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Especial Corretores de Seguros com matérias sobre programas de multicálculos, seguro social e consórcios. Na capa, Icatu Seguros e Suhai Seguradora.

Especial Corretores de Seguros com matérias sobre programas de multicálculos, seguro social e consórcios. Na capa, Icatu Seguros e Suhai Seguradora.

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Mala Direta<br />

Básica<br />

9912281412/2011-SE/SPM<br />

Correcta Editora<br />

OUTUBRO | 2024<br />

Nº 302 • ANO 29<br />

IMPRESSO FECHADO<br />

Pode ser aberto pela ECT<br />

Especial Corretor de Seguros<br />

Multicálculos: mercado conta com<br />

várias opções de ferramentas para<br />

agilizar trabalho do corretor<br />

TECNOLOGIA<br />

Assistente Virtual da Icatu Seguros<br />

chega para inovar no atendimento<br />

aos corretores de seguros<br />

A.V.I. é a primeira inteligência artificial<br />

capaz de fazer a gestão da carteira de<br />

clientes dos parceiros da seguradora<br />

Seguro Social: microsseguro é uma<br />

alternativa para que mercado consiga<br />

atender população menos assistida<br />

Consórcio: Novas oportunidades<br />

de negócios para aumentar os<br />

ganhos dos profissionais<br />

Alexandre Vilardi,<br />

Vice-Presidente Corporativo<br />

SUHAI SEGURADORA<br />

Mirando ampliar oportunidades de negócios e reafirmar seu compromisso com a<br />

inclusão no setor, Suhai Seguradora abre as portas para corretores pessoa física


EDITORIAL<br />

Corretores têm apoio<br />

político<br />

O23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros mostrou<br />

que os corretores de seguros conseguem mobilizar a<br />

classe política, sensibilizando-a para as questões que afetam<br />

diretamente o setor.<br />

A presença do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos<br />

governadores do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e de Goiás, Ronaldo<br />

Caiado, além de um senador e alguns deputados federais<br />

impressionou os quase três mil corretores presentes, que não se<br />

furtaram à tentação de vaiar aqueles que não seguiam sua linha<br />

ideológica. Foram repreendidos pelo presidente da Fenacor e anfitrião<br />

do evento, Armando Vergilio, que ressaltou que, independente<br />

de partidos políticos, agora há uma genuína intenção do<br />

Governo em fazer o mercado de seguros crescer e se desenvolver.<br />

Como prova deste apoio institucional, o projeto de lei complementar<br />

29/2017, popularmente conhecido como Lei Especial<br />

de Seguros, que há anos estava parado, foi desengavetado no Senado,<br />

aprovado e aguarda agora a apreciação da Câmara dos Deputados.<br />

Outro projeto um pouco mais polêmico, mas que já está sendo<br />

discutido também, é o que regulariza a atuação de associações<br />

de proteção veicular, colocando-as sob o guarda chuva de uma administradora,<br />

que irá determinar e reger a sua atuação.<br />

Além disso, em outra frente, o projeto para a elaboração de<br />

Seguro Social contra Catástrofes está recebendo sugestões para<br />

que o seu texto seja elaborado. Enfim, há uma clara atitude proativa<br />

do Governo para melhorar as condições do setor.<br />

Nesta edição elaboramos matérias especiais para os corretores<br />

de seguros, para comemorar este dia tão especial. Falamos<br />

sobre novas oportunidades de negócios, como consórcios, os sistemas<br />

multicálculos (que facilitam a vida dos corretores) e sobre os<br />

seguros sociais.<br />

Na capa, a Icatu Seguros apresenta a A.V.I., sua assistente virtual<br />

de inteligência artificial, que irá facilitar a atuação dos corretores<br />

de seguros, liberando-os para que possam trazer mais negócios.<br />

É a tecnologia apoiando o desenvolvimento do mercado de<br />

seguros.<br />

Boa leitura!<br />

OUTUBRO • 2024 • Nº 302 • ANO 29<br />

EXPEDIENTE<br />

Diretora de Redação:<br />

Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

klubiato@revistaapolice.com.br<br />

Diretora de Negócios:<br />

Graciane Pereira<br />

graciane@revistaapolice.com.br<br />

Colaborador:<br />

André Felipe de Lima<br />

Diagramação e Arte:<br />

Enza Lofrano<br />

Tiragem:<br />

12.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de<br />

seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta revista.<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda e<br />

de público dirigido<br />

CORRECTA EDITORA LTDA<br />

Administração, Redação e Publicidade:<br />

Rua Gaivota, 615 - sala 181<br />

04522-031 - São Paulo/SP<br />

CNPJ: 00689066/0001-30<br />

Diretora de Redação<br />

Mande suas dúvidas,<br />

críticas e sugestões para<br />

redacao@revistaapolice.com.br


CONTEÚDO<br />

www.revistaapolice.com.br<br />

revista apólice<br />

linkedin.com/apolice<br />

instagram.com/revista_apolice<br />

CAPA<br />

Icatu Seguros apresenta ao<br />

mercado a A.V.I. - Assistente<br />

Virtual Icatu, uma ferramenta<br />

de inteligência artificial capaz<br />

de fazer a gestão da carteira<br />

de clientes dos corretores de<br />

seguros.<br />

>> PÁG. 08<br />

ESPECIAL CORRETORES<br />

SEGURO SOCIAL<br />

Há uma grande parcela<br />

da sociedade que não<br />

conhece o significado<br />

da palavra proteção. é<br />

fundamental a participação<br />

dos corretores de seguros<br />

para distribuir produtos<br />

que atendam aos menos<br />

assistidos.<br />

>> PÁG. 20<br />

MULTICÁLCULOS<br />

A digitalização no setor de<br />

seguros está abandonando<br />

modelos arcaicos de<br />

comercialização com<br />

investimento em novas<br />

tecnologias capazes<br />

de realizar ofertas mais<br />

assertivas e com mais<br />

possibilidades para os<br />

consumidores.<br />

>> PÁG. 12<br />

ÍNDICE<br />

ESPECIAL CORRETORES<br />

06 Suhai<br />

Seguradora investe na distribuição de seus<br />

produtos através de corretores de seguros<br />

pessoas físicas, fortalecendo sua base de<br />

parceiros.<br />

25 Consórcio<br />

A carteira de produtos dos corretores de seguros<br />

só cresce. Além dos clássicos do mercado de<br />

seguros, investimentos, cartões de crédito e<br />

consórcios se consolidam como opções para<br />

aumentar os ganhos.<br />

EVENTOS<br />

28<br />

Aconseg-SP investe na divulgação do<br />

seguro de vida. Além da campanha<br />

#digasimaosegurodevida, entidade promove, em<br />

parceria com a Freela, encontro com mais de 300<br />

corretores para discutir apenas essa carteira.<br />

30<br />

Fórum da Longevidade promove a cultura do<br />

“viver mais” com qualidade de vida. Bradesco<br />

Seguros lançou nesta edição o ILP - Indicador de<br />

Longevidade Pessoal.<br />

32<br />

O 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de<br />

Seguros mostrou que o futuro da distirbuição de<br />

seguros no Brasil ainda passa, necessariamente,<br />

pelas mãos dos corretores de seguros.<br />

Os artigos assinados são de responsabilidade<br />

exclusiva de seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta revista.<br />

4


ESPECIAL CORRETORES<br />

SUHAI SEGURADORA<br />

INCLUSÃO E OPORTUNIDADE:<br />

a aposta no corretor pessoa física<br />

COM FOCO NA INCLUSÃO DESSES PROFISSIONAIS E CRESCIMENTO DOS RESULTADOS DA COMPANHIA, A<br />

SUHAI SEGURADORA ABRE AS PORTAS PARA CORRETORES PESSOA FÍSICA, FORTALECENDO SUA BASE<br />

DE PARCEIROS E PROPONDO UMA MUDANÇA NO MERCADO DE SEGUROS PARA AUTOMÓVEIS NO BRASIL<br />

O<br />

mercado de seguros brasileiro<br />

vem passando por grandes transformações<br />

e a Suhai Seguradora<br />

está na linha de frente dessas mudanças.<br />

Em maio deste ano, a empresa deu um<br />

passo estratégico importante: decidiu<br />

aceitar corretores pessoa física em sua<br />

carteira a fim de ampliar suas oportunidades<br />

de negócios e reafirmar seu compromisso<br />

com a inclusão no setor.<br />

Essa decisão vem em um cenário<br />

complexo, em que muitos profissionais<br />

se veem obrigados a abrir empresas<br />

para conseguir atuar plenamente. Na<br />

contramão dessa tendência, a Suhai está<br />

determinada a mudar essa realidade e<br />

oferecer mais oportunidades aos corretores,<br />

como parte de sua missão de democratizar<br />

o acesso ao seguro no Brasil.<br />

DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA CORRETORES<br />

PESSOA FÍSICA<br />

No Brasil, de acordo com dados da Superintendência de Seguros<br />

Privados - Susep, existem atualmente cerca de 145 mil corretores<br />

de seguros ativos.<br />

Destes, 43% são corretores pessoa física, uma parcela significativa<br />

que enfrenta desafios únicos ao tentar se posicionar no<br />

mercado.<br />

Historicamente, esses profissionais, apesar de serem qualificados<br />

e autorizados pela Susep, muitas vezes encontram obstáculos<br />

ao tentar exercer sua atividade de forma independente. A necessidade<br />

de abrir uma pessoa jurídica para atuar como corretor em certos<br />

ramos, como o de seguros de automóveis, é um desses desafios, o<br />

que acaba por afastá-los do mercado.<br />

Como explica Eduardo Grillo, diretor executivo comercial da<br />

Suhai, "o mercado desaprendeu a lidar com o corretor pessoa física.<br />

Por questões tributárias e estruturais, foi criada uma série de barreiras<br />

que obrigam esses profissionais a se formalizarem como pessoa<br />

jurídica ou a buscarem outros ramos de atuação. Com isso, muitos<br />

6


corretores acabam se posicionando como produtores de seguros e<br />

deixam de aproveitar seu verdadeiro potencial empreendedor".<br />

A Suhai enxerga a situação de outra forma. A seguradora<br />

acredita que esses corretores são essenciais para a expansão do<br />

mercado de seguros e, por isso, está determinada a reintegrá-los<br />

ao centro das operações, especialmente no ramo de seguros veiculares.<br />

"Estamos aqui para mudar essa história. Queremos apoiar os<br />

profissionais e proporcionar a eles uma oportunidade real de crescimento<br />

e independência", afirma Grillo.<br />

ABERTURA DE CADASTROS: UMA ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO<br />

A decisão de aceitar corretores pessoa física é, acima de tudo,<br />

uma estratégia de inclusão. A Suhai reconhece que há um grande<br />

potencial de crescimento ao incluir esse grupo de profissionais na<br />

sua carteira de parceiros.<br />

Até o momento, a empresa já conta com 6 mil corretores pessoa<br />

física cadastrados, e as expectativas são de que esse número<br />

aumente significativamente nos próximos anos.<br />

A aceitação de corretores pessoa física faz parte de uma estratégia<br />

maior da Suhai de ampliar sua rede de distribuição e alcançar<br />

<strong>novo</strong>s mercados. "Queremos estar ao lado desses corretores e<br />

