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Entrevista<br />
João Gabriel Marini da Silva, destaca os avanços em pesquisas no Senai (MS)<br />
<br />
INOVAÇÃO COM CAVACO<br />
EMPRESA DESENVOLVE SISTEMA DE<br />
AUTOMAÇÃO PARA FORNALHAS DE<br />
SECADORES DE GRÃOS QUE<br />
REPRESENTA UMA EVOLUÇÃO<br />
INNOVATION<br />
USING CHIPS<br />
A COMPANY HAS DEVELOPED AN<br />
INNOVATIVE AUTOMATION SYSTEM<br />
FOR GRAIN DRYER KILNS THAT<br />
REPRESENTS A SIGNIFICANT<br />
ADVANCEMENT IN THE INDUSTRY<br />
FEIRA<br />
LIGNUM LATIN AMERICA SE<br />
CONSOLIDA COMO PONTO DE<br />
ENCONTRO E NEGÓCIOS<br />
ESTUDO<br />
TRABALHO CONJUNTO ENTRE INSTITUIÇÕES VAI<br />
PRODUZIR O RETRATO DA BIOMASSA NA BAHIA
SUMÁRIO<br />
06 | EDITORIAL<br />
Busca por soluções<br />
08 | CARTAS<br />
10 | NOTAS<br />
22 | ENTREVISTA<br />
30 | PRINCIPAL<br />
38 | ESTUDO<br />
Retrato da biomassa<br />
na Bahia<br />
42 | FEIRA<br />
Feira de sucesso<br />
56 | POTENCIAL<br />
Biomassas com potencial para<br />
energia limpa<br />
62 | PESQUISA<br />
66 | ARTIGO<br />
72 | AGENDA<br />
74 | OPINIÃO<br />
Auditorias em redes de<br />
distribuição elétrica: uma questão<br />
de segurança e eficiência<br />
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL<br />
A reportagem de capa desta<br />
edição destaca o sistema<br />
ComBer, do grupo Comelli<br />
BUSCA POR<br />
SOLUÇÕES<br />
A<br />
nova edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS foi conhecer de perto, em Rio Verde (GO), o sistema de automação de fornalhas<br />
de secadores de grãos com uso de biomassa (cavaco) da ComBer. A empresa, do grupo Comelli, é líder neste segmento<br />
e foi pioneira no desenvolvimento do sistema que representou um importante avanço para o setor. Hoje já são mais de 800<br />
equipamentos instalados em todas regiões do Brasil. Na editoria de Entrevista conversamos com o diretor do Instituto Senai<br />
de Inovação em Biomassa, ligado ao sistema da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul), com sede em Três<br />
Lagoas (MS), João Gabriel Marini da Silva. Uma matéria especial traz um resumo das novidades apresentadas pelas empresas parceiras<br />
durante a Lignum Latin America, realizada em Pinhais (PR) no último mês de setembro. A edição ainda traz notícias sobre o setor de<br />
biomassa e energias renováveis, agenda de eventos do segmento, entre outras informações atualizadas. Ótima leitura!<br />
SEARCH FOR SOLUTIONS<br />
I<br />
n the latest Issue of REFERÊNCIA Biomais, we take a closer look at an innovative system for automating grain dryer furnaces using biomass<br />
(chips) from ComBer, a company based in Rio Verde (GO). The Company, part of the Comelli Group, is a market leader in this Sector<br />
and was a pioneer in developing the system, which represented a significant advancement for the industry. To date, over 800 pieces of<br />
equipment have been installed across all regions of Brazil. In the Interview Section, we spoke with João Gabriel Marini da Silva, Director<br />
of the Instituto Senai de Inovação em Biomassa, which is affiliated with the Federation of Industries of Mato Grosso do Sul (Fiems) system<br />
and headquartered in Três Lagoas (MS). A special article provides an overview of the innovative solutions presented by partner companies<br />
at Lignum Latin America, held in Pinhais (PR) last September. This Issue also includes the latest news and developments in the Biomass and<br />
Renewable Energy Sectors, a comprehensive event schedule, and other pertinent updates. Pleasant Reading!<br />
C<br />
M<br />
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EXPEDIENTE<br />
ANO XI - EDIÇÃO 64 - AGOSTO 2024<br />
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dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas<br />
e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de<br />
energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,<br />
direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS<br />
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at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues<br />
used for energy generation and cogeneration, research institutions, university<br />
students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/<br />
or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself<br />
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educational purposes.<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CARTAS<br />
PRINCIPAL<br />
A Imtab é orgulho para Agrolândia. Joel Padilha é um grande empresário.<br />
Aguinaldo Reiter – Agrolândia (SC)<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Muito interessante o trabalho do LPF (Laboratório de Produtos Florestais) sobre biomassa. As pesquisas são importantes<br />
para a sociedade avançar.<br />
Maria Fernanda Santos – Luziânia (GO)<br />
PELLETS<br />
A planta da Jsic Equipamentos em Inácio Martins (PR) consolida a vocação da nossa região com o setor da madeira.<br />
Sérgio Alves – Irati (PR)<br />
MODELO<br />
O mercado livre de energia veio para ficar. É uma forma de incentivar cada vez mais<br />
outras fontes de energia.<br />
Paulo Bataglin – Vilhena (RO)<br />
Foto: divulgação<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
na<br />
mí<br />
energia<br />
biomassa<br />
dia informação<br />
@revistabiomais<br />
/revistabiomais<br />
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
PODCAST REFERÊNCIA<br />
Durante o mês passado, o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito especiais que trataram<br />
de importantes temas e compartilharam belas histórias. Os entrevistados desses episódios foram Gabriel Machado Marques, diretor<br />
de operações da GBF Madeiras, falando sobre sua história florestal e sua expertise em secagem de madeira, e José Sawinski Junior,<br />
engenheiro florestal formado em Canoinhas (SC) e diretor florestal da The Forest Company.<br />
Gabriel Machado Marques, gaúcho de Bagé (RS) relatou que seu principal incentivador ao trabalho com a floresta foi seu pai,<br />
que o apoiou a sair do Rio Grande do Sul e vir ao Paraná para estudar na Escola Florestal de Irati (PR), a mais tradicional escola do<br />
tipo no Brasil com mais de 50 anos de tradição. “Essa escola<br />
foi um grande investimento feito pelo Estado que tinha desde<br />
livros sobre sementes, viveiros, plantios, manejos de florestas,<br />
colheitas indo até a secagem da madeira já processada. Essa<br />
escola foi chave para abastecer toda a cadeia produtiva da<br />
madeira do Estado durante muito tempo com técnicos muito<br />
capacitados”, relatou Gabriel (foto ao lado).<br />
Ao falar sobre indústria de secagem de madeira, Gabriel<br />
relata uma evolução muito grande em relação ao que era feito<br />
anteriormente. Gabriel explica que houve uma renovação no<br />
processo de produção da madeira e que a secagem acompanhou<br />
e pôde entregar resultados ainda melhores. “A indústria<br />
que utiliza madeira sólida buscou soluções melhores e mais<br />
modernas, os mercados que antes utilizavam grandes toras<br />
mudaram e tudo isso fez com que a estrutura da secagem também<br />
fosse melhorada, entregando um produto muito melhor<br />
no final do processo”, aponta Gabriel.<br />
No outro programa o convidado foi José Sawinski Junior,<br />
que tem um vasto currículo com mais de 25 anos de experiência<br />
no segmento florestal. Sawinski contou que a floresta está<br />
em sua família desde seu avô que trabalhou na área e teve<br />
seus passos seguidos por seu pai, por ele e seu filho mais velho.<br />
“Escutávamos muitas histórias e aprendemos muito. Essa<br />
exploração florestal na região de Três Barras (SC) foi o maior<br />
motor de desenvolvimento da região, que gerou muitos empregos<br />
e trouxe infraestrutura para a cidade”, relatou Sawinski<br />
(foto ao centro).<br />
Um dos destaques do episódio foi a explicação do entrevistado<br />
sobre a importância da produção florestal e como é<br />
necessário desmistificar algumas inverdades que são contadas<br />
ao grande público. “Temos um programa dentro da empresa<br />
que é o De Olho na Floresta que pôde registrar animais de<br />
topo de cadeia dentro da operação florestal, o que prova que<br />
o eucalipto e o pinus tenham derrubado aquela imagem de<br />
que onde planta afeta o solo, que os animais não estão lá. Se<br />
tem uma onça, tem a presa da onça, tem o alimento da presa e<br />
assim por diante”, destacou Sawinski.<br />
Os episódios do Podcast REFERÊNCIA<br />
estão disponíveis no nosso canal do<br />
youtube, que o Leitor pode acessar<br />
através do QR Code:<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
MERCADO LIVRE DE ENERGIA PARA<br />
CONSUMIDORES RESIDENCIAIS<br />
A previsão é que o mercado livre de energia esteja em vigor até 2030, permitindo<br />
que os consumidores residenciais negociem diretamente com as comercializadoras<br />
de energia, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A<br />
abertura do mercado de energia foi um dos temas abordados durante a Smart Energy<br />
2024 – Conferência Internacional de Energias Inteligentes, que ocorreu de 24 a 26 de<br />
setembro no Campus da Indústria, no Jardim Botânico, em Curitiba (PR). Atualmente,<br />
o mercado livre é acessível apenas para grandes empresas, mas desde janeiro deste<br />
ano, empresas de menor porte conectadas à rede de alta tensão também podem<br />
participar. No Brasil, existem duas formas de contratação de energia: pelo ACR (Ambiente<br />
de Contratação Regulada), cujos consumidores, especialmente os residenciais,<br />
adquirem energia das concessionárias de distribuição; e pelo ACL (Ambiente de<br />
Contratação Livre), no qual o consumidor pode comprar diretamente de geradores<br />
ou comercializadores.<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Mato Grosso, chegamos!<br />
Agora a DRV é um ponto de<br />
apoio completo para o Florestal e o<br />
Madeireiro no centro-oeste<br />
e norte do Brasil.<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Visando atender com mais agilidade e manter a proximidade com<br />
nossos parceiros, a DRV abre suas portas em Sinop. Oferecendo um<br />
catálogo robusto que inclui suas renomadas facas e serras, além de<br />
EPIs, correntes e sabres para harvesters, afiadoras de correntes,<br />
mangueiras hidráulicas, conexões hidráulicas, e muito mais.
