFORMA TRIBUTÁRIA APROVADA EM 

2023 PODE CONTRIBUIR PARA REDUÇÃO DO 

CHAMADO CUSTO BRASIL? 

Sim, o principal mote da reforma é justamente 

diminuir a complexidade da legislação tributária, a 

quantidade de tributos e a chamada cumulatividade 

tributária, ou seja, a incidência em cascata de diversos 

tributos ao longo de toda a cadeia produtiva 

até o consumidor final, o que encarece os bens e 

serviços e impacta no chamado Custo Brasil. A partir 

do momento em que a legislação seja mais simples 

e permita uma maior compreensão pelos agentes 

econômicos, sejam internos ou externos, isso poderá 

implicar no aumento de investimentos e a redução 

desse custo. 

ACREDITA QUE A REFORMA TRIBUTÁRIA PO- 

DERÁ IMPULSIONAR O SETOR PRODUTIVO? 

Acreditamos e esperamos que sim, desde que a 

legislação infraconstitucional, ainda a ser aprovada 

pelo Congresso Nacional, caminhe na direção dos 

princípios aprovados pela EC 132/2023. É fundamental 

que o Congresso Nacional entenda a importância 

dessa regulamentação e que não há mais espaço 

para concessões e reduções não previstas no texto 

constitucional, pois só assim as empresas terão 

confiança no sistema aprovado e passarão a realizar 

novos investimentos, alavancando o setor produtivo 

brasileiro. 

COM RELAÇÃO A INDÚSTRIA DA MADEIRA, 

QUAIS ASPECTOS DA REFORMA TRIBUTÁRIA 

PODEM CONTRIBUIR PARA IMPULSIONAR O 

SETOR? 

O principal ponto da reforma tributária para a 

indústria da madeira é a garantia da não cumulatividade 

tributária e da devolução dos créditos em 

decorrência das operações de exportação. Hoje, o 

setor convive com o acúmulo de créditos que, em 

razão de boa parte das operações serem destinadas 

compliance costs, hiring lawyers, accountants, 

and auditors to minimize the risk of tax assessments 

and/or undue payment of taxes. 

WILL THE TAX REFORM APPROVED IN 

2023 HELP REDUCE THE SO-CALLED CUSTO 

BRASIL? 

Yes, the main thrust of the reform is precisely 

to reduce the complexity of the tax code, the 

number of taxes, and so-called tax cumulativeness, 

i.e., the cascading of various taxes throughout 

the production chain right up to the end 

consumer. This leads to goods and services being 

more expensive and impacts the so-called Custo 

Brasil. If the tax code becomes simpler and more 

understandable to economic agents, whether internal 

or external, this could lead to an increase in 

investment and a reduction in these costs. 

DO YOU THINK FURTHER TAX REFORM 

COULD STIMULATE THE PRODUCTIVE SEC- 

TOR? 

We believe and hope that this will be the 

case as long as the infra-constitutional legislation, 

to be approved by the National Congress, 

moves in the direction of the principles approved 

by EC 132/2023. It is essential that the National 

Congress understands the importance of this regulation 

and that there is no more room for concessions 

and reductions not provided for in the 

constitutional text. Only then will companies have 

confidence in the approved system and begin to 

make new investments, taking advantage of the 

Brazilian Productive Sector. 

WHAT ASPECTS OF TAX REFORM COULD 

HELP BOOST THE FOREST PRODUCT SEC- 

TOR? 

The main point of the tax reform for the Forest 

Product Sector is the guarantee of non-cumulative 

taxation and the return of credits from 

export operations. At present, the Sector lives 

with the accumulation of credits, which, since a 

large part of the operations are destined for export 

and, therefore, are not subject to taxes, and 

taxes already paid should be refunded due to 

O PRINCIPAL PONTO DA REFORMA TRIBUTÁRIA PARA A 

INDÚSTRIA DA MADEIRA É A GARANTIA DA NÃO- 

CUMULATIVIDADE TRIBUTÁRIA E DA DEVOLUÇÃO DOS CRÉDITOS EM 

DECORRÊNCIA DAS OPERAÇÕES DE EXPORTAÇÃO 


ENTREVISTA 

à exportação e, portanto, não sofrerem a incidência 

de tributos, deveriam ser ressarcidos em razão dos 

custos operacionais do setor. Porém, esses créditos, 

especialmente os de ICMS (Imposto Sobre Circulação 

de Mercadorias e Prestação de Serviços), não são 

devolvidos e ficam acumulando ano após ano no balanço 

das empresas. A reforma tributária estabelece a 

devolução expressa dos créditos acumulados dos exportadores, 

o que será fundamental para as empresas 

do setor da madeira. 

QUAL A IMPORTÂNCIA DA REFORMA TRI- 

BUTÁRIA NESSE MOMENTO QUE SE FALA EM 

REINDUSTRIALIZAÇÃO DO PAÍS? 

Como dito anteriormente, a carga tributária da 

indústria é a mais alta entre os setores econômicos 

do nosso país, o que gera principalmente uma concorrência 

desleal, que diversos setores industriais 

enfrentam com outros países, especialmente a China. 

Se houver uma redução da carga tributária para o setor 

industrial – o que esperamos que aconteça –, evitando 

ainda a cumulatividade de tributos e tornando 

o nosso sistema tributário mais próximo dos países 

desenvolvidos, a reforma tributária pode representar 

um primeiro passo para a reindustrialização do Brasil. 

Assim, permitirá uma melhor compreensão pelos investidores 

estrangeiros, atraindo mais investimentos 

para o país. 

A REFORMA TRIBUTÁRIA CORRIGE DISTOR- 

ÇÕES DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL? 

Sim, principalmente em duas frentes. Uma das 

distorções com que ela visa acabar é a guerra fiscal, 

que faz com que empresas do mesmo setor tenham 

cargas tributárias distintas em razão da sua localização. 

Além disso, adotará a chamada não cumulatividade 

plena, ou seja, acabará com a incidência de 

diferentes tributos sobre bens e serviços ao longo da 

cadeia, os quais não permitem atualmente a compensação 

entre si e acabam encarecendo os produtos e 

os serviços para o consumidor final. 

QUAIS OS PRINCIPAIS PONTOS POSITIVOS 

DA REFORMA TRIBUTÁRIA? 

Em linhas gerais, o fim da guerra fiscal entre Estados 

e até entre empresas em um mesmo Estado, o 

fim da cumulatividade, dos incentivos fiscais desenfreados 

e sem critérios mínimos, a redução da quantidade 

de tributos e a simplificação do sistema. 

QUAIS OS PONTOS NEGATIVOS QUE VÊ NA 

PROPOSTA APROVADA? 

A ausência de um comando específico que determine 

a redução da carga tributária, posto que foi 

mantido o nível atual de arrecadação para os próxithe 

Sector’s operating costs. Thus, these credits, 

especially those related to the Tax on the Circulation 

of Goods and Services (ICMS) credits, are 

not refunded and accumulate year after year on 

the companies’ balance sheets. The tax reform 

establishes the explicit return of accumulated 

credits to exporters, which will be fundamental for 

companies in the Forest Product Sector. 

HOW IMPORTANT IS TAX REFORM AT A 

TIME WHEN WE ARE TALKING ABOUT REIN- 

DUSTRIALIZING THE COUNTRY? 