dar a eles as ferramentas e o apoio necessários para que possam<br />

atuar com excelência e construir suas próprias carteiras de clientes.<br />

Para nós, isso é parte da nossa missão de democratizar o acesso ao<br />

seguro", diz Grillo.<br />

Além disso, a Suhai tem se destacado por sua flexibilidade em<br />

oferecer produtos que atendem a perfis de clientes que não encontram<br />

aceitação em seguradoras tradicionais. Isso coloca a empresa<br />

em uma posição única no mercado, permitindo que ela atenda a<br />

uma demanda reprimida e cresça de forma sustentável, enquanto<br />

oferece oportunidades para corretores de diferentes perfis.<br />

O IMPACTO PARA O CORRETOR E PARA O MERCADO<br />

A abertura de cadastros para corretores pessoa física também<br />

traz um impacto direto para o mercado de seguros como um todo.<br />

Esses profissionais, que muitas vezes se veem obrigados a<br />

atuar em outros ramos, agora têm a oportunidade de trabalhar com<br />

seguros veiculares de forma mais acessível e com menos burocracia.<br />

Isso não apenas aumenta as oportunidades para os corretores, mas<br />

também beneficia os consumidores, que passam a ter mais opções<br />

de profissionais para atendê-los.<br />

Eduardo Grillo explica que a Suhai está comprometida em<br />

oferecer produtos e serviços que atendam às necessidades específicas<br />

dos corretores pessoa física. "Nós estamos trabalhando para<br />

oferecer produtos com alta aceitação e simplicidade. Sabemos que<br />

o mercado de seguros de automóveis pode ser desafiador, especialmente<br />

para os corretores pessoa física e estamos aqui para facilitar<br />

esse processo, oferecendo soluções que sejam vantajosas tanto<br />

para eles quanto para os clientes finais", afirma.<br />

PERSPECTIVAS FUTURAS: CRESCIMENTO E TRANSFORMAÇÃO<br />

O movimento da Suhai em direção à inclusão dos corretores<br />

pessoa física faz parte de uma estratégia mais ampla de crescimento.<br />

Ao reconhecer o valor desses profissionais<br />

e oferecer a eles oportunidades<br />

reais de atuação no mercado, a empresa<br />

está não apenas ampliando sua base de<br />

corretores parceiros, mas também contribuindo<br />

para a transformação do setor de<br />

seguros no Brasil.<br />

"Queremos que a Suhai seja vista<br />

como uma seguradora que não apenas<br />

oferece produtos inovadores, mas que<br />

também está comprometida com o crescimento<br />

e o desenvolvimento de seus<br />

parceiros. Estamos aqui para construir<br />

um <strong>novo</strong> mercado, e os corretores pessoa<br />

física são uma parte essencial dessa construção",<br />

conclui Grillo.<br />

Com a expectativa de continuar<br />

crescendo e ampliando sua participação<br />

para melhorar a experiência de todos os<br />

corretores parceiros, independentemente<br />

do seu perfil, recentemente, a Suhai<br />

concluiu a revisão completa da jornada<br />

do corretor, desde os canais de atendimento<br />

até as regras de comercialização,<br />

buscando simplificar e otimizar o processo<br />

para todos que trabalham com a<br />

seguradora. Essa revisão inclui mais de 50<br />

projetos em andamento, com foco em facilitar<br />

o dia a dia desses profissionais.<br />

Uma das iniciativas mais importantes<br />

é a segmentação dos corretores,<br />

que cria jornadas e experiências personalizadas<br />

de acordo com o nível de maturidade<br />

do corretor na parceria com a<br />

Suhai. Este programa é desenhado para<br />

oferecer suporte direcionado para o<br />

crescimento e desenvolvimento de cada<br />

parceiro.<br />

"Nosso objetivo é garantir que<br />

nossos parceiros tenham não só os produtos<br />

certos, mas também a experiência<br />

certa ao trabalhar com a Suhai", afirma<br />

Eduardo Grillo. "A segmentação dos corretores<br />

permite que possamos apoiar<br />

tanto os corretores iniciantes quanto os<br />

mais experientes, criando uma sinergia<br />

com suas necessidades e potencializando<br />

a performance de cada um."<br />

Para a companhia, a decisão de<br />

incluir corretores pessoa física em sua<br />

carteira é apenas uma das iniciativas que<br />

devem ajudar a marca a abrir <strong>novo</strong>s caminhos<br />

para o futuro do setor.<br />

7


CAPA<br />

ICATU<br />

ASSISTENTE DE<br />

INTELIGÊNCIA<br />

ARTIFICIAL<br />

(A.V.I.) ganha novas<br />

funcionalidades e<br />

revoluciona o dia a dia<br />

dos corretores<br />

FERRAMENTA DESENVOLVIDA PELA<br />

ICATU SEGUROS É UM MARCO DE<br />

INOVAÇÃO NO SETOR POR SER<br />

A ÚNICA IA CAPAZ DE FAZER A<br />

GESTÃO DA CARTEIRA DE CLIENTES<br />

DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

A<br />

inteligência artificial (IA) está revolucionando diversos<br />

setores da economia global e o mercado de seguros<br />

não é exceção. Um relatório recente da McKinsey &<br />

Company apontou que empresas que aplicam IA na otimização<br />

de processos têm visto uma redução média de 50% no tempo de<br />

execução de tarefas e uma melhora de 40% na eficiência operacional.<br />

Esses números demonstram como a automação e a IA es-<br />

8


tão transformando operações em diferentes indústrias, trazendo<br />

mais agilidade e precisão a atividades que antes demandavam<br />

maior esforço humano.<br />

Nesse contexto, a Icatu Seguros lançou a A.V.I., assistente<br />

virtual desenvolvida exclusivamente para seus corretores parceiros,<br />

em agosto de 2024. A A.V.I. já se tornou um marco de inovação<br />

no setor por ser a única inteligência artificial do mercado que faz<br />

gestão da carteira de clientes. E agora, a<br />

companhia avança ainda mais ao adicionar<br />

novas funcionalidades à ferramenta,<br />

reforçando seu compromisso com a evolução<br />

constante.<br />

As duas novidades da assistente,<br />

que prometem facilitar ainda mais a jornada<br />

dos corretores, são a possibilidade<br />

de verificar o status de propostas, acompanhando<br />

pendências de implantação e<br />

assinaturas, e realizar o upload de documentos<br />

necessários para a contratação<br />

de um seguro de vida diretamente pela<br />

assistente.<br />

“Essas novas funcionalidades oferecem<br />

ainda mais agilidade e flexibilidade,<br />

permitindo que o corretor finalize a<br />

contratação do seguro de vida enquanto<br />

está em trânsito, em reuniões ou mesmo<br />

aproveitando oportunidades para fechar<br />

<strong>novo</strong>s negócios”, explica Alexandre Vilardi,<br />

Vice-Presidente Corporativo da Icatu<br />

Seguros. “Esse nível de automação é essencial<br />

para que eles possam focar no<br />

atendimento consultivo, que é o que faz<br />

a diferença para o cliente final”, completa.<br />

Com a A.V.I., a Icatu Seguros oferece<br />

uma solução que une tecnologia e<br />

praticidade, possibilitando também cotações<br />

em cerca de 40 segundos por meio<br />

do WhatsApp. A ferramenta já mostrou<br />

resultados expressivos, reduzindo em<br />

85% o tempo médio para a cotação de<br />

seguros. Mais do que isso, a A.V.I. proporciona<br />

uma experiência personalizada e<br />

acessível, permitindo que os corretores se<br />

concentrem em atividades estratégicas,<br />

como o relacionamento com clientes.<br />

A Icatu Seguros, que tem investido<br />

em inovação e tecnologia, obteve<br />

um crescimento no primeiro semestre<br />

de 2024 de 18% em relação ao mesmo<br />

período do ano anterior, com faturamento<br />

geral de R$ 8,9 bilhões. Esses<br />

resultados refletem o desempenho em<br />

todas as linhas de negócio, com destaque<br />

para o Seguro de Vida, que cresceu<br />

19% no mesmo período. Com mais de 11<br />

milhões de clientes e uma rede de mais<br />

de 10 mil corretores parceiros, a Icatu é a<br />

maior seguradora independente do Brasil<br />

e segue com um forte compromisso<br />

com a inovação.<br />

9


CAPA<br />

ICATU<br />

O CORRETOR DO FUTURO:<br />

A TRANSFORMAÇÃO ESTÁ<br />

SÓ COMEÇANDO<br />

Com a crescente adoção de soluções<br />

de inteligência artificial e automação,<br />

o papel do corretor de seguros<br />

também tem passado por uma transformação<br />

significativa. Se no passado<br />

parte do seu tempo era consumida por<br />

atividades mais operacionais, como preenchimento<br />

de formulários e análise de<br />

propostas, hoje o foco está cada vez mais<br />

na venda consultiva, consultoria personalizada<br />

e no suporte de inteligência<br />

artificial. O corretor passa a ser um especialista<br />

na vida financeira de seus clientes,<br />

oferecendo soluções de proteção e<br />

planejamento que realmente façam a<br />

diferença.<br />

“A A.V.I. é uma aliada na nossa<br />

missão de democratizar o acesso ao seguro<br />

no Brasil”, afirma Vilardi. “Ela permite<br />

que os corretores tenham mais tempo.<br />

Estamos confiantes de que a tecnologia,<br />

quando bem aplicada, tem o poder de<br />

fortalecer ainda mais a relação entre corretores<br />

e segurados.”<br />

Além de agilizar processos, a assistente<br />

também desempenha um papel<br />

fundamental no suporte à decisão, auxiliando<br />

os corretores a identificarem as<br />

melhores soluções de seguro para seus<br />

clientes. A ferramenta se destaca como<br />

uma plataforma flexível, que pode ser<br />

personalizada para diferentes perfis de<br />

clientes, otimizando o tempo de resposta<br />

e a assertividade das ofertas.<br />

A EXPERIÊNCIA DE USAR A A.V.I.<br />

Com apenas dois meses de lançamento,<br />

a A.V.I. já registrou mais de 6 mil<br />

mensagens geradas. Até o momento, a<br />

maioria dos corretores tem optado pelo<br />

envio de texto como principal formato de<br />

comunicação, representando uma parte<br />

significativa das interações.<br />

O primeiro a utilizar A.V.I. foi Wagner<br />

Gorgulho, de 37 anos, corretor de seguros<br />

há cerca de nove anos, que destaca<br />

como a ferramenta transformou sua rotina<br />

de trabalho. “Nós, corretores, temos<br />

uma vida muito corrida, e a praticidade<br />

que a A.V.I. trouxe para o meu dia a dia é<br />

incomparável”, relata Wagner. “Além de agilizar as cotações, o auxílio<br />

com dúvidas, especialmente em relação à subscrição de risco, que é<br />

um aspecto crucial, tem sido um dos recursos que mais utilizo. Receber<br />

as informações em questão de segundos faz toda a diferença”,<br />

completa.<br />

A A.V.I. também tem conquistado a atenção de jovens corretores.<br />

Lucas Mattos, de 23 anos, iniciou sua carreira como corretor<br />

de seguros há menos de um ano e já percebe os benefícios da ferramenta.<br />

“Além da agilidade, a A.V.I. traz uma segurança maior nas<br />

informações, algo essencial para quem está começando. Consigo<br />

gerar cotações rapidamente, sem perder tempo com informações<br />

faltantes, e até recebo sugestões de abordagens mais assertivas para<br />

conversar com os clientes”, explica Lucas. Ele também valoriza a facilidade<br />

de acompanhar o status das propostas em tempo real, o que<br />

lhe permite ser mais proativo nas interações com os clientes. “Eu sou<br />

a minha própria empresa, e vejo a A.V.I. como uma parceira de trabalho<br />

que a Icatu me deu”, conclui com entusiasmo.<br />

INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />

Os investimentos da Icatu Seguros em tecnologia e inovação<br />

são parte essencial dessa transformação. Nos últimos seis anos,<br />

10


tecnologia, como a A.V.I., está aí para<br />

facilitar esse processo, mas o papel consultivo<br />

do corretor continuará sendo o<br />

elo de confiança para aqueles que buscam<br />

proteção financeira.<br />

Com a A.V.I., a Icatu Seguros deu<br />

mais um passo na direção de um futuro<br />

em que os corretores podem focar no que<br />

realmente importa: entender as necessidades<br />

dos clientes e entregar soluções<br />

que façam a diferença em suas vidas. “A<br />

Icatu sempre estará ao lado dos corretores,<br />

oferecendo as ferramentas e os recursos<br />

necessários para que eles se mantenham<br />

à frente em um mercado cada vez<br />

mais competitivo e digital”, conclui Alexandre<br />

Vilardi.<br />

Alexandre Vilardi, Vice-Presidente Corporativo<br />

a empresa investiu mais de R$ 1,5 bilhão em transformação digital<br />

e inovação, e, só em 2024, os aportes superaram R$ 400 milhões.<br />

Atualmente, a companhia conta com uma equipe de tecnologia e<br />

experiência digital composta por mais de 400 pessoas. Parte desse<br />

time é dedicado exclusivamente à jornada dos corretores, a fim<br />

de evoluir constantemente nas ferramentas e soluções para esses<br />

profissionais. Com especialistas em TI, design, metodologias ágeis,<br />

experiência do usuário (UX) e arquitetura, além de um time de pesquisadores<br />