NOTAS<br />
PARANÁ TERÁ BIODIESEL A SOJA<br />
Empresa paranaense produtora de biodiesel e glicerina, o grupo Potencial, pretende se tornar líder<br />
mundial em produção de biodiesel em planta única. Para isso, vai investir R$ 600 milhões para acelerar<br />
seu projeto de expansão na Lapa (PR), para chegar a uma produção de 1 bilhão e 620 milhões de litros<br />
de biodiesel por ano, incentivada pela nova legislação de descarbonização nacional. Parte da soja será<br />
adquirida de produtores paranaenses. “A transição energética é um movimento global irreversível e<br />
nosso país está avançando significativamente para garantir a segurança jurídica, a previsibilidade dos<br />
investimentos no setor e, consequentemente, estabilidade na matriz energética”, afirma Carlos Eduardo<br />
Hammerschmidt, vice-presidente Comercial, Operacional e de Relações Institucionais do Grupo<br />
Potencial. A expansão anunciada resultará em um acréscimo de 720 milhões de litros de combustível na<br />
planta por ano. “Além do biodiesel, aumentaremos a produção de glicerina refinada para 100 mil toneladas/ano,<br />
com investimento de aproximadamente R$ 100 milhões.”<br />
Foto: divulgação<br />
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
APOIO:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
envimat<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA 2024<br />
O Prêmio REFERÊNCIA 2024 será realizado no dia 2 de dezembro em Curitiba (PR). O tradicional evento chega<br />
em sua vigésima segunda edição. O Prêmio REFERÊNCIA melhores do ano é organizado e realizado pela JOTA Editora,<br />
responsável pela publicação das Revistas REFERÊNCIA Florestal, REFERÊNCIA Industrial, REFERÊNCIA Biomais,<br />
REFERÊNCIA Celulose & Papel e REFERÊNCIA Produtos de Madeira.<br />
Neste ano, como parte das atividades do evento será feita uma ação muito especial: a gravação de um episódio<br />
do Podcast REFERÊNCIA ao vivo com grandes nomes do segmento de base florestal. Os nomes dos participantes<br />
serão revelados na próxima edição e o tema será Floresta 4.0 e serão apresentadas as visões sobre a importância da<br />
tecnologia no cuidado com a floresta nativa e também na silvicultura e alta produção, que farão diferença no porvir<br />
da produção florestal.<br />
Neste ano serão premiadas dez empresas, associações e personalidades que se destacaram no segmento de<br />
base florestal. Foram enviadas mais de 100 sugestões de empresas e a partir de uma série de critérios estipulados<br />
como relevância das ações, sustentabilidade e impacto social, serão premiadas aquelas que se superaram e atingiram<br />
um novo nível na atividade de base florestal madeireira.<br />
O Prêmio REFERÊNCIA conta com o apoio da: ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), ACIMDERJ (Associação do Comércio e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de<br />
Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), CPM, DRV Ferramentas, Envimat, Himev,<br />
Montana Química, MSM Química e Rotteng.<br />
20 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Distribuidor e representante exclusivo<br />
Kahl Brasil
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
JOÃO GABRIEL<br />
MARINI DA SILVA<br />
Formação: Engenheiro Mecânico com ênfase em Mecatrônica –<br />
Unitau (Universidade Taubaté); mestrado em Ciência dos Materiais –<br />
Unesp (Universidade Estadual Paulista)<br />
Education: Mechanical Engineering with specialization in Mechatronics<br />
- Taubaté University (Unitau); Master's Degree in Materials Science - São<br />
Paulo State University (Unesp)<br />
Cargo: Diretor do Instituto Senai de Inovação em Biomassa, de Mato<br />
Grosso do Sul<br />
Function: Director of the Senai Institute for Innovation in Biomass<br />
BIOMASSA<br />
EM FOCO<br />
BIOMASS IN FOCUS<br />
O<br />
Instituto Senai de Inovação em Biomassa, ligado<br />
ao sistema da FIEMS (Federação das Indústrias do<br />
Estado do Mato Grosso do Sul), com sede em Três<br />
Lagoas (MS), tem se destacado na produção de<br />
pesquisas para o setor de biomassa, em busca de novas fontes<br />
renováveis para geração de energia, produção de biocombustíveis,<br />
bioinsumos. A Revista REFERÊNCIA BIOMAIS conversou<br />
com o diretor do instituto, João Gabriel Marini das Silva, que<br />
após atuar por 20 anos na área de metalurgia e soldagem,<br />
assumiu a gerência do instituto em 2020 e em março de 2024,<br />
passou a ser diretor. João Gabriel comentou sobre as linhas de<br />
pesquisa e avanços já obtidos pelo instituto desde o início de<br />
sua fundação.<br />
T<br />
he Senai Institute for Innovation in Biomass, linked<br />
to the Federation of Industries of Mato Grosso do Sul<br />
(Fiems) system and located in Três Lagoas (MS), has<br />
distinguished itself in the production of research for<br />
the Biomass Sector in the search for new renewable sources<br />
for energy generation, biofuel production, and bio-inputs.<br />
REFERÊNCIA Biomais spoke with João Gabriel Marini da Silva,<br />
Director of the Institute, who, after 20 years of work in the<br />
field of metallurgy and welding, took over the administration<br />
of the Institute in 2020 and became Director in March 2024.<br />
da Silva commented on the lines of research and the progress<br />
already made by the Institute since its foundation.<br />
22 www.REVISTABIOMAIS.com.br
LANÇAMENTO PICADOR TITAN ESTACIONÁRIO: O FUTURO<br />
DO PROCESSAMENTO DE BIOMASSA ESTÁ AQUI!<br />
A Bruno tem o prazer de apresentar o Picador Titan Estacionário PBFTE 600/800x1200,<br />
uma máquina inovadora que redefine os padrões do setor. Com uma potência impressionante<br />
de até 1200cv, este picador estacionário é a mais recente criação da Bruno, projetada<br />
para revolucionar suas operações.<br />
Imagine a capacidade de processar toras de até 600 mm e materiais volumosos com uma<br />
impressionante produção de até 250 t/h. Essa é a produtividade elevada ao extremo, algo<br />
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DE AUTOMAÇÃO PARA AS FORNALHAS DE<br />
SECADORES DE GRÃOS, POSSIBILITANDO A<br />
UTILIZAÇÃO DE BIOMASSA EM SUBSTITUIÇÃO<br />
AO PROCESSO MANUAL A LENHA EM METROS<br />
FOTOS EMANOEL CALDEIRA<br />
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DEVELOPED AN AUTOMATION SYSTEM<br />
FOR GRAIN DRYER FURNACES THAT<br />
ALLOWS BIOMASS TO REPLACE THE<br />
MANUAL WOOD-FIRED PROCESS<br />
USING CUBIC METERS OF WOOD<br />
30 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
31
PRINCIPAL<br />
O<br />
agronegócio movimenta a economia nacional e a<br />
secagem de grãos é um importante processo dentro<br />
desta cadeia produtiva. Tradicionalmente feita<br />
com a queima de lenha em fornalhas, essa história<br />
começou a mudar em 2013, quando foi criado o sistema de automação<br />
ComBer, utilizando biomassa de madeira (cavaco) para<br />
queima e promovendo um avanço no setor com a nova tecnologia,<br />
deixando para trás os riscos e problemas da secagem com<br />
lenha em metros, conhecida como metrinho.<br />
“Hoje, os novos armazéns, via de regra, já são construídos<br />
com o sistema de automação que permite a geração de calor<br />
para secar o grão a partir da queima de cavaco. As vantagens são<br />
muitas, como por exemplo a redução da mão de obra, a estabilidade<br />
da temperatura que proporciona um aumento da produtividade<br />
do secador e uma qualidade de secagem muito superior,<br />
