Florestal_263Web
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ENTREVISTA<br />
Novo chefe-geral da Embrapa Florestas apresenta sua visão sobre a empresa e futuro<br />
PRONTA PARA O COMBATE<br />
NOVAS TECNOLOGIAS E PROXIMIDADE COM<br />
CLIENTE PROMOVEM MAIOR PROTEÇÃO<br />
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SUMÁRIO<br />
JUNHO 2024<br />
50<br />
PREPARAR,<br />
APONTAR,<br />
FUTURO<br />
12 Editorial<br />
14 Cartas<br />
16 Bastidores<br />
18 Notas<br />
34 Coluna CIPEM<br />
36 Frases<br />
38 Entrevista<br />
48 Coluna<br />
50 Principal<br />
56 Planejamento<br />
62 Legislação<br />
66 Compostagem<br />
70 Artigo<br />
74 Mercado<br />
78 Celebração<br />
82 Pesquisa<br />
86 Agenda<br />
88 Espaço Aberto<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br<br />
66<br />
70<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
25 Agroceres<br />
15 BKT<br />
13 Bruno<br />
23 Carrocerias Bachiega<br />
79 D’Antonio Equipamentos<br />
47 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
45 DRV Ferramentas<br />
39 Engeforest<br />
92 Envimat<br />
21 Envimat/CBI<br />
69 Envimat/Compostagem<br />
11 Envu<br />
49 Equilíbrio <strong>Florestal</strong><br />
59 Feldermann<br />
81 Felipe Diesel<br />
27 Fex<br />
08 Hennings<br />
04 Himev<br />
77 J de Souza<br />
31 Lion Equipamentos<br />
73 Mill Indústrias<br />
83 NN Pandini<br />
61 Planflora<br />
89 Prêmio REFERÊNCIA<br />
75 Remsoft<br />
06 Rocha Facas<br />
85 Rodotrem<br />
17 Rotary-Ax<br />
33 Rotor Equipamentos<br />
41 Sergomel<br />
90 Sparta Brasil<br />
19 Syngenta<br />
65 Tabaco Máquinas<br />
29 Tecmater<br />
43 Unibrás<br />
35 Vantec<br />
37 WDS Pneumática
Floresta<br />
Juntos,<br />
construímos um legado.<br />
Agora,<br />
vamos construir o futuro.<br />
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futuro.<br />
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EDITORIAL<br />
Missão de uma vida<br />
Trabalhar pelo setor de base florestal nacional é o combustível da Revista<br />
REFERÊNCIA. O trabalho de fortalecimento do segmento é o que nutre e<br />
motiva a todos que se dedicam ao veículo de comunicação nesses 25 anos<br />
de história. É uma missão árdua, que exige escolhas difíceis, mas muito<br />
gratificante. Ao perceber como era o setor no início de nossa atividade,<br />
saber onde estamos e onde podemos chegar em conjunto, nos dá o ânimo<br />
necessário para continuar nessa caminhada. A todos os nossos leitores<br />
deixamos uma mensagem: não vamos parar de lutar por cada representante<br />
do setor e pela valorização da atividade que realizamos. Nessa edição, o<br />
Leitor irá conhecer a Equilíbrio <strong>Florestal</strong> e suas soluções para proteção de<br />
florestas, os planos do segmento florestal no Espírito Santo, uma mudança<br />
de lei que poderá diminuir o volume de invasões de terra, as primeiras<br />
avaliações sobre a mudança da silvicultura para atividade não poluente e<br />
uma entrevista exclusiva com Marcelo Francia Arco-Verde, novo chefe-geral<br />
da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Florestas, que<br />
relata seus 30 anos dentro da entidade e as principais frentes de trabalho<br />
da empresa. Excelente leitura!<br />
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Na capa dessa edição a Equilíbrio<br />
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A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
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Ano XXVI • Nº263 • Junho 2024<br />
ENTREVISTA<br />
Novo chefe-geral da Embrapa Florestas apresenta sua visão sobre a empresa e futuro<br />
PRONTA PARA O COMBATE<br />
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MISSION OF A LIFETIME<br />
Working for the Brazilian Forestry Sector is what drives REFERÊNCIA.<br />
Working to strengthen the Sector is what nourishes and motivates all those<br />
who have dedicated themselves to this communication tool in its 25-year<br />
history. It is an arduous mission that requires difficult choices, but it is very<br />
rewarding. Seeing what the Sector was like at the beginning of our activity,<br />
knowing where we are and where we can go together, gives us the encouragement<br />
we need to continue on this journey. To all our readers, we leave<br />
a message: we will not stop fighting for every representative of the Sector<br />
and for the recognition of the work we do. In this issue, readers will learn<br />
about Equilíbrio <strong>Florestal</strong> and its solutions for the protection of forests, the<br />
plans for the Forestry Sector in the State of Espírito Santo, a change in the<br />
law that could reduce the volume of land invasions, the first assessments of<br />
the transformation of forestry into a non-polluting activity, and an exclusive<br />
interview with Marcelo Francia Arco-Verde, the new head of the Brazilian<br />
Agricultural Research Corporation (Embrapa) Florestas, who talks about his<br />
30 years in the organization and the main fronts of the Company’s work.<br />
Pleasant reading!<br />
Entrevista com<br />
Marcelo Francia<br />
Arco-Verde, novo<br />
chefe-geral da<br />
Embrapa<br />
Plano de fomento da silvicultura<br />
no Estado do Espírito Santo<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXVI - EDIÇÃO 263 - JUNHO 2024<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Julia Harumi<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Jhonathan Santana<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
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Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS<br />
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Capa da Edição 262 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de maio de 2024<br />
<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXVI • Nº262 • Maio 2024<br />
ENTREVISTA Renato Moreira: presidente da ACEF, comenta sobre a carreira e o mercado da engenharia<br />
SEGURANÇA NA ESTRADA<br />
FUEIROS E CATRACAS PNEUMÁTICAS<br />
PROTEGEM CARGA E MOTORISTA NO<br />
TRANSPORTE FLORESTAL<br />
SAFETY ON THE ROAD<br />
BUNKS, STANCHIONS, AND PNEUMATIC<br />
RATCHETS PROTECT THE LOAD AND<br />
DRIVER IN FOREST TRANSPORT<br />
PRINCIPAL<br />
Por Mauricio Azevedo, São Paulo (SP)<br />
Para quem está no campo é de suma importância a segurança. Isso é melhor<br />
para todos, para quem produz, para quem transporta e para<br />
quem recebe a carga.<br />
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Fernanda Couto, Contagem (MG)<br />
Como é bom poder ler as histórias e visões de mercado de quem tem<br />
tanta experiência. É realmente gratificante conhecer histórias assim.<br />
GENÉTICA<br />
Por Carlos Rodrigues Sodré, Campinas (SP)<br />
Muito importante esse conteúdo e abordagem sobre o tema. Através desse<br />
conhecimento que podemos ver a continuidade e crescimento do setor.<br />
Foto: divulgacão<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />
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14 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
VISITA<br />
O nosso comercial, Gerson Penkal,<br />
esteve em Piracicaba (SP), visitando a<br />
empresa Equilíbrio <strong>Florestal</strong>, capa dessa<br />
edição, do diretor Alberto Laranjeiro.<br />
PARCERIA<br />
Em visita ao Estado de São Paulo, o diretor<br />
comercial da Revista, Fábio Machado, esteve na<br />
cidade de Rio Claro para conversar com Augusto<br />
Tarozzo, gerente comercial e marketing da Atta-<br />
Kill e com Patrícia Braga, assistente de marketing,<br />
parceiros da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />
INDÚSTRIA FORTE<br />
ALTA<br />
Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria),<br />
mostrou que o índice de evolução da produção,<br />
que costuma refletir queda no quarto mês do<br />
ano, atingiu 51,2 pontos em abril, permanecendo<br />
acima da linha divisória de 50 pontos pelo segundo<br />
mês consecutivo. Valores acima de 50 indicam<br />
aumento na produção frente ao mês anterior.<br />
Valores abaixo de 50 pontos indicam queda da produção<br />
frente ao mês anterior. O cenário atípico é<br />
resultado do crescimento do índice de evolução da<br />
produção das grandes empresas, que ficou em 53,5<br />
pontos, e da estabilidade do indicador das médias,<br />
com 50,1 pontos. Por outro lado, o índice para as<br />
pequenas empresas mostrou queda na produção,<br />
ao ficar em 47,6 pontos.<br />
JUNHO 2024<br />
RISCO DE ACABAR<br />
Estudo da USP (Universidade de São Paulo) revelou que<br />
82% das espécies de árvores que ocorrem apenas na<br />
Mata Atlântica correm risco de extinção. “O quadro<br />
geral é muito preocupante”, alerta Renato Lima, professor<br />
da USP que liderou o estudo. Para o pesquisador,<br />
a maioria das espécies de árvores da Mata Atlântica<br />
foi classificada em alguma das categorias de ameaça<br />
da IUCN (União Internacional de Conservação da<br />
Natureza, em inglês). Isso era esperado, pois a Mata<br />
Atlântica perdeu a maioria das suas florestas e, com<br />
elas, as suas árvores. “Mesmo assim, ficamos assustados<br />
quando vimos que 82% das mais de 2 mil espécies<br />
exclusivas desse hotspot global de biodiversidade<br />
estão ameaçadas”, completa Renato.<br />
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Uma obra de arte<br />
Tão afiada<br />
quanto a espada<br />
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em corte florestal<br />
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NOTAS<br />
Podcast REFERÊNCIA<br />
O Podcast REFERÊNCIA, o novo programa tem como objetivo apresentar as pessoas que fazem o setor de base florestal. O<br />
objetivo do programa é conversar com empresários, diretores, gestores e líderes de suas empresas, apresentando as histórias<br />
que formaram e trouxeram cada uma dessas pessoas ao segmento e como suas carreiras se desenvolveram.<br />
Neste mês foi gravado o episódio com o Fábio Brun, que é diretor executivo da RMS na América do Sul e presidente da<br />
APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>). O curitibano de 53 anos pôde compartilhar sua trajetória no<br />
meio empresarial, os motivos que o fizeram cursar Engenharia <strong>Florestal</strong> na UFPR (Universidade Federal do Paraná) e apresentar<br />
suas visões e planos à frente da associação que fomenta e defende a atividade florestal no Paraná.<br />
Fábio relatou que seu interesse na<br />
engenharia florestal nasceu de uma<br />
atividade realizada ainda na infância,<br />
que o aproximou da natureza e plantou<br />
a sementinha que gerou a inspiração<br />
para a sua carreira. “Fui escoteiro,<br />
pude ter um contato com floresta<br />
ainda muito novo e isso sempre ficou<br />
marcado para mim. Quando fui buscar<br />
as opções de faculdade tinha que ser<br />
algo relacionado ao que já gostava e<br />
quando conheci a engenharia florestal,<br />
não pensei duas vezes”, relatou<br />
Fábio.<br />
Em relação a mercado, Fábio traz<br />
uma visão positiva em relação ao<br />
crescimento do uso da madeira e seus<br />
derivados em áreas onde outras matérias-primas<br />
foram predominantes por<br />
um longo período. “Temos verificado<br />
um grande crescimento no uso de<br />
papel em relação ao plástico, como no<br />
caso dos copos descartáveis que geram<br />
toneladas de detritos anualmente<br />
e agora podem ser ecologicamente<br />
corretos, além das possibilidades que<br />
a construção com madeira vai abrir<br />
para o mercado em que atuamos”,<br />
apontou Fábio.<br />
Os episódios do Podcast<br />
REFERÊNCIA estão disponíveis no<br />
nosso canal do youtube, que você<br />
pode acessar através do QR Code:<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Investimento definido<br />
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança<br />
Climática) anunciaram no Dia Internacional da Biodiversidade, o resultado do edital Restaura Amazônia, que selecionou<br />
as três entidades que vão atuar com o BNDES na gestão dos projetos de reconstrução da floresta. O edital faz parte<br />
da iniciativa Arco da Restauração, que constrói frentes de restauração em grandes áreas desmatadas e degradadas, com<br />
recursos de R$ 450 milhões do Fundo Amazônia.<br />
O anúncio do resultado do edital ocorreu no auditório do MMA, com presença da ministra Marina Silva, do ministro<br />
Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e de representantes do<br />
MMA, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), ICMBio (Instituto Chico Mendes de<br />
Conservação Biodiversidade), SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) e Jardim Botânico, do Rio de Janeiro (RJ).<br />
Nas três microrregiões, o Arco da Restauração vai apoiar prioritariamente projetos de restauração ecológica e produtiva<br />
dirigidos a unidades de conservação, terras indígenas e territórios de povos e comunidades tradicionais, APPs (Áreas<br />
de Preservação Permanente) e de RL (Reserva Legal) de assentamentos ou pequenas propriedades (até 4 módulos fiscais),<br />
além de corredores ecológicos, bacias hidrográficas e de áreas públicas não destinadas.<br />
O objetivo é restaurar 24 milhões de ha (hectares) na Amazônia até 2050. A primeira fase, com o edital Restaura<br />
Amazônia, prevê a restauração de 6 milhões de ha considerados prioritários até 2030, com a captura de 1,65 bilhão de<br />
toneladas de carbono da atmosfera.<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Foto: divulgação
NOTAS<br />
Mercado aberto<br />
Um novo desenvolvimento econômico para garantir uma posição internacional de relevância das cadeias produtivas das<br />
fibras naturais foi discutido no Encontro Mundial de Fibras Naturais, realizado recentemente, na sede da FIEB (Federação das<br />
Indústrias do Estado da Bahia), em Salvador (BA). O evento é organizado pelo SINDIFIBRAS (Sindicato das Indústrias de Fibras<br />
Vegetais no Estado da Bahia) e pelas demais entidades privadas ligadas ao setor que cuidam da cadeia de fibras naturais do<br />
Brasil (sisal, juta, malva, coco, piaçava, bambu, seda e cânhamo).<br />
Em depoimento enviado aos participantes, o diretor-geral da ONU-FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação<br />
e a Agricultura), Qu Dongyu, ressaltou que as fibras naturais como juta, abacá, coco, kenaf e sisal – conhecidas como<br />
jacks, movimentam uma economia estimada em U$ 60 milhões por ano, contribuindo para a geração e renda e a segurança<br />
alimentar, além do empoderamento de mulheres rurais, amplamente envolvidas com a produção em todo o mundo. “As<br />
fibras ainda são eco amistosas e têm sido utilizadas de formas inovadoras. Precisamos ampliar esta escala. A tecnologia e a<br />
inovação devem estar no centro das soluções para superar os desafios dessas cadeias”, pontuou Qu.<br />
Eleito presidente do Grupo Intergovernamental de Fibras Naturais da FAO, Wilson Andrade fica no cargo por 2 anos. Também<br />
presidente da Organização Internacional de Fibras Naturais (International Natural Fibers Organization), da CSFN/MAPA<br />
(Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil) e do SINDIFIBRAS, Wilson<br />
afirmou que o setor está recuperando parte do mercado perdido para a indústria das fibras sintéticas. “Estamos buscando<br />
novas oportunidades para nossas fibras naturais e as notícias são positivas. Pela primeira vez, depois de muito tempo, temos<br />
expectativa de crescermos ao menos 1,2% ao ano, nos próximos anos”, anunciou Wilson.<br />
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NOTAS<br />
Eucalipto que dá mel<br />
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As abelhas são os insetos que polinizam mais de 80% das plantas cultivadas no mundo, sendo imprescindíveis na<br />
produção de alimentos e na manutenção da biodiversidade. Por este papel e por gerar uma variedade de produtos, a<br />
apicultura ou meliponicultora tem sido difundida cada vez mais.<br />
O cultivo de abelhas é uma importante fonte de renda para produtores familiares, que comercializam produtos<br />
como mel, própolis e geleia real. O mel é rico em nutrientes como vitaminas, sais minerais e proteínas que auxiliam<br />
na prevenção de doenças respiratórias, no cansaço e insônia. Suas propriedades benéficas à saúde e ampla utilização<br />
na culinária em pratos doces e salgados garantem que o mel esteja sempre presente em nossas vidas.<br />
A fim de unir o respeito ao meio ambiente e à biodiversidade e produzir renda alternativa para as comunidades<br />
das regiões em que está inserida, a associada Eucatex, desde 2004, possui o Programa de Apicultura, em que<br />
