edição de 30 de setembro de 2024
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59anos<br />
propmark.com.br ANO 60 - Nº 3.012 - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> R$ 20,00<br />
Freepik<br />
Publicida<strong>de</strong> fecha o cerco contra<br />
práticas <strong>de</strong> pagamento abusivas<br />
Prazos que po<strong>de</strong>m se arrastar por até 180 dias pren<strong>de</strong>m o capital das empresas, obrigando-as a contratar empréstimos. Perdidos em dívidas, lí<strong>de</strong>res do<br />
mercado <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> fazer investimentos que <strong>de</strong>veriam ser aplicados em inovação, qualida<strong>de</strong> técnica e criativa. O labirinto <strong>de</strong> divergências só encontra unanimida<strong>de</strong><br />
na certeza <strong>de</strong> que o diálogo entre agências, parceiros e marcas é a melhor saída para equilibrar interesses. O Cenp - Fórum da Autorregulação do<br />
Mercado Publicitário - prepara documento a ser lançado em outubro para promover relações sustentáveis e “mitigar eventuais discordâncias”. pág. 20<br />
PXP é hub <strong>de</strong> produção,<br />
experiência e creators<br />
Unida<strong>de</strong> do Publicis<br />
Groupe terá foco nesses<br />
três hubs, além<br />
da ARC, <strong>de</strong> live marketing,<br />
sob o comando<br />
<strong>de</strong> Tato Bono. Ela acredita<br />
que os clientes<br />
das agências do grupo<br />
serão beneficiados<br />
com o foco da empresa<br />
em negócios.<br />
Club Social e Oreo,<br />
para Leo Burnett,<br />
já foram atendidos<br />
pela PXP. pág. 17<br />
Kwai patrocina dois<br />
reality shows na TV<br />
A diretora-geral Claudine Bayma explica a estratégia do<br />
aplicativo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os curtos <strong>de</strong> investir em realities. No momento,<br />
patrocina ‘A Fazenda 16’, ‘Estrela da Casa’ e ainda<br />
está com seu programa proprietário ‘Kwai Chef’. pág. 12<br />
Bud se conecta com<br />
fãs por meio da música<br />
Divulgação Divulgação Divulgação<br />
Pensou em patrocinador<br />
<strong>de</strong> shows, pensou<br />
em Budweiser. A<br />
diretora <strong>de</strong> marketing<br />
Mariana Santos afirma<br />
que a Bud é conhecida<br />
como a marca por trás<br />
da música. Só neste<br />
ano, é patrocinadora<br />
<strong>de</strong> apresentações <strong>de</strong><br />
astros globais como<br />
Paul McCartney,<br />
Lenny Kravitz,<br />
Mariah Carey e<br />
Bruno Mars. pág. 26<br />
Apro passa a aceitar só produtoras in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes como afiliadas<br />
pág. 24
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
Prazos <strong>de</strong> pagamento obscenos<br />
O<br />
tema longos prazos <strong>de</strong> pagamentos é recorrente no mercado publicitário brasileiro.<br />
A prática se intensificou anos atrás com alguns gran<strong>de</strong>s anunciantes impondo<br />
pagamentos <strong>de</strong> 60, 90, 120 e até 180 dias, após o projeto já ter sido aprovado. O<br />
comum, antes, eram prazos <strong>de</strong> <strong>30</strong> a 45 dias a partir da campanha no ar.<br />
É uma situação que sufoca a saú<strong>de</strong> financeira, sobretudo, dos pequenos e médios<br />
players. Mas ela não é benéfica para nenhum dos atores do ecossistema da comunicação.<br />
Tanto que o Cenp (Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário) prepara um<br />
documento <strong>de</strong> boas práticas acerca do assunto, a ser lançado em outubro.<br />
A entida<strong>de</strong> confirmou a elaboração do documento que vai tratar sobre prazos <strong>de</strong> pagamento<br />
após a reportagem do propmark entrar em contato. Nesta edição, o leitor<br />
encontrará matéria especial que trata do tema que levou agências, fornecedores e<br />
produtoras a se adaptarem, inclusive, com manobras financeiras e empréstimos, o que<br />
eleva o endividamento <strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>les.<br />
Fontes do mercado consultadas pelo jornal comentam a resistência em se <strong>de</strong>finir um<br />
prazo máximo, circunstância que <strong>de</strong>ixa as agências à mercê <strong>de</strong> alguns absurdos praticados,<br />
que chegam a meio ano. “Para uma agência bancar o caixa <strong>de</strong> um cliente por meio<br />
ano, precisa ter uma saú<strong>de</strong> financeira e tanto”, diz Fernando Figueiredo, CEO da Bullet.<br />
“O Cenp tem plena ciência que este é um tema fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>ssa indústria e afeta diferentes agentes do ecossistema publicitário. Dada a urgência<br />
e sua importância, o Fórum está finalizando um documento que vai tratar justamente<br />
<strong>de</strong> prazos e outras frentes. O conteúdo – alinhado com todos os agentes da indústria:<br />
agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, anunciantes, veículos <strong>de</strong> comunicação e elos digitais – <strong>de</strong>ve<br />
estar centrado em recomendações e boas práticas para mitigar eventuais discordâncias<br />
sobre este tópico”, <strong>de</strong>clarou a entida<strong>de</strong>.<br />
É <strong>de</strong> apenas 23,9% a média <strong>de</strong> filiados da Ampro (Associação <strong>de</strong> Marketing Promocional)<br />
que recebe em até <strong>30</strong> dias, segundo rastreamento feito pela entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2022. A<br />
Ampro pe<strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong> revisões <strong>de</strong> prazos para o equilíbrio financeiro <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia.<br />
“E vale também para os processos concorrenciais job a job e prazos <strong>de</strong> execução”,<br />
reforça Heloisa Santana, presi<strong>de</strong>nte-executiva da Ampro.<br />
No Fórum da Produção Publicitária, foram <strong>de</strong>finidas como melhores práticas o pagamento<br />
em até no máximo 60 dias da aprovação do orçamento. “É preciso que os<br />
anunciantes se conscientizem <strong>de</strong> que uma boa governança passa por garantir a saú<strong>de</strong><br />
financeira dos fornecedores”, observa Marianna Souza, presi<strong>de</strong>nte da Apro (Associação<br />
Brasileira da Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais).<br />
A executiva lembra que no Chile leis limitaram os prazos <strong>de</strong> pagamento entre gran<strong>de</strong>s<br />
corporações e pequenas e médias empresas para o máximo <strong>de</strong> um mês.<br />
Outras entida<strong>de</strong>s do mercado publicitário também se movimentam. A Apro+Som<br />
trabalha na elaboração <strong>de</strong> proposta para um projeto <strong>de</strong> lei, cujo objetivo é garantir<br />
que as empresas voltem a receber em <strong>30</strong> dias. “Uma atuação <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m legal<br />
frearia essa prática <strong>de</strong> prazos muito longos”, ressalta Bia Ambrogi, presi<strong>de</strong>nte<br />
da associação.<br />
O entendimento é que a diminuição dos prazos po<strong>de</strong> favorecer um novo ciclo <strong>de</strong> investimentos<br />
para o mercado publicitário.<br />
OOH<br />
A nova seção Out of Home no propmark <strong>de</strong>dica um espaço exclusivo à mídia que mais<br />
cresce no Brasil. O espaço, tanto na versão impressa como no digital, aborda as novida<strong>de</strong>s<br />
das empresas, contratações e novas criações <strong>de</strong> um meio que não para <strong>de</strong> inovar.<br />
Nesta edição, traz uma entrevista exclusiva com Luis Felipe Argello (Loli), chief commercial<br />
officer da We Super OOH.<br />
Frase:“Quem caminha sozinho po<strong>de</strong> até chegar mais rápido, mas aquele que vai<br />
acompanhado, com certeza vai mais longe” (Autor <strong>de</strong>sconhecido).<br />
as Mais lidas da seMana no propMark.coM.br<br />
1ª<br />
2ª<br />
Estudo realizado pela consultoria Gad trouxe insights que discutem<br />
como os avanços tecnológicos potencializam o consumidor final e geram<br />
experiências ultrapersonalizadas.<br />
3ª<br />
Qual é o futuro do branding<br />
num mundo hiperconectado<br />
Brasileiros gastam R$ 20 bi<br />
por mês com apostas online<br />
Os brasileiros gastaram em torno <strong>de</strong> R$ 20 bilhões por mês com apostas<br />
online, entre janeiro e agosto <strong>de</strong> <strong>2024</strong>, <strong>de</strong> acordo com levantamento feito<br />
pelo Banco Central.<br />
Publicis Groupe traz o posicionamento<br />
‘power of one’ para novo escritório<br />
O Publicis Groupe se mudou para uma nova se<strong>de</strong> no Brasil, também na zona<br />
sul <strong>de</strong> São Paulo. O projeto engloba as agências DPZ, Leo Burnett, LePub<br />
e Publicis Brasil, além <strong>de</strong> áreas estratégicas como Arc, PXP Studios, PXP<br />
Creators, Publicis Media Group, Performics e Epsilon.<br />
4ª<br />
O Festival do Clube <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong>ste ano apresentou os nomes que estarão<br />
na sua programação. Do mercado, confirmaram presença Marcello Serpa,<br />
Anselmo Ramos, da GUT, e Luciana Cani, da AKQA, entre outros.<br />
5ª<br />
Festival do Clube <strong>de</strong> Criação<br />
anuncia programação<br />
Chaves e Chapolin retornam<br />
à programação do SBT<br />
O SBT anunciou o retorno <strong>de</strong> Chaves e Chapolin, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> quatro anos fora<br />
do ar, à sua programação. Em um acordo com a Televisa, o canal adquiriu os<br />
direitos <strong>de</strong> exibição no Brasil das séries, por completo, na TV aberta.<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 3
índice<br />
Prazos <strong>de</strong> pagamento<br />
sufocam players do<br />
mercado publicitário<br />
A prática <strong>de</strong> longos prazos se<br />
intensificou anos atrás com<br />
alguns gran<strong>de</strong>s anunciantes<br />
efetuando pagamentos em<br />
60, 90, 120 e até 180 dias,<br />
após o projeto já ter sido<br />
aprovado. O comum, antes,<br />
eram prazos <strong>de</strong> <strong>30</strong> a 45 dias.<br />
20<br />
Freepik<br />
propmark<br />
propmark.com.br<br />
Jor na lis ta res pon sá vel<br />
Ar man do Fer ren ti ni<br />
Editora-chefe: Kelly Dores<br />
Editores: Janaina Langsdorff e<br />
Paulo Macedo<br />
Editor <strong>de</strong> fotografia: Alê<br />
Oliveira<br />
Editor-assistente: Vinícius<br />
Novaes<br />
Repórteres: Adrieny Magalhães e<br />
Tayla Carolina<br />
Revisor: José Carlos Boanerges<br />
Editor <strong>de</strong> Arte: Adunias Bispo da<br />
Luz<br />
Diagramador Pleno: Lucas<br />
Boccatto<br />
Diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />
Armando Ferrentini<br />
Diretor-executivo<br />
Tiago Ferrentini<br />
Rakuten Advertising conecta marcas<br />
a publishers para alavancar vendas<br />
Por meio <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> funil envolvendo mídia,<br />
dados e estratégias <strong>de</strong> afiliados, a Rakuten Advertising<br />
conecta anunciantes aos publishers para impulsionar<br />
as vendas. Segundo o VP Salomão Araújo, cerca <strong>de</strong> 1,2<br />
bilhão <strong>de</strong> consumidores já foram alcançados. pág. <strong>30</strong><br />
The Future Studios aposta em IA<br />
para potencializar as produções<br />
Para Baepi Pinna, diretor <strong>de</strong> cena e sócio da produtora,<br />
a IA generativa abre portas para uma produção mais<br />
eficiente. ”Vamos gastar menos tempo com ativida<strong>de</strong>s<br />
que po<strong>de</strong>m ser automatizadas e po<strong>de</strong>remos<br />
nos <strong>de</strong>dicar à parte criativa”, afirma ele. pág. 16<br />
Departamento comercial<br />
Gerentes <strong>de</strong> contas:<br />
Luciano Marcon<strong>de</strong>s<br />
luciano@propmark.com.br<br />
tel. (11) 2065 0738<br />
Mel Floriano<br />
mel@propmark.com.br<br />
tel. (11) 2065 0748<br />
Monserrat Miró<br />
monserrat@propmark.com.br<br />
tel. (11) 2065 0744<br />
Assinaturas<br />
www.propmark.com.br/signup<br />
assinaturas@propmark.com.br<br />
tel. (11) 2065 0737<br />
Redação<br />
Rua François Coty, 228<br />
01524-0<strong>30</strong> - São Paulo – SP<br />
tel. (11) 2065 0772 / 0766<br />
redacao@propmark.com.br<br />
As ma té rias as si na das não re pre sen tam<br />
ne ces sa ria men te a opi nião <strong>de</strong>s te jor nal,<br />
po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />
Editorial .............................................................................3<br />
Conexões ...........................................................................6<br />
Curtas .................................................................................8<br />
Quem Fez ...........................................................................9<br />
Inspiração ..........................................................................10<br />
Entrevista ..........................................................................12<br />
Pesquisas ..........................................................................14<br />
Produtoras ........................................................................16<br />
Mercado .............................................................................20<br />
Marcas ...............................................................................26<br />
Mídia ..................................................................................29<br />
Digital ................................................................................<strong>30</strong><br />
Out of Home .....................................................................31<br />
Opinião...............................................................................32<br />
ESG no MKT ........................................................................34<br />
Click do Alê ........................................................................35<br />
We Love MKT ......................................................................36<br />
Supercenas ........................................................................37<br />
Última Página ....................................................................38<br />
We Super OOH vive<br />
momento <strong>de</strong> expansão<br />
Conhecida por comercializar painéis<br />
com gran<strong>de</strong>s formatos, a empresa<br />
<strong>de</strong> out of home afirma que <strong>de</strong>ve<br />
crescer 35% em <strong>2024</strong>, em relação ao<br />
ano passado. “O primeiro semestre<br />
<strong>de</strong>ste ano foi o melhor da história<br />
da We”, conta Luis Felipe Argello, o<br />
Loli, chief commercial officer da We<br />
Super OOH. pág. 31<br />
4 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
conexões<br />
última hora<br />
LinkedIn<br />
Post: Cacau Show apresenta nova<br />
loja inteligente<br />
Foi uma baita colaboração que,<br />
com certeza, vai moldar o futuro do<br />
varejo. Além disso, foi uma alegria<br />
po<strong>de</strong>r fazer parte <strong>de</strong>sse gran<strong>de</strong> projeto!<br />
Solvis<br />
PESSOAS<br />
Após longa temporada na Vetor Zero, o produtor Alberto Lopes (sentado, na foto acima)<br />
está lançando a People cujo mantra é <strong>de</strong> pessoas para pessoas. A produtora, acoplada<br />
ao ecossistema da MovieArt, apresenta casting <strong>de</strong> diretores, entre os quais Carol Delgado,<br />
João Papa e Zamba. E Luiz Evandro, que traz a tecnologia através da Experienced, aceleradora<br />
<strong>de</strong> inovação lançada simultaneamente com a People. A novida<strong>de</strong> para a publicida<strong>de</strong> na<br />
área <strong>de</strong> animação vem com a Birdo, formada pela dupla Paulo Muppet e Lu Eguti, indicados<br />
ao Emmy. “O foco é estreitar as relações entre a equipe e os clientes, garantindo que todos<br />
tenham voz ativa em cada etapa do processo criativo”, comenta Alberto.<br />
Instagram<br />
Post: Apro terá apenas produtoras<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes como afiliadas<br />
Cabe uma reflexão sobre o quão<br />
interessante é terceirizar algumas<br />
áreas, hoje o mercado está<br />
diferentemente capacitado,<br />
também…<br />
Adur Branding<br />
Post: Audi vai mapear curvas similares<br />
ao S do Senna em rodovias do Brasil<br />
Duailibi Essencial<br />
Job incrível!<br />
iD\TBWA<br />
Ah tá, o povo vai achar que tá na<br />
corrida rsrsr!<br />
Wen<strong>de</strong>l Graupner<br />
Errata: Diferentemente do que foi informado,<br />
a presidência do júri do Ampro<br />
Awards é composta por Helena<br />
Bertho, Denise Medolla e Renata Leão.<br />
SOM<br />
A Loud+ assina mais uma produção com edição e mix <strong>de</strong> som <strong>de</strong> ‘Passagrana‘, que estreou<br />
em 19 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> nos cinemas. O filme tem direção e roteiro <strong>de</strong> Ravel Cabral e traz o<br />
gênero heist.<br />
EXPANSÃO<br />
Sócio-fundador e CEO da Agência Cuco, Luan Teixeira está investindo na expansão do negócio<br />
para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova York. “Acreditamos que esta ponte entre São Paulo e Nova York vai<br />
trazer muitas inovações e tendências ao nosso mercado”, explica o executivo.<br />
“Não há admiração mais <strong>de</strong>liciosa do que a do inimigo” (Nelson Rodrigues).<br />
dorinho<br />
INOVAÇÃO<br />
A weme é a nova parceira do Web Summit Rio e traz a São Paulo o Runway to Web Summit<br />
Rio, no dia 3 <strong>de</strong> outubro.<br />
VIRTUAL<br />
Depois <strong>de</strong> atualizar sua tecnologia, a Lu, do Magalu, é a protagonista <strong>de</strong> mais uma campanha.<br />
Agora, ela é estrela <strong>de</strong> uma ação do WhatsApp, que busca educar os consumidores sobre as<br />
ferramentas <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> do aplicativo. É a primeira vez que o aplicativo <strong>de</strong> mensagens faz<br />
parceria com uma influenciadora virtual.<br />
CONSUMO<br />
A Retail Media, empresa <strong>de</strong> mídia especializada em ambientes <strong>de</strong> consumo, anuncia uma<br />
nova estrutura comercial. Com uma promoção e três novos reforços em processo li<strong>de</strong>rado<br />
por Mário Leão (na foto acima com os profissionais) – que retornou à companhia em maio<br />
<strong>de</strong>ste ano como sócio e CSO (chief sales officer). Chegam Marcelo Rocha (ex-Trip Editora, TV<br />
Ban<strong>de</strong>irantes, JP News e Mix FM), Marines Silva (ex-Folha, Jovem Pan, Grupo Ban<strong>de</strong>irantes e<br />
Banco 24Horas) e Maurício Silveira (ex-Kiss FM, Warner Bros, Disney e Ledwave). Além <strong>de</strong>les,<br />
Fernanda Homem <strong>de</strong> Mello, que está há dois anos na Retail Media e também passou por<br />
Grupo Ban<strong>de</strong>irantes e JCDecaux, recebeu promoção.<br />
6 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
AFRICA CREATIVE/ <br />
O ITAÚ<br />
UNIBANCO<br />
FAZ 100 ANOS.<br />
É UM ORGULHO<br />
PARA A AFRICA<br />
CREATIVE<br />
FAZER PARTE<br />
DE 21 ANOS DESTA<br />
HISTÓRIA.<br />
AFRICA<br />
CREATIVE.<br />
COM.BR<br />
© <strong>2024</strong> Africa Creative/ All Rights Reserved
curtas<br />
Divulgação<br />
BraSileiroS gaStam r$ 20 BilhõeS<br />
Com apoStaS online por mÊS<br />
Os brasileiros gastaram em torno <strong>de</strong> R$ 20 bilhões por mês com apostas online entre janeiro e<br />
agosto <strong>de</strong> <strong>2024</strong>, segundo estudo do Banco Central. Cerca <strong>de</strong> 24 milhões <strong>de</strong> pessoas realizaram<br />
pelo menos uma transferência por Pix para as bets. Embora atraia diferentes faixas etárias, as<br />
apostas são feitas majoritariamente por pessoas entre 20 e <strong>30</strong> anos, com valor médio mensal<br />
<strong>de</strong> R$ 100, entre os jovens; e <strong>de</strong> R$ 3 mil, entre os mais velhos, apenas no mês <strong>de</strong> agosto. Cerca<br />
<strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong> beneficiários do Bolsa Família (PBF) transferiram R$ 3 bilhões às empresas<br />
<strong>de</strong> apostas por meio do Pix, média <strong>de</strong> R$ 100 por família. Em 2023, o cantor Michel Teló (foto)<br />
participou <strong>de</strong> campanha criada pela agência Brenda para o Esportes da Sorte, que falava sobre<br />
jogos responsáveis. “Temos <strong>de</strong> regulamentar, sob o risco <strong>de</strong> ver uma elevação no nível <strong>de</strong><br />
endividamento, o que torna o cenário perigosíssimo à frente”, alerta Alexandre Espirito Santo<br />
coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> economia e finanças da ESPM e economista da Way Investimentos. Termina<br />
nesta terça-feira (1º) o prazo para a legalização dos sites <strong>de</strong> apostas online. Recentemente, 113<br />
bets protocolaram licenças no Sistema Geral <strong>de</strong> Apostas, da Secretaria <strong>de</strong> Prêmio e Apostas do<br />
Ministério da Fazenda.<br />
Digital Favela lança Favela PerForma<br />
Divulgação<br />
cannes lions 2025 será entre 16 e 20 De junho<br />
Alê Oliveira<br />
De olho na Black Friday, no dia 29 <strong>de</strong> novembro, projeto mira conversão em favelas e periferias<br />
A empresa especializada em influenciadores das periferias Digital Favela (DF) lançou<br />
a plataforma Favela Performa, que potencializa squads <strong>de</strong> influenciadores criados<br />