As mentioned above, the tax burden on industry 

is the highest among our Country’s economic 

sectors, which is the main cause of the unfair 

competition that various industrial sectors face 

from other countries, especially China. If there 

is a reduction in the tax burden for the Industrial 

Sector - which we hope will happen - while also 

avoiding the cumulative nature of taxes and bringing 

our tax system closer to that of developed 

countries, tax reform could represent a first step 

toward Brazil’s reindustrialization. As a result, it 

will be better understood by foreign investors and 

attract more investment to the Country. 

DOES THE TAX REFORM CORRECT DIS- 

TORTIONS IN THE NATIONAL TAX SYSTEM? 

Yes, mainly on two fronts. One of the distortions 

that it will put an end to is the tax war that 

causes companies in the same sector to have 

different tax burdens depending on where they 

are located. In addition, it will introduce what is 

known as full non-cumulation, i.e., it will put an 

end to the levying of different taxes on goods and 

services along the chain, which currently do not 

allow for compensation between them and end 

up making products and services more expensive 

for the end consumer. 

WHAT ARE THE MAIN POSITIVE ASPECTS 

OF THE TAX REFORM? 

In general terms, this would mean ending 

the tax wars between States and even between 

companies in the same state, ending cumulative 

taxation, unbridled tax incentives without minimum 

criteria, reducing the number of taxes, and 

simplifying the system. 

WHAT ARE THE NEGATIVE ASPECTS OF 

THE APPROVED PROPOSAL? 

There is no specific command to reduce the 

tax burden since the current level of tax collection 

will be maintained for the coming years. Another 

issue is the lack of a more in-depth debate on the 


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ENTREVISTA 

mos anos. Outra questão é a ausência de um debate 

mais aprofundado sobre a necessidade de redução 

do custo do Estado, que poderia ter acompanhado 

o debate sobre a reforma e permitir uma redução 

da carga tributária. Além disso, algumas concessões 

de incentivos fiscais ou regimes diferenciados para 

determinados setores impactarão na necessidade de 

aumento da alíquota básica geral para compensar 

algumas dessas concessões específicas. Há também 

um risco de o Imposto Seletivo acabar prejudicando 

setores importantes, como o de extração mineral e 

acabar onerando exportação. 

HAVERÁ LEIS COMPLEMENTARES PARA RE- 

GULAMENTAR A PROPOSTA. QUAL A EXPECTA- 

TIVA COM ESSA REGULAMENTAÇÃO? 

A expectativa principal é que as leis complementares 

não percam a natureza da proposta, ou seja, 

que atendam aos princípios de simplicidade do novo 

sistema tributário, de manutenção (e não de aumento) 

da carga tributária, que não sejam criadas brechas 

para a concessão de novos incentivos para determinados 

setores e que o período de transição com a 

convivência simultânea dos dois sistemas (antigo e 

novo) seja a mais suave possível para as empresas. 

É POSSÍVEL ESTIMAR UM GANHO POTEN- 

CIAL PARA AS INDÚSTRIAS COM A REFORMA 

TRIBUTÁRIA? 

Previsões são muito difíceis, especialmente pela 

quantidade de fatores que impactam a atividade 

econômica, além da carga tributária. De toda forma, 

esperamos que os ganhos sejam exponenciais, dado 

que a quantidade de horas (e consequentemente o 

custo) do setor produtivo hoje para simplesmente se 

adequar à legislação tributária é enorme. Ainda, há 

uma notável insegurança jurídica que, dentre outros 

fatores, decorre primordialmente da própria legislação 

tributária. Estas mudanças tendem, sem dúvidas, 

a alavancar o setor industrial e, se vierem acompanhadas 

de outras medidas primordiais que deveriam 

ser tomadas pelo Estado brasileiro, como redução 

de gastos públicos e o controle fiscal, resultarão em 

ganhos consideráveis para todo o setor produtivo 

brasileiro. Infelizmente, o principal, que seria redução 

de carga tributária, ficou para trás. 

need to reduce government costs, which could 

have accompanied the debate on the reform and 

allowed for a reduction in the tax burden. In addition, 

some concessions of tax incentives or differentiated 

regimes for certain sectors will affect the 

need to increase the general basic rate to compensate 

for some of these specific concessions. 

There is also a risk that the Selective Tax will end 

up harming important sectors, such as mineral extraction, 

and end up burdening exports. 

THERE WILL BE COMPLEMENTARY LAWS 

TO REGULATE THE PROPOSAL. WHAT DO 

YOU EXPECT FROM THESE LAWS? 

The main expectation is that the complementary 

laws do not lose the nature of the proposal, 

i.e., that they comply with the principles of simplicity 

of the new tax system, maintaining (and not 

increasing) the tax burden, not creating loopholes 

granting new incentives to certain sectors and 

that the transition period with the simultaneous 

coexistence of the two systems (old and new) is as 

smooth as possible for companies. 

IS IT POSSIBLE TO ESTIMATE A POTEN- 

TIAL WINDFALL FOR INDUSTRIES FROM THE 

TAX REFORM? 

Predictions are very difficult, especially given 

the number of factors that affect economic activity, 

in addition to the tax burden. In any case, 

we expect the benefits to be exponential, as the 

number of hours (and consequently the cost) that 

the Productive Sector spends today to adapt to 

tax legislation is enormous. In addition, there is 

considerable legal uncertainty stemming from, 

among other things, the tax legislation itself. These 

changes will undoubtedly boost the Industrial 

Sector. Suppose they are accompanied by other 

essential measures that the Brazilian state should 

take, such as reducing public spending and fiscal 

control. In that case, they will result in significant 

gains for the entire Brazilian Productive Sector. 

Unfortunately, the most important thing, which 

would be to reduce the tax burden, has been left 

out. 

UM PONTO NEGATIVO DA REFORMA É A AUSÊNCIA DE UM 

COMANDO ESPECÍFICO QUE DETERMINE A REDUÇÃO DA CARGA 

TRIBUTÁRIA, POSTO QUE FOI MANTIDO O NÍVEL ATUAL DE ARRECADAÇÃO 

PARA OS PRÓXIMOS ANOS 


PRINCIPAL 

A FORÇA 

DO SETOR FLORESTAL 

CIPEM COMEMORA 20 ANOS 

COM AVANÇOS PARA TODA 

CADEIA PRODUTIVA DA MADEIRA 

NATIVA EM MATO GROSSO 

Fotos: divulgação 


THE STRENGTH OF THE 

FOREST-BASED SECTOR 

CIPEM CELEBRATES 20 YEARS WITH 

ADVANCES IN THE ENTIRE NATIVE TIMBER 

PRODUCTION CHAIN IN THE STATE OF 

MATO GROSSO 

MAIO 2024 35

PRINCIPAL 

E 

m Mato Grosso o setor de base florestal 

ocupa diretamente 12.712 trabalhadores. A 

abertura de novas vagas de emprego com 

carteira assinada em toda cadeia produtiva 

da madeira nativa aumentou 102% no primeiro 

bimestre de 2024, comparado com o período 

pré-pandêmico, resultando em 285 novos postos de 

trabalho gerados somente nos dois primeiros meses 

deste ano. Com o atual estoque de empregos, o setor é 

responsável por 9,8% dos 128.917 vínculos empregatícios 

mantidos pela indústria de transformação no Estado, 

segundo dados estatísticos do Caged (Cadastro Geral 

de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério 

do Trabalho e Emprego). Este é apenas um indicativo da 

força da indústria de base florestal que tem no Cipem 

(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de 

Madeira do Estado de Mato Grosso) uma voz de defesa 

e conquista de avanços. 