focados em entender as necessidades e expectativas<br />

dos corretores.<br />

“Estamos comprometidos em trazer cada vez mais agilidade,<br />

flexibilidade e excelência operacional para o mercado segurador,<br />

sempre alinhando a inovação às necessidades dos nossos corretores<br />

e clientes”, ressalta Vilardi.<br />

O FUTURO É DIGITAL, MAS HUMANO<br />

Apesar de todo o avanço tecnológico, a Icatu Seguros reforça<br />

que o fator humano continuará a ser o centro da relação<br />

com o cliente final. O corretor de seguros permanece como elo<br />

fundamental entre a seguradora e o consumidor, garantindo que<br />

as soluções oferecidas sejam personalizadas e transparentes. A<br />

OUTRAS INICIATIVAS COM IA:<br />

EFICIÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO<br />

EM DIFERENTES FRENTES<br />

A Icatu Seguros tem investido em<br />

múltiplas frentes para expandir o uso da<br />

inteligência artificial em suas operações,<br />

com iniciativas que vão além da A.V.I. Um<br />

exemplo é o uso da IA Generativa, em<br />

parceria com a Microsoft, por meio do<br />

Co-pilot, que está sendo testado com funcionários<br />

de diversas áreas da empresa.<br />

Além disso, a companhia também incorporou<br />

IA no atendimento ao cliente, utilizando<br />

a tecnologia de speech analytics<br />

para analisar e otimizar interações. Com<br />

mais de 73 mil monitoramentos anuais e<br />

uma precisão de 95%, a equipe de atendimento<br />

conseguiu um ganho de eficiência<br />

de 40%, permitindo ajustes precisos no<br />

suporte e identificação de insatisfações<br />

em tempo real.<br />

Outro case importante é o uso de<br />

machine learning para otimizar o processo<br />

de aceitação de riscos. Com essa tecnologia,<br />

a Icatu oferece seguros pré-aprovados<br />

de maneira mais ágil. A companhia<br />

também está estudando IA Preditiva,<br />

com foco na análise de grandes volumes<br />

de dados para prever comportamentos<br />

de consumo. O objetivo é apoiar os corretores<br />

parceiros, oferecendo insights valiosos<br />

para a prática de upsell e cross-sell,<br />

gerando mais personalização nas ofertas<br />

e ajudando a atender de forma ainda<br />

mais eficiente os clientes da seguradora.<br />

11


ESPECIAL CORRETORES<br />

MULTICÁLCULOS<br />

Calculadora dos sonhos<br />

SIM, A DIGITALIZAÇÃO NO SETOR<br />

DE SEGUROS ESTÁ DEIXANDO<br />

PARA TRÁS MODELOS ARCAICOS<br />

DE COMERCIALIZAÇÃO DE<br />

SEGUROS E APRESENTANDO<br />

AO CORRETOR INFINDÁVEIS<br />

FERRAMENTAS, SOBRETUDO<br />

AS DE MULTICÁLCULOS, QUE<br />

AGILIZAM EXPONENCIALMENTE A<br />

APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS<br />

(ÀS VEZES SIMULTANEAMENTE)<br />

AOS SEGURADOS<br />

André Felipe de Lima<br />

A<br />

avalanche digital no setor de<br />

seguros é definitiva. Não cessará<br />

mais. A cada instante surge<br />

uma insurtech ou mesmo um desenvolvedor<br />

tecnológico com um recurso<br />

inovador. Hoje, as plataformas de multicálculos<br />

possibilitam, por exemplo, ao<br />

corretor de seguros, um gerenciamento<br />

preciso do que precisa ser cotado para<br />

seus clientes. Do analógico ao digital, a<br />

vida de muitos destes profissionais mudou<br />

da água para o vinho após aderirem<br />

à ferramenta. O que consumia muito<br />

tempo, agora em segundos se concretiza,<br />

inclusive com cotações simultâneas de<br />

várias seguradoras, o que qualifica ainda<br />

mais o atendimento do corretor ao segurado,<br />

que fica à vontade para optar pelo o<br />

que mais o agrada como oferta.<br />

Mas o caminho até que as ferramentas<br />

de multicálculo se firmassem no<br />

mercado segurador brasileiro teve alguns<br />

percalços, como aponta o corretor e sócio<br />

da Prudente Corretagem de Seguros,<br />

Daniel Bonicenha: “O multicálculo é um<br />

divisor de águas para o mercado. Algumas<br />

seguradoras dificultaram o quanto<br />

puderam a implantação do multicálculo,<br />

com receio de um nivelamento por baixo<br />

dos preços. Não foi o que ocorreu. Vimos consumidores mais bem informados<br />

e corretores mais bem equipados, para prestar seu serviço<br />

de consultoria. Considero uma evolução do mercado que teve que<br />

melhorar suas práticas de subscrição e avaliação de risco. Foi bom<br />

para todos”, resume o corretor.<br />

Atualmente, existem mais de 20 empresas de multicálculos<br />

no mercado segurador brasileiro com foco no uso por corretores<br />

de seguros, como destaca Marcos Roque Villa, CEO na Segfy. Entre<br />

essas, quatro possuem grande fatia do market share, segundo<br />

o executivo, e obtiveram alto investimento nos últimos tempos.<br />

“Para se ter uma ideia, são mais de 7 milhões de cotações em um<br />

único mês, em mais de 20 seguradoras”, diz Villa, referindo-se à<br />

base da Segfy. Desde 1992, Villa já desenvolvia a primeira versão<br />

do sistema de gestão e multicálculo para corretores de seguros.<br />

Em fevereiro de 2021, a companhia recebeu aporte do Fundo de<br />

Investimento em Participações Porto Ventures (FIP Porto Ventures),<br />

que se tornou a maior acionista da empresa. Hoje, a Segfy, cuja<br />

matriz fica em São José dos Pinhais (PR), tem cerca de 70 pontos<br />

no Brasil e atende mais de 7 mil corretores, que cobrem mais de 2<br />

milhões de clientes.<br />

12


Não há dúvida de que as ferramentas de multicálculo se<br />

consolidaram como recurso essencial para corretores de seguros<br />

no Brasil. A versatilidade e rapidez operacional das plataformas<br />

mudaram completamente o trabalho dos corretores, aumentando,<br />

consequentemente, a competitividade, mas o diretor da Trindade<br />

Tecnologia, Leonardo Trindade, ressalta que há mais espaço para<br />

que o segmento tecnológico do multicálculo se expanda no país.<br />

“Na nossa área de atuação, especificamente saúde e odonto, o mercado<br />

conta com poucas soluções devido à alta complexidade e praticamente<br />

nenhuma integração via sistemas com as companhias”,<br />

alerta Trindade.<br />

A ferramenta da Trindade Tecnologia voltada para os corretores<br />

começou a ser desenvolvida há 20 anos. “De lá para cá, a adoção<br />

dessa ferramenta aumentou significativamente, impulsionada pela<br />

digitalização acelerada no setor de seguros e pela necessidade de<br />

eficiência”, avalia o executivo.<br />

TEMPO ENCURTOU<br />

Em meio a tantas questões, um fato: o consumidor de seguros,<br />

como o de qualquer outro segmento, não tolera mais perder<br />

DANIEL BONICENHA,<br />

da Prudente<br />

tempo na busca do que deseja e que seja<br />

perfeitamente adequado à sua realidade<br />

e necessidade. Mas, os corretores também<br />

querem otimizar seu trabalho para<br />

que possam, claro, vender mais e de forma<br />

cada vez mais personalizada.<br />

“O corretor sempre consultou mais<br />

de uma seguradora na busca da melhor<br />

opção para seu cliente. Antes, cada cálculo<br />

demorava pelo menos 20 minutos<br />

e o corretor consultava, no mínimo, três<br />

seguradoras, sendo que em alguns casos<br />

esse número poderia chegar a oito ou 10<br />

companhias. Atualmente, em menos de<br />

10 minutos é possível avaliarmos 10 seguradoras”,<br />

diz Bonicenha.<br />

Apresentar múltiplas cotações<br />

rapidamente aumenta a capacidade do<br />

corretor para oferecer a melhor opção ao<br />

cliente em menos tempo e com possibilidade<br />

de ajustes rápidos e mais precisos<br />

no envio dessa cotação. “Por consequência<br />

há redução de custos operacionais<br />

com a automatização de processos de<br />

cotação que, anteriormente, demandava<br />

tempo e recursos significativos”, salienta<br />

Trindade.<br />

A adesão em massa dos corretores<br />

a uma ferramenta de multicálculo<br />

ainda é, porém, uma incógnita. Head da<br />

BU Seguros Quiver by Dimensa, Fernando<br />

Rodrigues, ressalta que há pesquisas<br />

setorizadas que indicam um percentual<br />

elevado dos respondentes realizando o<br />

uso de multicálculo em algum nível. “Mas<br />

13


ESPECIAL CORRETORES<br />

MULTICÁLCULOS<br />

MARCOS ROQUE VILLA,<br />

da Segfy<br />

ainda não temos indicadores oficiais do<br />

mercado”, afirma Rodrigues, ponderando,<br />

todavia, que as corretoras de seguros<br />

têm cada vez mais se conscientizado<br />

da necessidade do uso de tecnologias<br />

e soluções que facilitem o seu dia a dia,<br />

ampliando sua capacidade de crescimento,<br />

que passa obrigatoriamente pelo<br />

aumento em escala da oferta. “Estamos<br />

inseridos em um mercado bastante competitivo<br />

e o apoio tecnológico é fundamental,<br />

pois precisamos mudar o patamar<br />

da distribuição de seguros no Brasil”,<br />

justifica o executivo.<br />

“Os multicálculos não são fornecedores<br />

de preço das seguradoras, mas sim<br />

FERNANDO RODRIGUES<br />

da Quiver by Dimensa<br />

uma poderosa solução de ofertas e vendas para o corretor de seguros<br />

se adequar ao momento de compra de seu cliente, com ofertas<br />

cruzadas de outros produtos”, explica Rodrigues.<br />

Outra desenvolvedora de ferramenta multicálculo, a Agger<br />

mantém uma base de 13 mil corretores de seguros que utilizam a<br />

plataforma da companhia. “Enquanto a plataforma foca em excelência<br />

na geração de dados para prover informações seguras e agilidade,<br />

o profissional consegue focar na prestação de um serviço de<br />

qualidade. Pesquisas mostram que a aderência ao multicálculo é<br />

cada vez mais promissora. O estudo Avatec [Autoavaliação das Corretoras<br />

de Seguros em Tecnologia], realizado pelo Sincor-SP, indicou<br />

que, em 2020, 25% dos corretores não usavam multicálculo e, em<br />

2024, esse número caiu para 15%”, destaca o CEO da Agger, Gabriel<br />

Ronacher.<br />

Os resultados da primeira edição do estudo Avatec, do Sincor-SP,<br />

para verificar o estágio em que se encontra a relação dos corretores<br />

com novas tecnologias, inclusive as de multicálculos, foram<br />

divulgados em julho de 2020 e a partir deles constatou-se que 50%<br />

das corretoras obtiveram avaliação “boa” e que 25%, avaliação “muita<br />

boa” ou “excelente”. Em São Paulo, a pontuação foi de 32, em uma<br />

escala de 10 a 50 pontos.<br />

A plataforma Agger trabalha com 14 ramos e 40 seguradoras.<br />

Segundo Ronacher, hoje, quatro em cada 10 cotações de seguros<br />

automotivos do país passam por corretores utilizando o multicálculo<br />

da Agger, o que gera 50 milhões de cotações mensais. “Também<br />

buscamos criar <strong>novo</strong>s produtos, trazer melhorias nos formulários de<br />

cotações, incluir seguradoras novas que estão adentrando no mercado<br />

para dar mais opções aos corretores, como o seguro por assinatura”,<br />

assinala.<br />

Como qualquer outro sistema de plataforma para um público<br />

B2B, são muitos os desafios encontrados pelos modelos de multicálculos.<br />

Geralmente, explica Marcos Roque Villa, a necessidade de<br />

um sistema de multicálculo ou gestão é percebida pelo corretor de<br />

seguros no seu cotidiano. “Temos alguns corretores que utilizam a<br />

Segfy há anos porque perceberam a necessidade de digitalização de<br />

processos, mas ainda há muitos que esperam uma justificativa para<br />

aquisição de uma plataforma, principalmente corretoras de porte<br />

menor”, reconhece o executivo. Ele complementa: “Dados apontam<br />

que existem cerca de 124 mil corretoras ativas no Brasil, então vejo<br />

que ainda há muitas possibilidades para o setor de tecnologia ser<br />

conhecido e ajudá-las. Do total de corretores temos, aproximadamente,<br />

30% que ainda não possuem nenhum tipo de multicálculo<br />

ou gestão, portanto ainda há um público considerável que não se<br />

beneficia de tecnologia no seu trabalho.”<br />

AVANÇOS TECNOLÓGICOS E O PAPEL DA IA<br />

Os avanços tecnológicos das ferramentas de multicálculos<br />

são notados, sobretudo com a inteligência artificial (IA) inserida<br />

na realidade atual delas. “Na Quiver by Dimensa utilizamos inteligência<br />

de dados e mapas de calor para sugerir respostas e reduzir<br />

ao máximo o tempo de preenchimento de informações. Recentemente,<br />

reformulamos toda nossa solução e reduzimos cerca de<br />

45% das perguntas dos questionários. Mas ainda há muito a ser<br />

14


feito: o uso de dados para melhorar a precificação das seguradoras<br />

certamente irá simplificar os questionários, o que naturalmente<br />

simplificará todo o modelo de comercialização”, explica<br />

Fernando Rodrigues.<br />

A inteligência artificial poderá otimizar — “e muito!”, diz Leonardo<br />

Trindade — os processos de multicálculo. A implementação<br />

ainda está, no entanto, em fases iniciais. “A IA pode ser usada para<br />

melhorar o processo de precificação, análise de risco e personalização<br />

de ofertas, mas no [segmento de] saúde ainda há quase nenhuma<br />

disponibilidade dessa tecnologia para o corretor e vendedor de<br />

planos de saúde”, alerta Trindade.<br />

Como outros exemplos, o especialista em tecnologias para o<br />

setor de seguros cita o big data e a análise preditiva. Ambas, segundo<br />

Trindade, podem permitir que as plataformas de multicálculos<br />

antecipem comportamentos de consumidores, ajustando ofertas<br />

automaticamente para melhor atender às necessidades específicas.<br />

Chatbots e assistentes virtuais, como ferramentas de atendimento<br />

ao cliente alimentadas por IA também já estão ajudando corretores<br />

e clientes a entenderem melhor suas opções de seguros, argumenta<br />

ele, bem como ferramentas de RPA (Robotic Process Automation),<br />

que podem auxiliar na integração com sistemas de seguradoras<br />

para obter cotações em tempo real.<br />

Para Gabriel Ronacher, a discussão sobre IA não é sobre se<br />

irá afetar o mercado, mas principalmente como. “Essa tecnologia já<br />

LEONARDO TRINDADE,<br />

da Trindade Tecnologia<br />

é uma realidade no nosso mercado, onde<br />

seguradoras, corretores e insurtechs vêm<br />

testando a melhor maneira de agregar<br />

valor à distribuição de seguros. A geração<br />

de insights em tempo real pode também<br />

ajudar o corretor a descobrir novas opor-<br />

Um bom negócio<br />

é comemorar.<br />

O dia de hoje é dedicado a você, Corretor de Seguros.<br />

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12 de outubro | Dia do Corretor de Seguros