sob <strong>de</strong>manda, <strong>de</strong> acordo com o segmento do anunciante, alavancando conversões.<br />
De olho na Black Friday, marcada para o dia 29 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2024</strong>, a iniciativa<br />
“combina conteúdo relevante e inteligência <strong>de</strong> performance para entregar resultados”,<br />
diz Guilherme Pierri, CEO da Digital Favela. Para Tiago Trinda<strong>de</strong>, cofundador<br />
e CCO da empresa, o projeto gera “resultados concretos para marcas que <strong>de</strong>sejam<br />
impactar favelas e periferias, especialmente em um momento tão estratégico<br />
quanto a Black Friday”.<br />
Maior evento da comunida<strong>de</strong> criativa global organiza a sua 72ª edição, que será na França<br />
A 72ª edição do Festival Internacional <strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong> Cannes Lions será realizada na França entre<br />
os dias 16 e 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2025. Em novembro, Simon Cook, CEO do Cannes Lions, virá a São<br />
Paulo para um encontro com a publicida<strong>de</strong> brasileira, organizado pelo Estadão, representante<br />
oficial do evento no Brasil. O executivo <strong>de</strong>ve antecipar novida<strong>de</strong>s para o próximo ano, além <strong>de</strong><br />
fazer um balanço <strong>de</strong> <strong>2024</strong>, quando recebeu 26.753 peças em <strong>30</strong> categorias. O Brasil encerrou<br />
a sua participação com 92 Leões, mesmo volume registrado em 2023. O país ganhou dois GPs,<br />
14 Ouros, 31 Pratas e 45 Bronzes. Foram 150 horas <strong>de</strong> conteúdo produzido por cerca <strong>de</strong> 500 palestrantes.<br />
Um dos painéis mais disputados foi ‘Exploring the new frontiers of innovation’, com<br />
Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), Tesla e SpaceX, e Mark Read, CEO do Grupo WPP.<br />
vellas chega à anonymous content Brazil Dentsu traz a emPresa tag ao Brasil ooh Brasil tem novo Diretor De oPerações<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Diretor <strong>de</strong>senvolverá projetos publicitários e <strong>de</strong> conteúdo<br />
O diretor <strong>de</strong> cena Vellas, ex-sócio e um dos fundadores da<br />
Saigon, acaba <strong>de</strong> se associar à Anonymous Content Brazil, que<br />
atua no país <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2019. “Essa movimentação é um exemplo<br />
prático da nossa visão <strong>de</strong> negócios, on<strong>de</strong> as gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias<br />
<strong>de</strong>vem ser executadas em seu melhor formato, seja ele <strong>de</strong> um<br />
comercial <strong>de</strong> <strong>30</strong> segundos a uma série para o streaming”, <strong>de</strong>staca<br />
a CEO e produtora-executiva Barbara Teixeira. Apple, Nike,<br />
Amazon, Netflix, Coca-Cola e HP estão entre as marcas com<br />
produções assinados pela empresa. “Terei não só a liberda<strong>de</strong><br />
para trabalhar em projetos que realmente acredito, sejam eles<br />
publicida<strong>de</strong> ou entretenimento, mas também toda a estrutura,<br />
suporte internacional e alguns dos maiores talentos globais<br />
na frente e atrás das câmeras”, celebra Vellas.<br />
Juliana d’Alambert: “Soluções únicas para marcas e agências”<br />
O Grupo Dentsu anuncia a chegada da empresa <strong>de</strong> produção<br />
criativa e ativação Tag ao Brasil. O plano faz parte da estratégia<br />
<strong>de</strong> expansão no mercado latino-americano, com “soluções<br />
únicas para marcas e agências. Agora, a nossa porta está<br />
aberta para que eles se beneficiem <strong>de</strong> tudo o que a Tag tem a<br />
oferecer”, diz a CCO Juliana d’Alambert, que li<strong>de</strong>ra a equipe da<br />
América Latina a partir <strong>de</strong> São Paulo. I<strong>de</strong>ação criativa, produção<br />
<strong>de</strong> conteúdo, adaptação e localização, CGI, pós-produção<br />
e produção virtual, embalagens e ponto <strong>de</strong> venda são alguns<br />
recursos utilizados para apresentar soluções <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
conteúdo omnichannel, shopper marketing e ativação. Unilever,<br />
Heineken, Pernod Ricard e Levis já trabalharam com a Tag,<br />
que foi adquirida pelo grupo Dentsu em junho <strong>de</strong> 2023.<br />
Pedro Andra<strong>de</strong> apoia plano <strong>de</strong> crescimento da empresa<br />
A empresa <strong>de</strong> mídia out of home OOH Brasil apresenta Pedro<br />
Andra<strong>de</strong> como diretor <strong>de</strong> operações. Felipe Davis, CEO da<br />
companhia, <strong>de</strong>fine o profissional como “uma referência na<br />
área <strong>de</strong> operações na indústria <strong>de</strong> OOH no Brasil, além <strong>de</strong><br />
trazer experiência internacional em seu currículo”. Com mais<br />
<strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> carreira, Andra<strong>de</strong> ocupou posições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />
na JCDecaux, Clear Channel, Otima (hoje parte da Eletromidia)<br />
e Big Media, <strong>de</strong> Angola, na África. O movimento ampara a<br />
expansão iniciada em 2021. A OOH Brasil já triplicou a sua<br />
estrutura. Atualmente, possui ativos que geram mais <strong>de</strong> 5,1<br />
milhões <strong>de</strong> audiência ao dia e 19 milhões <strong>de</strong> impactos no Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Fortaleza,<br />
mercados-chave do setor no país.<br />
8 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
quem fez<br />
Paulo Macedo<br />
paulo@propmark.com.br<br />
DAVID<br />
GOMES DA COSTA<br />
Fotos Divulgação<br />
Título: ‘Encontros’<br />
ECDs: Fabrício Pretto, Rogério Chaves e Marie Julie Gerbauld<br />
Criação: Rafael barreiros, Tiago Embrizi e Leandro bechara<br />
Planejamento: Carolina Silva e bárbara Pires<br />
Produtora: Asteroi<strong>de</strong><br />
Aprovação: Lucas nouer Fre<strong>de</strong>rico, Mariane Gonçalves Tonato Ferreira,<br />
Eduarda Lima <strong>de</strong> Moraes e Eduarda Paleta Costa<br />
Filme resgata a trilha sonora ‘Só você’ em versão romântica, e a lata como<br />
um personagem. Ela ganha vida e <strong>de</strong>monstra, só <strong>de</strong> pensar no macarrão,<br />
objeto do seu <strong>de</strong>sejo que ganha uma verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>claração, num encontro<br />
cheio <strong>de</strong> sabor. Fica no ar até novembro <strong>de</strong>ste ano e será veiculado na TV e<br />
nas mídias sociais.<br />
wMccAnn<br />
bAnCO DO bRASiL<br />
Título: ‘Campanha <strong>de</strong> crédito – Então tá’<br />
CCO: Dani Ribeiro<br />
Diretor <strong>de</strong> criação: Fábio Ludwig<br />
Criação: Vinícius Assis, Kevin Amaral, Caio Soares, João<br />
netto, Lana Luz e Giani Luca<br />
Aprovação: Paula Sayão, Ana Castro, Elvis Kleber, Maisa<br />
Martino, Vinicius Utsch e Lidiane dos Anjos<br />
Comunicação visa a informar <strong>de</strong> maneira atraente as diversas<br />
modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crédito oferecidas pelo BB, com o objetivo <strong>de</strong><br />
aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s reais dos consumidores. Filmes <strong>de</strong><br />
<strong>30</strong>” e 15” serão exibidos em TV aberta com veiculação nacional,<br />
além <strong>de</strong> completa estratégia digital, e mídia exterior em diversas<br />
praças por todo o Brasil.<br />
In-House e ID\tbwA (VeIculAção)<br />
bAnCO bV<br />
Título: ‘Portfólio BV’<br />
Diretores <strong>de</strong> criação: Vinicius bellacosa e Denise Plácido<br />
Criação: Alex Sandro novaes, Geovane Souza, Diego Simões,<br />
Marcelo Pacheco, Jessica Almeida, João Palma, Paula Schuwenck,<br />
Mayara <strong>de</strong> Moraes, Caroline Padilha e Vinicius Akamine<br />
Aprovação: Marina Freitas, Franciele Manzini, beatriz Abritta<br />
e Raquel Sganzerla<br />
Campanha <strong>de</strong>staca a diversida<strong>de</strong> e a amplitu<strong>de</strong> do portfólio <strong>de</strong> produtos e serviços<br />
do banco, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o financiamento <strong>de</strong> veículos e energia solar, empréstimos<br />
com garantia <strong>de</strong> veículo, cartão <strong>de</strong> crédito, conta digital grátis e investimentos.<br />
Além dos três filmes, veiculados entre <strong>setembro</strong> e outubro, projeto terá<br />
forte presença em mídias OOH (out of home).<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 9
inspiração<br />
Conexão corpo e mente<br />
Fotos: Arquivo Pessoal<br />
“Saí da publicida<strong>de</strong>, virei empresária, me tornei mãe, voltei para Porto<br />
Alegre e já voltei pra publicida<strong>de</strong>. E minha conexão com o pilates segue”<br />
Fernanda Knijnik<br />
Especial para o propmark<br />
A<br />
busca por equilíbrio e bem-estar é constante em nossas vidas. Cada um tenta encontrar<br />
em ativida<strong>de</strong>s diferentes uma válvula <strong>de</strong> escape para a tensão e correria do<br />
dia a dia: alguns recorrem à aca<strong>de</strong>mia, outros ao ciclismo, meditação, caminhada,<br />
natação, corrida. Seja qual for a modalida<strong>de</strong>, o que importa é encontrar um momento <strong>de</strong><br />
pausa e reconexão para manter a saú<strong>de</strong> mental em dia. No meu caso, encontrei nas aulas<br />
<strong>de</strong> pilates a fuga da rotina que precisava para <strong>de</strong>ixar os dias mais leves e equilibrados.<br />
O método foi <strong>de</strong>senvolvido na década <strong>de</strong> 1920 por Joseph Pilates, que empresta seu<br />
sobrenome à modalida<strong>de</strong>. Baseado no conceito <strong>de</strong> contrologia, que consiste no controle<br />
consciente <strong>de</strong> cada movimento, o pilates leva em consi<strong>de</strong>ração o movimento, a mente e o<br />
espírito. Durante os exercícios é preciso estar completamente presente e concentrado, prestando<br />
atenção na execução dos movimentos, na mobilida<strong>de</strong> e na respiração. Essa atenção<br />
plena interfere em muitos pontos importantes no dia a dia - ajuda a controlar a ansieda<strong>de</strong>,<br />
reduzir o estresse e ainda tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> do sono.<br />
Há 20 anos, o pilates me inspira. Entre os novos rumos que a vida toma, a modalida<strong>de</strong><br />
foi sempre constante para mim. Eu me mu<strong>de</strong>i <strong>de</strong> Porto Alegre pra trabalhar em São Paulo;<br />
saí da publicida<strong>de</strong>, virei empresária, me tornei mãe, voltei para Porto Alegre e já voltei pra<br />
publicida<strong>de</strong>. E minha conexão com o pilates segue firme.<br />
Segundo Joseph Pilates, “não interessa o que você faz e, sim, como você faz”. Levo essa<br />
afirmação para a vida porque ela vale para muitos outros campos. Talvez para todos. Seja<br />
no trabalho, em casa, na relação com a família e com os amigos. A intenção é sempre muito<br />
valiosa em qualquer ação que tomamos.<br />
Joseph acreditava que para realizar qualquer movimento é preciso controle, concentração,<br />
precisão e, principalmente, uma respiração a<strong>de</strong>quada. Ele acreditava nisso e eu<br />
acredito nele.<br />
Quando falamos no pilates propriamente dito, o resultado é um corpo mais forte e saudável,<br />
sem riscos <strong>de</strong> lesões. Por meio dos movimentos, é possível <strong>de</strong>senvolver vários grupos musculares,<br />
mobilizar as articulações, melhorar a respiração e aliviar a tensão e dores no corpo.<br />
Quando trazemos essa máxima pro nosso cotidiano sabemos que o objetivo maior é<br />
melhorar o nosso bem-estar. Não somente esculpir o corpo, mas ajudar também a “lapidar”<br />
a mente, auxiliando na concentração e <strong>de</strong>senvolvendo a habilida<strong>de</strong> da atenção plena. Chego<br />
a dizer que a base do pilates – respiração, centro, concentração, controle, precisão e flui<strong>de</strong>z –<br />
é como uma terapia. É o meu momento <strong>de</strong> ficar fora do ar. Esquecer <strong>de</strong> tudo e focar apenas<br />
naquele movimento, naquele exercício. Enten<strong>de</strong>r o corpo como uma engrenagem complexa<br />
que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> inúmeros fatores para funcionar bem.<br />
E é nesse momento, em silêncio, que encontro a minha conexão entre mente e corpo.<br />
Essa pausa fundamental para seguirmos em frente em uma rotina tão corrida e dinâmica.<br />
Além disso tudo, e já que estou falando com publicitários, exercício físico e atenção plena<br />
já provaram estimular nossa criativida<strong>de</strong>. Ao combinar ambos no treino <strong>de</strong> pilates, os<br />
resultados são ainda melhores – até porque todos sabemos que uma mente aberta nos<br />
permite viver novas experiências e nos ensina a saber lidar com os problemas e <strong>de</strong>safios <strong>de</strong><br />
forma mais madura e tranquila.<br />
O resultado é uma vida mais saudável e feliz! E, quem sabe, até mais criativa.<br />
Fernanda Knijnik é head <strong>de</strong> atendimento e produção do DZ Estúdio<br />
10 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
Rino & Partners
entrevista<br />
Claudine Bayma<br />
diretora-geral do Kwai Brasil<br />
“O Kwai preten<strong>de</strong> oferecer<br />
entretenimento o ano inteiro”<br />
Concorrente direto do TikTok, o Kwai<br />
está com uma estratégia cirúrgica na TV<br />
brasileira para criar awareness do aplicativo<br />
<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os curtos como patrocinador<br />
<strong>de</strong> dois dos principais reality shows do<br />
momento, ao mesmo tempo: ‘A Fazenda<br />
16’ e ‘Estrela da Casa’. Além disso, investe<br />
em reality proprietário, com a criação do<br />
‘Kwai Chef’, uma competição culinária que<br />
convida criadores <strong>de</strong> conteúdo, famosos e<br />
anônimos, a compartilharem no app suas<br />
melhores receitas. “Des<strong>de</strong> que chegou<br />
ao Brasil, em 2019, o Kwai investe em<br />
conteúdo regional e quer estar próximo<br />
do que o brasileiro mais gosta, como os<br />
realities”, explica Claudine Bayma, diretorageral<br />
do Kwai Brasil. O objetivo é ser uma<br />
ferramenta para amplificar as conversas, a<br />
interação e as experiências em torno dos<br />
programas. O app também foi patrocinador<br />
do ‘BBB 24’ e teve <strong>de</strong>staque com o reality.<br />
Kelly Dores<br />
Por que o Kwai <strong>de</strong>cidiu investir em reality shows?<br />
Reality shows no Brasil representam um formato que <strong>de</strong>sperta muita paixão e mobiliza<br />
comunida<strong>de</strong>s, e nós percebemos que existe uma necessida<strong>de</strong> por parte do público <strong>de</strong><br />
participar e interagir com o conteúdo, uma vez que os recursos disponibilizados até<br />
então para essa audiência, normalmente resumidos à votação, não eram suficientes.<br />
Intensificamos nosso olhar para essa questão e pensamos em aumentar as oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> engajamento, dando mais fala, voz e permitindo mais aproximação do usuário<br />
com o produto. Somente uma plataforma social como o Kwai, com os recursos que ela<br />
tem, seria capaz <strong>de</strong> prover essa experiência contínua entre o conteúdo e os participantes<br />
para dar autonomia e oportunida<strong>de</strong>s, voz e engajamento para essa comunida<strong>de</strong>.<br />
A partir disso, começa nossa história com os realities, cujo pontapé inicial foi com o<br />
reality show esportivo ‘Microfone Aberto’, em 2021, programa que criamos em parceria<br />
com a Band, que escolheu um repórter para o programa ‘Jogo Aberto’ – e teve uma<br />
segunda edição em 2023.<br />
Divulgação<br />
Como é essa estratégia?<br />
Uma das nossas gran<strong>de</strong>s preocupações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da operação no Brasil sempre foi<br />
engajar as comunida<strong>de</strong>s que estão no app. Estamos sempre com o olhar <strong>de</strong> fomento<br />
à indústria do audiovisual, buscando dar luz a novos talentos, proporcionando oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> para o usuário. Isso não se restringe aos formatos <strong>de</strong> reality,<br />
mas a todas as iniciativas nas quais investimos. Dessa forma, vimos que, como os reality<br />
shows se tornaram temas <strong>de</strong> conversas que não apenas entretêm, mas também<br />
mobilizam a socieda<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ríamos ser uma ferramenta muito útil para amplificar as<br />
conversas, a interação e as experiências em torno <strong>de</strong>sses programas, oferecendo conteúdo<br />
complementar às mídias tradicionais, mobilizando e aproximando os participantes<br />
dos usuários.<br />
Por que colocar a plataforma nos principais reality shows do momento?<br />
O Kwai preten<strong>de</strong> oferecer entretenimento durante o ano inteiro, e nós sempre estamos<br />
<strong>de</strong> olho nos projetos e programas que fazem parte da cultura brasileira. Queremos estar<br />
junto aos melhores e, no caso dos realities, buscamos os programas do gênero que<br />
mais mobilizam o país, então as oportunida<strong>de</strong>s nos levaram a fazer parte <strong>de</strong>sses três<br />
gran<strong>de</strong>s projetos, que estão ocorrendo ao mesmo tempo: ‘Estrela da Casa’, na Globo, ‘A<br />
Fazenda 16’, na Record, e ‘Kwai Chef’, nossa batalha culinária proprietária. Estamos sempre<br />
mapeando o que há <strong>de</strong> mais relevante no calendário <strong>de</strong> entretenimento nacional e<br />
queremos estar presentes nessas conversas.<br />
Quais são as ativações da marca no ‘Estrela da Casa’ e em ‘A Fazenda’?<br />
O Kwai é o app <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os curtos oficial tanto do ‘Estrela da Casa’ quanto <strong>de</strong> ‘A Fazenda<br />
12 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
“Reality shows no Brasil representam um formato<br />
que <strong>de</strong>sperta muita paixão e mobiliza comunida<strong>de</strong>s”<br />
16’. Nossos parceiros enten<strong>de</strong>m que nós, como uma re<strong>de</strong> social <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os curtos, conseguimos<br />
agregar a experiência do usuário e da comunida<strong>de</strong> com recursos da plataforma.<br />
No ‘Estrela’, além <strong>de</strong> marcarmos presença envelopando a primeira “Prova da Estrela”,<br />
oferecemos toda semana uma homenagem especial para o hitmaker (o participante<br />
com a música mais ouvida nas plataformas <strong>de</strong> streaming). Durante um café da manhã,<br />
ele recebe um ví<strong>de</strong>o emocionante <strong>de</strong> algum parente ou amigo que acompanhou o início<br />
<strong>de</strong> sua jornada da música e uma mensagem encorajadora <strong>de</strong> algum artista que,<br />
assim como ele, está no Kwai batalhando para se tornar um artista conhecido. Já participaram<br />
da ação a banda Voe, o Quarteto da Arriação, o músico in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte Gabriel<br />
Won e o cantor Felipe Somma. O Kwai ainda tem uma aba especial <strong>de</strong>dicada ao reality,<br />
batizada <strong>de</strong> “Estrela”, que funciona como um hub <strong>de</strong> conteúdo com tudo que ocorre<br />
no programa num só lugar, com o objetivo <strong>de</strong> ser um facilitador para a comunida<strong>de</strong>. Já<br />
para ‘A Fazenda 16’ teremos bastante conteúdo exclusivo em nossa aba do programa,<br />
gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>le proveniente <strong>de</strong> uma câmera <strong>de</strong>dicada, instalada na se<strong>de</strong> do confinamento.<br />
Além <strong>de</strong> conteúdos produzidos pelos peões por meio <strong>de</strong> celulares mostrando a<br />
rotina com seus companheiros e os animais da fazenda. Outro <strong>de</strong>staque é que assinaremos<br />
um quadro na Live do Eliminado, comandada pelo Lucas Selfie; trazemos <strong>de</strong> volta<br />
o Cantinho Kwai do Fazen<strong>de</strong>iro, um lugar para o peão chefe da semana <strong>de</strong>sabafar com<br />
nossos usuários. Esse lugar foi palco <strong>de</strong> momentos icônicos na edição passada, como<br />
o término do namoro da cantora Kally e a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> André Gonçalves para sua ex-<br />
-mulher, Dani Winits, fato que reconciliou o casal. A última novida<strong>de</strong> é que temos um<br />
time <strong>de</strong> ex-peões estelar como embaixadores que farão muito conteúdo sobre o reality.<br />
A primeira anunciada é Kerline Cardoso, que brilhou muito em ‘A Fazenda 14’ e hoje é<br />
comentarista oficial <strong>de</strong> realities.<br />
O Kwai é patrocinador <strong>de</strong>sses programas pela primeira vez?<br />
O Kwai é o parceiro oficial <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os curtos <strong>de</strong> ‘A Fazenda’, pelo segundo ano consecutivo.<br />
Já na Globo, a plataforma patrocinou a primeira edição do ‘Estrela da Casa’, e o ‘BBB<br />
24’, no início do ano. As últimas experiências ren<strong>de</strong>ram ótimos resultados. Em 2023,<br />
durante o reality da Record, contabilizamos mais <strong>de</strong> 62 mil menções sobre a marca nas<br />