DUAS DÉCADAS DE TRABALHO 

O Cipem comemora 20 anos de fundação neste ano 

de 2024 representando hoje 523 empreendimentos associados 

entre indústrias madeireiras e comércio. Fundado 

em 2 de julho de 2004, o Cipem reúne todos os sindicatos 

patronais madeireiros do Estado. Compõem o Centro 

Sindical 8 sindicatos, abrangendo 100% dos municípios 

produtores de madeira nativa no Mato Grosso. São eles: 

Simno (Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras 

do Noroeste do Mato Grosso), Sindiflora (Sindicato 

Intermunicipal das Indústrias de Base Florestal do Mato 

Grosso), Sindinorte (Sindicato das Indústrias Madeireiras 

do Médio Norte do Mato Grosso), Simas (Sindicato dos 

Madeireiros de Sorriso), Simava (Sindicato Intermunicipal 

das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos), Sindusmad 

(Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato 

I 

n Mato Grosso, the Forest-based Sector directly 

employs 12,712 workers. The number of new formal 

jobs in the entire domestic wood production 

chain increased by 102% in the first two months 

of 2024 compared to the pre-pandemic period, 

resulting in 285 new jobs created in the first two months 

of this year alone. With the current stock of jobs, the 

Sector is responsible for 9.8% of the 128,917 manufacturing 

jobs in the State, according to statistics from the 

General Register of Employed and Unemployed (Caged) 

of the Ministry of Labor and Employment (MTE). This is 

a testament to the unparalleled strength and potential 

of the Forest-based Sector, which has the Center of 

State of Mato Grosso Wood Producing and Exporting 

Companies (Cipem) as its voice to defend and achieve 

progress. 

TWO DECADES OF WORK 

Cipem celebrates its 20th anniversary in 2024 and represents 

523 forest-based companies. Founded on July 

2, 2004, Cipem brings together all the timber employers’ 

unions in the State. Eight industrial unions form the union 

center, covering 100% of the municipalities producing 

native wood in Mato Grosso. They are The Union of 

Timber and Furniture Companies of Northwest Mato 

Grosso (Simno), the Intermunicipal Union of Forest-Based 

Companies of Mato Grosso (Sindiflora), the Union of 

Timber Companies of the Middle-North of Mato Grosso 

(Sindinorte), the Union of Timber Companies of Sorriso 

(Simas), the Intermunicipal Union of Timber Companies 

of the Arinos Valley (Simava), the Union of Timber Companies 

of the North of Mato Grosso (Sindusmad), the 

Union of Veneer and Plywood Companies of the State 

of Mato Grosso (Sindilam) and the Union of Forestry 

Companies of the Far North of Mato Grosso (Simenorte). 


CADA PRESIDENTE VEM 

INCENTIVANDO A 

PRODUTIVIDADE, O CONSUMO 

CONSCIENTE DA MADEIRA E SEUS 

SUBPRODUTOS, COM A MISSÃO DE 

AGREGAR AINDA MAIS EMPRESAS 

COMPROMETIDAS COM A 

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E 

SOCIAL 

EDNEI BLASIUS, PRESIDENTE DO CIPEM 

Grosso), Sindilam (Sindicato das Indústrias de Laminados 

e Compensados do Estado do Mato Grosso) e Simenorte 

(Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte do Mato 

Grosso). 

Ao longo desses 20 anos, as gestões à frente do 

Cipem tiveram muito trabalho que resultaram em importantes 

conquistas e que garantem hoje a presença 

do produto florestal mato-grossense no mercado global. 

“Tem sido um trabalho dedicado de cada presidente que 

vem incentivando a produtividade, o consumo consciente 

da madeira e seus subprodutos, com a missão de agregar 

ainda mais empresas comprometidas com a sustentabilidade 

ambiental e social”, afirma Ednei Blasius, presidente 

do Cipem. 

IMPORTANTES AVANÇOS 

Neste início de ano houve duas grandes conquistas 

para o setor: a previsão inédita de custeio do MFS (manejo 

florestal sustentável), no Plano Safra do Governo 

Federal e o lançamento da Prática Recomendada ABNT 

PR 1020 - Manejo de Floresta Tropical Nativa. 

O custeio de manejo florestal com recursos do 

Plano Safra é um caminho para Mato Grosso e o Brasil 

contribuírem com o cumprimento da agenda global de 

conservação da vegetação nativa, proteção ambiental e 

mitigação das mudanças climáticas. A linha de crédito 

ainda está em construção junto aos bancos financiadores. 

Nesse sentido, a equipe técnica do Banco do Brasil esteve 

no município de Alta Floresta e teve a oportunidade 

de conhecer o potencial e lastro da cadeia produtiva 

florestal. Na vigência do Plano Safra 2023/2024 foram 

liberados R$ 1 bilhão para produção sustentável por meio 

da Linha Renovagro. 

Over these 20 years, the different Cipem administrations 

have worked hard to achieve important results that 

today guarantee the presence of Mato Grosso’s forest 

products in the world market. “It has been the dedicated 

work of each president, who has promoted productivity, 

the conscious consumption of wood and its by-products, 

with the mission of attracting even more companies 

committed to environmental and social sustainability,” 

says Ednei Blasius, current President of Cipem. 

IMPORTANT ADVANCES 

At the beginning of this year, the Sector saw two 

major achievements: the unprecedented inclusion of 

funding for Sustainable Forest Management (SFM) under 

the Federal Government’s Safra Plan and the launch of 

the Abnt Recommended Practice PR 1020—Management 

of Native Tropical Forests. 

Financing SFM with Safra Plan funds is a way for Mato 

Grosso and Brazil to contribute to the global agenda of 

preserving native vegetation, protecting the environment, 

and mitigating climate change. The credit line is 

still under construction with the financing banks. In this 

context, the technical team of Banco do Brasil visited 

the Alta Floresta community and had the opportunity 

to learn about the potential and strength of the forest 

production chain. As part of the Safra Plan 2023/2024, R$ 

1 billion has been allocated for sustainable production 

through the Renovagro line. 

Another important advance implemented in 2024 to 

expand and strengthen trade in native wood obtained 

from Sustainable Forest Management Plans (PMFS) 

in the State includes the launch of the Abnt PR 1020 

Recommended Practice, a standard that values forest 

MAIO 2024 37

PRINCIPAL 

Outro importante avanço implementado em 2024 

para ampliar e fortalecer o comércio de madeira nativa 

obtida de PMFS (Planos de Manejo Florestal Sustentável 

no Estado) incluem o lançamento da Prática Recomendada 

ABNT PR 1020, norma que valoriza o manejo florestal. 

“Avançamos na criação das normas previstas na Prática 

Recomendada, que estabelecem as etapas necessárias 

a seguir, garantindo assim a criação de um selo de certificação 

de origem dos produtos, endossado pela ABNT 

(Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, destaca Ednei 

Blasius. Ele ressalta que esse trabalho de certificação 

será realizado em colaboração entre a Fiemt (Federação 

das Indústrias do Estado de Mato Grosso) e a ABNT. 

