AAFFlorestal_266Web
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ENTREVISTA<br />
Barbara Bonfim conta os desafios e conquistas para presidir a Rede Mulher Florestal<br />
EXCELÊNCIA<br />
NA FLORESTA<br />
PARCERIAS E NOVOS<br />
IMPLEMENTOS<br />
CONTRIBUEM NA<br />
EVOLUÇÃO DA<br />
COLHEITA<br />
FOREST<br />
EXCELLENCE<br />
PARTNERSHIPS AND<br />
NEW IMPLEMENTS<br />
CONTRIBUTE TO<br />
THE EVOLUTION<br />
OF THE HARVEST
Linha Biotritus SHPH+<br />
Alta eficiência em qualquer tipo de<br />
terreno;<br />
Martelos de aço especial com<br />
pastilhas de carbeto de tungstênio;<br />
Ideais para limpeza de áreas,<br />
renovação de cultura e eliminação<br />
de queimadas.
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DO BRASIL<br />
PARA O MUNDO<br />
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ponteiras substituíveis<br />
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disco de feller<br />
coroas de tração<br />
Facas para picadores<br />
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SUMÁRIO<br />
SETEMBRO 2024<br />
58<br />
HISTÓRIA<br />
FLORESTAL<br />
16 Editorial<br />
18 Cartas<br />
20 Bastidores<br />
22 Notas<br />
40 Coluna CIPEM<br />
42 Frases<br />
44 Entrevista<br />
56 Coluna<br />
58 Principal<br />
64 Minuto Floresta<br />
66 Integração<br />
74 Artigo<br />
78 Greve<br />
86 Compostagem<br />
90 Pragas<br />
96 Pesquisa<br />
102 Agenda<br />
104 Espaço Aberto<br />
86<br />
90<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
21 Agroceres<br />
99 Bellé Suporte<br />
19 BKT<br />
17 Bruno<br />
31 Carrocerias Bachiega<br />
93 D’Antonio Equipamentos<br />
47 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
29 DRV Ferramentas<br />
77 Duffatto Viveiro Florestal<br />
83 Ecoserra<br />
53 Eloforte<br />
45 Emex Brasil<br />
51 Engeforest<br />
108 Envimat<br />
23 Envimat/CBI<br />
89 Envimat/Compostagem<br />
15 Envu<br />
67 Equilíbrio Florestal<br />
71 Felipe Diesel<br />
35 Fex<br />
65 Fezer<br />
43 Hennings<br />
04 Himev<br />
08 Lion Equipamentos<br />
27 LS Tractor<br />
81 Lufer Forest<br />
73 Manos Implementos<br />
85 Mill Indústrias<br />
55 Nordtech<br />
101 Penz Saur<br />
79 Planalto Picadores<br />
69 Potenza<br />
105 Prêmio REFERÊNCIA<br />
95 Recimac<br />
91 Remsoft<br />
39 Rocha Facas<br />
06 Rotary-Ax<br />
10 Rotor Equipamentos<br />
12 Sergomel<br />
106 Sparta Brasil<br />
25 Syngenta<br />
33 Tecmater<br />
103 Terra Seguros<br />
97 Timbeter<br />
41 Unibrás<br />
57 Vale do Tibagi<br />
37 Vantec<br />
49 WDS Pneumática<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
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empresa com meio século de história<br />
no segmento de saúde ambiental,<br />
que detém um sólido portfólio<br />
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criar soluções que funcionarão hoje<br />
e no futuro.<br />
Mantemos as florestas prosperando para<br />
que as comunidades continuem crescendo.<br />
Florestas<br />
Para receber mais informações, cadastre-se<br />
através do QR code abaixo:
EDITORIAL<br />
Crescendo juntos<br />
Uma floresta não se faz com apenas uma árvore. É o conjunto<br />
de uma ou centenas de espécies que crescem e constituem<br />
um ambiente com características próprias, estrutura única e que<br />
fortalecem a biodiversidade onde estão presentes. Assim também<br />
é o segmento de base florestal. É na união das pessoas que fazem<br />
esse setor crescer, se desenvolver e deixar sua marca na sociedade.<br />
A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL atua desde sua iniciação, na<br />
criação de pontes e no fortalecimento das parcerias que fazem o<br />
setor de base florestal sempre promissor. Nessa edição a história<br />
da J de Souza e a garra traçadora lançada em parceria com a Rotary-Ax,<br />
as preocupações causadas por uma nova praga florestal,<br />
integração lavoura pecuária floresta, as dificuldades causadas pela<br />
greve dos servidores públicos do Ibama, no Mato Grosso, as novidades<br />
do segmento de compostagem e uma entrevista exclusiva<br />
com Barbara Bonfim, presidenta da Rede Mulher Florestal. Até a<br />
próxima!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
2<br />
<br />
<br />
<br />
1<br />
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<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
FOREST<br />
EXCELLENCE<br />
PARTNERSHIPS AND<br />
NEW IMPLEMENTS<br />
CONTRIBUTE TO<br />
THE EVOLUTION<br />
OF THE HARVEST<br />
Na capa dessa<br />
edição a J de Souza,<br />
completando 45 anos de<br />
comprometimento com o<br />
segmento florestal<br />
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXVI • Nº266 • Setembro 2024<br />
ENTREVISTA<br />
<br />
Barbara Bonfim conta os desafios e conquistas para presidir a Rede Mulher Florestal<br />
EXCELÊNCIA<br />
NA FLORESTA<br />
PARCERIAS E NOVOS<br />
IMPLEMENTOS<br />
CONTRIBUEM NA<br />
EVOLUÇÃO DA<br />
COLHEITA<br />
GROWING TOGETHER<br />
You cannot make a forest with just one tree. It is a collection<br />
of one or hundreds of species that grow together to create an<br />
environment with its own characteristics and unique structure, enhancing<br />
the biodiversity of the place where it is found. This is also<br />
true of forestry. It is in the union of the people who make up the<br />
Sector that it grows, develops, and leaves its mark on society. Since<br />
its inception, REFERÊNCIA Florestal has worked to build bridges<br />
and strengthen the partnerships that make the Forest Sector so<br />
promising. In this Issue, we tell the story of J. de Souza and the<br />
tracer claw launched in partnership with Rotary-Ax, the concerns<br />
raised by a new forest pest, the integration of crop and livestock<br />
forestry, the difficulties caused by the public servants’ strike in<br />
Mato Grosso, news from the Composting Sector, and an exclusive<br />
interview with Barbara Bonfim, President of the Forest Women’s<br />
Network. Until next time!<br />
Entrevista com Barbara<br />
Bonfim, presidenta da<br />
Rede Mulher Florestal<br />
Greve do Ibama provoca crise econômica<br />
no setor florestal de Mato Grosso<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXVI - EDIÇÃO 266 - SETEMBRO 2024<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Julia Harumi<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
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BRUNO: ONDE A INOVAÇÃO<br />
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A inovação está no nosso DNA. Adaptabilidade é a nossa estratégia. E a satisfação<br />
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CARTAS<br />
ENTREVISTA<br />
Pedro Francio Filho apresenta sua visão e experiência em silvicultura de alta performance<br />
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product<br />
<br />
Capa da Edição 265 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de agosto de 2024<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
TECNOLOGIA EM COMPOSTAGEM<br />
RESÍDUOS ORGÂNICOS:<br />
PASSIVO AMBIENTAL OU OPORTUNIDADE?<br />
Ano XXVI • Nº265 • Agosto 2024<br />
COMPOSTING TECHNOLOGY<br />
ORGANIC WASTE: ENVIRONMENTAL<br />
LIABILITY OR OPPORTUNITY?<br />
PRINCIPAL<br />
Por Carlos de Paula, Londrina (PR)<br />
Que grande trabalho na expansão de um mercado como o florestal. São<br />
oportunidades como essa que movimentam o nosso setor.<br />
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Rogério de Oliveira, Campo Grande (MS)<br />
Quando o profissional conhece do que fala, tudo parece simples e fácil.<br />
Muito sucesso para Pedro Francio na valorização da consultoria florestal.<br />
LEGISLAÇÃO<br />
Por Carla Carvalho, Campinas (SP)<br />
A parceria com o setor público é chave para abrirmos ainda mais oportunidades e<br />
facilitar o trabalho florestal. Parabéns ao Estado de Minas Gerais pela conquista.<br />
Foto: divulgacão<br />
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CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />
E INSCREVA-SE NO NOSSO<br />
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18 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência Florestal<br />
@referenciaflorestal<br />
@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ENCONTRO<br />
Encontro de peso durante a<br />
BioComForest em Botucatu (SP), com<br />
os diretores das empresas Equilíbrio<br />
Proteção Florestal, Mirex-S Iscas<br />
Formicidas e REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
EM MÃOS<br />
O diretor comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />
Machado, foi até a cidade de<br />
São Carlos (SP), para entregar<br />
pessoalmente a edição de<br />
Agosto/24, que teve a participação<br />
especial da Komptech na<br />
reportagem sobre Compostagem.<br />
A entrega foi feita aos diretores da<br />
Envimat (empresa que representa<br />
a Komptech), Arnaldo Casselli e<br />
Vinícius Casselli.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
PODCAST<br />
O diretor florestal da TFC<br />
(The Forest Company), José<br />
Sawinski Júnior, participou<br />
do PodCast REFERÊNCIA,<br />
contando sobre a sua carreira<br />
e experiência profissional de<br />
mais de 20 anos no segmento<br />
florestal. Na foto, ao lado<br />
dos diretores da Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
Fábio Machado e Pedro<br />
Bartoski Jr.<br />
VERBA LIBERADA<br />
ALTA<br />
A Diretoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social) aprovou o contrato da<br />
nova doação do governo dos EUA (Estados Unidos<br />
da América) ao Fundo Amazônia, no valor de US$<br />
47 milhões, o equivalente a R$ 270 milhões. Este<br />
novo aporte do governo dos EUA completa a<br />
entrega inicial de US$ 50 milhões, cerca de R$ 285<br />
milhões, ao Fundo, e faz parte do compromisso de<br />
US$ 500 milhões feito pelo presidente Biden em<br />
abril de 2023. Segundo a embaixada americana, o<br />
presidente Biden continua trabalhando com o Congresso<br />
norte-americano para solicitar e garantir o<br />
financiamento restante para o Fundo Amazônia e<br />
atividades relacionadas até 2028.<br />
SETEMBRO 2024<br />
AMAZÔNIA EM CHAMAS<br />
A Amazônia está em chamas, com 59 mil focos<br />
de incêndio registrados desde janeiro até agora.<br />
Esse é o maior número desde 2008 e pode subir<br />
ainda mais, já que a contagem é atualizada mensalmente<br />
e agosto não teve seu total de dados<br />
contabilizados até o fechamento dessa edição. A<br />
fumaça que cobre a floresta está se espalhando<br />
por milhares de quilômetros. Durante o mês foi<br />
registrada a presença de fumaça em 11 Estados:<br />
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso<br />
do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Paraná,<br />
Minas Gerais, São Paulo e Amazonas.<br />
BAIXA<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
Qualidade<br />
Sistema de Gestão de Qualidade<br />
certificado pela ISO 9001: 2015,<br />
em desenvolvimento, produção,<br />
comercialização e serviços pós-venda.<br />
Eficiência<br />
Resultados de controle comprovado em<br />
campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />
Precisão
NOTAS<br />
Podcast REFERÊNCIA<br />
Durante o mês de agosto o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito especiais que trataram<br />
de grandes temas e compartilharam belas histórias. No episódio sobre compostagem contamos com a presença de Vinicius Casselli,<br />
diretor da Envimat, Rossana Baldanzi, chefe da divisão de licenciamento ambiental de atividade despoluidora do IAT (Instituto Água<br />
e Terra) e José Luiz Tomita, consultor especialista em compostagem (foto de cima).<br />
O programa trouxe grandes esclarecimentos sobre o tema e abriu uma porta de oportunidade para que o segmento florestal<br />
pudesse conhecer a realidade da compostagem. Em sua participação, Tomita, como é conhecido no meio, pôde responder a uma<br />
série de perguntas enviadas pelos ouvintes e expectadores do programa, como a possibilidade de compostagem de recuperação de<br />
áreas através da compostagem ou ainda se há como criar um composto específico para uma área. “Temos que olhar o solo brasileiro<br />
de maneira muito específica, entendendo nossa realidade e tratando da maneira certa para atingir nossos objetivos”, comentou Tomita.<br />
Vinicius Casselli, destacou a importância da compostagem no segmento de celulose e papel e como outras partes do segmento<br />
florestal podem ter benefícios com a compostagem. “O grande ativo do segmento florestal e a compostagem vem como uma janela<br />
de oportunidade de valorização desse ativo”, destacou<br />
Vinicius.<br />
Já Rossana, apontou a legislação e a parte técnica da<br />
operação de compostagem no Paraná, Estado onde trabalha<br />
há quatro décadas. Segundo a chefe do IAT há uma<br />
série de regras muito bem estabelecidas para que a compostagem<br />
possa ser realizada da maneira correta. “Todo<br />
os parâmetros que foram criados e fiscalizamos constantemente<br />
foram feitos não apenas para criar empecilhos,<br />
mas sim gerar resultados de alto padrão e condizentes<br />
com um processo de reaproveitamento de matéria orgânica”,<br />
concluiu Rossana.<br />
No outro episódio os convidados foram Álvaro Scheffer<br />
e Álvaro Scheffer Jr (foto de baixo), respectivamente,<br />
presidente e diretor florestal da Águia Florestal, empresa<br />
paranaense de reflorestamento e processamento de<br />
madeira. Um dos destaques desse programa ficou pela<br />
respeitabilidade e dignidade que o setor florestal conquistou<br />
com o passar dos anos. “Houve uma evolução muito<br />
grande em relação a equipamentos, ao cuidado com as<br />
pessoas e com a estrutura que é oferecida, gerando uma<br />
relação diferente para quem está dentro e para quem vê<br />
de fora nosso setor”, destacou Álvaro Scheffer.<br />
Em um momento especial, os dois convidados puderam<br />
falar sobre Ferdinando Scheffer Junior, patriarca<br />
da família. Enquanto seu filho valorizou a persistência e<br />
a honestidade do pai, Álvaro Scheffer Jr. ressaltou o empenho<br />
e a vontade de continuar aprendendo com o avô.<br />
“Ele está sempre pronto para tirar o melhor das pessoas,<br />
a aprender algo novo e vejo nele uma serenidade e uma<br />
alegria sem igual, tanto que até hoje contamos com ele<br />
para nos aconselhar”, valorizou Álvaro Scheffer Jr.<br />
O episódio completo o Leitor pode conferir<br />
no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Máquinas de alta tecnologia<br />
A Vantec, uma das líderes em soluções industriais para o setor madeireiro, está preparada para surpreender o mercado<br />
na próxima edição da feira Lignum, que ocorrerá de 17 a 19 de setembro de 2024. Com foco na inovação e na eficiência,<br />
a empresa apresentará suas mais recentes máquinas equipadas com tecnologia de ponta, que prometem elevar os<br />
padrões de produtividade e sustentabilidade no setor.<br />
As novas máquinas da Vantec foram desenvolvidas para atender às demandas crescentes de eficiência operacional e<br />
automação. Com sistemas avançados de controle, maior precisão nos processos e integração com soluções digitais, essas<br />
máquinas proporcionam uma experiência de uso mais intuitiva e produtiva. Além disso, elas foram projetadas com foco<br />
na sustentabilidade, reduzindo o consumo de energia e aumentando a durabilidade dos componentes.<br />
DESTAQUES TECNOLÓGICOS<br />
Automação Inteligente: as máquinas contam com tecnologia de automação inteligente, que ajusta os parâmetros<br />
operacionais em tempo real, garantindo maior precisão e eficiência no corte e processamento de madeira.<br />
Conectividade: A integração com sistemas de controle digital permite o monitoramento remoto das máquinas, possibilitando<br />
ajustes e diagnósticos em tempo real, otimizando o tempo de operação e minimizando paradas não planejadas.<br />
Sustentabilidade: A Vantec mantém o compromisso com a sustentabilidade, e nossas novas máquinas são projetadas<br />
para operar com menor consumo de energia, reduzindo o impacto ambiental sem comprometer a performance.<br />
A Vantec convida a todos os nossos parceiros, clientes e interessados a visitarem o estande na feira Lignum. Será uma<br />
excelente oportunidade para conhecer de perto as inovações tecnológicas que a empresa está trazendo para o mercado<br />
e explorar como essas soluções podem transformar o seu negócio.<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Trabalho de campo<br />
A Itaipu Binacional e a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) começaram os primeiros levantamentos<br />
de campo para a elaboração do inventário da fauna e da flora da faixa de proteção do reservatório. O trabalho<br />
vai abranger cerca de 30 mil hectares de mata ciliar, na margem brasileira da usina, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, no<br />
oeste do Paraná.<br />
O objetivo é avaliar o grau de conservação, a conectividade e a diversidade arbórea da faixa de proteção. A pesquisa<br />
é coordenada pela Embrapa Florestas, com participação da Embrapa Instrumentação, e prevê investimentos de<br />
R$ 20,6 milhões em cinco anos. De acordo com a Itaipu, será o mais completo inventário florestal já realizado por uma<br />
usina hidrelétrica no Brasil.<br />
“A faixa de proteção é um patrimônio ambiental e conhecê-la em detalhes nos ajuda a definir estratégias de gestão<br />
e de melhoria contínua dessa vegetação. Ajuda também a compreender como a comunidade pode se beneficiar<br />
por meio dos serviços ecossistêmicos que essa vegetação oferece”, explica o gestor do convênio pela Itaipu, Luís Cesar<br />
Rodrigues da Silva.<br />
A primeira fase da pesquisa começou em março, com visitas exploratórias e entrevistas. Para a fase atual, com<br />
duração de cinco meses, os pesquisadores delimitaram 400 parcelas, termo utilizado para designar as áreas de coleta<br />
ao longo da faixa de proteção. Será instalado um conjunto de três parcelas a cada 10 km (quilômetros), separadas por<br />
no mínimo 30m (metros) de distância umas das outras.<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
Florestal mais forte<br />
A balança comercial do setor florestal brasileiro registrou um saldo positivo de US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre<br />
deste ano, um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023, conforme o Mosaico IBÁ, boletim da IBÁ (Indústria<br />
Brasileira de Árvores). Embora a celulose continue sendo o principal produto exportado, as vendas externas de painéis de<br />
madeira foram o grande destaque no período.<br />
O setor de árvores cultivadas é atualmente um dos pilares da economia brasileira, respondendo por 4,4% do total das<br />
exportações do país no primeiro trimestre de 2024 e ocupando o quarto lugar nas exportações agropecuárias brasileiras,<br />
com uma participação de 9,2% do total exportado pelo agronegócio.<br />
Em termos de produção, o Brasil produziu 6,3 milhões de toneladas de celulose no primeiro trimestre, representando<br />
um aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior. A produção de papel também cresceu, alcançando 2,8 milhões de<br />
toneladas até o final de março, uma alta de 6,1%, com um aumento nas exportações de 24,5%. O destaque foi para o papel<br />
para embalagem, cuja produção subiu 10,4%.<br />
As exportações de painéis de madeira registraram uma forte alta entre janeiro e março deste ano, totalizando 369 mil m³<br />
(metros cúbicos), um aumento de 57% em comparação com o mesmo período de 2023. As vendas domésticas também cresceram<br />
10,4%, atingindo 1,8 milhão m³. No mercado internacional, a China continua sendo o principal destino dos produtos<br />
florestais brasileiros, especialmente para a celulose, com compras no valor de US$ 1 bilhão, sendo 95% desse montante em<br />
celulose. A China manteve suas compras de celulose estáveis, mas aumentou as importações de papel em 270% e de painéis<br />
de madeira em 139%.<br />
Foto: divulgação<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
A INOVAÇÃO CHEGA<br />
PARA TODOS...<br />
...A COLHEITA FLORESTAL<br />
NÃO SERÁ MAIS A MESMA.<br />
VISITE NOSSO ESTANDE NA LIGNUM 2024!