a redução drástica das despesas com manutenção de fornalha,<br />
do volume de cinza e de fumaça, além de estarmos inseridos na<br />
Indústria 4.0, permitindo o acompanhamento da operação de<br />
secagem à distância, na palma da mão”, explica Mauro Sergio<br />
Souza, sócio e CEO da ComBer Indústria, empresa do Grupo Comelli,<br />
com sede em Rio Verde (GO).<br />
BUSCA PELA SOLUÇÃO<br />
Esta solução para secagem de grãos surgiu da inquietude<br />
do empresário Ivan Comelli, que fazia transporte de lenha para<br />
abastecer as caldeiras e fornalhas da Perdigão, hoje BRF, em Rio<br />
Verde. Ele já fazia transporte de pintinhos para Perdigão em Orleans<br />
(SC) e a convite da empresa, mudou-se com a família para<br />
Goiás. Atuou também no transporte de lenha até 2010, quando<br />
a empresa disse que queria unificar a atividade que incluía o<br />
corte, baldeio e transporte da lenha. “Não queria assumir o pro-<br />
A<br />
gribusiness drives the domestic economy, and grain<br />
drying is an important process in this production<br />
chain. Traditionally carried out by burning wood in<br />
kilns, this story began to change in 2013 when the<br />
ComBer automation system was created, using wood bio-mass<br />
(chips) for burning and promoting a breakthrough in the Sector<br />
with the new tech-nology, leaving behind the risks and problems<br />
of drying using wood by the cubic meter (approximately 0.28<br />
cords), called “Metrinho”.<br />
Today, new warehouses are usually built with an automation<br />
system that allows heat production to dry the grain by burning<br />
the chips. “The benefits are many, including re-duced labor, temperature<br />
stability that increases dryer productivity, and much better-drying<br />
quality, drastically reducing the maintenance costs of<br />
the kiln, and the amount of ash and smoke, as well as being part<br />
of Industry 4.0, allowing the drying operation to be monitored remotely,<br />
from the palm of your hand,” explains Mauro Sergio Souza,<br />
Partner and Managing Director of ComBer Indústria, a Comelli<br />
Group company based in Rio Verde (GO).<br />
IN SEARCH OF A SOLUTION<br />
This solution for drying grain was born out of the concerns of<br />
Ivan Comelli, a business-man who used to transport firewood to<br />
feed the boilers and furnaces of Perdigão, now BRF, in Rio Verde.<br />
He was already transporting baby chicks for Perdigão in Orleans<br />
(SC) and moved to Goiás with his family at the Company’s invitation.<br />
He also worked in fire-wood transportation until 2010, when<br />
Perdigão wanted to unify the activity that included cutting, baling,<br />
and transporting firewood. “I did not want to take over the<br />
whole process because it involved many people, but I did not want<br />
to leave the job,” he says. “So, in 2011, Felipe (my eldest son) and I<br />
32<br />
www.REVISTABIOMAIS.com.br
LINHA COMBER - GRELHA FIXA<br />
LBI - LARGE BIOMASS INJECTOR CBI - COMPACT BIOMASS INJECTOR FCB - FORNALHA METÁLICA<br />
• Capacidade máxima de injeção: 13,5 m³/h;<br />
• Capacidade máxima energética: 14,58 Gcal;<br />
• Estoque de até 20 m³;<br />
• Equipamento construído em aço<br />
galvanizado;<br />
• Equipamento modular com<br />
motorredutores individuais;<br />
• Sistema de monitoramento WEG SMART<br />
MACHINE;<br />
* Umidade da biomassa até 40%<br />
• Capacidade máxima de injeção: 9 m³/h;<br />
• Capacidade máxima energética: 9,72 Gcal;<br />
• Estoque de até 9,45 m³;<br />
• Equipamento construído em aço galvanizado;<br />
• Equipamento modular com motorredutores<br />
individuais;<br />
• Sistema de monitoramento WEG SMART<br />
MACHINE;<br />
* Umidade da biomassa até 40%<br />
• Equipamento construído em aço<br />
galvanizado;<br />
• Revestido em fibra cerâmica e massa<br />
silplate;<br />
• Colete de tijolo refratário para prevenir<br />
impactos e degradação da fibra;<br />
• Sistema de redemunhador e quebra<br />
chamas para a extinção de fagulhas;<br />
• Vazão máxima atendida de 800.000 m³/h;<br />
* Umidade da biomassa até 40%<br />
LINHA COMBER - GRELHA MÓVEL<br />
MOEGA INJETORA QDC - QUEIMADOR ECO DUOS QSC - QUEIMADOR STOKER<br />
• Capacidade máxima de injeção: 20 m³/h;<br />
• Capacidade máxima energética: 12 Gcal;<br />
• Estoque de até 10 m³;<br />
• Equipamento construído em aço carbono;<br />
• Equipamento com motorredutores<br />
individuais;<br />
* Umidade da biomassa até 50%<br />
• Sistema de grelha móvel adaptável em<br />
fornalhas existentes;<br />
• Preparado para queima de matérias com altos<br />
índices de umidade;<br />
• Equipamento construído com sistema de<br />
ventilação primária e secundária, que garante<br />
a queima de gases voláteis;<br />
• Patente Requerida INPI;<br />
* Umidade da biomassa até 50%<br />
• Sistema de grelhado móvel com câmara<br />
de combustão;<br />
• Revestido em fibra cerâmica e massa<br />
silplate;<br />
• Preparado para queima de matérias com<br />
altos índices de umidade;<br />
• Sistema de ventilação primária com ar<br />
pré-aquecido;<br />
• Equipamento construído com sistema de<br />
ventilação secundário, que garante a<br />
queima de gases voláteis;<br />
* Umidade da biomassa até 50%<br />
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LINHA COMBER - PÁTIO DE BIOMASSA<br />
Transportador de Correia<br />
• Transporte de Biomassa por meio de correia;<br />
• Projetado conforme demanda da unidade;<br />
• Passarela para manutenção e inspeção;<br />
• Possui cobertura com telhas multi-dobras;<br />
• Estrutura de treliças;<br />
• Construído com roletes;<br />
Correia de Fluxo Bidirecional<br />
• Direcionamento do fluxo de entrega;<br />
• Passarela para manutenção e inspeção;<br />
• Projetado conforme demanda da<br />
unidade;<br />
• Construído com roletes;<br />
• Possui cobertura com telhas<br />
multi-dobras;<br />
Piso Móvel<br />
• Realiza movimentação da biomassa<br />
através de taliscas alternadas;<br />
• Permite descarga com pá carregadeira,<br />
carreta basculante e carreta piso móvel;<br />
• Forma construtiva modular, permitindo<br />
ampliação;<br />
Esticador Gravitacional<br />
• Utilizado para realizar tensionamento de<br />
correias em grandes distâncias;<br />
• Esticamento dinâmico;<br />
• Fabricado com contrapesos de concreto;<br />
OPCIONAIS<br />
PENEIRA CLASSIFICADORA<br />
DEFAGULHADOR<br />
• Realiza a classificação da biomassa dentro do<br />
padrão de trabalho projetado para o equipamento;<br />
• Previne empenamento dos helicoides, desgastes<br />
prematuros de grelhas e motorredutores;<br />
• Equipamento parafusado de fácil instalação e<br />
manutenção;<br />
• Pode ser acoplado em equipamentos já existentes;<br />
• Sistema de redemunhadores e quebra chamas para<br />
extinção de fagulhas;<br />
• Revestimento em fibra cerâmica;<br />
• Sistema de venezianas para mistura de ar e controle<br />
de depressões;<br />
• Sistema modular de fácil instalação;<br />
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ESTUDO<br />
RETRATO<br />
DA BIOMASSA<br />
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ASSOCIAÇÃO TEM<br />
SE REUNIDO COM<br />
REPRESENTANTES DO<br />
GOVERNO PARA<br />
LEVANTAMENTO<br />
DA PRODUÇÃO DE<br />
CAVACO NO ESTADO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
38 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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FEIRA<br />
FEIRA<br />
DE SUCESSO<br />
