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Entrevista<br />
Analista Lucélia Alves de Macedo aborda os estudos sobre biomassa no LPF<br />
GERAÇÃO DE CALOR<br />
EMPRESA CATARINENSE INVESTE EM<br />
TECNOLOGIA PARA PRODUÇÃO DE<br />
PELLETS DE QUALIDADE<br />
<br />
HEAT GENERATION<br />
A COMPANY IN THE STATE OF SANTA<br />
CATARINA IS INVESTING IN TECHNOLOGY<br />
TO PRODUCE HIGH-QUALITY PELLETS<br />
MATO GROSSO<br />
ESTADO REGISTRA AUMENTO NO<br />
CONSUMO DE RESÍDUO FLORESTAL<br />
COMO FONTE DE ENERGIA<br />
ENERGIA<br />
MERCADO LIVRE FAZ CRESCER EMISSÕES DE<br />
CERTIFICADOS RENOVÁVEIS E PRÁTICAS ESG
,<br />
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SUMÁRIO<br />
08 | EDITORIAL<br />
Gerando energia<br />
10 | CARTAS<br />
12 | NOTAS<br />
22 | ENTREVISTA<br />
38 | PRINCIPAL<br />
46 | MODELO<br />
Mercado livre de energia<br />
52 | ESPECIAL<br />
Informe<br />
56 | PELLETS<br />
Nova planta<br />
60 | MATO GROSSO<br />
66 | ARTIGO<br />
72 | AGENDA<br />
74 | OPINIÃO<br />
Qual é melhor para seu<br />
computador: Upgrade com<br />
SSD ou memória RAM?<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL<br />
A capa desta edição traz os<br />
equipamentos da Imtab para<br />
produção de pellets.<br />
GERANDO<br />
ENERGIA<br />
A<br />
biomassa é uma fonte de matéria-prima sustentável e seu uso para geração de energia está cada vez mais frequente. A importância<br />
da escolha do gerador de calor para qualidade final na produção de pellets é o foco central da reportagem de capa da<br />
nova edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. A matéria destaca a Imtab, empresa catarinense especialista em equipamentos<br />
e soluções para geração de calor. Na editoria de Entrevista conversamos com a analista ambiental do setor de biomassa do LPF<br />
(Laboratórios de Produtos Florestais) do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), Lucélia Alves de Macedo, que abordou as principais pesquisas que<br />
estão sendo desenvolvidas pelo setor. A demanda crescente por biomassa nas indústrias no Estado do Mato Grosso é tema de outra reportagem,<br />
assim como a inauguração de uma nova planta da Jsic Equipamentos Industriais, em Inácio Martins (PR). A <strong>Biomais</strong> ainda oferece<br />
notícias e informações sobre o segmento de energias renováveis. Aproveite sua edição!<br />
GENERATING ENERGY<br />
T<br />
Biomass is a sustainable raw material, and its use for energy generation is becoming more and more common. The importance of choosing<br />
a heat generator for the final quality of pellet production is the focus of the cover story in the new issue of REFERÊNCIA <strong>Biomais</strong>. The<br />
main article highlights Imtab, a company from Santa Catarina that specializes in the manufacture of equipment and solutions for heat<br />
generation. In the Interview Section, we spoke with Lucélia Alves de Macedo, an environmental analyst in the Biomass Sector at the Forest<br />
Products Laboratories (LPF) of the Brazilian Forest Service (SFB), who discussed the main research being carried out in the Sector. The growing<br />
demand for biomass in the industry in the State of Mato Grosso is the subject of another article, as is the inauguration of a new Jsic Equipamentos<br />
Industriais plant in Inácio Martins (PR). The issue also offers news and information on the Renewable Energy Sector. Enjoy your issue!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XI - EDIÇÃO 64 - AGOSTO 2024<br />
Diretor Comercial/Commercial Director:<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />
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www.jotaeditora.com.br<br />
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dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas<br />
e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de<br />
energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,<br />
direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS<br />
não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />
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armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
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direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
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at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues<br />
used for energy generation and cogeneration, research institutions, university<br />
students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/<br />
or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself<br />
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without written authorization of the holder of the authorial rights, except for<br />
educational purposes.<br />
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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CARTAS<br />
PRINCIPAL<br />
O atendimento próximo ao cliente é um diferencial da DRV Indústria.<br />
Paulo Marcondes – Rio Verde (GO)<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
POTENCIAL<br />
A nossa Amazônia tem muito para oferecer ainda. Por isso é importante apoiar os fundos de amparo à pesquisa.<br />
Roseli Gouveia – Pimenta Bueno (RO)<br />
ENTREVISTA<br />
Interessante a história da Pellets Rodrigues. Souberam aproveitar o resíduo que produzem e, assim, gerar um<br />
novo produto.<br />
Murilo Portela – Lages (SC)<br />
ESTUDOS<br />
É estimulante ver quanto uso pode ser feito das diferentes biomassas.<br />
Mariana Gomes - Naviraí (MS)<br />
Foto: divulgação<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
na<br />
mí<br />
energia<br />
biomassa<br />
dia informação<br />
@revistabiomais<br />
/revistabiomais<br />
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
PODCAST REFERÊNCIA<br />
No último mês o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber Lisiane Nardi Tissot e Marcelo Schmid. Lisiane é catarinense<br />
de Campos Novos, publicitária formada pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e é diretora comercial da<br />
Bonardi Painéis de Madeira. A Bonardi é uma empresa com 26 anos de tradição no segmento, fabricando e fornecendo painéis de<br />
alto padrão para o mercado de móveis e decoração. Marcelo Schmid, CEO do Grupo Index, é curitibano, engenheiro florestal formado<br />
pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), advogado formado pela UTP (Universidade Tuiuti do Paraná) e mestre em economia<br />
e política florestal pela UFPR. Trabalha na área de consultoria desde o início da faculdade e há 14 anos está no Grupo Index, onde é<br />
sócio.<br />
Lisiane contou um pouco da história da Bonardi, fundada por seu pai, Francisco Nardi, no final dos anos 1990 e na época era uma<br />
empresa focada na produção de compensados. Lisiane antes de entrar na empresa estava no ramo de eventos e Gianpaulo Nardi,<br />
seu irmão e sócio, é engenheiro mecânico de formação e estava trabalhando<br />
em Joinville (SC) na época da fundação da Bonardi. “Na virada<br />
para o segundo ano da Bonardi meu pai e meu irmão me chamaram<br />
para conversar e me convidaram para assumir a parte financeira e<br />
comercial da empresa”, relatou Lisiane.<br />
Um dos pontos tratados por Lisiane é a gestão de uma empresa<br />
familiar. A diretora conta que por mais que possa parecer difícil para<br />
alguns, o bom relacionamento entre ela e o irmão foi o melhor possível,<br />
pois o foco no melhor para a empresa esteve sempre em primeiro<br />
lugar. “Temos um entendimento muito claro de que dentro da empresa<br />
somos sócios e não irmãos, isso ajuda muito na gestão e na divisão<br />
das tarefas e das responsabilidades. Fora da empresa somos irmãos e<br />
falamos de tudo menos de trabalho”, valorizou Lisiane.<br />
Já em seu episódio, Marcelo relatou que sua escolha pela faculdade<br />
de engenharia florestal gerou uma frustração no início, pois suas<br />
expectativas com o curso eram de algo muito mais voltado à natureza,<br />
um trabalho mais de campo e quando o curso começou não era<br />
bem assim. “Começou o curso, por ser uma engenharia, apareceram<br />
matérias de matemática, física, química e assim me surpreendi negativamente.<br />
Química era algo que desde o ensino médio não gostava<br />
e no curso de engenharia tive quatro matérias relacionadas”, contou<br />
Marcelo sobre esse primeiro impacto.<br />
Um dos destaques da entrevista de Marcelo foi o uso da tecnologia<br />
dentro da operação florestal. Na visão do CEO a produção de eucalipto<br />
para suprir a cadeia da produção de celulose deveria ser de 10<br />
milhões de ha (hectares) plantados e hoje temos apenas 7 milhões de<br />
ha e além da melhoria da produtividade das florestas que deve evoluir,<br />
melhorar a cadeia produtiva precisa ser uma prioridade. “Para melhorar<br />
a cadeia produtiva percebo que a tokeninzação (representação digital)<br />
da floresta, através do sistema de blockchain, meio digital de garantia<br />
dos processos, servirá como segurança para quem produz, para quem<br />
compra e impulsionará o volume de plantios, pois dará a possibilidade<br />
para quem planta de receber hoje por uma floresta que será cortada<br />
daqui 7 anos”, exemplifica Marcelo.<br />
Os episódios do Podcast REFERÊNCIA estão<br />
disponíveis no nosso canal do youtube, que o<br />
Leitor pode acessar através do QR Code:<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS<br />
EVENTO LANÇOU NOVIDADES<br />
O primeiro Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta – BioComForest,<br />
que aconteceu no Campus FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas) da UNESP (Universidade Estadual<br />
Paulista), de Botucatu (SP), nos dias 30, 31 de julho e 1º de agosto reuniu empresas, produtores, profissionais<br />
e estudantes, bem como representantes do governo do Estado do Mato Grosso do Sul – referência<br />
na produção de florestas plantadas e de celulose, para discutir os desafios e inovações nos segmentos. Os<br />
Dias de Campo do evento contaram com diversas demonstrações na prática de equipamentos inovadores<br />
nos segmentos. Maquinários robustos de empresas como a Equilíbrio Equipamentos, Máquina Solo<br />
e Madeplant, impressionaram o público, chamando atenção através da eficiência, tecnologia e inovação<br />
agregadas. Alguns equipamentos foram lançados de maneira<br />
inédita no BioComForest, tais como a enfardadeira Madeplant e o<br />
caminhão multifuncional, da Equilíbrio. Com casa cheia durante<br />
os três dias, a biomassa pautou o último dia de palestras e debates<br />
do evento, com o tema central: O futuro da biomassa como<br />
fonte de energia sustentável; tendo como mediador José Mauro,<br />
pesquisador da Embrapa Florestas. A próxima edição da BioCom-<br />
Forest está prevista para 2026.<br />
Fotos: divulgação<br />
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
NOTA DE FALECIMENTO<br />
A Revista REFERÊNCIA BIOMAIS lamenta o falecimento da senhora Ingeborg<br />
Bremer, a Dona Inha, que trabalhou no setor financeiro da H. Bremer<br />
durante 50 anos, sendo colega de trabalho, irmã do senhor Horst Bremer<br />
(in memorian). A senhora Ingeborg faleceu na madrugada do último dia 17<br />
de julho, deixando dois filhos e cinco netos. A direção e colaboradores da<br />
indústria H.Bremer e Filhos Ltda divulgou nota comunicando, com pesar,<br />
o falecimento. “Foram cinco décadas de dedicação à H. Bremer, com muito<br />
afinco, comprometimento e principalmente amor pelo o que realizava.<br />
Que Deus, na sua infinita bondade conforte nossos corações entristecidos,<br />
dos familiares e dos amigos. Sentiremos saudades e somos muito gratos<br />
pelo seu trabalho e dedicação para com a H. Bremer & Filhos Ltda ao longo<br />
destes anos”, diz trecho da nota. A H. Bremer é uma empresa situada em<br />
Rio do Sul (SC), com 78 anos de atividades, que fornece equipamentos<br />
para indústrias de mais de 15 segmentos diferentes como celulose e papel,<br />
alimentício, têxtil, entre outros.<br />
Foto: divulgação H. Bremer<br />
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
SMART ENERGY 2024<br />
ACONTECE EM CURITIBA (PR)<br />
As energias sustentáveis trazem possíveis soluções para problemas que se tornam cada vez<br />
mais urgentes. Este será o tema da Conferência Internacional Smart Energy 2024, que ocorrerá<br />
entre 24 a 26 de setembro, no Campus da Indústria da Fiep (Federação das Indústrias do Estado<br />
do Paraná), em Curitiba (PR). Palestras sobre biogás, gás biometano, biomassa, energia fotovoltaica<br />
e hidrogênio verde estão na programação. “O intuito é evidenciar as aptidões do Estado do Paraná,<br />
o quanto aqui se respeita a geração de energias limpas", diz Tiago Fraga, CEO do Grupo FRG<br />
e organizador do evento. Para o diretor-presidente do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná),<br />
Celso Kloss, promotor da Smart Energy 2024, é preciso contar com a participação de três agentes<br />
fundamentais: a iniciativa privada, com as empresas e indústrias do setor; o governo e também<br />
a academia, por meio das universidades. “Com a união desses três atores, nossa proposta é promover<br />
uma maior aproximação dos diferentes segmentos do setor de energias renováveis para<br />
discutir os problemas, propor soluções e conhecer as principais novidades. Todos os envolvidos<br />
têm temas complementares e um alinhamento muito forte pela busca do desenvolvimento da<br />
sustentabilidade, buscando fazer a transição energética”, afirma.<br />
Fotos: divulgação<br />
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Distribuidor e representante exclusivo<br />
Kahl Brasil
NOTAS<br />
IBAMA CANCELA TCFA A PARTIR<br />
DO SEGUNDO TRIMESTRE<br />
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) oficializou no<br />
início de julho, por meio de publicação em página oficial, o cancelamento dos débitos relacionados à<br />
TCFA (Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental) a partir do segundo trimestre do ano corrente (segundo/2024).<br />
