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DESTAQUE<br />

Prêmio REFERÊNCIA: conheça os vencedores da maior festa do segmento de base florestal<br />

<br />

PRONTA PARA O FUTURO<br />

INDÚSTRIA AMPLIA OPERAÇÃO COM NOVA<br />

LINHA DE PRODUÇÃO DE FORMICIDAS<br />

READY FOR THE FUTURE<br />

INDUSTRY EXPANDS OPERATIONS WITH<br />

NEW FORMICIDE PRODUCTION LINE


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SUMÁRIO<br />

NOVEMBRO 2024<br />

38<br />

MAIS FORTE<br />

NO COMBATE<br />

10 Editorial<br />

12 Cartas<br />

14 Bastidores<br />

16 Notas<br />

22 Coluna CIPEM<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

36 Coluna<br />

38 Principal<br />

44 Crescimento<br />

50 Informação<br />

56 Prêmio REFERÊNCIA<br />

60 Solo<br />

64 Compostagem<br />

68 Minuto Floresta<br />

70 Artigo<br />

72 Plantio<br />

74 Pesquisa<br />

80 Artigo<br />

86 Agenda<br />

88 Espaço Aberto<br />

60<br />

74<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

13 BKT<br />

11 Bruno<br />

21 Carrocerias Bachiega<br />

83 D’Antonio Equipamentos<br />

37 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

25 DRV Ferramentas<br />

53 Engeforest<br />

92 Envimat<br />

19 Envimat/CBI<br />

67 Envimat/Compostagem<br />

09 Envu<br />

55 Equilíbrio Florestal<br />

85 Felipe Diesel<br />

06 Fex<br />

04 Himev<br />

33 J de Souza<br />

31 Lion Equipamentos<br />

23 LS Tractor<br />

69 Mill Indústrias<br />

59 Potenza<br />

89 Prêmio REFERÊNCIA<br />

79 Remsoft<br />

35 Rocha Facas<br />

15 Rotary-Ax<br />

47 Rotor Equipamentos<br />

91 Sparta Brasil<br />

27 Tecmater<br />

63 Vale do Tibagi<br />

29 Vantec<br />

49 WDS Pneumática<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas<br />

desde o início e em todas as épocas do ano<br />

Aplicação<br />

Pré e Pós-Plantio<br />

Das culturas do<br />

eucalipto e pinus<br />

Seletividade<br />

Não afeta o<br />

desenvolvimento<br />

das culturas do<br />

eucalipto e pinus<br />

Flexibilidade<br />

Permite aplicação<br />

em épocas úmidas<br />

e secas<br />

Efeito Recarga<br />

Promove atividade<br />

residual no controle<br />

de plantas daninhas,<br />

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EDITORIAL<br />

Trabalhando por mais<br />

O ano de 2024 marca os 25 anos de existência da Revista REFERÊNCIA.<br />

Nesse quarto de século trabalhamos para fortalecer e defender a indústria<br />

de base florestal e todas as suas áreas de atuação. Do plantio ao processamento<br />

da madeira, lutamos e nos esforçamos para fazer do setor um exemplo<br />

de trabalho e esforço para melhorar o país e proteger o meio ambiente.<br />

Acreditamos e valorizamos o trabalho árduo de todos que estão no campo,<br />

nas estradas e indústrias transformando a madeira em bens de consumo.<br />

Nosso trabalho é representar e mostrar para toda a sociedade e demais órgãos,<br />

que há um setor que cresce, fomenta economia e preserva as riquezas<br />

naturais do nosso país. Nessa edição, o Leitor irá conhecer um pouco mais<br />

sobre a nova linha de produção da Dinagro, especialista em iscas formicidas<br />

resistentes à água, os vencedores do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano,<br />

a melhoria das técnicas no agrossilvipastoril, os destaques do relatório IBÁ<br />

2024, a inovação na avaliação de plantas através de ressonância magnética<br />

e uma entrevista exclusiva com Sabrina Marques Wolf, presidente da AGEF<br />

(Associação Gaúcha de Engenheiros Florestais), relatando a importância da<br />

profissão e os desafios para os novos profissionais.<br />

WORKING FOR MORE<br />

In 2024, REFERENCIA celebrates its 25th anniversary. Over the past quarter<br />

century, we have worked to reinforce and promote the Forest-based Sector<br />

and its various segments. From planting to wood processing, we are committed<br />

to making the Sector an exemplar of rigorous work and effort to enhance<br />

the Country and safeguard the environment. We recognize and appreciate the<br />

dedication and hard work of all those involved in the production, transportation,<br />

and processing of wood into consumer goods. It is our responsibility to<br />

represent and demonstrate to society and other entities that there is a sector<br />

that is experiencing growth, contributing to economic expansion, and safeguarding<br />

our Country’s natural resources. This issue will provide readers with<br />

further insight into the new production line from Dinagro, a leading provider<br />

of water-resistant formicide baits. It will also showcase the winners of the<br />

REFERENCIA Best of the Year Award, the latest developments in agroforestry<br />

techniques, key findings from the IBÁ 2024 report, innovative approaches to<br />

plant assessment using magnetic resonance imaging, and an exclusive interview<br />

with Sabrina Marques Wolf, President of the State of Rio Grande do Sul<br />

Association of Forest Engineers (Agef), who will discuss the significance of the<br />

profession and the challenges facing new professionals.<br />

2<br />

Entrevista<br />

com Sabrina<br />

Marques Wolf,<br />

presidente da<br />

AGEF (Associação<br />

Gaúcha de<br />

Engenheiros<br />

Florestais)<br />

1<br />

Na capa dessa edição a<br />

Dinagro, que investiu para<br />

atender ainda melhor<br />

a demanda de iscas<br />

formicidas<br />

As oportunidades de transformar e<br />

utilizar os resíduos da Silvicultura<br />

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº268 • Novembro 2024<br />

DESTAQUE<br />

<br />

Prêmio REFERÊNCIA: conheça os vencedores da maior festa do segmento de base florestal<br />

PRONTA PARA O FUTURO<br />

INDÚSTRIA AMPLIA OPERAÇÃO COM NOVA<br />

LINHA DE PRODUÇÃO DE FORMICIDAS<br />

READY FOR THE FUTURE<br />

INDUSTRY EXPANDS OPERATIONS WITH<br />

NEW FORMICIDE PRODUCTION LINE<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 268 - NOVEMBRO 2024<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Ana Paula Vogler<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

Kauê Angeli<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

José Carlos Ferreira<br />

(41) 99203-2091<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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vem surpreendendo o mercado pela sua versatilidade e desempenho. O sucesso do<br />

Titan se deve à capacidade da Bruno de entender as demandas do mercado e transformá-las<br />

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CARTAS<br />

Capa da Edição 267 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de outubro de 2024<br />

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

ENTREVISTA<br />

Celulose: Associação trabalha pelo fortalecimento da produção no extremo sul da Bahia<br />

PLANTIO<br />

DE SUCESSO<br />

PRODUTIVIDADE, VARIEDADE<br />

E CRESCIMENTO MARCAM 20<br />

ANOS DE VIVEIRO FLORESTAL<br />

SUCCESSFUL<br />

PLANTING<br />

PRODUCTIVITY, VARIETY, AND<br />

GROWTH MARK TWO DECADES<br />

FOR A FOREST NURSERY<br />

Ano XXVI • Nº267 • Outubro 2024<br />

<br />

PRINCIPAL<br />

Por Claudio Oliveira, Lages (SC)<br />

Santa Catarina não é um Estado florestal à toa. Mais uma grande empresa<br />

enraizada por lá e levando seu grande trabalho para todo o Brasil.<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: Emanuel Caldeira<br />

Por Gilberto Souza, Três Lagoas (MS)<br />

Uma região tão importante para a silvicultura deve ser cada vez mais<br />

valorizada por todos aqueles que ali estão. Muito sucesso à ASPEX em<br />

sua luta pelo desenvolvimento da atividade.<br />

LIGNUM<br />

Por Thiago Henrique Lopes Bauru (SP)<br />

Eventos como esse mostram que o segmento florestal é em sua essência feito<br />

por pessoas e esse contato entre elas que move realmente o mercado.<br />

Foto: Malinovski<br />

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12 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência Florestal<br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

