Revista Coamo Edição de Agosto de 2024

evista coamo Coamo expande operações
ano 50 edição 549 agosto/2024
revista
www.coamo.com.br
agosto/2024
SEMENTES
Investimentos
garantem máxima
qualidade em todo o
processo de produção
ALIMENTOS
Coamo na Feira
Internacional de
Panificação, Confeitaria
e Food Service (Fipan)
ano 50 edição 548
Coamo expande operações
Cooperativa inaugurou a indústria de rações e iniciou um projeto de R$ 1,670
bilhão para a produção de etanol de milho. Com isso, amplia a industrialização
do milho se consolidando como referência no setor agroindustrial

AF126 CAM 0023 24A ANÚNCIO AGOSTO.indd 1 09/08/24 17:22

expediente
Órgão de divulgação da Coamo
ano 50 | edição 549 | agosto 2024
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO
Ilivaldo Duarte de Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,
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Sobras liquidas: R$ 2,324 bilhões. Tributos e taxas gerados e recolhidos: R$ 824,905 milhões. Cooperados: mais de 31,6 mil. Municípios presentes: 75. Unidades: 115.
agosto/2024 revista
3
7:22

índice
Entrevista
10
Edson José de Vasconcelos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), é
o entrevistado do mês. Ele aborda os desafios e ações para fortalecimento da indústria paranaense
Indústrias Coamo
14
Com a presença do governador do Paraná e diretoria, Coamo inaugura indústria de rações e inicia
investimento de R$ 1,670 bilhão para produzir etanol. Evento foi no parque industrial, em Campo Mourão
21
Etanol
Um grande projeto em andamento é a indústria de etanol de milho, a primeira
do Paraná dedicada exclusivamente a essa produção, um sonho antigo da
Coamo que está se realizando. Indústria será em Campo Mourão
Sementes Coamo
27
A produção de sementes envolve uma série de cuidados e processos rigorosos para garantir a máxima
qualidade, desde o campo até a entrega final ao produtor. Setor vem recebendo mais investimentos
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5

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SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA. UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.

governança
Expectativas renovadas para a nova safra
A
agricultura é uma atividade
de risco e implantada
a céu aberto, e uma
safra é diferente da outra. Nas
últimas, diferente dos últimos
anos, temos enfrentados problemas
de clima e de mercado, que
afetaram nas produtividades e
na renda dos produtores. Mas,
não podemos desanimar, pois
sabemos que o nosso negócio é
plantar bem, com a melhor tecnologia
esperando por boa produção
e rentabilidade.
Novamente, otimistas vamos
iniciar o plantio da safra de
verão 2024/2025 e a previsão é
de que tenhamos uma safra praticamente
igual na área de soja e
com redução no milho. Para o sucesso
da uma safra é muito importante
o planejamento da atividade.
A Coamo oferece um grande
suporte com assistência técnica e
o fornecimento dos insumos com
condições especiais em benefício
dos nossos 32 mil cooperados.
Assim, com os insumos garantidos
e a retirada no tempo certo,
eles vão semear suas lavouras.
Relevante também é o
cooperado ter seguro agrícola
para cobrir o financiamento em
caso de frustração de safra. A diretoria
está sempre reivindicando
ao governo um volume maior
de subvenção e junto as seguradoras
uma cobertura maior, pois
é necessário que os custos totais
sejam cobertos.
Uma boa safra começa
pela escolha da semente, e os
cooperados da Coamo estão tranquilos,
pois têm na cooperativa
as variedades que precisam com
qualidade, vigor e germinação. As
sementes Coamo são produzidas
com as mais modernas técnicas e
são sinônimos de qualidade, mas
"Uma boa safra começa
pela escolha da semente,
e os cooperados da
Coamo estão tranquilos,
pois têm na cooperativa
as variedades que
precisam com qualidade,
vigor e germinação."
é sempre importante ressaltar que
na Fazenda Experimental as novas
cultivares são testadas e comprovadas
antes de irem para os campos
de multiplicação dos cooperados.
Neste sentido, para aprimorar
a qualidade em todo o processo
de produção de sementes,
promovemos anualmente o evento
“Sementeiros de Excelência”.
Uma iniciativa que capacita toda
a cadeia produtiva de sementes
com boas práticas nos campos de
multiplicação, para operadores
de colheitadeira, cooperantes e
responsáveis técnicos. Os cooperados
sabem da responsabilidade
que a Coamo tem para produzir
e entregar sempre a melhor
semente a cada nova safra. Por
isso, é que realizamos investimentos
em nossas UBS’s.
Com acesso a insumos
de qualidade e retirados na quantidade
e no momento certo, acreditamos
em uma boa safra de
verão dos nossos cooperados,
com a expectativa de bons preços
e produtividades. Por sua vez,
a Coamo e a Credicoamo estão
fornecendo tudo o que os cooperados
precisam, com modernas
tecnologias e inovação, aliada a
necessária segurança e solidez,
para continuarem a sua nobre
missão de produzir alimentos
para o Brasil e o mundo.
ENGENHEIRO AGRÔNOMO, JOSÉ AROLDO GALLASSINI
Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo
agosto/2024 revista
7

PROBLEMA NA DESSECAÇÃO?
RESOLVE
PARCERIA QUE TE FAZ CRESCER

gestão
Novos investimentos consolidam a verticalização da produção
Dia 16 de agosto entra para a história da Coamo
com a verticalização de suas atividades e a realização
do sonho da industrialização do milho,
único produto que faltava para completar o ciclo agroindustrial
da cooperativa. A inauguração da indústria de
rações e a entrada em operação do etanol de milho são
resultados de um estudo com planejamento estratégico
para agregar valor à produção dos cooperados.
O processo de industrialização na Coamo começou
apenas cinco anos após a sua fundação. Desde
o início o Dr. Aroldo como idealizador já pensava em
alternativas para aumento da renda dos associados.
Assim, a industrialização sempre foi muito importante
para o faturamento da Coamo, haja vista que 47% de
toda a produção recebida é industrializada e retorna
em benefício para os cooperados.
Os investimentos nas novas indústrias somam
mais de R$ 1,8 bilhão. A de rações já está com sua capacidade
máxima de produção para gado de corte e
leiteiro, equinos, suínos, aves, peixes e, em breve, para
cães e gatos. A indústria tem seis mil metros quadrados
de área construída e capacidade produtiva para
200 mil toneladas de rações por ano, com utilização
dos equipamentos mais modernos no mercado.
A indústria de etanol de milho, tem previsão
para ser inaugurada no segundo semestre de 2026,
com capacidade para produzir 258 milhões de litros
de biocombustível por ano, sendo a primeira planta
exclusiva de etanol do Paraná a utilizar o milho como
matéria-prima. Com esta nova indústria, passaremos a
industrializar cerca de 20% de toda a produção de milho
que a cooperativa recebe. Antes parte do milho era
ofertado como grão e agora, passa a ser processado e
impactar na cadeia de preços, valorizando o produto,
transformando-se em um novo negócio e chegando
ao mercado de biocombustível.
A nova planta terá capacidade para produzir
765 metros cúbicos de etanol hidratado por dia, 510
toneladas de DDGS (farelo de milho) e cerca de 37,4 toneladas
de óleo diariamente. A unidade vai contar ainda
com uma usina termelétrica para produzir 30 MW de
energia elétrica, o que é suficiente para abastecer todo
o parque industrial da Coamo em Campo Mourão. Com
os dois empreendimentos industriais, vamos gerar 500
empregos diretos e industrializar a produção de milho
dos cooperados, ampliando assim a cadeia de produção
que processa soja, trigo, café e algodão.
Como disse o governador Ratinho Júnior, os
investimentos da Coamo representam a consolidação
do Paraná como o supermercado do mundo, pois
além de receber a produção dos cooperados com estruturas
modernas sempre perto deles, estamos industrializando
a produção com matérias primas de origem
e qualidade, que vão para os mercados externo e interno,
presente no dia a dia de milhões de brasileiros.
Seguramente, podemos nos orgulhar que o
parque industrial da Coamo é um dos maiores do mundo,
com 14 indústrias – somando as duas novas – contando
com três indústrias de esmagamento de soja,
duas refinarias de óleo de soja, dois moinhos de trigo,
uma fábrica de gorduras e margarinas, uma fiação de
algodão e uma torrefação de café. Com as duas novas
plantas, a Coamo gera mais de 1,5 mil empregos diretos
em suas indústrias em Campo Mourão e Paranaguá,
no Paraná, e em Dourados, no Mato Grosso do Sul.
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
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9

entrevista
EDSON JOSÉ DE VASCONCELOS
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná
“A indústria é fundamental para a economia paranaense e Estado
tem um potencial enorme para desenvolver ainda mais o setor.”
“Prestes a completar 80 anos,
a Federação das Indústrias
do Estado do Paraná (Fiep)
é a instituição que defende os
interesses da indústria paranaense,
trabalhando pelo desenvolvimento
sustentável do setor.
“Fazemos isso tanto representando
as indústrias nos diferentes
debates sobre questões que impactam
o setor quanto ofertando
serviços para auxiliar as empresas
para que tenham trabalhadores
capacitados, aumentem
sua produtividade e conquistem
novos mercados”, afirma o presidente
da Fiep, Edson José de
Vasconcelos.
Pioneira na agroindustrialização
paranaense, a Coamo segue investindo
em suas indústrias para
oferecer produtos de alta qualidade
aos consumidores e gerar
renda aos cooperados por meio
da verticalização de sua produção.
O presidente da entidade
reconhece a importância das
cooperativas para o processo
produtivo e destaca a participação
da Coamo neste segmento.
Revista Coamo: Qual é a importância
da Fiep para o desenvolvimento
industrial sustentável no
Paraná e no Brasil?
Edson José de Vasconcelos: A
Fiep é uma entidade originada
da união dos sindicatos empresariais
que representam os diversos
setores da indústria, das diferentes
regiões do estado, que
atua com o propósito de transformar
o Paraná no melhor lugar
para a indústria no Brasil. Além
de ser a legítima defensora dos
interesses do setor industrial paranaense,
a Federação também
estabelece as diretrizes da atuação
do Sesi, do Senai e do IEL, as
outras instituições que formam o
que é conhecido como Sistema
Fiep. Atualmente, o Sistema Fiep
possui presença em 37 cidades
paranaenses, com 48 unidades
operacionais fixas, e atua em todos
os munícipios por meio de
mais de uma centena de unidades
móveis.
RC: Quais são as principais diretrizes
do Sistema Fiep?
Edson: O Sistema Fiep tem a
missão de promover, representar
e defender a indústria paranaense,
em busca da melhor competitividade
e desenvolvimento
sustentável. Fazemos isso tanto
representando as indústrias
nos diferentes debates sobre
questões que impactam o setor
quanto ofertando serviços para
auxiliar as empresas para que tenham
trabalhadores capacitados,
aumentem sua produtividade e
conquistem novos mercados.
RC: A participação do setor industrial
no desenvolvimento do
Estado do Paraná é relevante?
Qual a sua importância no PIB do
Paraná e do Brasil?
Edson: A indústria paranaense
é forte e diversificada, com importantes
polos espalhados por
todas as regiões e responde por
27,4% do Produto Interno Bruto
10 revista
agosto/2024