re<strong>de</strong>s, mais <strong>de</strong> 485 milhões <strong>de</strong> impactos das ações do app e mais <strong>de</strong> 4 bilhões <strong>de</strong> impactos<br />
totais no digital, segundo levantamento feito pela plataforma Tunad. Já no início do<br />
ano, durante a exibição do ‘BBB 24’, o Kwai ficou na oitava posição entre as marcas mais<br />
citadas no programa, com 87,2 mil menções nas re<strong>de</strong>s sociais no total – foram cinco<br />
dias no Top 1 e 26 dias no Top 5. O jingle da marca, o ‘Bom Pra Kwai’, reproduzido sempre<br />
nas aparições do Kwai no reality, esteve muito presente nas menções e fora <strong>de</strong>la:<br />
<strong>de</strong>ntro do app, apareceu em 9 milhões <strong>de</strong> posts, superando a barreira <strong>de</strong> 10 bilhões <strong>de</strong><br />
views <strong>de</strong>ntro da plataforma.<br />
E por que o aplicativo <strong>de</strong>cidiu criar um reality proprietário, o ‘Kwai<br />
Chef’?<br />
Des<strong>de</strong> que chegou ao Brasil, em 2019, o Kwai investe em conteúdo regional e quer estar<br />
próximo do que o brasileiro mais gosta, como os reality shows. O ‘Kwai Chef’ foi i<strong>de</strong>alizado<br />
para mostrar as peculiarida<strong>de</strong>s gastronômicas <strong>de</strong> cada cantinho do Brasil que<br />
não são conhecidas nos gran<strong>de</strong>s centros e <strong>de</strong>scobrir talentos, convidando criadores <strong>de</strong><br />
conteúdo, famosos e anônimos no app, a compartilharem suas melhores receitas <strong>de</strong><br />
inspiração familiar, exaltando um pouco da diversida<strong>de</strong> e riqueza gastronômica que<br />
temos no país. Atualmente, a plataforma tem um olhar prioritário para as verticais <strong>de</strong><br />
gastronomia e entretenimento, dois dos territórios que mais repercutem no aplicativo.<br />
Juntas, #comida e #reality somam mais <strong>de</strong> 20 bilhões <strong>de</strong> visualizações em ví<strong>de</strong>os,<br />
por isso <strong>de</strong>cidimos unir essas duas paixões e criar o ‘Kwai Chef’. Só em <strong>2024</strong>, a vertical<br />
<strong>de</strong> comida no Kwai contabilizou 27 bilhões <strong>de</strong> visualizações <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os até o presente<br />
momento. São cerca <strong>de</strong> 150 mil visualizações diárias e 4,5 bilhões <strong>de</strong> visualizações a<br />
cada mês. Ao fim da primeira fase da competição, registramos mais <strong>de</strong> 70 mil ví<strong>de</strong>os<br />
publicados, consolidando o sucesso do projeto diante do público.<br />
O reality é transmitido no próprio Kwai?<br />
Sim, é o primeiro reality show culinário em formato vertical e ví<strong>de</strong>os curtos transmitido<br />
no Kwai. A primeira fase do programa aconteceu por meio <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os compartilhados<br />
no app e a gran<strong>de</strong> final será presencial. O reality é produzido em parceria com o Tastema<strong>de</strong>,<br />
um dos maiores canais <strong>de</strong> gastronomia do mundo, e tem como patrocinadores<br />
gran<strong>de</strong>s marcas como Knorr.<br />
Qual é o formato e qual a proposta da atração? Quantos participantes<br />
tem e o que eles disputam?<br />
O Kwai tem a cara do Brasil, e o ‘Kwai Chef’ foi i<strong>de</strong>alizado para <strong>de</strong>scobrir os diversos<br />
sabores e receitas <strong>de</strong> Norte a Sul do país. Para participar da primeira etapa, era preciso<br />
postar um ví<strong>de</strong>o no Kwai utilizando a hashtag kwaichef, que mostrasse o preparo<br />
<strong>de</strong> uma receita <strong>de</strong> família. Foram convidados cinco criadores <strong>de</strong> gastronomia famosos<br />
no app <strong>de</strong> cada região do país para a avaliação dos ví<strong>de</strong>os: Thiago Barros (Região<br />
Norte); Nathanny Dias (Região Nor<strong>de</strong>ste); Rosangela Rigoni (Centro-Oeste); Jobson<br />
Amancio (Sul); e Eloá Almeida (Su<strong>de</strong>ste). Os jurados selecionaram três usuários em<br />
cada região para as semifinais, cujo <strong>de</strong>safio foi pautado por um prato típico regional<br />
ou local. Cinco criadores foram escolhidos para a final: o Canal Viver <strong>de</strong> Comida (Su<strong>de</strong>ste);<br />
Lina bg (Norte); Dani e Nilza, mãe e filha do Cozinha Prática (Centro-Oeste);<br />
Girlania e seu canal Rotina da Casa 90 (Nor<strong>de</strong>ste); e Léo Anterio (Sul). A gran<strong>de</strong> final<br />
do ‘Kwai Chef’ acontece na se<strong>de</strong> do Tastema<strong>de</strong>, em São Paulo. O júri é composto pela<br />
apresentadora Beatriz Reis e dois criadores <strong>de</strong> conteúdo: Bernardo Soares, jovem<br />
catarinense que comanda o bombado perfil Reviews do Mustache, e Paloma Souza,<br />
atriz e apresentadora baiana. Os cinco finalistas <strong>de</strong>verão impressioná-los com um<br />
menu baseado na famosa e tradicional marmita, ou “quentinha”, como é conhecida<br />
Brasil afora. O anúncio do campeão será feito no dia 1º <strong>de</strong> outubro, na página especial<br />
do ‘Kwai Chef’.<br />
Quando começou o reality?<br />
Em 2021, o ‘Kwai Chef’ teve um piloto, com apresentação da criadora Vivi Cake. Nessa primeira<br />
versão, todo conteúdo foi gravado e julgado <strong>de</strong> maneira digital, e o público podia<br />
escolher fatores <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> para a competição. Já neste ano, os usuários po<strong>de</strong>m se<br />
engajar com os conteúdos e montar e <strong>de</strong>monstrar a sua torcida, mas a escolha estará<br />
nas mãos dos jurados e da apresentadora, a Bia Reis. As inscrições foram abertas no<br />
dia 22 <strong>de</strong> julho e ocorreram até 9 <strong>de</strong> agosto. No dia 22 <strong>de</strong> agosto, foram anunciados os<br />
15 semifinalistas e, no dia 26 do mesmo mês, os finalistas que vão para a gran<strong>de</strong> final.<br />
Por que Beatriz Reis, ex-’BBB24’, foi escolhida para apresentar o<br />
reality?<br />
A Bia é dona do bordão mais lembrado da última edição do ‘BBB’, “O Brasil do Brasil”,<br />
que também foi patrocinado pelo Kwai. Ex-ven<strong>de</strong>dora do Brás, bairro <strong>de</strong> comércio popular<br />
em São Paulo, ela é a cara do Brasil! E a relação <strong>de</strong>la com a plataforma começou<br />
antes mesmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a casa do ‘BBB 24’. Quando a Bia foi lí<strong>de</strong>r no programa, ganhou<br />
uma festa envelopada pelo Kwai e chegou a se emocionar. Então, diante <strong>de</strong>ssa conexão<br />
com o Kwai, que também tem a cara do Brasil, foi natural convidá-la para apresentar o<br />
‘Kwai Chef’, que está mostrando a gastronomia das cinco regiões do país. Nossos investimentos<br />
em reality shows da TV acabam ren<strong>de</strong>ndo parcerias que passaram do formato<br />
convencional para o digital, com a aposta em talentos revelados por esses programas,<br />
assim como está acontecendo com a Bia. O Kwai se tornou um celeiro <strong>de</strong> apresentadores<br />
que participaram <strong>de</strong> realities e se <strong>de</strong>stacaram <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter seus programas na<br />
plataforma, como João Pedro Sgarbi, vencedor do reality ‘Microfone Aberto’ em 2021,<br />
que se tornou comentarista <strong>de</strong> esportes na Band; o ex-BBB Rodrigo Mussi, que comanda<br />
hoje o ‘Melhor <strong>de</strong> 3’ e já fez o ‘Mussi <strong>de</strong> Climão’ e o ‘Café com Mussi’; e as ex-Fazenda<br />
Rachel Sheheraza<strong>de</strong>, jornalista que apresentou o ‘Fala Sheraza<strong>de</strong>’ e foi contratada pela<br />
Record, e Cariúcha, influencer e cantora que estava à frente do ‘Cal<strong>de</strong>irão da Cariúcha’<br />
e hoje brilha no SBT .<br />
O que o vencedor do ‘Kwai Chef’ ganha como prêmio?<br />
O Kwai dará apoio, monitoramento e mentoria ao creator vencedor para que ele se consoli<strong>de</strong><br />
e se torne um criador <strong>de</strong> conteúdo gran<strong>de</strong> e importante <strong>de</strong>ntro da plataforma.<br />
“A plataforma tem um olhar<br />
prioritário para as verticais <strong>de</strong><br />
gastronomia e entretenimento”<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 13
pesquisas<br />
Estudo ‘Sem cabimento’, da Dubu, alerta<br />
para as novas formas <strong>de</strong> consciência<br />
Amostra <strong>de</strong> 500 indivíduos revela que 80% dos brasileiros não se<br />
reconhecem na publicida<strong>de</strong> das marcas <strong>de</strong> moda e <strong>de</strong> vestuário<br />
Pesquisa conduzida este ano pela<br />
Dubu, consultoria <strong>de</strong> estratégia<br />
para marcas e negócios, revela<br />
que 80% dos brasileiros não se reconhecem<br />
ou se veem apenas parcialmente<br />
como pessoas representadas<br />
nos anúncios <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> moda e<br />
vestuário.<br />
Ao todo, 35% disseram não se i<strong>de</strong>ntificar,<br />
enquanto 45% <strong>de</strong>clararam se reconhecer<br />
<strong>de</strong> modo limitado com os corpos<br />
representados na publicida<strong>de</strong> dos anunciantes<br />
<strong>de</strong>sse importante tra<strong>de</strong> ainda<br />
muito amarrado aos formatos tradicionais<br />
<strong>de</strong> abordagem e casting.<br />
Apenas 31% afirmaram que as marcas<br />
<strong>de</strong>sse setor oferecem produtos que respeitam<br />
seus corpos. Batizado <strong>de</strong> ‘Sem cabimento’,<br />
o estudo foi realizado com pessoas<br />
entre 16 e 50 anos em todo o Brasil.<br />
O levantamento indicou ainda quais<br />
são as marcas <strong>de</strong> moda e vestuário que<br />
melhor realizam trabalhos <strong>de</strong> aceitação<br />
dos corpos. Ao todo, Renner, Nike e C&A<br />
receberam 12% das citações espontâneas<br />
cada, seguidos por Adidas com 10% e<br />
Riachuelo, com 8%. Mais <strong>de</strong> 40 marcas<br />
foram citadas no total.<br />
“A presença <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />
entre as mais mencionadas indica<br />
como o acesso – econômico e logístico<br />
– é importante para os brasileiros<br />
quando o tema é moda”, pon<strong>de</strong>ra Ivan<br />
Scarpelli, sócio e cofundador da Dubu. O<br />
executivo prossegue:<br />
“Estas marcas estão mais presentes<br />
com suas lojas e ofertas digitais em<br />
todo o Brasil, com portfólios variados<br />
que conectam os estilos dos consumidores,<br />
facilitando a compra com oferta<br />
<strong>de</strong> crédito e parcelamentos.”<br />
O levantamento nota a importância<br />
dos investimentos <strong>de</strong>stas marcas<br />
no mercado plus size, <strong>de</strong>stacando esta<br />
estratégia como um caminho para <strong>de</strong>mocratizar<br />
acesso e ampliar o reconhecimento<br />
<strong>de</strong> múltiplos corpos.<br />
“As varejistas <strong>de</strong> moda apontadas na<br />
pesquisa apostam na diversida<strong>de</strong> como<br />
um caminho importante <strong>de</strong> reconhecimento<br />
e fi<strong>de</strong>lização”, <strong>de</strong>staca Anna Beatriz<br />
Azem, sócia e confudadora da Dubu.<br />
“Este movimento é importante para<br />
um segmento que ainda é percebido<br />
Julia Guilge, Anna Azem e Ivan Scarpelli são sócios e confundadores da Dubu<br />
<strong>de</strong> forma muito conflituosa e que pe<strong>de</strong><br />
por mais investimentos para o bem-estar<br />
e inclusão <strong>de</strong> seus consumidores”,<br />
ela acrescenta.<br />
De fato, a pesquisa indica como os<br />
brasileiros percebem como setores <strong>de</strong><br />
moda e vestuário afetam seus corpos positivamente<br />
e negativamente na mesma<br />
proporção (38%), <strong>de</strong>stacando espaços <strong>de</strong><br />
oportunida<strong>de</strong> para estes mercados.<br />
Questionadas sobre quais são as<br />
marcas <strong>de</strong> moda e vestuário prediletas<br />
da geração Z, formada por pessoas nascidas<br />
entre 1995 e 2010, os respon<strong>de</strong>ntes<br />
apontaram espontaneamente Riachuelo<br />
(14%), Nike (13%), C&A e Renner<br />
(12% cada), Marisa (9%) e Adidas (8%).<br />
O índice <strong>de</strong> rejeição <strong>de</strong> marcas nestes<br />
segmentos chegou a 42%, o maior entre<br />
todas as ida<strong>de</strong>s.<br />
Divulgação<br />
“Democratizar<br />
acesso e ampliar<br />
o reconhecimento<br />
<strong>de</strong> múltiplos<br />
corpos”<br />
“Verificamos que 92% <strong>de</strong>stes jovens<br />
acreditam que a autoestima está associada<br />
com a aparência, o que reforça a<br />
importância <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> aproximação<br />
que valorize representações genuínas<br />
e o retrato dos corpos como são<br />
na realida<strong>de</strong> – algo que é fundamental<br />
para esta audiência”, indica Scarpelli.<br />
O estudo é inspirado em um experimento<br />
feito pelo ginecologista Robert L.<br />
Dickinson e pelo artista Abram Belskie<br />
em 1945. A dupla criou duas esculturas<br />
com o objetivo <strong>de</strong> representar aqueles<br />
que seriam os corpos <strong>de</strong> um homem<br />
(Normman) e <strong>de</strong> uma mulher (Norma)<br />
consi<strong>de</strong>rados comuns. Para a pesquisa,<br />
foram realizadas 500 entrevistas quantitativas<br />
com pessoas <strong>de</strong> todo o Brasil, <strong>de</strong><br />
ambos os sexos, com ida<strong>de</strong>s entre 16 e 50<br />
anos. O índice <strong>de</strong> confiança é <strong>de</strong> 95%.<br />
“A Dubu é uma consultoria <strong>de</strong> estratégia<br />
para marcas e negócios que<br />
revela novas formas <strong>de</strong> consciência<br />
que renovam a atuação e o crescimento<br />
<strong>de</strong> organizações. Efetiva na abordagem<br />
<strong>de</strong> resultados, oferece soluções<br />
<strong>de</strong> estratégia, pesquisas e workshops,<br />
apoiando também as ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> marketing dos seus clientes”, salientam<br />
os sócios Anna e Scarpelli, em<br />
comunicado.<br />
“Esse experimento nos traz muitos<br />
questionamentos sobre os padrões<br />
adotados e os critérios que levam um<br />
corpo a ser consi<strong>de</strong>rado comum ou<br />
i<strong>de</strong>al”, explica Julia Guilger, sócia e cofundadora<br />
da Dubu, que vai adiante na<br />
sua análise sobre o papel das marcas no<br />
reconhecimento dos consumidores.<br />
“Racismo, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e o papel das<br />
mulheres na socieda<strong>de</strong> são alguns temas<br />
a serem discutidos. Nossa pesquisa<br />
trata <strong>de</strong> um tema que reflete uma<br />
longa trajetória histórica e social e é<br />
um tópico que exige das marcas uma<br />
postura <strong>de</strong> reconhecimento e atuação<br />
contínuas para benefício das pessoas.<br />
Normalizar padrões inatingíveis e <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar<br />
os corpos das pessoas é negligenciar<br />
a existência <strong>de</strong> cada um. Por<br />
isso, esse estudo e é um convite para<br />
refletir e potencializar novas formas <strong>de</strong><br />
consciência para as marcas em torno<br />
<strong>de</strong>sse tema”, finaliza a executiva.<br />
14 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
produtoras<br />
The Future Studios traz inteligência<br />
artificial para produção cinematográfica<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratizar o mercado, empresa aposta no uso<br />
<strong>de</strong> IA para reduzir as complexida<strong>de</strong>s técnicas e ampliar oportunida<strong>de</strong>s<br />
Tayla Carolina<br />
Cena <strong>de</strong> filme produzido pela The Future Studios para o Grupo FarmaBrasil, sobre a chegada da bula digital ao país<br />
“Estamos bem<br />
posicionados para<br />
aten<strong>de</strong>r as gran<strong>de</strong>s<br />
marcas do mercado”<br />
Baepi Pinna: IA generativa é apenas uma ferramenta<br />
Fotos: Divulgação<br />
A<br />
The Future Studios foi lançada em março<br />
<strong>de</strong>ste ano com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratizar a<br />
produção audiovisual, impulsionando o uso<br />
<strong>de</strong> inteligência artificial generativa para reduzir as<br />
complexida<strong>de</strong>s técnicas e ampliar as possibilida<strong>de</strong>s<br />
ao contar histórias. “Evoluímos muito como profissionais<br />
<strong>de</strong> IA junto com a evolução das ferramentas e<br />
estamos bem posicionados para aten<strong>de</strong>r as gran<strong>de</strong>s<br />
marcas do mercado publicitário, além <strong>de</strong> suprir carências<br />
e minimizar riscos no universo do entretenimento”,<br />
garante Baepi Pinna, diretor <strong>de</strong> cena e sócio da<br />
The Future Studios.<br />
Para a produtora, a inteligência artificial generativa<br />
está longe <strong>de</strong> ser uma ameaça à indústria cinematográfica.<br />
Ela é vista como uma aliada, que po<strong>de</strong><br />
potencializar a produção audiovisual no Brasil. “Será<br />
apenas mais uma ferramenta para nos ajudar a contar<br />
histórias, como o próprio surgimento da câmera<br />
foi um dia. A IA chega muito rápido e ten<strong>de</strong> a assustar,<br />
mas acredito que o mercado audiovisual per<strong>de</strong>rá esse<br />
medo e <strong>de</strong>scobrirá que essas novas ferramentas vão<br />
<strong>de</strong>mocratizar a produção e viabilizar gran<strong>de</strong>s histórias”,<br />
explica o diretor.<br />
“Vamos gastar menos tempo com ativida<strong>de</strong>s que<br />
po<strong>de</strong>m ser automatizadas e po<strong>de</strong>remos nos <strong>de</strong>dicar à<br />
parte criativa, que carrega o verda<strong>de</strong>iro valor das obras<br />
cinematográficas”, complementa. A IA generativa abre<br />
as portas para uma produção mais eficiente e <strong>de</strong> menor<br />
risco. “Po<strong>de</strong>mos montar um filme com imagens geradas<br />
por IA e <strong>de</strong>finir o ritmo <strong>de</strong> montagem, direção <strong>de</strong><br />
arte e <strong>de</strong> fotografia, figurinos, paleta <strong>de</strong> cor, tempo <strong>de</strong><br />
cenas e mise en scene”, <strong>de</strong>talha Pinna.<br />
Segundo a produtora, ao preparar conceitos e prévias<br />
visuais <strong>de</strong>talhadas, as equipes chegam ao set <strong>de</strong><br />
filmagem mais preparadas, otimizando o tempo <strong>de</strong><br />
produção e permitindo uma visão mais clara do produto<br />
final. A tecnologia também facilita a análise dos<br />
projetos. “Po<strong>de</strong>mos mitigar riscos em séries, montando<br />
concept trailers on<strong>de</strong> já apresentamos personagens,<br />
trazemos a proposta estética e narrativa e, com<br />
isso, grupos <strong>de</strong> pesquisa conseguem avaliar melhor<br />
uma possível produção do que somente lendo um roteiro”,<br />
completa.<br />
Entre os trabalhos mais recentes, está uma campanha<br />
sobre a chegada da bula digital <strong>de</strong> medicamentos<br />
ao mercado nacional, criada para o Grupo<br />
FarmaBrasil. Três filmes foram produzidos exclusivamente<br />
com inteligência artificial generativa. “O <strong>de</strong>safio<br />
foi informar e engajar o público usando o que há<br />
<strong>de</strong> mais novo na tecnologia”, aponta Baepi. O uso da<br />
inteligência artificial generativa na criação dos filmes<br />
permitiu explorar novas formas <strong>de</strong> narrativa e engajamento,<br />
sem per<strong>de</strong>r a essência do trabalho cinematográfico<br />
tradicional.<br />
“Tudo começou com um monstro para apresentar<br />
um posicionamento para a marca EMS, que fizemos<br />
utilizando IA. O monstro foi tão bem aceito que acabamos<br />
produzindo as campanhas <strong>de</strong> bula digital para o<br />
Grupo FarmaBrasil. A i<strong>de</strong>ia não era substituir a câmera<br />
e sim usar uma nova linguagem para contar as histórias<br />
da campanha, incorporando a inovação tecnológica<br />
que a bula digital adiciona ao mo<strong>de</strong>lo tradicional<br />
<strong>de</strong> consulta <strong>de</strong> medicamentos”, explica Pinna.<br />
Cinema<br />
A The Future Studios enxerga a inteligência artificial<br />
como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratizar o cinema<br />
e <strong>de</strong>rrubar barreiras históricas na indústria audiovisual.<br />
“Imagino que a IA vai <strong>de</strong>mocratizar o cinema,<br />
uma indústria gigantesca, mas que sempre foi muito<br />
elitista”, situa Pinna.<br />
O executivo lembra que, no cenário atual, um roteirista<br />
com expertise em IA generativa já po<strong>de</strong> dar<br />
vida, testar e provar o potencial do seu trabalho sem<br />
precisar do financiamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s players da indústria<br />
audiovisual. “Na velocida<strong>de</strong> que a ferramenta<br />
está evoluindo, acredito que, em menos <strong>de</strong> um ano,<br />
um estúdio composto por cinco IA filmmakers será capaz<br />
<strong>de</strong> produzir um longa-metragem para as telonas<br />
em poucos meses <strong>de</strong> produção”, sinaliza o diretor.<br />
16 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
produtoras<br />
PXP, do Publicis Groupe, une experiência,<br />
