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Revista Analytica Edição 132

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EDITORIAL<br />

<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>132</strong> - Setembro 2024<br />

Nesta edição da <strong>Analytica</strong>, temos o prazer de apresentar uma seleção de conteúdos<br />

que refletem as mais recentes inovações e desafios no campo das ciências analíticas<br />

e tecnológicas. A cada nova publicação, reafirmamos nosso compromisso em trazer<br />

temas de relevância e impacto para nossos leitores, sejam eles profissionais do laboratório,<br />

pesquisadores ou estudantes.<br />

Na coluna Espectrometria de Massas, exploramos o fascinante universo dos biossimilares<br />

com o artigo “Biossimilares: Análise de Massa Intacta e Proteoformas”. Este<br />

texto traz à luz os avanços no uso da espectrometria de massas para a caracterização<br />

detalhada dessas moléculas, essenciais para garantir a segurança e eficácia dos<br />

medicamentos biológicos.<br />

Já na coluna Química e Meio Ambiente, abordamos um tema que está na vanguarda<br />

das discussões sobre sustentabilidade: “Bateria de Lítio e o Carro Elétrico”. Com a<br />

crescente demanda por veículos elétricos, as baterias de lítio tornaram-se um<br />

componente crítico, e este artigo explora tanto os benefícios quanto os desafios<br />

ambientais associados a essa tecnologia.<br />

Nos artigos científicos, destacamos a inovação no cuidado com a saúde com o “Aplicador<br />

Fármaco Automático para Adolescentes Portadores da Doença de Crohn”. Esta<br />

tecnologia promete revolucionar a forma como medicamentos são administrados,<br />

melhorando a qualidade de vida dos jovens pacientes. Além disso, trazemos uma<br />

discussão técnica sobre o “Uso de Espectrofotometria UV-VIS na Determinação de<br />

Estireno”, uma técnica essencial para a análise de compostos em diversas indústrias.<br />

Não poderíamos deixar de expressar nossa gratidão aos anunciantes que tornaram<br />

possível esta edição. A parceria e o apoio de empresas comprometidas com a<br />

inovação e a qualidade são fundamentais para continuarmos a oferecer conteúdo<br />

relevante e de excelência.<br />

Esperamos que esta edição inspire e enriqueça seus conhecimentos, impulsionando<br />

novos debates e descobertas no campo das ciências analíticas. Boa leitura!<br />

Luciene Almeida<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIENTE | BIOTECNOLOGIA | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />

de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />

/revista-analytica<br />

/revistaanalytica<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: Futurlab<br />

Editora Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />

Para assinaturas / renovação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />

Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral


<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>132</strong> - Setembro 2024<br />

ÍNDICE<br />

01 Editorial<br />

05 Agenda<br />

ARTIGO 1 08<br />

Beatriz Sena da Silva, Alessandra Souza Alves Abou Hamia, Daniela Santos Silva.<br />

06<br />

Publique na <strong>Analytica</strong><br />

APLICADOR FÁRMACO AUTOMÁTICO PARA<br />

ADOLESCENTES PORTADORES DA DOENÇA DE CROHN<br />

ARTIGO 2 22<br />

Fernanda Aparecida Pedrosa, Alex Magalhães de Almeida.<br />

USO DE ESPECTROFOTOMETRIA UV-VIS NA<br />

DETERMINAÇÃO DE ESTIRENO.<br />

MATÉRIA DE CAPA 30<br />

Greiner Bio-One<br />

CULTURA CELULAR 3D: UM NOVO HORIZONTE NA<br />

PESQUISA BIOMÉDICA<br />

34<br />

Química no Meio Ambiente<br />

Espectrometria de Massas 36<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Em Foco 46<br />

40<br />

Blog dos Cientistas


Bem-vindo à evolução da<br />

confiabilidade na rotina do IC<br />

O novo sistema de cromatografia de íons Dionex Inuvion da<br />

Thermo Scientific torna a análise de íons mais simples e<br />

intuitiva do que nunca e entrega exatamente o que um laboratório<br />

de testes analíticos procura: resultados excelentes e consistentes,<br />

em todos os turnos, todos os dias e com todos os operadores.


<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>132</strong> - Setembro 2024<br />

ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

ALFA 39<br />

KASVI 20<br />

BCQ<br />

4ª CAPA<br />

NOVA ANALITICA 03<br />

CRAL 45<br />

VEOLIA 07<br />

GREINER CAPA | 32<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />

Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />

do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />

de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />

Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />

da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Maria Mayara Saraiva de Sousa, Maurício Ferreira da Rosa, Junior Romeo Deoti, Daniele Fernanda de Oliveira Rocha, Rogerio Aparecido Machado, Ingrid Ferreira Costa.


agenda<br />

VII ENCONTRO REGIONAL DA SBQ<br />

DATA: 02 A 04 DE OUTUBRO DE 2024<br />

Local: Complexo Multiuso Dercir Pedro de Oliveira 1 – UFMS - Campo Grande-MS<br />

Informações: https://eventos.galoa.com.br/viiersbqco-2024/page/4420-home<br />

MERCOPAR 2024 – FEIRA DE INOVAÇÃO INDUSTRIAL 33ª EDIÇÃO<br />

DATA: 15 A 18 DE OUTUBRO DE 2024<br />

Local: Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva – Caxias do Sul/RS<br />

Informações: https://mercopar.com.br/<br />

63º CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA<br />

DATA: 05 A 08 DE NOVEMBRO DE 2024<br />

Local: Centro de Eventos do Fiesta Bahia Hotel - Av. Antonio Carlos Magalhães, 741, Itaigara<br />

- Salvador/BA<br />

Informações: https://www.abq.org.br/cbq/<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2024<br />

5


<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>132</strong> - Setembro 2024<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos aos autores interessados.<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> publica<br />

editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />

educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />

levarão em consideração para publicação toda<br />

e qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação e o<br />

controle de qualidade.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português (ortografia oficial), com Abstract<br />

detalhado em inglês. O Resumo e o<br />

Abstract deverão conter as palavras-chave<br />

e keywords, respectivamente.<br />

Todas as fotos, ilustrações, gráficos, desenhos<br />

e fórmulas que comporem o artigo, devem ser<br />

enviados separadamente, em alta resolução<br />

e com os devidos créditos, para uma perfeita<br />

reprodução. Todas deverão estar devidamente<br />

identificadas e com a indicação no texto de<br />

onde deverão ser colocadas.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados por e-mail,<br />

ordenados em título, nome e sobrenomes<br />

completos dos autores e nome da instituição<br />

onde o estudo foi realizado. Além disso, o<br />

nome do autor correspondente, com endereço<br />

completo, telefone e e-mail. Seguidos por<br />

Resumo, Palavras-chave, Abstract, Keywords,<br />

Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados, Discussão, Conclusão,<br />

Agradecimentos e Referências bibliográficas.<br />

As referências deverão constar no texto de<br />

acordo com as normas ABNT.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas como<br />

"no prelo" ou "in press".<br />

Todas as contribuições serão revisadas e<br />

analisadas pelo comitê editorial. Os autores<br />

deverão informar todo e qualquer conflito<br />

de interesse existente, em particular aqueles<br />

de natureza financeira relativo a companhias<br />

interessadas ou envolvidas em produtos ou<br />

processos que estejam relacionados com a<br />

contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Após a aprovação do artigo, os autores<br />

deverão preencher e assinar o termo de<br />

compromisso enviado pela redação, atestando<br />

a originalidade do artigo, bem como a<br />

participação de todos os envolvidos.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato<br />

que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa<br />

nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados –<br />

levando em conta uma média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores<br />

disponibilizarem seu material em outras publicações.<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Luciene Almeida – Redação<br />

redacao@futurlab.com.br<br />

CASO PRECISE DE INFORMAÇÕES ADICIONAIS, ENVIE UM E-MAIL PARA A REDAÇÃO.


Artigo 1<br />

APLICADOR FÁRMACO AUTOMÁTICO PARA<br />

ADOLESCENTES PORTADORES DA DOENÇA DE CROHN<br />

Autoras: Beatriz Sena da Silva,<br />

Alessandra Souza Alves Abou Hamia,<br />

Daniela Santos Silva<br />

Colégio Técnico “Antônio Teixeira Fernandes”<br />

– Colégio Univap<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Introdução<br />

A Doença de Crohn (DC) é<br />

considerada uma doença<br />

autoimune inflamatória<br />

crônica caracterizada por<br />

uma inflamação persistente<br />

no trato gastrointestinal,<br />

podendo afetar<br />

qualquer parte do sistema,<br />

desde a boca até o<br />

ânus, não apresenta cura,<br />

portanto o tratamento<br />

é feito através de diversos<br />

imunossupressores<br />

e esteroides com o foco<br />

de atrasar a progressão<br />

da doença. Tendo em<br />

vista esse contexto, a<br />

procura por novas formas<br />

de tratamento que atendam<br />

às necessidades da<br />

enfermidade ao mesmo<br />

tempo que propõe maior<br />

comodidade ao paciente<br />

tem sido recorrente no<br />

meio científico, realizou-<br />

-se então, por meio de<br />

uma análise bibliográfica<br />

em artigos sobre a temática<br />

e uma pesquisa na<br />

população através de um<br />

formulário on-line a criação<br />

do protótipo de um<br />

aplicador automático. A<br />

proposta do aplicador<br />

fármaco para jovens portadores<br />

da DC é um passo<br />

importante na gestão da<br />

doença nesse público<br />

pois facilitaria a administração<br />

de medicamentos<br />

essenciais que muitas<br />

vezes são necessários<br />

para reduzir e aliviar os<br />

sintomas, além disso,<br />

a automatização traria<br />

a redução do estresse<br />

causado pelo tratamento<br />

comum o que seria particularmente<br />

benéfico para<br />

os jovens com problemas<br />

de saúde mental pré-existentes<br />

neste ambiente,<br />

trazendo conforto pro<br />

paciente e as pessoas<br />

em sua volta. A inspiração<br />

para este dispositivo


surgiu da observação da<br />

eficiência e praticidade<br />

das bombas de insulina<br />

utilizadas por pacientes<br />

diabéticos, visando<br />

adaptar esse mecanismo<br />

para o tratamento da<br />

doença de Crohn. Sendo<br />

assim, o presente trabalho<br />

desenvolveu-se com<br />

o objetivo de estudar a<br />

possibilidade de trazer<br />

maior autonomia e conforto<br />

para o portador de<br />

forma a melhorar a qualidade<br />

de vida, através da<br />

idealização do protótipo<br />

de um aplicador. Como<br />

resultado, obtido é possível<br />

observar que por mais<br />

que ainda seja necessária<br />

uma maior disseminação<br />

de informações a respeito<br />

da DC, os entrevistados<br />

demonstraram que é de<br />

interesse populacional<br />

a criação do aplicador<br />

automático.<br />

Palavras-chaves: Doença<br />

de Crohn, Aplicador<br />

Fármaco, Adolescentes.<br />

Abstract<br />

Crohn's Disease (CD) is<br />

considered a chronic<br />

inflammatory autoimmune<br />

disease characterized<br />

by persistent inflammation<br />

in the gastrointestinal<br />

tract, potentially affecting<br />

any part of the system from<br />

the mouth to the anus.<br />

It has no cure; therefore,<br />

treatment involves various<br />

immunosuppressants and<br />

steroids aimed at slowing<br />

down the progression of<br />

the disease. In light of this<br />

context, the search for new<br />

treatment approaches<br />

that address the needs of<br />

the disease while providing<br />

greater convenience<br />

to the patient has been<br />

a recurring theme in the<br />

scientific community.<br />

Through a literature review<br />

of articles on the topic and<br />

a survey conducted with<br />

the population using an<br />

online form, the prototype<br />

of an automatic applicator<br />

was developed. The<br />

proposal of a pharmaceutical<br />

applicator for young<br />

individuals with Crohn's<br />

Disease is a significant<br />

step in managing the disease<br />

in this demographic,<br />

as it would facilitate the<br />

administration of essential<br />

medications often required<br />

to reduce and alleviate<br />

symptoms. Additionally,<br />

automation would reduce<br />

the stress caused by<br />

conventional treatment,<br />

which would be particularly<br />

beneficial for young<br />

people with pre-existing<br />

mental health issues in this<br />

setting, providing comfort<br />

for the patient and<br />

those around them. The<br />

inspiration for this device<br />

arose from observing the<br />

efficiency and convenience<br />

of insulin pumps used<br />

by diabetic patients, with<br />

the aim of adapting this<br />

mechanism for Crohn's<br />

Disease treatment. Therefore,<br />

this study was developed<br />

with the objective<br />

of exploring the possibility<br />

of providing greater autonomy<br />

and comfort for<br />

individuals with Crohn's<br />

Disease to enhance their<br />

quality of life through the<br />

conceptualization of the<br />

applicator prototype. The<br />

results show that despite<br />

the need for further dissemination<br />

of information<br />

regarding Crohn's Disease,<br />

the respondents demonstrated<br />

a population-wide<br />

interest in the creation of<br />

the automatic applicator.<br />

Keywords: Crohn's Disease,<br />

Pharmaceutical Applicator,<br />

Adolescents.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

9


Artigo 1<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Introdução<br />

A Doença de Crohn é uma<br />

DII – Doença Inflamatória<br />

Intestinal -, que se acomete<br />

ao longo de todo o<br />

aparelho gastrintestinal,<br />

ou seja, todo aparelho<br />

digestivo da boca ao reto,<br />

mas com o íleo sendo<br />

considerado como o ponto<br />

central da infecção, a<br />

doença afeta maiormente<br />

o cólon e o intestino<br />

delgado (Imagem 1) a<br />

mesma pode se apresentar<br />

de forma fragmentada,<br />

com segmentos<br />

saudáveis e inflamados<br />

se estendendo a maior<br />

parte do órgão (NETO,<br />

DAMASCENO. 2023). A<br />

doença de Crohn (DC), é<br />

caracterizada como uma<br />

doença crônica, e sua<br />

principal causa continua<br />

desconhecida, assim<br />

como em outras doenças<br />

intestinais. Não possui<br />

uma cura, portanto o<br />

tratamento é realizado a<br />

base de medicamentos<br />

que auxiliem com o alívio<br />

dos sintomas, gerenciando<br />

o controle da inflamação<br />

para que retarde<br />

a progressão da doença<br />

(BARRETO, 2008).<br />

Imagem 1: Locais mais afetados pela DC.<br />

Fonte: Alemdii, s,d<br />

A incidência de manifestação<br />

da doença é mais<br />

comum na fase da adolescência<br />

e adulta. A inflamação<br />

diminui a integridade<br />

da mucosa epitelial prejudicando<br />

assim a função<br />

de absorção das células<br />

epiteliais. Em casos mais<br />

complexos da DC outras<br />

complicações tendem a<br />

aparecer, como por exemplo<br />

a uropatia obstrutiva.<br />

(JUNIOR, ERRANTE. 2016)<br />

A doença de Crohn, assim<br />

como outras patologias<br />

podem evoluir para<br />

demais complicações<br />

em diferentes casos e<br />

diferentes organismos,<br />

esse fato ocorre devido<br />

a fatores como a reação<br />

do corpo, os métodos de<br />

tratamentos aplicados e a<br />

falta de tratamento, esses<br />

e outros corroboram para<br />

possíveis complicações<br />

da doença. (NASCIMEN-<br />

TO, LIMA, 2021)<br />

A obstrução intestinal<br />

é a complicação mais<br />

comum da DC, ela pode<br />

surgir de um edema ou<br />

a partir da formação<br />

de tecido cicatrizado<br />

e como resultado a<br />

parede intestinal fica<br />

mais estreita e espessa.<br />

(FALKOWSKI, 2021)