O cancelamento se deu em razão da lei número 14.876, de 31 de maio de 2024, que alterou a<br />
lei número 6.938, de 31 de agosto de 1981, excluindo a silvicultura do rol de atividades potencialmente<br />
poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. Assim a CCob (Coordenação de Cobrança e Arrecadação)<br />
do Ibama informou que os débitos de TCFA, a partir do segundo trimestre do ano, cujo fato gerador<br />
seja o exercício exclusivo das atividades de silvicultura, referente a florestas plantadas de espécies<br />
nativas (cód. 20 - 60) ou de silvicultura, referente a florestas plantadas de espécies exóticas (cód. 20 - 61),<br />
serão cancelados. Os contribuintes que efetuaram os pagamentos antecipados do segundo, terceiro e<br />
quarto trimestres (segundo ao quarto/2024) devem solicitar restituição dos valores pagos por meio de<br />
protocolo de requerimento de restituição, conforme orientação no site do Ibama.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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ENTREVISTA<br />
Foto: Assessoria de Imprensa do LPF<br />
ENTREVISTA<br />
LUCÉLIA ALVES<br />
DE MACEDO<br />
Formação: Engenheira Florestal - UnB (Universidade de Brasília);<br />
doutora em Ciências da Madeira e Fibras pela UL (Université de<br />
Lorraine) França<br />
Education: Forest Engineer - University of Brasília (UnB); PhD in<br />
Wood and Fiber Sciences from the Université de Lorraine, France<br />
Cargo: Analista Ambiental do LPF (Laboratório de Produtos<br />
Florestais)<br />
Function: Environmental Analyst at the Forest Products<br />
Laboratory (LPF)<br />
BIOMASSA<br />
NO LABORATÓRIO<br />
BIOMASS IN THE LAB<br />
A<br />
energia da biomassa é gerada a partir de materiais<br />
orgânicos, como resíduos florestais, agrícolas,<br />
urbanos e até industriais, sendo uma importante<br />
fonte renovável e alternativa aos combustíveis fósseis.<br />
Vinculado ao SFB (Serviço Florestal Brasileiro) o LPF (Laboratório<br />
de Produtos Florestais) possui um setor específico<br />
de pesquisa e estudos sobre energia da biomassa: o Aenbio.<br />
Estruturado desde 1981, o setor iniciou com pesquisas sobre<br />
carbonização e briquetagem, se tornando uma das referências<br />
nacionais em pirólise e compactação, com diversas publicações<br />
técnicas e científicas. Atualmente realiza pesquisas nas<br />
áreas de caracterização energética, torrefação, peletização<br />
e carbonização. A Revista REFERÊNCIA BIOMAIS conversou<br />
com os pesquisadores do setor para saber sobre os trabalhos<br />
desenvolvidos e a contribuição da energia da biomassa para<br />
independência energética do Brasil.<br />
B<br />
iomass energy is generated from organic materials<br />
such as forestry, agricultural, urban, and even<br />
industrial waste and is an important renewable<br />
energy source and alternative to fossil fuels. Linked<br />
to the Brazilian Forest Service (SFB), the Forest Products Laboratory<br />
(LPF) has a specific division for research and studies on<br />
biomass energy: Aenbio. Created in 1981, the division began<br />
with research on carbonization and briquetting, which<br />
became one of the national benchmarks in pyrolysis and<br />
densification, with several technical and scientific publications.<br />
At present, it carries out research in the areas of energy<br />
characterization, torrefaction, pelletizing, and carbonization.<br />
REFERÊNCIA <strong>Biomais</strong> spoke with scientists in the division to<br />
find out about their work and the contribution of biomass<br />
energy to Brazil’s energy independence.<br />
22 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de<br />
máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração<br />
animal desde 1968, atendendo também demandas e necessidades no reparo<br />
e fabricação de peças de reposição do setor.<br />
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BR116-KM 180 | São Cristóvão do Sul - SC<br />
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Fone: +55 (49) 9 9927-5926<br />
E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br
ENTREVISTA<br />
Em que ano foi estruturada a área de pesquisa de energia<br />
da biomassa no LPF?<br />
O LPF (Laboratório de Produtos Florestais) foi fundado em<br />
1973 e seus objetivos e linhas de pesquisa refletiam a diversidade<br />
de temas relacionados às tecnologias da madeira e de<br />
produtos florestais. A área de energia da biomassa (Aenbio),<br />
uma das sete áreas que compõem a estrutura do LPF, foi formalmente<br />
inaugurada em 1981.<br />
O que motivou a criação da área no LPF?<br />
O primeiro projeto relacionado à energia de biomassa no<br />
LPF foi iniciado em 1979 pelo pesquisador Paulo Prudente de<br />
Fontes, consistindo na avaliação da carbonização de espécies<br />
do gênero Vochysia. A área de energia da biomassa foi estruturada<br />
em 1981, após uma oportunidade de financiamento<br />
do Programa Nacional de Energia, da Embrapa, no qual o LPF<br />
executou um projeto de gaseificação de resíduos agrícolas.<br />
Quais as características da energia da biomassa?<br />
A energia da biomassa é gerada a partir de materiais<br />
orgânicos, como resíduos florestais, agrícolas, urbanos e até<br />
industriais, sendo uma importante fonte renovável e alternativa<br />
aos combustíveis fósseis. A biomassa possui características<br />
atraentes, como a disponibilidade, sendo abundante em quase<br />
todas as regiões do planeta e com grande diversidade. Outra<br />
característica é a flexibilidade de uso, pois pode ser utilizada<br />
de diversas maneiras, como na queima direta para geração de<br />
calor, na forma líquida, pela conversão em biocombustíveis,<br />
como álcool e biodiesel, ou convertida em outros produtos sólidos,<br />
como pellets, briquetes e carvão. A biomassa pode ainda<br />
ser convertida na forma gasosa, como biogás de decomposição<br />
anaeróbica ou gás de síntese da pirólise e da gaseificação. Além<br />
disso, seu uso ajuda na redução de emissões de CO2 na atmosfera,<br />
pois o carbono emitido na queima de biomassa é compensado<br />
pela absorção de CO2 no ciclo de vida de novas plantas.<br />
Por outro lado, a biomassa possui desvantagens técnicas em<br />
relação aos combustíveis fósseis, como a heterogeneidade<br />
na forma e na distribuição espacial, o alto teor de umidade e<br />
a baixa densidade energética na condição in natura. Muitas<br />
das tecnologias de conversão são necessárias para minimizar<br />
essas desvantagens, transformando a biomassa em produtos<br />
com melhores propriedades energéticas. Embora a biomassa<br />
seja uma fonte potencial de energia renovável e praticamente<br />
neutra em carbono, seu uso inadequado pode levar ao desmatamento,<br />
com impactos negativos para a biodiversidade e o<br />
clima. A neutralidade de carbono pode ser afetada por fatores<br />
como baixa eficiência da conversão da biomassa; mudanças<br />
no uso do solo, com a conversão de florestas naturais em<br />
culturas energéticas; e transporte e logística, com a queima de<br />
combustíveis fósseis para transportar ou processar a biomassa,<br />
In what year was the biomass energy research area<br />
structured at the Forest Products Laboratory (LPF)?<br />
The LPF was founded in 1973, and its objectives and<br />
research lines reflect the diversity of topics related to wood<br />
and forest products and technologies. The Biomass Energy<br />
Division (Aenbio), one of the seven areas that make up the<br />
LPF structure, was formally inaugurated in 1981.<br />
What prompted the creation of this division at LPF?<br />
Scientist Paulo Prudente de Fontes started the first<br />
project related to biomass energy at LPF in 1979. It consisted<br />
of evaluating the carbonization of species of the genus<br />
Vochysia. The biomass energy area was structured in 1981,<br />
following a funding opportunity from Embrapa’s National<br />
Energy Program, in which LPF carried out a project on the<br />
gasification of agricultural waste.<br />
What are the characteristics of biomass energy?<br />
Biomass energy is derived from organic materials such<br />
as forestry, agricultural, urban, and even industrial waste<br />
and is an important renewable energy source and alternative<br />
to fossil fuels. Biomass has attractive characteristics, such<br />
as its availability, abundance in almost all regions of the<br />
world, and diversity. Another characteristic is its flexibility<br />
of use, as it can be used in a variety of ways, including direct<br />
combustion for heat, in liquid form by conversion into biofuels<br />
such as alcohol and biodiesel, or converted into other<br />
solid products such as pellets, briquettes, and charcoal.<br />
Biomass can also be converted into a gaseous form, such<br />
as biogas from anaerobic digestion or synthesis gas from<br />
pyrolysis and gasification. In addition, its use contributes to<br />
the reduction of CO2 emissions into the atmosphere since<br />
the carbon emitted when biomass is burned is offset by the<br />
absorption of CO2 in the life cycle of new plants.<br />
On the other hand, biomass has technical disadvantages<br />
compared to fossil fuels, such as heterogeneity in shape<br />
and spatial distribution, high moisture content, and low<br />
energy density in its raw state. Many conversion technologies<br />
are needed to minimize these disadvantages and to<br />
transform biomass into products with better energy properties.<br />
Although biomass is a potential source of renewable<br />
energy and is virtually carbon neutral, its inappropriate<br />
use can lead to deforestation, with negative impacts on<br />
biodiversity and the climate. Carbon neutrality can be compromised<br />
by factors such as the low efficiency of biomass<br />
conversion, land use change, the conversion of natural<br />
forests to energy crops, transportation, and logistics, and<br />
the burning of fossil fuels to transport or process biomass,<br />
adding CO2 emissions to the cycle. It is, therefore, essential to<br />
promote sustainable forest management, invest in efficient<br />
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ENTREVISTA<br />
adicionando emissões de CO2 ao ciclo. É fundamental, portanto,<br />
fomentar o manejo sustentável das florestas, investir em<br />
tecnologias eficientes de conversão e promover a eficiência<br />
energética.<br />
Quais as principais áreas de pesquisa desenvolvidas<br />
pelo LPF?<br />
A Aenbio desenvolve projetos de pesquisa voltados para a<br />
valorização de resíduos de biomassa para usos energéticos e<br />
não energéticos, usando processos termoquímicos de conversão<br />
como a torrefação e a pirólise, e processos de compactação,<br />
como a peletização e a briquetagem. Atuamos ainda na<br />
caracterização energética de diferentes combustíveis sólidos<br />
por meio da prestação de serviços técnicos especializados para<br />
diferentes públicos, incluindo o setor industrial e acadêmico. A<br />
densificação energética consiste na compressão da biomassa<br />
na forma de briquetes e pellets, o que melhora sua densidade<br />
energética e facilita seu manuseio e transporte. Os processos<br />
termoquímicos visam converter a biomassa em produtos<br />
energéticos com maior concentração de carbono, como carvão,<br />
biochar e biomassa torrificada. Esses produtos são obtidos por<br />
meio de reações químicas controladas em alta temperatura,<br />
através dos processos de torrefação e pirólise. Ambas as abordagens<br />
têm o objetivo de tornar a biomassa uma fonte de energia<br />
mais eficiente e prática. A Aenbio possui uma briquetadeira<br />
laboratorial que permite o controle de temperatura e pressão<br />
e uma peletizadora para realização de serviços e pesquisas na<br />
área de compactação da biomassa. Quanto aos tratamentos<br />
termoquímicos, temos reatores de torrefação e pirólise que permitem<br />
o controle de temperatura e monitoramento da perda<br />
de massa em tempo real, além de sistema de condensação que<br />
permite o cálculo dos rendimentos sólido, líquido e gasoso do<br />
processo. Por fim, a Aenbio realiza ensaios de determinação de<br />
poder calorífico, análise imediata (cinzas, voláteis e carbono<br />
fixo), e densidade energética, parâmetros fundamentais para<br />
conhecimento da biomassa e seu potencial para uso energético.<br />
Atuamos ainda na determinação de importantes propriedades<br />
de pellets exigidas por normas internacionais de qualidade.<br />
Cite exemplos de pesquisa em desenvolvimento no<br />
setor.<br />
O LPF atualmente realiza pesquisas nas áreas de caracterização<br />
energética, torrefação, peletização e carbonização.<br />
Dentre os projetos de pesquisa em execução destacam-se<br />
dois projetos de mestrado para fabricação, análise das características<br />
energéticas e qualidade de pellets. O primeiro está<br />
relacionado com a produção de pellets a partir de resíduos<br />
da construção civil (pinus e outros materiais) com diferentes<br />
proporções de eucalipto. O segundo foca na fabricação<br />
de pellets a partir de uma mistura de diferentes resíduos de<br />
conversion technologies, and promote energy efficiency.<br />
What are the main research areas developed by LPF,<br />
and how do they differ?<br />
Aenbio carries out research projects aimed at the<br />
recovery of biomass waste for energy and non-energy<br />
uses, using thermochemical conversion processes such as<br />
torrefaction and pyrolysis, as well as compaction processes<br />
such as pelleting and briquetting. We also work on the<br />
energy characterization of various solid fuels by providing<br />
specialized technical services to various audiences, including<br />
the Industrial and Academic Sectors. Energy densification<br />
consists of compressing biomass into briquettes and pellets,<br />
which improves its energy density and makes it easier to<br />
handle and transport. Thermochemical processes aim to<br />
convert biomass into higher carbon energy products such<br />