estúdio audiovisual e influenciadores<br />
A agência ARC, <strong>de</strong> live marketing, também integra essa divisão<br />
comandada por Tato Bono, que vê produção como parte do negócio<br />
Paulo Macedo<br />
Enxergar a produção audiovisual<br />
como parte integrante do business<br />
dos clientes é o pensamento<br />
da executiva Tato Bono, <strong>de</strong>signada<br />
pelo Publicis Groupe para comandar a<br />
operação PXP no mercado brasileiro.<br />
Ela conta que nas conversas com Gabi<br />
Onofre, CEO do grupo francês no país, a<br />
similarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamento com foco<br />
em efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios foi fundamental<br />
para aceitar o <strong>de</strong>safio proposto<br />
pela empresa. Tato trabalhou no passado<br />
por um período <strong>de</strong> sete anos e cinco<br />
meses como diretora <strong>de</strong> produção, logo<br />
após a chegada <strong>de</strong> Curitiba, sua cida<strong>de</strong><br />
natal, on<strong>de</strong> atuou por mais <strong>de</strong> oito anos<br />
na Master. Ela ainda teve passagens pela<br />
Craft e Hogarth. Com a criação da PXP,<br />
a Prodigious <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> operar no país,<br />
mas está no portfólio global do Publicis.<br />
A experiente Tato <strong>de</strong>lineou a PXP com<br />
três hubs específicos: 1) Estúdios focados<br />
em produção audiovisual, com apoio da<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pós estrutura em Pelotas<br />
(RS); 2) Creators, resultado <strong>de</strong> uma parceria<br />
estratégica com a BR Media; 3) PXP<br />
Experience.<br />
“Enten<strong>de</strong>r que mais do que oferecer<br />
solução, usar influenciador significa<br />
buscar o melhor parceiro. E a BR Media<br />
foi uma escolha esperta. É uma parceria<br />
explícita, não velada, para oferecer <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o início mais do que uma curadoria<br />
<strong>de</strong> execução. A i<strong>de</strong>ia é contribuir com<br />
dados e ferramentas <strong>de</strong> embasamento<br />
ao planejamento. Vamos estar colados<br />
nas agências do Publicis: LePub, Talent,<br />
DPZ, Leo Burnet e Performics. No caso da<br />
Experience, a i<strong>de</strong>ia é explorar tudo que<br />
impacta o consumidor. Ou os pontos <strong>de</strong><br />
contato tría<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m entregar soluções<br />
completas para o cliente. Ativação<br />
dificilmente não vai ter influencer e audiovisual.<br />
Está tudo conectado. Conteúdo<br />
é experiencia. É uma linha muito tênue.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do que seja a entrega,<br />
ela tem <strong>de</strong> ser end to end”, <strong>de</strong>talha<br />
Tato, que também comanda a ARC, cuja<br />
expertise é live marketing. “Ela esteve<br />
com Movida no Rock in Rio e aten<strong>de</strong> Philip<br />
Morris, Nubank, Minerva, Carrefour e<br />
Nívea, por exemplo.”<br />
Tato Bono propõe hubs especializados em produção, experience e creators para oferecer soluções em tempo real para os clientes<br />
Tato <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo da PXP diante<br />
do número <strong>de</strong> plataformas existentes e o<br />
<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> alimentá-las. Em sua opinião,<br />
solucionar problemas <strong>de</strong> criação é a priorida<strong>de</strong>.<br />
“Temos a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r sentar<br />
do lado da criação e <strong>de</strong>senvolver junto<br />
com os profissionais projetos digitais<br />
com tíquete médio baixo e volumetria.<br />
Queremos que a PXP Brasil se transforme<br />
em hub global para trazer produções internacionais<br />
para cá”, ela <strong>de</strong>staca.<br />
A PXP também vai contratar produtoras<br />
do mercado para alguns trabalhos.<br />
“Mesmo porque, a i<strong>de</strong>ia não é canibalizar.<br />
Eu acho que as produtoras têm medo <strong>de</strong><br />
que esse mo<strong>de</strong>lo roube a fatia toda. O<br />
plano é crescer o mercado <strong>de</strong> produção.<br />
Os talentos sempre vão existir, mas os<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócios precisam ser revistos.<br />
As agências precisam se reinventar<br />
“Como os projetos<br />
têm vida mais<br />
longa, é mais fácil<br />
trazer pra <strong>de</strong>ntro”<br />
Divulgação<br />
porque há cobrança por relevância. Antes,<br />
o processo acabava quando a cópia<br />
era entregue. Hoje, com re<strong>de</strong>s sociais,<br />
está apenas começando. Como os projetos<br />
têm vida mais longa, é mais fácil<br />
trazer pra <strong>de</strong>ntro”, justifica Tato.<br />
O negócio não é mais só publicida<strong>de</strong>.<br />
Por isso, Tato acredita que o Publicis, ao<br />
trazer Gabi Onofre para sua li<strong>de</strong>rança,<br />
acertou na mudança porque traz a visão<br />
<strong>de</strong> cliente para a mesa <strong>de</strong> planejamento.<br />
“Temos perfis diferentes <strong>de</strong> agência<br />
e são essas capabilities do grupo que<br />
po<strong>de</strong>m oferecer para uma marca publicida<strong>de</strong><br />
e tecnologia. Uma visão híbrida.<br />
Mesmo porque, a publicida<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> ser<br />
cada vez mais matemática. E misturada.<br />
Nesse período que estou aqui já fizemos<br />
Club Social e Oreo com a Leo Burnett, por<br />
exemplo”, finaliza Tato.<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 17
DIZEM QUE O<br />
HUMOR ESTA<br />
VOLTANDO,<br />
MAS A GENTE<br />
NEM SABIA<br />
QUE TINHA<br />
IDO EMBORA.<br />
'<br />
@onzevinteum
“Ah, mas a 11:21 usa humor<br />
<strong>de</strong>mais”. Não existe algo como<br />
amor ou humor <strong>de</strong>mais,<br />
principalmente quando o<br />
assunto é se comunicar com<br />
gente, com pessoas que estão<br />
pelas ruas, na internet, visitando<br />
a avó, saindo com os amigos,<br />
vivendo, enfim. E a vida <strong>de</strong><br />
todos nós, a gente sabe,<br />
precisa muito <strong>de</strong> humor e <strong>de</strong><br />
amor. E é por lá, pela vida real,<br />
que a<br />
propaganda que a gente cria<br />
circula e convive.<br />
Campanhas <strong>de</strong> produto,<br />
serviço, institucionais, sempre<br />
usando a emoção, e uma <strong>de</strong>las<br />
- a principal, confessamos - o<br />
humor, em várias <strong>de</strong> suas<br />
formas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o pequeno<br />
sorriso <strong>de</strong> canto <strong>de</strong> boca até a<br />
gargalhada alta no meio da<br />
sala <strong>de</strong> aula, do ônibus ou do<br />
trabalho.<br />
A 11:21 trabalha com o contexto,<br />
da socieda<strong>de</strong> e das marcas,<br />
mas sempre com emoção,<br />
humor e prazer. Que bom ler<br />
por aí que o humor está<br />
voltando. Aqui ele sempre<br />
esteve presente, e mandando<br />
muito.
mercado<br />
Freepik<br />
Mergulhados em dívidas e linhas <strong>de</strong> crédito que corroem todo o lucro das empresas, os profissionais do setor pe<strong>de</strong>m revisão <strong>de</strong> condutas, relações mais justas e equânimes<br />
Prazos <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> até meio ano<br />
sufocam investimentos na publicida<strong>de</strong><br />
Cenp prepara documento <strong>de</strong> boas práticas para mitigar discordâncias<br />
e estabelecer relações sustentáveis no ecossistema da comunicação<br />
Janaina Langsdorff<br />
Os prazos <strong>de</strong> pagamento praticados<br />
na publicida<strong>de</strong> exigem esforços<br />
financeiros redobrados para manter<br />
o fluxo <strong>de</strong> caixa sadio. Haja fôlego.<br />
Prazos <strong>de</strong> <strong>30</strong> a 45 dias, que refletiam<br />
<strong>de</strong> forma mais apropriada o ritmo das<br />
campanhas, se transformaram em 60,<br />
90, 120 e 180, contados a partir da aprovação<br />
do projeto. Mas cronogramas<br />
po<strong>de</strong>m se esten<strong>de</strong>r, agravando ainda<br />
mais a situação <strong>de</strong> fornecedores, que<br />
acabam per<strong>de</strong>ndo o controle sobre os<br />
possíveis <strong>de</strong>sdobramentos do trabalho.<br />
“Atualmente, contamos com <strong>30</strong> e 60<br />
dias como prática para a maioria dos<br />
clientes, com alguns casos <strong>de</strong> 90 e até<br />
mesmo 120. Esses têm sido mais raros<br />
e, felizmente, existe um movimento <strong>de</strong><br />
aproximação <strong>de</strong> boa parte dos anunciantes<br />
em rever tamanho prazo”, sinaliza<br />
Oscar Moraes, co-CEO, COO e partner da<br />
BFerraz, empresa da re<strong>de</strong> B&Partners.<br />
Fontes do mercado consultadas pelo<br />
propmark, que preferiram manter a sua<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> em sigilo, comentam a resistência<br />
em se <strong>de</strong>finir um prazo máximo,<br />
situação que <strong>de</strong>ixa as agências à mercê<br />
<strong>de</strong> “alguns absurdos praticados, que chegam<br />
a 120 dias”. Outros escancaram a<br />
indignação. “Para uma agência bancar o<br />
caixa <strong>de</strong> um cliente por meio ano, precisa<br />
ter uma saú<strong>de</strong> financeira e tanto”, diz<br />
Fernando Figueiredo, CEO da Bullet.<br />
A Apro+Som trabalha na elaboração<br />
<strong>de</strong> proposta para um projeto <strong>de</strong> lei, cujo<br />
objetivo é garantir que as empresas voltem<br />
a receber em <strong>30</strong> dias. “Uma atuação<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m legal frearia essa prática <strong>de</strong><br />
prazos muito longos”, assinala Bia Ambrogi,<br />
presi<strong>de</strong>nte da associação. “Sabemos<br />
que existem diversos anunciantes<br />
que praticam condições <strong>de</strong> pagamento<br />
<strong>de</strong> 120, 1<strong>30</strong>, 160 dias <strong>de</strong>pois do projeto<br />
executado. Isso é insustentável”, emenda<br />
o CEO da Bullet, que trabalha com condições<br />
<strong>de</strong> pagamento que variam, em média,<br />
45 dias. “Mas que jamais ultrapassam<br />
90”, avisa Figueiredo.<br />
O tema é <strong>de</strong>batido também no Cenp<br />
- Fórum da Autorregulação do Mercado<br />
“O mercado não<br />
se autorregula,<br />
ele se <strong>de</strong>vora”<br />
Publicitário, que confirma a criação <strong>de</strong><br />
um documento a ser lançado em outubro.<br />
“O Cenp tem plena ciência que este é<br />
um tema fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>ssa indústria e afeta diferentes<br />
agentes do ecossistema publicitário.<br />
Dada a urgência e sua importância, o Fórum<br />
está finalizando um documento que<br />
vai tratar justamente <strong>de</strong> prazos e outras<br />
frentes que, juntas, sintetizam as relações<br />
sustentáveis entre os protagonistas<br />
<strong>de</strong>ste mercado. O conteúdo – alinhado<br />
com todos os agentes da indústria: agências<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, anunciantes, veículos<br />
<strong>de</strong> comunicação e elos digitais –,<br />
<strong>de</strong>ve estar centrado em recomendações<br />
e boas práticas para mitigar eventuais<br />
discordâncias sobre este tópico”, informa<br />
a entida<strong>de</strong>.<br />
Procurada, a Associação Brasileira <strong>de</strong><br />
Anunciantes (ABA) explicou que não se<br />
manifestaria porque, “por uma questão<br />
<strong>de</strong> compliance, não entra em negociações,<br />
preços e prazos, que <strong>de</strong>vem existir<br />
entre agências e anunciantes. Essas<br />
práticas são feitas diretamente pelas<br />
duas partes, não passando pela ABA”.<br />
Consultadas, a Ambev (dona <strong>de</strong> Brahma,<br />
Guaraná Antarctica e Lipton, entre outras<br />
marcas), a Unilever (fabricante <strong>de</strong> Dove,<br />
OMO e Seda, entre outros produtos) e a<br />
P&G (que comercializa Gillette, Oral-B,<br />
Pampers, entre outros itens) não respon<strong>de</strong>ram.<br />
Devo, não nego<br />
Da entrada ao faturamento, o trâmite<br />
percorrido pelas notas fiscais <strong>de</strong>ve<br />
ser respeitado. Fora do prazo estabelecido,<br />
possivelmente, será necessária a<br />
prorrogação do vencimento – contado<br />
20 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
Marianna Souza, da Apro e FilmBrazil: condições questionáveis<br />
Heloisa Santana, da Ampro: prática <strong>de</strong> revisões sustentáveis<br />
<strong>de</strong> acordo com os dias fora do mês <strong>de</strong><br />
veiculação, ou DMFs, consi<strong>de</strong>rando a<br />
mídia tradicional. Especialistas partem<br />
do pressuposto <strong>de</strong> que as marcas paguem<br />
entre 15 e <strong>30</strong> dias. Esse intervalo<br />
ocorre “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estou no mercado,<br />
há 27 anos”, confere o professor João Oliver,<br />
do curso <strong>de</strong> comunicação e publicida<strong>de</strong><br />
da ESPM.<br />
A exceção fica para anunciantes com<br />
orçamentos portentosos, cujo prazo varia<br />
<strong>de</strong> 60 a 90 dias. “Aqui, falamos <strong>de</strong> clientes<br />
que possuem, para esses casos, acordos<br />
com as agências”, pon<strong>de</strong>ra Oliver. Nos<br />
players digitais, a emissão dos documentos<br />
gira em torno <strong>de</strong> 20 a <strong>30</strong> DFMs.<br />
Mas os prazos praticados nos últimos<br />
anos obrigaram as agências a se adaptar.<br />
A Hands Ag já teve <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong><br />
contratos com marcas que extrapolam<br />
os prazos habituais. “Nenhuma conta<br />
vale colocar em risco o equilíbrio financeiro<br />
que adquirimos ao longo dos anos”,<br />
situa Marcelo Lenhard, fundador e CEO da<br />
agência, que opera com intervalos entre<br />
10 e 90 dias. “Repare que há uma diferença<br />
significativa no padrão”, sublinha<br />
o executivo.<br />
Para Fernando Figueiredo, os <strong>de</strong>svios<br />
começaram quando “um ou dois anunciantes<br />
específicos, que aplicavam quase<br />
meio ano <strong>de</strong> prazo <strong>de</strong> pagamento, acabaram<br />
criando distorções, e vários outros<br />
seguiram a moda”. O CEO da Bullet atribui<br />
às agências a missão <strong>de</strong> corrigir esse<br />
mo<strong>de</strong>lo. “Como? Dizendo não para condições<br />
abusivas e procurando relações<br />
saudáveis”, propõe. A crescente pressão<br />
sobre custos e margens também incita o<br />
prolongamento <strong>de</strong> prazos.<br />
Há quem diga que o processo foi gradativo.<br />
Era uma PO (do inglês purchase<br />
or<strong>de</strong>r, ou or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviço) que esticava<br />
o prazo <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> uma nota ou<br />
um sistema fora do ar. Foi preciso ter<br />
flexibilida<strong>de</strong> nas negociações para ajustar<br />
interesses. “Definimos no Fórum da<br />
Produção Publicitária como melhores<br />
práticas o pagamento em até 60 dias da<br />
aprovação do orçamento. Hoje, nem esse<br />
prazo é respeitado”, evi<strong>de</strong>ncia Marianna<br />
Souza, presi<strong>de</strong>nte da Associação Brasileira<br />
da Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais<br />
(Apro) e gerente-executiva da FilmBrazil,<br />
plataforma <strong>de</strong> internacionalização criada<br />
em parceria com a Agência Brasileira <strong>de</strong><br />
Promoção <strong>de</strong> Exportações e Investimentos<br />
(ApexBrasil).<br />
“É <strong>de</strong>safiador<br />
viabilizar uma<br />
produção sem<br />
recorrer a<br />
empréstimos”<br />
A presi<strong>de</strong>nte da Apro+Som, Bia Ambrogi,<br />
acredita que os vencimentos começaram<br />
a aumentar por volta <strong>de</strong> 2012,<br />
quando as mesas <strong>de</strong> compra e áreas <strong>de</strong><br />
procurement <strong>de</strong>sembarcaram no Brasil.<br />
“Porém, sem levar em consi<strong>de</strong>ração as<br />
condições econômicas do mercado bra-<br />
Oscar Moraes, da BFerraz: entendimento <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s<br />
Fotos: Divulgação<br />
Fernando Figueiredo, da Bullet: é preciso ter saú<strong>de</strong> financeira<br />
Fotos: Alê Oliveira e Divulgação<br />
sileiro com juros altos”, contextualiza.<br />
Oscar Moraes, da BFerraz, adverte que<br />
a prática é histórica. “Existem anunciantes<br />
que sempre aplicaram uma política<br />
<strong>de</strong> alongamento <strong>de</strong> prazos <strong>de</strong> pagamento<br />
para toda a sua ca<strong>de</strong>ia. Agências<br />
e prestadores <strong>de</strong> serviço sabiam que,<br />
para atuar com <strong>de</strong>terminadas empresas,<br />
teriam <strong>de</strong> aceitar o mo<strong>de</strong>lo apresentado”,<br />
atenta.<br />
Puxa Daqui, estica De lá<br />
É <strong>de</strong> apenas 23,9% a média <strong>de</strong> integrantes<br />
da Associação <strong>de</strong> Marketing<br />
Promocional (Ampro) que recebe em até<br />
<strong>30</strong> dias, segundo rastreamento feito pela<br />
entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2022. “Ano a ano, vem<br />
caindo”, calcula a presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />
Heloisa Santana. Ela percebe uma tendência<br />
para prazos cada vez mais longos,<br />
comumente <strong>de</strong> 60 a 90 dias. “Em alguns<br />
casos, po<strong>de</strong>m ser ainda maiores, o que<br />
tem se tornado um <strong>de</strong>safio significativo<br />
para o setor. Esse é um dos pontos <strong>de</strong><br />
maior sensibilida<strong>de</strong> do live marketing”,<br />
confessa.<br />
Verda<strong>de</strong> é que não há uma metodologia<br />
compartilhada entre os players, e o<br />
assunto segue como pivô <strong>de</strong> discussões.<br />
“Observamos uma onda crescente <strong>de</strong><br />
anunciantes esten<strong>de</strong>ndo cada vez mais<br />
os seus prazos, impactando o fluxo <strong>de</strong><br />
caixa <strong>de</strong> agências, produtoras e <strong>de</strong> todos<br />
os fornecedores da indústria. Essas gran<strong>de</strong>s<br />
corporações se aproveitam <strong>de</strong>sse<br />
po<strong>de</strong>r econômico para impor uma série<br />
<strong>de</strong> condições questionáveis, entre elas,<br />
prazos <strong>de</strong> 90 até 120 dias”, reitera Marianna,<br />
da Apro e FilmBrazil.<br />
Também o prazo estabelecido no pedido<br />
<strong>de</strong> orçamento nem sempre é cum-<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 21
Freepik<br />
A lógica empresarial e a gestão financeira ganham urgência em <strong>de</strong>trimento da criação, inovação e produção, enfraquecendo a qualida<strong>de</strong> técnica e artística dos trabalhos<br />
prido. Manobras financeiras envolvendo<br />
data <strong>de</strong> faturamento, sistemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> compra e <strong>de</strong> antecipação <strong>de</strong> créditos<br />
incompatíveis com a realida<strong>de</strong> econômico-financeira<br />
do Brasil po<strong>de</strong>m estar<br />
entre os motivos dos atrasos.<br />
Marianna Souza recorre ao exemplo<br />
do Chile, on<strong>de</strong> leis limitaram os prazos <strong>de</strong><br />
pagamento entre gran<strong>de</strong>s corporações e<br />
pequenas e médias empresas para o máximo<br />
um mês. “Quando pensamos na realida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 90, 120 dias, é extremamente<br />
<strong>de</strong>safiador viabilizar uma produção sem<br />
recorrer a empréstimos”, constata a executiva<br />
da Apro e FilmBrazil.<br />
Embora utilizadas como opção complementar,<br />
linhas <strong>de</strong> crédito consomem<br />
os lucros, inviabilizando investimentos<br />
na operação. É apenas um alívio, pois os<br />
financiamentos “atuam diretamente sob<br />
a margem das agências”, alerta Oscar<br />
Moraes, da BFerraz.<br />
Des<strong>de</strong> a sua fundação, em 2001, a Hands<br />
Ag mantém a gestão longe dos bancos,<br />
o que lhe permitiu sobreviver à pan<strong>de</strong>mia<br />
da Covid-19 sem endividamentos.<br />
“É óbvio que se houvesse um movimento<br />
<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> prazos, seria extremamente<br />
benéfico para todo o ecossistema. Porém,<br />
sabemos que isso é bastante improvável”,<br />
lamenta Marcelo Lenhard.<br />
A quarentena acentuou o <strong>de</strong>safio.<br />
Entre 2020 e 2022, o mercado precisou<br />
encurtar ré<strong>de</strong>as para controlar o caixa e<br />
a renegociação <strong>de</strong> prazos <strong>de</strong> pagamento<br />
foi inevitável. Com a retomada das ativida<strong>de</strong>s,<br />
a discussão sobre limites <strong>de</strong> pagamento<br />
voltou à tona.<br />
caixa De PanDora<br />
Preso por longos períodos, o capital<br />
não dá vazão a compromissos financeiros,<br />
investimentos e ampliação <strong>de</strong><br />
negócios, amarrando a ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />
da publicida<strong>de</strong>. A lógica empresarial<br />
e a gestão <strong>de</strong> caixa ganham urgência<br />
em <strong>de</strong>trimento da criação, inovação e<br />
produção, enfraquecendo a qualida<strong>de</strong><br />
técnica e artística dos trabalhos. “Estamos<br />