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42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CONSOLIDADA NO<br />
SETOR, A LIGNUM<br />
LATIN AMERICA 2024<br />
SUPEROU EXPECTATIVA<br />
DE ORGANIZADORES E<br />
EXPOSITORES<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
43
FEIRA<br />
R<br />
ealizada entre os dias 17 e 19 de setembro, a Feira<br />
Lignum Latin America, feira da cadeia produtiva<br />
da madeira, encerrou a V edição com números<br />
recordes, consolidando-se como o principal<br />
evento do setor da indústria da madeira na América Latina.<br />
Segundo os organizadores, foram 11.190 participantes,<br />
vindos de 21 Estados brasileiros e 22 países da América<br />
Latina, Europa e Ásia que estiveram na feira que aconteceu<br />
no Expotrade em Pinhais (PR), e integrou a programação<br />
da SIM (Semana Internacional da Madeira). O número de<br />
visitantes representou um aumento de 35% em relação à<br />
edição anterior, realizada em 2022. A feira também bateu<br />
o recorde de expositores, com 165 empresas participantes,<br />
representando um crescimento 40% maior que na última<br />
edição.<br />
Para Juliano Araujo, presidente da Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />
os números são resultado de um trabalho a muitas<br />
mãos. “O sucesso desta edição da Semana Internacional<br />
da Madeira foi reflexo do envolvimento e da mobilização<br />
da equipe organizadora para trazer temas relevantes à<br />
discussão. Por isso, a cada edição, o evento ganha público<br />
mais qualificado que sabe que vai encontrar experiências e<br />
conhecimentos reais e aplicáveis ao dia a dia da indústria”,<br />
afirmou Juliano.<br />
A Revista REFERÊNCIA BIOMAIS conversou com clientes<br />
e parceiros que estiveram apresentando suas soluções e<br />
novidades na feira. Confira:<br />
ANDRITZ<br />
O diretor comercial da ANDRITZ, divisão de Feed e<br />
Biofuel – Ração e Biomassa, Eduardo Soffioni, comentou a<br />
novidade que a empresa expôs na feira. “Estamos na Lignun<br />
Latin America 2024 no estande com a nossa parceira<br />
Dujua, e apresentando o nosso lançamento a PM30-6,<br />
máquina específica para peletização de biomassa.” Houve<br />
uma procura importante de visitantes durante os três dias<br />
de feira e a expectativa é que o pós-feira seja ainda mais<br />
abrangente no que tange o volume de negócios fechado,<br />
segundo Eduardo, da ANDRITZ.<br />
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
BACHIEGA<br />
Especialista na fabricação de piso móvel para os transportes<br />
de cavaco e biomassa, a BACHIEGA levou à Lignum seu<br />
principal lançamento para o ano de 2024 que fez parte das<br />
demonstrações da área externa da feira. Elisangela Abel, supervisora<br />
administrativa, destacou a experiência e as oportunidades<br />
trazidas pela feira. “Somos líderes nacionais no nosso<br />
segmento e para a Lignum viemos com nossa novidade em<br />
piso móvel com a maior capacidade de carga semirreboque<br />
no comprimento de 15,60m (metros), com 4 eixos e capacidade<br />
volumétrica de 114 m³ (metros cúbicos). Agradecemos a<br />
todos que nos visitaram e puderam conhecer todas as nossas<br />
soluções para o mercado”, valorizou Elisangela.<br />
BENECKE<br />
Com mais de 70 anos de atuação no mercado, a Benecke<br />
apresentou suas inovações, conforme comentaram os diretores<br />
administrativos Kurt Benecke e Kurt Benecke Junior. “Na<br />
Benecke, estamos constantemente inovando para atender às<br />
necessidades e expectativas dos nossos clientes. Sabemos que<br />
não podemos parar, e é por isso que nossa caldeira se destaca<br />
no mercado como um dos nossos principais diferenciais. Desde<br />
2013, utilizamos o concreto refratário, uma tecnologia que consolidamos<br />
internamente e que tem sido essencial para o desempenho<br />
superior dos nossos equipamentos. Além disso, fomos<br />
pioneiros ao trazer a tecnologia de grelha móvel para o Brasil<br />
em 1990, uma inovação da Alemanha que evoluímos ao longo<br />
dos anos, acompanhando o mercado. Gostaríamos também<br />
de parabenizar a Revista REFERÊNCIA, que celebra 25 anos de<br />
excelência no setor”, lembrou Kurt, que a Benecke esteve entre<br />
as primeiras empresas anunciantes na Revista REFERÊNCIA, mais<br />
precisamente, desde a edição número 1, ou seja, há 25 anos.<br />
BRUNO<br />
"A Lignum é um espaço essencial para o desenvolvimento<br />
do setor, e estar presente aqui reafirma nossa liderança e<br />
nosso compromisso com a inovação", destacou o diretor da<br />
Bruno, Angelo Ricardo Henz. Ditando tendências a empresa<br />
aproveitou o evento para apresentar o seu mais novo lançamento,<br />
o picador estacionário Titan PBFTE 600/800x1200,<br />
que chamou a atenção de visitantes e especialistas do setor.<br />
Na avaliação da Bruno a feira foi uma excelente oportunidade<br />
para a apresentação das suas soluções, mas também para o<br />
fortalecimento de parcerias e o compartilhamento de conhecimentos<br />
com clientes e potenciais novos parceiros.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
45
FEIRA<br />
BURNTECH<br />
O CEO da Burntech, empresa referência em soluções<br />
para geração de energia térmica, Reges Dias, falou sobre<br />
a importância da feira. “Um evento como a Lignum é<br />
uma oportunidade para compartilharmos o que temos<br />
desenvolvido firmemente nos últimos 10 anos. Investimos<br />
muito em tecnologia, em engenharia e com os mais de<br />
mil equipamentos instalados nos traz know how robusto<br />
para levar solução para nossos clientes. Levamos soluções<br />
eficientes gerando energia térmica e elétrica, setor onde<br />
estamos caminhando com êxito total.”<br />
COSTRUZIONI NAZZARENO<br />
A empresa de origem italiana com atuação no Brasil,<br />
Costruzioni Nazzareno, é reconhecida pelo design e construção<br />
de sistemas para produção de pellets de madeira.<br />
Durante a Lignum Latin America a empresa apresentou<br />
uma prensa nova, além das suas soluções personalizadas<br />
para serrarias e sistemas tecnológicos para a produção de<br />
combustíveis ecológicos a partir de biomassa e reciclagem<br />
e descartes de produção.<br />
CPM<br />
O gerente regional para América do Sul da CPM,<br />
Matheus Taffarel, ressaltou as novidades da empresa<br />
para o setor. “Estamos trazendo novidades, uma delas é a<br />
máquina Direct Drive que tem acionamento direto e uma<br />
série de benefícios. A CPM é uma marca que busca inovação<br />
constante, muita melhoria de processo e otimização<br />
energética, sempre em busca de reduzir custos e aumentar<br />
a eficiência da operação. A América do Sul é um mercado<br />
que está crescendo bastante e estamos conseguindo surpreender,<br />
há bastante movimento no Chile, além do Brasil,<br />
onde temos boas expectativas.”<br />
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
DRV<br />
“Tudo isso é feito para vocês, para os nossos parceiros”,<br />
explica Diego Ricardo Vieira, diretor da DRV Ferramentas,<br />
sobre o estande que chamou atenção na feira. Para a<br />
Lignum a DRV trouxe uma grande novidade que é uma<br />
nova linha de sabres, ponteiras e afiadoras da DRV para o<br />
segmento florestal. “Era um segmento que já queríamos<br />
fazer parte e agora estamos muito orgulhosos de trazer<br />
nossa excelência para o corte florestal”, destacou Diego.<br />
DUJUA SOLUÇÕES PARA BIOMASSA<br />
