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Entrevista<br />
João Gabriel Marini da Silva, destaca os avanços em pesquisas no Senai (MS)<br />
<br />
INOVAÇÃO COM CAVACO<br />
EMPRESA DESENVOLVE SISTEMA DE<br />
AUTOMAÇÃO PARA FORNALHAS DE<br />
SECADORES DE GRÃOS QUE<br />
REPRESENTA UMA EVOLUÇÃO<br />
INNOVATION<br />
USING CHIPS<br />
A COMPANY HAS DEVELOPED AN<br />
INNOVATIVE AUTOMATION SYSTEM<br />
FOR GRAIN DRYER KILNS THAT<br />
REPRESENTS A SIGNIFICANT<br />
ADVANCEMENT IN THE INDUSTRY<br />
FEIRA<br />
LIGNUM LATIN AMERICA SE<br />
CONSOLIDA COMO PONTO DE<br />
ENCONTRO E NEGÓCIOS<br />
ESTUDO<br />
TRABALHO CONJUNTO ENTRE INSTITUIÇÕES VAI<br />
PRODUZIR O RETRATO DA BIOMASSA NA BAHIA
SUMÁRIO<br />
06 | EDITORIAL<br />
Busca por soluções<br />
08 | CARTAS<br />
10 | NOTAS<br />
22 | ENTREVISTA<br />
30 | PRINCIPAL<br />
38 | ESTUDO<br />
Retrato da biomassa<br />
na Bahia<br />
42 | FEIRA<br />
Feira de sucesso<br />
56 | POTENCIAL<br />
Biomassas com potencial para<br />
energia limpa<br />
62 | PESQUISA<br />
66 | ARTIGO<br />
72 | AGENDA<br />
74 | OPINIÃO<br />
Auditorias em redes de<br />
distribuição elétrica: uma questão<br />
de segurança e eficiência<br />
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL<br />
A reportagem de capa desta<br />
edição destaca o sistema<br />
ComBer, do grupo Comelli<br />
BUSCA POR<br />
SOLUÇÕES<br />
A<br />
nova edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS foi conhecer de perto, em Rio Verde (GO), o sistema de automação de fornalhas<br />
de secadores de grãos com uso de biomassa (cavaco) da ComBer. A empresa, do grupo Comelli, é líder neste segmento<br />
e foi pioneira no desenvolvimento do sistema que representou um importante avanço para o setor. Hoje já são mais de 800<br />
equipamentos instalados em todas regiões do Brasil. Na editoria de Entrevista conversamos com o diretor do Instituto Senai<br />
de Inovação em Biomassa, ligado ao sistema da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul), com sede em Três<br />
Lagoas (MS), João Gabriel Marini da Silva. Uma matéria especial traz um resumo das novidades apresentadas pelas empresas parceiras<br />
durante a Lignum Latin America, realizada em Pinhais (PR) no último mês de setembro. A edição ainda traz notícias sobre o setor de<br />
biomassa e energias renováveis, agenda de eventos do segmento, entre outras informações atualizadas. Ótima leitura!<br />
SEARCH FOR SOLUTIONS<br />
I<br />
n the latest Issue of REFERÊNCIA Biomais, we take a closer look at an innovative system for automating grain dryer furnaces using biomass<br />
(chips) from ComBer, a company based in Rio Verde (GO). The Company, part of the Comelli Group, is a market leader in this Sector<br />
and was a pioneer in developing the system, which represented a significant advancement for the industry. To date, over 800 pieces of<br />
equipment have been installed across all regions of Brazil. In the Interview Section, we spoke with João Gabriel Marini da Silva, Director<br />
of the Instituto Senai de Inovação em Biomassa, which is affiliated with the Federation of Industries of Mato Grosso do Sul (Fiems) system<br />
and headquartered in Três Lagoas (MS). A special article provides an overview of the innovative solutions presented by partner companies<br />
at Lignum Latin America, held in Pinhais (PR) last September. This Issue also includes the latest news and developments in the Biomass and<br />
Renewable Energy Sectors, a comprehensive event schedule, and other pertinent updates. Pleasant Reading!<br />
C<br />
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EXPEDIENTE<br />
ANO XI - EDIÇÃO 64 - AGOSTO 2024<br />
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without written authorization of the holder of the authorial rights, except for<br />
educational purposes.<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CARTAS<br />
PRINCIPAL<br />
A Imtab é orgulho para Agrolândia. Joel Padilha é um grande empresário.<br />
Aguinaldo Reiter – Agrolândia (SC)<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Muito interessante o trabalho do LPF (Laboratório de Produtos Florestais) sobre biomassa. As pesquisas são importantes<br />
para a sociedade avançar.<br />
Maria Fernanda Santos – Luziânia (GO)<br />
PELLETS<br />
A planta da Jsic Equipamentos em Inácio Martins (PR) consolida a vocação da nossa região com o setor da madeira.<br />
Sérgio Alves – Irati (PR)<br />
MODELO<br />
O mercado livre de energia veio para ficar. É uma forma de incentivar cada vez mais<br />
outras fontes de energia.<br />
Paulo Bataglin – Vilhena (RO)<br />
Foto: divulgação<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
na<br />
mí<br />
energia<br />
biomassa<br />
dia informação<br />
@revistabiomais<br />
/revistabiomais<br />
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
PODCAST REFERÊNCIA<br />
Durante o mês passado, o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito especiais que trataram<br />
de importantes temas e compartilharam belas histórias. Os entrevistados desses episódios foram Gabriel Machado Marques, diretor<br />
de operações da GBF Madeiras, falando sobre sua história florestal e sua expertise em secagem de madeira, e José Sawinski Junior,<br />
engenheiro florestal formado em Canoinhas (SC) e diretor florestal da The Forest Company.<br />
Gabriel Machado Marques, gaúcho de Bagé (RS) relatou que seu principal incentivador ao trabalho com a floresta foi seu pai,<br />
que o apoiou a sair do Rio Grande do Sul e vir ao Paraná para estudar na Escola Florestal de Irati (PR), a mais tradicional escola do<br />
tipo no Brasil com mais de 50 anos de tradição. “Essa escola<br />
foi um grande investimento feito pelo Estado que tinha desde<br />
livros sobre sementes, viveiros, plantios, manejos de florestas,<br />
colheitas indo até a secagem da madeira já processada. Essa<br />
escola foi chave para abastecer toda a cadeia produtiva da<br />
madeira do Estado durante muito tempo com técnicos muito<br />
capacitados”, relatou Gabriel (foto ao lado).<br />
Ao falar sobre indústria de secagem de madeira, Gabriel<br />
relata uma evolução muito grande em relação ao que era feito<br />
anteriormente. Gabriel explica que houve uma renovação no<br />
processo de produção da madeira e que a secagem acompanhou<br />
e pôde entregar resultados ainda melhores. “A indústria<br />
que utiliza madeira sólida buscou soluções melhores e mais<br />
modernas, os mercados que antes utilizavam grandes toras<br />
mudaram e tudo isso fez com que a estrutura da secagem também<br />
fosse melhorada, entregando um produto muito melhor<br />
no final do processo”, aponta Gabriel.<br />
No outro programa o convidado foi José Sawinski Junior,<br />
que tem um vasto currículo com mais de 25 anos de experiência<br />
no segmento florestal. Sawinski contou que a floresta está<br />
em sua família desde seu avô que trabalhou na área e teve<br />
seus passos seguidos por seu pai, por ele e seu filho mais velho.<br />
“Escutávamos muitas histórias e aprendemos muito. Essa<br />
exploração florestal na região de Três Barras (SC) foi o maior<br />
motor de desenvolvimento da região, que gerou muitos empregos<br />
e trouxe infraestrutura para a cidade”, relatou Sawinski<br />
(foto ao centro).<br />
Um dos destaques do episódio foi a explicação do entrevistado<br />
sobre a importância da produção florestal e como é<br />
necessário desmistificar algumas inverdades que são contadas<br />
ao grande público. “Temos um programa dentro da empresa<br />
que é o De Olho na Floresta que pôde registrar animais de<br />
topo de cadeia dentro da operação florestal, o que prova que<br />
o eucalipto e o pinus tenham derrubado aquela imagem de<br />
que onde planta afeta o solo, que os animais não estão lá. Se<br />
tem uma onça, tem a presa da onça, tem o alimento da presa e<br />
assim por diante”, destacou Sawinski.<br />
Os episódios do Podcast REFERÊNCIA<br />
estão disponíveis no nosso canal do<br />
youtube, que o Leitor pode acessar<br />
através do QR Code:<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
MERCADO LIVRE DE ENERGIA PARA<br />
CONSUMIDORES RESIDENCIAIS<br />
A previsão é que o mercado livre de energia esteja em vigor até 2030, permitindo<br />
que os consumidores residenciais negociem diretamente com as comercializadoras<br />
de energia, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A<br />
abertura do mercado de energia foi um dos temas abordados durante a Smart Energy<br />
2024 – Conferência Internacional de Energias Inteligentes, que ocorreu de 24 a 26 de<br />
setembro no Campus da Indústria, no Jardim Botânico, em Curitiba (PR). Atualmente,<br />
o mercado livre é acessível apenas para grandes empresas, mas desde janeiro deste<br />
ano, empresas de menor porte conectadas à rede de alta tensão também podem<br />
participar. No Brasil, existem duas formas de contratação de energia: pelo ACR (Ambiente<br />
de Contratação Regulada), cujos consumidores, especialmente os residenciais,<br />
adquirem energia das concessionárias de distribuição; e pelo ACL (Ambiente de<br />
Contratação Livre), no qual o consumidor pode comprar diretamente de geradores<br />
ou comercializadores.<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
CPM ESTÁ COM NOVO GERENTE PARA<br />
AMÉRICA DO SUL<br />
Engenheiro mecânico formado pela Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado<br />
do Rio Grande do Sul), Matheus Taffarel assumiu a gerência regional para América do Sul da<br />
CPM, empresa de origem norte-americana com presença global, pioneira na fabricação de<br />
peletizadoras. Com longa experiência no setor de biomassa e energias alternativas, Matheus<br />
já atuou como gerente comercial em empresas do ramo. “A CPM é uma marcas que busca<br />
inovação constante, tem muita melhoria de processo, muita otimização energética, sempre em<br />
busca de reduzir custos e aumentar eficiência da operação. Vou atender toda América do Sul<br />
nesse mercado. Percebemos que é um mercado que está crescendo bastante, há um interesse<br />
contínuo. Tem bastante movimento no Chile, além do Brasil, e continuamos com boas expectativas<br />
no país”, disse.<br />
Foto: BIOMAIS<br />
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Mato Grosso, chegamos!<br />
Agora a DRV é um ponto de<br />
apoio completo para o Florestal e o<br />
Madeireiro no centro-oeste<br />
e norte do Brasil.<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Visando atender com mais agilidade e manter a proximidade com<br />
nossos parceiros, a DRV abre suas portas em Sinop. Oferecendo um<br />
catálogo robusto que inclui suas renomadas facas e serras, além de<br />
EPIs, correntes e sabres para harvesters, afiadoras de correntes,<br />
mangueiras hidráulicas, conexões hidráulicas, e muito mais.