O abscesso é uma bolsa<br />

de pus que é causada<br />

por uma infecção proveniente<br />

de bactérias.<br />

Normalmente, o intestino<br />

próximo está perfurado<br />

ou estenosado, resultado<br />

da obstrução intestinal.<br />

(FALKOWSKI, 2021)<br />

Existem também as fístulas<br />

que são feridas profundas<br />

dentro do trato<br />

intestinal, essas feridas<br />

se tornam canais que<br />

ligam diferentes partes<br />

do intestino. As fístulas<br />

podem também adentrar<br />

os tecidos que circundam<br />

a bexiga, vagina ou a<br />

pele. (FALKOWSKI, 2021)<br />

Outra complicação comum<br />

para os pacientes da Doença<br />

de Crohn tem a ver com<br />

a carência de nutrientes<br />

como proteínas, vitaminas<br />

e gordura. A doença normalmente<br />

afeta o intestino<br />

delgado, que é a parte<br />

que absorve a maioria dos<br />

nutrientes e essa complicação<br />

é chamada de má<br />

absorção e desnutrição.<br />

(MARTINELLI, 2021)<br />

O diagnóstico é dado através<br />

do resultado e análise<br />

de exames endoscópicos,<br />

histopatológicos, laboratoriais<br />

e radiológicos.<br />

Clinicamente os sintomas<br />

tendem a se manifestar<br />

em forma de diarreia, perdas<br />

de peso, fadiga, dores<br />

abdominais, cólicas, febre<br />

e anemias que podem<br />

acarretar o retardamento<br />

no desenvolvimento de<br />

crianças. O grau de atividade<br />

da doença, atualmente,<br />

pode ser medido através<br />

de parâmetros Harvey<br />

Bradshaw (IHB) e Diretrizes<br />

terapêuticas da Doença de<br />

Crohn e pela Crohn’s disease<br />

Activity Index (CDAI).<br />

(JUNIOR, ERRANTE. 2016)<br />

Segundo os estudos<br />

publicados pela Dra. Bruna<br />

Potássio (2012), houve<br />

um aumento significativo<br />

no número de crianças e<br />

adolescentes diagnosticados<br />

com a Doença de<br />

Crohn, fator preocupante,<br />

uma vez que ela afirma<br />

também que este público<br />

tende a ter maior probabilidade<br />

do agravamento<br />

da doença, levando em<br />

consideração que, devido<br />

as lesões acarretem uma<br />

inflamação, isso pode<br />

levar a sintomas prejudiciais<br />

a esses jovens em<br />

desenvolvimento, como<br />

anorexia, e uma deficiência<br />

no processo de absorção<br />

de nutrientes. Devido<br />

à melhor opção atual de<br />

tratamento ser a base de<br />

uma dieta entérica, ou<br />

parentérica, é evidente a<br />

necessidade do desenvolvimento<br />

de novas tecnologias<br />

que visem melhorar<br />

a qualidade de vida desses<br />

jovens que desenvolveram<br />

a doença precocemente.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

11


Artigo 1<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

É importante analisar<br />

que ao decorrer dos<br />

anos, a medicina foi se<br />

desenvolvendo mais nas<br />

ciências tecnológicas,<br />

avançando seus métodos<br />

de pesquisas, e tratamentos.<br />

É possível evidenciar<br />

esse ocorrido na<br />

pandemia do covid-19<br />

por exemplo, que perdurou<br />

de 2020 a 2023.<br />

A pandemia acarretou<br />

uma série de desenvolvimentos<br />

em diversas<br />

áreas, principalmente<br />

na saúde, uma vez que<br />

diante da necessidade<br />

passou a demonstrar<br />

mais a importância de<br />

novas técnicas e adaptações<br />

aos métodos de<br />

cuidado e interações<br />

com o paciente. Diante<br />

desse cenário, é perceptível<br />

o desenvolvimento<br />

constante de diversos<br />

mecanismos para melhor<br />

tratamento de várias<br />

doenças, transmissoras<br />

ou não, logo, é notório a<br />

necessidade de constantes<br />

inovações para que<br />

cada dia mais a tecnologia<br />

passe a se aliar com a<br />

área da saúde, trazendo<br />

assim maior abrangência<br />

aos tratamentos e doenças.<br />

(BAMBIRRA, FERLINI,<br />

MACEDO 2023).<br />

Diante disso, a bomba<br />

portátil de infusão de<br />

insulina para pacientes<br />

portadores da Diabetes<br />

Mellitus (DM) tipo 1 , foi<br />

considerado um grande<br />

avanço na medicina, pois<br />

ela trouxe uma melhor<br />

administração da diabetes,<br />

levando mais conforto<br />

e independência para<br />

os pacientes. Uma vez<br />

que o tratamento inicial<br />

anterior era a base da<br />

aplicação da insulina de<br />

forma intravenosa, sendo<br />

aplicada somente em<br />

ambientes hospitalares.<br />

Portanto, era considerado<br />

um processo traumatizante<br />

para o público mais<br />

jovem, e infantil, sendo<br />

um tratamento doloroso.<br />

Logo o equipamento foi<br />

considerado um sucesso<br />

ao priorizar afetividade,<br />

e a comodidade dos<br />

pacientes. Foi levando<br />

isso em consideração<br />

que se idealizou o protótipo<br />

do aplicador fármaco<br />

para adolescentes<br />

portadores da doença de<br />

Crohn. (FILGUEIRA 2022)<br />

De acordo com o exposto,<br />

o presente trabalho<br />

teve inspiração a bomba<br />

de infusão de insulina, o<br />

aplicador fármaco para<br />

portadores da Doença<br />

de Crohn, foi idealizado<br />

seguindo um mecanismo<br />

similar já existente<br />

na bomba de insulina,<br />

entretanto, adaptando<br />

os medicamentos para<br />

as necessidades dos<br />

pacientes portadores<br />

da DC. O aplicador tem<br />

como foco o bem-estar<br />

desses jovens, através de<br />

sua função que é melhorar<br />

a administração dos<br />

medicamentos necessários<br />

para o controle<br />

da doença, com uma<br />

aplicação automática e<br />

com doses precisas, além<br />

disso, o aparelho visa oferecer<br />

também uma maior<br />

autonomia e conforto ao<br />

tratamento, com fito de<br />

melhorar a qualidade de<br />

vida do paciente.


A metodologia utilizada<br />

na produção desse trabalho<br />

foi realizada através de<br />

uma abordagem extensa,<br />

na qual inicialmente<br />

foi realizada pesquisas<br />

bibliográficas para o<br />

embasamento teórico do<br />

estudo. Logo, na segunda<br />

parte, foi desenvolvido<br />

um formulário Google<br />

para o público com o<br />

objetivo de coletar dados<br />

e informações relevantes<br />

ao tema, todos os participantes<br />

foram anônimos e<br />

todas as questões foram<br />

utilizadas para melhor<br />

desenvolvimento do projeto.<br />

Ademais, com base<br />

nas conclusões, foi feito<br />

a criação teórica de um<br />

protótipo, no qual apresenta<br />

a ideia do tema de<br />

forma visual.<br />

O objetivo do presente<br />

trabalho é facilitar o tratamento<br />

e torna-lo mais<br />

humanizado, através da<br />

idealização de uma nova<br />

tecnologia para uso dos<br />

portadores, sendo essa<br />

tecnologia o aplicador<br />

fármaco automático para<br />

adolescentes portadores<br />

da Doença de Crohn,<br />

que oferece aplicação<br />

automática de medicamentos<br />

que podem ser<br />

personalizados de acordo<br />

com a necessidade<br />

do paciente em questão,<br />

fazendo com que o mesmo<br />

tenha maior autonomia<br />

e uma melhora na<br />

sua qualidade de vida<br />

tanto em questões de<br />

saúde quanto em relação<br />

a sua vida social. Dessa<br />

forma, objetivo também<br />

consiste em coletar informações<br />

sobre a ciência<br />

populacional acerca da<br />

temática que está diretamente<br />

relacionada a saúde<br />

pública da população.<br />

Metodologia<br />

O presente artigo foi<br />

desenvolvido a partir de<br />

uma abordagem fundamentada<br />

em uma revisão<br />

bibliográfica e leituras<br />

de pesquisas publicadas<br />

em plataformas como<br />

Google Acadêmico, SCIE-<br />

LO e Manual MSD com<br />

os seguintes descritores:<br />

Doença de Crohn, Aplicador<br />

Fármaco, Sistema<br />

imunológico, Infliximabe,<br />

Doenças autoimunes e<br />

Bomba de Infusão de<br />

Insulina. Com o propósito<br />

de compreender e coletar<br />

informações sobre a<br />

doença, suas necessidades<br />

e a possibilidade do<br />

tratamento automatizado.<br />

Além disso, a idealização<br />

do aplicador fármaco<br />

automático foi projetado<br />

com inspiração na bomba<br />

de infusão de insulina e<br />

modificado para adaptação<br />

ao tratamento da<br />

doença de Crohn, visando<br />

oferecer um design mais<br />

ergonômico, proporcionar<br />

funcionalidades e ajustes<br />

personalizados a satisfazer<br />

as necessidades do<br />

paciente, ressaltando que<br />

ele é apenas um protótipo.<br />

Para elucidar o artigo a<br />

respeito do conhecimento<br />

da população foi realizado<br />

uma pesquisa pelo<br />

Google Forms no qual<br />

compreenderam 8 perguntas,<br />

a pesquisa foi realizada<br />

de forma aleatória<br />

e voluntária, com partici-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

13


Artigo 1<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

pantes não identificados,<br />

conforme a Resolução<br />

510/2016, que diz: “pesquisa<br />

de opinião pública<br />

com participantes não<br />

identificados não necessitam<br />

de apreciação ética<br />

pelo CEP (Comitê de Ética<br />

em Pesquisa)., as quais<br />

tiveram grande importância<br />

para corroboração do<br />

tema proposto.<br />

A pesquisa foi conduzida<br />

em etapas distintas, para<br />

garantir um processo sistemático<br />

de coleta e análise<br />

de informações relevantes.<br />

A seguir, são delineadas as<br />

principais etapas da metodologia<br />

usada:<br />

I. Definição dos Descritores:<br />

A escolha dos descritores<br />

foi cuidadosamente selecionada<br />

de forma que<br />

não deixasse o estudo<br />

perder o foco, entretanto<br />

cuidando ainda para que<br />

nada de importante fosse<br />

passado despercebido.<br />

Dessa forma, a escolha<br />

foi realizada mediante<br />

uma revisão da literatura,<br />

levando em consideração<br />

a relevância e pertinência<br />

dos termos para o estudo.<br />

II. Levantamento Bibliográfico:<br />

Foi conduzida uma busca<br />

em plataformas como<br />

Google Acadêmico, SCIE-<br />

LO e Manual MSD. O objetivo<br />

foi identificar estudos<br />

e artigos científicos que<br />

abordassem os temas de<br />

interesse, garantindo uma<br />

ampla e atualizada base<br />

teórica para o trabalho.<br />

O objetivo era encontrar<br />

estudos e artigos científicos<br />

relacionados a doença<br />

de Crohn e suas alternativas<br />

de tratamento, além<br />

de compreender como era<br />

a adesão desses tratamentos<br />

pelos adolescentes.<br />

Isso foi feito para garantir<br />

que o estudo estivesse<br />

fundamentado em base<br />

teórica ampla e atualizada.<br />

III. Organização e Síntese<br />

da Informação:<br />

As informações obtidas<br />

foram organizadas de forma<br />

sistematizada, permitindo<br />

uma compreensão<br />

clara e objetiva dos artigos.<br />

Organizar os dados<br />

de forma estruturada foi<br />

importante para que houvesse<br />

uma melhor compreensão<br />

das informações<br />

obtidas a partir dos artigos<br />

que foram revisados,<br />

isso permitiu uma análise<br />

mais clara e objetiva.<br />

IV. Elaboração do Questionário<br />

Google Forms:<br />

Paralelamente à revisão<br />

bibliográfica, foi desenvolvido<br />

um questionário<br />

utilizando a plataforma<br />

Google Forms. Este instrumento<br />

consistiu em<br />

oito perguntas elaboradas<br />

com o intuito de<br />

conhecer a ciência populacional<br />

acerca do tema.<br />

V. Análise dos Dados do<br />

Questionário:<br />

As respostas obtidas foram<br />

submetidas a uma análise<br />

estatística, permitindo a


interpretação dos resultados.<br />

Os métodos estatísticos<br />

utilizados serviram<br />

para interpretar as respostas<br />

e tirar conclusões<br />

significativas em relação a<br />

perspectiva da população<br />

sobre o tema em questão.<br />

Esta metodologia proporcionou<br />

uma abordagem<br />

abrangente, possibilitando<br />

a análise crítica e a<br />

interpretação dos temas<br />

abordados, bem como a<br />

obtenção de dados práticos<br />

por meio do questionário.<br />

Dessa forma, o<br />

presente trabalho está<br />

fundamentado em uma<br />

sólida base teórica e em<br />

evidências concretas,<br />

contribuindo para uma<br />

compreensão mais aprofundada<br />

sobre o tema.<br />

Gráfico 1: Conhecimento populacional acerca da DC.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

Gráfico 2: Convívio com a DC.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

Gráfico 3: Importância do investimento em tecnologias para pacientes da DC.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