ESPECIAL CORRETORES<br />

MULTICÁLCULOS<br />

GABRIEL RONACHER,<br />

da Agger<br />

tunidades de negócio dentro da própria<br />

base de clientes e, assim, aumentar o<br />

cross-selling de produtos.<br />

OPEN INSURANCE: ALIADO OU NÃO<br />

DO CORRETOR?<br />

Há, contudo, outras discussões em<br />

torno da relação do corretor com as novas<br />

tecnologias, sobretudo no cenário do<br />

open insurance.<br />

"Acredito ser pouco provável a<br />

distribuição direta sem o corretor", vaticina<br />

o diretor da Santeé Rio Corretora<br />

de Seguros e da Associação Estadual do<br />

Corretores de Seguros do Rio de Janeiro<br />

(Aecor-RJ), o corretor Jayme Torres. Ele<br />

acrescenta, justificando, entretanto, que<br />

JAYME TORRES,<br />

da Santeé Rio<br />

os contratos de seguros são, na grande maioria, de 12 meses, um<br />

prazo curto para que possa haver uma diferença extrema de prêmio<br />

que viabilize uma mudança de seguradora. “O segurado, quando<br />

contrata o seguro com corretor de seguros, confia e sabe que está<br />

sendo oferecida a ele a melhor opção e não irá buscar alternativa<br />

durante a vigência do seguro. Também creio ser pouco provável isso<br />

acontecer com outras modalidades de seguros, além do seguro de<br />

automóveis”, resume Torres.<br />

Há quem pense por outra via. Como explica Marcos Roque<br />

Villa, o tema requer atenção redobrada. “Debates foram feitos porque,<br />

sim, existe um receio de não só tirar o protagonismo do corretor<br />

de seguros, mas também da qualidade da comercialização desse<br />

produto que é de suma importância social e financeira”, alerta o CEO<br />

da Segfy. Ele pondera, contudo, que os órgãos que estão implementando<br />

o open insurance incluíram as corretoras de seguros na modalidade<br />

Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (Spoc), um<br />

sinal claro de que ouviram os questionamentos. Dessa forma, não<br />

apenas empresas de tecnologia e seguradoras poderão atuar nesse<br />

âmbito. Uma vez credenciadas pela Susep essas empresas poderão<br />

oferecer ao consumidor serviços de agregação de dados, painéis de<br />

informação e controle ou, com o consentimento do cliente, representá-lo<br />

na prestação de serviços relacionados à iniciação de movimentação<br />

financeira”, visualiza Villa.<br />

GARGALO: SAÚDE E ODONTO ‘UM PASSO ATRÁS’<br />

O open insurance, semelhante ao open banking, visa promover<br />

um mercado mais aberto e competitivo, onde dados são compartilhados<br />

entre diferentes atores do mercado de seguros, desde<br />

que autorizado pelo cliente. Isso é fato. No entanto, como argumenta<br />

Leonardo Trindade, essa realidade nos segmentos de saúde e<br />

odonto ainda têm um imenso e longo caminho pela frente.<br />

“Estou há 27 anos no mercado e não vejo nenhum movimento<br />

concreto das seguradoras e operadoras para essa finalidade. Nunca<br />

houve webservice disponível nesse segmento como hoje não há<br />

nenhuma API [application programming interface] para integração<br />

de sistemas. Esse é um dos maiores gargalos que enfrentamos no<br />

dia a dia ao lado do corretor. Com interoperabilidade e integração<br />

de dados, as plataformas de multicálculo de saúde suplementar e<br />

odonto precisarão se adaptar para integrar dados de várias fontes<br />

de forma fluída, como hoje ocorre minimamente nos ramos elementares”,<br />

abrevia Trindade.<br />

Com o open insurance, de fato, pondera o especialista, haveria<br />

uma maior possibilidade de personalização, já que os dados<br />

do cliente poderão ser usados para oferecer produtos mais adequados<br />

ao perfil e necessidades. “Mas hoje não temos nem o básico<br />

de integrar diretamente os sistemas das companhias, tabelas<br />

de preço estáticas ou cotações levando em consideração análises<br />

mínimas em cima apenas do CNPJ ou do CPF dos clientes. As plataformas<br />

de multicálculo atuam como facilitadores, tanto para os<br />

corretores como para as companhias, fornecendo interfaces e ferramentas<br />

e podem auxiliar corretores e clientes a navegarem no<br />

ecossistema do open insurance, mas ainda há muito a ser feito nessa<br />

base”, conclui Trindade.<br />

16


TRANSFORMAR<br />

PROTEÇÃO EM<br />

CONFIANÇA,<br />

SEGURANÇA EM<br />

REALIDADE<br />

12 DE OUTUBRO<br />

DIA DO CORRETOR DE SEGUROS<br />

Temos orgulho de caminhar ao seu<br />

lado, oferecendo suporte e soluções<br />

para que você continue a ser o guardião<br />

da tranquilidade de seus clientes.<br />

Juntos, seguimos construindo<br />

um futuro mais seguro.<br />

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12 e 13 de novembro em São Paulo/SP<br />