ABTCP<br />

Durante a feira ABTCP em São Paulo (SP), o diretor<br />

comercial da REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />

Machado, teve a oportunidade de conversar com<br />

o vice-presidente do Grupo Cenibra, Júlio César<br />

Tôrres Ribeiro, sobre o crescimento do mercado<br />

florestal da empresa.<br />

BIOMAIS<br />

A equipe da Revista REFERÊNCIA, através da<br />

jornalista Gisele Rossi, esteve visitando a empresa<br />

Comber Indústria em Rio Verde (GO), do sócio e CEO,<br />

Mauro Sérgio Souza, para a produção da capa que foi<br />

publicada na Revista BIOMAIS.<br />

ECONOMIA FORTE<br />

ALTA<br />

O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou, de<br />

2,1% para 3%, a projeção de crescimento da economia<br />

brasileira neste ano. Apesar da melhoria nas<br />

expectativas para este ano, o fundo estima desaceleração<br />

para 2025, com o crescimento caindo de 2,4%<br />

para 2,2%. O FMI atualizou as previsões de crescimento<br />

para todos os países durante a reunião anual do<br />

órgão, que ocorre em Washington (EUA) nesta semana.<br />

Segundo o fundo, a economia brasileira crescerá<br />

mais que o previsto por causa de resultados melhores<br />

que o esperado no primeiro semestre, o mercado de<br />

trabalho forte, a inflação sob controle e o aumento<br />

da renda. O FMI também citou impacto menor que o<br />

esperado das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o<br />

PIB (produto interno bruto).<br />

NOVEMBRO 2024<br />

DINHEIRO MAIS CARO<br />

A previsão do mercado financeiro para o IPCA<br />

(Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),<br />

considerando a inflação oficial do país, passou de<br />

4,39% para 4,5% este ano. Para 2025, a projeção<br />

da inflação também subiu de 3,96% para 3,99%.<br />

Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%,<br />

respectivamente. A estimativa para 2024 está no<br />

teto da meta de inflação que deve ser perseguida<br />

pelo BC. Definida pelo CMN (Conselho Monetário<br />

Nacional), a meta é de 3% para este ano, com<br />

intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual<br />

para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é<br />

1,5% e o superior 4,5%.<br />

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NOTAS<br />

Podcast REFERÊNCIA<br />

Durante o mês de outubro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito importantes para o<br />

desenvolvimento do segmento de base madeireira florestal. Os entrevistados desses episódios foram Martin Kemmsies, americano<br />

radicado em Curitiba (PR), que é engenheiro florestal e consultor da indústria da madeira; e Ricardo Rossini, presidente do Sindusmade/Floema,<br />

que lidera o programa Refloresta Alto Vale, o mesmo tem reconectado produtores e indústrias processadoras do<br />

Estado de Santa Catarina. Os episódios tiveram o apoio da DRV Ferramentas e Águia Máquinas, empresas paranaenses que atuam<br />

oferecendo soluções para o segmento de base florestal.<br />

Martin está no Brasil há mais de duas décadas e desde sua chegada se estabeleceu como uma referência no processamento<br />

de madeira e no período mais recente, construção com madeira. Martin explicou que um dos maiores diferenciais sobre a madeira<br />

estruturada para a construção é que 1 m3 (metro cúbico)<br />

de madeira é diferente de 1 m3 de madeira engenheirada. “É<br />

necessária uma série de testes, para qual carga a madeira está<br />

apta e como aplicar essa madeira dentro da construção”, apontou<br />

Martin (foto ao lado).<br />

Trazendo uma visão de mercado sobre o Brasil em relação<br />

a construção com madeira Martin foi cauteloso e apontou que<br />

ainda há uma série de paradigmas a serem quebrados nesse<br />

ramo, pois há uma cultura de construção já estabelecida em relação<br />

a madeira. “Há ainda uma visão de que a madeira queima<br />

fácil, que terá cupim, que não é resistente, que carrega consigo<br />

uma série de problemas que já tem soluções, mas que não são<br />

do conhecimento do grande público e, por isso, tem um preconceito<br />

que precisa ser derrubado”, alerta Martin.<br />

Ricardo Rossini atua na indústria da madeira há muito tempo,<br />

pois cresceu em meio ao negócio da família. A herança vem<br />

desde a época que sua família ainda estava na Itália. “Tem muito<br />

mais serragem do que sangue nas veias da família”, brincou<br />

Ricardo. O empresário formado em administração de empresas<br />

e especialista em comércio exterior levou sua expertise para o<br />

Sindimade/Floema na busca por melhorar a produção da região<br />

alinhando o direcionamento entre produção madeireira e processamento,<br />

que tomou forma com o Refloresta Alto Vale. “Havia<br />

uma quebra na comunicação entre produtores e indústria<br />

em nossa região e por isso precisamos buscar o alinhamento<br />

entre as partes para fomentar a economia da região”, explicou<br />

Ricardo.<br />

Ricardo relatou que no momento há uma realidade de grande<br />

complicação entre processos e demandas do setor de base<br />

florestal. Ele citou como exemplo a dificuldade de exportação<br />

trazida pelo pouco espaço nos portos nacionais para escoamento<br />

da produção. “Temos como saída para os produtos feitos<br />

de madeira em nossa região o porto de Itajaí, mas temos que<br />

encontrar janelas de espaço para fazer isso, pois não é sempre<br />

que há opções fáceis”, complementou Ricardo (foto ao lado).<br />

Os episódios completos o Leitor pode conferir<br />

no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


Acordo firmado<br />

Foto: divulgação<br />

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças<br />

Climáticas), por meio do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), firmaram contrato para estruturar e modelar novos projetos de<br />

concessões florestais. Além de contemplar áreas voltadas à prática de atividades de manejo florestal sustentável, essa parceria<br />

visa dar escala às concessões baseadas em créditos de carbono a partir da restauração de áreas degradadas na Amazônia.<br />

O contrato abrange 11 unidades de conservação, que possuem área total de 6 milhões de ha (hectares). Com isso, o Bndes<br />

e SFB pretendem modelar novos projetos para a conservação da floresta e a restauração de áreas degradadas, contribuindo<br />

para o combate ao desmatamento ilegal e para a geração de investimentos, emprego e renda na região amazônica. O plano é<br />

que as novas concessões florestais possibilitem o manejo florestal sustentável em 1,4 milhões de ha e a restauração de 334 mil<br />

ha de florestas degradadas, resultando em investimentos de mais de R$ 6 bilhões ao longo da vigência dos contratos.<br />

Para o diretor de Planejamento e Relacionamento Institucional, Nelson Henrique Barbosa Filho, a saída para estes projetos<br />

florestais passa por combinar capital público e privado. “Quando se fala de concessão, aparecem uns ruídos aqui e ali: temos<br />

de fazer um trabalho de convencimento. Nós do BNDES estamos dedicados a este projeto. Esperamos resultados até metade<br />

do ano que vem, com editais já publicados”, afirmou Nelson<br />

A atuação do BNDES como estruturador de projetos de concessões florestais se iniciou em 2020, a partir de uma primeira<br />

parceria com o SFB e o PPI (Programa de Parceria de Investimentos do Governo Federal), com vistas a ampliar a implantação<br />

de concessões florestais e seus diversos benefícios socioambientais. O trabalho conjunto já rendeu frutos: um contrato<br />

assinado de concessão florestal para restauração da vegetação nativa na Floresta Nacional de Irati (PR) e um pipeline de novas<br />

licitações de concessões florestais previstas para 2025 em cinco florestas no Estado do Amazonas, com mais de 2 milhões de<br />

ha destinados ao manejo florestal sustentável.<br />

Novembro 2024<br />

17


COLUNA<br />

União de sucesso<br />

Parcerias com instituições<br />

acadêmicas aperfeiçoam<br />

práticas florestais<br />

Por Ednei Blasius, presidente do Cipem<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do Estado de<br />

Mato Grosso)<br />

Atualmente, mais de 5<br />

milhões de hectares<br />

de matas nativas<br />

estão abarcados por<br />

Planos de Manejo<br />

Florestal Sustentável,<br />

com potencial de<br />

expansão para mais<br />

de 6 milhões de<br />

hectares<br />

https://cipem.org.br<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Pesquisas relacionadas à gestão das florestas apontam soluções para equilibrar<br />

desenvolvimento econômico com sustentabilidade ecológica. Em<br />

Mato Grosso, o Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />

Madeira do Estado de Mato Grosso) tem firmado parcerias com instituições<br />

acadêmicas para aprimorar e fortalecer a produção de madeira nativa no<br />

Estado. Somente nos últimos 2 anos, foram implementadas doze ações de inovação e<br />

aprimoramento de práticas com embasamento científico no campo da atividade de base<br />

florestal.<br />

Neste sentido, somando forças com a UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia)<br />

e a UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso), além da Sema (Secretaria<br />

Estadual de Meio Ambiente), foi realizado em setembro, no município mato-grossense<br />

de Alta Floresta, no bioma amazônico, o I Encontro de Identificadores de Árvores Nativas<br />

da Amazônia. O evento promoveu durante 3 dias, com 40 participantes, o intercâmbio<br />

de experiências e atualização de conhecimentos sobre espécies arbóreas, essenciais<br />

para o manejo sustentável das florestas da região.<br />

Outros projetos apoiados pelo Cipem junto às instituições de ensino e pesquisa e<br />

com impacto na sustentabilidade envolvem estudos sobre o potencial energético de<br />

resíduos de madeira, conversão de pó de serra em adubo para melhoramento de solo,<br />

desenvolvimento de software para gestão florestal e sistema computacional para reconhecimento<br />

de espécies arbóreas da Amazônia brasileira. Também foram desenvolvidos<br />

estudos de monitoramento da dinâmica florestal de área de manejo sustentável na<br />