permite aos apicultores parceiros a exploração da florada de eucalipto, contribuindo para o uso múltiplo das florestas<br />
plantadas. Assim, os apicultores cadastrados no programa recebem treinamentos anuais que abordam o manejo<br />
das abelhas africanizadas e as atualizações dos procedimentos de segurança, para que as atividades realizadas não<br />
causem qualquer dano ao meio ambiente, como incêndios, ou às pessoas, tanto os colaboradores operacionais ou os<br />
próprios apicultores.<br />
As caixas de abelhas são instaladas em mais de 7 mil ha (hectares) de pasto apícola, nos carreadores dos talhões<br />
próximos à vegetação nativa. Nos últimos 10 anos, foram produzidas mais de 290 toneladas de mel nas áreas de<br />
arrendamento apícola da Eucatex.<br />
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Qualidade<br />
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Eficiência<br />
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campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />
Precisão
NOTAS<br />
Equipamento ideal<br />
Atualmente, os sistemas agroflorestais<br />
estão se tornando cada vez mais comuns,<br />
contribuindo para reduzir a vulnerabilidade<br />
das terras agrícolas e florestais às alterações<br />
climáticas. Ao mesmo tempo, permitem<br />
que as explorações agrícolas aumentem<br />
a sua resiliência e colham os benefícios<br />
e oportunidades daí resultantes. Com o<br />
objetivo de ajudar as empresas agrícolas a<br />
tirar o máximo partido da agrofloresta, a<br />
BKT - como fabricante líder de pneus Off-Highway<br />
- criou dois pneus especificamente<br />
concebidos para satisfazer as necessidades<br />
de utilização mista, em que é vital combinar<br />
a eficiência operacional em terrenos<br />
agrícolas com um excelente desempenho<br />
em áreas florestais.<br />
Os dois pneus FORESTMAX (construção<br />
radial) e FORESTLAND (construção de<br />
lonas cruzadas) respondem exatamente às<br />
necessidades típicas das zonas rurais que<br />
se caracterizam por um elevado grau de<br />
diversidade de terrenos, como é o caso da<br />
agrofloresta - portanto, exigentes do ponto<br />
de vista operacional e altamente desafiantes<br />
para a maquinaria. Estes dois produtos<br />
BKT, lançados há alguns meses, são uma<br />
solução viável e altamente segura, cuja<br />
força reside na sua versatilidade. Segundo<br />
Denis Piccolo, Diretor de Produto de Pneus<br />
Agrícolas, BKT Europe, a empresa procurava<br />
uma solução que respondesse às exigências<br />
das empresas agrícolas que alternam entre<br />
aplicações no campo e atividades mais<br />
exigentes, como as operações em zonas de<br />
bosque e floresta. “Estes dois novos pneus<br />
destacam-se pela sua adaptabilidade à<br />
utilização em terrenos variáveis e acidentados, com muitos ramos, restos de madeira, raízes, pedras e detritos que podem danificar<br />
acessórios inadequados. Não é o caso do FORESTMAX e do FORESTLAND, que são, de facto, duas soluções perfeitas para fazer face às<br />
diferentes necessidades operacionais destes dois ambientes”, salientou Denis.<br />
A robustez e a extraordinária resistência aos cortes e às aparas, mesmo nas condições de utilização mais difíceis, são de facto as<br />
principais características destes dois pneus. O FORESTMAX possui um composto de piso especialmente desenvolvido e uma estrutura<br />
com cintas de aço que reduzem significativamente o risco de furos na floresta; enquanto que em terrenos acidentados e irregulares, o<br />
pneu assegura uma excelente tração e estabilidade graças ao seu forte ombro aberto. O FORESTLAND, por outro lado, é um pneu particularmente<br />
forte e resistente, capaz de enfrentar também as condições mais difíceis, graças a uma carcaça especial de poliéster e à<br />
sua forte parede lateral, garantindo uma longa vida útil do produto. A combinação da resistência do piso e do desenho dos ombros faz<br />
do FORESTMAX um pneu com excelentes propriedades de auto-limpeza, que também pode ser utilizado para algumas operações agrícolas<br />
com tratores, como a lavoura do solo e a trituração de pedras. Em contrapartida, o design de ombros abertos do FORESTLAND<br />
proporciona uma excelente tração em solos macios, enquanto as saliências rígidas e reforçadas do piso garantem uma boa aderência<br />
em qualquer terreno, juntamente com elevadas propriedades de auto-limpeza.<br />
Fotos: divulgação<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Facilitando o trabalho<br />
Foto: Tarcisio Schnaider / Shutterstock.com<br />
Viabilizar o manejo florestal sustentável na Amazônia e aumentar o rendimento da indústria de base florestal da<br />
região com a ajuda da tecnologia são os objetivos de um projeto do INCT (Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia<br />
de Madeiras da Amazônia), apoiado pela Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas).<br />
O projeto do INCT Madeiras da Amazônia é coordenado pelo pesquisador do INPA (Instituto Nacional de Pesquisa<br />
da Amazônia), Niro Higuchi, doutor em engenharia florestal. Além de ser amparado pela Chamada INCT, o projeto é<br />
fruto da parceria entre o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), por intermédio do CNPQ (Conselho Nacional<br />
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em colaboração com o Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento<br />
de Pessoal de Nível Superior) e Fapeam.<br />
Segundo o pesquisador, há um baixo rendimento da indústria madeireira na Amazônia, com cerca de 70% de uma<br />
tora de árvore sendo desperdiçada. Isso afeta diretamente na consolidação do manejo florestal sustentável na região,<br />
surgindo a necessidade de uma série de iniciativas para mudar esse cenário, incluindo o uso da tecnologia.<br />
Ele acrescenta ainda que a idade média das árvores da Amazônia é de 490 anos. A mais antiga possui 1.400 anos e<br />
o atual modelo de exploração florestal tem retirado em torno de 20 m3 (metros cúbicos) de madeira em tora por hectare,<br />
dos quais menos de 30% são transformados em produtos.<br />
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NOTAS<br />
Da sala ao campo<br />
Mês passado, a Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas)<br />
promoveu mais uma edição da Jornada <strong>Florestal</strong> Reflore, evento que propiciou a acadêmicos da FMS (Universidade Federal<br />
de Mato Grosso do Sul) e da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) a conhecer de perto o trabalho de algumas<br />
das associadas e ter uma visão interna sobre o funcionamento e as oportunidades do setor florestal.<br />
A iniciativa, que abrangeu visitas a várias empresas associadas, teve como meta principal estreitar laços entre a comunidade<br />
acadêmica e o mercado de trabalho, dinâmico e receptivo a novos talentos. O evento teve início no auditório da<br />
Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande (MS), com o lançamento da XII<br />
Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios. Logo em seguida, os estudantes seguiram para Ribas do Rio Pardo (MS),<br />
onde visitaram o Projeto Cerrado da Suzano. Neste local, tiveram a oportunidade de conhecer estruturas importantes<br />
como a Torre de Controle e a Colheita <strong>Florestal</strong>.<br />
No decorrer da jornada, os participantes foram até a MS <strong>Florestal</strong>,<br />
também situada em Água Clara (MS). Nesta fase, o grupo<br />
pôde explorar o viveiro de mudas, iniciando pela casa de vegetação<br />
com as matrizes utilizadas para a produção de novas mudas<br />
até a expedição para o plantio. O penúltimo dia foi marcado pela<br />
visita ao Grupo Mutum, onde foi apresentado o Projeto Rural<br />
Sustentável Cerrado com uma manhã de campo, com palestra<br />
técnicas voltadas aos temas de Silvipastoril e Carne Carbono Neutro.<br />
Para encerrar a série de atividades, no dia 19, os acadêmicos<br />
conheceram as instalações do centro de treinamento e da fábrica<br />
de celulose da Eldorado, em Três Lagoas (MS), compreendendo<br />
mais sobre os processos industriais do setor.<br />
Vanessa Santana, coordenadora do GT (grupo de trabalho)<br />
Fitossanidade e da Jornada, avaliou o evento como um sucesso.<br />
“Realizamos essa jornada com o intuito de mostrar como o setor<br />
florestal pode ser interessante para novos talentos. Conhecer na<br />
prática é muito valioso para os estudantes, que saem das salas<br />
de aula e conseguem enxergar como esse mercado é próspero e<br />
repleto de oportunidades”, festejou Vanessa.<br />
Fotos: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Presença ilustre<br />
Foto: divulgação<br />
Comitiva empresarial mato-grossense que representa 523 indústrias associadas ao CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras<br />
e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso) divulga produtos madeireiros de 46 espécies arbóreas nativas durante a Feira Carrefour<br />
International du Bois. A edição de 2024 foi realizada no Exponantes Park, em Nantes, na França. Na abertura do evento<br />
estiveram presentes o presidente do CIPEM, Ednei Blasius, o presidente do FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>),<br />
Frank Rogieri, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, o secretário estadual de desenvolvimento econômico,<br />
César Miranda, a secretária estadual de meio ambiente, Mauren Lazzaretti, o presidente do FIEMT (Sistema Federação das<br />
Indústrias no Estado de Mato Grosso), Sílvio Rangel e a deputada estadual Janaína Riva, do MDB.<br />
Aproximadamente 670 expositores de diferentes países apresentam produtos e soluções para os setores da construção,<br />
moveleiro e stakeholders. A feira bienal atrai profissionais de diversos segmentos relacionados à madeira, incluindo indústrias<br />
de processamento de madeira, fabricantes de máquinas e ferramentas, design de interiores, decoração, móveis e iluminação. O<br />
evento é uma plataforma essencial para descobrir inovações, estabelecer parcerias comerciais e acompanhar as tendências do<br />
mercado.<br />
Ednei Blasius destaca os diferenciais dos produtos florestais de Mato Grosso que estão sendo demonstrados na Feira<br />
Carrefour International du Bois, em um espaço exclusivo e totalmente estruturado em madeira nativa, reservado para o CIPEM.<br />
“Nossos produtos atendem a rigorosos critérios de rastreabilidade, qualidade e diversidade de espécies, com volume de<br />
produção suficiente para suprir a demanda de consumidores nacionais e internacionais”, destacou Ednei. O presidente afirmou<br />
também que Mato Grosso tem 5,025 milhões de ha (hectares) de florestas manejadas e conservadas e produz 7 milhões de<br />
m3 (metros cúbicos) de madeira a partir de Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável, que geraram R$ 66 milhões em impostos<br />
arrecadados em 2022. “É um setor importante para a economia estadual, sendo o principal gerador de receita em vários municípios,<br />
além de ter um sistema de rastreamento da produção florestal que é o mais eficiente do mundo, garantindo a procedência<br />
e legalidade dos produtos mato-grossenses”, enalteceu Ednei.<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Valorização<br />
do trabalho<br />
Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM<br />
(Centro das Indústrias Produtoras e<br />
Exportadoras de Madeira do Estado de<br />
Mato Grosso)<br />
É necessário<br />
entender que a<br />
árvore quando<br />
adquire o seu ponto<br />
de equilíbrio, seu<br />
estágio clímax,<br />
quando já não<br />
cresce mais,<br />
passou a fase de<br />
fotossíntese e libera<br />
pouco oxigênio<br />
https://cipem.org.br<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br<br />
História da sustentabilidade no setor de<br />
base florestal completa 20 anos<br />
O<br />
CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado<br />
de Mato Grosso) foi fundado em 2 de julho de 2004 com o propósito de apoiar<br />
empresários interessados em adotar práticas sustentáveis na produção. Seu<br />
objetivo é agregar empresas comprometidas com o desenvolvimento socioeconômico<br />
e com a preservação do meio ambiente, promovendo a conscientização<br />
sobre o manejo dos recursos naturais e a divulgação transparente das boas práticas de<br />
produção.<br />
Em 2024, o CIPEM comemora 20 anos de existência, representando hoje 523 indústrias de<br />
base florestal e reunindo oito sindicatos empresariais, SINDUSMAD (Sindicato das Indústrias<br />
Madeireiras do Norte do Mato Grosso), SIMNO (Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras<br />
do Noroeste do Mato Grosso), SINDIFLORA (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de<br />
Base <strong>Florestal</strong> do Mato Grosso), SINDINORTE (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio<br />
Norte do Mato Grosso), SIMAS (Sindicato dos Madeireiros de Sorriso), SIMAVA (Sindicato<br />
Intermunicipal das Industrias Madeireiras do Vale do Arinos), SINDILAM (Sindicato das Indústrias<br />
de Laminados e Compensados do Estado do Mato Grosso) e SIMENORTE (Sindicato dos<br />
Madeireiros do Extremo Norte do Mato Grosso), abrangendo 100% dos municípios produtores<br />
de madeira nativa no Estado. Ao longo dessas duas décadas, as diversas gestões à frente do<br />
CIPEM conquistaram importantes vitórias, garantindo a presença do produto florestal mato-<br />
-grossense no mercado global. Cada presidente do CIPEM dedicou-se a incentivar a produtividade<br />
e o consumo consciente da madeira e seus subprodutos, com a missão de agregar cada<br />
vez mais empresas comprometidas com a sustentabilidade ambiental e social.<br />
Para compreender a relevância do setor de base florestal, é crucial conhecer a atividade<br />
econômica do Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável. Poucas pessoas sabem o que representa o manejo<br />
para a proteção do planeta e perenidade da biodiversidade.<br />
O Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável representa também uma solução importante para o produtor<br />
rural, que precisa preservar 80% de sua área de produção como reserva legal no bioma<br />
amazônico. Manter essa área protegida de incêndios ou desmatamento requer um investimento<br />
alto. Em Mato Grosso, o manejo florestal é realizado em propriedades particulares de<br />
reserva legal, dando condições do produtor rural obter retorno financeiro para cuidar da área,<br />
além de gerar emprego e renda para a comunidade local. Esta alternativa traz o benefício adicional<br />
de contribuir para o equilíbrio do regime de chuvas e resguardar os recursos hídricos.<br />
O ciclo do manejo ocorre a cada 25 a 30 anos, sendo colhidas apenas as árvores maduras<br />
previamente selecionadas, em conformidade com as leis ambientais. Em média, de quatro a<br />
seis árvores são retiradas por hectare. Além disso, o manejo florestal contribui para a mitigação<br />
das mudanças climáticas. A árvore, durante seu processo de fotossíntese, captura carbono.<br />
Após convertida em produto florestal acabado, como móveis, deck, forro, lambril, entre<br />
outros, estoca o carbono retirado da atmosfera. Essa é uma das grandes contribuições do<br />
setor florestal em prol da mitigação do aquecimento global e das mudanças climáticas. Durante<br />
o manejo florestal, é estimulado o metabolismo da floresta, permitindo o crescimento das<br />
espécies arbóreas remanescentes, quando se inicia o novo processo de captura de CO2 para<br />
que essas pequenas plantas se tornem árvores. É necessário entender que a árvore quando<br />
adquire o seu ponto de equilíbrio, seu estágio clímax, quando já não cresce mais, passou a<br />
fase de fotossíntese e libera pouco oxigênio. Com a colheita da madeira e o crescimento de<br />
novas árvores, a captura de CO2 e liberação de oxigênio são estimuladas.<br />
Outro aspecto importante do manejo florestal é a conservação da biodiversidade. Explorando<br />
a reserva legal de forma sustentável, é possível manter um ambiente favorável para a<br />
biodiversidade, assegurando que ela permaneça intacta. A proteção do habitat é essencial<br />
para que espécies da flora e fauna continuem se desenvolvendo.<br />
O CIPEM destaca a importância de implementar cada vez mais a prática do manejo florestal<br />
sustentável, com o devido monitoramento e promover o uso da madeira nativa pela sociedade,<br />
seja na construção civil, nas indústrias de móveis, entre outros setores, para garantir sua<br />
relevante contribuição para as agendas climáticas.
FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
A silvicultura surge não só como<br />
atividade econômica importante,<br />
mas também como recuperadora<br />
de solo. Portanto, ela é um<br />
ativo nas questões ambientais,<br />
e, naturalmente, ela cumpre o<br />
papel de ocupar espaços em um<br />
território que estaria abandonado,<br />
isolado por outras atividades<br />
Deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), durante<br />
a discussão sobre o projeto de lei que retiraria a<br />
necessidade de licença para plantio de eucalipto<br />
“No sistema ILPF (integração<br />
lavoura, pecuária e floresta) o<br />
produtor só tem ganho, porque<br />
primeiro, ele aumenta sua<br />
produtividade com a lavoura,<br />
melhora a qualidade do solo e,<br />
além disso, tem a renda extra da<br />
floresta, em que ele pode vender<br />
essa madeira, além de melhorar<br />
a ambiência para o gado. É um<br />
sistema de produção que tem<br />
funcionado muito bem no norte e<br />
noroeste do Paraná”<br />
“A vespa-da-madeira<br />
representa uma ameaça<br />
significativa para as<br />
plantações de pinus em<br />
Santa Catarina. Estamos<br />
empenhados em fornecer<br />
todo o suporte necessário<br />
aos produtores para mitigar<br />
os danos causados por<br />
essa praga e garantir a<br />
sustentabilidade da atividade<br />
madeireira em nosso Estado”<br />
Jucival Pereira de Sá, diretor da SEM (Sociedade<br />
Rural de Maringá) durante seminário na Expoingá<br />
2024<br />
Paulo de Borba, engenheiro-agrônomo da Cidasc,<br />
sobre o Programa Estadual de Monitoramento da<br />
Vespa-da-Madeira<br />
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ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Devolvendo para a<br />
SOCIEDADE<br />
Giving back to society<br />
ENTREVISTA<br />
A<br />
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)<br />
é um dos maiores símbolos de sucesso<br />
do Brasil. A empresa fundada há 50 anos dedica-<br />
-se unicamente a pesquisar, planejar e atender<br />
demandas que a população pode ter dentro de<br />
sua atuação. A entidade governamental é a unidade da empresa<br />
que conversa diretamente com tudo que envolve a produção<br />
florestal e suas aplicações. Marcelo Francia Arco-Verde,<br />
novo chefe-geral da unidade, compartilha sua história e as<br />
principais ações da empresa para o Brasil.<br />
T<br />
he Brazilian Agricultural Research Corporation<br />
(Embrapa), a government agency, is one of Brazil’s<br />
greatest symbols of success. Founded 50 years<br />
ago, Embrapa is dedicated exclusively to research,<br />
planning, and meeting the needs of the population in its area<br />
of activity. Embrapa Florestas is the unit of the Company that<br />
deals directly with everything related to forest production and<br />
its applications. Marcelo Francia Arco-Verde, the new General<br />
Manager of the unit, shares his story and the Company’s main<br />
actions for Brazil.<br />
Marcelo Francia<br />
Arco-Verde<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Graduado em Engenharia <strong>Florestal</strong> pela UFPR (Universidade Federal<br />
do Paraná); Tem especialização em Sistemas Agroflorestais no<br />
CATIE (Centro Agronómico de Investigación y Ensenanza da Costa<br />
Rica) e Doutorado em Sistemas Agroflorestais pela UFPR; Pesquisador<br />
da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)<br />
desde 1994 e atualmente é Chefe Geral da EMBRAPA Florestas –<br />
Centro Nacional de Florestas.<br />
Graduated in Forestry Engineering from UFPR (Federal University<br />
of Paraná); He has a specialization in Agroforestry Systems at<br />
CATIE (Centro Agronómico de Investigación y Ensenanza da Costa<br />
Rica) and a PhD in Agroforestry Systems from UFPR; Researcher at<br />
EMBRAPA (Brazilian Agricultural Research Corporation) since 1994<br />
and is currently Chief Executive of EMBRAPA Florestas – National<br />
Forests Center.<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
>> Como nasceu seu interesse pela engenharia florestal?<br />
Preciso voltar aos meus 8 anos de idade, quando fui escoteiro,<br />
desde lobinho e quando cheguei aos 17 anos, queria uma profissão<br />
que me mantivesse próximo da natureza. Vi algumas opções<br />
como agronomia, veterinária e engenharia florestal, que foi<br />
a que me chamou mais atenção. Quando entrei imaginava que<br />
iria trabalhar no meio do mato, mas dentro do curso descobri as<br />
outras áreas e vertentes, que me abriram a mente ainda mais.<br />
Me formei em 1989 e antes da Embrapa lecionei na Universidade<br />
Técnica de Delbene, na Amazônia boliviana, onde ministrei<br />
as disciplinas de silvimetria e fotogrametria durante um ano. Em<br />
1990 voltei, coloquei meu currículo debaixo do braço e consegui<br />
trabalhar no município de Presidente Figueiredo, em Roraima<br />
(RR).<br />
>> Como foi essa experiência antes da Embrapa?<br />
Em Roraima tive meu primeiro contato com agricultores familiares<br />
e fui muito impactado. O que até hoje vemos e que na época<br />
era muito mais intenso é a visão de que a floresta é um problema<br />
e atrapalha a produção. E mudar uma cultura tão enraizada<br />
é muto difícil. Mas aceitei a missão e há mais de 30 anos trabalhei<br />
com a implantação dos primeiros sistemas agroflorestais<br />
no Brasil, que eram uma novidade por aqui. Foi a partir desses<br />
projetos que tive meus primeiros trabalhos com a Embrapa,<br />
ainda do lado da iniciativa privada, mas em 1994, passei em<br />
um concurso e no finalzinho do ano, entrei como pesquisador e<br />
aqui estou até hoje.<br />
>> Pode resumir seus 30 anos dentro da Embrapa?<br />
Em entrei na Embrapa em Roraima, iniciando trabalhos com silvicultura<br />
de nativas, mas também conhecendo e fazendo testes<br />
em eucaliptos e pinus. Como já tinha me encantado com a ideia<br />
da produção agroflorestal, passei boa parte dos meus primeiros<br />
anos fomentando e ajudando a implantar esses sistemas. O agricultor<br />
está acostumado com culturas de médio e curto prazo,<br />
que geram frutos três ou quatro vezes ao ano, e a floresta não<br />
é assim. Essa situação nos levou a entender como produtos não<br />
madeireiros poderiam entrar na conta, como poderiam fazer<br />
parte da produção daquelas propriedades, com a produção de<br />
frutos, cascas, óleos essenciais e tantos outros. Essa percepção<br />
me fez olhar também para o foco econômico que a produção<br />
deve ter e por estar em uma empresa, vi o quanto isso poderia<br />
ajudar, o quanto a floresta pode ser um componente de melhoria<br />
para a produção e gerar resultados melhores para as famílias.<br />
Dessa linha de pensamento partiram minhas especializações<br />
acadêmicas que me levaram a chefiar a pesquisa da Embrapa<br />
Roraima por 4 anos. No total foram 18 anos em Roraima e desde<br />
2012 estou na Embrapa Florestas.<br />
>> Como avalia a questão da preservação ambiental e conservação<br />
em relação ao trabalho no norte e no sul do país?<br />
É importante destacar que quando falamos de preservação e<br />
de conservação, que só se produz em ambiente conservado<br />
e equilibrado, ninguém consegue plantar nada esperando ter<br />
resultados em um ambiente com solo sem nutrientes, com falta<br />
ou sobra de umidade, essa conservação é chave para as culturas<br />
How did you become interested in forestry?<br />
I have to go back to when I was 8 years old when I was a<br />
Boy Scout, and when I turned 17, I wanted a career that<br />
would keep me close to nature. I saw a few options like<br />
agronomy, veterinary science, and forestry, and it was the<br />
latter that caught my eye. When I enrolled, I imagined<br />
working in the middle of the forest, but during the course,<br />
I discovered other areas and fields that opened my mind<br />
even more. I graduated in 1989, and before working at<br />
Embrapa, I taught forestry and photogrammetry at the<br />
Technical University of Delbene in the Bolivian Amazon for<br />
a year. In 1990, I returned with my resume under my arm<br />
and managed to work in the municipality of Presidente<br />
Figueiredo in Roraima (RR).<br />
What was your experience before Embrapa?<br />
In the State of Roraima, I had my first contact with family<br />
farmers, and I was very impressed. What we still see today,<br />
and what was much more intense at the time, is the view<br />
that the forest is a problem and hinders production. And<br />
it is very difficult to change such an ingrained culture.<br />
But I accepted the mission, and more than 30 years ago,<br />
I worked on the implementation of the first agroforestry<br />
systems, which were a novelty in Brazil at the time. From<br />
these projects, I first worked with Embrapa, still on the<br />
private side, but in 1994, I passed a competitive entrance<br />
exam. At the end of the year, I joined as a research engineer,<br />
and I am still here today.<br />
Can you summarize your 30 years with Embrapa?<br />
I joined Embrapa in Roraima, where I started working with<br />
native forests, but I also got to know and test eucalyptus<br />
and pine. Since I had already fallen in love with the idea<br />
of agroforestry production, I spent much of my early years<br />
promoting and helping to implement these systems. Farmers<br />
are used to medium- and short-term crops that bear<br />
fruit three or four times a year, and the forest is not like<br />
that. This situation led us to understand how non-timber<br />
products could be taken into account and how they could<br />
be part of the production of these properties, with the<br />
production of fruits, bark, essential oils, and many others.<br />
From this line of thinking came my academic specializations,<br />
which led me to direct research at Embrapa Roraima<br />
for four years. In total, I have spent 18 years in Roraima,<br />
and since 2012, I have been at Embrapa Florestas.<br />
How do you assess the issue of environmental protection<br />
and conservation in relation to your work in the North<br />
and South of the Country?<br />
It is important to emphasize that when we talk about<br />
preservation and conservation, you can only produce in a<br />
preserved and balanced environment. No one can plant<br />
anything and expect to get results in an environment<br />
with soil without nutrients and a lack or excess of moisture.<br />
That is why we talk a lot here about the intensity of<br />
production. This intensity is what dictates the pace of the<br />
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Equipamentos desenvolvidos com foco em<br />
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ENTREVISTA<br />
florestais. Por isso, falamos muito aqui de intensidade de produção.<br />
Essa intensidade é o que dita o ritmo de toda a cadeia<br />
produtiva e garante resultados. Isso se aplica quando pensamos<br />
em números de área produtiva de uma região do país e outra.<br />
No norte os produtores podem utilizar 20% das áreas de sua<br />
propriedade, mas são propriedades de milhares de hectares,<br />
enquanto no sul pode ser utilizado até 80% da área, mas são<br />
espaços de, quando muito, 300 ha (hectares). Avaliar essas realidades<br />
e entender como cada situação se adequa melhor é uma<br />
das nossas principais frentes de trabalho, pois entregamos, ou<br />
tentamos entregar, respostas que atendam a sociedade dentro<br />
de suas particularidades.<br />
>> Quais as principais frentes de pesquisa da Embrapa Florestas?<br />
Colocaria seis frentes como as principais da nossa unidade:<br />
Recursos naturais e mudanças do uso do solo; Bioeconomia;<br />
Mudanças climáticas; Sistemas produtivos; Ecologia e Fitossanidade.<br />
Agora dentro de cada uma delas temos uma grande<br />
multiplicação de ideias e subdivisões. Em recursos naturais por<br />
exemplo no monitoramento ambiental, diversidade, fauna e<br />
tantos outros. Na bioeconomia, biorrefinaria, de produtos madeireiros<br />
e não madeireiros, zoneamento agrícola e bioinsumos.<br />
Em sistemas produtivos temos integração lavoura pecuária floresta,<br />
toda parte da economia silvicultural. É importante ressaltar<br />
que cada uma delas se conversam e se ajudam a desenvolver<br />
continuamente. É uma prática que não é apenas vertical, mas<br />
que abrange vários campos simultaneamente. Temos a parte de<br />
bioinseticidas, que estão dentro da fitossanidade. Enfim, em resumo<br />
são essas seis, mas temos pesquisadores indo para vários<br />
campos diferentes e deixamos as portas da Embrapa Florestas<br />
abertas para quem quiser nos conhecer.<br />
>> Além do cargo na Embrapa, ocupa a presidência da Sociedade<br />
Brasileira de Sistemas Agroflorestais. Como esse tipo de<br />
cultura pode contribuir para o desenvolvimento da base florestal<br />
nacional?<br />
É uma área bastante grande e promissora. A nossa sociedade de<br />
sistemas florestais foi criada em 2001 e a partir de então o que<br />
definimos para estar sob esse guarda-chuva é ter a presença<br />
florestal em suas culturas. Quando são produtos agrícolas, como<br />
milho, trigo, mandioca e afins o termo correto é consórcio, e<br />
para ser sistema agroflorestal, precisa de árvore. Trabalhamos<br />
apresentando e desenvolvendo para os lavoreiros e pecuaristas<br />
e normalmente vemos uma resistência maior por parte dos<br />
lavoreiros, pois esses estão acostumados a três ciclos anuais de<br />
plantio enquanto os pecuários tem uma paciência e entendem<br />
um pouco melhor a demanda de tempo que a floresta exige.<br />
Esse ano teremos o nosso congresso, que acontece a cada 2<br />
anos e será totalmente online e irá fomentar ainda mais essa<br />
atividade.<br />
>> Qual a importância das parcerias com a iniciativa privada<br />
para a Embrapa Florestas?<br />
Nosso objetivo com essas parcerias é atender primeiramente a<br />
sociedade. Nós, como Empresa pública, temos como principal<br />
entire production chain and guarantees results. This is<br />
true when we think about production area figures for one<br />
region of the Country and another. In the North, producers<br />
can use 20% of the land on their property, but these are<br />
properties of thousands of hectares, while in the South,<br />
they can use up to 80% of the land, but these are spaces of<br />
at most 300 hectares. Assessing these realities and understanding<br />
how best to adapt to each situation is one of our<br />
main fronts of work because we provide, or try to provide,<br />
answers that serve society in its particularities.<br />
What are the main research fronts of Embrapa Florestas?<br />
I would identify six fronts as the main ones in our unit: Natural<br />
resources and land use change; bioeconomy; climate<br />
change; production systems; ecology; and plant health.<br />
Now, within each of these, we have a great multiplication<br />
of ideas and subdivisions. Natural resources, for example,<br />
include environmental monitoring, biodiversity, and many<br />
others. Bioeconomy includes biorefineries, wood and nonwood<br />
products, agricultural zoning, and bioinputs. In production<br />
systems, we have crop-livestock-forest integration<br />
and the whole forest economy. It is important to emphasize<br />
that all of these areas talk to each other and help each<br />
other evolve. It is not just a vertical practice but one that<br />
covers several areas at the same time. We have bioinsecticides,<br />
which are part of plant health. In short, there<br />
are these six, but we carry out research in many different<br />
areas, and we leave the doors of Embrapa Florestas open<br />
to anyone who wants to get to know us.<br />
In addition to your position at Embrapa, you are also<br />
president of the Brazilian Society of Agroforestry Systems.<br />
How can this type of culture contribute to the development<br />
of the national forest base?<br />
This is a very large and promising area. Our Society of<br />
Forestry Systems was created in 2001, and since then,<br />
what we have defined under this umbrella is having a<br />
forest presence in your crops. When it comes to agricultural<br />
products like corn, wheat, cassava, and the like, the<br />
correct term is a consortium, and to be an agroforestry<br />
system, you need a tree. We are working to present and<br />
develop agroforestry for farmers and ranchers. We usually<br />
see more resistance from farmers because they are used<br />
to three annual planting cycles, while ranchers are more<br />
patient and understand the time demands of forestry a<br />
little better. This year, we will have our biennial congress,<br />
which will be completely online and will further promote<br />
this activity.<br />
How important is the integration of Embrapa Florestas’<br />
research with the Company’s other units?<br />
The researchers of Embrapa Florestas in the northern units,<br />
Embrapa Grains and Embrapa Livestock, act as a source of<br />
information for these other units. Each region has specific<br />
needs, and that is why we have these professionals in the<br />
field in other units. One of the realities we used to have<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
A SOLUÇÃO EFICAZ<br />
E SUSTENTÁVEL NO MANEJO<br />
DAS FORMIGAS CORTADEIRAS<br />
0800 180 3000<br />
R. URUGUAI, 2100<br />
PQ. IND. CEL QUITO JUNQUEIRA<br />
RIBEIRÃO PRETO - SP<br />
ATTAMEX
ENTREVISTA<br />
serviço informações, protocolos, tecnologias e afins. Nosso intuito<br />
é atender as demandas da sociedade e essas informações<br />
produzidas dentro das mais de 40 unidades da Embrapa são<br />
para gerar resultados para toda a sociedade. O que entendemos<br />
nessas parcerias é que uma demanda trazida por um empresário,<br />
como uma praga, pode se alastrar por toda uma zona produtiva<br />
ou mesmo para todo o setor florestal. Enfatizo que ajudamos<br />
o empresário, pois é ele que está na linha de frente de<br />
muitas atividades e percebe de maneira mais rápida o que está<br />
acontecendo, mas nosso foco não é prestar serviços para uma<br />
empresa e sim, a partir de uma demanda, entregar um resultado<br />
grande para toda a sociedade. A solução que um empresário<br />
nos apresenta pode ser solução para empresas de vários lugares<br />
e regiões diferentes.<br />
>> Qual a importância da integração de pesquisa da Embrapa<br />
Florestas com as outras unidades da empresa?<br />
Temos sete unidades da região norte, na Amazônia, e no centro<br />
nacional de florestas conseguimos sempre trabalhar em conjunto<br />
nesse sistema. Inclusive temos pesquisadores da Embrapa<br />
Florestas nas unidades do norte, nas Embrapa grãos, na Embrapa<br />
pecuária, e eles atuam como uma fonte de informações<br />
para essas outras unidades. Cada região apresenta demandas<br />
específicas e por isso temos esses profissionais no campo em<br />
outras unidades. Uma realidade que tínhamos antes era uma<br />
verdadeira competição entre unidades, com uma visão não integrada<br />
das atividades, mas graças a um grande esforço de todos,<br />