as charcoal, biochar, and torrefied biomass. These products<br />
are obtained through controlled chemical reactions at high<br />
temperatures through the processes of torrefaction and<br />
pyrolysis. Both approaches aim to make biomass a more efficient<br />
and practical energy source. Aenbio has a laboratory<br />
briquetting machine that allows temperature and pressure<br />
control and a pelletizer to carry out services and research in<br />
the field of biomass densification. As far as thermochemical<br />
treatments are concerned, we have torrefaction and pyrolysis<br />
reactors that allow temperature control and real-time<br />
mass loss monitoring, as well as a condensation system that<br />
allows the calculation of the solid, liquid, and gaseous yields<br />
of the process. Finally, Aenbio carries out tests to determine<br />
calorific value, direct analysis (ash, volatiles, and fixed carbon),<br />
and energy density, which are fundamental parameters<br />
for understanding biomass and its potential for energy<br />
use. We also work to determine important pellet properties<br />
required by international quality standards.<br />
Provide examples of research being conducted in<br />
the Sector.<br />
LPF is currently conducting research in the areas of<br />
energy characterization, torrefaction, pelletizing, and carbonization.<br />
Among the ongoing research projects are two<br />
Master’s theses on the production and analysis of the energy<br />
characteristics and quality of pellets. The first is related to<br />
the production of pellets from construction waste (pine and<br />
other materials) with different proportions of eucalyptus.<br />
The second focuses on the production of pellets from a<br />
mixture of different Amazonian wood waste from the Flona<br />
Jacundá forest concession, pre-treated by torrefaction.<br />
Other research projects are related to the use of fibers obtained<br />
from green coconut shells. The studies range from the<br />
energetic characterization, production, and qualification of<br />
26 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ENTREVISTA<br />
madeiras amazônicas provenientes de concessão florestal da<br />
FLONA Jacundá, pré-tratados com torrefação. Outros projetos<br />
de pesquisa estão relacionados à utilização das fibras obtidas<br />
da casca do coco verde. Os estudos contemplam, desde a caracterização<br />
energética, fabricação e qualificação de pellets, até<br />
a carbonização do resíduo para obtenção de biochar para ser<br />
utilizado como substrato na adubação de hortaliças. Outra importante<br />
pesquisa em execução no LPF são testes da ONU para<br />
segurança de armazenamento e transporte de carvão de 10<br />
espécies da Amazônia, em parceria com a UFPA (Universidade<br />
Federal do Pará) e UFLA (Universidade Federal de Lavras). Por<br />
fim, a Aenbio, em parceria com a UnB (Universidade de Brasília),<br />
executa um projeto aprovado pela FAP/DF (Fundação de Apoio<br />
à Pesquisa do Distrito Federal) intitulado: Descarbonização do<br />
ecossistema do agronegócio - hibridização de rotas bioquímicas<br />
e termoquímicas para produção de Bio-Hidrogênio e<br />
Amônia-Verde a partir de resíduos agrícolas no Distrito Federal;<br />
que tem por objetivo principal realizar uma avaliação técnica,<br />
econômica e ambiental da hibridização de rotas bioquímicas<br />
e termoquímicas para a produção de BioH2 e Amônia verde a<br />
partir de resíduos da agroindústria da região do Distrito Federal<br />
e entorno.<br />
Para uso de energia, quais os principais avanços na área<br />
de pesquisa de biomassas lignocelulósicas?<br />
Algumas tecnologias de biomassa para energia que<br />
discutimos hoje são muito antigas, como é o caso de pirólise,<br />
compactação e gaseificação, mas sempre há lacunas técnicas,<br />
científicas e econômicas a se preencher, bem como melhorias<br />
em toda a cadeia de produção, desde a matéria-prima, até o<br />
produto. A torrefação tem mostrado excelente potencial como<br />
pré-tratamento para biocombustíveis a serem utilizados na<br />
gaseificação, aumentando significativamente a eficiência do<br />
processo. A torrefação e a pirólise geram muitas oportunidades<br />
de acoplamento com tecnologias de compactação, onde<br />
algumas das maiores desvantagens da biomassa são mitigadas,<br />
isto é, se obtém produtos mais homogêneos, de baixa umidade<br />
e alta densidade energética. Por exemplo, pellets e briquetes de<br />
material torrificado podem apresentar significativo ganho de<br />
densidade energética com mínimas perdas em rendimento. Há<br />
um campo grande de possibilidades para aprimorar a eficiência<br />
dos processos, diversificar a matéria-prima, avaliar aglutinanpellets<br />
to the carbonization of the residue to obtain biochar,<br />
which can be used as a substrate for fertilizing vegetables.<br />
Another important research carried out at LPF is the<br />
UNO testing of the safety of storage and transportation of<br />
charcoal from 10 Amazonian species in partnership with the<br />
Federal University of Pará (Ufpa) and the Federal University<br />
of Lavras (Ufla). Finally, Aenbio, in partnership with the University<br />
of Brasilia (UnB), is carrying out a project approved<br />
by the Federal District Research Support Foundation (FAP/<br />
DF) entitled Decarbonization of the Agribusiness Ecosystem<br />
- Hybridization of Biochemical and Thermochemical<br />
Pathways for the production of Bio-Hydrogen and Green<br />
Ammonia from agricultural waste in the Federal District; its<br />
main objective is to carry out a technical, economic, and environmental<br />
evaluation of the hybridization of biochemical<br />
and thermochemical routes for the production of BioH2 and<br />
Green Ammonia from agro-industrial waste in the Federal<br />
District and surrounding areas.<br />
For energy use, what are the major advances in<br />
lignocellulosic biomass research?<br />
Some biomass technologies for energy that we are discussing<br />
today are very old, such as pyrolysis, densification,<br />
and gasification. Still, there are always technical, scientific,<br />
and economic gaps to be filled, as well as improvements in<br />
the entire production chain, from raw material to product.<br />
Torrefaction has shown excellent potential as a pretreatment<br />
for biofuels to be used in gasification, significantly<br />
increasing the efficiency of the process. Torrefaction and<br />
pyrolysis offer many opportunities for coupling with densification<br />
technologies, where some of the major disadvantages<br />
of biomass are mitigated, i.e., more homogeneous, low<br />
moisture, and high energy density products are obtained.<br />
For example, pellets and briquettes made from torrefied<br />
material can show significant gains in energy density with<br />
minimal losses in yield. There is a wide range of opportunities<br />
to improve process efficiency, diversify raw materials,<br />
evaluate natural binders, and improve the quality of the end<br />
product. In addition to the solid product discussed above,<br />
pyrolysis and torrefaction produce liquid and gaseous<br />
by-products that offer numerous opportunities for energy<br />
or chemical use. These opportunities include the concepts of<br />
A biomassa possui características atraentes, como a<br />
disponibilidade, sendo abundante em quase todas as regiões do<br />
planeta e com grande diversidade<br />
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ENTREVISTA<br />
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produto sólido que discutimos acima, a pirólise e a torrefação<br />
geram co-produtos líquidos e gasosos que oferecem amplas<br />
possibilidades de uso energético ou químico. Essas possibilidades<br />
contemplam os conceitos de biorrefinarias, onde múltiplos<br />
processos são combinados de modo a minimizar drasticamente<br />
a geração de resíduos para o ambiente, pois os resíduos ou<br />
co-produtos de um processo se tornam insumos para outro.<br />
A transição energética que o planeta demanda com tamanha<br />
urgência exigirá a disseminação de biorrefinarias e uma maior<br />
compreensão e domínio técnico dos processos. Essa abordagem<br />
precisa ser adequada ao contexto de disponibilidade,<br />
condição e variedade dos insumos lignocelulósicos, bem como<br />
à realidade cultural, considerando as demandas do público-alvo<br />
e as possibilidades de capacitação de operadores para as<br />
referidas tecnologias.<br />
Com relação às pesquisas de processos termoquímicos<br />
de conversão por torrefação e pirólise, quais as vantagens?<br />
Dentre as principais vantagens destacamos a maior eficiência<br />
energética dos materiais gerados pelos processos termoquímicos<br />
como a significativa diminuição da umidade e de parte<br />
de compostos voláteis da biomassa, resultando em produtos<br />
ricos em carbono e com maior eficiência na combustão. Essas<br />
tecnologias possibilitam a valorização de diversas biomassas<br />
e seus resíduos, como resíduos agrícolas e florestais, culturas<br />
energéticas e até mesmo resíduos sólidos urbanos, aumentando<br />
a flexibilidade do processo. Os produtos resultantes destes<br />
processos são um biocombustível sólido renovável, de menor<br />
impacto ambiental comparado aos combustíveis fósseis e com<br />
maior eficiência energética (carvão vegetal e material torreficado).<br />
Além disso, são gerados co-produtos que podem ser<br />
economicamente mais rentáveis que o biocombustível sólido,<br />
como bio-óleo utilizado na indústria química, gás de síntese<br />
para geração de energia e o biochar utilizado na agricultura<br />
para fertilização de solos.<br />
Quais os principais avanços, desde a criação da área de<br />
Energia da Biomassa?<br />
A Aenbio iniciou com pesquisas sobre carbonização e<br />
briquetagem, se tornando uma das referências nacionais em<br />
pirólise e compactação, com diversas publicações técnicas<br />
e científicas. No início dos anos 2000 se iniciou uma prolífica<br />
parceria com o CIRAD (agência francesa de pesquisa para<br />
desenvolvimento sustentável), quando pudemos contar com a<br />
colaboração de um pesquisador francês por 10 anos, e avançamos<br />
em linhas inovadoras como torrefação, análises termogravimétricas,<br />
pirólise sob pressão, biochar e modernização de metodologias<br />
e equipamentos de caracterização energética. Após<br />
a mudança do LPF para o SFB, surgiram novas oportunidades e<br />
biorefineries, where multiple processes are combined in such<br />
a way as to drastically minimize the generation of waste for<br />
the environment, as the waste or by-products of one process<br />
become feedstock for another. The energy transition that<br />
the planet so desperately needs requires the proliferation<br />
of biorefineries and a greater understanding and technical<br />
mastery of the processes. This approach must be adapted to<br />
the context of availability, condition, and diversity of lignocellulosic<br />
feedstocks, as well as cultural realities, taking into<br />
account the demands of the target public and the ability to<br />
train operators in these technologies.<br />
What are the advantages of researching thermochemical<br />
conversion processes using torrefaction and<br />
pyrolysis?<br />
Among the major advantages, we would highlight the<br />
greater energy efficiency of the materials produced by thermochemical<br />
processes, as well as the significant reduction<br />
of moisture and part of the volatile compounds in biomass,<br />
resulting in carbon-rich products with greater combustion<br />
efficiency. These technologies make it possible to valorize<br />
various biomasses and their residues, such as agricultural<br />
and forestry wastes, energy crops, and even solid urban<br />
wastes, increasing the flexibility of the process. The products<br />
of these processes are solid renewable biofuels with a<br />
lower environmental impact compared to fossil fuels and<br />
greater energy efficiency (charcoal and torrefied material).<br />
In addition, co-products are generated that can be more<br />
economically viable than solid biofuel, such as bio-oil for<br />
the chemical industry, syngas for energy production, and<br />
biochar for agricultural soil fertilization.<br />
What have been the main advances since the creation<br />
of the Biomass Energy Division?<br />
Aenbio started with research in carbonization and briquetting,<br />
becoming a national benchmark in pyrolysis and<br />
densification with several technical and scientific publications.<br />
A fruitful partnership with the French Research Agency<br />
for Sustainable Development (Cirad) began in the early<br />
2000s when we were able to count on the collaboration of a<br />
French scientist for 10 years. We advanced in innovative lines<br />
such as torrefaction, thermogravimetric analysis, pyrolysis<br />
under pressure, biochar, and the modernization of energy<br />
characterization methods and equipment. After LPF moved<br />
to the SFB, new opportunities and research lines emerged<br />
for the valorization of waste from public forest concessions.<br />
Aenbio received funding from KfW to coordinate two<br />
projects to analyze the technical and economic feasibility of<br />
using waste from forest concessions in the Amazon. One of<br />
the projects aimed to generate electricity, and the other was<br />
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ENTREVISTA<br />
linhas de pesquisa para valorizar resíduos de concessões de florestas<br />
públicas. A Aenbio recebeu financiamento do banco KfW<br />
para coordenar dois projetos de análise de viabilidade técnica<br />
e econômica do aproveitamento de resíduos de concessões<br />
florestais da Amazônia. Um dos projetos tinha como objetivo<br />
a geração de energia elétrica, e o outro a produção de pellets<br />
para exportação. Recentemente submetemos um pedido de<br />
patente em parceria com a UnB para uma planta de torrefação<br />