Amazônia mato-grossense e sobre a situação atual das variedades de ipê. Foi realizada,<br />

ainda, atualização de informações técnico-científicas reunidas pelo LAPEX-MAD (Levantamento<br />

e Análise da Produção e Exportação de Madeiras), promovida capacitação<br />

sobre secagem da madeira visando padrão exportação, bem como atualização das espécies<br />

arbóreas nativas mais comercializadas em Mato Grosso.<br />

Em julho deste ano, em parceria com a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso)<br />

foi criado e apresentado o protótipo de um projeto inovador, batizado de Módulo<br />

TecnoÍndia, que possibilita a aplicação de tecnologias utilizando madeira colhida dos<br />

PMFS (Planos de Manejo Florestal Sustentável). O projeto é resultado de pesquisa coordenada<br />

pelo arquiteto e professor titular aposentado do Departamento de Arquitetura e<br />

Urbanismo da UFMT, José Afonso Botura Portocarrero.<br />

Montado no campus em Cuiabá (MT), o protótipo foi inspirado na arquitetura das<br />

habitações indígenas e apresenta estrutura que passou por testes de carga no Laboratório<br />

de Estruturas do Departamento de Engenharia Civil da UFMT. Além disso, possui<br />

um pedido de patente junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que é<br />

acompanhado pelo EIT (Escritório de Inovação Tecnológica da UFMT).<br />

Em Mato Grosso, o setor de base florestal é reconhecido por promover práticas eficientes<br />

e ambientalmente responsáveis por meio do manejo sustentável. Atualmente,<br />

mais de 5 milhões de ha (hectares) de matas nativas estão abarcados por PMFS (Planos<br />

de Manejo Florestal Sustentável), com potencial de expansão para mais de 6 milhões<br />

de ha. Das áreas contidas em PMFS, em Mato Grosso são colhidas aproximadamente 46<br />

espécies arbóreas nativas de valor comercial. A colorimetria da madeira tropical mato-<br />

-grossense é caracterizada por 25 tonalidades, variando entre matizes de branco, bege,<br />

amarelo, marrom, vermelho, rosa e verde-oliva. Outros atributos das espécies arbóreas<br />

comerciais são os variados valores de massa, desde os leves aos pesados.<br />

Fotos: divulgação


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FLORESTAIS, com blindagem dianteira, traseira e<br />

laterais em chapa de aço com 5 mm de espessura.<br />

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ROTAÇÕES: 540 / 540E / 540SE, com<br />

acionamento eletro-hidráulico no painel<br />

de controle.<br />

PLANEJADO PARA PERMITIR ACESSOS<br />

COM JANELAS QUE FACILITAM A<br />

DINÂMICA DAS MANUTENÇÕES diárias do<br />

trator, com estrutura especialmente projetada<br />

para proteger as partes mecânicas: cabine,<br />

retrovisores e faróis laterais.<br />

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desenvolvido para não prejudicar o raio<br />

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a tecnologia a favor da colheita, proporcionando resultados superiores e aumentando a<br />

produtividade no campo.<br />

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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


ENTREVISTA<br />

Liderança<br />

RENOVADA<br />

Renewed leadership<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

A<br />

engenharia florestal é a base do segmento de<br />

base florestal madeireira. É na academia e nas<br />

cadeiras deste curso que são formados os profissionais<br />

que vão se dedicar para encontrar caminhos<br />

de produtividade do setor. Sabrina Marques Wolf, presidente<br />

da AGEF (Associação Gaúcha de Engenheiros Florestais)<br />

tem trabalhado para fomentar e melhorar a profissão, unindo<br />

engenheiros e focando no desenvolvimento dos profissionais.<br />

F<br />

orestry Engineering is the foundation of the forest-based<br />

activity. Forestry Schools and their courses<br />

train professionals who are dedicated to finding<br />

ways to increase productivity in the Sector. Sabrina<br />

Marques Wolf, President of the State of Rio Grande<br />

Association of Forest Engineers (Agef), has worked to promote<br />

and improve the profession by bringing engineers together and<br />

focusing on professional development.<br />

Sabrina<br />

Marques Wolf<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Engenheira Florestal da Prefeitura de Lajeado (RS). Formada<br />

pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) em<br />

2014. Atualmente, presidente da AGEF (Associação Gaúcha<br />

de Engenheiros Florestais).<br />

Forestry Engineer for the Municipality of Lajeado (RS). Graduated<br />

from the Federal University of Santa Maria (Ufsm)<br />

in 2014. Currently, President of the State of Rio Grande<br />

Association of Forest Engineers (Agef).<br />

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PRINCIPAL<br />

Mais forte no<br />

COMBATE<br />

Indústria de iscas formicidas resistentes a<br />

água apresenta nova linha de produção para<br />

atender o segmento de base florestal<br />

Por<br />

Bióloga Cristiane de Pieri - Consultora técnica Dinagro<br />

Engenheira Florestal Maria Fernanda Simões - Consultora técnica Dinagro<br />

Fotos: divulgação<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Novembro 2024 39


PRINCIPAL<br />

Para superar as adversidades que surgem<br />

com o passar dos anos deve-se ter sempre a<br />

mente aberta, se atentar às necessidades do<br />

mercado e principalmente ter em seu DNA a<br />

capacidade de solucionar problemas. Foi com<br />

esse espírito tomado por desafios e empreendedor que<br />

a Dinagro, em 2019, após anos de intensas pesquisas<br />

lançou a solução para um grande problema que por<br />

muito tempo atormentou o setor florestal: controlar<br />

formigas cortadeiras em períodos chuvosos e locais de<br />

alta umidade relativa tais como Bahia, Espírito Santo e<br />

Rio Grande do Sul.<br />

Entretanto, o Leitor deve estar se perguntando: Por<br />

que as formigas cortadeiras devem ser controladas até<br />

em períodos chuvosos? De acordo com estudos sobre a<br />

biologia das cortadeiras tem-se que a atividade desses<br />

insetos é mais intensa em períodos de alta temperatura<br />

e alta umidade relativa, o que coincide com o período<br />

do verão em algumas regiões do país.<br />

Na contramão da produtividade, as formigas cortadeiras<br />

são consideradas a principal praga das monoculturas<br />

em florestas plantadas. Há cerca de 5 a 15 milhões<br />

de anos as formigas da tribo Attini (saúvas e quenquéns)<br />

desenvolveram uma agricultura complexa e organizada<br />

colocando-as como um dos únicos grupos de animais<br />

que apresentam associação mutualística com seu fungo<br />

simbionte, do qual elas dependem para obtenção do<br />

seu alimento. Para suprir a necessidade do fungo as<br />

cortadeiras selecionam e cortam grandes quantidades<br />

Enhanced Combat<br />

Capabilities<br />

A water-resistant formicide bait<br />

manufacturer announces the launch of<br />

a new product line designed to meet the<br />

needs of the forest-based segment<br />

T<br />

o overcome the challenges that arise over<br />

time, it is essential to maintain an open mind,<br />

pay close attention to market needs, and,<br />

most importantly, possess the ability to solve<br />

problems. In 2019, the Dinagro team, driven<br />

by a spirit of challenge and entrepreneurship, launched a<br />

solution to a significant problem in the Forest-based Sector:<br />

controlling leafcutter ants during the rainy season and in<br />

areas with high relative humidity, such as the States of<br />

Bahia, Espírito Santo, and Rio Grande do Sul.<br />

However, you may be wondering: Why should leafcutter<br />

ants be controlled even during rainy periods? According<br />

to studies on the biology of leafcutter ants, the activity<br />

of these insects is more intense during periods of high<br />

temperature and high relative humidity, which coincides<br />

with the summer period in some regions of the Country.<br />

Against the backdrop of productivity, leafcutter ants<br />

are considered the main pest of monocultures in planted<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


CRESCIMENTO<br />

MAIOR,<br />

melhor e mais forte<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Setor florestal<br />