Resultados<br />

As 8 perguntas que compreenderam<br />

o formulário<br />

foram as seguintes: 1- Qual<br />

sua faixa etária? 2- Você já<br />

ouviu falar da doença de<br />

Crohn? 3- Você conhece<br />

alguém que seja portador<br />

da Doença de Crohn? 4-<br />

Você acha que é importante<br />

investir em tecnologias e<br />

dispositivos voltados para<br />

o cuidado de adolescentes<br />

portadores de doenças<br />

crônicas? 5- Você acha<br />

que dispositivos automatizados<br />

para aplicação de<br />

medicamentos podem ser<br />

benéficos para pacientes<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

15


Artigo 1<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

com condições crônicas?<br />

6- Quando se fala sobre<br />

um possível aplicador fármaco<br />

automático, surgem<br />

dúvidas e preocupações<br />

em sua mente? 7- Quais<br />

funcionalidades você acredita<br />

que seriam mais uteis<br />

para um aplicador fármaco<br />

automático? 8- Você<br />

acredita que a introdução<br />

de dispositivos automatizados<br />

para aplicação de<br />

medicamentos requer treinamento<br />

adicional para<br />

os profissionais da saúde<br />

envolvidos no cuidado<br />

dos pacientes?<br />

A análise dos dados obtidos<br />

por meio do questionário<br />

aplicado revelou<br />

informações valiosas<br />

sobre a percepção e o<br />

entendimento do público<br />

em relação à Doença<br />

de Crohn, bem como a<br />

importância de tecnologias<br />

voltadas para a<br />

melhoria da qualidade de<br />

vida dos portadores. Em<br />

relação ao conhecimento<br />

e convívio com a Doença<br />

de Crohn, foi identificado<br />

um desequilíbrio entre<br />

os respondentes, a maioria<br />

demonstrou não ter<br />

conhecimento ou convívio<br />

direto com a doença<br />

(gráfico 1 e gráfico 2),<br />

sugerindo que a informação<br />

e a conscientização<br />

sobre este tema podem<br />

ser ampliadas.<br />

Entretanto, é notável<br />

que, independentemente<br />

do nível de familiaridade<br />

com a Doença<br />

de Crohn, a maioria dos<br />

participantes expressou<br />

a convicção de que o<br />

desenvolvimento de<br />

tecnologias direcionadas<br />

à melhoria da<br />

qualidade de vida dos<br />

portadores é de grande<br />

importância (gráfico 3).<br />

Essa constatação ressalta<br />

a sensibilidade e o<br />

interesse do público em<br />

relação às necessidades<br />

e desafios enfrentados<br />

por aqueles que vivenciam<br />

a condição.<br />

A tabela 1 apresenta<br />

as funcionalidades que<br />

emergiram como as mais<br />

interessantes e promissoras<br />

de acordo com os<br />

entrevistados. Cada elemento<br />

listado representa<br />

um ponto de partida para<br />

a criação de um aplicador<br />

fármaco que não apenas<br />

otimize a administração<br />

de medicamentos, mas<br />

também contribua para<br />

a qualidade de vida e o<br />

bem-estar dos pacientes.<br />

Outro aspecto importante<br />

a ser abordado diz<br />

a respeito das dúvidas e<br />

inseguranças quando se<br />

pensa na possibilidade<br />

de automatizar o tratamento,<br />

como é demonstrado<br />

no gráfico 4. Tendo<br />

isso em mente, é importante<br />

ressaltar que para<br />

que o aplicador seja<br />

utilizado, será necessário<br />

também a capacitação<br />

de profissionais da saúde<br />

para que eles possam<br />

auxiliar os pacientes que<br />

utilizarão o aparelho,


esse treinamento foi<br />

considerado essencial de<br />

acordo com os respondentes<br />

(gráfico 5).<br />

Portanto, a análise dos<br />

dados coletados destaca<br />

não apenas a relevância<br />

da conscientização<br />

e informação sobre a<br />

Doença de Crohn, mas<br />

também a urgência em<br />

investir em pesquisas e<br />

desenvolvimentos tecnológicos<br />

que promovam<br />

uma melhor qualidade<br />

de vida para os afetados<br />

por essa condição. Esta<br />

conclusão ressalta a<br />

importância do presente<br />

estudo e seu potencial<br />

impacto na área da saúde<br />

e bem-estar dos portadores<br />

de Doença de Crohn<br />

e de outras condições<br />

similares.<br />

Tabela 1: Funcionalidades essenciais.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

Gráfico 4: Inseguranças a respeito do desenvolvimento do aplicador.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

Gráfico 5: Necessidade de treinamento adicional para profissionais.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

Discussão<br />

Conhecer a DC e suas<br />

implicações é crucial para<br />

promover uma compreensão<br />

mais ampla dessa<br />

condição, reduzindo os<br />

Gráfico 6: Faixa etária dos entrevistados.<br />

Fonte: As autoras, 2023<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

17


Artigo 1<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

estigmas associados a<br />

ela e proporcionando<br />

uma melhor qualidade<br />

de vida para os pacientes.<br />

Uma abordagem inovadora<br />

nesse contexto é<br />

seria o desenvolvimento<br />

de aplicadores fármacos<br />

voltados para esse<br />

público, os quais têm o<br />

potencial de otimizar o<br />

tratamento da DC, esses<br />

dispositivos podem<br />

proporcionar uma<br />

administração precisa e<br />

controlada de medicamentos,<br />

possibilitando<br />

uma melhor eficácia<br />

terapêutica. Além disso,<br />

a automação e a precisão<br />

oferecidas pelos aplicadores<br />

podem melhorar a<br />

adesão ao tratamento.<br />

Outro aspecto a ser abordado,<br />

se diz a respeito do<br />

aumento do número de<br />

crianças e adolescentes<br />

apresentando os sintomas<br />

da Doença de Cohn,<br />

fato preocupante uma<br />

vez que de acordo com<br />

os estudos publicados<br />

por doutores da Irmandade<br />

da Santa Casa da<br />

Misericórdia de São Paulo,<br />

o desenvolvimento da<br />

doença no público mais<br />

jovem é considerado<br />

mais grave quando se diz<br />

a respeito da evolução e<br />

apresentação. Essa realidade<br />

corrobora com a<br />

necessidade de estudos<br />

que venham a abordar<br />

tal temática.<br />

A importância do<br />

desenvolvimento de<br />

novas tecnologias que<br />

visem o bem-estar da<br />

população é de interesse<br />

geral, como mostrado<br />

no formulário,<br />

além disso segundo os<br />

estudos conduzidos por<br />

Lorenzetti (2012) e sua<br />

equipe, é necessário<br />

que a medicina esteja<br />

aliada com a tecnologia<br />

para assim utilizá-la a<br />

nosso favor. Dito isso, o<br />

presente trabalho propõe<br />

a inovação de uma<br />

tecnologia já existente,<br />

a bomba de infusão<br />

de insulina, para que a<br />

mesma possa ser adaptada<br />

e aplicada também<br />

na Doença de Cohn para<br />

atender suas necessidades<br />

e promover um<br />

aumento na qualidade<br />

de vida dos portadores.<br />

No entanto, a implementação<br />

desse mecanismo<br />

não está isenta de desafios.<br />

A segurança dos<br />

aplicadores fármacos é<br />

uma preocupação primordial,<br />

exigindo rigorosos<br />

processos desde<br />

o controle de qualidade<br />

e treinamento adequado<br />

para os profissionais<br />

de saúde e pacientes<br />

envolvidos. Além disso,<br />

os custos associados<br />

à tecnologia dos aplicadores<br />

podem ser<br />

significativos, impactando<br />

a acessibilidade<br />

e a disponibilidade para<br />

os pacientes, especialmente<br />

em regiões com<br />

recursos financeiros<br />

limitados. Deve ser considerado<br />

também que


a aceitação por parte<br />

dos pacientes e profissionais<br />

de saúde, uma<br />

vez que a introdução<br />

de novas tecnologias<br />

muitas vezes enfrenta<br />

resistência e requer um<br />

esforço educacional que<br />

mostre os benefícios<br />

clínicos para garantir a<br />

confiança e a adesão.<br />

Ademais, é valido ressaltar<br />

que mesmo a DC<br />

não sendo incomum no<br />

Brasil, ainda existe uma<br />

parcela da população<br />

que não tem o conhecimento<br />

em relação<br />

a doença, como esta<br />

explicito no gráfico 1, o<br />

número de pessoas que<br />

não sabem muito sobre<br />

a doença ou não sabem<br />

nada sobre ela totalizam<br />

juntos 66% dos<br />

entrevistados, fato que<br />

demostra a carência em<br />

informações a respeito<br />

da doença.<br />

Apesar desses desafios,<br />

os aplicadores apresentam<br />

um enorme<br />

potencial no tratamento<br />

da Doença de Crohn.<br />

Com avanços contínuos<br />

em pesquisa e desenvolvimento,<br />

é possível<br />

superar as barreiras<br />

existentes e aumentar<br />

cada vez mais os benefícios<br />

dessa tecnologia<br />

para os pacientes, proporcionando-lhes<br />

uma<br />

vida mais confortável.<br />

Portanto, investir em<br />

estudos clínicos aprofundados,<br />

educação e<br />

políticas que favoreçam<br />

o acesso a essa inovação<br />

é fundamental para<br />

explorar plenamente<br />

seu potencial.<br />

Conclusão<br />

Este estudo discutiu e<br />

enfatizou a importância<br />

de uma maior compreensão<br />

a respeito da Doença<br />

de Crohn, visando a redução<br />

de estigmas e em uma<br />

proposta inovadora para<br />

o tratamento da enfermidade<br />

especialmente<br />

para público adolescente.<br />

O aplicador fármaco<br />

automático, mesmo em<br />

fase de protótipo, oferece<br />

uma boa proposta com<br />

funções promissoras, a<br />

capacidade de administração<br />

correta e programada<br />

de medicamentos,<br />

aliada à possibilidade de<br />

automação, torna essa<br />

tecnologia uma opção<br />

atraente para adolescentes,<br />

melhorando a adesão<br />

ao tratamento.<br />

No entanto, é necessário<br />

reconhecer que estamos<br />

nos estágios iniciais<br />

dessa proposta. A segurança<br />

do dispositivo e a<br />

garantia de que atenda<br />

às necessidades específicas<br />

dos adolescentes<br />

devem ser estudadas<br />

ainda mais a fundo<br />

para garantir a melhor<br />

qualidade, sendo assim<br />

investir em pesquisas<br />

mais aprofundadas,<br />

bem como em parcerias<br />

interdisciplinares, pode<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

19


Artigo 1<br />

acelerar a evolução desse<br />

protótipo, aprimorando<br />

sua eficácia, acessibilidade<br />

e aceitação. É<br />

importante lembrar que<br />

o tratamento da doença<br />

de Crohn é individualizado<br />

e deve ser acompanhado<br />

de perto pelo<br />

médico especialista na<br />

área. O uso adequado<br />

dos medicamentos,<br />

juntamente com as<br />

mudanças no estilo de<br />

vida, como uma dieta<br />

saudável e a prática de<br />

exercícios físicos, pode<br />

ajudar a controlar os<br />

sintomas e melhorar a<br />

qualidade de vida dos<br />

pacientes. (LACERDA,<br />

ARAÚJO, 2013)<br />

te propício à inovação<br />

e para garantir que os<br />

objetivos desse mecanismo<br />

sejam alcançados,<br />

sempre visando<br />

o bem-estar e saúde<br />

dos adolescentes que<br />

enfrentam diariamente<br />

os desafios impostos<br />

pela Doença de Crohn.<br />

Referências<br />

JUNIOR, S; ERRANTE, P. Doença de Crohn: DIAGNÓSTI-<br />

CO E TRATAMENTO. ACIS. 2016, p. v. 4 n. 4 (2016) <strong>Revista</strong>s<br />

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DES DE ACESSO A MEDICINA DE QUALIDADE POR MEIO<br />

DA TECNOLOGIA. BOCA Boletim de Conjuntura. 2023.<br />

Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.<br />

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LIBÂNIO, J; FRAZÃO, K; CUNHA, M. Doença de Cronh e<br />

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em: https://rasbran.com.br/rasbran/article/view/474.<br />

Acesso em: 19 set. 2023.<br />

LORENZETTI, J. L. et al. Tecnologia, inovação tecnologica<br />

e saúde: uma reflexão necessaria. Scielo Brasil. 2012.<br />

Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64x-<br />

JVrMf5fwsBh7dnnq/. Acesso em: 8 ago. 2023.<br />

NASCIMENTO, A; LIMA, L; FALKOWSKI, L. Complicações<br />

das doenças inflamatorias intestinais. <strong>Revista</strong> Multidisciplinar<br />

em Saude. 2021. Disponível em: https://<br />

editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/<br />

view/658. Acesso em: 25 mai. 2023.<br />

NETO, G; DAMASCENO, I. Doença de Crohn e suas<br />

particularidades: uma revisão de literatura. RESEARCH,<br />

SOCIETY AND DEVELOPMENT. 2023. Disponível em:https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41923.<br />

Acesso em: 24 mai. 2023.<br />

NUNES, G. et al. Doença de Crohn. Sistemas UFD. 2017.<br />

Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/<br />

index.php/patologia/article/view/3614. Acesso em: 14<br />

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PAPACOSTA, Nicoas et al. DOENÇA DE CRONH: Um artigo<br />

de revisão. <strong>Revista</strong> de Patologia do Tocantins. 2017.<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Em resumo, o aplicador<br />

fármaco automático<br />

para adolescentes portadores<br />

da Doença de<br />

Crohn representa um<br />

grande passo na busca<br />

por melhores opções de<br />

tratamento. A divulgação<br />

e discussão sobre<br />

esse tema são cruciais<br />

para criar um ambien-<br />

NO TRATAMENTO DIABETES MELLITUS TIPO I: UMA<br />

REVISÃO INTERATIVA. FACULDADE DE ENFERMAGEM<br />

NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ. 2022. Disponível<br />

em: chrome extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://www.sistemasfacenern.com.br/repositorio/admin/uploads/arquivos/7d771e0e8f3633ab54856925ecdefc5d.pdf.<br />

Acesso em: 19 set. 2023.<br />

LACERDA, R. Eficácia dos tratamentos medicamentosos<br />

na Doença de Crohn. Repositório UFBA 2013.<br />

Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/<br />

ri/13962/1/Ramon%20Lacerda%20Ara%C3%BAjo.pdf.<br />

Acesso em: 11 jun. 2023.<br />

Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/<br />

index.php/patologia/article/view/3614. Acesso em: 18<br />

set. 2023.<br />

PROTÁSIO, B. et al. Especificidades da apresentação da<br />

doença de Crohn na infância. Scielo Brasil. 2012. Disponível<br />

em: https://www.scielo.br/j/eins/a/jF7tJxnKjG-<br />

9MrMRxYWSLXzy/?lang=pt. Acesso em: 8 ago. 2023.<br />

SARLO, R; BARRETO, C; DOMINGUES, T. Compreendendo<br />

a vivência do paciente portador da doença de<br />

Crohn. ACTA Paulista Enfermagem. 2008. Disponível<br />

em:https://www.scielo.br/j/ape/a/XcVJLJsPzfXzt-<br />

6z3hbtSdzr/?lang=pt. Acesso em: 8 ago. 2023.