RASTREABILIDADE SUSTENTÁVEL 

No Estado de Mato Grosso, o setor florestal preza 

pela rastreabilidade e origem da madeira nativa, por 

isso trabalha seguindo à risca o Sisflora 2.0 (Sistemas de 

Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) 

e o Documento de Origem Florestal (DOF+ Rastreabilidade), 

respectivamente estadual e federal. Por meio 

desses sistemas o consumidor consegue acompanhar 

onde foi extraída a madeira, confirmando o meio legal 

da operação. Em 2020, o Cipem já havia conquistado a 

Resolução do Conama 497/2020, que trouxe a rastreabilidade 

dos produtos florestais. As Normas vêm consolidar 

as conquistas do Cipem e entra como complemento do 

trabalho realizado pelo Governo do Estado com o Sisflora 

2.0. A ferramenta foi implantada em 2023, enquanto a 

norma da ABNT PR 1020 estava sendo construída, e tem 

também como objetivo monitorar e controlar a comercialização 

e o transporte de produtos florestais no Estado. 

management. “We have made progress in creating 

the standards set out in the Recommended Practice, 

which establish the necessary steps to be followed, thus 

guaranteeing the creation of a seal certifying the origin 

of products, endorsed by the Abnt,” says Blasius. He 

points out that this certification work will be carried out 

in collaboration between the Federation of Industries of 

the State of Mato Grosso (Fiemt) and Abnt. 

SUSTAINABLE TRACEABILITY 

In the State of Mato Grosso, the Forestry Sector 

values traceability and the origin of native timber, which 

is why it works to the letter of the Forest Products Trading 

and Transportation System 2.0 (Sisflora) and the Forest 

Origin Document (DOF+Traceability), both at State and 

Federal levels. Through these systems, consumers can 

track where the wood was harvested, confirming the 

legality of the operation. In 2020, Cipem had already 

complied with Conama Resolution 497/2020, which introduced 

traceability for forest products. The standards 

consolidate Cipem’s achievements and complement the 

work carried out by the State Government with Sisflora 

2.0. The Resolution was implemented in 2023 while the 

Abnt PR 1020 Standard was being developed, and it also 


O CIPEM É, SEM 

DÚVIDA, UMA 

ORGANIZAÇÃO FORTE, UNIDA, 

QUE TEM RESPALDO JUNTO A 

TODOS OS ÓRGÃOS DA 

SOCIEDADE ORGANIZADA E 

SETORES AMBIENTAIS. A 

CREDIBILIDADE DESSA 

INSTITUIÇÃO TEM 

POSSIBILITADO ALCANÇARMOS 

NOSSOS OBJETIVOS 

GLEISON OMAR TAGLIARI , EMPRESÁRIO DA 

GTO MADEIRAS EM SINOP E ASSOCIADO DO 

SINDUSMAD 

TRABALHO RECONHECIDO 

Os associados reconhecem a importância do Cipem 

para fortalecer o setor. “O Cipem é, sem dúvida, uma 

organização forte, unida, que tem respaldo junto a todos 

os órgãos da sociedade organizada e setores ambientais. 

A credibilidade dessa instituição tem possibilitado alcançarmos 

nossos objetivos. O Cipem é o braço forte que 

está à frente de todas essas demandas”, destaca Gleison 

Omar Tagliari, empresário da GTO Madeiras em Sinop e 

associado do Sindusmad. 

“O setor de base florestal é muito importante para o 

meio ambiente, conservando a floresta nativa por meio 

dos planos de manejo florestal sustentável. O Cipem nos 

apoia nesse trabalho e mostra isso para a sociedade, para 

outras regiões e países”, complementa Vagnel Santana 

da Silva, proprietário da WS Serraria de Madeiras no 

município de Cotriguaçu e associado do Simno. 

Com tantas conquistas, os trabalhos não se encerram. 

Para os próximos meses, a tendência é que o setor de 

base florestal continue demandando mão de obra. Isto 

porque as indústrias madeireiras têm buscado o fortalecimento 

e expansão da produção e comercialização 

de seus produtos provenientes de áreas PMFS, tanto no 

mercado nacional quanto internacional. “Temos demonstrado 

a organização das indústrias de base florestal, que 

possuem potencial para fornecer produtos sustentáveis, 

com comprovação de origem, rastreabilidade e qualidade”, 

enaltece o presidente do Cipem. Por ano, são 

produzidos cerca de 7 milhões de m 3 (metros cúbicos) 

de madeira em áreas de MFS em Mato Grosso, atividade 

que vem gerando emprego e contribuindo para o 

desenvolvimento do Estado. 

aims at monitoring and controlling the marketing and 

transportation of forest products in the State. 

RECOGNIZED WORK 

Members recognize the importance of Cipem in 

strengthening the sector. “Cipem is undoubtedly a 

strong, united organization that has the support of all 

the organs of organized society and the environmental 

sector. The credibility of this institution has allowed us 

to achieve our goals. Cipem is the strong arm at the 

forefront of all these demands,” says Gleison Omar 

Tagliari, a businessman at GTO Madeiras in Sinop and 

a member of Sindusmad. 

“The Forest-based Sector is very important for the 

environment, preserving native forests through sustainable 

forest management plans. Cipem supports us 

in this work and shows it to society, other regions, and 

countries,” adds Vagnel Santana da Silva, owner of WS 

Serraria de Madeiras in Cotriguaçu and a Simno member 

Despite the many successes, the work is not over. In 

the coming months, the Forest-based Sector will likely 

continue to need workers. This is because forest product 

producers have sought to strengthen and expand the 

production and marketing of their products from PMFS 

areas in both the domestic and international markets. 

“We have demonstrated the organization of forest-based 

companies that have the potential to supply sustainable 

products with proof of origin, traceability, and 

quality,” says the President of Cipem. Every year, around 

7 million cubic m3 of wood is produced in SFM areas in 

Mato Grosso, an activity that has been generating employment 

and contributing to the State’s development. 

MAIO 2024 39

NEGÓCIOS 

FORMÓBILE 

ACONTECE EM JULHO 


A FEIRA É UM GRANDE PONTO DE ENCONTRO 

PRESENCIAL, REUNINDO A INDÚSTRIA DE 

EQUIPAMENTOS E PRODUTOS FINAIS 

Fotos: ForMóbile 

MAIO 2024 41

NEGÓCIOS 

C 

ompletando duas bem-sucedidas décadas, 

a ForMóbile, maior feira do setor e 

principal evento da indústria de móveis e 

madeira da América Latina, chega a sua 

10ª edição com mais de 550 marcas expositoras 

confirmadas e expectativa de receber aproximadamente 

50 mil profissionais do segmento, de 2 a 

5 de julho de 2024, no São Paulo Expo. 

Sob a coordenação da Informa Markets Latam, a 

ForMóbile é um grande ponto de encontro presencial, 

reunindo a indústria de equipamentos e produtos 

finais, marceneiros, fornecedores, revendedores 

do mercado e especificadores, com foco nos profissionais 

e empresas nacionais e internacionais envolvidos 

na cadeia moveleira. Com ações pensadas para 

promover o desenvolvimento comercial, econômico, 

tecnológico e profissional do setor, os visitantes terão 

a oportunidade de participar de uma série de palestras 

e workshops exclusivos. 

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS 

A feira acontece em um ambiente propício para a 

interação profissional e oportunidades de negócios. 