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ESPECIAL CORRETORES<br />

SEGURO SOCIAL<br />

Corretor, um agente inclusivo<br />

COM TANTAS TRANSFORMAÇÕES<br />

DO MERCADO, O CORRETOR DE<br />

SEGUROS VIVE UMA DISCUSSÃO<br />

EXISTENCIAL. EM MEIO A SUA<br />

AUTORREFLEXÃO, O QUE SE<br />

ESPERA DELE É MUITO MAIOR<br />

DO QUE SE IMAGINA. PARCELA<br />

EXPRESSIVA DA SOCIEDADE, QUE<br />

SEQUER CONHECE O SIGNIFICADO<br />

ESSENCIAL DE UMA “APÓLICE”,<br />

CONTA COM ESTE PROFISSIONAL<br />

PARA QUE ELE SE TORNE<br />

IMPORTANTE AGENTE DO BEM-<br />

ESTAR SOCIAL AO PROPAGAR O<br />

MICROSSEGURO. O CORRETOR<br />

PRECISA DEFINITIVAMENTE<br />

RECONHECER QUE O MUNDO<br />

MUDOU E AGORA É DIGITAL. ISSO<br />

É IRREVERSÍVEL<br />

André Felipe de Lima<br />

Impossível imaginar a difusão da cultura<br />

do seguro no Brasil sem antes<br />

considerar como peça-chave para<br />

isso o microsseguro (ou seguro inclusivo).<br />

Impossível também imaginar essa<br />

disseminação sem que tenha o corretor<br />

de seguros à frente dela. O maior desafio<br />

do mercado securitário é, contudo,<br />

encontrar mecanismos para ampliar<br />

a população protegida. Essa premissa<br />

consta do Plano de Desenvolvimento<br />

do Mercado de Seguros (PDMS), lançado<br />

no ano passado pela Confederação<br />

Nacional das Seguradoras (CNseg). A<br />

jornada para fazer valer essa meta, e<br />

isso é amplamente reconhecido, não<br />

vem sendo fácil. O país está envelhecido,<br />

como evidenciam dados do Censo<br />

Demográfico de 2022 divulgados pelo<br />

Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-<br />

tística (IBGE). Temos quase 30% da população acima dos 50 anos.<br />

A projeção até 2053 é de que esse número chegue a 100 milhões.<br />

Hoje, os brasileiros que têm, por exemplo, um plano de previdência<br />

privada são cerca de 11 milhões. É pouco para uma realidade<br />

econômica onde impera uma crônica desigualdade socioeconômica.<br />

O PIB (ou aqueles que se “encantam” com ele) parece “ignorar”<br />

distorções sociais em um país onde as características geográficas e<br />

socioculturais são inúmeras e latentes. O microsseguro ainda está<br />

muito distante dessa complexa realidade.<br />

20


Enquanto tentamos fazer com que o seguro inclusivo se torne<br />

realidade no Brasil, lá fora o tamanho desse mercado cresce a<br />

olhos vistos, como revela o Microinsurance Global Market Report<br />

2024, divulgado este ano pela The Business Research Company. O<br />

salto será significativo, preveem os arautos de “boas novas” do setor:<br />

de US$ 89,05 bilhões em 2023 para US$ 95,69 bilhões em 2024,<br />

a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, compound<br />

annual growth rate ) de 7,5%. Será realmente, caso se concretize a<br />

previsão da The Business Research Company, um “senhor” salto. Os<br />

fatores para essa projeção para lá de alvissareira<br />

são muitos. Dentre os quais merecem<br />

mais atenção políticas inclusivas no<br />

campo financeiro para estender o seguro<br />

aos que possuem renda mais baixa, o surgimento<br />

e o crescimento de instituições<br />

de microfinanças que facilitam o acesso<br />

a serviços financeiros, o apoio governamental<br />

e as iniciativas que promovem<br />

soluções de seguro inclusivas, sobretudo<br />

com envolvimento ativo de organizações<br />

não governamentais (ONGs) e de doadores<br />

no apoio e promoção de programas<br />

de microsseguro, além de esforços para<br />

liberalização de mercado que facilitaram<br />

a expansão de tais iniciativas.<br />

Presidente da comissão de seguros<br />

inclusivos da CNseg, Eugênio Velasques<br />

reforça a importância das métricas<br />

sinalizadas pelo PDMS. “O documento<br />

propõe uma série de ações para democratizar<br />

o acesso aos produtos de seguros.<br />

Uma dessas ações, a 15ª, detalhada<br />

no pilar ‘produtos’, visa identificar as barreiras<br />

para a promoção dos produtos destinados<br />

à baixa renda. Isso será feito por<br />

meio de um estudo sobre as reais necessidades<br />

dos consumidores de baixa renda,<br />

permitindo que o setor, com base em<br />

dados concretos coletados junto à população,<br />

desenvolva produtos e modelos de<br />

distribuição adequados às necessidades<br />

identificadas. A coleta e análise desses<br />

dados permitirá ao setor, especialmente<br />

após a experiência da covid-19, compreender<br />

quais são as necessidades mais urgentes<br />

da população de baixa renda e determinar<br />

quais tipos de produtos e canais<br />

de distribuição serão mais eficazes para<br />

atendê-las”, revela Velasques.<br />

Enquanto esse estudo citado pelo<br />

representante da CNseg não acontece, iniciativas<br />

isoladas vão surgindo no âmbito<br />

do seguro inclusivo. Uma delas bastante<br />

significativa surgiu em julho: a F Seguros,<br />

uma empresa anunciada pela Favela Holding,<br />

Mag Seguros e Central Única das<br />

Favelas (Cufa) e cuja meta é apresentar o<br />

seguro à população das favelas do país. O<br />

mesmo Censo de 2022 revela que existem<br />

quase 12 mil favelas no país, nas quais residem<br />

cerca de 16 milhões de pessoas, em<br />

um total de 6,6 milhões de domicílios. Esse<br />

21


ESPECIAL CORRETORES<br />

SEGURO SOCIAL<br />

EUGÊNIO VELASQUES,<br />

da CNseg<br />

dado é relevante, mas realmente são necessários<br />

estudos pontuais e direcionados<br />

para cada realidade específica social de<br />

comunidades economicamente desfavorecidas<br />

igualmente aos que existem em<br />

mercados de seguros mais amadurecidos.<br />

São pesquisas que possibilitam projeções<br />

como a do Microinsurance Global Market<br />

Report 2024, que sinaliza para um crescimento<br />

do seguro inclusivo até 2028 da<br />

ordem de US$ 126,39 bilhões, a uma taxa<br />

de crescimento anual composta de 7,2%.<br />

“Essas pesquisas reforçam a relevância<br />

do microsseguro como uma ferramenta<br />

de proteção social, redução da<br />

pobreza e estímulo ao desenvolvimento<br />

econômico”, avalia a advogada Anne Caroline<br />

Wendler, especialista em direito<br />

empresarial, que acrescenta: “Em 26 de<br />

agosto de 2024, foi criado pela Superintendência<br />

de Seguros Privados (Susep),<br />

conforme Portaria nº 8.324, de 2024, o<br />

grupo de trabalho Política Nacional de<br />

Acesso ao Seguro e isso conversa com<br />

a questão da inclusão do microsseguro,<br />

que tem como foco englobar pessoas<br />

que não possuem acesso ao seguro.”<br />

Para que o potencial do microsseguro<br />

seja plenamente realizado, salienta<br />

Anne, é fundamental o comprometimento<br />

de todos os stakeholders na promoção<br />

de políticas e estratégias voltadas para o<br />

desenvolvimento de seguros inclusivos,<br />

em linha com os objetivos constitucionais<br />

de desenvolvimento nacional.<br />

Vice-presidente de comunicação e administrativo da Federação<br />

Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Carlos Alberto<br />

Valle reforça que a movimentação existe para que o seguro inclusivo<br />

efetivamente aconteça. Como afirma Valle, muitos projetos de lei<br />

que buscam estabelecer normas e procedimentos para o microsseguro<br />

tramitam no Congresso Nacional, objetivando incentivos para<br />

as seguradoras na criação de produtos populares. Há, ainda, normas<br />

que acentuam a importância do corretor de seguros no fomento do<br />

seguro inclusivo.<br />

“Todos eles, na sua maioria, têm o objetivo de ampliar o<br />

acesso a todas as camadas da sociedade, promovendo uma maior<br />

inclusão social e financeira. O próprio CNSP [Conselho Nacional de<br />

Seguros Privados] em 2011, publicou a resolução 244, estabelecendo<br />

normas para a operação de forma mais simples e com menor<br />

custo. E somando-se a tudo isto, já se fala bastante no microsseguro<br />

agrícola, que protege o pequeno produtor rural. A própria resolução<br />

244 reconhece a importância do corretor de seguros para ampliar<br />

sua popularidade e ação, reconhecendo o seu importante e decisivo<br />

conhecimento e trabalho. Juntando-se a isto, a Escola de Negócios e<br />

Seguros [ENS] e a Susep, já estão disponíveis para os que desejarem<br />

trabalhar com essa especialidade. Já se tem informações que alguns<br />

Sincor’s promovem palestras sobre esse assunto”, revela Valle.<br />

Em todas as atividades, existe um tempo de maturação que,<br />

como interpreta Valle, passa pelo conhecimento da existência da<br />

nova atividade, mas, principalmente, pela experiência a ser percebida<br />

pelos potenciais consumidores. “Acho que o caminho é este mesmo<br />

que está sendo feito, e mais uma vez, reconhecendo o trabalho<br />

dos corretores de seguros, que são os únicos que podem atingir essa<br />

camada da população”, defende.<br />

ONDE FALHA O DISCURSO?<br />

O fato é que tudo ainda está no papel ou no idealismo de<br />

quem realmente deseja ver o seguro inserido na realidade da maioria<br />

dos brasileiros. Tanto se fala na importância do seguro para o<br />

desenvolvimento econômico do país ou de incluí-lo na pauta de<br />

políticas públicas. Vários representantes do setor “levantam essa<br />

bandeira” e frisam ser o microsseguro ou o seguro dito “inclusivo”<br />

uma oportunidade para se chegar à massa consumidora, mas tanto<br />

seguradores quanto reguladores esbarram na pouca ou nenhuma<br />

familiaridade do brasileiro com o seguro.<br />

“Mais importante do que o debate é o que tem sido realizado<br />

na prática”, define Velasques, da CNseg. Há quatro décadas, acrescenta<br />

ele, a Susep incentivou as seguradoras a tornarem o seguro<br />

acessível a um público que, naquela ocasião, ainda não via a necessidade<br />

desses produtos. “Desde então, o mercado de seguros vem<br />

crescendo à medida que as pessoas passam a entender a importância<br />

dessa proteção”, defende.<br />

Na época de sua criação, esses produtos, hoje definidos como<br />

inclusivos, eram chamados de “seguros populares”, uma denominação<br />

que já não é mais usada, como lembra Velasques. De lá para cá,<br />

pontua o representante da CNseg, o processo de ampliar o acesso<br />

aos seguros não parou e continua a se expandir com a chegada de<br />

<strong>novo</strong>s consumidores. “Ao analisarmos a evolução do mercado segu-<br />

22


ador ao longo desse período é evidente o crescimento e a inclusão<br />

de mais pessoas”, sustenta.<br />

Velasques destaca que, em qualquer país, os seguros tendem<br />

a se disseminar de forma gradual, começando pelos grupos mais<br />

favorecidos da pirâmide socioeconômica até alcançar as camadas<br />

mais baixas. No Brasil, garante ele, não é diferente. “Independentemente<br />

da renda, há um grande potencial de inclusão, oferecendo<br />

proteção à vida, ao patrimônio, à saúde e ao futuro”, esclarece Velasques,<br />

salientando que, atualmente, a comercialização de microsseguros<br />

é regida pela Resolução CNSP nº 409, de 2021, que dispõe<br />

sobre os princípios e características gerais para a operação dos seguros<br />

classificados como microsseguros. “As operações também são<br />

regidas pelas regras e critérios regulamentares vigentes sobre as<br />

operações de seguro, desde que não contrariem as disposições da<br />

Resolução CNSP nº 409/2021”, especifica Velasques.<br />

Para a advogada Anne Wendler, a dificuldade de transformar<br />

o discurso em realidade no mercado de microsseguro no Brasil, em<br />

comparação com mercados mais maduros, envolve fatores culturais,<br />

educacionais e estruturais. “A cultura do seguro no Brasil ainda é incipiente.<br />

Temos um baixo índice de penetração do seguro na sociedade.<br />

Segundo dados da FenSeg e da Fenaprevi, menos de 30% da<br />

frota circulante de automóveis possui seguro, assim como apenas<br />

17% das residências são seguradas. Historicamente, o seguro não faz<br />

parte do cotidiano da maioria dos brasileiros. Isto se dá pelo desconhecimento<br />

do seguro pela população, especialmente nas camadas<br />

de baixa renda, público-alvo do microsseguro”, identifica Anne.<br />

A advogada se baseia em dados da realidade populacional<br />

do país majoritariamente de baixa renda. Ela argumenta que 67%<br />

dos trabalhadores recebem menos de dois salários mínimos e que<br />

o seguro acaba sendo visto como gasto extra e não como necessidade<br />

de se ter uma ferramenta de proteção financeira. “A falta de<br />

educação financeira também impede que muitos brasileiros compreendam<br />

a real importância e os benefícios do seguro. A falta de<br />

familiaridade cria desconfiança e limita a demanda, o que dificulta a<br />

penetração especialmente do microsseguro”, analisa.<br />

As seguradoras também enfrentam o desafio, segundo a<br />

advogada, de desenvolver produtos que atendam às necessidades<br />

específicas da população economicamente desfavorecida. “O microsseguro,<br />

por exemplo, exige um equilíbrio entre simplicidade,<br />

acessibilidade e rentabilidade”, assinala Anne, que complementa:<br />

“O contexto socioeconômico também influencia. Em muitos mercados<br />

desenvolvidos, políticas públicas e incentivos governamentais<br />

ajudaram a criar um ambiente favorável para a popularização do<br />

microsseguro. No Brasil, ainda há uma carência de incentivos diretamente<br />

ao setor que pode ampliar sua abrangência e ser acessível<br />

pela massa consumidora”. Para a especialista, a combinação de uma<br />

ANNE CAROLINE WENDLER,<br />

advogada<br />

cultura de seguro pouco desenvolvida, a<br />

falta de educação financeira e o contexto<br />

socioeconômico são os principais obstáculos<br />

que impedem o microsseguro de se<br />

tornar uma realidade tão forte no Brasil<br />

quanto em mercados mais maduros.<br />

Presidente da Associação Nacional<br />

das Microsseguradoras (ANM), Edson<br />

Calheiros observa que a penetração dos<br />

seguros inclusivos no Brasil enfrenta desafios<br />

que outros setores da economia<br />

também enfrentam e que são típicos de<br />

países em desenvolvimento. Falta educação<br />

financeira. Ele elenca outros desafios<br />

além deste: “A desconfiança histórica em<br />

relação ao setor de seguros e o ainda forte<br />

tabu em relação ao seguro de vida, que<br />

gera em muitos a ideia de certa repulsa<br />

imediata. Além disso, importante destacar<br />

também a falta de uma infraestrutura<br />

financeira robusta e de políticas públicas<br />

voltadas à inclusão financeira como dificultadores,<br />

bem como a complexidade<br />

regulatória e a ausência de incentivos fiscais<br />

específicos para o desenvolvimento<br />

desse nicho, que contribuem para a lenta<br />

adoção desses produtos no mercado”, assinala<br />

Calheiros.<br />

Muito além do seguro<br />

O Grupo A12+ parabeniza e agradece aos profissionais que asseguram tranquilidade e<br />

confiança em todas as etapas da vida. Outubro é um momento especial para reconhecer<br />

a importância dos corretores de seguros na proteção de pessoas e seus patrimônios, na<br />

orientação e busca das condições mais adequadas para os riscos de seus clientes.<br />

Feliz Dia do Corretor de Seguros!