falando <strong>de</strong> pessoas para pessoas.<br />
Não adianta levar a melhor experiência<br />
se o processo é sacrificado”, replica Heloisa<br />
Santana, da Ampro.<br />
A serviço dos anunciantes, os profissionais<br />
da comunicação movimentam<br />
a engrenagem <strong>de</strong> vendas das marcas, e<br />
“como pessoas, <strong>de</strong>vem ser tratados com<br />
respeito, valor e ética. Acredito muito no<br />
diálogo para achar mo<strong>de</strong>los que funcionem<br />
para todos”, complementa Fernando<br />
Figueiredo, da Bullet.<br />
A situação afasta também potenciais<br />
parceiros e fornecedores que, muitas<br />
vezes, recusam o trabalho por não ter<br />
“Não adianta<br />
levar a melhor<br />
experiência se<br />
o processo é<br />
sacrificado”<br />
condições <strong>de</strong> arcar com os prazos impostos.<br />
“Gera atritos nas relações entre<br />
anunciantes e agências, que po<strong>de</strong>riam<br />
estar concentrados em ativida<strong>de</strong>s estratégicas<br />
e colaborativas”, reclama Heloisa,<br />
da Ampro. Outra consequência é a<br />
concentração do mercado em empresas<br />
dotadas <strong>de</strong> arsenal financeiro.<br />
Desarmadas, as menores assumem<br />
riscos que inci<strong>de</strong>m até no <strong>de</strong>sgaste<br />
emocional dos profissionais. “Gran<strong>de</strong>s<br />
agências po<strong>de</strong>m ter um pouco mais <strong>de</strong><br />
jogo <strong>de</strong> cintura. Pequenas e médias, não<br />
necessariamente”, avalia Oliver, da ESPM.<br />
A liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticar políticas <strong>de</strong><br />
pagamento não encontra do lado dos<br />
fornecedores a chance <strong>de</strong> aceitar ou<br />
negociar os termos acordados. “A flexibilida<strong>de</strong><br />
acabou extrapolando os limites<br />
saudáveis, impactando o mercado, on<strong>de</strong><br />
a discussão não é mais sobre o tratamento<br />
mais criativo e sim sobre a taxa<br />
<strong>de</strong> juros mais vantajosa para a execução<br />
do filme”, <strong>de</strong>nuncia Marianna Souza, da<br />
Apro e FilmBrazil.<br />
Na ponta, produtoras <strong>de</strong> som estão<br />
entre as mais atingidas. São, em gran<strong>de</strong><br />
parte, pessoas físicas que não conseguem<br />
esperar mais <strong>de</strong> <strong>30</strong> dias para<br />
receber. O socorro, muitas vezes, vem <strong>de</strong><br />
agências que adiantam valores para evitar<br />
falências.<br />
“A produção publicitária audiovisual<br />
lida com um universo <strong>de</strong> subcontratações<br />
e com um gran<strong>de</strong> percentual <strong>de</strong><br />
custos imediatos, o que <strong>de</strong>veria ser um<br />
argumento suficientemente forte para<br />
justificar que as empresas contratadas<br />
<strong>de</strong>ste setor tenham a maior parte do pagamento<br />
antecipado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento<br />
da aprovação do trabalho”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Bia<br />
Ambrogi, da Apro+Som.<br />
A queixa vai além. As produtoras se<br />
sentem espremidas na mesa <strong>de</strong> compras.<br />
Segundo Bia, não há uma tabela<br />
referencial ou limite base <strong>de</strong> verba. “Fi-<br />
22 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
Fotos: Divulgação<br />
Marcelo Lenhard, da Hands Ag: diferença no padrão<br />
Bia Ambrogi, da Apro+Som: abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r econômico<br />
João Oliver, da ESPM: processo entre agência e cliente<br />
camos <strong>de</strong>sprotegidos, sem uma lei que<br />
<strong>de</strong>termine um mínimo. Hoje, se alguém<br />
quiser ven<strong>de</strong>r uma trilha por R$ 1,99 não<br />
tem ninguém e nenhuma norma que impeça.<br />
Está aí o capitalismo, a economia<br />
livre. O mercado não se autorregula, ele<br />
se <strong>de</strong>vora”, resume.<br />
Da publicida<strong>de</strong> à experiência, a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> parceiros dos mais diversos portes<br />
e políticas <strong>de</strong> pagamento elevam a complexida<strong>de</strong><br />
da operação. “A agência tem um<br />
papel <strong>de</strong> alinhamento em relação à composição<br />
econômica <strong>de</strong> campanhas e ações <strong>de</strong><br />
experiência, negociando caso a caso valores<br />
e prazos com diferentes fornecedores”,<br />
<strong>de</strong>talha Oscar Moraes, da BFerraz.<br />
O cenário impe<strong>de</strong> a adoção do mesmo<br />
mecanismo <strong>de</strong> pagamento com freelancers<br />
e pequenos fornecedores, que<br />
não possuem estrutura financeira para<br />
suportar prazos longos. “A agência <strong>de</strong>ve<br />
ser flexível, mas atenta a todos os indicadores<br />
financeiros para garantir a saú<strong>de</strong><br />
financeira do negócio”, sustenta Moraes.<br />
A Bullet, <strong>de</strong> Fernando Figueiredo,<br />
escolhe “quem quer trabalhar com a gente,<br />
numa relação sustentável bilateral”.<br />
É preciso punho forte, precisão e sincronismo.<br />
“Como já estamos estabilizados<br />
nesses prazos há alguns anos, as nossas<br />
regras com parceiros refletem exatamente<br />
as condições que temos com cada<br />
uma das marcas”, conta Marcelo Lenhard,<br />
da Hands Ag.<br />
caminhos<br />
A Apro recomenda que as suas associadas<br />
sigam a cartilha <strong>de</strong> boas práticas<br />
para o cumprimento <strong>de</strong> formalida<strong>de</strong>s e<br />
regularida<strong>de</strong>s previstas na Convenção<br />
Coletiva do Mercado. Estudos <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />
caixa realizados pela entida<strong>de</strong> mostram<br />
que, após 15 dias da aprovação do orçamento<br />
<strong>de</strong> um filme, o dispêndio <strong>de</strong> uma<br />
produtora alcança aproximadamente<br />
25% da verba. E com 45 dias, o valor sobe<br />
para 80% do total orçado.<br />
Ouvir os membros e lançar campanhas<br />
para conscientizá-los sobre as consequências<br />
das negociações amparam a<br />
mobilização articulada pelas entida<strong>de</strong>s,<br />
mas o próprio mercado sabe que as<br />
medidas são paliativas. “O sustentável é<br />
uma prática <strong>de</strong> revisões <strong>de</strong> prazos para<br />
o equilíbrio financeiro <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia.<br />
E vale também para os processos concorrenciais<br />
job a job e prazos <strong>de</strong> execução”,<br />
sugere Heloisa Santana, da Ampro.<br />
Bia Ambrogi concorda. Não existem<br />
soluções e sim curativos. Quem não consegue<br />
aceitar as condições do comprador<br />
acaba per<strong>de</strong>ndo a concorrência para<br />
empresas com lastro financeiro. “Vemos<br />
aí uma inversão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m econômica,<br />
on<strong>de</strong> o comprador <strong>de</strong>termina o que quer<br />
pagar em vez <strong>de</strong> o fornecedor <strong>de</strong>finir o<br />
seu preço. Numa análise mais técnica, algumas<br />
<strong>de</strong>ssas práticas po<strong>de</strong>riam até ser<br />
consi<strong>de</strong>radas abusivas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r econômico”,<br />
conclui Bia, da Apro+Som.<br />
Em 2022, Apro e ABA lançaram uma<br />
cartilha <strong>de</strong> boas práticas <strong>de</strong> pagamento<br />
para concorrências. Diálogo aberto e<br />
transparente com os anunciantes ajudam<br />
a esclarecer dúvidas. “Não po<strong>de</strong>mos<br />
impor nenhum tipo <strong>de</strong> condição, mas<br />
orientamos que essas relações sejam<br />
justas e saudáveis”, frisa Marianna Souza,<br />
da Apro e FilmBrazil.<br />
Desenvolver parcerias e buscar o entendimento<br />
com as marcas são justamente<br />
as alternativas vigentes na BFerraz para<br />
“Nenhuma conta<br />
vale colocar em<br />
risco o equilíbrio<br />
financeiro”<br />
equilibrar interesses. Em alguns casos, a<br />
agência consegue antecipar pagamentos,<br />
o que permite renegociar cláusulas com<br />
fornecedores e obter condições mais favoráveis<br />
para garantir economia <strong>de</strong> custo<br />
e melhor retorno no projeto.<br />
o que PoDe muDar<br />
Quem sente o investimento minguar<br />
reivindica soluções equânimes e relações<br />
que não fiquem só no discurso conveniente<br />
do ESG (sigla para Ambiental,<br />
Social e Governança, do inglês Environmental,<br />
Social and Governance), conjunto<br />
<strong>de</strong> critérios utilizados para medir a sustentabilida<strong>de</strong><br />
e o impacto ético <strong>de</strong> uma<br />
organização.<br />
“É preciso que os anunciantes se conscientizem<br />
<strong>de</strong> que uma boa governança<br />
passa por garantir a saú<strong>de</strong> financeira dos<br />
fornecedores”, pe<strong>de</strong> Marianna Souza, da<br />
Apro e FilmBrazil. No pilar social, está a<br />
forma como a empresa gerencia as suas<br />
relações com os colaboradores, clientes<br />
e comunida<strong>de</strong>s, incluindo condições e<br />
direitos dos trabalhadores, diversida<strong>de</strong> e<br />
segurança do produto.<br />
“Mas on<strong>de</strong> estão as boas práticas<br />
na relação com os fornecedores? Com<br />
certeza, a condição <strong>de</strong> pagamento cada<br />
vez maior não é uma <strong>de</strong>las. Como uma<br />
empresa bem-conceituada na sua governança,<br />
no cuidado ambiental e social,<br />
não inclui uma relação mais equilibrada<br />
com os seus fornecedores?”, questiona<br />
Bia, da Apro+Som.<br />
Mesmo assim, Marianna Souza reconhece<br />
a existência <strong>de</strong> clientes que colocam<br />
a relação justa e equilibrada como<br />
“parte importante <strong>de</strong> uma boa governança<br />
para garantir a saú<strong>de</strong> financeira<br />
das empresas”. Figueiredo, da Bullet,<br />
também admite que “existem clientes<br />
e marcas <strong>de</strong>spontando nos últimos anos<br />
com prazos justos”.<br />
O professor João Oliver, da ESPM, reforça<br />
o caráter único dos relacionamentos.<br />
“A melhora é um processo individual<br />
da relação entre agência e cliente”, atesta.<br />
Oscar Moraes, da BFerraz, confia no avanço<br />
das conversas. Incentivos ou <strong>de</strong>scontos<br />
em troca <strong>de</strong> pagamentos mais rápidos<br />
po<strong>de</strong>m ser alternativas para aumentar o<br />
valor obtido a cada real aportado, revertendo<br />
a tendência <strong>de</strong> alongamento.<br />
“É crucial que exista um entendimento<br />
profundo das realida<strong>de</strong>s”, insiste<br />
Moraes. A diminuição dos prazos po<strong>de</strong><br />
injetar um novo fôlego para o setor,<br />
diminuindo o endividamento <strong>de</strong> agências<br />
e fornecedores. E quem não possui caixa<br />
financeiro, teria condições <strong>de</strong> reduzir a tomada<br />
<strong>de</strong> dinheiro em um momento <strong>de</strong> altas<br />
taxas <strong>de</strong> juros na economia brasileira.<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 23
mercado<br />
Apro <strong>de</strong>scarta produtoras dos grupos<br />
para se concentrar nas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
Medida exigiu mudança no estatuto da entida<strong>de</strong>, que excluiu marcas do<br />
WPP (Mutato e Hogarth), MediaMonks (S4) e New Content (Accenture)<br />
Reprodução<br />
‘Comercial sem fim’, criação da Wie<strong>de</strong>n + Kennedy, <strong>de</strong> São Paulo, para a marca Old Spice, ganhou Leão <strong>de</strong> Ouro no Film Lions <strong>de</strong> 2019, o último do país com a cor <strong>de</strong>sse metal<br />
Paulo Macedo<br />
Com cerca <strong>de</strong> 1<strong>30</strong> produtoras associadas,<br />
incluindo as que operam no<br />
mercado internacional por meio do<br />
projeto Film Brazil, a Apro (Associação<br />
Brasileira das Produtoras <strong>de</strong> Audiovisual)<br />
<strong>de</strong>cidiu não ter mais nos seus<br />
quadros empresas <strong>de</strong> produção ligadas<br />
a grupos <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. Isso significa<br />
que marcas como Mutato e Hogarth<br />
(WPP), MediaMonks (S4 Capital) e New<br />
Content (Accenture) estão fora do seu<br />
escopo <strong>de</strong> representação institucional,<br />
corporativa e comercial. Ou seja, não<br />
são mais afiliadas da Apro.<br />
Uma reunião recente do conselho,<br />
como informa a executiva Marianna<br />
Souza, que presi<strong>de</strong> a Apro, formalizou<br />
a <strong>de</strong>cisão. Isso significa que outras empresas<br />
com esse perfil como a PXP (Publicis<br />
Groupe), que suce<strong>de</strong>u no mercado<br />
brasileiro a Prodigious, Frame (Galeria.<br />
ag) e Craft (Interpublic Group - IPG), não<br />
po<strong>de</strong>rão se afiliar à Apro.<br />
“Vamos seguir trabalhando apenas<br />
com produtoras in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Estamos<br />
à disposição das agências e dos<br />
anunciantes, mas são visões diferentes<br />
e esse tipo <strong>de</strong> produtora não se a<strong>de</strong>qua<br />
ao nosso formato <strong>de</strong> trabalho”, pon<strong>de</strong>ra<br />
Marianna.<br />
Ela enten<strong>de</strong> o movimento dos grupos<br />
globais e nacionais <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
em ter produtoras próprias, mas reconhece<br />
que prejudicam a estrutura das<br />
empresas <strong>de</strong>dicadas a produzir filmes<br />
com foco criativo.<br />
“Há um ímpeto imediatista e o que<br />
vemos é <strong>de</strong>sapego à criativida<strong>de</strong>. Nosso<br />
último Leão <strong>de</strong> Ouro no Cannes Lions<br />
foi com ‘Comercial sem fim’, da Wie<strong>de</strong>n<br />
+ Kennedy para a marca Old Spice com<br />
produção da Conspiração Filmes. O tiro<br />
curto compromete o trabalho <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> marca, que produtoras e diretores<br />
sabem fazer”, constata Marianna,<br />
lembrando que a opção por influencers<br />
estarem conduzindo trabalhos po<strong>de</strong> dar<br />
resultados em termos <strong>de</strong> business, “mas<br />
sem branding”.<br />
Marianna enfatiza que as produtoras<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes apostam na publicida<strong>de</strong><br />
como fonte <strong>de</strong> faturamento. Em 2023,<br />
foram mais <strong>de</strong> 40 mil produções registradas<br />
na Ancine (Agência Nacional <strong>de</strong><br />
Cinema). “O mercado está aquecido. E<br />
as produtoras estão diversificando suas<br />
ativida<strong>de</strong>s. É bom lembrar que não é<br />
<strong>de</strong> um dia para o outro que elas vão se<br />
consolidar no entretenimento. Isso leva<br />
tempo, mas algumas já estão bem engajadas<br />
nesse segmento. É importante<br />
dizer que a publicida<strong>de</strong> é essencial para<br />
o negócio. A diversificação ocorre <strong>de</strong>vido<br />
às oportunida<strong>de</strong>s e pela varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mídias. Os projetos robustos é que estão<br />
mais restritos. As verbas estão sendo distribuidas<br />
para realities, promoções e patrocínios”,<br />
afirma Marianna, lembrando<br />
que a Prodigious, do Publicis Groupe, já<br />
concentra 60% das produções na França.<br />
Na edição do Whext <strong>2024</strong>, agendado para<br />
o dia 2 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, a pauta será uma<br />
das principais.<br />
A Apro também está fazendo outros<br />
movimentos para que a transparência<br />
nos processos concorrenciais <strong>de</strong> produção<br />
sejam concretas. Nesse sentido, a<br />
entida<strong>de</strong> está produzindo um documento<br />
em conjunto com a Abap (Associação<br />
Brasileira das Agências <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>)<br />
para que agências e anunciantes tenham<br />
relacionamento prático e fluido para não<br />
gerar tensão <strong>de</strong>snecessária. Também<br />
está em fase adiantada <strong>de</strong> conversas<br />
com o comitê <strong>de</strong> sourcing da ABA (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes).<br />
“Tanto a Marcia Esteves, da Abap,<br />
quanto a Sandra Martinelli, da ABA, estão<br />
ajudando as produtoras para que os<br />
orçamentos e tratamentos sejam bem<br />
entendidos. Cada situação requer conhecimento<br />
do processo para que a <strong>de</strong>finição<br />
não seja feita pelo menor preço. Mas<br />
pela a<strong>de</strong>quação às necessida<strong>de</strong>s do projeto.<br />
O mercado está em transformação.<br />
As produtoras estão enxugando. Agora,<br />
talento é algo que agrega valor”, finaliza<br />
Marianna Souza.<br />
24 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
marcas<br />
“Bud é conhecida por ser a marca por trás<br />
da música, uma especialista no assunto”<br />
Marca <strong>de</strong> cerveja que mais<br />
patrocina festivais musicais e<br />
gran<strong>de</strong>s artistas, a Budweiser tem<br />
uma conexão <strong>de</strong> longa data com<br />
a música. “A história <strong>de</strong> Budweiser<br />
se mistura, mundialmente, com<br />
a história da música. Tanto que<br />
Budweiser estava presente no<br />
primeiro Lollapalooza, em 1991”,<br />
<strong>de</strong>staca Mariana Santos, diretora<br />
<strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> Budweiser, que<br />
pertence à Ambev. Apenas em<br />
<strong>2024</strong>, Bud é patrocinadora <strong>de</strong><br />
shows <strong>de</strong> astros mundiais como<br />
Paul McCartney, Lenny Kravitz,<br />
Mariah Carey e Bruno Mars,<br />
além do Tomorrowland Brasil e<br />
Lollapalooza. Nesta entrevista, a<br />
executiva fala sobre a estratégia.<br />
Mariana Santos: “Marca é sinônimo <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> marketing inovadoras”<br />
Divulgação<br />
Kelly Dores<br />
música<br />
Budweiser é uma marca global conhecida por aproximar<br />
os fãs dos ídolos e já tem uma longa trajetória<br />
ao lado dos maiores eventos e das gran<strong>de</strong>s estrelas da<br />
música mundial. É uma tradição: o público já espera ver<br />
Budweiser envolvida em momentos grandiosos, especialmente<br />
no campo musical. Para Bud, é uma oportunida<strong>de</strong><br />
incrível <strong>de</strong> se conectar com os consumidores <strong>de</strong><br />
uma maneira genuína, aprofundando o vínculo por meio<br />
<strong>de</strong> experiências inesquecíveis. Em <strong>2024</strong>, estamos trabalhando<br />
a todo vapor para trazer ações icônicas e mostrar<br />
que gran<strong>de</strong>s momentos acontecem com uma Bud na<br />
mão, apostando na aspiracionalida<strong>de</strong> que experiências<br />
<strong>de</strong> calibre internacional ajudam a construir.<br />
conexão<br />
A história <strong>de</strong> Budweiser se mistura, mundialmente,<br />
com a história da música. Bud é conhecida por ser a marca<br />
por trás da música, uma especialista nesse assunto e<br />
em entretenimento <strong>de</strong> forma geral. Tanto que Budweiser<br />
estava presente no primeiro Lollapalooza, em 1991.<br />
Também encontramos diversas fotos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s artistas<br />
com uma Bud na mão em registros <strong>de</strong> bastidores no<br />
“Budweiser tem lançado<br />
ações que criam forte<br />
conexão com os fãs <strong>de</strong><br />
música e <strong>de</strong> cerveja”<br />
início <strong>de</strong> carreira. Budweiser é uma marca icônica e aspiracional,<br />
que valoriza a música como uma plataforma<br />
relevante, e, entre os motivos para isso, está a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> global <strong>de</strong> Bud por meio<br />
da conexão com a música. Significa que conseguimos<br />
tanto trazer o melhor da música internacional para o<br />
Brasil, quanto levar o melhor do Brasil para o mundo, colocando<br />
os fãs na rota dos melhores eventos junto aos<br />
seus ídolos. Des<strong>de</strong> que a marca chegou no país, já apoiou<br />
a realização <strong>de</strong> diversas turnês internacionais no Brasil,<br />
além <strong>de</strong> patrocinar o Lollapalooza BR <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2018. Neste<br />
ano, a plataforma cresce com uma parceria com a <strong>30</strong>e e<br />
o patrocínio da edição brasileira do Tomorrowland pela<br />
primeira vez. Para completar, também há uma atuação<br />
em festivais nacionais e eventos regionais, como o Planeta<br />
Atlântida (RS), o Coolritiba (PR) e o Zepelim (CE).<br />
marketing<br />
Budweiser é uma das marcas <strong>de</strong> cerveja mais reconhecidas<br />
do mundo e é sinônimo <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong><br />
marketing inovadoras que impactam o público globalmente.<br />
Começando por sua forte i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca,<br />
Budweiser tem lançado ações que criam forte conexão<br />
com os fãs <strong>de</strong> música e <strong>de</strong> cerveja, on<strong>de</strong> eles quiserem:<br />
nos gran<strong>de</strong>s festivais in loco (no Brasil e no mundo), nas<br />
transmissões, nas re<strong>de</strong>s sociais e até mesmo nos realities,<br />
com o Palco Budweiser no novo ‘Estrela da Casa’,<br />
da Globo. E tudo segue um único objetivo: sempre aproximar<br />
os fãs dos seus ídolos. As campanhas <strong>de</strong> mídias<br />
sociais, por exemplo, vêm sendo bem-sucedidas iniciando<br />
conversas e gerando buzz. Em <strong>2024</strong>, já colocamos no<br />
ar campanhas como a Bud Tour – ‘Você não precisa ser<br />
artista para viver como um!’ –, em que levamos fãs para<br />
viverem como celebrida<strong>de</strong>s, experimentando situações<br />
VIP em locais on<strong>de</strong> foram curtir os maiores eventos <strong>de</strong><br />
música pelo mundo – uma ação global lançada primeiro<br />
26 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
no Brasil. E fizemos uma edição histórica no Lollapalooza<br />
Brasil, em que apresentamos o conceito <strong>de</strong> que ‘Todo<br />
mundo merece uma Bud no Lolla!’, inclusive para quem<br />
tivesse interesse em brindar com uma cerveja sem álcool.<br />
Nesse caso, distribuímos Bud Zero gratuitamente<br />
para quem quisesse ‘mo<strong>de</strong>rar’ para seguir firme até o<br />
último show.<br />
icÔnicos<br />
Além das experiências incríveis para os fãs, a marca<br />
é responsável por comerciais icônicos e colaborações<br />
com músicos renomados e um time especial <strong>de</strong> influenciadores,<br />
sempre posicionando Bud como uma marca<br />
que enten<strong>de</strong> e celebra a paixão pela música e a conexão<br />
entre fãs e ídolos. Budweiser é a cerveja oficial da turnê<br />
brasileira <strong>de</strong> Bruno Mars – que chama a atenção pelas<br />
15 apresentações no país, incluindo um primeiro show<br />
intimista e beneficente li<strong>de</strong>rado por Bud em parceria<br />
com a ONG Ação da Cidadania. Também é importante<br />
contar que Budweiser fez uma parceria com a <strong>30</strong>e, uma<br />
das maiores produtoras do Brasil, para presença nos<br />
shows que gran<strong>de</strong>s estrelas internacionais vão realizar<br />
no país, como Paul McCartney e Lenny Kravitz. Pela primeira<br />
vez, a marca também patrocina uma edição do<br />
Tomorrowland Brasil, expandindo a parceria global da<br />
marca com esse festival. Bud aposta em novas sensações<br />
e experiências para surpreen<strong>de</strong>r o público “People<br />
of Tomorrow”, como são conhecidos os fãs do festival.<br />
Incluindo a realização <strong>de</strong> um evento especial no coração<br />
da Av. Faria Lima para aquecer os fãs do festival, um<br />
palco indoor apresentado por Bud no festival e o lançamento<br />
<strong>de</strong> Bud Supreme, uma edição especial <strong>de</strong> Budweiser<br />
para o Tomorrowland, que traz uma experiência<br />
mais premium para o consumidor, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado a<br />
tradicional suavida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bud.<br />
conVersas aUtÊnticas<br />
A música é uma linguagem universal que permite<br />
C<br />
às marcas terem conversas autênticas com as pessoas<br />
M<br />
<strong>de</strong> qualquer ida<strong>de</strong>, dialogando a partir dos valores e das<br />
paixões das pessoas – e a música é uma gran<strong>de</strong> paixão. Y<br />
Falando nos jovens, a música acaba não sendo somente<br />
entretenimento, é uma parte da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas<br />
CM<br />
MY<br />
pessoas, ajudando a comunicar como se sentem e como<br />
CY<br />
percebem o mundo. A associação <strong>de</strong> Budweiser a artistas<br />
e eventos musicais busca atravessar a ponte emo-<br />
CMY<br />
K<br />
cional entre a marca e o público no embalo da música,<br />
criando momentos que se conectam com as aspirações<br />
das pessoas e seu estilo <strong>de</strong> vida. Além da relevância <strong>de</strong><br />
contribuir para trazer experiências internacionais para<br />
mais perto <strong>de</strong>sse fã jovem, que quer fazer parte <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s eventos. É um meio que chega a ser mágico na<br />
construção <strong>de</strong>sse relacionamento. Quando oferecemos<br />
Bud Zero para a galera curtir um festival, por exemplo,<br />
estamos aten<strong>de</strong>ndo a um <strong>de</strong>sejo cada vez mais comum<br />
dos jovens por bebidas sem álcool, além <strong>de</strong> ser um compromisso<br />
da Ambev com a mo<strong>de</strong>ração. A escuta ativa<br />
que fazemos com nossos públicos nos permite estar no<br />
lugar e da forma como eles preferem e as ações com os<br />
jovens são parte disso.<br />
“Budweiser é uma<br />
marca global conhecida<br />
por aproximar os fãs<br />
dos ídolos”<br />
Valor<br />
A presença <strong>de</strong> Budweiser em shows <strong>de</strong> ícones como<br />
Paul McCartney, Lenny Kravitz, Mariah Carey, e Bruno<br />
Mars, além <strong>de</strong> festivais como Tomorrowland Brasil e<br />
Lollapalooza, simboliza a busca da nossa marca por criar<br />
conexão emocional com diferentes gerações e seus<br />
valores. Os artistas e eventos agregam autenticida<strong>de</strong> e<br />
relevância à nossa comunicação, permitindo que Bud<br />
encante as pessoas com as experiências únicas que proporciona.<br />
Estar ao lado <strong>de</strong>sses ícones reforça a i<strong>de</strong>ntida-<br />
Anuncio Gran<strong>de</strong>sNomes Preto 14,5x16.pdf 1 31/07/<strong>2024</strong> 21:25:23<br />
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<strong>de</strong> <strong>de</strong> Budweiser como uma marca global que celebra a<br />
união entre fãs e ídolos, o entretenimento <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong><br />
e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> sempre colocar o público brasileiro<br />
na rota <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s experiências internacionais.<br />
momentos inesQUecÍVeis<br />
Ao longo dos anos, Budweiser tornou-se uma das<br />
marcas <strong>de</strong> cerveja mais reconhecidas do mundo, com<br />
uma história rica e fãs leais. Nossa comunicação passa<br />
por manter a consistência nas ações e continuar a surpreen<strong>de</strong>r<br />
o público com iniciativas marcantes, sempre<br />
fortalecendo a marca global como um meio para se viver<br />
momentos inesquecíveis com a música. Ainda neste<br />
ano, a atuação <strong>de</strong> Budweiser no mundo da música tem<br />
muito a entregar para o público. Somos a cerveja oficial<br />
da turnê do Bruno Mars no Brasil, que é a maior turnê <strong>de</strong><br />
um artista internacional no país, com 15 shows. Teremos<br />
surpresas no Tomorrowland Brasil, com o palco Freedom<br />
by Bud, em um ambiente fechado e com um toque <strong>de</strong><br />
tecnologia para criar uma atmosfera única, além da<br />
edição especial Budweiser Supreme, uma novida<strong>de</strong> que<br />
oferece uma presença marcante sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado a<br />
suavida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bud.<br />
VOCÊ ASSITE AO<br />
CANAL MARKKET NA:<br />
CANAL 692<br />
CANAL 611<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 27
marcas<br />
Governo <strong>de</strong> SP alerta sobre incêndios<br />
em campanha criada pela agência Baila<br />
‘São Paulo sem fogo’ tem peças, painéis digitais e ví<strong>de</strong>os exibidos<br />
nas estações <strong>de</strong> trem, metrô e pontos <strong>de</strong> ônibus da capital paulista<br />
Imagens <strong>de</strong> incêndios foram instaladas pelo governo<br />
<strong>de</strong> São Paulo nas estações <strong>de</strong> trem, metrô e pontos<br />
<strong>de</strong> ônibus para lembrar a população <strong>de</strong> não jogar bitucas<br />
<strong>de</strong> cigarro nas rodovias, soltar balões, acen<strong>de</strong>r<br />
fogueiras em áreas <strong>de</strong> mata e queimar lixo ou mato<br />
em terrenos.<br />
Criada pela agência Baila, a campanha ‘São Paulo sem<br />
fogo’ está nos túneis das estações Rebouças, Morumbi,<br />
Cida<strong>de</strong> Jardim e Vila Olímpia da linha-9 da Via Mobilida<strong>de</strong><br />
e no túnel <strong>de</strong> transferência entre o trem e o metrô da<br />
estação Pinheiros.<br />
Painéis digitais também foram posicionados na linha-9<br />
da Marginal Pinheiros e em 50 pontos <strong>de</strong> ônibus<br />
da capital paulista. A estratégia inclui ví<strong>de</strong>os que simulam<br />
um incêndio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s proporções.<br />
A iniciativa estreou na semana passada, quando a Defesa<br />
Civil do estado, por meio do Centro <strong>de</strong> Gerenciamento<br />
<strong>de</strong> Emergências, advertiu para incêndios causados<br />
pela combinação <strong>de</strong> clima seco e instável e temperaturas<br />
<strong>de</strong> 34°C na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo; 39°C<br />
em São José do Rio Preto, Araçatuba, Marília e Presi<strong>de</strong>nte<br />
Pru<strong>de</strong>nte; 38°C em Franca, Barretos e Ribeiro Preto; e<br />
37°C nas regiões <strong>de</strong> Araraquara e Bauru.<br />
Sabin Diagnóstico e Saú<strong>de</strong> transforma<br />
Márcia Sensitiva em Preventiva<br />
Campanha criada pela agência Jones estimula as pessoas a realizarem<br />
exames preventivos para obter o diagnóstico precoce <strong>de</strong> doenças<br />
A<br />
astróloga Márcia Sensitiva participa<br />
<strong>de</strong> campanha assinada pela<br />
agência Jones para o grupo <strong>de</strong><br />
medicina diagnóstica Sabin Diagnóstico<br />
e Saú<strong>de</strong>. Com o mote ‘Melhor que<br />
prever é prevenir’, a ação apresenta a<br />
personagem Márcia Preventiva. Ao lado<br />
<strong>de</strong> profissionais da saú<strong>de</strong>, ela reforça a<br />
importância do diagnóstico precoce e<br />
da prevenção.<br />
No total, são 15 filmes e uma landing<br />
page. A estreia ocorre no dia primeiro <strong>de</strong><br />
outubro e se esten<strong>de</strong> pelos próximos três<br />
meses, período em que o Sabin oferecerá<br />
pacotes preventivos a preços acessíveis<br />
e <strong>de</strong>scontos especiais em produtos selecionados.<br />
“Transformamos a Márcia Sensitiva<br />
em Preventiva, usando uma abordagem<br />
leve e bem-humorada, adaptada à lin-<br />
Cenas <strong>de</strong> incêndios estão em ví<strong>de</strong>os que alertam a população sobre os cuidados durante o período <strong>de</strong> estiagem<br />
Saú<strong>de</strong><br />
Além <strong>de</strong> evitar incêncios, são recomendados cuidados<br />
com a saú<strong>de</strong>, que incluem hidratação constante e proteção<br />
Márcia Sensitiva: “Quando se trata <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, não sou a Sensitiva. Sou a Preventiva”<br />
Divulgação<br />
Reprodução<br />
contra o sol. A prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física ao ar livre <strong>de</strong>ve<br />
ser evitada nos horários mais críticos do dia. A orientação é<br />
para que as pessoas apliquem soro nos olhos e nariz.<br />
guagem das re<strong>de</strong>s sociais. O nosso compromisso<br />
é inspirar cuidado. Afinal, melhor<br />
do que prever é prevenir”, comenta<br />
Leonardo Alves, head <strong>de</strong> marketing do<br />
Grupo Sabin.<br />
Márcia incorpora elementos do universo<br />
da astrologia para estimular a realização<br />
<strong>de</strong> check-ups anuais. “Quando<br />
se trata <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, não sou a Sensitiva.<br />
Sou a Preventiva”, ressalta. ‘Prevenindo<br />
com os astros’, ‘Prevenções do mês” e<br />
‘Prevencast’ são alguns dos quadros que<br />
integram a estratégia.<br />
“Quem disse que falar <strong>de</strong> prevenção<br />
não po<strong>de</strong> ser leve e divertido? O resultado<br />
é o que a Jones faz <strong>de</strong> melhor: comunicação<br />
que entretém sem interromper,<br />
gerando resultados reais para o negócio”,<br />
conclui Marcelo Chianello, co-CEO da<br />
Jones. A produção é da Malala Filmes.<br />
28 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
mídia<br />
SBT traz <strong>de</strong> volta Chaves e Chapolin para<br />
a programação da TV aberta e streaming<br />
Emissora entrou em acordo com a Televisa e adquiriu os direitos<br />
<strong>de</strong> exibição das famosas séries, há quatro anos fora do ar no Brasil<br />
O<br />
SBT anunciou o retorno <strong>de</strong> Chaves e<br />
Chapolin à sua programação <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> quatro anos fora do ar. Em um<br />
acordo com a mexicana Televisa, o canal<br />
adquiriu os direitos <strong>de</strong> exibição no Brasil<br />
das séries, por completo, na TV aberta.<br />
Além disso, o acordo prevê a veiculação<br />
<strong>de</strong> alguns episódios das duas séries<br />
no streaming +SBT, lançado em agosto<br />
<strong>de</strong>ste ano. O SBT, por sua vez, disse que<br />
em breve divulgará os horários das exibições.<br />
Chaves havia <strong>de</strong>ixado a programação<br />
do SBT em 2020, quando completaria 34<br />
anos da primeira vez em que o seriado<br />
foi exibido no canal. As histórias do menino<br />
que morava no barril (mas que, na<br />
verda<strong>de</strong>, era morador do oito) também<br />
tinham saído da gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação<br />
em 2003, mas logo voltou após um abaixo-assinado<br />
no mesmo ano.<br />
Chaves <strong>de</strong>ixou a programação do SBT em 2020, quando completaria 34 anos da primeira vez que o seriado foi exibido no canal<br />
Na publicida<strong>de</strong>, a Turma do Chaves<br />
protagonizou recentemente uma campanha<br />
para a marca Ypê, que falava sobre<br />
a promoção Ypê <strong>de</strong> Milhões. Essa foi<br />
a primeira vez que uma marca utilizou os<br />
personagens criados por Roberto Gómez<br />
Bolaños na publicida<strong>de</strong>.<br />
Já a Samsung se inspirou em um dos<br />
episódios clássicos da série, em que<br />
Chaves, Chiquinha e Quico acreditam<br />
Fotos: Divulgação Televisa/SBT<br />
ter invadido a casa <strong>de</strong> Dona Clotil<strong>de</strong> – a<br />
“Bruxa do 71” – levando-os a passar por<br />
várias situações assustadoras e, no final,<br />
sendo revelado que era apenas a<br />
imaginação do trio.<br />
Eletromidia promove e contrata novas<br />
profissionais para time comercial no Rio<br />
Antes key account, Flor Lopez assume o posto <strong>de</strong> gerente-comercial;<br />
Danielle Corrêa e Camila Portugal chegam como executivas <strong>de</strong> contas<br />
A<br />
Eletromidia fez algumas mudanças em sua equipe comercial no<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. Flor Lopez foi promovida a gerente-comercial e<br />
passa a li<strong>de</strong>rar um time <strong>de</strong> quatro executivos. Para fortalecer<br />
a equipe, chegaram duas executivas <strong>de</strong> contas: Danielle Corrêa e Camila<br />
Portugal.<br />
Com mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> experiência no mercado publicitário, Flor<br />
Lopez assume a gerência comercial após oito anos como key account<br />
na Eletromidia, on<strong>de</strong> construiu um relacionamento com agências e<br />
clientes.<br />
Danielle Corrêa chega à Eletromidia com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> experiência<br />
em mídia out of home, tendo atuado em empresas como Grupo<br />
Coruja, Alcance Rio e Agência Rua.<br />
Camila Portugal também se junta ao time. Ela possui 15 anos <strong>de</strong> experiência<br />
em empresas como Oi, Accenture, Rock World, Eleva e Americanas,<br />
incluindo sete anos <strong>de</strong>dicados à área comercial.<br />
“É com gran<strong>de</strong> entusiasmo que anunciamos essas novida<strong>de</strong>s em<br />
nosso time. A experiência da Flor, somada à expertise da Danielle e da<br />
Camila, fortalece nossa capacida<strong>de</strong> consultiva para oferecer cada vez<br />
mais soluções inovadoras e eficazes para nossos clientes”, afirma Bruno<br />
Biondo, diretor-comercial da Eletromidia RJ.<br />
Camila Portugal, Flor Lopez e Danielle Corrêa movimentam a Eletromidia no Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Divulgação<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 29
digital<br />
Rakuten Advertising alcança mais <strong>de</strong><br />
1,2 bilhão <strong>de</strong> consumidores em 25 anos<br />
Foto: Divulgação<br />
Empresa impulsiona o crescimento<br />
dos negócios por meio da publicida<strong>de</strong><br />
MADIA.pdf 1 26/09/24 14:37<br />
Salomão Araújo: somos parceiros <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s marcas<br />
“O reconhecimento por<br />
meio dos prêmios é a<br />
chancela <strong>de</strong> que estamos<br />
no caminho certo”<br />
Tayla Carolina<br />
Nos últimos cinco anos, o mercado <strong>de</strong> retail media<br />
saltou <strong>de</strong> US$ 1 bilhão para cerca <strong>de</strong> US$ <strong>30</strong><br />
bilhões, segundo levantamento da Insi<strong>de</strong>r Intelligence.<br />
O Brasil se posiciona como o segundo país com o<br />
maior potencial <strong>de</strong> expansão em investimentos nessa<br />
disciplina. A previsão é <strong>de</strong> um avanço <strong>de</strong> 43,5% até o<br />
fim <strong>de</strong> <strong>2024</strong>.<br />
O varejo po<strong>de</strong> contar com as soluções da Rakuten Advertising<br />
que, por meio <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> funil envolvendo<br />
mídia, dados e estratégias <strong>de</strong> afiliados, conecta anunciantes<br />
aos publishers, como sites <strong>de</strong> cupons e cashback,<br />
sites <strong>de</strong> conteúdo e influenciadores, para impulsionar as<br />
vendas. Segundo a empresa, parceiros já ultrapassaram<br />
a marca <strong>de</strong> 1,2 bilhão <strong>de</strong> consumidores alcançados, geraram<br />
mais <strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> pedidos e 4,3 bilhões <strong>de</strong><br />
cliques nos últimos 25 anos.<br />
Com uma única re<strong>de</strong>, os afiliados - que po<strong>de</strong>m ser<br />
influenciadores ou veículos <strong>de</strong> comunicação - têm acesso<br />
a links com tecnologia <strong>de</strong> tracking, que registram o<br />
processo <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro clique e consi<strong>de</strong>ração<br />
da compra até a conversão. A cada venda realizada,<br />
o parceiro recebe uma comissão. Já os anunciantes, em<br />
sua maioria varejistas, ganham com o aumento e diversificação<br />
<strong>de</strong> receitas.<br />
“Conectamos marcas, parceiros e pessoas, impulsionando<br />
o crescimento dos negócios por meio da publicida<strong>de</strong>,<br />
com soluções que oferecem ferramentas capazes<br />
<strong>de</strong> impactar os públicos <strong>de</strong> interesse dos anunciantes<br />
por meio <strong>de</strong> processos transparentes”, diz Salomão Araújo,<br />
VP comercial da Rakuten Advertising.<br />
A empresa acaba <strong>de</strong> implementar um recurso <strong>de</strong><br />
cashback em loja física para o Banco Inter, além <strong>de</strong> criar<br />
o programa <strong>de</strong> afiliados da Netshoes e Aliexpress. Soluções<br />
já foram aplicadas também para Drogasil, Droga<br />
Raia, Sephora e Decolar.<br />
Vencedora do prêmio MThink 2023 pelo 12º ano consecutivo,<br />
a Rakuten Advertising ganhou em 2023 o prêmio<br />
<strong>de</strong> Melhor Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Afiliados e o Global Performance<br />
Marketing Awards na categoria Latam. “O reconhecimento<br />
por meio dos prêmios é a chancela <strong>de</strong> que estamos no<br />
caminho certo. Ganhamos por anos consecutivos esses<br />
prêmios, o que <strong>de</strong>monstra a nossa força e soli<strong>de</strong>z”, comemora<br />
Araújo.<br />
Para os próximos anos, a plataforma preten<strong>de</strong> fortalecer<br />
o seu trabalho em performance e aumentar a sua<br />
presença entre fintechs, influenciadores e no setor <strong>de</strong><br />
viagens. Planeja ainda estreitar o seu relacionamento<br />
com parceiros <strong>de</strong> marcas globais. “Queremos, cada vez<br />
mais, ser uma parceira das gran<strong>de</strong>s marcas para ajudá-<br />
-las a ir além com soluções inovadoras e baseadas em<br />
performance”, confirma o executivo.<br />
<strong>30</strong> <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
Out of Home<br />
A MÍDIA QUE MAIS CRESCE NO BRASIL<br />
“OOH é uma mídia que se mo<strong>de</strong>rnizou,<br />
vem do lambe-lambe e hoje é digital”<br />
Luis Felipe Argello (Loli), chief<br />
commercial officer da We Super OOH,<br />
<strong>de</strong>ixou o mercado imobiliário há seis<br />
anos. Para ele, o OOH vai ganhar mais<br />
share publicitário (11,2%, segundo o<br />
Cenp-Meios) e uma das forças <strong>de</strong>ssa<br />
mídia - além da sua digitalização<br />
(DOOH) - é a rápida reação das<br />
pessoas nas ruas. A We é conhecida<br />
pela atuação com painéis <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
formatos e está em processo <strong>de</strong><br />
expansão. “O primeiro semestre <strong>de</strong>ste<br />
ano foi o melhor da história da We”,<br />
conta ele na entrevista a seguir.<br />
Divulgação<br />
Luis Felipe Argello: “Saímos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 280 telas em 2023 para mais <strong>de</strong> 500 neste ano”<br />
Kelly Dores<br />
GRANDES FORMATOS<br />
O OOH (out of home) é uma mídia<br />
que se mo<strong>de</strong>rnizou, que vem do lambe-<br />