Nela, os participantes podem explorar as últimas 

novidades e tendências, além de desfrutar de uma 

variedade de atrações e conteúdo de alta qualidade. 

Tatiano Segalin, business manager da ForMóbile, vê 

com otimismo a realização dessa 10ª. edição. Para 

ele, o setor está ansioso para impulsionar ainda mais 

os negócios, tanto no mercado nacional quanto no 

internacional, e nesse contexto a ForMóbile desempenha 

um papel estratégico crucial, promovendo a 

integração de toda a cadeia em torno da inovação 

para as empresas. “Estamos muito animados com a 

próxima edição do evento, que promete ser a melhor 

de todos os tempos, com a comemoração de 20 anos 

de nossa história. A ForMóbile acontece com grande 

adesão de empresas da indústria e cadeia moveleira 

como um todo de várias regiões do país e da Amé- 


ica do Sul. Ao todo, contamos com a participação 

de mais de 550 marcas expositoras e a visitação deve 

superar mais uma vez as expectativas. Temos aproximadamente 

50 mil m 2 (metros quadrados) ocupados 

por esse conjunto tão rico de companhias, que vai 

oferecer aos visitantes uma oportunidade única de 

encontrar tendências, novidades e muito conteúdo 

sobre os processos de fabricação, acessórios, matérias-primas, 

insumos, equipamentos e produtos finais, 

além de fornecedores e revendedores”, explica. 

PAINÉIS DE MADEIRA 

Valorizada no segmento de painéis, a ForMóbile 

reunirá expositores de fornecimento de madeira e 

produtos relacionados, que compõem um setor de 

grande importância e relevância no segmento moveleiro 

nacional e internacional. 

“A participação no evento é uma chance para as 

empresas da cadeia produtiva mostrarem seus produtos 

e aplicações de maneira prática. Um exemplo disso 

é a presença dos principais fabricantes de painéis 

de madeira na ForMóbile, onde apresentarão as últimas 

tendências para o mercado moveleiro”, conclui 

Tatiano Segalin. 

A PARTICIPAÇÃO NO 

EVENTO É UMA 

CHANCE PARA AS EMPRESAS 

DA CADEIA PRODUTIVA 

MOSTRAREM SEUS PRODUTOS 

E APLICAÇÕES DE MANEIRA 

PRÁTICA 

TATIANO SEGALIN, BUSINESS MANAGER 

DA FORMÓBILE 

MAIO 2024 43

NEGÓCIOS 

Os visitantes poderão participar de palestras no 

Palco ForMóbile, além de explorar o Espaço Maker, 

dedicado a quem busca aprender técnicas especializadas 

e conferir o trabalho dos principais profissionais 

do setor. A plataforma ForMóbile Xperience, por sua 

vez, oferece uma experiência digital para toda a comunidade 

do evento, proporcionando pesquisa de 

marcas, produtos e serviços, consumo de conteúdos 

em vídeos e oportunidades de conexão. 

Serão quatro dias intensos de muito conteúdo 

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madeira, nacional e internacionalmente, gerando 

negócios, relacionamentos e entregando conteúdo 

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de forma sinérgica. Atualmente, possui um banco de 

dados qualificado, com mais de 100 mil contatos de 

profissionais do setor e diversos canais, como plataforma 

digital, site, redes sociais e uma ferramenta de 

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América Latina há 27 anos, com escritórios no Brasil e 

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MARCENARIA 


SOM DA 

MADEIRA 

CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS TEM A MADEIRA 

COMO IMPORTANTE MATÉRIA-PRIMA 


MAIO 2024 47

MARCENARIA 

F 

oi a partir de restos de tronco de 

árvores que surgiram os primeiros 

instrumentos musicais na história da 

evolução da humanidade. A técnica 

para construção dos instrumentos foi 

sendo aperfeiçoada e os construtores conhecendo 

melhor as madeiras mais apropriadas para os 

instrumentos e determinadas sonoridades. 

Hoje muitos músicos têm uma certa preocupação 

em saber quais as melhores madeiras para 

os instrumentos, afinal essa é uma característica 

responsável por sonoridade, durabilidade e preço 

do instrumento, em alguns casos. 

Porém, devido a escassez de matéria-prima, 

a maioria dos instrumentos musicais combina 

vários tipos de madeira. E a boa combinação de 

materiais também é responsável pela sonoridade 

do instrumento. 

DEVIDO A ESCASSEZ 

DE MATÉRIA-PRIMA, A 

MAIORIA DOS INSTRUMENTOS 

MUSICAIS COMBINA VÁRIOS 

TIPOS DE MADEIRA 


MADEIRA APROPRIADA 

Os tipos de madeira que são usados para fazer 

instrumentos musicais são conhecidos como 

tonewood. Para cada instrumento musical há algumas 

madeiras que são melhores que outras. 

O jacarandá é uma das madeiras mais usadas 

nos instrumentos musicais seja o jacarandá brasileiro 

ou o indiano. Isso se deve pela sua beleza e, 

principalmente, pela qualidade sonora obtida. 

Já o mogno é uma das madeiras mais procuradas 

para a confecção de instrumentos de cordas, 

é usado para folheados e combinado com 

outras madeiras. 

As guitarras feitas com madeira de ébano são 

muito apreciadas, e costumam ter um valor bem 

acima do valor médio de outros tipos de guitarras. 

O carvalho, muito utilizado na construção civil 

e fabricação de móveis, também é muito utilizado 

para a confecção de instrumentos musicais, 

especialmente, na produção das laterais dos violões 

acústicos e misturado com outros tipos de 

madeiras. 

MAIO 2024 49

MARCENARIA 

A disponibilidade e as tonalidades fazem o 

cedro ser muito utilizado também na fabricação 

dos instrumentos musicais. Outras madeiras 

como bordo, freixo e amieiro também são comumente 

utilizadas. 

CARACTERÍSTICA MUSICAL 

A densidade e rigidez da madeira utilizada na 

fabricação dos instrumentos é uma característica 

importante para boa sonoridade. A mistura de 

madeiras na confecção da estrutura leva em consideração 

esses aspectos. Porém, o aspecto econômico 

e a escassez de material leva a construção 

de instrumentos com madeiras menos rígidas 

o que vai influenciar na sonoridade, durabilidade 

e nem tanto no preço final do instrumento. Portanto, 

conhecer as madeiras para instrumentos 

musicais é fundamental para definir o tipo de 

sonoridade, bem como, a durabilidade. 

A DENSIDADE E 

RIGIDEZ DA MADEIRA 

UTILIZADA NA FABRICAÇÃO 

DOS INSTRUMENTOS É UMA 

CARACTERÍSTICA IMPORTANTE 

PARA BOA SONORIDADE 


PANORAMA 

INDÚSTRIAS 

DE PORTAS DE MADEIRA 

LEVANTAMENTO INDICA QUE 

EMPRESAS PLANEJAM INVESTIR 

EM NOVAS TECNOLOGIAS E 

AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS E 

EQUIPAMENTOS 



perfeiçoar o parque fabril, otimizar a pro- 

e desenvolver novos projetos estão Adução 

entre os planos dos fabricantes de portas 

de madeira para os próximos 2 anos. Essa 

realidade foi apontada em levantamento 

feito pela Abimci (Associação Brasileira 

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), 

junto a empresas participantes do PSQ-PME (Programa 

Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações), 

que fabricam portas de madeira certificadas. 

