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ENTREVISTA<br />

Barbara Bonfim conta os desafios e conquistas para presidir a Rede Mulher Florestal<br />

EXCELÊNCIA<br />

NA FLORESTA<br />

PARCERIAS E NOVOS<br />

IMPLEMENTOS<br />

CONTRIBUEM NA<br />

EVOLUÇÃO DA<br />

COLHEITA<br />

FOREST<br />

EXCELLENCE<br />

PARTNERSHIPS AND<br />

NEW IMPLEMENTS<br />

CONTRIBUTE TO<br />

THE EVOLUTION<br />

OF THE HARVEST


Linha Biotritus SHPH+<br />

Alta eficiência em qualquer tipo de<br />

terreno;<br />

Martelos de aço especial com<br />

pastilhas de carbeto de tungstênio;<br />

Ideais para limpeza de áreas,<br />

renovação de cultura e eliminação<br />

de queimadas.


Linha Pesada HPH<br />

Bicos de metal duro especial (HPH)<br />

Não requer afiação<br />

Versátil para diferentes tipos de<br />

vegetação<br />

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DO BRASIL<br />

PARA O MUNDO<br />

dentes de corte<br />

sabres<br />

ponteiras substituíveis<br />

acessórios<br />

disco de feller<br />

coroas de tração<br />

Facas para picadores<br />

rotaryax<br />

rotaryaxoficial


SUMÁRIO<br />

SETEMBRO 2024<br />

58<br />

HISTÓRIA<br />

FLORESTAL<br />

16 Editorial<br />

18 Cartas<br />

20 Bastidores<br />

22 Notas<br />

40 Coluna CIPEM<br />

42 Frases<br />

44 Entrevista<br />

56 Coluna<br />

58 Principal<br />

64 Minuto Floresta<br />

66 Integração<br />

74 Artigo<br />

78 Greve<br />

86 Compostagem<br />

90 Pragas<br />

96 Pesquisa<br />

102 Agenda<br />

104 Espaço Aberto<br />

86<br />

90<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

21 Agroceres<br />

99 Bellé Suporte<br />

19 BKT<br />

17 Bruno<br />

31 Carrocerias Bachiega<br />

93 D’Antonio Equipamentos<br />

47 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

29 DRV Ferramentas<br />

77 Duffatto Viveiro Florestal<br />

83 Ecoserra<br />

53 Eloforte<br />

45 Emex Brasil<br />

51 Engeforest<br />

108 Envimat<br />

23 Envimat/CBI<br />

89 Envimat/Compostagem<br />

15 Envu<br />

67 Equilíbrio Florestal<br />

71 Felipe Diesel<br />

35 Fex<br />

65 Fezer<br />

43 Hennings<br />

04 Himev<br />

08 Lion Equipamentos<br />

27 LS Tractor<br />

81 Lufer Forest<br />

73 Manos Implementos<br />

85 Mill Indústrias<br />

55 Nordtech<br />

101 Penz Saur<br />

79 Planalto Picadores<br />

69 Potenza<br />

105 Prêmio REFERÊNCIA<br />

95 Recimac<br />

91 Remsoft<br />

39 Rocha Facas<br />

06 Rotary-Ax<br />

10 Rotor Equipamentos<br />

12 Sergomel<br />

106 Sparta Brasil<br />

25 Syngenta<br />

33 Tecmater<br />

103 Terra Seguros<br />

97 Timbeter<br />

41 Unibrás<br />

57 Vale do Tibagi<br />

37 Vantec<br />

49 WDS Pneumática<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


Envu é uma nova visão para uma<br />

empresa com meio século de história<br />

no segmento de saúde ambiental,<br />

que detém um sólido portfólio<br />

de produtos comprovados<br />

e reconhecidos.<br />

Em cada uma de suas linhas de<br />

negócio, a Envu concentra seu<br />

trabalho na química e além,<br />

colaborando com os clientes para<br />

criar soluções que funcionarão hoje<br />

e no futuro.<br />

Mantemos as florestas prosperando para<br />

que as comunidades continuem crescendo.<br />

Florestas<br />

Para receber mais informações, cadastre-se<br />

através do QR code abaixo:


EDITORIAL<br />

Crescendo juntos<br />

Uma floresta não se faz com apenas uma árvore. É o conjunto<br />

de uma ou centenas de espécies que crescem e constituem<br />

um ambiente com características próprias, estrutura única e que<br />

fortalecem a biodiversidade onde estão presentes. Assim também<br />

é o segmento de base florestal. É na união das pessoas que fazem<br />

esse setor crescer, se desenvolver e deixar sua marca na sociedade.<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL atua desde sua iniciação, na<br />

criação de pontes e no fortalecimento das parcerias que fazem o<br />

setor de base florestal sempre promissor. Nessa edição a história<br />

da J de Souza e a garra traçadora lançada em parceria com a Rotary-Ax,<br />

as preocupações causadas por uma nova praga florestal,<br />

integração lavoura pecuária floresta, as dificuldades causadas pela<br />

greve dos servidores públicos do Ibama, no Mato Grosso, as novidades<br />

do segmento de compostagem e uma entrevista exclusiva<br />

com Barbara Bonfim, presidenta da Rede Mulher Florestal. Até a<br />

próxima!<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

2<br />

<br />

<br />

<br />

1<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

FOREST<br />

EXCELLENCE<br />

PARTNERSHIPS AND<br />

NEW IMPLEMENTS<br />

CONTRIBUTE TO<br />

THE EVOLUTION<br />

OF THE HARVEST<br />

Na capa dessa<br />

edição a J de Souza,<br />

completando 45 anos de<br />

comprometimento com o<br />

segmento florestal<br />

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº266 • Setembro 2024<br />

ENTREVISTA<br />

<br />

Barbara Bonfim conta os desafios e conquistas para presidir a Rede Mulher Florestal<br />

EXCELÊNCIA<br />

NA FLORESTA<br />

PARCERIAS E NOVOS<br />

IMPLEMENTOS<br />

CONTRIBUEM NA<br />

EVOLUÇÃO DA<br />

COLHEITA<br />

GROWING TOGETHER<br />

You cannot make a forest with just one tree. It is a collection<br />

of one or hundreds of species that grow together to create an<br />

environment with its own characteristics and unique structure, enhancing<br />

the biodiversity of the place where it is found. This is also<br />

true of forestry. It is in the union of the people who make up the<br />

Sector that it grows, develops, and leaves its mark on society. Since<br />

its inception, REFERÊNCIA Florestal has worked to build bridges<br />

and strengthen the partnerships that make the Forest Sector so<br />

promising. In this Issue, we tell the story of J. de Souza and the<br />

tracer claw launched in partnership with Rotary-Ax, the concerns<br />

raised by a new forest pest, the integration of crop and livestock<br />

forestry, the difficulties caused by the public servants’ strike in<br />

Mato Grosso, news from the Composting Sector, and an exclusive<br />

interview with Barbara Bonfim, President of the Forest Women’s<br />

Network. Until next time!<br />

Entrevista com Barbara<br />

Bonfim, presidenta da<br />

Rede Mulher Florestal<br />

Greve do Ibama provoca crise econômica<br />

no setor florestal de Mato Grosso<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 266 - SETEMBRO 2024<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


BRUNO: ONDE A INOVAÇÃO<br />

ENCONTRA A EXCELÊNCIA<br />

A inovação está no nosso DNA. Adaptabilidade é a nossa estratégia. E a satisfação<br />

do cliente, a nossa meta.<br />

Transformamos desafios em oportunidades. O resultado? São soluções de excelência<br />

alinhadas ao que há de mais moderno e tecnológico no mercado.<br />

Confie na nossa experiência. Estamos sempre à frente, ajustando e aprimorando<br />

nossos processos.<br />

Entre em contato com a nossa equipe e descubra como podemos ser o diferencial na<br />

sua operação florestal.<br />

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CARTAS<br />

ENTREVISTA<br />

Pedro Francio Filho apresenta sua visão e experiência em silvicultura de alta performance<br />

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product<br />

<br />

Capa da Edição 265 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de agosto de 2024<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

TECNOLOGIA EM COMPOSTAGEM<br />

RESÍDUOS ORGÂNICOS:<br />

PASSIVO AMBIENTAL OU OPORTUNIDADE?<br />

Ano XXVI • Nº265 • Agosto 2024<br />

COMPOSTING TECHNOLOGY<br />

ORGANIC WASTE: ENVIRONMENTAL<br />

LIABILITY OR OPPORTUNITY?<br />

PRINCIPAL<br />

Por Carlos de Paula, Londrina (PR)<br />

Que grande trabalho na expansão de um mercado como o florestal. São<br />

oportunidades como essa que movimentam o nosso setor.<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Rogério de Oliveira, Campo Grande (MS)<br />

Quando o profissional conhece do que fala, tudo parece simples e fácil.<br />

Muito sucesso para Pedro Francio na valorização da consultoria florestal.<br />

LEGISLAÇÃO<br />

Por Carla Carvalho, Campinas (SP)<br />

A parceria com o setor público é chave para abrirmos ainda mais oportunidades e<br />

facilitar o trabalho florestal. Parabéns ao Estado de Minas Gerais pela conquista.<br />

Foto: divulgacão<br />

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18 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência Florestal<br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ENCONTRO<br />

Encontro de peso durante a<br />

BioComForest em Botucatu (SP), com<br />

os diretores das empresas Equilíbrio<br />

Proteção Florestal, Mirex-S Iscas<br />

Formicidas e REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

EM MÃOS<br />

O diretor comercial da<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />

Machado, foi até a cidade de<br />

São Carlos (SP), para entregar<br />

pessoalmente a edição de<br />

Agosto/24, que teve a participação<br />

especial da Komptech na<br />

reportagem sobre Compostagem.<br />

A entrega foi feita aos diretores da<br />

Envimat (empresa que representa<br />

a Komptech), Arnaldo Casselli e<br />

Vinícius Casselli.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

PODCAST<br />

O diretor florestal da TFC<br />

(The Forest Company), José<br />

Sawinski Júnior, participou<br />

do PodCast REFERÊNCIA,<br />

contando sobre a sua carreira<br />

e experiência profissional de<br />

mais de 20 anos no segmento<br />

florestal. Na foto, ao lado<br />

dos diretores da Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

Fábio Machado e Pedro<br />

Bartoski Jr.<br />

VERBA LIBERADA<br />

ALTA<br />

A Diretoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social) aprovou o contrato da<br />

nova doação do governo dos EUA (Estados Unidos<br />

da América) ao Fundo Amazônia, no valor de US$<br />

47 milhões, o equivalente a R$ 270 milhões. Este<br />

novo aporte do governo dos EUA completa a<br />

entrega inicial de US$ 50 milhões, cerca de R$ 285<br />

milhões, ao Fundo, e faz parte do compromisso de<br />

US$ 500 milhões feito pelo presidente Biden em<br />

abril de 2023. Segundo a embaixada americana, o<br />

presidente Biden continua trabalhando com o Congresso<br />

norte-americano para solicitar e garantir o<br />

financiamento restante para o Fundo Amazônia e<br />

atividades relacionadas até 2028.<br />

SETEMBRO 2024<br />

AMAZÔNIA EM CHAMAS<br />

A Amazônia está em chamas, com 59 mil focos<br />

de incêndio registrados desde janeiro até agora.<br />

Esse é o maior número desde 2008 e pode subir<br />

ainda mais, já que a contagem é atualizada mensalmente<br />

e agosto não teve seu total de dados<br />

contabilizados até o fechamento dessa edição. A<br />

fumaça que cobre a floresta está se espalhando<br />

por milhares de quilômetros. Durante o mês foi<br />

registrada a presença de fumaça em 11 Estados:<br />

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso<br />

do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Paraná,<br />

Minas Gerais, São Paulo e Amazonas.<br />

BAIXA<br />

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Qualidade<br />

Sistema de Gestão de Qualidade<br />

certificado pela ISO 9001: 2015,<br />

em desenvolvimento, produção,<br />

comercialização e serviços pós-venda.<br />

Eficiência<br />

Resultados de controle comprovado em<br />

campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />

Precisão


NOTAS<br />

Podcast REFERÊNCIA<br />

Durante o mês de agosto o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito especiais que trataram<br />

de grandes temas e compartilharam belas histórias. No episódio sobre compostagem contamos com a presença de Vinicius Casselli,<br />

diretor da Envimat, Rossana Baldanzi, chefe da divisão de licenciamento ambiental de atividade despoluidora do IAT (Instituto Água<br />

e Terra) e José Luiz Tomita, consultor especialista em compostagem (foto de cima).<br />

O programa trouxe grandes esclarecimentos sobre o tema e abriu uma porta de oportunidade para que o segmento florestal<br />

pudesse conhecer a realidade da compostagem. Em sua participação, Tomita, como é conhecido no meio, pôde responder a uma<br />

série de perguntas enviadas pelos ouvintes e expectadores do programa, como a possibilidade de compostagem de recuperação de<br />

áreas através da compostagem ou ainda se há como criar um composto específico para uma área. “Temos que olhar o solo brasileiro<br />

de maneira muito específica, entendendo nossa realidade e tratando da maneira certa para atingir nossos objetivos”, comentou Tomita.<br />

Vinicius Casselli, destacou a importância da compostagem no segmento de celulose e papel e como outras partes do segmento<br />

florestal podem ter benefícios com a compostagem. “O grande ativo do segmento florestal e a compostagem vem como uma janela<br />

de oportunidade de valorização desse ativo”, destacou<br />

Vinicius.<br />

Já Rossana, apontou a legislação e a parte técnica da<br />

operação de compostagem no Paraná, Estado onde trabalha<br />

há quatro décadas. Segundo a chefe do IAT há uma<br />

série de regras muito bem estabelecidas para que a compostagem<br />

possa ser realizada da maneira correta. “Todo<br />

os parâmetros que foram criados e fiscalizamos constantemente<br />

foram feitos não apenas para criar empecilhos,<br />

mas sim gerar resultados de alto padrão e condizentes<br />

com um processo de reaproveitamento de matéria orgânica”,<br />

concluiu Rossana.<br />

No outro episódio os convidados foram Álvaro Scheffer<br />

e Álvaro Scheffer Jr (foto de baixo), respectivamente,<br />

presidente e diretor florestal da Águia Florestal, empresa<br />

paranaense de reflorestamento e processamento de<br />

madeira. Um dos destaques desse programa ficou pela<br />

respeitabilidade e dignidade que o setor florestal conquistou<br />

com o passar dos anos. “Houve uma evolução muito<br />

grande em relação a equipamentos, ao cuidado com as<br />

pessoas e com a estrutura que é oferecida, gerando uma<br />

relação diferente para quem está dentro e para quem vê<br />

de fora nosso setor”, destacou Álvaro Scheffer.<br />

Em um momento especial, os dois convidados puderam<br />

falar sobre Ferdinando Scheffer Junior, patriarca<br />

da família. Enquanto seu filho valorizou a persistência e<br />

a honestidade do pai, Álvaro Scheffer Jr. ressaltou o empenho<br />

e a vontade de continuar aprendendo com o avô.<br />

“Ele está sempre pronto para tirar o melhor das pessoas,<br />

a aprender algo novo e vejo nele uma serenidade e uma<br />

alegria sem igual, tanto que até hoje contamos com ele<br />

para nos aconselhar”, valorizou Álvaro Scheffer Jr.<br />

O episódio completo o Leitor pode conferir<br />

no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Máquinas de alta tecnologia<br />

A Vantec, uma das líderes em soluções industriais para o setor madeireiro, está preparada para surpreender o mercado<br />

na próxima edição da feira Lignum, que ocorrerá de 17 a 19 de setembro de 2024. Com foco na inovação e na eficiência,<br />

a empresa apresentará suas mais recentes máquinas equipadas com tecnologia de ponta, que prometem elevar os<br />

padrões de produtividade e sustentabilidade no setor.<br />

As novas máquinas da Vantec foram desenvolvidas para atender às demandas crescentes de eficiência operacional e<br />

automação. Com sistemas avançados de controle, maior precisão nos processos e integração com soluções digitais, essas<br />

máquinas proporcionam uma experiência de uso mais intuitiva e produtiva. Além disso, elas foram projetadas com foco<br />

na sustentabilidade, reduzindo o consumo de energia e aumentando a durabilidade dos componentes.<br />

DESTAQUES TECNOLÓGICOS<br />

Automação Inteligente: as máquinas contam com tecnologia de automação inteligente, que ajusta os parâmetros<br />

operacionais em tempo real, garantindo maior precisão e eficiência no corte e processamento de madeira.<br />

Conectividade: A integração com sistemas de controle digital permite o monitoramento remoto das máquinas, possibilitando<br />

ajustes e diagnósticos em tempo real, otimizando o tempo de operação e minimizando paradas não planejadas.<br />

Sustentabilidade: A Vantec mantém o compromisso com a sustentabilidade, e nossas novas máquinas são projetadas<br />

para operar com menor consumo de energia, reduzindo o impacto ambiental sem comprometer a performance.<br />

A Vantec convida a todos os nossos parceiros, clientes e interessados a visitarem o estande na feira Lignum. Será uma<br />

excelente oportunidade para conhecer de perto as inovações tecnológicas que a empresa está trazendo para o mercado<br />

e explorar como essas soluções podem transformar o seu negócio.<br />

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NOTAS<br />

Trabalho de campo<br />

A Itaipu Binacional e a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) começaram os primeiros levantamentos<br />

de campo para a elaboração do inventário da fauna e da flora da faixa de proteção do reservatório. O trabalho<br />

vai abranger cerca de 30 mil hectares de mata ciliar, na margem brasileira da usina, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, no<br />

oeste do Paraná.<br />

O objetivo é avaliar o grau de conservação, a conectividade e a diversidade arbórea da faixa de proteção. A pesquisa<br />

é coordenada pela Embrapa Florestas, com participação da Embrapa Instrumentação, e prevê investimentos de<br />

R$ 20,6 milhões em cinco anos. De acordo com a Itaipu, será o mais completo inventário florestal já realizado por uma<br />

usina hidrelétrica no Brasil.<br />

“A faixa de proteção é um patrimônio ambiental e conhecê-la em detalhes nos ajuda a definir estratégias de gestão<br />

e de melhoria contínua dessa vegetação. Ajuda também a compreender como a comunidade pode se beneficiar<br />

por meio dos serviços ecossistêmicos que essa vegetação oferece”, explica o gestor do convênio pela Itaipu, Luís Cesar<br />

