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AFBiomais_63Web

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Entrevista<br />

Renan Rodrigues conta como foi o processo de criação da Pellets Rodrigues<br />

LADO A LADO<br />

FOCADA NA EXPANSÃO DO<br />

MERCADO DA BIOMASSA,<br />

EMPRESA SE DESTACA<br />

PELO ATENDIMENTO<br />

PERSONALIZADO<br />

<br />

O presente mais<br />

precioso para os homens<br />

da COLHEITA FLORESTAL<br />

SIDE BY SIDE<br />

WITH A FOCUS ON THE EXPANSION<br />

OF THE BIOMASS MARKET, A<br />

COMPANY STANDS OUT FOR ITS<br />

PERSONALIZED SERVICE<br />

POTENCIAL<br />

INSTITUTO DA AMAZÔNIA<br />

ESTUDA DIFERENTES USOS<br />

PARA RESÍDUOS DA MADEIRA<br />

ENERGIA<br />

EMPRESA RECEBEU IV CONGRESSO NACIONAL<br />

DE SEGURANÇA E PERFORMANCE DE CALDEIRA


SUMÁRIO<br />

06 | EDITORIAL<br />

Investimento no cliente<br />

08 | CARTAS<br />

10 | NOTAS<br />

30 | ENTREVISTA<br />

36 | PRINCIPAL<br />

42 | ESTUDOS<br />

Em busca de novos<br />

combustíveis<br />

50 | ENERGIA<br />

Transformação na indústria<br />

de caldeiras<br />

52 | POTENCIAL<br />

58 | ARTIGO<br />

64 | AGENDA<br />

66 | OPINIÃO<br />

5G no Brasil: avanços, desafios e<br />

perspectivas para o futuro<br />

04 www.REVISTABIOMAIS.com.br


RECUPERE E<br />

TRANSFORME<br />

Estudo, design e produção de sistemas<br />

para a transformação dos resíduos<br />

de madeira em energia green.<br />

NAZZARENO.IT<br />

LIDER NO<br />

MERCADO<br />

BRASILEIRO


EDITORIAL<br />

A capa desta edição destaca o<br />

trabalho da DRV Indústria<br />

INVESTIMENTO<br />

NO CLIENTE<br />

O<br />

crescimento pautado no caminhar lado a lado com os clientes é uma das características da DRV Indústria, empresa que é<br />

destaque nesta edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. A DRV, sediada em Curitiba (PR), está inaugurando uma nova loja<br />

de suprimentos em Sinop (MT), fortalecendo sua presença e capacidade de atendimento em todo o país. Na editoria de<br />

Entrevista conversamos com Renan Rodrigues sobre as plantas de pellets, instaladas em Correia Pinto (SC) e que representam<br />

a sustentabilidade da Madeireira Rodrigues, empresa que iniciou as atividades há 37 anos e passou a aproveitar o resíduo da<br />

produção de compensados para fabricação do novo produto. Ainda nesta edição trazemos uma matéria sobre o potencial dos resíduos<br />

de madeira, que vão além da biomassa, uma reportagem sobre o Instituto Senai de Biomassa, que investe em pesquisas sobre novos<br />

combustíveis, além de notícias e informações sobre o setor de geração de energia. Ótima leitura!<br />

INVESTING IN THE CUSTOMER<br />

G<br />

rowth based on working side by side with the customer is one of the characteristics of DRV Indústria, the Company featured<br />

in this issue of REFERÊNCIA Biomais. DRV, based in Curitiba (PR), is opening a new warehouse in Sinop (MT), strengthening its<br />

presence and service capacity throughout the Country. For the interview, we talked to Renan Rodrigues about the pellet plants<br />

installed in Correia Pinto (SC), which represent the sustainability of Madeireira Rodrigues. This Company initiated operations 37<br />

years ago. The new plants use the waste from plywood production to make the product. Also, in this issue, we have an article on the potential<br />

of wood waste that goes beyond biomass, a report on the Senai Biomass Institute, which is investing in research into new fuels, and notes and<br />

information on the Sector. Pleasant reading!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XI - EDIÇÃO 63 - JUNHO 2024<br />

Diretor Comercial/Commercial Director:<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />

Diretor Executivo/Executive Director:<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />

Redação/Writing:<br />

Gisele Rossi<br />

(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />

Dep. de Criação/Graphic Design:<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão -<br />

Julia Harumi<br />

(criacao@revistareferencia.com.br)<br />

Dep. Comercial/Sales Departament:<br />

Gerson Penkal<br />

(comercial@revistabiomais.com.br) Fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation: John Wood Moore<br />

Dep. de Assinaturas/Subscription:<br />

(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora<br />

Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />

www.jotaeditora.com.br<br />

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas<br />

e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de<br />

energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,<br />

direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS<br />

não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />

anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são<br />

terminantemente proibídas sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed<br />

at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues<br />

used for energy generation and cogeneration, research institutions, university<br />

students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/<br />

or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself<br />

responsible for concepts contained in materials, articles, ads or columns signed<br />

by others; these are the responsibility of their authors. The use, reproduction,<br />

appropriation, databank storage, in any form or means, of the text, photos<br />

and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden<br />

without written authorization of the holder of the authorial rights, except for<br />

educational purposes.<br />

06 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A Benecke é uma tradicional fabricante de<br />

caldeiras, máquinas para o segmento madeireiro<br />

e sistemas de secagem de grãos direto e indireto.<br />

Ao longo dos nossos 70 anos de mercado e<br />

presença em 21 países, com um parque fabril de<br />

18.500 metros quadrados, a Benecke estabeleceu<br />

uma sólida reputação, atendendo diversos<br />

mercados ao redor do mundo com mais de 5.400<br />

equipamentos vendidos.<br />

Com uma engenharia qualificada, aliada ao uso<br />

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excelência e qualidade, nos posicionando como<br />

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dos equipamentos, desta forma conseguimos o<br />

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carrega 70 anos de experiência no mercado.


CARTAS<br />

PRINCIPAL<br />

Interessante a tecnologia envolvida nos equipamentos da CPM.<br />

Gustavo Abranches - Curitiba (PR)<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Está de parabéns a Haas Madeiras pelo empreendedorismo na produção de pellets de eucalipto.<br />

Marcelo Diniz - Pinhão (PR)<br />

CRESCIMENTO<br />

A geração distribuída só vai crescer. É preciso investir na geração de energia limpa e sustentável.<br />

Márcia Santos - São Paulo (SP)<br />

PRODUÇÃO<br />

Goiás está correndo atrás para ter sua própria biomassa e para incentivar a silvicultura.<br />

Carlos Pontes - Paracatu (MG)<br />

Foto: divulgação<br />

www.revistabiomais.com.br<br />

na<br />

mí<br />

energia<br />

biomassa<br />

dia informação<br />

@revistabiomais<br />

/revistabiomais<br />

Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />

08 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

PODCAST REFERÊNCIA<br />

O Podcast REFERÊNCIA, o novo programa tem como objetivo apresentar as pessoas que fazem o setor de base florestal. O<br />

objetivo do programa é conversar com empresários, diretores, gestores e líderes de suas empresas, apresentando as histórias<br />

que formaram e trouxeram cada uma dessas pessoas ao segmento e como suas carreiras se desenvolveram.<br />

Neste mês foi gravado o episódio com o Fábio Brun, que é diretor executivo da RMS na América do Sul e presidente da<br />

APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal). O curitibano de 53 anos pôde compartilhar sua trajetória no<br />

meio empresarial, os motivos que o fizeram cursar Engenharia Florestal na UFPR (Universidade Federal do Paraná) e apresentar<br />

suas visões e planos à frente da associação que fomenta e defende a atividade florestal no Paraná.<br />

Fábio relatou que seu interesse na engenharia florestal nasceu de uma atividade realizada ainda na infância, que o aproximou<br />

da natureza e plantou a sementinha<br />

que gerou a inspiração para a<br />

sua carreira. “Fui escoteiro, pude ter<br />

um contato com floresta ainda muito<br />

novo e isso sempre ficou marcado<br />

para mim. Quando fui buscar as opções<br />

de faculdade tinha que ser algo<br />

relacionado ao que já gostava e quando<br />

conheci a engenharia florestal, não<br />

pensei duas vezes”, relatou Fábio.<br />

Em relação a mercado, Fábio traz<br />

uma visão positiva em relação ao crescimento<br />

do uso da madeira e seus derivados<br />

em áreas onde outras matérias-primas<br />

foram predominantes por<br />

um longo período. “Temos verificado<br />

um grande crescimento no uso de papel<br />

em relação ao plástico, como no<br />

caso dos copos descartáveis que geram<br />

toneladas de detritos anualmente<br />

e agora podem ser ecologicamente<br />

corretos, além das possibilidades que<br />

a construção com madeira vai abrir<br />

para o mercado em que atuamos”,<br />

apontou Fábio.<br />

Os episódios do Podcast<br />

REFERÊNCIA estão disponíveis<br />

no nosso canal do youtube, que<br />

o Leitor pode acessar através do<br />

QR Code:<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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completa de automatizadores e<br />

também fornalhas para melhorar<br />

ainda mais o rendimento de seu<br />

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das necessidades dos clientes. É uma<br />

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NOTAS<br />

ENCONTRO VAI DEBATER BIOMASSA,<br />

COMPOSTAGEM E FLORESTA<br />

O campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) da cidade de Botucatu (SP) será a sede do<br />

1º BioComForest – Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta, que vai<br />

acontecer nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto. A programação conta com 30 palestras, atividades<br />

de campo, curso sobre compostagem e feira dinâmica com participação de profissionais do setor e<br />

a presença de empresas dos três segmentos. Empresas como a Riacho Florestal, Sotreq e Potencial<br />

Florestal, e instituição como Embrapa e ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) já<br />

estão confirmadas na programação. A cada dia um tema será abordado como: Colheita Mecanizada<br />

de uma Floresta de Eucalipto para Biomassa; Processo de Produção de Biomassa e Rebaixamento de<br />

Tocos para Biomassa e ainda está previsto o lançamento da Primeira Máquina Enfardadeira de Resíduos<br />

Florestais do Brasil. Os interessados em participar devem consultar o site : https://biocomforest.<br />

com.br/. As vagas são limitadas.<br />

Fotos: divulgação<br />

12 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Distribuidor e representante exclusivo<br />

Kahl Brasil


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

AUMENTA O CONSUMO DO<br />

ETANOL NO PAÍS<br />

Conforme o Boletim Mensal de Energia do MME (Ministério de Minas e Energia),<br />

referente a janeiro de 2024 publicado em maio, houve um aumento de 31,1% no consumo<br />

do etanol automotivo, na comparação com o mesmo período de 2023. A maior<br />

participação do combustível renovável é um sinal positivo para o país, pois demonstra a<br />

importância e o potencial do etanol brasileiro no processo de descarbonização do setor<br />

de transporte, com consequências benéficas ao meio ambiente, como a diminuição das<br />

emissões de CO2. Os dados de janeiro também apontaram para uma redução do preço<br />

do etanol hidratado em cerca de 12%. O uso de energia em veículos leves, do ciclo Otto<br />

(gasolina, etanol e gás natural), também apresentou um aumento da ordem de 9,7%,<br />

puxado pelo maior consumo do combustível renovável. Segundo o boletim, houve uma<br />

redução na utilização da gasolina C (queda de 2,6% em relação a janeiro do mês anterior),<br />

mas que não chegou a afetar esse crescimento. É possível observar, ainda, um aumento<br />

no consumo do etanol a partir de agosto de 2023.<br />

14 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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NOTAS<br />

EMPRESA REDUZ 64 TONELADAS DE CO2<br />

As emissões de CO2 (dióxido de carbono) estão acelerando em um ritmo sem precedentes nos<br />

últimos 50 mil anos. A situação é tão grave que, segundo pesquisadores da Oregon State University<br />

(EUA), o planeta deve bater um novo recorde de emissões em 2024. Para tentar desacelerar<br />

os danos que as emissões globais de GEE (gases de efeito estufa) causam ao clima da terra, um<br />

movimento de conscientização vem crescendo entre consumidores de diversos setores e serviços,<br />

instruindo empresas a reavaliar suas práticas de produção e responsabilidade social. Nesse<br />

contexto, a Ripz, fábrica de papéis que atua há mais de 20 anos criando soluções inteligentes<br />

para higienização, localizada em Guaratuba, no litoral do Paraná, se destaca como um exemplo<br />

de liderança em sustentabilidade empresarial, adotando medidas inovadoras para minimizar seu<br />

impacto ambiental e promover práticas sustentáveis. “Atualmente, 80% da energia utilizada em<br />

nossa fábrica é gerada por placas solares”, aponta Rafael Rieper, sócio fundador da Ripz. Essa ação<br />

já resultou na redução de mais de 64 toneladas de emissões de CO2, o que equivale a cerca de 9,5<br />

mil quilômetros rodados de carro e aproximadamente 500 árvores salvas. Agora, a Ripz está instalando<br />

novas placas solares mais potentes, com o objetivo de garantir que, a partir de junho, 100%<br />

da energia utilizada na empresa seja proveniente de fontes renováveis.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

TRANSFORMANDO RESÍDUOS DE<br />

INDÚSTRIAS EM ENERGIA<br />

Um projeto-piloto para transformação de resíduos das indústrias em energia está em<br />

estudo na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), por meio do Conselho Temático<br />

de Energia, em parceria com o Cibiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis),<br />

a indústria de embalagens Embrart e a Aecic (Associação das Empresas da Cidade Industrial<br />

de Curitiba). A intenção é unir esforços e investimentos para implantação de uma planta de<br />

biogás – biocombustível produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos que,<br />

após transformado, resulta em uma eficiente fonte de energia. Em fase de estudos, o projeto<br />

será alternativa para empresas reduzirem custos com a conta de luz e minimizar impactos<br />

ambientais. Estão previstas três etapas de implantação: a Fiep é responsável por financiar<br />

a primeira fase, que envolve a realização de pesquisas e estudos de viabilidade técnica e<br />

econômica. Caso seja aprovado e avance, a Embrart, empresa especializada na produção de<br />

embalagens de papelão, localizada na CIC, cederia parte de sua planta industrial para ser a<br />

sede da usina produtora de biogás, arcando com os custos de construção destas instalações.<br />

O Cibiogás, envolvida na fase inicial para elaboração do parecer de viabilidade do projeto,<br />

também participa das demais fases de execução, oferecendo sua expertise na produção,<br />

transformação e uso do biogás, prestando serviços técnicos. Já a Aecic será responsável por<br />

levar o projeto ao conhecimento das indústrias associadas da região e formalizar a adesão<br />

das interessadas, que passarão a destinar seus resíduos à usina de biogás.<br />

Foto: divulgação<br />

18 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Indústria e comércio ltda.<br />

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NOTAS<br />

FIEPA DEBATE A IMPORTÂNCIA DO ÓLEO DE PALMA<br />

A Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará) discutiu as potencialidades e desafios do setor industrial de<br />

óleo da palma no Brasil e no Estado durante encontro que reuniu representantes de indústrias do setor e de instituições<br />

acadêmicas. O Pará é responsável por cerca de 85% da produção nacional. Em 2023 o setor gerou cerca de 20 mil<br />

empregos e a produção foi de 585 mil toneladas de óleo, que resultou em um faturamento de mais de R$ 5 bilhões. “O<br />

setor tem feito altos investimentos para aumentar a área plantada e a produção de óleo de palma no país, no entanto,<br />

esses investimentos demoram para impactar a oferta de óleo devido ao ciclo longo da palma”, explicou Victor Almeida,<br />

presidente da Abrapalma. O óleo vegetal da palma pode ser importante para a redução das emissões de CO2 na atmosfera<br />

por meio da produção do HVO (sigla inglesa para Hydrotreated Vegetable Oil, ou óleo vegetal hidrotratado). “O<br />

óleo vegetal é o petróleo vegetal. Hoje temos tecnologia que permite produzir o que eles chamam de HVO ou querosene<br />

de aviação biológico, que é feito 100% do óleo. E o processo é muito parecido com o próprio refino do petróleo, em<br />

que se usa o hidrogênio para produzir todos esses diferentes componentes. Então assim, é de fato um petróleo verde,<br />

quando a gente olha os óleos vegetais como um todo”, explanou Almeida.<br />

Foto: Fiepa<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de<br />

máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração<br />

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E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

USINA SOLAR DA COPEL ENTRA EM<br />

OPERAÇÃO<br />

A Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) colocou em operação<br />

uma nova usina solar fotovoltaica em Sarandi, no Norte Central do Paraná.<br />

A unidade possui potência instalada de 6,7 MWp (megawatt-pico). Essa é a<br />

capacidade de geração quando os painéis produzem em sua potência máxima,<br />

o que está relacionado à incidência dos raios solares. Ao longo do ano, a usina<br />

deve gerar 13,7 GWh (gigawatt-hora) e vai atender 200 clientes. O projeto faz<br />

parte de um novo modelo de negócios da companhia, a Copel Solar. Trata-se<br />

de uma forma de consumir energia em que os clientes adquirem créditos da<br />

geração solar da usina, que podem ser usados para abater o consumo da conta<br />

de luz. Na prática, os clientes podem economizar até 15% na fatura de energia<br />

em comparação com o serviço da distribuidora, do qual participa a maioria dos<br />

consumidores. A Copel implanta e opera as unidades de geração e o cliente<br />

assina um contrato para uso dos créditos, resultando em economia nos gastos<br />

com energia. O novo complexo solar é formado por 9.720 painéis fotovoltaicos<br />

que ocupam uma área de 11 hectares (o tamanho de cerca de dez campos de<br />

futebol).<br />

22 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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NOTAS<br />

HIDROGÊNIO VERDE MAIS<br />

ACESSÍVEL<br />

A empresa Indra Energia está desenvolvendo uma tecnologia com o<br />

objetivo de tornar o hidrogênio verde mais acessível e difundido. A tecnologia<br />

desenvolvida pela Indra tem como objetivo a produção de hidrogênio verde por<br />

via fotocatalítica. Embora a produção fotocatalítica não substitua a eletrólise da<br />

água, ela se apresenta como mais uma alternativa limpa, e promissoramente<br />

mais viável. Essa forma de energia limpa pode ser usada em uma variedade<br />

de aplicações, desde abastecer veículos como carros, caminhões e ônibus, até<br />

servir como fonte de energia para diversas indústrias. Com isso, a empresa não<br />

se restringe a um segmento específico, mas concentra-se na criação e aprimoramento<br />

da tecnologia em utilizar recursos do Hidrogênio Verde. ‘’Reconhecemos<br />

a importância de diversificar as fontes de energia e de garantir que haja<br />

opções energéticas acessíveis para impulsionar a transição para um futuro mais<br />

sustentável para todos’’, comenta Thiago Veiga, sócio-diretor da Indra Energia.<br />

O hidrogênio (H2) é considerado o combustível do futuro devido à sua natureza<br />

limpa, uma vez que a queima desse gás produz apenas vapor d'água como<br />

subproduto, não liberando poluentes prejudiciais ao meio ambiente.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

PORTARIA REGULAMENTA INCENTIVOS PARA<br />

MINIGERAÇÃO DISTRIBUÍDA<br />

O MME (Ministério de Minas e Energia) publicou a Portaria nº 78/GM/MME, que regulamenta a concessão de incentivos<br />

para projetos de minigeração distribuída de energia em todo o país. A publicação estabelece procedimentos<br />

para obtenção do enquadramento do projeto no REIDI (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento<br />

da Infraestrutura). A Lei nº 14.300/2022 prevê a isenção do PIS/COFINS por até 5 anos para projetos de minigeração<br />

distribuída. Se enquadram na minigeração instalações que variam entre 75 KW (quilowatts) a 5 MW (megawatts)<br />

de potência. A nova regra pode beneficiar projetos renováveis como usinas hidrelétricas, biomassa, biogás, solar<br />

e eólica. A Portaria estabelece um rito próprio para que os agentes proprietários de instalações de minigeração<br />

distribuída submetam seus processos para fins de enquadramento no REIDI. Nesse contexto, com o objetivo de<br />

delinear um instrumento que sintonize a realidade da minigeração distribuída, do mercado e da Administração<br />

Pública, o MME constituiu diálogos técnicos, que contaram com a participação ativa da ANEEL (Agência Nacional<br />

de Energia Elétrica) e representantes da sociedade impactados pela medida.<br />

Foto: divulgação<br />

26 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

MARCO LEGAL PARA DESCARBONIZAR<br />

A criação do marco regulatório para produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono<br />

avança no Senado. A Comissão Especial do Hidrogênio Verde aprovou o projeto de lei<br />

que estabelece o marco regulatório e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor<br />

(PL 2.308/2023). A proposta segue agora para a análise do Plenário. O projeto, da Câmara dos<br />

Deputados, define regras e benefícios para estimular a indústria de hidrogênio combustível<br />

no Brasil. O objetivo é contribuir para descarbonizar a matriz energética brasileira. Pelo projeto,<br />

caberá à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) autorizar a<br />

produção, importação, transporte, exportação e armazenagem de hidrogênio. A produção,<br />

no entanto, só poderá ser permitida a empresas brasileiras sediadas no país. O projeto cria<br />

a política nacional do hidrogênio, que compreende o PHBC (Programa de Desenvolvimento<br />

do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono), o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio<br />

e o Rehidro (Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa<br />

Emissão de Carbono). O texto manteve o termo hidrogênio renovável para aquele produzido<br />

apenas com uso de energia renovável. Mas incluiu a classificação hidrogênio verde para<br />

aquele produzido por eletrólise da água a partir de fontes de energia eólica e solar.<br />

28 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Transforme!<br />

Com a Burntech<br />

você reutiliza rejeitos<br />

da sua empresa para<br />

produzir energia.*<br />

*Sujeito à análise<br />

de biomassa combustível.


ENTREVISTA<br />

Foto: Igor Neves<br />

ENTREVISTA<br />

RENAN<br />

RODRIGUES<br />

Formação: Engenharia de Produção no Centro Universitário<br />

Unifacvest<br />

Education: Production Engineering of the Centro Universitário<br />

Unifacvest<br />

Cargo: Gerente de operações Madeireira Nereu Rodrigues<br />

Function: Manager of Operations for Madeireira Nereu Rodrigues<br />

PELLETS<br />

EXPORTAÇÃO<br />

EXPORT OF PELLETS<br />

C<br />

om 20 anos de história em Correia Pinto (SC) e 37<br />

de fundação, planejando conquistar mais espaço<br />

no mercado de biomassa, a Madeireira Nereu<br />

Rodrigues investiu em duas plantas de pellets,<br />

aproveitando o resíduo que gera na indústria de compensados<br />

para produção de um novo produto. Representando<br />

a terceira geração da família no negócio, Renan Rodrigues,<br />

gerente de operações da empresa conversou com a Revista<br />

REFERÊNCIA BIOMAIS e contou como foi o processo de investimento<br />

e como a companhia enxerga o mercado de pellets,<br />

que garante a sustentabilidade do grupo familiar com atuação<br />

no ramo madeireiro.<br />

W<br />

ith 20 years of history in Correia Pinto (SC)<br />

and 37 years since its foundation, and with<br />

the intention of conquering more space in the<br />

biomass market, Madeireira Nereu Rodrigues<br />

has invested in two pellet plants, taking advantage of the<br />

waste generated by the plywood production to produce a<br />

new product. Representing the third generation of the family<br />

in the business, Renan Rodrigues, the Company’s Manager of<br />

Operations, spoke to Biomais about the investment process<br />

and how the Company views the pellet market, which<br />

guarantees the sustainability of the family group in the forest<br />

product industry.<br />

30 www.REVISTABIOMAIS.com.br


www.metalsulindustrial.com<br />

PROJETO<br />

PARA PRODUÇÃO DE<br />

PELLETS<br />

Sistemas de processamento<br />

completos para secagem de<br />

biomassa destinado para<br />

produção de pellets<br />

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nº 26 - Bairro Industrial - Xaxim - SC


ENTREVISTA<br />

Como tem sido sua inserção dentro do processo de<br />

transição dentro da empresa?<br />

Desde os estágios iniciais na Pellets Rodrigues, estive<br />

envolvido em todas as etapas, desde a montagem das<br />

máquinas, até o estabelecimento de processos fundamentais<br />

para a operação. Minha jornada acompanhou de perto<br />

o crescimento e os desafios enfrentados pela empresa.<br />

Essa experiência profunda moldou meu entendimento<br />

e compromisso com os valores e a visão que norteiam o<br />

negócio. Tive o privilégio de crescer imerso no ambiente<br />

empresarial da Nereu Rodrigues desde muito cedo, acompanhando<br />

de perto o desenvolvimento da empresa. Aos 16<br />

anos dei meus primeiros passos contribuindo com tarefas<br />

administrativas. Essa experiência precoce moldou minha<br />

visão empreendedora e despertou em mim o interesse<br />

pela administração dos negócios familiares. Hoje, aos 25<br />

anos, após uma jornada acadêmica dedicada à formação<br />

em Engenharia de Produção, estou plenamente engajado<br />

na condução estratégica e operacional da empresa,<br />

representando a terceira geração desta admirável trajetória<br />

empresarial.<br />

Em que momento a Madeireira Rodrigues resolveu<br />

apostar na produção de pellets?<br />

Em meados de 2019, fomos honrados com a visita do<br />

Francesco Stella (da Costruzioni Nazzareno), referência<br />

no ramo. Já discutíamos oportunidades de negócios com<br />

eles desde 2013, aproximadamente, e o diálogo acabou<br />

sendo retomado alguns anos depois. Em meio à crescente<br />

preocupação com questões ecológicas, vislumbramos com<br />

otimismo o futuro do mercado de energia renovável. Foi<br />

nesse contexto que decidimos apostar na criação de uma<br />

linha de produção de pellets.<br />

O que levou a Madeireira Rodrigues iniciar o processo<br />

de produção de pellets?<br />

A perspicácia visionária para um mercado em ascensão<br />

é um traço distintivo entre os sócios proprietários da<br />

Madeireira Rodrigues. Contamos, ainda, com um mercado<br />

propício, além de podermos aproveitar nossos resíduos industriais<br />

dentro de nosso processo interno, nos motivaram<br />

a investir nesse mercado.<br />

Como está estruturada a fábrica de pellets da empresa?<br />

Onde está localizada?<br />

Atualmente, nossa fábrica de pellets opera com duas<br />

linhas de produção, cada uma com capacidade produtiva<br />

de 2,5 toneladas por hora, situada na cidade de Correia<br />

Pinto (SC).<br />

Could you summarize your career?<br />

From the very beginning of Pellets Rodrigues, I<br />

have been involved in every stage, from the installation<br />

of the machines to the establishment of the main<br />

processes for the operation. My journey has closely<br />

followed the Company’s growth and challenges. This<br />

in-depth experience has shaped my understanding of<br />

and commitment to the values and vision that guide<br />

the Company. I have had the privilege of growing up in<br />

the Nereu Rodrigues business environment from an early<br />

age, closely following the Company’s development.<br />

At the age of 16, I took my first steps by participating<br />

in administrative tasks. This early experience shaped<br />

my entrepreneurial vision and awakened my interest in<br />

managing family businesses. Today, at the age of 25,<br />

after an academic journey dedicated to graduating in<br />

Production Engineering, I am fully involved in the strategic<br />

and operational management of the Company,<br />

representing the third generation of this admirable<br />

business trajectory.<br />

When did Madeireira Rodrigues decide to invest<br />

in the production of pellets?<br />

In the middle of 2019, we were honored to receive a<br />

visit from Francesco Stella (from Costruzioni Nazzareno),<br />

a benchmark in the industry. We had already<br />

been discussing business opportunities with them since<br />

around 2013, and the dialogue resumed a few years<br />

later. Given the growing concern about environmental<br />

issues, we were optimistic about the future of the<br />

renewable energy market. In this context, we decided to<br />

invest in the creation of a pellet production line.<br />

What led Madeireira Rodrigues to start producing<br />

pellets?<br />

Visionary insight into an emerging market is a<br />

characteristic of the partners who own Madeireira<br />

Rodrigues. We also have a favorable market. The ability<br />

to use our industrial waste from our internal processes<br />

motivated us to invest in this market.<br />

What is the structure of the Company’s pellet<br />

plant? Where is it located?<br />

Currently, our pellet factory operates with two<br />

production lines, each with a production capacity of 2.5<br />

tons per hour, located in Correia Pinto, Santa Catarina.<br />

What is the main raw material used in the production<br />

of pellets at Nereu Rodrigues?<br />

32 www.REVISTABIOMAIS.com.br


ENTREVISTA<br />

Qual a principal matéria-prima utilizada para produção<br />

de pellets da Nereu Rodrigues?<br />

A principal matéria-prima utilizada em nossa produção<br />

é o cavaco limpo de pinus, embora outras espécies<br />

também possam ser empregadas, sendo o pinus a mais<br />

comum entre elas. Nossa produção mensal é de aproximadamente<br />

2 mil toneladas de pellets.<br />

Qual o principal destino dos pellets de madeira<br />

produzidos pela empresa?<br />

Nosso principal mercado consumidor é a Itália, mas<br />

estamos sempre atentos a novos mercados e demandas.<br />

Como vê o mercado de pellets no Brasil?<br />

Embora atualmente seu alcance global seja modesto,<br />

vislumbramos um promissor crescimento futuro para o setor<br />

no Brasil. Já o consumo mundial de pellets tem aumentado<br />

ano após ano, contudo, devido a fatores geográficos,<br />

a competição nesse mercado é bastante delicada.<br />

Qual expectativa de exportação da empresa para os<br />

próximos anos?<br />

Atualmente nossa operação é totalmente voltada para<br />

a exportação, contando com parceiros representantes na<br />

Europa, principalmente com o foco no mercado italiano.<br />

Quais as principais dificuldades para produção de<br />

pellets no Brasil?<br />

O custo de produção elevado, que abrange desde a<br />

aquisição da matéria-prima, até as despesas logísticas, assim<br />

como o consumo de energia, são fatores significativos<br />

a serem considerados na produção de pellets.<br />

Quais os principais desafios do setor?<br />

O principal desafio consiste em educar e conscientizar<br />

os clientes finais sobre a importância de optar por pellets<br />

de altíssima qualidade. Além das imensas vantagens que o<br />

próprio pellets possui, creio que uma das principais delas<br />

é ser um produto de aproveitamento de madeira e ser<br />

sustentável.<br />

The main raw material used in our production is<br />

clean pine chips, although other species can also be<br />

used. Pine is the most common species. We produce<br />

about two thousand tons of pellets per month.<br />

What is the main destination of the wood pellets<br />

produced by the Company?<br />

Our main destination is Italy. But we are always on<br />

the lookout for new markets and demands.<br />

How do you see the pellet market in Brazil?<br />

Although its global reach is currently modest, we<br />

see promising future growth for the Brazilian pellet<br />

market. The world’s consumption of pellets has been<br />

increasing year after year, but due to geographical<br />

factors, the competition in this market is quite rough.<br />

What are the Company’s export expectations<br />

for the coming years?<br />

At present, our activity is completely export-oriented,<br />

with representative partners in Europe, mainly<br />

focused on the Italian market.<br />

What are the main difficulties in producing<br />

pellets in Brazil?<br />

The high cost of production, from purchasing<br />

raw materials to logistics and energy consumption, is<br />

an important factor to consider in the production of<br />

pellets.<br />

What are the main challenges facing the segment?<br />

The main challenge is to educate end users and<br />

make them aware of the importance of choosing high-<br />

-quality pellets. In addition to the immense benefits of<br />

pellets themselves, one of the most important is that<br />

they are a product that uses wood and is sustainable.<br />

Em meio à crescente preocupação com questões ecológicas,<br />

vislumbramos com otimismo o mercado de energia renovável.<br />

Foi nesse contexto que decidimos apostar na criação de uma<br />

linha de produção de pellets<br />

34 www.REVISTABIOMAIS.com.br


CHAVE DE<br />

IMPACTO DRV<br />

PRATICIDADE E AGILIDADE<br />

PARA OPERADORES NO<br />

CAMPO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

Fixar e soltar parafusos e porcas no campo<br />

agora ficou mais fácil. Pensando na praticidade e<br />

agilidade para os operadores em campo, a DRV lança<br />

dois modelos de Chave de Impacto: a CID-2.400/2.800<br />

para quem precisa de forças extremas e a<br />

CID-1.800/2.000 para o dia-a-dia.


PRINCIPAL<br />

TRABALHANDO<br />

LADO A LADO<br />

COM O CLIENTE<br />

INDÚSTRIA DE SERRAS E FACAS TEM SE DESTACADO NO<br />

FORNECIMENTO DE SOLUÇÕES ATENDENDO A UMA<br />

VARIEDADE DE PRODUTORES DE BIOMASSA, INDÚSTRIAS<br />

DE PAPÉIS E MADEIREIRAS<br />

FOTOS FABIANO MENDES<br />

36 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

37


PRINCIPAL<br />

A<br />

DRV Indústria continua a reforçar seu compromisso<br />

com a qualidade e o atendimento<br />

excepcional aos seus clientes, agora com<br />

a inauguração da sua quinta unidade. Desde<br />

sua fundação em 2011, em Curitiba (PR), a DRV tem<br />

se destacado como uma referência no fornecimento<br />

de soluções para a indústria agroflorestal, atendendo a<br />

uma variedade de produtores de biomassa, indústrias<br />

de papéis e madeireiras.<br />

Ao longo dos anos, a DRV expandiu seu portfólio<br />

de produtos e serviços, desenvolvendo novos negócios<br />

e se especializando ainda mais no segmento de suprimentos<br />

para a indústria de biomassa. Isso culminou na<br />

abertura de fábricas de facas e máquinas, além da nova<br />

loja de suprimentos em Sinop (MT), fortalecendo sua<br />

presença e capacidade de atendimento em todo o país.<br />

O compromisso da DRV vai além de simplesmente<br />

oferecer produtos de alta qualidade. A empresa<br />

busca compreender as necessidades individuais de<br />

cada cliente, fornecendo soluções personalizadas e<br />

um atendimento especializado e eficiente. Para a DRV,<br />

WORKING SIDE<br />

BY SIDE WITH THE<br />

CUSTOMER<br />

A SAW BLADE AND TOOL KNIFE<br />

MANUFACTURING COMPANY<br />

HAS EXCELLED AT PROVIDING<br />

SOLUTIONS TO A WIDE VARIETY<br />

OF BIOMASS PRODUCERS, PAPER<br />

MAKERS, AND SAWMILLS<br />

D<br />

DRV Indústria continues to strengthen its commitment<br />

to quality and exceptional customer<br />

service, now with the opening of its fifth unit.<br />

Since it was founded in 2011 in Curitiba (PR),<br />

DRV has become a benchmark in providing solutions to<br />

the agroforestry industry, serving a wide range of biomass<br />

producers, paper makers, and sawmills.<br />

38<br />

www.REVISTABIOMAIS.com.br


"Contamos com uma equipe de<br />

profissionais dedicados, prontos<br />

para trabalhar lado a lado com<br />

os clientes, compreendendo<br />

suas necessidades específicas<br />

e garantindo o melhor<br />

desempenho de cada produto<br />

ou máquina fornecida"<br />

Diego Ricardo Vieira, diretor<br />

da DRV Indústria<br />

cada transação é mais do que apenas uma venda, mas<br />

a oportunidade de estabelecer uma parceria duradoura,<br />

fornecendo suporte técnico adequado e enfrentando<br />

desafios juntos.<br />

ATENDIMENTO TÉCNICO<br />

Com um catálogo de mais de 4 mil itens, a DRV se<br />

destaca como uma referência, tanto para grandes operações<br />

de picagem de madeira, quanto para pequenas<br />

madeireiras. Sua ampla gama de produtos abrange diversas<br />

categorias, incluindo facas e peças de desgaste<br />

Over the years, DRV has expanded its portfolio of<br />

products and services, developing new businesses and<br />

becoming more specialized in the biomass industry’s<br />

supply segment. This culminated in the opening of knife<br />

and machine factories and the new supply warehouse in<br />

Sinop (MT), strengthening its presence and service capacity<br />

throughout the Country.<br />

DRV’s commitment goes beyond simply offering high-<br />

-quality products. The Company strives to understand the<br />

individual needs of each customer, offering customized<br />

solutions and specialized and efficient service. For DRV,<br />

every transaction is more than just a sale; it is an opportunity<br />

to build a lasting partnership and provide adequate<br />

technical support in order to face challenges together.<br />

TECHNICAL SERVICE<br />

With a catalog of more than four thousand items,<br />

DRV is the benchmark for both large wood-chipping operations<br />

and small forest harvest companies. The wide range<br />

of products covers various categories, including knives,<br />

saw blades, and parts for chippers, band saws, circular<br />

saws, teeth and disks for Feller bunchers, sharpening, and<br />

much more.<br />

One of the pillars of DRV’s success is its specialized<br />

technical service. “We have a team of dedicated professionals<br />

ready to work side by side with customers, understanding<br />

their specific needs and ensuring the best performance<br />

of each product or machine supplied,” says Diego<br />

Ricardo Vieira, a Managing Director of DRV Indústria.<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 39


PRINCIPAL<br />

para picadores, serras de fita, serras circulares, dente e<br />

discos para Feller Buncher, máquinas afiadoras e muito<br />

mais.<br />

Um dos pilares do sucesso da DRV é seu atendimento<br />

técnico especializado. “Contamos com uma equipe<br />

de profissionais dedicados, prontos para trabalhar lado<br />

a lado com os clientes, compreendendo suas necessidades<br />

específicas e garantindo o melhor desempenho<br />

de cada produto ou máquina fornecida", garante Diego<br />

Ricardo Vieira, diretor da DRV Indústria.<br />

“Temos uma cultura centrada no cliente, além de<br />

um compromisso com a excelência no que fazemos”,<br />

comenta Liliane Cordeiro, diretora da DRV Indústria. Se<br />

destacando como líder no mercado agroflorestal, oferecendo<br />

soluções de alta qualidade e um serviço excepcional<br />

a seus clientes em todo o Brasil, a DRV segue<br />

mantendo o foco no cliente.<br />

“We have a customer-centric culture and a commitment<br />

to excellence in what we do,” says Liliane Cordeiro,<br />

a Managing Director of DRV Indústria. As a leader in the<br />

agroforestry market, providing quality solutions and exceptional<br />

service to customers throughout Brazil, DRV<br />

continues its focus on the customer.<br />

WHAT’S NEW<br />

DRV’s investments are not limited to personalized<br />

service to meet customer needs. The Company is also<br />

planning new product launches for the Agroforestry Sec-<br />

"Temos uma cultura<br />

centrada no cliente, além<br />

de um compromisso com a<br />

excelência no que fazemos"<br />

Liliane Cordeiro, diretora da<br />

DRV Indústria<br />

40 www.REVISTABIOMAIS.com.br


PREVISÃO DE NOVIDADES<br />

Os investimentos por parte da DRV não se limitam<br />

só ao atendimento personalizado para os clientes terem<br />

suas demandas atendidas. A empresa também<br />

está com previsão de novos lançamentos para o setor<br />

agroflorestal na segunda metade de 2024, segundo os<br />

diretores. Tais inovações poderão ser vistas nas grandes<br />

feiras da área que ocorrem por todo o Brasil ainda esse<br />

ano.<br />

Trabalhar lado a lado com o cliente é muito mais<br />

que um bom atendimento, é garantir que haverá qualidade,<br />

desde o material base, até a afiação das serras e<br />

facas. Atender as necessidades dos empresários é essencial,<br />

e suprir suas expectativas também. “O sucesso<br />

da DRV se dá pelas parcerias que temos com nossos<br />

clientes. Entendemos a real necessidade deles e, em<br />

seguida, criamos a solução adequada”, salienta Fabiano<br />

Mendes, gerente de marketing da DRV Indústria.<br />

"O sucesso da DRV se dá<br />

pelas parcerias que temos<br />

com nossos clientes.<br />

Entendemos a real<br />

necessidade deles e, em<br />

seguida, criamos a solução<br />

adequada"<br />

Fabiano Mendes, gerente de<br />

marketing da DRV Indústria<br />

tor in the second half of 2024, according to the Directors.<br />

These innovations will be on display at major trade shows<br />

throughout Brazil later this year.<br />

Working side by side with the customer is much more<br />

than good service; it is about ensuring quality, from the<br />

raw material to the sharpening of the sawblades and<br />

knives. Satisfying the needs of contractors and meeting<br />

their expectations is essential. “DRV’s success is due to the<br />

partnerships we have with our customers. We understand<br />

their real needs and then create the right solution,” says<br />

Fabiano Mendes, Marketing Manager for DRV.<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

41


ESTUDOS<br />

EM BUSCA DE NOVOS<br />

COMBUSTÍVEIS<br />

INSTITUTO SENAI DE<br />

BIOMASSA TRANSFORMA<br />

ATÉ FUMAÇA DE<br />

CHAMINÉS PARA<br />

COLOCAR INDÚSTRIA<br />

NO RUMO DA<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

42 www.REVISTABIOMAIS.com.br


IN SEARCH OF<br />

NEW FUELS<br />

SENAI BIOMASS<br />

INSTITUTE EVEN<br />

TRANSFORMS<br />

CHIMNEY SMOKE TO<br />

PUT THE INDUSTRIAL<br />

SECTOR ON THE PATH<br />

TO SUSTAINABILITY<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

43


ESTUDOS<br />

D<br />

iante da necessidade de uma relação equilibrada<br />

com o meio ambiente, a indústria precisou repensar<br />

a produção e fazer da ciência aliada desta<br />

transformação. Motivados por essa necessidade,<br />

o ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa),<br />

sediado em Três Lagoas (MS), tornou centrais os projetos de<br />

descarbonização para repensar etapas, tornando os negócios<br />

sustentáveis.<br />

A imagem da chaminé soltando fumaça marcou a<br />

indústria durante muitos anos, mas até este símbolo não<br />

deve funcionar mais da mesma forma. Quem acompanha o<br />

trabalho minucioso e complexo desenvolvido nos laboratórios<br />

do ISI Biomassa pode ter dificuldade de imaginar<br />

como cada um daqueles experimentos podem revolucionar<br />

diferentes fases da produção industrial e reduzir a emissão<br />

de GEE (gases do efeito estufa) na atmosfera.<br />

CIÊNCIA REVELA CAMINHOS<br />

O gerente do ISI Biomassa, João Gabriel Marini, garante<br />

tecnologia para alcançar os mais diversos setores da indústria.<br />

“A siderurgia, por exemplo, tem bastante emissão e<br />

ainda não têm como mitigar. Utilizam bastante combustíveis<br />

sólidos. Também o setor de mineração, que tem buscado<br />

muitas tecnologias, principalmente de captura de CO2, além<br />

da indústria de cimento, que também tem bastante emissão”,<br />

explicou.<br />

F<br />

aced with the need for a balanced relationship<br />

with the environment, the Industrial Sector has<br />

had to rethink production and use science as<br />

an ally in this transformation. Motivated by this<br />

need, the Senai Biomass Innovation Institute (ISI Biomassa),<br />

based in Três Lagoas (MS), has made decarbonization<br />

projects central to this rethinking stage, leading to companies<br />

becoming more sustainable.<br />

The image of the chimney spewing smoke has characterized<br />

the Sector for many years, but even this symbol<br />

needs to be rethought; it no longer functions in the same<br />

way. Those who follow the meticulous and complex work<br />

carried out in the ISI Biomass laboratories may find it hard<br />

to imagine how each of its experiments can revolutionize<br />

different phases of industrial production and reduce greenhouse<br />

gas emissions into the atmosphere.<br />

SCIENCE SHOWS THE WAY<br />

João Gabriel Marini, Director of ISI Biomass, guarantees<br />

that the technology can reach the most diverse<br />

segments in the Industrial Sector. “The steel industry, for<br />

example, emits much greenhouse gas and has not yet<br />

found a way of reducing these emissions. The mills use a<br />

lot of solid fuels. Also, the Mining Sector has been looking<br />

at technologies, especially to capture CO2, and the cement<br />

industry also emits much greenhouse gas,” he explained.<br />

44 www.REVISTABIOMAIS.com.br


ESTUDOS<br />

Trabalhamos focados na<br />

transformação da biomassa,<br />

seja trocando um derivado<br />

fóssil pela biomassa ou por<br />

derivados de biomassa,<br />

ou através da ruptura,<br />

conversão e armazenamento<br />

direto dos gases gerados<br />

durante processos de<br />

combustão e emissão<br />

De acordo com a coordenadora de pesquisa industrial<br />

do Instituto, Laíssa Okamura, atualmente o ISI<br />

Biomassa conduz mais de 15 projetos com parceiros,<br />

além dos que estão em processo de negociação. Todos<br />

estão voltados para áreas como bioeconomia, descarbonização<br />

e economia circular.<br />

“Trabalhamos focados na transformação da biomassa.<br />

Então, de qualquer forma, as pesquisas são voltadas<br />

para o processo de descarbonização industrial,<br />

seja trocando um derivado fóssil pela biomassa ou por<br />

derivados de biomassa, ou seja, através da ruptura,<br />

conversão e armazenamento direto dos gases gerados<br />

durante processos de combustão e emissão”, detalhou.<br />

Especialidade do ISI de Três Lagoas, o uso da<br />

biomassa adquire papel de protagonismo na transição<br />

energética da indústria. De acordo com o pesquisador<br />

Willian Pereira Gomes, a matéria orgânica pode vir de<br />

diferentes fontes, como agroindustrial, industrial, resíduos<br />

de plantações, entre outros. Em termos práticos,<br />

podem se tratar de restos de madeira, cana-de- açúcar,<br />

alimentos e eucalipto, geralmente descartados<br />

durante o processo de fabricação de produtos.<br />

Laíssa Okamura, pesquisadora<br />

According to Laíssa Okamura, Industrial Research<br />

Coordinator for the Institute, ISI Biomassa is currently conducting<br />

more than 15 projects with partners, in addition<br />

to those under negotiation. All are focused on areas such<br />

as the bioeconomy, decarbonization, and the circular<br />

economy.<br />

“Our work is focused on the conversion of biomass. So,<br />

in any case, the research is aimed at the process of industrial<br />

decarbonization, either exchanging fossil derivatives<br />

by biomass or biomass derivatives or by directly decomposing,<br />

transforming, and storing the gases generated during<br />

combustion and emission processes,” says Okamura.<br />

The use of biomass, a specialty of the ISI in Três Lagoas,<br />

plays a leading role in the Industrial Sector’s energy transition.<br />

According to research scientist Willian Pereira Gomes,<br />

organic matter can come from various sources, such as<br />

agro-industrial, industrial, and plantation wastes. Specifically,<br />

it can be wood, sugarcane, food, and eucalyptus<br />

waste, which is usually discarded during the production<br />

process.<br />

46 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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ESTUDOS<br />

PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO<br />

Nas mãos dos pesquisadores, eles podem se tornar<br />

elementos altamente potentes. No projeto DeCarbon,<br />

um dos executados pelo instituto, há a conversão de<br />

duas biomassas muito conhecidas, o bagaço de cana-<br />

-de-açúcar e casca de coco verde, em material capaz<br />

de capturar o CO2.<br />

“Ou seja, essa biomassa, que inicialmente era um<br />

resíduo, passa a ser um material de alta tecnologia que<br />

será utilizado no processo de descarbonização da indústria,<br />

seja sementeira, indústria cerâmica, indústria<br />

metalúrgica, siderúrgica e assim por diante”, destacou<br />

Willian.<br />

Neste projeto, o objetivo é a produção e ativação<br />

de um biocarvão para aplicação em um sistema de<br />

captação de CO2, almejando a redução de emissões<br />

de GEE. O material poderá, por exemplo, ser utilizado<br />

como filtro de geladeira ou ar-condicionado.<br />

A possibilidade de captura dos gases permite<br />

a reutilização. Sendo assim, parte deles podem ser<br />

reintroduzidos na atmosfera em formas menos prejudiciais<br />

ao meio ambiente, gerando materiais duráveis,<br />

como carbonatos, concreto e polímeros.<br />

PROJECTS IN DEVELOPMENT<br />

In the hands of research scientists, projects can become<br />

highly potent elements. For example, in the DeCarbon<br />

project, one of the Institute’s projects, two well-known<br />

biomasses - sugarcane bagasse and green coconut shells -<br />

are being transformed into a material capable of capturing<br />

CO2.<br />

“In other words, this biomass, which was originally<br />

waste, becomes a high-tech material that can be used in<br />

the decarbonizing process of the Industrial Sector, whether<br />

it is the seed, the ceramic, the metallurgical, or the steel<br />

industry, etc.,” says Gomes.<br />

This project aims to produce and activate biochar for<br />

use in a CO2 capture system to reduce greenhouse gas<br />

emissions. The material could also be used, for example, as<br />

a filter in refrigerators or air conditioners.<br />

Capturing gases allows them to be reused. In this way,<br />

some of the gases can be returned to the atmosphere in<br />

forms that are less harmful to the environment, producing<br />

durable materials such as carbonates, concrete, and<br />

polymers.<br />

"A biomassa, que<br />

inicialmente era um resíduo,<br />

passa a ser um material<br />

de alta tecnologia que<br />

será utilizado no processo<br />

de descarbonização da<br />

indústria, seja sementeira,<br />

indústria cerâmica, indústria<br />

metalúrgica, siderúrgica e<br />

assim por diante"<br />

Willian Pereira Gomes, pesquisador<br />

48 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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IMPULSIONA O FUTURO


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TRANSFORMAÇÃO<br />

NA INDÚSTRIA<br />

DE CALDEIRAS<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

PARTICIPANTES DO IV<br />

CONGRESSO NACIONAL<br />

DE SEGURANÇA E<br />

PERFORMANCE DE<br />

CALDEIRA VISITARAM<br />

EMPRESA CATARINENSE<br />

A<br />

s caldeiras eficientes da Burntech estão no centro<br />

das atenções! Recentemente, especialistas e<br />

profissionais da área se reuniram no IV Congresso<br />

Nacional de Segurança e Performance de<br />

Caldeira, e a empresa catarinense foi o destino escolhido<br />

para uma visita técnica.<br />

A Burntech, com sua sede em Agrolândia (SC), acumula<br />

mais de cinco décadas de expertise, destacando-se como<br />

uma referência em soluções para geração de vapor, gás<br />

50 www.REVISTABIOMAIS.com.br


quente e energia a biomassa. Reconhecida como uma das<br />

indústrias mais tecnológicas do setor, a Burntech tem liderado<br />

inovações que impulsionam a eficiência e a sustentabilidade.<br />

VISITA EMOCIONANTE<br />

Durante a visita à sua sede, os participantes do congresso<br />

mergulharam no universo da produção da Burntech,<br />

conhecendo de perto sua tecnologia de grelha fixa/<br />

móvel, pioneira no Brasil e adquirida com exclusividade da<br />

Alemanha. A energia contagiante do evento permitiu não<br />

apenas networking entre os participantes, mas também proporcionou<br />

uma palestra sobre segurança, eficiência e uma<br />

exploração das instalações da empresa.<br />

Reges Dias, diretor de operações, destacou: “Foi gratificante<br />

participar do congresso e discutir assuntos tão<br />

relevantes como segurança, eficiência e conformidade na<br />

operação de caldeiras industriais. Ficamos felizes em compartilhar<br />

com os visitantes as características de alta qualidade<br />

de nossos produtos".<br />

Além de servir às indústrias brasileiras, as caldeiras<br />

Burntech têm presença internacional, marcando presença<br />

na Espanha, Argentina e Uruguai, atendendo uma variedade<br />

de setores.<br />

O IV Congresso de Caldeiras reuniu uma constelação de<br />

profissionais e especialistas, mergulhando em temas cruciais<br />

desde o projeto até a eficiência e rendimento das caldeiras.<br />

A otimização do desempenho e as inovadoras técnicas para<br />

reduzir custos de energia foram pontos-chave, enquanto a<br />

segurança foi discutida com afinco, ressaltando a importância<br />

dos princípios, práticas e regulamentações para garantir<br />

um ambiente de trabalho seguro para todos.<br />

Foi gratificante participar<br />

do congresso e discutir<br />

assuntos tão relevantes<br />

como segurança, eficiência e<br />

conformidade na operação<br />

de caldeiras industriais<br />

Reges Dias, diretor de operações<br />

da Burntech<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

51


POTENCIAL<br />

52 www.REVISTABIOMAIS.com.br


ALÉM DA<br />

BIOMASSA<br />

PESQUISA APONTA<br />

POTENCIAL ECONÔMICO<br />

DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO<br />

SETOR MADEIREIRO NA<br />

REGIÃO AMAZÔNICA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

53


POTENCIAL<br />

O<br />

conhecimento químico e tecnológico,<br />

a busca de potencial biológico<br />

de espécies madeireiras da<br />

Região Amazônica, a descoberta de<br />

algumas moléculas e o potencial biológico das<br />

biomoléculas para a investigação do princípio<br />

ativo como antimalárico, antifúngico, antibacteriano<br />

e inseticida foram alguns dos resultados<br />

encontrados em pesquisa apoiada por meio da<br />

Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do<br />

Estado do Amazonas).<br />

O estudo intitulado: Fitoquímica, Aspectos<br />

Tecnológicos e Prospecção de Princípios Ativos<br />

em Resíduos Sólidos do Setor Madeireiro; estimula<br />

o aproveitamento de descartes, a preservação<br />

do meio ambiente e a obtenção de modelos<br />

de moléculas, oriundas de serragens que são<br />

descartadas pelo setor madeireiro, visando<br />

nortear o potencial econômico e contribuir para<br />

o conhecimento da biodiversidade amazônica.<br />

54 www.REVISTABIOMAIS.com.br


MADEIRAS PESQUISADAS<br />

A coordenadora da pesquisa, doutora em<br />

química Maria da Paz Lima, do Inpa (Instituto<br />

Nacional de Pesquisas da Amazônia), afirmou<br />

que foram utilizados os resíduos madeireiros das<br />

seguintes espécies de plantio, área de manejo<br />

ou de demolição: acácia (Acacia mangium);<br />

angelim-pedra (Hymenolobium petraeum);<br />

angelim-rajado (Zygia racemosa); breu-vermelho<br />

(Protium puncticulatum); breu-vermelho<br />

(Protium tenuifolium); camarurana (Dipteryx<br />

polyphylla); cedro (Cedrela odorata); ingá (Inga<br />

alba); ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia); jatobá<br />

(Hymenaea courbaril); louro-aritu (Ocotea neesiana);<br />

louro-faia (Roupala montana); macacaúba<br />

(Platymiscium ulei); samaúma (Ceiba pentandra);<br />

sucupira-vermelha (Andira parviflora); e tatajuba<br />

(Bagassa guianensis).<br />

"A divulgação dos resultados do projeto tem<br />

auxiliado o setor madeireiro e a sociedade em<br />

geral a valorizar os resíduos sólidos. O aproveitamento<br />

do descarte de resíduos sólidos tem<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

55


POTENCIAL<br />

um papel importante na preservação do meio<br />

ambiente, sobretudo quando esse é enriquecido<br />

com conhecimento químico, tecnológico e<br />

biológico", aponta a pesquisadora.<br />

ESTUDOS<br />

O estudo contou com a contribuição de<br />

pesquisadores das áreas de engenharia florestal,<br />

química de produtos naturais e farmacologia,<br />

permitindo abordagens de temas variados,<br />

como: a avaliação das propriedades tecnológicas<br />

da madeira, os estudos fitoquímicos para<br />

purificação e identificação das moléculas por<br />

Ressonância Magnética Nuclear e outras técnicas<br />

espectroscópicas e os ensaios biológicos para<br />

busca dos princípios ativos.<br />

Com os resultados do projeto, o grupo acrescentou<br />

um número significativo de amostras no<br />

Banco de Moléculas do LQPN (Laboratório de<br />

Química de Produtos Naturais), do Inpa, fornecendo<br />

uma base de dados para outros projetos<br />

direcionados à busca de princípios ativos.<br />

A divulgação dos<br />

resultados do projeto<br />

tem auxiliado o<br />

setor madeireiro e a<br />

sociedade em geral a<br />

valorizar os resíduos<br />

sólidos<br />

Maria da Paz Lima,<br />

do Inpa<br />

56 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Grupo


ARTIGO<br />

APROVEITAMENTO DA<br />

BIOMASSA FLORESTAL NA<br />

FABRICAÇÃO DE BRIQUETES<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

58 www.REVISTABIOMAIS.com.br


ANGELO FERNANDO DE OLIVEIRA SACCOL<br />

UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)<br />

UFSM<br />

UFSM<br />

UFSM<br />

UFSM<br />

UFSM<br />

UFSM<br />

CARLINE ANDRÉA WELTER<br />

ROSSANA CORTELINI DA ROSA<br />

RODRIGO COLDEBELLA<br />

SOLON JONAS LONGHI<br />

JORGE ANTONIO DE FARIAS<br />

CRISTIANE PEDRAZZI<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

59


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

A<br />

importância do emprego de fontes alternativas<br />

de energia, que sejam renováveis e provoquem<br />

menores danos ao meio ambiente, como menor<br />

poluição atmosférica e estabilidade do ciclo do<br />

carbono, traz em destaque a biomassa florestal. Nesse contexto,<br />

avaliou-se a produção de briquetes, produzidos a partir<br />

de resíduos florestais encontrados nas diversas fases de<br />

produção das fábricas de celulose, os quais foram analisados<br />

quimicamente, bem como suas propriedades físicas e mecânicas.<br />

Foram realizados dez tratamentos a partir de quatro<br />

classes de resíduos amostrados, utilizando DIC (delineamento<br />

estatístico inteiramente casualizado), com 10 repetições<br />

por tratamento. Para a análise estatística, realizou-se teste<br />

tukey de comparação de médias e análise de componentes<br />

principais para explicar a estrutura da variância. Os tratamentos<br />

4 e 10 apresentaram maior poder calorífico devido<br />

ao seu maior percentual de lignina, bem como obtiveram<br />

os melhores resultados de densidade energética. Quanto a<br />

densidade e a resistência mecânica, os valores encontrados<br />

foram adequados e condizentes aos citados na literatura,<br />

sendo que a última variável não diferiu estatisticamente entre<br />

os tratamentos. A análise dos componentes principais foi<br />

adequada, sendo os teores de extrativos, umidade, lignina,<br />

e a densidade energética as variáveis mais importantes na<br />

análise, com os mais elevados coeficientes da componente<br />

principal 1, a qual representa 70,9% da variância total<br />

explicada. O tratamento 4, contendo apenas casca de Pinus<br />

taeda, se destacou pelas suas melhores características para<br />

energia.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A biomassa vegetal pode ser utilizada para obtenção das<br />

mais variadas formas de energia, seja por conversão direta<br />

ou indireta. Como vantagens da utilização desse material<br />

em substituição aos combustíveis fósseis, podemos citar a<br />

menor poluição atmosférica, além da estabilidade do ciclo<br />

de carbono. Já em comparação a outros tipos de energias renováveis,<br />

a biomassa vegetal, se destaca pela alta densidade<br />

energética e pelas facilidades de armazenamento, conversão<br />

e transporte desse material, sendo a segunda fonte de geração<br />

de energia predominante no Brasil.<br />

As biomassas para uso energético provem de recursos<br />

florestais, seus produtos e subprodutos, que incluem basicamente<br />

resíduos lenhosos produzidos de forma sustentável,<br />

podendo ser obtidos de florestas cultivadas, e também em<br />

atividades que processam ou utilizam a madeira para fins<br />

não energéticos, destacando-se as indústrias de papel/celulose<br />

e moveleira, bem como as serrarias. As indústrias de<br />

base florestal, como as de celulose, têm por característica a<br />

geração de um grande volume de resíduos ao longo do seu<br />

processo produtivo. O setor madeireiro apresenta um grande<br />

potencial para o aproveitamento desses resíduos, já que<br />

60 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Existem diferentes maneiras<br />

de aproveitamento da<br />

biomassa florestal pelas<br />

indústrias, sendo a<br />

briquetagem uma forma eficaz<br />

de aproveitar esses resíduos,<br />

uma vez que este processo<br />

permite o aumento do teor<br />

energético dos resíduos<br />

através do adensamento e<br />

compactação<br />

as perdas são inerentes ao processo produtivo, representando<br />

de 40 a 70% do volume da matéria-prima. Estes resíduos<br />

(cascas, galhos, folhas, cavacos e lascas de madeira, etc) são<br />

provenientes da colheita e do beneficiamento da madeira e<br />

por muito tempo, não tiveram destinação adequada.<br />

Existem diferentes maneiras de aproveitamento da<br />

biomassa florestal pelas indústrias, sendo a briquetagem<br />

uma forma eficaz de aproveitar esses resíduos, uma vez que<br />

este processo permite o aumento do teor energético dos resíduos<br />

através do adensamento e compactação. Para melhor<br />

adequação da biomassa ao processo de briquetagem como<br />

combustível, algumas alternativas podem ser utilizadas<br />

visando a melhoria do rendimento do processo, como adequação<br />

do tamanho e secagem das partículas e as condições<br />

empregadas para a prensagem do material.<br />

Nesse contexto, objetivou-se nesse estudo avaliar o uso<br />

de biomassa florestal, provenientes de indústrias de papel<br />

e celulose, na produção de briquetes, visando apresentar<br />

alternativas para a geração de energia limpa, assim como um<br />

novo destino para os resíduos gerados na floresta e no pátio<br />

de madeira das empresas.<br />

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ARTIGO<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Produtos<br />

Florestais do Departamento de Ciências Florestais da Universidade<br />

Federal de Santa Maria. A biomassa ou resíduos<br />

florestais foram obtidos de indústrias de papel e celulose e<br />

separados em quatro classes de acordo com a espécie, local<br />

de coleta e composição.<br />

No total foram realizados 10 tratamentos para a produção<br />

dos briquetes, 4 tratamentos contendo 100% de cada<br />

classe de resíduos e 6 tratamentos formulados em proporções<br />

de 50-50% de cada classe, com 10 repetições por tratamento.<br />

O delineamento foi o inteiramente casualizado DIC.<br />

As variáveis analisadas foram os teores de umidade, lignina<br />

klason, extrativos totais, cinzas, o poder calorífico, densidade<br />

e resistência à compressão dos briquetes.<br />

partículas dos resíduos ao ar livre, visando aumentar o seu<br />

potencial calorífico.<br />

Com relação a composição química da biomassa, os<br />

maiores valores de extrativos e lignina foram encontrados<br />

nos tratamentos que continham resíduos da classe 4 (T4, T7,<br />

T9 e T10), o que já era esperado por se tratar de um material<br />

composto apenas por casca da espécie Pinus taeda. Segundo<br />

Colodette, de maneira geral, a casca apresenta diferenças<br />

químicas em comparação com a madeira, entre elas: maiores<br />

teores de extrativos e cinzas e menores teores de holocelulose.<br />

Dessa forma, estes tratamentos apresentam características<br />

químicas atrativas para serem utilizados como fonte de<br />

matéria-prima na geração de energia.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Os teores de umidade dos tratamentos variaram de<br />

8,93 a 12,72%. O gradiente de umidade da madeira varia<br />

conforme espécie, características anatômicas e químicas e<br />

variações ambientais. Recomenda-se, para a fabricação de<br />

briquetes, que o teor de umidade do material esteja entre<br />

8 e 15% de umidade, sendo assim, os valores de umidade<br />

obtidos estão de acordo com o recomendado na literatura.<br />

Quanto maior o teor de umidade, maior será o consumo de<br />

energia necessário para a evaporação da água presente na<br />

biomassa nos processos de conversão energética, reduzindo<br />

a sua eficiência. Por essa razão foi necessário secar as<br />

Os briquetes produzidos<br />

com classe de resíduos (casca<br />

de Pinus Taeda) resultaram<br />

nos mais altos valores para<br />

densidade energética,<br />

explicado devido ao alto teor<br />

de lignina e de extrativos<br />

totais encontrado para esse<br />

resíduo<br />

62 www.REVISTABIOMAIS.com.br


O importante no caso dos extrativos é que são constituintes<br />

que ocupam espaços externos às paredes celulares<br />

(lúmens e vacúolos), logo eles somam peso seco às<br />

biomassas das paredes celulares. A lignina é o principal<br />

constituinte responsável pelo aumento do poder calorífico,<br />

pois ela possui entre 60 a 64% de carbono elementar em sua<br />

composição molecular, enquanto a celulose e as hemiceluloses<br />

possuem bem menos (42 a 46%). Quanto maior for o<br />

teor de lignina nas amostras, menor será a quantidade de<br />

materiais voláteis produzidos, pois como a lignina tem anel<br />

aromático, possui consequentemente maior quantidade de<br />

carbono fixo. Além disso, o tipo de lignina, assim como a<br />

relação siringila/guaiacila, influencia na geração de energia<br />

de uma biomassa. A lignina guaiacila, presente em madeiras<br />

de coníferas, possui o C5 disponível para reação com<br />

outros anéis de fenilpropano, tem maior massa molecular e,<br />

consequentemente, é mais favorável à produção de carvão<br />

vegetal, devido à sua maior estabilidade térmica.<br />

Os briquetes produzidos com classe de resíduos 4 (casca<br />

de Pinus taeda) resultaram nos mais altos valores para densidade<br />

energética (tratamentos 4, 7, 9 e 10), explicado devido<br />

ao alto teor de lignina e de extrativos totais encontrado para<br />

esse resíduo.<br />

CONCLUSÕES<br />

Os resíduos florestais apresentaram características<br />

energéticas favoráveis, indicando o potencial desse material<br />

para uso como fonte de energia, com destaque para a classe<br />

de resíduos 4, que resultou nos maiores valores de lignina. O<br />

briquetes produzidos apresentaram resultados satisfatórios<br />

quanto a teor de umidade e densidade aparente recomendados,<br />

sendo que os tratamentos com os resíduos florestais<br />

de casca de pinus resultaram nos maiores valores de densidades<br />

aparente e energéticas.<br />

Para acessar esse conteúdo na íntegra<br />

acesse o QRcode ao lado:


AGENDA<br />

AGOSTO 2024<br />

DESTAQUE<br />

KEET 2024<br />

KOREA ENVIR ONMENT & ENERGY<br />

TRADE FAIR<br />

Data: 28 a 30<br />

Local: Gwangju (Coréia do Sul)<br />

Informações: https://www.keet.or.kr//fairDash.do<br />

OUTUBRO 2024<br />

BRAZIL WINDPOWER<br />

Data: 22 a 24<br />

Local: São Paulo Expo, São Paulo (SP)<br />

Informações:<br />

https://www.brazilwindpower.com.br/pt/home.html<br />

CONFERÊNCIA BBEST – IEA BIOENERGY<br />

Data: 22 a 24<br />

Local: Hotel Renaissance, São Paulo (SP)<br />

Informações: https://bbest-ieabioenergy.org/<br />

NOVEMBRO 2024<br />

360 SOLAR 2024<br />

Data: 07 a 08<br />

Local: Centro Sul, Florianópolis (SC)<br />

Informações: https://360solar.com.br/<br />

INTERSOLAR<br />

SOUTH AMERICA<br />

Data: 27 a 29 de agosto de 2024<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações:<br />

www.intersolar.net.br/dados-do-evento<br />

O visitante encontrará a completa cadeia<br />

produtiva dos setores fotovoltaico e termossolar<br />

– desde células e módulos FV a equilíbrio<br />

de sistemas, componentes, rastreamento, até<br />

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apresentarão suas tecnologias de última geração<br />

e mostrarão possibilidades de lucrar, economizar<br />

e acompanhar os avanços do mercado solar.<br />

Simultaneamente, no Congresso Intersolar South<br />

America, especialistas renomados vão abordar os<br />

temas mais atuais do setor.<br />

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02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />

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OPINIÃO<br />

Foto: divulgação<br />

5G NO BRASIL: AVANÇOS,<br />

DESAFIOS E PERSPECTIVAS<br />

PARA O FUTURO<br />

C<br />

om velocidade ultra rápida, baixa latência e alta<br />

capacidade de conexão, o 5G, a quinta geração<br />

da rede móvel, vem se expandindo no território<br />

brasileiro. Segundo dados da Anatel, no final de<br />

2023, 282 cidades no Brasil contavam com a rede ativa e mais<br />

de 16 mil ERBs (estações rádio base) em funcionamento. Além<br />

disso, 3.079 municípios que têm acesso estão com a faixa de<br />

3,5 GHz liberada para uso da tecnologia, e a previsão do órgão<br />

é aumentar o acesso para mais 623 localidades neste ano.<br />

Outra novidade é que a conexão 5G no Brasil está entre as<br />

mais rápidas do mundo. De acordo com relatório da Ookla, o<br />

país ocupa a quinta posição no ranking de rapidez de conexão,<br />

alcançando média de 445 Mbps de taxa de download. De<br />

imediato, já é possível afirmar que a quinta geração de rede<br />

móvel está trazendo inúmeros benefícios para os usuários do<br />

Brasil, por exemplo, o download de filmes e séries de forma<br />

extremamente rápida, ou mesmo a possibilidade de fazer<br />

ligações com boa velocidade, evitando ruídos, quedas de<br />

conexão e atrasos na comunicação on-line.<br />

Mas o 5G, mesmo sendo um oceano de possibilidades e<br />

vantagens, ainda não está sendo plenamente explorado no<br />

país. Se a expansão da tecnologia avançar no território brasileiro,<br />

podemos atingir benefícios que impactarão positivamente<br />

em diversos âmbitos da sociedade.<br />

No âmbito do gerenciamento de resíduos, o 5G possibilita<br />

a implementação de coletores inteligentes que monitoram a<br />

ocupação e otimizam rotas de coleta, resultando em redução<br />

de custos e emissões de carbono. Além disso, a chegada da<br />

quinta geração de rede móvel traz consigo a abertura de<br />

novas oportunidades de negócios, impulsionando a economia<br />

nacional e fomentando a inovação em várias localidades,<br />

inclusive remotas.<br />

Apesar de alguns avanços, fato é que ainda enfrentamos<br />

desafios que atrasam a implementação total do 5G no Brasil.<br />

Para incentivar a expansão da tecnologia, o governo federal<br />

promulgou a LGA (Lei Geral das Antenas) e o decreto número<br />

10.480/2020, que permitem a implantação do sinal 5G em<br />

todas as capitais e os municípios.<br />

Além disso, outros entraves permeiam o caminho para a<br />

inovação. A infraestrutura robusta e abrangente necessária<br />

para suportar as aplicações em larga escala ainda está em<br />

desenvolvimento, e a segurança cibernética é uma preocupação<br />

fundamental que exige medidas rigorosas para proteger<br />

a infraestrutura e os dados contra ataques. Dessa forma, para<br />

que o país esteja apto a aderir ao 5G de forma ampla, vão ser<br />

necessários investimentos de empresas, públicas e privadas,<br />

para contribuir com os altos custos de infraestrutura, como<br />

a implementação de antenas ou rede de fibra óptica e suprir<br />

a demanda de mão de obra qualificada e especializada, que<br />

é outro desafio, especialmente para cidades fora da rota das<br />

metrópoles.<br />

Diante de todo o cenário analisado, pode-se dizer que<br />

o Brasil continua avançando na implementação do 5G, no<br />

entanto, a ampliação caminha a passos lentos e ainda não é<br />

possível afirmar se alcançaremos as metas estabelecidas nos<br />

editais originais do 5G, que previam a instalação total da tecnologia<br />

em cidades com mais de 500 mil habitantes até julho<br />

de 2025, e em municípios com mais de 200 mil até meados de<br />

2026.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Por Augusto Archer<br />

Especialista em soluções de inovação para Smartcity e Utilities, da Sonda Brasil<br />

Foto: divulgação<br />

66 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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