isso mudou e hoje atuamos como uma grande empresa em âmbito<br />
nacional e aproveitando que cada pesquisador apresenta<br />
em todas as unidades, em divisões ou competições. Além disso,<br />
temos na tecnologia uma parceira muito grande para diminuir<br />
as distâncias, pois podemos com uma videochamada sanar<br />
demandas do outro lado do país e ajudar no desenvolvimento<br />
de estudos que podem mudar realidades locais. Recentemente,<br />
unimos a Embrapa Florestas com a Embrapa do Maranhão e<br />
mais algumas unidades para tentar levar soluções de produção<br />
agrícola para uma comunidade indígena do Maranhão com mais<br />
de 15 pessoas que sofrem com a fome. Essa união das unidades<br />
pode e vai fazer cada vez mais diferença para o Brasil.<br />
>> Como as pesquisas da entidade podem contribuir em ações<br />
de recuperação e regeneração florestal?<br />
A legislação obriga agricultores que estão acima de quatro módulos<br />
fiscais a restaurarem suas áreas. Essas áreas normalmente<br />
são APPs (Áreas de Preservação Permanente) e áreas de reserva<br />
legal que estão dentro das propriedades rurais. Por muito tempo<br />
realizar essa preservação gerava apenas custo para o agricultor<br />
e esse custo ficava apenas com o agricultor. Isso mudou há<br />
aproximadamente 15 anos, pois a legislação evoluiu e abriu a<br />
possibilidade para que o agricultor pudesse produzir lá dentro,<br />
o que muda a realidade dos fatos. Antes o agricultor virava as<br />
costas para essas áreas e agora ele as vê com bons olhos. Reforço<br />
que a intensidade da produção é uma chave para o sucesso,<br />
mas gerar renda dessas áreas é uma evolução para o produtor.<br />
No final disso o produtor tem uma área protegida, sem prejuízos<br />
e, na verdade, gerando recursos para ele.<br />
was a real competition between the units, with a non-integrated<br />
view of the activities, but thanks to a great effort on<br />
everyone’s part, this has changed. Today, we act as one big<br />
company at the national level, taking advantage of the fact<br />
that each researcher is present in all the units, in divisions<br />
or struggles. What is more, we have a great partner in<br />
technology to bridge the gap, as we can use a video call<br />
to meet demands on the other side of the Country and<br />
help develop studies that can change local realities. We<br />
recently united Embrapa Florestas together with Embrapa<br />
Maranhão and some other units to try to bring agricultural<br />
production solutions to an indigenous community in Maranhão<br />
with more than 15 people suffering from hunger. This<br />
union of units can and will increasingly make a difference<br />
in Brazil.<br />
How can the organization’s research contribute to the<br />
recovery and regeneration of forests?<br />
The legislation obliges farmers with more than four tax<br />
modules to restore their areas. These areas are usually<br />
Permanent Preservation Areas (APP) and Legal (LR) located<br />
within rural properties. For a long time, carrying out these<br />
conservation measures was only a cost for the farmer,<br />
which he had to bear. This changed about 15 years ago<br />
when legislation evolved and opened the possibility for<br />
farmers to produce inside the areas, which changed the<br />
reality of the facts. Before, the farmer turned his back on<br />
these areas, and now he sees them in a positive light. I<br />
emphasize that the intensity of production is the key to<br />
success, but generating income from these areas is an evolution<br />
for the producer. At the end of the day, the producer<br />
has a protected area without losses, and he is generating<br />
resources for himself.<br />
How can the organization’s research contribute to the<br />
recovery and regeneration of forests?<br />
The legislation obliges farmers with more than four tax<br />
modules to restore their areas. These areas are usually<br />
APPs (Permanent Preservation Areas) and legal reserves<br />
located within rural properties. For a long time, carrying<br />
out these conservation measures was only a cost for<br />
the farmer, and the farmer had to bear the cost. This<br />
changed about 15 years ago, when legislation evolved<br />
and opened the possibility for farmers to produce inside,<br />
which changed the reality of the facts. Before, the farmer<br />
turned his back on these areas, and now he sees them in a<br />
positive light. I emphasize that the intensity of production<br />
is a key to success, but generating income from these areas<br />
is an evolution for the producer. At the end of the day, the<br />
producer has a protected area without losses, and he is<br />
generating resources for himself.<br />
The Company is constantly studying forest pests. What<br />
are the main ones, and how has EMBRAPA helped control<br />
them?<br />
The main pests affect pine, eucalyptus, and yerba mate.<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
DENTE PARA FELLER<br />
O presente mais<br />
precioso para os homens<br />
da COLHEITA FLORESTAL<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
ENTREVISTA<br />
>> As pragas florestais são objeto de estudo contínuo da empresa.<br />
Quais as principais e como a Embrapa tem contribuído<br />
no combate delas?<br />
As principais pragas atingem pinus, eucalipto e erva-mate. No<br />
pinus temos a vespa da madeira e o pulgão gigante do pinus.<br />
Nosso laboratório está desenvolvendo um bioinseticida natural<br />
com até 70% de resultados contra a vespa da madeira. Para o<br />
pulgão há também o uso de inseticidas orgânicos, que apresentam<br />
números próximos a 60% da presença do pulgão nas<br />
florestas. Para erva-mate a broca da erva-mate é o principal problema,<br />
também foi criado um bioinseticida focado no combate<br />
a essa broca. Para o eucalipto há um percevejo que é controlado<br />
com vespas, pois é um outro inseto, que é inofensivo para a<br />
erva-mate, mas tem como inimigo natural o pulgão, então a produção<br />
em grande escala dessa vespa auxilia no combate as pragas.<br />
Além disso, temos um sistema muito efetivo para facilitar a<br />
vida do produtor na hora de decidir quanto de iscas formicidas<br />
devem ser usada no plantio de acordo com cada momento do<br />
ciclo florestal, o que gera economia e amplia resultados.<br />
>> A Embrapa é um grande sucesso em relação a investimento<br />
feito e os resultados apresentados. Qual a chave desse sucesso?<br />
Nossa chave é estar atento ao que a sociedade precisa. Atualmente<br />
para cada R$ 1 investido na Embrapa, o retorno está,<br />
segundo dados mais recentes, na casa dos R$ 22. Claro, isso não<br />
vem em dinheiro diretamente, mas pode gerar diminuição de<br />
custos, prevenir gastos e assim o balanço social da Embrapa é<br />
altamente positivo. Muitas vezes a sociedade nem imagina as<br />
demandas que pode ter daqui 10 anos ou 15 anos, mas nós, no<br />
campo de pesquisa, precisamos estar atentos para o que pode<br />
vir a acontecer e no caso da floresta, é ainda mais difícil, pois os<br />
ciclos das plantas são muito maiores.<br />
>> Qual seu principal objetivo à frente da entidade?<br />
Aproveito essa última pergunta para destacar que o meu objetivo<br />
com a equipe é ter um equilíbrio nas áreas. Sempre há<br />
um campo mais favorecido que outro, sempre existe uma área<br />
mais forte que a outra, mas existe a possibilidade de fortalecer<br />
algumas áreas de quem está mais fraco e incluir outras novas.<br />
Por exemplo, me baseando nos seis eixos que apresentei lá no<br />
começo, tenho que avaliar e escolher como posso valorizar cada<br />
um deles. Temos aqui uma gestão onde estamos fortalecendo<br />
a participação de todos os empregados, focados na sociocracia,<br />
então decisões importantes são divididas, preciso confiar<br />
nos meus cargos comissionados e delegar ações para que eles<br />
ganhem empoderamento e tenham confiança nas ações deles.<br />
Não é o fato de estar aqui como chefe geral que necessariamente<br />
preciso saber de tudo e preciso tomar todas as decisões, cada<br />
empregado no nosso centro tem a mesma responsabilidade<br />
que eu, a diferença é que tenho uma responsabilidade ainda<br />
maior nessas decisões. Tenho falado muito e batido na tecla<br />
da proatividade, e acredito que essa seja a chave do que quero<br />
fazer em minha gestão, valorizar a equipe e elevar ainda mais os<br />
resultados.<br />
In pine, we have the wood wasp and the giant pine aphid.<br />
Our lab is developing a natural bioinsecticide that is up to<br />
70% effective against the wood wasp. For aphids, we also<br />
use organic insecticides that have reduced the presence<br />
of aphids in the forest by about 60%. For yerba mate, the<br />
yerba mate borer is the main problem. A bioinsecticide has<br />
also been developed to control this borer. For eucalyptus,<br />
there is a bug that is controlled with wasps as it is an insect<br />
that is harmless to yerba mate, but its natural enemy is the<br />
aphid, so the large-scale production of this wasp helps to<br />
control pests. In addition, we have a very effective system<br />
that makes life easier for the producer when it comes to<br />
deciding how much formicide to use in the plantation,<br />
according to each moment of the forest cycle, which generates<br />
savings and increases results.<br />
Embrapa is a great success in terms of investment and<br />
results. What is the key to this success?<br />
Our key is to pay attention to what society needs. Now,<br />
for every R$ 1 invested in Embrapa, the return, according<br />
to the latest data, is about R$ 22. Of course, this does not<br />
come directly in the form of money, but it can reduce costs,<br />
preventing expenses. Therefore, the social balance of Embrapa<br />
is very positive. Often, society cannot even imagine<br />
the demands it might have in 10 or 15 years, but we in the<br />
research field must be aware of what might happen. And<br />
in the case of forestry, it is even more difficult because the<br />
plant cycles are much longer.<br />
What is your main objective as head of the organization?<br />
I would like to use this last question to say that my goal<br />
with the team is to have a balance in the areas. There is<br />
always one area that is more favored than another, and<br />
there is always one area that is stronger than another, but<br />
there is the possibility of strengthening some of the weaker<br />
areas and adding new ones. For example, based on the six<br />
axes that I mentioned above, I have to evaluate and choose<br />
how to strengthen each of them. We have a management<br />
team here where we are strengthening the participation<br />
of all employees, focusing on sociocracy so that important<br />
decisions are shared. I must trust my delegated positions<br />
and delegate actions to the professionals so that they gain<br />
empowerment and confidence in their actions. It is not<br />
because I am here as General Manager that I necessarily<br />
have to know everything and make all the decisions. Every<br />
employee in our center has the same responsibility as I do.<br />
The difference is that I have an even greater responsibility<br />
for those decisions. I have talked a lot about proactivity,<br />
and I think that is the key to what I want to do in my<br />
management: to value the team and to achieve even more<br />
productive results.<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Roupa anticorte no<br />
manejo de árvores:<br />
quando usar<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
Mestre em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Uma das formas mais eficazes de proteger os trabalhadores contra lesões é o uso de roupa anticorte,<br />
visto que existem diversos tipos, cada uma destinada a proteger diferentes partes do corpo<br />
O<br />
manejo de árvores é uma atividade que requer atenção<br />
e cuidados especiais devido aos riscos envolvidos,<br />
especialmente quando se utiliza motosserras e outras<br />
ferramentas de corte. Uma das formas mais eficazes<br />
de proteger os trabalhadores contra lesões é o uso de<br />
roupa anticorte.<br />
IMPORTÂNCIA DA ROUPA ANTICORTE<br />
A roupa anticorte é um EPI essencial e obrigatório para os trabalhadores<br />
que operam motosserras. Ela é projetada para minimizar<br />
o risco de lesões graves em caso de contato acidental com a lâmina<br />
da motosserra. Essa proteção é crucial para garantir a segurança dos<br />
operadores, prevenindo acidentes que podem resultar em cortes<br />
profundos, amputações e até fatalidades.<br />
COMO FUNCIONA A ROUPA ANTICORTE<br />
A roupa anticorte é confeccionada com materiais especialmente<br />
desenvolvidos para resistir à introdução da lâmina da motosserra.<br />
Entre os materiais mais comuns estão as fibras de poliéster de<br />
alta tenacidade com proteção interna de oito camadas. Quando o<br />
conjunto de corte da motosserra entra em contato com a roupa, as<br />
fibras são desfiadas e se enredam na corrente, travando o pinhão e<br />
impedindo a continuidade do movimento da corrente da motosserra.<br />
TIPOS DE ROUPA ANTICORTE<br />
Existem diversos tipos de roupas anticorte, cada uma destinada a<br />
proteger diferentes partes do corpo:<br />
• Calças anticorte: são talvez o tipo mais comum de roupa anticorte.<br />
Projetadas para proteger as pernas, uma das áreas mais vulneráveis<br />
durante o uso de motosserras, elas podem ser do tipo calça<br />
completa ou perneiras, que são presas por cima das calças normais.<br />
• Camisa ou jaquetas anticorte: protegem o tronco e os braços.<br />
São importantes especialmente em situações onde há a possibilidade<br />
de contato da motosserra com a parte superior do corpo, em caso<br />
de rebote, por exemplo.<br />
• Luvas anticorte: protegem as mãos, que estão em contato direto<br />
com a motosserra. Elas combinam materiais resistentes ao corte<br />
com design ergonômico para manter a destreza do operador.<br />
• Botas anticorte: possuem biqueiras de aço e composite e são<br />
reforçadas com materiais resistentes ao corte como poliéster de alta<br />
tenacidade na língua, protegendo os pés e tornozelos.<br />
de aprovação - CA é emitido pelo MTP (Ministério do Trabalho e Previdência),<br />
a pedido do fabricante ou importador.<br />
MELHORES PRÁTICAS PARA USO<br />
Para garantir a máxima proteção, é crucial seguir algumas melhores<br />
práticas ao utilizar roupa anticorte:<br />
Treinamento adequado: operadores de motosserra devem receber<br />
treinamento sobre o uso correto dos EPIs, incluindo como vestir<br />
e ajustar corretamente a roupa anticorte, bem como operar a motosserra<br />
com segurança.<br />
• Inspeção regular: a roupa anticorte deve ser inspecionada regularmente<br />
para identificar danos ou desgaste. Qualquer peça danificada<br />
deve ser substituída imediatamente.<br />
• Uso completo dos EPIs: além da roupa anticorte, é essencial o<br />
uso de outros EPIs, como capacete, protetor facial, óculos de segurança<br />
e protetor auricular, por exemplo.<br />
• Manutenção adequada: seguir as instruções do fabricante para<br />
a manutenção e limpeza das roupas anticorte, garantindo que as fibras<br />
mantenham sua integridade e eficácia.<br />
BENEFÍCIOS DO USO DE ROUPA ANTICORTE<br />
Os benefícios do uso de roupa anticorte vão além da proteção<br />
física. Eles incluem:<br />
• Conformidade com normas: usar EPIs adequados é uma exigência<br />
de normativas de segurança e saúde no trabalho, como a<br />
NR-6 no Brasil.<br />
• Tranquilidade para os trabalhadores: saber que estão protegidos<br />
permite que os operadores trabalhem com mais confiança e<br />
eficiência.<br />
• Redução de custos: a prevenção de acidentes reduz custos<br />
médicos e de afastamentos, além de minimizar interrupções na produtividade.<br />
A roupa anticorte é uma parte fundamental do conjunto de EPIs<br />
para operadores de motosserra no manejo de árvores. Sua utilização<br />
correta pode prevenir acidentes graves, protegendo a saúde e a segurança<br />
dos trabalhadores. Investir em roupas de qualidade e garantir<br />
o treinamento adequado dos operadores são medidas essenciais<br />
para a criação de um ambiente de trabalho seguro e eficiente.<br />
NORMAS E CERTIFICAÇÕES<br />
A eficácia da roupa anticorte é regulada por normas e certificações<br />
que garantem que os produtos estejam em conformidade com<br />
a NR 06 e atendam os padrões de segurança. No Brasil o certificado<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Foto: divulgação
PRINCIPAL<br />
Preparar, apontar,<br />
FUTURO<br />
Experiência de mercado, novas<br />
tecnologias e proximidade com<br />
clientes dão o norte de nova fase<br />
de empresa de equipamentos para<br />
combate a incêndios florestais<br />
Fotos: divulgação<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
Preparing for the Future<br />
Market experience, new technologies, and customer<br />
proximity guide the new phase of the forest firefighting<br />
equipment company<br />
Junho 2024<br />
51
PRINCIPAL<br />
N<br />
a Equilíbrio Equipamentos desenvolver equipamentos<br />
e tecnologias para o combate a incêndios florestais é<br />
mais que um negócio, é uma missão. A empresa do<br />
interior paulista é uma das líderes no segmento e para<br />
continuar nessa toada não para de investir em equipamentos,<br />
tecnologias e principalmente na valorização e proximidade<br />
com seus clientes. Isso é fruto da união de todos os colaboradores<br />
da empresa em um único objetivo: gerar mais segurança e eficiência<br />
nas operações que a Equilíbrio está presente.<br />
Aberto Jorge Laranjeiro, diretor da Equilíbrio Equipamentos,<br />
avalia o momento da empresa como uma fase de renovação, com<br />
uma política comercial de maior aproximação dos seus clientes, com<br />
a ampliação das opções de configurações dos seus equipamentos<br />
de combate a incêndios, visando atender de modo mais adequado<br />
a necessidade de cada cliente. Por isso, já pensando em futuro, as<br />
perspectivas são de uma continuidade do trabalho e de melhorias<br />
constantes nas frentes de trabalho da empresa. “Nosso objetivo<br />
é a consolidação como referência em equipamentos portáteis de<br />
combate a incêndios e aumentar o poder de combate ao fogo dos<br />
equipamentos de maior porte, dando mais autonomia e melhorando<br />
o custo-benefício destes equipamentos, elevando o conceito de<br />
multifuncionalidades que tanto prezamos”, vislumbra Alberto.<br />
Para José Guilherme, sócio e gerente operacional da Equilíbrio<br />
Equipamentos, um dos fatores preponderantes para esse momento<br />
da empresa é a experiência adquirida em 3 décadas dentro do setor<br />
de base florestal e quase 20 anos trabalhando diretamente com<br />
combate a incêndios. “A nossa experiência em diferentes ambientes<br />
e situações nos capacita para oferecer as melhores soluções em<br />
proteção florestal, assim, levamos aos nossos clientes a segurança<br />