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Artigo 2<br />

USO DE ESPECTROFOTOMETRIA UV-VIS<br />

NA DETERMINAÇÃO DE ESTIRENO.<br />

Autores: Fernanda Aparecida Pedrosa<br />

Graduanda do curso de Bacharelado em Biomedicina no Centro Universitário de Formiga - MG<br />

UNIFORMG. Bolsista de iniciação científica CNPq e Participante do projeto “Desenvolvimento de<br />

um método espectrofotométrico para a detecção de estireno desprendido de material plástico<br />

para bebidas diversas”.<br />

Alex Magalhães de Almeida<br />

Bacharel em Química pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU, Doutor em química analítica<br />

pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Coordenador do projeto: “Desenvolvimento<br />

de um método espectrofotométrico para a detecção de estireno desprendido de material plástico<br />

para bebidas diversas”. Professor de disciplinas de Química Analítica, Química Geral e Bioquímica<br />

no Centro Universitário de Formiga – UNIFORMG.<br />

RESUMO<br />

O estireno é um composto<br />

orgânico, líquido<br />

a temperatura ambiente,<br />

apresentando-se oleoso,<br />

incolor, de aroma<br />

levemente<br />

adocicado,<br />

inflamável e solúvel em<br />

etanol, éter e cetona. É<br />

utilizado na produção<br />

de borrachas sintéticas,<br />

látex e resinas de poliés-<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

ter. Amplamente usado<br />

na indústria automobilística<br />

e aeronáutica.<br />

Pode ser encontrado no<br />

ar, no solo e na água,<br />

pela liberação acidental<br />

durante o processo produtivo<br />

e nos efluentes,<br />

ou pela disposição inadequada<br />

de produtos<br />

à base de estireno. O<br />

estireno pode causar<br />

alterações na saúde do<br />

ser humano, caracterizadas<br />

como desordens<br />

nervosas e ou cancerígenas.<br />

Os estudos realizados<br />

até o presente<br />

momento denotam um<br />

limite para a presença<br />

do estireno no organismo<br />

humano da ordem<br />

de 20 µg/L, ingestão<br />

diária, para que as alterações<br />

na saúde sejam<br />

sentidas. Os métodos<br />

utilizados para determinar<br />

teores de estireno<br />

requerem equipamentos<br />

de cromatografia, o<br />

que tornam os procedi-


mentos dispendiosos, e<br />

the production process<br />

INTRODUÇÃO<br />

com inúmeras etapas no<br />

and in effluents, or throu-<br />

O estireno é um hidrocar-<br />

tratamento da amostra.<br />

Desenvolveu-se um procedimento<br />

de avaliação<br />

para o estireno utilizando<br />

espectrofotometria<br />

UV-VIS, pela reação de<br />

estireno com o reagente<br />

1-piridilazo-2-naftol em<br />

λ = 295nm.<br />

Palavras chave: Determinação<br />

espectrofotométrica.<br />

Composto cancerígeno.<br />

gh inadequate disposal of<br />

styrene-based products.<br />

Styrene can cause changes<br />

in human health, characterized<br />

as nervous and/<br />

or carcinogenic disorders.<br />

Studies carried out to date<br />

indicate a limit for the<br />

presence of styrene in the<br />

human body of the order<br />

of 20 µg/L, daily intake, for<br />

changes in health to be felt.<br />

The methods used to deter-<br />

boneto aromático sendo<br />

produzido no estado<br />

líquido a temperatura<br />

ambiente, é incolor e<br />

de odor característico,<br />

sendo muito utilizado na<br />

produção de borrachas,<br />

resina acrílica, resina poliéster<br />

e material polimérico<br />

como o poliestireno<br />

expandido. O Estireno<br />

possui fórmula molecular<br />

C8H8 representada estruturalmente<br />

na figura-1<br />

Reagentes cromogênico.<br />

mine styrene levels require<br />

a seguir, onde pode ser<br />

chromatography<br />

equip-<br />

visto o anel benzênico<br />

ABSTRACT<br />

ment, which makes the<br />

e a região onde ocorre a<br />

Styrene is an organic<br />

compound, liquid at room<br />

temperature, oily, colorless,<br />

with a slightly sweet aroma,<br />

flammable and soluble in<br />

ethanol, ether and ketone.<br />

It is used in the production<br />

of synthetic rubbers, latex<br />

and polyester resins. Widely<br />

used in the automobile<br />

and aeronautical industry.<br />

It can be found in the air,<br />

soil and water, through<br />

accidental release during<br />

procedures expensive, with<br />

numerous steps in sample<br />

treatment. An evaluation<br />

procedure was developed<br />

for the styrene using UV-VIS<br />

spectrophotometry, by<br />

reacting styrene with reagent<br />

1-pyridylazo-2-naphthol<br />

at λ = 295nm.<br />

Keywords: Spectrophotometric<br />

determination.<br />

Carcinogenic compound.<br />

Chromogenic reagents.<br />

instabilidade eletrônica,<br />

que permite a formação<br />

de polímeros. A IUPAC<br />

(International Union of<br />

Pure and Applied Chemistry)<br />

nomeia o composto<br />

como estireno, no<br />

entanto pode-se encontrar<br />

outras denominações<br />

(usuais) tais como:<br />

vinilbenzeno, estirol, etenilbenzeno,<br />

fenetileno,<br />

fenileteno. (BIASOTTO<br />

MANO, LOPES DIAS e OLI-<br />

VEIRA, 2004)<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

23


Artigo 2<br />

O estireno em temperatu-<br />

Sendo o estireno muito<br />

ra ambiente, se apresenta<br />

como um líquido de<br />

aspecto oleoso incolor,<br />

de odor adocicado, inflamável<br />

e volátil; solúvel<br />

em álcool, éter e acetona<br />

(OGA, CAMARGO e BATIS-<br />

TUZZO, 2021). É um dos<br />

reagentes monoméricos<br />

de maior importância na<br />

produção de polímeros<br />

e copolímeros, e atinge<br />

grandes volumes de produção<br />

em todo o mundo,<br />

dada à imensa variedade<br />

de seus derivados.<br />

Figura-1: Fórmula estrutural da molécula<br />

de estireno<br />

Fonte: Elaborada pelos autores com base<br />

na literatura.<br />

gir 3,5 MPa (CANEVAROLO<br />

e SEBASTIÃO, 2002; LIMA,<br />

2016). Em geral, a desidrogenação<br />

é um processo<br />

endotérmico que necessita<br />

de alta temperatura para a<br />

obtenção de boas conversões.<br />

São restritos aos processos<br />

em que reagentes<br />

empregado em diversos<br />

setores da vida humana,<br />

vem sendo estudado,<br />

pois o mesmo, é responsável<br />

por distúrbios na<br />

saúde das pessoas. Estas<br />

perturbações<br />

podem<br />

ocorrer no sistema nervoso<br />

(YAMAMOTO et al.<br />

2016), onde as pessoas<br />

sentem os efeitos no<br />

sistema nervoso central<br />

com as seguintes características:<br />

diminuição<br />

da discriminação de<br />

A forma mais utilizada para<br />

obter estireno é a desidrogenação<br />

catalítica do etilbenzeno<br />

na presença de<br />

vapor d'água. Os processos<br />

de desidrogenação são<br />

utilizados, em geral, para<br />

converter hidrocarbonetos<br />

saturados em compostos<br />

aromáticos através de<br />

e produtos possuam estabilidade<br />

térmica. Durante<br />

esses processos existe um<br />

forte controle dos materiais<br />

utilizados na produção,<br />

sendo que o processo de<br />

desidrogenação do etilbenzeno<br />

tem-se como reação<br />

principal, a equação-1<br />

exibida a seguir:<br />

cores, efeitos vestibulares,<br />

deficiência auditiva,<br />

“sensação de embriaguez”,<br />

cansaço, atrasos<br />

no tempo de reação e<br />

problemas de concentração.<br />

De acordo com<br />

a Agência Internacional<br />

de Pesquisa em Cân-<br />

indústrias com reatores em<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

série do tipo leito catalítico<br />

que operam na faixa de<br />

430-530ºC de temperatura<br />

e pressões que podem atin-<br />

Equação-1: Reação de desidrogenação do etilbenzeno, sendo convertido para estireno.<br />

Fonte: Elaborada pelos autores a partir de MORRISON e BOYD, 2002; ARAÚJO, 2010.


cer (IARC), o estireno é<br />

ÇALVES, 2014; ADOLFO<br />

utilizou-se de reagentes<br />

classificado como um<br />

LUTZ, 2008; ANTUNES,<br />

com qualidade P. A. ou<br />

provável agente cance-<br />

PATUZZI e LINDEN, 2008;<br />

superior, e em todas<br />

rígeno para o ser huma-<br />

YAMAMOTO et al. 2016<br />

as diluições e soluções<br />

no, sendo colocado no<br />

e AMORIM, 2019), que<br />

empregou-se<br />

água<br />

Grupo 2A, com base em<br />

são métodos eficientes,<br />

deionizada.<br />

evidência de carcino-<br />

porém bastante dispen-<br />

genicidade limitada em<br />

diosos e que exigem<br />

Verificou-se inicialmen-<br />

seres humanos (leuce-<br />

muitas etapas de pre-<br />

te a possibilidade de<br />

mias e linfomas) e com<br />

paração das amostras.<br />

reação do estireno com<br />

suficiente evidência em<br />

O presente trabalho<br />

alguns compostos cro-<br />

animais de experimen-<br />

utilizou da reação entre<br />

mogênicos, sendo esses<br />

tação (GAMEIRO, 2016;<br />

o complexante 1-piri-<br />

solubilizados em etanol<br />

OTTEQUIR, 2022).<br />

dilazo-2-naftol com o<br />

ou água deionizada.<br />

estireno, obtendo resul-<br />

Os reagentes avaliados<br />

O fato do estireno ser<br />

tados satisfatórios em<br />

foram a 8-hidroxiqui-<br />

amplamente<br />

utilizado<br />

295 nm. Foram também<br />

nolina, α-benzoiloxima,<br />

em diversos setores da<br />

estudadas as condições<br />

1-piridilazo-2-naftol,<br />

atividade humana, e<br />

de temperatura e con-<br />

azul de bromotimol,<br />

pelo fato de suas impli-<br />

centração dos reagen-<br />

vermelho do congo, 4,<br />

cações na saúde das<br />

tes, visando uma meto-<br />

2-piridilazo<br />

resorcinol,<br />

pessoas, faz-se necessá-<br />

dologia analítica para a<br />

difeniltiocarbazona,<br />

rio a existência de méto-<br />

determinação de estire-<br />

alizarina sódica e 1,<br />

dos de monitoramento<br />

no utilizando espectro-<br />

10-fenantrolina,<br />

sendo<br />

e detecção eficientes,<br />

fotometria UV-VIS.<br />

que todos foram pre-<br />

e de fácil execução.<br />

parados aferindo-se 0,1<br />

Atualmente determina-<br />

-se compostos com o<br />

estireno com o uso de<br />

cromatografia (GON-<br />

MATERIAIS E MÉTO-<br />

DOS<br />

Em todos os procedimentos<br />

experimentais<br />

grama da substância<br />

solubilizada em 100 mL<br />

de solvente (água ou<br />

etanol). A solução de<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

25


Artigo 2<br />

estireno foi preparada<br />

detecção, efetuando na<br />

cedimentos de leitura<br />

na concentração de 0,1<br />

sequencia os estudos<br />

para o estireno.<br />

mol/L da substância,<br />

com materiais plásticos.<br />

utilizando etanol como<br />

As garrafas foram pre-<br />

solvente.<br />

Foram realizados ensaios<br />

enchidas com agua<br />

em copos plásticos, de 50<br />

deionizada e colocadas<br />

Os compostos que apre-<br />

mL, usados para tomar<br />

em banhos térmicos<br />

sentaram uma reação<br />

café, e em garrafas plásti-<br />

ajustados nas seguintes<br />

efetiva, ou seja, uma<br />

cas, de 500 mL, utilizadas<br />

temperaturas: 24ºC, 40ºC<br />

alteração de cor eviden-<br />

na comercialização de<br />

e 60ºC, sendo cada caso<br />

te, foram submetidos a<br />

sucos. O experimento<br />

observado em triplicata<br />

varredura por espectro-<br />

consistiu em preencher o<br />

por 10, 30 e 60 minutos.<br />

fotometria UV-VIS, entre<br />

conteúdo dos recipientes<br />

os comprimentos de<br />

com água deionizada, e<br />

Para a realização das lei-<br />

onda de 280 a 700 nm.<br />

deixar o líquido em con-<br />

turas colocou-se 2,0 mL<br />

O composto coordenado<br />

tato com o recipiente em<br />

de cada água para reagir<br />

que apresentou melhor<br />

intervalos de tempo e<br />

com 1,0 mL da solução<br />

distinção entre a presen-<br />

temperaturas definidas.<br />

do reagente cromogêni-<br />

ça e ausência do estireno,<br />

co, em um balão volumé-<br />

teve suas condições estu-<br />

No ensaio com os copos<br />

trico de 50,0 mL, que teve<br />

dadas quanto a tempera-<br />

plásticos,<br />

empregou-se<br />

seu volume completado<br />

tura e concentração dos<br />

o volume máximo do<br />

com etanol.<br />

reagentes envolvidos.<br />

recipiente, preenchendo<br />

com água nas seguintes<br />

As leituras foram realiza-<br />

Tendo-se<br />

estudado<br />

temperaturas: 15ºC, 24ºC<br />

das em um espectrofo-<br />

as condições citadas<br />

e 40ºC, sendo cada caso<br />

tômetro UV-VIS mono-<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

confeccionou-se uma<br />

curva de calibração,<br />

verificando-se os limites<br />

de quantificação e<br />

observado em triplicata<br />

por 10, 30 e 60 minutos.<br />

Após os tempos definidos,<br />

realizou-se os pro-<br />

canal, em comprimento<br />

de onda ajustado conforme<br />

os estudos efetuados<br />

anteriormente.


RESULTADOS E DISCUS-<br />

SÃO<br />

Dentre todos os reagentes<br />

cromogênicos<br />

avaliados, o que melhor<br />

evidenciou a formação<br />

de um composto dife-<br />

Figura-2: Estudo espectrofotométrico do composto estireno na presença do reagente<br />

1-piridilazo-2-naftol.<br />

Fonte: Elaborada pelos autores<br />

renciado na presença<br />

do estireno, foi o 1-piridilazo-2-naftol<br />

(PAN). O<br />

composto formado, ao<br />

ser submetido a análise<br />

espectrofotométrica<br />

revelou um comprimento<br />

de onda característico,<br />

na região de 295<br />

nm, conforme pode ser<br />

verificado na figura-2.<br />

Apesar do comprimen-<br />

Figura-3: Curva de calibração utilizada na detecção e determinação de estireno<br />

desprendido de material plástico.<br />

Fonte: Elaborada pelos autores<br />

to de onda ocorrer na<br />

região do ultravioleta,<br />

este permitiu a medida<br />

do complexo formado e<br />

a quantificação do teor<br />

de estireno nas condições<br />

estudadas.<br />

Tabela-1: Valores de concentração de estireno medidos em diversas temperaturas<br />

e diferentes tempos de contato do líquido com as paredes internas do recipiente,<br />

no caso os copos de café.<br />

Amostras de Tempo de contato no Temperatura Concentração do<br />

copos<br />

experimento (min)<br />

de contato (ºC)<br />

Estireno (mmol/L)<br />

Grupo 1 10 15 0,634<br />

Grupo 2 10 24 0,769<br />

Grupo 3 40 24 0,783<br />

Grupo 4 10 40 0,707<br />

Grupo 5 30 40 1,029<br />

Nas condições estudadas<br />

preparou-se soluções de<br />

estireno em diferentes<br />

Grupo 6 60 40 1,161<br />

Grupo 7 10 60 0,377<br />

Grupo 8 30 60 0,469<br />

Grupo 9 60 60 0,750<br />

Fonte: Elaborada pelos autores<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