Pela pesquisa, 85% dos industriais demonstraram a 

intenção de adquirir novas máquinas e equipamentos 

para otimizar seus processos produtivos nos próximos 

24 meses. “O dado reflete a tendência do setor em aprimorar 

suas instalações fabris para maximizar a produção 

e, assim, atender às atuais demandas do mercado da 

construção civil e dos consumidores, que buscam por 

produtos, eficientes, sustentáveis e que estejam em conformidade 

com as normas técnicas vigentes”, avaliou o 

superintendente da Abimci, Paulo Pupo. 

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS 

O levantamento também mostrou que 87,5% das 

empresas estão em processo de aperfeiçoamento e desenvolvimento 

de novos produtos. “Esse apontamento 

dos empresários indica a busca contínua por inovação”, 

destacou Pupo. 

MAIO 2024 53

PANORAMA 

As indústrias também responderam que os produtos 

que mais procuram entre os fornecedores da cadeia de 

portas de madeira são os núcleos de porta, revestimentos, 

chapas e painéis, adesivos e colas, ferragens e acessórios, 

tintas e vernizes, abrasivos, vedações, máquinas e 

ferramentas de corte, preservativos de madeira e embalagens. 

E para buscar as novidades desses componentes 

no mercado, 31,3% das empresas afirmaram ter a intenção 

de estabelecer parcerias com novos fornecedores. 

Esse dado reflete o interesse em tecnologias e materiais 

inovadores que agreguem mais valor aos produtos finais. 

No que diz respeito ao desenvolvimento de novos 

produtos, os perfis de desempenho mais apontados pelas 

empresas pesquisadas são as PRF (Portas Resistentes 

ao Fogo), PIA (Portas Isolantes Acústicas) e PEM RU (Portas 

de Entrada Resistentes à Umidade). 

HÁ UMA TENDÊNCIA 

DO SETOR EM 

APRIMORAR SUAS INSTALAÇÕES 

FABRIS PARA MAXIMIZAR A 

PRODUÇÃO E, ASSIM, ATENDER 

ÀS ATUAIS DEMANDAS DO 

MERCADO DA CONSTRUÇÃO 

CIVIL E DOS CONSUMIDORES 

PAULO PUPO, SUPERINTENDENTE 

DA ABIMCI 

ENCONTRO EM SETEMBRO 

Essa tendência de investimentos por parte do segmento 

de portas de madeira poderá ser conferida durante 

o VI Encapp (Encontro da Cadeia Produtiva da Porta 

2024), que acontece de 17 a 19 de setembro de 2024, 

em Curitiba (PR), e que vai reunir empresas de todo o 

Brasil, dando a oportunidade de realização de negócios 

e networking, participação na Rodada de Negócios – 

uma ação que proporciona aos expositores acesso exclusivo 

às empresas que participam do PSQ-ME. 

Em sua sexta edição, o encontro tem o objetivo de 

apresentar novas soluções de produtos, materiais e 

tecnologias para portas de madeira e discutir soluções 

globais para o setor que tem aumentado sua presença 

no mercado internacional. 

O evento é realizado pela Abimci por meio do 

PSQ-PME e vai acontecer paralelamente à Lignum Latin 

America, principal evento da Semana Internacional da 

Madeira. 


FEIRA INTERNACIONAL DA 

INDÚSTRIA DE MÓVEIS E MADEIRA


INCENTIVO 

PARA USO DA MADEIRA 

ENGENHEIRADA 


SETOR MADEIREIRO E 

REPRESENTANTES DO GOVERNO 

DO PARANÁ PARTICIPAM DE MISSÃO 

TÉCNICA NA SUÉCIA E ÁUSTRIA 


O 

Paraná vem atuando forte para incentivar 

as construções em madeira no Brasil. No 

último mês, empresários do setor madeireiro 

e da construção civil, profissionais 

especializados na área, representantes do 

governo do Paraná e entidades representativas do setor 

industrial participaram de missão técnica internacional 

na Suécia e Áustria. A viagem foi organizada pela Fiep 

(Federação das Indústrias do Estado do Paraná) com o 

objetivo de aprofundar estudos e trocas de experiências 

governamentais e de órgãos anuentes, visando o desenvolvimento 

de políticas públicas para construções em 

madeira no Brasil. 

Outro objetivo foi aprimorar o conhecimento sobre 

a aplicação da tecnologia no setor da construção civil, 

com a experiência já consolidada desses países onde a 

tecnologia é amplamente difundida. A Abimci (Associação 

Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) 

acompanhou a missão. No último mês de 

fevereiro, professores ligados ao Napi Wood Tech (Novo 

MAIO 2024 57


Arranjo de Pesquisa Inovação) da Fundação Araucária 

também estiveram em viagem para a Alemanha, com 

objetivo de aprofundar as pesquisas para uso da madeira 

engenheirada. 

POTENCIAL PARA CONSTRUÇÃO 

Em 2023 a Abimci promoveu uma missão prospectiva 

organizada em parceria com a Fiep, composta principalmente 

por representantes do setor produtivo que 

reforçou os avanços, discussões e possibilidades que já 

vinham sendo desenvolvidas ao longo dos últimos anos, 

para o desenvolvimento e consolidação dos métodos 

construtivos em madeira no Brasil. 

O país tem grande potencial para desenvolver, executar 

e gerar escala em obras, tanto no sistema construtivo 

wood frame, quanto em madeira engenheirada, 

com excelentes oportunidades para toda a cadeia de 

base florestal, em especial para a de florestas plantadas. 

Amplamente utilizada na Suécia e na Áustria, a madeira 

engenheirada também é uma solução muito comum na 

vizinha Finlândia e em países como Canadá, EUA (Estados 

Unidos da América) e Austrália. No Brasil, o uso da 

madeira engenheirada ainda está em estágio inicial, mas 

tem ganhado tração rapidamente em função das vastas 

áreas florestais e do crescente interesse pela sustentabilidade. 

PREPARAÇÃO PARA NOVO CENÁRIO 

A expectativa é de que a demanda por este material 

continue a crescer globalmente, o que inclui a produção 

nacional. Para se preparar para este novo cenário, a participação 

dos órgãos estaduais também leva em conta a 

segurança das instalações que utilizam a madeira engenheirada, 

a sua potencial aplicação em outros setores, 

como a habitação de interesse social, e o desenvolvimento 

de soluções tecnológicas próprias. 

Isso justifica a presença de representantes da Cohapar 

(Companhia de Habitação do Paraná) e do CBMPR 

(Corpo de Bombeiros Militar do Paraná) na comitiva. 

“Como órgão certificador e responsável pela aprovação 

de projetos e construções no Estado, precisamos entender 

a dinâmica da madeira engenheirada e quais são 

as variáveis dessa tecnologia para saber se é possível 

a utilização dela no Estado”, explica o subdiretor de 

Atividades Técnicas do CBMPR, tenente-coronel Ivan 

Fernandes. 