Fernando da Silva, gerente comercial da Dujua, destacou<br />
a importância da participação na feira e a parceria com<br />
outros expositores. “A Lignum está sendo um grande sucesso,<br />
superando nossas expectativas em termos de movimento<br />
e interesse. Nosso objetivo aqui é apresentar a Dujua<br />
como uma gerenciadora de plantas turnkey no segmento<br />
de pellets de madeira, fabricante de equipamentos para a<br />
movimentação, processamento e armazenamento da biomassa,<br />
em parceria com a ANDRITZ, nossa aliada em toda a<br />
América Latina. A ANDRITZ fornece as peletizadoras e outros<br />
equipamentos acessórios para nossas plantas. Além disso,<br />
estamos agora representando a Stela Drying Technology em<br />
todo o Brasil, uma empresa alemã líder mundial e referência<br />
em tecnologia de secagem de madeira, conhecida por seus<br />
secadores de alta eficiência.”<br />
ENGECASS<br />
O diretor da Engecass Equipamentos Industriais, Paulo<br />
da Cass, comentou sobre as soluções em secagem de<br />
madeira que levou para a Lignum. “Acredito que a nossa indústria<br />
está sempre carente de novas tecnologias e novas<br />
soluções para o mercado da madeira, e a Engecass, com<br />
seus já 30 anos de experiência e sua equipe, está trazendo<br />
novidades aos processos de secagem de madeira com a<br />
implantação de dispositivos que trazem maior eficiência e<br />
maior rendimento para o processo.”<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
47
FEIRA<br />
GELL TECHNO SOLUTIONS<br />
O diretor da empresa, Joel Rosa, destacou o mercado<br />
de pellets no Brasil. “O pellet hoje, na verdade, contribui<br />
muito com o segmento aonde consegue agregar valor em<br />
determinados subprodutos. Pellet a gente sabe que é uma<br />
tendência no mercado cada vez mais crescente, não só<br />
para exportação, mas também para o mercado interno na<br />
indústria, comércio, residências. É um novo produto para<br />
os madeireiros. Parabenizo também a Revista REFERÊNCIA<br />
que é um meio que ajuda a divulgar a nossa tecnologia<br />
e difundir o pellet no mercado e fomentar o consumo”,<br />
enalteceu Joel.<br />
IMTAB<br />
Durante a Lignum, o diretor da empresa, Joel Padilha,<br />
falou sobre o lançamento da empresa: "A nossa empresa<br />
sempre procura estar à frente, inovando com produtos e<br />
lançamentos. E o lançamento nesta feira é o gerador de<br />
água quente. Estamos lançando a caldeira com geração de<br />
água quente para acoplar em secadores de esteiras para<br />
produção de pellets. Isso completa o nosso portfólio de<br />
máquinas para pellets." A Imtab é um dos grandes apoiadores<br />
da edição da REFERÊNCIA BIOMAIS, que a partir de<br />
2025 passa a ser mensal.<br />
LDG FOREST GROUP S/A<br />
Fundada na Dinamarca em 1976, a LDG Forest Group<br />
S/A traz mais de 40 anos de experiência para o cenário<br />
global, enfatizando a gestão sustentável de florestas e<br />
soluções energéticas ecológicas. A empresa foi uma das<br />
participantes da Lignum Latin America. Com operações na<br />
Itália, Escandinávia, Brasil, Polônia, Estados Bálticos, França,<br />
Bélgica, Canadá e EUA, a LDG Forest Group estabelece-se<br />
como uma empresa fundamental nos mercados de pellets<br />
de madeira na Europa, bem como na América do Norte e<br />
do Sul, comercializando pellets de uso doméstico e industrial,<br />
e exportando o produto em contêineres e navios a<br />
granel.<br />
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MANOS<br />
A Lignum foi escolhida para a primeira apresentação<br />
da nova Linha Biomassa da Manos Implementos. Kimio<br />
Mori, gerente comercial da Manos, explica que essa novidade<br />
é focada em uma projeção de que a biomassa seja<br />
uma das principais fontes de energia mundiais ainda neste<br />
século. “Esse implemento, com todas as características que<br />
estamos comercializando, tem o primeiro bitrem já rodando<br />
na operação da Klabin de Otacílio Costa (SC), é ideal<br />
para o transporte de biomassa que pode ser descarregado<br />
entre 3 min a 5 min (minutos), totalmente operado com<br />
controle remoto, trazendo mais segurança para o operador<br />
e velocidade no campo”, explicou Kimio.<br />
METALSUL<br />
Fundada em 2008 a Metalsul Industrial está instalada<br />
em Xaxim (SC) e participou pela primeira vez da Lignum<br />
Latin America com demonstração dos equipamentos na<br />
área de produção de biomassa. “Estivemos presentes na<br />
feira Lignum expondo nossos produtos, equipamentos,<br />
apresentando nossa proposta na parte de secadores<br />
rotativos”, relatou Ezequiel de Barros, diretor e fundador da<br />
empresa.<br />
MILL INDÚSTRIAS<br />
O analista de Comunicação & Marketing da empresa,<br />
Bruno Valim, explicou o funcionamento do lançamento da<br />
empresa na feira. “O produto que expomos na Lignum é<br />
um lançamento que hoje contempla um dispositivo que<br />
executa o fechamento rápido nos cabeçotes da máquina<br />
bloco ou da máquina geminada, o Dispositivo de Fechamento<br />
Rápido para Serra Fita Vertical Geminada e Bloco.<br />
Esse mecanismo novo dispensa o sistema manual de<br />
ajustes e substitui um classificador, otimiza a produção e é<br />
possível fazer a programação com o range de diâmetro da<br />
madeira que o cliente processa. Um sensor na esteira da<br />
máquina faz o ajuste automático de acordo com a madeira<br />
que está passando.”<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
49
FEIRA<br />
TMSA/KAHL<br />
Fábio Moreira Soares, comercial KAHL Brasil ressaltou<br />
a participação na feira. “Mais uma vez a TMSA tem o prazer<br />
em participar da Lignum e trazer junto com nossos parceiros,<br />
Madec e Planalto, as soluções integrais que temos<br />
para a produção de pellets na indústria da madeira, uma<br />
forma segura de agregar valor a materiais que são pouco<br />
valorizados e que podem gerar além de receitas, benefícios<br />
para o meio ambiente. Agradecemos a visita de todos os<br />
nossos clientes e amigos que puderam compartilhar seu<br />
tempo conosco nesse evento.”<br />
RECIMAC<br />
Em sua primeira participação na Lignum, a Recimac,<br />
localizada em Palhoça (SC), apresentou suas melhores<br />
soluções em sistemas de peneiramento. Christian Martini,<br />
gerente comercial da empresa, destacou: “Trouxemos para<br />
este evento nossa principal novidade do ano - uma nova<br />
linha de produtos fabricados com materiais altamente resistentes<br />
à abrasão e insertos de Hardox, garantindo maior<br />
durabilidade e eficiência para os nossos equipamentos.”<br />
VANTEC<br />
A Vantec aproveitou a Lignum para apresentar o<br />
Picador Florestal BRONCO E, a solução ideal para otimizar<br />
a produção de cavaco a partir de toras, galhos e resíduos<br />
de madeira, sendo um equipamento compacto, montado<br />
sobre esteira rodante, como motor hidráulico e fácil acesso<br />
para manutenção, e a Serra Circular para Desdobro Horizontal<br />
de Blocos e Costaneiras, a solução ideal para maximizar<br />
a eficiência no corte e desdobro de madeira com precisão e<br />
segurança, tendo alta performance e muita estabilidade durante<br />
a operação. “São novidades exclusivas da Vantec para<br />
continuarmos atendendo com excelência todo o segmento<br />
de base florestal”, afirma Fábio Grainer, gerente comercial<br />
linha Biomassa, Serraria, Laminação, Reciclagem e Equipamento<br />