NOTAS<br />
PARANÁ TERÁ BIODIESEL A SOJA<br />
Empresa paranaense produtora de biodiesel e glicerina, o grupo Potencial, pretende se tornar líder<br />
mundial em produção de biodiesel em planta única. Para isso, vai investir R$ 600 milhões para acelerar<br />
seu projeto de expansão na Lapa (PR), para chegar a uma produção de 1 bilhão e 620 milhões de litros<br />
de biodiesel por ano, incentivada pela nova legislação de descarbonização nacional. Parte da soja será<br />
adquirida de produtores paranaenses. “A transição energética é um movimento global irreversível e<br />
nosso país está avançando significativamente para garantir a segurança jurídica, a previsibilidade dos<br />
investimentos no setor e, consequentemente, estabilidade na matriz energética”, afirma Carlos Eduardo<br />
Hammerschmidt, vice-presidente Comercial, Operacional e de Relações Institucionais do Grupo<br />
Potencial. A expansão anunciada resultará em um acréscimo de 720 milhões de litros de combustível na<br />
planta por ano. “Além do biodiesel, aumentaremos a produção de glicerina refinada para 100 mil toneladas/ano,<br />
com investimento de aproximadamente R$ 100 milhões.”<br />
Foto: divulgação<br />
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
ENERGIA POR ASSINATURA CHEGA AO<br />
CENTRO-OESTE<br />
A Prime Energy, empresa de soluções de energia e licenciada da marca Shell Energy, está expandindo<br />
sua atuação na região centro-oeste, chegando aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso<br />
do Sul e Goiás. A companhia leva para região o Shell Energy energia por assinatura, um serviço<br />
de comercialização de energia proveniente de fontes limpas e renováveis, destinado a pequenas<br />
e médias empresas que estão no mercado regulado de energia e conectadas à distribuidora local.<br />
Com créditos de energia gerados por usinas parceiras, o projeto deve beneficiar cerca de 800<br />
clientes, oferecendo uma economia de até 20% nas faturas. Desde o primeiro semestre de 2023,<br />
a companhia oferece soluções de energia por assinatura, destacando-se pela redução de custos<br />
e pela eficiência energética na utilização de fontes renováveis. A empresa já atende mais de 200<br />
clientes nas regiões sudeste e sul do país, proporcionando economia e eficiência para pequenas e<br />
médias empresas. O modelo dispensa investimentos adicionais em infraestrutura ou manutenção,<br />
oferecendo uma forma prática e econômica de energia solar.<br />
Foto: divulgação<br />
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
APOIO:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
envimat<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA 2024<br />
O Prêmio REFERÊNCIA 2024 será realizado no dia 2 de dezembro em Curitiba (PR). O tradicional evento chega<br />
em sua vigésima segunda edição. O Prêmio REFERÊNCIA melhores do ano é organizado e realizado pela JOTA Editora,<br />
responsável pela publicação das Revistas REFERÊNCIA Florestal, REFERÊNCIA Industrial, REFERÊNCIA Biomais,<br />
REFERÊNCIA Celulose & Papel e REFERÊNCIA Produtos de Madeira.<br />
Neste ano, como parte das atividades do evento será feita uma ação muito especial: a gravação de um episódio<br />
do Podcast REFERÊNCIA ao vivo com grandes nomes do segmento de base florestal. Os nomes dos participantes<br />
serão revelados na próxima edição e o tema será Floresta 4.0 e serão apresentadas as visões sobre a importância da<br />
tecnologia no cuidado com a floresta nativa e também na silvicultura e alta produção, que farão diferença no porvir<br />
da produção florestal.<br />
Neste ano serão premiadas dez empresas, associações e personalidades que se destacaram no segmento de<br />
base florestal. Foram enviadas mais de 100 sugestões de empresas e a partir de uma série de critérios estipulados<br />
como relevância das ações, sustentabilidade e impacto social, serão premiadas aquelas que se superaram e atingiram<br />
um novo nível na atividade de base florestal madeireira.<br />
O Prêmio REFERÊNCIA conta com o apoio da: ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), ACIMDERJ (Associação do Comércio e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de<br />
Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), CPM, DRV Ferramentas, Envimat, Himev,<br />
Montana Química, MSM Química e Rotteng.<br />
20 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Distribuidor e representante exclusivo<br />
Kahl Brasil
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
JOÃO GABRIEL<br />
MARINI DA SILVA<br />
Formação: Engenheiro Mecânico com ênfase em Mecatrônica –<br />
Unitau (Universidade Taubaté); mestrado em Ciência dos Materiais –<br />
Unesp (Universidade Estadual Paulista)<br />
Education: Mechanical Engineering with specialization in Mechatronics<br />
- Taubaté University (Unitau); Master's Degree in Materials Science - São<br />
Paulo State University (Unesp)<br />
Cargo: Diretor do Instituto Senai de Inovação em Biomassa, de Mato<br />
Grosso do Sul<br />
Function: Director of the Senai Institute for Innovation in Biomass<br />
BIOMASSA<br />
EM FOCO<br />
BIOMASS IN FOCUS<br />
O<br />
Instituto Senai de Inovação em Biomassa, ligado<br />
ao sistema da FIEMS (Federação das Indústrias do<br />
Estado do Mato Grosso do Sul), com sede em Três<br />
Lagoas (MS), tem se destacado na produção de<br />
pesquisas para o setor de biomassa, em busca de novas fontes<br />
renováveis para geração de energia, produção de biocombustíveis,<br />
bioinsumos. A Revista REFERÊNCIA BIOMAIS conversou<br />
com o diretor do instituto, João Gabriel Marini das Silva, que<br />
após atuar por 20 anos na área de metalurgia e soldagem,<br />
assumiu a gerência do instituto em 2020 e em março de 2024,<br />
passou a ser diretor. João Gabriel comentou sobre as linhas de<br />
pesquisa e avanços já obtidos pelo instituto desde o início de<br />
sua fundação.<br />
T<br />
he Senai Institute for Innovation in Biomass, linked<br />
to the Federation of Industries of Mato Grosso do Sul<br />
(Fiems) system and located in Três Lagoas (MS), has<br />
distinguished itself in the production of research for<br />
the Biomass Sector in the search for new renewable sources<br />
for energy generation, biofuel production, and bio-inputs.<br />
REFERÊNCIA Biomais spoke with João Gabriel Marini da Silva,<br />
Director of the Institute, who, after 20 years of work in the<br />
field of metallurgy and welding, took over the administration<br />
of the Institute in 2020 and became Director in March 2024.<br />
da Silva commented on the lines of research and the progress<br />
already made by the Institute since its foundation.<br />
22 www.REVISTABIOMAIS.com.br
LANÇAMENTO PICADOR TITAN ESTACIONÁRIO: O FUTURO<br />
DO PROCESSAMENTO DE BIOMASSA ESTÁ AQUI!<br />
A Bruno tem o prazer de apresentar o Picador Titan Estacionário PBFTE 600/800x1200,<br />
uma máquina inovadora que redefine os padrões do setor. Com uma potência impressionante<br />
de até 1200cv, este picador estacionário é a mais recente criação da Bruno, projetada<br />
para revolucionar suas operações.<br />
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impressionante produção de até 250 t/h. Essa é a produtividade elevada ao extremo, algo<br />
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ENTREVISTA<br />
Como chegou na gestão do ISI Biomassa?<br />
Fui convidado para assumir o cargo de gerente de gestão<br />
e negócios do ISI Biomassa em fevereiro de 2020, aceitei<br />
o convite e, devido a pandemia, iniciei efetivamente em<br />
maio de 2020. No início foi um desafio enorme, pois tive que<br />
me ambientar à estrutura e processos totalmente diferentes<br />
dos quais já havia trabalhado. Porém com o apoio da equipe<br />
fomos aprendendo e trazendo um pouco da experiência adquirida<br />
com gestão para ser implementada no ISI Biomassa.<br />
Conseguimos atingir sustentabilidade de 100%, remodelar<br />
o organograma e aprovar o desenvolvimento de uma nova<br />
competência junto ao Senai Nacional de Tecnologias de Descarbonização.<br />
A partir de março de 2024, assumi o cargo de<br />
diretor do ISI Biomassa por conta dos resultados alcançados.<br />
E o Instituto Senai de Inovação Biomassa de Três<br />
Lagoas (MS)?<br />
Somos uma unidade do Senai (MS) com atuação nacional<br />
na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação para<br />
transformação de biomassa. Fazemos parte de uma rede<br />
de 28 ISIs (Institutos Senai de Inovação) e somos unidade<br />
credenciada pela Embrapii para captar recursos para serem<br />
aplicados em pesquisa e inovação da indústria com pesquisa<br />
aplicada.<br />
Há quanto tempo foi criado o ISI Biomassa e como é<br />
composto o quadro de funcionários?<br />
O ISI Biomassa iniciou sua operação em 2014 em forma<br />
de escritório no departamento regional do Senai (MS), em<br />
Campo Grande (MS), onde começou a captar projetos de<br />
pesquisa e inovação para indústria principalmente editais<br />
promovidos pelo Senai DN. Inauguramos o prédio atual em<br />
2017, juntamente com nosso credenciamento na Embrapii,<br />
com os laboratórios e equipamentos dos mais modernos<br />
para nossa área de atuação. Hoje temos 30 colaboradores,<br />
20 bolsistas e 10 estagiários que atuam nos projetos captados<br />
pelo instituto.<br />
How did you come to become Director of the<br />
Senai Biomass Innovation Institute (ISI Biomassa)?<br />
I was invited to take on the role of Administrative and<br />
Business Manager at ISI Biomassa in February 2020, I<br />
accepted the invitation, and, due to the pandemic, I effectively<br />
started in May 2020. At first, it was a big challenge<br />
as I had to get used to a completely different structure<br />
and processes than I had worked with before. However,<br />
with the support of the team, we learned and brought<br />
some of our management experience to ISI Biomassa. We<br />
were able to achieve 100% sustainability, redesign the organization<br />
chart, and approve the development of a new<br />
competency with Senai Nacional for Decarbonization<br />
Technologies. As of March 2024, I became the Director of<br />
ISI Biomass due to the results achieved.<br />
What is the Senai Biomass Innovation Institute in<br />
Três Lagoas (MS)?<br />
We are a unit of Senai (MS) with national activities<br />
in the field of research, development, and innovation for<br />
the transformation of biomass. We are part of a network<br />
of 28 ISIs (Senai Innovation Institutes), and we are a unit<br />
accredited by Embrapii to raise funds to be applied to<br />
industrial research and innovation with applied research.<br />
When was ISI Biomassa founded and who are its<br />
employees?<br />
ISI Biomassa started its activity in 2014 as an office<br />
in the Regional Department of Senai (MS), in Campo<br />
Grande (MS), where it began to attract research and<br />
innovation projects for industry, mainly through tenders<br />
promoted by Senai DN. In 2017, we inaugurated the<br />
current building, along with our Embrapii accreditation,<br />
with the most modern laboratories and equipment for<br />
our field of expertise. Today, we have 30 employees, 20<br />
scholarship holders, and ten interns working on projects<br />
funded by the Institute.<br />
Fazemos parte de uma rede de 28 ISIs e somos unidade<br />
credenciada pela Embrapii para captar recursos para serem<br />
aplicados em pesquisa e inovação da Indústria<br />
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ENTREVISTA<br />
Qual as principais atividades do ISI Biomassa?<br />
Trabalhamos em cinco plataformas tecnológicas na<br />
transformação da biomassa para projetos de P&D&I: Engenharia<br />
de Bioprocessos e Biotecnologia, Energia e Sustentabilidade,<br />
Biomateriais e Bioprodutos, Bioeconomia Circular<br />
e Tecnologias de Descarbonização. Além de consultorias e<br />
serviços de análises.<br />
What are ISI Biomassa's main activities?<br />
We work on five technology platforms in biomass<br />
conversion for R&D&I projects: Bioprocessing and Biotechnology,<br />
Energy and Sustainability, Biomaterials and<br />
Bioproducts, Circular Bioeconomy, and Decarbonization<br />
Technologies in addition to consulting and analytical<br />
services.<br />
Qual a importância do ISI Biomassa para o setor<br />
produtivo?<br />
O ISI Biomassa é não só um grande parceiro da indústria<br />
no desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação,<br />
mas também faz parte do ecossistema de inovação, unindo<br />
competências com as universidades e ICTs para valorizar a<br />