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Foco na cultura<br />
A Campanha: #CirculeUmLivro; chega maior à sua terceira edição em 2024, com o objetivo de alcançar milhares de<br />
pessoas em seis Estados brasileiros. Realizada conjuntamente pela IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que<br />
representa o setor de árvores cultivadas para fins industriais no país, e pela Abigraf (Associação Brasileira da Indústria<br />
Gráfica), entidade que representa a indústria brasileira de impressão, a ação convida a população a trocar livros já lidos<br />
por outros disponíveis em pontos de grande circulação das cidades.<br />
Nesta edição, para além de São Paulo (SP), haverá pontos de troca de livros no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte<br />
(MG), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Brasília (DF) - a expansão acontece graças ao apoio das entidades regionais de<br />
representação do setor. Alguns endereços ainda contarão com atividades culturais gratuitas para todas as idades. A<br />
ação reflete a importância da leitura e da sustentabilidade do papel, produzido a partir de árvores plantadas, colhidas e<br />
replantadas para este fim, comumente em áreas antes degradadas.<br />
Na largada da campanha, os locais de troca já estarão abastecidos com mais de 11 mil livros de diferentes gêneros,<br />
doados pelas mais de 35 editoras, entidades e empresas que apoiam a ação. Livros como: O Fantasma da Ópera; a saga<br />
de Percy Jackson, exemplares da Marvel, da DC, mangás, edições sobre bichos incríveis, histórias extraordinárias e muitos<br />
gibis da Turma da Mônica. Clássicos da literatura, livros de culinária e biografias estarão disponíveis para as pessoas<br />
retirarem gratuitamente, deixando outro no lugar, para o próximo que chegar.<br />
Os pontos de troca estarão localizados em áreas de grande circulação, como centros culturais, estações de metrô,<br />
rodoviárias e ruas centrais das cidades que recebem o projeto. Desta forma, a iniciativa busca atingir mais pessoas<br />
com o objetivo de estimular a leitura, a interação entre as pessoas, a criatividade, a imaginação e uma reflexão sobre a<br />
cidade e o espaço em que vivemos.<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Diálogo florestal<br />
O Diálogo Florestal, em colaboração com o OCF (Observatório do Código Florestal) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas<br />
e Agricultura, lançou durante a V Conferência Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE+10), em Juazeiro (BA), a<br />
publicação: Desafios e oportunidades dos programas de regularização ambiental. O trabalho, disponível na seção de<br />
publicações no site do Diálogo Florestal, sintetiza as discussões sobre os PRAs (Programas de Regularização Ambiental)<br />
e PRADASs (Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas) no Brasil, fruto da segunda série de webinars<br />
realizados entre 2022 e 2023, que aborda os desafios e avanços na implementação do Código Florestal (lei número<br />
12.651/2012) em Estados como Santa Catarina, Pernambuco, Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, e no contexto<br />
da União.<br />
O lançamento da publicação ocorreu no Simpósio que levou a temática como foco do debate durante a Conferência<br />
SOBRE +10, na presença dos palestrantes: Fernanda Rodrigues, do Diálogo Florestal, Beto Mesquita (BVRio), representando<br />
a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Rafael Bitante Fernandes (SOS Mata Atlântica), representando o<br />
OCF e, Marcus Vinicius da Silva Alves, do SFB (Serviço Florestal Brasileiro).<br />
Segundo as pessoas que palestraram no simpósio, os PRAs não devem ser vistos como um atraso na implementação<br />
do Código Florestal, mas como instrumentos essenciais para a aplicação da lei. Marcus Vinicius da Silva Alves, afirmou<br />
que a recomposição é obrigatória e o PRA não deve representar um obstáculo para o cumprimento da lei, somente<br />
permite o disciplinamento de processos. Segundo Rafael Fernandes, todos os municípios devem se apropriar do CAR<br />
(Cadastro Ambiental Rural) e do PRA para usufruir dos benefícios da restauração. Já o representante da BVRio, Beto<br />
Mesquita (Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura), reforçou que devemos adotar a implementação do Código<br />
Florestal como vetor de desenvolvimento para alavancar o PIB e potencializar a economia do país.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Na luta contra o fogo<br />
A APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal) soltou um comunicado com um alerta para o<br />
aumento do risco de incêndio florestal. Na sequência são destacados os trechos mais importantes e o conteúdo<br />
completo está disponível no site da APRE:<br />
Estamos novamente em alerta pelo aumento do perigo de incêndios florestais em todo o Paraná. Segundo informações<br />
do SIMEAR (Sistema Meteorológico do Paraná), a maior ocorrência de focos de calor concentra-se na região<br />
centro-sul, com destaque para os municípios do entorno da cidade de Palmas, General Carneiro, Bituruna e Coronel<br />
Domingos Soares. Também foram observados focos em Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Querência do Norte, Maria<br />
Helena e Alto Paraíso, relativamente próximos a plantios florestais.<br />
Desde o início de 2024, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 8,6 mil ocorrências de incêndios florestais, praticamente<br />
o dobro do observado em 2023. Nesse período do ano – julho, agosto e setembro -, os perigos realmente<br />
aumentam, pois a vegetação seca, a baixa umidade do ar e a estiagem facilitam a propagação das chamas. Apesar<br />
disso, 90% dos incêndios ainda são causados pela ação humana, o que mostra que o trabalho de combate deve envolver<br />
toda a população. Descartar lixo em vias, queimar resíduos em casa, usar fogo para limpar terrenos e trilhas,<br />
acender fogueiras perto das árvores e soltar balões são algumas das ações que podem causar incêndios.<br />
Incêndio florestal é todo o fogo que se propaga livremente, respondendo às variações do ambiente. A cada 10<br />
incêndios florestais, 9 são causados pelo ser humano. As consequências são mais numerosas e graves do que se imagina,<br />
e eles representam um grande desafio e uma ameaça ao ambiente, à agricultura, ao setor florestal e à população.<br />
Novamente, foram disponibilizados materiais gráficos, digitais e audiovisuais para disseminar a informação e<br />
conscientizar as pessoas, apontando os danos causados por um incêndio florestal, quais ações podem provocar uma<br />
ocorrência e o que fazer ao avistar um foco. Neste ano, o slogan escolhido foi: Unidos na prevenção aos incêndios<br />
florestais – Somos guardiões da floresta; para reforçar a mensagem que esse assunto é um problema de todos e, por<br />
isso, é preciso trabalhar em conjunto.<br />
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NOTAS<br />
Encontro com o futuro<br />
A AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais) promoveu no auditório da associada CMPC, em Guaíba (RS), um encontro<br />
técnico com apresentação de trabalhos de professores da Engenharia Florestal da UFSM (Universidade Federal de Santa<br />
Maria) e de empresas associadas. Esta foi a segunda agenda realizada no ano numa empresa associada, pois anteriormente já<br />
havia ocorrido atividade em dia de campo em área das associadas Tanac/Tanagro.<br />
O objetivo do encontro foi de estreitar laços das empresas com a universidade, promover sinergia de conhecimento e<br />
fomentar novos projetos. Agradecemos a presença de todos, a disponibilidade dos apresentadores e a hospitalidade da CMPC,<br />
que gentilmente também ofereceu café de recepção e churrasco de almoço. Confira abaixo mais imagens do dia do evento e as<br />
apresentações realizadas.<br />
Os professores da UFSM apresentaram temas como: Aspectos sociais e econômicos das florestas plantadas no Rio Grande<br />
do Sul; Estudos de materiais lignocelulósicos para a biotecnologia; Fisiologia Florestal, sua importância para os desafios atuais;<br />
Manejo de pragas florestais; Monitoramento Ambiental Florestal; Pesquisa na área de extrativos vegetais; Relações do Curso de<br />
Engenharia Florestal com o setor de base florestal; Técnicas de Inteligência Artificial e Inovações na Melhoria Preditiva de Florestas<br />
Equiâneas; Tecnologias de Inteligência Artificial para a predição de cenários em florestas plantadas; e Uso de sensoriamento<br />
remoto com aeronaves remotamente pilotadas e inteligência artificial na silvicultura/manejocultura/manejo de Eucalyptus sp.<br />
Já os membros da AGEFLOR trataram dos temas: Avaliação de diferentes materiais genéticos de pinus; Correção de solos<br />
e bioativadores em plantios de pinus; Experimento diferentes espaçamentos de plantio; Avaliação experimentos com pinus<br />
híbrido; Dados monitoramento sobre dispersão de sementes de pinus; Inteligência Florestal: Do suporte à estratégia; e Plantio e<br />
sistema convencional (aberto e fechado) de resinagem.<br />
Foto: Diogo Botti/Matthi Comunicação<br />
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NOTAS<br />
EM 2025 A REVISTA BIOMAIS<br />
PASSA A SER MENSAL!<br />
NOVIDADE NA ÁREA<br />
A partir de 2025 a JOTA EDITORA vai ampliar sua produção. A<br />
Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, que hoje é bimensal, passará a ser<br />
publicada mensalmente. A publicação será de fevereiro a<br />
novembro, atendendo a expansão do mercado de biomassa e<br />
energias renováveis que vem crescendo no Brasil. A publicação é<br />
destinada exclusivamente para produtores e consumidores de<br />
energias limpas e alternativas e há mais de 15 anos a equipe da<br />
editora vem buscando divulgar tecnologias, produtos e serviços<br />
para atender o setor. Com a publicação mensal esperamos<br />
ampliar a cobertura de produtos, novidades e políticas do<br />
segmento. A JOTA EDITORA atua há mais de 25 anos diretamente<br />
no mercado da informação, comunicação e marketing. Pelo<br />
respeito adquirido com as publicações, os produtos da editora se<br />
tornaram importantes formadores de opinião para diversos<br />
segmentos de mercado. As Revistas REFERÊNCIA (BIOMAIS,<br />
FLORESTAL, MADEIRA INDUSTRIAL, CELULOSE e PRODUTOS DE<br />
MADEIRA) são responsáveis pela divulgação de tudo que há de<br />
mais atual nas diversas áreas por meio de nossas publicações, que<br />
chegam em todas regiões do Brasil e vários países do exterior.<br />
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COLUNA<br />
Mato Grosso<br />
mais forte<br />
Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM<br />
(Centro das Indústrias Produtoras e<br />
Exportadoras de Madeira do Estado de<br />
Mato Grosso)<br />
A técnica do manejo<br />
florestal sustentável, ao<br />
garantir a floresta em pé,<br />
não apenas contribui para<br />
a preservação ambiental<br />
e biodiversidade, mas<br />
também atende à<br />
demanda por produtos<br />
que respeitam as normas<br />
de sustentabilidade<br />
https://cipem.org.br<br />
Avanços e<br />
perspectivas<br />
do setor de<br />
base florestal<br />
M<br />
ato Grosso se destaca no cenário nacional como importante<br />
polo de madeira nativa. Além do seu potencial de produção<br />
madeireira, o setor de base florestal do Estado tem avançado<br />
significativamente nos últimos anos nos aspectos de<br />
legalidade, sustentabilidade e gestão, agregando valor e um<br />
diferencial competitivo a seus produtos, com garantia de origem e qualidade.<br />
A rígida observação e adoção de normas e mecanismos legais pelo setor<br />
de base florestal fortalecem o desenvolvimento socioeconômico sustentável,<br />
conforme afirmou recentemente, em entrevista, a secretária adjunta de Licenciamento<br />
Ambiental e Recursos Hídricos da SEMA-MT (Secretaria de Estado<br />
de Meio Ambiente de Mato Grosso), Lilian Ferreira dos Santos.<br />
Entre os mecanismos vigentes está o SISFLORA 2.0 (Sistema de Comercialização<br />
e Transporte de Produtos Florestais), que configura uma cadeia de<br />
custódia, ou seja, um conjunto de procedimentos de controle em todos os<br />
estágios de produção, desde a origem até a comercialização.<br />
Com a rastreabilidade da madeira nativa, o setor de base florestal tem<br />
fortalecido sua credibilidade perante o mercado consumidor interno e internacional<br />
como um fornecedor confiável de produtos sustentáveis, com<br />
qualidade e certificação de origem. O resultado tem sido a melhoria contínua<br />
de sua performance produtiva, contribuindo para o desenvolvimento econômico<br />
e conservação do meio ambiente, mantendo a floresta por meio dos<br />
planos de manejo florestal.<br />
Alinhar a produção madeireira com boas práticas ambientais é um compromisso<br />
do setor de base florestal. Ao implementar a gestão das matas<br />
nativas em áreas de reservas particulares por meio dos planos de manejo, o<br />
setor de base florestal contribui para o sequestro de carbono e mitigação das<br />
mudanças climáticas. A técnica do manejo florestal sustentável, ao garantir a<br />
floresta em pé, não apenas contribui para a preservação ambiental e da biodiversidade,<br />
mas também atende à demanda por produtos que respeitam as<br />
normas de sustentabilidade.<br />
Esses diferenciais intrínsecos aos produtos florestais de Mato Grosso<br />
têm sido demonstrados em eventos setoriais, dentro e fora do Brasil. Após<br />
participações recentes em feiras internacionais na China, Índia e França, os<br />
empresários do setor de base florestal associados ao CIPEM (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira de Estado de Mato Grosso)<br />
estarão em novembro na feira nacional Espírito Madeira - Design de Origem<br />
2024, que acontecerá na cidade de Venda Nova do Imigrante, no Estado do<br />
Espírito Santo.<br />
Eventos como esse permitem demonstrar as boas práticas e eficiência<br />
dos processos de rastreabilidade da madeira nativa mato-grossense, possibilitam<br />
o intercâmbio de conhecimentos sobre gestão florestal e de informações<br />
para que profissionais de diversas áreas, como arquitetura, estejam<br />
informados sobre a legalidade e a qualidade dos produtos florestais locais.<br />
Foto: divulgação<br />
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FRASES<br />
Foto: Sema (MT)<br />
O Estado tem tolerância zero<br />
com os crimes ambientais e<br />
áreas desmatadas feitas em<br />
desacordo com a legislação<br />
serão embargadas<br />
Mauren Lazzaretti, secretária do meio<br />
ambiente do Mato Grosso sobre a<br />
fiscalização de práticas ilegais no Estado<br />
“Hoje falamos que somos<br />
madeireiros com muito<br />
orgulho, porque trabalhamos<br />
de forma sustentável. É<br />
muito importante ter essa<br />
conscientização. O setor<br />
madeireiro gera milhares<br />
de empregos. A nossa<br />
construção civil ainda<br />
depende das madeiras na<br />
nossa infraestrutura, na nossa<br />
construção”<br />
Senadora Rosana Martinelli (PL-MT), em discurso<br />
no senado em defesa do manejo florestal<br />
sustentável<br />
Foram vários debates<br />
enriquecedores,<br />
proporcionando uma troca<br />
significativa de informações,<br />
descoberta de novos<br />
caminhos, busca de soluções<br />
contra o desmatamento e para<br />
a melhoria da utilização dos<br />
recursos florestais, sempre<br />
respeitando e apoiando as<br />
populações locais<br />
Garo Batmanian, presidente do SFB<br />
(Serviço Florestal Brasileiro) sobre o<br />
fórum MegaFlorestais<br />
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ENTREVISTA<br />
Força<br />
FEMININA<br />
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Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
A<br />
s mulheres estão presentes no segmento florestal<br />
e conquistam cada vez mais espaço. Em um<br />
setor predominantemente masculino, através<br />
de muito trabalho e dedicação têm se mostrado<br />
capazes de não apenas participar, mas também<br />
de liderar e fazer a diferença. Barbara Bonfim, presidente da<br />
RMF (Rede Mulher Florestal) desde 2023, conta sua história,<br />
conquistas da entidade e atual realidade das mulheres no segmento<br />
florestal.<br />
Barbara Bonfim<br />
W<br />
omen are present and gaining ground in<br />
the forest industry. Through hard work and<br />
dedication, they have shown that they can<br />
not only participate but also lead and make<br />
a difference in a predominantly male sector. Barbara Bomfim,<br />
President of the Women’s Forest Network (RMF) since 2023,<br />
shares her story, the Organization’s achievements, and the<br />
reality of women in the Forest Sector.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Engenheira florestal, possui mestrado em Manejo de<br />
Florestas Tropicais pela UNB (Universidade de Brasília) e<br />
doutorado em Solos e Biogeoquímica pela Universidade da<br />
Califórnia, Davis - traçando uma trajetória acadêmica com<br />
foco em conservação, uso sustentável de recursos naturais,<br />
mercados de carbono e soluções baseadas na natureza.<br />
A Forestry Engineer with a Master’s degree in Tropical Forest<br />
Management from the University of Brasilia (UNB) and<br />
a Ph.D. in Soils and Biogeochemistry from the University<br />
of California, Davis, her academic career has focused on<br />
conservation, sustainable use of natural resources, carbon<br />
markets, and nature-based solutions.<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
O X da questão em segurança<br />
no transporte de carga florestal!<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como surgiu seu interesse pelo segmento florestal?<br />
Surgiu da minha paixão pela área. No entanto, na época em<br />
que era estudante, muitas vezes não entendemos completamente<br />
o que a profissão envolve. Isso foi por volta dos<br />
anos 2000/2001, quando o tema meio ambiente e florestas<br />
não era tão enfatizado quanto é hoje. Na época, a escolha<br />
por uma carreira em Engenharia Florestal parecia até um<br />
pouco arriscada, especialmente sendo de Brasília (DF), uma<br />
região de cerrado, em comparação com Estados do sul e<br />
sudeste, que têm uma vocação florestal mais forte. Meu<br />
interesse estava mais voltado para a conservação ambiental<br />
e o melhor uso dos ecossistemas florestais, incluindo<br />
o manejo sustentável. Assim, meu desenvolvimento profissional<br />
acabou se direcionando para a área de pesquisa.<br />