e a confiança necessárias para garantirmos os melhores resultados”,<br />
destaca José.<br />
Nelson Sanches Bezerra Junior, sócio-diretor da Equilíbrio<br />
Equipamentos, compartilha da mesma visão de seus pares, principalmente<br />
quando se trata da parte de equipamentos, tendo como<br />
principal estratégia o uso racional do principal insumo para combate<br />
aos incêndios: a água. “Para tanto, oferecemos equipamentos com<br />
tecnologia de aplicação que proporcionem mobilidade, economia<br />
de água, somados a produtos supressantes/retardantes de chama”,<br />
expõe Nelson.<br />
F<br />
or Equilíbrio Equipamentos, developing equipment<br />
and technologies for fighting forest fires is<br />
more than a business; it is a mission. Located in<br />
the interior of the State of São Paulo, the Company<br />
is one of the leaders in its field. To continue in this<br />
direction, it never stops investing in equipment, technology,<br />
and, above all, in valuing and being close to its customers. This<br />
is the result of the union of all the Company’s employees with<br />
a single objective: to generate more safety and efficiency in<br />
the operations where Equilíbrio is present.<br />
Alberto Jorge Laranjeiro, Director of Equilíbrio Equipamentos,<br />
sees the current phase of the Company as one of renewal,<br />
with a commercial policy of getting closer to its customers, expanding<br />
the configuration options of its firefighting equipment,<br />
with the aim of better meeting the needs of each customer.<br />
Looking to the future, the outlook is one of continuous work<br />
and constant improvement on the Company’s working fronts.<br />
“Our goal is to consolidate our position as a benchmark in the<br />
field of portable firefighting equipment and to increase the<br />
extinguishing power of our larger units, giving them more autonomy<br />
and improving their cost-effectiveness, thus enhancing<br />
the concept of multifunctionality that we value so highly,” says<br />
Director Laranjeiro.<br />
For José Guilherme, Partner and Director of Operations of<br />
Equilíbrio Equipamentos, one of the main factors behind the<br />
Company’s momentum is the experience acquired over three<br />
decades in the Forestry Sector and almost 20 years working<br />
directly with firefighting. “Our experience in different environments<br />
and situations enables us to offer the best solutions<br />
in forest protection, so we can provide our customers with<br />
the security and confidence they need to guarantee the best<br />
results,” says Guilherme.<br />
Nelson Sanches Bezerra Junior, Managing Partner of<br />
Equilíbrio Equipamentos, shares the same vision as his peers,<br />
especially when it comes to equipment. The main strategy<br />
is the rational use of the main input for fighting fires: water.<br />
“To this end, we offer equipment with application technology<br />
that provides mobility and saves water, together with flame<br />
suppressant/retardant products,” says Bezerra Junior.<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
PRONTOS PARA LUTA<br />
O sucesso da Equilíbrio só é possível pelo grande trabalho de<br />
pesquisa e testes realizados pela empresa. Bruno Passos Laranjeiro,<br />
gerente de projetos da empresa, explica que todos os investimentos<br />
em equipamentos e tecnologias da Equilíbrio tem trazido resultados<br />
cada vez mais expressivos no campo. “O foco em melhor uso da<br />
água nos proporciona, além da economia, mais autonomia, uso de<br />
mangueiras mais leves e longas, que possibilitam também a utilização<br />
de sistemas automáticos de aplicação de supressores de chamas”,<br />
relata Bruno.<br />
Segundo o gerente de projetos um dos destaques da Equilíbrio<br />
é o sistema de geração de espuma, que é um grande auxiliar na<br />
operação. Esse sistema possibilita gerar, com apenas 1litro de água,<br />
até 3 litros de espuma, sendo que a espuma é mais eficiente do que<br />
a água para o combate a incêndios. “É importante apontar que essas<br />
tecnologias podem se somar, utilizá-las em conjunto pode ampliar<br />
exponencialmente os resultados, por exemplo, otimização de água e<br />
uso de supressante, aumentando a autonomia e o poder de combate<br />
aos incêndios, respectivamente”, aponta Bruno.<br />
Para Thiago Godinho dos Santos, gerente operacional da Equilíbrio<br />
Equipamentos, a empresa oferece 80 opções de equipamentos<br />
portáteis, que são adequáveis a vários modelos de picapes. “Para<br />
os modelos médios temos um tanque especial, com ou sem caixas<br />
superiores para acondicionar equipamentos e materiais diversos,<br />
sem perder a força na operação”, destaca Thiago. Esses detalhes<br />
e adequações fazem da Equilíbrio Equipamentos um sinônimo de<br />
versatilidade e efetividade para seus clientes.<br />
MERCADO E PROXIMIDADE COM O CLIENTE<br />
Alberto Laranjeiro avalia que o mercado florestal de combate a<br />
incêndios no Brasil vive um momento de expansão, principalmente<br />
pelo profissionalismo, preocupação com sustentabilidade, com o<br />
meio ambiente e uma cultura já estabelecida de prevenção e combate<br />
a incêndios. “Em outros poucos setores observamos a mesma<br />
atitude. Inclusive nas instituições públicas observa-se o crescente<br />
investimento em estrutura e pessoal para o combate a incêndios”,<br />
destaca Alberto. Por outro lado, o diretor afirma que se considerarmos<br />
a probabilidade de ocorrência e o potencial de danos existentes,<br />
READY FOR THE FIGHT<br />
Equilíbrio’s success is only possible because of the extensive<br />
research and testing that the company has carried out.<br />
Bruno Passos Laranjeiro, Project Manager, explains that all<br />
of Equilíbrio’s investments in equipment and technology have<br />
produced increasingly significant results in the field. “The<br />
focus on better use of water, in addition to savings, gives us<br />
more autonomy, the use of lighter and longer hoses, which<br />
also makes it possible to use automatic flame suppressant<br />
application systems,” he says.<br />
According to the Project Manager, one of the highlights<br />
of Equilíbrio is the foam generation system, which is a great<br />
help in operations. This system allows up to 3 liters of foam<br />
to be generated with only 1 liter of water, and foam is more<br />
efficient than water for firefighting. “It is important to point<br />
out that these technologies can add up. Using them together<br />
can increase the results exponentially, for example, optimizing<br />
the use of water and suppressants, increasing autonomy and<br />
firefighting power, respectively,” Project Manager Laranjeiro<br />
points out.<br />
For Thiago Godinho dos Santos, Manager of Operations at<br />
Equilíbrio Equipamentos, the Company offers 80 options of portable<br />
equipment suitable for different pickup truck models. “For<br />
medium-size models, we have a special tank, with or without<br />
top boxes, to store equipment and various materials without<br />
losing power in operation,” says dos Santos. These details<br />
and adaptations make Equilíbrio Equipamentos a synonym of<br />
versatility and effectiveness for its customers.<br />
MARKET AND CUSTOMER PROXIMITY<br />
Director Laranjeiro believes that the Brazilian forest firefighting<br />
market is booming, mainly due to professionalism,<br />
concern for sustainability and the environment, and an established<br />
culture of fire prevention and control. “We see the same<br />
attitude in other sectors. Even public institutions are increasingly<br />
investing in firefighting structures and personnel,” he says.<br />
On the other hand, the Director highlights that if we consider<br />
the probability of occurrence and the potential for damage<br />
Junho 2024<br />
53
PRINCIPAL<br />
em inúmeras condições dentro do Brasil, somados ao conceito de<br />
que é muito melhor investir na prevenção e combate aos incêndios,<br />
do que arriscar: “O mercado potencial ainda é muito maior que o<br />
mercado real”, complementa Alberto.<br />
Pensando nisso, a Equilíbrio Equipamentos tem sido uma das<br />
chaves para o crescimento de outro braço da empresa, a Equilíbrio<br />
<strong>Florestal</strong>. A união dos sistemas de combate a incêndios e a expertise<br />
nos serviços florestais ampliou significativamente a operação da<br />
Equilíbrio <strong>Florestal</strong>. Segundo o diretor, a Equilíbrio <strong>Florestal</strong> é um<br />
laboratório de testes de tudo que a Equilíbrio Equipamentos leva<br />
para seus clientes. “A partir de 2024, a expectativa é que toda essa<br />
experiência, toda essa tecnologia e um reposicionamento comercial,<br />
coloque também a Equilíbrio Equipamentos um novo ritmo de<br />
expansão dos seus negócios”, projeta Alberto.<br />
Por isso, estar perto dos clientes, presente no campo, ouvindo,<br />
entendendo as demandas e atendendo de maneira personalizada<br />
é tão importante para a Equilíbrio. “Apenas no campo podemos<br />
levantar a necessidade dos clientes e apresentar opções, discutindo<br />
o conceito que existe por trás de cada equipamento e capacitá-los a<br />
tirarem o melhor proveito disso”, observa Alberto. O diretor relata<br />
que essa proximidade melhora o atendimento e fortalece as relações<br />
comerciais da empresa, pois leva o aspecto técnico para onde o<br />
trabalho realmente acontece. Alberto relata que já teve a oportunidade<br />
de receber um material onde o cliente elogiava muito um<br />
equipamento de outro fornecedor, por suas valências de poder do<br />
esguicho de água e de longo alcance da água, mas com o olhar mais<br />
apurado, pude perceber que aquele equipamento não era o ideal<br />
para aquela operação. “O equipamento então elogiado utilizava uma<br />
bomba de alta vazão, com baixa pressão com uma mangueira muito<br />
grossa e curta, o que comprometia a autonomia do equipamento<br />
para o combate ao fogo de maneira eficiente, pois demanda alto<br />
volume de água em pouco tempo, comprometendo os resultados.<br />
Ter o olhar do especialista técnico por perto permite esse tipo de<br />
constatação, sobre o que realmente trará segurança e desempenho<br />
durante a operação”, exemplifica o diretor sobre a importância de<br />
estar próximo de seus clientes no cotidiano.<br />
Apenas no campo podemos<br />
levantar a necessidade dos<br />
clientes e apresentar opções,<br />
discutindo o conceito que<br />
existe por trás de cada<br />
equipamento e capacitá-los a<br />
tirarem o melhor proveito disso<br />
Alberto Laranjeiro, diretor<br />
da Equilíbrio Equipamentos<br />
that exists in countless conditions in Brazil, coupled with the<br />
concept that it is much better to invest in fire prevention and<br />
firefighting than to risk it. “The potential market is still much<br />
larger than the actual market,” adds the Director.<br />
In this sense, Equilíbrio Equipamentos has been one of<br />
the keys to the growth of another division of the Company,<br />
Equilíbrio <strong>Florestal</strong>. The combination of firefighting systems<br />
and expertise in forestry services has significantly expanded<br />
Equilíbrio <strong>Florestal</strong>’s operations. According to the Director, Equilíbrio<br />
<strong>Florestal</strong> is a test laboratory for everything that Equilíbrio<br />
Equipamentos offers its customers. “From 2024, it is expected<br />
that all this experience, all this technology, and a commercial<br />
repositioning will also lead Equilíbrio Equipamentos to a new<br />
pace of business expansion,” he predicts.<br />
That is why it is so important for Equilíbrio to be close to its<br />
customers, to be present in the field, to listen, to understand<br />
their needs, and to provide a personalized service. “Only in the<br />
field can we find out what our customers need and present<br />
them with options, discussing the concept behind each piece of<br />
equipment, enabling them to get the best out of it,” he says. The<br />
Director goes on to say that this proximity improves the service<br />
and strengthens the Company’s commercial relationships by<br />
bringing the technical aspect to where the work is actually<br />
done. He says he has had the opportunity to receive a piece of<br />
material from another supplier, for which the customer praised<br />
a piece of equipment for its water spraying power and long<br />
reach. On closer inspection, he could see that the equipment<br />
was not ideal for the job. “The equipment that was praised at<br />
the time used a high-flow, low-pressure pump with a very thick<br />
and short hose, which compromised the equipment’s autonomy<br />
to fight the fire efficiently because it required a large volume<br />
of water in a short time, compromising the results. Having the<br />
eyes of a technical specialist close at hand allows us to see<br />
what really brings safety and performance to the operation,”<br />
says the Director about the importance of being close to his<br />
customers daily.<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Quem usa os equipamentos da Equilíbrio pode comprovar tudo<br />
que os representantes da empresa dizem, como Edno Henrique Martins,<br />
representante comercial da Euroforte. Edno conhece a Equilíbrio<br />
há pouco mais de um ano, mas desde o início se surpreendeu com<br />
a atenção e cuidado que a empresa tem em seu atendimento. “São<br />
equipamentos muito versáteis, atendem a vários clientes e comigo<br />
sempre foram ótimos, muito prestativos e prontos para atender”,<br />
relatou Edno.<br />
Uma experiência bastante relevante sobre a Equilíbrio foi com o<br />
Segundo Tenente da Reserva dos Bombeiros de Botucatu (SP), Claudenir<br />
Celestino de Jesus. Ele lembra que conheceu os equipamentos<br />
da Equilíbrio em 2018, durante combate a um incêndio no interior<br />
do Estado. Eram mais de 300 ha (hectares) de área incendiada e<br />
mesmo com o empenho de várias equipes, uso de tratores, caminhões<br />
e brigadistas, a necessidade de equipamentos estratégicos<br />
era necessária para o combate efetivo ao fogo. Na ocasião havia<br />
uma caminhonete que continha em sua caçamba um equipamento<br />
portátil, que era bem ágil e eficiente, pois fazia combates rápidos<br />
utilizando pouca água, entrava em alguns locais que o caminhão<br />
não conseguia e ainda, tinha uma mangueira leve e resistente com<br />
um esguicho muito prático. “Conversando com as equipes que trabalhavam<br />
no dia e presenciaram a atuação daquele equipamento,<br />
todos se interessaram em conhecer mais sobre aquele sistema.<br />
Através de uma foto do adesivo da empresa Equilíbrio <strong>Florestal</strong>, que<br />
estava na bomba do equipamento, foi possível fazer contato com<br />
o fabricante e posteriormente conhecer a fábrica pessoalmente”,<br />
ressaltou Claudenir.<br />
Baseado nas dificuldades que encontrava no combate aos incêndios<br />
florestais nas imediações de Botucatu, uma região serrana e de<br />
difícil acesso para veículos e equipamentos convencionais, surgiu a<br />
ideia de instalar um sistema semelhante ao que foi visto naquele<br />
dia em um dos caminhões. “Alberto Laranjeiro foi várias vezes até o<br />
Quartel de Bombeiros de Botucatu para estudar a possibilidade de<br />
desenvolver e instalar o equipamento conforme necessitávamos,<br />
sendo assim, o caminhão que recebeu esta nova tecnologia passou<br />
a ser muito útil nos combates de incêndios em vegetação mais complexos”,<br />
enalteceu o oficial Claudenir.<br />
Anyone who uses Equilíbrio equipment can attest to everything<br />
the Company’s representatives say, like Edno Henrique<br />
Martins, a Sales Representative for Euroforte. Martins has<br />
known Equilíbrio for just over a year, but from the start, he<br />
was surprised by the attention and care the Company takes<br />
in its service. “The equipment is very versatile, they cater to<br />
different customers, and they have always been great with<br />
me. They are very helpful and willing to help,” says Martins.<br />
Claudenir Celestino de Jesus is a second lieutenant in the<br />
Botucatu (SP) Fire Department Reserve. He has had a very<br />
relevant experience with Equilíbrio. He recalls that he got<br />
to know Equilíbrio’s equipment in 2018 while fighting a fire<br />
in the interior of the State. More than 300 hectares were<br />
burned, and even with the commitment of several teams, the<br />
use of tractors, trucks, and firefighters, strategic equipment<br />
was needed to fight the fire effectively. At the time, there<br />
was a pickup truck with portable equipment in the back that<br />
was very maneuverable and efficient, as it could fight the fire<br />
quickly with very little water, could get into some places that<br />
the truck could not, and had a light, sturdy hose with a very<br />
convenient nozzle. “Talking to the teams that worked that day<br />
and saw the equipment in action, they were all interested in<br />
learning more about the system. With a photo of the Equilíbrio<br />
<strong>Florestal</strong> sticker on the pump of the equipment, it was possible<br />
to contact the manufacturer and later visit the factory in<br />
person,” said de Jesus.<br />
Based on the difficulties he encountered fighting forest<br />
fires near Botucatu, a mountainous region with difficult access<br />
for conventional vehicles and equipment, he came up with the<br />
idea of installing a system similar to the one seen that day on<br />
one of the trucks. “Alberto Laranjeiro went to the Botucatu Fire<br />
Station several times to study the possibility of developing and<br />
installing the equipment we needed, so the truck that received<br />
this new technology has become very useful in fighting more<br />
complex vegetation fires,” said Officer de Jesus.<br />
Junho 2024<br />
55
PLANEJAMENTO<br />
Madeira<br />
CAPIXABA<br />
Novo plano de fomento da silvicultura<br />
no Estado do Espírito Santo é lançado<br />
Fotos: divulgação<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2024 57
PLANEJAMENTO<br />
O<br />
CEDAGRO-ES (Centro de Desenvolvimento<br />
do Agronegócio do Espírito Santo) lançou<br />
durante o “V Congresso Brasileiro de Eucalipto”,<br />
realizado em Vitória (ES), o MADEIRA<br />
(ES) - Plano de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong><br />
Capixaba -, elaborado em parceria com a SEAG (Secretaria de<br />
Agricultura do Espírito Santo). Gilmar Dadalto, presidente do<br />
CEDAGRO (ES), explica que a partir de um diagnóstico minucioso<br />
do setor de base florestal (2021/2022) foi elaborado o<br />
MADEIRA (ES) com o objetivo de desenvolver as ações necessárias<br />
e estratégias para superação dos desafios. “Delinear as<br />
atribuições das diferentes instituições e empresas do setor<br />
que compõe a cadeia produtiva florestal madeireira de forma<br />
dialogada e pactuada”, informou Gilmar.<br />
Segundo Pedro Galvêas, pesquisador da Embrapa/Incaper<br />
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/ Instituto<br />