ciência no Brasil. Temos laboratórios com equipamentos de<br />
última geração que nos permitem ofertar o que há de mais<br />
moderno no mundo no que diz respeito à transformação<br />
de biomassa não só para geração de energia, mas também<br />
produção de biocombustíveis, bioprodutos, otimização de<br />
processos, etc...<br />
How important is ISI Biomass for the Manufacturing<br />
Sector?<br />
ISI Biomassa is not only a great partner for the<br />
industry in the development of research and innovation<br />
projects but is also part of the innovation ecosystem,<br />
combining skills with universities and ICT to promote<br />
science in Brazil. We have laboratories with state-of-the-art<br />
equipment that allows us to offer the most<br />
advanced technology in the world when it comes to<br />
biomass conversion, not only for energy generation but<br />
also for the production of biofuels, bioproducts, process<br />
optimization, etc.<br />
Quais as principais áreas de pesquisa do instituto?<br />
Atendemos a toda a indústria. Algumas das principais<br />
áreas são: bioprocessos, biotecnologia, energia, biocombustíveis,<br />
tecnologias de descarbonização, biologia molecular,<br />
microbiologia, sustentabilidade, bioinsumos, biomateriais,<br />
biocarvão, etc.<br />
What are the main research areas of the institute?<br />
We serve the whole industry. Some of the main areas<br />
are bioprocesses, biotechnology, energy, biofuels, decarbonization<br />
technologies, molecular biology, microbiology,<br />
sustainability, bioinputs, biomaterials, biochar, etc.<br />
O que destacaria como principais resultados alcançados<br />
até o momento pelo ISI Biomassa?<br />
Temos alguns projetos da área de bioprocessos /biotecnologia<br />
e energia que tiveram resultados muito bons, porém<br />
não podemos divulgá-los por haver confidencialidade<br />
envolvida.<br />
What would you highlight as the main achievements<br />
of ISI Biomassa so far?<br />
We have some projects in the area of bioprocesses/<br />
biotechnology and energy that have had very good<br />
results, but we cannot disclose them for confidentiality<br />
reasons.<br />
Qual a principal biomassa pesquisada na unidade?<br />
Já trabalhamos com diversos tipos de biomassa (vegetal,<br />
animal, microbiana) de diversos setores industriais.<br />
É um pouco difícil precisar a que mais exploramos, porém<br />
algumas relevantes que foram envolvidas em mais de um<br />
projeto são: macaúba, eucalipto, bagaço de cana-de-açúcar.<br />
Com relação a biomassa da madeira, é objeto de<br />
pesquisa no instituto?<br />
Sim, já tivemos e temos vários trabalhos com biomassa<br />
de origem do setor florestal e por estarmos no Vale da Celulose<br />
é um material bastante explorado não só para obtenção<br />
de produtos como a celulose, mas principalmente para<br />
avaliação dos subprodutos que hoje são pouco valorizados,<br />
What is the main biomass being researched at<br />
the unit?<br />
We have worked with different types of biomass<br />
(plant, animal, and microbial) from different industrial<br />
sectors. It is a little difficult to pinpoint the ones we have<br />
studied the most, but here are some of the relevant ones<br />
that have been involved in more than one project: macauba,<br />
eucalyptus, and sugarcane bagasse.<br />
Is wood biomass the subject of research at the<br />
Institute?<br />
Yes, we have done a lot of work with forest biomass.<br />
Being in Pulp Valley, it is a material that is being explored<br />
a lot, not only to get products like pulp but especially to<br />
26 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de<br />
máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração<br />
animal desde 1968, atendendo também demandas e necessidades no reparo<br />
e fabricação de peças de reposição do setor.<br />
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BR116-KM 180 | São Cristóvão do Sul - SC<br />
Fone: +55 (49) 3253-1100<br />
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E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br
ENTREVISTA<br />
como a lignina, resíduos florestais, tocos e raízes, extratos,<br />
etc. Também já trabalhamos com clonagem de espécies e<br />
reprodução in vitro. Ainda existe etapas a serem superadas,<br />
mas já obtivemos resultados promissores, principalmente na<br />
utilização de biomassa residual para obtenção de biocombustíveis.<br />
O ISI Biomassa já atendeu mais de 60 empresas.<br />
Como é esta parceria?<br />
Hoje praticamente todos os projetos que estamos<br />
executando ou já executamos foram demandas que vieram<br />
da indústria. A indústria nos procura com um problema ou<br />
avaliação para aproveitamento de um produto que ainda<br />
não tem um destino sustentável e nós retornamos com<br />
ideias que permitem a otimização e/ou valorização deste<br />
material, transformando-o em outro produto que pode<br />
atender a própria cadeia produtiva ou que seja de interesse<br />
de outros setores.<br />
Quais os benefícios que o instituto pode proporcionar<br />
para a sociedade?<br />
A utilização de tecnologias de descarbonização que<br />
auxilia setores produtivos a reduzirem ou até neutralizarem<br />
suas emissões de GEEs (gases de efeito estufa) na busca<br />
de reduzir o impacto das mudanças climáticas no nosso<br />
planeta, além de buscar o aproveitamento de materiais hoje<br />
descartados e que podem reduzir a utilização de químicos<br />
na agricultura, são exemplos de como a ciência e o instituto<br />
podem gerar benefícios à sociedade. Além de proporcionar<br />
oportunidades de novos negócios, gerando novos empregos<br />
e reduzindo a dependência de produtos de origem<br />
fóssil, com geração de energia mais limpa em benefício de<br />
todos.<br />
evaluate by-products that are currently undervalued,<br />
such as lignin, forest residues, stumps, roots, extracts,<br />
and so on. We are also working on species cloning and in<br />
vitro propagation. There are still steps to be taken, but we<br />
have already achieved promising results, especially in the<br />
use of residual biomass to obtain biofuels.<br />
ISI Biomassa has already helped more than 60<br />
companies. How does this partnership work?<br />
Today, practically all the projects we do or have done<br />
come from companies. A company comes to us with a<br />
problem or an assessment of how to use a product that<br />
does not yet have a sustainable destination. We come<br />
back with ideas that allow this material to be optimized<br />
and/or valorized, transforming it into another product<br />
that can serve its production chain or that is of interest to<br />
other sectors.<br />
What benefits can the Institute bring to society?<br />
The application of decarbonization technologies that<br />
assist productive sectors in reducing or even neutralizing<br />
their greenhouse gas emissions is a means of mitigating<br />
the impact of climate change on our planet. Additionally,<br />
the utilization of materials that are currently discarded<br />
and that can reduce the use of chemicals in agriculture<br />
exemplifies how science and the Institute can generate<br />
benefits for society. Furthermore, new business opportunities<br />
will be created, new jobs will be generated, and<br />
dependence on fossil-based products will be reduced.<br />
The result will be the generation of cleaner energy for the<br />
benefit of all.<br />
Temos laboratórios com equipamentos de última geração<br />
que nos permitem ofertar o que há de mais moderno no<br />
mundo no que diz respeito à transformação de biomassa<br />
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PRINCIPAL<br />
INOVAÇÃO COM<br />
BIOMASSA<br />
EMPRESA BRASILEIRA DESENVOLVEU SISTEMA<br />
DE AUTOMAÇÃO PARA AS FORNALHAS DE<br />
SECADORES DE GRÃOS, POSSIBILITANDO A<br />
UTILIZAÇÃO DE BIOMASSA EM SUBSTITUIÇÃO<br />
AO PROCESSO MANUAL A LENHA EM METROS<br />
FOTOS EMANOEL CALDEIRA<br />
INNOVATION<br />
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DEVELOPED AN AUTOMATION SYSTEM<br />
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MANUAL WOOD-FIRED PROCESS<br />
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30 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
31
PRINCIPAL<br />
O<br />
agronegócio movimenta a economia nacional e a<br />
secagem de grãos é um importante processo dentro<br />
desta cadeia produtiva. Tradicionalmente feita<br />
com a queima de lenha em fornalhas, essa história<br />
começou a mudar em 2013, quando foi criado o sistema de automação<br />
ComBer, utilizando biomassa de madeira (cavaco) para<br />
queima e promovendo um avanço no setor com a nova tecnologia,<br />
deixando para trás os riscos e problemas da secagem com<br />
lenha em metros, conhecida como metrinho.<br />
“Hoje, os novos armazéns, via de regra, já são construídos<br />
com o sistema de automação que permite a geração de calor<br />
para secar o grão a partir da queima de cavaco. As vantagens são<br />
muitas, como por exemplo a redução da mão de obra, a estabilidade<br />
da temperatura que proporciona um aumento da produtividade<br />
do secador e uma qualidade de secagem muito superior,<br />
a redução drástica das despesas com manutenção de fornalha,<br />
do volume de cinza e de fumaça, além de estarmos inseridos na<br />
Indústria 4.0, permitindo o acompanhamento da operação de<br />
secagem à distância, na palma da mão”, explica Mauro Sergio<br />
Souza, sócio e CEO da ComBer Indústria, empresa do Grupo Comelli,<br />
com sede em Rio Verde (GO).<br />
BUSCA PELA SOLUÇÃO<br />
Esta solução para secagem de grãos surgiu da inquietude<br />
do empresário Ivan Comelli, que fazia transporte de lenha para<br />
abastecer as caldeiras e fornalhas da Perdigão, hoje BRF, em Rio<br />
Verde. Ele já fazia transporte de pintinhos para Perdigão em Orleans<br />
(SC) e a convite da empresa, mudou-se com a família para<br />
Goiás. Atuou também no transporte de lenha até 2010, quando<br />
a empresa disse que queria unificar a atividade que incluía o<br />
corte, baldeio e transporte da lenha. “Não queria assumir o pro-<br />
A<br />
gribusiness drives the domestic economy, and grain<br />
drying is an important process in this production<br />
chain. Traditionally carried out by burning wood in<br />
kilns, this story began to change in 2013 when the<br />
ComBer automation system was created, using wood bio-mass<br />
(chips) for burning and promoting a breakthrough in the Sector<br />
with the new tech-nology, leaving behind the risks and problems<br />
of drying using wood by the cubic meter (approximately 0.28<br />
cords), called “Metrinho”.<br />
Today, new warehouses are usually built with an automation<br />
system that allows heat production to dry the grain by burning<br />
the chips. “The benefits are many, including re-duced labor, temperature<br />
stability that increases dryer productivity, and much better-drying<br />
quality, drastically reducing the maintenance costs of<br />
the kiln, and the amount of ash and smoke, as well as being part<br />
of Industry 4.0, allowing the drying operation to be monitored remotely,<br />
from the palm of your hand,” explains Mauro Sergio Souza,<br />
Partner and Managing Director of ComBer Indústria, a Comelli<br />
Group company based in Rio Verde (GO).<br />
IN SEARCH OF A SOLUTION<br />
This solution for drying grain was born out of the concerns of<br />
Ivan Comelli, a business-man who used to transport firewood to<br />
feed the boilers and furnaces of Perdigão, now BRF, in Rio Verde.<br />
He was already transporting baby chicks for Perdigão in Orleans<br />
(SC) and moved to Goiás with his family at the Company’s invitation.<br />
He also worked in fire-wood transportation until 2010, when<br />
Perdigão wanted to unify the activity that included cutting, baling,<br />
and transporting firewood. “I did not want to take over the<br />
whole process because it involved many people, but I did not want<br />
to leave the job,” he says. “So, in 2011, Felipe (my eldest son) and I<br />
32<br />
www.REVISTABIOMAIS.com.br
As vantagens são muitas, como<br />
por exemplo a redução da<br />
mão de obra, a estabilidade da<br />
temperatura que proporciona<br />
um aumento da produtividade<br />
do secador e uma qualidade de<br />
secagem muito superior<br />
cesso inteiro, porque envolvia muita gente nesse corte, mas não<br />
queria deixar o serviço”, relutava o empresário. “Então em 2011,<br />
eu e o Felipe (filho mais velho), fomos na Expoforest em Mogi<br />
Mirim (SP) e lá conhecemos o processo de produção de cavaco<br />
