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Entrevista<br />
Renan Rodrigues conta como foi o processo de criação da Pellets Rodrigues<br />
LADO A LADO<br />
FOCADA NA EXPANSÃO DO<br />
MERCADO DA BIOMASSA,<br />
EMPRESA SE DESTACA<br />
PELO ATENDIMENTO<br />
PERSONALIZADO<br />
<br />
O presente mais<br />
precioso para os homens<br />
da COLHEITA FLORESTAL<br />
SIDE BY SIDE<br />
WITH A FOCUS ON THE EXPANSION<br />
OF THE BIOMASS MARKET, A<br />
COMPANY STANDS OUT FOR ITS<br />
PERSONALIZED SERVICE<br />
POTENCIAL<br />
INSTITUTO DA AMAZÔNIA<br />
ESTUDA DIFERENTES USOS<br />
PARA RESÍDUOS DA MADEIRA<br />
ENERGIA<br />
EMPRESA RECEBEU IV CONGRESSO NACIONAL<br />
DE SEGURANÇA E PERFORMANCE DE CALDEIRA
SUMÁRIO<br />
06 | EDITORIAL<br />
Investimento no cliente<br />
08 | CARTAS<br />
10 | NOTAS<br />
30 | ENTREVISTA<br />
36 | PRINCIPAL<br />
42 | ESTUDOS<br />
Em busca de novos<br />
combustíveis<br />
50 | ENERGIA<br />
Transformação na indústria<br />
de caldeiras<br />
52 | POTENCIAL<br />
58 | ARTIGO<br />
64 | AGENDA<br />
66 | OPINIÃO<br />
5G no Brasil: avanços, desafios e<br />
perspectivas para o futuro<br />
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
RECUPERE E<br />
TRANSFORME<br />
Estudo, design e produção de sistemas<br />
para a transformação dos resíduos<br />
de madeira em energia green.<br />
NAZZARENO.IT<br />
LIDER NO<br />
MERCADO<br />
BRASILEIRO
EDITORIAL<br />
A capa desta edição destaca o<br />
trabalho da DRV Indústria<br />
INVESTIMENTO<br />
NO CLIENTE<br />
O<br />
crescimento pautado no caminhar lado a lado com os clientes é uma das características da DRV Indústria, empresa que é<br />
destaque nesta edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. A DRV, sediada em Curitiba (PR), está inaugurando uma nova loja<br />
de suprimentos em Sinop (MT), fortalecendo sua presença e capacidade de atendimento em todo o país. Na editoria de<br />
Entrevista conversamos com Renan Rodrigues sobre as plantas de pellets, instaladas em Correia Pinto (SC) e que representam<br />
a sustentabilidade da Madeireira Rodrigues, empresa que iniciou as atividades há 37 anos e passou a aproveitar o resíduo da<br />
produção de compensados para fabricação do novo produto. Ainda nesta edição trazemos uma matéria sobre o potencial dos resíduos<br />
de madeira, que vão além da biomassa, uma reportagem sobre o Instituto Senai de Biomassa, que investe em pesquisas sobre novos<br />
combustíveis, além de notícias e informações sobre o setor de geração de energia. Ótima leitura!<br />
INVESTING IN THE CUSTOMER<br />
G<br />
rowth based on working side by side with the customer is one of the characteristics of DRV Indústria, the Company featured<br />
in this issue of REFERÊNCIA Biomais. DRV, based in Curitiba (PR), is opening a new warehouse in Sinop (MT), strengthening its<br />
presence and service capacity throughout the Country. For the interview, we talked to Renan Rodrigues about the pellet plants<br />
installed in Correia Pinto (SC), which represent the sustainability of Madeireira Rodrigues. This Company initiated operations 37<br />
years ago. The new plants use the waste from plywood production to make the product. Also, in this issue, we have an article on the potential<br />
of wood waste that goes beyond biomass, a report on the Senai Biomass Institute, which is investing in research into new fuels, and notes and<br />
information on the Sector. Pleasant reading!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XI - EDIÇÃO 63 - JUNHO 2024<br />
Diretor Comercial/Commercial Director:<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />
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Pedro Bartoski Jr<br />
(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />
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Gisele Rossi<br />
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Dep. de Criação/Graphic Design:<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão -<br />
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Gerson Penkal<br />
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Tradução / Translation: John Wood Moore<br />
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ASSINATURAS<br />
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A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas<br />
e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de<br />
energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,<br />
direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS<br />
não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />
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armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são<br />
terminantemente proibídas sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed<br />
at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues<br />
used for energy generation and cogeneration, research institutions, university<br />
students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/<br />
or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself<br />
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and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden<br />
without written authorization of the holder of the authorial rights, except for<br />
educational purposes.<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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CARTAS<br />
PRINCIPAL<br />
Interessante a tecnologia envolvida nos equipamentos da CPM.<br />
Gustavo Abranches - Curitiba (PR)<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Está de parabéns a Haas Madeiras pelo empreendedorismo na produção de pellets de eucalipto.<br />
Marcelo Diniz - Pinhão (PR)<br />
CRESCIMENTO<br />
A geração distribuída só vai crescer. É preciso investir na geração de energia limpa e sustentável.<br />
Márcia Santos - São Paulo (SP)<br />
PRODUÇÃO<br />
Goiás está correndo atrás para ter sua própria biomassa e para incentivar a silvicultura.<br />
Carlos Pontes - Paracatu (MG)<br />
Foto: divulgação<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
na<br />
mí<br />
energia<br />
biomassa<br />
dia informação<br />
@revistabiomais<br />
/revistabiomais<br />
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
PODCAST REFERÊNCIA<br />
O Podcast REFERÊNCIA, o novo programa tem como objetivo apresentar as pessoas que fazem o setor de base florestal. O<br />
objetivo do programa é conversar com empresários, diretores, gestores e líderes de suas empresas, apresentando as histórias<br />
que formaram e trouxeram cada uma dessas pessoas ao segmento e como suas carreiras se desenvolveram.<br />
Neste mês foi gravado o episódio com o Fábio Brun, que é diretor executivo da RMS na América do Sul e presidente da<br />
APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal). O curitibano de 53 anos pôde compartilhar sua trajetória no<br />
meio empresarial, os motivos que o fizeram cursar Engenharia Florestal na UFPR (Universidade Federal do Paraná) e apresentar<br />
suas visões e planos à frente da associação que fomenta e defende a atividade florestal no Paraná.<br />
Fábio relatou que seu interesse na engenharia florestal nasceu de uma atividade realizada ainda na infância, que o aproximou<br />
da natureza e plantou a sementinha<br />
que gerou a inspiração para a<br />
sua carreira. “Fui escoteiro, pude ter<br />
um contato com floresta ainda muito<br />
novo e isso sempre ficou marcado<br />
para mim. Quando fui buscar as opções<br />
de faculdade tinha que ser algo<br />
relacionado ao que já gostava e quando<br />
conheci a engenharia florestal, não<br />
pensei duas vezes”, relatou Fábio.<br />
Em relação a mercado, Fábio traz<br />
uma visão positiva em relação ao crescimento<br />
do uso da madeira e seus derivados<br />
em áreas onde outras matérias-primas<br />
foram predominantes por<br />
um longo período. “Temos verificado<br />
um grande crescimento no uso de papel<br />
em relação ao plástico, como no<br />
caso dos copos descartáveis que geram<br />
toneladas de detritos anualmente<br />
e agora podem ser ecologicamente<br />
corretos, além das possibilidades que<br />
a construção com madeira vai abrir<br />
para o mercado em que atuamos”,<br />
apontou Fábio.<br />
Os episódios do Podcast<br />
REFERÊNCIA estão disponíveis<br />
no nosso canal do youtube, que<br />
o Leitor pode acessar através do<br />
QR Code:<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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(64) 3018-2522
NOTAS<br />
ENCONTRO VAI DEBATER BIOMASSA,<br />
COMPOSTAGEM E FLORESTA<br />
O campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) da cidade de Botucatu (SP) será a sede do<br />
1º BioComForest – Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta, que vai<br />
acontecer nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto. A programação conta com 30 palestras, atividades<br />
de campo, curso sobre compostagem e feira dinâmica com participação de profissionais do setor e<br />
a presença de empresas dos três segmentos. Empresas como a Riacho Florestal, Sotreq e Potencial<br />