com tratamento acústico, que proporciona maior eficiência no<br />
processo. Também avançamos na área de compactação com<br />
estudos de produção de pellets de madeiras de concessão florestal,<br />
bambus e canas, resíduos de construção civil e biomassa<br />
termicamente tratada. Finalmente, a Aenbio adotou as normas<br />
ISO para análise de biocombustíveis, e estamos trabalhando em<br />
grandes projetos em rede para produção de pellets, torrefação<br />
e hidrogênio verde.<br />
Qual a importância das pesquisas na área de biomassa<br />
para o setor florestal?<br />
A pesquisa na área de conversão da biomassa para fins<br />
energéticos ou biomateriais permite a identificação de novas<br />
aplicações para produtos madeireiros e não-madeireiros, maximizando<br />
o aproveitamento do recurso florestal e reduzindo<br />
os resíduos gerados. Os frutos dessas pesquisas impulsionam<br />
a sustentabilidade e a competitividade do setor florestal,<br />
contribuindo com o desenvolvimento social das comunidades<br />
e regiões com vocação florestal. O Brasil tem grande potencial<br />
para aumentar a participação da biomassa na matriz energética<br />
nacional não só a partir de florestas plantadas, mas também<br />
por meio do aproveitamento de resíduos do processamento de<br />
madeiras nativas de origem legal e sustentável, como aqueles<br />
provenientes de planos de manejo e de concessões de florestas<br />
públicas. Estudos recentes do LPF identificaram a viabilidade<br />
técnica e econômica do aproveitamento de resíduos de concessões<br />
florestais na Amazônia para a produção de pellets e para a<br />
geração de energia elétrica. O aproveitamento desses resíduos<br />
agrega valor à cadeia produtiva da madeira e promove uma<br />
redução de um passivo ambiental.<br />
Como o LPF, por meio da Aenbio, pode contribuir para a<br />
to produce pellets for export. In partnership with UnB, we<br />
recently filed a patent application for a torrefaction system<br />
with acoustic treatment that makes the process more<br />
efficient. We have also made progress in the area of densification<br />
with studies on the production of pellets from forest<br />
concession wood, bamboo and cane, construction waste,<br />
and thermally treated biomass. Finally, Aenbio has adopted<br />
ISO standards for biofuel analysis, and we are working on<br />
large network projects for pellet production, torrefaction,<br />
and green hydrogen.<br />
How important is biomass research to the Forestry<br />
Sector?<br />
Research into the conversion of biomass for energy<br />
or biomaterial purposes makes it possible to identify new<br />
applications for timber and non-timber products, maximize<br />
the use of forest resources, and reduce the amount of waste<br />
generated. The results of this research strengthen the sustainability<br />
and competitiveness of the Forestry Sector and<br />
contribute to the social development of communities and<br />
regions with a forestry vocation. Brazil has great potential<br />
to increase the share of biomass in the national energy<br />
matrix, not only from planted forests but also through the<br />
use of residues from the processing of native wood of legal<br />
and sustainable origin, such as those from management<br />
plans and public forest concessions. Recent LPF studies have<br />
demonstrated the technical and economic viability of using<br />
waste from forest concessions in the Amazon to produce<br />
pellets and generate electricity. Using this waste adds value<br />
to the wood production chain and reduces environmental<br />
liabilities.<br />
How can LPF, through Aenbio, contribute to the<br />
energy transition on the agenda?<br />
Through our studies on the conversion of biomass waste<br />
into solid fuels (charcoal, pellets, and briquettes) and bioproducts<br />
such as biochar for agricultural use, we contribute to<br />
the pillars of the ongoing energy transition. The solid fuels<br />
from our torrefaction, pyrolysis, pelleting, and briquetting<br />
processes have the potential to replace fossil fuels in ther-<br />
O Brasil tem grande potencial para aumentar a participação<br />
da biomassa na matriz energética nacional não só a partir de<br />
florestas plantadas, mas também por meio do aproveitamento de<br />
resíduos de madeiras nativas de origem legal e sustentável<br />
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transição energética colocada em pauta?<br />
Através dos estudos em conversão de resíduos de biomassa<br />
em combustíveis sólidos (carvão, pellets e briquetes) e<br />
bioprodutos como o biochar para uso agrícola, contribuímos<br />
com os pilares da transição energética em curso. Os combustíveis<br />
sólidos provenientes dos processos de torrefação, pirólise,<br />
peletização e briquetagem estudados por nós têm potencial<br />
para substituir combustíveis fósseis em usinas termelétricas,<br />
residências e outros setores, contribuindo para a redução das<br />
emissões de gases de efeito estufa e a dependência de fontes<br />
energéticas externas. Produtos como o biochar, objeto de<br />
estudos mais recentes em nosso laboratório, quando aplicado<br />
no solo, impulsionam a produtividade agrícola, diminuindo o<br />
uso de fertilizantes químicos e sequestrando carbono, mitigando<br />
as mudanças climáticas e promovendo a sustentabilidade<br />
ambiental. Esses estudos, além de serem focados na geração de<br />
energia limpa, buscam a valorização de resíduos, transformando<br />
um problema ambiental em oportunidades econômicas e<br />
sociais, com geração de novos produtos e negócios e impulsionando<br />
o desenvolvimento regional. Ao estudar o potencial<br />
de biocombustíveis, contribuímos para o fortalecimento da<br />
independência energética do Brasil, reduzindo a dependência<br />
de importações de combustíveis fósseis, com consequente aumento<br />
da segurança energética do país e promoção da autonomia<br />
energética de comunidades e regiões. Além disso, estudos<br />
e prestação de serviços especializados como aqueles voltados<br />
para a produção e qualidade de pellets de biomassa, geram conhecimento<br />
e expertise que podem facilitar a competitividade<br />
da indústria brasileira de pellets, abrindo portas para a exportação<br />
desse produto. Por meio da colaboração com entidades<br />
dos setores acadêmico, industrial, agrícola e governamental e<br />
de projetos e prestação de serviços especializados na área de<br />
energia de biomassa, também contribuímos para elaboração e<br />
implementação de políticas públicas de incentivo à valorização<br />
da biomassa e o aumento de seu protagonismo no processo de<br />
transição energética em curso.<br />
Empresários do setor reclamam da falta de normas para<br />
os processos de fabricação de pellets. Como o LPF pode<br />
ajudar nisso?<br />
São muitas questões e muitos atores envolvidos na publicação<br />
de uma norma ou padrão de qualidade e grande parcela do<br />
público desconhece a complexidade desse processo. O LPF participou<br />
da formulação e publicação de diversas normas ABNT<br />
relacionadas à tecnologia da madeira e de produtos florestais.<br />
No caso dos pellets, participamos da elaboração da norma<br />
ABNT 17013-1, que define os requisitos e qualidades de pellets<br />
de pinus. O processo de formulação e publicação de uma<br />
norma envolve entidades representativas do setor produtivo,<br />
de pesquisadores e diversas entidades públicas. Durante a formoelectric<br />
power plants, homes, and other sectors, helping<br />
to reduce greenhouse gas emissions and dependence on external<br />
energy sources. Products such as biochar, the subject<br />
of recent studies in our laboratory, when applied to soil, increase<br />
agricultural productivity, reduce the use of chemical<br />
fertilizers, and increase the sequester of carbon, mitigating<br />
climate change and promoting environmental sustainability.<br />
These studies are not only focused on generating clean<br />
energy but also on valuing waste, turning an environmental<br />
problem into an economic and social opportunity, creating<br />
new products and businesses, and stimulating regional<br />
development. By studying the potential of biofuels, we<br />
contribute to strengthening Brazil’s energy independence,<br />
reducing dependence on imports of fossil fuels, thereby<br />
increasing the Country’s energy security and promoting the<br />
energy autonomy of communities and regions. In addition,<br />
studies and the provision of specialized services, such as<br />
those focused on the production and quality of biomass<br />
pellets, generate knowledge and expertise that can facilitate<br />
the competitiveness of the Brazilian pellet industry, opening<br />
doors for the export of this product. Through collaboration<br />
with academic, industrial, agricultural, and governmental<br />
entities, as well as through projects and the provision of<br />
specialized services in the field of biomass energy, we also<br />
contribute to the development and implementation of<br />
public policies that promote the valorization of biomass and<br />
increase its role in the ongoing energy transition process.<br />
Entrepreneurs in the industry complain about the<br />
lack of standards for pellet manufacturing processes.<br />
How can LPF help?<br />
There are many issues and many players involved in the<br />
publication of a norm or quality standard, and a large part<br />
of the public is unaware of the complexity of this process.<br />
LPF has been involved in the formulation and publication<br />
of several Abnt standards related to wood technology and<br />
forest products. In the case of pellets, we participated in<br />
the drafting of Abnt Standard 17013-1, which defines the<br />
requirements and qualities of pine pellets. The process of<br />
formulating and publishing a standard involves bodies<br />
representing the Production Sector, scientists, and various<br />
public bodies. During the formulation process, there must<br />
be a consensus among all participants to define the text<br />
and criteria of the standard. In other words, if there is any<br />
disagreement or veto of the text by any of the participating<br />
institutions, the discussion is reopened to reach a consensus.<br />
It usually takes many meetings and many days of discussion<br />
to finalize the standard text. If the participants approve the<br />
text, Abnt submits the preliminary version of the standard<br />
for national consultation, where other institutions can<br />
34 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Mato Grosso, chegamos!<br />
Agora a DRV é um ponto de<br />
apoio completo para o Florestal e o<br />
Madeireiro no centro-oeste<br />
e norte do Brasil.<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Visando atender com mais agilidade e manter a proximidade com<br />
nossos parceiros, a DRV abre suas portas em Sinop. Oferecendo um<br />
catálogo robusto que inclui suas renomadas facas e serras, além de<br />
EPIs, correntes e sabres para harvesters, afiadoras de correntes,<br />
mangueiras hidráulicas, conexões hidráulicas, e muito mais.
ENTREVISTA<br />
mulação, precisa haver consenso entre todos os participantes<br />
para se definir o texto e os critérios da norma. Isto é, havendo<br />
alguma divergência ou veto ao texto por qualquer instituição<br />
participante, a discussão é retomada para se construir um<br />
consenso. Geralmente são muitas reuniões e muitos dias de discussão<br />
para se definir a redação da norma. Caso o texto consiga<br />
aprovação dos participantes da formulação, a ABNT submete a<br />
versão preliminar da norma para consulta nacional, onde outras<br />
instituições podem questionar o texto ou os critérios definidos.<br />
Portanto, é possível compreender que não é fácil construir<br />
esses consensos, a não ser quando o tema já possui bastante<br />
maturidade técnica, científica e comercial, como foi no caso da<br />
norma ABNT 17013-1. Inicialmente o LPF defendia que a norma<br />
ABNT fosse publicada para classificar pellets de biomassas<br />
em geral, que além de pinus incluiria eucalipto, acácia, teca,<br />
gramíneas como canas e bambus, resíduos agrícolas e madeiras<br />
nativas com comprovação de origem legal e sustentável, como<br />
é o caso dos resíduos de madeira das concessões de florestas<br />
públicas. Porém, apenas os pellets de pinus obtiveram o consenso<br />
necessário para avançar na aprovação e publicação da<br />
norma, devido à maturidade técnica da produção de pellets de<br />
pinus no Brasil e também pela aderência dos parâmetros dos<br />
pellets de pinus com as exigências das normas de qualidade<br />
internacionais, notadamente a ISO 17225-2, que serve de base<br />
para o selo ENPLUS adotado pelo mercado europeu.<br />
Então a grande dificuldade para se desenvolver uma<br />
norma ABNT está nas exigências internacionais?<br />
Não é fácil partir de normas internacionais para formular<br />
uma norma brasileira para todos os demais tipos de pellets,<br />
pois o Brasil possui uma diversidade de espécies vegetais<br />
enorme e muitos dos parâmetros que as nossas biomassas<br />
apresentam não se enquadram nas exigências internacionais,<br />
que acabam por privilegiar as biomassas do hemisfério norte.<br />
Alguns exemplos são o teor de cloro e o teor de cinzas, que<br />
foram definidos de forma tão restrita pelas normas internacionais,<br />
que muitas biomassas daqui não conseguem se qualificar.<br />
Além desses, existem outros parâmetros que carecem de maior<br />
compreensão científica para se definir classes de qualidade<br />
efetivamente úteis para o consumidor de pellets. O LPF, como<br />
instituição pública e científica, participa das discussões sempre<br />
em defesa do interesse público e defendendo parâmetros que<br />
tenham embasamento científico. Assim é também a atuação de<br />
outras entidades e instituições participantes, o que garante que<br />
a norma seja publicada para beneficiar a sociedade como um<br />