apresenta crescimento<br />

Fotos: divulgação<br />

O<br />

Relatório Anual da IBÁ (Indústria Brasileira<br />

de Árvores) apresenta os indicadores setoriais<br />

econômicos, ambientais e sociais<br />

referentes a 2023. O documento é produzido<br />

em parceria com a consultoria ESG<br />

Tech. O relatório mostra que o setor planta 1,8 milhão de<br />

árvores por dia. Árvores que são plantadas para a produção<br />

de bioprodutos de origem renovável, reciclável e, em sua<br />

maioria, biodegradável, utilizados por mais de 2 bilhões de<br />

planetários.<br />

A área total dedicada ao plantio de árvores no Brasil<br />

ultrapassou, pela primeira vez, os 10 milhões de ha (hectares),<br />

um crescimento de 3% em comparação ao ano<br />

anterior. Os dados foram obtidos por meio de mapeamento<br />

usando imagens de satélite analisadas pela Canopy Remote<br />

Sensing Solutions. Dentre os tipos de plantios, o eucalipto<br />

se destaca, abrangendo 7,8 milhões de ha, o que corres-<br />

Novembro 2024<br />

45


INFORMAÇÃO<br />

Acesso<br />

FACILITADO<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


Governo lança plataformas<br />

que trazem informações sobre<br />

regularização e autorizações para<br />

a palma das mãos dos usuários<br />

Fotos: divulgação<br />

Novembro 2024<br />

51


INFORMAÇÃO<br />

O<br />

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />

e dos Recursos Naturais Renováveis) lançou,<br />

em setembro, o Painel de Autorizações<br />

de Exploração Florestal. Por meio da ferramenta<br />

interativa, os usuários podem acessar<br />

as poligonais georreferenciadas das autorizações emitidas<br />

pelo Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da Origem dos<br />

Produtos Florestais).<br />

O painel foi desenvolvido pela Coflo (Coordenação de<br />

Monitoramento do Uso da Flora), em parceria com o Cenima<br />

(Centro Nacional de Monitoramento e Informações<br />

Ambientais), do Instituto. Por meio dele, é possível visualizar<br />

informações geoespaciais de ASV (Autorização de Supressão<br />

de Vegetação), de UAS (Uso Alternativo do Solo), de EFP (Exploração<br />

de Floresta Plantada), de PMFS (Plano de Manejo<br />

Florestal Sustentável) e de POA (Plano Operacional Anual).<br />

Um dos destaques da ferramenta são os filtros interativos<br />

que possibilitam a obtenção de informações relevantes<br />

em poucos passos: após aplicar os filtros desejados, o usuário<br />

pode clicar no botão: Lista; e verificar a relação de autorizações<br />

que correspondem aos critérios aplicados. Ao clicar<br />

em uma autorização específica, a poligonal georreferenciada<br />

piscará no mapa e será possível observar informações como<br />

ente ambiental emissor da autorização, área, data de validade,<br />

município, se há sobreposição com unidades de conservação,<br />

entre outras.<br />

Fernanda Simões, coordenadora da Coflo, explica que a<br />

interatividade do painel facilita a análise comparativa entre<br />

diferentes períodos e regiões, tornando-o uma ferramenta<br />

valiosa para pesquisadores e gestores que buscam entender<br />

as tendências e os impactos das atividades de exploração<br />

florestal no país. “Tudo isso para contribuir com o monitoramento<br />

e a melhor compreensão da dinâmica de supressão<br />

de vegetação em diferentes regiões do país”, aponta Fernanda.<br />

O painel também disponibiliza um link que possibilita<br />

baixar uma pasta compactada contendo todos os polígonos<br />

das autorizações disponíveis na data atual em formato shapefile.<br />

O painel representa um avanço significativo na disponibilização<br />

de informações sobre a gestão florestal no Brasil,<br />

atendendo a demanda por dados mais acessíveis e fortalecendo<br />

o monitoramento e a fiscalização do uso dos recursos<br />

florestais no país.<br />

REGULARIZAÇÃO<br />

O SFB (Serviço Florestal Brasileiro) lançou o Painel Interativo<br />

da Regularização Ambiental. A ferramenta digital<br />

reúne e disponibiliza dados sobre as intenções de adesão<br />

aos PRA (Programas de Regularização Ambiental), além de<br />

oferecer uma visão detalhada dos cadastros, passivos de<br />

reserva legal, APPs (Áreas de Preservação Permanente) e<br />

excedentes de vegetação nativa.<br />

Baseado no Sicar (Sistema de Cadastro Ambiental Rural),<br />

o painel integra e disponibiliza as informações declaradas<br />

no CAR (Cadastro Ambiental Rural), facilitando o acesso a<br />

dados sobre a regularização ambiental dos imóveis rurais<br />

em todo o país. Dividido em várias seções (abas), o painel<br />

permite que os usuários visualizem dados de forma geral ou<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


PRÊMIO<br />

Conheça os vencedores<br />

da edição deste ano do<br />

mais tradicional prêmio<br />

do setor de base florestal<br />

N<br />

o dia 2 de dezembro a indústria<br />

de base florestal brasileira estará<br />

em festa, pois neste dia acontece a<br />

cerimônia do Prêmio REFERÊNCIA<br />

Melhores do Ano. O tradicional<br />

evento que chega a sua vigésima primeira edição<br />

é organizado e realizado pela JOTA Editora, que<br />

celebra 25 anos de história em 2024 e é responsável<br />

pela publicação das revistas REFERÊNCIA<br />

CELULOSE & PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE<br />

MADEIRA , REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL,<br />

REFERÊNCIA BIOMAIS e REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

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Nesta edição, o evento conta com o apoio<br />

de: ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente), ACIDERJ<br />

(Associação do Comércio e Indústria de Madeiras<br />

e Derivados do Estado do Rio de Janeiro), AIMEX<br />

(Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras<br />

do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso), CPM, DRV, Envimat, Himev,<br />

Montana Química, MSM Química e Rottteng.<br />

A abertura do Prêmio REFERÊNCIA 2024 contará<br />

com um podcast ao vivo sobre tecnologia na<br />

floresta plantada e nativa. Os dois convidados já<br />

estão confirmados, Deryck Pantoja Martins, diretor<br />

técnico da AIMEX, e Ednei Blasius, presidente<br />

do CIPEM. A tecnologia já é uma realidade nas florestas<br />

brasileiras, portanto discutir e fomentar o<br />

aumento de sua utilização dará muito mais segurança<br />

para os produtores, como aponta Fábio Machado,<br />

diretor comercial da Revista REFERÊNCIA.<br />

“Vamos trazer especialistas e informações da mais<br />

alta relevância para o público e fazer um episódio<br />

muito especial do nosso podcast, que tem sido sucesso<br />

de audiência desde o seu lançamento, mostrando<br />

muitas facetas do universo encontradas na<br />

indústria de base florestal”, exalta Fábio.<br />

AMIF<br />

A AMIF (Associação Mineira de Indústria Florestal) é uma das mais tradicionais associações de empresas do<br />

país e em 2024 conseguiu selar um acordo com o ministério público de Minas Gerais, que facilitou e abriu portas<br />

para os investimentos em florestas plantadas no Estado. Por lutar com tanto empenho e fortalecer um Estado que<br />

já é tão pujante no segmento de base florestal, a AMIF é uma das vencedoras do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do<br />

Ano.<br />

FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />

A Francio Soluções Florestais se destaca pela excelência em manejo sustentável e inovação, especialmente<br />

no preparo e cuidado do solo. Sua dedicação à eficiência e qualidade foi fundamental para transformar desafios<br />

em oportunidades de crescimento. Parabéns à Francio por ser precursor em um caminho rumo a um futuro mais<br />

produtivo e sustentável. Como reconhecimento do trabalho, a empresa será agraciada com o Prêmio REFERÊNCIA<br />

2024.<br />

HAPPY PAK®<br />

Inovar é a chave para o desenvolvimento do setor de celulose e papel e a Happy Pak@ vem de encontro a essa<br />

demanda de forma singular. A empresa do Grupo Bonet lançou em 2024 o copo 100% livre de plásticos na composição,<br />

utilizando de técnicas únicas para gerar um produto sustentável do início ao fim de seu processo, desde<br />

o plantio da matéria-prima, até o descarte. Pensar em sustentabilidade aliada a economia faz com que a natureza<br />

agradeça e o mundo REFERÊNCIA também.<br />

INEXPORT MADEIRAS<br />

A Inexport Madeiras se destaca como uma referência no mercado pela excelência logística e forte atuação no<br />

comércio internacional. Com uma operação ágil e eficiente, a empresa conecta a madeira brasileira a mercados<br />

globais, garantindo qualidade e sustentabilidade em cada entrega. Seu compromisso em representar com orgulho<br />

a madeira nacional no exterior fortalece a imagem do Brasil mundo afora. Por esses motivos, a empresa é merecidamente<br />

agraciada com o Prêmio REFERÊNCIA.<br />

Novembro 2024<br />

57


PRÊMIO<br />

JULITAGO BIOENERGIA<br />

A Julitago é reconhecida por sua contribuição ao mercado de energias renováveis, fornecendo biomassa de<br />

alta qualidade para soluções energéticas sustentáveis. Seu compromisso com a inovação e a eficiência energética<br />

ajuda a reduzir a dependência de fontes fósseis e a promover um futuro mais limpo. A empresa se destaca por<br />

integrar sustentabilidade e desenvolvimento econômico, fortalecendo a cadeia de valor da biomassa. Esse trabalho<br />

exemplar faz da Julitago uma justa vencedora do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano.<br />

NOAH | WOOD BUILDING DESIGN<br />

A Noah é premiada no Prêmio REFERÊNCIA 2024 por sua atuação de vanguarda na construção com madeira,<br />

promovendo soluções arquitetônicas sustentáveis e inovadoras. Ao utilizar madeira engenheirada, a empresa alia<br />

estética, funcionalidade e baixo impacto ambiental, contribuindo para a redução de emissões de carbono no planeta.<br />

Seu trabalho destaca a versatilidade e eficiência da madeira como material de construção para o futuro.<br />

REFLORESTA ALTO VALE<br />

Uma floresta não se faz com apenas uma árvore e a partir desse princípio nasceu o programa Refloresta Alto<br />

Vale, que uniu empresas do Alto Vale do Itajaí para retomar o plantio florestal na região. A partir de uma demanda<br />

percebida por empresários da região foi criado há alguns anos esse programa, que visa garantir o suprimento de<br />

madeira para a região, que demandará continuamente de mais e mais madeira para processamento. Por valorizar<br />

a região e desenvolver a economia local de forma sustentável, o Refloresta Alto Vale leva o Prêmio REFERÊNCIA do<br />

ano.<br />

ROMANI MADEIRAS<br />

A Romani Madeiras assume com seriedade a responsabilidade de manejar as florestas e valorizar a madeira<br />

brasileira no mercado global. A conquista do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano, destaca o trabalho exemplar<br />

da empresa mato-grossense, que protege as florestas em pé enquanto impulsiona a economia do Estado de forma<br />

sustentável. Para a Revista REFERÊNCIA, é um grande orgulho celebrar iniciativas que fortalecem o setor florestal e<br />

elevam a imagem do Brasil no cenário internacional.<br />

SUPREMA AMBIENTES PLANEJADOS<br />

Mais de 50 anos de história serão celebrados no dia 2 de dezembro por todos aqueles que acompanharem<br />

o Prêmio REFERÊNCIA 2024. Uma família que trabalha com madeira há quase um século se tornou destaque na<br />

fabricação de ambientes planejados com madeiras nobres da Amazônia. A valorização do cuidado com o meio<br />

ambiente e a excelência na entrega de produtos únicos e de alto valor agregado fizeram da Suprema uma das vencedoras<br />

deste ano.<br />

VALE DO TIBAGI<br />

A Vale do Tibagi, ou VT como é chamada por seus clientes, se tornou sinônimo de excelência no trabalho quando<br />

se fala em serviços florestais. Mas a empresa não parou por aí e hoje oferece soluções em logística, pellets,<br />

silvicultura mecanizada e comercialização de madeira. A empresa de Irati (PR) recebe o Prêmio REFERÊNCIA do<br />

ano por trabalhar continuamente para elevar a qualidade de seus serviços, qualificar e cuidar de seus funcionários,<br />

além de oferecer o melhor para seus clientes, seja qual for a demanda apresentada.<br />

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05 CILINDRO DOS BRAÇOS E AIVECA COM SISTEMA DE SEGURANÇA;<br />

06 AIVECA COM AMORTECIMENTO HIDRÁULICO;<br />

07 ESTRUTURA COM TRAVA DE SEGURANÇA PARA MANUTENÇÃO;<br />

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SOLO<br />

Estratégias de resistência à seca<br />

E DEMAIS INTEMPÉRIES: INOVAÇÕES E TECNOLOGIAS<br />

ALIADAS À SILVICULTURA APLICADA<br />

Por<br />

Jhuan Lucas Melo Maciel - Consultor Florestal | Doutor em Ciência Florestal<br />

Pedro Francio Filho - Consultor Florestal | Engenheiro Agrônomo | Diretor Francio Soluções Florestais<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

O<br />

setor florestal brasileiro enfrenta desafios crescentes,<br />

especialmente os relacionados à variabilidade<br />

climática e à adaptação dos plantios às condições<br />

de déficit hídrico, os quais se intensificaram bastante<br />

nos últimos anos, impulsionadas pelas mudanças<br />

climáticas. Esses plantios estão distribuídos por diversas regiões do<br />

país, com características edafoclimáticas diversas, abrangendo desde<br />

locais com abundância hídrica até áreas frequentemente impactadas<br />

por secas intensas. Os efeitos das mudanças climáticas, como a maior<br />

frequência e intensidade de períodos de seca, apresentam um cenário<br />

desafiador para a silvicultura.<br />

À medida que áreas plantadas com espécies como o eucalipto se<br />

expandem, torna-se essencial investir em estratégias que garantam,<br />

tanto a produtividade, quanto a adaptação às condições adversas impostas<br />

pela estiagem. Uma das principais ferramentas para enfrentar<br />

esses desafios é a escolha criteriosa do material genético, combinando<br />

alto rendimento e resistência à seca. Contudo, essa é apenas uma<br />

parte da solução: há uma necessidade urgente de associar essa seleção<br />

genética à silvicultura aplicada, que oferece maior segurança aos<br />

povoamentos, especialmente em regiões suscetíveis ao déficit hídrico.<br />

O manejo florestal voltado para a resistência à seca é uma estratégia<br />

essencial para ajustar o planejamento florestal às demandas<br />

econômicas e ambientais, mitigando os impactos da seca e ampliando<br />

o rendimento dos plantios. Este artigo explora os principais aspectos<br />

técnicos e práticos do manejo florestal com foco na resistência hídrica,<br />

abordando desde a seleção genética até práticas de solo, controle de<br />

matocompetição e outros fatores.<br />

PLANEJAMENTO<br />

O planejamento da silvicultura voltado à resistência à seca é fundamental<br />

para o sucesso dos povoamentos florestais, principalmente<br />

diante das incertezas climáticas e dos períodos de déficit hídrico. Esse<br />

planejamento exige uma análise cuidadosa das condições edafoclimáticas<br />

locais, considerando o regime de preparação, sua distribuição,<br />

quantidade e características do solo. A investigação dessas variáveis<br />

permite a adoção de práticas específicas para aumentar a retenção e<br />

o uso eficiente da água, como o preparo adequado do solo.<br />

Solos arenosos, que retêm menos água, requerem práticas conservacionistas<br />

para evitar a perda de umidade, enquanto solos argilosos<br />

exigem manejos que minimizem a compactação e favoreçam a oxigenação<br />

radicular. Com um planejamento bem estruturado, é possível<br />

promover a resiliência dos plantios às condições de seca, garantindo<br />

produtividade e sustentabilidade ao setor florestal brasileiro.<br />

Floresta desenvolvida com aderência ao<br />

protocolo silvicultural<br />

Plantio com 2,5 anos em Cândido Sales<br />

(BA) com 850 mm de precipitação, com<br />

espaçamento adequado às condições<br />

edafoclimáticas da região, com manejo de<br />

silvicultura seguindo o protocolo completo<br />

da Francio Soluções Florestais<br />

A IMPORTÂNCIA DO PREPARO DO SOLO NO<br />

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RADICULAR<br />

O preparo do solo é uma etapa primordial para o êxito florestal,<br />

especialmente em regiões sujeitas à seca, onde o desenvolvimento do<br />

sistema radicular desempenha um papel crucial para garantir o acesso<br />

à água e nutrientes. O solo manejado de forma correta, torna-se mais<br />

propício para o crescimento das raízes em todas as camadas do solo,<br />

aumentando a capacidade das plantas sobreviverem. Um solo bem<br />

preparado favorece a estrutura física para que as raízes se desenvolvam<br />

sem restrições. Práticas como a subsolagem são eficazes para<br />

reduzir a compactação e aumentar a aeração do solo, facilitando o<br />

desenvolvimento radicular, ampliando a área de absorção de água e<br />

nutrientes, promovendo, desta forma, o uso eficiente dos recursos<br />

disponíveis.<br />

Esse preparo contribui para a capacidade de retenção de água,<br />

criando condições ideais para o desenvolvimento radicular, conferindo<br />

aos plantios florestais maior segurança hídrica.<br />

CORREÇÃO DO SOLO COM CALCÁRIO E GESSO<br />

Outro manejo importante é a correção do solo com calcário<br />

(carbonato de cálcio) e gesso (sulfato de cálcio), que fortalece a segurança<br />

hídrica dos plantios, especialmente em períodos de déficit. A<br />

aplicação combinada de calcário aliado ao gesso, elevam os índices de<br />

cálcio e magnésio, corrige pH e neutraliza o alumínio tóxico no solo.<br />

Esse tratamento promove o aumento da rizosfera em profundidade,<br />

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As oportunidades de transformar e utilizar os resíduos da silvicultura<br />

Fotos: divulgação<br />

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Asilvicultura é conhecida como prática de cultivo,<br />

manejo e preservação das florestas e seus<br />

recursos, com objetivos claros de produção de<br />

madeira, celulose, papel e outros derivados.<br />

Mas a prática de aproveitamento dos seus resíduos<br />

ainda é pouco explorada. Isso ocorre ainda pelo pouco<br />

conhecimento dos seus benefícios para o solo. Muitas<br />

vezes esses resíduos ainda são conhecidos por dificultar as<br />

operações do manejo das atividades silviculturais. A prática<br />

mais comum são estratégias de minimização dos impactos<br />

ambientais, como:<br />

• Enleirar os restos de colheita;<br />

• Retirar a galharia grossa e toretes para uso como biomassa;<br />

• Usar um picador móvel para retirar os resíduos mais<br />

pesados e grossos como cavacos para uso como biomassa;<br />

• Adubar diretamente o solo com os resíduos de celulose<br />

e cinzas de madeira para favorecer a manutenção e<br />

aumento do rendimento de madeira.<br />

• Compostar os resíduos principalmente os ponteiros<br />

para produção de adubos orgânicos enriquecendo com minerais<br />

na hora de aplicação de preparo de solos.<br />

Mas, é possível afirmar que na silvicultura não é comum<br />

o aproveitamento de outros benefícios de uso dos compostos<br />

orgânicos provenientes das misturas dos próprios<br />

resíduos da silvicultura com outros resíduos orgânicos. Podemos<br />

citar alguns destes benefícios conhecidos, mas ainda<br />

pouco aproveitado:<br />

• Manter ou melhorar as características físicas do solo;<br />

• Melhorar a estrutura física do solo;<br />

• Reduzir perdas de nutrientes do ecossistema;<br />

• Fornecer nutrientes de baixa solubilidade ao solo;<br />

• Manter e elevar as atividades biológicas do solo;<br />

• Manter e produzir fertilidade do solo;<br />

• Controlar a infestação de plantas invasoras;<br />

• Recuperar solos degradados física e biologicamente;<br />

• Reduzir custos de produção.<br />

Outra forma de uso dos compostos orgânicos na silvicultura<br />

é na produção de mudas, pois possui propriedades<br />

que favorecem o desenvolvimento das plantas. O composto<br />

orgânico pode ser considerado um adubo orgânico, resultado<br />

da decomposição de vários resíduos orgânicos como,<br />

folhas, restos de ingesta, dejetos animais entre outros. Esse<br />

composto pode ser usado puro ou misturado com outros<br />

Novembro 2024<br />

65


COMPOSTAGEM<br />

materiais como terra, carvão, húmus de minhoca, formando<br />

um substrato. O substrato pode ser utilizado para crescimento<br />

das mudas em sementeiras, enraizamentos e como<br />

corretivos de solo. Podemos citar alguns benefícios do uso<br />

do composto orgânico como substrato:<br />

• Melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas;<br />

• Substitui e reduz o uso de fertilizantes químicos solúveis;<br />

• É uma opção economicamente viável na produção de<br />

mudas.<br />

O substrato pode ser formulado conforme a disponibilidade<br />

de materiais locais e baixar os custos de produção. Ou<br />

ser formulado conforme as exigências das plantas a serem<br />

produzidas. Os substratos comerciais nem sempre atendem<br />

as necessidades exigidas pelas plantas manejadas.<br />

O substrato de composto orgânico em geral é um material<br />

poroso e pode ser usado na produção de mudas ou<br />

mesmo em cultivo de plantas substituindo o solo ou terra. O<br />

substrato é o meio onde as raízes e a parte aérea das plantas<br />

se desenvolvem e com a adubação adequada alimenta<br />

as plantas nos primeiros estágios de vida. Algumas características<br />

desejadas no substrato para mudas, são a uniformidade<br />

na composição, baixa densidade e boa porosidade.<br />

Um bom substrato para produção de mudas precisa oferecer<br />

condições adequadas para a sustentação e retenção<br />

de quantidades suficientes de água, oxigênio e nutrientes,<br />

ausências de elementos químicos tóxicos e condutividade<br />

elétrica adequada. Alguns compostos orgânicos são oferecidos<br />

no mercado com adequada quantidade de nutrientes<br />

para a produção de mudas, neste caso podemos afirmar que<br />

mesmo para as mudas florestais.<br />

Pergunte ao Tomita<br />

Caso tenha alguma dúvida sobre<br />

o sistema de compostagem,<br />

envie sua pergunta para o e-mail<br />

jornalismo@revistareferência.com.br e<br />

saiba tudo sobre compostagem florestal.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


MINUTO FLORESTA<br />

Fortalecendo<br />

O MERCADO<br />

Participação em eventos técnicos<br />

fortalece a participação de empresa<br />

no segmento de herbicidas<br />

Fotos: divulgação<br />

A<br />

Envu Brasi ampliou sua presença de marca<br />

ao marcar forte presença em eventos do setor<br />

florestal em outubro. Durante o mês, a<br />

Envu apresentou soluções inovadoras para<br />

o controle de plantas daninhas e reforçou<br />

seu compromisso com a sustentabilidade e eficiência no<br />

manejo agrícola e não agrícola. As interações com o público<br />

trouxeram à tona a experiência técnica da empresa,<br />

destacando seus produtos de alto desempenho e o valor<br />

que agregam ao setor florestal.<br />

Além de fortalecer sua rede de contatos e estabelecer<br />

novos canais de comunicação, a participação nos eventos<br />

ajudou a Envu a se posicionar como líder em inovação e<br />

sustentabilidade no mercado de herbicidas. Através do<br />

apoio e de palestras, a Envu não apenas promoveu suas<br />

soluções de manejo eficiente, mas também reafirmou seu<br />

papel de parceira essencial no desenvolvimento de práticas<br />

responsáveis e de alto desempenho.<br />

Entre os dias 01 e 03 de outubro, a Envu esteve presente<br />

e ajudou na organização do Curso presencial de<br />

tecnologia em aplicação de herbicidas em florestas plantadas,<br />

em parceria com a Apoiotec, na cidade de Três Lagoas<br />

(MS). O evento contou com mais de 30 profissionais<br />

do segmento que puderam durante uma semana aprender.<br />

O Curso presencial de tecnologia em aplicação de<br />

herbicidas em florestas plantadas teve como grande objetivo<br />

apresentar as soluções para o plantio de eucaliptos.<br />

Até o ano de 2030, o Mato Grosso do Sul deve se tornar<br />

o maior produtor de celulose do Brasil. Esse crescimento<br />

do Estado foi impulsionado pelo investimento pesado na<br />

construção de duas grandes fábricas de celulose, que devem<br />

garantir ao Brasil o primeiro lugar em nível mundial<br />

na produção dessa commodity.<br />

Já nos dias 29 e 30 de outubro, a Envu Brasil esteve<br />

presente no Seminário de Ecofisiologia Florestal Estação<br />

experimental de Ciências Florestais da ESALQ/USP (Escola<br />

Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade<br />

de São Paulo) em Itatinga. Este evento, realizado pelo<br />

IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), ESALQ<br />

e AEI-GFMO (Associação de Ex-Integrantes do Grupo<br />

Florestal Monte Olimpo), teve como objetivo explorar o<br />

conceito de Ecofisiologia e sua relação com as decisões<br />

estratégicas na produção de florestas plantadas e na restauração<br />

florestal. Contamos com a presença de professores<br />

e especialistas renomados em Ecofisiologia e Manejo<br />

Florestal, que ministraram palestras focadas em temas<br />

fundamentais. Os principais objetivos das palestras estão:<br />

apresentar o conceito de Ecofisiologia e sua aplicação<br />

prática no cotidiano dos silvicultores, discutir o desenvolvimento<br />

de biomassa e acúmulo de carbono nas áreas de<br />

restauração florestal, além de trazer perspectivas futuras<br />

para a produtividade florestal em um cenário de mudanças<br />

climáticas.<br />

Jessica Faria, especialista de desenvolvimento de<br />

soluções para manejo de matocompetição da Envu,<br />

apresentou junto com Joao Peloia e Natalia Bevilaqua,<br />

os objetivos dos ensaios que estão em andamento com<br />

Esplanade NA, herbicida pré-emergente para florestas<br />

nativas da Envu. Segundo Jéssica, a Envu participou com<br />

a equipe de desenvolvimento de soluções no evento de<br />

ecofisiologia florestal, onde foi destacada a importância<br />

do uso de herbicidas pré-emergentes não-agrícolas na<br />

restauração florestal. Para a especialista, essa tecnologia<br />

se mostrou fundamental para o sucesso da formação e estabelecimento<br />

de projetos de restauração, além de apresentar<br />

as soluções, compartilhamos os principais manejos<br />

do programa experimental voltado para o controle de<br />

invasoras, que foi desenvolvido em parceria com a ESALQ.<br />

O objetivo da rede experimental foi avaliar os custos,<br />

aproveitando a eficácia do Esplanade NA no controle da<br />

matocompetição por gramíneas invasoras. “A participação<br />

nesse evento não apenas consolidou nossa posição como<br />

uma empresa parceira com soluções inovadoras no controle<br />

da matocompetição, mas também nos posicionou<br />

como um agente ativo na promoção da sustentabilidade e<br />

na conservação dos ecossistemas”, valorizou Jéssica.<br />

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ARTIGO<br />

A TRAJETÓRIA DA<br />

MULHER<br />

FLORESTAL<br />

Por Patrícia Rodrigues Soares<br />

O<br />

dia 8 de março retrata um marco na trajetória<br />

das mulheres no mercado do trabalho.<br />

Assim, sugestivamente foi criada como<br />

data comemorativa o Dia Internacional da<br />

Mulher. Para tanto, a sua origem se deu<br />

no início do século 20, quando, em protestos, um grupo<br />

de mulheres reuniram-se e assim reivindicaram melhores<br />

condições de trabalho e igualdade de direitos. Na atualidade<br />

já é perceptível o quanto as mulheres vêm conquistando<br />

o seu espaço no âmbito profissional sem que se fale ainda<br />

sobre o feminismo. A exemplo, podemos citar a atuação<br />

da mulher no setor florestal, a qual abarca um grupo de<br />

mulheres que tem um vasto plantio de pensamentos em<br />

um solo fértil que é o coração feminino, dando assim expansão<br />

a consciência, e dando vazão a colheita de grandes<br />

resultados no setor florestal brasileiro.<br />

No ano de 1910, uma ativista e defensora dos direitos<br />

das mulheres, Clara Zetkin, propôs, durante uma Conferência<br />

Internacional das Mulheres Socialistas, a criação<br />

de uma jornada de manifestações femininas, bem como<br />

o estabelecimento da data como internacional. Assim, o<br />

primeiro dia oficial da mulher passou a ser celebrado em<br />

1911. Após alguns anos, em 1917, aconteceu um marco<br />

ainda maior nesta luta por direitos e deveres. Neste ano,<br />

90 mil operárias manifestavam contra as más condições<br />

de trabalho, fome e a guerra, o que deu voz a um grande<br />

manifesto que por meio da indignação, levou estas mulheres<br />

a se manifestarem no dia 23 de fevereiro pelo antigo<br />

calendário russo, o que corresponde ao dia 08 de março<br />

do calendário gregoriano.<br />

O primeiro acordo que visava a igualdade entre homens<br />

e mulheres foi assinado em 1945 pela ONU. Assim, com o<br />

passar dos anos, o movimento das mulheres ganhou mais<br />

força e em 1960 se consolidou, tendo se oficializado no ano<br />

de 1977. Assim, a ONU (Organização das Nações Unidas)<br />

posicionou-se e oficializou em 1975 a data comemorativa<br />

do Dia Internacional da Mulher ao marco no tempo em<br />

que um brado de mulheres, ganhando assim repercussão<br />

mundial. Desta forma, a origem desta data é muito mais<br />

que apenas sua oficialização.<br />

Até então, na área ambiental, o maior número de<br />

pessoas que se adentravam em cursos profissionalizantes<br />

era representado pelo gênero masculino, porque as mulheres<br />

eram tidas nascidas com o seu papel intrínseco de<br />

matriarcado. Além disso, os principais cargos e lideranças<br />

eram de poder dos mesmos. Contudo, este panorama vem<br />

mudando ao longo dos anos, apesar da conquista por tais<br />

cargos ainda serem uma difícil etapa para as mulheres.<br />

De maneira geral, algumas das empresas do setor<br />

florestal, não possuem mulheres em seus cargos estratégicos.<br />

Com o passar dos anos, mudanças começam a<br />

surgir. A exemplo, faz-se possível identificar a presença de<br />

equipamentos na cor rosa como uma forma de chamar a<br />

atenção para a inclusão das mulheres nas atividades de<br />

campo conectadas à cidade. As empresas estão contratando<br />

mulheres para cargos elevados do setor e, mais do que<br />

contratando, estão relatando os bons resultados obtidos.<br />

Essa labuta é tida como recente, e vai além de formar<br />

profissionais femininas, que além de um olhar técnico que<br />

adquiriram, também colocam em práticas seus nuances<br />

como insigths agregando valor emocional, tendo como porvir<br />

resultados incríveis. As mulheres têm buscado ocupar<br />

melhores cargos, com melhores salários e reconhecimento<br />

genuíno.<br />

Fotos: divulgação<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


PLANTIO<br />

Cultivando<br />

A SEMENTE<br />

Programa une empresas<br />

catarinenses para fomentar o<br />

plantio florestal na região do<br />

Alto Vale do Itajaí<br />

Fotos: divulgação<br />

S<br />

anta Catarina é um dos Estados com<br />

maior produção florestal do país, sendo<br />

uma referência do segmento de produtos<br />

de madeira devido ao alto volume de<br />

pinus plantado. Mas na região do Alto<br />

Vale do Itajaí, composto por 28 municípios e ocupando<br />

uma área de mais de 7,5 milhoes de km² (quilômetros<br />

quadrados), que tem também sua vocação<br />

para o florestal, as coisas não andaram tão bem e foi<br />

necessária uma mudança de direção para que a floresta<br />

voltasse ao lugar de destaque que sempre teve e<br />

ajudasse a movimentar a economia local.<br />

Ricardo Rossini, presidente do Sindimade/Floema,<br />

explica que um dos maiores problemas enfrentados<br />

na região foi a falta de comunicação entre produtores<br />

florestais e indústria, o que levou ao desentendimento<br />

de como seguir atuando na região. “Quando não<br />

se sabe o que fazer, qualquer coisa feita está certa,<br />

e esse pensamento criou um problema no Alto Vale,<br />

pois cada produtor pensava de um jeito. Isso levou<br />

muitos a sair do plantio de pinus, focando em rendimentos<br />

com prazos mais curtos ou mesmo a abandonar<br />

o segmento florestal”, relata Ricardo sobre a distribuição<br />

da produção local. Hoje a maior demanda,<br />

84% é de pinus, mas a produção é principalmente de<br />

eucaliptos, que representa 70% do total. “É como se<br />

em uma cidade tivéssemos 70% dos restaurantes sendo<br />

churrascarias e uma população em grande maioria<br />

de vegetarianos”, explica Ricardo.<br />

Por isso, em 2022 foi criado o programa Refloresta<br />

Alto Vale, liderado pela Sindimade/Floema, que busca<br />

corrigir a rota do plantio florestal na região e suprir a<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


PESQUISA<br />

Cálculo<br />

FLORESTAL<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Medir a área basal dos<br />

troncos ajuda a melhorar<br />

o manejo de sistemas<br />

silvipastoris<br />

Fotos: divulgação<br />

Novembro 2024<br />

75


PESQUISA<br />

U<br />

m estudo publicado na revista internacional<br />

Agroforestry Systems por pesquisadores da<br />

Embrapa destaca a área basal das árvores<br />

como um indicador estratégico para o manejo<br />

de componentes florestais em sistemas<br />

silvipastoris. A pesquisa ressalta a importância e os desafios<br />

dos sistemas integrados, fornecendo insights sobre como<br />

otimizar a densidade de árvores para maximizar a produção<br />

de madeira e pastagem, além de promover benefícios ambientais<br />

e bem-estar animal.<br />

A área basal, que mede a ocupação florestal por meio<br />

da quantificação da área da seção transversal dos troncos<br />

das árvores por hectare, é uma métrica central para equilibrar<br />

a produção agrícola e a sustentabilidade na combinação<br />

de árvores e pastagem. De acordo com o primeiro<br />

autor do artigo, o pesquisador José Ricardo Pezzopane, da<br />

Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)<br />

Pecuária Sudeste, uma área basal bem gerenciada pode<br />

melhorar significativamente a produtividade da pastagem e<br />

das árvores, além de proporcionar benefícios ecológicos.<br />

Os resultados de diversos experimentos em longo prazo<br />

mostraram que existe uma relação entre a transmissão da<br />

luz pelas árvores e a produção do pasto, assim como uma<br />

relação entre a área basal das árvores e a transmissão de<br />

luz, indicando a área basal ideal para uma produção equilibrada<br />

no sistema silvipastoril.<br />

O valor da área basal para manter o equilíbrio de todos<br />

os componentes do sistema foi de 8 m2/ha (metros quadrados<br />

por hectare), permitindo a produção de pastagem<br />

em níveis semelhantes ao sistema a pleno sol. O crescimento<br />

das árvores também foi otimizado com essa área<br />

basal. Esse fato pode contribuir para a conservação do solo,<br />

aumento da biodiversidade e sequestro de carbono, essenciais<br />

para a mitigação das mudanças climáticas, tão presentes<br />

em todo o mundo, afetando todo tipo de vida na terra.<br />

Segundo José Ricardo, há ainda benefícios para o bem-<br />

-estar animal. “O gado em áreas com uma densidade de<br />

árvores equilibrada apresentou melhor ganho de peso e de<br />

indicadores de saúde devido à redução do estresse térmico<br />

e a um ambiente mais confortável”, explica o pesquisador.<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


variaram de 83 a 357 árvores por hectare. Diferentes espécies<br />

foram utilizadas para avaliar a aplicabilidade geral<br />

dos resultados, incluindo materiais clonais de eucalipto<br />

Urograndis e de Corymbia citriodora, comuns em sistemas<br />

silvipastoris.<br />

Os locais foram escolhidos com base na representatividade<br />

das principais regiões silvipastoris, variando em<br />

clima, tipo de solo e práticas agrícolas. A coleta de dados foi<br />

realizada periodicamente no decorrer dos experimentos,<br />

abrangendo sistemas silvipastoris com até nove anos de<br />

coleta de dados.<br />

RESULTADOS<br />

Há uma área basal ideal para a manutenção produtiva<br />

das pastagens no sistema silvipastoril, no qual a densidade<br />

de árvores maximiza a produção de madeira sem comprometer<br />

a produtividade da pastagem. Quando a área basal<br />

ultrapassa um certo limite, a competição por recursos<br />

como luz, água e nutrientes se intensificava, resultando em<br />

um crescimento reduzido das árvores e da pastagem.<br />

Nesse trabalho, considerando dados de pesquisas em<br />

conjunto dos experimentos de São Carlos e Campo Grande,<br />

o valor da área basal obtido para essa maximização da produção<br />

do sistema foi de 8 m2/ha. Esse valor está associado<br />

à transmissão de radiação solar pelas árvores na faixa de<br />

70%, o que permite produção de pastagem em níveis semelhantes<br />

ao sistema a pleno sol.<br />

O crescimento das árvores, medindo-se altura, diâmetro<br />

do tronco e volume de madeira, foi positivamente<br />

correlacionado com uma área basal otimizada. A produtividade<br />

da pastagem foi significativamente influenciada pela<br />

densidade de árvores. Nos experimentos que contêm maior<br />

quantidade de árvores por hectare e consequentemente<br />

maior valor de área basal mostraram efeito negativo na<br />

produção de pastagem. Isso ocorreu nas cidades pesquisadas<br />

com densidade maiores que 333 árvores por hectare e<br />

antes de se fazer o desbaste. Por outro lado, quando realizado<br />

o desbaste, com diminuição da densidade de árvores<br />

e uma basal intermediária, ocorreu a maior produção de<br />

biomassa da pastagem. A qualidade da forragem, medida<br />

pelo conteúdo de nutrientes e digestibilidade, também<br />

foi afetada pela área basal. Pastagens em áreas com uma<br />

densidade de árvores bem equilibrada mostraram melhor<br />

qualidade nutricional.<br />

TOP OF MIND EM<br />

PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

remsoft.com/woodstock-optimization-studio<br />

Novembro 2024<br />

79


ARTIGO<br />

ALGORITMO QUÂNTICO<br />

VARIACIONAL APLICADO EM UM<br />

MODELO SIMPLIFICADO PARA<br />

OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS EM<br />

PLANEJAMENTO FLORESTAL<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


RODRIGO BLOOT<br />

UNILA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA)<br />

RAPHAEL FORTES INFANTE GOMES<br />

UNILA<br />

ARNALDO SATORU GUNZI<br />

KLABIN<br />

Novembro 2024<br />

81


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

Aexpectativa atrelada à superioridade no desempenho<br />

e na segurança dos computadores<br />

quânticos em relação às suas contrapartes<br />

clássicas vem fomentando cada vez mais<br />

o interesse de pesquisadores e do público<br />

geral neste tema. Embora a possibilidade de surgirem<br />

computadores quânticos que operam em larga escala nos<br />

próximos anos seja remota, o desenvolvimento recente<br />

dos dispositivos conhecidos como NISQ (Noisy Intermediate-scale<br />

Quantum) fomentou o interesse em investigar<br />

algoritmos que podem apresentar algum tipo de vantagem<br />

quântica nestas máquinas. Com base neste propósito,<br />

apresentamos neste trabalho um estudo do uso do<br />

VQE (Variational Quantum Eigensolver) para resolver um<br />

modelo sintético relacionado com a otimização de custos<br />

no plantio florestal. Os resultados obtidos através dos<br />

otimizadores selecionados e da plataforma QISKIT (IBM)<br />

comprovam a viabilidade teórica do uso destas ferramentas<br />

no âmbito da demonstração de provas de conceito,<br />

desde que a escolha da forma variacional do ansatz seja<br />

compatível com o problema abordado.<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


INTRODUÇÃO<br />

Nos últimos anos, a pesquisa e o desenvolvimento<br />

dos protótipos de computadores quânticos de escala intermediária<br />

- cuja tradução vem de Noisy Intermediate-scale<br />

Quantum (NISQ: Preskill, J.,2018) - acelerou a produção<br />

de dispositivos capazes de manipular bits quânticos<br />

em processos computacionais (Feynman, 2012; Roukes,<br />

2008). Com o avanço da tecnologia e devido ao acúmulo<br />

crescente de erros nas respectivas operações, surge a<br />

necessidade de ampliar o estudo e a adaptação de algoritmos<br />

que sejam compatíveis com estes dispositivos.<br />

Neste contexto, alguns algoritmos quânticos que possuem<br />

vantagens teóricas em comparação às respectivas<br />

contrapartes clássicas já foram reproduzidos com sucesso,<br />

como os modelos apresentados por David Deutsch<br />

em 1985 e 1992 (sendo o último em colaboração com<br />

Richard Jozsa).<br />

Com base nesta premissa, existe a expectativa de que<br />

determinados algoritmos quânticos possam ser utilizados<br />

como uma alternativa para solucionar problemas no con-<br />

Com base nesta premissa, existe a<br />

expectativa de que determinados<br />

algoritmos quânticos possam ser<br />

utilizados como uma alternativa<br />

para solucionar problemas no<br />

contexto específico dos modelos<br />

de plantio florestal, desde que os<br />

primeiros apresentem um tempo de<br />

execução viável e permitam gerar<br />

resultados mais robustos<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

Prestamos serviços de usinagem, caldeiraria e soldagem em peças e equipamentos conforme<br />

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Munidos deste propósito, analisaremos o desempenho<br />

de um algoritmo quântico variacional aplicado a um<br />

problema de modelagem de custos no plantio florestal.<br />

Para esta finalidade, abordaremos um problema sintético<br />

simplificado (que pode ser escalado posteriormente)<br />

para compreender e comparar os resultados obtidos<br />

na plataforma QISKIT (Javadi-Abhari et. al.,2004) com<br />

soluções clássicas bem definidas. Neste caso, o modelo<br />

será construído com base em hipóteses simplificadas do<br />

problema real, onde a respectiva solução é previamente<br />

determinada.<br />

Desse modo, a estratégia para solucioná-lo consistirá<br />

em aplicar um processo de otimização linear com variáveis<br />

de decisão binárias. O objetivo principal desta abordagem<br />

reside em compreender a estrutura do algoritmo<br />

ao longo do procedimento, visando futuramente escalar<br />

o número de variáveis e aplicar as ferramentas variacionais<br />

em dispositivos reais. Por este motivo, exploraremos<br />

o modelo através de simuladores quânticos, com a finalidade<br />

de prover uma compreensão detalhada de todos os<br />

aspectos que envolvem a análise do problema escolhido.<br />

O trabalho foi estruturado de acordo com as seguintes<br />

etapas: introduziremos o problema de modo a obter<br />

um modelo sintético controlado, cujos detalhes serão<br />

discutidos na seção seguinte. Na sequência, descrevemos<br />

brevemente o algoritmo variacional selecionado para resolver<br />

o problema-alvo. Em seguida, mostraremos como<br />

relacionar o problema linear com sua contraparte física,<br />

onde a última é expressa por um Hamiltoniano do tipo<br />

Ising (Lucas, A., 2014). Os testes desta prova de conceito<br />

foram realizados no simulador QASM com o objetivo de<br />

analisar e validar a convergência para o resultado exato.<br />

Por fim, estabeleceremos uma comparação entre os<br />

métodos, finalizando o trabalho com as discussões e as<br />

subsequentes conclusões.<br />

Essa é uma versão parcial deste artigo,<br />

o material completo pode ser acessado<br />

em: https://revistas.utfpr.edu.br/rbfta/<br />

article/view/18647/10380


AGENDA<br />

AGENDA 2025<br />

JANEIRO<br />

2025<br />

Imagem: reprodução<br />

Programa de Preparação de Gestores<br />

Florestais<br />

Data: 15/01 a 19/02<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

Informações:<br />

https://www.ipef.br/ppgf/<br />

MARÇO<br />

2025<br />

JUN<br />

2025<br />

FOREXPO<br />

A cada 4 anos, no coração do maior polo florestal<br />

produtivo, em um terreno de 70 ha (hectares), 400<br />

expositores internacionais e mais de 500 marcas<br />

apresentam as mais recentes inovações, da silvicultura<br />

à exploração madeireira. Pela primeira vez, a edição<br />

de 2025 será aberta aos produtos provenientes do<br />

processamento primário de madeira. A mostra, através<br />

de exposições, demonstrações, workshops mas também<br />

conferências, debates e visitas a estaleiros de construção<br />

e instalações industriais, irá oferecer uma visão geral<br />

da oferta no setor florestal madeireiro, da semente à<br />

transformação da madeira.<br />

Florestas Tchê<br />

Data: 20 e 21<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

Informações<br />

https://www.florestastche.com.br/<br />

Imagem: reprodução<br />

Congresso de Plantações Florestais<br />

Data: 12 a 16<br />

Local: Porto Alegre (RS)<br />

Informações: https://www.ipef.br/noticias/<br />

congresso_plantacoes_florestais_2025_<br />

save_the_date.aspx<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br<br />

MAIO<br />

2025<br />

AGO<br />

2025<br />

SHOW FLORESTAL<br />

Realizada pela primeira vez em maio de 2022 no Parque<br />

de Exposição Arena Mix, em Três Lagoas (MS), a Feira<br />

da Indústria do Eucalipto, reuniu 130 expositores e<br />

7.188 visitantes. O volume de negócios fechados e<br />

prospectados durante a primeira edição do Show<br />

Florestal, segundo os organizadores, foi de R$ 175<br />

milhões. A feira teve a participação de profissionais de<br />

todos os Estados da federação e de países como Paraguai,<br />

Angola, Finlândia, Japão, Índia, Uruguai, Argentina e<br />

Alemanha. A expectativa para esta segunda edição é uma<br />

feira ainda maior. O Show Florestal Mato Grosso do Sul irá<br />

reunir profissionais, grandes marcas, produtos, serviços e<br />

soluções para a cadeia produtiva do eucalipto.


AGENDA 2025<br />

MAIO<br />

2025<br />

Ligna Plus Hannover<br />

Local: Hannover (Alemanha)<br />

Data: 26 a 30<br />

Informações:<br />

https://www.ligna.de/en/<br />

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