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Mala Direta<br />

Básica<br />

9912281412/2011-SE/SPM<br />

Correcta Editora<br />

SETEMBRO | 2024<br />

Nº 301 • ANO 29<br />

IMPRESSO FECHADO<br />

Pode ser aberto pela ECT<br />

ESPECIAL 23º CONGRESSO<br />

BRASILEIRO DE CORRETORES<br />

DE SEGUROS<br />

Fala Líder: como os<br />

dirigentes setoriais<br />

veem o avanço dos<br />

riscos emergentes<br />

SEGUROS<br />

UNIMED<br />

Cuidando da vida<br />

e do patrimônio dos<br />

seus segurados<br />

Seguradora completa<br />

35 anos de atuação<br />

investindo no<br />

desenvolvimento de novos<br />

produtos que vão muito<br />

além do seguro saúde<br />

Capacitação: para<br />

enfrentar os desafios<br />

do mercado é preciso<br />

estudar o tempo todo<br />

Helton Freitas, presidente<br />

da Seguros Unimed<br />

Connecting Dots presta assistência às vítimas de danos<br />

nos seguros de Responsabilidade Civil<br />

Frederico Geraldo, CEO


EDITORIAL<br />

Um encontro muito<br />

esperado<br />

Em 2022, a Fenacor - Federação Nacional dos Corretores<br />

de Seguros, realizou o 22º Congresso Brasileiro em Campinas/SP,<br />

para um público estimado em duas mil pessoas.<br />

Ainda era um período que inspirava muitos cuidados, apesar de<br />

já estarem todos vacinados.<br />

Agora, de 10 a 12 de outubro, voltamos ao Congresso Brasileiro<br />

com força total, tanto em termos de participação de corretores<br />

quanto de expositores. O tema do evento é “O futuro da Distribuição<br />

de Seguros no Brasil”, que será aprofundado em vários<br />

paineis temáticos com lideranças do mercado. Na Exposeg será<br />

possível visitar 34 empresas/entidades.<br />

Vivemos um momento de grande importância para o mercado<br />

de seguros, principalmente porque os riscos emergentes<br />

que antes pareciam distantes começam a bater à nossa porta.<br />

As mudanças climáticas amplificam os riscos e exigem que seguradoras<br />

e corretores de seguros estejam mais bem preparados<br />

para subscrever riscos de forma correta, acessível e sustentável.<br />

Enchentes no Rio Grande do Sul e queimadas no Brasil inteiro<br />

mostram que não é possível mais aguardar para promover as<br />

mudanças necessárias nos produtos e serviços do setor. Os riscos<br />

cibernéticos já se fazem presentes nas empresas, com a necessidade<br />

de gerir os efeitos dos ataques e a crise de reputação que<br />

advém com o sinistro.<br />

Nesta edição mostramos também as oportunidades para<br />

capacitação profissional dos corretores de seguros, onde eles podem<br />

encontrar formação em produtos e linhas de negócios, além<br />

do apoio das seguradoras parceiras.<br />

Na capa trazemos a Seguros Unimed, empresa que completa<br />

35 anos de atuação no mercado, seguindo seu propósito<br />

de atender bem ao nicho da saúde, principalmente aos médicos<br />

cooperados e seus colaboradores. Mas, sempre, com o apoio do<br />

corretor de seguros.<br />

Também convidamos alguns líderes do mercado segurador<br />

para prestar uma homenagem aos corretores de seguros. O resultado<br />

é uma série de cinco artigos muito especiais, mostrando<br />

diferentes posições sobre a atuação dos corretores de seguros.<br />

Boa leitura!<br />

SETEMBRO • 2024 • Nº 301 • ANO 29<br />

EXPEDIENTE<br />

Diretora de Redação:<br />

Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

klubiato@revistaapolice.com.br<br />

Diretora de Negócios:<br />

Graciane Pereira<br />

graciane@revistaapolice.com.br<br />

Colaborador:<br />

André Felipe de Lima<br />

Diagramação e Arte:<br />

Enza Lofrano<br />

Tiragem:<br />

12.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de<br />

seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta revista.<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda e<br />

de público dirigido<br />

CORRECTA EDITORA LTDA<br />

Administração, Redação e Publicidade:<br />

Rua Gaivota, 615 - sala 181<br />

04522-031 - São Paulo/SP<br />

CNPJ: 00689066/0001-30<br />

Diretora de Redação<br />

Mande suas dúvidas,<br />

críticas e sugestões para<br />

redacao@revistaapolice.com.br


CONTEÚDO<br />

www.revistaapolice.com.br<br />

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instagram.com/revista_apolice<br />

CAPA<br />

Seguros Unimed completa<br />

35 anos de vida, expande sua<br />

atuação e espera crescer 20%<br />

no faturamento para 2024,<br />

de olho em novo produto de<br />

equipamentos médicos para<br />

2025<br />

>> PÁG. 06<br />

ESPECIAL 23º CONGRESSO BRASILEIRO<br />

DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

EDUCAÇÃO<br />

A capacitação profissional<br />

é fundamental para os<br />

profissionais que desejam<br />

evoluir no mercado<br />

e conquistar novos<br />

consumidores. A evolução<br />

está ao alcance de todos<br />

>> PÁG. 26<br />

FALA LÍDER<br />

Aqueles que estão<br />

conduzindo os corretores<br />

de seguros pelo mercado<br />

falam sobre os desafios<br />

que este profissional está<br />

enfrentando, desde os<br />

riscos emergentes até a<br />

operação do backoffice e<br />

a atualização tecnológica<br />

>> PÁG. 10<br />

ÍNDICE<br />

ESPECIAL 23º CONGRESSO BRASILEIRO<br />

DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

14 AXA no Brasil<br />

Protegendo o futuro: o protagonismo<br />

do corretor junto aos clientes<br />

16 Bradesco Seguros<br />

Receita de sucesso: humanização e tecnologia<br />

juntas<br />

18 Icatu<br />

Parceria entre corretores e seguradoras é uma<br />

das chaves para um Brasil mais protegido<br />

20 Mapfre<br />

Não há mercado de seguros sem o corretor<br />

22 Tokio Marine<br />

O corretor como porta-voz do mercado de seguros<br />

24 Serviço<br />

Connecting Dots encontrou seu propósito social ao<br />

oferecer serviço de assistência que acompanha as<br />

vítimas de danos nos seguros de Responsabilidade<br />

Civil, oferecendo atendimento em até três horas<br />

31 Benefícios<br />

Wiz Corporate oferece pacote de serviços com<br />

consultoria, implantação, relacionamento, gestão<br />

de risco e saúde e operações<br />

32 Seguro de Pessoas<br />

TGL Consultoria mostra que o cuidado completo<br />

do segurado dá resultados, oferecendo opções de<br />

negócios tanto para a pessoa física quanto jurídica<br />

34 Evento<br />

Sindiplanos realiza 3º Café de Negócios<br />

colocando em pauta a Autorregulação do setor<br />

de saúde suplementar. Especialistas apontam<br />

que este pode ser um caminho para contribuir<br />

com a sustentabilidade da saúde<br />

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião desta revista.<br />

4


CAPA<br />

SEGUROS UNIMED<br />

Cuidado para a vida e para<br />

o patrimônio dos segurados<br />

SEGUROS UNIMED VAI ALÉM DA SUA EXPERTISE EM SAÚDE E<br />

REFORÇA SOLUÇÕES DE PROTEÇÃO À VIDA E AO PATRIMÔNIO DOS<br />

BRASILEIROS. ANUNCIA, AINDA, O LANÇAMENTO DO SEGURO PARA<br />

EQUIPAMENTOS MÉDICOS<br />

6


Ao completar 35 anos de mercado,<br />

a Seguros Unimed está<br />

de olho na diversificação da<br />

sua carteira de produtos e clientes.<br />

Apesar do seguro saúde continuar sendo<br />

o carro-chefe de sua linha de produtos,<br />

pelo qual a marca é mais reconhecida<br />

no mercado, agora, a companhia<br />

quer mostrar ao setor que ela é mais<br />

do que isso. Ela distribui produtos de<br />

previdência privada (aberta e fechada),<br />

vida, ramos elementares (residencial,<br />

empresarial, responsabilidade civil<br />

profissional da saúde, D&O) etc, além<br />

dos planos odontológicos e de fazer<br />

a gestão de recursos financeiros das<br />

Unimeds, com a sua asset management<br />

(InvestCoop).<br />

O Sistema Unimed como um<br />

todo, do qual a seguradora faz parte, é<br />

uma potência. Ele se posiciona como um<br />

ecossistema de soluções para cuidar da<br />

saúde dos brasileiros e, também, para<br />

garantir proteção à vida e ao patrimônio<br />

das pessoas. Está presente em 92,5% do<br />

território nacional, com mais de 38% de<br />

participação na saúde suplementar brasileira,<br />

com quase 20 milhões de clientes.<br />

Apenas para se ter uma ideia, 116 mil<br />

médicos fazem parte do Sistema, 160<br />

hospitais próprios e mais de 150 mil colaboradores.<br />

Em 2023, a Seguros Unimed faturou<br />

R$ 6,3 bilhões, com expectativa de<br />

crescimento de 20% em 2024. A empresa<br />

está seguindo no caminho certo, porque<br />

até junho deste ano o aumento já foi<br />

de 22,4%. O seguro de vida, no primeiro<br />

semestre de 2024, já emitiu R$ 435 milhões<br />

em prêmios de seguros; os ramos<br />

elementares já emitiram R$ 46 milhões.<br />

Segundo o presidente da seguradora,<br />

Helton Freitas, a expectativa é dobrar estes<br />

valores até o final do ano.<br />

O presidente cita, como exemplo<br />

da transformação digital, o projeto<br />

Acelera, cujo objetivo é ampliar as<br />

vendas de seguro-saúde para PME’s, até<br />

99 vidas. É possível fazer a cotação e a<br />

subscrição de forma ágil, facilitando a<br />

comercialização.<br />

7


CAPA<br />

SEGUROS UNIMED<br />

É preciso ter bons produtos, adequados ao nosso público.<br />

Pautamos a tecnologia e a inovação como um pilar de<br />

sustentação da companhia desde 2016. Principalmente<br />

no canal corretor, temos desenvolvido uma série de<br />

ferramentas para dar mais comodidade, conforto e<br />

agilidade, portanto, mais produtividade aos parceiros”<br />

HELTON FREITAS, presidente<br />

Outro projeto para contribuir<br />

com a agilidade na distribuição dos<br />

produtos é o Calcule+. O processo tradicional<br />

de venda de seguros é assim:<br />

eu tenho um cliente, quero cotar um<br />

seguro, peço uma cotação, apresento<br />

ao segurado e finalizo a contratação.<br />

“Quando colocamos todos esses processos<br />

na jornada digital, trazemos<br />

mais agilidade e precisão na análise<br />

de riscos”, acredita Freitas. Implantado<br />

em 2022, o Calcule+ integrou cotações,<br />

subscrição e contratações, facilitando a<br />

jornada digital dos corretores de seguros<br />

no segmento de vida. Ao longo de<br />

2023 e 2024, diversos produtos foram<br />

incorporados à ferramenta facilitando<br />

a jornada para os produtos Acidentes<br />

Pessoais Premiável, Vida Individual,<br />

Vida Mulher, Vida Coletivo e Residencial.<br />

Atualmente, o Calcule+ é responsável<br />

por 72% das cotações realizadas<br />

na Seguros Unimed.<br />

Outro avanço mais recente foi<br />

o e-RE, um sistema lançado em abril<br />

deste ano, focado na gestão de seguros<br />

dos Ramos Elementares. A plataforma<br />

oferece agilidade na consulta de apólices,<br />

endossos e renovações no portal,<br />

otimizando a jornada do corretor e fortalecendo<br />

a atuação da Seguros Unimed<br />

no mercado de seguros patrimoniais e<br />

de responsabilidades. “Todo o foco é dar celeridade ao trabalho do<br />

corretor para que ele possa ter mais agilidade no processo de entrega<br />

do nosso seguro”, destaca Freitas.<br />

O executivo conta que a Seguros Unimed também está aderindo<br />

a plataformas multicálculos. A primeira parceria foi com a CorretagemFácil,<br />