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural)<br />
o Espírito Santo é particularmente favorecido para o desenvolvimento<br />
da atividade florestal econômica. “Em função da<br />
localização geográfica estratégica, infraestrutura e condições<br />
agroclimáticas, junto ao desenvolvimento tecnológico, o estado<br />
apresenta vantagens competitivas importantes para o<br />
desenvolvimento de atividades de base florestal”, completou<br />
Pedro.<br />
O setor de base florestal capixaba contempla atividades<br />
desde a produção até o consumo de madeira por segmentos<br />
como a indústria de celulose, de painéis reconstituídos, moveleira,<br />
as unidades de desdobro para a produção de madeira<br />
serrada, a siderurgia, a agropecuária, a acomodação e arrumação<br />
de cargas, a construção civil, as residências e comércios,<br />
entre outros.<br />
O presidente da CENAGRO destaca que para compreender<br />
a grandiosidade e pujança socioeconômica e ambiental, é<br />
preciso conhecer os números desse setor: geram mais de 66<br />
mil postos de trabalho, resultando em uma renda superior a<br />
R$ 1 bilhão anuais. O PIB (Produto Interno Bruno) do setor<br />
florestal corresponde a 7,89% do total do Espírito Santo e cerca<br />
de 26% do agronegócio capixaba. “Além disso, esse setor<br />
representa aproximadamente 50% de toda a exportação de<br />
produtos do agro capixaba e os tributos gerados anualmente<br />
correspondem a aproximadamente 7% do total arrecadado<br />
pelo Espírito Santo”, informa Gilmar.<br />
Esse setor representa<br />
aproximadamente 50%<br />
de toda a exportação de<br />
produtos do agro capixaba<br />
e os tributos gerados<br />
anualmente correspondem a<br />
aproximadamente 7% do total<br />
arrecadado pelo Espírito Santo<br />
Gilmar Dadalto, presidente<br />
da CENAGRO (ES)<br />
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em 2021/2022, o setor florestal promove grande preservação<br />
ambiental. A cada 100 ha (hectares) de área com eucalipto,<br />
outros 5 ha são preservados. De modo geral, 34% da área<br />
total das empresas de base florestal são ocupadas por florestas<br />
naturais preservadas. Ao considerar apenas os últimos 10<br />
anos, somam 15.850 ha as iniciativas de restauração florestal<br />
concretas.<br />
Com tudo diagnosticado, o CEDAGRO (ES) elaborou em<br />
2023/2024 o MADEIRA (ES) que contém os desafios, as propostas<br />
de soluções e a governança do plano. Os principais desafios<br />
referem-se a falta de matéria prima florestal para atender<br />
aos diferentes segmentos, em quantidade e qualidade;<br />
necessidade de adequação da legislação florestal; restrição<br />
na logística de transporte, especialmente na região serrana;<br />
elevados custos de operações florestais nas áreas declivosas;<br />
baixa disponibilidade de mudas com qualidade genética entre<br />
outros.<br />
Um dos principais gargalos identificados é que a área estadual<br />
ocupada por eucalipto (264.298,73 ha) e pinus (1.823,40<br />
ha) é insuficiente para suprir a demanda dos diferentes segmentos<br />
consumidores, dimensionada em 13.363.906,41 m³<br />
(metros cúbicos) de madeira por ano, pois seriam necessários<br />
425.602 ha de plantios (417.675 ha de eucalipto e 7.927 ha de<br />
pinus). Assim, o déficit total de madeira, considerando oferta<br />
e demanda no Espírito Santo, é de 159.481 ha. Também existe<br />
escassez de área plantada de madeira nativa, principalmente<br />
para atender aos segmentos moveleiro e construção civil.<br />
Convém ressaltar que o Estado possui cerca de 367 mil ha de<br />
áreas degradadas, especialmente em pasto.<br />
Com a implantação do MADEIRA (ES) pretende-se garantir<br />
o suprimento de madeira em quantidade e qualidade aos<br />
diversos segmentos consumidores, melhorar o clima de negócios<br />
visando ampliação dos empreendimentos florestais já<br />
existentes e atrair novos negócios e investidores para o setor.<br />
Além disso, busca-se estimular a produção rural, industrial e<br />
comercial e ampliar a renda e empregos nos diferentes elos<br />
da corrente produtiva florestal, o que consequentemente<br />
aumentaria a arrecadação estadual e ampliaria o número de<br />
pessoas beneficiadas nos programas sociais das empresas de<br />
base florestal. “Atingindo todas as metas vamos também conseguir<br />
reduzir os níveis de pobreza, recuperar o solo agrícola<br />
degradado, especialmente ocupado com pastagem e, ampliar<br />
a cobertura florestal natural”, complementou Dadalto.<br />
Em função da localização<br />
geográfica estratégica,<br />
infraestrutura e condições<br />
agroclimáticas, junto ao<br />
desenvolvimento tecnológico,<br />
o Estado apresenta vantagens<br />
competitivas importantes<br />
para o desenvolvimento de<br />
atividades de base florestal<br />
Pedro Galvêas, pesquisador<br />
da Embrapa/Incaper<br />
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Acâmara dos deputados aprovou o texto base<br />
da proposta que estabelece restrições e<br />
impedimentos para invasores e ocupantes<br />
ilegais de propriedades rurais e prédios públicos.<br />
O texto aprovado é um substitutivo do<br />
deputado Pedro Lupion (PP-PR) ao Projeto de Lei 709/23,<br />
do deputado Marcos Pollon (PL-MS). Ele aproveitou o conteúdo<br />
de outras propostas que tramitavam em conjunto<br />
com a original e incluiu as restrições na lei que regulamenta<br />
a reforma agrária (Lei 8.629/93).<br />
Pela proposta, quem praticar o crime de invasão de<br />
domicílio ou de esbulho possessório, fica proibido de:<br />
Participar do programa nacional de reforma agrária ou permanecer<br />
nele, se já estiver cadastrado, perdendo lote que<br />
ocupar; Contratar com o poder público em todos os âmbitos<br />
federativos; Receber benefícios ou incentivos fiscais,<br />
como créditos rurais; Ser beneficiário de qualquer forma<br />
de regularização fundiária ou programa de assistência social,<br />
como Minha Casa Minha Vida; Inscrever-se em concursos<br />
públicos ou processos seletivos para a nomeação<br />
em cargos, empregos ou funções públicos; Ser nomeado<br />
em cargos públicos comissionados; E receber auxílios, benefícios<br />
e demais programas do governo federal. A proibição,<br />
nos casos mencionados, é por oito anos, contados do<br />
trânsito em julgado da condenação.<br />
OPOSIÇÃO AO PROJETO<br />
O texto foi duramente criticado por deputados da base<br />
do governo. Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB-<br />
-RJ), o projeto é inconstitucional, estimula a violência, estimula<br />
a violação de direitos e benefícios e o sequestro de<br />
benefícios. “Esse projeto busca criminalizar um movimento<br />
social absolutamente legítimo, que representa trabalhadores<br />
que querem produzir, que querem trabalhar”, afirmou<br />
Jandira.<br />
O deputado Tadeu Veneri (PT-PR) questionou se o projeto<br />
valeria também para grileiros que entraram em terras<br />
públicas, em reservas indígenas e hoje se dizem fazendei-<br />
Junho 2024<br />
63
LEGISLAÇÃO<br />
ros. “É muito bonito fazer um discurso contra o MST, como<br />
se o MST fosse um monstro. Na verdade, vocês têm medo<br />
do MST, vocês têm medo da justiça social, vocês têm medo<br />
de perder aquilo que conseguiram muitas vezes de forma<br />
absolutamente questionável”, afirmou Tadeu.<br />
Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG), a proposta<br />
fere princípios constitucionais, como da individualização<br />
da pena e que a pena não pode ir além do condenado,<br />
porque atinge a família. “Ao retirar benefícios como o Bolsa<br />
Família e o BPC, ele está penalizando toda a família —<br />
as crianças, os jovens, os filhos, os dependentes”, relatou<br />
Patrus. Deputados da base do governo afirmaram que o<br />
projeto vai acabar judicializado por ser inconstitucional.<br />
DEFESA DA NOVA LEI<br />
Do outro lado, o autor da proposta, deputado Marcos<br />
Pollon (PL-MS), afirmou que o projeto traz algo que é óbvio:<br />
criminoso ser tratado como criminoso. “O tecido social<br />
demanda o cumprimento das obrigações mínimas, e não<br />
há nada mais básico do que o cumprimento do ordenamento<br />
penal brasileiro”, ressaltou Marcos.<br />
Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), já é hora<br />
de a câmara dar uma resposta às invasões de terra. “Imagine<br />
alguém que tem uma propriedade ter sua terra invadida.<br />
E o tratamento leniente que é dado ao invasor de terra<br />
é uma coisa absurda”, vociferou Adriana.<br />
Segundo o relator, deputado Pedro Lupion, o objetivo<br />
é apenas garantir que quem invade seja punido, não podendo<br />
ter benefícios do Estado. “O que motiva a invasão<br />
de propriedade neste país é a certeza da impunidade, que<br />
a legislação é falha e nada vai acontecer”, afirmou Lupion.<br />
O deputado Zucco (PL-RS) disse que a proposta acabará<br />
com o MST. “Disseram que a CPI não teria resultado.<br />
Pois bem, todos os invasores não terão direito a programas<br />
sociais. Atenção militantes do MST comecem a evacuar<br />
esse movimento”, complementou Zucco, que presidiu a<br />
CPI do MST em 2023, encerrada sem votar o relatório final.<br />
O que motiva a invasão de<br />
propriedade neste país é a<br />
certeza da impunidade, que a<br />
legislação é falha e nada vai<br />
acontecer<br />
Pedro Lupion (PP-PR),<br />
relator do projeto<br />
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H<br />
á diversas definições da silvicultura segundo<br />
Gonçalves, T.S.; 2011, dentre elas: É a<br />
ciência dedicada ao estudo dos métodos<br />
naturais e artificiais de regenerar e melhorar<br />
os povoamentos florestais com vistas<br />
a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo<br />
tempo, é aplicação desse estudo para a manutenção, o<br />
aproveitamento e o uso racional das florestas. Silvicultura<br />
também está relacionada a cultura madeireira. E o manejo<br />
de uma área de silvicultura exige a participação de técnicos<br />
de várias áreas. (Louman et al.,2001); É a arte ou a ciência<br />
de manipular um sistema dominado por árvores e seus<br />
produtos, com base no conhecimento das características<br />
ecológicas do sítio, com vista a alcançar o estado desejado,<br />
e de forma economicamente rentável (Louman et al.,2001);<br />
Segundo a Amis (Associação Mineira de Silvicultura), trata-se<br />
de uma ciência dedicada ao estudo de métodos de<br />
implantação, manutenção e uso racional dos povoamentos<br />
florestais com vistas a atender às demandas do mercado.<br />
De maneira bem prática, a silvicultura pode ser entendida<br />
como o cultivo de árvores para os mais diversos fins. Ainda<br />
segundo a Amis, plantações florestais trazem benefícios<br />
ambientais, econômicos e sociais. Plantar flores constitui<br />
uma maneira eficiente de proteger as matas nativas.<br />
A silvicultura brasileira traz grandes avanços científicos<br />
e tecnológicos, com crescentes níveis de produtividade,<br />
aumento de áreas de preservação permanente, práticas de<br />
métodos de colheita florestal menos impactantes ao meio<br />
ambiente. Um exemplo é a prática de cultivo mínimo.<br />
Na silvicultura são considerados resíduos florestais<br />
todos os materiais orgânicos que sobram na floresta após<br />
a colheita. Alguns destes resíduos são, resíduos lenhosos –<br />
sobras de madeira, com ou sem casca, os galhos grossos e<br />
finos, as folhas, os tocos, as raízes, a serrapilheira e a casca.<br />
A geração de energia de biomassa vegetal a partir da silvicultura<br />
aparentemente, é uma energia barata renovável,<br />
mas pode custar caro ao meio ambiente.<br />
Em geral o solo das regiões tropical e subtropical apresenta<br />
considerável desgaste com baixo teores de macro e<br />
micronutrientes, considerados baixos ou muito baixos, com<br />
implicações na qualidade e potencial produtivo. Com isso, o<br />
Essas alternativas<br />
e desenvolvimentos<br />
tecnológicos melhoram<br />
a produção florestal<br />
sustentável, ajuda no<br />
desenvolvimento tecnológico<br />
do setor e possibilita a<br />
economia circular do<br />
segmento<br />
Junho 2024<br />
67
COMPOSTAGEM<br />
cultivo contínuo de espécies florestais com grande capacidade<br />
de extração de nutrientes tem gerado grande impacto<br />
sobre as reservas nutricionais dos solos gerando quedas na<br />
qualidade florestal.<br />
Para melhorar, possibilitar ou agilizar o preparo de solo<br />
e outras atividades silviculturais, é necessário o manejo<br />
dos montes de galhos, ponteiros e cascas deixadas sobre o<br />
solo. Para melhorar as condições deste manejo, triturar e<br />
transformar estes resíduos e transformando em compostos<br />
orgânicos pode ser o início de uma nova convivência com<br />
os resíduos de forma a propor economia nas operações,<br />
minimizar danos e impactos ao solo, potencializando a disponibilidade<br />
de minerais e corretivos de solos, bem como<br />
gerar fontes biológicas benéficas ao processo produtivo.<br />
Algumas novas técnicas de utilização dos resíduos vêm<br />
chamando a atenção do mercado. A partir da trituração<br />
o resíduo trouxe vários ganhos como subprodutos, como<br />
por exemplo o Biochar, produto transformado a partir da<br />
carbonização dos resíduos triturados, gerando uma nova<br />
fonte de renda de uma prática muito comum em países<br />
do hemisfério norte para fins agrícola e paisagístico, entre<br />
outros. Essas alternativas e desenvolvimentos tecnológicos<br />
melhoram a produção florestal sustentável, ajuda no desenvolvimento<br />
tecnológico do setor e possibilita a economia<br />
circular do segmento.<br />
Alguns formatos dos resíduos gerados na silvicultura,<br />
como galhos e troncos, dependendo da parte vegetal não<br />
gera interesse comercial e passa a ser um problema no setor<br />
produtivo. Em geral os resíduos são destinados ao setor<br />
de energia. Mas em outros tempos estes mesmos resíduos<br />
eram descartados em forma de lixo. Nas áreas urbanas a<br />
supressão de árvores também é descartada inadequadamente<br />
em forma de lixo. Apesar da técnica de produção<br />
de carvão vegetal ainda ser rejeitada devido ao processo<br />
de carbonização consistir na simples queima das árvores,<br />
atualmente existem equipamentos adequados para essa<br />
operação de queima com equipamentos com altas temperaturas<br />
e geração de um produto de alto valor agregado no<br />
produto final.<br />
O produto da carbonização destes resíduos vegetais<br />
precisa de algumas condições para obter um produto de<br />
qualidade. É necessário 50,5% de carbono, 6,2% de hidrogênio;<br />
42,2% de oxigênio e 0,4% de cinzas e para se obter<br />
um ótimo carvão precisa ter a temperatura correta e as<br />
condições adequadas. Esse carvão obtido neste processo é<br />
um excelente material para formação de um bom substrato<br />
com enriquecimento biológico, é um potencializador de<br />
compostos orgânicos, é um material filtrante para tratamento<br />
de água e esgoto, é um ativador e corretor de solos<br />
degradados, entre outros usos.<br />
Pergunte ao Tomita<br />
Tem alguma dúvida sobre<br />
compostagem?<br />
Então envie sua pergunta para<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
que o nosso especialista fará questão<br />
de te responder.<br />
Fontes:<br />
https://florestal.revistaopinioes.com.br/pt-br/revista/detalhes/4-manejo-de-residuos-florestais/#:~:text=S%C3%A3o%20considerados%20res%C3%AD<br />
duos%20florestais%20todos,a%20serapilheira%20e%20a%20casca.<br />
https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/agroenergia/florestal/lenha/residuos<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
ARTIGO<br />
Plantio de eucalipto com 10 meses de idade em solo arenoso de<br />
baixa fertilidade no Norte de Minas Gerais com correção do solo<br />
e manejo nutricional completo. Foto: Francio Soluções Florestais<br />
Manejo nutricional<br />
DE FLORESTAS<br />
Por<br />
Pedro Henrique Lopes Santana - Consultor <strong>Florestal</strong>, Engenheiro <strong>Florestal</strong>, Mestre em Solos e Nutrição <strong>Florestal</strong><br />
Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong> - Diretor Francio Soluções Florestais<br />
E-mail: contato@franciosf.com.br<br />
O<br />
eucalipto, por apresentar rápido crescimento<br />
indiferentemente das condições edafoclimáticas,<br />
vem sendo amplamente plantado no Brasil para<br />
diversas finalidades. Os principais fatores responsáveis<br />
pela produção de madeira são: água,<br />
luz e nutrientes. Para luz, não temos no Brasil, de modo geral,<br />
limitações. Já para água, os regimes pluviométricos, tanto em volume<br />
quanto em período de distribuição, definem regiões muito<br />
ou pouco produtivas. O manejo nutricional tem como objetivo<br />
suprir a demanda de todos os nutrientes que são exportados<br />
do sistema, permitindo, desta forma, o desenvolvimento pleno<br />
das florestas para que os solos dos cultivos não sejam exauridos,<br />
mantendo a aptidão agrícola e tornando a silvicultura sustentável.<br />
A necessidade de correção dos solos e manejo nutricional<br />
para os sistemas florestais ocorre pelo fato dos solos nem sempre<br />
fornecerem todos os macros e micronutrientes para o desenvolvimento<br />
adequado e obtenção de produtividades máximas em<br />
cada sítio. Buscamos através da correção de solos com calcário<br />
e gesso, elevar os índices de cálcio, magnésio e também neutralizar<br />
o alumínio tóxico, com uma metodologia de equilíbrio de<br />
cargas com foco em altas produtividades. Por ser um tema muito<br />
abrangente, nesse artigo iremos focar resumidamente no manejo<br />
de fertilização do sistema de produção florestal.<br />
As recomendações para silvicultura são realizadas utilizando-se<br />
o CUB (coeficiente de utilização biológica) dos diferentes<br />
materiais genéticos. Neste sistema, leva-se em consideração o<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
período de condução do talhão, análise de solo e potencial produtivo,<br />
com base em condições de solo, precipitação e altitude.<br />
A partir destes fatores, obtém-se a demanda nutricional (kg/<br />
ha) necessária de cada nutriente para posterior recomendação<br />
durante o ciclo (onde, como e quando aplicar).<br />
A grande vantagem desta metodologia de recomendação é<br />
a personalização da demanda nutricional a ser fornecida para a<br />
produtividade máxima do cultivo nos diferentes solos e regiões.<br />
Sabe-se que, em uma mesma região, solos férteis possuem demandas<br />
de adubação menores que solos pobres, justificado pela<br />
limitação de resposta em produtividade. No Brasil, os teores de<br />
nutrientes que mais variam nos solos são: nitrogênio, oriundo<br />
da matéria orgânica, potássio, cálcio e magnésio, com altos ou<br />
baixos níveis, na mesma região.<br />
Diversos estudos comprovam que o fósforo é o principal elemento<br />
limitante do crescimento no início dos plantios florestais<br />