para Produção de Fertilizantes.<br />
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
FEIRA<br />
Click Lignum 2024<br />
52 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Sistemas de processamento<br />
completos para secagem de<br />
biomassa destinado para<br />
produção de pellets<br />
(49) 9 8806-7493 | 9 8817-2113<br />
(49) 3353-6101<br />
Rua 05, Distrito Industrial Sérgio, Anestor Davi<br />
nº 26 - Bairro Industrial - Xaxim - SC
FEIRA<br />
54 www.REVISTABIOMAIS.com.br
POTENCIAL<br />
BIOMASSAS<br />
COM POTENCIAL PARA<br />
ENERGIA LIMPA<br />
PARCERIA ENTRE EMPRESAS E<br />
INSTITUIÇÕES VIABILIZA ESTUDO<br />
INÉDITO DE MAPEAMENTO DE<br />
BIOMASSAS RESIDUAIS DO<br />
BRASIL<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
BIOMASS WITH A<br />
CLEAN ENERGY<br />
POTENTIAL<br />
A PARTNERSHIP BETWEEN<br />
COMPANIES AND INSTITUTIONS<br />
ENABLES UNPRECEDENTED<br />
STUDY TO MAP RESIDUAL<br />
BIOMASS IN BRAZIL<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
57
POTENCIAL<br />
C<br />
onhecer a disponibilidade de matérias-primas<br />
para criar alternativas de geração de energia<br />
limpa é um deságio para a transição energética.<br />
Regiões, biomas, vocação econômica<br />
e produções agropecuárias precisam ser levadas em<br />
consideração nessa busca e é o que a pesquisa inédita do<br />
Instituto Senai de Inovação em Biomassa, de Três Lagoas<br />
(MS), vai mostrar com o mapeamento de biomassas residuais<br />
do Brasil.<br />
Segundo o diretor do Instituto, João Gabriel Marini, o<br />
Brasil é uma potência mundial na produção de biomassa<br />
e disponibilizar essas informações de forma organizada<br />
pode estimular a adoção de práticas renováveis. “Para isso<br />
contamos com o apoio de grandes empresas, de diversos<br />
setores e que já visualizaram a importância deste estudo<br />
para suas estratégias internas que consideram a biomassa<br />
como umas das chaves da transição energética da indústria<br />
brasileira.”<br />
Desenvolvida em parceria com as empresas Arcelor-<br />
Mittal Brasil S/A, Bionow S.A., Atiaia Energia S/A, Tupy S.A.,<br />
Vamtec Group e Votorantim Cimentos, o estudo busca<br />
fazer um levantamento das matérias orgânicas, vegetais<br />
ou animais, com potencial energético, capazes de serem<br />
utilizadas nas indústrias.<br />
K<br />
nowing the availability of raw materials to create<br />
alternatives for clean energy production is a challenge<br />
for the energy transition. Regions, biomes,<br />
economic vocation, and agricultural production<br />
must be taken into account in this search, and this is what<br />
the unprecedented research of the Senai Biomass Innovation<br />
Institute in Três Lagoas (MS) will show with the mapping of<br />
residual biomass in Brazil.<br />
According to João Gabriel Marini da Silva, the Institute’s<br />
Director, Brazil is a world power in the production of biomass,<br />
and making this information available in an organized way<br />
can stimulate the adoption of renewable practices. “To do<br />
this, we have the support of large companies from different<br />
sectors that have already recognized the importance of this<br />
study for their internal strategies, considering biomass as one<br />
of the keys to the energy transition of Brazilian industry.”<br />
The study, developed in partnership with ArcelorMittal<br />
Brasil S/A, Bionow S.A., Atiaia Energia S/A, Tupy S.A., the Vamtec<br />
Group, and Votorantim Cimentos, aims to identify organic,<br />
vegetable, or animal materials with energy potential that can<br />
be used in industry.<br />
Also participating in the project are the São Paulo Institute<br />
for Technological Research (IPT), Piracicaba Local Alcohol<br />
Producers (Apla), the Senai Institute for Environmental Tech-<br />
58 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EM 2025 A REVISTA BIOMAIS<br />
PASSA A SER MENSAL!<br />
NOVIDADE NA ÁREA<br />
A partir de 2025 a JOTA EDITORA vai ampliar sua produção. A<br />
Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, que hoje é bimensal, passará a ser<br />
publicada mensalmente. A publicação será de fevereiro a<br />
novembro, atendendo a expansão do mercado de biomassa e<br />
energias renováveis que vem crescendo no Brasil. A publicação é<br />
destinada exclusivamente para produtores e consumidores de<br />
energias limpas e alternativas e há mais de 15 anos a equipe da<br />
editora vem buscando divulgar tecnologias, produtos e serviços<br />
para atender o setor. Com a publicação mensal esperamos<br />
ampliar a cobertura de produtos, novidades e políticas do<br />
segmento. A JOTA EDITORA atua há mais de 25 anos diretamente<br />
no mercado da informação, comunicação e marketing. Pelo<br />
respeito adquirido com as publicações, os produtos da editora se<br />
tornaram importantes formadores de opinião para diversos<br />
segmentos de mercado. As Revistas REFERÊNCIA (BIOMAIS,<br />
FLORESTAL, MADEIRA INDUSTRIAL, CELULOSE e PRODUTOS DE<br />
MADEIRA) são responsáveis pela divulgação de tudo que há de<br />
mais atual nas diversas áreas por meio de nossas publicações, que<br />
chegam em todas regiões do Brasil e vários países do exterior.<br />
www<br />
/revistabiomais<br />
@revistabiomais<br />
revistabiomais.com.br<br />
assinatura@revistareferencia.com.br
PESQUISA<br />
GERAÇÃO DE ENERGIA<br />
A PARTIR DE RESÍDUOS<br />
DE ALIMENTOS<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO E TECPAR<br />
62 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CENTRO DE TECNOLOGIA<br />
DO PARANÁ INVESTE EM<br />
PESQUISA PARA ESTUDAR<br />
POTENCIAL DE INSUMOS<br />
PARA GERAÇÃO DE ENERGIA<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
63
PESQUISA<br />
O<br />
Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná)<br />
iniciou um experimento para avaliar o<br />
potencial de produção de biogás a partir de<br />
resíduos de alimentos, no novo laboratório<br />
de pesquisa de biogás e biometano. A intenção é avaliar<br />
o potencial metanogênico desse material para determinar<br />
se a biomassa contida ali é viável ou não para<br />
produzir metano em quantidade satisfatória.<br />
A biomassa é toda a matéria orgânica vegetal ou animal<br />
usada como fonte de energia limpa, como no caso<br />
o biogás e o biometano, biocombustíveis produzidos a<br />
partir desses materiais orgânicos.<br />
O Tecpar estruturou o novo laboratório neste ano<br />
de 2024, com a aquisição de um equipamento que faz<br />
análises automáticas do potencial de cada insumo na<br />
geração de energia renovável. É com essa infraestrutura<br />
que será realizado o experimento, explica o coordenador<br />
do projeto Bill Costa, químico, com mestrado e doutorado<br />
em engenharia de materiais.<br />
Os resíduos de alimentos<br />
são gerados em grandes<br />
quantidades e o biogás<br />
pode ser usado na<br />
produção de energia<br />
térmica ou energia<br />
elétrica<br />
Bill Costa, coordenador<br />
do projeto<br />
Segundo ele, os resíduos de alimentos prontos,<br />
como é o caso daqueles servidos em um restaurante ou<br />
preparados pelas pessoas em suas residências, constituem<br />
biomassas com um bom potencial para a produção<br />
de biogás.<br />
“São resíduos gerados em grandes quantidades e o<br />
biogás pode ser usado na produção de energia térmica<br />
ou energia elétrica. O aproveitamento desses resíduos<br />
tem um grande apelo ambiental, porque evita que eles<br />