ESPECIAL CORRETORES<br />

SEGURO SOCIAL<br />

CARLOS ALBERTO VALLE,<br />

da Fenacor<br />

EDSON CALHEIROS,<br />

da ANM<br />

O CORRETOR PROJETADO<br />

No Congresso Nacional ainda se<br />

discute tanto o microsseguro quanto o<br />

papel do corretor de seguros no mercado,<br />

embora ambos tenham regulamentação<br />

definida pelas autarquias federais<br />

que regem o mercado. Em abril, a Comissão<br />

de Constituição, Justiça e Cidadania<br />

do Senado aprovou o projeto de lei complementar<br />

(PLC) 29/2017, que estabelece<br />

o <strong>novo</strong> marco do mercado de seguros.<br />

Nele, responsabilidades e deveres de<br />

seguradores, corretores e segurados são<br />

redefinidos. O PLC está, contudo, sem<br />

previsão de votação em plenário.<br />

Independentemente da discussão<br />

no Congresso e dos PLs em trâmite, o corretor<br />

de seguros é uma espécie de “Hermes”, deus da comunicação da<br />

mitologia grega, do mercado segurador. É ele quem faz a conexão do<br />

consumidor com o universo das apólices. O que se debate, contudo,<br />

é como este profissional pode inserir-se no contexto do microsseguro,<br />

atuando como um agente de bem-estar para a sociedade. “Com as<br />

mudanças cada vez mais rápidas, tanto de lançamentos de produtos<br />

e formas de contratação que estão surgindo paulatinamente, o corretor<br />

tem buscado mecanismos para disponibilização do microsseguro<br />

através de associações, igrejas e outras comunidades. Ele vem se inserindo<br />

neste contexto”, diz Carlos Valle, da Fenacor.<br />

Eugenio Velasques lembra que uma das principais exigências<br />

em termos regulatórios para a comercialização do seguro inclusivo<br />

no Brasil é que ele tenha um valor compatível para atender ao público<br />

a que se destina, além de uma linguagem simples, de fácil compreensão<br />

e processos de liquidação rápidos e eficientes, adequados<br />

às necessidades do público-alvo. Sobre o papel do corretor na disseminação<br />

e comercialização do produto, Velasques é enfático: “É<br />

importante reiterar que o corretor de seguros, principal pilar de captação<br />

de clientes das seguradoras, já está buscando, no contexto de<br />

inclusão, o público do mercado de baixa e média renda e das pequenas<br />

e médias empresas e, na sequência, paulatinamente, caminhando<br />

a passos firmes para o mercado de seguros inclusivos. Ele é o<br />

maestro da orquestra dos seguros inclusivos, além de um agente do<br />

bem-estar social. Ele é e será o mais importante influenciador para o<br />

acesso e inclusão de milhares de brasileiros no mercado segurador.”<br />

Anne Caroline Wendler também acredita na importância do<br />

corretor para a popularização do microsseguro, sobretudo em áreas<br />

mais remotas, desde que esteja familiarizado com as novas tecnologias<br />

digitais que permitam a contratação em áreas onde não há<br />

estrutura bancária ou grandes operações de seguro. “Essa proximidade<br />

com o consumidor final permite que o corretor entenda as reais<br />

necessidades da população, oferecendo soluções customizadas<br />

e acessíveis”, justifica Anne. Ela vai além em sua observação. Para a<br />

advogada, o corretor de microsseguçro também pode se posicionar<br />

como um agente de prevenção e proteção social, promovendo uma<br />

cultura de prevenção de riscos.<br />

“Ao conscientizar as pessoas sobre a importância da proteção<br />

contra imprevistos, o corretor ajuda a criar uma rede de segurança<br />

social que contribui para o bem-estar coletivo. Isso pode incluir ações<br />

educativas sobre saúde, segurança no trabalho, e finanças pessoais.<br />

O corretor, ao atuar localmente, pode construir uma relação de confiança<br />

com seus clientes, tornando-se um ponto de apoio em situações<br />

de adversidade. A partir dessa confiança, se reduz a percepção<br />

de que o seguro é inacessível ou burocrático”, resume Anne.<br />

A advogada explica ainda que, ao inserir-se nesse contexto,<br />

o corretor também contribui para a sustentabilidade social e<br />

financeira local das comunidades para as quais apresenta o seguro<br />

inclusivo. “O microsseguro, quando bem implementado, funciona<br />

como uma rede de proteção para a sociedade, evitando que famílias<br />

de baixa renda caiam na pobreza extrema devido a acidentes,<br />

doenças ou perdas inesperadas. No mercado de microsseguro, o<br />

corretor de seguros pode ser um elemento de inclusão e um facilitador<br />

do bem-estar e da segurança”, descreve Anne.<br />

24


ESPECIAL CORRETORES<br />

CONSÓRCIO<br />

Produto pode ser opção para corretor<br />

diversificar carteira<br />

Adiversificação da carteira é um dos principais fatores de sucesso<br />

para os corretores de seguros. Além dos seguros tradicionais,<br />

uma opção é a oferta de consórcios e produtos<br />

de investimento, que apresentam-se como uma solução estratégica.<br />

Porém, para explorar essas novas áreas, é fundamental que o corretor<br />

compreenda a dinâmica e esteja preparado para atuar de maneira<br />

consultiva, oferecendo soluções adequadas aos seus clientes.<br />

Márcio Massani, diretor comercial da Âncora Consórcios, diz<br />

que ao expandir o portfólio com consórcios e produtos de investimento,<br />

o corretor pode diversificar a fonte de renda e oferecer um<br />

melhor atendimento aos clientes já existentes, porque consegue suprir<br />

diferentes necessidades financeiras, além de ampliar o relacionamento<br />

de longo prazo com eles. “O consórcio facilita a aquisição<br />

de bens que, após a contemplação, geralmente precisam de seguro,<br />

gerando uma oportunidade natural para o corretor oferecer seus<br />

serviços”, afirma.<br />

Paulo Roberto Rossi, presidente<br />

executivo da Associação Brasileira de<br />

Administradoras de Consórcios (Abac),<br />

diz que o profissional de consórcio é<br />

um verdadeiro consultor financeiro e,<br />

por isso, o corretor de seguros pode e<br />

deve atuar como tal. “É importante lembrar<br />

que o comprador do consórcio é<br />

aquele consumidor que planeja a médio<br />

e longo prazos suas aquisições, seja<br />

de veículos automotores (leves, motos,<br />

caminhões, implementos rodoviários,<br />

agrícolas etc.), imóveis, eletroeletrônicos<br />

e outros bens móveis duráveis ou<br />

ainda aqueles que pretendam contratar<br />

serviços”, diz.<br />

25


ESPECIAL CORRETORES<br />

O consórcio facilita a aquisição de bens que, após a<br />

contemplação, geralmente precisam de seguro, gerando<br />

uma oportunidade natural para o corretor oferecer seus<br />

serviços”<br />

MÁRCIO MASSANI, da Âncora Consórcios<br />

Ele acrescenta ainda que o consórcio<br />

também é um investimento econômico,<br />

pois é uma ferramenta para alavancar<br />

patrimônios. “Não estamos falando em<br />

aplicação financeira, aquela que rende<br />

juros, mas sim de uma ferramenta que<br />

potencialmente propicia a aquisição de<br />

bens geradores de renda”, define.<br />

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO<br />

Antes de abordar as vantagens da<br />

comercialização de cotas de consórcio, é<br />

essencial que o corretor de seguros tenha<br />

domínio sobre esse produto financeiro.<br />

André Ogliari Duarte, sócio-fundador<br />

da Lojacorr e diretor geral do Consórcio<br />

Lojacorr, defende que o corretor de seguros<br />

já possui o que há de mais precioso<br />

numa relação comercial com o cliente: a<br />

confiança, e é com base nela que o corretor<br />

pode ampliar ainda mais seu grau<br />

de relacionamento, atendimento e proteção ao oferecer as soluções<br />

que o consórcio proporciona para seus segurados.<br />

Essa confiança, segundo Duarte, possibilita que o corretor, ao<br />

se capacitar, ofereça uma alternativa que muitas vezes os clientes já<br />

estão adquirindo em outros lugares, mas sem a devida orientação.<br />

“O corretor que se posiciona em consórcios, além de ampliar seu<br />

portfólio de produtos e trazer novas receitas, blinda sua carteira de<br />

clientes, pois passa a oferecer de forma muito mais eficaz o que o<br />

mercado já está ofertando para seus clientes, porém, na maioria das<br />

vezes, com produtos e soluções inadequadas”, complementa.<br />

A capacitação é outro ponto crucial para o sucesso. Duarte<br />

diz que a Lojacorr, por exemplo, oferece treinamentos contínuos,<br />

presenciais e online, além de workshops e masterclasses para os<br />

corretores que buscam entrar no mercado de consórcios. “Nós damos<br />

os caminhos, as ferramentas, as dicas, as informações e toda<br />

a independência para que o corretor se capacite e venda. Também<br />

oferecemos suporte para que o profissional se sinta seguro de estar<br />

vendendo e atendendo aquele cliente que ele mesmo cultivou”,<br />

explica.<br />

Ele acrescenta ser importante o corretor ter uma conexão<br />

mais próxima com o mercado e um entendimento mais profundo<br />

sobre o sistema de consórcios. Essa aproximação, segundo Duarte,<br />

é essencial para que o corretor compreenda as oportunidades de<br />

crescimento que o mercado oferece e esteja preparado para atender<br />

às demandas dos clientes de forma estratégica.<br />

Na Âncora, Márcio Massani diz que o corretor de seguros<br />

encontra, além de treinamento completo, suporte total da equipe<br />

comercial da empresa. “Esses treinamentos abrangem não apenas o<br />

conhecimento técnico sobre os produtos que temos, mas também<br />

estratégias de vendas, prospecção de clientes e práticas para atuar<br />

com sucesso no ramo, garantindo uma preparação completa para<br />

os corretores”, pontua.<br />

Uma boa oportunidade para o corretor vender é na<br />

renovação de um seguro, no sinistro ou nos intervalos de<br />

vigência”<br />

ANDRÉ OGLIARI DUARTE, do Consórcio Lojacorr<br />

26


O IMPACTO DE BOA OFERTA<br />

O presidente da Abac diz que seguros e consórcio são mercados<br />

distintos. Cada um oferece benefícios e atende a objetivos diferentes.<br />

“A prospecção de clientes, já conscientizados da importância<br />

de ter seguros, propicia abertura para o consórcio, que pode se tornar<br />

uma porta de entrada para <strong>novo</strong>s negócios”, sugere.<br />

Para ele, a inserção do consórcio nos negócios dos corretores<br />

de seguros tem que ser, de fato, uma solução para o consumidor e<br />

não uma venda pura e simples. Ele lembra que o corretor é conhecedor<br />

do cadastro e do perfil do segurado, por isso, consegue oferecer<br />

oportunidades para formação ou aumento de patrimônio a partir de<br />

investimento em cotas de consórcio. “O vendedor deve atuar como<br />

um consultor que traz boas soluções para o consumidor”, define.<br />

André Duarte, da Lojacorr, vai além e diz que ao entender a<br />

realidade do segurado, o corretor pode oferecer consórcio como<br />

uma ferramenta para realização de sonhos e aumento patrimonial.<br />

“Vender consórcio, além dos produtos de seguros, permite ao corretor<br />

atrair um público mais amplo, que busca proteção e alternativas<br />

de aumento patrimonial, criando uma oferta completa que pode<br />

fidelizar clientes”, ressalta Duarte.<br />

Ele acrescenta ainda que a diversificação aumenta o faturamento<br />

e ajuda a posicionar o corretor como um verdadeiro consultor<br />

financeiro, capaz de acompanhar seus clientes em todas as<br />

etapas da vida, oferecendo soluções que vão desde a proteção patrimonial<br />

até a formação de um futuro mais seguro.<br />

PLANEJAMENTO FINANCEIRO<br />

Quando se pensa que o produto seguro é ferramenta integrante<br />

e (importante) dentro da educação financeira, Paulo Rossi<br />

diz que o consórcio é um produto que funciona de acordo com os<br />

princípios da educação financeira, que tem na essência o processo<br />

de aprender a lidar com o dinheiro para tomar decisões financeiras<br />

conscientes e autônomas.<br />

Ele lembra a importância de se ter consciência na tomada de<br />

decisões de acordo com a capacidade financeira que cada pessoa<br />

tem no entendimento de como gerenciar os recursos dentro de<br />

cada orçamento.<br />

“Isso começa com o planejamento pessoal ou familiar e em<br />

um planejamento é preciso que o entusiasmo da compra por impulso<br />

não se transforme em prejuízo ou endividamento desnecessário”,<br />

diz Rossi. Ele ainda acrescenta que ao programar a aquisição de cota<br />

de consórcio, é possível otimizar o recurso disponibilizado por ocasião<br />

da contemplação, pois a flexibilidade no uso do crédito é uma<br />

das suas vantagens.<br />

Os resultados variam de acordo com o nível de dedicação<br />

do corretor ao <strong>novo</strong> produto. Corretores que se dedicam exclusivamente<br />

à venda de consórcios, por exemplo, tendem a alcançar<br />

resultados mais rapidamente. Em operações onde há um vendedor<br />

focado exclusivamente em consórcios, o retorno sobre o investimento<br />

(payback) pode ocorrer em menos de 6 meses, mostrando o<br />

potencial de sucesso dessa diversificação.<br />

A prática do cross selling é uma das estratégias mais eficazes<br />

para corretores que desejam integrar a oferta de consórcios ao seu<br />

Ao programar a aquisição de cota<br />

de consórcio, é possível otimizar<br />

o recurso disponibilizado por<br />

ocasião da contemplação, pois a<br />

flexibilidade no uso do crédito é<br />

uma das suas vantagens”<br />

PAULO ROBERTO ROSSI, da ABAC<br />

portfólio. “Uma boa oportunidade para<br />

o corretor vender é na renovação de um<br />

seguro, no sinistro ou nos intervalos de<br />

vigência. E até mesmo nas oportunidades<br />

que surgem quando se entende da realidade<br />

do cliente”, afirma Duarte. A integração<br />

entre consórcios e seguros permite que o<br />

corretor atue de forma completa, oferecendo<br />

ao cliente soluções tanto para proteção<br />

quanto para formação de patrimônio.<br />

Duarte ainda destaca casos de<br />

sucesso dentro da Lojacorr, como o de<br />

Edson Spadacio, corretor com mais de<br />

23 anos de experiência que teve uma<br />

“virada de chave” ao começar a oferecer<br />

consórcios, após perceber que estava<br />

perdendo oportunidades com clientes<br />

que buscavam esse produto em outros<br />

lugares e Alcides Junior, que, junto a seu<br />

sócio, ampliou significativamente a oferta<br />

de consórcios em sua corretora e conseguiu<br />

aumentar sua receita e fidelizar seus<br />

clientes.<br />

27


EVENTO<br />

ACONSEG-SP<br />

Corretor de seguros mostra força<br />

no seguro de vida<br />

SETE SEGURADORAS APRESENTARAM AOS ASSOCIADOS DA ACONSEG-SP SUA ATUAÇÃO NO SEGURO<br />

DE VIDA PARA ESTIMULAR OS PROFISSIONAIS A INVESTIREM ESFORÇOS NESTA CARTEIRA<br />

A<br />

Associação das Consultorias<br />

de Seguros de São<br />

Paulo reuniu mais de 300<br />

pessoas para conhecer melhor a<br />

atuação de seguradoras parceiras<br />

nesta carteira. O evento foi organizado<br />

pela Freela.<br />

Segundo o presidente da<br />

entidade, Ricardo Montenegro,<br />

está é uma forma da atender à demanda<br />

pelos produtos de benefícios.<br />

“Nosso objetivo é levar conhecimento<br />

e cultura para os nossos<br />

corretores de seguros. Este é um<br />

primeiro passo. Faremos uma imersão<br />

pós evento em um esforço para<br />

profissionalizá-los nesta carteira e<br />

para que eles possam reverberar<br />

para os seus clientes.<br />

Montenegro ressaltou: “o seguro<br />

de vida não é assim. Ele é um<br />

produto vendido de acordo com<br />

cada cliente. O próximo passo deste Alexandre Vicente, Renata Bueno, Ricardo Montenegro, Flavio Rewa e Raphael Bauer<br />