todo, principalmente os consumidores do produto. Finalmente,<br />
o LPF e a Aenbio permanecem dispostos a contribuir com a<br />
formulação e aprovação de normas e padrões de qualidade<br />
nacionais para todo tipo de pellets e briquetes de biomassa<br />
vegetal.<br />
question the text or the criteria defined. It is, therefore,<br />
understandable that it is not easy to reach such a consensus,<br />
except when the subject is already technically, scientifically,<br />
and commercially mature, as was the case with the Abnt<br />
17013-1 standard. Initially, LPF advocated that the Abnt<br />
standard be published to classify biomass pellets in general,<br />
which would include, in addition to pine, eucalyptus, acacia,<br />
teak, grasses such as sugar cane and bamboo, agricultural<br />
waste, and native wood with proof of legal and sustainable<br />
origin, as is the case with wood waste from public forest concessions.<br />
However, only pine pellets obtained the consensus<br />
necessary to proceed with the approval and publication of<br />
the standard due to the technical maturity of pine pellet<br />
production in Brazil and also due to the compliance of pine<br />
pellet parameters with the requirements of international<br />
quality standards, especially ISO 17225-2, which serves<br />
as the basis for the Enplus label adopted by the European<br />
market.<br />
So, the main difficulty in developing an Abnt standard<br />
is the international requirements?<br />
It is not easy to start from international standards to<br />
formulate a Brazilian standard for all other types of pellets<br />
because Brazil has a huge diversity of plant species, and<br />
many of the parameters that our biomass presents do not<br />
fit with international requirements, which end up favoring<br />
biomass from the northern hemisphere. Some examples are<br />
chlorine and ash content, which are so narrowly defined by<br />
international standards that much biomass from here does<br />
not qualify. In addition, other parameters require greater<br />
scientific understanding to define quality classes that are<br />
actually useful to pellet consumers. LPF, as a public and<br />
scientific institution, always participates in discussions in<br />
defense of the public interest and in defense of parameters<br />
that have a scientific basis. This is also the case with the<br />
other institutions involved, which ensures that the standard<br />
is published for the benefit of society as a whole and, in<br />
particular, the consumers of the product. Finally, LPF and<br />
Aenbio remain willing to contribute to the formulation and<br />
approval of national norms and quality standards for all<br />
types of pellets and briquettes made from plant biomass.<br />
Os analistas ambientais do LPF, Luiz Gustavo<br />
Galvão e Bruno Sant’Anna Chaves, também<br />
contribuíram com as respostas da entrevista.<br />
36 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PRINCIPAL<br />
TECNOLOGIA<br />
PARA PLANTA<br />
DE PELLETS<br />
A IMPORTÂNCIA DA<br />
ESCOLHA DO GERADOR DE<br />
CALOR PARA A QUALIDADE<br />
FINAL DO PRODUTO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
38 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
39
PRINCIPAL<br />
O<br />
mercado de pellets está em crescimento e<br />
deve ultrapassar os US$ 26 bilhões em receita<br />
até 2032. Para a indústria brasileira,<br />
isso não é novidade. As empresas locais já<br />
reconhecem o potencial dos pellets, tanto para exportação,<br />
quanto para a fabricação de equipamentos. O Brasil é<br />
destaque em um dos setores que deve liderar a busca por<br />
energia sustentável no mundo.<br />
Para aproveitar o momento favorável do mercado,<br />
empresas estão em busca de soluções que se adequem<br />
ao seu potencial produtivo, estrutura fabril e projeção de<br />
investimento. A boa notícia é que existem opções para todos<br />
os portes.<br />
COMO ESCOLHER O MODELO CERTO<br />
Na produção de pellets, as indústrias podem escolher<br />
entre quatro tipos de geradores de calor. A decisão depende<br />
do que se busca na qualidade do produto final, nível de<br />
investimento e, principalmente, na escolha dos secadores<br />
para as plantas de pellets.<br />
Para investimentos iniciais menores, a Fornalha de Gás<br />
Quente é indicada como uma solução eficiente na geração<br />
de calor e secagem da biomassa. Ela trabalha com<br />
processos de secagem que utilizam tambores rotativos e<br />
demandam temperaturas mais altas para evaporação da<br />
umidade. Utiliza para filtragem dos gases o sistema defagulhador<br />
(produto de desenvolvimento Imtab), que garante<br />
uma melhor qualidade dos gases.<br />
PELLET PLANT<br />
TECHNOLOGY<br />
THE IMPORTANCE OF HEAT<br />
GENERATOR SELECTION FOR<br />
FINAL PRODUCT QUALITY<br />
T<br />
he worldwide pellet market is growing and is expected<br />
to exceed $ 26 billion in sales by 2032. This<br />
is nothing new for the Brazilian industry, and companies<br />
are already recogniz-ing the potential of<br />
pellets, both for export and equipment manufacturing.<br />
Brazil stands out in one of the Sectors that should lead the<br />
world’s search for sustainable energy.<br />
To take advantage of the market’s favorable momentum,<br />
companies are looking for solu-tions that fit their<br />
production potential, factory structure, and investment<br />
projections. The good news is that there are options for all<br />
sizes.<br />
CALDEIRA FLAMOTUBULAR<br />
40<br />
www.REVISTABIOMAIS.com.br
GERADOR DE AR QUENTE<br />
O Gerador de Ar Quente é uma solução econômica e<br />
eficiente, que utiliza fornalha de gás acoplada a um trocador<br />
de calor, com montagem que dispensa vasos de pressão,<br />
isso reduz custos, pois seu próprio trocador entrega<br />
ar totalmente limpo na entrada do secador e preserva a<br />
qualidade dos pellets de biomassa.<br />
Para empresas com foco em investimento de secadores<br />
a vapor, existe a Caldeira Flamotubular de Vapor, considerada<br />
uma inovação no mercado brasileiro de secagem<br />
de biomassa. Este equipamento oferece alta produtividade<br />
e é indicado para secagem com temperaturas controladas,<br />
garantindo desempenho confiável. Além disso, simplifica<br />
a operação e manutenção.<br />
Outra opção viável é a Caldeira Flamotubular de Água<br />
Quente, um equipamento robusto que utiliza grandes volumes<br />
de água aquecida por gases de combustão. Ele vem<br />
acompanhado de sistema de bombeamento que garante<br />
a perfeita circulação de água nos trocadores, garantindo<br />
uma temperatura estável do ar na entrada do secador. A<br />
eficiência e a alta qualidade dos pellets justificam a escolha.<br />
MERCADO BRASILEIRO INVESTE NA<br />
LIDERANÇA<br />
Sem depender de variações cambiais ou de suporte<br />
técnico distante, hoje as empresas brasileiras contam com<br />
suporte e entrega de todas as opções de geração de calor<br />
para queima de biomassa. Empresas de alcance mundial,<br />
HOW TO CHOOSE THE RIGHT MODEL<br />
In pellet production, companies can choose between<br />
four types of heat generators. The choice depends on the<br />
quality of the final product, the level of investment, and,<br />
most im-portantly, the choice of dryers for use in the factory.<br />
For smaller initial investments, the Hot Gas Furnace is<br />
indicated as an efficient solution for heat generation and<br />
biomass drying. It works with drying processes that use rotating<br />
drums and require higher temperatures to evaporate<br />
moisture. It uses a deflagrator sys-tem to filter the gases<br />
(a product developed by Imtab), which guarantees better<br />
gas quali-ty.<br />
The Hot Air Generator is an economical and efficient<br />
solution that uses a gas furnace coupled to a heat exchanger,<br />
with an assembly that does not require pressure vessels.<br />
This reduces costs because the heat exchanger itself<br />
delivers completely clean air to the dryer inlet and preserves<br />
the quality of the biomass pellets.<br />
For companies focused on investing in steam dryers,<br />
the Fire Tube Steam Boiler is con-sidered an innovation<br />
in the Brazilian biomass drying market. This equipment<br />
offers high productivity and is suitable for temperature-<br />
-controlled drying, guaranteeing reliable per-formance. It<br />
is also easy to operate and maintain.<br />
Another viable option is the Fire Tube Hot Water Boiler,<br />
a robust unit that uses large volumes of water heated by<br />
combustion gases. It is equipped with a pumping system<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 41
PRINCIPAL<br />
como a Imtab, oferecem as soluções completas em seu catálogo,<br />
com os quatro tipos de equipamentos completos<br />
para entrega.<br />
“Nós da Imtab temos uma ligação muito forte com<br />
segmento da biomassa”, enaltece Joel Padilha, diretor comercial<br />
da Imtab. “Estamos sempre presentes no desenvolvimento<br />
de novos equipamentos para entregar soluções<br />
cada vez mais eficientes, com foco particular para a<br />
necessidade de cada cliente”, destaca Joel. Ainda de acordo<br />
com o diretor comercial, esse pioneirismo fez com que<br />
a empresa alcançasse um crescimento de 215% nos últimos<br />
5 anos, ganhando notoriedade no mercado através<br />
de máquinas robustas, com tecnologias próprias e baixo<br />
índice de manutenção. O prazo também é outro aspecto<br />
fundamental no crescimento substancial da empresa.<br />
“A entrega antecipada dos equipamentos fez com que o<br />
crescimento da Imtab mantivesse este suporte exponencial<br />
ao longo do caminho”, revela Joel um dos segredos<br />
do sucesso da empresa. A qualidade da Imtab demonstra<br />
o potencial de crescimento, investimento em tecnologia<br />
e planejamento logístico. Sediada em Agrolândia (SC), a<br />
empresa possui certificação ASME (selos U e S), elevando o<br />
reconhecimento da inovação brasileira no mercado global<br />
e ampliando as possibilidades para o futuro do setor.<br />
"Estamos sempre presentes<br />
no desenvolvimento de novos<br />
equipamentos para entregar<br />
soluções cada vez mais eficientes,<br />
com foco particular para a<br />
necessidade de cada cliente"<br />
that ensures perfect water circulation in the exchangers,<br />
thus guaranteeing a stable air tem-perature at the dryer<br />
inlet. The efficiency and the high quality of the pellets justify<br />
the choice.<br />
BRAZILIAN MARKET INVESTS IN LEADERSHIP<br />
Today, Brazilian companies can count on the support<br />
and delivery of all heat generation options for biomass<br />
combustion without having to worry about exchange rate<br />
fluctuations or distant technical support. Companies with<br />
a global reach, such as Imtab, offer com-plete solutions in<br />
their catalog, with all four types of equipment available for<br />
delivery.<br />
“We at Imtab have a very strong connection with the<br />
biomass segment,” says Joel Pa-dilha, Imtab’s Director of<br />
Sales. “We are always involved in the development of new<br />
equipment to provide increasingly efficient solutions, with<br />
a special focus on the needs of each customer,” says Padilha.<br />
According to the Director of Sales, this pioneering<br />
spirit has enabled the Company to grow by 215% over the<br />
last five years and to gain a reputa-tion in the market for<br />
robust machines with proprietary technologies and low<br />
mainte-nance rates. Punctuality is another key aspect of<br />
the Company’s substantial growth. “The early delivery of<br />
equipment has meant that Imtab’s growth has maintained<br />
this exponen-tial support along the way,” reveals Padilha,<br />
one of the secrets of the Company’s success. Imtab’s<br />
quality demonstrates its potential for growth, investment<br />
in technology, and logis-tical planning. Headquartered in<br />
Agrolândia (SC), the Company is ASME certified (U and S<br />
seals), increasing the recognition of Brazilian innovation in<br />
the global market and ex-panding the possibilities for the<br />
future of the Sector.<br />
- Joel Padilha, diretor comercial<br />
da Imtab<br />
FORNALHA DE GÁS QUENTE<br />
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PRODUTOS IMTAB<br />
FORNALHA DE GÁS QUENTE:<br />
Uma solução econômica e eficiente para secagem em<br />
tambores rotativos e que demandam temperaturas elevadas.<br />
Versátil, pode ser aplicada em diferentes sistemas de<br />
secagem. Processo direto, simples e com menor investimento.<br />
GERADOR DE AR QUENTE:<br />
Eficiência e economia na secagem, utilizando fornalha<br />
de gás acoplada a um trocador de calor. Dispensa vasos<br />
de pressão, reduzindo custos. Mantém a qualidade dos<br />
pellets, preservando a lignina. Compatível com secadores<br />
de esteira importados, reconhecido pela eficiência energética,<br />
baixo custo operacional e segurança no manuseio.<br />
CALDEIRA FLAMOTUBULAR DE VAPOR:<br />
Inovação na secagem de biomassa como alternativa<br />
ao uso de água ou gás quente. Trabalha o vapor como fluido<br />
térmico, indicado para processo em que a temperatura<br />
precisa ser controlada e manter um desempenho confiável.<br />
Essa tecnologia representa uma evolução no mercado<br />
de secagem de biomassa, oferecendo uma alternativa<br />
competitiva aos métodos tradicionais.<br />
CALDEIRA FLAMOTUBULAR DE ÁGUA QUENTE:<br />
Caldeira robusta para secagem de biomassa, utilizando<br />
grande volume de água aquecida por gases de combustão.<br />
Sua capacidade em lidar com grandes volumes de<br />
água garante a consistência na temperatura, o controle da<br />
qualidade do produto e maior eficiência em secadores de<br />
esteira importados.<br />
IMTAB PRODUCTS<br />
HOT GAS FURNACE:<br />
An economical and efficient solution for rotary drum<br />
drying where high temperatures are required. Versatile,<br />
it can be applied to different drying systems a simple<br />
process with less investment.<br />
HOT AIR GENERATOR:<br />