em grande parte do Brasil, principalmente por erros ocorridos<br />
durante as operações de preparo de solo. Portanto, além das<br />
recomendações corretas (que refletem em menor custo/m³ para<br />
o sucesso na nutrição florestal) é necessário certificar se a dose<br />
recomendada está sendo efetivamente aplicada em campo e<br />
se o fertilizante está presente em todas as linhas de plantio na<br />
profundidade correta (entre 25-35 mm), seja por sistemas de<br />
precisão integrados ao maquinário ou avaliações em campo, em<br />
tempo real, que permitam correções pontuais de fertilização para<br />
plantios mais uniformes e produtivos.<br />
Ganhos consideráveis podem ser obtidos pelo fornecimento<br />
da demanda de outros elementos, como: nitrogênio, potássio,<br />
cálcio e boro. Destacando-se este último (boro), por apresentar<br />
diversas funções como: formação da parede celular, divisão<br />
Soma de IMA<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
B<br />
0<br />
Curva de adubação (%)<br />
A<br />
IMA 6 anos<br />
A<br />
50 75 100 125<br />
Efeito de diferentes níveis de adubação (N-P-K + micros) em solo fértil<br />
para alto fuste aos 6 anos de idade na região Norte de Minas Gerais<br />
celular (desenvolvimento de gemas apicais, axilares e radiculares),<br />
síntese de lignina e celulose, balanço hormonal e absorção<br />
radicular (Pollard et al., 1977; Malavolta et al., 1997), além da<br />
relação com o acúmulo de açúcares solúveis nas folhas.<br />
Árvores com menores conteúdos foliares de B, seja por<br />
deficiência ou “fome temporária”, tendem a acumular açúcares<br />
no tecido foliar, e essas quantidades elevadas de açúcares nas<br />
folhas são atrativas ao ataque de pragas, como, por exemplo,<br />
o psilídeo de concha (Glycaspis brimblecombei). A combinação<br />
desses diversos fatores faz com que as plantas se tornem mais<br />
A<br />
A<br />
Limitação do crescimento do eucalipto onde não houve<br />
cobertura de fertilizante em parte da linha de plantio.<br />
Foto: Francio Soluções Florestais<br />
Junho 2024<br />
71
ARTIGO<br />
susceptíveis ao ataque de pragas, o que deixa claro a importância<br />
da adubação com macro e micronutrientes em florestas.<br />
Nas regiões com períodos de déficit hídrico, é recomendado<br />
o fornecimento de micronutrientes via solo nas formulações NPK,<br />
mas também via foliar, principalmente Boro, Cobre e Zinco. A<br />
adubação foliar em florestas tem cunho complementar, sendo<br />
preventivo ou curativo de sintomas prejudiciais ao eucalipto<br />
nos períodos secos, como desfolhas ou seca de ponteiro. Esse<br />
posicionamento ocorre, pois, os micronutrientes são pouco<br />
móveis na planta, e com a redução da umidade do solo, sua<br />
absorção é comprometida, causando sintomas de deficiência nas<br />
folhas novas, prejudicando a performance. Após aplicações de<br />
micronutrientes via foliar, ocorre a manutenção e/ou retomada<br />
do metabolismo, fazendo com que a floresta se desenvolva<br />
durante esse período.<br />
Atualmente há uma pressão por redução de mão de obra<br />
e operações sem perda de performance produtiva da floresta.<br />
Nesse contexto, as aplicações de fertilizantes com tecnologias<br />
embarcadas, cada vez mais se tornam realidade frente às aplicações<br />
convencionais. As reduções nos fatores de perdas dos nutrientes,<br />
com liberação gradual dos nutrientes, além de permitir<br />
a aplicação durante todo o ano, acarretam redução no número<br />
de fertilizações de cobertura, tornando os sistemas mais viáveis.<br />
Foto de floresta em região de déficit hídrico em período<br />
seco antes e após 30 dias da aplicação foliar com Boro,<br />
Cobre, Zinco. Foto: Pedro Lopes<br />
O manejo da adubação em cultivos florestais depende de<br />
vários fatores citados neste artigo, como a espécie ou clone,<br />
bioma, histórico de cultivo da área, topografia, pluviosidade,<br />
idade do plantio dentre outros fatores. Portanto um diagnóstico<br />
adequado das limitações atuais do sistema de produção é determinante<br />
para auxiliar na escolha das estratégias de adubação<br />
em cada propriedade, visando máxima produtividade florestal<br />
com menor custo.<br />
Aplicação foliar de Boro, Cobre e Zinco em floresta de<br />
eucalipto que já apresentava sintomas de déficit hídrico.<br />
Foto: Francio Soluções Florestais<br />
Referências bibliográficas:<br />
Pollard, A.S., Parr, A.J.; Loughman, B.C. Boron in relation to membrane function in higher plants. Journal of Experimental Botany, v.28, n.105, p.831-41,1977.<br />
Malavolta, E.; Vitti, G.C.; Oliveira, S.A. Funções. In: Malavolta, E.; Vitti, G.C.; Oliveira, S.A. (Eds.). Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e<br />
aplicações. 2.ed. Piracicaba, 1997. 319p.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
MERCADO<br />
Floresta<br />
VALORIZADA<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
Retirada da<br />
silvicultura das<br />
atividades poluentes<br />
movimenta o<br />
mercado e amplia<br />
potencial da atividade<br />
Fotos: divulgação<br />
E<br />
m meados de maio, a câmara dos deputados<br />
aprovou o Projeto de Lei 1366 que retira a<br />
silvicultura da lista de atividades potencialmente<br />
poluidoras e consumidoras de recursos<br />
naturais. Agora, o PL segue para sanção do<br />
Presidente da República. Com a atual classificação, estipulada<br />
na lei número 6.938, do ano de 1981, a atividade de<br />
plantar e manejar economicamente florestas é considerada<br />
de médio potencial poluidor. Desta forma, os processos<br />
de licenciamento e autorizações ambientais seguem ritos<br />
incompatíveis com a realidade da atividade praticada hoje<br />
no Brasil.<br />
Ao promover a necessária atualização da classificação<br />
normativa, o manejo de árvores passa a ser considerado<br />
uma atividade que não apresenta potencial significativo de<br />
impacto e degradação ambiental. O PL 1366 é de autoria<br />
do Senador Álvaro Dias e, desde 2014, tramita no congresso<br />
brasileiro. O relator do projeto na câmara, deputado federal<br />
Covatti Filho, defende que o PL corrige um equívoco<br />
histórico de manter a atividade da silvicultura no rol de potenciais<br />
poluidores. “A silvicultura é uma atividade agrícola<br />
sustentável e contribui para a proteção da biodiversidade,<br />
a conservação do solo e das nascentes de rios, a recuperação<br />
de áreas degradadas e a redução das emissões de GEE<br />
(gases de efeito estufa)”, afirmou Álvaro.<br />
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Junho 2024<br />
75
MERCADO<br />
Só é contra este PL quem ainda<br />
está ancorado no passado,<br />
é alimentado por falsas<br />
informações e narrativas que<br />
não são comprovadas pela<br />
ciência, ou que ainda tem como<br />
exemplo práticas não indicadas<br />
da atividade florestal que<br />
degradam o ambiente, assim<br />
como qualquer atividade quando<br />
não é conduzida corretamente<br />
Adriana Maugeri,<br />
presidente da AMIF<br />
Após a sanção presidencial e publicação do PL, o Brasil<br />
crescerá em competitividade justa com as melhores e<br />
modernas normas com os principais países produtores de<br />
madeira de reflorestamento, que baseados em evidências<br />
científicas já promovem, há tempo, a silvicultura como<br />
uma atividade que impulsiona benefícios ambientais e sociais<br />
nas regiões onde é cultivada. Minas Gerais é o Estado<br />
que possui a maior floresta plantada do Brasil. No total,<br />
abriga mais de 2,3 milhões de ha (hectares) de produção<br />
em consórcio com mais 1,3 milhão de ha de matas nativas,<br />
áreas conservadas e cuidadas pela agroindústria mineira.<br />
Os 3,6 milhões de ha de árvores estão em mais de 803<br />
municípios mineiros. Em cerca de 55% dos casos os cultivos<br />
estão sob responsabilidade de pequenos e médios produtores<br />
rurais, que exercem a vocação e aquecem a economia<br />
local, com geração de renda, trabalho e dignidade.<br />
Para a presidente da AMIF (Associação Mineira da<br />
Indústria <strong>Florestal</strong>), Adriana Maugeri, a aprovação do PL<br />
1366 é um passo sólido para a retomada dos plantios de<br />
florestas em Minas Gerais. A presidente destaca que a<br />
silvicultura é uma atividade nobre que possui ampla capacidade<br />
de ser monitorada pelo Estado. Também, enfatiza<br />
que eventuais impactos ambientais são mapeados e conhecidos<br />
pela ciência, atestados pela qualidade ambiental<br />
e pelos serviços de recuperação e promoção de áreas de<br />
baixa produtividade exercidos pelo setor há mais de 60<br />
anos.<br />
Adriana Maugeri vai além e explicita que, quando<br />
a atividade florestal é realizada conforme as melhores<br />
práticas de manejo, são nítidos os múltiplos benefícios<br />
proporcionados em escala, tais como: conservação e regeneração<br />
de solo, conexão de áreas para fluxo da biodiversidade,<br />
conservação e recuperação de cursos de água,<br />
por exemplo. “Com a simplificação da importante etapa do<br />
licenciamento, certamente o setor vai voltar a crescer e,<br />
de fato e em singular volume, atuar frontalmente contra o<br />
desmatamento ilegal e em prol da remoção de carbono e<br />
sua fixação no solo, mitigando os indesejados efeitos que<br />
já vivenciamos das alterações climáticas”, Adriana.<br />
Segundo o presidente do conselho deliberativo da<br />
AMIF, Edimar Cardoso, o setor florestal trabalha para<br />
recuperar áreas de baixa produtividade no Brasil há várias<br />
décadas. Com sua capacidade de produzir, plantar e<br />
conservar sempre em grandes escalas, a agroindústria florestal<br />
é o motor da economia verde de Minas Gerais e do<br />
Brasil. Para ele, a atualização normativa faz justiça e abre<br />
caminhos para o cumprimento de importantes metas de<br />
descarbonização da economia assumidas pelos governos<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
estaduais e federal. “O setor atualmente conserva quase<br />
sete milhões de hectares de mata nativa e produz mais de<br />
nove milhões de hectares de floresta plantada, tudo isso<br />
para prover toda madeira legal que precisamos”, enfatiza<br />
Edimar.<br />
Ainda de acordo com Adriana Maugeri, que também<br />
é presidente da Câmara Técnica de Florestas Plantadas do<br />
Ministério da Agricultura, sem a aprovação do PL o setor<br />
florestal brasileiro não conseguiria expandir a produção de<br />
forma a atender a meta do governo federal de mais 4 milhões<br />
de ha de florestas cultivadas em todos país até 2030,<br />
conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro,<br />
no lançamento do PNFP (Plano Nacional de Florestas Plantadas),<br />
realizado em março deste ano. A aprovação do PL tem<br />
sido pauta prioritária da atuação da AMIF, das associações<br />
estaduais, da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), de federações<br />
do agro e da indústria de todo o país para a viabilização<br />
do pleito. “Só é contra este PL quem ainda está ancorado no<br />
passado, é alimentado por falsas informações e narrativas<br />
que não são comprovadas pela ciência, ou que ainda têm<br />
como exemplo práticas não indicadas da atividade florestal<br />
que degradam o ambiente, assim como qualquer atividade<br />
quando não é conduzida corretamente”, complementa<br />
Adriana.<br />
EM NÍVEL NACIONAL<br />
De acordo com dados do mais recente relatório publicado<br />
pela IBÁ, o setor de florestas plantadas no Brasil não<br />
para de crescer. No total, o setor cultiva uma área de 9,94<br />
milhões de ha espalhados pelo território nacional. Além das<br />
áreas produtivas, o setor conserva, simultaneamente, outros<br />
6,7 milhões de ha de mata nativa, o que equivale ao território<br />
do Estado do Rio de Janeiro.<br />
Em 2022, a agroindústria florestal brasileira gerou 2,6<br />
milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita<br />
bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção<br />
ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões<br />
de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ (metros cúbicos)<br />
de painéis de madeira. Além disso, conta com uma carteira<br />
de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova<br />
fábrica a cada ano e meio, em média. “É um setor que está<br />
do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para<br />
os brasileiros e brasileiras”, afirma o presidente executivo da<br />
IBÁ, Paulo Hartung.<br />
Assim como ocorre na agricultura de alto desempenho<br />
tecnológico, na última década observa-se o desenvolvimento<br />
da silvicultura de precisão. A agroindústria florestal brasileira<br />
está pronta para entregar um futuro mais sustentável e<br />
saudável com seus mais de cinco mil bioprodutos.<br />
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Junho 2024<br />
77
CELEBRAÇÃO<br />
Festejar o hoje, planejar<br />
O AMANHÃ<br />
Evento celebra 20 anos de atuação e apresenta planos<br />
para o futuro da atividade de base florestal na Bahia<br />
Fotos: Mário Marques<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
AABAF (Associação Baiana das Empresas de<br />
Base <strong>Florestal</strong>) completou, em março de 2024,<br />
20 anos de atuação e, para celebrar as realizações<br />
em prol do setor florestal, reuniu parceiros<br />
dos setores público e privado, em Salvador<br />
(BA). Participaram da solenidade o presidente da Câmara<br />
dos Deputados, Arthur Lira; os deputados Elmar Nascimento<br />
e Antônio Brito; o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior;<br />
os secretários estaduais do Meio Ambiente, Eduardo Sodré;<br />
do Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida; e da Agricultura,<br />
Tum; o prefeito de Salvador, Bruno Reis; além do<br />
chefe de Gabinete do Governador do Estado, Adolpho Loyola;<br />
entre outras representações do poder público, do setor<br />
produtivo, das empresas associadas ABAF e da sociedade.<br />
O vice-governador da Bahia destacou a importância do<br />
setor para a economia baiana e assumiu o compromisso<br />
de elaborar, em parceria com a instituição, o Plano Bahia<br />
<strong>Florestal</strong> 2033, que tem como objetivo assegurar o desenvolvimento<br />
sustentável do setor no Estado nos próximos 10<br />
anos. “O desenvolvimento econômico tem que estar associado<br />
à sustentabilidade e à justiça social. É possível garantir<br />
a expansão dessa atividade econômica na Bahia, atraindo<br />
novas oportunidades de negócio que vão gerar divisas para<br />
o Estado e emprego para os baianos e baianas. Para tanto, é<br />
imprescindível que esse crescimento seja acompanhado de<br />
contrapartidas ambientais e sociais”, destacou Geraldo.<br />
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado,<br />
Angelo Almeida, apontou que trabalha articulando com<br />
representações setoriais e demais secretarias para avançar<br />
na elaboração de um diagnóstico e planejamento do setor<br />
florestal baiano na próxima década e para que seja possível<br />
uma preparação para receber os investimentos que virão.<br />
“Neste sentido é sempre bom ampliarmos os laços com a<br />
ABAF para o fortalecimento e desenvolvimento sustentável<br />
do setor florestal no estado”, afirmou Angelo.<br />
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Junho 2024<br />
79
CELEBRAÇÃO<br />
Eduardo Sodré, secretário de Meio Ambiente, comentou<br />
que esse é um presente para que, dentro da secretaria do<br />
meio ambiente, da secretaria de desenvolvimento econômico,<br />
da secretaria de agricultura e planejamento possa ser<br />
construído com várias mãos esse plano, para que ao final<br />
desenvolvimento e preservação ambiental sejam alcançados.<br />
O secretário afirma que a atuação junta à ABAF tem<br />
uma grande expectativa de manter com esse plano a prioridade<br />
da utilização de áreas degradadas para os plantios;<br />
e prosseguir com a ideia de ‘um pra um’, que consiste na<br />
preservação de um hectare de floresta para cada hectare<br />
plantado, o que é perfeitamente factível, visto as áreas já<br />
presentes no Estado da Bahia. “Pela possibilidade de crescimento<br />
do setor não apenas do extremo sul, mas trazendo<br />
para o nosso litoral, para as regiões do baixo sul, do litoral<br />
sul, regiões que têm um enorme potencial de desenvolvimento<br />
da atividade”, completou Eduardo.<br />
Mariana Lisbôa, presidente da ABAF, comentou que a<br />
presença dessas autoridades demonstra a importância do<br />
setor florestal não só para a Bahia, mas para o Brasil e para<br />
o mundo. “Agora, com o Plano Bahia <strong>Florestal</strong> 2033, vamos<br />
fazer um diagnóstico para poder entender onde, como e<br />
quando podemos intensificar nossa atuação e contribuir<br />
com a economia do Estado. Vamos colocar em prática tudo<br />
que é possível. A Bahia tem recursos e oportunidades que<br />
precisamos utilizar”, ressaltou Mariana.<br />
Sobre a associação que preside, Mariana afirmou que<br />
é essencial para o setor florestal baiano, pois representa as<br />
empresas e fornecedores do Estado em questões de interesse<br />
nacional. A responsabilidade crucial de preservar o maior<br />
ativo ambiental – florestas plantadas e preservadas – e<br />
liderar o manejo sustentável desses recursos. “É uma grande<br />
honra para mim ocupar a posição de presidente, sendo<br />
a primeira mulher a fazê-lo. Liderar uma associação tão<br />
respeitada no setor florestal é um privilégio. Neste marco<br />
importante, reafirmamos nosso compromisso com a preservação<br />
ambiental e o desenvolvimento sustentável do setor<br />
florestal na Bahia”, complementou Mariana.<br />
O evento terá sua compensação ambiental realizada<br />
pela ABAF que vem se tornando referência nesse assunto. A<br />
compensação ambiental se dá por meio do cálculo de carbono<br />
emitido pelo evento e do plantio de mudas nativas para<br />
sequestrar a quantidade correspondente dessas emissões.<br />
“Esta é uma estratégia poderosa para preservar o meio ambiente<br />
e combater as mudanças climáticas. Ao adotar essa<br />
abordagem, empresas, governos e indivíduos demonstram<br />
um compromisso real com a sustentabilidade, contribuindo<br />
para a construção de um futuro mais equilibrado e saudável”,<br />
destacou Mariana.<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br<br />
PLANO PARA A BAHIA CRESCER<br />
Na ocasião, a ABAF celebrou a construção do Plano<br />
Bahia <strong>Florestal</strong> 2033, com o Governo do Estado, que visa<br />
ampliar a área plantada de florestas para fins industriais e,<br />
com isso, também estimular os investimentos atuais e atrair<br />
novas oportunidades para aumentar o volume de madeira<br />
processada como um todo. Isso significa, ainda, incrementar<br />
as áreas de preservação e outras contribuições ambientais,<br />
sociais e econômicas, principalmente no interior, contribuindo<br />
com a maior descentralização da economia na Bahia.