No meu mestrado, por exemplo, que focou em manejo<br />
florestal, participei de processos dentro da empresa relacionados<br />
à certificação FSC e conduzi pesquisas aplicadas<br />
para fornecer informações sobre os impactos da exploração<br />
madeireira, como impactos no solo e no carbono do solo.<br />
Atualmente, trabalho no WWF, onde minha atuação ainda<br />
envolve o estudo e manejo de florestas. Estamos focados<br />
em encontrar maneiras de incentivar a preservação das<br />
florestas e otimizar o uso dos recursos naturais, especialmente<br />
os florestais.<br />
>> Dentro da RMF, como foi sua chegada à presidência?<br />
Na época que entrei na RMF, em 2020, estávamos no meio<br />
da pandemia, morando na Califórnia, com filho pequeno<br />
em casa. Momento de todos muito conectados na internet<br />
e conheci a Rede pelo linkedin. Através dessa plataforma<br />
conheci a Fernanda, que era presidente da RMF e era um<br />
tema que já me interessava: a presença das mulheres dentro<br />
do setor, pois éramos, e ainda somos, minoria dentro do<br />
segmento. A sugestão que recebei foi de me filiar a RMF e<br />
assim, no espaço correto, ajudar a construir algo. A organização<br />
começou em 2018 e logo depois que entrei, mesmo<br />
sendo tudo muito recente, pude ajudar nos grupos de trabalho<br />
dedicados à educação, fizemos oficinas e atingimos<br />
metas relacionadas a equidade de gênero, o que me fez me<br />
engajar ainda mais. Além disso, como morava fora, foi uma<br />
oportunidade de me aproximar novamente da realidade<br />
brasileira. Pouco tempo depois voltei para o Brasil e passei<br />
a integrar o conselho da organização e na época da troca da<br />
presidência e mesmo com muito receio, através das outras<br />
conselheiras, cheguei à presidência em junho de 2023.<br />
>> Quais as principais conquistas da entidade?<br />
Por ser uma organização sem fins lucrativos, nosso trabalho<br />
é focar nossos recursos em ações práticas que possam<br />
gerar desenvolvimento para as mulheres. Tivemos um<br />
crescimento significativo de membresia, uma estrutura<br />
executiva já montada, com pessoas dedicadas a realização<br />
das atividades o que aumenta o foco e o alcance de nossas<br />
ações estratégicas. Temos caminhado rumo a maior profissionalização<br />
da organização. Temos uma relevância maior e<br />
How did you become interested in forestry?<br />
My interest in studying forestry came from my passion<br />
for the field. However, when I was a student, we often<br />
did not fully understand what the profession entailed.<br />
This was around 2000/2001 when the environment and<br />
forests were not as important as they are today. At that<br />
time, choosing a career in Forest Engineering seemed a<br />
bit risky, especially coming from Brasília, a cerrado region,<br />
compared to the southern and southeastern states,<br />
which have a stronger forestry vocation. My interest<br />
was more focused on environmental protection and<br />
the best use of forest ecosystems, including sustainable<br />
management. As a result, my professional development<br />
eventually moved towards research. For example, in my<br />
Master’s degree, which focused on Forest Management,<br />
I was involved in processes within the company related<br />
to FSC certification and conducted applied research to<br />
provide information on the impacts of harvesting, such<br />
as impacts on soil and soil carbon. I now work for WWF,<br />
where I continue to work on forest research and management.<br />
We focus on finding ways to promote forest<br />
conservation and optimize the use of natural resources,<br />
especially forest resources.<br />
How did you become President of RMF?<br />
When I joined RMF in 2020, we were in the middle of<br />
the pandemic, and I was living in California with a small<br />
child at home. Everyone was very connected on the<br />
Internet, and I got to know the Network through Linkedin.<br />
Through this platform, I met Fernanda Rodrigues,<br />
who was the President of RMF, and it was a topic that<br />
I was already interested in: the presence of women in<br />
the Sector since we were and still are a minority within<br />
the segment. The suggestion I received was to join the<br />
RMF and, in this way, help build something in the right<br />
space. The organization started in 2018, and as soon as<br />
I joined, even though everything was very recent, I was<br />
able to help in the Work Groups dedicated to education;<br />
we held workshops and achieved goals related to gender<br />
equality, which made me even more involved.<br />
What is more, since I was living abroad, it was an opportunity<br />
to get closer to the Brazilian reality. Shortly after,<br />
I returned to Brazil and joined the Board of the organization.<br />
At the time of the change of presidency, and<br />
even with much trepidation from several other Board<br />
members, I became President in June 2023.<br />
What are RMF’s greatest achievements since its inception?<br />
As a non-profit organization, our mission is to focus our<br />
resources on practical actions that can generate development<br />
for women. We have had a significant increase<br />
in membership, an executive structure already in place<br />
with people dedicated to carrying out activities, which<br />
increases the focus and scope of our strategic actions.<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
^
ENTREVISTA<br />
o respeito das grandes empresas, pois há o reconhecimento<br />
do que fazemos, principalmente através dos relatórios<br />
publicados que respaldam nosso trabalho. Temos os GTs<br />
(grupos de trabalho), oficinas de aprimoramento, focando<br />
ações específicas, estudos questionários e tantas atividades<br />
para entender quais as barreiras para a presença feminina<br />
ser ampliada e valorizada no segmento. Alguns, ainda,<br />
veem com tabu e nosso trabalho é ser um facilitador para<br />
que as mulheres possam crescer no florestal. Uma conquista<br />
de forma específica é o terceiro relatório de panorama<br />
de gênero, que apresenta dados consistentes para avaliar<br />
a realidade, não só do que fazemos, mas dos movimentos<br />
internos do setor.<br />
>> Neste ano representou a RMF no IUFRO. Como foi a<br />
participar e qual a importância de estar nesse tipo de<br />
evento?<br />
É um evento de grande importância e muito esperado por<br />
todo o setor, pois é a cada 5 anos, o que gera grande expectativa<br />
para todos. Foi muito importante, pois tivemos<br />
painéis e espaços específicos para as discussões de gênero<br />
dentro do florestal, o que é muito gratificante para quem<br />
está nessa frente. Foi importante ver que estamos bem organizados,<br />
que diante da realidade de tantos países que já<br />
têm organizações semelhantes à Rede, estamos muito bem<br />
estabelecidas e organizadas em tudo que fazemos, com<br />
orçamento, planejamento e organograma. Participar desse<br />
evento é uma oportunidade de entender como o mundo<br />
lida com nossas pautas, quais ações são feitas em países<br />
onde já há uma cultura de mulheres florestais estabelecidas<br />
e aprender com eles, além de trocar informações sobre<br />
como fazemos isso do nosso jeito.<br />
>> Como avalia a presença feminina no meio florestal?<br />
Quais as maiores dificuldades das mulheres?<br />
Esse é objetivo primordial do nosso panorama de gênero,<br />
saber quantas mulheres estão empregadas e como estão<br />
empregadas no florestal. A participação feminina ainda é<br />
abaixo de 20% do total de trabalhadores e nos mais altos<br />
cargos a representatividade é muito pequena, algo como<br />
We have moved towards greater professionalization of<br />
the organization. We have greater relevance and respect<br />
from large companies because there is recognition<br />
of what we do, mainly through the published reports<br />
that support our work. We have Work Groups (WGs),<br />
improvement workshops focused on specific actions,<br />
questionnaire studies, and many activities to understand<br />
the barriers to women’s presence being expanded and<br />
valued in the segment. Some still see it as a taboo, and<br />
our job is to be facilitators so that women can grow in<br />
the forest. A specific achievement is the third Gender<br />
Panorama Report, which presents consistent data to<br />
assess the reality, not only of what we do but also of the<br />
changes within the Sector.<br />
You represented RMF at the International Union of<br />
Forest Research Organizations (Iufro) this year. How<br />
was your participation, and how important is it to be<br />
present at such an event?<br />
It is a very important event, and the whole Sector awaits<br />
it because it takes place every five years, which creates<br />
great expectations for everyone. It was very important<br />
because we had specific panels and spaces for gender<br />
discussions in the Forestry Sector, which is very gratifying<br />
for those who work in this area. It was important to<br />
see that we were well organized. In the face of the reality<br />
of so many countries that already have organizations<br />
similar to the Network, we are very well established and<br />
organized in everything we do, with a budget, planning,<br />
and organization chart. Participating in this event is an<br />
opportunity to understand how the world deals with<br />
our agendas, what actions are being taken in countries<br />
where there is already an established culture of forest<br />
women, and to learn from them, as well as to exchange<br />
information on how we can do it our own way.<br />
How do you assess the presence of women in forestry?<br />
What are the main difficulties they face?<br />
The main objective of our Gender Panorama is to find<br />
out how many women are employed and how they are<br />
Por ser uma organização sem fins lucrativos, nosso trabalho é<br />
focar nossos recursos em ações práticas, que possam gerar<br />
desenvolvimento para as mulheres<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
uma CEO no Brasil todo. Mudar o cenário do segmento que<br />
é majoritariamente masculino é como mudar o sistema de<br />
raízes de uma floresta, sendo muito complicado e exigindo<br />
muito de quem toma essa frente. Demanda um esforço focado<br />
no longo prazo. Temos uma presença grande no setor<br />
público de mulheres dentro do florestal, principalmente em<br />
cargos públicos que são conquistados via concurso, pois a<br />
banca ali avalia apenas o conhecimento e as respostas, o<br />
que demonstra claramente um viés diferente do que é visto<br />
na iniciativa privada. É ainda um preconceito, por ser uma<br />
atividade muito ligada ao campo de que as mulheres não<br />
são aptas, o que acaba direcionando a força de trabalho<br />
feminina para cargos administrativos, ou mesmo na hora<br />
da seleção a questão da maternidade é levada em consideração<br />
sendo que algumas mulheres nem filhos querem ter.<br />
Há uma escalada longa e difícil a ser feita para quebrar paradigmas<br />
e nisso que temos focados nossos esforços. E não<br />
deixamos de levar em conta que para os homens há uma<br />
série de questões que poderiam ser melhor administradas<br />
ou com práticas que pudessem fortalecer ainda mais esse<br />
profissional, como a licença paternidade que hoje é de três<br />
dias, um período curtíssimo dentro das dificuldades envolvidas<br />
no pós-parto.<br />
>> O que é o Programa de Mentoria: Floresta para Todas?<br />
O Programa de Mentoria é uma iniciativa do GT Igualdade e<br />
Empoderamento da Rede Mulher Florestal. Esta é a segunda<br />
edição do programa. Nele, fazemos um match entre mulheres<br />
que desejam ser mentoras e mulheres que buscam<br />
ser mentoradas. A única regra é que todas as participantes<br />
devem ser associadas da Rede. As mulheres que se candidatam<br />
a serem mentoras geralmente ocupam posições<br />
mais avançadas profissionalmente, mas não precisam estar<br />
em um estágio específico. Elas devem ter experiência que<br />
desejam compartilhar com as mentoradas. Por outro lado,<br />
as mentoradas podem estar em qualquer estágio de sua<br />
carreira, mas procuram a interação com uma mentora para<br />
obter ensinamentos e experiências adicionais. Na prática,<br />
o programa promove uma troca enriquecedora para ambas<br />
as partes. O papel da Rede é criar esse espaço, estruturando<br />
e gerenciando o programa e fazendo a combinação<br />
entre mentores e mentoradas inscritas. Ao final do ano,<br />
realizamos uma avaliação para trocar feedbacks e compartilhar<br />
experiências, buscando constantemente aprimorar a<br />
estrutura e a experiência do programa, que tem sido muito<br />
bem-sucedido e oferece uma excelente oportunidade para<br />
troca de conhecimentos e crescimento pessoal e profissional<br />
para as mulheres envolvidas.<br />
>> Em relação ao Panorama de Gênero, lançado no começo<br />
do ano, quais os maiores avanços destacados para as<br />
mulheres?<br />
O nosso estudo está agora na terceira edição. Na primeira<br />
edição, constatamos que havia 13% de mulheres no setor,<br />
esse número subiu para 19% na segunda edição, e agora<br />
employed in forestry. The participation of women is still<br />
below 20% of the total number of workers. In the most<br />
senior positions, their representation is very low, with<br />
only one Chief Executive in the whole of Brazil. Changing<br />
the scenario in a segment that is mostly male is like<br />
changing the root system of a forest – it is very complicated<br />
and requires much from those who take the lead.<br />
It requires a long-term effort. We have a large presence<br />
of women in forestry in the Public Sector, especially<br />
in public positions that are won through competitive<br />
examinations, because only knowledge and answers<br />
are evaluated, which clearly shows a different bias than<br />
what is seen in the Private Sector. There is still a prejudice<br />
that women are not suitable because it is an activity<br />
closely related to the field, which ends up directing<br />
the female workforce to administrative positions. Even<br />
when it comes to selection, the issue of motherhood<br />
is taken into account, and some women do not even<br />
want to have children. It is a long and difficult climb to<br />
break paradigms, and that is what we have focused our<br />
efforts on. We do not forget to take into account that for<br />
men, there are a number of issues that could be better<br />
managed or with practices that could further strengthen<br />
this professional, such as paternity leave, which today<br />
is three days, a very short period given the difficulties<br />
involved in the postpartum period.<br />
How does the Mentoring Program Forest for All work?<br />
The Mentoring Program is an initiative of the Equality<br />
and Empowerment WG of the Forest Women’s Network.<br />
This is the second edition of the Program. In it, we match<br />
women who want to be mentors with women who want<br />
to be mentored. The only rule is that all participants<br />
must be members of the Network. The women who apply<br />
to be mentors tend to be in more advanced positions<br />
in their careers, but they do not have to be in a particular<br />
country. They must have experience that they are<br />
willing to share with their mentees.<br />
On the other hand, mentees can be at any stage of their<br />
careers but are looking for interaction with a mentor to<br />
gain additional knowledge and experience. In practice,<br />
the Program fosters an enriching exchange for both<br />
parties. The Network’s role is to create this space,<br />
structure and manage the Program, and match mentors<br />
with registered mentees. At the end of the year, we hold<br />
an evaluation to exchange feedback and experiences,<br />
constantly seeking to improve the structure and experience<br />
of the Program, which has been very successful<br />
and provides an excellent opportunity for knowledge<br />
exchange and personal and professional growth for the<br />
women involved.<br />
In relation to the Gender Panorama published at the<br />
beginning of the year, what are the greatest advances<br />
for women?<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
estamos em 18%. Embora tenha havido um avanço, ainda<br />
observamos que a representação feminina está abaixo de<br />
20%. No entanto, há um dado interessante: 47% dessas<br />
mulheres são pretas ou pardas. Na área administrativa, por<br />
exemplo, quase metade das posições são ocupadas por mulheres,<br />
apesar de, no total, representarem menos de 18%<br />
no setor. Há uma variação na representatividade feminina<br />
em diferentes cargos dentro do setor. Tivemos evoluções<br />
notáveis, como na área administrativa, onde a representatividade<br />
feminina é quase metade, um aumento significativo<br />
em comparação com os anos anteriores. Também houve<br />
avanços nas áreas de meio ambiente, qualidade, certificação<br />
social, saúde e segurança do trabalho. No desenvolvimento,<br />
planejamento, inventário e cartografia, também<br />
observamos um aumento na participação feminina. No<br />
quadro executivo geral, houve uma evolução positiva,<br />
passando de 16% no ano anterior para 20% neste último<br />
panorama. Na diretoria florestal, observamos um aumento<br />
de 4% para 7%. Já na diretoria de operações, houve uma<br />
diminuição, e hoje estamos em 10%. Na diretoria industrial,<br />
o percentual aumentou de 7% para 12%. Em outras posições<br />
de supervisão, também houve um avanço, embora os<br />
números ainda sejam muito pequenos. Estamos falando de<br />
menos de 15%, o que ainda é um valor muito baixo.<br />
>> Como funcionam os GTs da RMF?<br />
Em 2020, a RMF estabeleceu os grupos de trabalho, que<br />
são temáticos. Atualmente, temos quatro grupos - GT educação:<br />
tem o objetivo de promover oportunidades de letramento<br />
e educação, com foco em matemática e gênero. As<br />
atividades incluem oficinas, capacitações e ações diversas<br />
relacionadas a treinamentos; GT Mulheres na tomada de<br />
decisão: foca em identificar e superar as barreiras que impedem<br />
as mulheres de ascenderem profissionalmente no<br />
setor florestal. Os dados mostram que a representatividade<br />
feminina em cargos de liderança continua muito baixa,<br />
abaixo de 15%, indicando muitas oportunidades de melhoria.<br />
Este grupo busca entender e enfrentar esses desafios;<br />