27


Artigo 2<br />

valores de concentração<br />

e procedeu-se a adição<br />

da solução de PAN, rea-<br />

Tabela-2: Valores de concentração de estireno medidos em diversas temperaturas<br />

e diferentes tempos de contato do líquido com as paredes internas do recipiente,<br />

no caso as garrafas plásticas.<br />

Amostras<br />

garrafas<br />

de<br />

Tempo de contato no<br />

experimento (min)<br />

Temperatura<br />

de contato (ºC)<br />

Concentração do<br />

Estireno (mmol/L)<br />

lizando na sequência<br />

a leitura na região de<br />

295 nm. Os resultados<br />

Grupo 1 10 40 0,190<br />

Grupo 2 30 40 0,384<br />

Grupo 3 60 40 0,438<br />

Grupo 4 10 60 0,388<br />

Grupo 5 30 60 0,476<br />

permitiram a confecção<br />

da curva de calibração<br />

Grupo 6 60 60 0,529<br />

Fonte: Elaborada pelos autores<br />

com as seguintes características:<br />

é linear até 2<br />

mmol/L, apresentando<br />

um limite de detecção<br />

de 0,01 mmol/L e um<br />

limite de quantificação<br />

0,02 mmol/L, como<br />

pode ser observado na<br />

figura-3.<br />

são os comumente disponibilizados<br />

para tomar<br />

café, apresentando uma<br />

estrutura de aspecto<br />

frágil. Esses copos foram<br />

divididos em grupos,<br />

onde os fatores temperatura<br />

e tempo auxiliam<br />

Os resultados obtidos<br />

para as garrafas plásticas,<br />

que apresentavam<br />

uma densidade maior<br />

em relação aos copos,<br />

também indicam um<br />

aumento no desprendimento<br />

de estireno,<br />

28<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Devido ao fato do estireno<br />

ser miscível com<br />

etanol e solventes orgânicos,<br />

todos os estudos<br />

foram conduzidos em<br />

meio alcoólico, incluindo-se<br />

o estudo de águas<br />

em recipientes plásticos<br />

que foram submetidas<br />

a temperaturas diferenciadas.<br />

Salienta-se que<br />

os copos aqui utilizados,<br />

no entendimento do<br />

desprendimento<br />

de<br />

estireno. O estudo com<br />

copos plásticos, evidenciou<br />

que o aumento de<br />

temperatura em função<br />

do tempo, contado em<br />

minutos, favorece o desprendimento<br />

de estireno<br />

da parede interna<br />

do recipiente, conforme<br />

pode ser verificado na<br />

tabela-1.<br />

quando o tempo de<br />

contato é estendido<br />

numa dada temperatura,<br />

como pode ser<br />

visualizado na tabela-2.<br />

Este aspecto gerou a<br />

questão de que o tempo<br />

de contato favorece o<br />

desprendimento, e para<br />

verificar tal possibilidade,<br />

realizou-se após dois<br />

dias, a determinação de<br />

estireno para o grupo


de garrafas submetido<br />

-se também que os pro-<br />

ARAÚJO, C. L., Polimerização Radicalar Controlada de<br />

a temperatura de 60ºC,<br />

cedimentos<br />

adotados<br />

Estireno com AlfametilEstireno e Metacrilato de Metila<br />

verificando que o valor<br />

no processamento das<br />

Mediada por Nitróxido em Reator Tubular, Dissertação<br />

de concentração do esti-<br />

amostras não impedem<br />

de M.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, 2010.<br />

reno passou de 0,529<br />

a sua execução em labo-<br />

YAMAMOTO, P. A., MORAES, N. V., SILVA, V. P. e LEPERA, J. S..<br />

para 0,580 mmol/L, ape-<br />

ratórios de análise ou<br />

Análise simultânea dos indicadores biológicos de exposi-<br />

sar de ser um pequeno<br />

controle de qualidade.<br />

ção aos solventes etilbenzeno, estireno, tolueno e xileno<br />

aumento, denota que o<br />

na urina por CLAE-UV. Química Nova, Vol. 39, Nº 9, 2016.<br />

desprendimento<br />

pode<br />

AGRADECIMENTOS<br />

GAMREIRO, R. A.. Modelos de Avaliação de Neurotoxi-<br />

ser continuo. Esse mesmo<br />

grupo de garrafas<br />

sofreu uma nova determinação<br />

após 60 dias,<br />

e o resultado de 1,057<br />

mmol/L confirma a suspeita<br />

inicial.<br />

CONCLUSÃO<br />

O trabalho realizado<br />

visando a determinação<br />

de estireno, prova que é<br />

possível realizar a quantificação<br />

do analito, utilizando<br />

espectrofotometria<br />

UV-VIS, sendo que o<br />

procedimento proposto<br />

apresenta baixo custo<br />

para sua execução, e um<br />

pequeno número de etapas<br />

analíticas. Salienta-<br />

Os autores agradecem<br />

ao Centro Universitário<br />

de Formiga UNIFOR-MG,<br />

pela disponibilização de<br />

equipamentos e pelo<br />

uso dos laboratórios, e<br />

ao CNPq pela bolsa concedida<br />

a discente participante<br />

do projeto.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS<br />

BIASOTTO MANO, E.; LOPES DIAS, M. e OLIVEIRA, C. M.<br />

F.. Química Experimental de polímeros. Editora: Edgard<br />

Blücher, 1ª edição, São Paulo, 2004.<br />

OGA, S.; CAMARGO, M.M.A; BATISTUZZO, J.A.O.. Fundamentos<br />

de Toxicologia. 5ª edição. São Paulo: Atheneu Editora, 2021.<br />

CANEVAROLO Jr.; SEBASTIÃO, V. Ciência dos polímeros:<br />

um texto básico para tecnólogos e engenheiros. - São<br />

Paulo: Artliber Editora, 2002.<br />

MORRISON, R. T.; BOYD, R, N, Organic Chemistry Sixth<br />

Edition, Editora Pretince-Hall, Nova Delfia, 2002.<br />

cidade. Dissertação de Mestrado. Instituto Superior de<br />

Ciências da Saúde Egas Moniz. Rio de Janeiro, 2016.<br />

OTTEQUIR, F.. Bisfenol a em alimentos e embalagens de<br />

alimentos - uma revisão narrativa. Trabalho de conclusão<br />

de curso, Universidade Federal de Santa Catarina<br />

– Florianópolis, 2022.<br />

GONÇALVES, C. M.. Determinação do potencial de<br />

migração de embalagens plásticas para alimentos.<br />

Universidade Federal do Pampa – Bagé, 2014.<br />

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Capítulo XIV – Embalagens e<br />

Equipamentos em contato com alimentos. In: Métodos<br />

Físicos Químicos para análises de alimentos, 1ª ed. Digital/<br />

coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e<br />

Paulo Tiglea – São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.<br />

ANTUNES, M. V.; PATUZZI, A. L. M. e LINDEN, R.. Determinação<br />

simultânea de creatinina e indicadores biológicos<br />

de exposição ao tolueno, estireno e xileno em urina<br />

por cromatografia liquida de alta eficiência. Quimica<br />

Nova, Vol. 31, Nº 7, 2008.<br />

AMORIM, A. F. V.. Química Métodos Cromatográficos.<br />

1ª <strong>Edição</strong>, Editora da Universidade Estadual do Ceará –<br />

EdUECE, Fortaleza, 2019.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

29


Matéria de Capa<br />

Cultura Celular 3D: Um Novo Horizonte<br />

na Pesquisa Biomédica<br />

A cultura celular é uma técnica fundamental<br />

na biologia, permitindo<br />

que cientistas estudem o comportamento<br />

das células fora do corpo<br />

humano. Tradicionalmente,<br />

essas<br />

células são cultivadas em superfícies<br />

planas (2D). No entanto, nos últimos<br />

anos, a cultura celular tridimensional<br />

(3D) tem emergido como uma alternativa<br />

mais avançada, oferecendo<br />

uma representação mais fiel das<br />

interações celulares e do microambiente<br />

que as células encontram<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Esferoides e organoides são<br />

dentro dos tecidos vivos.<br />

heterogeneidade celular. [1] auto-organização e autorregene-<br />

exemplos de modelos formados<br />

Essa técnica inovadora tem revolucionado<br />

a pesquisa biomédica,<br />

através da cultura celular 3D.<br />

Entenda a diferença:<br />

fornecendo insights mais precisos<br />

e aplicações amplas em diversas<br />

áreas da saúde como estudos de<br />

Esferoides: são agregados celulares<br />

com baixa complexidade<br />

câncer, descoberta de novas terapias<br />

estrutural, caracterizados pela<br />

e toxicologia.<br />

ausência de múltiplos tipos<br />

celulares e componentes normalmente<br />

As metodologias de cultura celular<br />

3D permitem estudar amostras encontrados no ambiente<br />

tecidual natural. [2]<br />

mais relevantes fisiologicamente,<br />

replicando características do<br />

tecido original, como morfologia,<br />

Organoides: são estruturas 3D formadas<br />

a partir de células primárias,<br />

diferenciação, polaridade, taxa de embrionárias ou células-tronco<br />

proliferação, expressão gênica e pluripotentes, com capacidade de<br />

ração, que reproduzem funcionalidades<br />

similares às encontradas no<br />

tecido original. [3]<br />

CARACTERÍSTICAS DOS ESFEROI-<br />

DES E ORGANOIDES<br />

Conheça as principais características<br />

presentes em esferoides<br />

e organoides que resultam em<br />

comportamentos celulares mais<br />

realistas e relevantes para as pesquisas<br />

biomédicas:<br />

• Interações celulares:<br />

A disposição tridimensional das<br />

células permite interações mais<br />

naturais, estimulando a expressão


Matéria de Capa<br />

de E-caderinas na superfície celular,<br />

oxigênio, pH e componentes solú-<br />

- Modelagem de Doenças: organoi-<br />

o que promove a adesão célula-cé-<br />

veis, como nutrientes e moléculas<br />

des são usados para estudar doen-<br />

lula e torna a estrutura mais com-<br />

efetoras, graças à disposição tridi-<br />

ças humanas de forma detalhada,<br />

pacta. A presença de outros tipos<br />

mensional das células e à presença<br />

permitindo a observação de proces-<br />

celulares, como células estromais e<br />

de MEC. Esses gradientes afetam<br />

sos patológicos em um ambiente<br />

células imunes, enriquece o modelo,<br />

permitindo a interações complexas<br />

e representativas através da<br />

secreção de fatores de crescimento,<br />

moléculas de sinalização ou outras<br />

substâncias, apresentando maior<br />

o comportamento celular, como<br />

motilidade, migração e sinalização<br />

e em caso de modelos de tumores<br />

pequenos e avasculares, é possível<br />

reproduzir um núcleo hipóxico. [3]<br />

controlado. Isso inclui estudos sobre<br />

doenças neurodegenerativas, fibrose<br />

cística e infecções virais.<br />

- Testes de Fármacos: modelos 3D<br />

são ideais para triagem de novos<br />

representatividade in vitro. [5]<br />

• Matriz extracelular (MEC):<br />

APLICAÇÕES MAIS UTILIZADAS<br />

EM CULTURA CELULAR 3D<br />

medicamentos, oferecendo uma<br />

plataforma robusta para o desenvolvimento<br />

de terapias personali-<br />

A MEC é essencial para regular atividades<br />

celulares como proliferação,<br />

diferenciação, migração, adesão e<br />

sobrevivência. Ela oferece suporte<br />

estrutural e bioquímico às células,<br />

sendo composta por colágeno,<br />

elastina, glicoproteínas, glicosaminoglicanos<br />

e proteoglicanos, além<br />

de ser uma fonte de componentes<br />

bioquímicos, contendo fatores de<br />

Devido à capacidade de replicar a<br />

heterogeneidade e complexidade<br />

dos tecidos humanos, os modelos<br />

3D têm sido explorados em diversas<br />

aplicações, a quais abrangem desde a<br />

pesquisa básica até o desenvolvimento<br />

clínico. Além disso, a cultura celular<br />

3D é uma alternativa ética ao uso e<br />

dependência de modelos animais.<br />

zadas. Eles replicam melhor a resistência<br />

e a eficácia dos tratamentos<br />

em comparação com culturas 2D,<br />

sendo especialmente relevante em<br />

oncologia. Nestes casos, a resposta<br />

do tumor a diferentes terapias pode<br />

ser avaliada com maior precisão,<br />

uma vez que se replica diferentes<br />

regiões de um tumor devido a variações<br />

na distribuição de oxigênio ou<br />

crescimento, enzimas e inibidores<br />

secretados pelas células. A composição<br />

da MEC varia conforme o tecido,<br />

e alterações nessa composição<br />

estão frequentemente associadas a<br />

condições patológicas .[4]<br />

• Gradientes de Concentração:<br />

Embora os testes em animais ainda<br />

sejam uma parte crucial da pesquisa<br />

biomédica, as culturas 3D oferecem<br />

uma alternativa acessível e<br />

potencialmente mais precisa, já que<br />

replicam as condições humanas de<br />

forma mais direta.<br />

na acessibilidade a medicamentos.<br />

- Medicina Regenerativa e Engenharia<br />

de Tecidos: A cultura 3D<br />

é fundamental para a criação de<br />

tecidos artificiais que podem ser<br />

usados para reparar ou substituir<br />

tecidos danificados. Pesquisas<br />

Assim como nos tecidos, esferoides<br />

e organoides podem reproduzir<br />

gradientes de concentração de<br />

Confira algumas das principais<br />

áreas de aplicação:<br />

com organoides têm explorado<br />

o potencial para regeneração de<br />

órgãos inteiros no futuro.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

31


Matéria de Capa<br />

- Personalização e Medicina de<br />

Precisão: organoides derivados<br />

de células de pacientes estão<br />

sendo cada vez mais utilizados na<br />

medicina de precisão para testar<br />

a eficácia de terapias específicas,<br />

permitindo tratamentos personalizados<br />

baseados nas características<br />

individuais do paciente.<br />

- Toxicologia e Segurança: A cultura<br />

3D é usada para testar a toxicidade<br />

de novos compostos químicos e farmacêuticos<br />

de forma mais eficiente<br />

e ética, proporcionando dados mais<br />

relevantes para a saúde humana do<br />

que os métodos tradicionais.<br />

O PAPEL DA GREINER BIO-ONE NO<br />

AVANÇO DA CULTURA CELULAR 3D<br />

configurações de membrana, esses<br />

insertos permitem realizar ensaios<br />

de migração e invasão, cocultivo,<br />

estudos de transporte/absorção de<br />

substâncias através de um epitélio,<br />

além do estabelecimento de culturas<br />

organotípicas, como a pele.<br />

Produtos Cell-Repellent: frascos<br />

e placas com tratamento de<br />

superfície que impede a adesão<br />

celular, promovendo a formação de<br />

esferoides celulares. Esses produtos<br />

podem ser utilizados para a cultura<br />

de células aderentes e semiaderentes<br />

em suspensão, além de contribuir<br />

para a formação de estruturas<br />

3D com diferentes metodologias,<br />

uma vez que possui placas de poços<br />

com fundos planos e redondos.<br />

humanas. Com modelos como<br />

esferoides e organoides, cientistas<br />

são capazes de explorar o comportamento<br />

celular e as respostas<br />

a tratamentos em um ambiente<br />

que reflete melhor a complexidade<br />

dos tecidos vivos. À medida que<br />

a tecnologia avança, a cultura 3D<br />

continuará a desempenhar um<br />

papel crucial no desenvolvimento<br />

de terapias inovadoras e no aprimoramento<br />

do conhecimento sobre a<br />

biologia humana.<br />

REFERÊNCIAS:<br />

1. KOLEDOVA, Z. (ED.). 3D Cell Culture: Methods and<br />

Protocols. New York, NY: Springer New York, 2017. v. 1612<br />

2. GUNTI, S. et al. Organoid and Spheroid Tumor<br />

Models: Techniques and Applications. Cancers, v. 13, n.<br />

4, p. 874, 19 fev. 2021.<br />

3. LANGHANS, S. A. Three-Dimensional in Vitro Cell Culture<br />

Models in Drug Discovery and Drug Repositioning.<br />

Como especialistas no desenvolvi-<br />

Cultura Celular 3D Magnética<br />

Frontiers in Pharmacology, v. 9, p. 6, 23 jan. 2018.<br />

mento, produção e distribuição de<br />

(m3D): tecnologia exclusiva que for-<br />

4. COSTA, E. C. et al. 3D tumor spheroids: an overview on<br />

produtos plásticos para laboratórios,<br />

hospitais, universidades, institutos<br />

de pesquisa e empresas dos<br />

setores diagnóstico, farmacêutico<br />

e biotecnológico, a Greiner Bio-One<br />

ma esferoides e organoides de forma<br />

fácil e rápida através da magnetização<br />

celular e o uso de forças magnéticas.<br />

Disponível em versões de 6 a 1536<br />

poços, essa metodologia oferece a<br />

the tools and techniques used for their analysis. Biotechnology<br />

Advances, v. 34, n. 8, p. 1427–1441, dez. 2016.<br />

5. JENSEN, C.; TENG, Y. Is It Time to Start Transitioning<br />

From 2D to 3D Cell Culture? Frontiers in Molecular<br />

Biosciences, v. 7, p. 33, 6 mar. 2020.<br />

oferece três principais tecnologias<br />

de alta qualidade para o estabelecimento<br />

de culturas celulares 3D:<br />

Insertos ThinCert®: suportes com<br />

praticidade de trabalhar com amostras<br />

representativas e sem preocupação.<br />

CONCLUSÃO<br />

A cultura celular 3D representa uma<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com<br />

uma membrana porosa na base,<br />

evolução significativa na pesquisa<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

que criam uma compartimentalização<br />

dupla nos poços da placa de<br />

cultura. Disponíveis em diferentes<br />

biomédica, oferecendo uma ferramenta<br />

poderosa para estudos mais<br />

realistas e aplicáveis às condições


Química no Meio Ambiente<br />

BATERIA DE LÍTIO E O CARRO ELÉTRICO<br />

As mudanças climáticas<br />

que hoje são uma malfadada<br />

realidade, tem por<br />

um dos principais vilões,<br />

os automóveis movidos a<br />

combustível fóssil.<br />

A queima destes combustíveis<br />

como gasolina<br />

e óleo diesel, realmente<br />

geram uma quantidade<br />

Dentre as soluções encontradas<br />

para minoração do<br />

problema passou pelos<br />

combustíveis alternativos,<br />

o nosso etanol por exemplo,<br />

carros híbridos, com<br />

bateria e ainda combustível<br />

líquido, até o que parece<br />

ser o ideal para o meio<br />

ambiente: “o carro movido<br />

a eletricidade de bateria”.<br />

ou seja, não há muito em<br />

todo lugar do mundo.<br />

Países como: Estados<br />

Unidos, Australia, China,<br />

Chile, Bolívia, Brasil,<br />

Argentina, dentre outros<br />

possuem grandes quantidades.<br />

Sendo as maiores<br />

jazidas conhecidas hoje<br />

na Austrália e China.<br />

exagerada de dióxido de<br />

carbono no ar no mundo<br />

inteiro, todos os dias, isto<br />

já há mais de um século.<br />

A tecnologia empregada<br />

nos motores cresceu muito,<br />

mas não conseguiu<br />

Olhando apenas no sentido<br />

que não haverá queima<br />

de combustível, fica<br />

notório que a solução é a<br />

ideal, pois a poluição do<br />

ar com um carro elétrico<br />

é praticamente nada.<br />

A bateria de lítio que<br />

hoje também é encontrada<br />

em aparelhos eletrônicos,<br />

como celulares<br />

por exemplo, possui a<br />

grande vantagem de<br />

poder ser recarregada.<br />

34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

suplantar o aumento<br />

exponencial da quantidade<br />

de automóveis.<br />

Resumindo, os automóveis<br />

estão gerando comparativamente<br />

ao século<br />

XX menos poluentes em<br />

quantidade, mas o número<br />

de carros aumentou<br />

tanto, que a tecnologia<br />

não conseguiu amenizar<br />

o problema.<br />

Nesta etapa do século<br />

XXI, o carro elétrico preponderante<br />

é movido a<br />

bateria de lítio.<br />

O lítio, pouco falado na<br />

mídia para outros assuntos<br />

que não baterias, é<br />

um metal encontrado no<br />

planeta todo, porém sua<br />

incidência em grandes<br />

quantidades é esparsa,<br />

O problema de um carro<br />

a bateria é sua autonomia,<br />

além claro, de que<br />

o proprietário precisa<br />

ter como recarregar a<br />

bateria em casa.<br />

Mas, fica a questão:<br />

-Nunca teremos problemas<br />

ambientais se<br />

optarmos pelo lítio?<br />

Realmente é o ideal?


Quanto a poluição do<br />

ar e aquecimento global<br />

devido ao gás carbônico,<br />

teremos uma<br />

mudança extremamente<br />

significativa.<br />

Porém, a exploração de<br />

lítio não é algo que o<br />

meio ambiente não sofra<br />

interferência, e principalmente,<br />

não vá sofrer as<br />

consequências se a produção<br />

ficar desenfreada.<br />

O trabalho de exploração<br />

nas jazidas demandam<br />

uma grande quantidade<br />

de água próxima.<br />

Problema considerável,<br />

pois a mudança gerada<br />

no ambiente é drástica<br />

e com o grande volume<br />

de água necessário,<br />

o entorno de onde se<br />

produz o lítio pode ficar<br />

refém da falta de água.<br />

A falta de água inviabiliza<br />

a produção, portanto, a<br />

prioridade seria da produção<br />

de lítio em detrimento<br />

até a vida humana,<br />

animal e vegetal.<br />

Isto geraria forçosamente<br />

um abastecimento de<br />

água exclusivo para este<br />

tipo de empreendimento<br />

e outro para as demais<br />

necessidades.<br />

Também, não podemos<br />

esquecer da reciclagem<br />

das baterias.<br />

Hoje, o número de carros<br />

elétricos a bateria de lítio,<br />

não ofusca a quantidade<br />

de automóveis movidos<br />

a queima de combustível.<br />

Porém, faz-se necessário<br />

um cálculo muito<br />

bem-feito, levando em<br />

conta o máximo de variáveis<br />

possíveis, quando<br />

chegarmos ao ponto,<br />

como alguns desejam,<br />

de todos os automóveis<br />

serem movidos a bateria.<br />

Química no Meio Ambiente<br />

Senão, corremos o risco de<br />

presenciar algo parecido<br />

como o que temos hoje.<br />

Quando surgiu o automóvel<br />

com combustível<br />

fóssil, nem passou pela<br />

cabeça dos idealizadores,<br />

que este tipo de motor<br />

do século XIX, perdurasse<br />

até hoje, gerasse esta<br />

quantidade de poluentes<br />

e acabasse por alterar a<br />

normalidade do clima, se<br />

assim podemos dizer; a<br />

ponto de corrermos para<br />

não perder o modo salutar<br />

de viver neste mundo.<br />

Não podemos resolver um<br />

problema imediato, sem<br />

medir a consequência que<br />

nossos atos possam causar<br />

no causar no futuro.<br />

Isto não seria inteligente<br />

em tempos de sustentabilidade.<br />

Rogerio Aparecido Machado<br />

Bacharel em Química com atribuições tecnológicas - (1987), latu sensu em Qualidade na área de Engenharia (1991), mestrado em<br />

Saneamento Ambiental pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1999) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São<br />

Paulo (2003). Atualmente é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade São Bernardo do Campo além de Químico<br />

Responsável do Instituto Presbiteriano Mackenzie.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

35


Espectrometria de Massas<br />

BIOSSIMILARES: ANÁLISE DE MASSA<br />

INTACTA E PROTEOFORMAS<br />

36<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

A fabricação de medicamentos<br />

biológicos está em<br />

desenvolvimento no Brasil,<br />

principalmente em biossimilares.<br />

Com isso, métodos<br />

analíticos para garantir a<br />

eficácia destes produtos são<br />

fundamentais para garantir<br />

a identidade, pureza e,<br />

por sua vez, a segurança e<br />

eficácia destes medicamentos.<br />

Mas o que há de tão<br />

específico sobre este tipo de<br />

análise? Nesta edição veremos<br />

os desafios da análise<br />

de macromoléculas, tanto<br />

pelo seu tamanho quanto<br />

pela diversidade estrutural<br />

gerada pelas modificações<br />

na cadeia proteica.<br />

Palavras-chave: proteínas,<br />

peptídeos, anticorpos, Orbitrap,<br />

indústria farmacêutica.<br />

Nas edições anteriores<br />

vimos exemplos de análise<br />

com moléculas com<br />

menos de 1500 Da, as chamadas<br />

pequenas moléculas.<br />

Mas porque essa<br />

discriminação? As macromoléculas,<br />

como proteínas,<br />

podem ter estruturas<br />

imensas, aumentando não<br />

só a massa molecular, mas<br />

também a complexidade<br />

estrutural. São muitos os<br />

desafios na aquisição e<br />

interpretação de dados por<br />

espectrometria de massas.<br />

Vamos neste mês conhecer<br />

um pouco da análise<br />

de biossimilares. Especificamente,<br />

vamos entender<br />

como funciona análise de<br />

um anticorpo monoclonal<br />

por LC-MS utilizando<br />

um analisador Orbitrap.<br />

Complexidade estrutural<br />

Os medicamentos biológicos<br />

são obtidos a partir<br />

de organismos vivos que<br />

produzem uma proteína<br />

de interesse graças à<br />

modificação genética.<br />

Por ter origem biológica,<br />

modificações estruturais<br />

podem ocorrer e a regulamentação<br />

e aprovação do<br />

produto deve garantir que<br />

as formas comercializadas<br />

são seguras e eficazes. Os<br />

biossimilares são medicamentos<br />

que garantam<br />

a mesma qualidade de<br />

outro medicamento<br />

biológico já aprovado e<br />

com patente expirada.1<br />

Uma pequena revisão<br />

de bioquímica: proteínas<br />

são cadeias poliméricas<br />

de aminoácidos ligados<br />

por ligações peptídicas.<br />

Além das particularidades<br />

espaciais, estas sequências<br />

podem sofrer modificações<br />

que alteram sua massa<br />

molecular e sua atividade<br />

biológica. Por exemplo,<br />

um anticorpo monoclonal<br />

(mAb) é formado por<br />

subunidades de proteínas<br />

que, combinadas por ligações<br />

dissulfeto formam<br />

uma única estrutura. Os<br />

mAb do tipo IgG possuem<br />

dois sítios de glicosilação<br />

e 16 ligações dissulfeto,<br />

além de transformações<br />

comuns em aminoácidos<br />

específicos, como oxidação<br />

da metionina e perda<br />

de lisina terminal (Figura<br />

1). Cada transformação<br />

e combinação entre elas<br />

corresponde a uma proteoforma.<br />

Agora, como saber<br />

se as proteoformas em<br />

um medicamento estão<br />

de acordo com o padrão<br />

regulamentado? Podemos<br />

analisar a massa intacta da<br />

proteína: através da diferença<br />

de massa podemos


Espectrometria de Massas<br />

inferir quais modificações<br />

estão presentes, especialmente<br />

quais glicosilações<br />

ocorreram e em qual proporção<br />

(Tabela 1). Por isso<br />

a espectrometria de massas<br />

é ideal para controle de<br />

qualidade de biossimilares.<br />

Grande parte dos métodos<br />

utilizados em indústria<br />

farmacêutica utilizam ionização<br />

por eletrospray (ESI),<br />

já que bioativos possuem<br />

sítios polares e não volatilizam<br />

sob aquecimento. Ele<br />

se aplica também para as<br />

proteínas, que, formadas<br />

por aminoácidos polares<br />

e cadeias muito longas<br />

encontram-se naturalmente<br />

ionizadas em solução.<br />

Foi assim que John<br />

Fenn foi laureado com Prêmio<br />

Nobel de Química em<br />

2002⁴: fazendo elefantes<br />

voarem com eletrospray.<br />

FIGURA 1: Estrutura geral de um IgG e modificações comuns em sua estrutura.2<br />

Glicano<br />

esperado*<br />

TABELA 1: Glicanos comuns no<br />

NIST mAb RM 8671 3<br />

Massa<br />

média (Da)<br />

Fórmula molecular<br />

G0F 1445,340 C 56H 92N 4O 39<br />

G1F 1607,481 C 62H 102N 4O 44<br />

G2F 1769,622 C 68H 112N 4O 49<br />

G0F/G0F 2890,679 C 112H 184N 8O 78<br />

G0F/G1F 3052,820 C 118H 194N 8O 83<br />

G1F/G1F<br />

3214,962 C 124H 204N 8O 88<br />

Vejamos agora uma<br />

análise de massa intacta.<br />

Um pico cromatográfico<br />

obtido com LC-MS de<br />

alta resolução e exatidão<br />

de massas discrimina<br />

picos com uma diferença<br />

muito pequena de m/z.<br />

Mas o espectro mostra<br />

muitos picos, com diferentes<br />

cargas (Figura 2A).<br />

Isso acontece porque<br />

(ou G0F/G2F)<br />

G1F/G2F 3377,103 C 130H 214N 8O 93<br />

G2F/G2F 3539,244 C 136H 224N 8O 98<br />

* composição variável: mais de um glicano pode<br />

apresentar a mesma massa molecular<br />

proteínas tem muitos<br />

sítios possíveis de serem<br />

carregados. Cada estado<br />

de carga vai gerar um<br />

pico de m/z diferente.<br />

Já dá para imaginar que<br />

visualmente não é possível<br />

interpretar este dado.<br />

Aplica-se então um algoritmo<br />

para deconvolução<br />

de picos, agrupando a<br />

todas as m/z correspon-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

37


Espectrometria de Massas<br />

dentes a uma mesma<br />

massa. O espectro deconvoluído<br />

é descrito pela<br />

massa, que corresponde<br />

às proteoformas com<br />

diferentes modificações,<br />

no caso da Figura 2B,<br />

glicosilações. Você pode<br />

calcular manualmente,<br />

pela diferença de massa,<br />

qual modificação ocorreu<br />

e interpretar quais proteoformas<br />

estão presentes.<br />

Mas softwares como o<br />

Biopharma Finder podem<br />

facilitar bastante a vida<br />

de quem faz análise de<br />

rotina e já conhece as<br />

modificações esperadas<br />

para seu biossimilar.<br />

Como dito anteriormente,<br />

esta abordagem permite<br />

inferir quais proteoformas<br />

estão presentes. Mas<br />

considerando que alguns<br />

glicanos podem ter a<br />

mesma fórmula molecular,<br />

não é possível afirmar com<br />

certeza se a proteoforma<br />

é a desejada apenas com<br />

este dado. Na próxima<br />

edição veremos como ter<br />

certeza sobre a sequência<br />

FIGURA 2: A) Cromatograma com o pico em 5,34 minutos e o espectro de massas<br />

correspondente. À direita, expansão do sinal mostrando diversos picos de m/z<br />

próxima com carga 51. B) Espectro deconvoluído e proteoformas atribuídas pelo<br />

software Thermo Scientific Biopharma Finder.⁵<br />

da proteína e da posição<br />

onde as modificações<br />

ocorreram através da<br />

abordagem bottom-up ou<br />

mapeamento peptídico<br />

em métodos multiatributo<br />

(MAM, do inglês,<br />

Multi-Attribute Method).<br />

Gostou de saber um pouco<br />

mais sobre análise de<br />

biossimilares? Me procure<br />

no LinkedIn comentando<br />

quais temas gostaria<br />

de ver na próxima edição!<br />

1 Website da Biomanguinhos/Fiocruz acessado em<br />

02/09/2024 https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1744-entendendo-os-biossimilares#:~:text=Os%20<br />

biossimilares%20s%C3%A3o%20medicamentos%20<br />

biol%C3%B3gicos,poss%C3%ADvel%20fazer%20<br />

c%C3%B3pias%20quimicamente%20id%C3%AAnticas.<br />

2 Middle-down Approach for Monitoring Monoclonal<br />

Antibody Variants and Deglycosylation.<br />

Thermo Scientific Application note 72017<br />

3 J. Am. Soc. Mass Spectrom. 2020, 31, 1783−1802<br />

4 Nobel Prize Website acessado em 02/09/2024 https://<br />

www.nobelprize.org/prizes/chemistry/2002/fenn/facts/<br />

5 Confident monoclonal antibody sequence verification<br />

by complementary LC-MS techniques<br />

Thermo Scientific APPLICATION NOTE 21919<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Daniele Fernanda de Oliveira Rocha<br />

Bacharela em Química Tecnológica pela PUC-Campinas (2005), Mestra (2008) e Doutora (2013) em Química Orgânica, e pós-doutorado em Espectrometria<br />

de Massas (2018) pela Unicamp. Pós-doutorado em proteômica pelo The Scripps Research Institute - La Jolla, California (2016). Atualmente é Química de<br />

Aplicação Sênior na Nova Analítica (revendedor autorizado Thermo Scientific) e Coordenadora da Especialização em Análise Instrumental da PUC-Campinas.


Blog dos Cientistas<br />

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF)<br />

Cromatografia Líquida<br />

Além disso, a cromatogra-<br />

complexa. Sendo assim,<br />

A Cromatografia Líquida<br />

fia líquida é uma técnica<br />

ela se baseia na distri-<br />

se tornou uma ferramen-<br />

amplamente utilizada em<br />

buição diferencial dos<br />

ta analítica indispensável<br />

uma variedade de cam-<br />

componentes da amostra<br />

em laboratórios. Ela é<br />

pos, incluindo química,<br />

entre uma fase estacioná-<br />

bastante famosa, sen-<br />

bioquímica,<br />

farmacêuti-<br />

ria e uma fase móvel.<br />

do vista em programas<br />

ca, ambiental, alimentí-<br />

policiais como CSI e Law<br />

cia, entre outros, devido<br />

Na cromatografia líquida,<br />

and Order, mas vai muito<br />

à sua sensibilidade, sele-<br />

a fase estacionária é geral-<br />

além disso.<br />

tividade e capacidade de<br />

mente uma substância<br />

separação de uma ampla<br />

sólida ou líquida imobili-<br />

A cromatografia líquida<br />

gama de compostos.<br />

zada em uma matriz poro-<br />

é uma técnica de sepa-<br />

sa, enquanto a fase móvel<br />

ração que se baseia na<br />

O que é a Cromatografia<br />

é um líquido que flui atra-<br />

distribuição diferencial<br />

Líquida?<br />

vés da fase estacionária.<br />

dos componentes de<br />

Conforme a fase móvel<br />

uma mistura entre uma<br />

“O princípio básico da cro-<br />

passa pela fase estacio-<br />

fase estacionária e uma<br />

matografia é a separação<br />

nária, os componentes<br />

fase móvel. Dessa for-<br />

de certas misturas em duas<br />

da amostra interagem de<br />

ma, a técnica principal<br />

fases: móvel e estacionária.”<br />

maneira diferente com<br />

utilizada é a Cromato-<br />

ambas as fases, resultan-<br />

grafia Líquida de Alta<br />

Em resumo, a cromato-<br />

do em diferentes taxas<br />

Eficiência (CLAE), ou<br />

grafia líquida (CL) é uma<br />

de migração. Portanto,<br />

em inglês – High-per-<br />

técnica analítica utilizada<br />

isso leva à separação dos<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

formance liquid chromatography<br />

(HPLC).<br />

para separar os componentes<br />

de uma amostra<br />

componentes com base<br />

em suas propriedades físi-


Blog dos Cientistas<br />

co-químicas, como polari-<br />

fases do seu sistema. A<br />

— Isocrática, onde a<br />

dade, tamanho molecular,<br />

primeira é a fase estacio-<br />

composição da fase<br />

afinidade por grupos funcionais,<br />

entre outras.<br />

nária, onde podem ser<br />

utilizados compostos<br />

sólidos ou líquidos.<br />

móvel se mostra constante<br />

durante a análise;<br />

Os componentes separados<br />

são então detectados<br />

por um detector,<br />

que gera sinais propor-<br />

— Os sólidos são geralmente<br />

substâncias absorventes,<br />

como por exem-<br />

— Gradiente, onde a<br />

composição se mostra<br />

alternada.<br />

cionais à concentração<br />

dos componentes,<br />

podendo então, as subs-<br />

plo: sílica e carvão ativo,<br />

que se encontram “empacotadas”<br />

numa coluna,<br />

Quais são os tipos de<br />

cromatografia líquida?<br />

tâncias serem analisadas<br />

qualitativamente e/<br />

que será atravessada na<br />

fase móvel;<br />

A classificação da croma-<br />

ou<br />

quantitativamente.<br />

tografia ocorre conforme<br />

Dessa forma, com o<br />

— Já o composto líquido<br />

os modos de separação<br />

auxílio de software de<br />

análise de dados, é possível<br />

identificar e quantificar<br />

os componentes<br />

presentes na amostra.<br />

Quais são as fases da<br />

cromatografia líquida?<br />

A princípio, para entender<br />

o que é a cromatografia<br />

líquida, é necessário<br />

compreender as duas<br />

é a película delgada.<br />

A segunda é a fase<br />

móvel, onde se emprega<br />

solventes, como por<br />

exemplo: o metanol,<br />

acetonitrila e água.<br />

Sendo assim, essa mistura<br />

é conhecida como<br />

eluente que promove a<br />

separação dos componentes.<br />

Por isso, há dois<br />

tipos de eluições:<br />

adotados na composição.<br />

E afinal, como é a escolha<br />

do tipo de cromatografia<br />

líquida? Ela tende a ocorrer<br />

pela sensibilidade e<br />

velocidade que precisa<br />

na aquisição dos resultados,<br />

porque as propriedades<br />

físico-químicas e<br />

forças intermoleculares<br />

acabam influenciando<br />

nesse processo.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

41


Blog dos Cientistas<br />

Cromatografia de<br />

adsorção<br />

Adsorção é quando ocorre<br />

a adesão de moléculas<br />

líquidas numa superfície<br />

sólida. Por isso, na cromatografia<br />

de adsorção,<br />

as substâncias são fortemente<br />

adsorvidas, desta<br />

forma, fica mais difícil<br />

para elas serem arrastadas<br />

na fase móvel.<br />

Cromatografia de troca<br />

iônica<br />

Na cromatografia de<br />

troca iônica, ocorre a<br />

troca de íons de mesmo<br />

sinal entre uma solução<br />

e um material insolúvel<br />

em contato com ela. Para<br />

que isso ocorra, o sólido<br />

precisa ter uma estrutura<br />

molecular aberta e com<br />

boa permeabilidade.<br />

O equipamento de cromatografia<br />

líquida de alta<br />

eficiência (HPLC) é composto<br />

por vários componentes<br />

essenciais que<br />

trabalham em conjunto<br />

para realizar a separação<br />

dos componentes de<br />

uma amostra. Os principais<br />

componentes de<br />

um sistema HPLC típico<br />

incluem:<br />

Cromatografia de partição<br />

Na cromatografia de partição,<br />

os componentes mais<br />

solúveis na fase estacioná-<br />

Portanto, a permeabilidade<br />

permite que os<br />

íons e as moléculas do<br />

solvente transitem livremente<br />

pelo sólido.<br />

1. Bomba de solvente:<br />

Responsável por fornecer<br />

a fase móvel (solvente)<br />

à coluna cromatográfica<br />

com uma taxa de fluxo<br />

ria são armazenados seletivamente<br />

por ela, porque<br />

os menos solúveis acabam<br />

sendo conduzidos de forma<br />

mais ágil na fase móvel.<br />

Dessa forma, a partição é<br />

um dos modos de separação<br />

mais utilizados,<br />

Cromatografia por<br />

exclusão<br />

Na cromatografia por<br />

exclusão, o processo de<br />

separação ocorre pelo<br />

tamanho das moléculas<br />

dos componentes da<br />

amostra em solução.<br />

controlada e precisa. As<br />

bombas de solvente de<br />

HPLC são projetadas para<br />

fornecer uma pressão<br />

constante para garantir a<br />

eficiência da separação.<br />

2. Injetor de amostra:<br />

Utilizado para introduzir<br />

sendo visto bastante na<br />

Quais são os compo-<br />

a amostra na corrente de<br />

42<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

indústria farmacêutica e<br />

na indústria química.<br />

nentes do equipamento<br />

de HPLC?<br />

solvente que flui para a<br />

coluna cromatográfica. O


injetor de amostra pode<br />

ser automático ou manual<br />

e permite a injeção precisa<br />

de volumes definidos<br />

de amostra.<br />

3. Coluna cromatográfica:<br />

É o componente central<br />

do sistema de HPLC, onde<br />

ocorre a separação dos<br />

componentes da amostra.<br />

A coluna é preenchida<br />

com uma fase estacionária<br />

que interage seletivamente<br />

com os componentes<br />

da amostra, separando-os<br />

com base em suas características<br />

físico-químicas.<br />

4. Detetor: Responsável<br />

por monitorar e detectar<br />

os componentes separados<br />

à medida que saem<br />

da coluna cromatográfica.<br />

Existem diferentes<br />

tipos de detectores em<br />

HPLC, como UV-Vis, fluorescência,<br />

índice de<br />

refração, entre outros,<br />

que são selecionados<br />

com base nas propriedades<br />

dos analitos de<br />

interesse.<br />

5. Sistema de controle<br />

e aquisição de dados:<br />

Compreende o software<br />

e a eletrônica necessários<br />

para operar e controlar<br />

o sistema HPLC,<br />

bem como para adquirir<br />

e processar os dados do<br />

detector. Afinal, esse<br />

sistema permite a configuração<br />

dos parâmetros<br />

de análise, como tempo,<br />

fluxo, temperatura,<br />

entre outros, e a visualização<br />

dos resultados da<br />

cromatografia.<br />

6. Coluna de temperatura<br />

controlada: Em<br />

alguns casos, especialmente<br />

para análises<br />

sensíveis à temperatura,<br />

é utilizado um sistema<br />

de controle de temperatura<br />

para manter a coluna<br />

em uma temperatura<br />

constante e controlada<br />

durante a análise.<br />

Quais são as Boas Práticas<br />

de Cromatografia?<br />

As Boas Práticas Cromatográficas<br />

são um conjunto<br />

de orientações, teóricas<br />

e práticas, para o melhor<br />

aproveitamento dos<br />

equipamentos e acessórios<br />

do HPLC. E quais são<br />

os cuidados? Confira os<br />

exemplos a seguir:<br />

Diariamente<br />

— Purificar cada canal<br />

onde ocorreu troca<br />

de solvente durante 5<br />

minutos;<br />

— Aquecer as lâmpadas<br />

por 1 hora antes do<br />

começo da análise;<br />

— Equilibrar o sistema de<br />

análise por 15 minutos;


Blog dos Cientistas<br />

— Programar a limpeza<br />

do sistema após a análise;<br />

— Purificar o amostrador<br />

do equipamento antes<br />

e depois do sequenciamento<br />

de amostras.<br />

Semanalmente<br />

— Realizar a limpeza do<br />

selo do pistão, utilizando<br />

solução com água e isopropanol;<br />

— Lavar todos os canais<br />

com água durante 5<br />

minutos;<br />

— Inspecionar os filtros<br />

de solvente;<br />

— Realizar a limpeza de<br />

fora dos módulos.<br />

Devo realizar a manutenção<br />

preventiva do<br />

cromatógrafo líquido?<br />

As manutenções preventivas<br />

devem ser realizadas<br />

para assegurar o<br />

melhor funcionamento<br />

do equipamento, porque<br />

sem elas, há o maior risco<br />

de desgaste dos componentes<br />

eletrônicos e das<br />

placas presentes no cromatógrafo<br />

líquido.<br />

Cromatografia Líquida<br />

Quais são as aplicações<br />

da Cromatografia Líquida<br />

na indústria?<br />

Levando em conta principalmente<br />

a cromatografia<br />

de partição, a<br />

técnica tem diferentes<br />

aplicações na indústria:<br />

1. Antibióticos, sedativos,<br />

esteroides e analgésicos;<br />

2. Adoçantes artificiais,<br />

antioxidantes e aditivos;<br />

3. Aromáticos condensados<br />

e corantes;<br />

4. Pesticidas e herbicidas;<br />

5. Aminoácidos, proteínas,<br />

carboidratos e lipídeos.<br />

Portanto, a Cromatografia<br />

Líquida é vista na indústria<br />

farmacêutica e indústria<br />

química, principalmente.<br />

E por quê? É um dos métodos<br />

de separação mais<br />

eficientes em laboratórios!<br />

44<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Especialista<br />

em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa na ABNT ISO/IEC 17025:2017.<br />

Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC 15189:2015 e ABNT ISO/IEC 17043:2011. Se você<br />

tiver interesse em cursos, treinamentos in company ou dúvidas sobre esse tema, entre em contato pelo e-mail: contato@biochemie.com.br.


Em Foco<br />

AUTOMAÇÃO FACILITADA PARA SEUS ENSAIOS<br />

COM INSERTOS DE CULTURA CELULAR<br />

Greiner Bio-One acrescenta ao seu portfólio versões de ThinCert® com 96 poços para<br />

aplicações de cultura celular em high throughput<br />

46<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

Os insertos de cultura celular Thin-<br />

Cert® da Greiner Bio-One fazem<br />

parte de uma história de sucesso<br />

global em aplicações sofisticadas<br />

de cultura de células e tecidos. Os<br />

novos produtos HTS de 96 poços<br />

se somam ao portfólio de 6, 12 e 24<br />

poços e são perfeitos para aplicações<br />

high-throughput, reduzindo os<br />

custos por ensaio.<br />

Insertos com membrana para<br />

cultura celular como o ThinCert®<br />

permitem testar in vitro modelos<br />

específicos de tecidos (ex.:<br />

endotélio e epitélios) em estudos<br />

de transporte, secreção, difusão,<br />

migração, invasão e cocultura<br />

usando métodos de cultura na<br />

interface ar-líquido ou submersa.<br />

Eles são utilizados principalmente<br />

na pesquisa básica e descoberta de<br />

novos compostos (drug discovery),<br />

representando uma alternativa ética,<br />

econômica e representativa em<br />

relação ao uso de animais.<br />

O portfólio do ThinCert® oferece<br />

insertos para placas multipoços<br />

com uma variedade de tipos de<br />

membranas, tamanhos de poros<br />

e densidades. Nossa nova adição<br />

é o inserto ThinCert® HTS de 96<br />

poços, o qual suporta aplicações<br />

altamente especializadas. Além<br />

disso, a miniaturização e o uso reduzido<br />

de células, meios de cultura e<br />

reagentes resultam na redução de<br />

custos por ensaio.<br />

Cada inserto ThinCert® HTS de 96<br />

poços consiste em uma placa de<br />

96 poços com membrana porosa e<br />

uma placa receptora. A membrana<br />

de policarbonato possui tratamento<br />

para cultura de células e tecidos<br />

(TC) e permite a troca de nutrientes<br />

e outras substâncias entre os compartimentos,<br />

criando condições de<br />

cultivo similares às encontradas in<br />

vivo. Essas características contribuem<br />

para o ótimo crescimento<br />

celular, a formação de monocamada<br />

e a diferenciação tecidual. O<br />

encaixe preciso entre a placa com<br />

membrana e a placa receptora<br />

previne possíveis vazamentos por<br />

efeito de capilaridade, oferencendo<br />

condições estáveis e reprodutíveis<br />

para os ensaios.<br />

Diferentes opções de aplicações<br />

graças às diversas configurações<br />

de membrana<br />

Semelhante aos insertos individuais,<br />

a versão HTS atende várias<br />

aplicações na área de screening<br />

de compostos assim como a<br />

investigação de processos fisiológicos<br />

e patológicos.<br />

Os insertos HTS com poros de 0.4<br />

µm são recomendados principalmente<br />

para a geração de modelos<br />

de tecido (ex.: endotélios e epitélios)<br />

em culturas na interface ar-líquido<br />

ou submersas que serão utilizadas<br />

para análises high-throughput em<br />

estudos de transporte, permeabilidade<br />

e cocultura.<br />

A Greiner Bio-One oferece uma<br />

opção exclusiva com uma configuração<br />

de poros especial que<br />

combina uma excelente permeabilidade<br />

e transparência para ensaios<br />

monitorados por microscopia. Uma<br />

alternativa com maior densidade<br />

de poros e ótima permeabilidade<br />

também está disponível.<br />

Os insertos ThinCert® HTS com poros<br />

de 3 µm e 8 µm são recomendados<br />

principalmente para testar o comportamento<br />

celular em estudos de<br />

mobilidade. Sua alta transparência<br />

permite o monitoramento de mecanismos<br />

como migração e invasão<br />

celular, os quais são fundamentais<br />

em processos fisiológicos e patológicos,<br />

como a migração de células<br />

imunes, o processo de cicatrização e<br />

a metástase tumoral.<br />

ThinCert® é uma marca registrada<br />

da Greiner Bio-One GmbH.<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Tel.: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com


Em Foco<br />

FAMÍLIA THERMO SCIENTIFIC DIONEX INUVION<br />

O novo Cromatógrafo de Íons<br />

da Thermo Scientific Dionex<br />

Inuvion é o que há de mais inovador<br />

em tecnologia para análises<br />

mo Scientific de íons. As Orbitrap análises se Exploris<br />

tornaram<br />

harma Platform<br />

ainda mais confiáveis e simples.<br />

Configuração flexível que permite<br />

upgradre para melhor atender a<br />

dently characterize<br />

ut compromise<br />

demanda de laboratórios análiticos<br />

está uma das suas pricipais<br />

caracteristicas. O Inuvion foi proje-<br />

e Mapping todo para máxima produtividade,<br />

Protein Analysis<br />

gate analysisindependente da demanda laboratorial,<br />

indicado para aplicações em<br />

e Variant Analysis<br />

n Analysis<br />

and Oligonucleotide<br />

diversas<br />

Analysis<br />

áreias como ambiental,<br />

Therapy Analysis<br />

Cell Protein Analysis petroquímica, pesquisa, alimentos,<br />

Attribute Method<br />

dy Drug Conjugate farmacêuticas, Analysisentre outras<br />

Tire suas dúvidas conosco<br />

re information E-mail visit: analitica@novanalitica.com.br<br />

www.thermofisher.com/MAM<br />

Telefone (11) 2162-8080<br />

Principais Características do Thermo Scientific Dionex Inuvion<br />

Sistema de bombeamento inovador, com alto desempenho (atinge até 5000 psi, ou 35<br />

MPa), permiter trabalhar com colunas de 4 µm para separação mais eficiente;<br />

Opções com supressão química e eletroquímica, com possibilidade da autoregeneração<br />

ou regeneração externa, conforme a necessidade;<br />

Plataforma flexível: permite upgrade com possibilidades de adição de módulos<br />

integrados, como gerador de elunete, degaseificador inline, forno de coluna, etc;<br />

Possibilidade de configuração de componentes, como válvula extra, dispositivo de<br />

lavagem de selo e pistão, etc;<br />

Sistema controlado pelo Shoftware Chromeleon, que permite a gerenciamento de<br />

dados (CRF part 11) e possibilita controlar instrumentos de terceiros (consultar);<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

47


Em Foco<br />

CONHEÇA OS SOLVENTES ECOLÓGICOS QUE<br />

OFERECEM MENOR IMPACTO AMBIENTAL<br />

PARA LABORATÓRIOS E INDÚSTRIAS<br />

Solventes verdes oferecem menos impacto para o meio ambiente e riscos à saúde<br />

A conscientização sobre os impactos<br />

ambientais dos produtos químicos e<br />

seus processos de produção impulsionou<br />

o conceito de Química Verde,<br />

criado em 1991 por Paul T. Anastas<br />

e John C. Warner. Esse conceito se<br />

baseia em 12 princípios para reduzir<br />

ou eliminar o uso e a geração de<br />

substâncias perigosas, utilizando<br />

matérias-primas renováveis, prevenindo<br />

resíduos, e garantindo eficiência<br />

energética e segurança.<br />

Solventes verdes são destacados por<br />

serem biodegradáveis, não tóxicos,<br />

de baixa volatilidade e obtidos de<br />

48<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

fontes sustentáveis. No Brasil, a Kasvi,<br />

em parceria com a CARLO ERBA<br />

Reagents, lidera esse movimento<br />

fornecendo produtos que atendem<br />

às necessidades atuais sem comprometer<br />

as futuras.<br />

Conheça alguns dos solventes<br />

verdes comercializados pela Kasvi<br />

• 2-Metiltetrahidrofurano (2-MeTHF)<br />

• 4-Metiltetrahidropirano (MTHP)<br />

• 1,3-Dioxolano<br />

• n,n’-Dimetilpropileno ureia (DMPU)<br />

• Éter ciclopentilmetílico (CPME)<br />

• 1,3-Propanodiol<br />

Esses solventes verdes representam<br />

um avanço significativo na<br />

redução do impacto ambiental dos<br />

processos químicos.<br />

Embalagens ecológicas<br />

Para melhorar ainda mais a eficácia<br />

e segurança, os solventes verdes<br />

são distribuídos para laboratórios<br />

e indústrias em embalagens de aço<br />

inoxidável. Essa abordagem otimiza<br />

a qualidade e a gestão de resíduos,<br />

garantindo zero desperdício de<br />

embalagens e reduzindo o impacto<br />

ambiental. Esses recipientes<br />

possuem compatibilidade química<br />

semelhante à do vidro e são superiores<br />

ao metal ou plástico, sendo<br />

totalmente soldados para evitar<br />

contaminações. Para mais informações<br />

sobre solventes verdes, que<br />

são produtos sob demanda, entre<br />

em contato com um consultor Kasvi,<br />

no telefone (41) 3535-0900 ou<br />

comercial@kasvi.com.br, ou visite<br />

nosso site em www.kasvi.com.br.<br />

Contato<br />

Portal.kasvi.com.br<br />

comercial@kasvi.com.br<br />

(41) 3535-0900


ENTENDENDO O IMPACTO DA QUALIDADE DA<br />

ÁGUA EM SUAS TÉCNICAS ANALÍTICAS<br />

A água é um elemento fundamental<br />

em muitos processos industriais e<br />

aplicações analíticas. Sua qualidade<br />

pode ter um impacto significativo<br />

nos resultados de análises químicas,<br />

físicas e biológicas. Portanto,<br />

é essencial compreender como a<br />

pureza e as características da água<br />

podem afetar a confiabilidade e a<br />

precisão de suas técnicas analíticas.<br />

Em Foco<br />

Neste artigo, exploraremos os desafios<br />

relacionados à qualidade da água<br />

e as melhores práticas para garantir a<br />

integridade de seus dados analíticos.<br />

Abordaremos tópicos como:<br />

- Parâmetros-chave da qualidade da<br />

água e seus efeitos em análises<br />

- Técnicas de purificação de água<br />

para aplicações analíticas<br />

- Validação de métodos analíticos e<br />

controle de qualidade<br />

- Melhoria contínua de seus processos<br />

analíticos<br />

Ao final, você terá uma compreensão<br />

sólida sobre como gerenciar a<br />

qualidade da água em suas operações<br />

e otimizar a confiabilidade de<br />

seus resultados.<br />

Impacto da Qualidade da Água<br />

em Análises Químicas<br />

A água é um solvente universal e,<br />

portanto, está presente em grande<br />

parte dos procedimentos analíticos.<br />

Desde a preparação de amostras<br />

até a limpeza de equipamentos, a<br />

qualidade da água é crucial para a<br />

integridade dos resultados.<br />

Contaminantes presentes na água,<br />

como íons, metais pesados, compostos<br />

orgânicos, microrganismos,<br />

etc., podem interferir diretamente<br />

nos métodos de análise. Isso pode<br />

levar a resultados imprecisos, falsos<br />

positivos ou negativos, e até mesmo<br />

danos a instrumentos analíticos.<br />

Alguns exemplos de como a<br />

qualidade da água pode afetar<br />

análises químicas:<br />

• Presença de íons inorgânicos (cálcio,<br />

magnésio, cloretos, etc.) pode causar<br />

interferências em técnicas como<br />

espectroscopia de absorção atômica,<br />

cromatografia iônica e titulações.<br />

• Compostos orgânicos dissolvidos<br />

podem afetar a linha de base e a<br />

detecção em análises por cromatografia<br />

líquida de alta eficiência<br />

(HPLC) e espectrometria de massas.<br />

• Microrganismos podem contaminar<br />

amostras e degradar analitos em análises<br />

microbiológicas e bioquímicas.<br />

• Metais pesados podem catalisar<br />

reações de oxidação e degradação<br />

de amostras.<br />

Para minimizar esses efeitos, é<br />

essencial utilizar água com grau de<br />

pureza adequado para cada aplicação<br />

analítica. Isso pode envolver<br />

o uso de técnicas de purificação,<br />

como destilação, deionização,<br />

osmose reversa e ultrafiltração.<br />

Importância da Água Ultrapura<br />

em Análises Químicas<br />

Em muitas aplicações analíticas, a<br />

água ultrapura (também conhecida<br />

como água grau reagente ou água<br />

tipo I) é essencial para garantir a<br />

confiabilidade dos resultados. Essa<br />

água apresenta baixos níveis de<br />

contaminantes iônicos, orgânicos<br />

e particulados, atendendo a rigorosos<br />

padrões de pureza.<br />

O uso de água ultrapura é fundamental<br />

em diversas áreas, como:<br />

• Preparação de amostras e soluções-padrão<br />

• Limpeza de vidrarias e equipamentos<br />

• Solvente em técnicas cromatográficas<br />

(HPLC, GC, etc.)<br />

• Diluição de amostras e reagentes<br />

• Análises de traços e ultratraços<br />

• Pesquisas biomédicas e farmacêuticas<br />

• Desenvolvimento de novos métodos<br />

analíticos<br />

Ao utilizar água ultrapura, você<br />

garante a eliminação de interferên-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

49


Em Foco<br />

50<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2024<br />

cias e a minimização de erros sistemáticos<br />

em suas análises. Isso resulta<br />

em dados mais confiáveis, reprodutíveis<br />

e com melhor exatidão.<br />

Para obter água ultrapura com as<br />

características desejadas, é necessário<br />

um sistema de purificação robusto<br />

e bem projetado. Isso envolve uma<br />

combinação de tecnologias, como<br />

osmose reversa, deionização, ultrafiltração<br />

e fotoxidação UV. É importante<br />

também implementar um programa<br />

de monitoramento e manutenção<br />

regular do sistema de purificação.<br />

Validação de Métodos Analíticos<br />

e Controle de Qualidade<br />

A validação de métodos analíticos<br />

é um processo fundamental<br />

para garantir a confiabilidade dos<br />

resultados. Nesse processo, são avaliados<br />

diversos parâmetros, como<br />

seletividade, linearidade, precisão,<br />

exatidão, limite de detecção, limite<br />

de quantificação, entre outros.<br />

A qualidade da água utilizada em<br />

todas as etapas da validação é crucial<br />

para a obtenção de resultados válidos<br />

e reprodutíveis. Eventuais contaminações<br />

ou variações na pureza da água<br />

podem comprometer a validação<br />

do método e, consequentemente, a<br />

confiança nos dados gerados.<br />

Além da validação inicial, é essencial<br />

implementar um programa de<br />

controle de qualidade contínuo.<br />

Isso inclui:<br />

• Monitoramento regular da qualidade<br />

da água utilizada<br />

• Realização de brancos e amostras<br />

de controle<br />

• Participação em programas de<br />

proficiência<br />

• Manutenção preventiva de equipamentos<br />

• Treinamento adequado da equipe<br />

Dessa forma, você garante que possíveis<br />

desvios na qualidade da água<br />

sejam rapidamente identificados e<br />

solucionados, preservando a integridade<br />

de seus resultados analíticos<br />

ao longo do tempo.<br />

Melhoria Contínua de Processos<br />

Analíticos<br />

A melhoria contínua de seus processos<br />

analíticos é fundamental<br />

para garantir a confiabilidade e a<br />

eficiência de suas operações. Isso<br />

envolve a constante avaliação e<br />

otimização de todos os aspectos<br />

relacionados à qualidade da água,<br />

desde o sistema de purificação até<br />

os procedimentos operacionais.<br />

Algumas estratégias importantes<br />

para a melhoria contínua incluem:<br />

1. Monitoramento e controle da<br />

qualidade da água:<br />

• Implementação de um programa<br />

de monitoramento regular dos<br />

parâmetros críticos da água<br />

• Estabelecimento de limites de especificação<br />

e planos de ação para desvios<br />

• Adoção de técnicas avançadas de<br />

análise de água, como cromatografia<br />

iônica e carbono orgânico total<br />

2. Otimização do sistema de purificação<br />

de água:<br />

• Avaliação periódica da eficiência<br />

do sistema e da necessidade de<br />

manutenção ou atualização<br />

• Implementação de melhorias tecnológicas,<br />

como a adoção de novos<br />

dispositivos de filtração.<br />

• Ajuste dos parâmetros operacionais<br />

para maximizar a qualidade da<br />

água produzida<br />

3. Revisão e atualização de procedimentos<br />

analíticos:<br />

• Avaliação constante da adequação<br />

dos métodos em relação aos requisitos<br />

analíticos<br />

• Incorporação de novas tecnologias<br />

e melhores práticas<br />

• Realização de estudos comparativos<br />

para identificar oportunidades<br />

de melhoria<br />

4. Capacitação e conscientização<br />

da equipe:<br />

• Treinamento contínuo sobre a<br />

importância da qualidade da água<br />

• Envolvimento da equipe na identificação<br />

e resolução de problemas<br />

• Promoção de uma cultura de<br />

melhoria contínua e responsabilidade<br />

compartilhada<br />

Ao adotar uma abordagem sistemática<br />

de melhoria contínua, você<br />

estará bem posicionado para enfrentar<br />

os desafios futuros e garantir a<br />

excelência de suas análises químicas.<br />

Conclusão<br />

A qualidade da água desempenha<br />

um papel crucial no desempenho e<br />

na confiabilidade de suas técnicas<br />

analíticas. Compreender os impactos<br />

potenciais e implementar as<br />

melhores práticas de gestão da água<br />

é essencial para obter resultados<br />

precisos, reprodutíveis e confiáveis.<br />

Desde a seleção do sistema de<br />

purificação adequado até a validação<br />

de métodos e o controle de<br />

qualidade contínuo, cada etapa do<br />

processo analítico deve considerar<br />

a importância da água. Somente<br />

assim você poderá garantir a integridade<br />

de seus dados e tomar<br />

decisões informadas com base em<br />

informações confiáveis.<br />

Ao investir no gerenciamento eficaz<br />

da qualidade da água, sua organização<br />

estará bem posicionada<br />

para atender aos mais altos padrões<br />

analíticos, impulsionar a inovação e<br />

garantir o sucesso de seus projetos.<br />

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