cuja adesão é para facilitar a jornada do corretor no<br />

cálculo e comparação de diversos produtos de seguros.<br />

Depois que o segurado já foi encantado pela companhia, o<br />

seu atendimento deve ser prioridade. “Os canais de atendimento ao<br />

corretor de seguros e ao consumidor são fundamentais para nós”,<br />

avalia Freitas. Para ele, é preciso ter um atendimento humanizado,<br />

próximo, com um nível de resolutividade alto para os problemas<br />

do segurado e do corretor. A tecnologia ajuda muito. Não trabalhar<br />

com estas ferramentas, em última análise, coloca as empresas fora<br />

do mercado.<br />

Mesmo com todo o investimento para modernizar o seu parque<br />

tecnológico para fomentar negócios, a Seguros Unimed segue<br />

com um diferencial: o relacionamento humano, próximo, consultivo<br />

e personalizado. Isso quer dizer que, mesmo com a tecnologia e com<br />

o uso de inteligência artificial, a seguradora mantém o contato direto<br />

da sua equipe comercial com corretores e, também, com clientes,<br />

garantindo a humanização do atendimento, mais flexibilidade na<br />

contratação e a definição do escopo do produto a ser contratado, de<br />

acordo com o perfil do cliente.<br />

MAIS NOVIDADES<br />

O seguro para equipamentos médicos é a grande novidade<br />

da Seguros Unimed, que será lançado em 2025. É um produto<br />

feito em parceria com a Unimed Participações, holding de novos<br />

negócios do Sistema Unimed, que irá proteger equipamentos<br />

como máquinas de tomografia, ressonância magnética, ultrassom,<br />

em hospitais e consultórios médicos. A cobertura vai desde danos<br />

ao equipamento até a proteção para roubo e furto. O lançamento<br />

deste produto vai ao encontro de um compromisso importante<br />

para a seguradora, que é atender as demandas dos cooperados do<br />

Sistema Unimed.<br />

Na prática, o seguro vai garantir proteção financeira ao<br />

negócio, permitindo reparo ou substituição de equipamentos<br />

danificados ou roubados, sem gerar despesas não previstas ao<br />

8


estabelecimento ou profissional segurado. O objetivo central é<br />

evitar a paralisação das atividades de uma determinada empresa<br />

ou de um profissional devido a um evento não previsto que pode<br />

comprometer os negócios.<br />

Em seguro de vida, previdência e ramos elementares, o foco<br />

está no mercado em geral e, também, nas pessoas que fazem parte<br />

do Sistema Unimed, ou seja, médicos cooperados e colaboradores.<br />

“Com o uso das novas ferramentas, que já foram citadas, a seguradora<br />

vai investir na distribuição do seguro residencial, que incrivelmente<br />

é pouco vendido no Brasil. Apesar das pessoas atribuírem<br />

mais valor ao carro do que à residência, esse é um seguro que cresce<br />

muito, junto com a percepção de importância das pessoas, principalmente<br />

porque ele vem acompanhado de uma série de assistências”,<br />

confirma Freitas.<br />

As pessoas cada vez mais escolhem os seguros pelas assistências<br />

que estão acoplados ao produto, utilizando o conceito de<br />

uso do produto não apenas no momento do sinistro. A Seguros Unimed<br />

sempre se posicionou como uma seguradora de nicho, voltado<br />

para o Sistema ao qual ela está inserida. “Nós vamos continuar expandindo<br />

dentro do nicho, pois temos conhecimento aprofundado<br />

das demandas, necessidades e funcionalidades.”, aponta o presidente<br />

da seguradora.<br />

A Seguros Unimed possui uma trajetória de crescimento<br />

sustentável, baseada em uma gestão eficiente, em investimentos<br />

robustos em seu parque tecnológico e com o compromisso em garantir<br />

a melhor experiência aos seus 6 milhões de segurados em<br />

todo o país. A companhia atua nos ramos Saúde, Vida, Odontológico,<br />

com Previdência Privada (aberta e fechada) e nos Ramos Elementares,<br />

além de contar com uma asset management que hoje<br />

faz a gestão de R$ 5,88 bilhões em recursos do Sistema Unimed (a<br />

InvestCoop).<br />

O executivo da Seguros Unimed acredita que é preciso educar<br />

a população brasileira para que ela possa utilizar os mecanismos<br />

do mercado securitário de forma mais correta e ampla. “Percebemos<br />

que há um crescimento do setor, que deve se manter nos próximos<br />

anos. Como nós estamos crescendo de forma robusta, à média de<br />

20% ao ano, todo o setor está se desenvolvendo”.<br />

Até maio de 2024, o setor de seguros teve arrecadação<br />

de R$174,6 bilhões no Brasil, um crescimento de 17,2% em relação<br />

ao mesmo período de 2024. O destaque vai para os seguros<br />

de Danos e Responsabilidades, com alta de 30,1%; previdência<br />

aberta com 45,6%; e Seguros de Pessoas, com alta de 17,2%, segundo<br />

dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados<br />

- Susep.<br />

Existe uma meta estabelecida pela CNseg - Confederação<br />

Nacional das Seguradoras, para que o mercado chegue a 10% de<br />

participação no PIB até o ano de 2030. Para Freitas esta meta é<br />

factível, desde que o setor enfrente os desafios como o do seguro<br />

agrícola, que precisa ser mais difundido, ou as fraudes, que limitam<br />

os resultados das seguradoras. “Tem espaço para que possamos<br />

crescer de forma sustentável, sem sermos aventureiros ou arriscarmos<br />

muito, para perder o controle do crescimento”, afirma Freitas,<br />

acrescentando que há oportunidades em seguros de florestas,<br />

Central de Atendimento<br />

lavouras, seguro de garantia judicial,<br />

de obras etc. “No Brasil, estes produtos<br />

ainda estão na infância e, portanto, entendo<br />

que se criarmos a cultura e estes<br />

ramos entrarem com mais força, temos<br />

chance de atingir esta meta”.<br />

RESULTADOS E PERSPECTIVAS<br />

O ano de 2024 será de grandes<br />

resultados. Mesmo que a empresa tenha<br />

no seguro saúde o seu carro-chefe, o que<br />

confere maiores desafios à operação, a<br />

grande questão ligada a esta carteira é a<br />

sinistralidade. “O adequado controle da<br />

utilização dos planos por parte dos beneficiários<br />

nos coloca em uma posição<br />

favorável. Ao longo dos anos, mostramos<br />

consistência na geração de resultados<br />

operacionais”, declara Freitas.<br />

Em 2024, o objetivo da companhia<br />

é superar a meta de R$ 320 milhões de<br />

resultados de lucros globais da Seguros<br />

Unimed.<br />

9


ESPECIAL CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

FALA LÍDER<br />

Sem misturar ‘alho’ com<br />

‘bugalhos’<br />

SERÁ MESMO QUE OS<br />

CORRETORES, DE UMA FORMA<br />

GERAL, ESTÃO PLENAMENTE<br />

FAMILIARIZADOS COM OS<br />

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS<br />

DA ATUALIDADE QUE IMPACTAM O<br />

SETOR DE SEGUROS?<br />

André Felipe de Lima<br />

Mudanças climáticas provocam<br />

desastres incalculáveis e<br />

aterrorizam o mundo inteiro,<br />

como aconteceu recentemente no Rio<br />

Grande do Sul. A inteligência artificial<br />

(IA), que se mostra uma verdadeira “esfinge”,<br />

com seus enigmas quase indecifráveis,<br />

permanece longe de fazer com<br />

que a humanidade se sinta segura diante<br />

dela. E, falando mais particularmente ao<br />

setor de seguros, o ainda recente open<br />

insurance, que segue o rastro do open<br />

banking do setor bancário, desperta um<br />

acalorado debate em torno do compartilhamento<br />

de dados dos usuários bem<br />

como a segurança destas mesmas informações.<br />

Outra intrincada discussão gira<br />

em torno do papel que o corretor de seguros<br />

deverá exercer nessa nova jornada<br />

norteada pelo seguro aberto. Estes três<br />

temas estão na ordem do dia do seguro.<br />

O presidente do Sindicato dos<br />

Corretores de Seguros do estado do Rio<br />

Grande do Sul (Sincor-RS), André Luiz<br />

Araújo Thozeski, afirma que, hoje, no<br />

mercado de seguros gaúcho, há milhares<br />

de profissionais corretores, mas o líder<br />

sindical faz um alerta: “Muitos, com certeza,<br />

estão atentos e se posicionarão com<br />

destaque. Infelizmente, a maioria não<br />

está ouvindo o apito do trem... e vão perder<br />

o trem!”, frisa Thozeski, que tem vasta<br />

experiência no mercado de seguros, no<br />

qual ingressou em 1983, formando-se<br />

corretor de seguros em 1988. Hoje, além<br />

de presidente do Sincor-RJ, Thozeski é<br />

vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros<br />

(Fenacor) e diretor no Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio<br />