sejam descartados em lixões ou aterros sanitários, e também<br />
econômico, pois o biogás produzido pode gerar<br />
calor ou eletricidade”, salienta o pesquisador do Tecpar.<br />
64 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Entre os alimentos testados neste experimento<br />
estão, por exemplo, resíduos de salada, de arroz, massas,<br />
frutas e frango desfiado.<br />
INVESTIMENTO NA INFRAESTRUTURA<br />
Um novo equipamento foi adquirido para modernizar<br />
o laboratório, um analisador portátil de biogás, com<br />
a intenção de fazer análise da composição de um biogás<br />
em campo.<br />
Com a operacionalização do laboratório, o Tecpar<br />
pretende executar pesquisa aplicada, ou seja, atuar<br />
junto a indústrias e outros interessados que busquem a<br />
produção de biogás a partir da biomassa, com a oferta<br />
de novas soluções tecnológicas.<br />
“Com esse equipamento portátil, é possível determinar<br />
os teores de metano, dióxido de carbono,<br />
gás sulfídrico e oxigênio do biogás, produzido em um<br />
biodigestor instalado em uma propriedade rural ou em<br />
uma indústria, por exemplo. As medições efetuadas pelo<br />
instrumento podem se constituir em uma futura prestação<br />
de serviços do laboratório”, observa o pesquisador.<br />
O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, destaca<br />
que o instituto tem suas ações pautadas na consonância<br />
com as demandas da sociedade paranaense e brasileira.<br />
“O Governo do Estado está comprometido em ampliar<br />
o uso de biogás e biometano no Paraná e com o novo<br />
laboratório no Tecpar poderemos apoiar indústrias que<br />
queiram gerar sua própria energia com as soluções<br />
laboratoriais e com nossa equipe especializada”, ressalta<br />
Kloss.<br />
A implantação do Laboratório de Pesquisa de Biogás<br />
e Biometano no Tecpar está em linha com as metas definidas<br />
pelo governo do Estado ao instituto. O Tecpar tem<br />
como objetivo, até 2026, ampliar o portfólio de serviços<br />
com ensaios laboratoriais inéditos na área da saúde e<br />
do meio ambiente. Com isso, o instituto ofertará novos<br />
serviços e agregará valor às soluções disponibilizadas à<br />
sociedade.<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
65
ARTIGO<br />
ASPECTOS TÉCNICOS<br />
DA PRODUÇÃO DE<br />
PELLETS DE MADEIRA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO E EMANOEL CALDEIRA<br />
LAURENT ROGER MARIE QUÉNO<br />
UnB (Universidade de Brasília)<br />
UnB<br />
UnB<br />
UnB<br />
UnB<br />
ÁLVARO NOGUEIRA DE SOUZA<br />
ALEXANDRE FLORIAN DA COSTA<br />
AILTON TEIXEIRA DO VALE<br />
MAÍSA SANTOS JOAQUIM<br />
66 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
A<br />
evolução da política energética dos países<br />
desenvolvidos, associada à procura por fontes<br />
renováveis como a biomassa florestal, impulsionou,<br />
desde o início dos anos 2000, o crescimento<br />
da produção de pellets de madeira no mundo.<br />
O mercado de pellets tornou-se exigente em qualidade e<br />
deve lidar com a concorrência de outras fontes de energia,<br />
requerendo dos produtores um controle rigoroso de<br />
custo bem como um bom domínio técnico da produção.<br />
Dessa forma, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre<br />
os aspectos técnicos da produção de pellets e as possibilidades<br />
e as exigências do mercado para que o Brasil possa<br />
aproveitar as oportunidades e valorizar o seu potencial<br />
florestal.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A produção mundial de pellets de madeira tem<br />
aumentado nos últimos anos, passando de quantidades<br />
insignificantes, no início dos anos 2000, para mais de 28<br />
milhões de toneladas, em 2015, segundo a FAO (Organi-<br />
zação das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).<br />
De um mercado limitado e regional, na Escandinávia e na<br />
Áustria, de produtores locais que supriam as necessidades<br />
de consumidores em escala individual, o status deste biocombustível<br />
sólido mudou e se tornou commodity, negociada<br />
nos mercados internacionais para abastecer usinas<br />
termoelétricas das maiores empresas de fornecimento<br />
de energia elétrica da Europa (Heinimo; Junginger, 2009;<br />
Lamers et al., 2012a). Um estudo de prospectiva realizado<br />
por Pöyry, (2010) projetou o consumo mundial de pellets,<br />
em 2020, de 46 milhões de toneladas por um valor de US$<br />
8 bilhões (valores 2010). Em outros estudos, Wihersaari,<br />
Agar e Kallio (2009), Obernberger e Thek (2010) projetaram<br />
que, com um crescimento anual de 10% da demanda<br />
mundial de pellets, entre 10% e 12% de toda a madeira<br />
industrial colhida no mundo será transformada em pellets<br />
até o ano de 2025.<br />
Para produzir o pellet, vários tipos de biomassa vegetal<br />
são utilizados. As diversas matérias-primas florestais<br />
utilizadas são os subprodutos da indústria madeireira de<br />
68 www.REVISTABIOMAIS.com.br
O custo de produção do<br />
pellet é normalmente<br />
baixo porque é baseado no<br />
reaproveitamento de uma<br />
matéria-prima barata, feita<br />
de subprodutos que antes<br />
eram abandonados por<br />
serrarias e outras indústrias<br />
madeireiras<br />
segunda transformação, maravalha, serragem e pó da<br />
indústria moveleira e de piso; os subprodutos da indústria<br />
madeireira de primeira transformação, serragem, costaneiras<br />
e desperdícios das serrarias; os resíduos da exploração<br />
florestal habitualmente não extraídos da floresta, como<br />
pontas, galhos e até mesmo tocos e a biomassa oriunda<br />
de plantações dedicadas com curta rotação e alta produtividade.<br />
Depois de recolhidos, triturados e secos, esses materiais<br />
são transformados em pó que, posteriormente, é<br />
comprimido para obter a forma final. Assim, de 6 m3 a 8<br />
m3 (metros cúbicos) de serragem ou cavacos de madeira,<br />
depois de secos, processados e comprimidos, geram 1 m3<br />
de pellets de madeira. O resultado é um composto 100%<br />
natural de elevado poder calorífico.<br />
EVOLUÇÕES DO MERCADO<br />
O custo de produção do pellet é normalmente baixo<br />
porque é baseado no reaproveitamento de uma matéria-<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
69
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A SITUAÇÃO NO BRASIL<br />
Garcia (2010) analisou os pellets fabricados por quatro<br />
indústrias e demonstrou que os padrões não foram atingidos,<br />
especialmente no poder calorífico e na durabilidade<br />
mecânica. Mas, Quéno (2015), levantando a situação de<br />
nove empresas produtoras de pellets à base de maravalha<br />
de pinus nos três Estados do sul do Brasil, encontrou oito<br />
delas com controle de qualidade interno estabelecido,<br />
três com o selo de qualidade ENplus e duas em fase de<br />
certificação. Isso mostra o upgrade, em pouco tempo, na<br />
qualidade das produtoras brasileiras, no desejo de atender<br />
ao mercado externo promissor.<br />
Uma iniciativa privada, com o apoio de dois laboratórios<br />
universitários, em Lages (SC), no Brasil e em Ancona,<br />
na Itália, está trabalhando para a introdução de um selo<br />
de qualidade BRplus, para a padronização da produção e<br />
da comercialização de pellets (Quéno, 2015). A exemplo<br />
da Nova Zelândia (Hennessy, 2010), o Brasil poderia se<br />
apoiar no trabalho importante realizado pelo CEN (Comitê<br />