Rodrigues da Silva.<br />

A primeira fase da pesquisa começou em março, com visitas exploratórias e entrevistas. Para a fase atual, com<br />

duração de cinco meses, os pesquisadores delimitaram 400 parcelas, termo utilizado para designar as áreas de coleta<br />

ao longo da faixa de proteção. Será instalado um conjunto de três parcelas a cada 10 km (quilômetros), separadas por<br />

no mínimo 30m (metros) de distância umas das outras.<br />

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TRATORES VOCACIONADOS<br />

PARA APLICAÇÃO FLORESTAL.<br />

SÉRIE<br />

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A série Plus Forest foi desenvolvida com<br />

características únicas e customizadas para<br />

atender às atividades de plantio e cultivo<br />

de floresta. São tratores com especial<br />

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operacional em função do conjunto<br />

motor e transmissão. A combinação<br />

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FLORESTAIS, com blindagem dianteira, traseira e<br />

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COM JANELAS QUE FACILITAM A<br />

DINÂMICA DAS MANUTENÇÕES diárias do<br />

trator, com estrutura especialmente projetada<br />

para proteger as partes mecânicas: cabine,<br />

retrovisores e faróis laterais.<br />

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desenvolvido para não prejudicar o raio<br />

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NOTAS<br />

Florestal mais forte<br />

A balança comercial do setor florestal brasileiro registrou um saldo positivo de US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre<br />

deste ano, um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023, conforme o Mosaico IBÁ, boletim da IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores). Embora a celulose continue sendo o principal produto exportado, as vendas externas de painéis de<br />

madeira foram o grande destaque no período.<br />

O setor de árvores cultivadas é atualmente um dos pilares da economia brasileira, respondendo por 4,4% do total das<br />

exportações do país no primeiro trimestre de 2024 e ocupando o quarto lugar nas exportações agropecuárias brasileiras,<br />

com uma participação de 9,2% do total exportado pelo agronegócio.<br />

Em termos de produção, o Brasil produziu 6,3 milhões de toneladas de celulose no primeiro trimestre, representando<br />

um aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior. A produção de papel também cresceu, alcançando 2,8 milhões de<br />

toneladas até o final de março, uma alta de 6,1%, com um aumento nas exportações de 24,5%. O destaque foi para o papel<br />

para embalagem, cuja produção subiu 10,4%.<br />

As exportações de painéis de madeira registraram uma forte alta entre janeiro e março deste ano, totalizando 369 mil m³<br />

(metros cúbicos), um aumento de 57% em comparação com o mesmo período de 2023. As vendas domésticas também cresceram<br />

10,4%, atingindo 1,8 milhão m³. No mercado internacional, a China continua sendo o principal destino dos produtos<br />

florestais brasileiros, especialmente para a celulose, com compras no valor de US$ 1 bilhão, sendo 95% desse montante em<br />

celulose. A China manteve suas compras de celulose estáveis, mas aumentou as importações de papel em 270% e de painéis<br />

de madeira em 139%.<br />

Foto: divulgação<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

A INOVAÇÃO CHEGA<br />

PARA TODOS...<br />

...A COLHEITA FLORESTAL<br />

NÃO SERÁ MAIS A MESMA.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Foco na cultura<br />

A Campanha: #CirculeUmLivro; chega maior à sua terceira edição em 2024, com o objetivo de alcançar milhares de<br />

pessoas em seis Estados brasileiros. Realizada conjuntamente pela IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que<br />

representa o setor de árvores cultivadas para fins industriais no país, e pela Abigraf (Associação Brasileira da Indústria<br />

Gráfica), entidade que representa a indústria brasileira de impressão, a ação convida a população a trocar livros já lidos<br />

por outros disponíveis em pontos de grande circulação das cidades.<br />

Nesta edição, para além de São Paulo (SP), haverá pontos de troca de livros no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte<br />

(MG), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Brasília (DF) - a expansão acontece graças ao apoio das entidades regionais de<br />

representação do setor. Alguns endereços ainda contarão com atividades culturais gratuitas para todas as idades. A<br />

ação reflete a importância da leitura e da sustentabilidade do papel, produzido a partir de árvores plantadas, colhidas e<br />

replantadas para este fim, comumente em áreas antes degradadas.<br />

Na largada da campanha, os locais de troca já estarão abastecidos com mais de 11 mil livros de diferentes gêneros,<br />

doados pelas mais de 35 editoras, entidades e empresas que apoiam a ação. Livros como: O Fantasma da Ópera; a saga<br />

de Percy Jackson, exemplares da Marvel, da DC, mangás, edições sobre bichos incríveis, histórias extraordinárias e muitos<br />

gibis da Turma da Mônica. Clássicos da literatura, livros de culinária e biografias estarão disponíveis para as pessoas<br />

retirarem gratuitamente, deixando outro no lugar, para o próximo que chegar.<br />

Os pontos de troca estarão localizados em áreas de grande circulação, como centros culturais, estações de metrô,<br />

rodoviárias e ruas centrais das cidades que recebem o projeto. Desta forma, a iniciativa busca atingir mais pessoas<br />

com o objetivo de estimular a leitura, a interação entre as pessoas, a criatividade, a imaginação e uma reflexão sobre a<br />

cidade e o espaço em que vivemos.<br />

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NOTAS<br />

Diálogo florestal<br />

O Diálogo Florestal, em colaboração com o OCF (Observatório do Código Florestal) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas<br />

e Agricultura, lançou durante a V Conferência Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE+10), em Juazeiro (BA), a<br />

publicação: Desafios e oportunidades dos programas de regularização ambiental. O trabalho, disponível na seção de<br />

publicações no site do Diálogo Florestal, sintetiza as discussões sobre os PRAs (Programas de Regularização Ambiental)<br />

e PRADASs (Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas) no Brasil, fruto da segunda série de webinars<br />

realizados entre 2022 e 2023, que aborda os desafios e avanços na implementação do Código Florestal (lei número<br />

12.651/2012) em Estados como Santa Catarina, Pernambuco, Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, e no contexto<br />

da União.<br />

O lançamento da publicação ocorreu no Simpósio que levou a temática como foco do debate durante a Conferência<br />

SOBRE +10, na presença dos palestrantes: Fernanda Rodrigues, do Diálogo Florestal, Beto Mesquita (BVRio), representando<br />

a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Rafael Bitante Fernandes (SOS Mata Atlântica), representando o<br />

OCF e, Marcus Vinicius da Silva Alves, do SFB (Serviço Florestal Brasileiro).<br />

Segundo as pessoas que palestraram no simpósio, os PRAs não devem ser vistos como um atraso na implementação<br />

do Código Florestal, mas como instrumentos essenciais para a aplicação da lei. Marcus Vinicius da Silva Alves, afirmou<br />

que a recomposição é obrigatória e o PRA não deve representar um obstáculo para o cumprimento da lei, somente<br />

permite o disciplinamento de processos. Segundo Rafael Fernandes, todos os municípios devem se apropriar do CAR<br />

(Cadastro Ambiental Rural) e do PRA para usufruir dos benefícios da restauração. Já o representante da BVRio, Beto<br />

Mesquita (Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura), reforçou que devemos adotar a implementação do Código<br />

Florestal como vetor de desenvolvimento para alavancar o PIB e potencializar a economia do país.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Na luta contra o fogo<br />

A APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal) soltou um comunicado com um alerta para o<br />

aumento do risco de incêndio florestal. Na sequência são destacados os trechos mais importantes e o conteúdo<br />

completo está disponível no site da APRE:<br />

Estamos novamente em alerta pelo aumento do perigo de incêndios florestais em todo o Paraná. Segundo informações<br />

do SIMEAR (Sistema Meteorológico do Paraná), a maior ocorrência de focos de calor concentra-se na região<br />

centro-sul, com destaque para os municípios do entorno da cidade de Palmas, General Carneiro, Bituruna e Coronel<br />

Domingos Soares. Também foram observados focos em Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Querência do Norte, Maria<br />

Helena e Alto Paraíso, relativamente próximos a plantios florestais.<br />

Desde o início de 2024, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 8,6 mil ocorrências de incêndios florestais, praticamente<br />

o dobro do observado em 2023. Nesse período do ano – julho, agosto e setembro -, os perigos realmente<br />

aumentam, pois a vegetação seca, a baixa umidade do ar e a estiagem facilitam a propagação das chamas. Apesar<br />

disso, 90% dos incêndios ainda são causados pela ação humana, o que mostra que o trabalho de combate deve envolver<br />

toda a população. Descartar lixo em vias, queimar resíduos em casa, usar fogo para limpar terrenos e trilhas,<br />

acender fogueiras perto das árvores e soltar balões são algumas das ações que podem causar incêndios.<br />

Incêndio florestal é todo o fogo que se propaga livremente, respondendo às variações do ambiente. A cada 10<br />

incêndios florestais, 9 são causados pelo ser humano. As consequências são mais numerosas e graves do que se imagina,<br />

e eles representam um grande desafio e uma ameaça ao ambiente, à agricultura, ao setor florestal e à população.<br />

Novamente, foram disponibilizados materiais gráficos, digitais e audiovisuais para disseminar a informação e<br />

conscientizar as pessoas, apontando os danos causados por um incêndio florestal, quais ações podem provocar uma<br />

ocorrência e o que fazer ao avistar um foco. Neste ano, o slogan escolhido foi: Unidos na prevenção aos incêndios<br />

florestais – Somos guardiões da floresta; para reforçar a mensagem que esse assunto é um problema de todos e, por<br />

isso, é preciso trabalhar em conjunto.<br />

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NOTAS<br />

Encontro com o futuro<br />

A AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais) promoveu no auditório da associada CMPC, em Guaíba (RS), um encontro<br />

técnico com apresentação de trabalhos de professores da Engenharia Florestal da UFSM (Universidade Federal de Santa<br />

Maria) e de empresas associadas. Esta foi a segunda agenda realizada no ano numa empresa associada, pois anteriormente já<br />

havia ocorrido atividade em dia de campo em área das associadas Tanac/Tanagro.<br />

O objetivo do encontro foi de estreitar laços das empresas com a universidade, promover sinergia de conhecimento e<br />

fomentar novos projetos. Agradecemos a presença de todos, a disponibilidade dos apresentadores e a hospitalidade da CMPC,<br />

que gentilmente também ofereceu café de recepção e churrasco de almoço. Confira abaixo mais imagens do dia do evento e as<br />

apresentações realizadas.<br />

Os professores da UFSM apresentaram temas como: Aspectos sociais e econômicos das florestas plantadas no Rio Grande<br />

do Sul; Estudos de materiais lignocelulósicos para a biotecnologia; Fisiologia Florestal, sua importância para os desafios atuais;<br />

Manejo de pragas florestais; Monitoramento Ambiental Florestal; Pesquisa na área de extrativos vegetais; Relações do Curso de<br />

Engenharia Florestal com o setor de base florestal; Técnicas de Inteligência Artificial e Inovações na Melhoria Preditiva de Florestas<br />

Equiâneas; Tecnologias de Inteligência Artificial para a predição de cenários em florestas plantadas; e Uso de sensoriamento<br />

remoto com aeronaves remotamente pilotadas e inteligência artificial na silvicultura/manejocultura/manejo de Eucalyptus sp.<br />

Já os membros da AGEFLOR trataram dos temas: Avaliação de diferentes materiais genéticos de pinus; Correção de solos<br />

e bioativadores em plantios de pinus; Experimento diferentes espaçamentos de plantio; Avaliação experimentos com pinus<br />

híbrido; Dados monitoramento sobre dispersão de sementes de pinus; Inteligência Florestal: Do suporte à estratégia; e Plantio e<br />

sistema convencional (aberto e fechado) de resinagem.<br />

Foto: Diogo Botti/Matthi Comunicação<br />

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NOTAS<br />

EM 2025 A REVISTA BIOMAIS<br />

PASSA A SER MENSAL!<br />

NOVIDADE NA ÁREA<br />

A partir de 2025 a JOTA EDITORA vai ampliar sua produção. A<br />

Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, que hoje é bimensal, passará a ser<br />

publicada mensalmente. A publicação será de fevereiro a<br />

novembro, atendendo a expansão do mercado de biomassa e<br />

energias renováveis que vem crescendo no Brasil. A publicação é<br />

destinada exclusivamente para produtores e consumidores de<br />

energias limpas e alternativas e há mais de 15 anos a equipe da<br />

editora vem buscando divulgar tecnologias, produtos e serviços<br />

para atender o setor. Com a publicação mensal esperamos<br />

ampliar a cobertura de produtos, novidades e políticas do<br />

segmento. A JOTA EDITORA atua há mais de 25 anos diretamente<br />

no mercado da informação, comunicação e marketing. Pelo<br />

respeito adquirido com as publicações, os produtos da editora se<br />

tornaram importantes formadores de opinião para diversos<br />

segmentos de mercado. As Revistas REFERÊNCIA (BIOMAIS,<br />

FLORESTAL, MADEIRA INDUSTRIAL, CELULOSE e PRODUTOS DE<br />

MADEIRA) são responsáveis pela divulgação de tudo que há de<br />

mais atual nas diversas áreas por meio de nossas publicações, que<br />

chegam em todas regiões do Brasil e vários países do exterior.<br />

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COLUNA<br />

Mato Grosso<br />

mais forte<br />

Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do Estado de<br />

Mato Grosso)<br />

A técnica do manejo<br />

florestal sustentável, ao<br />

garantir a floresta em pé,<br />

não apenas contribui para<br />

a preservação ambiental<br />

e biodiversidade, mas<br />

também atende à<br />

demanda por produtos<br />

que respeitam as normas<br />

de sustentabilidade<br />

https://cipem.org.br<br />

Avanços e<br />

perspectivas<br />

do setor de<br />

base florestal<br />

M<br />

ato Grosso se destaca no cenário nacional como importante<br />

polo de madeira nativa. Além do seu potencial de produção<br />

madeireira, o setor de base florestal do Estado tem avançado<br />

significativamente nos últimos anos nos aspectos de<br />

legalidade, sustentabilidade e gestão, agregando valor e um<br />

diferencial competitivo a seus produtos, com garantia de origem e qualidade.<br />

A rígida observação e adoção de normas e mecanismos legais pelo setor<br />

de base florestal fortalecem o desenvolvimento socioeconômico sustentável,<br />

conforme afirmou recentemente, em entrevista, a secretária adjunta de Licenciamento<br />

Ambiental e Recursos Hídricos da SEMA-MT (Secretaria de Estado<br />

de Meio Ambiente de Mato Grosso), Lilian Ferreira dos Santos.<br />

Entre os mecanismos vigentes está o SISFLORA 2.0 (Sistema de Comercialização<br />

e Transporte de Produtos Florestais), que configura uma cadeia de<br />

custódia, ou seja, um conjunto de procedimentos de controle em todos os<br />

estágios de produção, desde a origem até a comercialização.<br />

Com a rastreabilidade da madeira nativa, o setor de base florestal tem<br />

fortalecido sua credibilidade perante o mercado consumidor interno e internacional<br />

como um fornecedor confiável de produtos sustentáveis, com<br />

qualidade e certificação de origem. O resultado tem sido a melhoria contínua<br />

de sua performance produtiva, contribuindo para o desenvolvimento econômico<br />

e conservação do meio ambiente, mantendo a floresta por meio dos<br />

planos de manejo florestal.<br />

Alinhar a produção madeireira com boas práticas ambientais é um compromisso<br />

do setor de base florestal. Ao implementar a gestão das matas<br />

nativas em áreas de reservas particulares por meio dos planos de manejo, o<br />

setor de base florestal contribui para o sequestro de carbono e mitigação das<br />

mudanças climáticas. A técnica do manejo florestal sustentável, ao garantir a<br />

floresta em pé, não apenas contribui para a preservação ambiental e da biodiversidade,<br />

mas também atende à demanda por produtos que respeitam as<br />

normas de sustentabilidade.<br />

Esses diferenciais intrínsecos aos produtos florestais de Mato Grosso<br />

têm sido demonstrados em eventos setoriais, dentro e fora do Brasil. Após<br />

participações recentes em feiras internacionais na China, Índia e França, os<br />

empresários do setor de base florestal associados ao CIPEM (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira de Estado de Mato Grosso)<br />

estarão em novembro na feira nacional Espírito Madeira - Design de Origem<br />

2024, que acontecerá na cidade de Venda Nova do Imigrante, no Estado do<br />

Espírito Santo.<br />

Eventos como esse permitem demonstrar as boas práticas e eficiência<br />

dos processos de rastreabilidade da madeira nativa mato-grossense, possibilitam<br />

o intercâmbio de conhecimentos sobre gestão florestal e de informações<br />

para que profissionais de diversas áreas, como arquitetura, estejam<br />

informados sobre a legalidade e a qualidade dos produtos florestais locais.<br />

Foto: divulgação<br />

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A solução eficaz, ECONÔMICA<br />

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FRASES<br />

Foto: Sema (MT)<br />

O Estado tem tolerância zero<br />

com os crimes ambientais e<br />

áreas desmatadas feitas em<br />

desacordo com a legislação<br />

serão embargadas<br />

Mauren Lazzaretti, secretária do meio<br />

ambiente do Mato Grosso sobre a<br />

fiscalização de práticas ilegais no Estado<br />

“Hoje falamos que somos<br />

madeireiros com muito<br />

orgulho, porque trabalhamos<br />

de forma sustentável. É<br />

muito importante ter essa<br />

conscientização. O setor<br />

madeireiro gera milhares<br />

de empregos. A nossa<br />

construção civil ainda<br />

depende das madeiras na<br />

nossa infraestrutura, na nossa<br />

construção”<br />

Senadora Rosana Martinelli (PL-MT), em discurso<br />

no senado em defesa do manejo florestal<br />

sustentável<br />

Foram vários debates<br />

enriquecedores,<br />

proporcionando uma troca<br />

significativa de informações,<br />

descoberta de novos<br />

caminhos, busca de soluções<br />

contra o desmatamento e para<br />

a melhoria da utilização dos<br />

recursos florestais, sempre<br />

respeitando e apoiando as<br />

populações locais<br />

Garo Batmanian, presidente do SFB<br />

(Serviço Florestal Brasileiro) sobre o<br />

fórum MegaFlorestais<br />

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ENTREVISTA<br />

Força<br />

FEMININA<br />

Female Strength<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

A<br />

s mulheres estão presentes no segmento florestal<br />

e conquistam cada vez mais espaço. Em um<br />

setor predominantemente masculino, através<br />

de muito trabalho e dedicação têm se mostrado<br />

capazes de não apenas participar, mas também<br />

de liderar e fazer a diferença. Barbara Bonfim, presidente da<br />

RMF (Rede Mulher Florestal) desde 2023, conta sua história,<br />

conquistas da entidade e atual realidade das mulheres no segmento<br />

florestal.<br />

Barbara Bonfim<br />

W<br />

omen are present and gaining ground in<br />

the forest industry. Through hard work and<br />

dedication, they have shown that they can<br />

not only participate but also lead and make<br />

a difference in a predominantly male sector. Barbara Bomfim,<br />

President of the Women’s Forest Network (RMF) since 2023,<br />

shares her story, the Organization’s achievements, and the<br />

reality of women in the Forest Sector.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Engenheira florestal, possui mestrado em Manejo de<br />