Grande do Sul (CVG-RS).<br />

Sócio-fundador e diretor de tecnologia e operações (CTO &<br />

COO) da Lojacorr, Sandro Ribeiro dos Santos reconhece que o corretor<br />

de seguros está atento aos fatos que marcam decisivamente<br />

o atual cenário do mercado. Ele também pontua que a competitividade<br />

exige do profissional uma adaptação do trabalho à realidade<br />

e uma busca constante por inovação e por mais ferramentas que<br />

sejam aliadas à sua função. Mas faz uma ressalva: “Se perguntarmos<br />

se ele [o corretor] está ‘verdadeiramente antenado’, a resposta é que<br />

ainda há muito a percorrer. Estamos passando por essa transição<br />

de inovação de forma muito rápida e imersiva. O que ainda pode<br />

10


ANDRÉ LUIZ ARAÚJO THOZESKI,<br />

do Sincor-RS<br />

categoria dos corretores de seguros, cujo<br />

Sincor-RJ se enquadra, para levar a informação<br />

ao corretor de forma assertiva<br />

para que o mesmo possa se posicionar e<br />

repensar a sua atuação junto à sociedade,<br />

uma vez que é o corretor de seguros o elo<br />

da cadeia mais próximo do consumidor,<br />

ocupando esta tarefa fundamental de<br />

orientação”, observa.<br />

Outra liderança do setor, o presidente<br />

Sincor-AM/RR, Erico Parente, afirma<br />

que muitos corretores estão cientes<br />

dessas tendências e buscam se atualizar<br />

constantemente, mas ainda há, ressalta<br />

Parente, um “caminho a percorrer” para<br />

que todos estejam plenamente integrados<br />

a esses temas. “A conscientização<br />

parecer novidade já está sendo aplicado, funcionando e atendendo<br />

ao mercado, e de forma muito acelerada. O corretor que ainda não<br />

se adequa, por exemplo, ao atendimento online, já está um passo<br />

atrás daqueles que, além de fazerem isso, usam ferramentas a seu<br />

favor”, analisa Santos, para quem a rapidez com que tudo tem se<br />

transformado cria um excesso de informações, sendo preciso sempre<br />

que o corretor esteja preparado para captar, filtrar e aplicar de<br />

forma “usual” e “prática” tanto as transformações quanto as informações<br />

e o conhecimento que acompanham o seu cotidiano.<br />

Os três temas abordados no começo desta reportagem são<br />

recentes e impactam toda a cadeia do seguro, em especial a área<br />

de distribuição. Essa é a opinião do presidente do Sincor-RJ, Ricardo<br />

Garrido. “Acredito no papel das entidades de representação da<br />

SANDRO RIBEIRO DOS SANTOS,<br />

da Lojacorr<br />

11


ESPECIAL CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

FALA LÍDER<br />

RICARDO GARRIDO,<br />

do Sincor-RJ<br />

sobre a importância dessas tendências<br />

está crescendo, mas é um processo contínuo<br />

de aprendizado e adaptação”, justifica<br />

o líder dos corretores do Norte do<br />

país, acrescentando, no entanto, que a<br />

Fenacor, os sindicatos de corretores de<br />

vários estados, a Escola de Negócios e<br />

Seguros (ENS) e a Confederação Nacional<br />

das Seguradoras (CNSeg) vêm promovendo<br />

eventos para o debate desses<br />

temas junto aos corretores de seguro<br />

em todo o país. “Aqui, em nossa região,<br />

já promovemos evento esse ano para o<br />

debate com os corretores locais e pretendemos<br />

realizar novos encontros”, antecipa.<br />

Mas a estrada é longa até uma internalização<br />

maciça da realidade atual.<br />

Ressaltando o que disse André Thozeski<br />

(Sincor-RS) para esta reportagem, a maioria<br />

dos corretores de seguros ainda não<br />

“ouviu o apito do trem”.<br />

UM PARADOXO?<br />

Por qual motivo o corretor estaria<br />

pouco familiarizado com estes temas.<br />

A falta de especialização é uma hipótese.<br />

Entretanto, poderia representar uma<br />

contradição, pois, o corretor tem acesso à<br />

informação de qualidade. “É um paradoxo<br />

sem dúvida”, resigna-se Thozeski. “Infelizmente,<br />

muitos estão tão envolvidos<br />

com sua sobrevivência básica que sequer<br />

veem o que está acontecendo. Outra parcela<br />

nega, ‘vira de costas’, ‘dá de ombros’.<br />

É muito triste ver quantos estão alienados a tudo que está acontecendo,<br />

brigando por ‘seguro de uno mille’. As entidades e os veículos<br />

de comunicação especializados do nosso setor estão diariamente<br />

sinalizando: só os realmente muito bem preparados sobreviverão.<br />

É a seleção natural da espécie mais uma vez”, complementa o presidente<br />

do Sincor-RS.<br />

A aparente desconexão dos corretores com alguns fatos pontuais,<br />

porém marcantes para o setor, pode ser atribuída a vários fatores,<br />

incluindo a sobrecarga de informações e a falta de tempo para<br />

se dedicar à especialização em novos temas, pondera Erico Parente.<br />

“Além disso, muitos corretores estão focados nas demandas diárias<br />

de seus negócios, o que pode limitar sua capacidade de se aprofundar<br />

em assuntos complexos e em constante evolução. O desafio é<br />

transformar o acesso à informação em conhecimento aplicável e relevante<br />

para suas práticas diárias”, sinaliza o líder do Sincor-AM/RR.<br />

Ricardo Garrido atribui a dificuldade de absorção dos temas<br />

mais sensíveis da atualidade pelos corretores a “uma era” de “muita<br />

informação”, que parte de diversos veículos de comunicação. “Ademais,<br />

estes temas citados requerem normatizações e regulações<br />

complexas que passam por etapas e também por modificações até<br />

serem realmente definidos”, diz Garrido. Segundo ele, o corretor tem<br />

acompanhado 'com atenção' as discussões e 'aguarda a regulamentação<br />

final' para suas 'conclusões' e posterior 'adaptação'.<br />

Para Sandro dos Santos, da Lojacorr, um dos principais desafios<br />

para essa pouca familiarização com os temas mudanças climáticas,<br />

inteligência artificial e open insurance é a falta de capacitação<br />

e a compreensão de que, de fato, esses temas estão conectados. “Se<br />

temos, atualmente, muitos corretores altamente capazes de entender<br />

esses cenários, há ainda corretores que, mesmo tendo acesso<br />

a essas informações, não compreendem o quanto esses assuntos<br />

impactam diretamente ou indiretamente sua atividade, sua profissão,<br />

seus clientes e todo o ecossistema segurador. Quando falamos<br />

em mudanças climáticas, temos que entender, por exemplo, que o<br />

aquecimento global tem causado inclusive um número alto de incêndios<br />

e enchentes. Consequentemente, há mais sinistros, mais<br />

gravidade impactando na oferta e demanda dos produtos de seguros”,<br />

ensina o executivo da Lojacorr.<br />

Segundo Santos, não basta manter o foco, por exemplo, somente<br />

em incêndios. Para defender seu argumento, ele cita reportagem<br />

veiculada pela Agência Brasil no dia 9 de setembro. A notícia<br />

informava que o Brasil estava prestes a ultrapassar a marca de 160<br />

mil focos de incêndio em 2024. O número é 104% maior em comparação<br />

ao mesmo período de 2023. “Ou seja, o risco de a população<br />

ter seus bens danificados é elevado. E o corretor sabendo desse<br />

alerta deve entender que isso também impacta seu trabalho. São<br />

mais oportunidades de conscientizar a população da importância<br />

do seguro e também das coberturas”, constata Santos.<br />

A compreensão sobre inteligência artificial o preocupa. “Vemos<br />

o corretor não saber quais ferramentas usar, nem como começar<br />

ou saber aplicá-las no seu cotidiano. Mesmo conhecendo a<br />

existência [da IA], há ainda resistência por desconhecimento dessa<br />

tecnologia. Por isso, aqui na Lojacorr, nós desenvolvemos um<br />

curso de IA para corretores de seguros. Ele é gratuito para nossos<br />

12


corretores parceiros e ficou aberto ao público gratuitamente também<br />

por alguns meses. Agora, estamos com uma lista de espera<br />

para reabrirmos uma turma gratuita para quem quiser se inscrever<br />

e participar ainda este ano”, anuncia Santos.<br />

Quanto ao open insurance, o corretor, salienta Santos, precisa<br />

acompanhar o movimento e identificar as principais oportunidades,<br />

focando na experiência do cliente. O modelo do open insurance,<br />

diz ele, aborda o consentimento do cliente e tem a “proposta<br />

de agilizar” alguns processos. “Enxergar o seu papel de consultor e<br />

orientar o cliente diante as novas experiências e produtos é super<br />

importante para o corretor. Por mais que a tecnologia possa avançar,<br />

o elo de confiança deve continuar, mudando apenas os meios”,<br />

conclui Santos.<br />

HÁ SAÍDA<br />

É possível reverter esse quadro de distanciamento da maioria<br />

dos corretores com a essência dos fatos mais sensíveis da atualidade.<br />

Nesse contexto, entram em ação os centros formadores, como<br />

ENS, FGV e até mesmo assessorias de seguros, hoje representadas<br />

por Aconseg’s Brasil afora. Sandro dos Santos alerta ser preciso ampliar<br />

o acesso a esses conhecimentos, mas, antes de tudo, o corretor<br />

precisa, frisa o representante da Lojacorr, 'saber'e 'identificar' que<br />

precisa dessa capacitação.<br />

“O mercado de seguros e essas instituições precisam fortalecer<br />

esse laço com o corretor, mostrar que sua capacitação é o primeiro<br />

passo para crescer e expandir o ecossistema. Nada adianta as<br />

seguradoras terem produtos cada vez mais consolidados, inovadores<br />

e personalizados, mas o corretor não entender do mercado, não<br />

estar capacitado a aplicar as tecnologias para vender mais e melhor”,<br />

diz Santos.<br />

O executivo da Lojacorr argumenta que os centros formadores<br />

e de capacitação precisam promover mais eventos, reunindo<br />

especialistas do mercado e pessoas de grande representatividade<br />

para mostrarem sempre o que há de mais moderno sendo aplicado<br />

e, consequentemente, gerando oportunidade de networking entre<br />

corretoras e demais profissionais.<br />

Na região Norte, o principal desafio seria a distância dos<br />

grandes centros tomadores de decisão, a grande extensão territorial<br />

e a pequena quantidade de profissionais no mercado de seguros.<br />

Erico Parente afirma, contudo, que esses gargalos estão sendo<br />

superados pela tecnologia do ensino a distância: “Reverter esse<br />

quadro exige um esforço colaborativo entre os corretores, centros<br />

formadores e assessorias de seguros. Instituições como ENS, FGV<br />

e até mesmo as assessorias de seguro desempenham um papel<br />

crucial ao oferecer programas de educação continuada e especializações<br />

que abordam essas tendências. As assessorias podem complementar<br />

esse aprendizado com suporte técnico e operacional,<br />

além de promover eventos e workshops que incentivem a troca de<br />

experiências e conhecimentos.”<br />

André Thozeski, do Sincor-RS, é enfático: “Nossas entidades<br />

são e estão muito ativas. Vejo todas em sintonia e participando<br />

em conjunto de todas as grandes iniciativas, num círculo virtuoso.<br />

Todas estão muito alinhadas no mister de informar e qualificar.<br />

ERICO PARENTE,<br />

do Sincor-AM/RR<br />

Ouvidos atentos aproveitam. Estes certamente<br />

estarão cada vez mais isolados na<br />

liderança.”<br />

O FUNDO DO POÇO<br />

Há um debate nos bastidores do<br />

mercado de seguros que tem como mote<br />

um contexto em que o open insurance<br />

estaria na contramão de sua essência, ou<br />

seja, em vez de aproximar, estaria criando<br />

um distanciamento entre seu propósito<br />

voltado para a inovação e o corretor. Erico<br />

Parente reconhece que o open insurance<br />

tem o 'potencial de transformar' o mercado,<br />

mas também pode 'criar desafios'<br />

para corretores que não estejam preparados<br />

para essa mudança. Ele diz, no entanto,<br />

haver esforços em andamento promovidos<br />

pela Fenacor e os Sincor’s para<br />

garantir que os corretores sejam parte<br />

integrante desse processo de inovação.<br />

“Iniciativas de capacitação e diálogo entre<br />

reguladores, seguradoras e corretores<br />

são essenciais para assegurar que todos<br />

os stakeholders estejam em sintonia e<br />

preparados para aproveitar as oportunidades<br />

que o open insurance oferece.”<br />

Para Thozeski, no entanto, sem a<br />

participação efetiva do corretor de seguros,<br />

não existe open insurance. “Sem o aconselhamento<br />

e a consultoria especializada do<br />

corretor, o ‘open’ não passará de um ‘rouba<br />

montes’ onde gente sem a menor noção<br />

de ‘o que precisa’ e de ‘o que tem’ vai comparar<br />

‘alhos com bugalhos’”, finaliza.<br />

13


AXA NO BRASIL<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

14


Protegendo o futuro: o protagonismo<br />

do corretor junto aos clientes<br />

Karine Brandão*<br />

Ao longo de 30 anos de carreira no mercado de seguros,<br />

sempre estive cercada por corretores que<br />

compartilham um compromisso genuíno com a<br />

proteção de pessoas e negócios. Minha jornada começou<br />

na corretora do meu querido tio Henrique Brandão e me<br />

levou a diversas corretoras e seguradoras, sempre com a<br />

missão de ampliar a cobertura e promover a resiliência financeira.<br />

Esse foco constante é fundamental, não apenas<br />

para garantir segurança financeira a famílias e empresas,<br />

mas também para amortecer os impactos econômicos e<br />

sociais das perdas.<br />

Um tema central que tem ganhado destaque nos<br />

últimos anos é o das mudanças climáticas. Essa questão<br />

já não se restringe apenas a conversas acadêmicas<br />

ou políticas; ela permeia nosso cotidiano, tanto no ambiente<br />

profissional quanto no familiar. As perdas potenciais<br />

decorrentes de desastres naturais, como enchentes<br />

e queimadas, são alarmantes. Portanto, o mercado de<br />

seguros precisa se posicionar de forma proativa nessa<br />

discussão, e é aí que o corretor deve assumir um papel<br />

de protagonismo. Temos a responsabilidade de orientar<br />

nossos clientes sobre como se proteger melhor frente a<br />

essas ameaças.<br />

É importante ressaltar que a responsabilidade dos<br />

corretores não se limita a grandes empresas com amplos<br />

planos de mitigação. Estamos falando também do trabalho<br />

próximo a pequenos negócios, como consultórios<br />

e escritórios, que muitas vezes precisam de orientação<br />

sobre a disposição adequada de resíduos. Durante a venda<br />

e a renovação de apólices, é crucial destacar serviços<br />

que promovam práticas ecológicas, como o descarte<br />

consciente de materiais. Quando se trata de frotas, a inclusão<br />

de opções que contemplem veículos híbridos ou<br />

elétricos se torna essencial.<br />

No âmbito social, existe uma oportunidade significativa<br />

para expandir a oferta de seguros inclusivos. Precisamos<br />

ir além da simples disponibilização de produtos,<br />

oferecendo também formas de pagamento acessíveis e<br />

uma comunicação clara e eficaz. O papel do corretor vai<br />

muito além de fechar negócios; trata-se de criar processos<br />

que sejam simples e adaptáveis às necessidades de cada<br />

cliente, garantindo que todos tenham acesso à proteção<br />

necessária.<br />

A agenda ASG (Ambiental, Social e Governança)<br />

deve ser uma prioridade não só para o governo e grandes<br />

empresas. Os corretores que se destacarem nesta área certamente<br />

se beneficiarão ao conquistar a confiança e a lealdade<br />

dos clientes. Além disso, é fundamental olhar para<br />

a própria operação interna da corretora. Essa pauta está<br />

realmente incorporada na sua prática diária? Seus colaboradores<br />

estão capacitados para abordar essas questões?<br />

É vital que as ações da corretora reflitam uma verdadeira<br />

dedicação aos princípios da sustentabilidade e inclusão.<br />

Ninguém tem todas as respostas, e o importante<br />

é que estamos todos em constante evolução. A AXA no<br />

Brasil se compromete a acompanhar cada corretor nesta<br />

jornada de transformação, fornecendo as ferramentas e o<br />

suporte necessários para que possamos, juntos, enfrentar<br />

os desafios que as mudanças climáticas e a demanda<br />

por práticas sustentáveis nos impõem. É hora de sermos<br />

protagonistas na construção de um futuro mais seguro e<br />

responsável para todos.<br />

*Karine Brandão é vice-presidente Comercial e Marketing<br />

da AXA no Brasil<br />

15


BRADESCO SEGUROS<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

16


Receita de sucesso: humanização e<br />

tecnologia juntas<br />

Leonardo Freitas*<br />

Nos últimos três anos, o mercado segurador brasileiro<br />

tem crescido mais de 10%, conforme dados<br />

da Confederação Nacional das Seguradoras<br />

(CNseg). A expectativa para 2024 é igualmente otimista,<br />

impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças regulatórias<br />

e uma demanda crescente por serviços personalizados.<br />

A inovação tem sido um dos principais pilares<br />

dessa expansão, contribuindo para entregas cada vez<br />

mais ágeis e eficazes.<br />

Tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) e o<br />

machine learning estão ganhando espaço na análise de<br />

dados em tempo real, na detecção de inconsistências, na<br />

avaliação de riscos e na personalização de produtos de<br />

seguros com base no comportamento do consumidor.<br />

Essas ferramentas também permitem a criação de contratos<br />

inteligentes, que automatizam processos de sinistros<br />

e simplificam a gestão de apólices, resultando em<br />

maior eficiência operacional e redução de custos.<br />

As insurtechs, por sua vez, têm inovado em áreas<br />

como precificação de riscos, automação de processos,<br />

análise de dados e experiência do cliente, trazendo mais<br />

agilidade e eficiência ao mercado segurador.<br />

Porém, diante dessa transformação tecnológica,<br />

surge uma pergunta crucial: como fica o papel do corretor<br />

de seguros?<br />

De acordo com a pesquisa “E-commerce Trends<br />

2024”, realizada pela Octadesk e pela Opinion Box, o Brasil<br />

é o quinto país que mais utiliza IA no mundo, e essa<br />

tecnologia pode aumentar as vendas no e-commerce<br />

em até 17% em 2024. Com isso, é esperado que a comercialização<br />

de seguros por meios digitais também cresça<br />

significativamente neste ano.<br />

Ainda assim, o grande diferencial no atendimento<br />

continua sendo a própria figura do corretor. A automação<br />

traz muitos benefícios, mas a humanização é a<br />

cereja do bolo. A tecnologia traz benefícios inegáveis,<br />

mas o toque humano, a personalização e a comunicação<br />

clara são vantagens que apenas este profissional<br />

pode proporcionar.<br />

Em um mercado tão complexo como o de seguros,<br />

o conhecimento especializado do corretor é essencial<br />

para que os consumidores façam escolhas com base<br />

em informações precisas, o que torna impossível a digitalização<br />

completa do setor.<br />

Portanto, as novas tecnologias devem ser vistas<br />

como aliadas, instrumentos complementares que podem<br />

ajudar a melhorar o desempenho e os negócios. A<br />

verdadeira tendência é a soma das habilidades humanas<br />

e do conhecimento especializado do corretor com as<br />

inovações, criando uma experiência completa e eficaz<br />

para o cliente.<br />

Como seguradora, estamos atentos a essas<br />

transformações tecnológicas, buscando apoiar o corretor<br />

com ferramentas como portais, CRM e BI, mas sem<br />

deixar de valorizar o contato humano, que é o principal<br />

diferencial dos profissionais. Vivemos em um mundo<br />

“digital”, onde alguns clientes preferem interagir por<br />

meio de chats e WhatsApp, enquanto outros ainda valorizam<br />

o contato pessoal, como o abraço, o cafezinho<br />

e o aperto de mão.<br />

A capilaridade do Brasil, um país continental,<br />

permite que corretores de diferentes perfis atendam às<br />

mais variadas demandas. É evidente que o corretor está<br />

se aprimorando como consultor e especialista, mas sem<br />

perder o lado humano, essencial para falar sobre proteção<br />

e sobre o que realmente importa para as pessoas. É<br />

esse equilíbrio que fortalece os objetivos da indústria de<br />

seguros. O corretor é a peça-chave nessa escuta.<br />

*Leonardo Freitas é Diretor Comercial<br />

da Bradesco Seguros<br />

17


ICATU SEGUROS<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

18


Parceria entre corretores e seguradoras<br />

é uma das chaves para um Brasil mais<br />

protegido<br />

Alexandre Vilardi*<br />

As preocupações da sociedade passaram por<br />

uma significativa mudança nos últimos anos.<br />

Ao passo que a vulnerabilidade das pessoas<br />

fica cada vez mais evidente, sobretudo após a tragédia<br />

da pandemia, o olhar para os imprevistos, para os riscos<br />

sociais e estabilidade familiar se torna ainda mais relevante.<br />

O resultado disso é uma população que parece<br />

entender mais a importância de se proteger e de se planejar,<br />

mas que ainda precisa de suporte para conhecer<br />

quais são os caminhos e as ferramentas ideais para isso<br />

– e aí entra o importante trabalho consultivo dos corretores.<br />

Atualmente, o Brasil passa por uma transformação<br />

demográfica que impõe novos desafios à proteção<br />

financeira. Em 2023, a expectativa de vida alcançou 76,4<br />

anos, e as projeções indicam que, até 2050, cerca de 29%<br />

da população terá 60 anos ou mais. Esse envelhecimento<br />

acelerado aumenta a demanda tanto por soluções que<br />

garantam uma aposentadoria sustentável, como por seguros<br />

com coberturas ainda mais abrangentes.<br />

Todas essas mudanças também corroboram para<br />

que o papel dos corretores se torne ainda mais essencial.<br />

Em um país em que ouvir e mapear as individualidades<br />

dos clientes é mandatório para qualquer estratégia<br />

financeira de sucesso, eles são os profissionais responsáveis<br />

por entender as necessidades específicas de cada<br />

cliente e oferecer soluções únicas e personalizadas.<br />

Costumamos dizer na Icatu que estar realmente<br />

seguro é ter ferramentas de proteção completa para<br />

todo o ciclo de vida – em especial, a combinação entre<br />

vida e previdência privada. É olhar para o futuro sem deixar<br />

de pensar nos imprevistos do presente.<br />

Na prática, isso demanda um conhecimento ainda<br />

mais íntimo do cliente e, consequentemente, mais tempo<br />

dedicado pelo corretor. É ele que irá avaliar as melhores<br />

recomendações e calibração de cada uma dessas<br />

soluções para diferentes perfis ao longo da vida.<br />

O SEGREDO É A PARCERIA<br />

Esse novo contexto amplia a importância da parceria<br />

entre corretores e seguradoras, que se veem à frente<br />

da missão de oferecer soluções para proteger vidas, e<br />

patrimônio de maneira integrada. Enquanto o corretor<br />

está na ponta, cabe às seguradoras terem o compromisso<br />

em fornecer produtos flexíveis, soluções inovadoras e<br />

treinamentos contínuos, capacitando os corretores para<br />

que possam atender diferentes realidades financeiras de<br />

maneira acessível e eficaz.<br />

Nosso objetivo é garantir que ele tenha tempo<br />

para fazer o mais importante dessa engrenagem: ouvir<br />

cada cliente e entregar as melhores soluções. Isso foi o<br />

que motivou o lançamento da A.V.I., primeira assistente<br />

IA para corretores com cotação de seguro de vida e gestão<br />

da carteira dos clientes na palma da mão, via WhatsApp.<br />

Com os passos simples de uma conversa, seja pelo<br />

envio de texto, um áudio ou uma foto, uma cotação é<br />

gerada em cerca de 40 segundos – 85% mais rápido que<br />

uma cotação tradicional no site. Essa é apenas uma das<br />

iniciativas da Icatu para empoderar ainda mais o corretor<br />

e lhe trazer produtividade.<br />

Ela nasce na crença de que precisamos estar ainda<br />

mais juntos para o tamanho desafio que temos pela frente:<br />

ampliar a conscientização e o aumento da proteção<br />

entre os brasileiros.<br />

*Alexandre Vilardi é vice-presidente Corporativo<br />

da Icatu Seguros<br />

19


MAPFRE<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

20


Não há mercado de seguros sem o corretor<br />

Oscar Celada Rodríguez*<br />

Quando pensamos no setor de seguros, o foco muitas<br />

vezes se volta para as apólices e as coberturas.<br />

No entanto, há um personagem essencial que sustenta<br />

o funcionamento e o crescimento desse mercado: o<br />

corretor de seguros. Muito mais do que um intermediário<br />

entre a seguradora e o cliente, esse profissional assume<br />

um papel estratégico, conectando as necessidades e preocupações<br />