no campo, que já operava em alguns países fora do Brasil. Vimos<br />
picador em operação, feller jogando madeira no chão e vimos<br />
skidder levar madeira para a beira da estrada e concluímos que<br />
se tivéssemos os equipamentos todos, poderíamos assumir o<br />
serviço. Montamos o projeto, vendemos a ideia para a Perdigão,<br />
inclusive baixando o custo deles. Eles aceitaram e então montamos<br />
o primeiro módulo florestal. Passamos a fazer o cavaco<br />
no campo e a levar pronto para ser consumido na caldeira da<br />
indústria”, conta Ivan.<br />
Porém, lembra o empresário, ainda assim tinha a entrega do<br />
metrinho, para os secadores de grãos da empresa. “Entregar 25<br />
mil m³/mês de cavaco na Perdigão me dava menos trabalho do<br />
que entregar 10 mil m³/ano de lenha. Perdia mais tempo, mão<br />
de obra ruim, gastava energia. Em 2012 disse que não ia entregar<br />
mais o metrinho e falei para eles adequarem os armazéns<br />
para operar com cavaco. Me falaram que não tinha nada nessa<br />
linha. Então disse: se não tem vou achar uma solução”, constestou<br />
o empresário à época. Ele revela que quando trabalhava<br />
em Orleans, na serraria com o pai, entregava pó de serra para<br />
queimar em olarias/cerâmicas e acreditava que seria possível<br />
desenvolver algo para viabilizar o uso de cavaco no processo de<br />
secagem dos grãos.<br />
Em viagem para Santa Catarina, em abril de 2013, fez visitas<br />
em fábricas de cerâmicas, na região de Orleans e Criciúma (SC),<br />
Mauro Sergio Souza, sócio e CEO<br />
da ComBer Indústria<br />
went to Expoforest in Mogi Mirim (SP), and there we learned about<br />
the process of producing chips in the field, which was already in<br />
operation in some countries outside Brazil. We saw a chipper in<br />
operation, a feller buncher piling wood on the ground, and a skidder<br />
taking wood to the side of the road, and we conclud-ed that<br />
if we had all the equipment, we could do the job. We set up the<br />
project, sold the idea to Perdigão, and even lowered the cost. They<br />
accepted, and so we set up the first forestry module. We started to<br />
produce chips in the field and take them to the industrial boiler,”<br />
says Comelli.<br />
But, he recalls, he still had to deliver the Metrinho for the Company’s<br />
grain dryers. “Deliv-ering 25 thousand m³/month of chips<br />
to Perdigão was less work than delivering 10 thou-sand m³/year<br />
of firewood. It was taking more time and energy, and there was<br />
a lack of skilled labor. In 2012, I told them I was not able to deliver<br />
the Metrinho anymore, and I told them they should adapt the<br />
warehouses to work with chips. They told me they did not have<br />
anything like that. So, I said: “If you have no way to do so, I will find<br />
one,” recalls the determined entrepreneur. He reveals that when he<br />
was working with his father at the sawmill in Orleans, he delivered<br />
sawdust to be used in potteries/ceramic firing kilns and believed<br />
that it would be possible to develop something that would make<br />
it possible to use chips in the grain drying process.<br />
When he traveled to Santa Catarina in April 2013, he visited<br />
ceramic factories in the Or-leans and Criciúma (SC) Regions until<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 33
PRINCIPAL<br />
até que encontrou um sistema de secagem de tijolos produzido<br />
pala metalúrgica Bernardini, com sede em Sangão (SC), que<br />
parecia ser o ponto de partida para a solução que ele buscava.<br />
Em conversa com o proprietário da metalúrgica, Dilamar Bernardini,<br />
chegaram ao consenso de que era possível desenvolver um<br />
sistema de automação a cavaco para a secagem de grãos. Bernardini<br />
foi para Rio Verde para conhecer o sistema de secagem<br />
tradicional de cereais e garantiu que conseguiriam desenvolver<br />
o equipamento, que não era difícil e que daria certo. Mesmo sem<br />
a garantia de que a Perdigão iria comprar a ideia, Ivan Comelli<br />
mandou seguir em frente e foram feitas quatro máquinas com o<br />
compromisso de instalar duas.<br />
Em junho de 2013 foram montadas as duas primeiras máquinas.<br />
Assim que estabilizou a temperatura, o gerente da Perdigão<br />
que acompanhava o processo chamou o Ivan e disse para instalar<br />
os outros dois equipamentos. “As primeiras máquinas funcionam<br />
até hoje na Perdigão. Eu sabia o que queria e o Bernardini<br />
sabia o que fabricava. Ele dizia que era mais fácil fazer esse<br />
equipamento do que outros equipamentos que fabricava e isso<br />
me deu muita segurança e tranquilidade. A partir daí entramos<br />
nesse mundo, comecei a conversar sobre o processo de secagem<br />
com outras empresas e o negócio foi evoluindo”, explica o<br />
empresário Ivan Comelli.<br />
SEDE EM RIO VERDE<br />
Até 2018 todos os equipamentos da ComBer eram fabricados<br />
em Sangão. Sócio no negócio, Bernardini acabou saindo da<br />
empresa por decisão própria, mas continua produzindo equipamentos<br />
até hoje, como um terceirizado. A produção da ComBer<br />
em Rio Verde começou em 2018 e em 2023 a fábrica mudou para<br />
uma nova sede, mais ampla e moderna, com cerca de 5 mil m²<br />
(metros quadrados).<br />
Mauro Sergio Souza, sócio e CEO da ComBer Indústria,<br />
Lucas de Oliveira Comelli, diretor comercial do Grupo Comelli,<br />
Ivan Comelli, empresário/fundador do Grupo Comelli e<br />
Felipe de Oliveira Comelli, CEO do Grupo Comelli,<br />
comemoram as conquistas da ComBer<br />
he came across a brick drying system developed by the Bernardini<br />
metallurgical plant located in Sangão (SC), which could be the<br />
starting point for the solution he was looking for. In a conversation<br />
with the owner of the metal-works, Dilamar Bernardini, they<br />
agreed that it was possible to develop a chip automation system<br />
for grain drying. Bernardini went to Rio Verde to see the traditional<br />
grain drying system and assured them that they could develop<br />
the equipment, that it was not difficult, and that it would work.<br />
Although there was no guarantee that Perdigão would buy the<br />
idea, Ivan Comelli told them to go ahead, and four machines were<br />
manufactured with a commitment to install two.<br />
The first two machines were installed in June 2013. As soon<br />
as the temperature stabi-lized, the Perdigão Manager who was<br />
monitoring the process called Comelli and told him to install the<br />
other two machines. “The first machines are still running at Perdigão<br />
today. I knew what I wanted, and Bernardini knew what he<br />
made. He said it was easier to make this equipment than other<br />
equipment he made, and that gave me a lot of security and peace<br />
of mind. From then on, we entered this world. I started talking to<br />
other compa-nies about the drying process, and the business developed,”<br />
explains entrepreneur Comelli.<br />
HEADQUARTERS IN RIO VERDE<br />
Until 2018, all ComBer equipment was manufactured in Sangão.<br />
As a Partner in the Company, Bernardini eventually left the<br />
Company by his own decision but continues to produce equipment<br />
as an outsourced contractor to this day. ComBer’s production<br />
in Rio Verde began in 2018, and in 2023, the factory moved<br />
to a new, larger, and more modern site of about five thousand m².<br />
“ComBer was born in this world and became professionalized.<br />
We saw the need that ex-isted and began to develop projects for<br />
large companies and cooperatives. Our equip-ment is adapted to<br />
each need. A producer with a small warehouse does not miss out.<br />
The return on investment today is less than two years; few things<br />
34 www.REVISTABIOMAIS.com.br
“A ComBer nasceu nesse mundo e se profissionalizou. Vimos<br />
a necessidade que existia e começamos a desenvolver projetos<br />
para grandes empresas e cooperativas. Nossos equipamentos<br />
são desenvolvidos de forma personalizada para cada necessidade.<br />
Um produtor com armazém pequeno não vai deixar de ser<br />
atendido. O retorno do investimento hoje é de menos de 2 anos<br />
e poucas coisas dão retorno tão rápido assim e de quebra, resolvendo<br />
um punhado de problemas. Acredito que em um prazo<br />
de 10 anos não tem mais ninguém mexendo com lenha, é um<br />
processo muito caro e problemático”, projeta Ivan.<br />
A ComBer está com 11 anos de mercado e é líder no setor,<br />
com mais de 800 equipamentos vendidos em todo Brasil. “É<br />
muito gratificante e não é por ego, é gratificante porque a gente<br />
sabe que contribuiu para esse desenvolvimento. Teve os percalços<br />
no caminho, surgiram cópias do equipamento, empresas<br />
que já atuavam nesse setor e não tinham essa solução também<br />
buscaram desenvolver uma solução parecida. Com tanta tecnologia<br />
que a agricultura tem hoje, a geração de calor no processo<br />
de secagem está muito atrasada e vemos que tem muita coisa<br />
para ser explorada”, alerta Ivan Comelli.<br />
O CEO da empresa reforça: “O diferencial da ComBer está na<br />
sua história, no fato de ter sido pioneira no segmento de automação<br />
a cavaco para fornalhas de secadores de grãos, nos seus<br />
valores e na sua tecnologia. A ComBer vem moldando esse mercado,<br />
sendo seguida e levando soluções para secagem de soja,<br />
de milho, de trigo, numa condição, com certeza, de mudança<br />
tecnológica e de melhoria da sustentabilidade do sistema de secagem<br />
de grãos”, resume o CEO Mauro Sergio Souza.<br />
GRUPO COMELLI<br />
A ComBer é um braço do Grupo Comelli que nasceu<br />
como transportadora. Hoje atua também no segmento de<br />
biomassa e colheita florestal. Com sede em Rio Verde (GO)<br />
o Grupo trabalha em todo centro-oeste, com filiais e com<br />
operações na região do Triângulo Mineiro e o transporte de<br />
biomassa, bagaço de cana, no Estado de São Paulo. “Hoje<br />
fazemos mais de 500 mil m³/mês de cavaco, temos mais<br />
de 300 caminhões rodando, mais de 50 máquinas florestais<br />
trabalhando e toda equipe técnica, pois nenhuma empresa<br />
funciona sem as pessoas estarem operando”, orgulha-se<br />
Felipe de Oliveira Comelli, CEO do Grupo Comelli. “Somos<br />
especializados em soluções para nossos clientes. A ComBer<br />
não está inserida apenas onde está a biomassa produzida<br />
por nós, está inserida no Brasil todo. O Grupo Comelli pode<br />
não estar, mas a ComBer está lá. Vemos que tem muita área<br />
para crescer dentro do próprio Brasil ”, afirma Lucas de Oliveira<br />
Comelli, diretor comercial do Grupo Comelli.<br />
pay for themselves so quick-ly and solve so many problems. I believe<br />
that in ten years, nobody will work with fire-wood; it is a very<br />
expensive and problematic process,” believes Comelli.<br />
ComBer has been in the market for 11 years and is a leader<br />
in the Sector, with more than 800 units sold throughout Brazil. “It<br />
is very gratifying, and not for ego’s sake; it is gratifying because<br />
we know we have contributed to this development. There were<br />
setbacks along the way; there were copies of the equipment; there<br />
were companies that were already working in this space that did<br />
not offer this solution. They were also trying to develop a similar<br />
solution. With so much technology in agriculture today, heat generation<br />
in the dry-ing process lags far behind, and we see that<br />
there is a lot to be explored,” warns Comelli.<br />
Managing Director Souza adds: “ComBer’s differentiation lies<br />
in its history, in the fact that it was a pioneer in the segment of<br />
chip automation for grain drying kilns, in its values and its technology.<br />
ComBer has shaped this market, has been followed, and<br />
has brought so-lutions for drying soybeans, corn, and wheat in a<br />
state that is sure to bring technological change and improve the<br />
sustainability of the grain drying system,” he concludes.<br />
COMELLI GROUP<br />
ComBer is a branch of the Comelli Group that was born as a<br />
transport company. Today, it also operates in the Biomass and Forest<br />
Harvest Sectors. Headquartered in Rio Verde (GO), the Group<br />
operates throughout the Midwest with branches and operations<br />
in the Triângulo Mineiro Region and in the transportation of biomass<br />
and sugarcane bagasse, in the State of São Paulo. “Today,<br />
we produce more than 500 thousand m³ of chips per month,<br />
we have more than 300 trucks, more than 50 forestry machines<br />
working, and an entire technical team because no company operates<br />