GT igualdade e empoderamento: além de outras ações,<br />
é responsável pelo programa de mentoria Floresta para<br />
Todos; GT maternidade e mulher no mercado de trabalho:<br />
visa promover melhores condições para mulheres mães no<br />
mercado de trabalho. Por exemplo, o grupo realizou uma<br />
pesquisa sobre licença maternidade, revelando que a maioria<br />
das mulheres prefere reduzir a jornada de trabalho após<br />
o período de licença. Todos os grupos se reúnem com frequência<br />
e contam com o apoio do corpo executivo da RMF.<br />
Este ano, cada GT tem um orçamento destinado a investir e<br />
alocar recursos para suas ações, incluindo a publicação de<br />
relatórios e a contratação de software para a realização de<br />
lives, por exemplo.<br />
>> Quais as vantagens para quem se associa à RMF?<br />
A RMF é uma associação e a membresia envolve uma contribuição<br />
para a organização. Esse é o princípio básico: ao<br />
This is the third edition of our study. In the first edition,<br />
we found that there were 13% women in the Sector;<br />
in the second edition, it was 19%, and now we are at<br />
18%. Although there has been progress, we still see that<br />
female representation is below 20%. However, there is<br />
an interesting fact: 47% of these women are black or<br />
mixed. In the administrative area, for example, almost<br />
half of the positions are held by women, although they<br />
make up less than 18% of the Sector as a whole. There<br />
are differences in the representation of women in different<br />
positions within the Sector. We have seen notable<br />
developments, such as in the administrative area, where<br />
women make up almost half of the positions, a significant<br />
increase compared to previous years. Progress has<br />
also been made in the areas of environment, quality,<br />
social certification, and occupational health and safety.<br />
There has also been an increase in female participation<br />
in development, planning, inventory, and cartography. In<br />
General Management, there has been a positive evolution<br />
from 16% in the previous year to 20% in this latest<br />
overview. In forestry, we saw an increase from 4% to 7%.<br />
In the operations department, there was a decrease, and<br />
today, we are at 10%. In overall industry, the percentage<br />
increased from 7% to 12%. There has also been progress<br />
in other supervisory positions, although the numbers<br />
are still very small. We are talking about less than 15%,<br />
which is still very low.<br />
How do the Work Groups within the RMF work?<br />
In 2020, the Forest Women’s Network created the<br />
thematic Work Groups. Currently, we have four groups<br />
– the Education WG: aims to promote literacy and<br />
educational opportunities, with a focus on mathematics<br />
and gender. The activities include workshops, training,<br />
and various actions related to education. The Women in<br />
Decision-Making WG: focuses on identifying and overcoming<br />
the barriers that prevent women from advancing<br />
professionally in the Forest Sector. Data shows that the<br />
representation of women in leadership positions is still<br />
very low, below 15%, indicating many opportunities<br />
for improvement. This Group seeks to understand and<br />
address these challenges. The Equality and Empowerment<br />
WG: is responsible for, among other things, the<br />
Forest for All Mentoring Program. The Maternity and<br />
Women in the Labor Market WG: aims to promote better<br />
conditions for mothers in the labor market. For example,<br />
the WG conducted a survey on maternity leave, which<br />
showed that the majority of women prefer to reduce<br />
their working hours after maternity leave. All the groups<br />
meet regularly and are supported by the Forest Women’s<br />
Network Executive Committee. This year, each WG has<br />
a budget to invest and allocate resources for its actions,<br />
including the publication of reports and the use of software,<br />
for example, to carry out live discussions.<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
participar e se engajar com a temática, que é de grande importância,<br />
você faz sua contribuição. Ao se tornar membro<br />
da rede, você entra em nosso grupo de contatos, que inclui<br />
um grupo de whatsapp exclusivo para associados. Além disso,<br />
promovemos ações voltadas especificamente para nossos<br />
membros, como oficinas temáticas. Para pessoas físicas,<br />
há oportunidades de crescimento pessoal e profissional,<br />
como a participação nos grupos de trabalho. Esses grupos<br />
oferecem um excelente networking, reunindo pessoas do<br />
setor que compartilham o interesse em promover uma<br />
maior inclusão e diversidade no setor florestal. A diversidade<br />
é crucial para enfrentar os múltiplos desafios que o<br />
setor enfrenta. As florestas desempenham um papel fundamental,<br />
e para garantir um futuro melhor e mais inclusivo,<br />
precisamos de um time diverso trabalhando. Para pessoas<br />
jurídicas, a Rede também oferece espaços de diálogo e<br />
construção, contribuindo com suas agendas e necessidades<br />
específicas. Realizamos reuniões e conversas com empresas<br />
para entender suas demandas e promover grupos de diversidade.<br />
Publicamos o Panorama de Gênero, destacando as<br />
logomarcas das empresas que são associadas e contribuem<br />
para a Rede.<br />
>> Quais seus principais objetivos na liderança da RMF?<br />
Acredito que o mais importante agora seria o passo em<br />
direção à sustentabilidade financeira. Hoje, como organização,<br />
somos ainda jovens, com um orçamento modesto,<br />
muito atrelado à nossa membresia. Como mencionei antes,<br />
ter um portfólio de projetos será uma oportunidade para<br />
diversificar nossas fontes de captação de recursos. Tenho<br />
interesse em investir energia nessa direção. Estamos organizando<br />
um encontro presencial do conselho diretor para<br />
ajustar os pontos nesse sentido. Temos muitos desafios<br />
pela frente, e há muitas coisas que a organização pode realizar.<br />
No entanto, ainda temos um poder executivo bastante<br />
limitado. Portanto, organizar e estruturar a organização<br />
para trabalharmos de forma mais eficiente, mesmo com os<br />
recursos que temos, é também um dos meus objetivos.<br />
What are the benefits for those who join the RMF?<br />
The Forest Women’s Network is an association, and<br />
membership means contributing to the organization.<br />
This is the basic principle: by participating and being<br />
involved in this very important issue, you make your contribution.<br />
When you become a member of the network,<br />
you join our contact group, which includes an exclusive<br />
Whatsapp group for members. In addition, we promote<br />
activities specifically for our members, such as thematic<br />
workshops. For individuals, there are opportunities for<br />
personal and professional growth, such as participating<br />
in the Work Groups. These Groups provide excellent<br />
networking opportunities, bringing together people from<br />
the Sector who share an interest in promoting greater<br />
inclusion and diversity in the forest sector. Diversity is<br />
critical to addressing the many challenges facing the<br />
sector. Forests play a key role, and to ensure a better and<br />
more inclusive future, we need a diverse team at work.<br />
For legal entities, the Network also provides spaces for<br />
dialogue and construction, contributing to their specific<br />
agendas and needs. We hold meetings and discussions<br />
with companies to understand their needs and promote<br />
diverse groups. We publish the Gender Panorama, highlighting<br />
the logos of companies that are members and<br />
contribute to the Network.<br />
What are your main goals in leading RMF?<br />
I think the most important thing right now would be to<br />
move towards financial sustainability. Today, as an organization,<br />
we are still young, with a modest budget, very<br />
much tied to our membership. As I mentioned before,<br />
having a portfolio of projects is an opportunity to diversify<br />
our fundraising sources. I am interested in investing<br />
energy in that direction. We are organizing a face-toface<br />
board meeting to fine-tune things in that direction.<br />
We have many challenges ahead of us, and there are<br />
many things the organization can accomplish. However,<br />
we still have very limited executive power. So, organizing<br />
and structuring the organization to work more efficiently<br />
with the resources we have is also one of my goals.<br />
A participação feminina ainda é abaixo de 20% do total de<br />
trabalhadores e nos mais altos cargos a representatividade<br />
é muito pequena, algo como uma CEO no Brasil todo<br />
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Acidentes no Manejo<br />
de Árvores: Falta de<br />
conscientização ou<br />
excesso de confiança?<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho<br />
Mestre em Manejo Florestal<br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
O comportamento do trabalhador pode levar a tomada de decisões arriscadas durante as operações.<br />
Conscientização, humildade e respeito pela atividade são fundamentais para a redução de acidentes.<br />
N<br />
o setor florestal, o manejo de árvores é uma atividade<br />
essencial que demanda conhecimento técnico,<br />
habilidade e, acima de tudo, uma postura rigorosa<br />
com relação à segurança. No entanto, muitas<br />
vezes, os acidentes acontecem não apenas pela<br />
falta de conscientização dos riscos, mas também por um fator<br />
mais sutil: o excesso de confiança dos trabalhadores experientes.<br />
A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO<br />
A conscientização sobre os riscos associados ao manejo de<br />
árvores é o primeiro passo para a segurança na atividade. Operações<br />
como poda e corte de árvores envolvem o uso de máquinas,<br />
ferramentas e equipamentos perigosos e, em alguns casos, trabalhos<br />
em altura. Esses fatores aumentam significativamente o risco<br />
de acidentes graves, como quedas, amputações, ferimentos por<br />
objetos cortantes e até acidentes fatais.<br />
Para minimizar esses riscos, é essencial que as empresas<br />
florestais invistam em treinamentos regulares para todos os funcionários,<br />
desde os recém-contratados, até os mais experientes.<br />
Treinamentos sobre o uso correto de EPIs (equipamentos de<br />
proteção individual), como capacetes, óculos, luvas, botas de<br />
segurança e roupas de proteção, devem ser obrigatórios. Além<br />
disso, é importante ensinar os trabalhadores a identificar riscos<br />
potenciais, como árvores instáveis, galhos secos ou próximos a<br />
redes elétricas, e como proceder em cada situação.<br />
O PERIGO DO EXCESSO DE CONFIANÇA<br />
Enquanto a falta de conscientização pode ser um problema<br />
para trabalhadores novos no setor, o excesso de confiança é<br />
frequentemente observado em trabalhadores mais experientes.<br />
Aqueles que já realizaram o manejo de árvores por muitos anos<br />
podem subestimar os riscos, assumindo que sua experiência é<br />
suficiente para evitar acidentes. Este comportamento pode levar<br />
ao relaxamento das normas de segurança, como o uso incorreto<br />
ou a não utilização de EPIs, o descumprimento de procedimentos<br />
estabelecidos, ou a tomada de decisões arriscadas durante as<br />
operações.<br />
O excesso de confiança pode ser tão perigoso quanto a ignorância.<br />
Por isso, é fundamental que as empresas criem uma cultura<br />
de segurança onde todos, independentemente da experiência,<br />
sejam incentivados a seguir os protocolos de segurança rigorosamente.<br />
Estabelecer um programa de monitoramento e feedback<br />
constante pode ajudar a identificar comportamentos arriscados e<br />
reforçar a necessidade de seguir as diretrizes de segurança.<br />
ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR RISCOS<br />
Capacitação e educação continuada: manter os trabalhadores<br />
atualizados sobre práticas seguras, normas e uso adequado de<br />
máquinas, ferramentas e equipamentos. Isso é fundamental para<br />
identificar riscos e evitar comportamentos inseguros, promovendo<br />
uma cultura de segurança constante e reduzindo acidentes.<br />
Cultura de segurança: promover uma cultura onde a segurança<br />
seja prioridade. Recompense comportamentos seguros e incentive<br />
os trabalhadores a apontarem riscos e práticas perigosas<br />
sem medo de retaliações.<br />
Supervisão e monitoramento ativo: supervisores devem<br />
estar atentos a quaisquer desvios de segurança e prontamente<br />
corrigir práticas inseguras.<br />
Manutenção preventiva de equipamentos: máquinas e equipamentos<br />
de segurança precisam ser inspecionados e mantidos<br />
regularmente para garantir sua eficácia. Qualquer defeito ou dano<br />
deve ser reportado imediatamente.<br />
A segurança no manejo de árvores é uma responsabilidade<br />
compartilhada que requer tanto conscientização quanto humildade.<br />
Enquanto novos trabalhadores devem ser educados sobre os<br />
perigos do trabalho, aqueles mais experientes precisam reconhecer<br />
que o excesso de confiança pode ser um inimigo silencioso.<br />
O equilíbrio entre treinamento, monitoramento e criação<br />
de uma cultura de segurança é a chave para evitar acidentes e<br />
garantir a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos. Afinal, a<br />
verdadeira segurança não vem apenas do conhecimento, mas do<br />
respeito constante pelas práticas de segurança.<br />
Foto: divulgação<br />
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Empresa celebra 45<br />
anos de trabalho no<br />
segmento florestal<br />
mirando no futuro e<br />
no fortalecimento de<br />
parcerias<br />
Fotos: divulgação<br />
Setembro 2024<br />
59
PRINCIPAL<br />
N<br />
o coração do polo florestal de Santa Catarina<br />
está localizada uma das principais empresas<br />
fabricantes de equipamentos para silvicultura<br />
do Brasil. A J de Souza foi fundada por<br />
João de Souza, torneiro mecânico, filho de<br />
agricultores da região, que aos 17 anos saiu de casa para<br />
construir sua própria história. Foi em uma indústria em<br />
Rio do Sul (SC), ainda nos anos 1960, que João aprendeu<br />
seu ofício e na busca de melhores salários, se mudou para<br />
Lages (SC), onde trabalhou primeiramente em uma oficina<br />
de caminhões e pôde fazer faculdade de economia. A J de<br />
Souza nasce quando João compra um pequeno torno e faz<br />
as primeiras peças e serviços para produtores da região no<br />
contraturno de seu trabalho, sendo julho de 1979 o mês<br />
que marca sua saída da oficina mecânica e início oficial das<br />
atividades da nova empresa.<br />
Hoje quem gerencia a empresa que completou há pouco<br />
tempo 45 anos é Anderson de Souza, diretor da J de Souza<br />
e Dayane de Souza, diretora Administrativa e Financeira<br />
(irmãos). Anderson tem muito orgulho do legado de seu pai<br />
e celebra como uma das principais conquistas da empresa o<br />
aumento da abrangência de atividades e de alcance dentro do<br />
mercado nacional. “Foi no início dos anos 2000, que tivemos<br />
essa virada de chave, nos tornamos uma empresa relevante<br />
no mercado de implementos florestais em nível nacional,<br />
deixando de ser apenas uma prestadora de serviços e nos<br />
tornamos uma indústria, que mudou completamente a nossa<br />
realidade”, relata Anderson sobre um dos momentos mais<br />
importantes e desafiadores que a J de Souza passou.<br />
Para o diretor, o grande marco foi a obtenção do selo ISO<br />
9001, que completou 11 anos em 2024 e a quebra das frontei-<br />
Forestry History<br />
A company celebrates 45 years in the<br />
forestry equipment segment, looks to the<br />
future, and strengthens partnerships<br />
O<br />
ne of Brazil’s leading forestry equipment<br />
manufacturers is located in the heart of<br />
Santa Catarina’s forestry hub. J de Souza<br />
was founded by João de Souza, a machinist<br />
and son of local farmers, who left home at<br />
the age of 17 to make his own way. de Souza learned his<br />
trade in a company in Rio do Sul (SC) in the 1960s and, in<br />
search of better wages, moved to Lages (SC), where he first<br />
worked in a truck workshop and was able to study economics.<br />
J de Souza was born when João bought a small lathe<br />
and began to produce parts and services for producers in the<br />
region during his working hours. July 1979 was the month<br />
that marked his departure from the mechanical workshop<br />
and the official start of the new company’s activities.<br />
Today, Anderson de Souza, Managing Director of J de<br />
Souza, and Dayane de Souza, Administrative and Financial<br />
Director (siblings of the Founder), run the Company, which<br />
recently celebrated its 45th year in business. Anderson de<br />
Souza is very proud of his father’s legacy and celebrates<br />
as one of the Company’s main achievements the increase<br />
in scope and reach within the Brazilian market. “It was in<br />
the early 2000s that we had this turning point; we became<br />
a relevant company in the forestry equipment market at<br />
a national level, we stopped being a service provider, and<br />
became an equipment manufacturing company, which completely<br />
changed our reality,” says Anderson de Souza about<br />
one of the most important and challenging moments J de<br />
Souza has experienced.<br />
For the Managing Director, the most important milestone<br />
was obtaining the ISO 9001 certification, which we<br />
received in 2024. Crossing boundaries was also an important<br />
part of the Company’s history. “In 2004, we sold our first<br />
machine to Uruguay, which opened doors for us to conquer<br />
markets all over the world,” says Anderson de Souza. Today,<br />
J de Souza has a presence in all three Americas, Europe,<br />
and Africa, and later this year will set up shop in Asia with<br />
attachments that will be taken to Indonesia.<br />
For the future, the plans are well defined, and the effort<br />
and seriousness that have strengthened the Company in these<br />
45 years will be the basis for the next steps that will create<br />
jobs and promote the Brazilian forestry equipment segment<br />
in the world. “We have plans to open a branch in Mato<br />
Grosso do Sul, which has received very strong investments in<br />
the pulp segment. The Company has already participated in<br />