dos segurados às soluções disponíveis no mercado.<br />

Com uma atuação multifacetada, o papel do corretor<br />

não se limita apenas à venda, mas também à orientação<br />

cuidadosa, tornando-se um verdadeiro parceiro das<br />

pessoas na gestão de riscos e no planejamento de suas<br />

vidas. É esse profissional que assume a responsabilidade<br />

de traduzir a complexidade técnica das apólices, transformando<br />

termos difíceis em linguagem clara e acessível, garantindo<br />

a segurança necessária para que o cliente tome<br />

decisões bem embasadas. Com a avalanche de informações<br />

do mercado, a habilidade de simplificar e comunicar<br />

com assertividade se torna um dos maiores ativos que o<br />

corretor de seguros pode apresentar. O cliente busca, acima<br />

de tudo, clareza e confiança, e é justamente isso que o<br />

corretor oferece.<br />

Além de facilitador, o corretor se destaca como<br />

defensor dos interesses do segurado. Ele atua de forma<br />

consultiva, procurando sempre a melhor solução para o<br />

cliente, garantindo que o segurado esteja protegido da<br />

maneira correta. Num setor em que a credibilidade é um<br />

pilar fundamental, esse papel de orientador consolida o<br />

corretor como uma peça-chave no estabelecimento da<br />

confiança entre cliente e seguradora. Sem a presença<br />

desse profissional, é difícil imaginar que o mercado de<br />

seguros alcançaria a solidez e a credibilidade que conhecemos<br />

hoje.<br />

Reconhecendo essa relevância, a Mapfre investe<br />

constantemente na sua relação com os corretores, que<br />

têm um papel central no fortalecimento da nossa imagem<br />

como uma empresa sólida e comprometida com o aprimoramento<br />

dos produtos. Atualmente, contamos com mais<br />

de 20 mil parceiros cadastrados, e temos como meta alcançar<br />

30 mil até o fim de 2025. Para apoiar essa estratégia, foi<br />

criado o Conselho Nacional de Corretores, um órgão consultivo<br />

que representa os interesses da categoria e busca<br />

estreitar os laços entre a Mapfre e nossos parceiros. Por<br />

meio desse Conselho, buscamos promover um ambiente<br />

de colaboração, em que os desafios e as oportunidades<br />

possam ser discutidos de maneira transparente e integrada,<br />

com o envolvimento de todos os níveis da companhia.<br />

Outro passo fundamental nessa trajetória foi o<br />

lançamento do canal de assessorias, que desde 2022 tem<br />

sido peça-chave na nossa estratégia de colocar o corretor<br />

no centro das decisões de negócio. Graças a esse canal,<br />

estamos trabalhando em conjunto com os mais diferentes<br />

perfis de corretores e de todas as regiões para melhorar<br />

nossas entregas e atender às demandas de cada um.<br />

Além disso, reforçamos nossas equipes comerciais e técnicas<br />

em todas as modalidades de seguro, expandindo a<br />

presença da empresa e assegurando capacitar e fortalecer<br />

esses profissionais para que possam continuar desempenhando<br />

o seu papel com excelência.<br />

A Mapfre sempre acreditou no valor das parcerias e<br />

na importância de reconhecer e valorizar aqueles que estão<br />

ao nosso lado. Como parte desse compromisso, lançamos<br />

a campanha “Glória Eterna”, que visa fortalecer ainda<br />

mais nosso relacionamento com os corretores e incentivar<br />

a alta performance. Os participantes têm a oportunidade<br />

de vivenciar experiências exclusivas, como assistir à final<br />

da Conmembol Libertadores, uma recompensa que vai<br />

além das bonificações tradicionais. Essa é uma forma de<br />

retribuir o comprometimento e o excelente trabalho da<br />

nossa principal força de vendas, oferecendo algo que realmente<br />

marque suas trajetórias.<br />

*Oscar Celada Rodríguez é CEO de Negócios<br />

da Mapfre Brasil<br />

21


TOKIO MARINE<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

22


O Corretor como porta-voz do mercado<br />

de seguros<br />

José Adalberto Ferrara*<br />

Um dos principais desafios do mercado securitário<br />

é o de disseminar a sultura do seguro na sociedade<br />

brasileira. Se comparado com países em que<br />

esse setor é historicamente mais maduro, como são os<br />

casos do Japão e dos Estados Unidos, por exemplo, podemos<br />

afirmar que o Brasil é um país que ainda possui<br />

baixa penetração de seguro, mas com muita oportunidade<br />

de expansão. Prova disso é que, nos últimos anos, a<br />

indústria securitária brasileira vem registrando um crescimento<br />

expressivo, acima de muitos mercados – apenas<br />

no primeiro semestre de 2024, o setor cresceu 13,7% em<br />

relação ao ano anterior, de acordo com dados recentes<br />

divulgados pela Superintendência de Seguros Privados<br />

(Susep).<br />

Mas para que a expansão do nosso segmento seja<br />

perene, é fundamental que cada vez mais pessoas estejam<br />

conscientes sobre a importância da proteção à vida,<br />

à família, ao patrimônio e às empresas. Nesse sentido,<br />

os corretores de seguros são peças fundamentais para<br />

aumentar a conscientização da população em torno de<br />

um tema tão importante para o desenvolvimento econômico<br />

do país e para a garantia de bem-estar social. O<br />

aumento da participação da indústria securitária no PIB<br />

brasileiro depende, dentre outros fatores, do espírito naturalmente<br />

empreendedor dos corretores em ampliar a<br />

capilaridade de distribuição dos seguros e de suas iniciativas<br />

para diversificar as carteiras e fidelizar ainda mais<br />

seus clientes.<br />

Na Tokio Marine, os corretores de seguros são o<br />

principal canal de distribuição e o trabalho que desempenham<br />

é extremamente estratégico para a companhia.<br />

Nós não vemos esses parceiros de negócios fora de nenhum<br />

modelo de negócio da cadeia de seguros. Por<br />

meio de nossas sucursais e escritórios, prezamos pelo relacionamento<br />

próximo e pelo diálogo constante com os<br />

nossos 43 mil corretores que nos representam em todo o<br />

território brasileiro, a fim de absorver sugestões, críticas<br />

e elogios que colaboram para as melhorias nos nossos<br />

processos internos e nos ajudam a entender melhor as<br />

necessidades dos nossos clientes.<br />

É inegável que esses profissionais são o maior elo<br />

entre as seguradoras e os consumidores. São verdadeiros<br />

porta-vozes dos produtos e serviços que temos a<br />

oferecer para o mercado. Por isso, de nossa parte, como<br />

seguradoras, é essencial estarmos sempre abertos a ouvir<br />

e dialogar com esse público para compreendermos o<br />

que os clientes precisam e, dessa forma, ofertar soluções<br />

cada vez mais alinhadas com as demandas do mercado,<br />

fidelizando e conquistando novos consumidores, com<br />

diferentes perfis e exigências.<br />

Além disso, é importante que as seguradoras estejam<br />

ao lado dos corretores, oferecendo capacitação<br />

e preparo para que eles impulsionem as suas vendas.<br />

Pensando nisso, a Tokio Marine investe constantemente<br />

no desenvolvimento de ferramentas e iniciativas de capacitação<br />

profissional e tecnológica para que esses parceiros<br />

de negócios estejam aptos para acompanhar as<br />

mudanças do mercado e se desenvolver cada vez mais,<br />

realizando vendas qualificadas e gerando mais negócios.<br />

E nesse cenário, os corretores que se mantiverem<br />

atualizados e atentos às mudanças do nosso setor,<br />

além da manutenção de uma relação de confiança com<br />

os seus clientes, continuarão como um dos principais<br />

responsáveis pelo aumento dos negócios e, consequentemente,<br />

pelo crescimento sustentável e expressivo do<br />

mercado de seguros no Brasil.<br />

*José Adalberto Ferrara é presidente<br />

da Tokio Marine Seguradora<br />

23


SERVIÇO<br />

CONNECTING DOTS<br />

Assistência para<br />

DEPOIS DE OITO ANOS<br />

DE ATUAÇÃO NO BRASIL,<br />

CONNECTING DOTS COMEÇA A<br />

ESCALAR O SEU NEGÓCIO DE<br />

ASSESSORIA DE RISCO<br />

diminuir os<br />

DANOS A TERCEIROS<br />

Kelly Lubiato<br />

Ao contrário da maioria dos executivos<br />

que caiu no mercado<br />

de seguros por acaso, Frederico<br />

Geraldo encontrou no setor o propósito<br />

social que buscava. Como CEO da Connecting<br />

Dots ele tem a possibilidade de<br />

ajudar as empresas a gerir seus momentos<br />

de crise, na sequência de um sinistro<br />

de responsabilidade civil.<br />

“Eu sempre quis atuar em uma<br />

área específica. Em 2016, abrimos a Connecting<br />

Dots, uma empresa que atua ligando<br />

pontos atrás das cortinas. No mercado,<br />

há uma divisão muito grande entre<br />

o papel dos segurados e das seguradoras<br />

e, em um produto de RC, é importante<br />

que eles conversem, porque há um terceiro<br />

que sofreu um dano e um grupo<br />

de pessoas que irá trabalhar para reparar<br />

esse dano”.<br />

Ao invés de esperar que as vítimas<br />

entrem com um processo na justiça<br />

para a reparação das perdas, a Connecting<br />

Dots atua para minimizar os danos e<br />

atender as vítimas em até três horas após<br />

a ocorrência do sinistro. É o serviço de Assistência<br />

à Reparação Civil.<br />

O seguro de Responsabilidade Civil<br />

era comercializado como um produto<br />

de risco de condenação. Por outro lado,<br />

os grupos econômicos não tinham apetite<br />

para serem proativos. Entretanto dois<br />

problemas vieram à tona: o grupo econômico<br />

sem proatividade na condução do<br />

processo começou a ter um passivo enorme<br />

de ações judiciais, que deixou de conseguir<br />

colocar no mercado segurador;<br />

por outro lado, as seguradoras passaram<br />

a não aceitar mais os riscos.<br />

Como exemplo, Fred cita um cliente na área de energia que perdeu<br />

mais de R$ 60 milhões porque não atuou de forma proativa em<br />

um evento. “Os nossos produtos nascem depois de entregues. Nós testamos<br />

os serviços, assessoramos os clientes, seja na colocação do risco<br />

ou na leitura de um clausulado, até chegarmos à criação de produtos<br />

que sejam compreendidos pelo mercado e por nossos clientes”, conta.<br />

A empresa conta hoje com advogados, engenheiros, assistentes<br />

sociais e negociadores. Normalmente, os assistentes sociais<br />

farão o primeiro atendimento às pessoas que sofreram danos, para<br />

entender as necessidades imediatas e supri-las. Este trabalho gera<br />

não apenas uma economia financeira para os contratantes quanto<br />

à queda na quantidade de litígios judiciais. Todas as negociações,<br />

tanto com os prestadores de serviços (hospitais, por exemplo)<br />

24


quanto com as vítimas, são realizadas por profissionais capacitados<br />

para exercer essa função específica.<br />

Quando acontece um acidente em uma empresa que esteja<br />

sujeita à Responsabilidade Civil Objetiva, o trabalho da Connecting<br />

Dots vai desde o minuto zero até a recuperação total da vítima. O<br />

trabalho envolve o componente jurídico, a identificação das vítimas,<br />

a sua localização, a gravidade das lesões. “Todo este trabalho acontece<br />

em até três horas”, assegura Fred.<br />

O trabalho da Connecting Dots diminui o risco de imagem<br />

das empresas, pois o que aparece para a sociedade é o atendimento<br />

prestado e a preocupação real com as vítimas.<br />

A Assistência de Reparação Civil é contratada pelas empresas<br />

no momento em que o sinistro acontece, em situações<br />

em que alguém se acidenta. A responsabilidade<br />

das grandes empresas vai<br />

além dos seus funcionários, passando<br />

pelo fornecedores e terceirizados, até<br />

chegar a toda a comunidade na qual<br />

ela está inserida. “Este trabalho era realizado<br />

por alguém de dentro da empresa,<br />

por desconhecer que este serviço<br />

existe. Aprendemos a trabalhar com<br />

um custo acessível para os clientes, de<br />

forma a oferecer o melhor atendimento<br />

possível para mitigar os danos a terceiros”,<br />

finaliza Fred.<br />

25


EDUCAÇÃO<br />

CORRETOR DE SEGUROS<br />

Só há um caminho:<br />

A CAPACITAÇÃO!<br />

O RECADO DE EXECUTIVOS DO SETOR SEGURADOR, DE CORRETORES E<br />

DE REPRESENTANTES SINDICAIS É CLARO: “CORRETORES DE SEGUROS,<br />

A EVOLUÇÃO PROFISSIONAL ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS. PREPARAR-<br />