O presidente da Cohapar (Companhia de Habitação 

do Paraná), Jorge Lange, destacou a importância do 

diálogo com universidades para que o Governo do Estado 

possa avançar em relação ao tema. “Nesse contato 

com a indústria madeireira e a universidade, pudemos 

acompanhar as pesquisas que eles estão fazendo com a 

madeira e o tratamento pelo qual ela passa para ser uti- 


lizada de forma correta na construção civil”, afirmou Jorge 

Lange. “Ainda temos que montar um sistema no Paraná 

para que a gente possa utilizar esse conhecimento, 

mas está sendo uma experiência muito proveitosa para 

avançar na industrialização dos sistemas construtivos, e 

a madeira se mostra uma potencial solução”, aponta o 

presidente da Cohapar. 

EXEMPLOS DE POLÍTICAS 

A programação teve início na cidade sueca de 

Skelleftea, que é um exemplo na utilização da madeira 

engenheirada, tendo adotado o material como política 

construtiva desde 2014. Nela foi construído o Hotel The 

Wood, composto por 20 andares totalmente construídos 

em madeira, além de um ginásio de esportes, creche, 

ponte e estacionamento feitos com o mesmo material. 

A comitiva também visitou o Sara Cultural Center, que 

funciona como um mercado para a indústria da madeira, 

e conta com showroom de móveis, revestimentos e 

decorações feitos em madeira, além de uma área de 

pesquisa e inovação. 

“Conversamos com empresários, arquitetos, professores 

e membros do poder público local que nos 

apresentaram esse conceito verde, de descarbonização 

da cidade a partir de construções sustentáveis, além 

de outras políticas públicas que a cidade desenvolve”, 

comentou o chefe do Departamento de Florestas Plantadas 

da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do 

Abastecimento), Breno Menezes de Campos. “Como 

temos as florestas públicas plantadas no Paraná, pensamos 

no manejo sustentável delas e em tecnologias de 

descarbonização. A utilização de madeira engenheirada 

nesses processos é uma das opções de uso desses 

ativos florestais, que podem ser transformados em 

construções de baixo carbono e em políticas públicas 

que envolvem construções sustentáveis”, completou o 

representante da Seab. 

COMO ÓRGÃO 

CERTIFICADOR E 

RESPONSÁVEL PELA 

APROVAÇÃO DE PROJETOS E 

CONSTRUÇÕES NO ESTADO, 

PRECISAMOS ENTENDER A 

DINÂMICA DA MADEIRA 

ENGENHEIRADA E QUAIS SÃO 

AS VARIÁVEIS DESSA 

TECNOLOGIA PARA SABER SE É 

POSSÍVEL A UTILIZAÇÃO DELA 

NO ESTADO 

IVAN FERNANDES, TENENTE-CORONEL 

DO CBMPR 

MAIO 2024 59

ARTIGO 

PAINEL HÍBRIDO 

OSB/MDP 

DE MADEIRA PINUS TAEDA E 

RESINA POLIURETANA À BASE 

DE ÓLEO DE MAMONA 


FABIANE SALLES FERRO 

UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO 

CENTRO OESTE) 

TIAGO HENDRIGO DE ALMEIDA 

USP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) 

AMÓS MAGALHÃES DE SOUZA 

UFVJM (UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO 

JEQUITINHONHA E MUCURI) 

DIEGO HENRIQUE DE ALMEIDA 

UNIR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA) 

ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO 

UFSCAR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS) 

FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR 

USP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) 


RESUMO 

O 

s painéis reconstituídos à base de madeira 

são uma alternativa para utilização na 

construção civil e na indústria do mobiliário. 

Dentre os tipos de painéis, destacam-se 

o OSB (Oriented Strand Board) e o 

MDP (Medium Density Particleboard). O objetivo desta 

pesquisa foi avaliar as propriedades físicas e mecânicas 

de painéis híbridos OSB/MDP, visando uma alternativa 

de uso em novo sistema fabril com o reaproveitamento 

de partículas de madeira. Foram fabricados painéis 

OSB, híbridos e MDP em escala laboratorial e determinadas 

suas respectivas propriedades físicas e mecânicas 

de acordo com as normas EN 300:2006 e ABNT NBR 

14.810-2:2013. A influência dos tipos de painéis nas 

propriedades foi investigada pela análise de variância 

(ANOVA), os testes de normalidade de AD (Anderson-Darling) 

e de homogeneidade de variâncias de Bt 

(Bartlettt) foram utilizados na verificação da validade das 

hipóteses da ANOVA. O teste de comparações múltiplas 

de Tukey foi utilizado para o agrupamento dos níveis 

do fator (tipo de painel) nas propriedades avaliadas. Os 

valores obtidos para as propriedades físicas e mecânicas 

dos painéis híbridos OSB/MDP alcançaram os valores 

mínimos determinados pelas normas vigentes. Os painéis 

híbridos apresentaram propriedades que permitem 

sua aplicação estrutural e em ambientes úmidos. 

MAIO 2024 61

ARTIGO 

INTRODUÇÃO 

A versatilidade da madeira permite sua utilização 

em vários segmentos da economia (Christoforo et al., 

2017; Takeshita; Jankowsky, 2015; Marinho et al., 2017). 

Desde a sua extração na floresta nativa ou plantada 

(Dougherty; Wright, 2012; Steege et al., 2016), passando 

pelos processos industriais, consumidor e descarte final, 

a geração de resíduos acontece, e pode ser minimizada 

com o estudo prévio para o racional processamento da 

madeira (Manhiça; Rocha; Timofeiczyk Junior, 2013). 

Estima-se que o aproveitamento da madeira em 

produtos finais, após seu processamento em serrarias, 

varie entre 40% e 60%, sendo os resíduos gerados, na 

maioria das vezes pó de serra, descartados de maneira 

indiscriminada (Vieira et al., 2010; Ofoegbu; Ogbonnaya; 

Babalola, 2014; Silva et al., 2017; Monteiro et al., 2017; 

Almeida et al., 2017). 

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Brasil, 2017) 

alia a geração de resíduos de madeira à necessidade 

do seu emprego e reciclagem na fabricação de painéis 

reconstituídos, tais como: o compensado, o MDP (Medium 

Density Particleboard), o MDF (Medium Density 

Fiberboard) e o OSB (Oriented Strand Board) (Chiromito 

et al., 2016; Ruziak et al., 2017; Nascimento et al., 2017; 

Ferreira; Silva; Campos, 2017; Souza et al., 2018). 

O objetivo desta pesquisa foi avaliar as propriedades 

físicas e mecânicas de painéis híbridos OSB/MDP, visando 

uma alternativa de uso em novo sistema fabril com 

reaproveitamento de partículas de madeira. 

O PLANO NACIONAL 

DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

ALIA A GERAÇÃO DE RESÍDUOS 

DE MADEIRA À NECESSIDADE 

DO SEU EMPREGO E 

RECICLAGEM NA FABRICAÇÃO 

DE PAINÉIS RECONSTITUÍDOS, 

TAIS COMO: O COMPENSADO, O 

MDP, O MDF E O OSB 

MATERIAIS E MÉTODOS 

Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizadas 

partículas de madeira da espécie Pinus taeda, e 

resina PU (poliuretana) à base de óleo de mamona. A 

madeira foi adquirida em serrarias da região do município 

de São Carlos (SP), com 12% de teor de umidade 

no momento de fabricação das partículas. A resina PU- 

-mamona era composta pelo poliol (derivado do óleo 

vegetal) e pelo isocianato polifuncional (pré-polímero), 

derivado do petróleo, os quais foram utilizados neste 

estudo na proporção de 1:1. 