Efficient and economical drying using a gas oven<br />
coupled to a heat exchanger. Elimi-nates the need for<br />
pressure vessels, reducing costs. Maintains pellet quality<br />
and pre-serves lignin. Compatible with imported<br />
belt dryers, recognized for their energy efficiency, low<br />
operating costs, and safe handling.<br />
FIRE TUBE STEAM BOILER:<br />
Innovation in biomass drying as an alternative to<br />
using water or hot gas. It uses steam as a thermal fluid,<br />
suitable for processes where temperature control and<br />
reliable perfor-mance are required. This technology<br />
represents an evolution in the biomass drying mar-ket<br />
and offers a competitive alternative to traditional methods.<br />
FIRE TUBE HOT WATER BOILER:<br />
A robust biomass drying boiler that uses a large volume<br />
of water heated by flue gases. Its ability to handle<br />
large volumes of water ensures temperature consistency,<br />
product quality control, and greater efficiency in<br />
imported conveyor dryers.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
43
MODELO<br />
MERCADO<br />
LIVRE DE<br />
ENERGIA<br />
CRESCIMENTO DE 75% NAS<br />
EMISSÕES DE CERTIFICADOS<br />
RENOVÁVEIS DESTACA O<br />
COMPROMISSO COM PRÁTICAS<br />
ESG NO SETOR ENERGÉTICO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
47
MODELO<br />
E<br />
m 2023, o mercado livre de energia no Brasil<br />
atingiu um recorde importante. Ao todo,<br />
foram negociados 37,8 milhões de I-RECs, ou<br />
seja, certificados que comprovam a origem renovável<br />
da energia consumida, cerca de 75% a mais do<br />
que em 2022, quando foram registrados 21,8 milhões.<br />
Os dados são do Instituto Totum, responsável pela<br />
emissão local dos certificados.<br />
A Spirit Energia, empresa que atua na assessoria de<br />
contratos para o mercado livre de energia, já trabalha<br />
com a utilização desses certificados, que garantem que<br />
a energia é proveniente de fontes renováveis. De acordo<br />
com o CEO da Spirit Energia, Uberto Sprung Neto,<br />
os próprios clientes têm solicitado os I-RECs. “A compra<br />
desses certificados pode trazer rastreabilidade total da<br />
energia, permitindo identificar quem produz a energia<br />
que consumimos no dia a dia. Por isso, muitos dos nossos<br />
clientes já buscam o certificado”, revela Uberto.<br />
Diferentemente do mercado regulado, onde a compra<br />
é feita de um único distribuidor local, no mercado<br />
livre os consumidores têm a flexibilidade para buscar<br />
alternativas que melhor atendam suas necessidades<br />
e metas estratégicas. “Os benefícios que as empresas<br />
têm ao optar por energias renováveis incluem cumprir<br />
os protocolos internacionais de incentivo à energia<br />
renovável, além de reforçar a credibilidade e sustentabilidade<br />
no mercado”, afirma Uberto.<br />
PRÁTICAS ESG<br />
As energias renováveis são aquelas produzidas<br />
através de recursos naturais, que são inesgotáveis ou<br />
que se regeneram rapidamente. Já as não renováveis<br />
incluem o petróleo, gás natural e carvão mineral. O<br />
grande impacto que as fontes renováveis apresentam<br />
em relação à energia não renovável está na questão<br />
de proporcionar mais qualidade e ajudar a diminuir o<br />
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Excelência em cada detalhe<br />
DESDE 1963<br />
secador de lâminas<br />
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automática, temos como resultado a alta produtividade,<br />
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MODELO<br />
impacto das mudanças climáticas no mundo.<br />
Estar inserido no mercado livre de energia apresenta<br />
vantagens de várias formas, como previsibilidade e<br />
redução de custos e a livre escolha do fornecedor. Além<br />
disso, este mercado oferece energias renováveis, que<br />
atuam de forma mais sustentável e atendem à abordagem<br />
ESG (environmental, social and governance), que<br />
reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade<br />
social e governança.<br />
Este termo está cada vez mais presente nas empresas,<br />
e as práticas de ESG estão sendo adotadas para<br />
que as atividades realizadas nas organizações gerem o<br />
menor impacto possível ao meio ambiente, à sociedade<br />
e aos próprios gestores dos negócios. Através dos hábitos<br />
e comportamentos que integram o ESG, as corporações<br />
são positivamente impactadas em vários âmbitos,<br />
seja na redução de custos operacionais e ganhos de<br />
produtividade, na atração de investidores, na melhoria<br />
da imagem da marca e até mesmo em consumidores<br />
mais satisfeitos.<br />
Os benefícios que as<br />
empresas têm ao optar<br />
por energias renováveis<br />
incluem cumprir os<br />
protocolos internacionais<br />
de incentivo à energia<br />
renovável, além de<br />
reforçar a credibilidade<br />
e sustentabilidade no<br />
mercado<br />
Uberto Sprung, CEO da Spirit<br />
Energia<br />
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ANDRITZ é líder global em tecnologia<br />
de peletização de biocombustíveis<br />
A ANDRITZ Feed & Biofuel é um dos principais fornecedores<br />
mundiais de soluções de tecnologias e serviços<br />
para as indústrias de ração animal, ração aquática e<br />
biocombustíveis. Essas soluções maximizam o uso de<br />
matérias-primas, atuam no aumento da eficiência e<br />
sustentabilidade da produção e na redução do custo<br />
total de propriedade das empresas.<br />
Com linhas completas, que representam a metade<br />
da produção mundial de rações para peixes e biomassa,<br />
garantimos os mais elevados níveis de segurança e<br />
qualidade, desde a matéria-prima até o produto final.<br />
Nosso portfólio de maquinários somado à expertise em<br />
processos, experiência em campo e ao suporte de<br />
especialistas locais, garante que os requisitos de<br />
produção sejam atendidos, proporcionando o máximo<br />
retorno sobre o investimento realizado.<br />
SOLUÇÕES ANDRITZ<br />
A ANDRITZ fornece soluções desde um equipamento<br />
único ou para uma etapa de processamento até uma<br />
planta completa, seja para a instalação em plantas<br />
existentes ou novas, com fornecimento significativo para<br />
processadores de biomassa e disponibilidade de atendimento<br />
para o mercado global.<br />
NOVA GERAÇÃO<br />
PM30-6<br />
Com tecnologia ainda mais robusta,<br />
garantimos a qualidade da peletizadora<br />
PM30 embarcando em uma atualização que<br />
traz melhorias no desempenho, resultando<br />
em:<br />
• Maior capacidade;<br />
• Maior facilidade de manutenção e segurança;<br />
• Maior confiabilidade e tempo de atividade;<br />
• Custos reduzidos de manutenção e<br />
operação.<br />
A nova geração PM30-6 Pellet Mill é<br />
projetada especificamente para aplicações<br />
que incluem plantas de processamento de<br />
biomassa, madeira e resíduos de madeira<br />
como serragem e cavacos, além de resíduos<br />
agrícolas como palha de trigo, casca de<br />
arroz e bagaços. Também é ideal para<br />
culturas energéticas, como bambu e<br />
capim-elefante.<br />
www.andritz.com/feed-and-biofuel-en/industries/biomass-pelleting
ANDRITZ NA LIGNUM<br />
Venha conhecer nossas soluções no fornecimento de plantas completas, em automação e<br />
digitalização, engenharia de projetos e equipamentos voltados ao mercado da biomassa. Nossa<br />
equipe de especialistas marcará presença na Lignum Latin America 2024, que será realizada entre<br />
os dias 17 a 19 de setembro, no Expotrade Convention Center em Curitiba/PR. Estaremos no estande<br />
Hb1 com a exibição in loco da peletizadora PM30.<br />
Know-how: da concepção do projeto ao<br />
suporte técnico<br />
O portfólio diversificado para fornecimento de<br />
plantas completas de peletização de biomassa<br />
abrange desde a recepção das matérias-primas<br />
até a moagem úmida e seca, secadores e máquinas<br />
de peletização. A ANDRITZ é a única empresa que<br />
fornece atendimento voltado à engenharia de<br />
projeto, gestão de compras, obra civil, montagem e<br />
comissionamento para produção de pellets de<br />
madeira com acompanhamento do corpo técnico<br />
de especialistas.<br />
Nossas máquinas de processamento chave<br />
abrangem todas as etapas essenciais, desde a<br />
moagem até a peletização, incluindo calor, resfriamento<br />
e controle de processos. Oferecemos projetos<br />
para máquinas individuais e plantas inteiras,<br />
integradas com tecnologias de digitalização e<br />
automação Metris para garantir eficiência e<br />
soluções em cada etapa. A linha de produção inclui<br />
equipamentos de moagem e peletização para<br />
converter subprodutos florestais e agrícolas em<br />
pellets de combustível uniformes e densificados para<br />
geração de energia e calor em grande escala, e<br />
para aquecimento de residências particulares.<br />
A peletização oferece um leque de vantagens<br />
para diversos setores, transformando materiais em<br />
produtos mais eficientes e manejáveis, entre seus<br />
benefícios destacamos:<br />
• Manuseio simples;<br />
• Custo de transporte reduzido;<br />
• Melhorias na capacidade de armazenamento;<br />
• Padronização e homogeneização do padrão<br />
calorífico do pellet;<br />
• Ambientalmente amigável;<br />
• Combustível neutro em CO2.<br />
EXCELÊNCIA EM PELETIZAÇÃO DE BIOMASSA<br />
Nossas linhas possuem flexibilidade de atender diversos tamanhos e necessidades de produção, com tecnologia<br />
e maquinários para uso de grandes, médios e pequenos produtores. Seja qual for o seu desafio, temos um time de<br />
especialistas oferecendo soluções e o melhor suporte de pós-venda, contemplando engenharia, instalação,<br />
manutenção, reposições até a otimização dos processos e treinamentos.
Somos o melhor parceiro para impulsionar o seu negócio com o compromisso contínuo de excelência em todo o<br />
ciclo de vida da sua operação: desde a primeira análise de matéria-prima em campo, passando a uma produção<br />
sem interrupções de biocombustíveis. Nossa parceria vai além da compra e instalação, se estende à manutenção,<br />
disponibilidade de peças em estoque local,serviço e suporte contínuos de todos os equipamentos de processamento<br />
de biocombustíveis da ANDRITZ, bem como de todas as linhas de produtos de outros fabricantes.<br />
INDÚSTRIA 4.0 PARA QUEM NUNCA FICA PARADO<br />
Nossas soluções de automação e digitalização, alimentadas pela plataforma digital Metris, são projetadas para<br />
atualizar operações, garantindo lucratividade, reduzindo o custo total de propriedade e melhorando a excelência<br />
operacional.<br />
Para evitar paradas não planejadas e custosas da planta, disponibilizamos o monitoramento de condições de<br />
operação Metris Vibe, contribuindo para a melhora no desempenho dos processos e redução de custos. Leve sua<br />
manutenção para o próximo nível com os recursos exclusivos do Metris Vibe:<br />
Diagnóstico personalizado do sistema;<br />
Cada sensor é configurado para monitorar de acordo com posicionamento específico e tipo de equipamento;<br />
Interfaces intuitivas (amigáveis para não especialistas);<br />
Isolado da rede de TI do cliente;<br />
Modelo de suporte de serviço integrado com recomendações à equipe de manutenção local, suporte ao<br />
serviço de campo e relatório de integridade do equipamento.<br />
www.andritz.com/feed-and-biofuel-en/industries/biomass-pelleting
Metris Risk-based Management<br />
Com mais de 30 anos de experiência e uma ampla<br />
variedade de sistemas de automação e digitalização,<br />
a ANDRITZ desenvolveu seu próprio Sistema de Saúde<br />
de Ativos (Asset Health System) com uma perspectiva<br />
holística abrangendo toda a planta.<br />
O Metris Risk-based Management utiliza tecnologias<br />
avançadas para identificar, avaliar e mitigar<br />
riscos em tempo real, garantindo operações mais<br />
seguras e eficientes. A ferramenta atua como uma<br />
camada integrada para processos estáveis e confiáveis,<br />
cobrindo as condições de saúde e segurança<br />
dos equipamentos na fábrica. Com tecnologia de<br />
ponta, possibilita que ativos ou dispositivos únicos<br />
possam realizar o autodiagnóstico e prever problemas<br />
por meio de IA.<br />
Benefícios Metris Risk-based Management:<br />
Maior disponibilidade de ativos por meio da<br />
identificação de risco com uma visão holística;<br />
Segurança máxima por meio de abordagem<br />
única com verificação de vulnerabilidade de<br />
segurança cibernética OT incorporada;<br />
Excelente eficiência dos recursos de manutenção<br />
disponíveis, com foco nos "ativos certos";<br />
Contribuição ideal para encontrar a situação<br />
ótima para custos de manutenção específicos.<br />
COMPROMISSO AMBIENTAL<br />
Como líder global em tecnologia de peletização de<br />
biocombustíveis atuamos dentro dos mais altos<br />
padrões de qualidade e inovação direcionados por<br />
práticas ambientalmente responsáveis. Com 350<br />
plantas de referência no mercado, fornecemos<br />
soluções avançadas que otimizam o uso de recursos<br />
e reduzem o impacto ambiental. Mais de 50% de<br />
todos os pellets de biocombustível produzidos no<br />
mundo são produzidos pelas usinas de peletização<br />
da ANDRITZ Feed & Biofuel.<br />
A quantidade de combustível com emissões<br />
neutras de CO2 produzido com maquinário ANDRITZ<br />
substitui quase cinco milhões de toneladas de<br />
petróleo anualmente. Essa tecnologia é uma alternativa<br />
eficaz para reduzir a emissão de gases de efeito<br />
estufa, que atualizam o aquecimento global e as<br />
mudanças climáticas. A adoção eficiente de biomassa,<br />
um combustível limpo, renovável e de baixo<br />
impacto ambiental, também diminuiu significativamente<br />
as emissões.<br />
O compromisso com a sustentabilidade é refletido<br />
na cultura de negócio da ANDRITZ incorporado desde<br />
a análise inicial da matéria-prima até a produção<br />
final de biocombustíveis, garantindo que nossa<br />
atuação contribua para um futuro mais verde e<br />
sustentável.