SE PARA ELA É FUNDAMENTAL”<br />

Ele está mudando. O corretor de<br />

seguros atual não é o mesmo de<br />

décadas passadas. O profissional<br />

dos complexos dias presentes acompanha<br />

a mudança do rumo que a vida, as sociedades,<br />

as pessoas e os mercados experimentam.<br />

O corretor de seguros não está<br />

à margem da realidade reinante, na qual<br />

a digitalização de rigorosamente tudo se<br />

mostra imperiosa. E isso se deve pelo fato<br />

de hoje ele ter muito mais opções para<br />

capacitar-se logo após cumprir o exame<br />

obrigatório por lei para habilitação de<br />

corretores de seguros, da Superintendência<br />

de Seguros Privados (Susep), que<br />

envolve, inclusive, cursos oferecidos pela<br />

Escola Nacional de Seguros (ENS).<br />

Aliás, a própria ENS é referência<br />

por atualmente oferecer graduação em<br />

gestão de seguros e até mesmo pós-graduação<br />

e MBA em várias frentes do setor.<br />

Ela também mudou bastante, bem como<br />

as seguradoras, que também fazem sua<br />

parte nessa seara da formação dos corretores<br />

de seguros. Em meio a todo esse<br />

empenho comum há, o que é plenamente<br />

natural diante dessa transição de uma<br />

visão de mundo analógica para outra digital:<br />

os desafios. Um deles foi alertado<br />

por Apólice, em janeiro. Dados da Susep<br />

apontavam que o número de corretores<br />

de seguros habilitados com idade acima<br />

de 55 anos era 174,57% maior que os profissionais com menos de<br />

34 anos. Até aquele mês, havia, aproximadamente, 24 mil corretores<br />

de seguros com mais de 55 anos e quase 9 mil abaixo dos 34 anos.<br />

Atrair os jovens para a profissão tem marcado a estratégia dos centros<br />

formadores de corretores.<br />

O corretor Alessandro Máximo acredita que os cursos de formação<br />

e capacitação profissional procuram fornecer uma base de<br />

conhecimento aos profissionais, mas é necessário que o profissional<br />

busque conhecimento complementar. “Eu transitei de uma carreira<br />

em aeroportos para o segmento securitário e acredito que a boa<br />

formação do corretor caminha, cada vez mais, para um trabalho de<br />

consultoria, onde a convergência de conhecimentos de mercados<br />

específicos tem uma adaptação para que o oferecimento das proteções<br />

seja cada vez mais técnica, e agreguem valor para o cliente, bem<br />

como para as seguradoras”, diz Máximo.<br />

26


ALESSANDRO MÁXIMO,<br />

corretor<br />

O corretor Fausto Silva acha o mesmo. Para ele, o curso de<br />

formação e capacitação é fundamental para preparar o corretor de<br />

seguros para um cenário cada vez mais dinâmico e digitalizado. “As<br />

metodologias oferecem uma base sólida sobre cobertura, serviço,<br />

atendimento, ética, responsabilidade, legislação, gestão, marketing<br />

e outros assuntos, ao mesmo tempo em que estimulam o desenvolvimento<br />

de competências essenciais para o mercado, como o atendimento<br />

consultivo e a análise de riscos que complementam a formação,<br />

permitindo um aprofundamento sobre produtos e públicos<br />

diferentes, oportunizando um conhecimento enriquecedor para o<br />

profissional que deseja atender às novas expectativas do mercado”,<br />

avalia Silva.<br />

Presidente do Sindicato dos Corretores do Estado de São<br />

Paulo (Sincor-SP), Boris Ber tem 48 anos de carreira como corretor<br />

e já realizou vários cursos complementares depois que fez a habilitação<br />

na ENS. Toda vez que é possível ele<br />

e sua equipe realizam cursos de aprimoramento<br />

contínuo na área de seguros.<br />

“Agora eu tenho meu pessoal aqui, que<br />

é o segundo time que está assumindo<br />

tanto a sucessão quanto a minha liderança<br />

interna. Eles fizeram recentemente<br />

o curso de liderança para entender como<br />

comandar a nossa equipe. Coisa que fizemos<br />

com experiência durante muitos<br />

anos e agora está na hora de passar o<br />

bastão. Esse é um exemplo de um curso<br />

super importante. Tem vários cursos<br />

para o corretor. O cara que quer uma<br />

especialidade, um ramo mais específico,<br />

ele vai ter também”, diz Ber.<br />

FAUSTO SILVA,<br />

corretor<br />

27


ESPECIAL CORRETOR<br />

FORMAÇÃO CORRETOR<br />

BORIS BER,<br />

do Sincor-SP<br />

JOSIMAR ANTUNES RIBEIRO,<br />

do Sincor-BA<br />

VALDIRENE SOARES SECATO,<br />

da Bradesco<br />

O Sincor-SP oferece cursos de formação e qualificação para os<br />

seus colaboradores. “Temos a Unisincor, que é a nossa universidade<br />

corporativa de seguros. Fizemos recentemente um curso para especializar<br />

alguns corretores em algum ramo de seguro. Se o cara quer<br />

entender melhor o property, se ele quer entender o RC [responsabilidade<br />

civil], o garantia, nós temos nosso gerente técnico que faz, com<br />

a bandeira da Unisincor, cursos para melhorar o nosso pessoal. Também<br />

já usamos os da ENS para vários complementos”, observa Ber.<br />

Não somente o Sindicato de São Paulo se preocupa com a<br />

formação dos corretores. Na Bahia, o sindicato local (Sincor-BA) também<br />

dissemina a importância da qualificação contínua dos profissionais.<br />

Presidente do Sincor-BA, Josimar Antunes Ribeiro é um ex-<br />

-bancário que tornou-se corretor habilitado pela ENS. Desde 2000<br />

atuando no mercado securitário, ele e a esposa mantêm uma corretora.<br />

Sua preocupação atual, além do próprio empreendimento, é<br />

manter o Sincor-BA como uma porta para as capacitações dos corretores.<br />

“Temos a obrigação de disseminar essa cultura [de formação<br />

do corretor]”, enfatiza Ribeiro.<br />

Ele reforça que a entidade recorre à rede de informação do<br />

Sindicato para aproximar os corretores de toda oferta possível de cursos<br />

da ENS, seja uma pós-graduação ou um MBA. “São 4327 corretores<br />

ativos na Bahia e todos passaram pela ENS”, cita Ribeiro, acrescentando,<br />

contudo, que entre as ações implementadas pelo Sincor-BA<br />

nesse sentido há uma parceria com a Texas Affinity Corretora de Seguros,<br />

em Salvador, para a formação de agentes que se especializam<br />

em um determinado segmento do seguro. O curso dura dois meses<br />

e, após seu término, o participante recebe um certificado. “Formamos<br />

recentemente 48 agentes, vendedores capacitados para vender e<br />

servir melhor, para poder distribuir o seguro”, conta Ribeiro.<br />

Diretora de recursos humanos, sustentabilidade e ouvidoria<br />

na Bradesco Seguros, Valdirene Soares Secato lembra que não somente<br />

o setor de seguros, mas o mercado em geral, dispõe de cursos<br />

variados e com alta qualidade que atendem desde as necessidades<br />

básicas técnicas até o desenvolvimento de competências humanas,<br />

as chamadas soft skills. “A busca pelo aprimoramento contínuo deve<br />

ser uma premissa de todos os profissionais e, para os corretores, que<br />

atuam em um ramo tão dinâmico e repleto de transformações como<br />

mercado segurador, isso se torna ainda mais fundamental”, observa<br />

Valdirene.<br />

A Prudential do Brasil também aposta na formação dos corretores.<br />

A seguradora opera com um modelo de negócio por franquias<br />

reconhecido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) que contabiliza<br />

mais de 1,7 mil corretores franqueados Life Planner para comercialização<br />

de seguro de vida individual. Vice-presidente de franquias<br />

da Prudential do Brasil, Humberto Madeira reconhece que os<br />

cursos disponíveis no mercado são muito bons, especialmente os da<br />

ENS e da Fundação Getulio Vargas (FGV). “São excelentes para quem<br />

está começando na carreira. Mas a busca por atualização deve ser<br />

contínua”, sugere Madeira.<br />

A profissão de corretor, diz ele, requer um conhecimento<br />

dinâmico para dar conta da diversidade de temas que envolvem o<br />

mercado de seguros, desde a questão tributária até os assuntos regulatórios,<br />

passando por como melhor se projetar no mercado e o<br />

28


desenvolvimento da rede de relacionamentos para a busca de clientes.<br />

Para complementar essa formação inicial, Madeira destaca os<br />

cursos oferecidos pelas seguradoras, de maneira continuada. “Essas<br />

capacitações ocupam um papel fundamental na formação dos corretores<br />

porque sempre temos novos riscos. Hoje, por exemplo, têm<br />

o risco cibernético, riscos de imagem… O corretor precisa se adaptar<br />

às mudanças da sociedade e às novas formas de se fazer negócios.<br />

Ele é um grande parceiro do cliente, inclusive de educação, em um<br />

país como o nosso, que ainda requer desenvolvimento na cultura e<br />

na educação dos seguros, de uma forma geral”, analisa o executivo<br />

da Prudential.<br />

Diretora comercial digital e de marketing da Axa no Brasil, Danielle<br />

Fagaraz é enfática: “Eles [os cursos de formação em seguros] são<br />

uma boa base para um início de carreira e para entender o mercado.<br />

Porém, nosso segmento está sempre em atualização. Se olharmos os<br />

últimos anos, tivemos uma série de novos temas na mesa: tendências<br />

tecnológicas, ESG e novas regulamentações. Qualquer profissional<br />

que trabalhe no nosso mercado precisa ter sede de conhecimento<br />

para ter resultados e entender as demandas dos clientes.”<br />

COMO SE CONSTRÓI UM CURSO?<br />

A Diretora de ensino da Escola de Negócios e Seguros (ENS),<br />

Maria Helena Monteiro, explica como nasce um curso: “desde a sua<br />

fundação, a Escola de Negócios e Seguros tem a preocupação de identificar<br />

e se antecipar às tendências de mercado para prover a melhor<br />

formação aos corretores de seguros, uma profissão em contínua renovação,<br />

agora mais do que nunca”, reflete Maria Helena, e prossegue:<br />

“É notável a evolução que ocorreu nos últimos anos, principalmente<br />

no que diz respeito à digitalização das operações, demandando outro<br />

tipo de profissional, mais conectado, mais especializado e com conhecimentos<br />