Europeu de Normatização), que fez um extenso trabalho<br />
de especificações técnicas na última década. Como a<br />
Europa é o maior mercado consumidor e importador de<br />
pellets do mundo, é natural a tendência de que as suas<br />
normas vigentes se tornem padrões a serem exigidos para<br />
os outros países exportadores interessados em vender<br />
suas produções.<br />
O Brasil apresenta grande potencial parcialmente<br />
aproveitado na produção de pellets a partir de resíduos<br />
das indústrias de madeiras à base de pinus. Além disso, o<br />
país pode desenvolver uma produção em grande escala,<br />
baseada em plantações de eucalipto dedicadas, como foi<br />
realizado com sucesso, tanto para a produção de celulose<br />
quanto para a de carvão vegetal. Para alcançar esse objetivo,<br />
um esforço específico de pesquisa deve ser realizado.<br />
Para acessar esse conteúdo na<br />
íntegra acesse o QRcode ao lado:<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
71
AGENDA<br />
NOVEMBRO 2024<br />
DESTAQUE<br />
360 SOLAR 2024<br />
Data: 7 a 8<br />
Local: Centro Sul, Florianópolis (SC)<br />
Informações: https://360solar.com.br/<br />
MARÇO 2025<br />
ITALIA LEGNO ENERGIA<br />
Data: 6 a 8<br />
Local: Arezzo (Itália)<br />
Informações: italialegnoenergia.it<br />
MAIO 2025<br />
EXPO BIOMASA 2025<br />
Data: 6 a 8<br />
Local: Valladolid (Espanha)<br />
Informações: https://expobiomasa.com/<br />
MAIO 2025<br />
ALL-ENERGY 2025<br />
Data: 14 e 15<br />
Local: Glasgow (Reino Unido)<br />
Informações: all-energy.co.uk<br />
BIOTECHFAIR - FEIRA<br />
INTERNACIONAL DE<br />
TECNOLOGIA EM BIOENERGIA<br />
E BIOCOMBUSTÍVEIS<br />
Data: 26 a 28 de março 2025<br />
Local: Centro de Eventos da FIERGS –<br />
Porto Alegre (RS)<br />
Informações:<br />
https://biotechfair.com.br/feira<br />
A BioTECH Fair - Feira Internacional de<br />
Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis é<br />
o único evento a congregar as diversas fontes<br />
renováveis de energia, com destaque para biodiesel,<br />
biomassa, biogás, etanol, bioquerosene,<br />
hidrogênio verde e outras fontes comprometidas<br />
com a sustentabilidade. Simultaneamente<br />
vai acontecer o Congresso Internacional de<br />
Bioenergia, em uma área de 14 mil m² (metros<br />
quadrados) com ambiente favorável para negócios,<br />
troca de conhecimentos e networking.<br />
72 www.REVISTABIOMAIS.com.br
VEM AÍ!<br />
02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
APOIO:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
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OPINIÃO<br />
Foto: divulgação<br />
AUDITORIAS EM REDES DE<br />
DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA:<br />
UMA QUESTÃO DE<br />
SEGURANÇA E EFICIÊNCIA<br />
E<br />
nergia elétrica é uma commodity primordial e pode<br />
ser tanto uma aliada quanto um desafio para o<br />
sucesso de empresas em diversos setores. Nenhuma<br />
organização moderna, especialmente nas indústrias,<br />
cada vez mais automatizadas, funciona sem energia. Em<br />
operações altamente dependentes de eletricidade, a perda<br />
de energia causada por uma falha do equipamento elétrico<br />
representa um risco financeiro significativo e pode resultar em<br />
danos materiais, bem como colocar em risco a segurança de<br />
seus funcionários.<br />
No entanto, diante da expectativa de que a demanda<br />
global por eletricidade aumente anualmente 3,4% até 2026,<br />
em média, conforme projeta a AIE (Agência Internacional<br />
de Energia), a importância das auditorias nos sistemas de<br />
distribuição elétrica se torna ainda maior. Essas práticas são<br />
essenciais para constatar a obsolescência dos ativos - por idade,<br />
estresse ou tecnologia (às vezes a combinação de todos)<br />
- e as vulnerabilidades do sistema por aumentos de carga que<br />
ocorreram ao longo dos anos e incrementar a resiliência para<br />
garantir a disponibilidade de energia.<br />
Auditorias detalhadas permitem a detecção de problemas<br />
que poderiam passar despercebidos no dia a dia. Elas<br />
possibilitam a implementação de ações preventivas antes que<br />
pequenas falhas se transformem em grandes incidentes, evitando<br />
interrupções mais longas que venham a comprometer<br />
a segurança e a confiabilidade da rede elétrica e o processo<br />
produtivo.<br />
Outro benefício das auditorias é propiciar que o sistema<br />
elétrico esteja em conformidade com as normas e regulamentações<br />
vigentes - afinal, segurança é um ponto fundamental<br />
para as indústrias. As auditorias também podem apresentar<br />
para o cliente um plano de modernização que seja exequível<br />
em um horizonte de 3 a 5 anos, viabilizando, assim, um planejamento<br />
de investimentos baseado em critérios técnicos que<br />
definem a criticidade dos ativos associados ao risco de falha<br />
ou indisponibilidade.<br />
A qualidade da energia elétrica é outro ponto crucial<br />
dentro de qualquer rede de distribuição elétrica que pode<br />
ser verificado pelas auditorias. Em geral se desconhece que a<br />
grande maioria dos problemas de qualidade de energia seja<br />
gerada pelos próprios processos e equipamentos industriais.<br />
A percepção desses problemas de qualidade e a recomendação<br />
de ações para sua mitigação resultam na redução de<br />
custos operacionais, extensão da vida útil dos equipamentos<br />
e melhoria contínua do sistema como um todo.<br />
As auditorias também estão aptas a endereçar insights e<br />
recomendações relevantes sobre o monitoramento de ativos<br />
elétricos para a otimização do seu desempenho. A partir do<br />
monitoramento desses ativos elétricos associado a softwares<br />
analíticos que utilizam tanto a inteligência artificial como o<br />
machine learning, é possível avaliar, de forma preditiva, em<br />
quanto tempo um equipamento irá falhar. Essa abordagem<br />
muda completamente o modo de fazer a manutenção: se antes<br />
essa prática era baseada em um calendário, agora é mais<br />
assertiva porque se dá baseada na condição do ativo, o que<br />
ocasiona a queda de custos associada a uma melhor otimização<br />
dos recursos internos.<br />
Um gerenciamento cuidadoso da rede de distribuição<br />
elétrica aliado a uma documentação técnica adequada - como<br />
diagramas unifilares atualizados (conforme exige a NR-10) e<br />
estudos elétricos, a exemplo de curto-circuito, seletividade da<br />
proteção e energia incidente - e a treinamentos regulares para<br />
a equipe asseguram que a companhia esteja bem preparada<br />
para qualquer situação. Diante do risco constante de interrupções<br />
elétricas, particularmente em setores altamente dependentes<br />
de energia, como hospitais, data centers e a indústria<br />
de processo em geral, o aprimoramento do desempenho não<br />
é apenas uma questão de eficiência, mas de sobrevivência.<br />
E não para por aí. As auditorias são peças-chave para a<br />
sustentabilidade do sistema elétrico, uma vez que identificam<br />
oportunidades para integrar fontes de energia renovável,<br />
proporcionando que a infraestrutura existente suporte novas<br />
tecnologias sem ameaçar a estabilidade da rede.<br />
Por Claudia Guimarães,<br />
Diretora de Field Service na Schneider Electric<br />
Foto: divulgação<br />
74 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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