several trade shows on other continents, and we will attend<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
No ano de 2004 vendemos<br />
nosso primeiro implemento<br />
para o Uruguai, o que nos<br />
abriu portas para conquistar<br />
mercados ao redor do<br />
mundo todo<br />
Anderson de Souza,<br />
diretor da J de Souza<br />
ras também fazem parte importante da história da empresa.<br />
“No ano de 2004 vendemos nosso primeiro implemento para<br />
o Uruguai, o que nos abriu portas para conquistar mercados<br />
ao redor do mundo todo”, ressalta Anderson. Hoje a J de<br />
Souza está presente nas três Américas, na Europa, na África<br />
e ainda esse ano colocará também bandeira na Ásia, com<br />
implementos que serão levados para a Indonésia.<br />
Para o futuro, os planos estão bem definidos e o esforço e<br />
seriedade que fortaleceram a empresa nesses 45 anos serão<br />
a base para os próximos passos, que vão gerar empregos e<br />
valorizar o segmento de implementos florestais brasileiro<br />
pelo mundo. “Estamos com planos de abrir uma filial no<br />
Mato Grosso do Sul, que tem recebido investimentos fortíssimos<br />
para o segmento de celulose, a empresa já participou<br />
de diversas feiras em outro continente, porém a primeira<br />
feira que iremos participar no Canadá será a DemoForest,<br />
e a ampliação de nosso parque fabril”, descreve Anderson.<br />
FORÇA NO CAMPO<br />
A história da empresa tem muito empenho em cada frase<br />
escrita e esse empenho se reflete no que a J de Souza leva<br />
para seus clientes. Hoje há um catálogo repleto de opções<br />
que atendem as mais diversas demandas que podem ser<br />
trazidas e a empresa tem constantemente introduzido uma<br />
série de inovações. “Entre nossas novidades está o cabeçote<br />
de serra chamado derrubador florestal J700, que é especialmente<br />
interessante para o manejo de Teca. Ele corta a<br />
árvore e, no momento da queda, consegue movimentá-la na<br />
posição vertical até um ponto determinado, depositando-a<br />
exatamente onde o operador deseja”, relata Anderson.<br />
Outros produtos interessantes lançados recentemente<br />
pela J de Souza incluem o afiador de corrente Shark, um<br />
produto americano que a empresa apresentou para o público<br />
nacional e a roçadeira trituradora, que é ideal para roçadas<br />
pesadas e trituração de material residual, como galhadas<br />
na floresta. “Este produto é bastante inovador, com patente<br />
própria, oferecendo diversos recursos, como um encaixe<br />
the first show in Canada, DemoForest. We also have plans<br />
to expand our industrial park,” says Anderson de Souza.<br />
STRENGTH IN THE FIELD<br />
The Company’s history shows much commitment in<br />
every sentence, and that commitment is reflected in what<br />
J de Souza brings to its customers. Today, there is a catalog<br />
full of options to meet the most diverse needs that can be<br />
brought, and the Company has constantly introduced a series<br />
of innovations. “Among our innovations is the saw head<br />
called J700 Forest Feller, which is particularly interesting for<br />
teak management. It cuts the tree and, as it falls, can move<br />
it vertically to a specific point and deposit it exactly where<br />
the customer wants it,” says Anderson de Souza.<br />
Other interesting products recently launched by J de Souza<br />
include the Shark chain sharpener, an American product<br />
that the Company has introduced to the domestic market,<br />
and the Brush Cutter, which is ideal for heavy-duty brush<br />
cutting and shredding of residual material such as branches<br />
in the forest. “This is a very innovative product, with its own<br />
patent, that offers various features, such as a more versatile<br />
and functional attachment that facilitates the use of tools,”<br />
says Anderson de Souza.<br />
J de Souza’s range of implements mainly includes grapples<br />
for handling wood, such as grapples, front loaders,<br />
buckets, front forks, and even port equipment. There is also a<br />
range of grappling equipment: grapples and grapple tables,<br />
hydraulic units, splitting tables, and sharpening systems.<br />
Another highlight of J de Souza is the feller heads, such as<br />
the multifunctional feller head, the disc feller head, and the<br />
scissor feller head, with performances and qualities already<br />
recognized by the market.<br />
For other parts of forestry production, there are rakes,<br />
subsoilers for preparing the planting area, brush cutters,<br />
and the versatile multi-function front end, which can be<br />
used with a rake, leveler, and pallet fork when attached to a<br />
tractor. Each of these products has been developed to meet<br />
Setembro 2024<br />
61
PRINCIPAL<br />
mais versátil e funcional que facilita o uso de implementos”,<br />
expõe Anderson.<br />
A linha de implementos da J de Souza se destaca principalmente<br />
por garras para movimentação de madeira como:<br />
garras, carregadores frontais, conchas, garfos frontais e até<br />
mesmo equipamentos portuários. Também há uma linha de<br />
implementos para traçamento: garras e mesas traçadoras,<br />
unidades hidráulicas, mesa rachadora e sistema de afiação.<br />
Outro destaque da J de Souza são seus cabeçotes, como o<br />
cabeçote de corte multifuncional, o cabeçote feller de disco<br />
e o feller de tesoura, que tem desempenho e qualidade já<br />
reconhecidos pelo mercado.<br />
Para outros momentos da produção florestal estão<br />
presentes ancinhos, subsolador para preparação da área de<br />
plantio, roçadeira trituradora e o versátil frontal multifunção,<br />
que quando acoplado a um trator pode ser utilizado<br />
com ancinho, lâmina niveladora e garfo paleteiro. Cada um<br />
desses produtos foi desenvolvido para atender o mercado<br />
e as demandas trazidas pelos clientes. Quando a J de Souza<br />
não tem um implemento ideal, o time de desenvolvimento<br />
entra em campo para, através da necessidade apresentada<br />
pelo cliente, buscar uma solução.<br />
Entre nossas novidades está<br />
o cabeçote de serra chamado<br />
derrubador florestal J700,<br />
que é especialmente<br />
interessante para o manejo<br />
de Teca. Ele corta a árvore<br />
e, no momento da queda,<br />
consegue movimentá-la<br />
na posição vertical até<br />
um ponto determinado,<br />
depositando-a exatamente<br />
onde o operador deseja<br />
market and customer needs. If J de Souza does not have the<br />
ideal tool, the development team goes into the field to find<br />
a solution based on the customer’s needs.<br />
ACHIEVING SUCCESS TOGETHER<br />
J de Souza’s success is also due to the partnerships it has<br />
built throughout its history. One of these is with Rotary-Ax,<br />
a company based in Pinhais (PR) that specializes in cutting<br />
tools such as sabers, chains, and feller teeth. Victor Hugo<br />
Shinohara, Industrial Director of Rotary-Ax, says that these<br />
partnerships are of great importance for the development<br />
of companies, as strategic partnerships play a key role in<br />
the development of new equipment and bring a series of<br />
significant benefits. “Collaboration between specialists in<br />
different fields allows the exchange of knowledge and experience,<br />
resulting in more innovative and effective solutions.<br />
In addition, the synergy between the teams can shorten the<br />
development time, allowing the equipment to be brought to<br />
market more quickly,” says Shinohara.<br />
One of the major successes of this partnership is the<br />
TJP1500 grapple. The development of the saber for the<br />
TJP grapple began several years ago when J de Souza and<br />
Rotary-Ax joined forces in an innovative project aimed at<br />
transforming the mechanized forest harvesting market.<br />
Since then, the engineering teams of the two companies<br />
have worked closely together to ensure exceptional results.<br />
Now, the TJP1500 is undergoing its first modification, being<br />
upgraded to an inverted engine model. This will further increase<br />
the production and system efficiency of this machine.<br />
Shinohara says that during the process, priority was<br />
given to selecting lightweight materials but, at the same<br />
time, extremely resistant materials to ensure that the saber<br />
could withstand intensive use in the field. “The design of the<br />
product has been carefully crafted to optimize cutting efficiency<br />
while keeping weight to a minimum,” says Shinohara.<br />
In addition, the Rotary-Ax Director highlights the meticulous<br />
process of developing the equipment, which went through<br />
Anderson de Souza,<br />
diretor da J de Souza<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
SUCESSO EM CONJUNTO<br />
O sucesso da J de Souza veio também através das<br />
parcerias que foram construídas durante sua história. Uma<br />
delas é com a Rotary-Ax, empresa sediada em Pinhais (PR)<br />
especialista em ferramentas de corte, como sabres, correntes<br />
e dentes feller. Victor Hugo Shinohara, diretor industrial<br />
da Rotary-Ax, comenta que essas parcerias são de grande<br />
importância para o desenvolvimento das empresas, pois as<br />
parcerias estratégicas desempenham um papel fundamental<br />
no desenvolvimento de novos equipamentos, trazendo<br />
uma série de benefícios significativos. “A colaboração entre<br />
especialistas de diferentes áreas possibilita a troca de conhecimentos<br />
e experiências, resultando em soluções mais<br />
inovadoras e eficazes. Além disso, a sinergia entre as equipes<br />
pode acelerar o tempo de desenvolvimento, possibilitando<br />
que os equipamentos sejam lançados no mercado de forma<br />
mais ágil”, valoriza Victor.<br />
Um dos principais sucessos dessa parceria é a Garra<br />
Traçadora TJP1500. O desenvolvimento do sabre para a<br />
garra traçadora TJP teve início há alguns anos, quando a J<br />
de Souza e a Rotary-Ax se uniram em um projeto inovador<br />
que busca transformar o mercado de colheita florestal<br />
mecanizada. Desde então, as equipes de engenharia das<br />
duas empresas têm colaborado intensamente para garantir<br />
resultados excepcionais.<br />
Agora a TJP1500 passará por sua primeira modificação,<br />
sendo atualizada para um modelo com motor invertido. Isso<br />
aumenta ainda mais a produção e a eficiência do sistema<br />
desse implemento.<br />
Victor relata que durante o processo, foi priorizada a<br />
escolha de materiais que fossem leves, mas ao mesmo tempo<br />
extremamente resistentes, para assegurar que o sabre<br />
suporte ao uso intensivo de trabalho em campo. “O design<br />
do produto foi cuidadosamente elaborado para otimizar a<br />
eficiência do corte, mantendo um peso mínimo”, detalha<br />
Victor. Além disso, o diretor da Rotary-Ax, destaca o processo<br />
minucioso de desenvolvimento do equipamento, que passou<br />
por protótipos, testes e avaliações para que se chegasse<br />
ao produto pronto para o mercado. “Após a validação dos<br />
protótipos, iniciamos a produção em larga escala, o que<br />
garante que o sabre seja não apenas eficiente, mas também<br />
confiável, proporcionando aos usuários uma experiência<br />
superior em suas tarefas de corte”, complementa Victor.<br />
Sobre a parceria, Victor valoriza o trabalho realizado<br />
entre as duas empresas, que tem gerado frutos de muito<br />
sucesso, pois a J de Souza é uma parceira de longa data<br />
e sabemos que podemos combinar a expertise deles, em<br />
garras traçadoras de extrema qualidade com toda a tecnologia<br />
que colocamos em cada sabre que produzimos.<br />
“Atualmente, estamos trabalhando em projetos que visam<br />
aprimorar ainda mais a eficiência e a precisão na colheita<br />
florestal mecanizada, refletindo nosso compromisso com<br />
a inovação e a sustentabilidade. Com a colaboração entre<br />
a Rotary-Ax e a J de Souza, estamos prontos para oferecer<br />
soluções que atendem às crescentes demandas do mercado”,<br />
enaltece Victor.<br />
Após a validação dos<br />
protótipos, iniciamos a<br />
produção em larga escala,<br />
o que garante que o sabre<br />
seja não apenas eficiente,<br />
mas também confiável,<br />
proporcionando aos usuários<br />
uma experiência superior em<br />
suas tarefas de corte<br />
Victor Hugo Shinohara, diretor<br />
industrial da Rotary-Ax<br />
prototyping, testing, and evaluation to arrive at the product<br />
ready for market. “After validating the prototypes, we began<br />
full-scale production, which ensures that the saber is not only<br />
efficient but also reliable, providing users with a superior<br />
experience in their cutting tasks,” adds Shinohara.<br />
Commenting on the partnership, Shinohara appreciates<br />
the work that has been done between the two companies,<br />
“J de Souza has been a long-time partner, and we know that<br />
we can combine their expertise in high-quality grapples with<br />
all the technology we put into every saber we produce. “We<br />
are currently working on projects further to improve the<br />
efficiency and precision of mechanized forest harvesting,<br />
reflecting our commitment to innovation and sustainability.<br />
With the cooperation between Rotary-Ax and J de Souza, we<br />
are ready to offer solutions that meet the growing demands<br />
of the market,” says Shinohara.<br />
Setembro 2024<br />
63
MINUTO FLORESTA<br />
Valorização<br />
DO TRABALHO<br />
Congresso reúne especialistas<br />
no combate as plantas daninhas<br />
e destaca os novos produtos e<br />
tecnologias aplicadas<br />
Fotos: divulgação<br />
Promovido desde 1956 pela SBCPD (Sociedade<br />
Brasileira da Ciência das Plantas<br />
Daninhas), o XXXIII Congresso Brasileiro da<br />
Ciência das Plantas Daninhas foi realizado<br />
entre os dias 12 e 15 de agosto de 2024, no<br />
Centro de Convenções Expo Dom Pedro – Centro de<br />
Convenções de Campinas (SP), junto ao XXV Congresso<br />
Latinoamericano de Malezas. O evento contou com a<br />
organização conjunta da SBCPD e ALAM (Asociación Latinoamericana<br />
de Malezas), reunindo o que há de mais<br />
atual nas discussões no Brasil e no mundo. O tema central<br />
do congresso foi: Do laboratório ao campo - transformação<br />
das descobertas científicas em inovação.<br />
O evento teve como um dos destaques a Envu, empresa<br />
fundada em 2022, com base em meio século de<br />
experiência no segmento de saúde ambiental, com o<br />
objetivo único de promover ambientes saudáveis para<br />
todos, em qualquer lugar. A Envu oferece serviços especializados<br />
em manejo profissional de pragas, silvicultura,<br />
manejo da vegetação industrial. Em cada uma das<br />
áreas de atuação, foram estabelecidas parcerias com os<br />
clientes para que a natureza e a sociedade prosperem<br />
juntas.<br />
A Envu teve a oportunidade de ter seus profissionais<br />
presentes e tiveram a oportunidade de apresentar<br />
duas palestras institucionais destacando suas soluções<br />
em florestas plantadas e restauração florestal, além<br />
de duas apresentações orais em painéis sobre culturas<br />
perenes e nove pôsteres, que reforçam o compromisso<br />
da empresa com inovação e a sustentabilidade. Este<br />
congresso refletiu a crescente importância das florestas<br />
plantadas, do manejo de vegetação em áreas não-agrícolas<br />
e da restauração florestal, temas que se destacaram<br />
e mostraram sua relevância dentro das discussões.<br />
Um destaque especial foi dado para Natalia da<br />
Cunha Bevilaqua, gerente de desenvolvimento para a<br />
linha florestal da Envu, que recebeu o prêmio Destaque<br />
Oral na área de Manejo de Plantas Daninhas em<br />
Culturas Perenes e Áreas Não-Agrícola. Para a gerente,<br />
o evento foi uma oportunidade única de representar a<br />
Envu juntamente com o time da empresa, como Fabricio<br />
Sebok, Jessica Faria, Joana Peloia, Caique Medauar e<br />
Luciana Freitas. “Esse reconhecimento é extremamente<br />
gratificante e reflete a dedicação e o esforço contínuos<br />
que temos colocado em nossas pesquisas”, celebrou<br />
Natalia.<br />
Esse reconhecimento é<br />
extremamente gratificante e<br />
reflete a dedicação e o esforço<br />
contínuos que temos colocado<br />
em nossas pesquisas<br />
Natalia da Cunha Bevilaqua, gerente de<br />
desenvolvimento para a linha florestal<br />
da Envu<br />
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INTEGRAÇÃO<br />
AEmbrapa Agrossilvipastoril (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária) está fechando<br />
o primeiro ciclo de 12 anos do maior experimento<br />
do mundo com sistemas de ILPF<br />
(integração lavoura-pecuária-floresta), em<br />
Sinop (MT). As pesquisas trouxeram resultados que ajudam<br />
a fazer recomendações sobre uso do componente arbóreo<br />
nesses sistemas produtivos.<br />
A definição da estratégia de uso das árvores em sistemas<br />
de integração varia entre as propriedades, conforme o<br />
interesse do produtor. Fatores como destinação da madeira,<br />
mercado consumidor, forma de colheita, uso das árvores<br />
como adição ou substituição de renda, características da<br />
propriedade, entre outros, devem ser avaliados. Isso torna<br />
cada projeto único. Porém, a tomada de decisão deve ser<br />
baseada em fundamentos técnicos como os obtidos na<br />
pesquisa.<br />
O trabalho utilizou o eucalipto (clone H13), uma vez<br />
que é uma espécie com crescimento rápido, com técnicas<br />
silviculturais desenvolvidas e com múltiplos usos. As árvores<br />
foram testadas em sistema de ILF (integração lavoura-<br />
-floresta), IPF (integração pecuária-floresta) e ILPF, além da<br />
monocultura utilizada como testemunha. O plantio ocorreu<br />
inicialmente em renques de três linhas distantes 30m (metros)<br />
entre si e, após intervenções, alguns dos tratamentos<br />
tiveram as linhas externas suprimidas e ficaram como linhas<br />
simples espaçadas em 37m.<br />
A pesquisa acompanhou todo o desenvolvimento das<br />
árvores, as operações de manejo como poda de galhos e<br />
desbastes (corte seletivo de árvores), dados de crescimento,<br />
acúmulo de biomassa e carbono, efeito bordadura dos<br />
renques, estoque de madeira, entre outros.<br />
Ao longo dos 12 anos os sistemas integrados produziram<br />
entre 87 m³ (metros cúbicos) e 114 m³ de madeira por<br />
ha (hectare). Os volumes variaram conforme o número de<br />
árvores conduzidas até o fim do experimento. Entretanto,<br />
quanto mais árvores, maior o impacto sobre a produção de<br />
grãos e forragem dentro do sistema produtivo. “Quando<br />