PELLETS<br />
NOVA<br />
PLANTA<br />
FOTOS EMANOEL CALDEIRA<br />
EMPRESA ESPECIALIZADA<br />
EM IMPORTAÇÃO<br />
E EXPORTAÇÃO<br />
DE PELETIZADORAS<br />
INAUGURA NOVA SEDE<br />
EM INÁCIO MARTINS (PR)<br />
I<br />
nstalada em Curitiba (PR), a Jsic Equipamentos<br />
Industriais está ampliando sua atuação.<br />
Recentemente inaugurou uma nova planta em<br />
Inácio Martins (PR), onde os clientes podem ver<br />
e analisar as condições de produção das máquinas<br />
que comercializa. A nova planta, denominada Jsic Bioenergia<br />
Ltda, surgiu da necessidade de ter um espaço<br />
disponível para os clientes que gostam de fazer uma<br />
visita física e necessitam ver e analisar as condições de<br />
produção e das máquinas.<br />
O gestor da empresa, Dalclis Azevedo, explica que<br />
neste espaço o cliente pode ver como é o processo<br />
das peletizadoras. “O cliente pode ver e participar<br />
por um momento da produção, tirar dúvidas, fazer<br />
análises técnicas e copiar o layout. Essa fábrica é a<br />
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ealização de um objetivo traçado desde o início do<br />
Grupo Jsic, de disponibilizar o espaço para que os<br />
clientes possam visitar e tirar dúvidas antes de fazer a<br />
aquisição”, afirma Dalclis .<br />
UNIVERSO PELLETS<br />
A Jsic Equipamentos Industriais trabalha com a<br />
importação e exportação de máquinas, peças de reposição,<br />
equipamentos, plantas completas de produção,<br />
desenvolvimento de projetos e consultoria técnica<br />
para atender o mercado de geração de energia limpa.<br />
A instalação em Inácio Martins se deu devido as parcerias<br />
de longa data que a empresa possui na cidade.<br />
“Temos parceiros em Inácio Martins que nos ajudaram<br />
"O cliente pode ver<br />
e participar por um<br />
momento da produção,<br />
tirar dúvidas, fazer<br />
análises técnicas e copiar<br />
o layout"<br />
Dalclis Azevedo, gestor da Jsic<br />
Equipamentos Industriais<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
57
PELLETS<br />
a realizar esse objetivo, foi uma das primeiras cidades<br />
onde oferecemos nossos produtos e fomos recebidos<br />
com muito carinho. É uma área com muitas fábricas de<br />
madeira que produzem resíduos e que podemos usar”,<br />
explica o diretor.<br />
“Os clientes que visitarem o local vão encontrar<br />
uma fábrica completa com as máquinas que importamos<br />
e comercializamos, porém a produção pode ser<br />
interrompida para fazer testes com outros materiais,<br />
análises de laboratório, testes de matrizes de diferentes<br />
taxas de compactação e de matéria-prima, umidade<br />
e granulação. Sabemos que diversos materiais<br />
podem ser usados para queima, para aquecimento e<br />
queremos disponibilizar a nossos clientes essa nova<br />
opção no mercado”, destaca Dalclis. “É um orgulho<br />
para nossos colaboradores e parceiros poder comercializar<br />
os equipamentos e poder mostrar em funcionamento<br />
aos nossos clientes”, completa.<br />
Os equipamentos da Jsic produzem pellets a partir<br />
de diferentes matérias-primas como casca de arroz,<br />
"Os clientes que visitarem<br />
o local vão encontrar<br />
uma fábrica completa<br />
com as máquinas<br />
que importamos e<br />
comercializamos"<br />
Dalclis Azevedo, gestor da Jsic<br />
Equipamentos Industriais<br />
casca de soja, de amendoim, além de resíduos de<br />
madeira. “Nossa expectativa é deixar nossos clientes<br />
mais confortáveis para adquirir nossos produtos,<br />
realizar testes de novos resíduos para queima e gerar<br />
feedback para a fábrica a respeito da performance das<br />
máquinas. Esse novo empreendimento abre novas<br />
possibilidades para abastecer o mercado de bioenergia.<br />
Estamos atentos a novas possibilidades de energia<br />
limpa e renovável que não agrida o meio ambiente”,<br />
finaliza Dalclis Azevedo.<br />
58 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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MATO GROSSO<br />
POTENCIAL<br />
DA BIOMASSA<br />
FLORESTAL<br />
ESTADO DO MATO GROSSO<br />
TEM REGISTRADO AUMENTO NO<br />
CONSUMO DE RESÍDUOS FLORESTAIS<br />
COMO FONTE DE ENERGIA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
60 www.REVISTABIOMAIS.com.br
THE POTENTIAL OF<br />
FOREST BIOMASS<br />
THE STATE OF MATO GROSSO<br />
HAS RECORDED AN INCREASE<br />
IN THE CONSUMPTION OF<br />
FOREST RESIDUES AS AN<br />
ENERGY SOURCE<br />
O<br />
uso da biomassa florestal no setor agropecuário<br />
tem crescido nos últimos anos no<br />
Estado do Mato Grosso e chamado atenção<br />
das instituições que atuam no setor. Este<br />
crescimento está relacionado à produção de grãos, especialmente<br />
soja e milho, que se destacam na produção<br />
nacional. Diante disso, a realização de estudos que possam<br />
aprofundar o conhecimento sobre propriedades e<br />
qualidades da madeira proveniente de plantios florestais<br />
e seu uso para geração de energia são importantes para<br />
otimizar o uso desses recursos.<br />
Com o objetivo de avaliar as propriedades energéticas<br />
dos clones em diferentes idades, plantados no<br />
município de Brasnorte (MT), e investigar a influência<br />
das características edafoclimáticas do local de plantio<br />
nas propriedades energéticas dos clones em diferentes<br />
idades de colheita, a Arefloresta (Associação de Reflo-<br />
T<br />
he use of forest biomass in the Agricultural<br />
Sector has grown in recent years in the State<br />
of Mato Grosso, attracting the attention of institutions<br />
working in the Sector. This growth is<br />
related to the production of cereals, especially soybeans<br />
and maize, which play an important role in national<br />
production. In this context, studies that can further the<br />
knowledge of the properties and qualities of wood from<br />
forest plantations and its use for energy generation are<br />
important for optimizing the use of these resources.<br />
With the aim of evaluating the energetic properties<br />
of clones of different ages planted in the municipality<br />
of Brasnorte (MT) and studying the influence of the<br />
edaphoclimatic characteristics of the plantation site on<br />
the energetic properties of clones of different harvesting<br />
ages, the Mato Grosso Planted Forest Association<br />
(Arefloresta), in partnership with the member company<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
61
MATO GROSSO<br />
restadores do Mato Grosso), em parceria com a empresa<br />
associada Grupo Mônica, está apoiando o projeto de<br />
mestrado intitulado: Qualidade da madeira proveniente<br />
de plantios florestais de eucalipto - 2024.<br />
Espera-se que, ao final da pesquisa, os dados de produtividade<br />
auxiliem na seleção e indicação dos melhores<br />
materiais genéticos a serem implantados no Mato Grosso.<br />
Além disso, a pesquisa deverá contribuir para identificar<br />
como a idade de colheita e as condições do solo e clima<br />
afetam a qualidade da madeira produzida. A iniciativa<br />
representa um passo importante para o desenvolvimento<br />
sustentável do setor florestal no Estado, promovendo o<br />
uso consciente dos recursos naturais e aprimorando a<br />
produção de biomassa florestal.<br />
INDÚSTRIA FLORESTAL<br />
Com uma indústria florestal em evolução constante,<br />
o setor passou a converter resíduos florestais que antes<br />
eram considerados um passivo ambiental em fonte de<br />
Grupo Mônica, is supporting the Master’s Degree Project<br />
entitled: Quality of Wood from Eucalyptus Forest<br />
Plantations - 2024.<br />
It is hoped that at the end of the research, the<br />
productivity data will help in the selection and indication<br />
of the best genetic material to be planted in<br />
Mato Grosso. In addition, the research should help to<br />
determine how the age of harvest and soil and climate<br />
conditions affect the quality of the wood produced.<br />
The initiative represents an important step towards the<br />
sustainable development of the Forestry Sector in the<br />
State, promoting the conscious use of natural resources<br />
and improving the production of forest biomass.<br />
FORESTRY INDUSTRY<br />
With a forestry industry that is constantly evolving,<br />
the Sector has begun to transform forestry waste, once<br />
considered an environmental liability, into a source for<br />
renewable energy generation. Ednei Blasius, Presi-<br />
62 www.REVISTABIOMAIS.com.br
geração de energia renovável. O presidente do Cipem<br />
(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />
Madeira do Estado de Mato Grosso), Ednei Blasius,<br />
explica que a lei complementar número 233/2005 que<br />
dispõe sobre a política florestal e também versa sobre a<br />
reposição florestal, acompanhada da Instrução Normativa<br />
da Sema (Secretaria do Meio Ambiente do Mato Grosso)<br />
número 06/2022, marcou uma mudança significativa,<br />
pois os resíduos florestais que costumavam ser queimados<br />
a céu aberto após a supressão vegetal, passaram a<br />
ser aproveitados e transformados em bioenergia.<br />
Ednei destaca a indústria localizada em Nova Maringá<br />
(MT) que vem atuando nesse segmento. “Um exemplo<br />
notável é a indústria Madfreitas, que adotou o direcionamento<br />
dos resíduos para a geração de energia. Desde<br />
a instalação de um picador em 2007 esses resíduos têm<br />
sido destinados a outras grandes indústrias, incluindo a<br />
produção de etanol de milho e cana, como Inpasa, FSC,<br />
Libra, além da Votorantim Cimentos. Aproveitar os tocos,<br />
raízes e galhos promove um uso mais completo e equilibrado<br />
dos recursos florestais”, conta Ednei.<br />
dent of the Center of Wood Producing and Exporting<br />
Industries of the State of Mato Grosso (Cipem), explains<br />
that the Complementary Law No. 233/2005, which<br />
regulates the forestry policy and also deals with forest<br />
substitution, accompanied by the Normative Instruction<br />
No. 06/2022 of the Mato Grosso Secretary of the<br />
Environmental (Sema), marked a significant change,<br />
as forest residues, which were previously burned in the<br />
open after plant suppression, are now being used and<br />
transformed into bioenergy.<br />
Blasius highlights a company located in Nova Maringá<br />
(MT), which is active in this segment. “A notable<br />
example is Madfreitas, which has embraced the idea<br />
of using waste to generate energy. Since the installation<br />
of a chipper in 2007, this waste has been sent to<br />
other large companies, including corn and sugarcane<br />
ethanol producers such as Inpasa, FSC, Libra, and Votorantim<br />
Cimentos. Utilizing stumps, roots, and branches<br />
promotes a more complete and balanced use of forest<br />
resources,” says Blasius.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
63
MATO GROSSO<br />
É crucial enfatizar que a<br />
demanda por esse produto<br />
da madeira nativa continua<br />
crescendo em Mato Grosso,<br />
criando oportunidades<br />
promissoras para a<br />
indústria florestal<br />
Ednei Blasius, presidente<br />
do Cipem<br />
ESTUDO PARA AVANÇAR<br />
O estudo detalhado realizado pela Sema, e com o<br />
apoio do Cipem sobre o CRV (Coeficiente de Rendimento<br />
Volumétrico) se mostrou fundamental para viabilizar<br />
projetos de manejo florestal sustentável. Resíduos de serrarias<br />
e da colheita de madeira, que antes eram descartados<br />
a céu aberto, se tornaram um produto importante,<br />
tanto para as indústrias de base florestal, como para<br />
outras empresas que o adquirem com a finalidade de<br />
geração de energia.<br />
“É crucial enfatizar que a demanda por esse produto<br />
da madeira nativa continua crescendo em Mato Grosso,<br />
criando oportunidades promissoras para a indústria<br />
florestal”, destaca o presidente do Cipem. Nesse contexto,<br />
o valor equivalente ao total produzido em 2022 superou<br />
os volumes anuais anteriores (2020 e 2021), conforme<br />
STUDY TO MOVE FORWARD<br />
The in-depth study on the Volumetric Yield Coefficient<br />
(VYC), carried out by Sema with the support<br />
of Cipem, has proven to be fundamental in making<br />
sustainable forest management projects viable. Waste<br />
from sawmills and forest harvesting, which used to be<br />
dumped in open-air piles, has become an important<br />
product both for forest-based industries and for other<br />
companies that buy it to generate energy.<br />
“It is crucial to emphasize that the demand for<br />
this native wood product continues to grow in Mato<br />
Grosso, creating promising opportunities for the forest<br />
industry,” says the President of Cipem. In this context,<br />
the value corresponding to the total production in 2022<br />
exceeds the previous annual volumes (2020 and 2021),<br />
according to a study carried out by Cipem based on<br />
64 www.REVISTABIOMAIS.com.br
levantamento realizado pelo Cipem com base nos indicadores<br />
reunidos pela Fiemt (Federação das Indústrias do<br />
Estado de Mato Grosso), a partir de série histórica iniciada<br />
em 2015. Em 2022 foram faturados R$ 310,1 milhões com<br />
a produção anual de 3,5 milhões de m3 (metros cúbicos),<br />
representando alta anual de 119,53%.<br />
Apesar da demanda crescente e das iniciativas do<br />
setor produtivo, Ednei Blasius lembra que o setor precisa<br />
ser regulamentado. “Diante da alta demanda, é imperioso<br />
que o órgão ambiental licenciador estabeleça procedimentos<br />
com prazos de análise condizentes com a realidade<br />
dos empreendimentos que produzem biomassa para<br />
geração de energia, pois estes possuem processos e tempos<br />
diferentes, muito mais curtos em relação ao manejo.<br />
Caso o corpo técnico do órgão ambiental competente<br />
não consiga ajustar o atendimento aos prazos demandados<br />
pelo mercado consumidor, outras indústrias serão<br />
penalizadas, principalmente aquelas de base florestal”,<br />
defendeu Ednei Blasius.<br />
indicators collected by the Federation of Industries of<br />
Mato Grosso (Fiemt), based on a historical series that<br />
began in 2015. In 2022, R$ 310.1 million was invoiced<br />
with an annual production of 3.5 million m3, representing<br />
an annual increase of 119.53%.<br />
Despite the growing demand and the initiatives<br />