Florestas Tropicais pela UNB (Universidade de Brasília) e<br />

doutorado em Solos e Biogeoquímica pela Universidade da<br />

Califórnia, Davis - traçando uma trajetória acadêmica com<br />

foco em conservação, uso sustentável de recursos naturais,<br />

mercados de carbono e soluções baseadas na natureza.<br />

A Forestry Engineer with a Master’s degree in Tropical Forest<br />

Management from the University of Brasilia (UNB) and<br />

a Ph.D. in Soils and Biogeochemistry from the University<br />

of California, Davis, her academic career has focused on<br />

conservation, sustainable use of natural resources, carbon<br />

markets, and nature-based solutions.<br />

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O X da questão em segurança<br />

no transporte de carga florestal!<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Como surgiu seu interesse pelo segmento florestal?<br />

Surgiu da minha paixão pela área. No entanto, na época em<br />

que era estudante, muitas vezes não entendemos completamente<br />

o que a profissão envolve. Isso foi por volta dos<br />

anos 2000/2001, quando o tema meio ambiente e florestas<br />

não era tão enfatizado quanto é hoje. Na época, a escolha<br />

por uma carreira em Engenharia Florestal parecia até um<br />

pouco arriscada, especialmente sendo de Brasília (DF), uma<br />

região de cerrado, em comparação com Estados do sul e<br />

sudeste, que têm uma vocação florestal mais forte. Meu<br />

interesse estava mais voltado para a conservação ambiental<br />

e o melhor uso dos ecossistemas florestais, incluindo<br />

o manejo sustentável. Assim, meu desenvolvimento profissional<br />

acabou se direcionando para a área de pesquisa.<br />

No meu mestrado, por exemplo, que focou em manejo<br />

florestal, participei de processos dentro da empresa relacionados<br />

à certificação FSC e conduzi pesquisas aplicadas<br />

para fornecer informações sobre os impactos da exploração<br />

madeireira, como impactos no solo e no carbono do solo.<br />

Atualmente, trabalho no WWF, onde minha atuação ainda<br />

envolve o estudo e manejo de florestas. Estamos focados<br />

em encontrar maneiras de incentivar a preservação das<br />

florestas e otimizar o uso dos recursos naturais, especialmente<br />

os florestais.<br />

>> Dentro da RMF, como foi sua chegada à presidência?<br />

Na época que entrei na RMF, em 2020, estávamos no meio<br />

da pandemia, morando na Califórnia, com filho pequeno<br />

em casa. Momento de todos muito conectados na internet<br />

e conheci a Rede pelo linkedin. Através dessa plataforma<br />

conheci a Fernanda, que era presidente da RMF e era um<br />

tema que já me interessava: a presença das mulheres dentro<br />

do setor, pois éramos, e ainda somos, minoria dentro do<br />

segmento. A sugestão que recebei foi de me filiar a RMF e<br />

assim, no espaço correto, ajudar a construir algo. A organização<br />

começou em 2018 e logo depois que entrei, mesmo<br />

sendo tudo muito recente, pude ajudar nos grupos de trabalho<br />

dedicados à educação, fizemos oficinas e atingimos<br />

metas relacionadas a equidade de gênero, o que me fez me<br />

engajar ainda mais. Além disso, como morava fora, foi uma<br />

oportunidade de me aproximar novamente da realidade<br />

brasileira. Pouco tempo depois voltei para o Brasil e passei<br />

a integrar o conselho da organização e na época da troca da<br />

presidência e mesmo com muito receio, através das outras<br />

conselheiras, cheguei à presidência em junho de 2023.<br />

>> Quais as principais conquistas da entidade?<br />

Por ser uma organização sem fins lucrativos, nosso trabalho<br />

é focar nossos recursos em ações práticas que possam<br />

gerar desenvolvimento para as mulheres. Tivemos um<br />

crescimento significativo de membresia, uma estrutura<br />

executiva já montada, com pessoas dedicadas a realização<br />

das atividades o que aumenta o foco e o alcance de nossas<br />

ações estratégicas. Temos caminhado rumo a maior profissionalização<br />

da organização. Temos uma relevância maior e<br />

How did you become interested in forestry?<br />

My interest in studying forestry came from my passion<br />

for the field. However, when I was a student, we often<br />

did not fully understand what the profession entailed.<br />

This was around 2000/2001 when the environment and<br />

forests were not as important as they are today. At that<br />

time, choosing a career in Forest Engineering seemed a<br />

bit risky, especially coming from Brasília, a cerrado region,<br />

compared to the southern and southeastern states,<br />

which have a stronger forestry vocation. My interest<br />

was more focused on environmental protection and<br />

the best use of forest ecosystems, including sustainable<br />

management. As a result, my professional development<br />

eventually moved towards research. For example, in my<br />

Master’s degree, which focused on Forest Management,<br />

I was involved in processes within the company related<br />

to FSC certification and conducted applied research to<br />

provide information on the impacts of harvesting, such<br />

as impacts on soil and soil carbon. I now work for WWF,<br />

where I continue to work on forest research and management.<br />

We focus on finding ways to promote forest<br />

conservation and optimize the use of natural resources,<br />

especially forest resources.<br />

How did you become President of RMF?<br />

When I joined RMF in 2020, we were in the middle of<br />

the pandemic, and I was living in California with a small<br />

child at home. Everyone was very connected on the<br />

Internet, and I got to know the Network through Linkedin.<br />

Through this platform, I met Fernanda Rodrigues,<br />

who was the President of RMF, and it was a topic that<br />

I was already interested in: the presence of women in<br />

the Sector since we were and still are a minority within<br />

the segment. The suggestion I received was to join the<br />

RMF and, in this way, help build something in the right<br />

space. The organization started in 2018, and as soon as<br />

I joined, even though everything was very recent, I was<br />

able to help in the Work Groups dedicated to education;<br />

we held workshops and achieved goals related to gender<br />

equality, which made me even more involved.<br />

What is more, since I was living abroad, it was an opportunity<br />

to get closer to the Brazilian reality. Shortly after,<br />

I returned to Brazil and joined the Board of the organization.<br />

At the time of the change of presidency, and<br />

even with much trepidation from several other Board<br />

members, I became President in June 2023.<br />

What are RMF’s greatest achievements since its inception?<br />

As a non-profit organization, our mission is to focus our<br />

resources on practical actions that can generate development<br />

for women. We have had a significant increase<br />

in membership, an executive structure already in place<br />

with people dedicated to carrying out activities, which<br />

increases the focus and scope of our strategic actions.<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


^


ENTREVISTA<br />

o respeito das grandes empresas, pois há o reconhecimento<br />

do que fazemos, principalmente através dos relatórios<br />

publicados que respaldam nosso trabalho. Temos os GTs<br />

(grupos de trabalho), oficinas de aprimoramento, focando<br />

ações específicas, estudos questionários e tantas atividades<br />

para entender quais as barreiras para a presença feminina<br />

ser ampliada e valorizada no segmento. Alguns, ainda,<br />

veem com tabu e nosso trabalho é ser um facilitador para<br />

que as mulheres possam crescer no florestal. Uma conquista<br />

de forma específica é o terceiro relatório de panorama<br />

de gênero, que apresenta dados consistentes para avaliar<br />

a realidade, não só do que fazemos, mas dos movimentos<br />

internos do setor.<br />

>> Neste ano representou a RMF no IUFRO. Como foi a<br />

participar e qual a importância de estar nesse tipo de<br />

evento?<br />

É um evento de grande importância e muito esperado por<br />

todo o setor, pois é a cada 5 anos, o que gera grande expectativa<br />

para todos. Foi muito importante, pois tivemos<br />

painéis e espaços específicos para as discussões de gênero<br />

dentro do florestal, o que é muito gratificante para quem<br />

está nessa frente. Foi importante ver que estamos bem organizados,<br />

que diante da realidade de tantos países que já<br />

têm organizações semelhantes à Rede, estamos muito bem<br />

estabelecidas e organizadas em tudo que fazemos, com<br />

orçamento, planejamento e organograma. Participar desse<br />

evento é uma oportunidade de entender como o mundo<br />

lida com nossas pautas, quais ações são feitas em países<br />

onde já há uma cultura de mulheres florestais estabelecidas<br />

e aprender com eles, além de trocar informações sobre<br />

como fazemos isso do nosso jeito.<br />

>> Como avalia a presença feminina no meio florestal?<br />

Quais as maiores dificuldades das mulheres?<br />

Esse é objetivo primordial do nosso panorama de gênero,<br />

saber quantas mulheres estão empregadas e como estão<br />

empregadas no florestal. A participação feminina ainda é<br />

abaixo de 20% do total de trabalhadores e nos mais altos<br />

cargos a representatividade é muito pequena, algo como<br />

We have moved towards greater professionalization of<br />

the organization. We have greater relevance and respect<br />

from large companies because there is recognition<br />

of what we do, mainly through the published reports<br />

that support our work. We have Work Groups (WGs),<br />

improvement workshops focused on specific actions,<br />

questionnaire studies, and many activities to understand<br />

the barriers to women’s presence being expanded and<br />

valued in the segment. Some still see it as a taboo, and<br />

our job is to be facilitators so that women can grow in<br />

the forest. A specific achievement is the third Gender<br />

Panorama Report, which presents consistent data to<br />

assess the reality, not only of what we do but also of the<br />

changes within the Sector.<br />

You represented RMF at the International Union of<br />

Forest Research Organizations (Iufro) this year. How<br />

was your participation, and how important is it to be<br />

present at such an event?<br />

It is a very important event, and the whole Sector awaits<br />

it because it takes place every five years, which creates<br />

great expectations for everyone. It was very important<br />

because we had specific panels and spaces for gender<br />

discussions in the Forestry Sector, which is very gratifying<br />

for those who work in this area. It was important to<br />

see that we were well organized. In the face of the reality<br />

of so many countries that already have organizations<br />

similar to the Network, we are very well established and<br />

organized in everything we do, with a budget, planning,<br />

and organization chart. Participating in this event is an<br />

opportunity to understand how the world deals with<br />

our agendas, what actions are being taken in countries<br />

where there is already an established culture of forest<br />

women, and to learn from them, as well as to exchange<br />

information on how we can do it our own way.<br />

How do you assess the presence of women in forestry?<br />

What are the main difficulties they face?<br />

The main objective of our Gender Panorama is to find<br />

out how many women are employed and how they are<br />

Por ser uma organização sem fins lucrativos, nosso trabalho é<br />

focar nossos recursos em ações práticas, que possam gerar<br />

desenvolvimento para as mulheres<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