projeto é o desenho de um planejamento<br />

junto às seguradoras parceiras,<br />

estabelecendo planos de treinamento,<br />

cursos e especialização para os corretores<br />

que participaram do evento”.<br />

As palestras mostraram que o<br />

seguro de vida está cada vez mais completo,<br />

principalmente com as coberturas<br />

e assistências para uso em vida. As soluções<br />

em vida envolvem coberturas para<br />

doenças graves, coberturas majoradas<br />

etc. Rosangela Spak, gerente nacional<br />

Vida Massificados da Tokio Marine, apresentou<br />

a evolução dos prêmios do seguro<br />

de vida, que cresce dois dígitos ao ano.<br />

“É importante mostrar o quanto se devolve<br />

à sociedade e o papel social do seguro<br />

de vida, em relação à conscientização,<br />

aculturamento e capacitação.<br />

É preciso ter a proteção pessoal, a financeira e a familiar. Hoje<br />

sabemos que o seguro é para a própria pessoa, servindo para um<br />

planejamento sucessório adequado”, informou a executiva.<br />

Victor Bernardes, diretor de Vida e Previdência da SulAmérica,<br />

disse que não existe um ramo de seguros com mais oportunidades<br />

de crescimento do que o seguro de vida. É possível falar as ofertas<br />

do seguro de vida ressaltando coberturas como as Despesas Médicas<br />

Hospitalares e Odontológicas, Diária por Incapacidade Temporária,<br />

Adiantamento de Doença Terminal etc, que são coberturas<br />

complementares ao seguro saúde, por exemplo, tão desejado pela<br />

sociedade.<br />

“O que leva os corretores a escolher uma seguradora ou outra<br />

é a facilidade de fazer negócios, com ferramental que atenda<br />

o processo de vendas e pós-venda respondendo às demandas do<br />

cliente com rapidez”, explicou Bernardes. Para ele, o cliente sempre<br />

terá algum benefício por ter mais de um produto em uma mesma<br />

empresa e, para isso, é preciso olhar o cliente e o corretor, não apenas<br />

o produto.<br />

28


José Pires, da Bradesco Seguros<br />

José Pires, diretor comercial da Bradesco Vida e Previdência,<br />

mostrou alguns exemplos de abordagem do cliente pelo corretor.<br />

Ele apontou que 7,5 milhões de pessoas estão desempregas e 30<br />

milhões de trabalhadores são autônomos. Todos são público potencial<br />

para o mercado de seguros. Pires enfatizou que “há vantagens<br />

na indenização do seguro de vida, como a liquidez imediata, ser inalienável,<br />

não entrar em inventário, ser isento de tributação, ter respaldo<br />

para a sucessão patrimonial”. Ele brincou com a plateia: “Se eu<br />

não oferecer este produto para o meu cliente, ele terá outra pessoa<br />

ou tipo de empresa oferecendo”.<br />

Ana Angotti, gerente de Vendas de Seguros de Vida e de Viagem<br />

da Omint, lembrou que, às vezes, as pessoas não querem ouvir<br />

sobre o seguro de vida, mas é preciso lembrá-las da necessidade de<br />

José Pires, Ana Angotti, Ricardo Montenegro, Rosangela Spak e Victor Bernardes<br />

utilizar o produto e os seus benefícios. “O<br />

seguro vai propor que o plano desenhado<br />

para o futuro se mantenha na ausência<br />

do titular. O seguro de vida é importante<br />

para as despesas emergenciais”.<br />

Alexandre Vicente, diretor de Produtos<br />

Vida, Habitacional e Afinidades do<br />

Grupo HDI, informou que o mercado está<br />

em constante movimento e que é preciso<br />

prestar atenção nos gatilhos que movem<br />

as pessoas a realizar a compra. “As pessoas<br />

querem coberturas que já existem<br />

no mercado e as assistências com maior<br />

apelo são a funeral e a assistência médica<br />

e desconto em farmácia. “São tantas coberturas<br />

em vida que a morte ficou em<br />

segundo plano”, apontou Vicente.<br />

Raphael Bauer, diretor comercial<br />

do Canal Corretor da Mapfre, contou sua<br />

própria trajetória de incidentes para falar<br />

sobre o seguro de vida. Se antes se vendia<br />

seguro de vida refletindo sobre o medo,<br />

agora é a Lei da Atração que promove as<br />

vendas, porque o seguro de vida promove<br />

a tranquilidade para continuar a vida.<br />

“A gente vende a liberdade”.<br />

Há mercados que crescem mais<br />

que o Brasil, como Porto Rico, Chile, Costa<br />

Rica e México, ou Uruguai, com tamanho<br />

de Belo Horizonte, mas que tem um<br />

número gigante de planejadores de vida<br />

que comercializam os produtos. “O seguro<br />

individual é o que mais cresce, principalmente<br />

por meio dos corretores<br />

de seguros”, alertou Bauer aos participantes.<br />

Flavio Rewa, diretor Regional<br />

SP Capital e Roberta Bueno,<br />

gestora de vida da Allianz Seguros<br />

fecharam o evento. Para eles, a<br />

mentalidade das pessoas mudou e<br />

é importante saber o que a sociedade<br />

está fazendo pelo consumidor<br />

final. “A morte é o último ponto<br />

a ser abordado no momento da<br />

venda, porque ninguém quer morrer.<br />

Tenha um interesse genuíno<br />

no seu cliente, substituindo a venda<br />

pela consultoria, conhecendo<br />

o perfil do cliente e identificando<br />

o que é mais adequado ao perfil<br />

dele, suas necessidades”, completou<br />

Rewa.<br />

29


EVENTO<br />

FÓRUM DA LONGEVIDADE<br />

Viver mais requer compreensão sobre a<br />

finitude da vida<br />

XVII EDIÇÃO DO FÓRUM DA LONGEVIDADE APRESENTOU O ILP – INDICADOR DE LONGEVIDADE<br />

PESSOAL, PARA QUE AS PESSOAS POSSAM PERCEBER COMO ESTÃO SE PREPARANDO PARA ESTA<br />

FASE DA VIDA<br />

Kelly Lubiato<br />

Ao saber que existe o ILP – Indicador<br />

de Longevidade Pessoal,<br />

a primeira coisa que as pessoas<br />

querem é conhecer o seu número. O meu<br />

ficou em 80/100. Sim, eu sigo neste caminho<br />

de autoconhecimento e autocuidado<br />

para tentar chegar à velhice de forma<br />

saudável em todos os sentidos.<br />

Desenvolvida pela Bradesco Seguros,<br />

em parceria com o Locomotiva<br />

Instituto, a pesquisa mostra que apenas<br />

38% da população sabe o que é e como<br />

se preparar melhor para envelhecer. O<br />

maior desafio para despertar o interesse<br />

dos jovens pelo tema longevidade talvez<br />

seja a comunicação. O Brasil, que sempre<br />

foi considerado um país jovem, deve dobrar<br />

a quantidade de pessoas com mais<br />

de 60 anos em 2050, passando dos 31%<br />

da população. Porém, viver mais não significa<br />

viver melhor.<br />

O objetivo do ILP é medir o Indicador<br />

Pessoal para gerar debates sobre<br />

o tema na sociedade. João Paulo Cunha,<br />

diretor de pesquisa de mercado do Locomotiva<br />

Instituto, ressaltou também que o<br />

ILP quer promover a sensibilização sobre<br />

questões que impactam a longevidade.<br />

“Estes indicadores são dinâmicos e é muito<br />

difícil equilibrar todos ao mesmo tempo<br />

no topo, mas é precisam lembrar que<br />

eles impactam na qualidade de vida e no<br />

expectativa de vida”.<br />

O ponto de partida do ILP é uma<br />

pesquisa com 1058 pessoas, de diversas<br />

classes sociais, raças, religiões etc. É uma<br />

mostra da diversidade para produzir o<br />

comparativo e saber como cada um está<br />

inserido no contexto da longevidade.<br />

Respondendo às diversas perguntas de<br />

seis campos: atitudes em relação à lon-<br />

Em destaque, Lygia da Veiga Pereira<br />

gevidade, saúde física, saúde mental, interações sociais e meio ambiente,<br />

cuidados de saúde e prevenção e finanças, é possível chegar<br />

ao Indicador de Longevidade Pessoal.<br />

O ILP foi oficialmente lançado no XVII Fórum da Longevidade<br />

da Bradesco Seguros. Neste ano, a abertura foi feita pelo presidente<br />

do Conselho do Banco Bradesco, Luis Carlos Trabucco Cappi. É motivo<br />

de orgulho fomentar um assunto tão importante, porque somos<br />

cada vez mais longevos. Tão importante quanto viver mais é garantir<br />

a qualidade de vida".<br />

A paixão do ser humano pela vida o levou a muitas invenções,<br />

com maior respeito pela diversidade e de forma mais inclusiva.<br />

"Chegamos ao dia de hoje, com visão diferente sobre a trajetória da<br />

jornada da vida. Finalmente, entendemos que o verdadeiro elixir é<br />

viver bem em todas as idades, com saúde sempre. É um privilégio<br />

estar vivo”, pontuou o executivo.<br />

A edição 2024 do Fórum contou com as participações especiais<br />

de Pedro Camargo Mariano e sua filha, Rafaela Mariano, que<br />

cantaram com a saudosa Elis Regina. Um verdadeiro encontro de<br />

gerações. Pedro Bial gravou um programa especial Conversa com<br />

Bial ao vivo, entrevistando a atriz Zeze Motta, a escritora Martha Medeiros<br />