do estado. A indústria do Paraná
também é responsável por
6,5% do PIB Industrial brasileiro.
Isso coloca o nosso parque fabril
como o quarto principal do país,
atrás de São Paulo, Rio de Janeiro
e Minas Gerais. E, quando se
considera apenas a indústria de
transformação, o Paraná sobe
para a terceira colocação.
RC: Qual o raio x do Sistema
Fiep? Quantas indústrias existem
no Paraná, qual a divisão por segmento
industrial, quantos empregos,
entre outros?
Edson: São 37 segmentos industriais
em atividade Paraná, totalizando
quase 76 mil empresas
que estão sob a representação
institucional da Fiep. Juntas, elas
geram mais de 1 milhão de empregos
diretos. Entre os principais
setores em termos de valor
de produção estão os de alimentos,
veículos, produtos químicos,
derivados de petróleo e biocombustíveis,
máquinas e equipamentos
e celulose e papel. Já
entre os maiores empregadores
estão os setores de alimentos,
construção de edifícios, vestuário
e têxtil, obras de infraestrutura,
produtos de metal, veículos,
móveis, máquinas e equipamentos
e produtos de madeira.
Nascido em Cascavel, Edson Vasconcelos é graduado em Engenharia Civil pela UFPR. Como
empresário, atua nos ramos da construção civil, imobiliário e de energias renováveis. Entre
outras instituições, presidiu a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC) e o Sindicato
da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná (Sinduscon-Oeste). Na Fiep, foi vicepresidente
por 12 anos e coordenou o Conselho Temático de Infraestrutura antes de chegar à
presidência, cargo que assumiu em outubro de 2023 para um mandato de quatro anos.
RC: Como a Fiep chega aos seus
80 anos? Quais as principais conquistas?
Edson: Uma das maiores conquistas
é chegar aos 80 anos
como uma das mais relevantes
entidades do setor produtivo
agosto/2024 revista 11

entrevista
"A COAMO É UM EXEMPLO DE COOPERATIVISMO PARA O BRASIL E PARA
O MUNDO, E CADA VEZ MAIS AMPLIA SUA RELAÇÃO COM A INDÚSTRIA."
paranaense, sendo respeitada
como a principal voz da indústria
de nosso estado. Além disso,
o Sistema Fiep passou por um
grande processo de expansão
nessas oito décadas. Mas o mais
importante é perceber como a
Federação contribuiu para a evolução
do nosso segmento. Se,
em 1944, a indústria paranaense
era composta por poucos setores
extrativos ou com menor poder
de agregação de valor, atualmente
o Paraná é uma potência
industrial.
RC: O que a Fiep oferece para
que a indústria possa identificar
oportunidades e aumentar sua
competitividade?
Edson: A Fiep possui áreas que
atuam justamente para auxiliar o
setor a prospectar novas oportunidades,
especialmente no
exterior. Por meio do Centro Internacional
de Negócios (CIN),
prestamos apoio às indústrias
que querem buscar novos mercados.
Já Sesi, Senai e IEL são
ferramentas indispensáveis para
ajudar na competitividade das
empresas. Cada uma em sua
área de atuação – o Sesi na segurança
e saúde do trabalhador
e na educação básica, o Senai
na capacitação profissional e no
apoio à tecnologia e inovação
e o IEL na educação executiva e
gestão de talentos –, essas instituições
olham para as necessidades
e tendências que afetam o
crescimento da indústria e atuam
para o seu fortalecimento.
"Uma das maiores
conquistas é chegar
aos 80 anos como uma
das mais relevantes
entidades do setor
produtivo paranaense,
sendo respeitada
como a principal voz
da indústria de nosso
Estado."
RC: Como analisa e avalia os cenários
econômico, político e social
atualmente no nosso país?
Edson: No cenário político, vivemos
um momento de grande
polarização, em que o debate
ideológico muitas vezes tem
se imposto sobre o debate técnico,
o que dificulta a busca
por soluções para muitos dos
desafios que o país enfrenta.
Isso também influencia a economia,
que sente os efeitos
de um ambiente de certa instabilidade,
que não dá segurança
para quem quer investir.
Na Fiep, a atual diretoria tem
buscado atuar com independência,
mas mantendo uma relação
respeitosa e propositiva
com as diferentes esferas do
poder público, com o objetivo
de sensibilizar governantes e
parlamentares sobre o impacto
positivo que a indústria tem
para o desenvolvimento.
RC: Quais os principais desafios
a serem suplantados na área industrial?
Quais as soluções apresentadas
pela Fiep para superar
esses desafios?
Edson: A indústria é fundamental
para a economia paranaense,
mas temos convicção de que
o Paraná possui características
que fazem com que o estado tenha
um potencial enorme para
desenvolver ainda mais o setor.
Para isso, a atual diretoria estabeleceu
um propósito claro para
a atuação da Fiep: transformar
12 revista
agosto/2024

o Paraná no melhor lugar para a
indústria no Brasil. Temos buscado
reaproximar a entidade das
indústrias de todo o estado, com
a intenção de entender as necessidades
de cada setor e de cada
região, e obter subsídios para a
construção de uma proposta de
política industrial para o Paraná.
Uma política que ajude o setor a
superar desafios em áreas como
energia, infraestrutura, inovação,
atualização tecnológica e empregabilidade,
que hoje comprometem
nosso desenvolvimento.
RC: Quanto ao perfil do industrial
paranaense, qual é o estágio
atual e as premissas de futuro
para a indústria paranaense?
Edson: A indústria paranaense
possui inúmeras grandes companhias,
mas é composta, majoritariamente,
por pequenas e
médias empresas. Isso faz com
que tenhamos um grande desnivelamento
quando observamos
o desenvolvimento tecnológico
dessas indústrias. Colocar muitas
dessas empresas em níveis mais
elevados de tecnologia e inovação
é um desafio que também
está entre as prioridades do Sistema
Fiep.
RC: A Inteligência Artificial, o
ESG e a Indústria 5.0 são novidades.
Como conviver e utilizar
tudo isso para ser mais competitivo
na área industrial?
Edson: Esses são conceitos e
tecnologias que ainda não estão
ao alcance de todas as indústrias.
Precisamos buscar um
maior nivelamento também
nessas questões, proporcionando
que empresas menores adotem
práticas mais avançadas.
Para contribuir nesse processo,
o Sistema Fiep lança mão de
iniciativas como a Jornada da
"Os investimentos de
cooperativas como a
Coamo em fábricas para
transformar aquilo que
é produzido no campo
têm sido fundamentais
para o crescimento da
indústria."
Produtividade, um programa
desenvolvido em vários níveis
que tem o objetivo de aumentar
a maturidade digital das indústrias
e contribuir com a sua eficiência
e competitividade.
RC: Como o senhor avalia a evolução
do cooperativismo que
transforma, gera renda e produz
alimentos para o Brasil e o mundo
por meio das agroindústrias?
Edson: Os investimentos de cooperativas
como a Coamo em fábricas
para transformar aquilo
que é produzido no campo têm
sido fundamentais para o crescimento
da indústria. Hoje, o setor
de alimentos responde por quase
40% do PIB Industrial do estado,
em grande medida porque as
cooperativas entenderam a importância
de agregar valor à sua
produção. E esse movimento só
deve crescer. Segundo a Ocepar,
o faturamento das cooperativas
deve passar dos R$ 200 bilhões
registrados em 2023 para até R$
500 bilhões em 2030. Para que
isso se concretize, temos mantido
contato próximo com a Ocepar
e com várias cooperativas,
incluindo a Coamo, para buscar
soluções para gargalos que podem
frustrar essas projeções de
crescimento, principalmente na
área de infraestrutura.
RC: Qual sua mensagem à diretoria
e cooperados da Coamo?
Edson: Quero parabenizar a diretoria
da Coamo e todos os seus
cooperados pelos resultados alcançados
e pela grande contribuição
que dão para a economia
e para o setor produtivo do
Paraná. A Coamo é um exemplo
de cooperativismo para o Brasil
e para o mundo, e cada vez mais
amplia sua relação com a indústria.
Por isso, o Sistema Fiep está
sempre à disposição para auxiliar
a Coamo em tudo o que estiver
dentro das nossas atribuições e
competências.
agosto/2024 revista 13

indústria
Tauillo Tezelli, prefeito de Campo Mourão, José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração
da Coamo, Carlos Massa Ratinho Junior, governador do Paraná, Darci Piana, vice-governador do Paraná, e Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo
Coamo inaugura indústria de rações e inicia
investimento de R$ 1,670 bilhão para produzir etanol
A
Coamo Agroindustrial Cooperativa inaugurou
no dia 16 de agosto a indústria de
rações e lançou a pedra fundamental da
indústria do etanol de milho, em Campo Mourão
(Centro-Oeste do Paraná). O evento contou com a
presença do governador do Paraná, Carlos Massa
Ratinho Junior, do vice-governador, Darci Piana, da
diretoria da Coamo e diversas outras lideranças do
Estado e de toda a região.
A indústria de rações teve um investimento
de R$ 178 milhões e a de etanol uma previsão de
R$ 1,670 bilhão. Com os dois empreendimentos, a
Coamo passou a industrializar a produção de milho
dos mais de 31,8 mil cooperados, como já faz com a
soja, café, trigo e algodão.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior
destaca que investimentos como o da Coamo, consolidam
o Paraná como um dos grandes produtores
agropecuários do Brasil e fortalecem a geração de
empregos e renda no Estado. Segundo ele, o Paraná
alcançou o maior número de carteiras assinadas de
sua história, com as cooperativas paranaenses desempenhando
um papel crucial nesse crescimento.
“As cooperativas investem fortemente no processa-
14 revista
agosto/2024

Carlos Massa Ratinho Junior, governador do Paraná
mento da produção do campo, o que gera empregos
e agrega valor ao produto”, afirma.
Ele ressalta que o investimento da Coamo é
motivo de orgulho para o Paraná. “A Coamo é a maior
cooperativa da América Latina. Inauguramos uma indústria
e já lançamos a construção de outra, que será
gigantesca.” O governador acrescenta que a Coamo
tem um crescimento sólido, fruto de uma visão estratégica
da diretoria. Ele acrescenta que, “é importante
na geração de empregos, além da força para
o produtor rural. Poder inaugurar essa indústria, que
vai gerar mais empregos e mais renda para a cooperativa,
cooperados e para o município, é a garantia de
que o Paraná continuará se consolidando como grande
industrializador do campo. Isso ajuda o Paraná a
crescer e automaticamente consolida, cada vez mais,
esse cooperativismo que a Coamo tem e é um grande
cartão de visita para outras indústrias do mundo e
Brasil poderem se instalar no Paraná.”
José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo
agosto/2024 revista 15

indústria
Segundo Ratinho Junior, esses investimentos
reforçam a visão do Paraná como o ‘supermercado
do mundo’. “Não queremos só vender soja e milho
em grão, mas industrializar essa produção porque
isso gera emprego e renda para o paranaense e faz o
Estado crescer. São indústrias que estão processando
o milho aqui no Paraná. Em vez de mandarmos esse
milho para fora, como matéria-prima, para ser industrializado
em outros países, estamos fazendo isso
aqui. Isso significa emprego, geração de tributos para
o nosso Estado e mais investimentos.”
O governador menciona também a relevância
de todo o processo: “Além disso, automaticamente
criamos outros produtos. Essa indústria vai produzir
etanol de milho, mas do etanol surge um subproduto
chamado DDG, utilizado na proteína e ração animal.
Isso tudo cria uma cadeia produtiva muito importante,
onde uma indústria gera outra, fortalecendo ainda
mais o agronegócio paranaense.”
darci piana, vice-governador do Paraná e presidente
da Fecomércio, ressalta que os dois empreendimentos
representam o sucesso de Campo Mourão,
do Paraná e da Coamo. "Isso mostra, mais uma vez,
Darci Piana, vice-governador do Paraná e presidente da Fecomércio
que as cooperativas do Paraná se destacam pelo esmero
e pela tecnologia. É um orgulho para todos nós.
Eu conheço Campo Mourão desde 1967, quando a
Coamo ainda nem existia, e já naquela época meus
clientes diziam: 'Agora sim, Campo Mourão vai crescer
por causa de uma cooperativa'. E veja o que aconteceu:
hoje são cerca de 32 mil cooperados e a Coamo
se tornou a maior cooperativa da América Latina.
É um orgulho para nós, paranaenses, e fico muito feliz
16 revista
agosto/2024

de estar aqui hoje nesta inauguração e no lançamento
da pedra fundamental de uma indústria de etanol."
josé aroldo gallassini, engenheiro agrônomo
e presidente do Conselho de Administração da
Coamo, observa que a linha de rações Coamo vem
para agregar o desenvolvimento das atividades dos
cooperados com fornecimento de produtos com
qualidade comprovada. “Trata-se de um importante
benefício para a melhoria do potencial produtivo na
área de nutrição animal.”
De acordo com ele, a chegada dos novos
produtos é motivo de satisfação para os produtores
associados. “É um momento especial para a Coamo
e seus cooperados. Trata-se um pedido do quadro
social que passa a contar com rações de qualidade
e que levam o nome da Coamo. É com certeza um
grande serviço que estamos prestando aos produtores
que encontrarão rações em todas as unidades
da cooperativa”, diz Gallassini.
“Quem tem indústria pode possibilitar uma
margem maior e até pagar mais com a venda do produto
industrializado”, afirma Gallassini. Segundo ele,
desde o início da aprovação e funcionamento das
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar
suas indústrias, a Coamo sempre pensou em industrializar
os produtos para agregar mais valor à produção
dos cooperados com a venda desses produtos
no mercado interno ou externo, dependendo da demanda
e do mercado consumidor. “É preciso que as
indústrias sejam viáveis e na maior parte do tempo é
isso que acontece. São produtos com excelente conceito
pela qualidade e confiabilidade nos processos,
sendo exportados para várias partes do mundo”.
agosto/2024 revista 17

indústria
tauillo tezelli, prefeito de Campo Mourão, observa
que as indústrias são importantes para toda a região
porque o agricultor ganha mais segurança para
o seu produto. “O que é produzido será industrializado
na cidade, gerando empregos tanto na construção
quanto em todo o processo de industrialização,
além de aumentar a arrecadação dos municípios
com essa grande indústria." Ele complementa que
a Coamo é a maior empresa do Paraná e, para Campo
Mourão, é um orgulho ter uma empresa como
essa. “O município é reconhecido por ter a Coamo,
pela seriedade e pela condução de 53 anos sempre
crescendo e atendendo o produtor."
Tauillo Tezelli, prefeito de Campo Mourão
airton galinari, presidente Executivo da Coamo,
destaca que a cooperativa tem uma missão clara de
gerar renda para o quadro social. Ele ressalta que os
investimentos não beneficiam apenas os cooperados,
mas também geram empregos diretos e indiretos,
criando oportunidades para a comunidade. Segundo
Galinari, os investimentos são um marco para
o Paraná e para Campo Mourão. "Estamos inaugurando
uma indústria que já está em operação e iniciando
as obras da outra, com o projeto muito avançado e
equipamentos já adquiridos. Temos certeza de que
o mercado de milho vai sofrer um impacto positivo.
Haverá uma retirada de grãos do mercado, o que vai
melhorar as condições de preço. Estamos saindo do
mercado de grãos para um mercado completamente
diferente, o de biocombustível."
Galinari cita que são oportunidades que a
cooperativa oferece aos cooperados, abrindo novos
mercados. “O cooperado da Coamo, que já é um industrial
de soja, milho, trigo e café, agora vai ser um
industrial de milho para biocombustível. Ele participa e
se beneficia de todo esse processo, podendo remunerar
melhor o milho que produz, além de compartilhar
os resultados que a indústria gera ao final do ano."
josé roberto ricken, presidente do Sistema Ocepar,
reforça a importância da inauguração das novas
indústrias de rações e do início das operações da indústria
de etanol da Coamo. Segundo Ricken, é um
momento histórico para o cooperativismo ter mais
Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo
uma agroindústria da Coamo, que já conta com o
maior parque agroindustrial de produção vegetal.
“Esse é mais um passo importante para o cooperativismo
e para os cooperados. Quando se geram
oportunidades, isso leva ao aumento de renda, e,
com renda, as pessoas conseguem melhorar suas
condições sociais. O cooperativismo é um instrumento
fundamental de desenvolvimento regional, e
a Coamo é um exemplo disso."
Ricken destaca a relevância da Coamo. "Eu
sou de Manoel Ribas, e sabemos o quanto a Coamo
é importante em cada um dos municípios onde está
presente. Ao agregar valor nesse parque industrial,
o resultado não fica apenas em Campo Mourão.
Esse valor retorna para os municípios de onde vem
a produção. Esse é o modelo ideal de desenvolvimento
para as comunidades, para os municípios e
para os cooperados, e é para isso que investimos."
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Darci Backes, cooperado da Coamo em Toledo (PR), é criador de peixes e utiliza as rações Coamo na alimentação dos animais
darci josé backes, cooperado da Coamo em Toledo
(Oeste do Paraná), é criador de peixes e utiliza as
rações Coamo na alimentação dos animais. Ele destaca
a importância da qualidade do produto para o
sucesso da produção. "Já utilizamos as rações Coamo
há vários meses. Fizemos um experimento inicial
e confirmamos que a qualidade é excelente. Com a
quantidade de peixe que temos no sistema de engorda,
precisamos de uma ração de alta qualidade,
e a Coamo já é uma marca em que confiamos há
muitos anos", afirma Darci.
Na propriedade, são produzidas 3.500.000
de tilápias no sistema de engorda. "Nossa produção
já está em larga escala. Somos autossuficientes no
abate em nosso frigorífico, então, por enquanto, não
vamos aumentar a produção. No entanto, conseguimos
antecipar o ponto de abate devido à qualidade
das rações Coamo. Isso fez diferença na produtividade.
Se a ração não tem qualidade, todo o ciclo da
atividade é comprometido, e no final, isso se traduz
em prejuízo. Conhecemos a qualidade dos produtos
Coamo, por isso confiávamos que as rações manteriam
o alto nível", comenta o piscicultor e cooperado
da Coamo há mais de 20 anos.
Assista a reportagem em vídeo no canal da Coamo no
YouTube ou aponte o leitor de QR Code do seu celular
na imagem acima e veja os vídeos das indústrias.
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indústria
Rações Coamo
Linha de rações Coamo conta com produtos para a alimentação de ruminantes (bovinos de leite e gados de corte), equinos, suínos, aves, peixes e linha pet para cães e gatos
As rações vêm para agregar
ao desenvolvimento das atividades
dos cooperados com
fornecimento de produtos com
qualidade comprovada. Toda a
linha é desenvolvida por meio da
pesquisa em nutrição equilibrada
com ingredientes de qualidade e
embasadas no conhecimento das
necessidades produtivas de cada
espécie e categoria animal, fornecendo
toda a demanda diária de
nutrientes para suprir a manutenção
do organismo dos animais.
“As Rações Coamo representam
a excelência da cooperativa
do início ao fim da produção.
Desde a seleção da matéria-
-prima com origem, que atende
a um elevado nível de exigência,
ao processo de transformação
em rações com alto valor nutricional
e bem-estar animal”, destaca
o presidente Executivo da
Coamo, Airton Galinari.
A linha de rações Coamo
conta com produtos para a
alimentação de ruminantes (bovinos
de leite e gados de corte),
equinos, suínos, aves, peixes
e linha pet para cães e gatos. A
indústria é composta por seis
mil metros quadrados de área
construída, 34 metros de altura
e capacidade produtiva de
200 mil toneladas de rações por
ano. Para fabricar os produtos de
qualidade são utilizados os equipamentos
mais modernos existentes
no mercado. As máquinas
principais, que transformam os
grãos em ração, são desenvolvidas
por fornecedor suíço e importados
pela Coamo.
Valmir Schneider Guedin,
gerente da Indústria de Rações
Coamo, comenta que a
planta industrial configura uma
planta verticalizada. “A verticalização
otimiza o consumo de
energia elétrica e reduz a movimentação
da matéria-prima e
mão de obra. Essa característica
de projeto favorece a operação
da indústria, ocupando menos
espaço, aproveitando a altura
para o transporte de produtos
por gravidade”, comenta.
Essa estrutura moderna,
conforme Valmir, reflete diretamente
na qualidade do produto
entregue aos cooperados. “Toda
a estrutura, aliada à tecnologia
de ponta, garante a produção de
rações de alta qualidade. Todo
o processo, desde a escolha da
semente até o processamento na
indústria, visa maximizar os resultados
para os cooperados.”
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Indústria de Etanol
Nova planta gerará aproximadamente 250 empregos diretos e terá capacidade para produzir 765 m³ de etanol hidratado por dia
Um grande projeto em andamento é a indústria
de etanol de milho, a primeira do Paraná
dedicada exclusivamente a essa produção. “Esse
era um sonho antigo que está se realizando. Já
iniciamos as negociações para os principais equipamentos.
A previsão é que em meados de 2026
possamos inaugurar essa nova planta,” afirma Divaldo
Corrêa, diretor Industrial da Coamo.
O milho, que até recentemente não tinha
um processo completo de industrialização na Coamo,
passou a ser mais consumido dentro da nova
indústria de rações, representando 2% de tudo
o que a cooperativa recebe. Com a indústria de
etanol, esse percentual deve saltar para 20%, impactando
positivamente a agregação de valor aos
produtos dos cooperados.
A nova planta gerará aproximadamente
250 empregos diretos e terá capacidade para
produzir 765 m³ de etanol hidratado por dia, 510
toneladas de DDGS (farelo de milho) e cerca de
37,4 toneladas de óleo diariamente. A usina termelétrica
também produzirá 30 MW de energia
elétrica, suficiente para tornar o parque industrial
da Coamo em Campo Mourão energeticamente
autossustentável.
A indústria de etanol de milho aumenta
significativamente o parque industrial da Coamo.
“É o avanço na verticalização do milho, ou
seja, agregar valor ao produto entregue pelo
cooperado. É um empreendimento que está alinhado
com a política da Coamo, que é remunerar
da melhor maneira possível o produtor”, observa
Airton Galinari.
Além disso será construída uma usina termelétrica.
Isso porque a indústria de etanol precisa
de uma quantidade muito grande de vapor para
destilar o álcool e consome uma grande quantidade
de lenha. Por isso, terá uma caldeira adequada
para gerar energia e colocar turbinas a vapor, gerando
30 megawatts. A saída dessas turbinas é o
vapor que vai ser utilizado nos processos industriais
e com esses megawatts, será operada toda a indústria
de milho e as outras indústrias. O parque industrial
ficará alto suficiente, e terá uma indústria de
combustível renovável, com a matriz termelétrica
renovável, porque são lenhas de reflorestamento.
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indústria
Industrialização na essência
Fundada em 1970, a Coamo completa
54 anos em novembro e a agroindustrialização
sempre esteve presente na história, para
agregar valor à produção dos cooperados. O
processo de industrialização na Coamo começou
em 1975 com a implantação do moinho
de trigo. Seis anos mais tarde, em 1981, entrou
em funcionamento a primeira indústria de esmagamento
de óleo de soja. Em 1985, a fiação
de algodão, 1990 a indústria de processamento
de soja e Terminal Portuário em Paranaguá,
1996 refinaria de óleo de soja, 1999 indústria
de hidrogenação, 2000 fábrica de margarina
e gordura vegetal, 2009 torrefação e moagem
de café e 2015 novo moinho de trigo. Em novembro
de 2019, a cooperativa inaugurou em
Dourados (MS), duas novas indústrias para produção
de óleo refinado de soja, farelo e óleo
bruto.
Todo o processo industrial exige empenho
e dedicação. É uma engrenagem que
depende de várias peças para se manter funcionando
e transformar milhões de toneladas
de produtos por ano, agregando valor à produção
dos cooperados e criando empregos e divisas
nas regiões em que atuam. Deste parque
industrial saem os produtos Coamo que, junto
com as commodities agrícolas, são comercializados
nos mercados interno e externo.
O firme propósito de consolidar cada
vez mais o compromisso com a comunidade,
seja interna ou externa, tem levado a Coamo a
um caminho cada vez mais sólido de construir
uma cooperativa ajustada e capaz de enfrentar
todos os desafios dos novos tempos.
Originados dos campos dos associados,
os grãos que chegam até as indústrias são
processados e ampliam a renda dos cooperados
gerando mais qualidade de vida no campo,
além de garantir divisas para o país.
A própria essência da Coamo motivou
a industrialização dos produtos. Segundo
o diretor Industrial da Coamo, Divaldo Corrêa,
empresas do agronegócio que possuem indústrias,
têm melhores resultados. “É importante
ter sempre duas pontas: uma com as commodities,
produtos in natura, e a outra os produtos
industrializados. Isso porque quando uma não
estiver passando por um bom momento, a outra
equilibra”, comenta.
Corrêa esclarece que o rigor com os
processos é fundamental nessa etapa. “O objetivo
do cooperativismo é valorizar a produção
e incrementar a renda do homem do campo.
Então, na década de 1970, a Coamo percebeu
que o caminho era a industrialização.”
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O moinho de trigo foi a primeira indústria
da Coamo e surgiu em 1975 como oportunidade
de oferecer um benefício a mais aos
agricultores. Conforme Corrêa, na época, os
cooperados entregavam trigo e retiravam a farinha,
pronta para o consumo. “Era uma demanda
para a época. A Coamo como cooperativa de
trigo, e essa parceria era um algo a mais para os
agricultores da região que tinha a necessidade
de moer o trigo e ter a farinha.”
Corrêa garante que no Parque Industrial
da cooperativa utilizam-se as boas práticas
de fabricação para dar continuidade ao processo
de qualidade que começa lá no campo de
milhares de cooperados. “O grão entregue na
cooperativa deve atender a mesma padronização
do grão de exportação. Todos os produtos
da nossa linha alimentícia carregam os selos e
certificações que atestam essa qualidade. Tudo
para agregar valor ao produto do cooperado e
atender um mercado exigente”, ressalta.
Atualmente, quase um terço do faturamento
da Coamo provém de processos industriais.
A cooperativa industrializa cerca de 47%
de tudo o que recebe, retornando esses benefícios
diretamente aos cooperados. Com 12 indústrias
em seus parques industriais em Campo
Mourão, Paranaguá e Dourados, a Coamo agora
se prepara para inaugurar sua 13ª unidade: uma
indústria de etanol de milho.
O diretor industrial recorda que a indústria
de rações iniciou as operações em setembro
de 2023 e já opera com 100% da capacidade
produtiva. Segundo ele, já existe um plano para
expansão. “A construção da indústria de rações
levou 27 meses, desde a terraplenagem até a
edificação completa. Agora, o desafio é continuar
crescendo e atendendo às necessidades
do mercado.”
Indústria 4.0
A busca constante pela transformação
passa também pela evolução e implantação de
novas tecnologias que possam aprimorar a produção
em toda a cadeia industrial. É a chamada
indústria 4.0. A Coamo caminha a passos largos
com investimentos e modernização de todo o
parque industrial.
Na vanguarda no que tange à tecnologia
industrial, o diretor industrial acrescenta que
é preciso manter-se constantemente atualizado.
“Temos tecnologia de ponta para que os produtos
dos cooperados sejam competitivos”, afirma
Divaldo Corrêa.
Segundo ele, a chamada indústria 4.0 é
a utilização de inteligência artificial para que o
processo de industrialização possa ter o menor
manuseio possível de pessoas. “Isso não quer
dizer que irá reduzir a mão de obra. A automatização
favorece o crescimento da indústria e
esses funcionários são realocados. Isso faz com
que o parque industrial continue crescendo e
gerando emprego.”
agosto/2024 revista
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24 revista
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SEMENTES DE
QUALIDADE
A produção de sementes na
Coamo envolve uma série de
cuidados e processos rigorosos
para garantir a máxima
qualidade, desde o campo até a
entrega final ao produtor
A
semente é o ponto de partida de
qualquer planta. Considerada o principal
insumo para a implantação de
uma cultura, a escolha certa representa boa
parte do sucesso de uma safra. Ao optar por
sementes de alta qualidade, o cooperado
assegura o vigor e a uniformidade das plantas,
aspectos essenciais para o desenvolvimento
saudável e para a maximização dos
resultados no campo.
A Coamo oferece sementes de alta
qualidade e produtividade para os cooperados.
A produção envolve um rigoroso
processo de seleção, tratamento e análise
em todo o processo. Isso assegura que as
sementes entregues aos cooperados sejam
capazes de proporcionar um excelente desempenho
nas lavouras.
A Coamo tem investido nas melho-
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agosto/2024

sementes
res tecnologias para produzir sementes com a mais
alta qualidade e um dos exemplos disso pode ser
observado nos novos equipamentos da Unidade de
Beneficiamento de Furnas, em Manoel Ribas (Centro-Norte
do Paraná), que ainda receberá um aporte
de mais de R$ 100 milhões para ampliar a capacidade
operacional da UBS.
Parte deste investimento será direcionada
para a construção de um novo armazém, onde serão
instalados 40 novos silos para armazenar as sementes
beneficiadas. Foram ampliadas a capacidade de
armazenagem com a construção de câmaras refrigeradas
e a instalação de novos equipamentos para
o tratamento de sementes, proporcionando mais
agilidade e qualidade no processo de produção. E
esta é apenas uma das diversas obras planejadas, já
que ainda há a previsão para a construção de dois
armazéns refrigerados no Mato Grosso do Sul, em
Dourados e Maracaju, e a renovação de equipamentos
e estruturas nas outras dez unidades de beneficiamento
da Coamo.
Roberto Destro, gerente de Sementes da
Coamo, acrescenta que a cooperativa possui dez
unidades de beneficiamento localizadas no Paraná
e Santa Catarina, voltadas à produção de sementes
de soja, trigo e aveia preta. Ele conta que a produção
de sementes está na história da Coamo, sendo
praticamente desde a sua fundação. Investimentos
contínuos em unidades de beneficiamento têm garantido
a atualização das tecnologias. "Esses investimentos
visam melhorar a qualidade das sementes
e, consequentemente, o desempenho no campo",
explica Destro.
Um dos avanços recentes é o fornecimento
das chamadas sementes contadas. “No caso da soja,
oferecemos embalagens que já vêm com um número
determinado de sementes, facilitando o manejo
e o planejamento dos cooperados. As embalagens
variam desde 200 mil até cinco milhões de sementes”,
detalha o gerente.
A Coamo também tem investido no Tratamento
de Sementes Industrial (TSI), com oito centros
dedicados a essa atividade. “Estamos modernizando
três desses equipamentos, que antes tinham capacidade
de 18 toneladas por hora, e agora passarão
a tratar 30 toneladas por hora. Além disso, estamos
construindo um novo centro de tratamento em Abelardo
Luz (SC)”, acrescenta Destro.
Aquiles de Oliveira Dias, diretor de Suprimentos
e Assistência Técnica da Coamo, afirma que
a produção de sementes é totalmente focada em
atender às necessidades dos cooperados. A qualidade
é uma prioridade, e para alcançá-la, a Coamo
segue processos rigorosos e uma série de regras em
todas as etapas. “Isso abrange desde a seleção da
região e dos produtores responsáveis pela multiplicação
das sementes até o manejo nos campos de
produção e os cuidados na colheita.”
O grão que transporta a tecnologia
As sementes são o principal insumo para implantar
uma boa lavoura. Os cooperados reservam
no plano safra e depois retiraram essas sementes
nas unidades da Coamo. O trabalho começa com a
entrega das sementes da safra passada, seguida do
beneficiamento. Em seguida, as sementes são recebidas,
beneficiadas, armazenadas, analisadas e, finalmente,
passam pelo tratamento industrial e ensaque.
Durante todo esse processo, vários pontos são
checados para garantir a qualidade das sementes
e entregar o melhor produto aos cooperados. “Estamos
finalizando as análises, realizando o ensaque
das sementes, o tratamento de sementes industrial
e a logística de distribuição para que essa semente
chegue em tempo hábil para o cooperado efetuar o
seu plantio no momento exato”, afirma o coordena-
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sementes
dor de Produção de Sementes, Sandro Magnani.
Quando o cooperado recebe as sementes,
dentro da embalagem está toda a certificação
de qualidade de pureza, germinação e vigor. Além
disso, a semente leva a tecnologia ao campo, pois
contém toda a carga genética que expressará o potencial
produtivo, proporcionando o rendimento esperado
pelo cooperado. “As sementes são testadas,
qualificadas e garantidas para entregar os melhores
resultados”, revela o coordenador.
Magnani destaca que durante todo o processo
no campo, a assistência técnica acompanha a produção
nas lavouras dos cooperados. “Semente se faz
no campo é um jargão que se fala há muito tempo. A
Coamo está sempre preocupada em qualificar seus
cooperados produtores de sementes por meio de
programas implementados que têm dado muito certo,
contribuindo significativamente para a qualidade das
sementes. A Coamo conta com mais de 50 cultivares
disponíveis para os cooperados. São as melhores opções
e as melhores genéticas disponíveis no mercado
que estamos oferecendo aos nossos cooperados.”
O papel do
Laboratório de
Análise de Sementes
No trabalho da produção da semente é
preciso ter um laboratório de análise qualificado e
com uma equipe capacitada. Cleber Dienis Voidelo,
coordenador do Laboratório de Análise de Sementes,
explica que o laboratório é crucial para garantir
a qualidade das sementes produzidas e comercializadas
pela cooperativa. No laboratório de análise de
sementes da Coamo, são realizados diversos testes
e análises para verificar a pureza, germinação, vigor
e sanidade das sementes.
Esses testes asseguram que as sementes
atendam aos padrões de qualidade exigidos pelo
mercado e pelas regulamentações agrícolas. “O laboratório
utiliza técnicas modernas e equipamentos
avançados para realizar essas análises, garantindo
que os produtores associados da Coamo tenham
acesso a sementes de alta qualidade”, diz Voidelo.
Todo o processo de produção de sementes
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envolve os cooperantes no campo, desde o plantio e a
colheita até o beneficiamento nas UBS’s da Coamo. “As
amostras são analisadas e têm sua qualidade certificada
no laboratório de sementes em Campo Mourão. São
analisadas sementes de soja, trigo e aveia preta produzidas
pelos cooperados, bem como, sementes adquiridas
de fornecedores, garantindo a qualidade do que é
entregue aos produtores”, explica o coordenador.
O laboratório segue normas rígidas que regem
o processo de análise, com todos os registros
necessários nos órgãos fiscalizadores. “O laboratório
da Coamo segue mais de 40 normas e passa por
auditorias constantes. Os resultados emitidos pelo
laboratório dão confiança ao produtor de que as sementes
são de alta qualidade. No entanto, é essencial
que o plantio no campo seja conduzido corretamente
para evitar problemas. O plantio é a etapa
mais importante de toda a cultura.”
Semente se
faz no campo
Como tudo inicia no campo. O plantio é o
primeiro passo para que a semente tenha qualidade.
O cooperado, Geraldo Ferreira de Almeida,
de Pinhão (Centro-Sul do Paraná), sabe bem disso.
Ele destaca que a produção de sementes agrega
valor à produção agrícola. Com 800 hectares entre
milho e soja no verão, ele destina parte dessa área
para a produção de sementes de soja. “Comecei
com um pouco e fui aumentando a cada ano a
área destinada para a semente de soja”, explica
Almeida, que na safra passada cultivou seis variedades
de soja para sementes.
O cooperado produz uma boa semente e
está tendo mais rentabilidade, além de conhecer
novas variedades. Ele observa que a rentabilidade
é um pouco maior, investindo praticamente a mesma
coisa. Contudo, é necessário um cuidado extra
quando se trata de sementes para manter a área lim-
agosto/2024 revista 29

sementes
pa e livre de doenças, fazendo um manejo cauteloso
para garantir sementes de alta qualidade. “Toda a
produção que vai para semente sempre tem aprovação
da Coamo”, considera Almeida.
O cooperante participou do curso de Sementeiros
de Excelência, onde aprimorou o trabalho.
“O curso é muito importante, agregou bastante
conhecimento”, diz ele, destacando melhorias
na colheita, com a regulagem de máquinas e a velocidade
adequada, além de cuidados no plantio
com a profundidade correta e em um clima ideal.
“É uma honra estar produzindo semente para outros
produtores.”
Jonathan Pavanello, gerente da Coamo
em Pinhão, explica que os campos de multiplicação
de sementes têm um acompanhamento mais
constante em comparação a uma lavoura comercial.
Tudo começa com o planejamento feito entre
o cooperado e o engenheiro agrônomo. “Posicionamos
o material que melhor se adapta à região,
que tem uma boa produtividade, observando o
clima, a fertilidade do solo e ajustando a densidade
populacional de plantas”, detalha.
Após a escolha do material, há um acompanhamento
contínuo do campo. “A Coamo presta assistência
técnica ao produtor e faz o registro desses
campos junto ao Ministério da Agricultura para dar
legalidade ao processo, acompanhando a produção
até a colheita para garantir que essa semente chegue
com qualidade na UBS. O cooperado está respaldado
pela cooperativa durante todo o processo”,
garante Pavanello.
Cooperado, Geraldo Ferreira de Almeida, e Jonathan Pavanello, gerente da Coamo em Pinhão (PR)
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Tour de Sementes
Cooperados de diversas regiões do Paraná participaram da quarta edição do Tour na Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) em Furnas, Manoel Ribas (PR)
Entre os dias 13 e 16 de agosto, cooperados
de diversas regiões do Paraná participaram da quarta
edição do Tour na Unidade de Beneficiamento de Sementes
(UBS) em Furnas, Manoel Ribas (Centro-Norte
do Paraná). Durante o evento, mais de 400 participantes
acompanharam de perto todas as etapas do
processo de produção de sementes de soja, desde
o recebimento, processamento, análise e Tratamento
de Sementes Industrial (TSI). A visita técnica também
foi uma oportunidade para conhecer as inovações
implementadas pela Coamo, como o resfriamento
dinâmico de sementes, que contribui para garantir a
máxima qualidade oferecida aos cooperados.
O objetivo do tour foi apresentar as etapas
da produção de sementes de soja, as exigências do
mercado e os investimentos em novas tecnologias,
como o resfriamento dinâmico de sementes, que a
Coamo vem implementando para garantir a máxima
qualidade das sementes oferecidas aos cooperados.
Tiago Ertel, analista de Fornecimento de
Insumos da Coamo, destaca a importância de aproximar
os cooperados do processo de produção.
"Estamos abrindo as nossas portas para mostrar o
que estamos fazendo de melhor e o que buscamos
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32 revista
agosto/2024

sementes
melhorar para que, ao final do processo, a semente
entregue seja de alta qualidade, com
excelente germinação e vigor."
Durante o evento, viram in loco, o funcionamento
da UBS e comprovaram a seriedade
e o rigor com que as sementes da Coamo
são tratadas. "O mais importante de tudo são os
investimentos que estão sendo realizados em
todo o processo de produção de sementes da
Coamo", ressalta Ertel.
Marcelo Istake, cooperado da Coamo em
Altamira do Paraná (Centro-Oeste do Paraná), expressa
sua satisfação com a experiência. "Sempre
tive curiosidade de conhecer uma UBS e entender
o processo realizado. Estou vendo o nível tecnológico
da UBS, principalmente o armazenamento
das sementes com controle de temperatura. Sabemos
que, se uma semente é armazenada em condições
inadequadas, como em temperaturas altas,
ela pode perder qualidade."
Outro cooperado que participou do
tour foi Mentore Rogério Souto Bataiello, de
Arapuã (Centro-Norte do Paraná). “Foi uma
experiência muito boa conhecer todo o processo.
Já utilizo as sementes Coamo, mas não
conhecia todos os detalhes da produção. Fiquei
impressionado com a estrutura e com a
segurança em cada etapa. Agora, tenho ainda
mais confiança no produto que estou colocando
no solo."
Segundo o diretor de Suprimentos e
Assistência Técnica da Coamo, Aquiles de Oliveira
Dias, a cooperativa quer que os cooperados
conheçam o processo de produção de
sementes. "Tudo começa com a escolha do
produtor que fará a multiplicação no campo,
seguido pelo acompanhamento técnico, colheita,
beneficiamento, controle de qualidade,
tratamento e embalagem. É um processo de
muitas etapas e que exige um rigoroso controle,
e estamos comprometidos em mostrar
a nossos cooperados todas as melhorias que
temos implementado para garantir a qualidade
das Sementes Coamo.”
Marcelo Istake, cooperado da Coamo em Altamira do Paraná (PR)
Mentore Rogério Souto Bataiello, de Arapuã (PR)
Durante a visita, os cooperados viram o funcionamento da UBS e comprovaram a
seriedade e o rigor com que as sementes da Coamo são tratadas
agosto/2024 revista 33