uma CEO no Brasil todo. Mudar o cenário do segmento que<br />

é majoritariamente masculino é como mudar o sistema de<br />

raízes de uma floresta, sendo muito complicado e exigindo<br />

muito de quem toma essa frente. Demanda um esforço focado<br />

no longo prazo. Temos uma presença grande no setor<br />

público de mulheres dentro do florestal, principalmente em<br />

cargos públicos que são conquistados via concurso, pois a<br />

banca ali avalia apenas o conhecimento e as respostas, o<br />

que demonstra claramente um viés diferente do que é visto<br />

na iniciativa privada. É ainda um preconceito, por ser uma<br />

atividade muito ligada ao campo de que as mulheres não<br />

são aptas, o que acaba direcionando a força de trabalho<br />

feminina para cargos administrativos, ou mesmo na hora<br />

da seleção a questão da maternidade é levada em consideração<br />

sendo que algumas mulheres nem filhos querem ter.<br />

Há uma escalada longa e difícil a ser feita para quebrar paradigmas<br />

e nisso que temos focados nossos esforços. E não<br />

deixamos de levar em conta que para os homens há uma<br />

série de questões que poderiam ser melhor administradas<br />

ou com práticas que pudessem fortalecer ainda mais esse<br />

profissional, como a licença paternidade que hoje é de três<br />

dias, um período curtíssimo dentro das dificuldades envolvidas<br />

no pós-parto.<br />

>> O que é o Programa de Mentoria: Floresta para Todas?<br />

O Programa de Mentoria é uma iniciativa do GT Igualdade e<br />

Empoderamento da Rede Mulher Florestal. Esta é a segunda<br />

edição do programa. Nele, fazemos um match entre mulheres<br />

que desejam ser mentoras e mulheres que buscam<br />

ser mentoradas. A única regra é que todas as participantes<br />

devem ser associadas da Rede. As mulheres que se candidatam<br />

a serem mentoras geralmente ocupam posições<br />

mais avançadas profissionalmente, mas não precisam estar<br />

em um estágio específico. Elas devem ter experiência que<br />

desejam compartilhar com as mentoradas. Por outro lado,<br />

as mentoradas podem estar em qualquer estágio de sua<br />

carreira, mas procuram a interação com uma mentora para<br />

obter ensinamentos e experiências adicionais. Na prática,<br />

o programa promove uma troca enriquecedora para ambas<br />

as partes. O papel da Rede é criar esse espaço, estruturando<br />

e gerenciando o programa e fazendo a combinação<br />

entre mentores e mentoradas inscritas. Ao final do ano,<br />

realizamos uma avaliação para trocar feedbacks e compartilhar<br />

experiências, buscando constantemente aprimorar a<br />

estrutura e a experiência do programa, que tem sido muito<br />

bem-sucedido e oferece uma excelente oportunidade para<br />

troca de conhecimentos e crescimento pessoal e profissional<br />

para as mulheres envolvidas.<br />

>> Em relação ao Panorama de Gênero, lançado no começo<br />

do ano, quais os maiores avanços destacados para as<br />

mulheres?<br />

O nosso estudo está agora na terceira edição. Na primeira<br />

edição, constatamos que havia 13% de mulheres no setor,<br />

esse número subiu para 19% na segunda edição, e agora<br />

employed in forestry. The participation of women is still<br />

below 20% of the total number of workers. In the most<br />

senior positions, their representation is very low, with<br />

only one Chief Executive in the whole of Brazil. Changing<br />

the scenario in a segment that is mostly male is like<br />

changing the root system of a forest – it is very complicated<br />

and requires much from those who take the lead.<br />

It requires a long-term effort. We have a large presence<br />

of women in forestry in the Public Sector, especially<br />

in public positions that are won through competitive<br />

examinations, because only knowledge and answers<br />

are evaluated, which clearly shows a different bias than<br />

what is seen in the Private Sector. There is still a prejudice<br />

that women are not suitable because it is an activity<br />

closely related to the field, which ends up directing<br />

the female workforce to administrative positions. Even<br />

when it comes to selection, the issue of motherhood<br />

is taken into account, and some women do not even<br />

want to have children. It is a long and difficult climb to<br />

break paradigms, and that is what we have focused our<br />

efforts on. We do not forget to take into account that for<br />

men, there are a number of issues that could be better<br />

managed or with practices that could further strengthen<br />

this professional, such as paternity leave, which today<br />

is three days, a very short period given the difficulties<br />

involved in the postpartum period.<br />

How does the Mentoring Program Forest for All work?<br />

The Mentoring Program is an initiative of the Equality<br />

and Empowerment WG of the Forest Women’s Network.<br />

This is the second edition of the Program. In it, we match<br />

women who want to be mentors with women who want<br />

to be mentored. The only rule is that all participants<br />

must be members of the Network. The women who apply<br />

to be mentors tend to be in more advanced positions<br />

in their careers, but they do not have to be in a particular<br />

country. They must have experience that they are<br />

willing to share with their mentees.<br />

On the other hand, mentees can be at any stage of their<br />

careers but are looking for interaction with a mentor to<br />

gain additional knowledge and experience. In practice,<br />

the Program fosters an enriching exchange for both<br />

parties. The Network’s role is to create this space,<br />

structure and manage the Program, and match mentors<br />

with registered mentees. At the end of the year, we hold<br />

an evaluation to exchange feedback and experiences,<br />

constantly seeking to improve the structure and experience<br />

of the Program, which has been very successful<br />

and provides an excellent opportunity for knowledge<br />

exchange and personal and professional growth for the<br />

women involved.<br />

In relation to the Gender Panorama published at the<br />

beginning of the year, what are the greatest advances<br />

for women?<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

estamos em 18%. Embora tenha havido um avanço, ainda<br />

observamos que a representação feminina está abaixo de<br />

20%. No entanto, há um dado interessante: 47% dessas<br />

mulheres são pretas ou pardas. Na área administrativa, por<br />

exemplo, quase metade das posições são ocupadas por mulheres,<br />

apesar de, no total, representarem menos de 18%<br />

no setor. Há uma variação na representatividade feminina<br />

em diferentes cargos dentro do setor. Tivemos evoluções<br />

notáveis, como na área administrativa, onde a representatividade<br />

feminina é quase metade, um aumento significativo<br />

em comparação com os anos anteriores. Também houve<br />

avanços nas áreas de meio ambiente, qualidade, certificação<br />

social, saúde e segurança do trabalho. No desenvolvimento,<br />

planejamento, inventário e cartografia, também<br />

observamos um aumento na participação feminina. No<br />

quadro executivo geral, houve uma evolução positiva,<br />

passando de 16% no ano anterior para 20% neste último<br />

panorama. Na diretoria florestal, observamos um aumento<br />

de 4% para 7%. Já na diretoria de operações, houve uma<br />

diminuição, e hoje estamos em 10%. Na diretoria industrial,<br />

o percentual aumentou de 7% para 12%. Em outras posições<br />

de supervisão, também houve um avanço, embora os<br />

números ainda sejam muito pequenos. Estamos falando de<br />

menos de 15%, o que ainda é um valor muito baixo.<br />

>> Como funcionam os GTs da RMF?<br />

Em 2020, a RMF estabeleceu os grupos de trabalho, que<br />

são temáticos. Atualmente, temos quatro grupos - GT educação:<br />

tem o objetivo de promover oportunidades de letramento<br />

e educação, com foco em matemática e gênero. As<br />

atividades incluem oficinas, capacitações e ações diversas<br />

relacionadas a treinamentos; GT Mulheres na tomada de<br />

decisão: foca em identificar e superar as barreiras que impedem<br />

as mulheres de ascenderem profissionalmente no<br />

setor florestal. Os dados mostram que a representatividade<br />

feminina em cargos de liderança continua muito baixa,<br />

abaixo de 15%, indicando muitas oportunidades de melhoria.<br />

Este grupo busca entender e enfrentar esses desafios;<br />

GT igualdade e empoderamento: além de outras ações,<br />

é responsável pelo programa de mentoria Floresta para<br />

Todos; GT maternidade e mulher no mercado de trabalho:<br />

visa promover melhores condições para mulheres mães no<br />

mercado de trabalho. Por exemplo, o grupo realizou uma<br />

pesquisa sobre licença maternidade, revelando que a maioria<br />

das mulheres prefere reduzir a jornada de trabalho após<br />

o período de licença. Todos os grupos se reúnem com frequência<br />

e contam com o apoio do corpo executivo da RMF.<br />

Este ano, cada GT tem um orçamento destinado a investir e<br />

alocar recursos para suas ações, incluindo a publicação de<br />

relatórios e a contratação de software para a realização de<br />

lives, por exemplo.<br />

>> Quais as vantagens para quem se associa à RMF?<br />

A RMF é uma associação e a membresia envolve uma contribuição<br />

para a organização. Esse é o princípio básico: ao<br />

This is the third edition of our study. In the first edition,<br />

we found that there were 13% women in the Sector;<br />

in the second edition, it was 19%, and now we are at<br />

18%. Although there has been progress, we still see that<br />

female representation is below 20%. However, there is<br />

an interesting fact: 47% of these women are black or<br />

mixed. In the administrative area, for example, almost<br />

half of the positions are held by women, although they<br />

make up less than 18% of the Sector as a whole. There<br />

are differences in the representation of women in different<br />

positions within the Sector. We have seen notable<br />

developments, such as in the administrative area, where<br />

women make up almost half of the positions, a significant<br />

increase compared to previous years. Progress has<br />

also been made in the areas of environment, quality,<br />

social certification, and occupational health and safety.<br />

There has also been an increase in female participation<br />

in development, planning, inventory, and cartography. In<br />

General Management, there has been a positive evolution<br />

from 16% in the previous year to 20% in this latest<br />

overview. In forestry, we saw an increase from 4% to 7%.<br />

In the operations department, there was a decrease, and<br />

today, we are at 10%. In overall industry, the percentage<br />

increased from 7% to 12%. There has also been progress<br />

in other supervisory positions, although the numbers<br />

are still very small. We are talking about less than 15%,<br />

which is still very low.<br />

How do the Work Groups within the RMF work?<br />

In 2020, the Forest Women’s Network created the<br />

thematic Work Groups. Currently, we have four groups<br />

– the Education WG: aims to promote literacy and<br />

educational opportunities, with a focus on mathematics<br />

and gender. The activities include workshops, training,<br />

and various actions related to education. The Women in<br />

Decision-Making WG: focuses on identifying and overcoming<br />

the barriers that prevent women from advancing<br />

professionally in the Forest Sector. Data shows that the<br />

representation of women in leadership positions is still<br />

very low, below 15%, indicating many opportunities<br />

for improvement. This Group seeks to understand and<br />

address these challenges. The Equality and Empowerment<br />

WG: is responsible for, among other things, the<br />

Forest for All Mentoring Program. The Maternity and<br />

Women in the Labor Market WG: aims to promote better<br />

conditions for mothers in the labor market. For example,<br />

the WG conducted a survey on maternity leave, which<br />

showed that the majority of women prefer to reduce<br />

their working hours after maternity leave. All the groups<br />

meet regularly and are supported by the Forest Women’s<br />

Network Executive Committee. This year, each WG has<br />

a budget to invest and allocate resources for its actions,<br />

including the publication of reports and the use of software,<br />

for example, to carry out live discussions.<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

participar e se engajar com a temática, que é de grande importância,<br />

você faz sua contribuição. Ao se tornar membro<br />

da rede, você entra em nosso grupo de contatos, que inclui<br />

um grupo de whatsapp exclusivo para associados. Além disso,<br />

promovemos ações voltadas especificamente para nossos<br />

membros, como oficinas temáticas. Para pessoas físicas,<br />

há oportunidades de crescimento pessoal e profissional,<br />

como a participação nos grupos de trabalho. Esses grupos<br />

oferecem um excelente networking, reunindo pessoas do<br />

setor que compartilham o interesse em promover uma<br />

maior inclusão e diversidade no setor florestal. A diversidade<br />

é crucial para enfrentar os múltiplos desafios que o<br />

setor enfrenta. As florestas desempenham um papel fundamental,<br />

e para garantir um futuro melhor e mais inclusivo,<br />

precisamos de um time diverso trabalhando. Para pessoas<br />

jurídicas, a Rede também oferece espaços de diálogo e<br />

construção, contribuindo com suas agendas e necessidades<br />

específicas. Realizamos reuniões e conversas com empresas<br />

para entender suas demandas e promover grupos de diversidade.<br />

Publicamos o Panorama de Gênero, destacando as<br />

logomarcas das empresas que são associadas e contribuem<br />

para a Rede.<br />

>> Quais seus principais objetivos na liderança da RMF?<br />

Acredito que o mais importante agora seria o passo em<br />

direção à sustentabilidade financeira. Hoje, como organização,<br />

somos ainda jovens, com um orçamento modesto,<br />

muito atrelado à nossa membresia. Como mencionei antes,<br />

ter um portfólio de projetos será uma oportunidade para<br />

diversificar nossas fontes de captação de recursos. Tenho<br />

interesse em investir energia nessa direção. Estamos organizando<br />

um encontro presencial do conselho diretor para<br />

ajustar os pontos nesse sentido. Temos muitos desafios<br />

pela frente, e há muitas coisas que a organização pode realizar.<br />

No entanto, ainda temos um poder executivo bastante<br />

limitado. Portanto, organizar e estruturar a organização<br />

para trabalharmos de forma mais eficiente, mesmo com os<br />

recursos que temos, é também um dos meus objetivos.<br />

What are the benefits for those who join the RMF?<br />

The Forest Women’s Network is an association, and<br />

membership means contributing to the organization.<br />

This is the basic principle: by participating and being<br />

involved in this very important issue, you make your contribution.<br />

When you become a member of the network,<br />

you join our contact group, which includes an exclusive<br />

Whatsapp group for members. In addition, we promote<br />

activities specifically for our members, such as thematic<br />

workshops. For individuals, there are opportunities for<br />

personal and professional growth, such as participating<br />

in the Work Groups. These Groups provide excellent<br />

networking opportunities, bringing together people from<br />

the Sector who share an interest in promoting greater<br />

inclusion and diversity in the forest sector. Diversity is<br />

critical to addressing the many challenges facing the<br />

sector. Forests play a key role, and to ensure a better and<br />

more inclusive future, we need a diverse team at work.<br />

For legal entities, the Network also provides spaces for<br />

dialogue and construction, contributing to their specific<br />

agendas and needs. We hold meetings and discussions<br />

with companies to understand their needs and promote<br />

diverse groups. We publish the Gender Panorama, highlighting<br />

the logos of companies that are members and<br />

contribute to the Network.<br />

What are your main goals in leading RMF?<br />

I think the most important thing right now would be to<br />

move towards financial sustainability. Today, as an organization,<br />

we are still young, with a modest budget, very<br />

much tied to our membership. As I mentioned before,<br />

having a portfolio of projects is an opportunity to diversify<br />

our fundraising sources. I am interested in investing<br />

energy in that direction. We are organizing a face-toface<br />

board meeting to fine-tune things in that direction.<br />

We have many challenges ahead of us, and there are<br />

many things the organization can accomplish. However,<br />

we still have very limited executive power. So, organizing<br />

and structuring the organization to work more efficiently<br />

with the resources we have is also one of my goals.<br />

A participação feminina ainda é abaixo de 20% do total de<br />

trabalhadores e nos mais altos cargos a representatividade<br />

é muito pequena, algo como uma CEO no Brasil todo<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


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COLUNA<br />

Acidentes no Manejo<br />

de Árvores: Falta de<br />

conscientização ou<br />

excesso de confiança?<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho<br />

Mestre em Manejo Florestal<br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

O comportamento do trabalhador pode levar a tomada de decisões arriscadas durante as operações.<br />

Conscientização, humildade e respeito pela atividade são fundamentais para a redução de acidentes.<br />

N<br />

o setor florestal, o manejo de árvores é uma atividade<br />

essencial que demanda conhecimento técnico,<br />

habilidade e, acima de tudo, uma postura rigorosa<br />

com relação à segurança. No entanto, muitas<br />

vezes, os acidentes acontecem não apenas pela<br />

falta de conscientização dos riscos, mas também por um fator<br />

mais sutil: o excesso de confiança dos trabalhadores experientes.<br />

A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO<br />

A conscientização sobre os riscos associados ao manejo de<br />

árvores é o primeiro passo para a segurança na atividade. Operações<br />

como poda e corte de árvores envolvem o uso de máquinas,<br />

ferramentas e equipamentos perigosos e, em alguns casos, trabalhos<br />

em altura. Esses fatores aumentam significativamente o risco<br />

de acidentes graves, como quedas, amputações, ferimentos por<br />

objetos cortantes e até acidentes fatais.<br />

Para minimizar esses riscos, é essencial que as empresas<br />

florestais invistam em treinamentos regulares para todos os funcionários,<br />

desde os recém-contratados, até os mais experientes.<br />

Treinamentos sobre o uso correto de EPIs (equipamentos de<br />

proteção individual), como capacetes, óculos, luvas, botas de<br />

segurança e roupas de proteção, devem ser obrigatórios. Além<br />

disso, é importante ensinar os trabalhadores a identificar riscos<br />

potenciais, como árvores instáveis, galhos secos ou próximos a<br />

redes elétricas, e como proceder em cada situação.<br />

O PERIGO DO EXCESSO DE CONFIANÇA<br />

Enquanto a falta de conscientização pode ser um problema<br />

para trabalhadores novos no setor, o excesso de confiança é<br />

frequentemente observado em trabalhadores mais experientes.<br />

Aqueles que já realizaram o manejo de árvores por muitos anos<br />

podem subestimar os riscos, assumindo que sua experiência é<br />

suficiente para evitar acidentes. Este comportamento pode levar<br />

ao relaxamento das normas de segurança, como o uso incorreto<br />

ou a não utilização de EPIs, o descumprimento de procedimentos<br />

estabelecidos, ou a tomada de decisões arriscadas durante as<br />

operações.<br />

O excesso de confiança pode ser tão perigoso quanto a ignorância.<br />

Por isso, é fundamental que as empresas criem uma cultura<br />

de segurança onde todos, independentemente da experiência,<br />

sejam incentivados a seguir os protocolos de segurança rigorosamente.<br />

Estabelecer um programa de monitoramento e feedback<br />

constante pode ajudar a identificar comportamentos arriscados e<br />

reforçar a necessidade de seguir as diretrizes de segurança.<br />

ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR RISCOS<br />

Capacitação e educação continuada: manter os trabalhadores<br />

atualizados sobre práticas seguras, normas e uso adequado de<br />

máquinas, ferramentas e equipamentos. Isso é fundamental para<br />

identificar riscos e evitar comportamentos inseguros, promovendo<br />

uma cultura de segurança constante e reduzindo acidentes.<br />

Cultura de segurança: promover uma cultura onde a segurança<br />

seja prioridade. Recompense comportamentos seguros e incentive<br />

os trabalhadores a apontarem riscos e práticas perigosas<br />

sem medo de retaliações.<br />

Supervisão e monitoramento ativo: supervisores devem<br />

estar atentos a quaisquer desvios de segurança e prontamente<br />

corrigir práticas inseguras.<br />

Manutenção preventiva de equipamentos: máquinas e equipamentos<br />

de segurança precisam ser inspecionados e mantidos<br />

regularmente para garantir sua eficácia. Qualquer defeito ou dano<br />

deve ser reportado imediatamente.<br />

A segurança no manejo de árvores é uma responsabilidade<br />

compartilhada que requer tanto conscientização quanto humildade.<br />

Enquanto novos trabalhadores devem ser educados sobre os<br />

perigos do trabalho, aqueles mais experientes precisam reconhecer<br />

que o excesso de confiança pode ser um inimigo silencioso.<br />

O equilíbrio entre treinamento, monitoramento e criação<br />

de uma cultura de segurança é a chave para evitar acidentes e<br />

garantir a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos. Afinal, a<br />

verdadeira segurança não vem apenas do conhecimento, mas do<br />

respeito constante pelas práticas de segurança.<br />

Foto: divulgação<br />

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Empresa celebra 45<br />

anos de trabalho no<br />

segmento florestal<br />

mirando no futuro e<br />

no fortalecimento de<br />

parcerias<br />

Fotos: divulgação<br />

Setembro 2024<br />

59


PRINCIPAL<br />

N<br />

o coração do polo florestal de Santa Catarina<br />

está localizada uma das principais empresas<br />

fabricantes de equipamentos para silvicultura<br />

do Brasil. A J de Souza foi fundada por<br />

João de Souza, torneiro mecânico, filho de<br />

agricultores da região, que aos 17 anos saiu de casa para<br />

construir sua própria história. Foi em uma indústria em<br />

Rio do Sul (SC), ainda nos anos 1960, que João aprendeu<br />

seu ofício e na busca de melhores salários, se mudou para<br />

Lages (SC), onde trabalhou primeiramente em uma oficina<br />

de caminhões e pôde fazer faculdade de economia. A J de<br />

Souza nasce quando João compra um pequeno torno e faz<br />

as primeiras peças e serviços para produtores da região no<br />

contraturno de seu trabalho, sendo julho de 1979 o mês<br />

que marca sua saída da oficina mecânica e início oficial das<br />

atividades da nova empresa.<br />

Hoje quem gerencia a empresa que completou há pouco<br />

tempo 45 anos é Anderson de Souza, diretor da J de Souza<br />

e Dayane de Souza, diretora Administrativa e Financeira<br />

(irmãos). Anderson tem muito orgulho do legado de seu pai<br />

e celebra como uma das principais conquistas da empresa o<br />

aumento da abrangência de atividades e de alcance dentro do<br />

mercado nacional. “Foi no início dos anos 2000, que tivemos<br />

essa virada de chave, nos tornamos uma empresa relevante<br />

no mercado de implementos florestais em nível nacional,<br />

deixando de ser apenas uma prestadora de serviços e nos<br />

tornamos uma indústria, que mudou completamente a nossa<br />

realidade”, relata Anderson sobre um dos momentos mais<br />

importantes e desafiadores que a J de Souza passou.<br />

Para o diretor, o grande marco foi a obtenção do selo ISO<br />

9001, que completou 11 anos em 2024 e a quebra das frontei-<br />

Forestry History<br />

A company celebrates 45 years in the<br />

forestry equipment segment, looks to the<br />

future, and strengthens partnerships<br />

O<br />

ne of Brazil’s leading forestry equipment<br />

manufacturers is located in the heart of<br />

Santa Catarina’s forestry hub. J de Souza<br />

was founded by João de Souza, a machinist<br />

and son of local farmers, who left home at<br />

the age of 17 to make his own way. de Souza learned his<br />

trade in a company in Rio do Sul (SC) in the 1960s and, in<br />

search of better wages, moved to Lages (SC), where he first<br />

worked in a truck workshop and was able to study economics.<br />

J de Souza was born when João bought a small lathe<br />

and began to produce parts and services for producers in the<br />

region during his working hours. July 1979 was the month<br />

that marked his departure from the mechanical workshop<br />

and the official start of the new company’s activities.<br />

Today, Anderson de Souza, Managing Director of J de<br />

Souza, and Dayane de Souza, Administrative and Financial<br />

Director (siblings of the Founder), run the Company, which<br />

recently celebrated its 45th year in business. Anderson de<br />

Souza is very proud of his father’s legacy and celebrates<br />

as one of the Company’s main achievements the increase<br />

in scope and reach within the Brazilian market. “It was in<br />

the early 2000s that we had this turning point; we became<br />

a relevant company in the forestry equipment market at<br />

a national level, we stopped being a service provider, and<br />

became an equipment manufacturing company, which completely<br />

changed our reality,” says Anderson de Souza about<br />

one of the most important and challenging moments J de<br />

Souza has experienced.<br />

For the Managing Director, the most important milestone<br />

was obtaining the ISO 9001 certification, which we<br />

received in 2024. Crossing boundaries was also an important<br />

part of the Company’s history. “In 2004, we sold our first<br />

machine to Uruguay, which opened doors for us to conquer<br />

markets all over the world,” says Anderson de Souza. Today,<br />

J de Souza has a presence in all three Americas, Europe,<br />

and Africa, and later this year will set up shop in Asia with<br />

attachments that will be taken to Indonesia.<br />

For the future, the plans are well defined, and the effort<br />

and seriousness that have strengthened the Company in these<br />

45 years will be the basis for the next steps that will create<br />

jobs and promote the Brazilian forestry equipment segment<br />

in the world. “We have plans to open a branch in Mato<br />

Grosso do Sul, which has received very strong investments in<br />

the pulp segment. The Company has already participated in<br />

several trade shows on other continents, and we will attend<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