e o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Jorge Nasser.<br />

O gerontólogo Alexandre Kalache destacou, novamente, que<br />

a vida está cada vez mais longa e deve ser encarada como uma maratona.<br />

“A vida exige esforço para criar reservas nos pilares da saúde,<br />

conhecimento, social e financeiro. Temos que ter um propósito na<br />

30


Pedro Bial<br />

Cissa Guimarães e Zeze Motta<br />

vida, por isso a pesquisa nos mostra que preciso tomar a decisão de<br />

envelhecer bem cada vez mais cedo”.<br />

SAÚDE FÍSICA E FINANCEIRA<br />

A pesquisadora e professora da USP, Lygia da Veiga Pereira,<br />

mostrou em sua palestra que apenas 30% do nosso DNA é responsável<br />

pela nossa longevidade. O que irá determinar se iremos viver<br />

muito ou não são as escolhas feitas ao longo da vida. Ela explicou<br />

o poder da modificação genética ao longo da vida e o seu impacto<br />

na sobrevida. "Entretanto, há um grande potencial das mudanças<br />

epigenéticas e seus efeitos no nosso genoma. É preciso entender<br />

o poder das nossas escolhas e do nosso estilo de vida, para saber o<br />

quão bem queremos viver”, ressaltou Lygia.<br />

O Professor Eduardo Gianetti, economista e autor de vários<br />

livros, disse que seu papel como economista é trazer a reflexão para<br />

o macroambiente que nos cerca. “A transição demográfica brasileira<br />

e seus efeitos para a sociedade são muito importantes, porque ela<br />

aconteceu em um período de tempo muito curto, deixando de se<br />

parecer com uma pirâmide para se tornar um barril. Em breve, ela<br />

poderá se pareceu até com um cogumelo”.<br />

Gianetti explicou que dois vetores de mudança se combinaram<br />

nesta transição: o primeiro foi o rápido crescimento da população<br />

ao fim da segunda guerra. Em 1950, éramos cerca de 50 milhões.<br />

Em 1994, passamos de 150 milhões de habitantes. O segundo<br />

vetor de mudança foi a queda da taxa de fecundidade. Na Europa,<br />

demorou 60 anos para as mulheres passarem de 3 para dois 2 filhos.<br />

No Brasil, foram 18 anos.<br />

O valor do trabalho em uma economia desenvolvida é cinco<br />

vezes maior do que em uma economia emergente, que é medido<br />

em: capital humano, capital de trabalho e instituições. “Estamos na<br />

armadilha da renda média no Brasil. Só 12 países conseguiram vencer<br />

a armadilha da renda média. Todos eles fizeram isso aumentando<br />

a proporção das exportações e do seu trabalho, aumentando a<br />

capacidade de fazer crescer o valor daquilo que produzem. Somos<br />

um dos países mais fechados do planeta, em relação ao que vendemos<br />

e em relação ao que consumimos. Para aumentar a base de<br />

capital físico e humano é preciso poupar. Parte da renda é o que se<br />

transfere para o futuro para viver melhor. Temos a cultura de desfrutar<br />

o momento”, admitiu o economista.<br />

Luiz Carlos Trabucco Cappi<br />

Lygia da Veiga Pereira<br />

O presidente da Bradesco Vida e<br />

Previdência, Jorge Nasser, informou que<br />

o desafio é se planejar para a qualidade<br />

de vida no futuro. Isso passa pelas quatro<br />

dimensões: saúde, conhecimento, círculo<br />

social e financeiro. “Mais importante do<br />

que ter a consciência da necessidade é<br />

partir para a ação e investir no futuro”.<br />

Ele citou alguns mitos que precisam<br />

ser derrubados, como o de que o<br />

seguro é caro e não atinge as classes mais<br />

baixas. Entretanto, ele indicou que este<br />

público, em 2023, apostou em Bets R$<br />

103 bi. 70% da população tem, em média,<br />

2 assinaturas de streaming. “O valor do seguro<br />

de vida é mais baixo do que estas assinaturas,<br />

ou seja, é uma questão de foco,<br />

de conhecimento”, completou Nasser.<br />

31


EVENTO<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

O futuro da distribuição de seguros no Brasil<br />

MAIS DE TRÊS MIL PESSOAS PARTICIPARAM DO CONGRESSO QUE, A PARTIR DE 2025, SERÁ SEMPRE<br />

REALIZADO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO<br />

Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro<br />

O<br />

23º Congresso Brasileiro dos Corretores<br />

de Seguros, realizado na<br />

cidade do Rio de Janeiro entre<br />

10 e 12 de outubro, mostrou que a classe<br />

profissional está conseguindo mobilizar<br />

as forças políticas. A abertura do evento,<br />

que reuniu mais de três mil pessoas na<br />

Expo MAG, contou com a participação do<br />

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad<br />

(PT) e de dois governadores, Claudio Castro<br />

(PL- RJ), Ronaldo Caiado (União Brasil<br />

– GO) na mesa principal, além de senadores<br />

e deputados que acompanharam a<br />

cerimônia da plateia.<br />

A plateia não poupou manifestações<br />

contrárias aos políticos que não seguiam<br />

sua linha ideológica, independente<br />

da sua disposição de apoiar o setor de<br />

seguros e destravar pautas que podem<br />

contribuir para o desenvolvimento do<br />

mercado de seguros. Fernando Haddad<br />

contou sobre a época em que era pro-<br />

Mesa de autoridades na abertura do evento<br />

fessor universitário e foi convidado a desenvolver a primeira Tabela<br />

FIPE, a convite do editor da Revista Quatro Rodas, Eugênio Bucci.<br />

“Sou amigo de toda a comunidade de seguros. Resgatamos a Lei<br />

que estava há 20 anos parada. Todos os interessados foram chamados<br />

para discutir o texto da nova lei, que foi aprovado no Senado”.<br />

Ele destacou que o Governo Federal tem todo o interesse em<br />

investir no mercado de seguros, tanto que agora foi desengavetada<br />

a Lei Especial dos Contratos de Seguros (PLC 29/2017). Tanto é assim<br />

que, por 276 votos a favor e 140 contrários, o plenário da Câmara<br />

dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para a tramitação<br />

do Projeto de Lei 2597/24, que estabelece normas gerais em<br />

contratos de seguro privado e revoga dispositivos do Código Civil,<br />

do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei 73/66.<br />

Esse projeto foi aprovado pelo Senado, em junho deste ano.<br />

Segundo a Agência Câmara, a aprovação da urgência dispensa a<br />

tramitação do texto nas comissões permanentes da Casa, levando a<br />

análise do mérito da proposta diretamente ao plenário.<br />

Haddad ressaltou: “Temos muito a fazer, independente de<br />

religião, time de futebol e ideologia política, temos que pensar em<br />

reconstruir o Brasil. O diálogo como premissa nos leva às convergências,<br />

aprimorando a legislação, permitindo que o seguro se desenvolva<br />

no país”.<br />

32


Casa cheia em todas as palestras<br />

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, enfatizou que a presença<br />

de diversos políticos no Congresso mostra que o trabalho<br />

está começando a gerar frutos, principalmente do governo brasileiro<br />

para indústria, que emprega 600 mil pessoas e tem 6% de participação<br />

no PIB. Ele salientou o potencial do setor que passou por<br />

diversas crises e mesmo assim não se abalou e continuou crescendo<br />

a dois dígitos por ano.<br />

Fernando Haddad, Ministro da Fazenda<br />

TEMAS CONTROVERSOS<br />

Alguns temas desafiadores para o mercado de seguros foram<br />

abordados tanto nas plenárias quanto nas Salas de Negócios. Com<br />

uma programação bastante extensa, e muitos sorteios garantindo a<br />

lotação das salas, o Congresso promoveu discussões importantes para<br />

o setor, como a regulamentação das empresas de proteção veicular.<br />

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), falou sobre essa regulamentação.<br />

Ele destacou a necessidade de reconhecer a importância<br />

da proteção veicular como uma atividade econômica que não<br />

pode continuar marginalizada. Lopes defendeu a inclusão de todas<br />

as entidades envolvidas no setor em um sistema de regulação e simetria,<br />

o que, segundo ele, também levará as seguradoras tradicionais<br />

a repensarem sua política de formação de preços. “Quem sai<br />

ganhando são todos os que terão acesso à proteção de seus bens,<br />

criando uma política de ganha-ganha”, afirmou Lopes, ressaltando<br />

que isso ainda traz ao mercado a experiência das cooperativas, que<br />

têm histórico de facilitar o acesso ao crédito.<br />

Segundo Armando Vergilio, presidente da Fenacor e anfitrião<br />

do evento, o <strong>novo</strong> subsistema que será criado para receber as<br />

associações será parrudo, com nível de exigência contributiva será<br />

igual ou maior ao que já existe. “Quem for partir para este de constituição<br />

de cooperativa em seguros pode montar uma seguradora.<br />

Haverá outro subsistema de proteção patrimonial mutualista. Estas<br />

empresas serão supervisionadas de forma indireta, porque estarão<br />

sob o guarda-chuva de uma administradora, muito parecido com o<br />

que acontece em consórcio. Haverá uma Sociedade Anônima, que<br />

terá que constituir capital, que respeitará a lei de SA’s, com plano<br />

de negócios assinado por um atuário, com viabilidade econômicofinanceira<br />

e administradores fiscalizados”.<br />

As associações de proteção veicular só poderão continuar<br />

funcionando se estiverem sob o guarda-chuva de uma administradora,<br />

que irá cobrar uma taxa de administração,<br />

autorizará os produtos e vai determinar<br />

os preços a serem praticados pelas<br />

empresas. Quem não se vincular a uma<br />

administradora e se cadastrar na Susep,<br />

elas ficarão irregulares.<br />

Vergilio ainda destacou a importância<br />

de ter políticos dispostos a defenderem<br />

o mercado participando do<br />

Congresso, conhecendo e aprofundando,<br />

com o objetivo de fazê-lo crescer. “Precisamos<br />

estar cada vez mais na vida das<br />

pessoas, no cotidiano das empresas e na<br />

garantia do setor público, das grandes<br />

obras e até do financiamento de projetos<br />

fundamentais para o nosso país, pois somos<br />

os principais investidores institucionais<br />

do país”.<br />

Lucas Vergílio, presidente da Escola<br />

de Negócios e Seguros - ENS, disse que<br />

o setor está passando por mudanças. O<br />

mercado tem muito espaço para crescer,<br />

mas agora as condições existem, como<br />

insurtehcs, <strong>novo</strong>s players, produtos inovadores<br />

e atuação proativa do regulador.<br />

“Cabe à ENS capacitar e formar os profissionais<br />

que atuam no setor. Este cenário<br />

descortina oportunidades, mas coloca<br />

desafios. Neste setor é preciso se reinventar<br />

para continuar competitivo”.<br />

Alessandro Octaviani, superintendente<br />

da Susep, avisou que é preciso<br />

pensar em <strong>novo</strong>s seguros e novas capacidades<br />

para o setor. “Só com o diálogo<br />

e o pleno respeito à divergências é que<br />

33


EVENTO<br />

CONGRESSO BRASILEIRO DOS CORRETORES DE SEGUROS<br />

Giovanni Gavio, campeão olímpico de volei<br />

conseguiremos chegar às convergências,<br />

e este Congresso também serve<br />

para isso. Precisamos fazer do Brasil um<br />

mercado de seguros a altura do País, temos<br />

70% do mercado para fazer seguro<br />

auto, no agro tem mais de 80% para trazer<br />

proteção para a população”.<br />

APOIO INSTITUCIONAL AO<br />

MERCADO DE SEGUROS<br />

A realidade e as perspectivas econômicas<br />

para o Brasil e o mercado de<br />

seguros trouxe para o debate Marcos<br />

Pinto, presidente do Conselho Nacional<br />

de Seguros e Previdência e secretário<br />

de Reformas Econômicas no Ministério<br />

da Fazenda. Para ele, a razão pela qual<br />

o Brasil tem crescido mais, sem elevar a<br />

inflação, é o resultado de um trabalho de<br />

estado e não de Governo, para aumentar<br />

a produtividade.<br />

Como exemplo, ele citou a reforma<br />

tributária que, segundo o Fundo Monetário<br />

Internacional - FMI, pode elevar o<br />

PIB brasileiro entre 6 e 10%. A reforma no<br />

setor de educação, nos últimos 10 anos<br />

dobrou o número de jovens na força de<br />

trabalho com diploma de nível superior.<br />

Porém, para ele, “o maior exemplo de<br />

crescimento vem do mercado de capitais,<br />

que pode ser reproduzido no mercado<br />

de seguros. Em 2003, o volume de oferta<br />

de títulos no mercado de capitais era de<br />

20 bilhões e, no ano passado, chegou a<br />

R$ 1 trilhão”.<br />

Temos um potencial enorme de<br />

Exposeg<br />

crescimento, independente da economia. Uma das lições do mercado<br />

de capitais que pode ser aplicada é a confiança, com a reforma<br />

da legislação que garantiu os direitos dos acionistas. A aprovação da<br />

lei dos contratos de seguros vai fazer o mesmo que a lei das SA’s. “Temos<br />

que atuar do lado da oferta”, sentenciou o presidente do CNSP.<br />

O fortalecimento da regulação, no mesmo projeto das associações,<br />

tem mecanismos para fortalecer a Susep para que ela possa<br />

fazer uma regulação efetiva. “Vamos acabar com o IOF no mercado<br />

de seguros. Queremos avançar e olhar o IR na tributação da renda,<br />

mais compatível com outros setores econômicos, além de aumentar<br />

a oferta de produtos e ter condições de dobrar a participação de<br />

seguros no PIB”, completou.<br />

Nesta linha, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras<br />

– Cnseg, Dyogo Oliveira, fez uma leitura otimista da economia<br />

brasileira. “O setor de seguros tem tido desempenho acima<br />

da economia, mesmo com as revisões. A economia brasileira tem<br />

fundamentos muito fortes. Quem apostar no pessimismo vai deixar<br />

dinheiro na mesa. Temos crescimento real de 7% da massa salarial,<br />

com queda do desemprego e aumento do investimento externo”,<br />

ponderou.<br />

FEIRA DE NEGÓCIOS<br />

Mais de quarenta empresas participaram<br />

da Feira de Negócios Exposeg,<br />

que aconteceu em paralelo ao Congresso<br />

Brasileiro dos Corretores de Seguros.<br />

Para saber o que as empresas levaram<br />

de novidades para o evento basta<br />

acessar esse QR Code e assistir todas<br />

as entrevistas feitas pela Revista Apólice<br />

com os expositores.<br />

34


Quem indica Seguros Unimed<br />

tá tranquilo!<br />

Um corretor<br />

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Leia o QR Code<br />

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Unimed Seguros Saúde S/A - CNPJ 04.487.255/0001-81 | Unimed Saúde e Odonto S/A – CNPJ 10.414.182/0001-09 | Unimed Seguradora S/A - CNPJ 92.863.505/0001-06 - Reg.<br />

SUSEP 694-7 | Unimed Seguros Patrimoniais S/A - CNPJ 12.973.906/0001-71 - Reg. SUSEP 01970 | Alameda Ministro Rocha Azevedo, 346, Edifício Seguros, andares Térreo<br />

ao 9º, 11º e 12º, Cerqueira César, CEP 01410-901 | Central de Relacionamento e SAC: 0800 016 6633 - SAC opção 6 | Unimed Odonto: 0800 9 428 428 - SAC opção 3 |<br />

Atendimento ao Deficiente Auditivo: 0800 770 3611 | Ouvidoria: acesse www.segurosunimed.com.br/ouvidoria ou ligue 0800 001 2565 | Acessibilidade e mais informações:<br />

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