falamos em sistemas de integração, temos que pensar na<br />
produtividade de todo o sistema. Se aumento o número de<br />
árvores, terei redução na produção da lavoura e da pecuária.<br />
Sendo assim, o maior número de árvores tem que fazer<br />
sentido na avaliação global”, explica o pesquisador Maurel<br />
Behling.<br />
A área testemunha, com monocultura de eucalipto,<br />
produziu 350 m³/ha ao longo dos 12 anos, ficando dentro<br />
da média de incremento anual do H13 em áreas de silvicultura<br />
em Mato Grosso, que é de 32 m³/ha.<br />
COMPORTAMENTO DE CRESCIMENTO E CARBONO<br />
Os dados de crescimento em altura, DAP (diâmetro à<br />
altura do peito) e volume de madeira medidos ao longo dos<br />
anos indicaram que os sistemas integrados proporcionam o<br />
chamado efeito bordadura. É o efeito causado nas árvores<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
INTEGRAÇÃO<br />
externas da monocultura por receberem mais luz, água e<br />
nutrientes que aquelas do interior e por terem menor competição<br />
com árvores vizinhas. Na ILPF esse efeito foi observado<br />
nos renques de linhas triplas, com a árvore do meio<br />
tendo menor DAP, assim como as árvores do tratamento só<br />
com eucalipto.<br />
O efeito bordadura foi ainda mais acentuado na avaliação<br />
de biomassa e de acúmulo de carbono nas árvores. O<br />
sistema ILPF, que inicialmente teve renques triplos e passou<br />
a ter renque simples após corte das linhas laterais, foi o<br />
que mais acumulou carbono, passando dos 30 kg/ano por<br />
indivíduo. O valor se diferenciou estatisticamente dos demais<br />
e ficou bem acima dos cerca de 20 kg/ano por árvore<br />
na monocultura. “Além de favorecer o ganho em volume<br />
das árvores, com maior potencial para aproveitamento na<br />
serraria, há uma maior taxa de acúmulo de carbono nas<br />
árvores na ILPF. É um carbono que teoricamente terá um<br />
ciclo de vida maior do que aquele usado como biomassa”,<br />
destaca Maurel.<br />
O pesquisador lembra ainda que o carbono não fica<br />
somente estocado na madeira. As árvores no sistema produtivo<br />
ainda deixam grande volume de carbono na área em<br />
forma de folhas, galhos, serrapilheira e matéria orgânica.<br />
“Cerca de 10 toneladas de resíduos por hectare que per-<br />
Se o objetivo é produzir<br />
biomassa, por exemplo, é<br />
importante adequar o número<br />
de linhas ao parque de<br />
máquinas que fará a colheita,<br />
de forma a viabilizar o custo<br />
Maurel Behling, pesquisador<br />
da EMBRAPA<br />
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manecem são originárias da área útil com árvores. Isso sem<br />
considerar tocos e raízes que em média representam 20%<br />
da biomassa total da árvore”, informa Maurel.<br />
LIÇÕES APRENDIDAS<br />
Para o pesquisador os resultados obtidos neste experimento,<br />
somadas às experiências de produtores em Unidades<br />
de Referência Tecnológica em Mato Grosso, dão subsídios<br />
para a tomada de decisão no planejamento de sistemas<br />
ILPF. De acordo com ele, se o objetivo é adicionar renda<br />
ou melhorar o conforto térmico para o gado, os sistemas<br />
com linha simples são mais indicados. Já se o produtor quer<br />
um modelo com maior número de árvores e que sua venda<br />
compense as perdas de produção na lavoura e pecuária, é<br />
possível fazer renques de múltiplas linhas. “Se o objetivo é<br />
produzir biomassa, por exemplo, é importante adequar o<br />
número de linhas ao parque de máquinas que fará a colheita,<br />
de forma a viabilizar o custo”, orienta Maurel.<br />
A análise do mercado que consumirá a madeira é outro<br />
fator primordial no planejamento do sistema. A madeira<br />
conduzida para serraria tem maior valor agregado, mas<br />
depende de haver estrutura de processamento. Na região<br />
médio-norte de Mato Grosso, por exemplo, o surgimento<br />
recente de usinas de etanol de milho mudou o cenário<br />
em relação a 2011, quando o experimento foi iniciado.<br />
Atualmente a demanda por biomassa para as caldeiras é<br />
grande e tende a ser ainda maior nos próximos anos com a<br />
inauguração de novas plantas. “No caso da madeira serrada<br />
de eucalipto, ainda não é uma realidade na região, mas já<br />
existe demanda para a madeira tratada para mourões de<br />
cerca, postes e construção civil”, relata Maurel.<br />
CICLO REINICIADO<br />
O primeiro ciclo do experimento de ILPF com foco na<br />
pecuária de corte e produção de grãos está sendo finalizado<br />
com o corte raso dos eucaliptos após 12 anos. Em todo<br />
o experimento ainda restam 3.666 árvores ocupando uma<br />
área de 43 ha, sendo 3 ha com monocultura e 40 ha com<br />
IPF, ILF ou ILPF. Dados preliminares indicam um volume total<br />
a ser colhido de 3.568,33 m³ de madeira. Considerando<br />
o valor de R$ 100 por metro estéreo, são quase R$ 514 mil.<br />
Se a venda fosse para serraria, o valor seria ainda maior.<br />
Deve-se lembrar que, além da madeira, a área também<br />
produziu carne e grãos.<br />
Com o fim deste ciclo, um novo trabalho já deverá<br />
começar no próximo período chuvoso. Desta vez, além do<br />
eucalipto, será usada a teca como componente arbóreo<br />
do sistema. Também será testado o consórcio com as duas<br />
espécies, uma vez que a teca perde suas folhas no período<br />
seco, reduzindo a sombra para os animais. A ideia é que o<br />
eucalipto contribua para manutenção do conforto térmico<br />
e com o escalonamento de receitas obtidas com as árvores.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
ARTIGO<br />
Irrigação e uso de<br />
HIDRORRETENTORES<br />
Por<br />
Marcelo Dionísio dos Santos - Consultor Florestal | Técnico Agrícola | Engenheiro de Produção<br />
Pedro Francio Filho - Consultor Florestal | Engenheiro Agrônomo | Diretor Francio Soluções Florestais<br />
Mateus Rodrigues Rocha - Estagiário de Silvicultura | Graduando em Engenharia Florestal - UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)<br />
Fotos: Francio Soluções Florestais<br />
O<br />
setor florestal brasileiro está em constante desenvolvimento,<br />
com uma área de aproximadamente<br />
9,94 milhões de ha (hectares) plantados, combinados<br />
ao clima e solo favoráveis, impulsiona, cada<br />
vez mais, a demanda por produtos de base florestal<br />
(IBÁ, 2023). Por sua vez, o êxito na formação de florestas de alta produção<br />
depende, na maior parte, da qualidade das mudas plantadas,<br />
que, além de terem que resistir às condições adversas encontradas<br />
no campo, após o plantio, deverão sobreviver e, por fim, produzir<br />
árvores com crescimento volumétrico economicamente desejável.<br />
Desta forma, além das condições mencionadas com relação<br />
à qualidade das mudas, as condições adversas, principalmente a<br />
escassez de água e temperaturas devem ser levadas em conta, haja<br />
vista a importância destas no cenário do plantio e sobrevivência das<br />
mudas recém plantadas. É importante conhecer o comportamento<br />
do regime de chuvas, temperatura, altitude, solo e outros fatores<br />
para tomada de decisão do melhor momento de realizar o plantio,<br />
bem como na escolha de material genético adequado.<br />
Entende-se que além de uma muda de qualidade, genética<br />
adequada, correção e preparo dos solos, necessita-se da realização<br />
de um bom plantio e da disponibilidade de água, haja vista que a<br />
água é fator limitante à vida e está presente nos tecidos vegetais,<br />
participando ativamente, desde o controle das condições fisiológicas<br />
da planta, bem como de sua nutrição.<br />
A disponibilidade hídrica para as raízes das plantas e a capacidade<br />
de retenção desta é crucial, especialmente em solos com baixa<br />
capacidade de retenção ou durante períodos de estresse hídrico.<br />
No manejo da irrigação é interessante que a planta não gaste<br />
energia para realizar a absorção, evitando possíveis quedas na<br />
produtividade. Sendo assim, deve-se procurar manter a umidade<br />
do solo sempre acima do ponto onde a planta não sofra por estresse<br />
hídrico.<br />
Abaixo exemplo de levantamento de dados para tomada de decisão da melhor época de plantio,<br />
considerando a média histórica regional.<br />
Janeiro<br />
Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro<br />
Temperatura média ( O C)<br />
23.9<br />
23.7<br />
24<br />
23.9<br />
23.3<br />
23.3<br />
23.4<br />
25.1<br />
26<br />
25.4<br />
24.4<br />
24.1<br />
Temperatura mínima ( O C)<br />
21.2<br />
21.1<br />
21.1<br />
20.5<br />
19.5<br />
18.6<br />
18.4<br />
19.7<br />
21.2<br />
21.7<br />
21.4<br />
21.3<br />
Temperatura máxima ( O C)<br />
27.7<br />
27.5<br />
27.9<br />
27.9<br />
27.8<br />
28.5<br />
29.1<br />
31<br />
31.4<br />
30.1<br />
28.6<br />
27.9<br />
Chuva (mm)<br />
265<br />
251<br />
213<br />
106<br />
47<br />
10<br />
7<br />
16<br />
65<br />
137<br />
202<br />
256<br />
Umidade (%)<br />
86%<br />
86%<br />
85%<br />
81%<br />
74%<br />
63%<br />
56%<br />
48%<br />
59%<br />
74%<br />
82%<br />
85%<br />
Dias chuvosos (d)<br />
20<br />
18<br />
20<br />
14<br />
7<br />
2<br />
1<br />
2<br />
8<br />
15<br />
18<br />
19<br />
Horas de sol (h)<br />
7.5<br />
7.0<br />
7.1<br />
7.8<br />
8.4<br />
9.3<br />
9.9<br />
10.3<br />
10.0<br />
9.3<br />
8.1<br />
7.9<br />
Temperaturas mensais, precipitações e umidade<br />
Fonte: Climate-data<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
Ao lado, exemplo de plantadeira com aplicador<br />
de gel seco, plantio e confecção de bacia de<br />
irrigação, necessária para comportar tanto a<br />
água das irrigações como chuvas.<br />
Plantio com plantadeira com gel seco<br />
Efeito do hidrorretentor específico, seco, a base de<br />
celulose que tem simbiose perfeita com a raiz do<br />
eucalipto, disponibilizando durante aproximadamente<br />
20 dias pra planta, ate a próxima chuva ou irrigação,<br />
além de disponibilizar N e K<br />
Assim sendo, considerando o processo de irrigação onde não se<br />
tenha chuvas regulares e/ou ausência destas por períodos prolongados,<br />
torna-se necessário pensar na otimização dos custos desta<br />
operação e da sua utilização de forma racional.<br />
A utilização de hidrorretentores no solo otimiza a disponibilidade<br />
de água, reduz as perdas por percolação e lixiviação de nutrientes e<br />
melhora a aeração e drenagem do solo, acelerando, o desenvolvimento<br />
do sistema radicular e da parte aérea das plantas. A aplicação<br />
de polímeros hidrorretentores é um método que tem sido usado<br />
recentemente no plantio de mudas florestais. Esse polímero sintético<br />
a base de poliacrilamida, também conhecido como hidrogel, tem<br />
grande capacidade de armazenar e reter água.<br />
BREVE HISTÓRICO<br />
Os hidrogéis ou condicionadores de solo surgiram na década<br />
de 1950 por uma empresa americana. Na época, a capacidade de<br />
armazenamento de água deionizada era limitada a vinte vezes sua<br />
massa. Após a expiração da patente nos anos 70, uma empresa<br />
britânica aumentou a capacidade de retenção do polímero de vinte<br />
para quarenta vezes e de quarenta para quatrocentas vezes em<br />
1982. Mas, como esperado, o produto não funcionou bem, devido<br />
principalmente ao preço alto, que o tornou inviável para uso agrícola.<br />
Além disso, havia pouca pesquisa que incentivasse o uso e aplicação<br />
do hidrogel na agricultura (Wofford Jr. & Koski, 1990).<br />
A partir dos anos 80, muitos estudos foram desenvolvidos para<br />
provar a eficácia dos hidrogéis como condicionadores do solo e<br />
principalmente como um produto capaz de reter e disponibilizar<br />
água para os cultivos agrícolas, bem como aumentar a capacidade de<br />
armazenamento de água no solo onde os hidrogéis são adicionados.<br />
Wofford Jr.; Koski (1990) afirmaram que nos EUA (Estados Unidos<br />
da América), o Serviço Florestal do Estado do Colorado obteve<br />
aumento no índice de sobrevivência de mudas florestais somente<br />
com o uso de polímeros agrícolas no momento do transplantio e<br />
semeio, além de acelerar o crescimento dessas plantas pelo maior<br />
suprimento e disponibilidade de água. Buzetto et al. (2002) estudando<br />
a eficiência do hidrogel no fornecimento de água para mudas<br />
de Eucalyptus urophylla em pós-plantio, constatou que o polímero<br />
reteve a água de irrigação por maior período, disponibilizando-a de<br />
maneira gradativa para as plantas, o que resultou na diminuição da<br />
mortalidade das mudas cultivadas com o hidrogel sem, contudo,<br />
acelerar o crescimento em altura das mesmas. Adams; Lockaby<br />
(1987), estudando o efeito de polímeros em sementeiras de espécies<br />
florestais observaram que 18 dias após a primeira irrigação, 100%<br />
das mudas utilizadas como testemunha murcharam, enquanto as<br />
que receberam o hidrogel permaneceram túrgidas.<br />
Assim como em outros países, não poderia ser diferente, considerando<br />
que a necessidade por água é uma necessidade fisiológica<br />
das plantas, indiferentemente do local onde esteja plantada. Na<br />
maior parte do Brasil, principalmente nordeste e centro-oeste, os<br />
solos mais arenosos com baixa presença de matéria orgânica e/<br />
ou argila em condições ideais, associadas às altas temperaturas<br />
e baixas condição pluviométrica, limitam os plantios florestais,<br />
principalmente o de eucalipto, exigindo desde materiais genéticos<br />
adaptados, bem como o uso de estimuladores de crescimento e/ou<br />
hidrorretentores, a fim de proporcionar melhores condições para o<br />
pegamento e desenvolvimento inicial das mudas recém plantadas.<br />
Embora ainda haja realização do plantio na época chuvosa,<br />
por minimizar os custos com a irrigação, as condições climáticas<br />
cada vez mais desfavoráveis e incertas, têm acarretado altas taxas<br />
de replantio e florestas desuniformes em função, principalmente,<br />
dos períodos de veranico (ausência de chuvas) inesperados. Com<br />
isso, cada vez mais têm-se buscado alternativas a baixo custo, que<br />
propicie a realização de um plantio de qualidade com ótimas taxas<br />
de sobrevivências (≥ 95% aos 30 dias de plantio).<br />
O gel de irrigação é uma tecnologia que retém água e nutrientes<br />
no solo, liberando-os gradualmente para as plantas, o que é<br />
especialmente útil em regiões com baixa disponibilidade hídrica.<br />
Quando combinado com a calda de irrigação contendo Bacillus aryabhattai,<br />
um microrganismo benéfico, essa prática pode promover<br />
um ambiente mais saudável para as raízes, melhorando a absorção<br />
de nutrientes e a resistência das plantas a estresses abióticos.<br />
O Bacillus aryabhattai é uma rizobactéria que atua como um<br />
Plantio com hidrorretentor seco na matraca com<br />
dosador e suporte para carregamento das mudas<br />
Irrigação sem gel<br />
de irrigação<br />
Tanque de irrigação adequado com válvulas para<br />
uniformizar a quantidade de água por planta<br />
Setembro 2024<br />
75
ARTIGO<br />
Gel de irrigação na bacia da muda, aplicado na<br />
válvula com Bacillus Aryabhattai utilizado no plantio<br />
Plantio com plantadeira e dosador de hidrorretentor<br />
seco com regulagem de 2 gramas por acionamento<br />
Muda de qualidade<br />
bioinsumo inovador, promovendo o crescimento de culturas agrícolas<br />
mesmo sob condições de estresse hídrico. Este microrganismo<br />
contribui para o aumento da resiliência das plantas, auxiliando na<br />
adaptação a períodos de seca. Quando aplicado ao solo, ele induz<br />
o enraizamento, ajusta o potencial osmótico e reduz o estresse<br />
causado por veranicos, fortalecendo as plantas e promovendo um<br />
desenvolvimento mais saudável em ambientes adversos. O uso<br />
conjunto desses componentes potencializa o crescimento vegetal<br />
e a eficiência hídrica, resultando em um manejo mais sustentável.<br />
Desta forma, a adição de elementos promotores (ou estimuladores)<br />
de crescimento radiculares nas mudas florestais, tornam-se<br />
necessária, visando aumentar o número e tamanho de raízes, o vigor<br />
inicial, a uniformidade, a produtividade e o índice de sobrevivência<br />
após o plantio, conforme as recomendações comuns de hidrorretentores<br />
na irrigação de mudas de eucalipto, nos primeiros estágios de<br />
desenvolvimento no campo. O desenvolvimento do sistema radicular<br />
e da parte aérea das plantas é acelerado pela adição de hidrogéis no<br />
solo. Isso melhora a disponibilidade de água, reduz as perdas de nutrientes<br />
por percolação e lixiviação e melhora a aeração e drenagem<br />
do solo. Desde as primeiras tentativas de uso de hidrorretentores,<br />
até os dias atuais, vários tipos de géis têm sido utilizados, variando<br />
desde os pré-diluídos nos tanques de irrigação, até os géis secos.<br />
Os hidrorretentores são polímeros superabsorventes capazes de<br />
reter uma quantidade significativa de água em relação ao seu peso,<br />
devido à sua capacidade de reter água no solo, facilitando o controle<br />
hídrico das plantações, sendo usado com frequência na agricultura<br />
aplicado ao solo, através da irrigação, incorporando-se às camadas<br />
de plantio, onde serve como um reservatório de água. Em seguida,<br />
ele é lentamente liberado para as raízes das plantas, criando um<br />
ambiente ideal para o crescimento saudável das plantas (Santos<br />
et al., 2017). Os géis pré-diluídos nos tanques são aplicados diretamente<br />
na bacia de plantio na irrigação das mudas em pós-plantio.<br />
Os hidrorretentores são diluídos nos tanques, sendo assim, são<br />
aplicados diretamente na bacia de plantio na irrigação das mudas<br />
em pós-plantio. Pode ser adicionado o Bacillus aryabhattai, que<br />
é um indutor a seca e outras intempéries de acordo com a região<br />
e disponibilidade hídrica, podem ser adicionados principalmente<br />
nas regiões secas. Esses polímeros superabsorventes aumentam<br />
significativamente a retenção de água no solo, disponibilizando-a<br />
gradativamente para as plantas, o que é crítico em períodos de<br />
escassez de água. Além disso, a aplicação de hidrogéis contribui<br />
para a melhoria do desenvolvimento radicular e da parte aérea das<br />
plantas, aumentando a sobrevivência das mudas após o plantio e<br />
promovendo um crescimento mais uniforme e vigoroso.<br />
Em ambos os casos, a finalidade seria o funcionamento como<br />
um reservatório de água para as plantas, em função da necessidade<br />
da mesma. Cabe ressaltar que o gel seco precisa ser hidratado, a<br />
fim de cumprir com seu papel, ou seja, com o solo úmido ou com<br />
uma irrigação satisfatória de pelo menos 5 litros de água por planta.<br />
Com isso há um aumento no intervalo entre as irrigações, o que<br />
minimiza ou suprime a quantidade de irrigação, justificando os<br />
custos do uso do produto.<br />
Conclui-se, portanto, que a utilização de hidrorretentores ou<br />
hidrogéis na irrigação têm se mostrado uma técnica eficiente e<br />
sustentável para o setor florestal brasileiro. Embora nem sempre acelerem<br />
o crescimento em altura, os hidrorretentores desempenham<br />
um papel crucial na conservação dos recursos hídricos, associadas<br />
a todas as boas práticas citadas anteriormente, representa uma<br />
estratégia promissora para o desenvolvimento de florestas de alto<br />
rendimento, alinhando a produção de madeira com a preservação<br />
ambiental, contribuindo, desta forma, na promoção da sustentabilidade<br />
nas práticas agrícolas e florestais.<br />
Funções do gel seco Polyter - Fonte: Forth, 2019<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
MUDAS DE<br />
ARAUCÁRIA<br />
ENXERTADA<br />
(produção precoce do pinhão)<br />
Variedades;<br />
BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428<br />
Porte mais baixo;<br />
Maior produtividade;<br />
Mudas com produção precoce<br />
(média de 6 a 8 anos de idade).<br />
BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC
GREVE<br />
Impacto<br />
FINANCEIRO<br />
Greve do Ibama provoca crise<br />
econômica no setor florestal<br />
de Mato Grosso<br />
Fotos: divulgação<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
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GREVE<br />
I<br />
ndústrias do setor de base florestal de Mato Grosso<br />
enfrentaram uma crise sem precedentes devido à<br />
greve dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro<br />
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).<br />
A paralisação que superou 40 dias de duração causou<br />
sérios prejuízos econômicos, com mais de 220 contêineres<br />
retidos na região portuária, aguardando a liberação<br />
de documentação essencial para a comercialização, como<br />
a LPCO (Licença de Produtos Controlados pelo Ibama). Sem<br />
a autorização oficial, as indústrias mato-grossenses ficam<br />
impedidas de exportar.<br />
O caos que se abateu sobre as empresas do setor florestal<br />
foi demonstrado nos indicadores de exportação. De<br />
janeiro a junho, as indústrias madeireiras de Mato Grosso<br />
registraram saldo negativo, 22% menor que no mesmo<br />
período do ano passado, segundo informações do MDIC<br />
(Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e<br />
Serviços).<br />
O Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />
de Madeira do Estado de Mato Grosso) tem recebido<br />
inúmeras reclamações de seus associados. Muitos empresários<br />
relatam que a situação se tornou insustentável, com<br />
a greve levando à perda total de suas receitas.<br />
De acordo com o presidente do Cipem, Ednei Blasius,<br />
os empresários do setor florestal de Mato Grosso estão<br />
enfrentando um colapso financeiro. “Hoje, o empresário<br />
exportador só recebe a receita, o faturamento, quando os<br />
contêineres são liberados no navio, mediante um documento<br />
chamado BL (Bill of Lading). E isso não está acontecendo.<br />
Tínhamos mais de 220 contêineres retidos. Com isso, os<br />
empresários perderam completamente sua capacidade<br />
de receita e geração de faturamento, impossibilitando o<br />
cumprimento de compromissos financeiros, inclusive com o<br />
quadro de funcionários”, afirmou Ednei.<br />
A paralisação das atividades dos serviços ambientais<br />
federais provocaram um efeito dominó negativo na economia,<br />
levando ao atraso nos pagamentos bancários e na<br />
arrecadação de impostos. Muitos empresários consideram<br />
suspender as operações e demitir funcionários como medidas<br />
paliativas. “Os créditos tomados em banco não foram<br />
pagos em dia, estão começando a ser atrasados. Muitos<br />
já chegaram falar em iniciar os processos de paralisação e<br />
demissão, porque não conseguiriam honrar os compromissos.<br />
Não estavam conseguindo mais pagar fornecedores”,<br />
desabafou Ednei.<br />
Outro problema que se apresenta no horizonte das<br />
exportações são as recentes inclusões de espécies na Lista<br />
da Cites (Convenção sobre Comércio Internacional das Es-<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
GREVE<br />
pécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção),<br />
condicionando sua comercialização à emissão do NDF (Non<br />
Detriment Findings), Parecer de Extração Não Prejudicial.<br />
“Faltam 3 meses para o início da vigência da inclusão na<br />
Cites e o procedimento do NDF sequer foi estabelecido,<br />
mesmo com todo o rigoroso regramento já existente da<br />
produção madeireira e da sua autorização para exportação.<br />
Frise-se que há anos o setor de base florestal reivindica<br />
uma padronização de análises de licenças pelo Ibama, para<br />
que tenha procedimentos claros, transparentes e exequíveis,<br />
porém, sem sucesso”, conclui o presidente do Cipem.<br />
A entidade apresentou oficialmente, por meio de ofício,<br />
as dificuldades enfrentadas pelos empresários de base<br />
florestal ao Ministério dos Portos e Aeroportos. No ofício<br />
dirigido ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Serafim<br />
Costa Filho, o Cipem destacou os desafios enfrentados pelo<br />
setor desde 2020 para exportar cargas de madeira legal,<br />
sendo a morosidade e a falta de padronização nas análises<br />
e na emissão de licenças os principais obstáculos. A entidade<br />
solicitou apoio para encontrar uma solução junto aos<br />
órgãos envolvidos, em especial o Ibama, em relação à greve<br />
dos servidores.<br />
Além disso, o Cipem pediu que sejam formadas equipes<br />
em regime de força-tarefa para proporcionar a devida celeridade<br />
nas análises, sob pena de colapso no setor de base<br />
florestal brasileiro, que é tão importante para a geração de<br />
emprego e renda no país.<br />
NORTE MAIS AFETADO<br />
O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras<br />
do Norte de Mato Grosso, Felipe Antoniolli, em declaração<br />
ao site Só Notícias, afirmou que a paralisação de serviços<br />
como documentações, liberações de produtos e despachos<br />
realizados pelo Ibama para prosseguirem atividades<br />
causaram um colapso geral. “Muitas metragens de metros<br />
cúbicos de madeira não estão recebendo a licença para que<br />
seja realizada a exportação. Temos um manejo florestal<br />
que tem toda uma cadeia de custódia, que tem todo um<br />
licenciamento ambiental, tanto de Sema, tanto de Ibama, aí<br />
você tem um contrato com os clientes do exterior, e todas<br />
essas exigências, elas por mais que sejam já validadas, não<br />
está conseguindo exportar madeira, gerando um transtorno<br />
absoluto para o setor”, desabafou Felipe. O presidente<br />
acrescentou que o próprio setor de base florestal está<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
GREVE<br />
O setor, infelizmente, é mais<br />
uma vez prejudicado, mas a<br />
gente sabe que não é só o<br />
setor de base florestal, é todo<br />
setor de exportações que<br />
passam obrigatoriamente pela<br />
fiscalização do Ibama<br />
sendo visto com maus olhos perante outros países, que não<br />
está entregando, no caso, a sua matéria-prima, a sua mercadoria,<br />
em um tempo hábil de acordo com os contratos.<br />
“Está sendo realmente um grande entrave para o nosso<br />
setor, essa greve do Ibama. Como é uma greve a nível federal,<br />
não afetou somente o setor de base florestal, afetou<br />
os adubos, insumos agrícolas, é todo o setor do agro, setor<br />
do petrolífero, então não é só o setor de base florestal que<br />
foi prejudicado com essa greve. Precisamos que realmente<br />
o governo consiga articular de maneira que haja um equilíbrio<br />
aí, para que o órgão governamental do Ibama volte<br />
a trabalhar e sanar os problemas que estão ocorrendo”,<br />
cobrou Felipe ainda durante a paralização.<br />
Felipe destacou que diretorias dos setores afetados<br />
tem procurado os órgãos governamentais, federações e<br />
indústrias, para haver diálogo positivo com os servidores<br />
do Ibama, para que as exportações de indústrias mato-<br />
-grossenses possam ser retomadas. “A gente não é contra<br />
o pleito deles, a gente entende que realmente tem que ter<br />
essa melhora, mas também que não pode atrapalhar de<br />
forma tão brutal o setor igual que está sendo prejudicado<br />
no caso. Procuramos várias vezes, o Cipem, que acionou<br />
também já o FNBF (Fórum Nacional de Bases Florestais).<br />
Felipe Antoniolli, presidente do<br />
Sindicato das Indústrias Madeireiras<br />
do Norte de Mato Grosso<br />
Procuramos o presidente do Ibama, comentamos sobre a<br />
greve, todos os impactos causados para o setor de base florestal,<br />
para todos os empresários que dependem realmente<br />
exclusivamente das exportações e o tamanho colapso que<br />
está gerando para o setor de base florestal essa greve. O setor,<br />
infelizmente, é mais uma vez prejudicado, mas a gente<br />
sabe que não é só o setor de base florestal, é todo setor de<br />
exportações que passam obrigatoriamente pela fiscalização<br />
do Ibama”, ressaltou.<br />
Servidores do Ibama permaneceram em greve do dia 24<br />
de junho ao dia 12 de agosto, com intuito de ter as reivindicações<br />
por reestruturação de carreira e reajuste salarial,<br />
além de terem atenção pública voltada ao sucateamento<br />
dos órgãos de proteção ambiental. O Ibama foi procurado<br />
pela reportagem, não atendeu e não retornou o contato.<br />
84 www.referenciaflorestal.com.br
LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO<br />
Matéria-prima<br />
VALORIZADA<br />
Evento reúne principais nomes da compostagem no Brasil<br />
para fomentar a atividade e a preservação ambiental<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
86 www.referenciaflorestal.com.br
Foi realizado entre os dias 20 e 22 de agosto na cidade<br />
de São Carlos (SP), o II Encontro Técnico de<br />
Compostagem de Lodos Industriais, ETEs, Resíduos<br />
Orgânicos e Compost Barn, organizado pela ENVI-<br />
MAT. Foram dois dias de palestras sobre as mais diversas<br />
abordagens ao tema, passando por práticas e legislação<br />
que envolvem o tema e um dia de campo, onde os participantes<br />
foram levados à EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />
Agropecuária) Instrumentação para ver a operação de equipamentos<br />
e amostras de compostagem em diferentes pontos de<br />
desenvolvimento.<br />
Um dos principais destaques do evento foi a sua responsabilidade<br />
com a produção de resíduos, uma vez que todos<br />
os materiais que poderiam ser compostados foram recolhidos<br />
e levados para serem processados da maneira mais efetiva e<br />
benéfica para o meio ambiente. Até mesmo o crachá entregue<br />
aos participantes era 100% compostável, mostrando o empenho<br />
dos organizadores com a pauta ali apresentada.<br />
Dentre as mais de 20 palestras realizadas nesses três dias<br />
de evento, destacamos algumas, como a do pesquisador Alberto<br />
Bernardi, da EMBRAPA Pecuária, que apontou o cenário<br />
nacional de fertilizantes e como o Brasil aumentou sua demanda<br />
desses materiais em 300% nos últimos 20 anos, mesmo que<br />
a produção tenha caído 30% no mesmo período. “Temos hoje<br />
uma situação praticamente insustentável, importamos mais<br />
de 85% dos nutrientes utilizados em nossa produção, por isso<br />
a compostagem pode entrar como parte da solução para uma<br />
demanda existente e crescente”, alertou Alberto.<br />
Por outro lado, Andreas Kunter, CEO da Komptech, uma<br />
das principais empresas de equipamentos de compostagem do<br />
mundo, levou para o evento toda a expertise que a multinacional<br />
tem no segmento. Andreas apresentou a realidade do país<br />
de origem da Komptech, a Áustria, e como lá a cultura da compostagem<br />
já é uma realidade na vida da maioria da população.<br />
“Temos algo em torno de 80% dos materiais orgânicos produzidos<br />
sendo processados para ter o fim correto e mais útil para<br />
toda a sociedade”, valorizou Andreas.<br />
Marcelo Santos, da ABISOLO (Associação Brasileira das Indústrias<br />
de Tecnologia em Nutrição Vegetal), valorizou a realização<br />
do evento. Para Marcelo o evento une duas indústrias que<br />
Setembro 2024<br />
87
COMPOSTAGEM<br />
são a base da associação: orgânico e orgânico-mineral. “Fico<br />
muito feliz de estar aqui representando a associação, temos<br />
trabalhado muito nas normatizações e na áreas técnicas e ver<br />
essa movimentação dentro da compostagem é importante e<br />
deve ser muito valorizada”, ressaltou Marcelo.<br />
Cristiano Kenji, assistente executivo da diretoria de controle<br />
e licenciamento ambiental da CETESB (Companhia Ambiental<br />
do Estado de São Paulo) falou sobre a legislação que vigora no<br />
Estado onde atua e como algumas mudanças têm possibilitado<br />
o desenvolvimento da atividade da compostagem. “Tivemos<br />
em 2020 a publicação da resolução que dispensa a licença<br />
ambiental para atividades de compostagem, isso abriu portas e<br />
facilitou o trabalho de quem quer investir nesse campo”, enalteceu<br />
Cristiano.<br />
Pelo lado do governo, Alberto Rocha, coordenador geral<br />
de resíduos sólidos urbanos do MMA (Ministério do Meio<br />
Ambiente), focou sua apresentação na diminuição da perda<br />
de alimentos que ocorrem nos grandes centros. “Temos trabalhado<br />
com um plano nacional focado no não desperdício e na<br />
melhor destinação dos alimentos e aqueles que venham a ser<br />
descartados, tenham como principal destino a compostagem”,<br />
sublinhou Alberto.<br />
Esse segundo encontro nos deu a<br />
oportunidade de juntar as pessoas<br />
e as forças da compostagem<br />
Vinicius Casselli, diretor<br />
da ENVIMAT<br />
A ABCompostagem (Associação Brasileira de Compostagem),<br />
foi representada por Lara Laranjo, diretora de comunicação<br />
da entidade. Para a diretora, a união das empresas que<br />
atuam no segmento da compostagem ajuda no desenvolvimento<br />
da atividade e na representatividade desse segmento<br />
para conquistar mais espaço e avançar em legislações que<br />
favoreçam a compostagem. “Somos mais de 60 empresas sob o<br />
guarda-chuva da associação e o crescimento tem sido contínuo,<br />
valorizando o trabalho que estamos fazendo”, apontou Lara.<br />
José Luiz Tomita, especialista em implantação e desenvolvimento<br />
de plantas de compostagem destacou tópicos relacionados<br />
a qualidade da compostagem e como as boas práticas<br />
podem gerar resultados de aumento de produtividade agrícola.<br />
“Em áreas onde o produto da compostagem é aplicado temos<br />
plantas com raízes mais fortes, mais estruturadas e maior crescimento.<br />
Na compostagem há o valor ambiental, mas também<br />
há o valor econômico que pode ser sim uma chave de mudança<br />
na realidade de quem pratica”, exaltou Tomita.<br />
Vinicius Casselli, diretor da ENVIMAT, se mostrou muito feliz<br />
com o evento, sendo este o maior evento de compostagem do<br />
país. “Esse segundo encontro nos deu a oportunidade de juntar<br />
as pessoas e as forças da compostagem. Tivemos um dia a mais<br />
de evento, mais palestras, mais equipamentos apresentados ao<br />
público e para o próximo ano os composteiros podem esperar<br />
algo ainda melhor”, completou Vinicius.<br />
88 www.referenciaflorestal.com.br
PRAGAS<br />
90 www.referenciaflorestal.com.br
ALERTA<br />
na silvicultura<br />
Pesquisadores encontram nova praga<br />
em produção de pinus e alertam para<br />
disseminação pelo Brasil e Mercosul<br />
Fotos: divulgação<br />
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PRAGAS<br />
E<br />
m novembro de 2023, durante visita de<br />
campo à fazenda de uma empresa de comercialização<br />
e produção de resinas, no interior<br />
de São Paulo, o engenheiro agrônomo Carlos<br />
Frederico Wilcken encontrou árvores com<br />
respingos de resina no tronco, indicando que houve postura<br />
de ovos no local, e com orifícios circulares típicos<br />
da emergência de insetos adultos. A propriedade abriga<br />
plantações de híbridos de pinus utilizados na produção de<br />
resina e alguns dos seus plantios registravam alta infestação<br />
de uma espécie inédita no Brasil de vespa-da-madeira<br />
responsável pela mortalidade de aproximadamente 50%<br />
das árvores.<br />
Denominada Sirex obesus, a nova praga é originária<br />
do sul dos EUA (Estados Unidos da América) e do México,<br />
e foi detectada e identificada pela primeira vez no país<br />
pela equipe de pesquisadores do Departamento de Proteção<br />
Vegetal da FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas)<br />
da UNESP (Universidade do Estado de São Paulo), no câmpus<br />
de Botucatu (SP), do qual Carlos Wilcken é professor.<br />
Devido à relevância econômica do pinus, a descoberta<br />
de uma nova espécie de vespa-da-madeira que vem<br />
atacando plantações no Estado de São Paulo acendeu<br />
um sinal de alerta no setor florestal para o risco real de<br />
disseminação para outras áreas e potencial de gerar prejuízos<br />
significativos aos produtores. A árvore é a segunda<br />
espécie florestal mais plantada no país, atrás apenas do<br />
eucalipto, e seu plantio ocupa uma área de 1.9 milhão de<br />
ha (hectares), segundo o relatório de 2023 da IBÁ (Indústria<br />
Brasileira de Árvores), associação responsável pela representação<br />
institucional da cadeia produtiva de árvores<br />
plantadas.<br />
Até o momento, a presença da praga já foi confirmada<br />
em 16 municípios paulistas, entre eles Itararé, na divisa<br />
com o Paraná, o principal Estado produtor de pinus no<br />
Brasil. Os pesquisadores consideram muito alto o risco<br />
dessa nova espécie de vespa-da-madeira se dispersar para<br />
o estado vizinho e para a região sul em geral, onde se concentram<br />
mais de 80% das plantações da espécie. Existe<br />
ainda o risco da Sirex obesus chegar a outros países do<br />
Mercosul, como Argentina, Chile e Uruguai, que também<br />
são importantes produtores de pinus.<br />
O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) já foi<br />
notificado da existência da praga e o PROTEF (Programa<br />
92 www.referenciaflorestal.com.br
de Proteção Florestal), programa de âmbito nacional<br />
relacionado com pragas florestais e vinculado ao IPEF (Instituto<br />
de Pesquisas e Estudos Florestais), entidade que integra<br />
empresas, universidades e instituições de pesquisa<br />
voltadas para o setor florestal, já emitiu um comunicado<br />
redigido pelo professor Carlos, alertando sobre a identificação<br />
do inseto.<br />
A nova vespa-da-madeira tem potencial para causar<br />
vários danos às árvores de pinus, inclusive a morte, que<br />
decorre da ação do fungo patogênico Amylostereum areolatum,<br />
inoculado no momento em que a fêmea do inseto<br />
deposita seus ovos no tronco da árvore. O fungo cresce<br />
dentro do tronco, matando as células da árvore e bloqueando<br />
os traqueídeos, os canais por onde a seiva circula.<br />
A árvore morre após 3 ou 4 meses do ataque do inseto.<br />
Enquanto o fungo age, as larvas da praga se alimentam<br />
da madeira fazendo canais ou galerias que atingem<br />
tanto o cerne (a parte mais interior do tronco) quanto o<br />
alburno (a parte externa, mais nova e funcional, das plantas<br />
lenhosas). No momento da emergência dos insetos<br />
adultos, eles fazem orifícios de saída na madeira. As árvores<br />
atacadas também podem apresentar manchas na madeira,<br />
causada pelo fungo principal ou por outros fungos<br />
secundários. Portanto, mesmo que a árvore atingida não<br />
morra, os danos provocados pela praga tornam inviável o<br />
uso comercial da madeira.<br />
CONHECENDO O INIMIGO<br />
As empresas e produtores do setor florestal já estão<br />
bastante familiarizados com uma outra espécie de vespa-da-madeira,<br />
aparentada da Sirex obesus. Originária da<br />
região do Mediterrâneo (sul da Europa, Oriente Médio e<br />
Norte da África), a Sirex noctilo é considerada a principal<br />
praga a atacar o pinus no Brasil, e sua presença nos estados<br />
de São Paulo e Minas Gerais e região sul do país é<br />
conhecida desde 1988, tendo muitas perdas à produção<br />
brasileira, especialmente no sul do país durante a década<br />
de 1990. “Hoje, já existem procedimentos bem definidos<br />
de monitoramento e de controle biológico para sua ocorrência.<br />
Atualmente há registros de sua presença em nove<br />
países como praga exótica ou invasora. E não havia, até<br />
este momento, registro de outras espécies de Sirex ocorrendo<br />
em plantações de pinus no mundo”, relata Carlos.<br />
Na visita à fazenda do interior de São Paulo em que<br />
foi encontrada a nova praga, em novembro de 2023, os<br />
pesquisadores coletaram larvas de diferentes tamanhos,<br />
pupas, machos e fêmeas adultos recém-formados e constatou-se<br />
inequívocas diferenças morfológicas em relação<br />
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Setembro 2024<br />
93
PRAGAS<br />
à já conhecida Sirex noctilo. Os indivíduos adultos foram<br />
levados até o Laboratório de Controle Biológico de Pragas<br />
Florestais da FCA/Unesp e submetidos à análise de DNA<br />
mitocondrial. Além disso, amostras também foram enviadas<br />
para a equipe do taxonomista Nathan Schiff, do Serviço<br />
Florestal dos Estados Unidos (Forest Service), agência<br />
USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).<br />
Os exames em ambas as instituições confirmaram, por<br />
caracteres morfológicos e moleculares, serem da espécie<br />
Sirex obesus.<br />
Segundo o professor Carlos Wilcken, a identificação<br />
da nova praga foi difícil porque, por ser uma espécie natural<br />
do sul dos EUA e do México, lá ela é controlada por<br />
seus predadores naturais, não causando maiores problemas<br />
para as árvores. “Por não chamar a atenção, não causar<br />
nenhum problema, a espécie é pouco estudada. Por<br />
isso não há informações completas sobre seu ciclo e sobre<br />
quais espécies de eucalipto ele ataca, mas aparentemente<br />
o inseto tem mais de uma geração por ano, enquanto que<br />
com a Sirex noctilo já se sabe que os novos adultos emergem<br />
apenas uma vez por ano”, destaca Carlos.<br />
NOVO MANEJO DA PRAGA<br />
Com a ciência do Ministério da Agricultura e o alerta<br />
emitido a todo o setor florestal, as pesquisas devem avançar<br />
e determinar a real extensão do problema no país,<br />
bem como as melhores estratégias sobre o manejo e o<br />
controle da praga. Mas já há a certeza de que o monitoramento<br />
dos plantios deve ser intensificado, uma vez que<br />
os danos de Sirex obesus parecem ser mais intensos e o<br />
período de emergência de adultos mais longo que os de<br />
Sirex noctilo.<br />
Assim como acontece no caso da Sirex noctilo, o controle<br />
químico não funciona no combate a essa espécie de<br />
vespa-da-madeira. Os insetos crescem e se desenvolvem<br />
no interior do tronco, o que torna inócuas as aplicações<br />
de inseticidas. Os pesquisadores partem do que é feito<br />
com a Sirex noctilo para determinar as possíveis estratégias<br />
de manejo para o Sirex obesus.<br />
O controle silvicultural, com a realização de desbastes<br />
nas plantações, é uma primeira medida e consiste<br />
na remoção de árvores específicas de um plantio com o<br />
intuito de gerar maior crescimento das remanescentes.<br />
Os desbastes, portanto, tendem a deixar as árvores mais<br />
resistentes e saudáveis e, em tese, menos suscetíveis aos<br />
ataques dos insetos. Porém, essa técnica perde eficiência<br />
nas plantações de pinus para produção de resina, uma vez<br />
que a própria resinagem já vai estressar as árvores.<br />
A outra forma de manejo é o controle biológico, com<br />
a aplicação do nematoide parasita Deladenus siricidicola,<br />
94 www.referenciaflorestal.com.br
um verme microscópico criado em laboratório e liberado<br />
todos os anos pelas empresas e produtores florestais na<br />
região sul do Brasil para o combate à Sirex noctilo. “O<br />
nematoide se alimenta do fungo fitopatogênico Amylostereum<br />
areolatum no interior da madeira e, quando encontra<br />
as larvas do inseto, passa para a fase parasítica, penetrando<br />
nas larvas e causando a esterilização das fêmeas<br />
adultas. A partir de então, os nematoides se alojam nos<br />
óvulos e são dispersados nas plantações de pinus pelas<br />
próprias fêmeas, por meio dos ovos”, descreve Carlos.<br />
Para o professor Carlos Wilcken, os desdobramentos<br />
possíveis para os danos gerados por essa nova espécie de<br />
vespa-da-madeira são muitos e o único caminho a ser tomado<br />
agora é o de desenvolvimento de políticas públicas<br />
para o tema, com integração de ações. “É um problema<br />
que pode afetar mais de um setor da economia. É preciso<br />
agora envolver o Mapa e as agências estaduais de defesa<br />
agropecuária, além das empresas do setor florestal, para<br />
termos um levantamento completo, em âmbito nacional,<br />
do tamanho do problema. Será necessário fazer campanhas<br />
de esclarecimento, enquanto os cientistas buscam<br />
dar o suporte necessário em termos de pesquisa”, conclui<br />
Carlos.<br />
Atualmente há registros de sua<br />
presença em nove países como<br />
praga exótica ou invasora. E<br />
não havia, até este momento,<br />
registro de outras espécies de<br />
Sirex ocorrendo em plantações<br />
de pinus no mundo<br />
Carlos Wilcken, Pesquisador da UNESP<br />
Setembro 2024<br />
95
PESQUISA<br />
Estimativa de variáveis dendrométricas em<br />
plantios experimentais de Eucalyptus sp.<br />
utilizando imagens de VANT (Veículo Aéreo Não<br />
Tripulado)<br />
Fotos: divulgação<br />
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PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
objetivo do trabalho é estimar variáveis<br />
dendrométricas em plantios experimentais<br />
de Eucalyptus sp. utilizando imagens<br />
aéreas obtidas por meio de VANT<br />
(Veículo Aéreo não Tripulado). A área<br />
de estudo fica localizada no Campus de Engenharias<br />
e Ciências Agrárias da UFAL (Universidade Federal de<br />
Alagoas) situado no município de Rio Largo (AL). O levantamento<br />
dos dados foi realizado em uma área experimental<br />
de povoamento florestal do híbrido Eucalyptus<br />
urograndis (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla).<br />
A coleta dos dados em campo foi realizada a partir de<br />
parcelas da população de eucalipto. Mediu-se a altura<br />
total, DAP (diâmetro à altura do peito) e diâmetro de<br />
copa de todos os indivíduos em cada parcela. Para a<br />
obtenção das imagens aéreas foi utilizado o VANT da<br />
empresa DJI modelo Phantom 4 PRO com câmera RGB.<br />
Utilizando os arquivos derivados das imagens aéreas,<br />
foram testados os pacotes lidR e itcSegment do software<br />
R. Por meio dos dados provenientes do inventário<br />
florestal e do processamento das imagens obtidas por<br />
meio do voo de VANT, foram construídas equações<br />
98 www.referenciaflorestal.com.br
de regressão linear e não linear. Os dois pacotes do<br />
software R apresentaram bons resultados em relação<br />
as métricas florestais e, apesar de detectarem menos<br />
indivíduos e valores diferentes dos reais, foram capazes<br />
de proporcionar equações com bons parâmetros para<br />
a estimativa de variáveis dendrométricas. Isso facilita<br />
os processos de inventários florestais e torna o uso de<br />
VANT uma alternativa viável às medições dos parâmetros<br />
florestais.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A quantificação de variáveis dendrométricas e alométricas<br />
é uma das principais atividades em um inventário<br />
florestal. Existem diferentes métodos para predição<br />
dessas variáveis, tais como a mensuração, por meio<br />
de métodos diretos (destrutivos) e métodos indiretos,<br />
utilizando técnicas de amostragem ou sensoriamento<br />
remoto (Fiorentin et al., 2015; Pertille et al., 2019).<br />
O avanço das técnicas de sensoriamento remoto<br />
possibilitou o uso de VANTs (veículos aéreos não tripulados),<br />
aplicados no campo do mapeamento e na<br />
estimativa das propriedades biofísicas das florestas.<br />
Diversas informações relacionadas à estrutura florestal<br />
podem ser obtidas por meio de técnicas de sensoria-<br />
À vista disso, no contexto<br />
das determinações<br />
ao nível da árvore, os<br />
VANTs se apresentam<br />
como um sistema eficaz<br />
para estimar variáveis<br />
biométricas
PESQUISA<br />
A quantificação de<br />
variáveis dendrométricas<br />
e alométricas é uma das<br />
principais atividades em<br />
um inventário florestal<br />
mento remoto em um curto período de tempo e sob<br />
várias condições de acessibilidade (Puliti et al., 2015).<br />
Os VANTs possuem capacidade de voos em baixas<br />
altitudes e baixas velocidades, permitindo a coleta de<br />
dados próximos à terra, além disso, podem ser equipados<br />
com diversos sensores, como câmeras digitais, possibilitando<br />
a captura de imagens com resolução espacial<br />
ultra-alta - 1 cm a 20 cm (centímetros) (Witehead;<br />
Hugenholtz, 2014; Zhang et al., 2016). Ao utilizar esses<br />
sistemas e os softwares de processamento correspondentes,<br />
torna-se possível gerar modelos 3D (tridimensionais)<br />
empregados em diversas aplicações florestais<br />
(Tudoran et al., 2021).<br />
A análise de imagens digitais, em conjunto com<br />
técnicas de fotointerpretação, viabiliza a avaliação dos<br />
principais parâmetros do povoamento (Vorovencii,<br />
2010). Os valores dos parâmetros, obtidos a partir de<br />
modelos digitais e produtos ortorretificados, situam-se<br />
dentro de níveis de tolerância aceitáveis (±10%) ao serem<br />
comparados com medições in-situ (Zagalikis et al.,<br />
2005).<br />
100 www.referenciaflorestal.com.br
Puliti et al. (2017), consideram que o uso de dados<br />
obtidos por meio de VANTs são eficazes no inventário<br />
florestal, pois a combinação de dados espaciais com<br />
dados de campo aumenta a precisão das estimativas, e<br />
oferece uma alternativa econômica para avaliação de<br />
recursos florestais em larga escala.<br />
Porém, apesar de todas as vantagens proporcionadas<br />
pelas abordagens de sensoriamento remoto,<br />
a estrutura do povoamento continua sendo um dos<br />
principais fatores que impactam os aspectos da seleção<br />
do instrumento ou da precisão da medição. Dentro das<br />
opções de sensoriamento remoto disponíveis, destaca-<br />
-se recentemente o algoritmo de visão computacional<br />
Estrutura de Movimento (SfM) (Furukawa; Ponce,<br />
2010), que tem demonstrado uma notável melhoria na<br />
eficiência na construção de conjuntos de dados 3D extremamente<br />
densos e precisos. Essas nuvens de pontos<br />
3D exibem uma qualidade comparável aos métodos<br />
tradicionais baseados em laser (Wallace et al., 2016).<br />
Quando aplicado a imagens de alta resolução capturadas<br />
por VANTs, o SfM tem revelado sua capacidade de<br />
gerar modelos de altura do dossel (CHM). Esses modelos<br />
mostraram-se eficazes na estimativa precisa da<br />
altura total das árvores em inventários florestais, como<br />
evidenciado por estudos anteriores (Goobody et al.,<br />
2017; Panaglotidis et al., 2017; Tudoran et al., 2021).<br />
À vista disso, no contexto das determinações ao<br />
nível da árvore, os VANTs se apresentam como um<br />
sistema eficaz para estimar variáveis biométricas. No<br />
que diz respeito às limitações da técnica VANT-SfM, é<br />
notável que nem todas as árvores de um povoamento<br />
são visíveis nos MDSs (modelos digitais de superfície)<br />
resultantes, o que implica que os cálculos são aplicados<br />
exclusivamente às árvores de nível superior ou a indivíduos<br />
isolados (Tudoran et al., 2021).<br />
Dessa maneira, o presente trabalho fundamenta-se<br />
na hipótese de que os parâmetros dendrométricos,<br />
como altura, DAP, diâmetro de copa, entre outros, obtidos<br />
a partir de dados utilizando imagens de VANT sejam<br />
equiparáveis com as medições realizadas por meio<br />
de inventário florestal convencional.<br />
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SETEMBRO<br />
2024<br />
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Demo Forest<br />
Data: 19 e 21<br />
Local: Ottawa (Canadá)<br />
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Data: 9 e 10<br />
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Workshop do Mogno Africano<br />
Data: 19<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
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workshopmognoafricano.org.br/<br />
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Data: 20 a 22<br />
Local: Coronel (Chile)<br />
Informações: https://www.expocorma.cl/<br />
Programa de Preparação de Gestores<br />
Florestais<br />
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A liderança humanizada na<br />
era da inteligência artificial<br />
Ainterseção entre liderança e inteligência artificial tem sido<br />
um tema de discussão fervorosa nos últimos anos. À medida<br />
que a IA avança, surgem questionamentos sobre a<br />
possibilidade de sistemas controlados liderarem equipes<br />
com a mesma maestria que líderes humanos. Contudo,<br />
enquanto a tecnologia evolui e redefine a dinâmica de trabalho, uma<br />
verdade permanece clara: a essência da liderança, baseada em empatia,<br />
criatividade e visão, permanece inimitável pela IA. Neste artigo, exploraremos<br />
a importância de uma liderança humanizada em uma era de inteligência<br />
artificial, destacando as habilidades essenciais que os líderes<br />
precisarão desenvolver para prosperar nesse cenário.<br />
A liderança transcende a atribuição de tarefas e metas. Ela envolve<br />
uma compreensão profunda das emoções e motivações individuais de<br />
cada membro da equipe. Um líder habilidoso não apenas aloca funções,<br />
mas também nutre o crescimento pessoal e profissional de seus liderados.<br />
É nesse aspecto humano que a IA encontra sua limitação. Embora<br />
sistemas avançados possam criar processos eficientes, estabelecer prazos<br />
e gerar cronogramas, a capacidade de incentivar, motivar e compreender<br />
emocionalmente os membros da equipe permanecem além do<br />
alcance das máquinas.<br />
Um estudo recente da McKinsey em 2023, analisando tendências<br />
até 2030, destacou uma mudança significativa na demanda por habilidades.<br />
Enquanto as habilidades tecnológicas continuam a ser cruciais,<br />
uma ênfase cada vez maior está sendo colocada nas habilidades sociais<br />
e emocionais. Isso ressalta a importância da interação humana, mesmo<br />
em um ambiente de trabalho cada vez mais digitalizado. Habilidades<br />
como empatia, respeito e habilidades de comunicação estão se tornando<br />
fundamentais para o sucesso, especialmente para os líderes. O<br />
sucesso da IA pode auxiliar na seleção de talentos, mas a habilidade<br />
de inspirar colaboração, torcendo pelo conjunto, continua sendo um<br />
traço humano. Refletindo sobre os líderes que nos inspiramos, é notável<br />
como as características que se destacam estão relacionadas às habilidades<br />
sociais e emocionais. Esses líderes eram mais do que gestores de<br />
tarefas; eles eram visionários que se conectavam com as aspirações de<br />
suas equipes. Sua empatia permite entender os desafios individuais,<br />
cultivando um ambiente onde cada membro se sente valorizado e motivado.<br />
Eles não apenas direcionavam, mas também ouviam atentamente,<br />
demonstrando respeito genuíno pela equipe.<br />
A evolução da liderança em tempos de IA exige que os líderes<br />
desenvolvam habilidades distintamente humanas. A criatividade, que<br />
permite pensar além dos limites, e a empatia, que estabelece conexões<br />
genuínas, se tornam ainda mais cruciais. A capacidade de comunicar<br />
visões e ideias de maneira envolvente e a habilidade de resolver problemas<br />
complexos continuam sendo características inestimáveis.<br />
A liderança no cenário da IA exige uma abordagem humanizada.<br />
Embora as máquinas possam automatizar tarefas, o papel do líder<br />
transcende a eficiência mecânica. A habilidade de inspirar, conectar e<br />
capacitar os membros da equipe permanece como um aspecto intrínseco<br />
da liderança que não pode ser substituído pela tecnologia. O futuro<br />
da liderança é moldado pela coexistência entre as capacidades da IA e<br />
as características distintamente humanas, destacando a importância<br />
de uma liderança humanizada e habilidosa para enfrentar os desafios e<br />
oportunidades que estão por vir.<br />
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