of the Production Sector, Blasius points out that the<br />
Biomass Sector needs to be regulated. “In view of the<br />
high demand, it is imperative that the environmental<br />
licensing body establishes procedures with analysis<br />
deadlines that are in line with the reality of companies<br />
that produce biomass for energy generation, as these<br />
have different processes and times that are much shorter<br />
in relation to management. Suppose the technical<br />
staff of the responsible environmental agency is not<br />
able to meet the deadlines demanded by the consumer<br />
market. In that case, other industries will be penalized,<br />
especially the forest-based industries,” states Blasius.<br />
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de aquecedores de fluido térmico à biomassa<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
65
ARTIGO<br />
PODER CALORÍFICO E<br />
ANÁLISE ECONÔMICA<br />
DO USO TOTAL OU<br />
PARCIAL DA BIOMASSA<br />
DE EUCALIPTOS<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
66 www.REVISTABIOMAIS.com.br
TIAGO LUIS HABITZREITER<br />
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)<br />
UTFPR<br />
UTFPR<br />
UTFPR<br />
UTFPR<br />
UTFPR<br />
PAULO FERNANDO ADAMI<br />
ELEANDRO JOSÉ BRUN<br />
VANDERSON VIEIRA BATISTA<br />
MICHAEL LUIZ FERREIRA<br />
CLEVERSON LUIZ GIACOMEL<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
67
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
A<br />
crescente demanda por fontes alternativas<br />
de energia tem se demonstrado uma<br />
tendência mundial. Diante do exposto,<br />
objetivou-se com o presente trabalho avaliar<br />
o poder calorífico das diferentes frações de biomassa de<br />
Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla aos 60 meses<br />
de idade e analisar a viabilidade econômica do aproveitamento<br />
total ou parcial da biomassa, visando geração<br />
de energia. Para isso determinaram-se o poder calorífico<br />
superior, poder calorífico inferior, teor de cinzas e<br />
carbono orgânico dos compartimentos madeira, galhos,<br />
casca e folhas. Quanto ao PC (poder calorífico), a folha<br />
apresentou valores superiores as demais frações avaliadas,<br />
com 4.904 kcal kg-1, seguidas dos galhos com 4.290<br />
kcal kg-1, madeira com 4.126 kcal kg-1 e casca, com<br />
menor PC (3.641 kcal kg-1). Em relação a EUN (eficiência<br />
de uso dos nutrientes), a madeira apresentou os maiores<br />
valores, algo bastante desejável e de grande interesse<br />
para a silvicultura. Nas folhas estão os menores valores<br />
do EUN, com exceção do Ca e Mg, cujos menores valores<br />
A madeira para a região<br />
sudoeste do Paraná é de suma<br />
importância também para o<br />
uso em cerealistas, secadores<br />
de grãos, além de alimentar<br />
caldeiras nas agroindústrias e<br />
os aquecedores da avicultura,<br />
que estão presentes em<br />
grande número de produtores<br />
de aves<br />
68 www.REVISTABIOMAIS.com.br
estão na casca, indicando a importância da manutenção<br />
destes componentes no solo após a colheita. Em relação<br />
ao custo para repor os nutrientes (NPK) exportados por<br />
tonelada de biomassa de madeira, o Eucalyptus grandis<br />
apresentou valores de R$ 14,05 e Eucalyptus urophylla de<br />
R$ 11,54, sendo a biomassa deste componente, a mais<br />
barata em termos de custo com reposição de nutrientes.<br />
Por outro lado, as folhas apresentaram o maior custo<br />
de reposição de NPK, enfatizando a baixa viabilidade<br />
econômica da exportação desta biomassa para geração<br />
de energia.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A crescente demanda por fontes alternativas de<br />
energia tem se demonstrado uma tendência mundial.<br />
Tudo isso motivado pela crescente preocupação sobre<br />
o esgotamento de fontes energéticas não renováveis<br />
como o carvão mineral e o petróleo (ABRAF, 2013).<br />
Ainda, segundo a ABRAF (Associação Brasileira de<br />
Produtores de Florestas Plantadas), o mercado mundial<br />
tem despertado interesse no desenvolvimento e adoção<br />
de fontes alternativas e renováveis de energia. Do ponto<br />
de vista ambiental, a sustentabilidade do desenvolvimento<br />
depende, entre outras medidas, da redução<br />
das emissões de gases poluentes, conservação do solo,<br />
não contaminação das águas, exploração racional dos<br />
recursos fósseis e recursos naturais renováveis. Além<br />
dos fatores relacionados ao meio ambiente, questões<br />
econômicas, como o aumento do preço do petróleo e<br />
o fato de sua produção estar concentrada em poucos<br />
países (Fontes, 1994), levaram diversos países a se preocupar<br />
com sua segurança energética (Azevedo et al.,<br />
2017). Muitos países estabeleceram metas de redução na<br />
emissão de gases do efeito estufa, com intuito de reduzir<br />
o aquecimento global, e substituíram os combustíveis<br />
fósseis não renováveis por fontes energéticas renováveis<br />
em sua matriz energética (IBA, 2015). No Brasil, a maior<br />
parte da energia elétrica vem de hidrelétricas ou eólicas,<br />
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ARTIGO<br />
mas ainda um pequeno percentual vem de termoelétricas,<br />
sendo algumas destas fontes energéticas movidas à<br />
biomassa. A madeira para a região sudoeste do Paraná<br />
é de suma importância também para o uso em cerealistas,<br />
secadores de grãos, além de alimentar caldeiras nas<br />
agroindústrias e os aquecedores da avicultura, que estão<br />
presentes em grande número de produtores de aves<br />
(IBA, 2015).<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
A área experimental fica localizada no município de<br />
Salto do Lontra (PR), e pertence à Cooperativa FlorCoop,<br />
com sede no município de Francisco Beltrão (PR). A área<br />
é composta de 25 ha (hectares) de eucaliptos de duas<br />
espécies, Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla, e<br />
apresenta altitude média de 510m (metros). A região<br />
possui clima de transição subtropical úmido mesotérmico<br />
e verões quentes, com temperatura média de 22ºC<br />
(graus Celsius) e inverno com geadas pouco frequentes.<br />
Possui temperatura média inferior a 18ºC, com quatro estações<br />
do ano bem definidas, chuvas frequentes, acima<br />
de 60 mm por mês e com pluviosidade média anual de<br />
1.800 mm a 2.200 mm (milímetros), os quais são distribuídos<br />
ao longo do ano (Inmet, 2019). O solo da área<br />
experimental está classificado como Nitossolo Vermelho<br />
Distroférrico, levemente ondulado e livres de pedras,<br />
profundo e com boa drenagem, baixa fertilidade e altos<br />
teores de ferro nos horizontes superficiais (Bhering;<br />
Silvio, 2008). Historicamente, esta área foi utilizada para<br />
cultivo com plantas anuais, como milho, soja e aveia.<br />
Após aquisição da área pela cooperativa, em 2009, foi<br />
realizado o plantio da floresta de eucalipto, o qual teve<br />
início em setembro de 2010. O plantio das mudas foi<br />
realizado com espaçamento 3m x 2m entre plantas, com<br />
isso cada planta inicialmente tinha um espaçamento<br />
relativo de 6 m² (metros quadrados) cada, sendo a densidade<br />
inicial de 1.666 árvores por ha. As mudas utilizadas<br />
foram oriundas de sementes, com boa sanidade, vigor<br />
e adubação. Os materiais foram compostos por duas<br />
espécies de eucalipto, sendo Eucalyptus grandis. As duas<br />
espécies foram plantadas no mesmo sítio florestal, alocado<br />
em uma área de plantio de 25 ha e dividida em duas<br />
70 www.REVISTABIOMAIS.com.br
áreas com tamanhos equivalentes. O estudo foi realizado<br />
após 60 meses do plantio das mudas. Inicialmente<br />
realizou-se o inventário florestal da área experimental e<br />
com base nestes dados, avaliaram-se os diâmetros, agrupados<br />
em quatro classes diamétricas e em cada classe<br />
abatidas três árvores.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Observando os resultados, podemos perceber<br />
que os teores de cinzas para a fração casca (7,28%), foi<br />
significativamente superior às demais frações, seguida<br />
da fração folha, com 4,74%. Na madeira foi encontrado o<br />
menor teor de cinzas com 0,56%. As cinzas são substâncias<br />
compostas de material inorgânico e tem relação inversa<br />
com o poder calorífico. Uma característica comum<br />
entre espécies de eucalipto é o baixo teor de cinza da<br />
madeira, em geral abaixo de 1%. Trabalhando com oito<br />
clones de eucalipto, encontraram teores de cinzas que<br />
variaram de 0,11 a 0,25%, trabalhando com dez clones<br />
de Eucalyptus grandis e três clones de Eucalyptus saligna,<br />
relataram teores de cinzas de 0,10 a 0,25%.<br />
CONCLUSÕES<br />
A fração folha apresenta o maior poder calorífico e<br />
a fração madeira tem a maior capacidade de produção<br />
de energia por hectare. O teor de carbono orgânico está<br />
ligado diretamente ao poder calorífico. A eficiência de<br />
utilização de nutrientes para Eucalyptus grandis e Eucalyptus<br />
urophylla decresceu na seguinte ordem: P>Mg > K > N<br />
> Ca. A madeira é a fração mais viável para produção de<br />
energia sendo que os galhos e as cascas também podem<br />
ser utilizados com vantagens econômicas. A fração folha,<br />
não apresentou viabilidade econômica para ser utilizada<br />
como fonte de energia.<br />
Para acessar esse conteúdo na<br />
íntegra acesse o QRcode ao lado:
AGENDA<br />
SETEMBRO 2024<br />
DESTAQUE<br />
POWERGEN ÍNDIA<br />
Data: 04 a 06<br />
Local: Nova Delhi, Índia<br />
Informações: https://www.powergen-india.com/<br />
OUTUBRO 2024<br />
CONFERÊNCIA BBEST – IEA BIOENERGY<br />
Data: 22 a 24<br />
Local: Hotel Renaissance, São Paulo (SP)<br />
Informações: https://bbest-ieabioenergy.org/<br />
NOVEMBRO 2024<br />
360 SOLAR 2024<br />
Data: 07 a 08<br />
Local: Centro Sul, Florianópolis (SC)<br />
Informações: https://360solar.com.br/<br />
MARÇO 2025<br />
CONGRESSO INTERNACIONAL<br />
DE BIOENERGIA<br />
Data: 26 a 28<br />
Local: Centro de Eventos da FIERGS - Porto Alegre (RS)<br />
Informações: https://congressodebioenergia.com.br/<br />
BRAZIL<br />
WINDPOWER<br />
Data: 22 a 24 de outubro<br />
Local: São Paulo Expo, São Paulo<br />
Informações: www.brazilwindpower.<br />
com.br/pt/home.html<br />
A edição de 15 anos do Brazil Windpower<br />
terá três palcos simultâneos abordando temas:<br />
on shore, off shore e O&M. A feira promete<br />
demonstrar seu potencial para networking e<br />
disseminação de conhecimento no setor eólico,<br />
reunindo os principais representantes nacionais<br />
e internacionais. O evento promove conexões e<br />
negócios entre centenas de profissionais durante<br />
três dias de imersão no tema.<br />
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VEM AÍ!<br />
02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
APOIO:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
envimat<br />
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revistareferencia.com.br<br />
comercial@revistareferencia.com.br
OPINIÃO<br />
Foto: divulgação<br />
QUAL É MELHOR PARA SEU<br />
COMPUTADOR: UPGRADE<br />
COM SSD OU MEMÓRIA<br />
RAM?<br />
N<br />
o mundo da tecnologia, a busca por um computador<br />
mais rápido e eficiente é constante.<br />
Quando chega o momento de melhorar a<br />
performance da sua máquina, é fácil se sobrecarregar<br />
com as opções disponíveis. Afinal, todos queremos<br />
um dispositivo que funcione sem problemas e sem<br />
atrasos irritantes. Entre as diversas opções disponíveis,<br />
duas se destacam: decidir entre um upgrade de memória<br />
RAM ou instalar um SSD (Solid-State Drive), já que tanto<br />
o SSD quanto a RAM podem impulsionar o desempenho.<br />
MEMÓRIA RAM<br />
Vamos começar com a memória RAM, um componente<br />
que é essencial para a capacidade do seu computador<br />
de lidar com várias tarefas ao mesmo tempo. Ele funciona<br />
como a mesa de trabalho do seu computador e, quanto<br />
mais espaço você tiver, mais arquivos poderá abrir e trabalhar<br />
ao mesmo tempo sem que tudo fique bagunçado<br />
e lento.<br />
A memória RAM é útil em casos específicos: edição<br />
de vídeos, ter mais RAM pode ser fundamental para lidar<br />
com arquivos grandes e softwares pesados; Jogos, para<br />
aqueles que desejam rodar jogos com configurações gráficas<br />
altas.<br />
Mas nem sempre a solução é mágica, é importante<br />
notar que um upgrade de RAM nem sempre resultará em<br />
um aumento significativo de desempenho. Se o gargalo<br />
do seu sistema estiver na velocidade de leitura e gravação<br />
de dados, por exemplo, adicionar mais RAM pode não resolver<br />
o problema – a dificuldade pode estar no seu DH<br />
(disco rígido) tradicional.<br />
SSD<br />
É aqui que entra o SSD, um tipo de armazenamento<br />
que é significativamente mais rápido do que o dos discos<br />
rígidos tradicionais. Enquanto um HD depende de discos<br />
giratórios mecânicos para acessar dados, um SSD utiliza<br />
memória flash, o que significa que ele pode ler e gravar<br />
dados de forma muito mais rápida e eficiente.<br />
Além disso, o SSD também pode melhorar a confiabilidade<br />
do seu sistema. Como não possui partes móveis, é<br />
menos suscetível a danos causados por choques ou movimentos<br />
bruscos, tornando-o uma opção mais durável a<br />
longo prazo.<br />
O SSD reduz o tempo de inicialização para apenas<br />
alguns segundos, te levando para a ação mais rápido.<br />
Proporciona carregamento instantâneo de programas,<br />
abrindo rapidamente as aplicativos favoritos. Maior fluidez<br />
na multitarefa, menos ruído, maior durabilidade, pois<br />
os SSDs são mais resistentes a quedas e vibrações.<br />
Portanto, ao considerar um upgrade para o seu computador,<br />
é difícil ignorar os benefícios de um SSD. Não<br />
só ele pode oferecer um impulso significativo de desempenho,<br />
mas também é capaz de prolongar a vida útil do<br />
seu sistema e proporcionar uma experiência mais fluida<br />
e satisfatória.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Por Flavio Pettengill,<br />
Diretor de Vendas da Netcore - empresa que fabrica memórias RAM e SSDs para o mercado brasileiro<br />
Foto: divulgação<br />
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A FACA<br />
GIGANTE<br />
DO AGRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS