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Florestal_265Web

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ENTREVISTA<br />

Pedro Francio Filho apresenta sua visão e experiência em silvicultura de alta performance<br />

<br />

TECNOLOGIA EM COMPOSTAGEM<br />

RESÍDUOS ORGÂNICOS:<br />

PASSIVO AMBIENTAL OU OPORTUNIDADE?<br />

COMPOSTING TECHNOLOGY<br />

ORGANIC WASTE: ENVIRONMENTAL<br />

LIABILITY OR OPPORTUNITY?


LÍDER ABSOLUTO<br />

EM TRITURAÇÃO VEGETAL<br />

ACIMA E ABAIXO DO SOLO<br />

EXPERIÊNCIA DE QUEM REALMENTE SABE<br />

SOBRE TRITURAÇÃO VEGETAL


Linha Biotritus SHPH+<br />

Alta eficiência em qualquer tipo de<br />

terreno;<br />

Martelos de aço especial com<br />

pastilhas de carbeto de tungstênio;<br />

Ideais para limpeza de áreas,<br />

renovação de cultura e eliminação<br />

de queimadas.<br />

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SUMÁRIO<br />

AGOSTO 2024<br />

60<br />

FLORESTA<br />

POTENCIALIZADA<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Notas<br />

42 Coluna CIPEM<br />

44 Frases<br />

46 Entrevista<br />

56 Coluna<br />

60 Principal<br />

66 Manejo<br />

74 Relatório<br />

78 Compostagem<br />

82 Transporte<br />

84 Meio ambiente<br />

90 Legislação<br />

96 Pesquisa<br />

102 Agenda<br />

104 Espaço Aberto<br />

66<br />

96<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

21 Agroceres<br />

47 Algar Farming<br />

99 Bellé Suporte<br />

11 BKT<br />

09 Bruno<br />

19 Carrocerias Bachiega<br />

89 D’Antonio Equipamentos<br />

41 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

17 DRV Ferramentas<br />

69 Duffatto Viveiro <strong>Florestal</strong><br />

67 Eloforte<br />

37 Emex Brasil<br />

45 Engeforest<br />

58 Envimat<br />

108 Envimat<br />

15 Envimat/CBI<br />

81 Envimat/Compostagem<br />

07 Envu<br />

57 Feldermann<br />

23 Fex<br />

53 Fezer<br />

55 Francio Soluções Florestais<br />

35 Hennings<br />

04 Himev<br />

27 Lion Equipamentos<br />

77 Mill Indústrias<br />

95 NN Pandini<br />

71 Planalto Picadores<br />

73 Planflora<br />

105 Prêmio REFERÊNCIA<br />

87 Remsoft<br />

39 Rocha Facas<br />

93 Rodotrem<br />

101 Romiotto<br />

13 Rotary-Ax<br />

29 Rotor Equipamentos<br />

49 Sergomel<br />

106 Sparta Brasil<br />

75 Tabaco Máquinas<br />

25 Tecmater<br />

33 Unibrás<br />

51 Vale do Tibagi<br />

31 Vantec<br />

43 WDS Pneumática<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


Envu é uma nova visão para uma<br />

empresa com meio século de história<br />

no segmento de saúde ambiental,<br />

que detém um sólido portfólio<br />

de produtos comprovados<br />

e reconhecidos.<br />

Em cada uma de suas linhas de<br />

negócio, a Envu concentra seu<br />

trabalho na química e além,<br />

colaborando com os clientes para<br />

criar soluções que funcionarão hoje<br />

e no futuro.<br />

Mantemos as florestas prosperando para<br />

que as comunidades continuem crescendo.<br />

Florestas<br />

Para receber mais informações, cadastre-se<br />

através do QR code abaixo:


EDITORIAL<br />

Semente do<br />

futuro<br />

As florestas plantadas crescem em um ritmo acelerado. Cada<br />

vez mais a produção aumenta, a demanda, também, e na mesma<br />

proporção, o mercado exige mais de toda a cadeia produtiva.<br />

Encontrar formas de melhorar os processos de produção são os<br />

grandes desafios do setor, pois dentro dos limites de tempo, espaço<br />

e produtividade, há soluções para se fazer mais e melhor. Esses<br />

objetivos movem o setor de base florestal e nos motivam a lutar<br />

para mostrar a todos que um futuro verde e sustentável está em<br />

nossas mãos. Nessa edição, as soluções tecnológicas de compostagem<br />

florestal da Envimat, a importância da segurança no transporte<br />

de cargas florestais, as novidades sobre manejo florestal no norte do<br />

país, uma visão geral sobre o mercado paulista de silvicultura e uma<br />

entrevista exclusiva com Pedro Francio Filho, especialista em consultoria<br />

florestal, que compartilha sua experiência e visão de mercado.<br />

Excelente leitura a todos!<br />

SEEDS OF THE FUTURE<br />

Planted forests are growing rapidly. At the same time, production<br />

is increasing and the market is demanding more from the entire<br />

production chain. Finding ways to improve production processes is<br />

the Sector’s biggest challenge, as there are solutions to do more and<br />

do it better within the constraints of time, space, and productivity.<br />

These are the goals that drive the Forest-based Sector and motivate<br />

us to fight to show everyone that a green and sustainable future is<br />

in our hands. In this issue, you will find Envimat’s technological solutions<br />

for forest composting, the importance of safety when transporting<br />

forest products, news on forest management in the North of<br />

the Country, an overview of the State of São Paulo forestry market,<br />

and an exclusive interview with Pedro Francio Filho, a specialist in<br />

forest consulting, who shares his experience and vision of the market.<br />

Pleasant reading!<br />

2<br />

Entrevista com<br />

Pedro Francio Filho,<br />

consultor florestal<br />

1<br />

Na capa dessa edição as<br />

soluções da ENVIMAT para<br />

compostagem, prática<br />

que vem crescendo<br />

exponencialmente no Brasil.<br />

Mercado de florestas plantadas<br />

em Minas Gerais<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº265 • Agosto 2024<br />

ENTREVISTA<br />

<br />

Pedro Francio Filho apresenta sua visão e experiência em silvicultura de alta performance<br />

COMPOSTING TECHNOLOGY<br />

ORGANIC WASTE: ENVIRONMENTAL<br />

LIABILITY OR OPPORTUNITY?<br />

TECNOLOGIA EM COMPOSTAGEM<br />

RESÍDUOS ORGÂNICOS:<br />

PASSIVO AMBIENTAL OU OPORTUNIDADE?<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 264 - AGOSTO 2024<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


THOR SE DESTACA ENTRE AS SOLUÇÕES<br />

DA CATEGORIA QUANDO O ASSUNTO<br />

É PRODUTIVIDADE<br />

Se você busca eficiência, qualidade e economia na produção de biomassa de eucalipto,<br />

o picador florestal Thor da Bruno é a escolha certa. Com design robusto e tecnologia<br />

de ponta, o Thor garante máxima produtividade com o melhor custo de aquisição,<br />

permitindo uma rápida recuperação do investimento devido à sua alta capacidade de<br />

produção. Ele garante uma biomassa uniforme, ideal para diversas aplicações e eficiência<br />

energética.<br />

Entre suas características técnicas, destaca-se a abertura de alimentação de 450/600<br />

x 1000 mm, corte de toras até 450 mm e galhadas até 600 mm, potência de 770 cv,<br />

capacidade de produção de 500 m³/h para eucalipto e 300 m³/h para supressão de alta<br />

densidade, produção por tonelada de 170 t/h para eucalipto e 135 t/h para supressão<br />

de alta densidade.<br />

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CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA<br />

Adriana Maugeri apresenta resultados e planos da indústria florestal em Minas Gerais<br />

FORÇA NO CAMPO<br />

NOVO TRITURADOR FLORESTAL<br />

UNE POTÊNCIA, RESISTÊNCIA E<br />

PRODUTIVIDADE NA LIMPEZA<br />

DE ÁREA<br />

Capa da Edição 264 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de julho de 2024<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº264 • Julho 2024<br />

<br />

STRENGTH IN THE FIELD<br />

NEW FOREST MULCHER COMBINES POWER,<br />

RESISTANCE, AND PRODUCTIVITY IN LAND CLEARING<br />

PRINCIPAL<br />

Por Eduardo Gonçalves, Betim (MG)<br />

É sempre bom ver as novidades do setor. A evolução contínua dos<br />

equipamentos ajuda a cada dia melhorar o trabalho no campo.<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Miguel Tavares, Bento Gonçalves (RS)<br />

Grande trabalho da Adriana. Esse comprometimento e dedicação fazem<br />

toda a diferença para o nosso segmento.<br />

REFLORESTAMENTO<br />

Por Clara Moraes, São Paulo (SP)<br />

Conhecimento e prática misturados em prol do meio ambiente. Grande<br />

trabalho dos pesquisadores.<br />

Foto: divulgacão<br />

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10 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

VISITA<br />

O comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

Gerson Penkal, esteve na cidade de Salete (SC), para<br />

conhecer mais sobre a empresa NN Pandini, da<br />

diretora Naiara Pandini.<br />

PARCERIA<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL visitou a empresa<br />

Rocha Facas, na cidade de Campos Novos (SC), para<br />

planejamento e continuidade da parceria. Na foto,<br />

Gerson Penkal (comercial da revista), Zelir Rocha e Jair<br />

Rocha (diretores da Rocha Facas) e Fábio Machado<br />

(diretor comercial da REFERÊNCIA FLORESTAL).<br />

AJUDA LIBERADA<br />

ALTA<br />

O governo liberou R$ 137 milhões de crédito extraordinário<br />

para combater incêndios no Pantanal,<br />

que já devastaram este ano, mais de 766 mil ha<br />

(hectares) na região. Isso equivale a mais de 750<br />

mil campos de futebol. No total, já são mais de<br />

R$ 237 milhões para enfrentamento da crise no<br />

Pantanal. O governo havia destinado em junho, outros<br />

R$ 100 milhões. Mais de R$ 72 milhões serão<br />

destinados ao MMA (Ministério do Meio Ambiente<br />

e Mudança do Clima). O dinheiro será utilizado, por<br />

exemplo, para a contratação de brigadistas e para<br />

que sejam adquiridos equipamentos de proteção<br />

individual e de combate ao fogo.<br />

AGOSTO 2024<br />

TRANSPORTE MAIS CARO<br />

O diesel teve aumento quatro vezes maior do que a<br />

inflação no último ano. Em junho, o valor médio do<br />

combustível fóssil somou R$ 6,158 o litro, alta de<br />

15,5% na comparação com o mesmo mês do ano<br />

passado, segundo o estudo, com base em transações<br />

feitas em mais de 25 mil postos de combustíveis<br />

credenciados em todo o país. Nesse período, a<br />

inflação medida pelo IPCA apontou um avanço de<br />

4,23%. Em postos ao redor do país o preço por litro<br />

do combustível já está próximo de R$ 6, mas em<br />

algumas localidades já foram registrados preços na<br />

casa dos R$ 6,15.<br />

BAIXA<br />

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Uma obra de arte<br />

Tão afiada<br />

quanto a espada<br />

de um samurai<br />

em corte florestal<br />

sabres<br />

dentes de corte<br />

ponteiras substituíveis<br />

acessórios<br />

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Facas para picadores<br />

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NOTAS<br />

Podcast REFERÊNCIA<br />

No último mês o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve como convidada Lisiane Nardi Tissot. Lisiane é catarinense de Campos<br />

Novos, publicitária formada pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e é diretora comercial da Bonardi<br />

Painéis de Madeira. A Bonardi é uma empresa com 26 anos de tradição no segmento fabricando e fornecendo painéis de alto<br />

padrão para o mercado de móveis e decoração.<br />

A convidada contou sobre a história da Bonardi, fundada por seu pai, Francisco Nardi, no final dos anos 1990 e na época era<br />

uma empresa focada na produção de compensados. Lisiane antes de entrar na empresa estava no ramo de eventos e Gianpaulo<br />

Nardi, seu irmão e sócio, é engenheiro mecânico de<br />

formação e estava trabalhando em Joinville (SC) na<br />

época da fundação da Bonardi. “Na virada para o<br />

segundo ano da Bonardi meu pai e meu irmão me<br />

chamaram para conversar e me convidaram para<br />

assumir a parte financeira e comercial da empresa”,<br />

relata Lisiane.<br />

Um dos pontos tratados por Lisiane é a gestão<br />

de uma empresa familiar. A diretora conta que por<br />

mais que possa parecer difícil para alguns, o bom<br />

relacionamento entre ela e o irmão foi fundamental<br />

e o foco no melhor para a empresa esteve sempre<br />

em primeiro lugar. “Temos um entendimento muito<br />

claro de que dentro da empresa somos sócios e não<br />

irmãos, isso ajuda muito na gestão e na divisão das<br />

tarefas e das responsabilidades. Fora da empresa somos<br />

irmãos e falamos de tudo, menos de trabalho”,<br />

valoriza Lisiane.<br />

Nesses mais de 25 anos da Bonardi as dificuldades<br />

vieram e segundo Lisiane 2015 foi um momento<br />

mais crítico. Lisiane relata que o volume de vendas<br />

na época até era bom, mas o valor fazia com que<br />

a empresa ficasse presa no mesmo lugar. “Nesse<br />

período entendi que nem toda venda é positiva.<br />

Entendemos que precisávamos mudar algumas práticas,<br />

tomar uma nova direção e, assim, colocamos a<br />

Bonardi em uma direção melhor”, destaca Lisiane.<br />

Para o futuro Lisiane tem grandes perspectivas.<br />

Os planos já estão sendo feitos para os próximos<br />

anos e tem como foco melhorar ainda mais o atendimento<br />

dos clientes da Bonardi. “Temos ideias para<br />

2025, 2026 e vamos colocar em prática da melhor<br />

forma possível. Quero levar o melhor que fazemos<br />

para clientes em mercados que também estamos<br />

abrindo em outros países”, complementa Lisiane.<br />

O episódio completo o Leitor pode conferir<br />

no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Proximidade com os clientes<br />

O Estado do Mato Grosso ganhou um novo suporte de ferramentas para o setor florestal. No dia 20 de julho de 2024, a empresa<br />

DRV inaugurou sua primeira filial em Sinop (MT), conhecida como a capital do norte do Estado. Visando atender toda a cadeia florestal,<br />

a DRV oferece um catálogo robusto que inclui suas renomadas facas e serras, além de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), correntes<br />

e sabres para harvesters, afiadoras de correntes, mangueiras hidráulicas, conexões hidráulicas, e muito mais.<br />

Adicionalmente, a DRV lançou um novo serviço na loja: a afiação de facas. Para isso, foi montado um centro de alta tecnologia, capaz<br />

de fornecer suporte completo para toda a região. A nova loja da DRV na Rua Guarapari, 84, Jardim Itapuã, localizada atrás do Posto São<br />

Cristóvão na BR-163. A empresa paranaense tem crescido em ritmo exponencial desde sua inauguração e principalmente nos últimos<br />

anos, com a valorização do segmento de biomassa e cavaco de madeira, conquistando um espaço de relevância no setor florestal. A<br />

inauguração foi marcada pela presença da diretoria da DRV e de parceiros e amigos que movimentam a produção florestal na região e,<br />

partir de agora, podem contar com a excelência da DRV de maneira mais rápida e pronta.”<br />

O público do centro-oeste agora tem uma opção muito mais próxima para conhecer toda a qualidade que a DRV oferece. E quem<br />

não puder ir até Sinop, poderá aproveitar a oportunidade de vê-los na feira Lignum, que acontece durante o mês de setembro em Pinhais<br />

(PR) - região metropolitana de Curitiba -, na qual a DRV já garantiu presença e estará pronta para receber todos os presentes.<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


Mato Grosso, chegamos!<br />

Agora a DRV é um ponto de<br />

apoio completo para o <strong>Florestal</strong> e o<br />

Madeireiro no centro-oeste<br />

e norte do Brasil.<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

Visando atender com mais agilidade e manter a proximidade com<br />

nossos parceiros, a DRV abre suas portas em Sinop. Oferecendo um<br />

catálogo robusto que inclui suas renomadas facas e serras, além de<br />

EPIs, correntes e sabres para harvesters, afiadoras de correntes,<br />

mangueiras hidráulicas, conexões hidráulicas, e muito mais.


NOTAS<br />

Visita internacional<br />

A VT (Vale do Tibagi), empresa paranaense de Telêmaco Borba enviou alguns de seus funcionários para uma visita ao<br />

Estado de Iowa, nos EUA (Estados Unidos da América), na Customer Experience, evento realizado por um dos principais parceiros<br />

da VT. Essa visita faz parte de uma iniciativa da Vale do Tibagi para a melhoria do trabalho desenvolvido pela empresa,<br />

trazendo para o rol de serviços o que há de melhor mundialmente a fim de atender seus clientes com excelência e padrões<br />

internacionais. Foi uma oportunidade para os funcionários da VT de conversarem com diretores, gerentes da empresa e com<br />

usuários dos equipamentos expostos.<br />

Para Diego Antônio dos Santos, coordenador de operação de biomassa da filial de Santa Catarina da VT, viajar pela empresa<br />

é uma grande oportunidade, que traz diversas experiências.<br />

“Nossa viagem aos EUA foi muito produtiva para o meu desenvolvimento profissional, pois pude conhecer de onde vem<br />

parte das tecnologias aplicadas em nossa operação de biomassa, que só pessoalmente podemos ter a verdadeira noção da<br />

dimensão de nossa área, com muita tecnologia aplicada e toda a estrutura de suporte, ampliamos o nosso campo de visão<br />

cada vez mais”, valorizou Diego.<br />

Segundo Eron Richard Carneiro, gerente de manutenção Vale do Tibagi, o objetivo da visita foi conhecer um equipamento<br />

de aproveitamento da madeira, pois hoje o setor tem uma grande demanda de bioenergia, e traz também o desenvolvimento<br />

de diversas tecnologias e novos maquinários. Para Eron, a VT sempre proporciona viagens internacionais, que além<br />

de novas culturas, agrega novos conhecimentos e diferentes tecnologias, por meio do benchmark. “Esse ano fui para o<br />

Chile ver novos implementos para colheita florestal, em áreas declivosas que reduzem o risco nas operações, trazendo mais<br />

segurança. Em julho estive em Portugal e Espanha, visitei a feira Galiforest, conheci algumas inovações para o setor florestal,<br />

pois hoje é essencial manter-se atualizado, o mercado está cada vez mais avançado e estamos sempre buscando melhorias”,<br />

relatou Eron.<br />

Fotos: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Tarifa cancelada<br />

O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) oficializou nesta em sua página<br />

oficial o cancelamento dos débitos relacionados à TCFA (Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental) a partir do segundo<br />

trimestre do ano corrente, cujo fato gerador era o exercício exclusivo das atividades de silvicultura de florestas plantadas<br />

de espécies nativas ou de silvicultura de florestas plantadas de espécies exóticas.<br />

A Lei Federal número 14.876, de 31 de maio de 2024, que alterou a Lei Federal número 6.938, de 31 de agosto de<br />

1981, excluiu a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais constante<br />

do Anexo VIII da Política Nacional de Meio Ambiente.<br />

Como a Lei Federal número 14.876/2024 foi publicada em 31 de maio, no interstício do período de apuração para<br />

a TCFA do segundo trimestre do ano, pairava a discussão sobre a exigibilidade do tributo por parte do órgão ambiental<br />

quanto a esse trimestre, com vencimento em 05 de julho.<br />

Com a publicação do informe, o Ibama assentou entendimento pela inexigibilidade das taxas a partir do segundo<br />

trimestre para a atividade de silvicultura, em atenção à alteração legislativa promovida. Contribuintes que já efetuaram<br />

pagamentos antecipados do segundo, terceiro e quarto trimestres podem solicitar a restituição dos valores pagos por<br />

meio de protocolo de requerimento de restituição junto ao Ibama.<br />

Foto: divulgação<br />

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Qualidade<br />

Sistema de Gestão de Qualidade<br />

certificado pela ISO 9001: 2015,<br />

em desenvolvimento, produção,<br />

comercialização e serviços pós-venda.<br />

Eficiência<br />

Resultados de controle comprovado em<br />

campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />

Precisão


NOTAS<br />

Fogo como recurso<br />

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais<br />

Renováveis) sediou o primeiro Sinafogo (Simpósio Nacional sobre Gestão<br />

do Fogo), com o tema: Avanços no conhecimento sobre os incêndios<br />

florestais - monitoramento, ecologia e manejo integrado do fogo. O evento<br />

reuniu diversas instituições para discutir estratégias de gestão e combate<br />

aos incêndios florestais, ressaltando a importância da pesquisa científica no<br />

MIF (Manejo Integrado do Fogo), especialmente frente às mudanças climáticas<br />

que aumentam a incidência de incêndios. O simpósio foi transmitido<br />

ao vivo pelo youtube.<br />

Para André Lima, secretário Nacional na Secretaria Extraordinária de<br />

Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA<br />

(Ministério de Meio Ambiente e Mudanças do Clima), o evento possibilita<br />

que o Brasil seja referência no assunto. “É fundamental que eventos como<br />

este sejam constantes. Este seminário é um exemplo prático do que a ministra<br />

Marina defende: políticas públicas eficientes e efetivas baseadas em<br />

evidências científicas”, destacou André.<br />

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, afirmou durante a abertura<br />

do evento que o tema do fogo precisa ser debatido continuamente pela sociedade<br />

brasileira, não apenas nos momentos de crise. “Apesar do estoque<br />

de informação científica que possuímos, ainda é necessário discutirmos<br />

cada vez mais a temática frente às mudanças climáticas”, salientou Rodrigo.<br />

A abertura contou ainda com a presença de Ricardo Galvão, presidente<br />

do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Ane<br />

Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia;<br />

e Iara Vasco, diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação<br />

do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Foto: divulgação


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Produção impulsionada<br />

Foto: divulgação<br />

Na região administrativa da Emater (RS)/Ascar ((Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul/<br />

Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural) de Passo Fundo (RS), a coleta de resina de pinus e o manejo nos coletores<br />

seguem ativos nas florestas sob contratos vigentes, mesmo com uma significativa redução nos preços da resina e de outros<br />

produtos agropecuários. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater (RS)/Asca a demanda por toras de pinus<br />

destinadas ao abastecimento de empresas em Santa Catarina também diminuiu, resultando em uma colheita moderada. As<br />

derrubadas de florestas foram suspensas na última semana devido às fortes chuvas.<br />

Na região de Caxias do Sul (RS), a atividade florestal desempenha um papel importante na produção de toras e na<br />

fabricação de produtos como chapas, compensados, móveis e pallets. Recentemente, os preços das toras se estabilizaram,<br />

impulsionados por uma demanda consistente e pelo aumento das exportações de madeira e celulose. Além disso, a chegada<br />

de novas indústrias consumidoras em áreas como São Francisco de Paula (RS) e Cambará do Sul (RS) têm beneficiado os produtores<br />

locais com melhores preços e maior volume comercializado, especialmente de toras menores.<br />

Apesar desses desenvolvimentos positivos, a falta de novos plantios de pinus devido a um mercado recessivo e a restrições<br />

legislativas está gerando preocupações quanto à disponibilidade futura de madeira. A estabilidade nos preços atuais e a<br />

crescente demanda não são suficientes para estimular novos plantios, o que pode comprometer a oferta de madeira a longo<br />

prazo.<br />

As autoridades e produtores locais estão atentos a essas questões e buscam alternativas para garantir a sustentabilidade<br />

do setor florestal na região, enfrentando desafios econômicos e climáticos para manter a produção e a qualidade dos produtos<br />

derivados do pinus.<br />

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NOTAS<br />

Floresta em recuperação<br />

O desmatamento na Mata Atlântica caiu 25,9% de agosto de 2022 a julho de 2023 em relação ao período anterior, apontam<br />

dados do sistema Prodes, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial). A área desmatada no intervalo foi de 765<br />

km² (quilômetros quadrados), a menor taxa desde o início da série histórica em 2001. As informações foram apresentadas<br />

pelas ministras Marina Silva e Luciana Santos do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) em entrevista coletiva<br />

na sede do MCTI, em Brasília (DF). Também foram divulgados dados que indicaram quedas do desmatamento em 2024 na<br />

Amazônia e no Cerrado.<br />

João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA (Ministério do Meio Ambiente) explicou que essa queda veio após<br />

anos de crescimento acelerado: em 2020, foram desmatados 790 km² (quilômetros quadrados) e, no ano seguinte, 927 km².<br />

“Passamos da casa dos 1.000 km² em 2022, e agora tivemos uma queda de quase 26%. É um feito enorme neste bioma, que<br />

é um dos mais ameaçados do país”, afirmou João. Três quartos do desmatamento registrado no período concentram-se em<br />

cinco Estados: Minas Gerais (22,8%), Bahia (21,9%), Rio Grande do Sul (11%), Santa Catarina (10,6%) e Paraná (10,3%).<br />

A Mata Atlântica se estende pela costa do país, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Além das florestas nativas,<br />

reúne também ecossistemas associados (manguezais, vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e<br />

encraves florestais do nordeste). De acordo com o INPE, 71,6% da vegetação nativa do bioma foi desmatada em razão da<br />

exploração durante os ciclos econômicos da história do país, da construção de rodovias e ferrovias, do avanço da pecuária e<br />

da expansão urbana, entre outros fatores. Cerca de 70% da população brasileira vive hoje na Mata Atlântica.<br />

Foto: divulgação<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Reconhecimento internacional<br />

A pesquisadora Aline Krolow Soares, recém doutora em Engenharia e Ciência de Materiais pela UFPR (Universidade<br />

Federal do Paraná), recebeu o IUFRO Student Award for Excellence in Forest Science, durante o IUFRO (Congresso Mundial<br />

da União Internacional de Organizações de Pesquisa <strong>Florestal</strong>), em Estocolmo, na Suécia. A pesquisa de Aline Soares,<br />

desenvolvida no Laboratório de Tecnologia da Madeira da Embrapa Florestas, propõe um novo modelo de biorrefinaria para<br />

a indústria de destilação de óleos essenciais, aproveitando o subproduto da produção de óleo. “O objetivo foi reaproveitar a<br />

água residual da destilação de folhas de Corymbia citriodora, que normalmente é descartada”, explicou Aline.<br />

A pesquisa mostrou que é possível otimizar o processo, reutilizando a água da destilação em até sete vezes e concentrando<br />

compostos químicos de interesse econômico, como taninos, frutose, glucose e sacarose. “Esta pesquisa tem grande<br />

impacto social, pois abre novas possibilidades de produção a partir de um resíduo industrial”, afirmou Aline.<br />

O pesquisador Washington Magalhães, orientador da tese, ressalta a importância da pesquisa. “A pesquisa, além de<br />

gerar um modelo inovador para a produção de óleos essenciais, contribui para a sustentabilidade e a economia circular na<br />

indústria florestal”, valorizou Washington.<br />

A técnica de hidrodestilação sequencial, aplicada no estudo, permitiu a concentração dos compostos químicos de interesse<br />

no subproduto. A alta concentração de açúcares, por exemplo, abre possibilidades para a produção de ácido láctico,<br />

um importante precursor para plásticos biodegradáveis. Já os compostos fenólicos, como os taninos, apresentam grande<br />

potencial para a produção de antioxidantes, com aplicações em alimentos, cosméticos e produtos farmacêuticos.<br />

Foto: divulgação<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Compromisso<br />

marcado<br />

A SIM (Semana Internacional da Madeira),<br />

que acontecerá entre os dias 16 e 19 de setembro<br />

em Curitiba (PR), está com a programação<br />

formatada para receber um público altamente<br />

qualificado, reforçando seu papel como um dos<br />

principais catalisadores de inovação e networking<br />

na indústria madeireira do país. Esta é a V edição<br />

da SIM que engloba o V Woodtrade Brazil, a Feira<br />

Lignum Latin America, o VI ENCAPP (Encontro<br />

da Cadeia Produtiva da Porta), além de diversos<br />

eventos técnicos. A Abimci (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />

é apoiadora master da Semana.<br />

Juliano Vieira de Araujo, presidente da<br />

Abimci, destacou a importância do evento para<br />

a indústria madeireira. Segundo Juliano, a SIM é<br />

um evento já tradicional que se tornou essencial<br />

para o setor, é um período em que Curitiba se<br />

transforma na capital da indústria madeireira,<br />

além de ser um palco para o lançamento de<br />

novas tecnologias, ela desempenha um papel<br />

fundamental na promoção do networking e na<br />

aproximação de todos os envolvidos na cadeia<br />

produtiva da madeira. “É um momento único<br />

para compartilhar conhecimentos, explorar novas<br />

oportunidades de negócios e fortalecer parcerias,<br />

permitindo uma ampla troca de informações<br />

essenciais para ampliar a competitividade e<br />

promover o desenvolvimento em um mercado<br />

tão dinâmico como o nosso”, avalia Juliano.<br />

Durante o evento serão realizados painéis<br />

sobre temas como mercado de pellets, madeira<br />

serrada, molduras, portas e compensados. Além<br />

dos palestrantes nacionais, o evento contará com<br />

a presença de especialistas internacionais que<br />

trarão uma visão global sobre os desafios e oportunidades<br />

nos mercados do Reino Unido e dos<br />

EUA (Estados Unidos da América). David Hopkins,<br />

CEO da Timber Development UK (Federação<br />

Inglesa da Madeira), falará sobre o mercado do<br />

Reino Unido. Brent J. McClendon, presidente e<br />

CEO da National Wooden Pallet and Container<br />

Association, vai abordar o mercado americano de<br />

paletes e embalagens, trazendo uma perspectiva<br />

das condições e tendências nos EUA.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Nova direção<br />

As entidades FIERGS/CIERGS (Federação e o Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) estão sob nova direção.<br />

Claudio Bier assumiu oficialmente em cerimônia na sede da FIERGS que reuniu cerca de 1 mil pessoas, a presidência das<br />

entidades para a gestão 2024/2027. Ele sucede Gilberto Porcello Petry. “Estamos hoje reunidos não apenas para celebrar esta<br />

posse, mas para reafirmar um compromisso com o futuro e com a reconstrução do Rio Grande do Sul. Nosso Estado se recupera<br />

da maior enchente de sua história. Este evento nos deixou grandes desafios, mas também nos ofereceu a oportunidade de<br />

mostrar nossa resiliência. Não podemos normalizar estiagens e enchentes. O tema mudanças climáticas precisa ser discutido,<br />

pensando bem mais além do que na próxima eleição”, destacou Claudio.<br />

Participaram da solenidade os ministros da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul,<br />

Paulo Pimenta; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, o governador<br />

do Estado, Eduardo Leite, e o prefeito Sebastião Melo, entre outras autoridades. O presidente da CNI (Confederação Nacional<br />

da Indústria), Ricardo Alban, foi representado pelo diretor Edson Campagnolo.<br />

Claudio Bier pediu maior agilidade dos governos no auxílio ao Rio Grande do Sul atingido pelas enchentes. “Precisamos de<br />

apoio rápido e eficaz. Não é favor. É Justiça. Não estamos pedindo esmola e nem privilégios. Queremos o que é nosso, em uma<br />

visão integrada de país e de mundo. Não podemos assistir a fuga de empresas, mão de obra e talentos para outros Estados.<br />

Este é o momento em que nossos governos, que nos representam e que por nós, cidadãos e empresas, são eleitos e financiados,<br />

devem priorizar agilidade e resultados”, enfatizou Claudio. “Inspirado pelo momento, me permito unir palavras que, juntas,<br />

ganham força e novas dimensões: Reconstrução com Propósito”, complementou o novo presidente. Até 2027, Claudio Bier<br />

também passa a administrar o Sesi-RS (Serviço Social da Indústria), o Senai-RS (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e<br />

o IEL-RS (Instituto Euvaldo Lodi do Rio Grande do Sul).<br />

Foto: Dudu Leal/Fiergs<br />

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NOTAS<br />

Compromisso<br />

das instituições<br />

Fotos: Carlos Silva/MAPA<br />

O MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), por meio da SDI (Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e<br />

Cooperativismo), assinou, na sede da pasta, Protocolos de Intenção com quatro associações que são referência em atividades voltadas<br />

para o setor florestal brasileiro, entre elas a APRE (Associação Paranaense das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>). O objetivo é estabelecer<br />

parcerias que visam ampliar as oportunidades para o silvicultor e o apoio institucional à Rede Floresta+, do Plano Floresta + Sustentável,<br />

proporcionando mais investimento e cooperação técnica para o setor. Os protocolos representam o compromisso das instituições<br />

em trazer para a Rede Floresta + ações colaborativas e integradas, possibilitando a execução de projetos voltados à recuperação de<br />

áreas degradadas e reflorestamento e o desenvolvimento da cadeia produtiva florestal, causando impacto positivo para os produtores.<br />

Firmaram compromisso com o MAPA, a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), a AREFLORESTA (Associação dos Reflorestadores de<br />

Mato Grosso), a ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente ), e a APRE. A entrada destas instituições<br />

na Rede Floresta+ vai facilitar a interligação entre os projetos e as entidades interessadas em financiá-los.<br />

De acordo com o secretário substituto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismos, Pedro Neto, a<br />

adesão dessas associações à Rede Floresta+ valida a importância desta cadeia produtiva, que tem como base a floresta plantada.<br />

“O estímulo à economia de base florestal, além de atender ao Plano de Ação para Recuperação de Áreas Degradadas e Manejo de<br />

Florestas do MAPA, contribui para implementação de práticas sustentáveis, abrindo novas possibilidades de negócio e renda para o<br />

produtor rural”, destacou Pedro Neto.<br />

Segundo o presidente da IBÁ, Paulo Hartung, a participação da entidade na Rede Floresta+ vem coroar o empenho do MAPA em<br />

construir uma aproximação entre o setor privado e o governo federal. “O fomento e a parceria do MAPA em ações que potencializam<br />

o setor têm contribuído para mudar a realidade de milhares de silvicultores brasileiros que produzem hoje com sustentabilidade e<br />

rentabilidade”, completou Paulo.<br />

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NOTAS<br />

Danos para quem produz<br />

A greve dos funcionários do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) tem<br />

gerado prejuízos para a indústria da madeira nativa no norte do país, principalmente no Pará, um dos principais polos de<br />

manejo sustentável do Brasil junto com o Mato Grosso. Apenas com a presença dos funcionários da autarquia a liberação<br />

das cargas de madeira produzida legalmente no país podem ser liberadas para seus destinos ao redor do mundo.<br />

Para Deryck Pantoja Martins, presidente da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do<br />

Pará) a greve gerou uma série de impactos diretos na parte mercantil da madeira paraense. “A ausência dos profissionais<br />

gerou o acúmulo de mais de 600 cargas de madeira, que tem valor de mais de R$ 100 milhões em produtos que estão<br />

parados, o que compromete toda a cadeia de produção”, lamentou Deryck.<br />

Para além da parte financeira, Deryck destaca que as atividades de licença ambiental e tantas outras onde o IBAMA<br />

é a única entidade que pode realizar essas atividades. “Toda a indústria é afetada, pois sem o licenciamento e outras<br />

agendas do IBAMA é a única forma de normalizar as atividades da indústria, das exportações, mas também a fiscalização<br />

e proteção ambiental, que o IBAMA deve fazer”, salientou Deryck.<br />

Para o presidente da AIMEX a greve é sim um direito dos funcionários do IBAMA, mas ela deve ser feita de forma<br />

a não comprometer todo o funcionamento de uma fatia significativa da economia local. “É importante que o governo<br />

federal converse com os grevistas e encontre um fim para essa situação, pois há muito em jogo e as empresas não podem<br />

ficar apenas com o prejuízo de uma ação de terceiros”, complementou Deryck.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Consequências para o Brasil<br />

A greve dos servidores do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) gerou uma série<br />

de complicações e descontrole de atividades que a autarquia tem reponsabilidade dentro do território nacional. A manifestação<br />

que se iniciou em 24 de junho e não teve fim tem afetado o meio ambiente e a economia nacional de forma pesada,<br />

gerando prejuízos financeiros e ambientais de grande escala.<br />

A queda de braço entre governo federal e IBAMA não parece ter fim e as rusgas são cada vez maiores. Em nota o Comando<br />

Nacional de Greve, a Condsef/Fenadsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal/ Federação Nacional<br />

dos Trabalhadores do Serviço Público Federal) e a ASCEMA Nacional (Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista<br />

em Meio Ambiente), acusou o governo federal de negar a conciliação através do presidente do IBAMA, além de alegar<br />

a diminuição do corpo de trabalho entre 20120 e 2024, que afeta a qualidade das operações.<br />

A nota ainda afirma que “A morosidade do Presidente Rodrigo Agostinho denota que, enquanto ocorre o cerceamento do<br />

direito de greve, a “boiada” nunca parou de passar, em detrimento dos compromissos ambientais e climáticos assumidos pelo<br />

atual Governo” e coloca toda a responsabilidade da não conciliação no poder federal.<br />

Ministério do Meio Ambiente afirma que as negociações com os servidores do meio ambiente se iniciaram em outubro<br />

de 2023 e que a proposta atual prevê ganhos de 29% a 49% no consolidado entre 2023 a 2026. A proposta também atende à<br />

demanda dos servidores de garantir um reajuste maior para os servidores que atuam nas áreas de fiscalização, e prevê gratificações<br />

para lotações em regiões de difícil acesso. A mesma não foi aceita pelos grevistas, que também reclamaram do fato de<br />

terem seus salários descontados pelo período parados.<br />

Enquanto a greve continua, os danos para o Brasil aumentam, com focos de incêndios incontroláveis durante o inverno,<br />

diminuição da liberação de licenças ambientais, não liberação de produtos e matérias-primas que dependem de selos do<br />

IBAMA e tantos outros. Além do problema causado a economia paraense citada na nota “Danos para quem produz”, desta<br />

mesma edição, no norte do Mato Grosso o problema de liberação de cargas de madeira também é significativo, deteriorando<br />

a imagem do Brasil como exportador pelo não cumprimento de prazos e contratos.<br />

Foto: divulgação<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Fortalecimento do mercado<br />

O presidente da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), Paulo Hartung, esteve na FIEB (Federação das Indústrias do Estado da<br />

Bahia), onde foi recebido pelo presidente Carlos Henrique Passos para palestrar a empresários de diversos setores. O encontro<br />

foi organizado pela ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) e mediado pelo seu diretor executivo, Wilson Andrade.<br />

Aos executivos, o presidente da IBÁ compartilhou ao longo de mais de 2h (horas) de conversa e debate sua visão do Brasil<br />

atual, jogando luz para o futuro. “É fato que o Brasil não é para principiantes, como dizia o maestro Tom Jobim, mas nós temos a<br />

mania de ver o copo vazio e dificuldade de vê-lo meio cheio. Vivemos hoje um cenário complexo, mas que apresenta inúmeras<br />

oportunidades”, prospectou Paulo.<br />

O encontro, organizado pela ABAF, reuniu presidentes de entidades empresariais, vice-presidentes e presidentes dos sindicatos<br />

da FIEB, diretores de empresas do setor florestal e lideranças empresariais de todos os segmentos da Bahia. A mesa foi composta<br />

por Benedito Carneiro, vice-presidente da FIEB; Caio Zanardo, presidente da Veracel; Décio Barros, presidente da FETRA-<br />

BASE (Federação das Empresas de Transporte dos Estados da Bahia e Sergipe); Paulo Cavalcanti, presidente da ACB (Associação<br />

Comercial da Bahia) e Eduardo Salles, deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Indústria.<br />

Wilson Andrade que é também Presidente do COMEX (Conselho de Comércio Exterior e Relações Internacionais) da FIEB<br />

afirmou que o economista Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo, senador, deputado e atual presidente da IBÁ, tem<br />

experiência e visão<br />

política, desenvolvimentista<br />

que<br />

interessa a quem<br />

acredita que o<br />

país pode e deve<br />

voltar a crescer. “Os<br />

caminhos por ele<br />

indicados incluem<br />

educação, formação<br />

profissional, busca<br />

de investidores, financiamentos<br />

e tecnologias<br />

no exterior,<br />

onde os recursos<br />

são abundantes,<br />

notadamente para<br />

os setores que neutralizam<br />

as emissões<br />

de carbono, favorecem<br />

a economia<br />

circular e a inovação.<br />

Agradecemos ao<br />

presidente da FIEB,<br />

Carlos Henrique<br />

Passos que foi o anfitrião,<br />

as lideranças<br />

empresariais que<br />

compareceram e<br />

contribuíram com as<br />

discussões e a Paulo<br />

Hartung que aceitou<br />

nosso convite”, celebrou<br />

Wilson.<br />

Foto: divulgação ABAF e FIEB<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Ampliando<br />

o mercado<br />

Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do Estado de<br />

Mato Grosso)<br />

Embora grandes<br />

empresas sejam<br />

frequentemente<br />

preferidas, as<br />

pequenas e<br />

médias empresas<br />

encontram um<br />

cenário favorável,<br />

pois há demanda por<br />

volumes menores de<br />

produtos florestais<br />

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Oportunidades para pequenas e médias<br />

empresas em rodadas de negócios<br />

U<br />

ma rodada de negócios com empresários do setor florestal proporcionou<br />

novas parcerias comerciais para empresas mato-grossenses de diversos<br />

portes, incluindo pequenas e médias, com compradores nacionais e internacionais.<br />

O evento, organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de<br />

Promoção de Exportações e Investimentos), com apoio do Cipem (Centro<br />

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), do FNBF<br />

(Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) e FIEMT (Federação das Indústrias do<br />

Estado de Mato Grosso), ocorreu em Alta Floresta (MT), a 803 km (quilômetros) da capital<br />

Cuiabá (MT). Demonstrou ser uma oportunidade valiosa para empreendimentos de todos<br />

os tamanhos.<br />

No evento, muitos importadores eram de pequeno e médio porte, facilitando negócios<br />

para empresas de diferentes escalas. Embora grandes empresas sejam frequentemente<br />

preferidas, as pequenas e médias empresas encontram um cenário favorável, pois há demanda<br />

por volumes menores de produtos florestais.<br />

Para empresas menores, há mais chances de parcerias comerciais quando os compradores<br />

não exigem grandes volumes. No caso dos grandes fornecedores de produtos madeireiros,<br />

movimentar toda sua estrutura para suprir a demanda de clientes que compram em<br />

volumes menores pode ser economicamente inviável.<br />

A rodada de negócios foi uma oportunidade importante para as pequenas empresas,<br />

permitindo conciliar interesses comerciais entre exportadores e importadores. Os importadores<br />

presentes no evento em Alta Floresta compram entre 15 e 20 contêineres por<br />

ano, um volume considerado baixo. Esse cenário abre oportunidades para aqueles que<br />

conseguem produzir até 5 contêineres mensais, como é o caso da maioria dos empresários<br />

mato-grossenses que participaram da ação organizada pela ApexBrasil.<br />

Considerando a participação de compradores de regiões fora dos grandes centros<br />

comerciais, como África do Sul, Polônia, partes da Alemanha e México, assim como a ausência<br />

de grandes players dos EUA (Estados Unidos da América) e França, reforça-se a ideia<br />

de que a rodada de negócios em Alta Floresta foi ideal para empresas de médio e pequeno<br />

porte que desejam exportar. O evento<br />

foi uma excelente oportunidade para os<br />

empresários entenderem o mercado e<br />

estabelecerem contatos.<br />

Além disso, a rodada de negócios é<br />

um momento valioso de aprendizado,<br />

permitindo que empresários locais entendam<br />

como diferentes culturas e empresas<br />

fazem negócios. A interação facilita<br />

futuras relações comerciais, onde um<br />

simples e-mail pode iniciar uma parceria<br />

significativa.<br />

Em resumo, a rodada de negócios<br />

na Amazônia mato-grossense destaca-se<br />

como uma plataforma para empresas<br />

menores encontrarem compradores<br />

compatíveis com seu nível de produção,<br />

compartilhando informações e experiências.<br />

Esse ambiente propício favorece o<br />

crescimento e a expansão das vendas de<br />

produtos florestais para empresários que<br />

buscam se consolidar no mercado internacional.<br />

Fotos: divulgação


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

A cultura de florestas<br />

plantadas continua objeto<br />

das regulações normativas<br />

estaduais e municipais, onde<br />

está a competência para<br />

determinar os respectivos<br />

modelos de licenciamento<br />

ambiental<br />

Adriana Maugeri, presidente da AMIF<br />

(Associação Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>), em<br />

artigo publicado na Folha de São Paulo<br />

“O envolvimento das<br />

instituições é importante<br />

para que os cursos atendam<br />

às suas demandas,<br />

especificamente sobre as<br />

lacunas de conhecimento<br />

que os servidores possuem<br />

e temas que possam<br />

auxiliar no desempenho<br />

institucional”<br />

Gustavo Bediaga, analista ambiental do Ibama<br />

(Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e<br />

Recursos Naturais Renováveis) sobre projeto de<br />

fortalecimento de manejo florestal<br />

“O manejo florestal<br />

obedece a parâmetros<br />

rigorosos, com volume<br />

máximo de extração por<br />

hectare e ciclos de 30<br />

anos para recomposição<br />

da floresta. A atividade<br />

faz com que o território<br />

beneficiado deixe de<br />

ser terra de ninguém,<br />

como acontece com a<br />

maioria das florestas não<br />

destinadas”<br />

Leonardo Sobral, diretor florestal do Imaflora<br />

(Instituto de Manejo e Certificação <strong>Florestal</strong> e<br />

Agrícola), sobre investimentos em manejo florestal<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

Quem faz o<br />

futuro da<br />

FLORESTA<br />

Shaping the future<br />

of the forest?<br />

Planejamento é essencial em toda atividade de longo<br />

prazo e no segmento florestal não é diferente.<br />

Observar o ambiente, analisar as variáveis e se<br />

colocar à frente de possíveis intempéries, muda<br />

substancialmente o resultado de um plantio. Para auxiliar nesse<br />

processo, entra a figura do consultor florestal, especialista<br />

focado em apresentar soluções para as variáveis que podem<br />

ocorrer durante o ciclo. Pedro Francio Filho é consultor florestal<br />

há quase duas décadas e compartilha conosco experiências<br />

de sua carreira e como pode auxiliar nos resultados de produtores<br />

de norte a sul, leste a oeste desse maravilhoso país.<br />

P<br />

lanning is essential in any long-term activity, and<br />

forestry is no different. Observing the environment,<br />

analyzing the variables, and staying ahead<br />

of possible hindrances can change the outcome<br />

of a plantation. To assist in this process comes the figure of the<br />

Forestry Consultant, a specialist focused on presenting solutions<br />

to the variables that can occur during the cycle. Pedro Francio<br />

Filho has been a consultant for almost two decades and shares<br />

with us his career experiences and how he can help producers<br />

from North to South, East to West of this wonderful Country.<br />

ENTREVISTA<br />

Pedro Francio Filho<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Engenheiro agrônomo formado pela UEL (Universidade Estadual<br />

de Londrina) e tem especialização em gestão florestal pela UFPR<br />

(Universidade Federal do Paraná). Pedro é Diretor da Francio<br />

Soluções Florestais e atua no segmento de consultoria florestal<br />

há 18 anos, onde se destacou no Brasil, Chile, Paraguai, Argentina<br />

e países do continente africano aplicando sua expertise em<br />

melhoria na produção florestal e no sistema ILPF (Integração<br />

Lavoura-Pecuária-Floresta). Em 2012 e 2021 recebeu o Prêmio<br />

REFERÊNCIA melhores do ano por suas contribuições à indústria<br />

de base florestal.<br />

Agronomist Engineer with a degree from the State University<br />

of Londrina (UEL) and a specialization in Forestry Management<br />

from the Federal University of Paraná (Ufpr). Francio Filho is the<br />

Director of Francio Soluções Florestais and has been working<br />

in the Forestry Consulting Sector for 18 years, where he has excelled<br />

in Brazil, Chile, Paraguay, Argentina, and other countries<br />

on the African continent, applying his expertise to the improvement<br />

of forestry production and the Ilpf system (crop-livestock-forest<br />

integration). In 2012 and 2021, he received the<br />

Prêmio REFERÊNCIA Best of the Year Award for his contributions<br />

to the forestry industry.<br />

Foto: divulgação<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

>> Como foi entrar no segmento florestal com sua formação?<br />

Na verdade, sempre fui apaixonado pelo setor florestal muito<br />

antes de ingressar na universidade. Minha família é do campo,<br />

me criei em uma propriedade rural familiar, bastante diversificada<br />

e fiz minha graduação focado em solos para florestas.<br />

Tive duas grandes influências, Augusto Francio, que desde<br />

criança, em todos os encontros de família encantava com seu<br />

entusiasmo falando de florestas de pinus, e José L. Stape que é<br />

Engenheiro Agrônomo e Engenheiro <strong>Florestal</strong> e me aconselhou<br />

seguir na agronomia e fazer estágios em empresas de base florestal<br />

para aprender sobre silvicultura. Fui apenas um sonhador<br />

muito focado e determinado. Durante a graduação, estagiei em<br />

empresas como Klabin, Suzano, Cenibra, Votorantim Siderurgia,<br />

antiga Aracruz, antiga VCP e Embrapa Florestas. Durante todas<br />

as férias estava ocupado e focado em aprender sobre silvicultura<br />

e sistemas ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta).<br />

Pouca coisa não é!? Passa um filme, daqueles cheios de bons<br />

momentos, desafios, perrengues e aprendizados, ao lembrar<br />

dessa fase.<br />

>> Existe algum preconceito por não ser engenheiro florestal?<br />

Sempre construí grandes amigos no setor florestal. Nunca<br />

liguei para isso, até porque sempre tive um objetivo muito<br />

claro, mas o preconceito infelizmente existe, por uma minoria,<br />

porém lidar com isso foi muito tranquilo. Na agronomia era<br />

ovelha negra porque só trabalhava com florestas, no meio de<br />

um mundo completamente agrícola, e no setor florestal, por<br />

ser agrônomo, vai entender. Inclusive um dos maiores mentores<br />

e pioneiros do setor florestal brasileiro, Edmundo Navarro<br />

de Andrade era engenheiro agrônomo. Todas as profissões<br />

são maravilhosas, complementares e necessárias, precisamos<br />

aprender a respeitar os espaços e competências. Na nossa empresa<br />

a maioria do nosso quadro é composta por engenheiros<br />

florestais, mas também temos engenheiro de produção, técnico<br />

agrícola, técnico florestal, secretária executiva, e diria que<br />

todos são fundamentais e cruciais para a construção do nosso<br />

trabalho e a entrega que fazemos aos nossos clientes. Deveríamos<br />

nos unir mais do que nunca para desenvolvermos esse setor<br />

que amamos tanto, que tem um potencial incrível, e muitas<br />

oportunidades neste país continental. Curiosamente, recebo<br />

mensagens de carinho todos os dias de engenheiros florestais,<br />

de muita gente que acompanha nosso trabalho. Como alguns<br />

dizem: “o agrônomo mais florestal que conheço”.<br />

>> Quais as principais demandas dentro da consultoria florestal?<br />

Nosso foco é a alta produtividade, tanto em florestas plantadas,<br />

silvicultura, quanto em sistemas ILPF. Oferecemos uma<br />

ampla gama de serviços relacionados a essa demanda, como,<br />

por exemplo, consultoria especializada conforme a necessidade,<br />

assessorias periódicas, capacitação de equipes e gestores,<br />

orientações para correção e fertilização do solo (usamos outra<br />

metodologia), o que nos destaca pelo uso de uma abordagem<br />

inovadora, desenvolvimento de projetos florestais, elaboração<br />

de diagnósticos detalhados, emissão de laudos e prescrições<br />

técnicas, implementação de protocolos silviculturais, elabora-<br />

How did you get into forestry with your degree?<br />

Actually, I have always had a passion for forestry long before<br />

I went to university. My family is from the countryside.<br />

I grew up on a diversified family farm, and I did my degree<br />

focusing on soils for forests. I had two great influences:<br />

Augusto Francio, who, since I was a child, would enchant<br />

me with his enthusiasm at every family gathering when<br />

he talked about pine forests, and José L. Stape, who is an<br />

agronomist and forestry engineer, who advised me to study<br />

agronomy and to do internships in forestry companies to<br />

learn about forestry. I was just a very focused and determined<br />

dreamer. During my studies, I did internships in companies<br />

like Klabin, Suzano, Cenibra, Votorantim Siderurgia,<br />

the former Aracruz, the former VCP, and Embrapa Florestas.<br />

During all my vacations, I was busy and focused on learning<br />

about forestry and Ilpf (crop-livestock-forest integration)<br />

systems. Not much, isn’t it!? A film, one of those full of good<br />

times, challenges, hardships and learning, comes to mind<br />

when remembering this phase.<br />

Is there prejudice against you because you are not a forestry<br />

engineer?<br />

The truth is that I have always found great friends in the<br />

Forestry Sector; I have never cared much about it, not least<br />

because I have always had a very clear objective. Unfortunately,<br />

there are prejudices from a minority, but it was<br />

very easy to deal with them. In agronomy, I was a black<br />

sheep. After all, I only worked with forests, in the middle of<br />

a completely agricultural world, and forestry because I was<br />

an agronomist; you can understand that. Even one of the<br />

greatest mentors and pioneers of Brazilian forestry, Edmundo<br />

Navarro de Andrade, was an Agronomist Engineer. All<br />

professions are wonderful, complementary, and necessary.<br />

We must learn to respect each other’s spaces and skills. In<br />

our Company, the majority are Forest ryEngineers. Still, we<br />

also have Production Engineers, Agricultural Technicians,<br />

Forest Technicians, and Secretaries. I would say that all of<br />

them are fundamental and crucial to our work and what<br />

we deliver to our clients. We should unite more than ever to<br />

develop this Sector that we love so much, which has incredible<br />

potential and many opportunities in this continental<br />

country. Curiously, every day, I receive messages of affection<br />

from forest engineers and many people who follow our<br />

work. As some say: “the most Forestry Agronomist I know”.<br />

What are the main requirements in Forestry Consulting?<br />

Our focus is on high productivity in planted forests, forestry,<br />

and Ilpf systems. That is why we offer a wide range of services<br />

related to this demand: specialized advice according<br />

to needs, periodic advice, training for teams and managers,<br />

advice on soil correction and fertilization (we use a different<br />

methodology, which makes us stand out for our innovative<br />

approach), development of forestry projects, preparation<br />

of detailed diagnoses, preparation of technical reports<br />

and prescriptions, implementation of forestry protocols,<br />

preparation of forestry management tables, preparation of<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

ção de planilhas de gestão florestal, confecção de mapas, cursos<br />

(in-company) e realização de palestras voltadas para o setor<br />

florestal e agropecuário.<br />

>> Qual o maior desafio para o mercado de consultoria florestal?<br />

Profissionais competentes e comprometidos. Precisamos entregar<br />

soluções consistentes aos nossos clientes, estar preparados<br />

para todos os tipos de demanda, viajar pelo país e exterior, e<br />

manter a qualidade para que tenhamos êxito em todo o processo.<br />

É um desafio muito grande encontrar quem esteja determinado<br />

a seguir nessa jornada, com experiência plena na área<br />

de atuação, pois é uma profissão completamente diferente das<br />

convencionais. Não podemos deixar nosso cliente na mão ou<br />

sem solução, precisamos inovar, criar, ir atrás e entregar a solução.<br />

A consultoria é muito desafiadora. Por isso valorizo muito<br />

nosso time e tenho orgulho da família florestal, que estamos<br />

construindo.<br />

>> Uma frase que está em todas suas apresentações é: em<br />

Deus confiamos, o restante, tragam dados. Além do impacto<br />

que ela causa, por que utiliza esse argumento?<br />

Contra fatos não há argumentos. Hoje temos resultados sólidos<br />

e consistentes em todas as regiões do país. Áreas colhidas<br />

de eucalipto, que vão de 62 m3/ha/ano (metros cúbicos por<br />

hectare ao ano) a 94 m3/ha/ano, e em pinus de 45 m3/ha/ano<br />

a 61 m3/ha/ano, mas no início não foi bem assim. Imagina, um<br />

jovem sonhador, há 18 anos, trazendo inovação e tecnologia<br />

através de uma nova metodologia, em um segmento bastante<br />

conservador, onde florestas não eram tratadas como uma<br />

cultura agrícola. Ainda hoje, em diversas regiões, produtores<br />

ou empresas florestais, seguem receitas de bolo ou recomendações<br />

convencionais em um formato de “copia e cola” ou<br />

utilizando métodos tradicionais e ultrapassados. Com os dados<br />

e comprovações, temos resultados e isso é incontestável. Portanto,<br />

é fundamental não se basear em opiniões, suposições ou<br />

informações não verificadas de terceiros. Ao invés disso, confiamos<br />

em protocolos silviculturais completos e estabelecidos por<br />

especialistas que garantem resultados concretos.<br />

maps, courses (in-house), and lectures for the Forestry and<br />

Agricultural Sectors.<br />

What is the biggest challenge for the Forestry Consulting<br />

market?<br />

Competent and dedicated professionals. We have to provide<br />

consistent solutions to our clients, be prepared for all kinds<br />

of demands, travel around the Country and abroad, and<br />

maintain quality to be successful throughout the process. It<br />

is a big challenge to find someone who is determined to go<br />

on this journey, with full experience in the field, because it<br />

is a completely different profession from the conventional<br />

ones. We cannot leave our clients in the lurch or without a<br />

solution; we have to innovate, create, go after things, and<br />

deliver the solution. Consulting is very demanding. That<br />

is why I really value our team, and I am very proud of the<br />

Forestry family we are building.<br />

A phrase that appears in all of your presentations is: in<br />

God, we trust; the rest bring data. Apart from its impact,<br />

why do you use this argument?<br />

There are no arguments against data. Today, we have<br />

solid and consistent results in all regions of the Country.<br />

Eucalyptus harvests range from 62 m3/ha/year to 94 m3/<br />

ha/year, and pine harvests range from 45 m3/ha/year to 61<br />

m3/ha/year. But it was not quite like that at first. Imagine a<br />

young dreamer, more than 18 years ago, bringing innovation<br />

and technology through a new methodology to a very<br />

conservative segment where forests were not treated as<br />

an agricultural crop. Even today, in many regions, forest<br />

producers or companies follow cake recipes or conventional<br />

recommendations in a copy-and-paste format or traditional<br />

and outdated methods. With data and evidence, we<br />

have results, and that is undeniable. That is why we do not<br />

rely on third-party opinions, assumptions, or unverified<br />

information. Instead, we rely on complete forestry protocols<br />

established by experts that guarantee concrete results.<br />

What are the main changes you have noticed from the<br />

É um desafio muito grande encontrar quem esteja determinado a<br />

seguir nessa jornada, com experiência plena na área de atuação,<br />

pois é uma profissão completamente diferente das convencionais,<br />

não podemos deixar nosso cliente na mão ou sem solução,<br />

precisamos inovar, criar, ir atrás e entregar a solução<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


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ENTREVISTA<br />

>> Quais principais mudanças percebeu do início de sua caminhada<br />

até o momento?<br />

A maturidade; Saber entrar em discussões ou debates que<br />

valham a pena. Evitar desgastes é fundamental, além disso,<br />

evolução constante, transformação contínua, busca incessante<br />

por resultados, e uma fé inabalável que tudo irá dar certo: a<br />

vida acontece para quem está em movimento! E como diz meu<br />

grande amigo, a quem considero um grande mentor em minha<br />

vida, Manoel de Freitas, em uma de muitas conversas produtivas<br />

que tivemos, com uma humildade que me fez questionar:<br />

por que com essa idade, ou experiência, que poderia estar aposentado,<br />

ainda está buscando o conhecimento? Sua resposta:<br />

“O ser humano quando para, fossiliza”.<br />

>> Consultoria é custo ou investimento para o produtor?<br />

Com certeza, investimento com maior retorno que irá fazer<br />

na sua floresta, pois irá canalizar o recurso financeiro da forma<br />

correta e com o melhor retorno econômico. Entendemos<br />

assim: custo é uma medida monetária confundida por leigos<br />

com o conceito de despesas. Quando se entende, que irá ter<br />

resultados com o trabalho que irá desenvolver, a conversa<br />

muda, a pessoa se sente seguro de que está no caminho certo,<br />

seguindo um protocolo técnico, elaborado por profissionais<br />

especializados. Do contrário, poderá ter prejuízos consideráveis<br />

que podem gerar falta na oferta de madeira no futuro e já vi<br />

muitos casos de florestas mal geridas, de forma empírica, que<br />

podem levar até a falência, pois na colheita não tinha o volume<br />

prometido ou almejado no projeto inicial.<br />

>> Além das avaliações de áreas produtivas, realiza cursos e<br />

capacitações. Qual a importância desses treinamentos?<br />

A alta produtividade é uma soma de acertos, bem como a baixa<br />

produtividade uma soma de erros. Os treinamentos e capacitações<br />

são cruciais para executarmos todas as atividades com<br />

a devida qualidade, e alcançarmos a produtividade almejada no<br />

final do projeto. A instrução é uma garantia de que a atividade<br />

será realizada conforme proposto. Para obtermos produtividades<br />

acima da média, respeitamos alguns fatores: Ambiente<br />

(condições edafoclimáticas) + Genética (material adaptado ao<br />

microclima da região, que tenha potencial produtivo e também<br />

com as características do projeto proposto) + Prescrições<br />

Técnicas (protocolo silvicultural envolvendo todas as etapas do<br />

projeto) + Execução (profissionais habilitados a executar essas<br />

atividades com qualidade). Ou seja, é praticamente impossível<br />

alcançar altas produtividades sem o treinamento de colaboradores<br />

e a capacitação de gestores. Cada detalhe é fundamental!<br />

>> Se pudesse definir os três momentos mais importantes de<br />

uma cultura florestal, quais seriam?<br />

Planejamento e implantação; Condução e manejo; Desbaste e<br />

colheita. Praticamente um resumo breve em três tópicos que<br />

dá para ficar meses falando desses momentos, a depender da<br />

complexidade de cada fase, mas esses três momentos acontecem<br />

em todos os projetos florestais.<br />

beginning of your journey until now?<br />

Maturity, knowing how to enter into discussions or debates<br />

that are worthwhile, and avoiding wear and tear, is fundamental.<br />

Then, there is constant evolution, constant transformation,<br />

a constant search for results, and an unshakable<br />

faith that everything will work out: life happens to those<br />

who are on the move! As my great friend, and I consider<br />

him a great mentor in my life, Manoel de Freitas says in one<br />

of the many productive conversations we have had, with a<br />

humility that made me wonder why, at this age or with this<br />

experience, he could be retired, is he still seeking knowledge?<br />

His answer: “When people stop, they fossilize”.<br />

Is consulting a cost or an investment for the producer?<br />

It is an investment with the highest return that you can<br />

make in your forest because you channel your financial resources<br />

in the right way and with the best economic return.<br />

We understand it this way: cost is a monetary measure<br />

that laypeople confuse with the concept of expense. If you<br />

understand that you are going to get results from the work<br />

you are going to do, the conversation changes. You feel confident<br />

that you are on the right track, following a technical<br />

protocol designed by specialized professionals. If you do<br />

not, you could end up with significant losses that could lead<br />

to wood shortages in the future. I have seen many cases of<br />

poorly managed forests, which can even lead to bankruptcy<br />

because the harvest did not have the volume promised or<br />

desired in the original project.<br />

As well as evaluating production areas, you provide training<br />

courses. How important are these courses?<br />

High productivity is the sum of successes, while low productivity<br />

is the sum of mistakes. Training is crucial if we want to<br />

carry out all the activities with the right quality and achieve<br />

the desired productivity at the end of the project. Training<br />

is a guarantee that the activity is performed as proposed. In<br />

order to achieve above-average yields, we need to take into<br />

account a number of factors: Environment (soil and climatic<br />

conditions) + Genetics (material adapted to the microclimate<br />

of the region, which has productive potential and also<br />

has the characteristics of the proposed project) + Technical<br />

Prescriptions (forestry protocol involving all stages of the<br />

project) + Execution (professionals qualified to carry out<br />

these activities with quality). In other words, it is practically<br />

impossible to achieve high productivity without training<br />

employees and managers. Every detail is crucial!<br />

If you could define the three most important moments in a<br />

forest plantation, what would they be?<br />

Planning and implementation; management; thinning and<br />

harvesting. Practically, it is a summary of three topics that<br />

could go on for months, depending on the complexity of<br />

each phase, but these three moments happen in all forestry<br />

projects.<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Qual a importância das análises de solo para melhoria de<br />

resultados na consultoria florestal?<br />

Na concepção da Francio Soluções Florestais, é impossível alcançar<br />

a alta produtividade sem um bom diagnóstico de solos,<br />

sem avaliar a química, física e biologia da terra. Isso não só para<br />

florestas, é o princípio básico de qualquer cultivo, de qualquer<br />

produção vegetal, deveria ser item obrigatório em 100% dos<br />

projetos. Infelizmente, a maioria, negligencia uma das etapas<br />

mais importantes. Tudo o que vem depois depende deste<br />

diagnóstico. Portanto, um bom planejamento de amostragem,<br />

aliado a uma coleta estratificada em duas ou três camadas de<br />

profundidade bem-feitas, envio das amostras compostas ao<br />

laboratório com a solicitação correta de cada profundidade, interpretação<br />

e recomendação dos corretivos e fertilizantes com<br />

a metodologia de equilíbrio de cargas com a lei do máximo, e<br />

aplicação desses insumos com a devida acurácia, é o primeiro<br />

passo de qualquer projeto, seja florestal ou agropecuário.<br />

>> Como a tecnologia facilita o trabalho?<br />

Usamos tecnologia em todas as atividades, do plantio até a colheita.<br />

É uma necessidade, desde os insumos, ferramentas, maquinários,<br />

softwares de gestão, aplicativos, no processamento<br />

de dados, no planejamento, agenda, relatórios, diagnósticos e<br />

recomendações. Tudo envolve tecnologia, sendo também uma<br />

exigência da empresa, em que todos os especialistas façam atualizações<br />

constantes, com capacitações na sua área de atuação<br />

para estar conectado com todas as inovações, compartilhando<br />

com o time para podermos encontrar sempre as melhores soluções<br />

para os nossos clientes.<br />

>> O que mais te motiva na área?<br />

Os resultados dos nossos clientes. Nosso propósito é contribuir<br />

com o desenvolvimento das florestas, da empresa e da região.<br />

Ver a transformação acontecer diante dos nossos olhos nas<br />

florestas e ILPF que atendemos, deixando um legado de que<br />

é possível alcançar altas produtividades e fazer uma melhor<br />

silvicultura em florestas plantadas em todos os cantos do país,<br />

considerando que o nosso trabalho seja uma benção na vida de<br />

todos os envolvidos.<br />

How important is soil analysis for improving the results of<br />

Forestry Consulting?<br />

Francio Soluções Florestais believes that it is impossible to<br />

achieve high productivity without a good soil diagnosis and<br />

without assessing the chemistry, physics, and biology of the<br />

land. It is not only for forests; it is the basic principle of any<br />

crop or plant production; it should be a mandatory item in<br />

100% of the projects. Unfortunately, most of them neglect<br />

one of the most important stages. Everything that follows<br />

depends on this diagnosis. Therefore, a good sampling plan,<br />

combined with a well-done stratified sampling in two or<br />

three depth layers, sending the composite samples to the<br />

laboratory with the correct request for each depth, interpreting<br />

and recommending correctives and fertilizers using<br />

the load balance methodology with the law of maximum,<br />

and applying these inputs with due accuracy, is the first step<br />

in any project, be it Forestry or Agriculture.<br />

How does technology facilitate your work?<br />

We use technology in all our activities, from planting to<br />

harvesting; it is a necessity. From inputs, tools, machinery,<br />

management software, applications, data processing,<br />

planning, scheduling, reports, diagnoses, and recommendations,<br />

everything involves technology. It is also a requirement<br />

of the company that all the specialists are constantly<br />

updated, with training in their area of expertise, so that<br />

they are connected to all the innovations and share them<br />

with the team so that we can always find the best solutions<br />

for our clients.<br />

What motivates you most in this area?<br />

The results of our clients. Our goal is to contribute to the development<br />

of the forests, the company, and the region. We<br />

want to see the transformation taking place before our eyes<br />

in the forests we serve and in Ilpf. To leave a legacy that it<br />

is possible to achieve high yields and better forest management<br />

in planted forests in every corner of the Country. May<br />

our work be a blessing in the lives of all involved.<br />

Quando se entende que irá ter resultados com o trabalho<br />

que irá desenvolver, a conversa muda, a pessoa se sente<br />

seguro de que está no caminho certo, seguindo um protocolo<br />

técnico, elaborado por profissionais especializados<br />

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Análise de Risco:<br />

segurança na poda<br />

e corte de árvores<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

Mestre em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Uma APR (Análise Preliminar de Risco) bem executada é<br />

fundamental para o manejo de árvores seguro e produtivo<br />

E<br />

laborar uma APR ao podar e cortar uma árvore<br />

envolve uma variedade de fatores que interferem<br />

na atividade, cujo objetivo é garantir a segurança,<br />

a eficiência e o atendimento as legislações e<br />

normas.<br />

É nesta etapa da atividade do manejo florestal, que a<br />

equipe e todos os demais envolvidos realizam uma inspeção<br />

detalhada do local, onde se avaliam os riscos presentes para<br />

que a partir dessas constatações ocorra o bloqueio desses riscos,<br />

através de um bom planejamento.<br />

Na sequência é listado os principais pontos a serem levantados<br />

e considerados na elaboração de uma APR eficaz:<br />

1. Inspeção do ambiente: analisar a topografia e acessos,<br />

identificando possíveis obstáculos, terrenos irregulares, inclinações<br />

acentuadas e possíveis fontes de risco, como linhas de<br />

energia, edificações e demais obstáculos, além da infraestrutura.<br />

2. Aspectos legais: obter todas as licenças e autorizações<br />

necessárias antes de iniciar o trabalho, garantindo assim que<br />

todas as atividades de poda e corte de árvores, bem como<br />

o uso e transporte das máquinas estejam em conformidade<br />

com as leis locais e regulamentações de segurança e ambientais.<br />

Cumprir todas as normas e regulamentos de segurança<br />

aplicáveis ao manejo de árvores. Garantir que os trabalhadores<br />

sejam treinados adequadamente para o uso seguro das<br />

máquinas, ferramentas e equipamentos, bem como nas técnicas<br />

de poda e corte.<br />

3. Condições climáticas: considerar as condições climáticas,<br />

como vento, chuva, nevoeiro, que podem aumentar os<br />

riscos durante a poda ou corte. Falta de visibilidade também<br />

devem ser observados, principalmente se a atividade for realizada<br />

a noite.<br />

4. Análise da árvore e vegetação adjacente: avaliar o estado<br />

de saúde da árvore, inspecionando para verificar a presença<br />

de doenças, pragas, cavidades, podridões e estabilidade<br />

geral. Da mesma forma avaliar a dimensão e a estrutura da<br />

árvore, incluindo a inclinação da árvore, bem como a distribuição<br />

e o peso dos galhos.<br />

5. Inspeção das máquinas, equipamentos e ferramentas:<br />

realizar uma checagem minuciosa nas máquinas a serem<br />

utilizadas como motosserra e motopoda, verificando se estão<br />

seguras para o manuseio. Da mesma forma conferir se todos<br />

os equipamentos de proteção individual estão em perfeitas<br />

condições (capacete, óculos, protetores auditivos e de face,<br />

vestimenta, luvas, perneiras, calçados). Verificar as condições<br />

dos cones, fitas e placas de sinalização, e demais acessórios<br />

como cordas e serrotes. Não menos importante verificar a<br />

manutenção das máquinas e ferramentas para evitar falhas<br />

durante a operação.<br />

6. Planejamento da atividade de corte e poda: planejar<br />

a direção da queda da árvore ou dos galhos para minimizar<br />

o impacto em estruturas e garantir a segurança dos trabalhadores.<br />

Identificar as rotas de fuga durante a derrubada da<br />

árvore. Delimitar áreas de perigo e garantir que pessoas não<br />

autorizadas estejam fora dessas áreas durante a operação.<br />

Planejar a remoção e disposição adequada dos resíduos vegetais<br />

gerados.<br />

7. Comunicação: estabelecer um sistema de comunicação<br />

claro entre os membros da equipe durante a operação.<br />

8. Estabelecer procedimentos de emergência: desenvolver<br />

um plano de fuga para todos os trabalhadores em caso de<br />

situação de risco, incluindo primeiros socorros e contato com<br />

serviços de emergência.<br />

Levar em consideração esses fatores ao elaborar uma<br />

análise preliminar de risco para poda e corte de árvores é<br />

essencial para garantir a segurança dos trabalhadores, proteger<br />

a infraestrutura, cumprir as normas legais e minimizar o<br />

impacto ambiental. Uma abordagem cuidadosa e detalhada<br />

ajuda a prevenir acidentes e a otimizar os recursos utilizados,<br />

garantindo, assim, uma maior eficiência nas operações.<br />

Foto: divulgação<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


SOLUÇÕES PARA O MERCADO<br />

Desde 2015, trazendo inovação e<br />

desenvolvimento de soluções<br />

personalizadas, para as mais diversas<br />

necessidades do mercado.<br />

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A ENVIMAT representa empresas líderes de mercado em seus segmentos e está sempre buscando tecnologias inovadoras.<br />

COMPOSTAGEM, BIOMASSA ou PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS, seja qual for sua necessidade, contem com a ENVIMAT.<br />

TOPTURN<br />

O Revolvedor de leiras autopropelido<br />

mais usado no mundo. Robusto, com<br />

grande capacidade de revolvimento,<br />

mesmo em materiais mais densos,<br />

garantem aeração completa da pilha,<br />

proporcionando um processo de<br />

decomposição uniforme e em menos<br />

tempo. Equipamento que se adapta a<br />

diferentes condições. Devido o seu<br />

design inovador, o Topturn garante<br />

eficiência, alto desempenho, fácil<br />

operação e manutenção. Com<br />

construção robusta e design intuitivo,<br />

é ideal para grandes volumes de<br />

compostagem.<br />

TRITURADORES, PICADORES<br />

PENEIRAS E REVOLVEDOR DE<br />

COMPOSTO<br />

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O QR CODE<br />

E SAIBA MAIS


Triturador duplo eixo, de baixa rotação e alto<br />

CRAMBO torque. Possui faca fixa central, o que permite o<br />

trabalho dos eixos de forma independente.<br />

Equipado com sistema de dentes que agarram o<br />

material, evitando que os resíduos fiquem<br />

“engaiolados” na câmara de trituração. Ideal para<br />

trituração de tocos, raizes, galhadas, dormentes,<br />

madeiras contaminadas com metais, cascas<br />

contaminadas pelo processo de Varrição.<br />

CRAMBO, o triturador primário mais respeitado<br />

do mercado.<br />

O Equipamento mais versátil do mercado!<br />

Picador Multifacas ou Triturador de Martelos:<br />

um equipamento para várias operações!<br />

Picagem ou Trituração de toras, ponteiras,<br />

galhadas, cascas, podas vegetais, resíduos de<br />

madeira, entre outros. Robusto e eficiente, com<br />

a mobilidade que as operações demandam.<br />

Classificação do material de saída através de<br />

grelha com várias opções de tamanho. É a<br />

melhor relação consumo de diesel e biomassa<br />

produzida do mercado.<br />

AXTOR<br />

PENEIRAS<br />

ROTATIVAS<br />

A KOMPTECH possui uma linha completa de peneiras<br />

de tambor. Com um design robusto e fácil de usar a linha<br />

de Peneiras garante uma separação precisa de vários<br />

tipos de materiais. Equipadas com tecnologia avançada,<br />

proporcionam alta produtividade e baixo consumo de<br />

energia. Manutenção simplificada e operação intuitiva<br />

tornam as peneiras KOMPTECH a escolha ideal para<br />

diversas aplicações de peneiramento.<br />

REVOLVEDOR E PENEIRA<br />

EM UMA MESMA MÁQUINA<br />

A ENVIMAT traz para o Brasil o Brown Bear, revolvedor de composto eficiente e<br />

robusto, para ser acoplado em carregadeiras hidráulicas. Projetado para otimizar o<br />

processo de compostagem, possui hélices poderosas, proporcionam uma aeração<br />

eficiente, acelerando a decomposição dos materiais orgânicos. Este equipamento é<br />

ideal para pequenos e médios volumes de compostagem, garantindo uma mistura<br />

uniforme e de alta qualidade. Sua construção durável e fácil manutenção tornam-no<br />

uma escolha confiável para operações de compostagem.


PRINCIPAL<br />

Floresta<br />

POTENCIALIZADA<br />

Compostagem florestal conquista espaço<br />

no segmento e abre portas para economia<br />

e maior produtividade<br />

Fotos: divulgação<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br<br />

LINHA TOPTURN


Acompostagem é a transformação biológica de<br />

matéria orgânica, de origem doméstica, urbana,<br />

industrial, animal, florestal ou agrícola. Existem<br />

relatos sobre civilizações que remontam há mais<br />

de 5 mil anos que estão ligados à prática da compostagem.<br />

Temos o exemplo na região Amazônica, conhecidas<br />

como Terras Pretas de Índio, que são os solos de origem antrópica,<br />

ocasionada pelo acúmulo de resíduos orgânicos e uso do fogo na<br />

sua carbonização.<br />

A COMPOSTAGEM PODE SER DIVIDIDA EM TRÊS<br />

FASES DISTINTAS, SENDO ELAS:<br />

Primeira Fase Mesofílica: Nessa fase da compostagem, os<br />

fungos e as bactérias mesófilas (ativa a temperatura próxima<br />

da temperatura ambiente) começam a se proliferar na matéria<br />

orgânica, iniciando a decomposição. Nesta fase são metabolizadas<br />

as moléculas mais simples e as temperaturas são moderadas,<br />

em torno de 40°C (graus Celsius) e todo esse processo dura em<br />

torno de 15 dias.<br />

Segunda Fase Termofílica: Esta é a fase mais longa, podendo<br />

durar até dois meses, dependendo do material a ser decomposto.<br />

É nesta etapa do processo que os fungos e as bactérias denominados<br />

de termófilas atuam. Estes organismos são capazes de<br />

sobreviver a temperaturas entre 65°C e 75°C. As altas temperaturas<br />

são fundamentais para a degradação das moléculas mais<br />

complexas e a eliminação dos agentes patogênicos.<br />

Terceira Fase Maturação: É a última fase do processo de<br />

compostagem. Nessa fase, ocorre a diminuição da atividade<br />

microbiana e da temperatura, até se aproximar da temperatura<br />

ambiente. Neste período de estabilização ocorre a decomposição<br />

microbiológica e a matéria orgânica é transformada em húmus,<br />

livre de patógenos. O húmus é um material estável, rico em<br />

matéria orgânica, nutrientes e minerais, que pode ser utilizado<br />

para fins agrícolas.<br />

BENEFÍCIOS DA COMPOSTAGEM<br />

• A matéria orgânica se liga às partículas (areia, limo e argila),<br />

melhorando a agregação, ajudando na absorção e armazenamento<br />

de água, e aeração, além de favorecer o desenvolvimento<br />

das raízes;<br />

• A matéria orgânica aumenta a retenção dos nutrientes,<br />

reduzindo a lixiviação e proporcionando maior tempo para que<br />

as plantas absorvam estes elementos;<br />

• Fornecimento de nutrientes;<br />

• Aumenta a solubilização dos nutrientes;<br />

• Aumento da CTC (capacidade de troca de cátions);<br />

• Mantêm os níveis de acidez do solo;<br />

• Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microrganismos<br />

benéficos às culturas agrícolas.<br />

COMPOSTAGEM EM LEIRAS COM REVOLVIMENTO<br />

É o método mais utilizado no Brasil para a compostagem de<br />

resíduos orgânicos. O processo consiste na montagem de pilhas<br />

em locais abertos ou fechados. É muito importante que ocorra<br />

a passagem de ar por esta pilha, e para que isso aconteça é fundamental<br />

o revolvimento, que é realizado com equipamentos<br />

apropriados. Para que o resíduo não se compacte, impedindo a<br />

aeração, é aconselhável o uso de estruturantes, que permitem a<br />

Enhanced forestry<br />

Forest Composting is gaining ground in the<br />

Forestry Sector, opening doors to savings<br />

and greater productivity<br />

C<br />

omposting is the biological transformation of<br />

organic matter from domestic, urban, industrial,<br />

animal, forestry, or agricultural sources. There<br />

are reports of civilizations dating back more than<br />

5 thousand years associated with the practice of<br />

composting. We have an example in the Amazon region, known<br />

as Terras Pretas de Índio, which are soils of anthropogenic origin<br />

caused by the accumulation of organic waste and the use of<br />

fire to carbonize it.<br />

COMPOSTING CAN BE DIVIDED INTO THREE<br />

DISTINCT PHASES:<br />

First Phase - Mesophilic: In this phase of composting,<br />

mesophilic fungi and bacteria (active at temperatures close<br />

to ambient temperature) begin to proliferate in the organic<br />

matter and initiate decomposition. In this phase, the simplest<br />

molecules are metabolized, and temperatures are moderate,<br />

around 40°C. This phase lasts about 15 days.<br />

Second Phase - Thermophilic: This is the longest phase and<br />

can last up to two months, depending on the material being<br />

decomposed. It is in this phase that the so-called thermophilic<br />

fungi and bacteria operate. These organisms can survive at<br />

temperatures between 65°C and 75°C. High temperatures are<br />

essential for breaking down the more complex molecules and<br />

eliminating pathogens.<br />

Third Phase - Maturation: This is the final stage of the composting<br />

process. During this phase, microbial activity and temperature<br />

decrease until they approach ambient temperature.<br />

During this stabilization period, microbiological decomposition<br />

takes place, and the organic matter is transformed into humus<br />

that is free of pathogens. Humus is a stable material rich in<br />

organic matter, nutrients, and minerals that can be used for<br />

agricultural purposes.<br />

BENEFITS OF COMPOSTING<br />

• Organic matter binds to the particles (sand, silt, and clay),<br />

improving aggregation, water absorption and storage, aeration,<br />

and root development;<br />

• Organic matter increases nutrient retention, reducing<br />

leaching and giving plants more time to absorb these elements;<br />

• Nutrient delivery;<br />

• Increases solubility of nutrients;<br />

• Increases Cation Exchange Capacity (CEC);<br />

• Maintains soil acidity;<br />

• Activates soil life, encouraging the proliferation of microorganisms<br />

that are beneficial to crops.<br />

Agosto 2024<br />

61


PRINCIPAL<br />

formação das pilhas, permitindo a passagem de ar. Estes estruturantes<br />

são, na maioria das vezes, resíduos vegetais, como: podas<br />

de árvores, cavacos de madeira, cascas de árvores, entre outros.<br />

Na ausência de ar, as temperaturas ideais para o processo não<br />

são alcançadas.<br />

RELAÇÃO C/N (CARBONO/NITROGÊNIO) NA<br />

COMPOSTAGEM<br />

Esta relação é influência direta na atividade dos microrganismos,<br />

quanto maior a relação de C/N, maior o tempo de decomposição.<br />

A relação entre 30 e 40 de C/N é ideal para o processo<br />

de compostagem. Relações muito baixas causam o colapso do<br />

processo de compostagem, interrompendo o processo aeróbico,<br />

reduzindo as temperaturas e consequentemente a atividade microbiana.<br />

A adição de resíduos vegetais e lenhosos é fundamental<br />

para chegar a esta relação de C/N quando se composta materiais<br />

com densidades como a de lodos orgânicos.<br />

MECANIZAÇÃO DA COMPOSTAGEM<br />

O processo de compostagem é biológico, porém é fundamental<br />

o uso de máquinas e equipamentos quando se busca<br />

manter uma operação controlada, com as faixas de temperatura<br />

adequadas e um produto final homogêneo, dentro dos padrões<br />

de qualidade exigidos. Para um processo industrial, alguns equipamentos<br />

são exigidos, como: revolvedores, trituradores de<br />

resíduos vegetais e peneiras.<br />

REVOLVEDORES AUTOPROPELIDOS<br />

A KOMPTECH, empresa austríaca pioneira na fabricação de<br />

revolvedores autopropelidos, é líder mundial nesse segmento. O<br />

próprio nome da empresa já diz qual sua aptidão: KOMPTECH, Tecnologia<br />

em Compostagem. No Brasil, a KOMPTECH é representada<br />

pela ENVIMAT, que oferece atendimento comercial e pós-venda,<br />

além de contar com um time técnico de altíssimo nível para suporte.<br />

“A comercialização de equipamentos é uma consequência<br />

da nossa consultoria”, ressalta Vinicius Casselli, Diretor da ENVI-<br />

MAT. “Não podemos indicar qualquer equipamento, sem antes<br />

entender a atividade e necessidades de nossos clientes”, explica<br />

Vinicius. O diretor ainda destaca a qualidade do time ENVIMAT,<br />

que conta com o Suporte Técnico de uma das pessoas de maior<br />

renome em Compostagem do Brasil, o José Luiz Tomita, conhecido<br />

no mercado apenas como Tomita, graduado e pós-graduado em<br />

BED COMPOSTING WITH TURNING<br />

This is the most common method of composting organic<br />

waste in Brazil. The process consists of building piles in open<br />

or closed spaces. Air must pass through the pile, and for this to<br />

happen, turning is essential, which is carried out with appropriate<br />

equipment. In order to prevent the waste from compacting,<br />

which prevents aeration, it is advisable to use structuring agents<br />

that allow the piles to form and allow air to pass through. These<br />

structuring agents are most often vegetable waste, such as<br />

prunings, wood chips, bark, and others. In the absence of air,<br />

the ideal temperatures for the process are not reached.<br />

CARBON/NITROGEN (C/N) RATIO IN COMPOSTING<br />

This ratio directly affects the activity of microorganisms.<br />

The higher the C/N ratio, the longer the decomposition time.<br />

A C/N ratio between 30 and 40 is ideal for the composting<br />

process. Very low ratios cause the composting process to collapse,<br />

interrupt the aerobic process, reduce temperatures, and<br />

consequently increase microbial activity. The addition of plant<br />

and wood waste is essential to achieve this C/N ratio when<br />

composting materials with densities such as organic sludge.<br />

MECHANIZATION OF COMPOSTING<br />

The composting process is biological, but machinery and<br />

equipment are essential to maintain a controlled operation with<br />

the right temperature ranges and a homogeneous end-product<br />

within the required quality standards. Some pieces of equipment<br />

are required for an industrial process, such as turners, vegetable<br />

waste crushers, and screens.<br />

SELF-PROPELLED ROTARY CULTIVATORS<br />

KOMPTECH, an Austrian company that pioneered the manufacture<br />

of self-propelled tillers, is a world leader in this segmen.<br />

The Company name says it all: Komptech, Composting Technology.<br />

In Brazil, KOMPTECH is represented by ENVIMAT, which<br />

offers commercial and after-sales service, in addition to having<br />

a high-level technical team for support. The sale of equipment<br />

is a consequence of our advice, says Vinicius Casselli, Director<br />

of Envimat. “We cannot recommend just any equipment without<br />

first understanding our customers’ activities and needs,”<br />

explains Casselli. The Director also emphasizes the quality of<br />

the Envimat team, which has the technical support of one of<br />

EWALD KONRAD,<br />

CSO DA KOMPTECH<br />

FILIPE COSTA, GERENTE<br />

DE DESENVOLVIMENTO DE<br />

NEGÓCIOS DA KOMPTECH<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


LINHA TOPTURN<br />

gestão e tecnologias ambientais, com experiência de 4 anos no<br />

Japão, como técnico agropecuário com ênfase em microbiologia<br />

ambiental.<br />

A vinda do Tomita para o time trouxe ainda mais credibilidade<br />

ao trabalho desenvolvido pela ENVIMAT no segmento de compostagem.<br />

A ENVIMAT é especialista em máquinas e equipamentos,<br />

conta com o suporte incondicional da KOMPTECH, mas salienta<br />

que a compostagem é um processo biológico, que depende de<br />

seres vivos para que ocorra a decomposição dos resíduos orgânicos.<br />

E este conhecimento é fundamental para que o processo<br />

tenha o resultado, tempo e qualidade esperados.<br />

LINHA TOPTURN – É a linha de revolvedores autopropelidos,<br />

que podem trabalhar com leiras de comprimento de base entre<br />

4.500 mm e 6.000 mm (milímetros) e altura da pilha entre 2.200<br />

mm a 2.600 mm. Equipamentos com capacidade de revolvimento<br />

de até 5.000 m3/hora (metros cúbicos por hora).<br />

TRITURADORES DE RESÍDUOS VEGETAIS<br />

A produção de resíduos triturados é fundamental para a mistura<br />

com resíduos orgânicos a serem decompostos, permitindo<br />

estruturação e aeração das pilhas, principalmente quando se<br />

trabalha com lodos de processos industriais. A adição de resíduos<br />

triturados é fundamental para manter a relação de C/N entre<br />

30 e 40. Resíduos muito triturados se incorporam em resíduos<br />

orgânicos e ficam compactados, impedindo a passagem de ar.<br />

Resíduos em pedaços maiores impedem o aumento de temperatura<br />

nas pilhas, que é fundamental para a decomposição dos<br />

resíduos e eliminação de patógenos indispensáveis ao processo.<br />

A KOMPTECH conta com uma linha completa de equipamentos,<br />

salientando dois modelos mais utilizados na produção de material<br />

the most renowned people in composting in Brazil, José Luiz<br />

Tomita, known in the market only as Tomita, who has a degree<br />

and post-graduate studies in Environmental Management and<br />

Technologies, and four years of experience in Japan as an agricultural<br />

technician with a focus on environmental microbiology.<br />

Tomita’s addition to the team has added credibility to<br />

Envimat’s composting work. The Company knows a lot about<br />

machinery and equipment. It has the unconditional support of<br />

Komptech, but it emphasizes that composting is a biological<br />

process that depends on living organisms to decompose organic<br />

waste. This knowledge is fundamental for the process to have<br />

the expected results, time, and quality.<br />

TOPTURN LINE—This is the line of self-propelled turners<br />

that can work with beds with base lengths between 4.5 and 6<br />

thousand mm and pile heights between 2.2 and 2.6 thousand<br />

mm. The equipment has a turning capacity of up to 5 thousand<br />

m3/hour.<br />

VEGETABLE WASTE SHREDDERS<br />

The production of shredded waste is essential in order to mix<br />

it with the organic waste to be decomposed in order to structure<br />

and aerate the piles, especially when working with sludge<br />

from industrial processes. The addition of shredded waste is<br />

essential to keep the C/N ratio between 30 and 40. If too much<br />

finely shredded waste is incorporated into the organic waste,<br />

it becomes compacted, preventing the passage of air. Waste in<br />

larger pieces prevents the temperature in the piles from rising,<br />

which is essential for the decomposition of the waste and the<br />

elimination of pathogens that are essential to the process.<br />

KOMPTECHX has a complete range of equipment, including<br />

Agosto 2024<br />

63


PRINCIPAL<br />

MODELO CRAMBO<br />

estruturante: os modelos CRAMBO e AXTOR.<br />

O CRAMBO é um equipamento único em sua categoria. É<br />

um triturador primário de duplo eixo, mas com funcionamento<br />

independente e uma faca fixa central. Não trabalha eixo com eixo,<br />

como a maioria dos sistemas duplos de eixos do mercado. Possui<br />

sistema de dentes que agarram o material e puxam contra a faca<br />

fixa, evitando que o material fique “engaiolado” entre os eixos.<br />

Casselli salienta que é o equipamento mais indicado para o processamento<br />

de resíduos florestais, como troncos, raízes, cascas e<br />

galhadas. É um equipamento de baixa rotação e altíssimo torque<br />

que pode processar qualquer resíduo. Mesmo os resíduos contaminados<br />

com pedras e metais. Possui um sistema de peneira que<br />

classifica o material triturado, permitindo produzir estruturantes<br />

de diferentes granulometrias.<br />

Já o AXTOR é o triturador reconhecidamente mais versátil do<br />

mercado. Ele é um triturador de alta rotação que pode trabalhar<br />

com rotor equipado com martelos de giro livre ou martelos fixos.<br />

Mas este mesmo rotor pode ser configurado com 32 facas fixas se<br />

transformando em um picador florestal. Esta mudança é feita de<br />

forma muito rápida, mudando a polia que faz a transmissão para<br />

o rotor e reduzindo a velocidade quando se trabalha no modo<br />

de picagem. Este mesmo equipamento ainda pode ser equipado<br />

com rotor de facas fixas maiores, para a produção de cavacos de<br />

madeira. Neste caso é necessário a substituição do rotor.<br />

two models that are most commonly used in the production of<br />

structural materials: the Crambo and Axtor models.<br />

CRAMBO is unique in its category. It is a double-shaft<br />

primary crusher, but with independent operation and a fixed<br />

central blade. It does not work shedder to shaft like most<br />

double-shaft systems on the market. It has a system of teeth<br />

that grasps the material and pulls it against the fixed knife,<br />

preventing the material from becoming “trapped” between the<br />

shafts. Casselli points out that it is the most suitable machine for<br />

processing forestry waste such as logs, roots, bark, and branches.<br />

It is a low-speed, high-torque machine that can process<br />

any type of waste. Even waste contaminated with stones and<br />

metals. It has a screening system that classifies the shredded<br />

material, making it possible to produce structuring agents of<br />

different granulometries.<br />

AXTOR is the most versatile shredder on the market. It is a<br />

high-speed shredder that can work with a rotor equipped with<br />

free-rotating hammers or fixed hammers. However, the same<br />

rotor can be configured with 32 fixed knives to become a forestry<br />

chipper. This change is made very quickly by changing the pulley<br />

that drives the rotor and reducing the speed when working in<br />

chipping mode. The same machine can also be equipped with<br />

a larger fixed knife rotor for wood chip production. In this case,<br />

the rotor must be replaced.<br />

MODELO AXTOR<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


PENEIRAMENTO<br />

PENEIRAMENTO DO COMPOSTO<br />

O peneiramento do composto é a fase final do processo, que<br />

permite estabelecer uma granulometria máxima para o uso e<br />

comercialização. Neste processo ocorre a separação da fração<br />

fina, que é o composto final e da fração grossa, que retorna ao<br />

processo de compostagem como material estruturante. Nesta<br />

fração se encontra parte do estruturante adicionado na formação<br />

da pilha que não foi totalmente decomposto. A KOMPTECH<br />

conta com uma linha completa de peneiras e classificadores para<br />

o processo de compostagem.<br />

O BRASIL SERÁ O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE<br />

COMPOSTO ORGÂNICO<br />

A KOMPTECH acredita no potencial do mercado brasileiro<br />

para ser o maior produtor mundial de composto orgânico e essa<br />

é a aposta de Ewald Konrad, CSO da KOMPTECH.<br />

Segundo o CSO, o Brasil é um dos maiores produtores mundiais<br />

de várias culturas e pode ser o principal em muitas delas,<br />

mas sendo um país tropical, com solos mais intemperizados, é<br />

fundamental a reposição da matéria orgânica perdida. “A agricultura<br />

brasileira é uma das mais desenvolvidas, com acesso aos<br />

equipamentos e máquinas de última geração, mas explora muito<br />

pouco o uso de compostos orgânicos nos solos. Na Áustria, mesmo<br />

com índices altos de matéria orgânica nos solos, continuamos<br />

aplicando e aumentando o estoque de matéria orgânica. E esta<br />

prática resulta em culturas mais sadias, mais resistentes a pragas<br />

e doenças e com menor necessidade de reposição de fertilizantes<br />

minerais”, expõe Ewald. Ele relata, ainda, que está muito satisfeito<br />

com o trabalho realizado pela ENVIMAT no Brasil. “Entendemos<br />

que é o parceiro ideal e estamos muito confiantes no crescimento<br />

da participação da KOMPTECH no mercado brasileiro. A ENVIMAT<br />

conta com equipe técnica treinada pelos técnicos da KOMPTECH,<br />

realizando treinamentos na fábrica e recebendo constantes visitas<br />

de nossos técnicos para atendimento a clientes”, valoriza Ewald.<br />

Filipe Costa, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da<br />

KOMPTECH, que é responsável em atender aos representantes<br />

na América do Sul, Portugal, Espanha e França, destaca o trabalho<br />

de atendimento e relacionamento com clientes realizado pela<br />

ENVIMAT no Brasil. “O departamento comercial da ENVIMAT está<br />

apto a atender da melhor forma a qualquer projeto, conhecem<br />

bem nossos equipamentos e suas aplicações e estamos sempre<br />

apoiando em treinamentos e reuniões comerciais”, valoriza Filipe.<br />

COMPOST SCREENING<br />

Compost screening is the final stage of the process that<br />

allows a maximum particle size to be defined for use and marketing.<br />

This process separates the fine fraction, which is the<br />

final compost, from the coarse fraction, which is returned to<br />

the composting process as structuring material. This fraction<br />

contains part of the structuring material added when the pile<br />

was formed, which has not been completely decomposed.<br />

Komptech has a complete range of screens and classifiers for<br />

the composting process.<br />

BRAZIL WILL BE THE WORLD’S LARGEST PRODUCER<br />

OF ORGANIC COMPOST<br />

Komptech believes in the potential of the Brazilian market<br />

to become the world’s largest producer of organic compost, and<br />

this is the bet of Ewald Konrad, CSO for Komptech.<br />

According to the CSO, Brazil is one of the world’s largest<br />

producers of various crops and could be the leading producer<br />

of many of them. However, as a tropical country with more<br />

weathered soils, it is essential to replace the organic matter that<br />

has been lost. Brazilian agriculture is one of the most developed,<br />

with access to state-of-the-art equipment and machinery, but it<br />

makes very little use of soil organic matter. In Austria, even with<br />

high levels of organic matter in the soil, we continue to apply<br />

and increase organic matter levels. And this practice results in<br />

healthier crops that are more resistant to pests and diseases,<br />

and with less need to replace mineral fertilizers,” says Konrad.<br />

He is also very pleased with Envimat’s work in Brazil. “We think<br />

it is the ideal partner, and we are very confident that Komptech’s<br />

share of the Brazilian market will grow. Envimat has a technical<br />

team made up of Komptech-trained technicians, who are trained<br />

at the factory and are constantly visited by our technicians<br />

to take care of customers,” says Konrad.<br />

Filipe Costa, Business Development Manager for Komptech,<br />

who is responsible for the distributors in South America,<br />

Portugal, Spain, and France, highlights the customer service<br />

and relationship work that Envimat does in Brazil. “Envimat’s<br />

sales department is able to provide the best service for any<br />

project. They know our equipment and its applications well,<br />

and we always support them with training and commercial<br />

meetings,” says Costa.<br />

Agosto 2024<br />

65


MANEJO<br />

FLORESTA<br />

bem utilizada<br />

Estados do norte têm novidades<br />

importantes quanto ao manejo<br />

florestal sustentável<br />

Fotos: divulgação<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


MANEJO<br />

O<br />

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social) assinou no MMA<br />

(Ministério do Meio Ambiente e Mudança<br />

do Clima), um ACT (Acordo de Cooperação<br />

Técnica) com o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro)<br />

e convênio com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).<br />

Os atos visam a elaboração de projetos de<br />

concessão de unidades de conservação de uso sustentável<br />

que incluam restauração e manejo ambiental como atividade<br />

econômica.<br />

No acordo de cooperação com o SFB, o BNDES apoiará<br />

os projetos de concessão da Floresta Nacional de Bom<br />

Futuro (em Rondônia), com 17 mil ha (hectares) em desmatamento<br />

acumulado, e da Gleba João Bento (Rondônia e<br />

Amazonas), com 55.872 ha em desmatamento acumulado.<br />

Será o primeiro projeto de concessão para restauração de<br />

área degradada com a obtenção de receitas a partir da<br />

venda do crédito de carbono ou dos produtos florestais gerados<br />

a partir do reflorestamento.<br />

Por esse acordo, o BNDES também apoiará os projetos<br />

de concessão em Estados. O Banco já tem parceria com<br />

Estado do Amapá e vai celebrar novas parcerias com Amazonas<br />

e Pará, para a concessão de florestas. A instituição<br />

já dispõe de R$ 3,5 milhões para realizar ações de apoio a<br />

estados em concessões, conforme autoriza portaria do Ministério<br />

da Fazenda.<br />

Segundo o diretor de Planejamento e Estruturação de<br />

Projetos do Banco, Nelson Barbosa, o BNDES vai arcar com<br />

100% dos estudos para as florestas na Amazônia, com investimentos<br />

de até R$ 30 milhões, para atrair mais projetos<br />

estaduais. “Vamos disponibilizar para o governo e para as<br />

populações das áreas, qual o resultado dos estudos, quais<br />

são os investimentos, qual a receita, quantos empregos<br />

serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para<br />

quem vai investir”, explicou. E acrescentou o potencial de<br />

receita com a geração de crédito de carbono. “Crédito de<br />

carbono, que tem um preço internacional que só tende a<br />

crescer, tende a ser a principal receita no futuro”, apontou<br />

Nelson.<br />

O SFB pretende conceder mais de 2,9 milhões de ha<br />

até 2026, afirmou o diretor-geral da instituição, Garo Batmanian.<br />

“O interesse do setor privado de investir na restauração<br />

ecológica, restauração produtiva para recompor<br />

florestas, podendo vender crédito carbono e outros ativos”,<br />

ressaltou Garo.<br />

Atualmente, BNDES já tem, em andamento com o SFB,<br />

estudos que totalizam cerca de 9 milhões de ha na Amazônia.<br />

Em 2024, quatro áreas já serão objeto de consulta<br />

pública e lançamento de edital para concessão: Floresta<br />

Nacional do Bom Futuro (RO), Gleba Castanho (AM), Floresta<br />

Nacional do Iquiri (AM) e Floresta Nacional do Jatuarana<br />

(AM).<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


MUDAS DE<br />

ARAUCÁRIA<br />

ENXERTADA<br />

(produção precoce do pinhão)<br />

Variedades;<br />

BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428<br />

Porte mais baixo;<br />

Maior produtividade;<br />

Mudas com produção precoce<br />

(média de 6 a 8 anos de idade).<br />

BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC


MANEJO<br />

O SFB e o BNDES, segundo os termos do acordo, farão<br />

intercâmbio de experiências e trocas de informações, tecnologias,<br />

estudos e materiais técnicos. Além disso, compartilharão<br />

boas práticas em gestão de processos internos,<br />

estratégia operacional, padrões de análise de viabilidade<br />

técnica e jurídica de projetos, e capacitação técnica. Segundo<br />

o diretor do SFB, a entidade e o BNDES vão trabalhar<br />

em parceria para viabilizar concessões, tanto florestais<br />

quanto concessões para a restauração. “Quem sabe fazer<br />

modelagem econômica para fazer o negócio ficar de pé é o<br />

BNDES”, destacou Garo.<br />

AMAPÁ QUE MANEJA<br />

O governo do Amapá oficializou a entrega de 32 Autex<br />

(Autorizações de Exploração <strong>Florestal</strong>), para pequenos<br />

produtores rurais que vão atuar com manejo florestal<br />

sustentável madeireiro e não madeireiro no Amapá. As<br />

licenças reativam 16 indústrias localizadas na cidade e nos<br />

municípios de Pedra Branca, Mazagão, Tartarugalzinho, Serra<br />

do Navio e Macapá, gerando 800 empregos diretos em<br />

um semestre e a possibilidade de 4 mil ocupações ao longo<br />

de oito meses.<br />

A medida fortalece o setor madeireiro, considerado um<br />

pilar essencial da economia amapaense e que foi retomado<br />

na atual gestão como ferramenta para gerar emprego e<br />

renda usando os recursos naturais com responsabilidade<br />

ambiental. Em um ano e meio, foram emitidas mais de<br />

Isto é apenas o início,<br />

pretendemos a cada dia, com<br />

esforço e união, manter os<br />

indicadores ambientais e<br />

elevar os indicadores sociais<br />

com a produção controlada<br />

nas nossas áreas florestais<br />

Taísa Mendonça, secretária do meio<br />

ambiente do Amapá<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


MANEJO<br />

sessenta autorizações em seis municípios do Estado. “Retomamos<br />

uma cadeia produtiva gigantesca que estava adormecida<br />

com o manejo florestal sustentável, que garante recursos<br />

a partir da nossa floresta e mantém ela viva e em pé<br />

para sempre. Estamos aqui para dar transparência a esse<br />

processo, que para acontecer, precisou de um plano que<br />

identificou árvore por árvore, onde diferente do desmatamento,<br />

a retirada é seletiva e não agride o meio ambiente”,<br />

destacou o governador Clécio Luís. Atendendo o Plano de<br />

Governo da gestão, a SEMA (Secretaria de Estado do Meio<br />

Ambiente) reestruturou os processos de licenciamento ambiental,<br />

com agilidade e segurança jurídica.<br />

O avanço garantiu que o agricultor Francisco Souza, da<br />

Vila Jerusalém, em Mazagão, pudesse abrir o empreendimento<br />

dele após 20 anos de tentativas. “Tinha medo das<br />

multas, e sem esse documento a gente não consegue fazer<br />

nada legalizado. Recebi essa autorização em menos de<br />

6 meses e agora posso finalmente produzir frutos como<br />

açaí, pupunha, cacau e cupuaçu em grande escala. Eu, que<br />

cheguei a trabalhar de motorista de aplicativo para botar<br />

comida na mesa, tenho uma forma de ganhar renda, além<br />

de garantir à comunidade os empregos gerados pelo meu<br />

negócio”, comemorou Francisco.<br />

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça,<br />

reforçou que este grande movimento não acontece<br />

só em Porto Grande, mas em todos os municípios, com o<br />

objetivo de chegar até os pequenos produtores e desenvolver<br />

o setor madeireiro e não madeireiro do estado de<br />

forma equilibrada e responsável. “Temos aqui um trabalho<br />

sendo desenvolvido com muita seriedade pelos órgãos<br />

de governo. Abrimos um diálogo com o setor para unir as<br />

forças, que nos permitiu emitir 32 autorizações em menos<br />

de 6 meses. Isto é apenas o início, pretendemos a cada dia,<br />

com esforço e união, manter os indicadores ambientais e<br />

elevar os indicadores sociais com a produção controlada<br />

nas nossas áreas florestais”, evidenciou Taísa.<br />

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração<br />

e Desdobramento de Madeiras no Amapá, Henrique<br />

Ulchak, as entregas das autorizações representam um<br />

marco para o setor, que foi destravado e impulsionado pelo<br />

governo do Estado no último ano. “Aqui tem muito pai de<br />

família que vai voltar a trabalhar e muitos produtores florestais<br />

recebendo essas autorizações, que vão permitir a<br />

aquisição de matéria-prima para construir imóveis e gerar<br />

bioeconomia com o manejo florestal sustentável. Esse setor<br />

produtivo florestal, que instalamos hoje, aumenta e reativa<br />

as indústrias com mais ofertas de empregos, algo muito importante”,<br />

frisou Henrique.<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


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RELATÓRIO<br />

Floresta<br />

PAULISTA<br />

Associação<br />

estadual lança<br />

relatório com dados<br />

que apresentam<br />

a dimensão e<br />

crescimento do setor<br />

Fotos: divulgação<br />

N<br />

o dia 12 de julho, dia do Engenheiro <strong>Florestal</strong>,<br />

a Florestar (Associação Paulista de<br />

Produtores, Fornecedores e Consumidores<br />

de Florestas Plantadas) São Paulo lançou o<br />

Panorama da Silvicultura Paulista 2024. São<br />

Paulo é um dos principais Estados brasileiros com plantios<br />

florestais comerciais. As bases dessa cadeia produtiva são<br />

majoritariamente compostas por plantações de eucalipto<br />

e pinus, mas também incluem cultivos comerciais de seringueira,<br />

teca, araucária e acácia.<br />

O Panorama da Silvicultura Paulista traz informações relevantes<br />

aos engenheiros e engenheiras florestais paulistas e<br />

do Brasil. São dados essenciais para todo estudo de mercado,<br />

planejamento de empreendimentos florestais ou pesquisas<br />

que embasarão tomadas de decisão dentro do setor.<br />

As florestas plantadas ocupam 1,28 milhão de ha (hectares)<br />

do território paulista (1 milhão de ha com eucalipto e<br />

153 mil ha com pinus), correspondendo a 13% dos plantios<br />

brasileiros. Nos últimos 3 anos, registrou-se um aumento de<br />

5% na área cultivada, resultado de constantes investimentos<br />

em expansões e construção de novas fábricas.<br />

As plantações de eucalipto predominam nas regiões<br />

centro-oeste, sudoeste e central do Estado. O pinus é mais<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Manutenção e abertura de estradas e aceiros, enleiramento, limpa-trilho, movimentação de<br />

biomassa, carga e descarga de lenha/toras, silvicultura, aplicação de herbicidas, distribuição<br />

de corretivos, roçada mecanizada, subsolagem e locação de equipamentos.<br />

SERVIÇOS E MÁQUINAS


RELATÓRIO<br />

comum na região sudoeste. Já a seringueira concentra-se<br />

principalmente no noroeste do Estado. O documento traz<br />

ainda informações sobre os polos florestais paulistas, crescimento<br />

do setor nos últimos anos, empregos, produção da<br />

silvicultura paulista, exportações, valor socioambiental das<br />

florestas plantadas e indicadores de ações sociais de empresas<br />

do setor.<br />

DADOS GERAIS<br />

A principal região silvicultural do Estado de São Paulo é a<br />

sul, sendo os municípios de Capão Bonito, Itapetininga, Botucatu<br />

e Avaré os principais produtores, concentrando 46%<br />

da produção total. Entre as maiores unidades industriais de<br />

produtos à base de eucalipto e pinus no Estado há 22 unidades<br />

de papel; nove de produtos resinosos; oito de painéis;<br />

e sete de celulose e papel. De acordo com a RAIS (Relação<br />

Anual de Informações Sociais) 2022, o Estado possui 9.435<br />

CNPJs registrados, correspondentes a empresas do setor<br />

florestal, um aumento de 12% em relação a 2021. São Paulo<br />

concentra 19% das empresas do setor florestal brasileiro.<br />

Nos últimos 3 anos, por exemplo, o montante de investimentos<br />

foi maior do que nos 30 anos anteriores. São<br />

importantes projetos, principalmente empreendidos por<br />

empresas associadas à Florestar São Paulo, resultando em<br />

incremento de receita e em oportunidades de emprego<br />

no interior paulista. Esse dinamismo tem gerado também<br />

aumento na arrecadação de impostos e aprimoramento dos<br />

índices de desenvolvimento humano nas áreas de atuação.<br />

PARTICIPAÇÃO FEMININA<br />

As mulheres ocupam cerca de 21% dos postos de trabalho<br />

no setor florestal paulista. Houve aumento de número<br />

de mulheres empregadas no Estado, de 2021 para 2022,<br />

em todas as faixas etárias. Em 2021 eram 31.734 mulheres,<br />

número que passou para 38.080, em 2022. A partir da consulta<br />

de 32 empresas da área e que atuam no Brasil, o levantamento<br />

do panorama de gênero 2023, da Rede Mulher<br />

<strong>Florestal</strong>, identificou um aumento de 4%, no ano de 2021,<br />

para 7% de mulheres ocupando cargos de diretoria florestal<br />

neste ano.<br />

EXPORTAÇÕES<br />

As exportações da cadeia produtiva florestal do Estado<br />

de São Paulo atingiram U$ 2,8 bilhões em 2023 e representaram<br />

10,6%, dados da SAA-SP (Secretaria de Agricultura e<br />

Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo) e as exportações<br />

do agronegócio paulista se mantiveram estáveis,<br />

embora tenha havido queda nos valores das exportações<br />

florestais brasileiras, de U$ 15,5 para U$ 13,4 bilhões.<br />

Em percentual, São Paulo se destaca como um dos líderes<br />

em exportações do setor madeireiro entre o geral feito<br />

pelo Brasil, com 21% dos produtos florestais, 47% do papel,<br />

31% dos painéis de madeira, 18% da celulose e 60% da resina.<br />

Os principais países compradores são China, com quase<br />

US$1bi (bilhão de dólares) adquiridos, e EUA (Estados Unidos<br />

da América), com US$ 250 milhões. Outros países como<br />

Peru, Colômbia, Itália e Países Baixos importam em média<br />

US$ 100 milhões.<br />

As florestas plantadas ocupam<br />

1,28 milhão de ha do território<br />

paulista (1 milhão de ha com<br />

eucalipto e 153 mil ha com<br />

pinus), correspondendo a 13%<br />

dos plantios brasileiros<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


COMPOSTAGEM<br />

Compostagem<br />

NA PRÁTICA<br />

Evento reunirá profissionais do segmento florestal para<br />

discutir o reaproveitamento de compostos orgânicos<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


E<br />

ntre os dias 20 e 22 de agosto acontece o II Encontro<br />

Técnico de Compostagem, realizado na<br />

cidade de São Carlos (SP). O evento é organizado<br />

e realizado pela ENVIMAT, empresa especializada<br />

no fornecimento de equipamentos para<br />

compostagem e processamento de resíduos. A prática da<br />

compostagem tem conquistado cada dia mais espaço, pois<br />

as vantagens produtivas e econômicas associadas à prática<br />

têm chamado atenção de produtores e empresas do setor<br />

agroindustrial de todo o país.<br />

Este evento visa promover a troca de conhecimentos<br />

sobre os desafios e avanços no campo da compostagem,<br />

além de apresentar as tecnologias mais recentes do mercado,<br />

proporcionando uma visão abrangente e atualizada da<br />

compostagem e gestão de resíduos. O evento consistirá em<br />

dois dias de palestras, que ocorrerão no Centro de Convenções<br />

de Eventos, do hotel Nacional Inn, seguidos por um dia<br />

de campo, com demonstração de equipamento na Embrapa<br />

Pecuária Sudeste.<br />

Para José Luiz Tomita, especialista em compostagem da<br />

ENVIMAT, o evento tem grande importância para que o público<br />

possa perceber as áreas de atuação da compostagem,<br />

a importância e falta dessa fonte de carbono e os contatos,<br />

sejam comercias ou de difusão de conhecimento, que a área<br />

florestal pode ganhar com esse encontro. “É um mercado<br />

com grande potencial de crescimento, que está dando seus<br />

primeiros passos, onde as grandes empresas já têm tomado<br />

a iniciativa de geração dessa biomassa. Tem um grande<br />

potencial de exploração e de mineralização para utilização<br />

dentro do próprio segmento da silvicultura”, avalia Tomita.<br />

Para o especialista, o Brasil tem grande potencial de se tornar<br />

uma referência nesse mercado, pois há uma produção<br />

muito grande e abrangente na silvicultura e isso abre portas<br />

para a compostagem florestal. Seja na área produtiva ou na<br />

indústria, temos espaço para o crescimento dessa prática. “A<br />

boa destinação dos resíduos da silvicultura e da indústria do<br />

processamento de madeira e de celulose é muito importante<br />

para que tenhamos um controle melhor desses resíduos,<br />

gerando menos danos ao meio ambiente, e diminuindo custos<br />

da cadeia de produção florestal”, aponta Tomita.<br />

Agosto 2024<br />

79


COMPOSTAGEM<br />

PROGRAMAÇÃO<br />

No primeiro dia de evento os palestrantes são:<br />

Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste (Empresa<br />

Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Andreas<br />

Kunter, da Komptech, Roberto Levrero, da ABISOLO<br />

(Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia<br />

em Nutrição Vegetal), Felipe Pedrazzi e Lara Teixeira<br />

Laranjo, da ABCOMPOSTAGEM (Associação Brasileira<br />

de Compostagem), Clarissa Okino, da Ikove Agro,<br />

José Luiz Tomita, da ENVIMAT, Rafael Golim e Osmário<br />

Ferreira, da Prefeitura de São Paulo, Cristiano<br />

Kenji, da CETESB (Companhia Ambiental do Estado<br />

de São Paulo), Alberto da Rocha Neto, do MMA (Ministério<br />

do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas),<br />

Evaldo Azevedo, da SEMIL (Secretaria de Meio Ambiente,<br />

Infraestrutura e Logística) e Fulvio Parajara,<br />

da Ecomark.<br />

No segundo dia de atividade, as palestras serão<br />

por conta de Rafael Nascimento, da Orizon, Pedro<br />

Cardoso, da LD Celulose, Susana Martins Carvalho,<br />

da Campo Forte e os representantes da Embrapa<br />

Gado Leite, Alessandro de Sá Guimarães e Marcelo<br />

Otênio. A tarde haverá um momento para networking<br />

e a última palestra do dia será apresentada por<br />

Anderson Ribeiro, da 5P2R Marketing de Precisão.<br />

No terceiro dia será feita a visita à Embrapa,<br />

onde serão realizadas demonstrações de equipamentos<br />

e com especialistas.<br />

O evento é organizado e realizado pela ENVI-<br />

MAT e conta com apoios institucionais da ABCOM-<br />

POSTAGEM, ABISOLO, Embrapa, SELIMP (Secretaria<br />

Executiva de Limpeza Urbana), SEMIL, MMA (Ministério<br />

do Meio Ambiente) e Governo Federal, além<br />

dos apoios de Sorain Centro Técnico, Komptech,<br />

Campo Forte e Malinovski.<br />

As inscrições para o evento podem<br />

ser feitas através do QR Code:<br />

Ricardo Campanelli e José Luiz Tomita, especialista em<br />

compostagem da ENVIMAT<br />

Pergunte ao Tomita<br />

Caso tenha alguma dúvida sobre<br />

o evento ou sobre o sistema de<br />

compostagem, envie sua pergunta para<br />

jornalismo@revistareferência.com.br e<br />

saiba tudo sobre compostagem florestal.<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


TRANSPORTE<br />

Segurança é o X<br />

DA QUESTÃO<br />

Proteção de motoristas,<br />

operadores e da carga<br />

ganha cada vez mais<br />

espaço no transporte<br />

florestal<br />

O<br />

transporte de cargas florestais é o fechamento<br />

do ciclo da cultura florestal, onde todo o trabalho<br />

que foi feito desde o preparo do solo, até o corte<br />

tem seu destino. Esse momento entre o campo e<br />

a indústria, é a chave para garantir o suprimento<br />

de toda a cadeia de base florestal que será suprida. E segurança<br />

de carga no transporte florestal é a especialidade da EMEX Brasil,<br />

que tem nas balanças Tamtron e nos fueiros e catracas ExTe, sua<br />

assinatura no setor florestal.<br />

Para Olle Melin, consultor florestal da EMEX Brasil, a segurança<br />

no transporte florestal vem com a experiência, e essas duas balizas<br />

onde a EMEX Brasil trabalha, não podem ter seu valor diminuído.<br />

A segurança tem investimento que é demonstrado com a experiência.<br />

“É necessário investir para atingir os padrões corretos de<br />

segurança e o mercado brasileiro nos ensina a cada dia melhorar<br />

a qualidade de nossos equipamentos para atingir o seu nível de<br />

exigência”, aponta Olle.<br />

Ainda sobre o mercado brasileiro, Olle diz que, neste quesito,<br />

se exige algo muito além de apenas matéria-prima de qualidade<br />

e toca diretamente no conhecimento envolvido nos processos<br />

de produção dos equipamentos e do local onde será realizado o<br />

transporte. “O aço é o item principal, mas a chapa correta, o corte e<br />

dobra corretos do aço, a flexibilidade, a solda correta, limites do uso<br />

e capacidade de atender ao cliente, são as peças mais importantes<br />

desde processo. Os 126 anos de experiência da ExTe garantem todo<br />

know-how de nossos produtos produzidos no Brasil”, valoriza Olle.<br />

Paula Machado, diretora comercial da EMEX Brasil, explica<br />

que, para o mercado brasileiro há um desenvolvimento especial de<br />

produtos, que tem a sua base no que é feito internacionalmente,<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


mas com a chamada tropicalização, tão necessária para atender o<br />

mercado brasileiro. “Estamos na terceira geração de fueiros produzidos<br />

no Brasil, a mais nova linha Master e Xtreme, foi desenvolvida,<br />

após ouvirmos muito nossos clientes e a necessidade na operação<br />

de suas empresas. Nosso compromisso constante em inovação e<br />

tecnologia, mostra a satisfação do cliente. Destacamos também a<br />

Catraca lançada para o setor florestal em 2018, que é o ExTe TU<br />

(Tensioner Unlimited), focada na máxima segurança e na menor<br />

complexidade de uso, o que deixa toda a operação otimizada e<br />

fácil para quem opera”, descreve Paula.<br />

Para Olle, o uso das catracas, fueiros e balanças utilizadas estão<br />

diretamente ligados a segurança, pois um excesso de carga pode<br />

causar danos diretos em todas as partes envolvidas no transporte<br />

florestal. “O excesso de carga destrói os fueiros, danifica a estrada,<br />

danifica o caminhão, coloca em risco a vida do operador ou motorista.<br />

Por isso nossa balança de grua para pesagem de carga, modelo<br />

One Timber Tamtron, que tem uma precisão verificada entre 2% a<br />

3% de variação em relação ao peso real da carga, nossa prioridade<br />

máxima é que todas as etapas do desenvolvimento e produção de<br />

nossos produtos alcancem o aspecto mais importante – A SEGU-<br />

RANÇA”, descreve Olle.<br />

Paula comenta que os investimentos em segurança têm crescido<br />

cada vez mais, principalmente quando se compara a 2010, o<br />

início da ExTe no Brasil. “Esse é um ponto de muita clareza para nós<br />

da EMEX Brasil, a segurança tem sido cada vez mais valorizada, a visão<br />

do mercado da combinação de catracas<br />

e fueiros tem recebido mais atenção e<br />

maiores investimentos, pois os clientes<br />

entendem cada vez mais que é<br />

um fator primordial no transporte”,<br />

destaca Paula (foto ao lado).<br />

É necessário investir para atingir<br />

os padrões corretos de segurança<br />

e o mercado brasileiro nos ensina<br />

a cada dia melhorar a qualidade de<br />

nossos equipamentos para atingir<br />

o seu nível de exigência<br />

Olle Melin, consultor florestal<br />

da EMEX Brasil (foto acima)<br />

Agosto 2024<br />

83


MEIO AMBIENTE<br />

Dia da<br />

PRESERVAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

Foto: Bracell<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


Setor florestal baiano celebra<br />

data e valoriza as ações<br />

práticas em prol do meio<br />

ambiente<br />

Agosto 2024<br />

85


MEIO AMBIENTE<br />

Adata de 17 de julho, o Dia de Proteção às<br />

Florestas, é uma forma de homenagear todos<br />

os tipos de florestas e, também, de buscar<br />

conscientizar a população mundial sobre<br />

a importância de seu uso sustentável. Serve<br />

também como um reforço para os cuidados que se deve<br />

ter no âmbito ambiental e, em todo o mundo, empresas<br />

têm investido na economia verde, unindo o fator de preservação<br />

às práticas de gestão sustentável.<br />

Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF (Associação<br />

Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) destacou que<br />

o setor brasileiro de árvores cultivadas já vem trabalhando<br />

há décadas para aumentar sua produtividade utilizando<br />

menos recursos naturais, enquanto oferece uma grande<br />

gama de bioprodutos, recicláveis e biodegradáveis,<br />

para suprir as demandas globais por uma economia mais<br />

verde. “Respeito ao meio ambiente e à biodiversidade<br />

em nosso setor é também um resultado prioritário, que<br />

temos medido com dados e bons exemplos, colhendo<br />

sempre grandes avanços em prol da sustentabilidade”,<br />

comentou Wilson.<br />

Além disso, o setor no Brasil tem outro diferencial: todos<br />

os produtos fabricados são originados de árvores que<br />

são plantadas, colhidas e replantadas exclusivamente para<br />

este fim, sempre em áreas previamente degradadas (portanto<br />

sem desmatamento). Esse é outro fato que contribui<br />

para a preservação dos biomas e sua biodiversidade.<br />

A Bahia está em sintonia com este cenário. No Estado<br />

são 700 mil ha (hectares) de plantações florestais e 450<br />

mil ha de florestas nativas destinadas à preservação ambiental.<br />

Por aqui são plantadas 250 mil árvores por dia.<br />

Para Wilson, as florestas plantadas são essenciais para<br />

a preservação das matas nativas e responsáveis pela produção<br />

de quase 5 mil produtos que usamos em nosso dia<br />

a dia, incluindo papel, celulose, pisos, móveis, cosméticos,<br />

entre outros, incluindo a geração de energia. “Além disso,<br />

o uso de produtos de base florestal gera um importante<br />

benefício climático, pois ajuda a evitar ou minimizar o uso<br />

de produtos baseados em fontes fósseis ou não renováveis,<br />

evitando emissões ao longo de diversas cadeias produtivas.<br />

Os produtos de base florestal mantêm o carbono<br />

estocado ao longo de sua vida útil”, afirma Wilson.<br />

Foto: divulgação Susano<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


Além disso, o uso de produtos<br />

de base florestal gera um<br />

importante benefício climático,<br />

pois ajuda a evitar ou<br />

minimizar o uso de produtos<br />

baseados em fontes fósseis<br />

ou não renováveis, evitando<br />

emissões ao longo de diversas<br />

cadeias produtivas<br />

Foto: divulgação<br />

Wilson Andrade, diretor<br />

executivo da ABAF<br />

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PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

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Agosto 2024<br />

87


MEIO AMBIENTE<br />

Foto: divulgação<br />

Respeito ao meio ambiente e à<br />

biodiversidade em nosso setor é<br />

também um resultado prioritário,<br />

que temos medido com dados<br />

e bons exemplos, colhendo<br />

sempre grandes avanços em prol<br />

da sustentabilidade<br />

Wilson Andrade, diretor executivo da<br />

ABAF<br />

ALGUNS EXEMPLOS NA BAHIA<br />

Suzano - Recentemente a Suzano aderiu ao segundo<br />

ciclo de investimentos do FASB, iniciativa que vai conectar<br />

170 mil ha de fragmentos florestais entre o sul da Bahia<br />

e o norte do Espírito Santo, em uma extensão de 500<br />

km (quilômetros). O objetivo dos corredores ecológicos<br />

é promover a conectividade da paisagem e melhorar as<br />

condições ambientais para manutenção das comunidades<br />

de fauna e flora diante das flutuações climáticas e das atividades<br />

humanas que afetam o meio ambiente.<br />

Outra iniciativa da empresa é um programa de restauração<br />

ecológica, concentrando-se na recuperação e<br />

enriquecimento de áreas por meio do plantio de espécies<br />

nativas e da preservação da vegetação natural. Com mais<br />

de 24 mil ha de áreas em processo de restauração nos<br />

Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e sul da Bahia, a<br />

iniciativa contribui para o aumento da cobertura florestal<br />

e protege importantes nascentes e mananciais hídricos.<br />

Veracel - Com área total de 200 mil ha, a empresa<br />

divide igualmente esse território entre o cultivo de eucalipto<br />

e a vegetação nativa. Isso porque, para cada hectare<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br


de eucalipto que cultiva, destina 1 ha para a preservação<br />

ambiental, mantendo nesses espaços a vegetação nativa<br />

ou promovendo a restauração florestal.<br />

A companhia ainda mantém, há mais de 15 anos,<br />

uma parceria com instituições de monitoramento independentes,<br />

como o PROMAB (Programa Cooperativo de<br />

Monitoramento e Modelagem em Microbacias Hidrográficas)<br />

coordenado pelo IPEF (Instituto de Pesquisas<br />

e Estudos Florestais) em parceria com o Laboratório de<br />

Hidrologia <strong>Florestal</strong> do Departamento de Ciências Florestais<br />

da ESALQ/USP, para monitorar microbacias da área<br />

de atuação da Veracel e garantir que o manejo florestal<br />

da empresa não esteja causando impactos na qualidade e<br />

quantidade de água das bacias que abastecem a região.<br />

Bracell - A sustentabilidade dos plantios florestais é<br />

resultado de uma série de cuidados paralelos não apenas<br />

com as árvores plantadas em si, mas com o solo, os recursos<br />

hídricos e os remanescentes de vegetação nativa<br />

que intercalam as áreas reflorestadas. Um destaque é o<br />

cultivo mínimo, técnica conservacionista empregada pela<br />

silvicultura que reflete em inúmeros benefícios para a<br />

produção, além de contribuir para a sustentabilidade do<br />

meio ambiente. Similar ao plantio direto na agricultura, o<br />

cultivo mínimo nasceu da iniciativa privada e representou,<br />

basicamente, a abolição das queimadas dos resíduos vegetais<br />

pós-colheita (folhas, galhos e cascas) e a manutenção<br />

destes sobre o solo.<br />

No cuidado com os plantios, vale ainda ressaltar a técnica<br />

de mosaicos florestais, que consiste no plantio de árvores<br />

de espécies comerciais, como é o caso do eucalipto,<br />

entre corredores de florestas nativas. Desta forma, a vegetação<br />

original é preservada, assim como são mantidas<br />

as características locais que possibilitam a perpetuação<br />

das mais diversas espécies da fauna e da flora naturais do<br />

ecossistema onde estão inseridas. Esse manejo reconhece<br />

a importância crucial das florestas nativas, responsáveis<br />

pela manutenção de ecossistemas cruciais para a sobrevivência,<br />

como a ciclagem da água, mitigação das mudanças<br />

climáticas do planeta, proteção das nascentes e prevenção<br />

da degradação do solo, dentre outros benefícios.<br />

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Agosto 2024<br />

89


LEGISLAÇÃO<br />

<strong>Florestal</strong><br />

VALORIZADO<br />

90 www.referenciaflorestal.com.br


Acordo entre governo estadual e<br />

ministério público impulsiona o<br />

mercado de florestas plantadas<br />

em Minas Gerais<br />

Fotos: Emanoel Caldeira e divulgação<br />

Agosto 2024<br />

91


LEGISLAÇÃO<br />

O<br />

governo de Minas Gerais e o MPMG<br />

(Ministério Público de Minas Gerais)<br />

assinaram um acordo inédito que vai<br />

possibilitar a simplificação do modelo<br />

de licenciamento ambiental para a atividade<br />

de silvicultura mineira, como ocorre em outros<br />

Estados brasileiros. A partir da assinatura, Minas Gerais<br />

não está mais obrigado juridicamente a exigir os EIA/<br />

RIMA (Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de<br />

Impacto Ambiental) para todos os novos empreendimentos<br />

de plantios florestais acima de mil ha (hectares)<br />

de área plantada.<br />

O acordo, homologado pelo Poder Judiciário de Minas<br />

Gerais, contou com as assinaturas do Governador<br />

Romeu Zema; do Presidente do Tribunal de Justiça de<br />

Minas Gerais, Desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior,<br />

do Advogado-Geral do Estado, Sérgio Pessoa Castro; do<br />

Procurador-Geral do MPMG, Jarbas Soares Júnior; e de<br />

demais autoridades mineiras.<br />

Segundo Romeu Zema, a alteração dos procedimentos<br />

terá o potencial de atrair mais investimentos<br />

e empresas do setor, que é o maior do Brasil em área<br />

plantada e esse acordo representa muitos avanços,<br />

principalmente na área ambiental, já que Minas Gerais<br />

terá, a partir de agora, uma condição maior de atrair<br />

quem quer fazer florestas cultivadas e reflorestamento<br />

Minas Gerais tende a se consolidar<br />

cada vez mais como protagonista<br />

nacional na economia verde,<br />

liderando a produção sustentável<br />

de florestas plantadas e ampliando<br />

a restauração de vegetações<br />

nativas, ao mesmo passo em que<br />

amplia a distribuição de renda<br />

e a dignidade ao produtor rural<br />

em mais de 95% dos municípios<br />

mineiros<br />

Adriana Maugeri,<br />

presidente da AMIF<br />

92 www.referenciaflorestal.com.br


no Estado. “Além desse apelo ambiental, temos também<br />

o sequestro de gases estufa e a recuperação de<br />

áreas degradadas que passam a ser mais fáceis. Isso<br />

representa geração de emprego e mais renda para o<br />

mineiro”, destacou o governador Romeu Zema.<br />

O desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa<br />

Júnior ressaltou que o acordo foi construído entre as<br />

partes visando o desenvolvimento da economia verde<br />

no Estado. “Já havia uma anuência entre o MPMG e o<br />

governo de Minas Gerais, mas havia ainda uma chancela<br />

do Poder Judiciário e, desde que tivemos ciência<br />

disto, passamos a analisar esse pleito. E chegamos a<br />

este momento de lealdade institucional”, valorizou Luiz<br />

Carlos.<br />

Segundo o presidente do TJMG, trata-se de uma<br />

ação importante para a economia do Estado e, também,<br />

para os produtores de florestas, que preservam o<br />

meio ambiente, geram créditos de carbono e movimentam<br />

a economia local. “E por isso estamos aqui homologando<br />

este acordo”, enfatizou Luiz Carlos.<br />

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas<br />

Soares, exaltou o processo de construção do acordo<br />

e parabenizou as partes pela ação. “A autorização para<br />

esse tipo de exploração estava desorganizada, desordenada,<br />

simplificada da forma errada, e precisou da inter-<br />

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93


LEGISLAÇÃO<br />

venção do Ministério Público e do Poder Judiciário. Fico<br />

muito feliz por estarmos aqui selando este momento.<br />

Para nós, da Justiça, é um ato simples, mas para a sociedade<br />

é um ato muito importante o que assinamos<br />

hoje”, finalizou Jarbas.<br />

HISTÓRICO<br />

A mudança ocorre no contexto de uma decisão judicial<br />

proferida em 2011 que determinou a necessidade<br />

de apresentação do EIA/RIMA para os empreendimentos<br />

de atividades agropecuárias acima de mil ha em Minas<br />

Gerais, indistintamente. No entanto, após a recente<br />

publicação da Lei Federal número 14.876, de 2024, a<br />

silvicultura foi retirada do rol de atividades com significativo<br />

potencial de degradação e poluição ambiental,<br />

o que permitiu aos estados mais autonomia e simplificação<br />

dos processos de licenciamento. Diante da atualização<br />

federal, fez-se necessária, então, a atualização<br />

em Minas Gerais, a começar pelo comando judicial com<br />

foco em permitir a modulação dos efeitos ao Estado<br />

sem perder a necessária qualidade e a atenção estatal<br />

no processo de licenciamento ambiental.<br />

IMPACTOS E BENEFÍCIOS<br />

Segundo o acordo assinado, o governo de Minas<br />

Gerais está desimpedido judicialmente e retoma a sua<br />

autonomia de promoção da simplificação do licenciamento<br />

ambiental para os projetos que irão implantar<br />

florestas plantadas e ampliar as áreas de vegetação<br />

conservadas em todo o Estado. Em Minas Gerais, mais<br />

de 811 municípios serão beneficiados diretamente com<br />

essa medida, uma vez que são os territórios onde há<br />

mais de 2,3 milhões de ha de florestas plantadas e, ao<br />

mesmo tempo, mais de 1,3 milhão de ha de vegetação<br />

nativa conservada pelo setor florestal.<br />

Segundo a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, a<br />

perspectiva que se abre com esse acordo é de um novo<br />

ciclo de prosperidade para a agroindústria florestal mineira.<br />

“O Estado de Minas Gerais tende a se consolidar<br />

cada vez mais como protagonista nacional na economia<br />

verde, liderando a produção sustentável de florestas<br />

plantadas e ampliando a restauração de vegetações nativas,<br />

ao mesmo passo em que amplia a distribuição de<br />

renda e a dignidade ao produtor rural em mais de 95%<br />

dos municípios mineiros”, valorizou Adriana.<br />

94 www.referenciaflorestal.com.br


ECONOMIA VERDE<br />

Promover o desenvolvimento da agroindústria florestal<br />

no Estado representa uma forte ação direta no<br />

combate ao desmatamento ilegal nos biomas mineiros.<br />

Adriana Maugeri explica, ainda, que ao ampliar a oferta<br />

dos produtos oriundos de madeira e fibra vegetal, há<br />

uma clara redução na pressão por madeira ilegal obtida<br />

nas vegetações nativas preservadas.<br />

Outro destaque que recebe os plantios florestais é<br />

o papel crucial que as árvores cultivadas possuem na<br />

descarbonização da economia mineira, uma vez que<br />

capturam e armazenam grandes quantidades de dióxido<br />

de carbono, o que contribui para a mitigação dos<br />

efeitos das mudanças climáticas em escala singular.<br />

De acordo com o Presidente do Conselho Deliberativo<br />

da AMIF, Edimar Cardoso, a agroindústria florestal<br />

seguramente vislumbrará um novo ciclo de atração de<br />

novos investimentos e ampliações dos negócios consolidados<br />

no Estado. “Vamos seguir firme para ampliar<br />

a produção, fornecer mais bioprodutos à sociedade<br />

que demanda por sustentabilidade, incentivar o fortalecimento<br />

e a circulação de renda nos municípios,<br />

incrementar as conexões de vegetações conservadas e<br />

conservação da biodiversidade protegida pelos nossos<br />

cuidados”, apontou Edimar.<br />

Além desse apelo<br />

ambiental, temos também o<br />

sequestro de gases estufa<br />

e a recuperação de áreas<br />

degradadas que passam a ser<br />

mais fáceis. Isso representa<br />

geração de emprego e mais<br />

renda para o mineiro<br />

Romeu Zema, governador<br />

de Minas Gerais<br />

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PESQUISA<br />

Utilização de drones em<br />

estudos florestais:<br />

UMA REVISÃO<br />

SISTEMÁTICA<br />

Fotos: divulgação<br />

96 www.referenciaflorestal.com.br


QUÉTILA SOUZA BARROS<br />

INPA (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA)<br />

LIVIA ROCHA DE BRITO<br />

UFAC (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE)<br />

HENRIQUE PEREIRA DE CARVALHO<br />

UFAC<br />

ROMÁRIO DE MESQUITA PINHEIRO<br />

INPA<br />

EVANDRO JOSÉ LINHARES FERREIRA<br />

INPA<br />

VITÓRIA EMILY PENEDO DA SILVA<br />

UFAC<br />

Agosto 2024<br />

97


PESQUISA<br />

ORESUMO<br />

s VANTs (veículos aéreos não tripulados),<br />

popularmente conhecidos como drones,<br />

tem ganhado destaque no campo científico.<br />

Este estudo tem como propósito<br />

explorar a trajetória histórica desses dispositivos,<br />

concentrando-se em suas aplicações específicas<br />

em estudos florestais. Este estudo adotou uma metodologia<br />

dedutiva exploratória, utilizando pesquisa bibliográfica<br />

para revisar estudos florestais que utilizam drones. A<br />

análise da literatura priorizou pesquisas recentes, com palavras-chave<br />

como: tecnologia remotamente pilotada em<br />

estudos florestais. Utilizando bancos de dados científicos,<br />

foram identificados artigos de 2015 a 2023, destacando<br />

avanços tecnológicos, métodos de coleta de dados e desafios<br />

na aplicação de drones em estudos florestais. As informações<br />

extraídas abordaram sistemas, uso nas ciências<br />

florestais e vantagens/desvantagens. O estudo revelou<br />

resultados promissores no uso de drones em estudos<br />

florestais. As aplicações abrangem monitoramento da<br />

restauração florestal, avaliação de plantios de eucalipto<br />

com alta precisão, obtenção de altura de árvores em florestas<br />

de coníferas com custo inferior, estimativa eficaz de<br />

combustíveis e estrutura florestal, comparação precisa de<br />

modelos de altimetria em áreas com vegetação esparsa,<br />

98 www.referenciaflorestal.com.br


inventário de açaizeiros superando a contagem a olho nu,<br />

eficiência no monitoramento agrícola e florestal, mapeamento<br />

de florestas antigas de faias por meio de levantamentos<br />

LiDAR, e uma ampla gama de aplicações práticas<br />

de sistemas não tripulados na silvicultura. As vantagens<br />

dos drones incluem redução de custos, flexibilidade temporal<br />

e execução em condições adversas, enquanto as<br />

limitações envolvem tempo de voo e dependência de luz<br />

solar, mas o estudo destaca sua eficiência e promissora<br />

contribuição para pesquisas florestais.<br />

INTRODUÇÃO<br />

De acordo com Watts, Ambrosia e Hinkley (2012), a<br />

história dos sistemas de aeronaves não tripuladas, popularmente<br />

conhecidos como drones, remonta à sua origem<br />

militar, onde desempenharam papéis cruciais como<br />

equipamentos de suporte às forças armadas. Durante a<br />

Guerra Fria, a Nasa (Agência Espacial Americana) desenvolveu<br />

as primeiras aeronaves não tripuladas, marcando<br />

um avanço significativo, embora com limitações de uso.<br />

Na década de 70, iniciou-se a era moderna dos VANTs,popularmente<br />

conhecidos como drones, foi impulsionada<br />

por pesquisadores americanos e israelenses, explorando<br />

experimentos com veículos menores e mais acessíveis.<br />

Drones equipados com<br />

sistemas de visão podem<br />

monitorar de forma rápida<br />

e precisa a condição<br />

das plantas, ajudando<br />

a detectar ameaças<br />

relacionadas a doenças de<br />

plantas, por exemplo<br />

Agosto 2024<br />

99


PESQUISA<br />

Ainda segundo esses autores no cenário científico,<br />

os drones ganharam destaque a partir dos anos 90, com<br />

aplicações diversas que vão desde a esfera militar até setores<br />

científicos e comerciais. A palavra drone é originária<br />

da língua inglesa, e seria o mesmo que zangão na língua<br />

portuguesa (o macho das abelhas). É um termo genérico<br />

que é usado para definir qualquer objeto voador não tripulado,<br />

incluindo aqueles de propósito militar, comercial,<br />

recreativo, etc. (Decea, 2015). O drone é um aeromodelo<br />

de controle remoto, sem piloto embarcado e controlado<br />

por controle remoto, à distância, com diversos usos que<br />

englobam desde o lazer ao uso militar (Pozzeti, 2016).<br />

A utilização é feita somente com piloto remoto. Ou<br />

seja, equipamentos autônomos, sem intervenção externa<br />

durante o tempo de voo, não são permitidos pela defesa<br />

aérea brasileira. Portanto, todo drone que apresenta<br />

um piloto remoto é intitulado de RPA (remotely-piloted<br />

aircraft), em português, ARP (aeronave remotamente<br />

pilotada), sigla adotada pela FAB (Força Aérea Brasileira).<br />

A partir do momento que os drones são empregados no<br />

setor de pesquisa, a exemplo, em universidades que utili-<br />

Eles oferecem vantagens<br />

sobre os métodos<br />

tradicionais e dados de<br />

satélite, incluindo maior<br />

precisão, produtividade<br />

e custo-benefício<br />

100 www.referenciaflorestal.com.br


zam o equipamento para levantamento do relevo, tipologia<br />

vegetal, florestal, estudos atmosféricos e etc., tem que<br />

ter uma autorização própria chamada Cave (Certificado de<br />

Autorização de Voo Experimental). Para qualquer um dos<br />

casos, além da autorização de uso do equipamento junto<br />

à Anac, os pilotos precisam pedir liberação de voo aos<br />

órgãos regionais assim como é feito no caso de aeronaves<br />

tripuladas (Pozzeti, 2016).<br />

No Brasil, a regulamentação do acesso ao espaço<br />

aéreo para drones foi estabelecida pela Portaria n. 415<br />

DGCEA em novembro de 2015, delineando as diretrizes<br />

para operação desses sistemas. No contexto científico, os<br />

drones têm se destacado em diversas áreas, sendo fundamentais<br />

em pesquisas florestais para medições precisas<br />

de altura das árvores, mapeamento de clareiras e suporte<br />

ao manejo florestal (Brasil, 2015).<br />

Os drones estão sendo usados em estudos florestais<br />

para diversas finalidades, como classificação de espécies<br />

arbóreas, monitoramento de incêndios florestais e detecção<br />

de fitopatógenos. Eles oferecem vantagens sobre os<br />

métodos tradicionais e dados de satélite, incluindo maior<br />

precisão, produtividade e custo-benefício. Drones equipados<br />

com sistemas de visão podem monitorar de forma<br />

rápida e precisa a condição das plantas, ajudando a detectar<br />

ameaças relacionadas a doenças de plantas (Robiah;<br />

Mohammad, 2022).<br />

No monitoramento de incêndios florestais, os drones<br />

fornecem dados em tempo real que aprimoram o processo<br />

de controle e evitam a propagação de incêndios<br />

(Mahdi et al., 2023). Os drones também desempenham<br />

um papel crucial no inventário e gestão florestal, permitindo<br />

a recolha de dados flexível e de alta resolução.<br />

Podem transportar diversos sensores, como câmeras RGB,<br />

multiespectrais, térmicos e sensores LiDAR, fornecendo<br />

informações precisas para monitoramento e pesquisa<br />

florestal (Basaran et al., 2022).<br />

Essa é uma versão parcial desse<br />

artigo, que pode ser acessado<br />

de forma integral em: https://<br />

diversitasjournal.com.br/diversitas_<br />

journal/article/view/2887/2613<br />

Agosto 2024<br />

101


AGENDA<br />

AGENDA 2024<br />

AGOSTO<br />

2024<br />

Imagem: reprodução<br />

Florestas 360°<br />

Data: 20 e 21<br />

Local: Campo Grande (MS)<br />

Informações:<br />

https://www.florestas360.com.br/<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

SET<br />

2024<br />

LIGNUM<br />

A Lignum Latin America é uma feira focada na<br />

transformação, beneficiamento, preservação, energia,<br />

biomassa, uso da madeira e manejo florestal. A cada<br />

edição apresenta soluções, lançamentos e tendências<br />

para o setor industrial madeireiro e florestal de forma<br />

estática e dinâmica. Na quarta edição, realizada em<br />

2022, a Lignum Latin America reuniu 120 expositores e<br />

8.298 visitantes altamente qualificados, gerando vendas<br />

e prospecções.<br />

Lignum<br />

Data: 17 a 19<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

https://lignumlatinamerica.com/<br />

Imagem: reprodução<br />

Workshop PCMAF – 10 anos<br />

Data: 04<br />

Local: Três Lagoas (MS)<br />

Informações:<br />

https://www.ipef.br/eventos/evento.<br />

aspx?id=562<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

NOV<br />

2024<br />

EXPOCORMA<br />

A Expocorma é um encontro entre pequenas,<br />

médias e grandes empresas de toda a cadeia de<br />

valor: da floresta à indústria, passando por viveiros,<br />

pequenos proprietários, produtores de celulose e<br />

papel, serrarias de diversos portes, fábricas de cartão,<br />

cavacos e biomassa. É um encontro internacional para<br />

mostrar a oferta de valor de empresas e instituições<br />

que se dedicam ao cultivo e manejo sustentável de<br />

florestas produtivas, produção de madeira, celulose e<br />

bioprodutos, desenvolvimento tecnológico e encontros<br />

comerciais onde se reúnem o mundo das florestas.<br />

102 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA 2024<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

Fórum <strong>Florestal</strong> de São Petesburgo<br />

Data: 9 e 10<br />

Local: São Petesburgo (Rússia)<br />

Informações: https://spiff.ru/en<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Workshop do Mogno Africano<br />

Data: 19<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: https://<br />

workshopmognoafricano.org.br/<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

NOVEMBRO<br />

2024<br />

CELULOSE<br />

Expocorma<br />

Data: 20 a 22<br />

Local: Coronel (Chile)<br />

Informações: https://www.expocorma.cl/<br />

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103


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Liderança na era da<br />

COMPLEXIDADE<br />

Por Luis Felipe Luchetti , formado em<br />

engenharia de produção pela UFSCAR<br />

(Universidade Federal de São Carlos),<br />

tem pós-graduação em inovação<br />

também pela UFSCAR e formação<br />

em gestão pela Universidade de<br />

Hannover, na Alemanha. É CEO da<br />

Fluxus e tem mais de 10 anos de<br />

experiência em gestão<br />

Inovações constantes,<br />

mudanças de comportamento<br />

e quebras de paradigmas<br />

impactam profundamente o<br />

desafio de liderar<br />

104 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Liderar na era da complexidade requer uma compreensão mais<br />

profunda dos desafios que enfrentamos. Vamos começar contemplando<br />

alguns aspectos que conferem complexidade ao<br />

mundo e às relações de trabalho.<br />

Velocidade das mudanças: A velocidade impressionante com<br />

que as mudanças ocorrem na sociedade e nos negócios tornou o mundo<br />

contemporâneo incrivelmente complexo. Hoje, as inovações tecnológicas<br />

e as transformações sociais acontecem em ritmo frenético, desafiando a<br />

capacidade das organizações e líderes de se adaptarem a novas realidades<br />

e de se manterem competitivas através da inovação.<br />

Sensibilização das novas gerações: As gerações mais jovens trazem<br />

consigo uma sensibilidade única para questões sociais e de saúde mental.<br />

Elas valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, bem como a<br />

busca por propósito em seu trabalho. Os líderes precisam entender e abraçar<br />

esses valores, adaptando suas práticas de liderança para atrair e reter<br />

talentos.<br />

Quebra de paradigmas no mundo do trabalho: A era da complexidade<br />

também trouxe uma mudança significativa na forma como vemos o trabalho.<br />

As carreiras tradicionais já não são a única opção para o sucesso.<br />

Modelos de trabalho remoto (e muitas vezes offshore), empreendedorismo<br />

e carreiras não lineares e não tradicionais estão se tornando cada vez mais<br />

comuns. Os líderes modernos precisam estar atentos a esses novos paradigmas<br />

para seguirem criando jornadas atrativas para seus melhores talentos.<br />

À medida que exploramos o panorama atual, nota-se que uma boa<br />

liderança é cada vez mais imprescindível nas organizações. Os líderes que<br />

conseguem abraçar essa complexidade e se adaptar a ela estão em uma<br />

posição privilegiada para conduzir suas equipes em direção ao sucesso em<br />

um mundo em constante transformação. Diante desse cenário de complexidade<br />

emergente, a liderança enfrenta uma transformação fundamental.<br />

Abraçar a complexidade requer a adaptação dos líderes, reconhecendo que<br />

certos aspectos da liderança tradicional se tornam obsoletos.<br />

Reconhecimento do ser humano: A nova liderança reconhece que, por<br />

trás de cada função, há um ser humano único. Isso implica em dar espaço<br />

para que as pessoas sejam autênticas, se sintam bem no ambiente de<br />

trabalho e tragam seu verdadeiro eu para o cenário profissional. Em um<br />

mundo complexo, onde a diversidade de perspectivas é um ativo valioso,<br />

aprender a atrair, debater, e incluir a diversidade é fundamental.<br />

Criação de ambientes seguros e de confiança: À medida que a conscientização<br />

sobre a importância da saúde mental cresce, e as possibilidades<br />

de trabalho se ampliam, as pessoas tornam-se menos dispostas a tolerar<br />

ambientes de trabalho tóxicos. A liderança moderna deve construir ambientes<br />

onde a segurança psicológica e a confiança são prioridades. As pessoas<br />

precisam sentir que há espaço para serem vulneráveis, contribuir com<br />

suas ideias e preocupações sem o temor de retaliação. O medo de perder<br />

o emprego já não é suficiente para manter as pessoas por muito tempo em<br />

organizações onde se sintam constantemente vigiadas, psicologicamente<br />

assediadas ou emocionalmente desgastadas.<br />

Autonomia: Em um cenário onde a inovação é uma necessidade, não<br />

mais um diferencial, criar espaços onde as pessoas tenham autonomia para<br />

explorar, experimentar, cometer erros e aprender é crucial. O modelo de<br />

comando e controle, que inibe a criatividade e restringe as possibilidades<br />

de inovação, torna-se inviável. Líderes precisam fomentar a autonomia de<br />

suas equipes, incentivando a geração de novas ideias e a resolução de desafios<br />

de forma criativa e flexível.


VEM AÍ!<br />

02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />

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