A utilização da resina PU-manona, assim como a 

proporção entre os seus componentes, justifica-se pelos 

excelentes resultados obtidos em estudos anteriores 

com painéis derivados de madeira, além do melhor desempenho 

ambiental quando comparadas com outras 

resinas utilizadas na fabricação de painéis de madeira 

(Silva et al., 2013; Liang; LV; Yang, 2016; Zhong et al., 

2017; Souza et al., 2018). 


Para a geração das partículas strand, utilizadas na fabricação 

de OSB, peças de madeira foram seccionadas 

em dimensões de aproximadamente 90 mm (milímetros) 

de largura e 35 mm de espessura. O picador de disco 

foi regulado para que os strands possuíssem espessura 

da ordem de 0,7 mm. As partículas homogêneas para 

fabricação dos painéis MDP foram obtidos a partir dos 

resíduos do processamento da madeira para fabricação 

dos strands. Os resíduos de madeira foram processados 

em um moinho-martelo com peneira de 2,8 mm. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

As normas EN 300 (European, 2006) e NBR 14810-2 

(ABNT, 2013) fazem apenas referência à propriedade 

IE24h. Comparando-se os valores médios de IE24h obtidos 

neste estudo com os valores de referência da norma 

EN 300 (European, 2006), foi possível classificar o OSB 

e o painel híbrido, respectivamente, como painéis destinados 

a ambientes secos, cujo máximo valor de IE24h 

permitido é 25%, e painéis destinados a utilizações em 

ambientes úmidos, nos quais o máximo valor de IE24h 

permitido é 20%. De acordo com a norma NBR 14810-2 

(ABNT, 2013), o MDP pode ser classificado como não 

estrutural destinados a ambientes úmidos, cujo máximo 

valor de IE24h permitido é 17%. 

Confrontando os valores de IE24h com os do estudo 

de Bertolini et al. (2014), notou-se que o MDP teve resultado 

coerente com o valor de 9,2% encontrado pelos 

autores para painéis de partículas homogêneas fabricados 

com Pinus sp. e resina poliuretana à base de óleo 

de mamona. 

CONCLUSÕES 

Foi possível concluir, através dos resultados obtidos 

da presente pesquisa, que:os valores obtidos para as 

propriedades físicas do painel híbrido OSB/MDP alcançaram 

os valores mínimos recomendados pelas normas 

vigentes; e o painel híbrido apresentaram propriedades 

que permitem sua aplicação estrutural e em ambientes 

úmidos. 

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MAIO 2024 63

AGENDA 

AGENDA 

2024 

JULHO 2024 

2 A 5 

AGOSTO 2024 

6 A 9 

SETEMBRO 2024 

17 A 19 

FORMÓBILE 

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A V EDIÇÃO DA FEIRA LIGNUM LATIN AMERICA 

ACONTECE EM SETEMBRO EM UMA SEMANA 

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EM PARALELO OS EVENTOS WOODTRADE BRAZIL, 

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REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA. 

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ESPAÇO ABERTO 

IA GENERATIVA: 

COMO DESBLOQUEAR O PODER DESSA 

TECNOLOGIA NO SETOR FINANCEIRO 

C 

om mais da metade dos CEOs do setor 

financeiro acreditando que os modelos de 

negócios estão ameaçados em até uma 

década, de acordo com pesquisa da PwC 

(PricewaterhouseCoopers), está claro que 

inovações ousadas são necessárias para que as instituições 

permaneçam economicamente viáveis, principalmente 

as operações tradicionais, que nasceram antes da 

virada digital. 

Com isso, diversos executivos estão olhando para a 

IA (Inteligência Artificial) generativa como uma potencial 

solução para impulsionar a eficiência operacional das 

empresas, construir diferentes experiências para seus 

clientes, desbloquear novas fontes de receita e retomar 

a confiança do mercado. 

Uma das aplicações mais poderosas da IA generativa 

está na melhoria das comunicações voltadas ao consumidor 

e na personalização de serviços. Nesse contexto, 

ao compreender o histórico de uso e as interações de 

um cliente, essa tecnologia pode produzir saídas de 

texto sofisticadas e personalizadas, desde conselhos de 

investimento até conteúdo de marketing. 

Da mesma forma, quando associada a recursos de 

geração de voz, essa tecnologia poderia revolucionar as 

operações do call center com interações mais naturais 

e empáticas com os clientes, sem contar as vantagens 

no processo de aceleração do atendimento, reduzindo 

o tempo de resposta, o que pode ampliar a capacidade 

de resolução de problemas sem necessariamente ter 

que ampliar o quadro de atendentes. 

Esse foco centrado no cliente impulsionado pela IA 

generativa tem o potencial de aumentar a satisfação, 

reduzir a rotatividade e criar novas oportunidades de engajamento. 

Contudo, vem o questionamento: seria esse 

o grande salto para finalmente preencher a lacuna entre 

a digitalização do setor financeiro e as experiências pessoais 

que os clientes tanto anseiam? É bem certo que 

sim. 

Isso porque, além da experiência do consumidor, a 

IA generativa abre as portas para que as instituições financeiras 

automatizem, de maneira inteligente, os fluxos 

de trabalho e as operações de backoffice. Prova disso 

é que na atualidade, modelos generativos podem ser 

utilizados para rascunhar relatórios, resumir dados, gerar 

código e preencher formulários, entre outros, com base 

POR 

NEYLSON 

CREPALDE 

CTO (CHIEF 

TECHNOLOGY 

OFFICER) DA A3DATA, 

CONSULTORIA 

ESPECIALIZADA EM 

DADOS E INTELIGÊNCIA 

ARTIFICIAL 

nas preferências e nos requisitos específicos de uma 

organização. 

Essa criação autônoma de conteúdo poderia aumentar 

drasticamente a eficiência operacional em todos 

os departamentos, desde gerenciamento de riscos, até 

serviços de custódia. As equipes poderiam se concentrar 

mais no trabalho estratégico e inovador, em vez de 

tarefas repetitivas e rotineiras. A IA generativa essencialmente 

multiplica a produção dos funcionários existentes 

para atender às necessidades de escala do negócio. 

Já do ponto de vista do investimento, a IA generativa 

poderia ser utilizada para executar milhões de simulações, 

considerando variáveis de mercado para avaliar a 

exposição ao risco e identificar novas oportunidades de 

negociação. Essa evolução da tomada de decisão orientada 

por IA tem o potencial de reduzir o risco institucional, 

ao mesmo tempo em que maximiza os retornos. 

Claro, a implantação dessa poderosa tecnologia não 

está isenta de desafios, já que a governança de modelos 

de IA, o combate a alucinações e vieses e a utilização 

de práticas responsáveis são considerações críticas. 

Por isso, a experiência em áreas como engenharia de 

prompts, legislações protetoras e ética de dados se tornará 

mandatória. 

Com tal potencial de geração de valor ao negócio, 

a IA generativa se apresenta como uma ferramenta que 

precisa estar no topo da lista de prioridades, uma vez 

que o mercado já iniciou uma corrida pela produção de 

produtos e aplicações potencializadas por essa tecnologia. 

Quem sair à frente terá uma enorme vantagem 

competitiva. Mas para que isso seja possível, cabe às 

instituições decidir se serão liderança ou meras espectadoras 

na transformação do mercado. 



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