amplos no uso de todas as mídias e recursos digitais. Se por<br />

um lado isso facilita muito as operações, por outro demanda níveis de<br />

conhecimento especializado que obrigam a um aprimoramento contínuo.<br />

As mudanças não param. Com o advento do open insurance,<br />

colocando o cliente no centro da gestão de suas informações, para o<br />

seu próprio benefício, é imprescindível um entendimento das implicações<br />

do que isso significa para que os corretores de seguros sejam<br />

capazes de orientar seus segurados da melhor forma.”<br />

A ENS mantém convênios com instituições internacionais e<br />

organiza, anualmente, cursos de curta duração no exterior, com temas<br />

relevantes e em evidência para que seus alunos possam se atualizar<br />

e conhecer o que de mais moderno se pratica nos mercados<br />

desenvolvidos. “Sempre com a orientação de professores especializados”,<br />

reforça Maria Helena.<br />

Outra referência na formação de corretores, a FGV molda<br />

seus cursos conforme as demandas e evoluções do mercado. “Consideramos<br />

parâmetros regulatórios nacionais, como as exigências<br />

da Susep e do CNSP, além das melhores práticas internacionais,<br />

buscando inspiração em centros avançados como o Reino Unido<br />

e os Estados Unidos, onde o mercado de seguros está muito mais<br />

consolidado e maduro. Nosso curso não apenas prepara o corretor<br />

para a certificação, mas também enfatiza competências comportamentais<br />

e técnicas que são fundamentais para atuar em um cenário<br />

HUMBERTO MADEIRA,<br />

da Prudential<br />

de constante mudança. Desafios existem,<br />

especialmente no que se refere à adaptação<br />

ao perfil de um mercado que está se<br />

tornando cada vez mais digital e regulado,<br />

exigindo um corretor altamente qualificado”,<br />

diz o coordenador pedagógico da<br />

certificação em seguros da FGV, Thiago Di<br />

Ciesco.<br />

MOVIMENTAÇÃO DAS SEGURADORAS<br />

São inúmeros os modelos de formação<br />

de corretores empregados por seguradoras<br />

no mercado brasileiro paralelamente<br />

ao que hoje oferecem ENS e FGV.<br />

“As seguradoras investem bastante no<br />

treinamento dos corretores de seguros,<br />

DANIELLE FAGARAZ,<br />

da AXA<br />

29


ESPECIAL CORRETOR<br />

FORMAÇÃO CORRETOR<br />

MARIA HELENA MONTEIRO,<br />

da ENS<br />

principalmente nas suas próprias linhas<br />

de produtos, o que considero imprescindível<br />

para um melhor conhecimento<br />

das características e condições de cada<br />

produto em cada seguradora. A ENS dá<br />

a base e, depois, cada seguradora especifica<br />

o detalhamento de seus produtos”,<br />

destaca Maria Helena.<br />

O Grupo Bradesco Seguros tem<br />

uma longa tradição de investimento em<br />

capacitação. Nesse sentido, a principal ferramenta<br />

de capacitação para corretores é<br />

a Universeg, plataforma online e gratuita,<br />

que oferece conteúdos multidisciplinares<br />

e cobre temas regulatórios, comerciais e<br />

comportamentais, em formatos diversos,<br />

como vídeos, e-books, podcasts, páginas<br />

THIAGO DI CIESCO,<br />

da FGV<br />

navegáveis e infográficos, entre outros. “Com cerca de R$ 4 milhões<br />

em recursos investidos, a Universeg completou três anos em 2024<br />

e disponibiliza mais de 500 conteúdos para o desenvolvimento dos<br />

nossos parceiros de negócios”, lembra Valdirene Secato.<br />

A temática financeira é bastante explorada nos cursos oferecidos<br />

pela seguradora, conta a executiva, justamente por conta da<br />

Bradesco Vida e Previdência, que possui em seu portfólio produtos<br />

para finanças pessoais, como o seguro de vida e a previdência privada.<br />

“Além de conteúdos sobre educação financeira, a Universeg disponibiliza<br />

cursos preparatórios para as certificações necessárias para<br />

quem tem interesse em expandir sua atuação nesse segmento. As<br />

capacitações presenciais seguem sendo realizadas pelo Grupo Bradesco<br />

Seguros, mas é interessante destacar que a plataforma, por ser<br />

totalmente online e disponível 24 horas por dia, sete dias na semana,<br />

nos permite alcançar mais profissionais de forma mais rápida e com<br />

maior variedade de temas”, justifica Valdirene.<br />

Na Axa, como conta Danielle Fagaraz, há o Meu Mundo Axa<br />

dentro do portal do corretor mantido pela seguradora. Além de personalizar<br />

algumas peças de apoio nas vendas e comunicação com<br />

os clientes, assinala a executiva, os corretores encontram uma série<br />

de conteúdos que contribuem para esse processo de atualização e<br />

informação. “Na plataforma, destacam-se o Corretor Pro, com tudo<br />

sobre os produtos que compõe o portfólio da companhia; RodaCast,<br />

videocasts gravados na Roda Rico, com a participação de referências<br />

do mercado nas mais diversas áreas, e o Roda de Negócios, que tem<br />

entrevistas com tendências em gestão de negócios, diversidade e inclusão,<br />

gestão de riscos, marketing digital e sucessão familiar. O objetivo<br />

é trazer aos corretores conteúdos relevantes para gerar insights<br />

para contribuírem no seu dia a dia”, explica Danielle.<br />

A Prudential migrou de um modelo de treinamento apenas<br />

presencial para um modelo EAD (educação a distância), incluindo recursos<br />

como podcasts, lives e gamificação. Desde 2019, a seguradora<br />

emprega um trabalho para a formação continuada dos mais de 1,7 mil<br />

corretores franqueados Life Planner e máster franqueados por meio<br />

da plataforma PruEAD+, que reúne mais de 2 mil conteúdos em texto,<br />

áudio, vídeo, games e com aulas transmitidas ao vivo pela internet.<br />

“Promovemos treinamentos semanalmente com a rede, com<br />

foco em temas relacionados ao modelo de negócio da seguradora.<br />

Em cinco anos, a plataforma já contabilizou cerca de 250 mil acessos,<br />

uma média de 6,3 mil por mês. A ferramenta conta com quatro academias,<br />

chamadas de Negócios, Gestão de Franquia, Comportamento<br />

Empresarial e Vida. Na academia de Vida, por exemplo, falamos de<br />

propósito e orientamos sobre o atendimento durante o pagamento<br />

de benefício, um momento delicado para o cliente. Procuramos<br />

oferecer formações de maneiras diferentes. Temos pílulas, que são<br />

formações mais rápidas, temos também um deck semanal de reunião<br />

e encontros presenciais, realizados regionalmente. Além disso,<br />

oferecemos o encontro anual Franchising Day, um evento mais de<br />

conhecimento do que de reconhecimento. Os franqueados trocam<br />

informações entre si e aprimoram suas técnicas, pensando em oferecer<br />

o melhor para o cliente. Em outra frente, ofertamos formações<br />

também para os nossos parceiros de negócios, como bancos e corretoras<br />

de investimentos”, diz Humberto Madeira.<br />

30


BENEFÍCIOS<br />

WIZ CORPORATE<br />

Soluções para empresas otimizarem<br />

processos e cuidarem da saúde dos<br />

seus funcionários<br />

PACOTE DE SERVIÇOS PASSA PELAS FASES DE CONSULTORIA,<br />

IMPLANTAÇÃO, RELACIONAMENTO, GESTÃO DE RISCO E SAÚDE<br />

E OPERAÇÕES, ALÉM DE SOLUÇÕES PRÓPRIAS, QUE ATENDEM<br />

INDIVIDUALMENTE A NECESSIDADE DE CADA CLIENTE<br />

Entre os serviços oferecidos pela Wiz Corporate, unidade de<br />

negócios do grupo Wiz Co (B3: WIZC3) dedicada à distribuição<br />

de seguros e produtos financeiros ao mercado B2B, se<br />

destaca a oferta de benefícios. Os produtos disponibilizados são:<br />

plano de saúde, seguro de vida, plano odontológico, medicamentos,<br />

wellness, PAT, entre outros.<br />

O pacote de soluções oferecido pela Wiz Corporate passa<br />

pela consultoria, implantação, relacionamento, operações, gestão de<br />

risco e saúde e pelo Wiz Concierge. “Atendemos de forma individualizada<br />

e customizada a necessidade específica de cada um de nossos<br />

clientes, otimizando e automatizando processos operacionais, além<br />

de um atendimento humanizado desde o RH até o beneficiário final”,<br />

explica Melissa Pardini, diretora de Benefícios da Wiz Corporate.<br />

O trabalho começa na consultoria, com uma atuação estratégica<br />

em busca dos melhores fornecedores e melhores práticas de<br />

mercado. O passo seguinte é a implantação das apólices emitidas nas<br />

operadoras ou seguradoras. “A Wiz Corporate possui uma equipe especializada,<br />

que realiza a interface necessária entre fornecedor e cliente e<br />

garante o cumprimento dos prazos para disponibilização dos benefícios,<br />

bem como apoia em todo o processo de comunicação junto aos<br />

colaboradores”. Nessa fase temos o núcleo de transição, gestão de arquivos<br />

e contratos, manual de benefícios e palestras de implantação.<br />

O time de relacionamento atua de forma direta com o RH da<br />

empresa cliente, na gestão de benefícios de uma forma humanizada<br />

e estratégica, garantindo resultados efetivos. “Oferecemos ainda<br />

uma equipe técnica especializada e uma plataforma automatizada,<br />

que permite absorção completa das demandas do dia a dia como<br />

movimentações, faturamento, bate cadastral, o que proporciona agilidade<br />

e visibilidade dos processos”, acrescenta Melissa Pardini.<br />

GESTÃO DE RISCO E SAÚDE<br />

Acompanhar os indicadores de utilização do plano de saúde<br />

corporativo é fundamental para a saúde financeira dos contratos. A<br />

Wiz Corporate utiliza a Business Intelligence para monitorar e analisar<br />

a performance dos contratos, auxiliando a tomada de decisões<br />

junto aos seus clientes.<br />

Com a expertise do Wiz Care, o time de profissionais de saúde<br />

multidisciplinar que tem por objetivo apoiar nossos clientes em ações<br />

e programas de saúde, identificamos fatores de risco que contribuam<br />

para a redução dos custos com tratamentos e qualidade de vida.<br />

SOLUÇÃO EXCLUSIVA E INOVADORA<br />

O Wiz Concierge é um atendimento<br />

direto aos beneficiários, personalizado,<br />

focado na experiência do usuário na<br />

jornada de saúde. Ele oferece serviços de<br />

acolhimento e orientação especializada<br />

para garantir o bem-estar e satisfação dos<br />

beneficiários desde o primeiro contato. O<br />

serviço inclui o agendamento de consultas<br />

e exames e mantém contato durante<br />

e após o atendimento médico de forma<br />

a acompanhar os beneficiários para que<br />

recebam o suporte necessário até o final<br />

da recuperação.<br />

ACOLHIMENTOS<br />

O acolhimento psicológico oferecido<br />

pelo Wiz Concierge é feito pela célula<br />

de saúde mental, em plantões terapêuticos<br />

com grupo de psicologia para atendimento<br />

inicial e acolhimento em crise por<br />

vídeo chamada.<br />

O acolhimento nutricional disponibiliza<br />

o programa “Encontros com a Nutri”,<br />

que é totalmente digital, em grupos específicos<br />

e com temas chave, em que é realizado<br />

o mapeamento de necessidade nutricional<br />

da população. O programa “Chat<br />

com a Nutri” é voltado às dúvidas e acompanhamentos<br />

de maior complexidade.<br />

31


SEGURO DE PESSOAS<br />

TGL CONSULTORIA<br />

Olhar holístico para o segurado<br />

AO COMPLETAR 20 ANOS, A TGL CONSULTORIA MOSTRA QUE O CUIDADO COMPLETO DO SEGURADO<br />

DÁ RESULTADOS, PENSANDO NO SEU PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL E CORPORATIVO<br />