No ano de 2004 vendemos<br />

nosso primeiro implemento<br />

para o Uruguai, o que nos<br />

abriu portas para conquistar<br />

mercados ao redor do<br />

mundo todo<br />

Anderson de Souza,<br />

diretor da J de Souza<br />

ras também fazem parte importante da história da empresa.<br />

“No ano de 2004 vendemos nosso primeiro implemento para<br />

o Uruguai, o que nos abriu portas para conquistar mercados<br />

ao redor do mundo todo”, ressalta Anderson. Hoje a J de<br />

Souza está presente nas três Américas, na Europa, na África<br />

e ainda esse ano colocará também bandeira na Ásia, com<br />

implementos que serão levados para a Indonésia.<br />

Para o futuro, os planos estão bem definidos e o esforço e<br />

seriedade que fortaleceram a empresa nesses 45 anos serão<br />

a base para os próximos passos, que vão gerar empregos e<br />

valorizar o segmento de implementos florestais brasileiro<br />

pelo mundo. “Estamos com planos de abrir uma filial no<br />

Mato Grosso do Sul, que tem recebido investimentos fortíssimos<br />

para o segmento de celulose, a empresa já participou<br />

de diversas feiras em outro continente, porém a primeira<br />

feira que iremos participar no Canadá será a DemoForest,<br />

e a ampliação de nosso parque fabril”, descreve Anderson.<br />

FORÇA NO CAMPO<br />

A história da empresa tem muito empenho em cada frase<br />

escrita e esse empenho se reflete no que a J de Souza leva<br />

para seus clientes. Hoje há um catálogo repleto de opções<br />

que atendem as mais diversas demandas que podem ser<br />

trazidas e a empresa tem constantemente introduzido uma<br />

série de inovações. “Entre nossas novidades está o cabeçote<br />

de serra chamado derrubador florestal J700, que é especialmente<br />

interessante para o manejo de Teca. Ele corta a<br />

árvore e, no momento da queda, consegue movimentá-la na<br />

posição vertical até um ponto determinado, depositando-a<br />

exatamente onde o operador deseja”, relata Anderson.<br />

Outros produtos interessantes lançados recentemente<br />

pela J de Souza incluem o afiador de corrente Shark, um<br />

produto americano que a empresa apresentou para o público<br />

nacional e a roçadeira trituradora, que é ideal para roçadas<br />

pesadas e trituração de material residual, como galhadas<br />

na floresta. “Este produto é bastante inovador, com patente<br />

própria, oferecendo diversos recursos, como um encaixe<br />

the first show in Canada, DemoForest. We also have plans<br />

to expand our industrial park,” says Anderson de Souza.<br />

STRENGTH IN THE FIELD<br />

The Company’s history shows much commitment in<br />

every sentence, and that commitment is reflected in what<br />

J de Souza brings to its customers. Today, there is a catalog<br />

full of options to meet the most diverse needs that can be<br />

brought, and the Company has constantly introduced a series<br />

of innovations. “Among our innovations is the saw head<br />

called J700 Forest Feller, which is particularly interesting for<br />

teak management. It cuts the tree and, as it falls, can move<br />

it vertically to a specific point and deposit it exactly where<br />

the customer wants it,” says Anderson de Souza.<br />

Other interesting products recently launched by J de Souza<br />

include the Shark chain sharpener, an American product<br />

that the Company has introduced to the domestic market,<br />

and the Brush Cutter, which is ideal for heavy-duty brush<br />

cutting and shredding of residual material such as branches<br />

in the forest. “This is a very innovative product, with its own<br />

patent, that offers various features, such as a more versatile<br />

and functional attachment that facilitates the use of tools,”<br />

says Anderson de Souza.<br />

J de Souza’s range of implements mainly includes grapples<br />

for handling wood, such as grapples, front loaders,<br />

buckets, front forks, and even port equipment. There is also a<br />

range of grappling equipment: grapples and grapple tables,<br />

hydraulic units, splitting tables, and sharpening systems.<br />

Another highlight of J de Souza is the feller heads, such as<br />

the multifunctional feller head, the disc feller head, and the<br />

scissor feller head, with performances and qualities already<br />

recognized by the market.<br />

For other parts of forestry production, there are rakes,<br />

subsoilers for preparing the planting area, brush cutters,<br />

and the versatile multi-function front end, which can be<br />

used with a rake, leveler, and pallet fork when attached to a<br />

tractor. Each of these products has been developed to meet<br />

Setembro 2024<br />

61


PRINCIPAL<br />

mais versátil e funcional que facilita o uso de implementos”,<br />

expõe Anderson.<br />

A linha de implementos da J de Souza se destaca principalmente<br />

por garras para movimentação de madeira como:<br />

garras, carregadores frontais, conchas, garfos frontais e até<br />

mesmo equipamentos portuários. Também há uma linha de<br />

implementos para traçamento: garras e mesas traçadoras,<br />

unidades hidráulicas, mesa rachadora e sistema de afiação.<br />

Outro destaque da J de Souza são seus cabeçotes, como o<br />

cabeçote de corte multifuncional, o cabeçote feller de disco<br />

e o feller de tesoura, que tem desempenho e qualidade já<br />

reconhecidos pelo mercado.<br />

Para outros momentos da produção florestal estão<br />

presentes ancinhos, subsolador para preparação da área de<br />

plantio, roçadeira trituradora e o versátil frontal multifunção,<br />

que quando acoplado a um trator pode ser utilizado<br />

com ancinho, lâmina niveladora e garfo paleteiro. Cada um<br />

desses produtos foi desenvolvido para atender o mercado<br />

e as demandas trazidas pelos clientes. Quando a J de Souza<br />

não tem um implemento ideal, o time de desenvolvimento<br />

entra em campo para, através da necessidade apresentada<br />

pelo cliente, buscar uma solução.<br />

Entre nossas novidades está<br />

o cabeçote de serra chamado<br />

derrubador florestal J700,<br />

que é especialmente<br />

interessante para o manejo<br />

de Teca. Ele corta a árvore<br />

e, no momento da queda,<br />

consegue movimentá-la<br />

na posição vertical até<br />

um ponto determinado,<br />

depositando-a exatamente<br />

onde o operador deseja<br />

market and customer needs. If J de Souza does not have the<br />

ideal tool, the development team goes into the field to find<br />

a solution based on the customer’s needs.<br />

ACHIEVING SUCCESS TOGETHER<br />

J de Souza’s success is also due to the partnerships it has<br />

built throughout its history. One of these is with Rotary-Ax,<br />

a company based in Pinhais (PR) that specializes in cutting<br />

tools such as sabers, chains, and feller teeth. Victor Hugo<br />

Shinohara, Industrial Director of Rotary-Ax, says that these<br />

partnerships are of great importance for the development<br />

of companies, as strategic partnerships play a key role in<br />

the development of new equipment and bring a series of<br />

significant benefits. “Collaboration between specialists in<br />

different fields allows the exchange of knowledge and experience,<br />

resulting in more innovative and effective solutions.<br />

In addition, the synergy between the teams can shorten the<br />

development time, allowing the equipment to be brought to<br />

market more quickly,” says Shinohara.<br />

One of the major successes of this partnership is the<br />

TJP1500 grapple. The development of the saber for the<br />

TJP grapple began several years ago when J de Souza and<br />

Rotary-Ax joined forces in an innovative project aimed at<br />

transforming the mechanized forest harvesting market.<br />

Since then, the engineering teams of the two companies<br />

have worked closely together to ensure exceptional results.<br />

Now, the TJP1500 is undergoing its first modification, being<br />

upgraded to an inverted engine model. This will further increase<br />

the production and system efficiency of this machine.<br />

Shinohara says that during the process, priority was<br />

given to selecting lightweight materials but, at the same<br />

time, extremely resistant materials to ensure that the saber<br />

could withstand intensive use in the field. “The design of the<br />

product has been carefully crafted to optimize cutting efficiency<br />

while keeping weight to a minimum,” says Shinohara.<br />

In addition, the Rotary-Ax Director highlights the meticulous<br />

process of developing the equipment, which went through<br />

Anderson de Souza,<br />

diretor da J de Souza<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


SUCESSO EM CONJUNTO<br />

O sucesso da J de Souza veio também através das<br />

parcerias que foram construídas durante sua história. Uma<br />

delas é com a Rotary-Ax, empresa sediada em Pinhais (PR)<br />

especialista em ferramentas de corte, como sabres, correntes<br />

e dentes feller. Victor Hugo Shinohara, diretor industrial<br />

da Rotary-Ax, comenta que essas parcerias são de grande<br />

importância para o desenvolvimento das empresas, pois as<br />

parcerias estratégicas desempenham um papel fundamental<br />

no desenvolvimento de novos equipamentos, trazendo<br />

uma série de benefícios significativos. “A colaboração entre<br />

especialistas de diferentes áreas possibilita a troca de conhecimentos<br />

e experiências, resultando em soluções mais<br />

inovadoras e eficazes. Além disso, a sinergia entre as equipes<br />

pode acelerar o tempo de desenvolvimento, possibilitando<br />

que os equipamentos sejam lançados no mercado de forma<br />

mais ágil”, valoriza Victor.<br />

Um dos principais sucessos dessa parceria é a Garra<br />

Traçadora TJP1500. O desenvolvimento do sabre para a<br />

garra traçadora TJP teve início há alguns anos, quando a J<br />

de Souza e a Rotary-Ax se uniram em um projeto inovador<br />

que busca transformar o mercado de colheita florestal<br />

mecanizada. Desde então, as equipes de engenharia das<br />

duas empresas têm colaborado intensamente para garantir<br />

resultados excepcionais.<br />

Agora a TJP1500 passará por sua primeira modificação,<br />

sendo atualizada para um modelo com motor invertido. Isso<br />

aumenta ainda mais a produção e a eficiência do sistema<br />

desse implemento.<br />

Victor relata que durante o processo, foi priorizada a<br />

escolha de materiais que fossem leves, mas ao mesmo tempo<br />

extremamente resistentes, para assegurar que o sabre<br />

suporte ao uso intensivo de trabalho em campo. “O design<br />

do produto foi cuidadosamente elaborado para otimizar a<br />

eficiência do corte, mantendo um peso mínimo”, detalha<br />

Victor. Além disso, o diretor da Rotary-Ax, destaca o processo<br />

minucioso de desenvolvimento do equipamento, que passou<br />

por protótipos, testes e avaliações para que se chegasse<br />

ao produto pronto para o mercado. “Após a validação dos<br />

protótipos, iniciamos a produção em larga escala, o que<br />

garante que o sabre seja não apenas eficiente, mas também<br />

confiável, proporcionando aos usuários uma experiência<br />

superior em suas tarefas de corte”, complementa Victor.<br />

Sobre a parceria, Victor valoriza o trabalho realizado<br />

entre as duas empresas, que tem gerado frutos de muito<br />

sucesso, pois a J de Souza é uma parceira de longa data<br />

e sabemos que podemos combinar a expertise deles, em<br />

garras traçadoras de extrema qualidade com toda a tecnologia<br />

que colocamos em cada sabre que produzimos.<br />

“Atualmente, estamos trabalhando em projetos que visam<br />

aprimorar ainda mais a eficiência e a precisão na colheita<br />

florestal mecanizada, refletindo nosso compromisso com<br />

a inovação e a sustentabilidade. Com a colaboração entre<br />

a Rotary-Ax e a J de Souza, estamos prontos para oferecer<br />

soluções que atendem às crescentes demandas do mercado”,<br />

enaltece Victor.<br />

Após a validação dos<br />

protótipos, iniciamos a<br />

produção em larga escala,<br />

o que garante que o sabre<br />

seja não apenas eficiente,<br />

mas também confiável,<br />

proporcionando aos usuários<br />

uma experiência superior em<br />

suas tarefas de corte<br />

Victor Hugo Shinohara, diretor<br />

industrial da Rotary-Ax<br />

prototyping, testing, and evaluation to arrive at the product<br />

ready for market. “After validating the prototypes, we began<br />

full-scale production, which ensures that the saber is not only<br />

efficient but also reliable, providing users with a superior<br />

experience in their cutting tasks,” adds Shinohara.<br />

Commenting on the partnership, Shinohara appreciates<br />

the work that has been done between the two companies,<br />

“J de Souza has been a long-time partner, and we know that<br />

we can combine their expertise in high-quality grapples with<br />

all the technology we put into every saber we produce. “We<br />

are currently working on projects further to improve the<br />

efficiency and precision of mechanized forest harvesting,<br />

reflecting our commitment to innovation and sustainability.<br />

With the cooperation between Rotary-Ax and J de Souza, we<br />

are ready to offer solutions that meet the growing demands<br />

of the market,” says Shinohara.<br />

Setembro 2024<br />

63


MINUTO FLORESTA<br />

Valorização<br />

DO TRABALHO<br />

Congresso reúne especialistas<br />

no combate as plantas daninhas<br />

e destaca os novos produtos e<br />

tecnologias aplicadas<br />

Fotos: divulgação<br />

Promovido desde 1956 pela SBCPD (Sociedade<br />

Brasileira da Ciência das Plantas<br />

Daninhas), o XXXIII Congresso Brasileiro da<br />

Ciência das Plantas Daninhas foi realizado<br />

entre os dias 12 e 15 de agosto de 2024, no<br />

Centro de Convenções Expo Dom Pedro – Centro de<br />

Convenções de Campinas (SP), junto ao XXV Congresso<br />

Latinoamericano de Malezas. O evento contou com a<br />

organização conjunta da SBCPD e ALAM (Asociación Latinoamericana<br />

de Malezas), reunindo o que há de mais<br />

atual nas discussões no Brasil e no mundo. O tema central<br />

do congresso foi: Do laboratório ao campo - transformação<br />

das descobertas científicas em inovação.<br />

O evento teve como um dos destaques a Envu, empresa<br />

fundada em 2022, com base em meio século de<br />

experiência no segmento de saúde ambiental, com o<br />

objetivo único de promover ambientes saudáveis para<br />

todos, em qualquer lugar. A Envu oferece serviços especializados<br />

em manejo profissional de pragas, silvicultura,<br />

manejo da vegetação industrial. Em cada uma das<br />

áreas de atuação, foram estabelecidas parcerias com os<br />

clientes para que a natureza e a sociedade prosperem<br />

juntas.<br />

A Envu teve a oportunidade de ter seus profissionais<br />

presentes e tiveram a oportunidade de apresentar<br />

duas palestras institucionais destacando suas soluções<br />

em florestas plantadas e restauração florestal, além<br />

de duas apresentações orais em painéis sobre culturas<br />

perenes e nove pôsteres, que reforçam o compromisso<br />

da empresa com inovação e a sustentabilidade. Este<br />

congresso refletiu a crescente importância das florestas<br />

plantadas, do manejo de vegetação em áreas não-agrícolas<br />

e da restauração florestal, temas que se destacaram<br />

e mostraram sua relevância dentro das discussões.<br />

Um destaque especial foi dado para Natalia da<br />

Cunha Bevilaqua, gerente de desenvolvimento para a<br />

linha florestal da Envu, que recebeu o prêmio Destaque<br />

Oral na área de Manejo de Plantas Daninhas em<br />

Culturas Perenes e Áreas Não-Agrícola. Para a gerente,<br />

o evento foi uma oportunidade única de representar a<br />

Envu juntamente com o time da empresa, como Fabricio<br />

Sebok, Jessica Faria, Joana Peloia, Caique Medauar e<br />

Luciana Freitas. “Esse reconhecimento é extremamente<br />

gratificante e reflete a dedicação e o esforço contínuos<br />

que temos colocado em nossas pesquisas”, celebrou<br />

Natalia.<br />

Esse reconhecimento é<br />

extremamente gratificante e<br />

reflete a dedicação e o esforço<br />

contínuos que temos colocado<br />

em nossas pesquisas<br />

Natalia da Cunha Bevilaqua, gerente de<br />

desenvolvimento para a linha florestal<br />

da Envu<br />

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AEmbrapa Agrossilvipastoril (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária) está fechando<br />

o primeiro ciclo de 12 anos do maior experimento<br />

do mundo com sistemas de ILPF<br />

(integração lavoura-pecuária-floresta), em<br />

Sinop (MT). As pesquisas trouxeram resultados que ajudam<br />

a fazer recomendações sobre uso do componente arbóreo<br />

nesses sistemas produtivos.<br />

A definição da estratégia de uso das árvores em sistemas<br />

de integração varia entre as propriedades, conforme o<br />

interesse do produtor. Fatores como destinação da madeira,<br />

mercado consumidor, forma de colheita, uso das árvores<br />

como adição ou substituição de renda, características da<br />

propriedade, entre outros, devem ser avaliados. Isso torna<br />

cada projeto único. Porém, a tomada de decisão deve ser<br />

baseada em fundamentos técnicos como os obtidos na<br />

pesquisa.<br />

O trabalho utilizou o eucalipto (clone H13), uma vez<br />

que é uma espécie com crescimento rápido, com técnicas<br />

silviculturais desenvolvidas e com múltiplos usos. As árvores<br />

foram testadas em sistema de ILF (integração lavoura-<br />

-floresta), IPF (integração pecuária-floresta) e ILPF, além da<br />

monocultura utilizada como testemunha. O plantio ocorreu<br />

inicialmente em renques de três linhas distantes 30m (metros)<br />

entre si e, após intervenções, alguns dos tratamentos<br />

tiveram as linhas externas suprimidas e ficaram como linhas<br />

simples espaçadas em 37m.<br />

A pesquisa acompanhou todo o desenvolvimento das<br />

árvores, as operações de manejo como poda de galhos e<br />

desbastes (corte seletivo de árvores), dados de crescimento,<br />

acúmulo de biomassa e carbono, efeito bordadura dos<br />

renques, estoque de madeira, entre outros.<br />

Ao longo dos 12 anos os sistemas integrados produziram<br />

entre 87 m³ (metros cúbicos) e 114 m³ de madeira por<br />

ha (hectare). Os volumes variaram conforme o número de<br />

árvores conduzidas até o fim do experimento. Entretanto,<br />

quanto mais árvores, maior o impacto sobre a produção de<br />

grãos e forragem dentro do sistema produtivo. “Quando<br />

falamos em sistemas de integração, temos que pensar na<br />

produtividade de todo o sistema. Se aumento o número de<br />

árvores, terei redução na produção da lavoura e da pecuária.<br />

Sendo assim, o maior número de árvores tem que fazer<br />

sentido na avaliação global”, explica o pesquisador Maurel<br />

Behling.<br />

A área testemunha, com monocultura de eucalipto,<br />

produziu 350 m³/ha ao longo dos 12 anos, ficando dentro<br />

da média de incremento anual do H13 em áreas de silvicultura<br />

em Mato Grosso, que é de 32 m³/ha.<br />

COMPORTAMENTO DE CRESCIMENTO E CARBONO<br />

Os dados de crescimento em altura, DAP (diâmetro à<br />

altura do peito) e volume de madeira medidos ao longo dos<br />

anos indicaram que os sistemas integrados proporcionam o<br />

chamado efeito bordadura. É o efeito causado nas árvores<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