-lambe, do outdoor que era estático. E<br />
agora ficou digital. A We Super OOH tem<br />
diversos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> painéis, como o<br />
billboard em LED; os icônicos, que são<br />
os gran<strong>de</strong>s formatos, que temos em<br />
Brasília, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Fortaleza e<br />
Campo Gran<strong>de</strong>. Além das 60 novas bancas<br />
digitais no Rio <strong>de</strong> Janeiro, também<br />
vamos completar o circuito na cida<strong>de</strong><br />
com um megapainel na Tijuca e estamos<br />
indo para Salvador. A We termina<br />
<strong>de</strong> ligar 132 faces e passa a ser o maior<br />
player <strong>de</strong> mobiliário urbano em Brasília.<br />
A gente está nas ruas e temos alguns<br />
projetos que estão se <strong>de</strong>senhando para<br />
po<strong>de</strong>r entrar na parte <strong>de</strong> rodoviárias.<br />
Em São Paulo, estamos em rodovias<br />
como a Castello Branco e temos projetos<br />
que estão em andamento para chegar<br />
à cida<strong>de</strong> mesmo, mas tudo <strong>de</strong>mora<br />
muito. Acredito que tendo a mudança<br />
ou não <strong>de</strong> prefeito um <strong>de</strong>les <strong>de</strong>ve andar<br />
até o fim do ano.<br />
DESAFIOS<br />
O nosso maior <strong>de</strong>safio é mostrar que<br />
a gente tem tamanho para brigar hoje<br />
com os gran<strong>de</strong>s players e terminar <strong>de</strong><br />
consolidar algumas principais praças,<br />
como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.<br />
O mercado enxerga a We como um<br />
parceiro fundamental, como o Google<br />
na programática. Entre os principais<br />
clientes estão Santan<strong>de</strong>r, Samsung e<br />
Ambev. Temos também marcas nativas<br />
digitais, como o próprio Google.<br />
Na Meta, eles utilizam nossos painéis<br />
muito para lançamento <strong>de</strong> produtos,<br />
enquanto o Google é mais construção<br />
<strong>de</strong> marca.<br />
CONSOLIDAÇÃO<br />
O primeiro painel icônico foi o Boulevard,<br />
em Brasília, consi<strong>de</strong>rado o maior<br />
painel <strong>de</strong> LED da América Latina. A We<br />
vem se consolidando a cada ano. Saímos<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 280 telas no ano passado<br />
para terminar este ano com mais <strong>de</strong> 500<br />
telas. O concorrente po<strong>de</strong> até ter 10 mil<br />
telas, mas <strong>de</strong>ntro do elevador também. A<br />
We está nas ruas com 500 telas, algumas<br />
com mais <strong>de</strong> 100 metros.<br />
pROGRAMáTICA<br />
Também <strong>de</strong>mos um salto em programática,<br />
temos parceria com a Magnite<br />
e o Google. Tivemos um salto <strong>de</strong> 1.000%<br />
do ano passado para cá. Em seis meses,<br />
reestruturamos toda a área. Temos um<br />
especialista em programática <strong>de</strong> OOH. Eu<br />
acredito que o share do OOH vai crescer<br />
mais no ano que vem, ainda mais com<br />
esse tanto <strong>de</strong> novos ativos e novas empresas<br />
que estão vindo, porque esse é<br />
um ano <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong> mercado. Os<br />
anunciantes e as agências enten<strong>de</strong>ram a<br />
importância do OOH <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um plano<br />
<strong>de</strong> mídia. Esse crescimento é muito esperado.<br />
Um plano convencional antigo <strong>de</strong><br />
mídia <strong>de</strong>dicava <strong>de</strong> 60% a 70% das verbas<br />
para a TV e hoje a base é 50%. O digital<br />
aumentou, mas também vemos caindo<br />
alguns players digitais pelo caminho,<br />
como o X. E o OOH também aten<strong>de</strong> no<br />
digital com o crossmedia e programática<br />
no mobile. A pessoa é impactada no celular<br />
e nas ruas. A reação das pessoas é<br />
muito rápida nas ruas, tanto para o lado<br />
bom quanto para o lado negativo. A parte<br />
boa do OOH é que você consegue colocar<br />
e tirar muito rápido uma campanha. An-<br />
tigamente, colocava-se um lambe-lambe<br />
na cida<strong>de</strong> e até conseguir trocar levava<br />
muito tempo. Hoje, em média, exibimos<br />
360 sessões por dia <strong>de</strong> 10 segundos.<br />
EXpECTATIVAS<br />
O primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano foi o<br />
melhor da história da We. A gente conseguiu<br />
a<strong>de</strong>quar nosso time e fazer algumas<br />
mudanças, que foram muito importantes<br />
para o nosso crescimento. Na<br />
parte do privado fechamos bem, mas<br />
em relação ao governo fe<strong>de</strong>ral, a gente<br />
patinou, mas acho que o mercado<br />
inteiro sentiu o governo andando meio<br />
<strong>de</strong> lado na publicida<strong>de</strong> legal. A expectativa<br />
é muito alta para o fechamento<br />
do segundo semestre. A We <strong>de</strong>ve crescer<br />
este ano quase 35%, em relação<br />
ao ano passado, e chegar perto <strong>de</strong> R$<br />
160 milhões <strong>de</strong> faturamento, com praticamente<br />
o dobro <strong>de</strong> telas sobre 2023<br />
(<strong>de</strong> 280 para mais <strong>de</strong> 500). Para 2025,<br />
o planejamento inclui a expansão do<br />
nosso time interno, trazer ainda mais<br />
gente para o comercial e participar <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s eventos do mercado como patrocinador<br />
e apoiador.<br />
PATROCíNiO<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 31
opinião<br />
Divulgação<br />
IA como aliada<br />
da criativida<strong>de</strong><br />
Waldir Terence<br />
No dinâmico universo da criação publicitária, a<br />
inovação é essencial para campanhas <strong>de</strong> sucesso.<br />
A inteligência artificial (IA) surge não apenas<br />
como uma ferramenta <strong>de</strong> execução, mas como uma<br />
verda<strong>de</strong>ira parceira dos profissionais <strong>de</strong> criação, potencializando<br />
suas habilida<strong>de</strong>s e abrindo novas fronteiras<br />
para a criativida<strong>de</strong>.<br />
A partir <strong>de</strong>ste movimento mais intenso da IA e suas<br />
vertentes tecnológicas na comunicação é notório que<br />
ela não substitui o talento humano e, sim, o amplifica,<br />
gerando sugestões criativas, inspirando novas abordagens<br />
e ajudando a explorar territórios criativos inusitados.<br />
Algoritmos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> conteúdo, por exemplo,<br />
produzem rascunhos iniciais <strong>de</strong> textos publicitários, que<br />
os redatores humanos refinam e personalizam, economizando<br />
tempo e permitindo foco em aspectos mais<br />
estratégicos, artísticos e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto. Outro aspecto<br />
que direciona a publicida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna para i<strong>de</strong>ias<br />
originais é a personalização.<br />
A IA permite criar experiências publicitárias personalizadas<br />
em gran<strong>de</strong> escala, trazendo uma adaptação das<br />
mensagens e o aspecto visual para diferentes segmentos<br />
<strong>de</strong> público com uma precisão inimaginável. Isso não<br />
só aumenta a relevância das campanhas, mas também<br />
fortalece a conexão emocional com o público. Uma outra<br />
vantagem aqui é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> segmentação avançada.<br />
A IA consegue analisar dados em tempo real e auxilia<br />
o talento humano no refino da i<strong>de</strong>ia criativa, permitindo<br />
ajustes <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> forma mais assertiva e mais produtiva,<br />
aproximando ainda mais os anúncios do público-<br />
-alvo, fazendo que ressoem <strong>de</strong> maneira única com cada<br />
indivíduo. Neste contexto, o resultado é uma interação<br />
mais personalizada, on<strong>de</strong> o consumidor sente que a<br />
marca realmente enten<strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sejos e<br />
preferências. Ferramentas <strong>de</strong> IA como assistentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />
e geração <strong>de</strong> imagens, como o Dall-e, atuam como<br />
assistentes virtuais, ajudando a criar protótipos rápidos<br />
e explorar diferentes conceitos visuais.<br />
Os diretores <strong>de</strong> arte po<strong>de</strong>m refinar rapidamente as<br />
i<strong>de</strong>ias, obtendo feedback instantâneo e personalizando<br />
suas criações <strong>de</strong> maneira mais ágil e eficiente. Ao automatizar<br />
tarefas repetitivas e administrativas na área<br />
da criação, a IA libera tempo para que os profissionais<br />
<strong>de</strong> criação se concentrem nas partes mais estratégicas<br />
e inovadoras do processo criativo. O suporte <strong>de</strong> pesquisa<br />
criativa, a contribuição em opinar se um caminho funciona<br />
melhor que o outro, o auxílio <strong>de</strong> estrutura criativa<br />
<strong>de</strong> mensagem e visual para um <strong>de</strong>terminado perfil<br />
<strong>de</strong> público são áreas on<strong>de</strong> a IA po<strong>de</strong> contribuir muito e<br />
tornar o tempo do processo mais curto, permitindo que<br />
os criativos se <strong>de</strong>diquem ao que fazem <strong>de</strong> melhor: criar.<br />
Quando voltamos a atenção para o tripé IA, criativida<strong>de</strong><br />
e brandformance, observamos uma combinação assertiva<br />
e com alto impactos estratégicos para as marcas<br />
que buscam se <strong>de</strong>stacar num mercado extremamente<br />
competitivo. Essa abordagem integrada permite criar<br />
campanhas publicitárias mais eficazes, personalizadas e<br />
mensuráveis, fortalecendo tanto a construção da marca<br />
quanto a obtenção <strong>de</strong> resultados sólidos.<br />
Dentro <strong>de</strong> um mercado exigente, as ferramentas <strong>de</strong><br />
IA trazem um leque <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s e abrem um cenário<br />
<strong>de</strong> aprendizado para agências no que diz respeito ao<br />
melhor uso e em como extrair <strong>de</strong>la os melhores insights,<br />
que potencialize as entregas criativas, que colabore em<br />
mais produtivida<strong>de</strong> entre os criadores e que melhore<br />
os resultados <strong>de</strong> comunicação para os anunciantes, trazendo<br />
mais lembrança para a marca, com um branding<br />
bem posicionado, e, resultados tangíveis, com uma performance<br />
eficiente. Diante <strong>de</strong>ste contexto, acredito que,<br />
com o rápido avanço tecnológico, o futuro da publicida<strong>de</strong><br />
está na colaboração harmoniosa entre humanos e<br />
máquinas. A IA traz novas ferramentas e possibilida<strong>de</strong>s,<br />
mas é a visão e a criativida<strong>de</strong> humana que direcionam e<br />
dão vida às gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias e as inovações.<br />
A união da intuição e emoção humana com a precisão<br />
e eficiência da IA resulta em campanhas publicitárias<br />
ainda mais impactantes e memoráveis. Portanto, a integração<br />
da IA ao processo criativo publicitário representa<br />
uma evolução, não uma substituição. Ao atuar como aliada,<br />
a IA permite que os profissionais <strong>de</strong> criação explorem<br />
novas fronteiras <strong>de</strong> inovação, otimizem seus processos<br />
e entreguem campanhas mais personalizadas. A criativida<strong>de</strong><br />
humana, potencializada pela inteligência artificial,<br />
está e vai continuar moldando o futuro da publicida<strong>de</strong>,<br />
por meio <strong>de</strong> rápidas conexões, transformando <strong>de</strong>safios<br />
em oportunida<strong>de</strong>s e i<strong>de</strong>ias originais e personalizadas<br />
em realida<strong>de</strong> que gerem resultados exponenciais e tangíveis<br />
às marcas.<br />
Waldir Terence<br />
é diretor <strong>de</strong> projetos da Mootag<br />
waldir.terence@mootag.com.br<br />
“Acredito que, com o<br />
rápido avanço tecnológico,<br />
o futuro da publicida<strong>de</strong><br />
está na colaboração<br />
harmoniosa entre<br />
humanos e máquinas”<br />
32 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
opinião<br />
Divulgação<br />
Será que a geração Z está<br />
preparada para assumir<br />
cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança?<br />
Gabriel Fonseca<br />
A<br />
geração Z, composta por jovens nascidos entre<br />
1995 e 2009, po<strong>de</strong>ria estar assumindo mais cargos<br />
<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança nas empresas, mas essa geração<br />
busca uma vida pessoal mais balanceada e não é difícil<br />
perceber recusas em promoções para cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.<br />
Porém, existem algumas vantagens em ter lí<strong>de</strong>res<br />
<strong>de</strong>sta geração, que tem uma visão <strong>de</strong> mundo moldada<br />
pela tecnologia, diversida<strong>de</strong> e uma profunda preocupação<br />
com questões sociais. Entretanto, como qualquer<br />
geração, eles enfrentam <strong>de</strong>safios que po<strong>de</strong>m tanto fortalecer<br />
quanto limitar seu impacto. Nesse texto, eu te<br />
conto um pouco mais sobre o tema.<br />
Começo abordando algumas novas formas <strong>de</strong> pensamento<br />
para o mercado <strong>de</strong> trabalho que acredito que sejam<br />
os pontos positivos dos lí<strong>de</strong>res da geração Z:<br />
Adaptabilida<strong>de</strong> e inovação: A geração Z cresceu em um<br />
mundo digital em rápida evolução. Eles são nativos digitais<br />
e, portanto, extremamente adaptáveis a novas tecnologias<br />
e mudanças no ambiente <strong>de</strong> trabalho. Essa familiarida<strong>de</strong><br />
com a tecnologia permite que introduzam inovações e soluções<br />
criativas em seus locais <strong>de</strong> trabalho, muitas vezes,<br />
com um enfoque em eficiência e automação.<br />
Consciência social e inclusivida<strong>de</strong>: Lí<strong>de</strong>res da geração<br />
Z são profundamente comprometidos com causas sociais.<br />
Eles têm uma compreensão aguçada das questões <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>,<br />
equida<strong>de</strong> e inclusão, e, muitas vezes, buscam<br />
criar ambientes <strong>de</strong> trabalho mais justos e inclusivos. Essa<br />
geração ten<strong>de</strong> a priorizar o bem-estar coletivo e a sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
alinhando suas <strong>de</strong>cisões com valores éticos<br />
que ressoam com uma base mais ampla <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs.<br />
Comunicação aberta e transparente: Comunicadores<br />
natos, os lí<strong>de</strong>res da geração Z preferem uma comunicação<br />
aberta e transparente. Possuem uma oratória excelente<br />
pela familiarida<strong>de</strong> digital que possuem e, além disso, valorizam<br />
a autenticida<strong>de</strong>, e são mais propensos a compartilhar<br />
informações <strong>de</strong> forma direta e honesta, criando uma<br />
cultura <strong>de</strong> confiança e colaboração <strong>de</strong>ntro das equipes.<br />
Porém, como em todo começo, existem alguns <strong>de</strong>safios<br />
para esses novos lí<strong>de</strong>res da geração Z:<br />
Inexperiência e pressão para resultados imediatos:<br />
Embora inovadores, os lí<strong>de</strong>res da geração Z po<strong>de</strong>m carecer<br />
<strong>de</strong> experiência, especialmente em cenários <strong>de</strong> crise<br />
ou em negociações complexas. A pressão por resultados<br />
rápidos, característica <strong>de</strong>ssa geração, po<strong>de</strong> levar a<br />
<strong>de</strong>cisões impulsivas ou a uma falta <strong>de</strong> planejamento a<br />
longo prazo. Aliado a isso, está a baixa resiliência. Quando<br />
confrontados em questões complexas do dia a dia<br />
<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res, por muitas vezes, po<strong>de</strong>m simplesmente pedir<br />
para sair do cargo e, consequentemente, da empresa.<br />
Ou seja, entre eles, a rotativida<strong>de</strong> é bem alta e essa<br />
inexperiência po<strong>de</strong> também fazer com que subestimem<br />
a importância <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s interpessoais, que só se<br />
<strong>de</strong>senvolvem com o tempo.<br />
Dificulda<strong>de</strong>s com autorida<strong>de</strong> e estruturas hierárquicas:<br />
A geração Z ten<strong>de</strong> a questionar a autorida<strong>de</strong> e as estruturas<br />
hierárquicas tradicionais, o que po<strong>de</strong> ser uma faca <strong>de</strong><br />
dois gumes. Enquanto essa mentalida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> promover<br />
inovação e mudança, também po<strong>de</strong> levar a conflitos com<br />
gerações anteriores, que valorizam mais as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> comando<br />
e a experiência acumulada.<br />
Dependência excessiva <strong>de</strong> tecnologia: Embora a proficiência<br />
tecnológica seja uma vantagem, também po<strong>de</strong> ser<br />
uma <strong>de</strong>svantagem. A <strong>de</strong>pendência excessiva <strong>de</strong> ferramentas<br />
digitais po<strong>de</strong> dificultar a construção <strong>de</strong> relações interpessoais<br />
significativas e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões formadas<br />
por nuances humanas que a tecnologia não capta. Além<br />
disso, o ritmo acelerado imposto pela tecnologia po<strong>de</strong><br />
levar a uma falta <strong>de</strong> paciência e resiliência diante <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios<br />
mais complexos.<br />
Com os pontos positivos e negativos abordados, a<br />
questão ainda permanece: Será que você da geração Z<br />
está se preparando e terá a resiliência necessária para assumir<br />
cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança num futuro bem próximo?<br />
Apesar <strong>de</strong> ter muitos pontos positivos que ajudam, <strong>de</strong><br />
fato, uma empresa a crescer, os pontos negativos ainda<br />
pesam para que os jovens assumam esses cargos <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res,<br />
principalmente na pressão da entrega <strong>de</strong> resultados<br />
rápidos. À medida que essa geração continua a crescer e<br />
a assumir mais responsabilida<strong>de</strong>s, é essencial que encontrem<br />
um equilíbrio entre sua inclinação para a mudança e<br />
a sabedoria adquirida com a experiência.<br />
Os lí<strong>de</strong>res da geração Z precisam <strong>de</strong> preparação e<br />
apoio para moldar o futuro <strong>de</strong> maneira positiva, mas o sucesso<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com as<br />
gerações anteriores e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver resiliência em face<br />
das adversida<strong>de</strong>s. Com o tempo, po<strong>de</strong>m se tornar lí<strong>de</strong>res<br />
que não só abraçam a inovação, mas que também compreen<strong>de</strong>m<br />
a importância da paciência, da empatia e do<br />
crescimento sustentável.<br />
Gabriel Fonseca<br />
é global growth lead na Scopely<br />
gabriel.fonseca@scopely.com<br />
“O sucesso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá<br />
<strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com as<br />
gerações anteriores<br />
e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
resiliência em face<br />
das adversida<strong>de</strong>s”<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 33
esg no mkt<br />
Alê Oliveira<br />
Competição<br />
<strong>de</strong> narrativas<br />
Como temos água e energia limpa em<br />
abundância, po<strong>de</strong>mos produzir hidrogênio ver<strong>de</strong><br />
Alexis Thuller Pagliarini<br />
Estive em quatro eventos <strong>de</strong>dicados à discussão <strong>de</strong><br />
temas relacionados aos princípios ESG nos últimos<br />
<strong>de</strong>z dias.<br />
Em um <strong>de</strong>les, o Fórum ESG da ABRH, fui mo<strong>de</strong>rador em<br />
um dos painéis. Foram eventos <strong>de</strong> instituições sérias, com<br />
palestrantes e <strong>de</strong>batedores i<strong>de</strong>m.<br />
Mas é inescapável a percepção <strong>de</strong> que as nuances <strong>de</strong><br />
cada um dos subtemas relacionados às questões socioambientais<br />
e <strong>de</strong> governança permitem narrativas diversas<br />
e até conflitantes.<br />
Um dos eventos – ‘Estadão think’, realizado na Fiesp –<br />
tratou da transição energética e suas implicações para a<br />
indústria brasileira.<br />
Não há dúvida <strong>de</strong> que o Brasil tem uma janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />
escancarada, por conta da sua matriz energética<br />
exemplar.<br />
Quase 50% da energia consumida no Brasil vêm <strong>de</strong> fontes<br />
renováveis. No caso da eletricida<strong>de</strong>, o quadro é ainda<br />
mais impressionante: mais <strong>de</strong> 90% são oriundos <strong>de</strong> energia<br />
limpa.<br />
Isso nos dá uma condição privilegiada para produzir<br />
bens, principalmente os <strong>de</strong> energia intensiva, <strong>de</strong> forma<br />
competitiva, não? E aí vêm as narrativas. Há quem diga<br />
que o governo admitiu tantos “jabutis” na regulamentação<br />
que nossa energia é mais cara que <strong>de</strong> outros países.<br />