sementes
Sementeiros de Excelência premia
melhores produtores da Coamo
Sete cooperados com os respectivos responsáveis técnicos foram reconhecidos pelo programa das regiões de Faxinal, Ivaiporã, Guarapuava, Coronel Vivida e Palmas
No dia 20 de agosto foi realizada a terceira
edição do evento “Sementeiros de Excelência”. O programa
é desenvolvido em parceria com a Basf para
capacitar toda a cadeia produtiva de sementes da
cooperativa, instruindo boas práticas nos campos de
multiplicação ao operador de colheitadeira, ao cooperante
e ao responsável técnico que presta assistência
no campo. “O objetivo é orientar desde o plantio até
a colheita, treinando e promovendo encontros nos entrepostos
da Coamo para discutir ajustes necessários e
boas práticas. Isso garante que a semente seja colhida
no momento certo e com a melhor qualidade”, explica
o gerente de Sementes da Coamo, Roberto Destro.
Segundo o gerente de Vendas da Basf,
Alisson André Mesquini, o programa é fundamental
para a melhoria da produção de sementes. “A semente
é a base de todo o plantio, independente do
cultivo. Porém, é um insumo de muita sensibilidade.
Todo o processo produtivo, desde o plantio do campo
de semente, a condução e a colheita, interferem
totalmente na qualidade final desse produto.”
Mesquini acrescenta que a Basf e a Coamo
criaram esse programa com o intuito de conscientizar
o agricultor sobre o seu papel fundamental no
processo de produção de sementes. O resultado
disso é uma semente de mais qualidade e vigor, garantindo
aos cooperados a possibilidade de plantar
com mais segurança.
34 revista
agosto/2024

Programa é desenvolvido
em parceria com a Basf
para capacitar toda a cadeia
produtiva de sementes da
cooperativa
Neste ano, sete cooperantes com os respectivos
responsáveis técnicos foram reconhecidos pelo
programa das regiões de Faxinal, Ivaiporã, Guarapuava,
Coronel Vivida e Palmas. Uma das premiadas foi
a cooperada Sinara Elisa Mattei, de Coronel Vivida
(Sudoeste do Paraná) que se sentiu honrada com o
reconhecimento. “Recebi um convite da Coamo para
participar e fui sem saber direito do que se tratava.
Mas, durante a primeira etapa eu aprendi que produção
de sementes vai muito além do que eu pensava.
Foi um aprendizado muito grande. Sou produtora de
sementes há uns oito anos e é a primeira vez que participo
deste programa. É gratificante estar aqui.”
Outro cooperante premiado é Arildo Dutra
Guerra, de Faxinal (Centro-Norte do Paraná). Ele
participou das três edições dos Sementeiros de Excelência
e diz que aprende cada vez mais. “Eu não
imaginava que a produção de sementes da Coamo
tinha um rigor tão grande. Me aprimorei muito ao
longo desses anos e me sinto realizado com esse
trabalho. A responsabilidade é grande e precisamos
caprichar cada vez mais.”
O gerente de Sementes, Roberto Destro, ainda
ressalta o benefício financeiro para os cooperados que
participam da produção de sementes. “Os cooperados
recebem um prêmio pela produção de sementes,
que pode variar de 10% a 30% acima do valor de mercado.
Queremos mostrar que, ao seguir as melhores
práticas, o cooperado pode agregar mais valor à sua
produção no momento da colheita”, conclui.
Conforme Alisson André Mesquini, o concurso
também tem um papel motivacional. “A ideia
é justamente motivar. Sabemos que todos os participantes
têm o mesmo nível de comprometimento
dos ganhadores. Às vezes, a diferença entre um e
outro é pequena. Mas, no final do dia, todos saem
ganhando, porque o aumento do potencial produtivo
e da qualidade das sementes também reflete na
rentabilidade dos cooperados. O concurso é uma
forma de coroar aqueles que se destacam na produção
de sementes, mas, ao mesmo tempo, todos que
participam saem fortalecidos pela troca de conhecimento
e experiência”, conclui.
resultados – O evento também apresentou
o resultado geral da produção de sementes
da Coamo para o ciclo de verão 2023/2024, registrando
uma germinação de 93%, vigor em 90% e
teste de solo em 89%.
agosto/2024 revista 35

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incentivo
Mudanças no Proagro: o
que o associado precisa saber
O
Programa de Garantia da Atividade Agropecuária
(Proagro) é um programa do governo
federal que garante o pagamento de
financiamentos rurais de custeio agrícola quando a
lavoura amparada tiver sua receita reduzida por causa
de eventos meteorológicos ou pragas e doenças
sem controle.
Desde o dia primeiro de julho de 2024, entraram
em vigor várias mudanças no programa, entre
elas os limites de coberturas. De acordo com o
diretor de Negócios da Credicoamo, Dilmar Antônio
Peri, uma das mudanças foi a redução de R$ 335 mil
para R$ 270 mil do limite amparado/segurado pelo
governo por CPF no ano agrícola, abrangendo todas
as culturas.
Foi instituída também uma franquia mínima
de 5% obrigatória sobre o valor da contratação, se
houver glosas em função da não aplicação de alguns
insumos que constam no projeto técnico, será
aplicado o qual for maior, ou seja se as glosas forem
superiores a 5% despreza-se a franquia mínima.
Outra alteração apontada pelo diretor é na
entrega das notas fiscais dos insumos. “Agora não
haverá mais a necessidade de entregar no primeiro
momento essas notas fiscais. Mas tem a responsabilidade
do nosso associado de guardar esses documentos
por cinco anos, período em que o Banco
Central ou o Tribunal de Contas pode solicitar, a partir
do momento que tem uma indenização e aí sim,
o nosso agricultor, tem que ter essas notas devidas
guardadas.”
Outra responsabilidade que também houve
mudança são os períodos legais de plantio dentro
do zoneamento agrícola. Segundo a resolução CMN
nº 5.127, o novo programa adequa o valor indenizado
às faixas de risco cobertas pelo Proagro, reduzindo
o pagamento de indenizações em operações
agosto/2024 revista 37

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20%, 30% ou 40%, respectivamente, onde 20% têm
cobertura de 100%, 30% com cobertura de 75% e
40%, cobertura de 50%, sobre o saldo devedor do
financiamento, considerando o maior risco dessas
operações. A medida contribui para a adoção de
boas práticas agronômicas por parte do produtor e
amplia a eficiência na aplicação dos recursos públicos
destinados ao programa.
“Isso traz para o nosso associado uma tábua
de risco e ele tem que ficar atento, junto com a assistência
técnica e nossas agências, que foram devidamente
treinadas para qualquer dúvida. Antes o limite
era R$ 335 mil para todos. Agora não. O produtor
tem a responsabilidade do plantio na hora certa, de
acordo com calendário, para que tenha a cobertura
adequada se houver sinistro”, alerta o diretor.
Uma das implementações feitas pelo Ministério
e pelo Conselho Monetário é que todo projeto,
tem que ser entregue com imagens por sensoriamento
remoto. “Nós como agentes financeiros
temos a obrigatoriedade de fornecer ao perito, as
imagens de satélite, com todas as informações e,
principalmente, a data do plantio, para aí ser definida
a tábua de risco. Por isso é tão importante realizar
o plantio dentro do zoneamento estipulado pelos
órgãos competentes.”
Outra mudança importante no programa é
no enquadramento, em caso de acionamentos anteriores.
Veda-se o enquadramento cujo CPF do
beneficiário ou CAR tiverem quantidade de comunicações
de perdas estabelecida no MCR 12.2.16A,
consecutivas ou não, no período de cinco anos agrícolas
anteriores ao ano em que houve solicitação do
enquadramento. “No programa anterior, o desenquadramento
do associado era somente pelo CPF
dele. Nesse novo programa, são os mesmos cinco
anos, porém, além do CPF, ele analisa o CAR. Ou
seja, independente de quem vai plantar, a propriedade
fica desenquadrada no programa.”
As alíquotas também sofreram alterações.
Até 30 de junho desse ano, a taxa determinada pelo
Dilmar Peri, diretor de Negócios da Credicoamo
Ministério da Agricultura, era por regiões do país. A
partir de julho, passa a ter uma taxa no município em
que o associado esteja inserido, na microrregião ou
na região. Então, para cada item desse tem uma taxa
diferenciada.
As análises de solo continuam obrigatórias
nesse novo modelo. De acordo com Peri, é nesse
momento que a assistência técnica da cooperativa
vai identificar o tipo de solo do associado e a disponibilidade
de água, para encontrar o melhor zoneamento
e para dar a melhor informação do momento
do plantio que tem que ocorrer o plantio.
Pensando no bem-estar do associado, a
Credicoamo realizou treinamento durante o mês de
agosto, direcionado aos funcionários das duas cooperativas,
com o objetivo de aprofundar o conhecimento
sobre o Proagro, essencial para mitigar riscos
e proteger os interesses dos produtores rurais.
“Nossas agências e os entrepostos da cooperativa,
por meio da assistência técnica, ficam à disposição
a todos os associados. Qualquer dúvida em relação
ao programa, procurem a Credicoamo ou a Coamo,
para iniciar o plantio e ter uma boa safra, com tranquilidade”,
completa o diretor.
agosto/2024 revista 39

40 revista
agosto/2024

gestão
Credicoamo realiza reunião mensal
com foco em estratégia e liderança
No dia 20 de agosto, a Credicoamo realizou em
Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), a
reunião mensal com a participação dos diretores,
gerentes funcionais, gestores de negócios e os
gerentes de agências. O foco foi alinhar os objetivos
da cooperativa para os próximos meses, visando ampliar
a atuação em produtos e serviços junto aos seus
mais de 28.000 associados. Com a presença do presidente
do Conselho de Administração, José Aroldo
Gallassini, o encontro destacou a importância de uma
liderança coesa para enfrentar os desafios.
Abrindo o evento o consultor Celso Braga, sócio-fundador
do Grupo Bridge, ministrou uma palestra
abordando o papel das lideranças como "trusted advisors".
Ele abordou a necessidade de o líder não atuar
apenas como gestor, mas também como conselheiro
de confiança, tanto dos associados, seus pares e equipes,
de forma inspiradora e com empatia.
Além da fala dos diretores, também foi destaque
da reunião a apresentação do novo diretor
Financeiro e Riscos, Elton Alexandre Scramocin, dos
gerentes promovidos e contratados, que reforçam a
equipe de gestão da Credicoamo.
Na oportunidade, Gallassini reforçou a
importância da união e do alinhamento entre as
lideranças da Credicoamo. Ele destacou que o sucesso
da cooperativa depende da capacidade de
seus líderes em tomar decisões estratégicas e sustentáveis,
bem como da participação efetiva dos
associados na sua cooperativa de crédito.
A reunião, com a apresentação dos novos
líderes e a palestra do consultor Celso Braga, reforçou
a preparação da cooperativa para o futuro,
consolidando o alinhamento das lideranças
para com os objetivos da Credicoamo para os
próximos meses.
agosto/2024 revista 41

42 revista
agosto/2024

alimentos
Coamo leva tradição e novidades para a Fipan
A
Coamo participou recentemente de mais
uma edição da Feira Internacional de Panificação,
Confeitaria e Food Service (Fipan).
Realizado em São Paulo, o evento reuniu profissionais
e gestores do segmento de food service, como
padeiros, confeiteiros, pizzaiolos e de outros setores
diretos ou indiretos da indústria de transformação.
A participação em eventos como a Fipan se
tornou estratégica para a Coamo, que pelo terceiro
ano consecutivo esteve presente na feira para se
reunir com clientes, fomentar novos negócios com
potenciais consumidores e apresentar novidades e
produtos ao público visitante. Para isso, mais de 20
profissionais da gerência Comercial de Alimentos
foram mobilizados para o evento.
“É um time robusto, com equipes de vendas
que atendem clientes de diferentes canais. Feiras
como essa nos dão a oportunidade de interagir
com mais proximidade junto a esses clientes, de alinhar
novas estratégias e de ouvir e atender demandas
mais específicas. Tudo isso fortalece a relação da
Coamo com o seu público consumidor”, explica o gerente
Comercial de Alimentos, Wagner Schneider.
Schneider ressalta a importância que o trabalho
de comercialização da linha alimentícia tem
para a verticalização da produção do quadro social
da Coamo. “Depois de ser industrializado, o alimento
produzido no campo pelos nossos cooperados é
comercializado e o que a gente faz aqui é garantir
a participação dos cooperados em mercados onde,
individualmente, seria mais difícil o acesso.”
Luiz Roberto Cardoso, do grupo Azevedo
Alimentos, de Formiga (MG), reforça a importância
dessa relação como forma de concretizar negócios.
Há mais de 15 anos, ele atua junto à equipe de compras
da empresa, que distribui os alimentos da Coamo
para consumidores do interior de Minas Gerais.
“Já trabalhamos há bastante tempo com a Coamo,
que é uma das nossas principais fornecedoras e nos
ajudou muito a crescer neste período. Nunca tivemos
problemas com a qualidade dos produtos e
isso reflete-se na fidelização que nossos clientes têm
com a marca.”
Além do fator relacionamento, as feiras
como a Fipan funcionam como importantes canais
de vendas para os alimentos Coamo, que hoje já estão
presentes em todos os estados do Brasil e em
países da América Latina. Esse alcance gerado pela
comercialização dos produtos representa um valor
significativo no faturamento global da cooperativa.
Com o tema “Armazém dos anos 60”, a Coamo preparou um espaço de 80m² que simula
um espaço antigo responsável pela comercialização de grãos, artigos agrícolas, bazar e alimentos
agosto/2024 revista 43

alimentos
“Cozinha Show”, foi um atrativo no estande da Coamo. Um momento de interação com o público presente na feira, que acompanhou a preparação de receitas ao vivo
História, degustação e
novidades no estande da Coamo
A ambientação temática no estande da Coamo
já se tornou tradição nas feiras e eventos em que
a cooperativa participa. Na última edição da Fipan
isso não foi diferente. Com o tema “Armazém dos
anos 60”, a Coamo preparou um espaço de 80m² que
simula um espaço antigo responsável pela comercialização
de grãos, artigos agrícolas, bazar e alimentos.
A concepção do estande faz parte da continuidade
que a Coamo preparou nos últimos eventos,
onde conta a história do varejo e homenageia a
evolução da cooperativa e do próprio comércio. No
espaço, elementos históricos representavam essa trajetória,
além de estarem ligados às raízes da Coamo.
“Nos últimos anos, a Coamo vem trabalhando
para se aproximar mais de seus clientes, tanto
do consumidor final quanto daqueles mais distantes
geograficamente. E o que tem sido entendido e valorizado
pelo público é a história de crescimento e qualidade,
ilustrados pelo trabalho que é realizado por
aqueles que compõem a nossa cooperativa”, explica
o coordenador de Trade Marketing da Coamo, Edson
Watanabe.
Outro atrativo no estande da Coamo foi o
“Cozinha Show”, um momento de interação com o
público presente na feira, que podia acompanhar a
preparação de receitas ao vivo, experimentar os alimentos
feitos com os produtos Coamo e concorrer a
diversos brindes durante essa dinâmica.
“Foi uma grande satisfação conhecer pessoalmente
as equipes da Coamo, que nos receberam
tão bem e demonstraram, com todo o carisma e afeto,
porque os produtos são diferenciados de tudo o
44 revista
agosto/2024

André Ricardo de Almeida
Grupo Dorivali | Valinhos (SP)
“A Fipan é um evento que vem para somar ao nosso
trabalho e fortalecer essa parceria. Para nós, a Coamo
é um fornecedor estratégico e muito importante, pois
conta com um mix de produtos muito grande e variado,
que tem uma aceitação unânime e atende às diferentes
demandas do mercado.”
Antonio Carlos Rugani
Ameripan Distribuidora | Americana (SP)
“Para nós é sempre um prazer estar com a Coamo.
Já somos clientes da cooperativa há mais de 20 anos
e sempre contamos com suporte e atendimento de
qualidade. A Coamo conta com um portfólio de produtos
premium e fazemos questão de oferecer esses produtos
para os nossos clientes.”
que há no mercado”, relata Francisco Roque dos Pesos, cliente
da Coamo em Carreiro da Várzea (AM).
A Fipan também oportunizou a apresentação de novidades
na linha alimentícia da Coamo. Os visitantes conheceram
com mais detalhes as características e aplicações de dois
novos produtos: a mistura para pão Dolce Pan Mix e o balde
de margarina com 70% de gordura e teor reduzido de sódio.
A Dolce Pan Pix é indicada para a fabricação de diversas
receitas de panificação e confeitaria, sendo elaborada a
partir de farinha de trigo de alta qualidade, o que permite a
obtenção de uma massa bem desenvolvida, conferindo mais
maciez, volume e sabor, tanto para receitas doces quanto salgadas.
Já o novo balde de margarina amplia a possibilidade
de aplicações, também podendo ser utilizado em receitas
doces ou salgadas, garantindo ao produto um sabor e aroma
amanteigados e consistência ideal para manipulação.
Para demonstrar a polivalência dos novos produtos,
eles foram utilizados na preparação das receitas do Cozinha
Show. Esfihas, quiches, lua de mel, bolos e outros doces e salgados
fizeram parte do cardápio servido durante os dias de
evento e a aprovação do público com os novos ingredientes
foi grande. “São novos produtos que apresentam mais versatilidade
para os consumidores, ampliando a variedade de
receitas que é possível preparar. Tivemos um feedback muito
positivo das pessoas que passaram pelo nosso estande e que
tiveram a oportunidade de experimentar as receitas”, detalha
a assistente técnica de Alimentos, Karina Bartko.
Francisco Roque dos Pesos
Panificadora Priscila | Carreiro da Várzea (AM)
“Mesmo tão distante, a Coamo chegou até nós no
Amazonas e nos oferece um produto de alta qualidade,
com valor acessível, sendo a melhor opção em comparação
com outros produtos do mercado. Foi um prazer estar na
Fipan e conhecer mais sobre a cooperativa.”
A Fipan oportunizou a apresentação de novidades na linha alimentícia da Coamo. Os
visitantes conheceram as características e aplicações de dois novos produtos: a mistura para
pão Dolce Pan Mix e o balde de margarina com 70% de gordura e teor reduzido de sódio
agosto/2024 revista 45

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Poder supremo
contra os percevejos
em suas mãos
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em todo o ciclo da soja e do milho.
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ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;
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46 revista
agosto/2024

investimento
Coamo inicia obras de novo
entreposto em Campina da Lagoa
Investimento aprovado em assembleia geral pelos cooperados totaliza
R$ 110 milhões e contará com estrutura completa de atendimento aos associados
O
município de Campina
da Lagoa, no Centro-
-Oeste do Paraná, contará
em 2025 com o mais novo
entreposto da Coamo Agroindustrial
Cooperativa. O investimento
aprovado em assembleia
geral pelos cooperados totaliza
R$ 110 milhões e contempla seis
silos com capacidade para 60 mil
toneladas e estrutura completa
com escritório administrativo, armazém
de insumos, e uma agência
da Credicoamo. As obras de
terraplanagem foram iniciadas
há algumas semanas e estão em
ritmo acelerado. A nova unidade
está localizada no trevo de acesso
a Altamira do Paraná, saída de
Campina da Lagoa.
O diretor de Logística e
Operações da Coamo, Edenilson
Carlos de Oliveira, visitou a obra
recentemente cuja previsão é de
iniciar o funcionamento até o final
do primeiro semestre do próximo
ano. “Trata-se de uma obra
robusta e moderna que irá atender
os cooperados da Coamo
de Campina da Lagoa e região,
e alavancar o desenvolvimento
das atividades. A nossa expectativa
é entrar em operação já para
receber a próxima segunda safra
de milho. A Coamo valoriza os
cooperados e este novo investimento
vem ao encontro da participação
expressiva deles na vida
da cooperativa”, afirma o diretor.
O gerente do entreposto
da Coamo em Juranda, Sérgio
Bertolla Júnior, que esteve presente
na visita à obra informa
que as novas estruturas serão
instaladas em uma área de 9,3
alqueires e a capacidade estática
de aproximadamente um milhão
de sacas. “O novo entreposto
encurtará o deslocamento dos
cooperados, abreviando significativamente
a distância das suas
lavouras até o ponto de descarga
na Coamo, tornando o processo
mais ágil. Além disso, aliviará os
Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e
Operações da Coamo, e Sérgio Bertolla, gerente da
Coamo em Juranda (PR)
outros entrepostos da região
para que sejam atendidos de forma
ainda mais rápida e eficiente”,
comemora o gerente.
agosto/2024 revista 47

integração
Mulheres cooperativistas da Coamo
Evento em Ivaiporã
reuniu mais de
quinhentas mulheres.
Além da anfitriã,
participaram
representantes
de Manoel Ribas,
Cândido de Abreu,
Reserva, Marilândia
do Sul, Cruzmaltina,
Faxinal, São João do
Ivaí e Fênix
Por toda área de ação da Coamo, milhares de
mulheres participam dos encontros dedicados
ao público feminino da cooperativa. Ao todo,
oito regionais no Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul, realizam o Encontro das Mulheres
Cooperativistas. Em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná),
evento reuniu mais de quinhentas pessoas.
Além da anfitriã, Manoel Ribas, Cândido de Abreu,
Reserva, Marilândia do Sul, Cruzmaltina, Faxinal, São
João do Ivaí e Fênix, representaram os municípios
onde a Coamo atua.
“A semente caiu em terra boa e deu bons
frutos.” Essa frase foi escolhida como tema do evento
nesse ano para simbolizar a mulher, como uma
semente plantada em solo fértil. Com o seu empenho
e entusiasmo essa semente brotará, florescerá e
dará frutos abundantes. O evento tem o objetivo de
potencializar a participação feminina na cooperativa,
evidenciando a importância do público.
As presentes acompanharam duas palestras.
A primeira sobre a relação entre gerações e comunicação
nas propriedades rurais, com a relações
públicas Thaís Jerônimo Duarte. A ideia da palestra
foi apresentar as características de cada geração.
“Eu falei da geração silenciosa dos baby boomers,
da geração X, Y, Z pra que elas pudessem primeiro
se entender dentro da geração e entender o porquê
tem tantas diferenças quando se conversa com os
pais, com os filhos, com os netos. Depois eu trouxe
alguns conselhos de que elas podem aplicar tanto
dentro de casa quanto no ambiente de trabalho, começando
pela importância do ouvir.”
Thais ainda falou do papel da mulher no
agronegócio. Segundo ela, todas tem uma capacidade
de integração muito grande, que converge. “Ela
conecta, ela acolhe, ela cuida. Eu entendo que dentro
do contexto do cooperativismo, principalmente do
agro, a mulher tem um papel de protagonismo não
só dentro de casa, mas dentro dos negócios também.
E a gente percebe cada vez mais elas assumindo car-
48 revista
agosto/2024

gos de liderança, cargos de gestão, auxiliando os
maridos no trabalho e nas decisões. E a gente sabe
que ter uma mulher ponderando junto com o homem
confere a ele muito mais sucesso”, afirma.
A segunda apresentação foi com a comunicadora
Sirlei Benetti, com o tema ‘Você nasceu
pra dar certo.’ A comunicadora aborda o papel da
mulher na sociedade e tem o intuito de fazer com
que o público feminino entenda que o mundo exige
muito das mulheres, mas também é necessário
estar confortável com quem realmente é, e viver
a melhor versão de si. “Eu tenho certeza de que
o trabalho que a gente faz com elas surte efeito
lá na propriedade rural, na casa e na vida delas. É
extraordinário isso. É um movimento que não tem
volta e não pode ter volta. Porque quando uma
mulher se cura, toda a família se levanta. É o papel
da mulher na sociedade, mas principalmente
na casa delas: levantar e curar a família. Mas para
isso ela precisa se curar primeiro. E é isso que a
gente trata aqui.”
Os dois assuntos foram escolhidos para
incentivar as mulheres a se verem como líderes e
agentes de transformação no agronegócio. Adriana
Simões, da unidade de Cruzmaltina, afirma que é
muito especial ter esse momento entre as mulheres
na cooperativa, principalmente abordando esses
temas muito relevantes para o dia a dia. “Encontrar
todo mundo aqui com os mesmos problemas, com
as mesmas ansiedades, com as mesmas expectativas
é maravilhoso. É cada um pensando na sua própria
casa, sua vida, no momento que foi colocado
os assuntos.”
A cooperada Ângela Carla da Silva Lyra,
de Ivaiporã, conta que essa troca de experiências
que há nos encontros que a Coamo promove é
muito interessante. “É de extrema importância
essa integração entre nós, principalmente agora
que a mulherada está mais ativa no agro. Antes
era mais cozinha, e hoje está também no operacional
ou na parte administrativa. É muito legal ter
essa troca e ver como cada uma faz na sua atividade.
A gente sempre leva para dentro da propriedade”,
afirma a cooperada.
Ângela Carla
da Silva Lyra,
de Ivaiporã
Adriana Simões,
de Cruzmaltina
agosto/2024 revista 49

formação no campo
Coamo forma 28ª turma de
Jovens Líderes Cooperativistas
Trinta e cinco cooperados do Paraná e Santa Catarina concluíram a formação
Foi realizada no dia 21 de
agosto a formatura da 28ª
turma do Programa de Jovens
Líderes Cooperativistas da
Coamo, formação promovida em
parceria com o Sescoop/PR e a
Universidade Federal do Paraná
(UFPR). O evento ocorreu no anfiteatro
da cooperativa em Campo
Mourão (Centro-Oeste do Paraná)
e contou com a participação
dos familiares dos formandos e
dos membros das diretorias da
Coamo e da Credicoamo.
Realizado desde 1998, o
programa é reconhecido como o
melhor na formação e sucessão
cooperativista, já tendo formado
milhares de lideranças durante
esses 26 anos de realização.
Neste ano, participaram do programa
35 cooperados do Paraná
e de Santa Catarina, que tiveram
acesso a um conteúdo programático
personalizado para a
Coamo com o objetivo de preparar
os formandos para exercerem
cargos de gestão e liderança nas
propriedades e dentro da própria
cooperativa.
“O nosso objetivo é formar
líderes comunitários que
participarão dos comitês educativos
e da alta gestão da cooperativa,
a exemplo do que acontece
hoje, onde membros dos
Conselhos Fiscal e Administrativo
foram formados pelo Programa
Jovens Líderes”, explica o
Realizado desde 1998, o programa é reconhecido como o melhor na formação e sucessão cooperativista, já tendo formado milhares de lideranças
50 revista
agosto/2024

Cleiton Petry Baitel, de Boa Ventura de São Roque (PR)
Sara Tiemi Nishida, cooperada em Nova Santa Rosa (PR)
presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari.
Sara Tiemi Nishida, cooperada em Nova Santa
Rosa (Oeste do Paraná) foi uma das formandas da
28ª turma. Na formatura, ela destacou os resultados
colhidos até o momento com a participação no programa.
“Foi uma oportunidade de conhecer com
mais aprofundamento o funcionamento da cooperativa
e entender mais sobre a sucessão, seja dentro ou
fora da propriedade. A expectativa foi superada e já
pude levar muita coisa para o meu dia a dia, na rotina
na lavoura e no relacionamento com a minha família.”
O cooperado Cleiton Petry Baitel, de Boa
Ventura de São Roque (Centro-Sul do Paraná), também
participou da 28ª turma e corrobora a relevância
do aprendizado colhido durante a formação. “O
curso foi muito interessante, tive a oportunidade de
aprender várias coisas, inclusive coisas que já pude
implantar na minha propriedade. O aprendizado foi
muito importante e a evolução pode ser percebida
em toda a turma formada pelo programa.”
Precursor do curso e entusiasta da formação
cooperativa, o presidente dos Conselhos de Administração
da Coamo e Credicoamo, José Aroldo
Gallassini, salienta a importância que o programa
tem para os formandos e para o cooperativismo. “Eu
sempre digo que a Coamo não foi feita para uma
geração, mas sim para a vida toda. Para isso, precisamos
preparar pessoas que estejam aptas para
liderar a cooperativa e suas propriedades. Nós comemoramos
a formação de mais uma turma e acreditamos
que esses 35 cooperados com certeza farão
a diferença no futuro.”
Formandos visitaram as indústrias da Coamo
Diretoria recebeu o grupo e seus familiares na sede administrativa da Coamo
agosto/2024 revista 51

52 revista
agosto/2024

visita
Presidente da Fertipar é homenageado na Coamo
Feldmann acompanhado
de diretores da empresa
visitou à Coamo
Foi “ uma oportunidade muito grande estar na
Para o presidente da Fertipar que fundou a
Coamo, fui surpreendido com o convite para empresa em 1970, sua história se confunde com a
plantar uma árvore na Fazenda Experimental da Coamo. “Eu ouvi durante duas horas a história da
da Coamo. Foi uma coisa que me comoveu muito, Coamo nesta visita e vi o que vocês estão fazendo,
pois não esperava esta homenagem. Plantei um ipê é surpreendente e motivo de orgulho para todos.
branco e espero que esta árvore floresça e continue Chamou-me a atenção como chega rápido à assistência
técnica e o fornecimento de insumos aos coo-
fomentando e solidificando esta maravilhosa parceria
com a Coamo”, comemora o engenheiro agrônomo
Alceu Elias Feldmann, fundador e presidente da
Segundo Feldmann, a Coamo é uma coopeperados,
e a solidez da cooperativa.”
Fertipar, uma das principais empresas de fertilizantes
do Brasil e do mundo, que surgiu em 1980. também financeira e na distribuição dos resultados
rativa forte não só em estrutura de distribuição, mas
Feldmann acompanhado de diretores da aos cooperados. “Isso é uma segurança para esses
empresa visitou a Coamo dia 16 de agosto e conheceu
a história da cooperativa contada pela di-
e entregam com tranquilidade na Coamo.”
32 mil agricultores que pegam tudo o que precisam
retoria. Ele é catarinense do interior que saiu de
Santa Catarina como engenheiro agrônomo para
ser idealizador de umas das principais empresas
de fertilizantes do Brasil e do mundo.
O diretor de Suprimentos e Assistência Técnica
da Coamo, Aquiles Dias, saudou Feldmann.
“Estamos aqui na Fazenda Experimental que é um
local muito importante para a Coamo e seus cooperados,
pois aqui é um lugar de tecnologia onde são
testadas e aprovadas para serem utilizadas nos campos
dos nossos cooperados. Este reconhecimento é
para o senhor que muito fez para o desenvolvimento
do nosso agro nesses anos todos.”
Alceu Elias Feldmann plantou uma árvore na Fazenda Experimental
agosto/2024 revista 53

54 revista
agosto/2024

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RAÇÕES COAMO, DO CAMPO
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