without workers,” says Felipe de Oliveira Comelli, Managing<br />
Director of the Comelli Group. “We specialize in solutions for our<br />
customers. ComBer is not only where the biomass we produce is; it<br />
is all over Brazil. The Comelli Group may not be there, but ComBer<br />
is. We see that there is much room for growth in Brazil itself,” says<br />
Lucas de Oliveira Comelli, Sales Director of the Comelli Group.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
35
LINHA COMBER - GRELHA FIXA<br />
LBI - LARGE BIOMASS INJECTOR CBI - COMPACT BIOMASS INJECTOR FCB - FORNALHA METÁLICA<br />
• Capacidade máxima de injeção: 13,5 m³/h;<br />
• Capacidade máxima energética: 14,58 Gcal;<br />
• Estoque de até 20 m³;<br />
• Equipamento construído em aço<br />
galvanizado;<br />
• Equipamento modular com<br />
motorredutores individuais;<br />
• Sistema de monitoramento WEG SMART<br />
MACHINE;<br />
* Umidade da biomassa até 40%<br />
• Capacidade máxima de injeção: 9 m³/h;<br />
• Capacidade máxima energética: 9,72 Gcal;<br />
• Estoque de até 9,45 m³;<br />
• Equipamento construído em aço galvanizado;<br />
• Equipamento modular com motorredutores<br />
individuais;<br />
• Sistema de monitoramento WEG SMART<br />
MACHINE;<br />
* Umidade da biomassa até 40%<br />
• Equipamento construído em aço<br />
galvanizado;<br />
• Revestido em fibra cerâmica e massa<br />
silplate;<br />
• Colete de tijolo refratário para prevenir<br />
impactos e degradação da fibra;<br />
• Sistema de redemunhador e quebra<br />
chamas para a extinção de fagulhas;<br />
• Vazão máxima atendida de 800.000 m³/h;<br />
* Umidade da biomassa até 40%<br />
LINHA COMBER - GRELHA MÓVEL<br />
MOEGA INJETORA QDC - QUEIMADOR ECO DUOS QSC - QUEIMADOR STOKER<br />
• Capacidade máxima de injeção: 20 m³/h;<br />
• Capacidade máxima energética: 12 Gcal;<br />
• Estoque de até 10 m³;<br />
• Equipamento construído em aço carbono;<br />
• Equipamento com motorredutores<br />
individuais;<br />
* Umidade da biomassa até 50%<br />
• Sistema de grelha móvel adaptável em<br />
fornalhas existentes;<br />
• Preparado para queima de matérias com altos<br />
índices de umidade;<br />
• Equipamento construído com sistema de<br />
ventilação primária e secundária, que garante<br />
a queima de gases voláteis;<br />
• Patente Requerida INPI;<br />
* Umidade da biomassa até 50%<br />
• Sistema de grelhado móvel com câmara<br />
de combustão;<br />
• Revestido em fibra cerâmica e massa<br />
silplate;<br />
• Preparado para queima de matérias com<br />
altos índices de umidade;<br />
• Sistema de ventilação primária com ar<br />
pré-aquecido;<br />
• Equipamento construído com sistema de<br />
ventilação secundário, que garante a<br />
queima de gases voláteis;<br />
* Umidade da biomassa até 50%<br />
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• Projetado conforme demanda da unidade;<br />
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• Possui cobertura com telhas multi-dobras;<br />
• Estrutura de treliças;<br />
• Construído com roletes;<br />
Correia de Fluxo Bidirecional<br />
• Direcionamento do fluxo de entrega;<br />
• Passarela para manutenção e inspeção;<br />
• Projetado conforme demanda da<br />
unidade;<br />
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• Possui cobertura com telhas<br />
multi-dobras;<br />
Piso Móvel<br />
• Realiza movimentação da biomassa<br />
através de taliscas alternadas;<br />
• Permite descarga com pá carregadeira,<br />
carreta basculante e carreta piso móvel;<br />
• Forma construtiva modular, permitindo<br />
ampliação;<br />
Esticador Gravitacional<br />
• Utilizado para realizar tensionamento de<br />
correias em grandes distâncias;<br />
• Esticamento dinâmico;<br />
• Fabricado com contrapesos de concreto;<br />
OPCIONAIS<br />
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• Realiza a classificação da biomassa dentro do<br />
padrão de trabalho projetado para o equipamento;<br />
• Previne empenamento dos helicoides, desgastes<br />
prematuros de grelhas e motorredutores;<br />
• Equipamento parafusado de fácil instalação e<br />
manutenção;<br />
• Pode ser acoplado em equipamentos já existentes;<br />
• Sistema de redemunhadores e quebra chamas para<br />
extinção de fagulhas;<br />
• Revestimento em fibra cerâmica;<br />
• Sistema de venezianas para mistura de ar e controle<br />
de depressões;<br />
• Sistema modular de fácil instalação;<br />
INDÚSTRIA GO (64) 3018-2522 INDÚSTRIA SC (47) 3411-1711
ESTUDO<br />
RETRATO<br />
DA BIOMASSA<br />
NA BAHIA<br />
ASSOCIAÇÃO TEM<br />
SE REUNIDO COM<br />
REPRESENTANTES DO<br />
GOVERNO PARA<br />
LEVANTAMENTO<br />
DA PRODUÇÃO DE<br />
CAVACO NO ESTADO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
38 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
39
ESTUDO<br />
A<br />
Abaf (Associação Baiana das Empresas de<br />
Base Florestal) tem se reunido com representantes<br />
da Seagri (Secretaria da Agricultura do<br />
Estado da Bahia) e da Seinfra (Secretaria de<br />
Infraestrutura do Estado da Bahia) para contribuir com o<br />
estudo sobre a disponibilização de biomassa de madeira<br />
no estado da Bahia. A medida visa atender a demanda<br />
por madeira e cavaco de madeira para a geração de energia<br />
no Estado, além de, como alternativa, outras fontes<br />
de bioenergia, como sisal, seringa, côco, dendê, cana-de-<br />
-açúcar, entre outras.<br />
“Somos constantemente consultados sobre o fornecimento<br />
de madeira ou cavaco, por várias empresas de<br />
diferentes segmentos, como a indústria de alimentos<br />
JBS, o Sindicato de Cerâmica ou empresas de energia. O<br />
cavaco de madeira é uma fonte de energia renovável e<br />
sustentável com um alto potencial energético. O seu uso<br />
pode contribuir para a redução do desperdício de madeira<br />
e gerar economia para as empresas. Além disso, outras<br />
alternativas estão sendo estudadas para ampliar a fonte<br />
de energia em nosso estado”, explica Wilson Andrade,<br />
diretor executivo da Abaf.<br />
Este estudo, que está sendo conduzido pela Seagri,<br />
Seinfra, Cimatec e USP, pode vir a se chamar: Atlas da Biomassa<br />
da Bahia; a exemplo do documento já divulgado<br />
por Minas Gerais, o Atlas de Biomassa de Minas Gerais.<br />
“Com base nos atlas realizados anteriormente por<br />
nós, o eólico e o solar, estamos construindo essa que será<br />
uma ferramenta bastante utilizada pelos empreendedores.<br />
Um documento completo sobre as várias fontes de<br />
energia de biomassa disponíveis na Bahia”, completou<br />
Gilson Moraes, diretor de energia da Seinfra.<br />
Com base nos atlas realizados<br />
anteriormente por nós, o eólico e<br />
o solar, estamos construindo essa<br />
que será uma ferramenta bastante<br />
utilizada pelos empreendedores.<br />
Um documento completo sobre<br />
as várias fontes de energia de<br />
biomassa disponíveis na Bahia<br />
Gilson Moraes, diretor de<br />
energia da Seinfra<br />
40 www.REVISTABIOMAIS.com.br
JSIC EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA<br />
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FEIRA<br />
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42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CONSOLIDADA NO<br />
SETOR, A LIGNUM<br />
LATIN AMERICA 2024<br />
SUPEROU EXPECTATIVA<br />
DE ORGANIZADORES E<br />
EXPOSITORES<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
43
FEIRA<br />
R<br />
ealizada entre os dias 17 e 19 de setembro, a Feira<br />
Lignum Latin America, feira da cadeia produtiva<br />
da madeira, encerrou a V edição com números<br />
recordes, consolidando-se como o principal<br />
evento do setor da indústria da madeira na América Latina.<br />
Segundo os organizadores, foram 11.190 participantes,<br />
vindos de 21 Estados brasileiros e 22 países da América<br />
Latina, Europa e Ásia que estiveram na feira que aconteceu<br />
no Expotrade em Pinhais (PR), e integrou a programação<br />
da SIM (Semana Internacional da Madeira). O número de<br />
visitantes representou um aumento de 35% em relação à<br />
edição anterior, realizada em 2022. A feira também bateu<br />
o recorde de expositores, com 165 empresas participantes,<br />
representando um crescimento 40% maior que na última<br />
edição.<br />
Para Juliano Araujo, presidente da Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />
os números são resultado de um trabalho a muitas<br />
mãos. “O sucesso desta edição da Semana Internacional<br />
da Madeira foi reflexo do envolvimento e da mobilização<br />
da equipe organizadora para trazer temas relevantes à<br />
discussão. Por isso, a cada edição, o evento ganha público<br />
mais qualificado que sabe que vai encontrar experiências e<br />
conhecimentos reais e aplicáveis ao dia a dia da indústria”,<br />
afirmou Juliano.<br />
A Revista REFERÊNCIA BIOMAIS conversou com clientes<br />
e parceiros que estiveram apresentando suas soluções e<br />
novidades na feira. Confira:<br />
ANDRITZ<br />
O diretor comercial da ANDRITZ, divisão de Feed e<br />
Biofuel – Ração e Biomassa, Eduardo Soffioni, comentou a<br />
novidade que a empresa expôs na feira. “Estamos na Lignun<br />
Latin America 2024 no estande com a nossa parceira<br />
Dujua, e apresentando o nosso lançamento a PM30-6,<br />
máquina específica para peletização de biomassa.” Houve<br />
uma procura importante de visitantes durante os três dias<br />
de feira e a expectativa é que o pós-feira seja ainda mais<br />
abrangente no que tange o volume de negócios fechado,<br />
segundo Eduardo, da ANDRITZ.<br />
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
BACHIEGA<br />
Especialista na fabricação de piso móvel para os transportes<br />
de cavaco e biomassa, a BACHIEGA levou à Lignum seu<br />
principal lançamento para o ano de 2024 que fez parte das<br />
demonstrações da área externa da feira. Elisangela Abel, supervisora<br />
administrativa, destacou a experiência e as oportunidades<br />
trazidas pela feira. “Somos líderes nacionais no nosso<br />
segmento e para a Lignum viemos com nossa novidade em<br />
piso móvel com a maior capacidade de carga semirreboque<br />
no comprimento de 15,60m (metros), com 4 eixos e capacidade<br />
volumétrica de 114 m³ (metros cúbicos). Agradecemos a<br />
todos que nos visitaram e puderam conhecer todas as nossas<br />
soluções para o mercado”, valorizou Elisangela.<br />
BENECKE<br />
Com mais de 70 anos de atuação no mercado, a Benecke<br />
apresentou suas inovações, conforme comentaram os diretores<br />
administrativos Kurt Benecke e Kurt Benecke Junior. “Na<br />
Benecke, estamos constantemente inovando para atender às<br />
necessidades e expectativas dos nossos clientes. Sabemos que<br />
não podemos parar, e é por isso que nossa caldeira se destaca<br />
no mercado como um dos nossos principais diferenciais. Desde<br />
2013, utilizamos o concreto refratário, uma tecnologia que consolidamos<br />
internamente e que tem sido essencial para o desempenho<br />
superior dos nossos equipamentos. Além disso, fomos<br />
pioneiros ao trazer a tecnologia de grelha móvel para o Brasil<br />
em 1990, uma inovação da Alemanha que evoluímos ao longo<br />
dos anos, acompanhando o mercado. Gostaríamos também<br />
de parabenizar a Revista REFERÊNCIA, que celebra 25 anos de<br />
excelência no setor”, lembrou Kurt, que a Benecke esteve entre<br />
as primeiras empresas anunciantes na Revista REFERÊNCIA, mais<br />
precisamente, desde a edição número 1, ou seja, há 25 anos.<br />
BRUNO<br />
"A Lignum é um espaço essencial para o desenvolvimento<br />
do setor, e estar presente aqui reafirma nossa liderança e<br />
nosso compromisso com a inovação", destacou o diretor da<br />
Bruno, Angelo Ricardo Henz. Ditando tendências a empresa<br />
aproveitou o evento para apresentar o seu mais novo lançamento,<br />
o picador estacionário Titan PBFTE 600/800x1200,<br />
que chamou a atenção de visitantes e especialistas do setor.<br />
Na avaliação da Bruno a feira foi uma excelente oportunidade<br />
para a apresentação das suas soluções, mas também para o<br />
fortalecimento de parcerias e o compartilhamento de conhecimentos<br />
com clientes e potenciais novos parceiros.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
45
FEIRA<br />
BURNTECH<br />
O CEO da Burntech, empresa referência em soluções<br />
para geração de energia térmica, Reges Dias, falou sobre<br />
a importância da feira. “Um evento como a Lignum é<br />
uma oportunidade para compartilharmos o que temos<br />
desenvolvido firmemente nos últimos 10 anos. Investimos<br />
muito em tecnologia, em engenharia e com os mais de<br />
mil equipamentos instalados nos traz know how robusto<br />
para levar solução para nossos clientes. Levamos soluções<br />
eficientes gerando energia térmica e elétrica, setor onde<br />
estamos caminhando com êxito total.”<br />
COSTRUZIONI NAZZARENO<br />
A empresa de origem italiana com atuação no Brasil,<br />
Costruzioni Nazzareno, é reconhecida pelo design e construção<br />
de sistemas para produção de pellets de madeira.<br />
Durante a Lignum Latin America a empresa apresentou<br />
uma prensa nova, além das suas soluções personalizadas<br />
para serrarias e sistemas tecnológicos para a produção de<br />
combustíveis ecológicos a partir de biomassa e reciclagem<br />
e descartes de produção.<br />
CPM<br />
O gerente regional para América do Sul da CPM,<br />
Matheus Taffarel, ressaltou as novidades da empresa<br />
para o setor. “Estamos trazendo novidades, uma delas é a<br />
máquina Direct Drive que tem acionamento direto e uma<br />
série de benefícios. A CPM é uma marca que busca inovação<br />
constante, muita melhoria de processo e otimização<br />
energética, sempre em busca de reduzir custos e aumentar<br />
a eficiência da operação. A América do Sul é um mercado<br />
que está crescendo bastante e estamos conseguindo surpreender,<br />
há bastante movimento no Chile, além do Brasil,<br />
onde temos boas expectativas.”<br />
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
DRV<br />
“Tudo isso é feito para vocês, para os nossos parceiros”,<br />
explica Diego Ricardo Vieira, diretor da DRV Ferramentas,<br />
sobre o estande que chamou atenção na feira. Para a<br />
Lignum a DRV trouxe uma grande novidade que é uma<br />
nova linha de sabres, ponteiras e afiadoras da DRV para o<br />
segmento florestal. “Era um segmento que já queríamos<br />
fazer parte e agora estamos muito orgulhosos de trazer<br />
nossa excelência para o corte florestal”, destacou Diego.<br />
DUJUA SOLUÇÕES PARA BIOMASSA<br />
Fernando da Silva, gerente comercial da Dujua, destacou<br />
a importância da participação na feira e a parceria com<br />
outros expositores. “A Lignum está sendo um grande sucesso,<br />
superando nossas expectativas em termos de movimento<br />
e interesse. Nosso objetivo aqui é apresentar a Dujua<br />
como uma gerenciadora de plantas turnkey no segmento<br />
de pellets de madeira, fabricante de equipamentos para a<br />
movimentação, processamento e armazenamento da biomassa,<br />
em parceria com a ANDRITZ, nossa aliada em toda a<br />
América Latina. A ANDRITZ fornece as peletizadoras e outros<br />
equipamentos acessórios para nossas plantas. Além disso,<br />
estamos agora representando a Stela Drying Technology em<br />
todo o Brasil, uma empresa alemã líder mundial e referência<br />
em tecnologia de secagem de madeira, conhecida por seus<br />
secadores de alta eficiência.”<br />
ENGECASS<br />
O diretor da Engecass Equipamentos Industriais, Paulo<br />
da Cass, comentou sobre as soluções em secagem de<br />
madeira que levou para a Lignum. “Acredito que a nossa indústria<br />
está sempre carente de novas tecnologias e novas<br />
soluções para o mercado da madeira, e a Engecass, com<br />
seus já 30 anos de experiência e sua equipe, está trazendo<br />
novidades aos processos de secagem de madeira com a<br />
implantação de dispositivos que trazem maior eficiência e<br />
maior rendimento para o processo.”<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
47
FEIRA<br />
GELL TECHNO SOLUTIONS<br />
O diretor da empresa, Joel Rosa, destacou o mercado<br />
de pellets no Brasil. “O pellet hoje, na verdade, contribui<br />
muito com o segmento aonde consegue agregar valor em<br />
determinados subprodutos. Pellet a gente sabe que é uma<br />
tendência no mercado cada vez mais crescente, não só<br />
para exportação, mas também para o mercado interno na<br />
indústria, comércio, residências. É um novo produto para<br />
os madeireiros. Parabenizo também a Revista REFERÊNCIA<br />
que é um meio que ajuda a divulgar a nossa tecnologia<br />
e difundir o pellet no mercado e fomentar o consumo”,<br />
enalteceu Joel.<br />
IMTAB<br />
Durante a Lignum, o diretor da empresa, Joel Padilha,<br />
falou sobre o lançamento da empresa: "A nossa empresa<br />
sempre procura estar à frente, inovando com produtos e<br />
lançamentos. E o lançamento nesta feira é o gerador de<br />
água quente. Estamos lançando a caldeira com geração de<br />
água quente para acoplar em secadores de esteiras para<br />
produção de pellets. Isso completa o nosso portfólio de<br />
máquinas para pellets." A Imtab é um dos grandes apoiadores<br />
da edição da REFERÊNCIA BIOMAIS, que a partir de<br />
2025 passa a ser mensal.<br />
LDG FOREST GROUP S/A<br />
Fundada na Dinamarca em 1976, a LDG Forest Group<br />
S/A traz mais de 40 anos de experiência para o cenário<br />
global, enfatizando a gestão sustentável de florestas e<br />
soluções energéticas ecológicas. A empresa foi uma das<br />
participantes da Lignum Latin America. Com operações na<br />
Itália, Escandinávia, Brasil, Polônia, Estados Bálticos, França,<br />
Bélgica, Canadá e EUA, a LDG Forest Group estabelece-se<br />
como uma empresa fundamental nos mercados de pellets<br />
de madeira na Europa, bem como na América do Norte e<br />
do Sul, comercializando pellets de uso doméstico e industrial,<br />
e exportando o produto em contêineres e navios a<br />
granel.<br />
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MANOS<br />
A Lignum foi escolhida para a primeira apresentação<br />
da nova Linha Biomassa da Manos Implementos. Kimio<br />
Mori, gerente comercial da Manos, explica que essa novidade<br />
é focada em uma projeção de que a biomassa seja<br />
uma das principais fontes de energia mundiais ainda neste<br />
século. “Esse implemento, com todas as características que<br />
estamos comercializando, tem o primeiro bitrem já rodando<br />
na operação da Klabin de Otacílio Costa (SC), é ideal<br />
para o transporte de biomassa que pode ser descarregado<br />
entre 3 min a 5 min (minutos), totalmente operado com<br />
controle remoto, trazendo mais segurança para o operador<br />
e velocidade no campo”, explicou Kimio.<br />
METALSUL<br />
Fundada em 2008 a Metalsul Industrial está instalada<br />
em Xaxim (SC) e participou pela primeira vez da Lignum<br />
Latin America com demonstração dos equipamentos na<br />
área de produção de biomassa. “Estivemos presentes na<br />
feira Lignum expondo nossos produtos, equipamentos,<br />
apresentando nossa proposta na parte de secadores<br />
rotativos”, relatou Ezequiel de Barros, diretor e fundador da<br />
empresa.<br />
MILL INDÚSTRIAS<br />
O analista de Comunicação & Marketing da empresa,<br />
Bruno Valim, explicou o funcionamento do lançamento da<br />
empresa na feira. “O produto que expomos na Lignum é<br />
um lançamento que hoje contempla um dispositivo que<br />
executa o fechamento rápido nos cabeçotes da máquina<br />
bloco ou da máquina geminada, o Dispositivo de Fechamento<br />
Rápido para Serra Fita Vertical Geminada e Bloco.<br />
Esse mecanismo novo dispensa o sistema manual de<br />
ajustes e substitui um classificador, otimiza a produção e é<br />
possível fazer a programação com o range de diâmetro da<br />
madeira que o cliente processa. Um sensor na esteira da<br />
máquina faz o ajuste automático de acordo com a madeira<br />
que está passando.”<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
49
FEIRA<br />
TMSA/KAHL<br />
Fábio Moreira Soares, comercial KAHL Brasil ressaltou<br />
a participação na feira. “Mais uma vez a TMSA tem o prazer<br />
em participar da Lignum e trazer junto com nossos parceiros,<br />
Madec e Planalto, as soluções integrais que temos<br />
para a produção de pellets na indústria da madeira, uma<br />
forma segura de agregar valor a materiais que são pouco<br />
valorizados e que podem gerar além de receitas, benefícios<br />
para o meio ambiente. Agradecemos a visita de todos os<br />
nossos clientes e amigos que puderam compartilhar seu<br />
tempo conosco nesse evento.”<br />
RECIMAC<br />
Em sua primeira participação na Lignum, a Recimac,<br />
localizada em Palhoça (SC), apresentou suas melhores<br />
soluções em sistemas de peneiramento. Christian Martini,<br />
gerente comercial da empresa, destacou: “Trouxemos para<br />
este evento nossa principal novidade do ano - uma nova<br />
linha de produtos fabricados com materiais altamente resistentes<br />
à abrasão e insertos de Hardox, garantindo maior<br />
durabilidade e eficiência para os nossos equipamentos.”<br />
VANTEC<br />
A Vantec aproveitou a Lignum para apresentar o<br />
Picador Florestal BRONCO E, a solução ideal para otimizar<br />
a produção de cavaco a partir de toras, galhos e resíduos<br />
de madeira, sendo um equipamento compacto, montado<br />
sobre esteira rodante, como motor hidráulico e fácil acesso<br />
para manutenção, e a Serra Circular para Desdobro Horizontal<br />
de Blocos e Costaneiras, a solução ideal para maximizar<br />
a eficiência no corte e desdobro de madeira com precisão e<br />
segurança, tendo alta performance e muita estabilidade durante<br />
a operação. “São novidades exclusivas da Vantec para<br />
continuarmos atendendo com excelência todo o segmento<br />
de base florestal”, afirma Fábio Grainer, gerente comercial<br />
linha Biomassa, Serraria, Laminação, Reciclagem e Equipamento<br />
para Produção de Fertilizantes.<br />
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
FEIRA<br />
Click Lignum 2024<br />
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Sistemas de processamento<br />
completos para secagem de<br />
biomassa destinado para<br />
produção de pellets<br />
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FEIRA<br />
54 www.REVISTABIOMAIS.com.br
POTENCIAL<br />
BIOMASSAS<br />
COM POTENCIAL PARA<br />
ENERGIA LIMPA<br />
PARCERIA ENTRE EMPRESAS E<br />
INSTITUIÇÕES VIABILIZA ESTUDO<br />
INÉDITO DE MAPEAMENTO DE<br />
BIOMASSAS RESIDUAIS DO<br />
BRASIL<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
BIOMASS WITH A<br />
CLEAN ENERGY<br />
POTENTIAL<br />
A PARTNERSHIP BETWEEN<br />
COMPANIES AND INSTITUTIONS<br />
ENABLES UNPRECEDENTED<br />
STUDY TO MAP RESIDUAL<br />
BIOMASS IN BRAZIL<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
57
POTENCIAL<br />
C<br />
onhecer a disponibilidade de matérias-primas<br />
para criar alternativas de geração de energia<br />
limpa é um deságio para a transição energética.<br />
Regiões, biomas, vocação econômica<br />
e produções agropecuárias precisam ser levadas em<br />
consideração nessa busca e é o que a pesquisa inédita do<br />
Instituto Senai de Inovação em Biomassa, de Três Lagoas<br />
(MS), vai mostrar com o mapeamento de biomassas residuais<br />
do Brasil.<br />
Segundo o diretor do Instituto, João Gabriel Marini, o<br />
Brasil é uma potência mundial na produção de biomassa<br />
e disponibilizar essas informações de forma organizada<br />
pode estimular a adoção de práticas renováveis. “Para isso<br />
contamos com o apoio de grandes empresas, de diversos<br />
setores e que já visualizaram a importância deste estudo<br />
para suas estratégias internas que consideram a biomassa<br />
como umas das chaves da transição energética da indústria<br />
brasileira.”<br />
Desenvolvida em parceria com as empresas Arcelor-<br />
Mittal Brasil S/A, Bionow S.A., Atiaia Energia S/A, Tupy S.A.,<br />
Vamtec Group e Votorantim Cimentos, o estudo busca<br />
fazer um levantamento das matérias orgânicas, vegetais<br />
ou animais, com potencial energético, capazes de serem<br />
utilizadas nas indústrias.<br />
K<br />
nowing the availability of raw materials to create<br />
alternatives for clean energy production is a challenge<br />
for the energy transition. Regions, biomes,<br />
economic vocation, and agricultural production<br />
must be taken into account in this search, and this is what<br />
the unprecedented research of the Senai Biomass Innovation<br />
Institute in Três Lagoas (MS) will show with the mapping of<br />
residual biomass in Brazil.<br />
According to João Gabriel Marini da Silva, the Institute’s<br />
Director, Brazil is a world power in the production of biomass,<br />
and making this information available in an organized way<br />
can stimulate the adoption of renewable practices. “To do<br />
this, we have the support of large companies from different<br />
sectors that have already recognized the importance of this<br />
study for their internal strategies, considering biomass as one<br />
of the keys to the energy transition of Brazilian industry.”<br />
The study, developed in partnership with ArcelorMittal<br />
Brasil S/A, Bionow S.A., Atiaia Energia S/A, Tupy S.A., the Vamtec<br />
Group, and Votorantim Cimentos, aims to identify organic,<br />
vegetable, or animal materials with energy potential that can<br />
be used in industry.<br />
Also participating in the project are the São Paulo Institute<br />
for Technological Research (IPT), Piracicaba Local Alcohol<br />
Producers (Apla), the Senai Institute for Environmental Tech-<br />
58 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Também fazem parte do projeto o IPT (Instituto de Pesquisa<br />
Tecnológicas de São Paulo), a Apla (Arranjo Produtivo<br />
Local do Álcool de Piracicaba), o Instituto Senai de Tecnologia<br />
em Meio Ambiente, de Minas Gerais, e o Instituto Senai<br />
de Inovação em Sistemas Embarcados, de Santa Catarina.<br />
“Será um mapeamento, tanto do ponto de vista de<br />
disponibilidade e qualidade de biomassa, quanto das tecnologias<br />
de processamentos existentes e maduras para a<br />
implementação no Brasil. Buscaremos, com o estudo, identificar<br />
os desafios a serem superados e as oportunidades<br />
de negócios para as empresas do grupo e todas as outras<br />
interessadas”, explica a pesquisadora do ISI responsável por<br />
coordenar o projeto, Luiza Paula da Conceição Lopes.<br />
Conforme a pesquisadora, neste estudo serão mapeados<br />
três tipos de resíduos oriundos da biomassa: agrícolas,<br />
da silvicultura (florestas) e animais (bovino, suíno e aves).<br />
Nas amostras, serão avaliadas questões técnicas quanto a<br />
geração de energia, sazonalidade, logística e volume de<br />
resíduo gerado. Além disso, será realizado estudo sobre<br />
as tecnologias disponíveis para melhor aproveitamento<br />
energético dos itens mapeados.<br />
“A ideia é que, ao final do projeto, possamos disponibilizar<br />
essas informações compiladas em uma plataforma<br />
onde as empresas poderão acessá-la de onde estiverem”,<br />
explica Luiza.<br />
nology in Minas Gerais, and the Senai Institute for Innovation<br />
in Embedded Systems in Santa Catarina.<br />
“It is a mapping, both from the point of view of the availability<br />
and quality of biomass and of the existing processing<br />
technologies that are apt for implementation in Brazil. With<br />
the study, we will try to identify the challenges to be overcome<br />
and the business opportunities for the companies of the<br />
group and all other interested parties,” explains Luiza Paula<br />
da Conceição Lopes, the ISI scientist in charge of coordinating<br />
the project.<br />
According to the Scientist, the study covers three types of<br />
biomass waste: agricultural, forestry, and animal (cattle, pigs,<br />
and poultry). The samples will be used to assess technical issues<br />
in terms of energy production, seasonality, logistics, and<br />
volume of waste generated. In addition, a study will be carried<br />
out on the technologies available to make better use of the<br />
energy from the mapped items.<br />
“The idea is that at the end of the project, we can make<br />
this information available on a platform where companies<br />
can access it from anywhere,” explains Lopes.<br />
The lack of more detailed information on Brazilian<br />
biomass, which is available for use as an energy feedstock,<br />
compiled on a single platform and with a standardized methodology,<br />
motivated the development of this research.<br />
CORPORATE PRACTICES<br />
More than a financial commitment, the actions of the<br />
partner companies are focused on making decisions about<br />
the choice of biomass to be prioritized in the study. The infor-<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
59
POTENCIAL<br />
A ausência de informações mais detalhadas sobre as<br />
biomassas brasileiras disponíveis para serem utilizadas<br />
como matéria-prima energética, compiladas em uma única<br />
plataforma e com uma metodologia padronizada motivaram<br />
o desenvolvimento desta pesquisa.<br />
PRÁTICA DAS EMPRESAS<br />
Mais do que comprometimento financeiro, a atuação<br />
das empresas parceiras é centrada na tomada de decisões<br />
sobre as escolhas das biomassas a serem priorizadas no<br />
estudo. As informações geradas irão dar subsídios para<br />
promoção da transição energética.<br />
“A maioria das empresas estão em uma fase de migração<br />
de matrizes energéticas fósseis, provenientes de combustíveis<br />
fósseis à base de carvão ou petróleo, para fontes<br />
de energia renováveis, como é o caso das biomassas, que<br />
possuem uma pegada de carbono neutro, além de envolver<br />
o emprego de tecnologias mais adequadas e eficientes<br />
que as tradicionais”, destaca a pesquisadora Luiza Lopes.<br />
Será um mapeamento<br />
tanto do ponto de vista<br />
de disponibilidade e<br />
qualidade de biomassa,<br />
quanto das tecnologias<br />
de processamentos<br />
existentes e maduras para a<br />
implementação no Brasil<br />
Luiza Paula da Conceição Lopes,<br />
pesquisadora<br />
mation generated will help promote the energy transition.<br />
“Most companies are in the process of transitioning from<br />
fossil fuels based on coal or petroleum to renewable energy<br />
sources such as biomass, which has a neutral carbon footprint<br />
and involves the use of more appropriate and efficient<br />
technologies than traditional ones,” says Scientist Lopes.<br />
60 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EM 2025 A REVISTA BIOMAIS<br />
PASSA A SER MENSAL!<br />
NOVIDADE NA ÁREA<br />
A partir de 2025 a JOTA EDITORA vai ampliar sua produção. A<br />
Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, que hoje é bimensal, passará a ser<br />
publicada mensalmente. A publicação será de fevereiro a<br />
novembro, atendendo a expansão do mercado de biomassa e<br />
energias renováveis que vem crescendo no Brasil. A publicação é<br />
destinada exclusivamente para produtores e consumidores de<br />
energias limpas e alternativas e há mais de 15 anos a equipe da<br />
editora vem buscando divulgar tecnologias, produtos e serviços<br />
para atender o setor. Com a publicação mensal esperamos<br />
ampliar a cobertura de produtos, novidades e políticas do<br />
segmento. A JOTA EDITORA atua há mais de 25 anos diretamente<br />
no mercado da informação, comunicação e marketing. Pelo<br />
respeito adquirido com as publicações, os produtos da editora se<br />
tornaram importantes formadores de opinião para diversos<br />
segmentos de mercado. As Revistas REFERÊNCIA (BIOMAIS,<br />
FLORESTAL, MADEIRA INDUSTRIAL, CELULOSE e PRODUTOS DE<br />
MADEIRA) são responsáveis pela divulgação de tudo que há de<br />
mais atual nas diversas áreas por meio de nossas publicações, que<br />
chegam em todas regiões do Brasil e vários países do exterior.<br />
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PESQUISA<br />
GERAÇÃO DE ENERGIA<br />
A PARTIR DE RESÍDUOS<br />
DE ALIMENTOS<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO E TECPAR<br />
62 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CENTRO DE TECNOLOGIA<br />
DO PARANÁ INVESTE EM<br />
PESQUISA PARA ESTUDAR<br />
POTENCIAL DE INSUMOS<br />
PARA GERAÇÃO DE ENERGIA<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
63
PESQUISA<br />
O<br />
Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná)<br />
iniciou um experimento para avaliar o<br />
potencial de produção de biogás a partir de<br />
resíduos de alimentos, no novo laboratório<br />
de pesquisa de biogás e biometano. A intenção é avaliar<br />
o potencial metanogênico desse material para determinar<br />
se a biomassa contida ali é viável ou não para<br />
produzir metano em quantidade satisfatória.<br />
A biomassa é toda a matéria orgânica vegetal ou animal<br />
usada como fonte de energia limpa, como no caso<br />
o biogás e o biometano, biocombustíveis produzidos a<br />
partir desses materiais orgânicos.<br />
O Tecpar estruturou o novo laboratório neste ano<br />
de 2024, com a aquisição de um equipamento que faz<br />
análises automáticas do potencial de cada insumo na<br />
geração de energia renovável. É com essa infraestrutura<br />
que será realizado o experimento, explica o coordenador<br />
do projeto Bill Costa, químico, com mestrado e doutorado<br />
em engenharia de materiais.<br />
Os resíduos de alimentos<br />
são gerados em grandes<br />
quantidades e o biogás<br />
pode ser usado na<br />
produção de energia<br />
térmica ou energia<br />
elétrica<br />
Bill Costa, coordenador<br />
do projeto<br />
Segundo ele, os resíduos de alimentos prontos,<br />
como é o caso daqueles servidos em um restaurante ou<br />
preparados pelas pessoas em suas residências, constituem<br />
biomassas com um bom potencial para a produção<br />
de biogás.<br />
“São resíduos gerados em grandes quantidades e o<br />
biogás pode ser usado na produção de energia térmica<br />
ou energia elétrica. O aproveitamento desses resíduos<br />
tem um grande apelo ambiental, porque evita que eles<br />
sejam descartados em lixões ou aterros sanitários, e também<br />
econômico, pois o biogás produzido pode gerar<br />
calor ou eletricidade”, salienta o pesquisador do Tecpar.<br />
64 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Entre os alimentos testados neste experimento<br />
estão, por exemplo, resíduos de salada, de arroz, massas,<br />
frutas e frango desfiado.<br />
INVESTIMENTO NA INFRAESTRUTURA<br />
Um novo equipamento foi adquirido para modernizar<br />
o laboratório, um analisador portátil de biogás, com<br />
a intenção de fazer análise da composição de um biogás<br />
em campo.<br />
Com a operacionalização do laboratório, o Tecpar<br />
pretende executar pesquisa aplicada, ou seja, atuar<br />
junto a indústrias e outros interessados que busquem a<br />
produção de biogás a partir da biomassa, com a oferta<br />
de novas soluções tecnológicas.<br />
“Com esse equipamento portátil, é possível determinar<br />
os teores de metano, dióxido de carbono,<br />
gás sulfídrico e oxigênio do biogás, produzido em um<br />
biodigestor instalado em uma propriedade rural ou em<br />
uma indústria, por exemplo. As medições efetuadas pelo<br />
instrumento podem se constituir em uma futura prestação<br />
de serviços do laboratório”, observa o pesquisador.<br />
O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, destaca<br />
que o instituto tem suas ações pautadas na consonância<br />
com as demandas da sociedade paranaense e brasileira.<br />
“O Governo do Estado está comprometido em ampliar<br />
o uso de biogás e biometano no Paraná e com o novo<br />
laboratório no Tecpar poderemos apoiar indústrias que<br />
queiram gerar sua própria energia com as soluções<br />
laboratoriais e com nossa equipe especializada”, ressalta<br />
Kloss.<br />
A implantação do Laboratório de Pesquisa de Biogás<br />
e Biometano no Tecpar está em linha com as metas definidas<br />
pelo governo do Estado ao instituto. O Tecpar tem<br />
como objetivo, até 2026, ampliar o portfólio de serviços<br />
com ensaios laboratoriais inéditos na área da saúde e<br />
do meio ambiente. Com isso, o instituto ofertará novos<br />
serviços e agregará valor às soluções disponibilizadas à<br />
sociedade.<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
65
ARTIGO<br />
ASPECTOS TÉCNICOS<br />
DA PRODUÇÃO DE<br />
PELLETS DE MADEIRA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO E EMANOEL CALDEIRA<br />
LAURENT ROGER MARIE QUÉNO<br />
UnB (Universidade de Brasília)<br />
UnB<br />
UnB<br />
UnB<br />
UnB<br />
ÁLVARO NOGUEIRA DE SOUZA<br />
ALEXANDRE FLORIAN DA COSTA<br />
AILTON TEIXEIRA DO VALE<br />
MAÍSA SANTOS JOAQUIM<br />
66 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
A<br />
evolução da política energética dos países<br />
desenvolvidos, associada à procura por fontes<br />
renováveis como a biomassa florestal, impulsionou,<br />
desde o início dos anos 2000, o crescimento<br />
da produção de pellets de madeira no mundo.<br />
O mercado de pellets tornou-se exigente em qualidade e<br />
deve lidar com a concorrência de outras fontes de energia,<br />
requerendo dos produtores um controle rigoroso de<br />
custo bem como um bom domínio técnico da produção.<br />
Dessa forma, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre<br />
os aspectos técnicos da produção de pellets e as possibilidades<br />
e as exigências do mercado para que o Brasil possa<br />
aproveitar as oportunidades e valorizar o seu potencial<br />
florestal.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A produção mundial de pellets de madeira tem<br />
aumentado nos últimos anos, passando de quantidades<br />