INTEGRAÇÃO<br />

externas da monocultura por receberem mais luz, água e<br />

nutrientes que aquelas do interior e por terem menor competição<br />

com árvores vizinhas. Na ILPF esse efeito foi observado<br />

nos renques de linhas triplas, com a árvore do meio<br />

tendo menor DAP, assim como as árvores do tratamento só<br />

com eucalipto.<br />

O efeito bordadura foi ainda mais acentuado na avaliação<br />

de biomassa e de acúmulo de carbono nas árvores. O<br />

sistema ILPF, que inicialmente teve renques triplos e passou<br />

a ter renque simples após corte das linhas laterais, foi o<br />

que mais acumulou carbono, passando dos 30 kg/ano por<br />

indivíduo. O valor se diferenciou estatisticamente dos demais<br />

e ficou bem acima dos cerca de 20 kg/ano por árvore<br />

na monocultura. “Além de favorecer o ganho em volume<br />

das árvores, com maior potencial para aproveitamento na<br />

serraria, há uma maior taxa de acúmulo de carbono nas<br />

árvores na ILPF. É um carbono que teoricamente terá um<br />

ciclo de vida maior do que aquele usado como biomassa”,<br />

destaca Maurel.<br />

O pesquisador lembra ainda que o carbono não fica<br />

somente estocado na madeira. As árvores no sistema produtivo<br />

ainda deixam grande volume de carbono na área em<br />

forma de folhas, galhos, serrapilheira e matéria orgânica.<br />

“Cerca de 10 toneladas de resíduos por hectare que per-<br />

Se o objetivo é produzir<br />

biomassa, por exemplo, é<br />

importante adequar o número<br />

de linhas ao parque de<br />

máquinas que fará a colheita,<br />

de forma a viabilizar o custo<br />

Maurel Behling, pesquisador<br />

da EMBRAPA<br />

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manecem são originárias da área útil com árvores. Isso sem<br />

considerar tocos e raízes que em média representam 20%<br />

da biomassa total da árvore”, informa Maurel.<br />

LIÇÕES APRENDIDAS<br />

Para o pesquisador os resultados obtidos neste experimento,<br />

somadas às experiências de produtores em Unidades<br />

de Referência Tecnológica em Mato Grosso, dão subsídios<br />

para a tomada de decisão no planejamento de sistemas<br />

ILPF. De acordo com ele, se o objetivo é adicionar renda<br />

ou melhorar o conforto térmico para o gado, os sistemas<br />

com linha simples são mais indicados. Já se o produtor quer<br />

um modelo com maior número de árvores e que sua venda<br />

compense as perdas de produção na lavoura e pecuária, é<br />

possível fazer renques de múltiplas linhas. “Se o objetivo é<br />

produzir biomassa, por exemplo, é importante adequar o<br />

número de linhas ao parque de máquinas que fará a colheita,<br />

de forma a viabilizar o custo”, orienta Maurel.<br />

A análise do mercado que consumirá a madeira é outro<br />

fator primordial no planejamento do sistema. A madeira<br />

conduzida para serraria tem maior valor agregado, mas<br />

depende de haver estrutura de processamento. Na região<br />

médio-norte de Mato Grosso, por exemplo, o surgimento<br />

recente de usinas de etanol de milho mudou o cenário<br />

em relação a 2011, quando o experimento foi iniciado.<br />

Atualmente a demanda por biomassa para as caldeiras é<br />

grande e tende a ser ainda maior nos próximos anos com a<br />

inauguração de novas plantas. “No caso da madeira serrada<br />

de eucalipto, ainda não é uma realidade na região, mas já<br />

existe demanda para a madeira tratada para mourões de<br />

cerca, postes e construção civil”, relata Maurel.<br />

CICLO REINICIADO<br />

O primeiro ciclo do experimento de ILPF com foco na<br />

pecuária de corte e produção de grãos está sendo finalizado<br />

com o corte raso dos eucaliptos após 12 anos. Em todo<br />

o experimento ainda restam 3.666 árvores ocupando uma<br />

área de 43 ha, sendo 3 ha com monocultura e 40 ha com<br />

IPF, ILF ou ILPF. Dados preliminares indicam um volume total<br />

a ser colhido de 3.568,33 m³ de madeira. Considerando<br />

o valor de R$ 100 por metro estéreo, são quase R$ 514 mil.<br />

Se a venda fosse para serraria, o valor seria ainda maior.<br />

Deve-se lembrar que, além da madeira, a área também<br />

produziu carne e grãos.<br />

Com o fim deste ciclo, um novo trabalho já deverá<br />

começar no próximo período chuvoso. Desta vez, além do<br />

eucalipto, será usada a teca como componente arbóreo<br />

do sistema. Também será testado o consórcio com as duas<br />

espécies, uma vez que a teca perde suas folhas no período<br />

seco, reduzindo a sombra para os animais. A ideia é que o<br />

eucalipto contribua para manutenção do conforto térmico<br />

e com o escalonamento de receitas obtidas com as árvores.<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


ARTIGO<br />

Irrigação e uso de<br />

HIDRORRETENTORES<br />

Por<br />

Marcelo Dionísio dos Santos - Consultor Florestal | Técnico Agrícola | Engenheiro de Produção<br />

Pedro Francio Filho - Consultor Florestal | Engenheiro Agrônomo | Diretor Francio Soluções Florestais<br />

Mateus Rodrigues Rocha - Estagiário de Silvicultura | Graduando em Engenharia Florestal - UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

O<br />

setor florestal brasileiro está em constante desenvolvimento,<br />

com uma área de aproximadamente<br />

9,94 milhões de ha (hectares) plantados, combinados<br />

ao clima e solo favoráveis, impulsiona, cada<br />

vez mais, a demanda por produtos de base florestal<br />

(IBÁ, 2023). Por sua vez, o êxito na formação de florestas de alta produção<br />

depende, na maior parte, da qualidade das mudas plantadas,<br />

que, além de terem que resistir às condições adversas encontradas<br />

no campo, após o plantio, deverão sobreviver e, por fim, produzir<br />

árvores com crescimento volumétrico economicamente desejável.<br />

Desta forma, além das condições mencionadas com relação<br />

à qualidade das mudas, as condições adversas, principalmente a<br />

escassez de água e temperaturas devem ser levadas em conta, haja<br />

vista a importância destas no cenário do plantio e sobrevivência das<br />

mudas recém plantadas. É importante conhecer o comportamento<br />

do regime de chuvas, temperatura, altitude, solo e outros fatores<br />

para tomada de decisão do melhor momento de realizar o plantio,<br />

bem como na escolha de material genético adequado.<br />

Entende-se que além de uma muda de qualidade, genética<br />

adequada, correção e preparo dos solos, necessita-se da realização<br />

de um bom plantio e da disponibilidade de água, haja vista que a<br />

água é fator limitante à vida e está presente nos tecidos vegetais,<br />

participando ativamente, desde o controle das condições fisiológicas<br />

da planta, bem como de sua nutrição.<br />

A disponibilidade hídrica para as raízes das plantas e a capacidade<br />

de retenção desta é crucial, especialmente em solos com baixa<br />

capacidade de retenção ou durante períodos de estresse hídrico.<br />

No manejo da irrigação é interessante que a planta não gaste<br />

energia para realizar a absorção, evitando possíveis quedas na<br />

produtividade. Sendo assim, deve-se procurar manter a umidade<br />

do solo sempre acima do ponto onde a planta não sofra por estresse<br />

hídrico.<br />

Abaixo exemplo de levantamento de dados para tomada de decisão da melhor época de plantio,<br />

considerando a média histórica regional.<br />

Janeiro<br />

Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro<br />

Temperatura média ( O C)<br />

23.9<br />

23.7<br />

24<br />

23.9<br />

23.3<br />

23.3<br />

23.4<br />

25.1<br />

26<br />

25.4<br />

24.4<br />

24.1<br />

Temperatura mínima ( O C)<br />

21.2<br />

21.1<br />

21.1<br />

20.5<br />

19.5<br />

18.6<br />

18.4<br />

19.7<br />

21.2<br />

21.7<br />

21.4<br />

21.3<br />

Temperatura máxima ( O C)<br />

27.7<br />

27.5<br />

27.9<br />

27.9<br />

27.8<br />

28.5<br />

29.1<br />

31<br />

31.4<br />

30.1<br />

28.6<br />

27.9<br />

Chuva (mm)<br />

265<br />

251<br />

213<br />

106<br />

47<br />

10<br />

7<br />

16<br />

65<br />

137<br />

202<br />

256<br />

Umidade (%)<br />

86%<br />

86%<br />

85%<br />

81%<br />

74%<br />

63%<br />

56%<br />

48%<br />

59%<br />

74%<br />

82%<br />

85%<br />

Dias chuvosos (d)<br />

20<br />

18<br />

20<br />

14<br />

7<br />

2<br />

1<br />

2<br />

8<br />

15<br />

18<br />

19<br />

Horas de sol (h)<br />

7.5<br />

7.0<br />

7.1<br />

7.8<br />

8.4<br />

9.3<br />

9.9<br />

10.3<br />

10.0<br />

9.3<br />

8.1<br />

7.9<br />

Temperaturas mensais, precipitações e umidade<br />

Fonte: Climate-data<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Ao lado, exemplo de plantadeira com aplicador<br />

de gel seco, plantio e confecção de bacia de<br />

irrigação, necessária para comportar tanto a<br />

água das irrigações como chuvas.<br />

Plantio com plantadeira com gel seco<br />

Efeito do hidrorretentor específico, seco, a base de<br />

celulose que tem simbiose perfeita com a raiz do<br />

eucalipto, disponibilizando durante aproximadamente<br />

20 dias pra planta, ate a próxima chuva ou irrigação,<br />

além de disponibilizar N e K<br />

Assim sendo, considerando o processo de irrigação onde não se<br />

tenha chuvas regulares e/ou ausência destas por períodos prolongados,<br />

torna-se necessário pensar na otimização dos custos desta<br />

operação e da sua utilização de forma racional.<br />

A utilização de hidrorretentores no solo otimiza a disponibilidade<br />

de água, reduz as perdas por percolação e lixiviação de nutrientes e<br />

melhora a aeração e drenagem do solo, acelerando, o desenvolvimento<br />

do sistema radicular e da parte aérea das plantas. A aplicação<br />

de polímeros hidrorretentores é um método que tem sido usado<br />

recentemente no plantio de mudas florestais. Esse polímero sintético<br />

a base de poliacrilamida, também conhecido como hidrogel, tem<br />

grande capacidade de armazenar e reter água.<br />

BREVE HISTÓRICO<br />

Os hidrogéis ou condicionadores de solo surgiram na década<br />

de 1950 por uma empresa americana. Na época, a capacidade de<br />

armazenamento de água deionizada era limitada a vinte vezes sua<br />

massa. Após a expiração da patente nos anos 70, uma empresa<br />

britânica aumentou a capacidade de retenção do polímero de vinte<br />

para quarenta vezes e de quarenta para quatrocentas vezes em<br />

1982. Mas, como esperado, o produto não funcionou bem, devido<br />

principalmente ao preço alto, que o tornou inviável para uso agrícola.<br />

Além disso, havia pouca pesquisa que incentivasse o uso e aplicação<br />

do hidrogel na agricultura (Wofford Jr. & Koski, 1990).<br />

A partir dos anos 80, muitos estudos foram desenvolvidos para<br />

provar a eficácia dos hidrogéis como condicionadores do solo e<br />

principalmente como um produto capaz de reter e disponibilizar<br />

água para os cultivos agrícolas, bem como aumentar a capacidade de<br />

armazenamento de água no solo onde os hidrogéis são adicionados.<br />

Wofford Jr.; Koski (1990) afirmaram que nos EUA (Estados Unidos<br />

da América), o Serviço Florestal do Estado do Colorado obteve<br />

aumento no índice de sobrevivência de mudas florestais somente<br />

com o uso de polímeros agrícolas no momento do transplantio e<br />

semeio, além de acelerar o crescimento dessas plantas pelo maior<br />

suprimento e disponibilidade de água. Buzetto et al. (2002) estudando<br />

a eficiência do hidrogel no fornecimento de água para mudas<br />

de Eucalyptus urophylla em pós-plantio, constatou que o polímero<br />

reteve a água de irrigação por maior período, disponibilizando-a de<br />

maneira gradativa para as plantas, o que resultou na diminuição da<br />

mortalidade das mudas cultivadas com o hidrogel sem, contudo,<br />

acelerar o crescimento em altura das mesmas. Adams; Lockaby<br />

(1987), estudando o efeito de polímeros em sementeiras de espécies<br />

florestais observaram que 18 dias após a primeira irrigação, 100%<br />

das mudas utilizadas como testemunha murcharam, enquanto as<br />

que receberam o hidrogel permaneceram túrgidas.<br />

Assim como em outros países, não poderia ser diferente, considerando<br />

que a necessidade por água é uma necessidade fisiológica<br />

das plantas, indiferentemente do local onde esteja plantada. Na<br />

maior parte do Brasil, principalmente nordeste e centro-oeste, os<br />

solos mais arenosos com baixa presença de matéria orgânica e/<br />

ou argila em condições ideais, associadas às altas temperaturas<br />

e baixas condição pluviométrica, limitam os plantios florestais,<br />

principalmente o de eucalipto, exigindo desde materiais genéticos<br />

adaptados, bem como o uso de estimuladores de crescimento e/ou<br />

hidrorretentores, a fim de proporcionar melhores condições para o<br />

pegamento e desenvolvimento inicial das mudas recém plantadas.<br />

Embora ainda haja realização do plantio na época chuvosa,<br />

por minimizar os custos com a irrigação, as condições climáticas<br />

cada vez mais desfavoráveis e incertas, têm acarretado altas taxas<br />

de replantio e florestas desuniformes em função, principalmente,<br />

dos períodos de veranico (ausência de chuvas) inesperados. Com<br />

isso, cada vez mais têm-se buscado alternativas a baixo custo, que<br />

propicie a realização de um plantio de qualidade com ótimas taxas<br />

de sobrevivências (≥ 95% aos 30 dias de plantio).<br />

O gel de irrigação é uma tecnologia que retém água e nutrientes<br />

no solo, liberando-os gradualmente para as plantas, o que é<br />

especialmente útil em regiões com baixa disponibilidade hídrica.<br />

Quando combinado com a calda de irrigação contendo Bacillus aryabhattai,<br />

um microrganismo benéfico, essa prática pode promover<br />

um ambiente mais saudável para as raízes, melhorando a absorção<br />

de nutrientes e a resistência das plantas a estresses abióticos.<br />

O Bacillus aryabhattai é uma rizobactéria que atua como um<br />

Plantio com hidrorretentor seco na matraca com<br />

dosador e suporte para carregamento das mudas<br />

Irrigação sem gel<br />

de irrigação<br />

Tanque de irrigação adequado com válvulas para<br />

uniformizar a quantidade de água por planta<br />

Setembro 2024<br />

75


ARTIGO<br />

Gel de irrigação na bacia da muda, aplicado na<br />

válvula com Bacillus Aryabhattai utilizado no plantio<br />

Plantio com plantadeira e dosador de hidrorretentor<br />

seco com regulagem de 2 gramas por acionamento<br />

Muda de qualidade<br />

bioinsumo inovador, promovendo o crescimento de culturas agrícolas<br />

mesmo sob condições de estresse hídrico. Este microrganismo<br />

contribui para o aumento da resiliência das plantas, auxiliando na<br />

adaptação a períodos de seca. Quando aplicado ao solo, ele induz<br />

o enraizamento, ajusta o potencial osmótico e reduz o estresse<br />

causado por veranicos, fortalecendo as plantas e promovendo um<br />

desenvolvimento mais saudável em ambientes adversos. O uso<br />

conjunto desses componentes potencializa o crescimento vegetal<br />

e a eficiência hídrica, resultando em um manejo mais sustentável.<br />

Desta forma, a adição de elementos promotores (ou estimuladores)<br />

de crescimento radiculares nas mudas florestais, tornam-se<br />

necessária, visando aumentar o número e tamanho de raízes, o vigor<br />

inicial, a uniformidade, a produtividade e o índice de sobrevivência<br />

após o plantio, conforme as recomendações comuns de hidrorretentores<br />

na irrigação de mudas de eucalipto, nos primeiros estágios de<br />

desenvolvimento no campo. O desenvolvimento do sistema radicular<br />

e da parte aérea das plantas é acelerado pela adição de hidrogéis no<br />

solo. Isso melhora a disponibilidade de água, reduz as perdas de nutrientes<br />

por percolação e lixiviação e melhora a aeração e drenagem<br />

do solo. Desde as primeiras tentativas de uso de hidrorretentores,<br />

até os dias atuais, vários tipos de géis têm sido utilizados, variando<br />

desde os pré-diluídos nos tanques de irrigação, até os géis secos.<br />

Os hidrorretentores são polímeros superabsorventes capazes de<br />

reter uma quantidade significativa de água em relação ao seu peso,<br />

devido à sua capacidade de reter água no solo, facilitando o controle<br />

hídrico das plantações, sendo usado com frequência na agricultura<br />

aplicado ao solo, através da irrigação, incorporando-se às camadas<br />

de plantio, onde serve como um reservatório de água. Em seguida,<br />

ele é lentamente liberado para as raízes das plantas, criando um<br />

ambiente ideal para o crescimento saudável das plantas (Santos<br />

et al., 2017). Os géis pré-diluídos nos tanques são aplicados diretamente<br />

na bacia de plantio na irrigação das mudas em pós-plantio.<br />

Os hidrorretentores são diluídos nos tanques, sendo assim, são<br />

aplicados diretamente na bacia de plantio na irrigação das mudas<br />

em pós-plantio. Pode ser adicionado o Bacillus aryabhattai, que<br />

é um indutor a seca e outras intempéries de acordo com a região<br />

e disponibilidade hídrica, podem ser adicionados principalmente<br />

nas regiões secas. Esses polímeros superabsorventes aumentam<br />

significativamente a retenção de água no solo, disponibilizando-a<br />

gradativamente para as plantas, o que é crítico em períodos de<br />

escassez de água. Além disso, a aplicação de hidrogéis contribui<br />

para a melhoria do desenvolvimento radicular e da parte aérea das<br />

plantas, aumentando a sobrevivência das mudas após o plantio e<br />

promovendo um crescimento mais uniforme e vigoroso.<br />

Em ambos os casos, a finalidade seria o funcionamento como<br />

um reservatório de água para as plantas, em função da necessidade<br />

da mesma. Cabe ressaltar que o gel seco precisa ser hidratado, a<br />

fim de cumprir com seu papel, ou seja, com o solo úmido ou com<br />

uma irrigação satisfatória de pelo menos 5 litros de água por planta.<br />

Com isso há um aumento no intervalo entre as irrigações, o que<br />

minimiza ou suprime a quantidade de irrigação, justificando os<br />

custos do uso do produto.<br />

Conclui-se, portanto, que a utilização de hidrorretentores ou<br />

hidrogéis na irrigação têm se mostrado uma técnica eficiente e<br />

sustentável para o setor florestal brasileiro. Embora nem sempre acelerem<br />

o crescimento em altura, os hidrorretentores desempenham<br />

um papel crucial na conservação dos recursos hídricos, associadas<br />

a todas as boas práticas citadas anteriormente, representa uma<br />

estratégia promissora para o desenvolvimento de florestas de alto<br />

rendimento, alinhando a produção de madeira com a preservação<br />

ambiental, contribuindo, desta forma, na promoção da sustentabilidade<br />

nas práticas agrícolas e florestais.<br />

Funções do gel seco Polyter - Fonte: Forth, 2019<br />

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MUDAS DE<br />

ARAUCÁRIA<br />

ENXERTADA<br />

(produção precoce do pinhão)<br />

Variedades;<br />

BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428<br />

Porte mais baixo;<br />

Maior produtividade;<br />

Mudas com produção precoce<br />

(média de 6 a 8 anos de idade).<br />

BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC


GREVE<br />

Impacto<br />

FINANCEIRO<br />

Greve do Ibama provoca crise<br />

econômica no setor florestal<br />

de Mato Grosso<br />

Fotos: divulgação<br />

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GREVE<br />

I<br />

ndústrias do setor de base florestal de Mato Grosso<br />

enfrentaram uma crise sem precedentes devido à<br />

greve dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro<br />

de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).<br />

A paralisação que superou 40 dias de duração causou<br />

sérios prejuízos econômicos, com mais de 220 contêineres<br />

retidos na região portuária, aguardando a liberação<br />

de documentação essencial para a comercialização, como<br />

a LPCO (Licença de Produtos Controlados pelo Ibama). Sem<br />

a autorização oficial, as indústrias mato-grossenses ficam<br />

impedidas de exportar.<br />

O caos que se abateu sobre as empresas do setor florestal<br />

foi demonstrado nos indicadores de exportação. De<br />

janeiro a junho, as indústrias madeireiras de Mato Grosso<br />

registraram saldo negativo, 22% menor que no mesmo<br />

período do ano passado, segundo informações do MDIC<br />

(Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e<br />

Serviços).<br />

O Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />

de Madeira do Estado de Mato Grosso) tem recebido<br />

inúmeras reclamações de seus associados. Muitos empresários<br />

relatam que a situação se tornou insustentável, com<br />

a greve levando à perda total de suas receitas.<br />

De acordo com o presidente do Cipem, Ednei Blasius,<br />

os empresários do setor florestal de Mato Grosso estão<br />

enfrentando um colapso financeiro. “Hoje, o empresário<br />

exportador só recebe a receita, o faturamento, quando os<br />

contêineres são liberados no navio, mediante um documento<br />

chamado BL (Bill of Lading). E isso não está acontecendo.<br />

Tínhamos mais de 220 contêineres retidos. Com isso, os<br />

empresários perderam completamente sua capacidade<br />

de receita e geração de faturamento, impossibilitando o<br />

cumprimento de compromissos financeiros, inclusive com o<br />

quadro de funcionários”, afirmou Ednei.<br />

A paralisação das atividades dos serviços ambientais<br />

federais provocaram um efeito dominó negativo na economia,<br />

levando ao atraso nos pagamentos bancários e na<br />

arrecadação de impostos. Muitos empresários consideram<br />

suspender as operações e demitir funcionários como medidas<br />

paliativas. “Os créditos tomados em banco não foram<br />

pagos em dia, estão começando a ser atrasados. Muitos<br />

já chegaram falar em iniciar os processos de paralisação e<br />

demissão, porque não conseguiriam honrar os compromissos.<br />

Não estavam conseguindo mais pagar fornecedores”,<br />

desabafou Ednei.<br />

Outro problema que se apresenta no horizonte das<br />

exportações são as recentes inclusões de espécies na Lista<br />

da Cites (Convenção sobre Comércio Internacional das Es-<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