De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade,<br />
o objetivo do plano é ampliar e fortalecer a cadeia<br />
produtiva de florestas plantadas para que a Bahia atenda<br />
plenamente a demanda de madeira dos mais importantes<br />
segmentos da economia (mineração, papel e celulose, construção<br />
civil, projetos de energia, processamento de grãos<br />
e fibras etc.). “Vamos também intensificar o que já temos<br />
feito para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais<br />
a ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), a diversificação<br />
e a sustentabilidade das atividades rurais com a inclusão<br />
dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira”,<br />
valorizou Wilson.<br />
A presidente da ABAF concluiu que essa discussão é<br />
oportuna quando cresce a demanda por madeira no Brasil e<br />
no mundo. A IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) contabiliza<br />
investimentos de R$ 60 bilhões no setor, nos próximos 3<br />
anos. Mariana continuou dizendo que é preciso que a Bahia<br />
esteja preparada para atrair parte desses novos investimentos,<br />
seja em ampliações ou novas indústrias. “O desenvolvimento<br />
de um plano pode ajudar a tirar travas, incentivar<br />
o crescimento econômico, atender a crescente demanda<br />
por produtos de madeira, gerando ainda, principalmente no<br />
interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia,<br />
renda, impostos e contribuições ambientais de elevada<br />
significância. E, com tudo isso, fazer da Bahia mais uma vez<br />
exemplo para todo o país”, complementou Mariana.<br />
Ao adotar essa abordagem,<br />
empresas, governos e<br />
indivíduos demonstram um<br />
compromisso real com a<br />
sustentabilidade, contribuindo<br />
para a construção de um futuro<br />
mais equilibrado e saudável<br />
Mariana Lisbôa, presidente<br />
da ABAF
PESQUISA<br />
Parâmetros genéticos de<br />
resistência ao cancro em<br />
EUCALYPTUS GRANDIS<br />
Fotos: divulgação<br />
RENAN FURQUIM DA SILVA<br />
UNESP (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
RESUMO<br />
eucalipto vem em um crescente avanço no<br />
Brasil, tanto em área quanto em produtividade,<br />
resultado de pesquisas em todas as áreas<br />
relacionadas a silvicultura como melhoramento<br />
genético, solos e nutrição, fitopatologia entre<br />
outros aumentando a relevância da cultura sócio e economicamente.<br />
E as associações entre áreas pesquisadas é fundamental<br />
para continuidade deste avanço sendo a fitopatologia com melhoramento<br />
genético fundamental para possuir florestas cada<br />
vez mais produtivas e saudáveis. Sendo assim, este trabalho<br />
objetivou estimar parâmetros genéticos de resistência ao cancro<br />
causado pelo fungo Chrysoporthe cubensis em Eucalyptus<br />
Grandis. O experimento foi realizado no município de Selvíria<br />
(MS), com 147 progênies e três clones comerciais. O delineamento<br />
usado foi bloco casualizados, com 26 repetições e uma<br />
planta por parcela. Foram usados dois métodos de fenotipagem<br />
visual onde foi dado notas de zero a três para as árvores, onde<br />
zero uma árvore saudável e três uma altamente atacada pelo<br />
cancro, e o segundo método foi de imagem digital que foi processada<br />
no aplicativo Assess 2.0. Posteriormente procedeu-se a<br />
análise de deviance e estimou-se os componentes de variância<br />
e parâmetros genéticos por meio de análises individuais no<br />
software Selegen pela metodologia Reml/Blup. Existe variabilidade<br />
genética entre as progênies de Eucalyptus grandis para<br />
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PESQUISA<br />
Chrysoporthe cubensis, possibilitando ganho com a seleção.<br />
Existem correlações fortes entre análise visual e por imagem,<br />
porém a forma de imagem apresenta-se mais confiável que a<br />
visual. Na classificação tivemos um destaque para as famílias<br />
20, 42, 139, 43, 122, 144, 35, 40 e 105 sendo elas selecionadas<br />
por ambos os métodos.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O Eucalyptus é um gênero de plantas que pertence à família<br />
botânica Myrtaceae, tendo, a maioria de suas espécies, origem<br />
na Austrália. Espécies importantes ocorrem naturalmente<br />
fora da Austrália como o Eucalyptus urophylla e Eucalyptos deglupta.<br />
No Brasil, o eucalipto foi introduzido no século 19 com<br />
o aumento do uso dos trens no transporte. Assim, com a necessidade<br />
da expansão das ferrovias, as espécies de Eucalyptus<br />
ganharam destaque, já que elas apresentaram boa adaptação<br />
ao clima, rápido crescimento, versatilidade de uso e facilidade<br />
de manejo. Atualmente, as maiores regiões produtoras no Brasil<br />
são Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, segundo<br />
levantamento feito pela IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores)<br />
2023.<br />
No Brasil, o eucalipto, com suas várias espécies cultivadas,<br />
tem muitas finalidades, como a produção de celulose, móveis,<br />
carvão, óleos entre muitos outros (Queiroz et al., 2012). Com a<br />
expansão e a necessidade de aumento de produção, é preciso<br />
aumentar a área plantada. Com isso, novas áreas de plantio<br />
estão sendo utilizadas com a expansão das fronteiras florestais.<br />
Neste sentido, a busca por cultivares que estejam adaptadas<br />
ao clima e doenças de novas regiões demanda a realização de<br />
pesquisas e estudos na área de melhoramento genético do eucalipto,<br />
a fim de conseguir cultivares resistentes.<br />
No Brasil, desde a década de 1970, os programas de melhoramento<br />
genético de eucalipto utilizaram metodologias de hibridação<br />
e de clonagem como principais ferramentas para a obtenção<br />
de ganhos genéticos, fundamentados na expressiva divergência<br />
genética entre e dentro de espécies e procedências,<br />
associada à expressiva manifestação heterótica dos híbridos<br />
(Resende; Higa, 1990). Geralmente, observa-se superioridade<br />
dos híbridos interespecíficos de Eucalyptus spp., principalmente<br />
em relação às progênies parentais, quanto ao crescimento, à<br />
adaptação e à tolerância a doenças (Rochaet al., 2007).<br />
O Eucalyptus grandis é a espécie mais plantada no Brasil<br />
devido a fatores como rápido crescimento, características silviculturais<br />
e as propriedades da sua madeira, além da variabilidade<br />
genética (Miranda, 2012), com o amplo uso na produção de<br />
celulose e papel. O Eucalyptus grandis pode ser cruzado com<br />
outras espécies gerando híbridos, tendo uma boa capacidade<br />
de combinação com o Eucalyptus urophylla (Rezende; Resende,<br />
2000). Assim, a espécie é muito utilizada pelas empresas florestais<br />
por apresentar grande produtividade e menor suscetibilidade<br />
à doenças.<br />
O cancro do eucalipto é uma doença que ocorre em todas<br />
as regiões tropicais e subtropicais do mundo e chegou a afetar<br />
gravemente a produção de eucalipto no Brasil na década de 70.<br />
Quando as árvores são afetadas pela doença, passam a apresentar<br />
injúrias ou lesões nos troncos, formando um tecido caloso<br />
em torno delas. Com isso, nas plantas afetadas, observa-se<br />
Desta forma, a seleção de<br />
progênies resistentes ou<br />
tolerantes ao cancro pode<br />
aumentar a possibilidade de<br />
seleção e clones híbridos ainda<br />
mais resistentes, resultando em<br />
indivíduos altamente resistentes,<br />
com um conjunto gênico que<br />
possibilite manutenção da<br />
resistência por longos períodos<br />
84 www.referenciaflorestal.com.br
maior facilidade de tombamento pela ação do vento ou ainda<br />
morte por estrangulamento do colo. Essas injúrias prejudicam<br />
o rendimento em celulose, volumétrico e depreciam o uso da<br />
madeira para serraria, podendo também prejudicar a segunda<br />
rotação da cultura. Desta forma, a seleção de progênies resistentes<br />
ou tolerantes ao cancro pode aumentar a possibilidade<br />
de seleção e clones híbridos ainda mais resistentes, resultando<br />
em indivíduos altamente resistentes, com um conjunto gênico<br />
que possibilite manutenção da resistência por longos períodos.<br />
No entanto, as metodologias empregadas para avaliação<br />
de doenças em campo são baseadas na análise visual por meio<br />
de escala de notas subjetivas, o que pode levar a seleção de<br />
matrizes não resistentes. Alternativamente, pode-se utilizar a<br />
metodologia usada para a avaliação do ataque da doença via<br />
análise de imagem (Sadras; Rebetzke; Edmeade, 2013). Tal metodologia<br />
permite uma avaliação mais acurada da quantidade<br />
de lenho atacada, resultando em seleções mais precisas. Com<br />
aumento dos estudos, é possível desenvolver uma nova escala<br />
de avaliação.<br />
Esta é uma versão parcial deste<br />
artigo, o material completo pode ser<br />
acessado através do QR Code: https://<br />
repositorio.unesp.br/items/f2040913-<br />
cca8-4336-a2e2-f8e489e84ff9/full
AGENDA<br />
AGENDA 2024<br />
JUNHO<br />
2024<br />
Imagem: reprodução<br />
Wood Forest Expert<br />
Data: 24 a 28<br />
Local: online<br />
Informações<br />
https://www.woodforestexperts.com.br/<br />
JULHO<br />
2024<br />
SET<br />
2024<br />
LIGNUM<br />
A Lignum Latin America é uma feira focada na<br />
transformação, beneficiamento, preservação, energia,<br />
biomassa, uso da madeira e manejo florestal. A cada<br />
edição apresenta soluções, lançamentos e tendências<br />
para o setor industrial madeireiro e florestal de forma<br />
estática e dinâmica. Na quarta edição, realizada em<br />
2022, a Lignum Latin America reuniu 120 expositores e<br />
8.298 visitantes altamente qualificados, gerando vendas<br />
e prospecções.<br />
Demo Forest<br />
Data: 30 e 31<br />
Local: Bertrix (Bélgica)<br />
Informações:<br />
https://www.demoforest.be/en/<br />
Imagem: reprodução<br />
Florestas 360°<br />
Data: 20 e 21<br />
Local: Campo Grande (MS)<br />
Informações:<br />
https://www.florestas360.com.br/<br />
AGOSTO<br />
2024<br />
SET<br />
2024<br />
FOREST RISE<br />
O termo Forestrise foi definido como nome do evento<br />
pela combinação das palavras Forest (floresta, em<br />
inglês) e Rise (levantar ou ascender, em inglês). A<br />
primeira representa o negócio florestal e a segunda<br />
referencia uma ideia de ascensão e desenvolvimento,<br />
representando o renascimento e revitalização da<br />
indústria florestal do Japão. Essa feira será uma grande<br />
oportunidade de fortalecimento comercial, aprendizado<br />
para estudantes e crescimento do mercado oriental de<br />
tecnologia dedicada a indústria de base florestal.<br />
86 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA 2024<br />
AGOSTO<br />
2024<br />
Internationale Holzmesse<br />
Data: 28 a 31<br />
Local: Klagenfurt (Austria)<br />
Informações: https://www.<br />
kaerntnermessen.at/veranstaltungen/<br />
international-wood-fair/?lang=en<br />
SETEMBRO<br />
2024<br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
Lignum<br />
Data: 17 a 19<br />
Local: Curitiba (PR)<br />
Informações:<br />
https://lignumlatinamerica.com/<br />
INFORMAÇÃO<br />
A ALMA DO NEGÓCIO!<br />
FLORESTAL<br />
INDUSTRIAL<br />
PRODUTOS<br />
BIOMAIS<br />
SETEMBRO<br />
2024<br />
CELULOSE<br />
Forest Rise<br />
Data: 18 a 20<br />
Local: Tokyo (Japão)<br />
Infromações: https://www.forestrise.<br />
jp/2024/index_e.html<br />
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87
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Gestão de<br />
CRISE<br />
Por Dieter Borgert, formado em<br />
engenharia de produção pela Unibahia<br />
(Unidade Baiana de Ensino), pósgraduado<br />
pela fundação Dom Cabral.<br />
É fundador e CEO da SmartQI e vicepresidente<br />
da ACIJ (Associação<br />
empresarial de Joinville)<br />
Estar preparado para crise<br />
é chave para proteger sua<br />
empresa em momentos<br />
difíceis<br />
88 www.referenciaflorestal.com.br<br />
A<br />
gestão de crise é um conjunto de ações que visa minimizar<br />
os impactos negativos de uma situação inesperada na empresa,<br />
seus colaboradores, clientes e na sociedade em geral.<br />
O objetivo principal é manter a reputação da empresa e<br />
evitar possíveis prejuízos financeiros. Mas como fazer uma<br />
gestão de crise eficiente? O que faz um gestor de crises? E quais são as<br />
etapas essenciais para o gerenciamento de crises?<br />
A gestão de crise deve ser iniciada o mais rápido possível após a<br />
identificação do problema. O primeiro passo é formar uma equipe responsável<br />
pela gestão de crise, composta por pessoas com habilidades diferentes,<br />
como comunicação, finanças, recursos humanos, jurídico, entre<br />
outras. Uma das primeiras ações a serem tomadas é avaliar a situação e<br />
identificar as possíveis consequências. É fundamental criar um plano de<br />
ação detalhado, definindo objetivos, estratégias, ações e metas para lidar<br />
com o momento. Um ponto chave é a comunicação, tanto interna quanto<br />
externa. A empresa deve estar preparada para informar seus colaboradores<br />
e clientes sobre a situação, apresentando um posicionamento transparente<br />
e coerente.<br />
O gestor de crises é o responsável por liderar a equipe e tomar decisões<br />
importantes para minimizar os impactos da crise. Ele deve ser uma<br />
pessoa experiente, capaz de lidar com pressão e tomar decisões rápidas e<br />
eficientes. Entre as principais funções de um gestor de crises estão: Identificar<br />
os riscos e as oportunidades; Desenvolver estratégias para minimizar<br />
os impactos da crise; Gerenciar a equipe de gestão de crise; Tomar<br />
decisões importantes em tempo hábil e monitorar o progresso das ações.<br />
Existem diversas etapas que são fundamentais para o gerenciamento<br />
de crises. Aqui estão algumas das principais:<br />
• Preparação: Antes mesmo de uma crise acontecer, a empresa deve<br />
estar preparada. Isso envolve a criação de um plano de gestão, treinamento<br />
da equipe, avaliação de riscos, entre outras ações.<br />
• Identificação da crise: É fundamental identificar a situação o mais<br />
rápido possível, para poder agir de forma eficiente.<br />
• Análise da crise: Depois de identificar a crise, é preciso avaliar a sua<br />
gravidade e as possíveis consequências.<br />
• Plano de ação: Com base na análise da crise, é preciso criar um<br />
plano de ação detalhado, definindo objetivos, estratégias, ações e metas<br />
para lidar com o momento.<br />
• Comunicação: A comunicação é um ponto chave na gestão de crise.<br />
É importante informar os colaboradores e clientes sobre a situação, apresentando<br />
um posicionamento transparente e coerente.<br />
• Execução do plano: Depois de definir o plano de ação, é hora de<br />
colocá-lo em prática.<br />
• Avaliação: Depois de executar o plano de ação, é importante avaliar<br />
os resultados e verificar se as ações tomadas foram eficazes. É fundamental<br />
identificar pontos de melhoria para aprimorar a gestão de crise em<br />
situações futuras.<br />
A gestão de crise empresarial é fundamental para garantir a sobrevivência<br />
da empresa em situações de crise. É importante destacar que toda<br />
empresa está sujeita a enfrentar situações difíceis em algum momento,<br />
seja por motivos internos ou externos. Por isso, é fundamental estar preparado<br />
para lidar com essas situações e minimizar os impactos negativos.<br />
Uma gestão de crise eficiente pode ser a diferença entre a sobrevivência<br />
e o fracasso da empresa.
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