insignificantes, no início dos anos 2000, para mais de 28<br />
milhões de toneladas, em 2015, segundo a FAO (Organi-<br />
zação das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).<br />
De um mercado limitado e regional, na Escandinávia e na<br />
Áustria, de produtores locais que supriam as necessidades<br />
de consumidores em escala individual, o status deste biocombustível<br />
sólido mudou e se tornou commodity, negociada<br />
nos mercados internacionais para abastecer usinas<br />
termoelétricas das maiores empresas de fornecimento<br />
de energia elétrica da Europa (Heinimo; Junginger, 2009;<br />
Lamers et al., 2012a). Um estudo de prospectiva realizado<br />
por Pöyry, (2010) projetou o consumo mundial de pellets,<br />
em 2020, de 46 milhões de toneladas por um valor de US$<br />
8 bilhões (valores 2010). Em outros estudos, Wihersaari,<br />
Agar e Kallio (2009), Obernberger e Thek (2010) projetaram<br />
que, com um crescimento anual de 10% da demanda<br />
mundial de pellets, entre 10% e 12% de toda a madeira<br />
industrial colhida no mundo será transformada em pellets<br />
até o ano de 2025.<br />
Para produzir o pellet, vários tipos de biomassa vegetal<br />
são utilizados. As diversas matérias-primas florestais<br />
utilizadas são os subprodutos da indústria madeireira de<br />
68 www.REVISTABIOMAIS.com.br
O custo de produção do<br />
pellet é normalmente<br />
baixo porque é baseado no<br />
reaproveitamento de uma<br />
matéria-prima barata, feita<br />
de subprodutos que antes<br />
eram abandonados por<br />
serrarias e outras indústrias<br />
madeireiras<br />
segunda transformação, maravalha, serragem e pó da<br />
indústria moveleira e de piso; os subprodutos da indústria<br />
madeireira de primeira transformação, serragem, costaneiras<br />
e desperdícios das serrarias; os resíduos da exploração<br />
florestal habitualmente não extraídos da floresta, como<br />
pontas, galhos e até mesmo tocos e a biomassa oriunda<br />
de plantações dedicadas com curta rotação e alta produtividade.<br />
Depois de recolhidos, triturados e secos, esses materiais<br />
são transformados em pó que, posteriormente, é<br />
comprimido para obter a forma final. Assim, de 6 m3 a 8<br />
m3 (metros cúbicos) de serragem ou cavacos de madeira,<br />
depois de secos, processados e comprimidos, geram 1 m3<br />
de pellets de madeira. O resultado é um composto 100%<br />
natural de elevado poder calorífico.<br />
EVOLUÇÕES DO MERCADO<br />
O custo de produção do pellet é normalmente baixo<br />
porque é baseado no reaproveitamento de uma matéria-<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
69
ARTIGO<br />
Uma iniciativa privada, com<br />
o apoio de dois laboratórios<br />
universitários, em Lages (SC),<br />
no Brasil e em Ancona, na<br />
Itália, está trabalhando para<br />
a introdução de um selo de<br />
qualidade BRplus, para a<br />
padronização da produção e<br />
da comercialização de pellets.<br />
-prima barata, feita de subprodutos que antes eram abandonados<br />
por serrarias e outras indústrias madeireiras. Mas,<br />
com o aumento contínuo dessa demanda, vê-se, hoje, em<br />
vários países, a dificuldade para encontrar matéria-prima<br />
suficiente para abastecer o mercado. Surge, então, a<br />
questão para utilizar outras fontes de matéria-prima, com<br />
custo mais elevado, o que afetará o preço final do pellet<br />
ao consumidor (Tromborg et al., 2013).<br />
O crescimento atual da produção mundial de pellets<br />
será possível não apenas utilizando-se os subprodutos<br />
da indústria madeireira. Será necessário colher madeira<br />
diretamente em floresta para essa finalidade. No imenso<br />
maciço florestal do sudeste dos EUA (Estados Unidos da<br />
América), composto principalmente de plantações de<br />
Pinus taeda, várias fábricas de grande porte com produção<br />
anual superior a 100 mil toneladas foram instaladas<br />
nesses últimos anos (Mandell; Lang, 2013).<br />
70 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A SITUAÇÃO NO BRASIL<br />
Garcia (2010) analisou os pellets fabricados por quatro<br />
indústrias e demonstrou que os padrões não foram atingidos,<br />
especialmente no poder calorífico e na durabilidade<br />
mecânica. Mas, Quéno (2015), levantando a situação de<br />
nove empresas produtoras de pellets à base de maravalha<br />
de pinus nos três Estados do sul do Brasil, encontrou oito<br />
delas com controle de qualidade interno estabelecido,<br />
três com o selo de qualidade ENplus e duas em fase de<br />
certificação. Isso mostra o upgrade, em pouco tempo, na<br />
qualidade das produtoras brasileiras, no desejo de atender<br />
ao mercado externo promissor.<br />
Uma iniciativa privada, com o apoio de dois laboratórios<br />
universitários, em Lages (SC), no Brasil e em Ancona,<br />
na Itália, está trabalhando para a introdução de um selo<br />
de qualidade BRplus, para a padronização da produção e<br />
da comercialização de pellets (Quéno, 2015). A exemplo<br />
da Nova Zelândia (Hennessy, 2010), o Brasil poderia se<br />
apoiar no trabalho importante realizado pelo CEN (Comitê<br />
Europeu de Normatização), que fez um extenso trabalho<br />
de especificações técnicas na última década. Como a<br />
Europa é o maior mercado consumidor e importador de<br />
pellets do mundo, é natural a tendência de que as suas<br />
normas vigentes se tornem padrões a serem exigidos para<br />
os outros países exportadores interessados em vender<br />
suas produções.<br />
O Brasil apresenta grande potencial parcialmente<br />
aproveitado na produção de pellets a partir de resíduos<br />
das indústrias de madeiras à base de pinus. Além disso, o<br />
país pode desenvolver uma produção em grande escala,<br />
baseada em plantações de eucalipto dedicadas, como foi<br />
realizado com sucesso, tanto para a produção de celulose<br />
quanto para a de carvão vegetal. Para alcançar esse objetivo,<br />
um esforço específico de pesquisa deve ser realizado.<br />
Para acessar esse conteúdo na<br />
íntegra acesse o QRcode ao lado:<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
71
AGENDA<br />
NOVEMBRO 2024<br />
DESTAQUE<br />
360 SOLAR 2024<br />
Data: 7 a 8<br />
Local: Centro Sul, Florianópolis (SC)<br />
Informações: https://360solar.com.br/<br />
MARÇO 2025<br />
ITALIA LEGNO ENERGIA<br />
Data: 6 a 8<br />
Local: Arezzo (Itália)<br />
Informações: italialegnoenergia.it<br />
MAIO 2025<br />
EXPO BIOMASA 2025<br />
Data: 6 a 8<br />
Local: Valladolid (Espanha)<br />
Informações: https://expobiomasa.com/<br />
MAIO 2025<br />
ALL-ENERGY 2025<br />
Data: 14 e 15<br />
Local: Glasgow (Reino Unido)<br />
Informações: all-energy.co.uk<br />
BIOTECHFAIR - FEIRA<br />
INTERNACIONAL DE<br />
TECNOLOGIA EM BIOENERGIA<br />
E BIOCOMBUSTÍVEIS<br />
Data: 26 a 28 de março 2025<br />
Local: Centro de Eventos da FIERGS –<br />
Porto Alegre (RS)<br />
Informações:<br />
https://biotechfair.com.br/feira<br />
A BioTECH Fair - Feira Internacional de<br />
Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis é<br />
o único evento a congregar as diversas fontes<br />
renováveis de energia, com destaque para biodiesel,<br />
biomassa, biogás, etanol, bioquerosene,<br />
hidrogênio verde e outras fontes comprometidas<br />
com a sustentabilidade. Simultaneamente<br />
vai acontecer o Congresso Internacional de<br />
Bioenergia, em uma área de 14 mil m² (metros<br />
quadrados) com ambiente favorável para negócios,<br />
troca de conhecimentos e networking.<br />
72 www.REVISTABIOMAIS.com.br
VEM AÍ!<br />
02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
APOIO:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
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OPINIÃO<br />
Foto: divulgação<br />
AUDITORIAS EM REDES DE<br />
DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA:<br />
UMA QUESTÃO DE<br />
SEGURANÇA E EFICIÊNCIA<br />
E<br />
nergia elétrica é uma commodity primordial e pode<br />
ser tanto uma aliada quanto um desafio para o<br />
sucesso de empresas em diversos setores. Nenhuma<br />
organização moderna, especialmente nas indústrias,<br />
cada vez mais automatizadas, funciona sem energia. Em<br />
operações altamente dependentes de eletricidade, a perda<br />
de energia causada por uma falha do equipamento elétrico<br />
representa um risco financeiro significativo e pode resultar em<br />
danos materiais, bem como colocar em risco a segurança de<br />
seus funcionários.<br />
No entanto, diante da expectativa de que a demanda<br />
global por eletricidade aumente anualmente 3,4% até 2026,<br />
em média, conforme projeta a AIE (Agência Internacional<br />
de Energia), a importância das auditorias nos sistemas de<br />
distribuição elétrica se torna ainda maior. Essas práticas são<br />
essenciais para constatar a obsolescência dos ativos - por idade,<br />
estresse ou tecnologia (às vezes a combinação de todos)<br />
- e as vulnerabilidades do sistema por aumentos de carga que<br />
ocorreram ao longo dos anos e incrementar a resiliência para<br />
garantir a disponibilidade de energia.<br />
Auditorias detalhadas permitem a detecção de problemas<br />
que poderiam passar despercebidos no dia a dia. Elas<br />
possibilitam a implementação de ações preventivas antes que<br />
pequenas falhas se transformem em grandes incidentes, evitando<br />
interrupções mais longas que venham a comprometer<br />
a segurança e a confiabilidade da rede elétrica e o processo<br />
produtivo.<br />
Outro benefício das auditorias é propiciar que o sistema<br />
elétrico esteja em conformidade com as normas e regulamentações<br />
vigentes - afinal, segurança é um ponto fundamental<br />
para as indústrias. As auditorias também podem apresentar<br />
para o cliente um plano de modernização que seja exequível<br />
em um horizonte de 3 a 5 anos, viabilizando, assim, um planejamento<br />
de investimentos baseado em critérios técnicos que<br />
definem a criticidade dos ativos associados ao risco de falha<br />
ou indisponibilidade.<br />
A qualidade da energia elétrica é outro ponto crucial<br />
dentro de qualquer rede de distribuição elétrica que pode<br />
ser verificado pelas auditorias. Em geral se desconhece que a<br />
grande maioria dos problemas de qualidade de energia seja<br />
gerada pelos próprios processos e equipamentos industriais.<br />
A percepção desses problemas de qualidade e a recomendação<br />
de ações para sua mitigação resultam na redução de<br />
custos operacionais, extensão da vida útil dos equipamentos<br />
e melhoria contínua do sistema como um todo.<br />
As auditorias também estão aptas a endereçar insights e<br />
recomendações relevantes sobre o monitoramento de ativos<br />
elétricos para a otimização do seu desempenho. A partir do<br />
monitoramento desses ativos elétricos associado a softwares<br />
analíticos que utilizam tanto a inteligência artificial como o<br />
machine learning, é possível avaliar, de forma preditiva, em<br />
quanto tempo um equipamento irá falhar. Essa abordagem<br />
muda completamente o modo de fazer a manutenção: se antes<br />
essa prática era baseada em um calendário, agora é mais<br />
assertiva porque se dá baseada na condição do ativo, o que<br />
ocasiona a queda de custos associada a uma melhor otimização<br />
dos recursos internos.<br />
Um gerenciamento cuidadoso da rede de distribuição<br />
elétrica aliado a uma documentação técnica adequada - como<br />
diagramas unifilares atualizados (conforme exige a NR-10) e<br />
estudos elétricos, a exemplo de curto-circuito, seletividade da<br />
proteção e energia incidente - e a treinamentos regulares para<br />
a equipe asseguram que a companhia esteja bem preparada<br />
para qualquer situação. Diante do risco constante de interrupções<br />
elétricas, particularmente em setores altamente dependentes<br />
de energia, como hospitais, data centers e a indústria<br />
de processo em geral, o aprimoramento do desempenho não<br />
é apenas uma questão de eficiência, mas de sobrevivência.<br />
E não para por aí. As auditorias são peças-chave para a<br />
sustentabilidade do sistema elétrico, uma vez que identificam<br />
oportunidades para integrar fontes de energia renovável,<br />
proporcionando que a infraestrutura existente suporte novas<br />
tecnologias sem ameaçar a estabilidade da rede.<br />
Por Claudia Guimarães,<br />
Diretora de Field Service na Schneider Electric<br />
Foto: divulgação<br />
74 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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GIGANTE<br />
DO AGRO<br />
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