GREVE<br />

pécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção),<br />

condicionando sua comercialização à emissão do NDF (Non<br />

Detriment Findings), Parecer de Extração Não Prejudicial.<br />

“Faltam 3 meses para o início da vigência da inclusão na<br />

Cites e o procedimento do NDF sequer foi estabelecido,<br />

mesmo com todo o rigoroso regramento já existente da<br />

produção madeireira e da sua autorização para exportação.<br />

Frise-se que há anos o setor de base florestal reivindica<br />

uma padronização de análises de licenças pelo Ibama, para<br />

que tenha procedimentos claros, transparentes e exequíveis,<br />

porém, sem sucesso”, conclui o presidente do Cipem.<br />

A entidade apresentou oficialmente, por meio de ofício,<br />

as dificuldades enfrentadas pelos empresários de base<br />

florestal ao Ministério dos Portos e Aeroportos. No ofício<br />

dirigido ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Serafim<br />

Costa Filho, o Cipem destacou os desafios enfrentados pelo<br />

setor desde 2020 para exportar cargas de madeira legal,<br />

sendo a morosidade e a falta de padronização nas análises<br />

e na emissão de licenças os principais obstáculos. A entidade<br />

solicitou apoio para encontrar uma solução junto aos<br />

órgãos envolvidos, em especial o Ibama, em relação à greve<br />

dos servidores.<br />

Além disso, o Cipem pediu que sejam formadas equipes<br />

em regime de força-tarefa para proporcionar a devida celeridade<br />

nas análises, sob pena de colapso no setor de base<br />

florestal brasileiro, que é tão importante para a geração de<br />

emprego e renda no país.<br />

NORTE MAIS AFETADO<br />

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras<br />

do Norte de Mato Grosso, Felipe Antoniolli, em declaração<br />

ao site Só Notícias, afirmou que a paralisação de serviços<br />

como documentações, liberações de produtos e despachos<br />

realizados pelo Ibama para prosseguirem atividades<br />

causaram um colapso geral. “Muitas metragens de metros<br />

cúbicos de madeira não estão recebendo a licença para que<br />

seja realizada a exportação. Temos um manejo florestal<br />

que tem toda uma cadeia de custódia, que tem todo um<br />

licenciamento ambiental, tanto de Sema, tanto de Ibama, aí<br />

você tem um contrato com os clientes do exterior, e todas<br />

essas exigências, elas por mais que sejam já validadas, não<br />

está conseguindo exportar madeira, gerando um transtorno<br />

absoluto para o setor”, desabafou Felipe. O presidente<br />

acrescentou que o próprio setor de base florestal está<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


GREVE<br />

O setor, infelizmente, é mais<br />

uma vez prejudicado, mas a<br />

gente sabe que não é só o<br />

setor de base florestal, é todo<br />

setor de exportações que<br />

passam obrigatoriamente pela<br />

fiscalização do Ibama<br />

sendo visto com maus olhos perante outros países, que não<br />

está entregando, no caso, a sua matéria-prima, a sua mercadoria,<br />

em um tempo hábil de acordo com os contratos.<br />

“Está sendo realmente um grande entrave para o nosso<br />

setor, essa greve do Ibama. Como é uma greve a nível federal,<br />

não afetou somente o setor de base florestal, afetou<br />

os adubos, insumos agrícolas, é todo o setor do agro, setor<br />

do petrolífero, então não é só o setor de base florestal que<br />

foi prejudicado com essa greve. Precisamos que realmente<br />

o governo consiga articular de maneira que haja um equilíbrio<br />

aí, para que o órgão governamental do Ibama volte<br />

a trabalhar e sanar os problemas que estão ocorrendo”,<br />

cobrou Felipe ainda durante a paralização.<br />

Felipe destacou que diretorias dos setores afetados<br />

tem procurado os órgãos governamentais, federações e<br />

indústrias, para haver diálogo positivo com os servidores<br />

do Ibama, para que as exportações de indústrias mato-<br />

-grossenses possam ser retomadas. “A gente não é contra<br />

o pleito deles, a gente entende que realmente tem que ter<br />

essa melhora, mas também que não pode atrapalhar de<br />

forma tão brutal o setor igual que está sendo prejudicado<br />

no caso. Procuramos várias vezes, o Cipem, que acionou<br />

também já o FNBF (Fórum Nacional de Bases Florestais).<br />

Felipe Antoniolli, presidente do<br />

Sindicato das Indústrias Madeireiras<br />

do Norte de Mato Grosso<br />

Procuramos o presidente do Ibama, comentamos sobre a<br />

greve, todos os impactos causados para o setor de base florestal,<br />

para todos os empresários que dependem realmente<br />

exclusivamente das exportações e o tamanho colapso que<br />

está gerando para o setor de base florestal essa greve. O setor,<br />

infelizmente, é mais uma vez prejudicado, mas a gente<br />

sabe que não é só o setor de base florestal, é todo setor de<br />

exportações que passam obrigatoriamente pela fiscalização<br />

do Ibama”, ressaltou.<br />

Servidores do Ibama permaneceram em greve do dia 24<br />

de junho ao dia 12 de agosto, com intuito de ter as reivindicações<br />

por reestruturação de carreira e reajuste salarial,<br />

além de terem atenção pública voltada ao sucateamento<br />

dos órgãos de proteção ambiental. O Ibama foi procurado<br />

pela reportagem, não atendeu e não retornou o contato.<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO<br />

Matéria-prima<br />

VALORIZADA<br />

Evento reúne principais nomes da compostagem no Brasil<br />

para fomentar a atividade e a preservação ambiental<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


Foi realizado entre os dias 20 e 22 de agosto na cidade<br />

de São Carlos (SP), o II Encontro Técnico de<br />

Compostagem de Lodos Industriais, ETEs, Resíduos<br />

Orgânicos e Compost Barn, organizado pela ENVI-<br />

MAT. Foram dois dias de palestras sobre as mais diversas<br />

abordagens ao tema, passando por práticas e legislação<br />

que envolvem o tema e um dia de campo, onde os participantes<br />

foram levados à EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária) Instrumentação para ver a operação de equipamentos<br />

e amostras de compostagem em diferentes pontos de<br />

desenvolvimento.<br />

Um dos principais destaques do evento foi a sua responsabilidade<br />

com a produção de resíduos, uma vez que todos<br />

os materiais que poderiam ser compostados foram recolhidos<br />

e levados para serem processados da maneira mais efetiva e<br />

benéfica para o meio ambiente. Até mesmo o crachá entregue<br />

aos participantes era 100% compostável, mostrando o empenho<br />

dos organizadores com a pauta ali apresentada.<br />

Dentre as mais de 20 palestras realizadas nesses três dias<br />

de evento, destacamos algumas, como a do pesquisador Alberto<br />

Bernardi, da EMBRAPA Pecuária, que apontou o cenário<br />

nacional de fertilizantes e como o Brasil aumentou sua demanda<br />

desses materiais em 300% nos últimos 20 anos, mesmo que<br />

a produção tenha caído 30% no mesmo período. “Temos hoje<br />

uma situação praticamente insustentável, importamos mais<br />

de 85% dos nutrientes utilizados em nossa produção, por isso<br />

a compostagem pode entrar como parte da solução para uma<br />

demanda existente e crescente”, alertou Alberto.<br />

Por outro lado, Andreas Kunter, CEO da Komptech, uma<br />

das principais empresas de equipamentos de compostagem do<br />

mundo, levou para o evento toda a expertise que a multinacional<br />

tem no segmento. Andreas apresentou a realidade do país<br />

de origem da Komptech, a Áustria, e como lá a cultura da compostagem<br />

já é uma realidade na vida da maioria da população.<br />

“Temos algo em torno de 80% dos materiais orgânicos produzidos<br />

sendo processados para ter o fim correto e mais útil para<br />

toda a sociedade”, valorizou Andreas.<br />

Marcelo Santos, da ABISOLO (Associação Brasileira das Indústrias<br />

de Tecnologia em Nutrição Vegetal), valorizou a realização<br />

do evento. Para Marcelo o evento une duas indústrias que<br />

Setembro 2024<br />

87


COMPOSTAGEM<br />

são a base da associação: orgânico e orgânico-mineral. “Fico<br />

muito feliz de estar aqui representando a associação, temos<br />

trabalhado muito nas normatizações e na áreas técnicas e ver<br />

essa movimentação dentro da compostagem é importante e<br />

deve ser muito valorizada”, ressaltou Marcelo.<br />

Cristiano Kenji, assistente executivo da diretoria de controle<br />

e licenciamento ambiental da CETESB (Companhia Ambiental<br />

do Estado de São Paulo) falou sobre a legislação que vigora no<br />

Estado onde atua e como algumas mudanças têm possibilitado<br />

o desenvolvimento da atividade da compostagem. “Tivemos<br />

em 2020 a publicação da resolução que dispensa a licença<br />

ambiental para atividades de compostagem, isso abriu portas e<br />

facilitou o trabalho de quem quer investir nesse campo”, enalteceu<br />

Cristiano.<br />

Pelo lado do governo, Alberto Rocha, coordenador geral<br />

de resíduos sólidos urbanos do MMA (Ministério do Meio<br />

Ambiente), focou sua apresentação na diminuição da perda<br />

de alimentos que ocorrem nos grandes centros. “Temos trabalhado<br />

com um plano nacional focado no não desperdício e na<br />

melhor destinação dos alimentos e aqueles que venham a ser<br />

descartados, tenham como principal destino a compostagem”,<br />

sublinhou Alberto.<br />

Esse segundo encontro nos deu a<br />

oportunidade de juntar as pessoas<br />

e as forças da compostagem<br />

Vinicius Casselli, diretor<br />

da ENVIMAT<br />

A ABCompostagem (Associação Brasileira de Compostagem),<br />

foi representada por Lara Laranjo, diretora de comunicação<br />

da entidade. Para a diretora, a união das empresas que<br />

atuam no segmento da compostagem ajuda no desenvolvimento<br />

da atividade e na representatividade desse segmento<br />

para conquistar mais espaço e avançar em legislações que<br />

favoreçam a compostagem. “Somos mais de 60 empresas sob o<br />

guarda-chuva da associação e o crescimento tem sido contínuo,<br />

valorizando o trabalho que estamos fazendo”, apontou Lara.<br />

José Luiz Tomita, especialista em implantação e desenvolvimento<br />

de plantas de compostagem destacou tópicos relacionados<br />

a qualidade da compostagem e como as boas práticas<br />

podem gerar resultados de aumento de produtividade agrícola.<br />

“Em áreas onde o produto da compostagem é aplicado temos<br />

plantas com raízes mais fortes, mais estruturadas e maior crescimento.<br />

Na compostagem há o valor ambiental, mas também<br />

há o valor econômico que pode ser sim uma chave de mudança<br />

na realidade de quem pratica”, exaltou Tomita.<br />

Vinicius Casselli, diretor da ENVIMAT, se mostrou muito feliz<br />

com o evento, sendo este o maior evento de compostagem do<br />

país. “Esse segundo encontro nos deu a oportunidade de juntar<br />

as pessoas e as forças da compostagem. Tivemos um dia a mais<br />

de evento, mais palestras, mais equipamentos apresentados ao<br />

público e para o próximo ano os composteiros podem esperar<br />

algo ainda melhor”, completou Vinicius.<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br


PRAGAS<br />

90 www.referenciaflorestal.com.br


ALERTA<br />

na silvicultura<br />

Pesquisadores encontram nova praga<br />

em produção de pinus e alertam para<br />

disseminação pelo Brasil e Mercosul<br />

Fotos: divulgação<br />

TOP OF MIND EM<br />

PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

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PRAGAS<br />

E<br />

m novembro de 2023, durante visita de<br />

campo à fazenda de uma empresa de comercialização<br />

e produção de resinas, no interior<br />

de São Paulo, o engenheiro agrônomo Carlos<br />

Frederico Wilcken encontrou árvores com<br />

respingos de resina no tronco, indicando que houve postura<br />

de ovos no local, e com orifícios circulares típicos<br />

da emergência de insetos adultos. A propriedade abriga<br />

plantações de híbridos de pinus utilizados na produção de<br />

resina e alguns dos seus plantios registravam alta infestação<br />

de uma espécie inédita no Brasil de vespa-da-madeira<br />

responsável pela mortalidade de aproximadamente 50%<br />

das árvores.<br />

Denominada Sirex obesus, a nova praga é originária<br />

do sul dos EUA (Estados Unidos da América) e do México,<br />

e foi detectada e identificada pela primeira vez no país<br />

pela equipe de pesquisadores do Departamento de Proteção<br />

Vegetal da FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas)<br />

da UNESP (Universidade do Estado de São Paulo), no câmpus<br />

de Botucatu (SP), do qual Carlos Wilcken é professor.<br />

Devido à relevância econômica do pinus, a descoberta<br />

de uma nova espécie de vespa-da-madeira que vem<br />

atacando plantações no Estado de São Paulo acendeu<br />

um sinal de alerta no setor florestal para o risco real de<br />

disseminação para outras áreas e potencial de gerar prejuízos<br />

significativos aos produtores. A árvore é a segunda<br />

espécie florestal mais plantada no país, atrás apenas do<br />

eucalipto, e seu plantio ocupa uma área de 1.9 milhão de<br />

ha (hectares), segundo o relatório de 2023 da IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores), associação responsável pela representação<br />