Florestal, e instituição como Embrapa e ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) já<br />
estão confirmadas na programação. A cada dia um tema será abordado como: Colheita Mecanizada<br />
de uma Floresta de Eucalipto para Biomassa; Processo de Produção de Biomassa e Rebaixamento de<br />
Tocos para Biomassa e ainda está previsto o lançamento da Primeira Máquina Enfardadeira de Resíduos<br />
Florestais do Brasil. Os interessados em participar devem consultar o site : https://biocomforest.<br />
com.br/. As vagas são limitadas.<br />
Fotos: divulgação<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Distribuidor e representante exclusivo<br />
Kahl Brasil
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
AUMENTA O CONSUMO DO<br />
ETANOL NO PAÍS<br />
Conforme o Boletim Mensal de Energia do MME (Ministério de Minas e Energia),<br />
referente a janeiro de 2024 publicado em maio, houve um aumento de 31,1% no consumo<br />
do etanol automotivo, na comparação com o mesmo período de 2023. A maior<br />
participação do combustível renovável é um sinal positivo para o país, pois demonstra a<br />
importância e o potencial do etanol brasileiro no processo de descarbonização do setor<br />
de transporte, com consequências benéficas ao meio ambiente, como a diminuição das<br />
emissões de CO2. Os dados de janeiro também apontaram para uma redução do preço<br />
do etanol hidratado em cerca de 12%. O uso de energia em veículos leves, do ciclo Otto<br />
(gasolina, etanol e gás natural), também apresentou um aumento da ordem de 9,7%,<br />
puxado pelo maior consumo do combustível renovável. Segundo o boletim, houve uma<br />
redução na utilização da gasolina C (queda de 2,6% em relação a janeiro do mês anterior),<br />
mas que não chegou a afetar esse crescimento. É possível observar, ainda, um aumento<br />
no consumo do etanol a partir de agosto de 2023.<br />
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS<br />
EMPRESA REDUZ 64 TONELADAS DE CO2<br />
As emissões de CO2 (dióxido de carbono) estão acelerando em um ritmo sem precedentes nos<br />
últimos 50 mil anos. A situação é tão grave que, segundo pesquisadores da Oregon State University<br />
(EUA), o planeta deve bater um novo recorde de emissões em 2024. Para tentar desacelerar<br />
os danos que as emissões globais de GEE (gases de efeito estufa) causam ao clima da terra, um<br />
movimento de conscientização vem crescendo entre consumidores de diversos setores e serviços,<br />
instruindo empresas a reavaliar suas práticas de produção e responsabilidade social. Nesse<br />
contexto, a Ripz, fábrica de papéis que atua há mais de 20 anos criando soluções inteligentes<br />
para higienização, localizada em Guaratuba, no litoral do Paraná, se destaca como um exemplo<br />
de liderança em sustentabilidade empresarial, adotando medidas inovadoras para minimizar seu<br />
impacto ambiental e promover práticas sustentáveis. “Atualmente, 80% da energia utilizada em<br />
nossa fábrica é gerada por placas solares”, aponta Rafael Rieper, sócio fundador da Ripz. Essa ação<br />
já resultou na redução de mais de 64 toneladas de emissões de CO2, o que equivale a cerca de 9,5<br />
mil quilômetros rodados de carro e aproximadamente 500 árvores salvas. Agora, a Ripz está instalando<br />
novas placas solares mais potentes, com o objetivo de garantir que, a partir de junho, 100%<br />
da energia utilizada na empresa seja proveniente de fontes renováveis.<br />
Foto: divulgação<br />
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
TRANSFORMANDO RESÍDUOS DE<br />
INDÚSTRIAS EM ENERGIA<br />
Um projeto-piloto para transformação de resíduos das indústrias em energia está em<br />
estudo na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), por meio do Conselho Temático<br />
de Energia, em parceria com o Cibiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis),<br />
a indústria de embalagens Embrart e a Aecic (Associação das Empresas da Cidade Industrial<br />
de Curitiba). A intenção é unir esforços e investimentos para implantação de uma planta de<br />
biogás – biocombustível produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos que,<br />
após transformado, resulta em uma eficiente fonte de energia. Em fase de estudos, o projeto<br />
será alternativa para empresas reduzirem custos com a conta de luz e minimizar impactos<br />
ambientais. Estão previstas três etapas de implantação: a Fiep é responsável por financiar<br />
a primeira fase, que envolve a realização de pesquisas e estudos de viabilidade técnica e<br />
econômica. Caso seja aprovado e avance, a Embrart, empresa especializada na produção de<br />
embalagens de papelão, localizada na CIC, cederia parte de sua planta industrial para ser a<br />
sede da usina produtora de biogás, arcando com os custos de construção destas instalações.<br />
O Cibiogás, envolvida na fase inicial para elaboração do parecer de viabilidade do projeto,<br />
também participa das demais fases de execução, oferecendo sua expertise na produção,<br />
transformação e uso do biogás, prestando serviços técnicos. Já a Aecic será responsável por<br />
levar o projeto ao conhecimento das indústrias associadas da região e formalizar a adesão<br />
das interessadas, que passarão a destinar seus resíduos à usina de biogás.<br />
Foto: divulgação<br />
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Indústria e comércio ltda.<br />
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NOTAS<br />
FIEPA DEBATE A IMPORTÂNCIA DO ÓLEO DE PALMA<br />
A Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará) discutiu as potencialidades e desafios do setor industrial de<br />
óleo da palma no Brasil e no Estado durante encontro que reuniu representantes de indústrias do setor e de instituições<br />
acadêmicas. O Pará é responsável por cerca de 85% da produção nacional. Em 2023 o setor gerou cerca de 20 mil<br />
empregos e a produção foi de 585 mil toneladas de óleo, que resultou em um faturamento de mais de R$ 5 bilhões. “O<br />
setor tem feito altos investimentos para aumentar a área plantada e a produção de óleo de palma no país, no entanto,<br />
esses investimentos demoram para impactar a oferta de óleo devido ao ciclo longo da palma”, explicou Victor Almeida,<br />
presidente da Abrapalma. O óleo vegetal da palma pode ser importante para a redução das emissões de CO2 na atmosfera<br />
por meio da produção do HVO (sigla inglesa para Hydrotreated Vegetable Oil, ou óleo vegetal hidrotratado). “O<br />
óleo vegetal é o petróleo vegetal. Hoje temos tecnologia que permite produzir o que eles chamam de HVO ou querosene<br />
de aviação biológico, que é feito 100% do óleo. E o processo é muito parecido com o próprio refino do petróleo, em<br />
que se usa o hidrogênio para produzir todos esses diferentes componentes. Então assim, é de fato um petróleo verde,<br />
quando a gente olha os óleos vegetais como um todo”, explanou Almeida.<br />
Foto: Fiepa<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de<br />
máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração<br />
animal desde 1968, atendendo também demandas e necessidades no reparo<br />
e fabricação de peças de reposição do setor.<br />
www.gell.ind.br<br />
BR116-KM 180 | São Cristóvão do Sul - SC<br />
Fone: +55 (49) 3253-1100<br />
Fone: +55 (49) 9 9927-5926<br />
E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
USINA SOLAR DA COPEL ENTRA EM<br />
OPERAÇÃO<br />
A Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) colocou em operação<br />
uma nova usina solar fotovoltaica em Sarandi, no Norte Central do Paraná.<br />
A unidade possui potência instalada de 6,7 MWp (megawatt-pico). Essa é a<br />
capacidade de geração quando os painéis produzem em sua potência máxima,<br />
o que está relacionado à incidência dos raios solares. Ao longo do ano, a usina<br />
deve gerar 13,7 GWh (gigawatt-hora) e vai atender 200 clientes. O projeto faz<br />
parte de um novo modelo de negócios da companhia, a Copel Solar. Trata-se<br />
de uma forma de consumir energia em que os clientes adquirem créditos da<br />
geração solar da usina, que podem ser usados para abater o consumo da conta<br />
de luz. Na prática, os clientes podem economizar até 15% na fatura de energia<br />
em comparação com o serviço da distribuidora, do qual participa a maioria dos<br />
consumidores. A Copel implanta e opera as unidades de geração e o cliente<br />
assina um contrato para uso dos créditos, resultando em economia nos gastos<br />
com energia. O novo complexo solar é formado por 9.720 painéis fotovoltaicos<br />
que ocupam uma área de 11 hectares (o tamanho de cerca de dez campos de<br />
futebol).<br />
22 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS<br />
HIDROGÊNIO VERDE MAIS<br />
ACESSÍVEL<br />
A empresa Indra Energia está desenvolvendo uma tecnologia com o<br />
objetivo de tornar o hidrogênio verde mais acessível e difundido. A tecnologia<br />
desenvolvida pela Indra tem como objetivo a produção de hidrogênio verde por<br />
via fotocatalítica. Embora a produção fotocatalítica não substitua a eletrólise da<br />
água, ela se apresenta como mais uma alternativa limpa, e promissoramente<br />
mais viável. Essa forma de energia limpa pode ser usada em uma variedade<br />
de aplicações, desde abastecer veículos como carros, caminhões e ônibus, até<br />
servir como fonte de energia para diversas indústrias. Com isso, a empresa não<br />
se restringe a um segmento específico, mas concentra-se na criação e aprimoramento<br />
da tecnologia em utilizar recursos do Hidrogênio Verde. ‘’Reconhecemos<br />
a importância de diversificar as fontes de energia e de garantir que haja<br />
opções energéticas acessíveis para impulsionar a transição para um futuro mais<br />
sustentável para todos’’, comenta Thiago Veiga, sócio-diretor da Indra Energia.<br />
O hidrogênio (H2) é considerado o combustível do futuro devido à sua natureza<br />
limpa, uma vez que a queima desse gás produz apenas vapor d'água como<br />
subproduto, não liberando poluentes prejudiciais ao meio ambiente.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
PORTARIA REGULAMENTA INCENTIVOS PARA<br />
MINIGERAÇÃO DISTRIBUÍDA<br />
O MME (Ministério de Minas e Energia) publicou a Portaria nº 78/GM/MME, que regulamenta a concessão de incentivos<br />
para projetos de minigeração distribuída de energia em todo o país. A publicação estabelece procedimentos<br />
para obtenção do enquadramento do projeto no REIDI (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento<br />
da Infraestrutura). A Lei nº 14.300/2022 prevê a isenção do PIS/COFINS por até 5 anos para projetos de minigeração<br />
distribuída. Se enquadram na minigeração instalações que variam entre 75 KW (quilowatts) a 5 MW (megawatts)<br />
de potência. A nova regra pode beneficiar projetos renováveis como usinas hidrelétricas, biomassa, biogás, solar<br />
e eólica. A Portaria estabelece um rito próprio para que os agentes proprietários de instalações de minigeração<br />
distribuída submetam seus processos para fins de enquadramento no REIDI. Nesse contexto, com o objetivo de<br />
delinear um instrumento que sintonize a realidade da minigeração distribuída, do mercado e da Administração<br />
Pública, o MME constituiu diálogos técnicos, que contaram com a participação ativa da ANEEL (Agência Nacional<br />
de Energia Elétrica) e representantes da sociedade impactados pela medida.<br />
Foto: divulgação<br />
26 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
MARCO LEGAL PARA DESCARBONIZAR<br />
A criação do marco regulatório para produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono<br />
avança no Senado. A Comissão Especial do Hidrogênio Verde aprovou o projeto de lei<br />
que estabelece o marco regulatório e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor<br />
(PL 2.308/2023). A proposta segue agora para a análise do Plenário. O projeto, da Câmara dos<br />
Deputados, define regras e benefícios para estimular a indústria de hidrogênio combustível<br />
no Brasil. O objetivo é contribuir para descarbonizar a matriz energética brasileira. Pelo projeto,<br />
caberá à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) autorizar a<br />
produção, importação, transporte, exportação e armazenagem de hidrogênio. A produção,<br />
no entanto, só poderá ser permitida a empresas brasileiras sediadas no país. O projeto cria<br />
a política nacional do hidrogênio, que compreende o PHBC (Programa de Desenvolvimento<br />
do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono), o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio<br />
e o Rehidro (Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa<br />
Emissão de Carbono). O texto manteve o termo hidrogênio renovável para aquele produzido<br />
apenas com uso de energia renovável. Mas incluiu a classificação hidrogênio verde para<br />
aquele produzido por eletrólise da água a partir de fontes de energia eólica e solar.<br />
28 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Transforme!<br />
Com a Burntech<br />
você reutiliza rejeitos<br />
da sua empresa para<br />
produzir energia.*<br />
*Sujeito à análise<br />
de biomassa combustível.
ENTREVISTA<br />
Foto: Igor Neves<br />
ENTREVISTA<br />
RENAN<br />
RODRIGUES<br />
Formação: Engenharia de Produção no Centro Universitário<br />
Unifacvest<br />
Education: Production Engineering of the Centro Universitário<br />
Unifacvest<br />
Cargo: Gerente de operações Madeireira Nereu Rodrigues<br />
Function: Manager of Operations for Madeireira Nereu Rodrigues<br />
PELLETS<br />
EXPORTAÇÃO<br />
EXPORT OF PELLETS<br />
C<br />
om 20 anos de história em Correia Pinto (SC) e 37<br />
de fundação, planejando conquistar mais espaço<br />
no mercado de biomassa, a Madeireira Nereu<br />
Rodrigues investiu em duas plantas de pellets,<br />
aproveitando o resíduo que gera na indústria de compensados<br />
para produção de um novo produto. Representando<br />
a terceira geração da família no negócio, Renan Rodrigues,<br />
gerente de operações da empresa conversou com a Revista<br />
REFERÊNCIA BIOMAIS e contou como foi o processo de investimento<br />
e como a companhia enxerga o mercado de pellets,<br />
que garante a sustentabilidade do grupo familiar com atuação<br />
no ramo madeireiro.<br />
W<br />
ith 20 years of history in Correia Pinto (SC)<br />
and 37 years since its foundation, and with<br />
the intention of conquering more space in the<br />
biomass market, Madeireira Nereu Rodrigues<br />
has invested in two pellet plants, taking advantage of the<br />
waste generated by the plywood production to produce a<br />
new product. Representing the third generation of the family<br />
in the business, Renan Rodrigues, the Company’s Manager of<br />
Operations, spoke to Biomais about the investment process<br />
and how the Company views the pellet market, which<br />
guarantees the sustainability of the family group in the forest<br />
product industry.<br />
30 www.REVISTABIOMAIS.com.br
www.metalsulindustrial.com<br />
PROJETO<br />
PARA PRODUÇÃO DE<br />
PELLETS<br />
Sistemas de processamento<br />
completos para secagem de<br />
biomassa destinado para<br />
produção de pellets<br />
(49) 9 8806-7493 | 9 8817-2113<br />
(49) 3353 6101<br />
Rua 05, Distrito Industrial Sérgio, Anestor Davi<br />
nº 26 - Bairro Industrial - Xaxim - SC
ENTREVISTA<br />
Como tem sido sua inserção dentro do processo de<br />
transição dentro da empresa?<br />
Desde os estágios iniciais na Pellets Rodrigues, estive<br />
envolvido em todas as etapas, desde a montagem das<br />
máquinas, até o estabelecimento de processos fundamentais<br />
para a operação. Minha jornada acompanhou de perto<br />
o crescimento e os desafios enfrentados pela empresa.<br />
Essa experiência profunda moldou meu entendimento<br />
e compromisso com os valores e a visão que norteiam o<br />
negócio. Tive o privilégio de crescer imerso no ambiente<br />
empresarial da Nereu Rodrigues desde muito cedo, acompanhando<br />
de perto o desenvolvimento da empresa. Aos 16<br />
anos dei meus primeiros passos contribuindo com tarefas<br />
administrativas. Essa experiência precoce moldou minha<br />
visão empreendedora e despertou em mim o interesse<br />
pela administração dos negócios familiares. Hoje, aos 25<br />
anos, após uma jornada acadêmica dedicada à formação<br />
em Engenharia de Produção, estou plenamente engajado<br />
na condução estratégica e operacional da empresa,<br />
representando a terceira geração desta admirável trajetória<br />
empresarial.<br />
Em que momento a Madeireira Rodrigues resolveu<br />
apostar na produção de pellets?<br />
Em meados de 2019, fomos honrados com a visita do<br />
Francesco Stella (da Costruzioni Nazzareno), referência<br />
no ramo. Já discutíamos oportunidades de negócios com<br />
eles desde 2013, aproximadamente, e o diálogo acabou<br />
sendo retomado alguns anos depois. Em meio à crescente<br />
preocupação com questões ecológicas, vislumbramos com<br />
otimismo o futuro do mercado de energia renovável. Foi<br />
nesse contexto que decidimos apostar na criação de uma<br />
linha de produção de pellets.<br />
O que levou a Madeireira Rodrigues iniciar o processo<br />
de produção de pellets?<br />
A perspicácia visionária para um mercado em ascensão<br />
é um traço distintivo entre os sócios proprietários da<br />
Madeireira Rodrigues. Contamos, ainda, com um mercado<br />
propício, além de podermos aproveitar nossos resíduos industriais<br />
dentro de nosso processo interno, nos motivaram<br />
a investir nesse mercado.<br />
Como está estruturada a fábrica de pellets da empresa?<br />
Onde está localizada?<br />
Atualmente, nossa fábrica de pellets opera com duas<br />
linhas de produção, cada uma com capacidade produtiva<br />
de 2,5 toneladas por hora, situada na cidade de Correia<br />
Pinto (SC).<br />
Could you summarize your career?<br />
From the very beginning of Pellets Rodrigues, I<br />
have been involved in every stage, from the installation<br />
of the machines to the establishment of the main<br />
processes for the operation. My journey has closely<br />
followed the Company’s growth and challenges. This<br />
in-depth experience has shaped my understanding of<br />
and commitment to the values and vision that guide<br />
the Company. I have had the privilege of growing up in<br />
the Nereu Rodrigues business environment from an early<br />
age, closely following the Company’s development.<br />
At the age of 16, I took my first steps by participating<br />
in administrative tasks. This early experience shaped<br />
my entrepreneurial vision and awakened my interest in<br />
managing family businesses. Today, at the age of 25,<br />
after an academic journey dedicated to graduating in<br />
Production Engineering, I am fully involved in the strategic<br />
and operational management of the Company,<br />
representing the third generation of this admirable<br />
business trajectory.<br />
When did Madeireira Rodrigues decide to invest<br />
in the production of pellets?<br />
In the middle of 2019, we were honored to receive a<br />
visit from Francesco Stella (from Costruzioni Nazzareno),<br />
a benchmark in the industry. We had already<br />
been discussing business opportunities with them since<br />
around 2013, and the dialogue resumed a few years<br />
later. Given the growing concern about environmental<br />
issues, we were optimistic about the future of the<br />
renewable energy market. In this context, we decided to<br />
invest in the creation of a pellet production line.<br />
What led Madeireira Rodrigues to start producing<br />
pellets?<br />
Visionary insight into an emerging market is a<br />
characteristic of the partners who own Madeireira<br />
Rodrigues. We also have a favorable market. The ability<br />
to use our industrial waste from our internal processes<br />
motivated us to invest in this market.<br />
What is the structure of the Company’s pellet<br />
plant? Where is it located?<br />
Currently, our pellet factory operates with two<br />
production lines, each with a production capacity of 2.5<br />
tons per hour, located in Correia Pinto, Santa Catarina.<br />
What is the main raw material used in the production<br />
of pellets at Nereu Rodrigues?<br />
32 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ENTREVISTA<br />
Qual a principal matéria-prima utilizada para produção<br />
de pellets da Nereu Rodrigues?<br />
A principal matéria-prima utilizada em nossa produção<br />
é o cavaco limpo de pinus, embora outras espécies<br />
também possam ser empregadas, sendo o pinus a mais<br />
comum entre elas. Nossa produção mensal é de aproximadamente<br />
2 mil toneladas de pellets.<br />
Qual o principal destino dos pellets de madeira<br />
produzidos pela empresa?<br />
Nosso principal mercado consumidor é a Itália, mas<br />
estamos sempre atentos a novos mercados e demandas.<br />
Como vê o mercado de pellets no Brasil?<br />
Embora atualmente seu alcance global seja modesto,<br />
vislumbramos um promissor crescimento futuro para o setor<br />
no Brasil. Já o consumo mundial de pellets tem aumentado<br />
ano após ano, contudo, devido a fatores geográficos,<br />
a competição nesse mercado é bastante delicada.<br />
Qual expectativa de exportação da empresa para os<br />
próximos anos?<br />
Atualmente nossa operação é totalmente voltada para<br />
a exportação, contando com parceiros representantes na<br />
Europa, principalmente com o foco no mercado italiano.<br />
Quais as principais dificuldades para produção de<br />
pellets no Brasil?<br />
O custo de produção elevado, que abrange desde a<br />
aquisição da matéria-prima, até as despesas logísticas, assim<br />
como o consumo de energia, são fatores significativos<br />
a serem considerados na produção de pellets.<br />
Quais os principais desafios do setor?<br />
O principal desafio consiste em educar e conscientizar<br />
os clientes finais sobre a importância de optar por pellets<br />
de altíssima qualidade. Além das imensas vantagens que o<br />
próprio pellets possui, creio que uma das principais delas<br />
é ser um produto de aproveitamento de madeira e ser<br />
sustentável.<br />
The main raw material used in our production is<br />
clean pine chips, although other species can also be<br />
used. Pine is the most common species. We produce<br />
about two thousand tons of pellets per month.<br />
What is the main destination of the wood pellets<br />
produced by the Company?<br />
Our main destination is Italy. But we are always on<br />
the lookout for new markets and demands.<br />
How do you see the pellet market in Brazil?<br />
Although its global reach is currently modest, we<br />
see promising future growth for the Brazilian pellet<br />
market. The world’s consumption of pellets has been<br />
increasing year after year, but due to geographical<br />
factors, the competition in this market is quite rough.<br />
What are the Company’s export expectations<br />
for the coming years?<br />
At present, our activity is completely export-oriented,<br />
with representative partners in Europe, mainly<br />
focused on the Italian market.<br />
What are the main difficulties in producing<br />
pellets in Brazil?<br />
The high cost of production, from purchasing<br />
raw materials to logistics and energy consumption, is<br />
an important factor to consider in the production of<br />
pellets.<br />
What are the main challenges facing the segment?<br />
The main challenge is to educate end users and<br />
make them aware of the importance of choosing high-<br />
-quality pellets. In addition to the immense benefits of<br />
pellets themselves, one of the most important is that<br />
they are a product that uses wood and is sustainable.<br />
Em meio à crescente preocupação com questões ecológicas,<br />
vislumbramos com otimismo o mercado de energia renovável.<br />
Foi nesse contexto que decidimos apostar na criação de uma<br />
linha de produção de pellets<br />
34 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CHAVE DE<br />
IMPACTO DRV<br />
PRATICIDADE E AGILIDADE<br />
PARA OPERADORES NO<br />
CAMPO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Fixar e soltar parafusos e porcas no campo<br />
agora ficou mais fácil. Pensando na praticidade e<br />
agilidade para os operadores em campo, a DRV lança<br />
dois modelos de Chave de Impacto: a CID-2.400/2.800<br />
para quem precisa de forças extremas e a<br />
CID-1.800/2.000 para o dia-a-dia.
PRINCIPAL<br />
TRABALHANDO<br />
LADO A LADO<br />
COM O CLIENTE<br />
INDÚSTRIA DE SERRAS E FACAS TEM SE DESTACADO NO<br />
FORNECIMENTO DE SOLUÇÕES ATENDENDO A UMA<br />
VARIEDADE DE PRODUTORES DE BIOMASSA, INDÚSTRIAS<br />
DE PAPÉIS E MADEIREIRAS<br />
FOTOS FABIANO MENDES<br />
36 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
37
PRINCIPAL<br />
A<br />
DRV Indústria continua a reforçar seu compromisso<br />
com a qualidade e o atendimento<br />
excepcional aos seus clientes, agora com<br />
a inauguração da sua quinta unidade. Desde<br />
sua fundação em 2011, em Curitiba (PR), a DRV tem<br />
se destacado como uma referência no fornecimento<br />
de soluções para a indústria agroflorestal, atendendo a<br />
uma variedade de produtores de biomassa, indústrias<br />
de papéis e madeireiras.<br />
Ao longo dos anos, a DRV expandiu seu portfólio<br />
de produtos e serviços, desenvolvendo novos negócios<br />
e se especializando ainda mais no segmento de suprimentos<br />
para a indústria de biomassa. Isso culminou na<br />
abertura de fábricas de facas e máquinas, além da nova<br />
loja de suprimentos em Sinop (MT), fortalecendo sua<br />
presença e capacidade de atendimento em todo o país.<br />
O compromisso da DRV vai além de simplesmente<br />
oferecer produtos de alta qualidade. A empresa<br />
busca compreender as necessidades individuais de<br />
cada cliente, fornecendo soluções personalizadas e<br />
um atendimento especializado e eficiente. Para a DRV,<br />
WORKING SIDE<br />
BY SIDE WITH THE<br />
CUSTOMER<br />
A SAW BLADE AND TOOL KNIFE<br />
MANUFACTURING COMPANY<br />
HAS EXCELLED AT PROVIDING<br />
SOLUTIONS TO A WIDE VARIETY<br />
OF BIOMASS PRODUCERS, PAPER<br />
MAKERS, AND SAWMILLS<br />
D<br />
DRV Indústria continues to strengthen its commitment<br />
to quality and exceptional customer<br />
service, now with the opening of its fifth unit.<br />
Since it was founded in 2011 in Curitiba (PR),<br />
DRV has become a benchmark in providing solutions to<br />
the agroforestry industry, serving a wide range of biomass<br />
producers, paper makers, and sawmills.<br />
38<br />
www.REVISTABIOMAIS.com.br
"Contamos com uma equipe de<br />
profissionais dedicados, prontos<br />
para trabalhar lado a lado com<br />
os clientes, compreendendo<br />
suas necessidades específicas<br />
e garantindo o melhor<br />
desempenho de cada produto<br />
ou máquina fornecida"<br />
Diego Ricardo Vieira, diretor<br />
da DRV Indústria<br />
cada transação é mais do que apenas uma venda, mas<br />
a oportunidade de estabelecer uma parceria duradoura,<br />
fornecendo suporte técnico adequado e enfrentando<br />
desafios juntos.<br />
ATENDIMENTO TÉCNICO<br />
Com um catálogo de mais de 4 mil itens, a DRV se<br />
destaca como uma referência, tanto para grandes operações<br />
de picagem de madeira, quanto para pequenas<br />
madeireiras. Sua ampla gama de produtos abrange diversas<br />
categorias, incluindo facas e peças de desgaste<br />
Over the years, DRV has expanded its portfolio of<br />
products and services, developing new businesses and<br />
becoming more specialized in the biomass industry’s<br />
supply segment. This culminated in the opening of knife<br />
and machine factories and the new supply warehouse in<br />
Sinop (MT), strengthening its presence and service capacity<br />
throughout the Country.<br />
DRV’s commitment goes beyond simply offering high-<br />
-quality products. The Company strives to understand the<br />
individual needs of each customer, offering customized<br />
solutions and specialized and efficient service. For DRV,<br />
every transaction is more than just a sale; it is an opportunity<br />
to build a lasting partnership and provide adequate<br />
technical support in order to face challenges together.<br />
TECHNICAL SERVICE<br />
With a catalog of more than four thousand items,<br />
DRV is the benchmark for both large wood-chipping operations<br />
and small forest harvest companies. The wide range<br />
of products covers various categories, including knives,<br />
saw blades, and parts for chippers, band saws, circular<br />
saws, teeth and disks for Feller bunchers, sharpening, and<br />
much more.<br />
One of the pillars of DRV’s success is its specialized<br />
technical service. “We have a team of dedicated professionals<br />
ready to work side by side with customers, understanding<br />
their specific needs and ensuring the best performance<br />
of each product or machine supplied,” says Diego<br />
Ricardo Vieira, a Managing Director of DRV Indústria.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 39
PRINCIPAL<br />
para picadores, serras de fita, serras circulares, dente e<br />
discos para Feller Buncher, máquinas afiadoras e muito<br />
mais.<br />
Um dos pilares do sucesso da DRV é seu atendimento<br />
técnico especializado. “Contamos com uma equipe<br />
de profissionais dedicados, prontos para trabalhar lado<br />
a lado com os clientes, compreendendo suas necessidades<br />
específicas e garantindo o melhor desempenho<br />
de cada produto ou máquina fornecida", garante Diego<br />
Ricardo Vieira, diretor da DRV Indústria.<br />
“Temos uma cultura centrada no cliente, além de<br />
um compromisso com a excelência no que fazemos”,<br />
comenta Liliane Cordeiro, diretora da DRV Indústria. Se<br />
destacando como líder no mercado agroflorestal, oferecendo<br />
soluções de alta qualidade e um serviço excepcional<br />
a seus clientes em todo o Brasil, a DRV segue<br />
mantendo o foco no cliente.<br />
“We have a customer-centric culture and a commitment<br />
to excellence in what we do,” says Liliane Cordeiro,<br />
a Managing Director of DRV Indústria. As a leader in the<br />
agroforestry market, providing quality solutions and exceptional<br />
service to customers throughout Brazil, DRV<br />
continues its focus on the customer.<br />
WHAT’S NEW<br />
DRV’s investments are not limited to personalized<br />
service to meet customer needs. The Company is also<br />
planning new product launches for the Agroforestry Sec-<br />
"Temos uma cultura<br />
centrada no cliente, além<br />
de um compromisso com a<br />
excelência no que fazemos"<br />
Liliane Cordeiro, diretora da<br />
DRV Indústria<br />
40 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PREVISÃO DE NOVIDADES<br />
Os investimentos por parte da DRV não se limitam<br />
só ao atendimento personalizado para os clientes terem<br />
suas demandas atendidas. A empresa também<br />
está com previsão de novos lançamentos para o setor<br />
agroflorestal na segunda metade de 2024, segundo os<br />
diretores. Tais inovações poderão ser vistas nas grandes<br />
feiras da área que ocorrem por todo o Brasil ainda esse<br />
ano.<br />
Trabalhar lado a lado com o cliente é muito mais<br />
que um bom atendimento, é garantir que haverá qualidade,<br />
desde o material base, até a afiação das serras e<br />
facas. Atender as necessidades dos empresários é essencial,<br />
e suprir suas expectativas também. “O sucesso<br />
da DRV se dá pelas parcerias que temos com nossos<br />
clientes. Entendemos a real necessidade deles e, em<br />
seguida, criamos a solução adequada”, salienta Fabiano<br />
Mendes, gerente de marketing da DRV Indústria.<br />
"O sucesso da DRV se dá<br />
pelas parcerias que temos<br />
com nossos clientes.<br />
Entendemos a real<br />
necessidade deles e, em<br />
seguida, criamos a solução<br />
adequada"<br />
Fabiano Mendes, gerente de<br />
marketing da DRV Indústria<br />
tor in the second half of 2024, according to the Directors.<br />
These innovations will be on display at major trade shows<br />
throughout Brazil later this year.<br />
Working side by side with the customer is much more<br />
than good service; it is about ensuring quality, from the<br />
raw material to the sharpening of the sawblades and<br />
knives. Satisfying the needs of contractors and meeting<br />
their expectations is essential. “DRV’s success is due to the<br />
partnerships we have with our customers. We understand<br />
their real needs and then create the right solution,” says<br />
Fabiano Mendes, Marketing Manager for DRV.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
41
ESTUDOS<br />
EM BUSCA DE NOVOS<br />
COMBUSTÍVEIS<br />
INSTITUTO SENAI DE<br />
BIOMASSA TRANSFORMA<br />
ATÉ FUMAÇA DE<br />
CHAMINÉS PARA<br />
COLOCAR INDÚSTRIA<br />
NO RUMO DA<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
IN SEARCH OF<br />
NEW FUELS<br />
SENAI BIOMASS<br />
INSTITUTE EVEN<br />
TRANSFORMS<br />
CHIMNEY SMOKE TO<br />
PUT THE INDUSTRIAL<br />
SECTOR ON THE PATH<br />
TO SUSTAINABILITY<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
43
ESTUDOS<br />
D<br />
iante da necessidade de uma relação equilibrada<br />
com o meio ambiente, a indústria precisou repensar<br />
a produção e fazer da ciência aliada desta<br />
transformação. Motivados por essa necessidade,<br />
o ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa),<br />
sediado em Três Lagoas (MS), tornou centrais os projetos de<br />
descarbonização para repensar etapas, tornando os negócios<br />
sustentáveis.<br />
A imagem da chaminé soltando fumaça marcou a<br />
indústria durante muitos anos, mas até este símbolo não<br />
deve funcionar mais da mesma forma. Quem acompanha o<br />
trabalho minucioso e complexo desenvolvido nos laboratórios<br />
do ISI Biomassa pode ter dificuldade de imaginar<br />
como cada um daqueles experimentos podem revolucionar<br />
diferentes fases da produção industrial e reduzir a emissão<br />
de GEE (gases do efeito estufa) na atmosfera.<br />
CIÊNCIA REVELA CAMINHOS<br />
O gerente do ISI Biomassa, João Gabriel Marini, garante<br />
tecnologia para alcançar os mais diversos setores da indústria.<br />
“A siderurgia, por exemplo, tem bastante emissão e<br />
ainda não têm como mitigar. Utilizam bastante combustíveis<br />
sólidos. Também o setor de mineração, que tem buscado<br />
muitas tecnologias, principalmente de captura de CO2, além<br />
da indústria de cimento, que também tem bastante emissão”,<br />
explicou.<br />
F<br />
aced with the need for a balanced relationship<br />
with the environment, the Industrial Sector has<br />
had to rethink production and use science as<br />
an ally in this transformation. Motivated by this<br />
need, the Senai Biomass Innovation Institute (ISI Biomassa),<br />
based in Três Lagoas (MS), has made decarbonization<br />
projects central to this rethinking stage, leading to companies<br />
becoming more sustainable.<br />
The image of the chimney spewing smoke has characterized<br />
the Sector for many years, but even this symbol<br />
needs to be rethought; it no longer functions in the same<br />
way. Those who follow the meticulous and complex work<br />
carried out in the ISI Biomass laboratories may find it hard<br />
to imagine how each of its experiments can revolutionize<br />
different phases of industrial production and reduce greenhouse<br />
gas emissions into the atmosphere.<br />
SCIENCE SHOWS THE WAY<br />
João Gabriel Marini, Director of ISI Biomass, guarantees<br />
that the technology can reach the most diverse<br />
segments in the Industrial Sector. “The steel industry, for<br />
example, emits much greenhouse gas and has not yet<br />
found a way of reducing these emissions. The mills use a<br />
lot of solid fuels. Also, the Mining Sector has been looking<br />
at technologies, especially to capture CO2, and the cement<br />
industry also emits much greenhouse gas,” he explained.<br />
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ESTUDOS<br />
Trabalhamos focados na<br />
transformação da biomassa,<br />
seja trocando um derivado<br />
fóssil pela biomassa ou por<br />
derivados de biomassa,<br />
ou através da ruptura,<br />
conversão e armazenamento<br />
direto dos gases gerados<br />
durante processos de<br />
combustão e emissão<br />
De acordo com a coordenadora de pesquisa industrial<br />
do Instituto, Laíssa Okamura, atualmente o ISI<br />
Biomassa conduz mais de 15 projetos com parceiros,<br />
além dos que estão em processo de negociação. Todos<br />
estão voltados para áreas como bioeconomia, descarbonização<br />
e economia circular.<br />
“Trabalhamos focados na transformação da biomassa.<br />
Então, de qualquer forma, as pesquisas são voltadas<br />
para o processo de descarbonização industrial,<br />
seja trocando um derivado fóssil pela biomassa ou por<br />
derivados de biomassa, ou seja, através da ruptura,<br />
conversão e armazenamento direto dos gases gerados<br />
durante processos de combustão e emissão”, detalhou.<br />
Especialidade do ISI de Três Lagoas, o uso da<br />
biomassa adquire papel de protagonismo na transição<br />
energética da indústria. De acordo com o pesquisador<br />
Willian Pereira Gomes, a matéria orgânica pode vir de<br />
diferentes fontes, como agroindustrial, industrial, resíduos<br />
de plantações, entre outros. Em termos práticos,<br />
podem se tratar de restos de madeira, cana-de- açúcar,<br />
alimentos e eucalipto, geralmente descartados<br />
durante o processo de fabricação de produtos.<br />
Laíssa Okamura, pesquisadora<br />
According to Laíssa Okamura, Industrial Research<br />
Coordinator for the Institute, ISI Biomassa is currently conducting<br />
more than 15 projects with partners, in addition<br />
to those under negotiation. All are focused on areas such<br />
as the bioeconomy, decarbonization, and the circular<br />
economy.<br />
“Our work is focused on the conversion of biomass. So,<br />
in any case, the research is aimed at the process of industrial<br />
decarbonization, either exchanging fossil derivatives<br />
by biomass or biomass derivatives or by directly decomposing,<br />
transforming, and storing the gases generated during<br />
combustion and emission processes,” says Okamura.<br />
The use of biomass, a specialty of the ISI in Três Lagoas,<br />
plays a leading role in the Industrial Sector’s energy transition.<br />
According to research scientist Willian Pereira Gomes,<br />
organic matter can come from various sources, such as<br />
agro-industrial, industrial, and plantation wastes. Specifically,<br />
it can be wood, sugarcane, food, and eucalyptus<br />
waste, which is usually discarded during the production<br />
process.<br />
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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89107-000 Pomerode - SC<br />
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www.walterfundicao.com.br
ESTUDOS<br />
PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO<br />
Nas mãos dos pesquisadores, eles podem se tornar<br />
elementos altamente potentes. No projeto DeCarbon,<br />
um dos executados pelo instituto, há a conversão de<br />
duas biomassas muito conhecidas, o bagaço de cana-<br />
-de-açúcar e casca de coco verde, em material capaz<br />
de capturar o CO2.<br />
“Ou seja, essa biomassa, que inicialmente era um<br />
resíduo, passa a ser um material de alta tecnologia que<br />
será utilizado no processo de descarbonização da indústria,<br />
seja sementeira, indústria cerâmica, indústria<br />
metalúrgica, siderúrgica e assim por diante”, destacou<br />
Willian.<br />
Neste projeto, o objetivo é a produção e ativação<br />
de um biocarvão para aplicação em um sistema de<br />
captação de CO2, almejando a redução de emissões<br />
de GEE. O material poderá, por exemplo, ser utilizado<br />
como filtro de geladeira ou ar-condicionado.<br />
A possibilidade de captura dos gases permite<br />
a reutilização. Sendo assim, parte deles podem ser<br />
reintroduzidos na atmosfera em formas menos prejudiciais<br />
ao meio ambiente, gerando materiais duráveis,<br />
como carbonatos, concreto e polímeros.<br />
PROJECTS IN DEVELOPMENT<br />
In the hands of research scientists, projects can become<br />
highly potent elements. For example, in the DeCarbon<br />
project, one of the Institute’s projects, two well-known<br />
biomasses - sugarcane bagasse and green coconut shells -<br />
are being transformed into a material capable of capturing<br />
CO2.<br />
“In other words, this biomass, which was originally<br />
waste, becomes a high-tech material that can be used in<br />
the decarbonizing process of the Industrial Sector, whether<br />
it is the seed, the ceramic, the metallurgical, or the steel<br />
industry, etc.,” says Gomes.<br />
This project aims to produce and activate biochar for<br />
use in a CO2 capture system to reduce greenhouse gas<br />
emissions. The material could also be used, for example, as<br />
a filter in refrigerators or air conditioners.<br />
Capturing gases allows them to be reused. In this way,<br />
some of the gases can be returned to the atmosphere in<br />
forms that are less harmful to the environment, producing<br />
durable materials such as carbonates, concrete, and<br />
polymers.<br />
"A biomassa, que<br />
inicialmente era um resíduo,<br />
passa a ser um material<br />
de alta tecnologia que<br />
será utilizado no processo<br />
de descarbonização da<br />
indústria, seja sementeira,<br />
indústria cerâmica, indústria<br />
metalúrgica, siderúrgica e<br />
assim por diante"<br />
Willian Pereira Gomes, pesquisador<br />
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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DE CALDEIRAS<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
PARTICIPANTES DO IV<br />
CONGRESSO NACIONAL<br />
DE SEGURANÇA E<br />
PERFORMANCE DE<br />
CALDEIRA VISITARAM<br />
EMPRESA CATARINENSE<br />
A<br />
s caldeiras eficientes da Burntech estão no centro<br />
das atenções! Recentemente, especialistas e<br />
profissionais da área se reuniram no IV Congresso<br />
Nacional de Segurança e Performance de<br />
Caldeira, e a empresa catarinense foi o destino escolhido<br />
para uma visita técnica.<br />
A Burntech, com sua sede em Agrolândia (SC), acumula<br />
mais de cinco décadas de expertise, destacando-se como<br />
uma referência em soluções para geração de vapor, gás<br />
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
quente e energia a biomassa. Reconhecida como uma das<br />
indústrias mais tecnológicas do setor, a Burntech tem liderado<br />
inovações que impulsionam a eficiência e a sustentabilidade.<br />
VISITA EMOCIONANTE<br />
Durante a visita à sua sede, os participantes do congresso<br />
mergulharam no universo da produção da Burntech,<br />
conhecendo de perto sua tecnologia de grelha fixa/<br />
móvel, pioneira no Brasil e adquirida com exclusividade da<br />
Alemanha. A energia contagiante do evento permitiu não<br />
apenas networking entre os participantes, mas também proporcionou<br />
uma palestra sobre segurança, eficiência e uma<br />
exploração das instalações da empresa.<br />
Reges Dias, diretor de operações, destacou: “Foi gratificante<br />
participar do congresso e discutir assuntos tão<br />
relevantes como segurança, eficiência e conformidade na<br />
operação de caldeiras industriais. Ficamos felizes em compartilhar<br />
com os visitantes as características de alta qualidade<br />
de nossos produtos".<br />
Além de servir às indústrias brasileiras, as caldeiras<br />
Burntech têm presença internacional, marcando presença<br />
na Espanha, Argentina e Uruguai, atendendo uma variedade<br />
de setores.<br />
O IV Congresso de Caldeiras reuniu uma constelação de<br />
profissionais e especialistas, mergulhando em temas cruciais<br />
desde o projeto até a eficiência e rendimento das caldeiras.<br />
A otimização do desempenho e as inovadoras técnicas para<br />
reduzir custos de energia foram pontos-chave, enquanto a<br />
segurança foi discutida com afinco, ressaltando a importância<br />
dos princípios, práticas e regulamentações para garantir<br />
um ambiente de trabalho seguro para todos.<br />
Foi gratificante participar<br />
do congresso e discutir<br />
assuntos tão relevantes<br />
como segurança, eficiência e<br />
conformidade na operação<br />
de caldeiras industriais<br />
Reges Dias, diretor de operações<br />
da Burntech<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
51
POTENCIAL<br />
52 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ALÉM DA<br />
BIOMASSA<br />
PESQUISA APONTA<br />
POTENCIAL ECONÔMICO<br />
DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO<br />
SETOR MADEIREIRO NA<br />
REGIÃO AMAZÔNICA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
53
POTENCIAL<br />
O<br />
conhecimento químico e tecnológico,<br />
a busca de potencial biológico<br />
de espécies madeireiras da<br />
Região Amazônica, a descoberta de<br />
algumas moléculas e o potencial biológico das<br />
biomoléculas para a investigação do princípio<br />
ativo como antimalárico, antifúngico, antibacteriano<br />
e inseticida foram alguns dos resultados<br />
encontrados em pesquisa apoiada por meio da<br />
Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do<br />
Estado do Amazonas).<br />
O estudo intitulado: Fitoquímica, Aspectos<br />
Tecnológicos e Prospecção de Princípios Ativos<br />
em Resíduos Sólidos do Setor Madeireiro; estimula<br />
o aproveitamento de descartes, a preservação<br />
do meio ambiente e a obtenção de modelos<br />
de moléculas, oriundas de serragens que são<br />
descartadas pelo setor madeireiro, visando<br />
nortear o potencial econômico e contribuir para<br />
o conhecimento da biodiversidade amazônica.<br />
54 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MADEIRAS PESQUISADAS<br />
A coordenadora da pesquisa, doutora em<br />
química Maria da Paz Lima, do Inpa (Instituto<br />
Nacional de Pesquisas da Amazônia), afirmou<br />
que foram utilizados os resíduos madeireiros das<br />
seguintes espécies de plantio, área de manejo<br />
ou de demolição: acácia (Acacia mangium);<br />
angelim-pedra (Hymenolobium petraeum);<br />
angelim-rajado (Zygia racemosa); breu-vermelho<br />
(Protium puncticulatum); breu-vermelho<br />
(Protium tenuifolium); camarurana (Dipteryx<br />
polyphylla); cedro (Cedrela odorata); ingá (Inga<br />
alba); ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia); jatobá<br />
(Hymenaea courbaril); louro-aritu (Ocotea neesiana);<br />
louro-faia (Roupala montana); macacaúba<br />
(Platymiscium ulei); samaúma (Ceiba pentandra);<br />
sucupira-vermelha (Andira parviflora); e tatajuba<br />
(Bagassa guianensis).<br />
"A divulgação dos resultados do projeto tem<br />
auxiliado o setor madeireiro e a sociedade em<br />
geral a valorizar os resíduos sólidos. O aproveitamento<br />
do descarte de resíduos sólidos tem<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
55
POTENCIAL<br />
um papel importante na preservação do meio<br />
ambiente, sobretudo quando esse é enriquecido<br />
com conhecimento químico, tecnológico e<br />
biológico", aponta a pesquisadora.<br />
ESTUDOS<br />
O estudo contou com a contribuição de<br />
pesquisadores das áreas de engenharia florestal,<br />
química de produtos naturais e farmacologia,<br />
permitindo abordagens de temas variados,<br />
como: a avaliação das propriedades tecnológicas<br />
da madeira, os estudos fitoquímicos para<br />
purificação e identificação das moléculas por<br />
Ressonância Magnética Nuclear e outras técnicas<br />
espectroscópicas e os ensaios biológicos para<br />
busca dos princípios ativos.<br />
Com os resultados do projeto, o grupo acrescentou<br />
um número significativo de amostras no<br />
Banco de Moléculas do LQPN (Laboratório de<br />
Química de Produtos Naturais), do Inpa, fornecendo<br />
uma base de dados para outros projetos<br />
direcionados à busca de princípios ativos.<br />
A divulgação dos<br />
resultados do projeto<br />
tem auxiliado o<br />
setor madeireiro e a<br />
sociedade em geral a<br />
valorizar os resíduos<br />
sólidos<br />
Maria da Paz Lima,<br />
do Inpa<br />
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Grupo
ARTIGO<br />
APROVEITAMENTO DA<br />
BIOMASSA FLORESTAL NA<br />
FABRICAÇÃO DE BRIQUETES<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
58 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ANGELO FERNANDO DE OLIVEIRA SACCOL<br />
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)<br />
UFSM<br />
UFSM<br />
UFSM<br />
UFSM<br />
UFSM<br />
UFSM<br />
CARLINE ANDRÉA WELTER<br />
ROSSANA CORTELINI DA ROSA<br />
RODRIGO COLDEBELLA<br />
SOLON JONAS LONGHI<br />
JORGE ANTONIO DE FARIAS<br />
CRISTIANE PEDRAZZI<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
59
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
A<br />
importância do emprego de fontes alternativas<br />
de energia, que sejam renováveis e provoquem<br />
menores danos ao meio ambiente, como menor<br />
poluição atmosférica e estabilidade do ciclo do<br />
carbono, traz em destaque a biomassa florestal. Nesse contexto,<br />
avaliou-se a produção de briquetes, produzidos a partir<br />
de resíduos florestais encontrados nas diversas fases de<br />
produção das fábricas de celulose, os quais foram analisados<br />
quimicamente, bem como suas propriedades físicas e mecânicas.<br />
Foram realizados dez tratamentos a partir de quatro<br />
classes de resíduos amostrados, utilizando DIC (delineamento<br />
estatístico inteiramente casualizado), com 10 repetições<br />
por tratamento. Para a análise estatística, realizou-se teste<br />
tukey de comparação de médias e análise de componentes<br />
principais para explicar a estrutura da variância. Os tratamentos<br />
4 e 10 apresentaram maior poder calorífico devido<br />
ao seu maior percentual de lignina, bem como obtiveram<br />
os melhores resultados de densidade energética. Quanto a<br />
densidade e a resistência mecânica, os valores encontrados<br />
foram adequados e condizentes aos citados na literatura,<br />
sendo que a última variável não diferiu estatisticamente entre<br />
os tratamentos. A análise dos componentes principais foi<br />
adequada, sendo os teores de extrativos, umidade, lignina,<br />
e a densidade energética as variáveis mais importantes na<br />
análise, com os mais elevados coeficientes da componente<br />
principal 1, a qual representa 70,9% da variância total<br />
explicada. O tratamento 4, contendo apenas casca de Pinus<br />
taeda, se destacou pelas suas melhores características para<br />
energia.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A biomassa vegetal pode ser utilizada para obtenção das<br />
mais variadas formas de energia, seja por conversão direta<br />
ou indireta. Como vantagens da utilização desse material<br />
em substituição aos combustíveis fósseis, podemos citar a<br />
menor poluição atmosférica, além da estabilidade do ciclo<br />
de carbono. Já em comparação a outros tipos de energias renováveis,<br />
a biomassa vegetal, se destaca pela alta densidade<br />
energética e pelas facilidades de armazenamento, conversão<br />
e transporte desse material, sendo a segunda fonte de geração<br />
de energia predominante no Brasil.<br />
As biomassas para uso energético provem de recursos<br />
florestais, seus produtos e subprodutos, que incluem basicamente<br />
resíduos lenhosos produzidos de forma sustentável,<br />
podendo ser obtidos de florestas cultivadas, e também em<br />
atividades que processam ou utilizam a madeira para fins<br />
não energéticos, destacando-se as indústrias de papel/celulose<br />
e moveleira, bem como as serrarias. As indústrias de<br />
base florestal, como as de celulose, têm por característica a<br />
geração de um grande volume de resíduos ao longo do seu<br />
processo produtivo. O setor madeireiro apresenta um grande<br />
potencial para o aproveitamento desses resíduos, já que<br />
60 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Existem diferentes maneiras<br />
de aproveitamento da<br />
biomassa florestal pelas<br />
indústrias, sendo a<br />
briquetagem uma forma eficaz<br />
de aproveitar esses resíduos,<br />
uma vez que este processo<br />
permite o aumento do teor<br />
energético dos resíduos<br />
através do adensamento e<br />
compactação<br />
as perdas são inerentes ao processo produtivo, representando<br />
de 40 a 70% do volume da matéria-prima. Estes resíduos<br />
(cascas, galhos, folhas, cavacos e lascas de madeira, etc) são<br />
provenientes da colheita e do beneficiamento da madeira e<br />
por muito tempo, não tiveram destinação adequada.<br />
Existem diferentes maneiras de aproveitamento da<br />
biomassa florestal pelas indústrias, sendo a briquetagem<br />
uma forma eficaz de aproveitar esses resíduos, uma vez que<br />
este processo permite o aumento do teor energético dos resíduos<br />
através do adensamento e compactação. Para melhor<br />
adequação da biomassa ao processo de briquetagem como<br />
combustível, algumas alternativas podem ser utilizadas<br />
visando a melhoria do rendimento do processo, como adequação<br />
do tamanho e secagem das partículas e as condições<br />
empregadas para a prensagem do material.<br />
Nesse contexto, objetivou-se nesse estudo avaliar o uso<br />
de biomassa florestal, provenientes de indústrias de papel<br />
e celulose, na produção de briquetes, visando apresentar<br />
alternativas para a geração de energia limpa, assim como um<br />
novo destino para os resíduos gerados na floresta e no pátio<br />
de madeira das empresas.<br />
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ARTIGO<br />
MATERIAIS E MÉTODOS<br />
O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Produtos<br />
Florestais do Departamento de Ciências Florestais da Universidade<br />
Federal de Santa Maria. A biomassa ou resíduos<br />
florestais foram obtidos de indústrias de papel e celulose e<br />
separados em quatro classes de acordo com a espécie, local<br />
de coleta e composição.<br />
No total foram realizados 10 tratamentos para a produção<br />
dos briquetes, 4 tratamentos contendo 100% de cada<br />
classe de resíduos e 6 tratamentos formulados em proporções<br />
de 50-50% de cada classe, com 10 repetições por tratamento.<br />
O delineamento foi o inteiramente casualizado DIC.<br />
As variáveis analisadas foram os teores de umidade, lignina<br />
klason, extrativos totais, cinzas, o poder calorífico, densidade<br />
e resistência à compressão dos briquetes.<br />
partículas dos resíduos ao ar livre, visando aumentar o seu<br />
potencial calorífico.<br />
Com relação a composição química da biomassa, os<br />
maiores valores de extrativos e lignina foram encontrados<br />
nos tratamentos que continham resíduos da classe 4 (T4, T7,<br />
T9 e T10), o que já era esperado por se tratar de um material<br />
composto apenas por casca da espécie Pinus taeda. Segundo<br />
Colodette, de maneira geral, a casca apresenta diferenças<br />
químicas em comparação com a madeira, entre elas: maiores<br />
teores de extrativos e cinzas e menores teores de holocelulose.<br />
Dessa forma, estes tratamentos apresentam características<br />
químicas atrativas para serem utilizados como fonte de<br />
matéria-prima na geração de energia.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Os teores de umidade dos tratamentos variaram de<br />
8,93 a 12,72%. O gradiente de umidade da madeira varia<br />
conforme espécie, características anatômicas e químicas e<br />
variações ambientais. Recomenda-se, para a fabricação de<br />
briquetes, que o teor de umidade do material esteja entre<br />
8 e 15% de umidade, sendo assim, os valores de umidade<br />
obtidos estão de acordo com o recomendado na literatura.<br />
Quanto maior o teor de umidade, maior será o consumo de<br />
energia necessário para a evaporação da água presente na<br />
biomassa nos processos de conversão energética, reduzindo<br />
a sua eficiência. Por essa razão foi necessário secar as<br />
Os briquetes produzidos<br />
com classe de resíduos (casca<br />
de Pinus Taeda) resultaram<br />
nos mais altos valores para<br />
densidade energética,<br />
explicado devido ao alto teor<br />
de lignina e de extrativos<br />
totais encontrado para esse<br />
resíduo<br />
62 www.REVISTABIOMAIS.com.br
O importante no caso dos extrativos é que são constituintes<br />
que ocupam espaços externos às paredes celulares<br />
(lúmens e vacúolos), logo eles somam peso seco às<br />
biomassas das paredes celulares. A lignina é o principal<br />
constituinte responsável pelo aumento do poder calorífico,<br />
pois ela possui entre 60 a 64% de carbono elementar em sua<br />
composição molecular, enquanto a celulose e as hemiceluloses<br />
possuem bem menos (42 a 46%). Quanto maior for o<br />
teor de lignina nas amostras, menor será a quantidade de<br />
materiais voláteis produzidos, pois como a lignina tem anel<br />
aromático, possui consequentemente maior quantidade de<br />
carbono fixo. Além disso, o tipo de lignina, assim como a<br />
relação siringila/guaiacila, influencia na geração de energia<br />
de uma biomassa. A lignina guaiacila, presente em madeiras<br />
de coníferas, possui o C5 disponível para reação com<br />
outros anéis de fenilpropano, tem maior massa molecular e,<br />
consequentemente, é mais favorável à produção de carvão<br />
vegetal, devido à sua maior estabilidade térmica.<br />
Os briquetes produzidos com classe de resíduos 4 (casca<br />
de Pinus taeda) resultaram nos mais altos valores para densidade<br />
energética (tratamentos 4, 7, 9 e 10), explicado devido<br />
ao alto teor de lignina e de extrativos totais encontrado para<br />
esse resíduo.<br />
CONCLUSÕES<br />
Os resíduos florestais apresentaram características<br />
energéticas favoráveis, indicando o potencial desse material<br />
para uso como fonte de energia, com destaque para a classe<br />
de resíduos 4, que resultou nos maiores valores de lignina. O<br />
briquetes produzidos apresentaram resultados satisfatórios<br />
quanto a teor de umidade e densidade aparente recomendados,<br />
sendo que os tratamentos com os resíduos florestais<br />
de casca de pinus resultaram nos maiores valores de densidades<br />
aparente e energéticas.<br />
Para acessar esse conteúdo na íntegra<br />
acesse o QRcode ao lado:
AGENDA<br />
AGOSTO 2024<br />
DESTAQUE<br />
KEET 2024<br />
KOREA ENVIR ONMENT & ENERGY<br />
TRADE FAIR<br />
Data: 28 a 30<br />
Local: Gwangju (Coréia do Sul)<br />
Informações: https://www.keet.or.kr//fairDash.do<br />
OUTUBRO 2024<br />
BRAZIL WINDPOWER<br />
Data: 22 a 24<br />
Local: São Paulo Expo, São Paulo (SP)<br />
Informações:<br />
https://www.brazilwindpower.com.br/pt/home.html<br />
CONFERÊNCIA BBEST – IEA BIOENERGY<br />
Data: 22 a 24<br />
Local: Hotel Renaissance, São Paulo (SP)<br />
Informações: https://bbest-ieabioenergy.org/<br />
NOVEMBRO 2024<br />
360 SOLAR 2024<br />
Data: 07 a 08<br />
Local: Centro Sul, Florianópolis (SC)<br />
Informações: https://360solar.com.br/<br />
INTERSOLAR<br />
SOUTH AMERICA<br />
Data: 27 a 29 de agosto de 2024<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações:<br />
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Simultaneamente, no Congresso Intersolar South<br />
America, especialistas renomados vão abordar os<br />
temas mais atuais do setor.<br />
64 www.REVISTABIOMAIS.com.br
VEM AÍ!<br />
02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
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OPINIÃO<br />
Foto: divulgação<br />
5G NO BRASIL: AVANÇOS,<br />
DESAFIOS E PERSPECTIVAS<br />
PARA O FUTURO<br />
C<br />
om velocidade ultra rápida, baixa latência e alta<br />
capacidade de conexão, o 5G, a quinta geração<br />
da rede móvel, vem se expandindo no território<br />
brasileiro. Segundo dados da Anatel, no final de<br />
2023, 282 cidades no Brasil contavam com a rede ativa e mais<br />
de 16 mil ERBs (estações rádio base) em funcionamento. Além<br />
disso, 3.079 municípios que têm acesso estão com a faixa de<br />
3,5 GHz liberada para uso da tecnologia, e a previsão do órgão<br />
é aumentar o acesso para mais 623 localidades neste ano.<br />
Outra novidade é que a conexão 5G no Brasil está entre as<br />
mais rápidas do mundo. De acordo com relatório da Ookla, o<br />
país ocupa a quinta posição no ranking de rapidez de conexão,<br />
alcançando média de 445 Mbps de taxa de download. De<br />
imediato, já é possível afirmar que a quinta geração de rede<br />
móvel está trazendo inúmeros benefícios para os usuários do<br />
Brasil, por exemplo, o download de filmes e séries de forma<br />
extremamente rápida, ou mesmo a possibilidade de fazer<br />
ligações com boa velocidade, evitando ruídos, quedas de<br />
conexão e atrasos na comunicação on-line.<br />
Mas o 5G, mesmo sendo um oceano de possibilidades e<br />
vantagens, ainda não está sendo plenamente explorado no<br />
país. Se a expansão da tecnologia avançar no território brasileiro,<br />
podemos atingir benefícios que impactarão positivamente<br />
em diversos âmbitos da sociedade.<br />
No âmbito do gerenciamento de resíduos, o 5G possibilita<br />
a implementação de coletores inteligentes que monitoram a<br />
ocupação e otimizam rotas de coleta, resultando em redução<br />
de custos e emissões de carbono. Além disso, a chegada da<br />
quinta geração de rede móvel traz consigo a abertura de<br />
novas oportunidades de negócios, impulsionando a economia<br />
nacional e fomentando a inovação em várias localidades,<br />
inclusive remotas.<br />
Apesar de alguns avanços, fato é que ainda enfrentamos<br />
desafios que atrasam a implementação total do 5G no Brasil.<br />
Para incentivar a expansão da tecnologia, o governo federal<br />
promulgou a LGA (Lei Geral das Antenas) e o decreto número<br />
10.480/2020, que permitem a implantação do sinal 5G em<br />
todas as capitais e os municípios.<br />
Além disso, outros entraves permeiam o caminho para a<br />
inovação. A infraestrutura robusta e abrangente necessária<br />
para suportar as aplicações em larga escala ainda está em<br />
desenvolvimento, e a segurança cibernética é uma preocupação<br />
fundamental que exige medidas rigorosas para proteger<br />
a infraestrutura e os dados contra ataques. Dessa forma, para<br />
que o país esteja apto a aderir ao 5G de forma ampla, vão ser<br />
necessários investimentos de empresas, públicas e privadas,<br />
para contribuir com os altos custos de infraestrutura, como<br />
a implementação de antenas ou rede de fibra óptica e suprir<br />
a demanda de mão de obra qualificada e especializada, que<br />
é outro desafio, especialmente para cidades fora da rota das<br />
metrópoles.<br />
Diante de todo o cenário analisado, pode-se dizer que<br />
o Brasil continua avançando na implementação do 5G, no<br />
entanto, a ampliação caminha a passos lentos e ainda não é<br />
possível afirmar se alcançaremos as metas estabelecidas nos<br />
editais originais do 5G, que previam a instalação total da tecnologia<br />
em cidades com mais de 500 mil habitantes até julho<br />
de 2025, e em municípios com mais de 200 mil até meados de<br />
2026.<br />
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M<br />
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Especialista em soluções de inovação para Smartcity e Utilities, da Sonda Brasil<br />
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