Omercado de seguros evoluiu<br />

muito nos últimos 20 anos, e a<br />

TGL Consultoria acompanhou de<br />

perto este movimento. Se o setor de seguros<br />

foi impulsionado pelo crescimento<br />

da economia e a transformação digital, a<br />

consultoria se desenvolveu com o apoio<br />

da inovação e a capacitação profissional<br />

de quem atende o cliente, para compreender<br />

os motivos que o levam a contratar<br />

uma apólice de seguro.<br />

Rogério Araújo, fundador e CEO<br />

da TGL, acredita que o mercado avançou<br />

neste período para atender as demandas<br />

da sociedade. “Vejo uma exigência maior<br />

da sociedade em relação à qualidade do<br />

atendimento, porque é preciso compreender<br />

os motivos e benefícios pelos quais<br />

o segurado deve optar na hora de contratar<br />

uma apólice de seguro”.<br />

A carreira profissional de Rogério sempre foi pautada pela inquietude,<br />

a vontade de inovar e buscar maneiras de entregar mais valor<br />

aos seus clientes. “Sempre procuramos estar à frente do mercado,<br />

surpreender nosso público alvo, e continuaremos investindo nisso.<br />

Ainda apostamos na educação, em educar nosso público alvo para<br />

que ele desperte para as suas necessidades e oportunidades e queira,<br />

assim, ser nosso cliente”.<br />

Um caminho para a conquista destes clientes, sem dúvida,<br />

é investir no seu planejamento financeiro. Para isso, alguns pilares<br />

são essenciais, como conhecimento previdenciário, situação junto<br />

aos órgãos de previdência, social e estatutário (se houver), avaliação<br />

consultiva do seu momento contábil e tributário. Com este conhecimento<br />

prévio evita-se o desperdício de energia, força de trabalho<br />

e dinheiro. A correta avaliação dos riscos, que mensura detalhadamente<br />

as necessidades, evita a falsa sensação de proteção e ainda<br />

promove uma boa gestão dos ativos e planejamento de aposentadoria<br />

e sucessão.”Aplicamos, através de ferramentas por nós desenvolvidas,<br />

expertise de nossos profissionais, extremamente qualificados, e<br />

o interesse genuíno do cliente, todos os conceitos acima em nossos<br />

atendimentos”, avisa Rogério.<br />

32


Uma das mais importantes características dos<br />

maiores campeões em vendas de seguros de vida do<br />

mundo chama-se incômodo”<br />

ROGÉRIO ARAÚJO, fundador e CEO da TGL<br />

EVOLUÇÃO DO MERCADO<br />

“O mercado de seguros evoluiu como um todo e é, sem sombra<br />

de dúvidas, um dos melhores mercados para se empreender, até<br />

porque não há a necessidade de investimentos em estoque. Vendemos<br />

serviços, experiências, proteção, mas com certeza o ramo vida<br />

merece um destaque especial em relação aos números e a capacidade<br />

de crescimento, ainda maior, nos próximos anos”, avalia o CEO da TGL.<br />

A sua atuação e posicionamento no mercado de seguros, segundo<br />

ele mesmo conta, é uma extensão da sua vida pessoal, conservando<br />

os mesmos valores.<br />

“Sou muito grato ao mercado de seguros. Costumo dizer que<br />

sou um improvável que vem dando certo, já que sou de uma origem<br />

bem simples e devo tudo o que conquistei, tudo que venho construindo,<br />

a essa profissão e a Deus”. Quando compartilha suas experiências<br />

e boas práticas, Rogério ajuda colegas e seguradoras. “Eu tive<br />

a oportunidade de encontrar grande profissionais na minha jornada,<br />

excelentes comerciais que me ensinaram, mesmo sem saber, muito e<br />

que me ajudaram na formação do que sou hoje”, lembra o executivo.<br />

Ele cita alguns nomes conhecidos do setor como suas influências:<br />

Alexandre Faria, da Multiseg Corretora, uma das maiores<br />

corretoras do Brasil, com quem trabalhou aos 19, 20 anos de idade;<br />

Getúlio Gabriel Assunção, falecido no ano passado, e quem deu a<br />

oportunidade para se tornar um corretor de seguros; e Nilton Molina,<br />

que mesmo sem saber o impactou, ao escutá-lo pela primeira vez<br />

em 1998, e que serviu como uma enciclopédia, ao longo desses 20<br />

anos, com quem ele aprende até hoje, até mesmo com o seu silêncio.<br />

PARCERIAS E PRODUTOS<br />

Para atender bem aos clientes é preciso, na outra ponta, manter<br />

um bom relacionamento com as seguradoras, com o objetivo de<br />

conseguir os melhores produtos, serviços e condições comerciais.<br />

Rogério ensina: “a receita é bem simples, a empatia. As empresas são<br />

geridas por pessoas e é comum que em determinados momentos as<br />

seguradoras possam ter à sua frente, na gestão, pessoas com as quais<br />

nossos princípios podem não estar alinhados, e tudo bem, já que as<br />

pessoas passam e as empresas permanecem”.<br />

O seguro de vida é um instrumento de fidelização da carteira<br />

de clientes, porque a proteção é por tempo indeterminado. Porém,<br />

para ter sucesso é preciso que o corretor de seguros siga três passos:<br />

Conhecer o seguro de vida além da parte técnica e das coberturas,<br />

incluindo todos os benefícios que possam ser proporcionados ao<br />

cliente em vida, aos seus negócios, e à sociedade. “É preciso compreender<br />

que o seguro de vida tem diversas funcionalidades, como<br />

a proteção financeira de quem amamos, dos sonhos, projetos, mas<br />

também é uma ferramenta de inteligência<br />

financeira, pois compra patrimônio, liberação<br />

de riquezas, qualidade de vida e planejamento<br />

sucessório”, explica Rogério.<br />

O segundo passo é, após compreender<br />

todos os benefícios e soluções que<br />

o seguro de vida proporciona, o corretor<br />

precisa aplicá-lo em sua própria vida,<br />

acreditando no seguro de vida. Ou seja, o<br />

corretor deve utilizar os produtos para ter<br />

autoridade para indicar esta solução aos<br />

seus clientes e seus colaboradores.<br />

“E, por fim, agir, assumir a sua responsabilidade,<br />

já que ele tem a informação<br />

de uma solução do mercado financeiro<br />

que protege vidas, famílias, empresas,<br />

o corretor deve sentir-se incomodado em<br />

não levar essa “boa nova” a todas as pessoas<br />

ao seu redor”, completa Rogério.<br />

O empresário ressalta que não é<br />

verdade dizer que o brasileiro não se preocupa<br />

com o seguro de vida. “Nesses 26<br />

anos atuando como corretor de seguros,<br />

e 20 anos de TGL Consultoria, eu nunca<br />

encontrei um pai ou mãe, responsáveis<br />

financeiros, que me afirmasse ser mais importante<br />

a proteção do automóvel do que<br />

a proteção da moradia, da alimentação e<br />

da educação dos seus filhos".<br />

"Portanto, no nosso mercado de<br />

seguros de vida, temos uma crise de<br />

oferta. Ofertamos pouco e quando o fazemos,<br />

geralmente a oferta é de baixa<br />

qualidade, e não uma crise de cultura”,<br />

conclui Rogério.<br />

33


EVENTO<br />

SINDIPLANOS<br />

Autorregulação é o início de uma longa estrada<br />

DISCUSSÃO FOMENTADA PELO SINDIPLANOS MOSTROU QUE A AUTORREGULAÇÃO PODE SER<br />

UMA PAUTA PARA UNIR ENTIDADES DO SETOR E GARANTIR A SUA SUSTENTABILIDADE<br />

Kelly Lubiato<br />

OSindiplanos - Sindicato das Empresas<br />

de Comercialização de<br />

Planos de Saúde e Odontológicos<br />

de São Paulo - decidiu abraçar a causa<br />

da autorregulação do setor de saúde<br />

suplementar e promoveu um Café de<br />

Negócios para discutir o tema com outras<br />

entidades representativas, como<br />

Abramge (Associação das Operadoras de<br />

Planos de Saúde), Sinog (Associação das<br />

Operadoras de Planos Odontológicos) e<br />

IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar).<br />

A pauta reflete a preocupação<br />

com os problemas do setor. Somente<br />

em 2023, segundo dados do Procon-SP,<br />

foram registradas mais de 13 mil reclamações<br />

contra planos de saúde, uma<br />

alta de 38% em relação ao ano anterior.<br />

De acordo com último levantamento do<br />

CNJ (Conselho Nacional de Justiça), entre<br />

2020 e 2023, a quantidade de novos<br />

processos de usuários contra os planos<br />

de saúde nos tribunais brasileiros saltou<br />

mais de 50%, saindo de 80,7 mil novas<br />

ações para atingir 122,2 mil casos novos.<br />

Porém, as próprias operadoras afirmam<br />

que estes números ainda são pequenos<br />

diante do 1,93 bilhão de procedimentos<br />

realizados, entre consultas, exames,<br />

terapias e cirurgias em 2023, segundo o<br />

Mapa Assistencial publicado pela ANS -<br />

Agência Nacional de Saúde Suplementar.<br />

Neste cenário tão complexo, que<br />

envolve muitas vezes casos de vida ou<br />

morte, a autorregulação chega para ampliar<br />

esse escopo legislativo e criar regras<br />

de funcionamento do setor, ganhando<br />

agilidade, autonomia e solução rápida<br />

para os conflitos do setor. É elaborado um<br />

adicional em termos de normas, como já<br />

foi feito pelos bancos, cartões de crédito<br />

e investimentos, além da experiência temática<br />

do Conarh. “Todos existem para<br />

melhorar o ambiente de negócios, a lucratividade,<br />

o respeito à ética e a responsabilidade do setor”, explica<br />

o advogado Vinicius Zwarg, o principal palestrante do evento.<br />

José Silvio Toni, presidente do Sindicato, ressaltou que a previsibilidade<br />

torna os planos de negócios possíveis. Por isso, destacou<br />

quatro pontos que precisam ser discutidos: “políticas de estorno de<br />

comissões, combate às fraudes, volumetria de negócios e implementação<br />

orgânica da LGPD”.<br />

O superintendente executivo do IESS – Instituto de Estudos<br />

da Saúde Suplementar, José Cechin, falou sobre a necessidade de<br />

haver uma liderança para o processo da autorregulação se inicie e<br />

tenha continuidade. “É uma ação que possui custos iniciais, mas que<br />

pode produzir resultados com ganhos para todos no futuro. Ele acredita<br />

que esta prática trará benefícios para todos os entes, porque<br />

não é feita por burocratas mas por especialistas com conhecimentos<br />

específicos”.<br />

Outro convidado para debater o tema, Marcos Novais, Diretor<br />

Executivo da Abramge, lembrou que a entidade já contou, no passado,<br />

com um Conselho Autorregulador, o Conamge, que foi desativado.<br />

“Temos que criar condições para que o mercado encontre o<br />

ponto de equilíbrio entre a garantia e a segurança do atendimento.<br />

O que vendemos é a segurança. Sem entregar isso, as pessoas param<br />

de comprar”.<br />

Roberto Cury, presidente do SINOG, afirmou que estas empresas<br />

passam por um problema contrário, de excesso de regulação,<br />

pois são diferentes das operadoras de planos de saúde, mas cumprem<br />

as mesmas regras. “Nossa sinistralidade é de 40% e o tíquete<br />

médio é de R$ 19”, apontou, complementando que o setor possui<br />

riscos e complexidade menores.<br />

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