institucional da cadeia produtiva de árvores<br />

plantadas.<br />

Até o momento, a presença da praga já foi confirmada<br />

em 16 municípios paulistas, entre eles Itararé, na divisa<br />

com o Paraná, o principal Estado produtor de pinus no<br />

Brasil. Os pesquisadores consideram muito alto o risco<br />

dessa nova espécie de vespa-da-madeira se dispersar para<br />

o estado vizinho e para a região sul em geral, onde se concentram<br />

mais de 80% das plantações da espécie. Existe<br />

ainda o risco da Sirex obesus chegar a outros países do<br />

Mercosul, como Argentina, Chile e Uruguai, que também<br />

são importantes produtores de pinus.<br />

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) já foi<br />

notificado da existência da praga e o PROTEF (Programa<br />

92 www.referenciaflorestal.com.br


de Proteção Florestal), programa de âmbito nacional<br />

relacionado com pragas florestais e vinculado ao IPEF (Instituto<br />

de Pesquisas e Estudos Florestais), entidade que integra<br />

empresas, universidades e instituições de pesquisa<br />

voltadas para o setor florestal, já emitiu um comunicado<br />

redigido pelo professor Carlos, alertando sobre a identificação<br />

do inseto.<br />

A nova vespa-da-madeira tem potencial para causar<br />

vários danos às árvores de pinus, inclusive a morte, que<br />

decorre da ação do fungo patogênico Amylostereum areolatum,<br />

inoculado no momento em que a fêmea do inseto<br />

deposita seus ovos no tronco da árvore. O fungo cresce<br />

dentro do tronco, matando as células da árvore e bloqueando<br />

os traqueídeos, os canais por onde a seiva circula.<br />

A árvore morre após 3 ou 4 meses do ataque do inseto.<br />

Enquanto o fungo age, as larvas da praga se alimentam<br />

da madeira fazendo canais ou galerias que atingem<br />

tanto o cerne (a parte mais interior do tronco) quanto o<br />

alburno (a parte externa, mais nova e funcional, das plantas<br />

lenhosas). No momento da emergência dos insetos<br />

adultos, eles fazem orifícios de saída na madeira. As árvores<br />

atacadas também podem apresentar manchas na madeira,<br />

causada pelo fungo principal ou por outros fungos<br />

secundários. Portanto, mesmo que a árvore atingida não<br />

morra, os danos provocados pela praga tornam inviável o<br />

uso comercial da madeira.<br />

CONHECENDO O INIMIGO<br />

As empresas e produtores do setor florestal já estão<br />

bastante familiarizados com uma outra espécie de vespa-da-madeira,<br />

aparentada da Sirex obesus. Originária da<br />

região do Mediterrâneo (sul da Europa, Oriente Médio e<br />

Norte da África), a Sirex noctilo é considerada a principal<br />

praga a atacar o pinus no Brasil, e sua presença nos estados<br />

de São Paulo e Minas Gerais e região sul do país é<br />

conhecida desde 1988, tendo muitas perdas à produção<br />

brasileira, especialmente no sul do país durante a década<br />

de 1990. “Hoje, já existem procedimentos bem definidos<br />

de monitoramento e de controle biológico para sua ocorrência.<br />

Atualmente há registros de sua presença em nove<br />

países como praga exótica ou invasora. E não havia, até<br />

este momento, registro de outras espécies de Sirex ocorrendo<br />

em plantações de pinus no mundo”, relata Carlos.<br />

Na visita à fazenda do interior de São Paulo em que<br />

foi encontrada a nova praga, em novembro de 2023, os<br />

pesquisadores coletaram larvas de diferentes tamanhos,<br />

pupas, machos e fêmeas adultos recém-formados e constatou-se<br />

inequívocas diferenças morfológicas em relação<br />

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Setembro 2024<br />

93


PRAGAS<br />

à já conhecida Sirex noctilo. Os indivíduos adultos foram<br />

levados até o Laboratório de Controle Biológico de Pragas<br />

Florestais da FCA/Unesp e submetidos à análise de DNA<br />

mitocondrial. Além disso, amostras também foram enviadas<br />

para a equipe do taxonomista Nathan Schiff, do Serviço<br />

Florestal dos Estados Unidos (Forest Service), agência<br />

USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).<br />

Os exames em ambas as instituições confirmaram, por<br />

caracteres morfológicos e moleculares, serem da espécie<br />

Sirex obesus.<br />

Segundo o professor Carlos Wilcken, a identificação<br />

da nova praga foi difícil porque, por ser uma espécie natural<br />

do sul dos EUA e do México, lá ela é controlada por<br />

seus predadores naturais, não causando maiores problemas<br />

para as árvores. “Por não chamar a atenção, não causar<br />

nenhum problema, a espécie é pouco estudada. Por<br />

isso não há informações completas sobre seu ciclo e sobre<br />

quais espécies de eucalipto ele ataca, mas aparentemente<br />

o inseto tem mais de uma geração por ano, enquanto que<br />

com a Sirex noctilo já se sabe que os novos adultos emergem<br />

apenas uma vez por ano”, destaca Carlos.<br />

NOVO MANEJO DA PRAGA<br />

Com a ciência do Ministério da Agricultura e o alerta<br />

emitido a todo o setor florestal, as pesquisas devem avançar<br />

e determinar a real extensão do problema no país,<br />

bem como as melhores estratégias sobre o manejo e o<br />

controle da praga. Mas já há a certeza de que o monitoramento<br />

dos plantios deve ser intensificado, uma vez que<br />

os danos de Sirex obesus parecem ser mais intensos e o<br />

período de emergência de adultos mais longo que os de<br />

Sirex noctilo.<br />

Assim como acontece no caso da Sirex noctilo, o controle<br />

químico não funciona no combate a essa espécie de<br />

vespa-da-madeira. Os insetos crescem e se desenvolvem<br />

no interior do tronco, o que torna inócuas as aplicações<br />

de inseticidas. Os pesquisadores partem do que é feito<br />

com a Sirex noctilo para determinar as possíveis estratégias<br />

de manejo para o Sirex obesus.<br />

O controle silvicultural, com a realização de desbastes<br />

nas plantações, é uma primeira medida e consiste<br />

na remoção de árvores específicas de um plantio com o<br />

intuito de gerar maior crescimento das remanescentes.<br />

Os desbastes, portanto, tendem a deixar as árvores mais<br />

resistentes e saudáveis e, em tese, menos suscetíveis aos<br />

ataques dos insetos. Porém, essa técnica perde eficiência<br />

nas plantações de pinus para produção de resina, uma vez<br />

que a própria resinagem já vai estressar as árvores.<br />

A outra forma de manejo é o controle biológico, com<br />

a aplicação do nematoide parasita Deladenus siricidicola,<br />

94 www.referenciaflorestal.com.br


um verme microscópico criado em laboratório e liberado<br />

todos os anos pelas empresas e produtores florestais na<br />

região sul do Brasil para o combate à Sirex noctilo. “O<br />

nematoide se alimenta do fungo fitopatogênico Amylostereum<br />

areolatum no interior da madeira e, quando encontra<br />

as larvas do inseto, passa para a fase parasítica, penetrando<br />

nas larvas e causando a esterilização das fêmeas<br />

adultas. A partir de então, os nematoides se alojam nos<br />

óvulos e são dispersados nas plantações de pinus pelas<br />

próprias fêmeas, por meio dos ovos”, descreve Carlos.<br />

Para o professor Carlos Wilcken, os desdobramentos<br />

possíveis para os danos gerados por essa nova espécie de<br />

vespa-da-madeira são muitos e o único caminho a ser tomado<br />

agora é o de desenvolvimento de políticas públicas<br />

para o tema, com integração de ações. “É um problema<br />

que pode afetar mais de um setor da economia. É preciso<br />

agora envolver o Mapa e as agências estaduais de defesa<br />

agropecuária, além das empresas do setor florestal, para<br />

termos um levantamento completo, em âmbito nacional,<br />

do tamanho do problema. Será necessário fazer campanhas<br />

de esclarecimento, enquanto os cientistas buscam<br />

dar o suporte necessário em termos de pesquisa”, conclui<br />

Carlos.<br />

Atualmente há registros de sua<br />

presença em nove países como<br />

praga exótica ou invasora. E<br />

não havia, até este momento,<br />

registro de outras espécies de<br />

Sirex ocorrendo em plantações<br />

de pinus no mundo<br />

Carlos Wilcken, Pesquisador da UNESP<br />

Setembro 2024<br />

95


PESQUISA<br />

Estimativa de variáveis dendrométricas em<br />

plantios experimentais de Eucalyptus sp.<br />

utilizando imagens de VANT (Veículo Aéreo Não<br />

Tripulado)<br />

Fotos: divulgação<br />

STHEFANY NOBRE<br />

UFRPE (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO)<br />

EMANUEL ARAUJO SILVA<br />

UFRPE<br />

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PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

objetivo do trabalho é estimar variáveis<br />

dendrométricas em plantios experimentais<br />

de Eucalyptus sp. utilizando imagens<br />

aéreas obtidas por meio de VANT<br />

(Veículo Aéreo não Tripulado). A área<br />

de estudo fica localizada no Campus de Engenharias<br />

e Ciências Agrárias da UFAL (Universidade Federal de<br />

Alagoas) situado no município de Rio Largo (AL). O levantamento<br />

dos dados foi realizado em uma área experimental<br />

de povoamento florestal do híbrido Eucalyptus<br />

urograndis (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla).<br />

A coleta dos dados em campo foi realizada a partir de<br />

parcelas da população de eucalipto. Mediu-se a altura<br />

total, DAP (diâmetro à altura do peito) e diâmetro de<br />

copa de todos os indivíduos em cada parcela. Para a<br />

obtenção das imagens aéreas foi utilizado o VANT da<br />

empresa DJI modelo Phantom 4 PRO com câmera RGB.<br />

Utilizando os arquivos derivados das imagens aéreas,<br />

foram testados os pacotes lidR e itcSegment do software<br />

R. Por meio dos dados provenientes do inventário<br />

florestal e do processamento das imagens obtidas por<br />

meio do voo de VANT, foram construídas equações<br />

98 www.referenciaflorestal.com.br


de regressão linear e não linear. Os dois pacotes do<br />

software R apresentaram bons resultados em relação<br />

as métricas florestais e, apesar de detectarem menos<br />

indivíduos e valores diferentes dos reais, foram capazes<br />

de proporcionar equações com bons parâmetros para<br />

a estimativa de variáveis dendrométricas. Isso facilita<br />

os processos de inventários florestais e torna o uso de<br />

VANT uma alternativa viável às medições dos parâmetros<br />

florestais.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A quantificação de variáveis dendrométricas e alométricas<br />

é uma das principais atividades em um inventário<br />

florestal. Existem diferentes métodos para predição<br />

dessas variáveis, tais como a mensuração, por meio<br />

de métodos diretos (destrutivos) e métodos indiretos,<br />

utilizando técnicas de amostragem ou sensoriamento<br />

remoto (Fiorentin et al., 2015; Pertille et al., 2019).<br />

O avanço das técnicas de sensoriamento remoto<br />

possibilitou o uso de VANTs (veículos aéreos não tripulados),<br />

aplicados no campo do mapeamento e na<br />

estimativa das propriedades biofísicas das florestas.<br />

Diversas informações relacionadas à estrutura florestal<br />

podem ser obtidas por meio de técnicas de sensoria-<br />

À vista disso, no contexto<br />

das determinações<br />

ao nível da árvore, os<br />

VANTs se apresentam<br />

como um sistema eficaz<br />

para estimar variáveis<br />

biométricas


PESQUISA<br />

A quantificação de<br />

variáveis dendrométricas<br />

e alométricas é uma das<br />

principais atividades em<br />

um inventário florestal<br />

mento remoto em um curto período de tempo e sob<br />

várias condições de acessibilidade (Puliti et al., 2015).<br />

Os VANTs possuem capacidade de voos em baixas<br />

altitudes e baixas velocidades, permitindo a coleta de<br />

dados próximos à terra, além disso, podem ser equipados<br />

com diversos sensores, como câmeras digitais, possibilitando<br />

a captura de imagens com resolução espacial<br />

ultra-alta - 1 cm a 20 cm (centímetros) (Witehead;<br />

Hugenholtz, 2014; Zhang et al., 2016). Ao utilizar esses<br />

sistemas e os softwares de processamento correspondentes,<br />

torna-se possível gerar modelos 3D (tridimensionais)<br />

empregados em diversas aplicações florestais<br />

(Tudoran et al., 2021).<br />

A análise de imagens digitais, em conjunto com<br />

técnicas de fotointerpretação, viabiliza a avaliação dos<br />

principais parâmetros do povoamento (Vorovencii,<br />

2010). Os valores dos parâmetros, obtidos a partir de<br />

modelos digitais e produtos ortorretificados, situam-se<br />

dentro de níveis de tolerância aceitáveis (±10%) ao serem<br />

comparados com medições in-situ (Zagalikis et al.,<br />

2005).<br />

100 www.referenciaflorestal.com.br


Puliti et al. (2017), consideram que o uso de dados<br />

obtidos por meio de VANTs são eficazes no inventário<br />

florestal, pois a combinação de dados espaciais com<br />

dados de campo aumenta a precisão das estimativas, e<br />

oferece uma alternativa econômica para avaliação de<br />

recursos florestais em larga escala.<br />

Porém, apesar de todas as vantagens proporcionadas<br />

pelas abordagens de sensoriamento remoto,<br />

a estrutura do povoamento continua sendo um dos<br />

principais fatores que impactam os aspectos da seleção<br />

do instrumento ou da precisão da medição. Dentro das<br />

opções de sensoriamento remoto disponíveis, destaca-<br />

-se recentemente o algoritmo de visão computacional<br />

Estrutura de Movimento (SfM) (Furukawa; Ponce,<br />

2010), que tem demonstrado uma notável melhoria na<br />

eficiência na construção de conjuntos de dados 3D extremamente<br />

densos e precisos. Essas nuvens de pontos<br />

3D exibem uma qualidade comparável aos métodos<br />

tradicionais baseados em laser (Wallace et al., 2016).<br />

Quando aplicado a imagens de alta resolução capturadas<br />

por VANTs, o SfM tem revelado sua capacidade de<br />

gerar modelos de altura do dossel (CHM). Esses modelos<br />

mostraram-se eficazes na estimativa precisa da<br />

altura total das árvores em inventários florestais, como<br />

evidenciado por estudos anteriores (Goobody et al.,<br />

2017; Panaglotidis et al., 2017; Tudoran et al., 2021).<br />

À vista disso, no contexto das determinações ao<br />

nível da árvore, os VANTs se apresentam como um<br />

sistema eficaz para estimar variáveis biométricas. No<br />

que diz respeito às limitações da técnica VANT-SfM, é<br />

notável que nem todas as árvores de um povoamento<br />

são visíveis nos MDSs (modelos digitais de superfície)<br />

resultantes, o que implica que os cálculos são aplicados<br />

exclusivamente às árvores de nível superior ou a indivíduos<br />

isolados (Tudoran et al., 2021).<br />

Dessa maneira, o presente trabalho fundamenta-se<br />

na hipótese de que os parâmetros dendrométricos,<br />

como altura, DAP, diâmetro de copa, entre outros, obtidos<br />

a partir de dados utilizando imagens de VANT sejam<br />

equiparáveis com as medições realizadas por meio<br />

de inventário florestal convencional.<br />

Essa é uma versão parcial deste<br />

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pode ser acessado em: https://<br />

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CMY<br />

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AGENDA<br />

AGENDA 2024/25<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

Imagem: reprodução<br />

Demo Forest<br />

Data: 19 e 21<br />

Local: Ottawa (Canadá)<br />

Informações:<br />

https://demointernational.com/<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

SET<br />

2024<br />

DEMO INTERNATIONAL<br />

A Demo International oferece a você uma oportunidade<br />

exclusiva de apresentar seus produtos para um<br />

público global de profissionais do setor. É o principal<br />

evento do continente para tudo que é relacionado às<br />

operações florestais e aos equipamentos de ponta que<br />

impulsionam a eficiência. Com visitantes de todo o<br />

mundo ansiosos por ver as últimas inovações, este é o<br />

local perfeito para destacar os seus produtos e obter<br />

uma exposição incomparável.<br />

Fórum Florestal de São Petesburgo<br />

Data: 9 e 10<br />

Local: São Petesburgo (Rússia)<br />

Informações: https://spiff.ru/en<br />

Imagem: reprodução<br />

Workshop do Mogno Africano<br />

Data: 19<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: https://<br />

workshopmognoafricano.org.br/<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

JAN<br />

2025<br />

PPGF<br />

O PPGF (Programa de Preparação de Gestores Florestais)<br />

é um Programa anual de seleção, vivência e capacitação<br />

para recém-formados em Engenharia Florestal e<br />

Mestrandos concluintes, com diploma de Engenheiro<br />

Florestal. O Programa conta com treinamentos nas<br />

diversas áreas da Engenharia Florestal, abrangendo<br />

temas como: planejamento florestal; economia;<br />

pesquisa; operações florestais; entre outros. Além<br />

disso, oferece várias abordagens na temática de gestão<br />

de pessoas, autoconhecimento e soft skills. Além dos<br />

treinamentos e vivências, o Programa realiza visitas<br />

técnicas, que proporcionam uma compreensão prática do<br />

funcionamento do setor de plantações florestais.<br />

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AGENDA 2024/25<br />

NOVEMBRO<br />

2024<br />

JANEIRO<br />

2024<br />

Expocorma<br />

Data: 20 a 22<br />

Local: Coronel (Chile)<br />

Informações: https://www.expocorma.cl/<br />

Programa de Preparação de Gestores<br />

Florestais<br />

Data: 15/01 a 19/02<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

Informações:<br />

https://www.ipef.br/ppgf/<br />

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Por EFOCO, Soluções em Gestão de<br />

Pessoas, empresa de recursos humanos<br />

A liderança humanizada na<br />

era da inteligência artificial<br />

Ainterseção entre liderança e inteligência artificial tem sido<br />

um tema de discussão fervorosa nos últimos anos. À medida<br />

que a IA avança, surgem questionamentos sobre a<br />

possibilidade de sistemas controlados liderarem equipes<br />

com a mesma maestria que líderes humanos. Contudo,<br />

enquanto a tecnologia evolui e redefine a dinâmica de trabalho, uma<br />

verdade permanece clara: a essência da liderança, baseada em empatia,<br />

criatividade e visão, permanece inimitável pela IA. Neste artigo, exploraremos<br />

a importância de uma liderança humanizada em uma era de inteligência<br />

artificial, destacando as habilidades essenciais que os líderes<br />

precisarão desenvolver para prosperar nesse cenário.<br />

A liderança transcende a atribuição de tarefas e metas. Ela envolve<br />

uma compreensão profunda das emoções e motivações individuais de<br />

cada membro da equipe. Um líder habilidoso não apenas aloca funções,<br />

mas também nutre o crescimento pessoal e profissional de seus liderados.<br />

É nesse aspecto humano que a IA encontra sua limitação. Embora<br />

sistemas avançados possam criar processos eficientes, estabelecer prazos<br />

e gerar cronogramas, a capacidade de incentivar, motivar e compreender<br />

emocionalmente os membros da equipe permanecem além do<br />

alcance das máquinas.<br />

Um estudo recente da McKinsey em 2023, analisando tendências<br />

até 2030, destacou uma mudança significativa na demanda por habilidades.<br />

Enquanto as habilidades tecnológicas continuam a ser cruciais,<br />

uma ênfase cada vez maior está sendo colocada nas habilidades sociais<br />

e emocionais. Isso ressalta a importância da interação humana, mesmo<br />

em um ambiente de trabalho cada vez mais digitalizado. Habilidades<br />

como empatia, respeito e habilidades de comunicação estão se tornando<br />

fundamentais para o sucesso, especialmente para os líderes. O<br />

sucesso da IA pode auxiliar na seleção de talentos, mas a habilidade<br />

de inspirar colaboração, torcendo pelo conjunto, continua sendo um<br />

traço humano. Refletindo sobre os líderes que nos inspiramos, é notável<br />

como as características que se destacam estão relacionadas às habilidades<br />

sociais e emocionais. Esses líderes eram mais do que gestores de<br />

tarefas; eles eram visionários que se conectavam com as aspirações de<br />

suas equipes. Sua empatia permite entender os desafios individuais,<br />

cultivando um ambiente onde cada membro se sente valorizado e motivado.<br />

Eles não apenas direcionavam, mas também ouviam atentamente,<br />

demonstrando respeito genuíno pela equipe.<br />

A evolução da liderança em tempos de IA exige que os líderes<br />

desenvolvam habilidades distintamente humanas. A criatividade, que<br />

permite pensar além dos limites, e a empatia, que estabelece conexões<br />

genuínas, se tornam ainda mais cruciais. A capacidade de comunicar<br />

visões e ideias de maneira envolvente e a habilidade de resolver problemas<br />

complexos continuam sendo características inestimáveis.<br />

A liderança no cenário da IA exige uma abordagem humanizada.<br />

Embora as máquinas possam automatizar tarefas, o papel do líder<br />

transcende a eficiência mecânica. A habilidade de inspirar, conectar e<br />

capacitar os membros da equipe permanece como um aspecto intrínseco<br />

da liderança que não pode ser substituído pela tecnologia. O futuro<br />

da liderança é moldado pela coexistência entre as capacidades da IA e<br />

as características distintamente humanas, destacando a importância<br />

de uma liderança humanizada e habilidosa para enfrentar os desafios e<br />

oportunidades que estão por vir.<br />

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