Mas é limpa e abundante, correto? Po<strong>de</strong>mos então,<br />
num processo chamado <strong>de</strong> nearshoring (mudança <strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong>s industriais para locais mais favoráveis), atrair<br />
empresas <strong>de</strong> outros países para produzir aqui e garantir<br />
uma pegada <strong>de</strong> carbono a<strong>de</strong>quada aos limites aceitáveis<br />
internacionalmente?<br />
Como temos água e energia limpa em abundância, po<strong>de</strong>mos<br />
produzir o hidrogênio ver<strong>de</strong>, uma fonte energética<br />
que é consi<strong>de</strong>rada a solução i<strong>de</strong>al do futuro, por ser potente<br />
e limpa?<br />
Um dos palestrantes chegou a afirmar que po<strong>de</strong>mos ser<br />
a Arábia Saudita da energia limpa no futuro. Temos também<br />
a biomassa, que permite geração <strong>de</strong> energia não fóssil.<br />
O problema é que os países <strong>de</strong>senvolvidos não estão<br />
<strong>de</strong> braços cruzados, esperando o Brasil se mobilizar.<br />
Ao contrário, os EUA, por exemplo, criaram o IRA (Inflation<br />
Reduction Act). A Lei <strong>de</strong> Redução da Inflação é um<br />
pacote <strong>de</strong> investimentos aprovado pelo governo dos Estados<br />
Unidos principalmente para a <strong>de</strong>scarbonização da sua<br />
economia.<br />
Os temas são os seguintes: eletricida<strong>de</strong> limpa, transporte<br />
limpo, edifícios sustentáveis, manufatura ver<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>scarbonização industrial, agricultura e silvicultura inteligentes<br />
em relação ao clima e à conservação, justiça<br />
ambiental e climática, bons empregos, proteção ao trabalhador<br />
e ações climáticas estaduais.<br />
Entre dotações orçamentárias e incentivos fiscais, o<br />
montante investido pelo governo americano chega a 1<br />
trilhão <strong>de</strong> dólares.<br />
Na União Europeia, o Horizon 20<strong>30</strong> prevê subsídios e<br />
incentivos, além <strong>de</strong> um certo protecionismo, nas ações<br />
<strong>de</strong> empresas, em linha com a redução da pegada <strong>de</strong> carbono.<br />
Já a China aposta na li<strong>de</strong>rança produtiva <strong>de</strong> equipamentos<br />
cruciais para a <strong>de</strong>scarbonização, como painéis<br />
solares, pás eólicas e baterias. Não à toa, sua indústria<br />
automobilística li<strong>de</strong>ra vendas <strong>de</strong> carros elétricos. E lá vêm<br />
as narrativas. O que é melhor para o meio ambiente, carro<br />
elétrico ou híbrido a etanol?<br />
Se a narrativa é do universo do agro brasileiro, não há<br />
dúvidas <strong>de</strong> que o híbrido flex a etanol é a melhor solução.<br />
Mas ele gera emissão <strong>de</strong> CO2 (do etanol) e o elétrico não.<br />
Ok, mas em todo o processo <strong>de</strong> produção das baterias tem<br />
uma pegada a ser consi<strong>de</strong>rada.<br />
Por outro lado, a cana, usada para produzir o etanol, sequestra<br />
carbono ao longo do seu crescimento. Narrativas...<br />
E nós, simples mortais, ficamos confusos com essa miría<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> narrativas.<br />
Penso que a melhor atitu<strong>de</strong> é focarmos nas nossas<br />
ativida<strong>de</strong>s e garantir o menor consumo <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> energia<br />
e gerar o mínimo <strong>de</strong> resíduo, optando pelo consumo<br />
consciente.<br />
Do lado social, vamos manter uma atitu<strong>de</strong> respeitosa e<br />
inclusiva, sem qualquer discriminação. E sejamos críticos<br />
com as narrativas <strong>de</strong> um lado ou <strong>de</strong> outro.<br />
Alexis Thuller Pagliarini<br />
é sócio-fundador da ESG4<br />
alexis@criativista.com.br<br />
34 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
click do alê<br />
Alê Oliveira<br />
aleoliveira@propmark.com.br<br />
Antônia Martinelli Luperi lança seu primeiro livro<br />
Tal mãe, tal filha! Inspirada na mãe, Sandra Martinelli, CEO da ABA (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes), e em Philip Kotler, a autora, que acabou <strong>de</strong><br />
completar 18 anos, lançou sua primeira obra, ‘Branding na era das re<strong>de</strong>s<br />
sociais - cuidar das marcas nunca foi tão importante’, com um olhar voltado<br />
para a geração Z. Antônia comentou sobre a influência da mãe e <strong>de</strong> Kotler, o<br />
‘pai do marketing’, em seu primeiro livro: ‘Des<strong>de</strong> que nasci convivo com esse<br />
universo do marketing <strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong> casa, pelo qual fui me apaixonando<br />
ao longo dos anos. Eu e meu pai sempre acompanhamos minha mãe no Festival<br />
Cannes Lions e, em casa, sempre foi comum analisarmos e comentarmos<br />
as campanhas publicitárias’. Sobre Kotler, a jovem <strong>de</strong>stacou a referência<br />
que ele é pra quem estuda marketing e, em seus livros, já tinha previsto que<br />
as re<strong>de</strong>s sociais causariam uma revolução na indústria da publicida<strong>de</strong> e os<br />
consumidores teriam papel muito mais ativo. ’No meu livro, eu mostro como<br />
as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>le se conectam com o que a gente vê hoje nas re<strong>de</strong>s sociais:<br />
o branding sendo usado para construir uma imagem positiva e forte das<br />
marcas e criar relacionamento mais próximo com os consumidores’, afirmou<br />
a autora. A noite <strong>de</strong> autógrafos aconteceu no último dia 20, na Livraria da<br />
Vila da Alameda Lorena, em São Paulo. O evento foi prestigiado pelos pais,<br />
Sandra e Mauricio Martinelli Luperi, parentes, amigos e profissionais do<br />
mercado publicitário.<br />
Fotos: Alê Oliveira<br />
Antônia Martinelli Luperi entre os pais, Mauricio e Sandra<br />
Antônia Martinelli Luperi lança sua primeira obra<br />
Antônia Martinelli Luperi e Silvia Martinelli Florentino<br />
Sandra Martinelli recebe <strong>de</strong>dicatória da mais nova autora da família<br />
Noite <strong>de</strong> autógrafos<br />
foi prestigiada<br />
pelos pais, Sandra<br />
e Mauricio<br />
Martinelli Luperi,<br />
parentes, amigos<br />
e profissionais<br />
do mercado<br />
publicitário<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 35
we<br />
mkt<br />
Alê Oliveira<br />
1 - Vivendo <strong>de</strong> bico<br />
“Dinheiro compra até<br />
amor verda<strong>de</strong>iro”.<br />
Nelson Rodrigues<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
Dentre as chamadas novas profissões <strong>de</strong>correntes<br />
do tsunami tecnológico, duas, em especial, a <strong>de</strong><br />
transporte <strong>de</strong> passageiros e <strong>de</strong> comida pronta,<br />
traduzem-se na solução encontrada para as pessoas<br />
sobreviverem e pagarem as contas. E as duas, emblematicamente<br />
representadas em duas empresas, ou<br />
marcas, que se converteram em <strong>de</strong>signações do fenômeno:<br />
“uberização”, ou “ifoo<strong>de</strong>rização...”.<br />
Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre essa<br />
nova realida<strong>de</strong>, a entrevista <strong>de</strong> Diego Barreto, sucessor<br />
do Fabricio Bloisi no comando do iFood, à Veja Negócios,<br />
é mais que esclarecedora. Em <strong>de</strong>terminado momento<br />
da entrevista, e falando sobre as pessoas que prestam<br />
serviços através do iFood, Diego disse: “A maioria <strong>de</strong>ssas<br />
pessoas não tem o iFood como fonte <strong>de</strong> renda principal,<br />
mas como um complemento da renda. Muitos pensam,<br />
“Poxa, este mês faltou grana para pagar a conta <strong>de</strong> luz.<br />
Vou trabalhar no aplicativo por algumas semanas e<br />
pronto...”. Às vezes nem voltam porque têm outros empregos.<br />
Quase 70% mantêm esse tipo <strong>de</strong> relação com<br />
nossa plataforma. Assim, não querem contribuir para a<br />
Previdência a partir do que ganham com a gente”.<br />
E, perguntado por Veja Negócios qual seria a solução<br />
para esse conflito, Diego respon<strong>de</strong>u: “Acredito que o<br />
Brasil já resolveu problemas semelhantes, como no caso<br />
das empregadas domésticas. Se uma pessoa trabalha<br />
três dias na sua casa e um dia na minha, não faz sentido<br />
a gente contribuir igualmente se as relações são totalmente<br />
diferentes. É plenamente possível consi<strong>de</strong>rarmos<br />
um mo<strong>de</strong>lo progressivo: quem trabalha menos e ganha<br />
menos contribui pouco, quem trabalha mais e ganha<br />
mais faz pagamentos maiores...”.<br />
Em passado recente, bico era uma prestação <strong>de</strong> serviços<br />
genérica. Hoje, com a disrupção tecnológica, com<br />
os smartphones, com a angústia <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> todas<br />
essas possiblida<strong>de</strong>s integradas às nossas expectativas,<br />
consumidores mo<strong>de</strong>rnos, e que queremos tudo da maneira<br />
mais prática e no menor tempo possível, o bico<br />
institucionalizou-se através <strong>de</strong> diferentes plataformas,<br />
e vem sendo um amortecedor, ainda que precário, da<br />
crise social que seguimos mergulhando em <strong>de</strong>corrência<br />
do fim dos empregos.<br />
2 - Concorrência genérica e concorrência específica<br />
Grosso modo, e sem maiores refinamentos, no marketing<br />
e na vida nos <strong>de</strong>frontamos com dois tipos <strong>de</strong> concorrência.<br />
A genérica e a específica. Na genérica, todos<br />
concorrem com todos. O dinheiro da viagem é o mesmo<br />
dinheiro que po<strong>de</strong>ria dar entrada numa casa, num carro,<br />
mobiliar o quarto do casal, comprar caixas <strong>de</strong> uísque e vinhos.<br />
Já a específica é quando concorrem dois produtos<br />
que prestam o mesmo serviço. Comprar um carro da GM<br />
ou da Ford, ir nas férias para a Bahia ou Caxias, comprar<br />
um sapato novo, ou, um tênis. E foi assim, enten<strong>de</strong>ndo<br />
que grosso modo tudo concorre com tudo, e que o dinheiro<br />
das apostas <strong>de</strong> hoje, que não para <strong>de</strong> crescer, é o<br />
mesmo dinheiro que respondia por parte do sucesso <strong>de</strong><br />
milhares <strong>de</strong> negócios e empresas.<br />
E assim, <strong>de</strong>spertando <strong>de</strong> um pesa<strong>de</strong>lo que é real, todos<br />
agora começam a se dar conta do preço que pagam<br />
pelas marcas <strong>de</strong> bets nas camisas dos clubes <strong>de</strong> futebol,<br />
no patrocínio <strong>de</strong> campeonatos, na chuva torrencial <strong>de</strong><br />
propaganda nas diferentes plataformas. Até mesmo os<br />
bancos se dão conta que os investimentos estão sendo<br />
<strong>de</strong>vorados pelas bets. E daí? Daí que o cofre já foi arrombado<br />
e as perdas, mais que significativas, consumadas.<br />
E o pior ainda está por vir, na medida que a partir <strong>de</strong>ste<br />
ano, com a regulamentação, é que o fluxo <strong>de</strong> investimento<br />
em publicida<strong>de</strong> será multiplicado muitas vezes.<br />
Por enquanto, cálculos otimistas dizem que apenas 1%<br />
do PIB foi <strong>de</strong>sviado das compras e dos investimentos<br />
para as bets. Mas muitos calculam que em pouco tempo<br />
esse 1% será multiplicado, no mínimo, por 3.<br />
É isso, amigos. Concorrência genérica e específica.<br />
Muitas vezes aquilo que te dá prazer, diversão, alegria,<br />
e até algum ou muito prejuízo como os jogos, po<strong>de</strong> estar<br />
acabando com o seu negócio e contando com sua<br />
a<strong>de</strong>são e cumplicida<strong>de</strong>. Assim, nunca mais se esqueça.<br />
Tudo concorre com tudo. Em tempo: água, luz e gás concorrem<br />
com as bets, ou, vice-versa. Segundo pesquisa<br />
realizada pela Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Varejo e Consumo,<br />
11% das pessoas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> pagar essas contas<br />
para jogar nas bets... Presi<strong>de</strong>nte da Febraban propõe a<br />
proibição do uso dos cartões <strong>de</strong> crédito para pagar as<br />
bets... Caiu a ficha!<br />
E estamos apenas no começo...<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
fmadia@madiamm.com.br<br />
36 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark
supercenas<br />
Paulo Macedo<br />
paulo@propmark.com.br<br />
Fotos: Divulgação<br />
Conhecida pela expertise em sapatos masculinos, a marca Democrata diversifica e lança coleção feminina com campanha da Cadastra e da agência Estudio no.<strong>30</strong>2<br />
FEMININO<br />
A supermo<strong>de</strong>lo Gisele Bündchen também está emprestando<br />
sua disputada imagem para a marca <strong>de</strong><br />
calçados Democrata que, a partir <strong>de</strong>ste ano, resolveu<br />
apostar em coleção para o público feminino. Campanha<br />
assinada pela agência <strong>de</strong> performance Cadastra<br />
começou a ser veiculada há 20 dias em plataformas<br />
digitais, TVs aberta e fechada e mídia OOH. A agência<br />
realizou um estudo sobre os formatos <strong>de</strong> comunicação<br />
<strong>de</strong>ste mercado para compreen<strong>de</strong>r anseios e características<br />
das consumidoras que são alvo do seu<br />
cliente. “Gisele foi escolhida para representar essa<br />
nova fase da empresa, pois incorpora os principais<br />
valores do negócio (tradição, experiência e reconhecimento),<br />
personificando como ninguém o conceito<br />
<strong>de</strong> estar à vonta<strong>de</strong> na própria pele. Ela representa a<br />
mulher que busca conforto <strong>de</strong> forma bem resolvida<br />
e sabe aproveitar a elegância <strong>de</strong>scontraída — características<br />
i<strong>de</strong>ntificadas em nossa pesquisa com o<br />
público-alvo”, afirma Breno Cintra, diretor criativo e<br />
<strong>de</strong> marketing da Democrata. “A Cadastra apostou em<br />
recursos inovadores como um que mapeia os <strong>de</strong>vices<br />
conectados à mesma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> wi-fi on<strong>de</strong> o anúncio da<br />
TV foi entregue, e faz retargeting no mobile e outro<br />
que i<strong>de</strong>ntifica assuntos que são trending e elabora<br />
estratégias <strong>de</strong> mídia segmentadas”, <strong>de</strong>talha comunicado.<br />
“Ou seja, uma opção superpersonalizada e com<br />
o trakeamento completo sem fugir das boas práticas<br />
<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> dados pessoais”, explica Mariana Fernan<strong>de</strong>s,<br />
media manager na Cadastra. A parte criativa<br />
da campanha ficou a cargo da agência Estudio no.<strong>30</strong>2.<br />
Filipe Lucas, Daniel Piassi e David Baszucki (CEO da<br />
Roblox) durante o evento realizado nos Estados Unidos<br />
Rádio Mix e iFood lotaram ônibus personalizado e levaram uma galera para o Rock in Rio<br />
PROMOÇÃO<br />
Para celebrar os 40 anos do Rock in Rio, a Mix e o iFood lotaram um ônibus personalizado para fãs irem ao Rock<br />
in Rio. Os participantes ganharam kit com itens como: travesseiro <strong>de</strong> pescoço, sacochila, camiseta e até refeição<br />
com bebida inclusa. Emissora também teve o ônibus Engov After.<br />
INTEGRAÇÃO<br />
Filipe Lucas e Daniel Piassi, cofundadores da Rogue<br />
Unit, <strong>de</strong>senvolvedora <strong>de</strong> experiências e games no ambiente<br />
Roblox, estiveram presentes no Roblox Developers<br />
Conference <strong>2024</strong> (RDC <strong>2024</strong>), que aconteceu este<br />
mês, em San Jose, na Califórnia, Estados Unidos. “Uma<br />
das gran<strong>de</strong>s inovações é a integração com Shopify,<br />
que permitirá aos criadores ven<strong>de</strong>r produtos físicos<br />
diretamente <strong>de</strong>ntro das experiências Roblox. Isso significa<br />
que marcas e <strong>de</strong>senvolvedores po<strong>de</strong>rão combinar<br />
itens virtuais e reais”, comenta Lucas.<br />
jornal propmark - <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 37
última página<br />
Alê Oliveira<br />
Flavio Waiteman<br />
é sócio e CCO da Tech&Soul<br />
flavio.waiteman@techandsoul.com.br<br />
Tramontina<br />
Flavio Waiteman<br />
Num futuro recente, o Brasil vai precisar votar<br />
uma lei <strong>de</strong> regulamentação das re<strong>de</strong>s sociais.<br />
Sugiro que essa lei se chame Tramontina. Carlos<br />
Tramontina é jornalista conhecido por ter sempre uma<br />
atitu<strong>de</strong> muito simpática e fofa. Pois ele surpreen<strong>de</strong>u a<br />
todos na última semana quando foi o mediador <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>bate a candidatos a prefeito <strong>de</strong> São Paulo. Ele nos<br />
lembrou o que significa jornalismo <strong>de</strong> alto nível.<br />
Os candidatos que participaram do <strong>de</strong>bate assinaram<br />
um termo com o compromisso <strong>de</strong> respeitar as regras <strong>de</strong><br />
não agressão. Eis que faltando <strong>30</strong> segundos para terminar<br />
o <strong>de</strong>bate, já nas consi<strong>de</strong>rações finais, o candidato das re<strong>de</strong>s<br />
sociais, acostumado a não ter regra nenhuma, começa a<br />
<strong>de</strong>scumprir o acordo com ofensas graves ao atual prefeito.<br />
Foi advertido três vezes por Tramontina e finalmente<br />
ouviu um sermão e foi posto para fora do <strong>de</strong>bate. Mas<br />
Tramontina fez tudo isso com uma categoria ímpar, amparado<br />
nas regras <strong>de</strong> conduta do evento. Sem regras um<br />
até po<strong>de</strong> ganhar, mas todos per<strong>de</strong>m. Quem entra numa<br />
disputa com regras e não as respeita sem punição, ganha<br />
sempre. E essa situação sobre não ter regras, é diretamente<br />
um efeito das re<strong>de</strong>s, que não possuem regras.<br />
Aliás, ano interessante sobre comunicação. No Brasil<br />
está acontecendo um fenômeno que <strong>de</strong>verá ser<br />
estudado num futuro recente. O quanto a ausência <strong>de</strong><br />
uma re<strong>de</strong> social influencia ou <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> influenciar o<br />
resultado <strong>de</strong> uma eleição. Antes que você fale sobre<br />
liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão, vale a pena rever os documentários<br />
‘Cambridge analítica’, ‘Brexit’ e ‘Escândalo do<br />
Facebook’ (todos no Netflix), para lembrar o que é manipulação<br />
e liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão. As re<strong>de</strong>s sociais e<br />
a política andam juntas. Precisam ser reguladas e essa<br />
regulação precisa levar em consi<strong>de</strong>ração a velocida<strong>de</strong><br />
com que a mentira se espalha.<br />
Existem leis e um bom senso para uma mensagem<br />
política veiculada nos jornais, TV, outdoor e rádio, mas<br />
nenhuma regulação para o que é veiculado nas re<strong>de</strong>s.<br />
Num ambiente sem regulação nenhuma sobre conteúdos,<br />
todos per<strong>de</strong>m. Os cortes, ah os cortes.<br />
A Super Interessante publicou uma matéria sobre<br />
as eleições <strong>de</strong> 2022 chamando a atenção <strong>de</strong> que as<br />
fake news se espalham seis vezes mais rápido nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais. O Twitter (atual X), a re<strong>de</strong> mais polêmica e<br />
política, quando estava sob a administração antiga e<br />
contava com uma equipe <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração, diz ter removido<br />
nessa época mais <strong>de</strong> 63 mil posts. Imagine hoje o<br />
que seria, pois não há mais qualquer equipe <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração<br />
no Brasil. Qualquer um veicula o que quer. É a lei<br />
do algoritmo mais forte.<br />
Mas esse canal está fora do ar já há quase um mês e<br />
teremos mais um mês até as eleições. É notória a tendência<br />
pessoal do dono da plataforma à extrema direita<br />
global. Será que os algoritmos são treinados a sua imagem<br />
e semelhança?<br />
Na ocasião da compra <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> social, Elon Musk<br />
pediu um <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 25%, que, na visão <strong>de</strong>le mesmo,<br />
era a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> robôs da plataforma. Robôs, aqui,<br />
não são autômatos, mas programas que simulam a audiência<br />
humana e geram relatórios <strong>de</strong> audiência que<br />
elevam o valor da publicida<strong>de</strong> cobrada. Sim, no fundo,<br />
todas as re<strong>de</strong>s querem a verba publicitária dos anunciantes.<br />
Depois que comprou a re<strong>de</strong>, o que será que ele<br />
fez com esse exército <strong>de</strong> algoritmos? Quais posts são<br />
mais veiculados e vistos?<br />
Outro gap mental que tenho curiosida<strong>de</strong> é como<br />
po<strong>de</strong>mos permitir que exista algo tão po<strong>de</strong>roso, influente,<br />
que fatura tanto e que espalha tanto ódio e<br />
<strong>de</strong>sinformação sem absolutamente nenhuma regra?<br />
Tramontina neles!<br />
“As re<strong>de</strong>s sociais<br />
e a política andam<br />
juntas. Precisam<br />
ser reguladas”<br />
38 <strong>30</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark