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Aires Galhardo, apresenta as visões da Suzano para o Projeto Cerrado
Prêmio REFERÊNCIA:
Conheça os vencedores
da edição 2024
Investimento:
Melhoria logística alavanca
distribuição de produtos
Construindo a indústria
Especialista em engenharia
celebra 45 anos de grandes
obras no setor
Building
the industry
Engineering specialist
celebrates 45 years major
works in the sector
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Rio do Sul | SC | Brasil
S U M Á R I O
36 Investimento
Logística otimizada
Optimized logistics
26 Principal
Construindo o futuro
Building the future
46 Prêmio REFERÊNCIA
Conheça os vencedores da edição
04 Sumário
06 Editorial
08 Cartas
10 Novidades
32 Avanços e tecnologia
Solução versátil
Versatile solution
42 Reconhecimento
Mercado que valoriza
A Market that Increases in value
66 Artigo
Dúvidas sanadas
52 Artigo
Cenários da indústria de papel e celulose
Scenarios in the pulp and paper industry
58 Desenvolvimento
Pronta para 2025
60 Evento
ABTCP 2024
68 Energia
Solução criativa
Creative solution
74 Entrevista
Aires Galhardo
82 Calendário
04
E D I T O R I A L
REFERÊNCIA
Celulose & Papel
Próxima cena
Um papel, na dramaturgia, é a representação de
algo ou alguém, é se colocar em uma situação e ali representar
o que é pedido. O setor de celulose e papel,
em 2024, mais uma vez cumpriu prontamente e com
excelência a sua atividade. Esteve presente, atuando
e demonstrando toda sua potência dentro do cenário
econômico e se destacou mais uma vez por sua
responsabilidade ambiental e econômica. O próximo
palco é ainda mais promissor e tem maior destaque,
pois os investimentos feitos e as metas estabelecidas
o colocaram nesse patamar. A Revista REFERÊNCIA
CELULOSE & PAPEL, com toda sua dedicação e esforço,
estará novamente na primeira fila, pronta para um
novo espetáculo que virá em 2025. Nessa edição as
soluções da MSE, especialista em construção civil com
suas soluções para a construção de plantas celulósicas,
a cobertura da feira da ABTCP, novidades sobre utilização
de celulose na ciência, a celulose na construção
civil e uma entrevista exclusiva com Aires Galhardo,
vice-presidente de operações de celulose, engenharia
e energia da Suzano, que foi responsável direto na implantação
do projeto Cerrado, no Mato Grosso do Sul.
REFERÊNCIA Celulose & Papel
Next scene
A role, in dramaturgy, is the representation of something
or someone; it is putting yourself in a situation
and acting out what is required of you. In 2024, the
pulp and paper industry once again fulfilled its role in
a timely and excellent manner. It was present, it acted,
it demonstrated all its power in the economic scenario,
and once again, it stood out for its environmental and
economic responsibility. The next stage is even greater
and more important because the investments made and
the objectives set bring it to a hgher level. REFERÊNCIA
Celulose & Papel, with all its dedication and effort, will
once again be in the front row, ready for a new show
in 2025. In this issue, you will find solutions from MSE,
a specialist in civil engineering, with its solutions for
the construction of cellulose plants, coverage of the
Abtcp trade fair, news on the use of cellulose in science,
cellulose in civil engineering, and an exclusive interview
with Aires Galhardo, Vice President for Cellulose,
Engineering, and Energy Operations for Suzano, who
was directly responsible for the implementation of the
Cerrado project in Mato Grosso do Sul.
EXPEDIENTE
JOTA EDITORA
Diretor Comercial / Commercial Director: Fábio Alexandre Machado (fabiomachado@revistareferencia.com.br) • Diretor Executivo / Executive Director:
Pedro Bartoski Jr (bartoski@revistareferencia.com.br) • Redação / Writing: Vinicius Santos - (jornalismo@revistareferencia.com.br) • Dep. de Criação
/ Graphic Design: Fabiana Tokarski - Supervisão, Ana Paula Vogler - (criacao@revistareferencia.com.br) • Tradução / Translation: John Wood Moore
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Assinaturas: (assinatura@revistareferencia.com.br) José A. Ferreira - (41) 99203-2091
A Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL é uma publicação da JOTA EDITORA
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ASSINATURAS
0800 600 2038
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA
06
Veículo filiado a:
A Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL é uma publicação trimestral
e independente, dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços
em celulose e papel, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou
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7:58:54
Menos água e mais
produtividade
Case comercial ganha
destaque internacional
C A R T A S
Henrique Zugman fala do momento, investimentos e futuro da Irani
Alto desempenho:
Processos inteligentes:
A Revista da Indústria de Celulose e Papel www.celulosepapel.com.br
Ano XVII - nº 67 - 2024
Solução personalizada
Indústria de faca apresenta
produtos para o segmento
de celulose
Custom
solution
A knife blade
manufacturer offers
products for the
pulp segment
Capa da Edição 67 da
Revista CELULOSE & PAPEL
Imagem: reprodução Imagem: reprodução
PRINCIPAL
Por Antonio Costa, Bauru (SP)
Novas soluções para o setor são sempre bem-vindas, principalmente
quando vem de empresas que já são referência onde atuam.
ENTREVISTA
Por Vanessa Oliveira, Ourinhos (SP)
Grandes lideranças do setor ajudam muito a entender o mercado. A Irani faz
um trabalho muito importante no fortalecimento de todo o segmento.
INOVAÇÃO
Por Marcelo Batista, Contagem (MG)
Internamente sabemos o tamanho do nosso setor, mas ver esse
reconhecimento vindo de fora motiva ainda mais o trabalho para todos que
estão no meio da celulose.
ARTIGO
Por Miguel Luis Castro, Pinhalzinho (SC)
A pesquisa abre muitas portas para entendermos melhor e tomarmos
melhores decisões. São trabalhos assim que valorizam a universidade
no Brasil.
Imagem: reprodução Imagem: reprodução
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL.
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08
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N O V I D A D E S
Podcast REFERÊNCIA
Durante o mês de outubro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito importantes
para o desenvolvimento do segmento de base madeireira florestal. Os entrevistados desses episódios foram Martin
Kemmsies, americano radicado em Curitiba (PR), que é engenheiro florestal e consultor da indústria da madeira; e
Ricardo Rossini, presidente do Sindusmade/Floema, que lidera o programa Refloresta Alto Vale, o mesmo tem reconectado
produtores e indústrias processadoras do Estado de Santa Catarina. Os episódios tiveram o apoio da DRV Ferramentas
e Águia Máquinas, empresas paranaenses que atuam oferecendo soluções para o segmento de base florestal.
Martin está no Brasil há mais de duas décadas e desde sua chegada se estabeleceu como uma referência no processamento
de madeira e no período mais recente, construção com madeira. Martin explicou que um dos maiores
diferenciais sobre a madeira estruturada para a construção é que 1 m3 (metro cúbico) de madeira é diferente de 1 m 3
de madeira engenheirada. “É necessária uma série de testes, para qual carga a madeira está apta e como aplicar essa
madeira dentro da construção”, apontou Martin (foto ao lado).
Trazendo uma visão de mercado sobre o Brasil em relação
a construção com madeira Martin foi cauteloso e apontou que
ainda há uma série de paradigmas a serem quebrados nesse ramo,
pois há uma cultura de construção já estabelecida em relação a
madeira. “Há ainda uma visão de que a madeira queima fácil,
que terá cupim, que não é resistente, que carrega consigo uma
série de problemas que já tem soluções, mas que não são do
conhecimento do grande público e, por isso, tem um preconceito
que precisa ser derrubado”, alerta Martin.
Ricardo Rossini atua na indústria da madeira há muito tempo,
pois cresceu em meio ao negócio da família. A herança vem
desde a época que sua família ainda estava na Itália. “Tem muito
mais serragem do que sangue nas veias da família”, brincou Ricardo.
O empresário formado em administração de empresas e especialista
em comércio exterior levou sua expertise para o Sindimade/Floema
na busca por melhorar a produção da região alinhando
o direcionamento entre produção madeireira e processamento,
que tomou forma com o Refloresta Alto Vale. “Havia uma quebra
na comunicação entre produtores e indústria em nossa região e
por isso precisamos buscar o alinhamento entre as partes para
fomentar a economia da região”, explicou Ricardo.
Ricardo relatou que no momento há uma realidade de grande
complicação entre processos e demandas do setor de base florestal.
Ele citou como exemplo a dificuldade de exportação trazida
pelo pouco espaço nos portos nacionais para escoamento da produção.
“Temos como saída para os produtos feitos de madeira em
nossa região o porto de Itajaí, mas temos que encontrar janelas de
espaço para fazer isso, pois não é sempre que há opções fáceis”,
complementou Ricardo (foto ao lado).
Os episódios completos o Leitor
pode conferir no canal do youtube
da Revista REFERÊNCIA:
Fotos: REFERÊNCIA
10
N O V I D A D E S
Foto: ANDRITZ
Do Brasil para o mundo
O grupo sueco da indústria florestal Södra selecionou o grupo internacional de tecnologia
ANDRITZ para fornecer uma solução completa para a produção de lignina kraft em sua
fábrica de celulose em Mönsterås, Suécia. Este importante investimento marca a entrada
da Södra no mercado de lignina como parte de sua estratégia de aproveitar ao máximo a
madeira utilizada na produção de celulose. Esta será a primeira planta comercial de lignina
kraft na Suécia e a maior do mundo.
A lignina kraft é um subproduto da produção de celulose para papel. Hoje, ela é usada
em fábricas de celulose para gerar energia. No entanto, também pode ser usada como um
recurso renovável para substituir materiais de base fóssil na indústria química ou como base
para novos biocombustíveis.
“Este investimento significa muito para a Södra e para nossa fábrica de celulose kraft em
Mönsterås. Vamos aproveitar mais de cada árvore e fortalecer nossa lucratividade. Este é um
grande investimento para a Södra e para a transição verde”, orgulha-se Karin Dernegård,
gerente da fábrica da Södra Cell Mönsterås.
A ANDRITZ fornecerá um sistema para recuperar a lignina contida no licor negro do
processo de polpação, disponibilizando-a para a Södra como um produto comercializável.
O escopo do fornecimento também incluirá sistemas de suporte que melhoram o desempenho
ambiental da fábrica e garantem a total integração da recuperação de lignina nas
operações existentes.
12
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N O V I D A D E S
Foto: Happy Pak
Orgulho Nacional
A Happy Pak® inova mais uma vez ao lançar o primeiro copo 100% biodegradável e zero plástico
do Brasil. O produto é fabricado e projetado especificamente para sua produção em Caçador (SC).
Com um investimento de R$ 15 milhões, a nova fábrica é totalmente verticalizada, o que significa que
todas as etapas de produção ocorrem internamente, desde a criação do papel biodegradável, até a
montagem e personalização do copo. Esse processo garante rastreamento completo, maior eficiência,
agilidade na entrega e, sobretudo, menor impacto ambiental.
Atenta às demandas dos consumidores por soluções mais ecológicas, a Happy Pak® responde
com um produto que promete revolucionar o mercado de descartáveis, ao atender não apenas a uma
exigência crescente por responsabilidade ambiental, mas também ao público jovem, cada vez mais
consciente e engajado com questões de sustentabilidade.
“Nosso diferencial está no controle de todo o ciclo produtivo, minimizando o impacto ambiental.
Este é o único copo do mercado verdadeiramente livre de plástico. Cada etapa foi pensada para
entregar um produto inovador, que represente um consumo sustentável e consciente,” explica Paulo
Bonet, fundador e CEO da Happy Pak®. Ele ressalta ainda que o objetivo da empresa vai além de
oferecer um produto biodegradável: “Queremos ser protagonistas na transição para práticas empresariais
responsáveis e promover o uso sustentável”, exaltou Paulo.
O novo copo foi criado como uma alternativa real aos tradicionais copos de plástico descartáveis e
atende a uma ampla gama de setores, incluindo o corporativo, eventos, fast food, bebidas e franquias.
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N O V I D A D E S
Cuidado com o meio ambiente
Uma tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) adulta voltou ao seu habitat natural após 206 dias de
reabilitação no CRTM (Centro de Reabilitação de Tartarugas Marinhas), localizado no TMB (Terminal Marítimo
de Belmonte), no extremo sul da Bahia. Pesando 51,1 kg (quilograma) e equipada com anilhas e um microchip
de identificação, o animal foi solto na praia em frente ao terminal, reforçando o compromisso da Veracel
com a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção.
A tartaruga, resgatada pela equipe do Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas da Veracel na
Praia do Rio Preto, apresentava anemia severa e problemas de flutuabilidade, afetando sua capacidade de
nadar e mergulhar. Após o tratamento, esta é a quarta tartaruga reabilitada e devolvida ao oceano pela Veracel
em 2024. Atualmente, uma tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) também passa por tratamento no CRTM e
apresenta sinais promissores de recuperação.
“Cada animal que conseguimos cuidar e devolver à natureza é uma conquista enorme para nossa equipe e
um grande motivo de celebração. Devolver esses animais ao mar é contribuir ativamente para a recuperação
da vida marinha na nossa região, além de ser um símbolo do comprometimento da empresa com a proteção
da biodiversidade do Sul da Bahia”, destacou Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da Veracel.
Desde sua inauguração em agosto de 2023, o CRTM já tratou oito tartarugas, das quais quatro retornaram
saudáveis ao mar. O centro complementa o Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas da Veracel,
que há 19 anos acompanha a presença desses animais ao longo de mais de 35 km (quilômetros) de praias durante
a temporada reprodutiva, de setembro a abril. Na última temporada, o programa registrou o nascimento
de mais de 14 mil filhotes de tartarugas, reforçando o impacto positivo das ações de conservação na região.
Foto: divulgação
16
N O V I D A D E S
Maior e mais forte
Em 2023, o valor bruto da produção do setor de árvores cultivadas no Brasil atingiu R$ 202,6
bilhões, com crescimento anual composto de 3,2% na última década, segundo o Relatório Anual 2024
da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores). Além disso, a indústria de árvores para fins industriais ultrapassou
o setor de máquinas e equipamentos, conquistando a 5ª posição no ranking de participação no PIB
(produto interno bruto). Em termos de exportações, o setor florestal brasileiro teve um desempenho
robusto, alcançando US$ 12,7 bilhões — o segundo melhor resultado da última década, com um crescimento
anual de 4,5%. As exportações da cadeia produtiva responderam por 3,9% do total nacional,
demonstrando a competitividade do setor no cenário global.
No mesmo ano, o país exportou aproximadamente US$ 1,5 bilhão a mais em celulose do que os
EUA (Estados Unidos da América), segundo colocado. Os principais destinos foram Ásia, América do
Norte e Europa, com destaque para a China, que comprou 31% do total exportado, totalizando US$
4 bilhões e registrando aumento de 16% em relação ao ano anterior. As exportações para a Europa,
embora tenham caído 20% em relação a 2022, ainda somaram 20% do volume exportado.
Além da celulose, outros produtos como papel, embalagens e painéis fazem parte da pauta de
exportação do setor florestal, com reflexos positivos no saldo da balança comercial. Em 2014, esses
produtos representavam 0,7% das importações brasileiras, valor que diminuiu para 0,5% em 2023.
No entanto, em termos de produção nacional, os produtos de base florestal corresponderam a cerca
de 1% no mesmo ano. Com isso, a balança comercial do setor registrou um saldo positivo de US$ 11,6
bilhões em 2023, superando a média histórica e apresentando um CAGR de 6,3% nos últimos 10 anos.
Foto: divulgação
18
From jumbo to pallet
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N O V I D A D E S
Setor em dados
A Empapel (Associação Brasileira de Embalagens em Papel) acaba de lançar seu Anuário Estatístico 2024,
elaborado em parceria com o Ibre/FGV. O material traz os principais indicadores do setor de papelão ondulado
como produção anual, distribuição geográfica, faturamento, empregos diretos, exportação, entre outros
dados relevantes.
Em 2023, a expedição de papelão ondulado alcançou 4.043.813 toneladas, o segundo maior volume na
série histórica. Com o resultado, o país ultrapassou a Itália e se tornou o sexto maior produtor de papelão
ondulado do mundo.
O segmento de produtos alimentícios segue como o principal setor usuário de caixas e acessórios de papelão
ondulado, sendo responsável pelo uso de 48,91% do volume expedido em 2023. “O Anuário Estatístico
da Empapel é uma ferramenta consolidada e bastante tradicional no mercado. Para esta edição, além dos números
relativos a 2023, também trazemos no encerramento uma análise de 2024 e algumas perspectivas. São
números que demonstram a força das embalagens de papel e o momento aquecido deste mercado”, comenta
o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., presidente-executivo da Empapel.
20
A FACA
GIGANTE
DO AGRO
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
N O V I D A D E S
Além do esperado
A atividade industrial apresentou desempenho acima do comum em outubro, aponta a pesquisa
Sondagem Industrial, divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os indicadores ligados
à produção, ao mercado de trabalho e à UCI (Utilização da Capacidade Instalada) cresceram, demonstrando
que o setor segue aquecido.
O índice de evolução da produção industrial atingiu 53,7 pontos em outubro. Bem acima da linha
divisória de 50 pontos, o indicador mostra que os empresários percebem que a produção do setor
aumentou de forma intensa em relação a setembro. O ritmo de alta da produção no período superou
o usual, diz o levantamento.
Já o índice de evolução do número de empregados registrou 51,2 pontos em outubro. Desde julho,
o indicador supera os 50 pontos. Isso significa que os empresários apontam aumento da quantidade de
trabalhadores da indústria há quatro meses consecutivos. De acordo com a CNI, o número de empregados
normalmente cai nesse período do ano. O resultado atípico, portanto, reforça o bom momento
que o mercado de trabalho do setor passa.
Entre setembro e outubro, a UCI cresceu dois pontos percentuais, chegando aos 74%, patamar
superior à média histórica para o período, que é de 71%. Desde abril, o indicador se mantém acima
da média histórica mensal.
Ao contrário do que ocorreu nos cinco meses anteriores, em outubro o índice de evolução do nível
de estoques ultrapassou os 50 pontos. Já o indicador que mede o estoque efetivo em relação ao usual
fechou o mês em 49 pontos, abaixo do registrado em setembro. Pelo sexto mês consecutivo, os estoques
permanecem em nível inferior ao planejado pelos empresários. Para a CNI, esse é um sinal de
que a indústria tende a manter a produção nos próximos meses visando recompor os estoques.
Foto: divulgação
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N O V I D A D E S
Ainda mais forte
As exportações de celulose em Mato Grosso do Sul cresceram 11,4% em volume e
impressionantes 60,8% em faturamento nos primeiros dez meses de 2024, na comparação
com o mesmo período de 2023. A valorização do preço médio da celulose, que saltou de
US$ 354,9 para US$ 570,9 por tonelada, explica o aumento significativo na receita, de
acordo com dados da SEMADESC (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável).
Apesar da alta nos preços, o volume exportado pelo Estado recuou 3,7%, reflexo de um
desempenho menor em outros segmentos. No entanto, a ativação da fábrica da Suzano em
Ribas do Rio Pardo (MS), parte do Projeto Cerrado, ajudou a compensar. A unidade iniciou
suas operações em julho e contribuiu para que as exportações estaduais de celulose alcançassem
3,716 milhões de toneladas, contra 3,333 milhões no ano passado.
O faturamento das gigantes do setor, Suzano e Eldorado, subiu de US$ 1,183 bilhão para
US$ 2,121 bilhões no período, impulsionado também pela alta de 11% na cotação do dólar.
Com o início da produção na fábrica de Ribas do Rio Pardo, o município tornou-se o
sexto maior exportador de Mato Grosso do Sul. As exportações locais saltaram de 97,8 mil
toneladas nos primeiros dez meses de 2023 para 431 mil toneladas em 2024, um aumento
de 423%. Desde sua inauguração em julho, a unidade da Suzano tem produzido, em média,
90 mil toneladas de celulose por mês.
Foto: divulgação
24
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Desde 1979, a MSE Engenharia se destaca pela execução de
obras e projetos industriais de alta complexidade. Com uma
estrutura completa e um time multidisciplinar, oferecemos
soluções inovadoras em setores como papel e celulose,
farmacêutico, data centers, mineração, óleo e gás, químico,
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P R I N C I P A L
CONSTRUINDO
O FUTURO
EMPRESA CELEBRA 45 ANOS DE
PAIXÃO PELA ENGENHARIA
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No competitivo mercado de engenharia
industrial, manter-se relevante e
em crescimento contínuo ao longo
de 45 anos é um desafio que poucas
empresas conseguem superar. Esse
setor, caracterizado por inovações
constantes e exigências técnicas complexas, requer
especialização, capacidade de adaptação e a entrega
de resultados consistentes. Nesse cenário desafiador,
a MSE se destaca, celebrando sua trajetória de quatro
décadas e meia consolidando-se como referência
nacional na execução de grandes projetos.
Fundada em 1979, a MSE Engenharia construiu
uma sólida reputação ao longo dos anos, participando
de obras que a colocaram em evidência em diversos
setores, como papel e celulose, farmacêutico,
data centers, mineração, óleo e gás, químico, aeroportos,
alimentício, plástico e corporativo. O crescimento
da MSE foi impulsionado por investimentos
contínuos em qualificação técnica, tecnologia, estrutura
e inovação, garantindo a execução dos projetos
com excelência.
PESSOAS, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
A SERVIÇO DA ENGENHARIA
São as pessoas que fazem a verdadeira diferença
na MSE. Com mais de 3 mil funcionários, a MSE valoriza
o talento e a dedicação de cada colaborador,
Building the
Future
A COMPANY CELEBRATES 45 YEARS
OF PASSION FOR ENGINEERING
S
taying relevant and growing for 45 years in the
competitive Industrial Engineering market is a challenge
that few companies can meet. This Sector,
characterized by constant innovation and complex
technical requirements, demands specialization, adaptability,
and the delivery of consistent results. In this challenging
scenario, MSE Engenharia stands out, celebrating four and
a half decades of history and consolidating its position as a
national benchmark in the execution of major projects.
Founded in 1979, MSE has built a solid reputation over
the years, participating in projects that have distinguished it
in various sectors such as pulp and paper, pharmaceuticals,
data centers, mining, oil and gas, chemicals, airports, food,
plastics, and offices. MSE’s growth has been driven by continuous
investment in technical skills, technology, structure,
and innovation to ensure that projects are executed with
excellence.
26
27
P R I N C I P A L
que, junto às tecnologias mais avançadas do setor,
garante a excelência na execução de seus projetos.
A combinação entre conhecimento humano e inovação
tecnológica é o que torna a empresa uma referência
em engenharia.
Ferramentas como o BIM (Building Information
Modeling) e o PDMS (Plant Design Management
System) são essenciais para a compatibilização entre
diversas disciplinas em uma obra, como tubulações,
sistemas elétricos, automação e combate a incêndio.
Essas tecnologias permitem uma execução mais ágil
e precisa, minimizando erros e garantindo a integração
total das etapas do projeto. No entanto, são
as pessoas, com sua expertise e comprometimento,
que asseguram que cada projeto seja entregue com
precisão, eficiência e qualidade.
Dener Sugayama, diretor industrial da MSE, destaca
que a empresa está sempre atenta às demandas
dos clientes, o que garante maior assertividade
na entrega dos serviços. “Os clientes necessitam de
projetos com prazos reduzidos, excelente custo-benefício,
segurança no trabalho, cuidado com o meio
ambiente, gestão apurada e garantia de performance”,
aponta Dener.
PROJETOS E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
O grupo MSE também conta com a LMS, sua empresa
de projetos, que possui uma equipe multidis-
28
Sede industrial MSE Engenharia
PEOPLE, INNOVATION, AND TECHNOLOGY
AT THE SERVICE OF ENGINEERING
At MSE, it is the people who make the difference. With
more than three thousand employees, MSE values the talent
and dedication of each one of them, which, together with
the most advanced technologies in the Sector, guarantees
excellence in the execution of its projects. The combination
of human knowledge and technological innovation is what
makes the Company a benchmark in engineering.
Tools such as Building Information Modeling (BIM) and
the Plant Design Management System (PDMS) are essential
for the compatibility of different disciplines on a construction
site, such as piping, electrical systems, automation, and firefighting.
These technologies allow for more agile and accurate
execution, minimizing errors and ensuring total integration of
project phases. However, it is the people, with their expertise
and dedication, who ensure that each project is delivered
with precision, efficiency, and quality.
Dener Icky Sugayama,
diretor da MSE Engenharia
Wesley Brito, diretor de Engenharia e
Bárbara Voltarelli, gerente de Engenharia
ciplinar composta por 50 engenheiros e arquitetos.
Esses profissionais atuam, tanto para o grupo, quanto
para clientes externos, como ressalta Wesley Brito,
Diretor de Engenharia. “Contar com essa equipe
multidisciplinar nos proporciona a agilidade e o controle
necessários para entregar projetos com maior
precisão”, destaca Wesley.
PRÉ-FABRICAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO
No parque industrial da MSE ocorre a pré-fabricação
e industrialização de spools, pipe racks “recheados”
com tubulações, leitos e eletrocalhas, que
podem ser fabricados em aço inox, carbono, PRFV
ou PEAD. A estrutura também é utilizada para a fabricação
de sistemas de combate a incêndio, skids
de bombeamento e preparo de tubulações com ranhuras,
além de jateamento e pintura em um sistema
Dener Sugayama, MSE’s Industrial Director, points out
that the Company is always attentive to customer requirements,
which ensures greater assertiveness in the delivery
of services. “Customers need projects with short deadlines,
excellent value for money, safety at work, respect for the environment,
accurate management, and guaranteed performance,”
says Sugayama.
PROJECTS AND MULTIDISCIPLINARY TEAM
The MSE Group also has LMS, its design company, which
has a multidisciplinary team of 50 Engineers and Architects.
These professionals work both for the group and for exter-
29
P R I N C I P A L
nal clients, points out Wesley de Brito, Engineering Director.
“Having this multidisciplinary team gives us the agility and
control we need to carry out projects with greater precision,”
says Brito.
semiautomático, que proporciona ganhos elevados
em produtividade e qualidade.
A MSE aplica processos estratégicos de industrialização,
como a fabricação de spools, pipe racks e
sistemas completos, assegurando alta produtividade
e padrões elevados de qualidade. A empresa conta
com uma estrutura robusta que inclui um parque
industrial e escritórios, somando mais de 30 mil m 2
(metros quadrados).
O CEO da MSE, Rafael Spagnuolo, explica que a
empresa se modernizou e se antecipou às necessidades
do mercado, buscando novas soluções para
o segmento de engenharia. “Enquanto a construção
civil avança, antecipamos a fabricação e a pré-montagem
de tudo o que é possível, garantindo prazos
de entrega reduzidos. A industrialização e padronização
dos processos também garantem a redução de
custos com o aumento da qualidade e da segurança,
cumprindo o compromisso de entrega da MSE”,
orgulha-se Rafael.
INFRAESTRUTURA E EFICIÊNCIA
OPERACIONAL
Com uma frota completa de guindastes e equipamentos
de grande porte, a MSE garante que todos
os processos logísticos e de movimentação de
materiais sejam realizados com precisão e segurança.
Esse controle rigoroso reduz a mobilização nas obras
e aumenta a agilidade na entrega dos projetos, impactando
positivamente, tanto a qualidade, quanto o
cumprimento dos prazos.
PREFABRICATION AND INDUSTRIALIZATION
MSE’s industrial park pre-manufactures and industrializes
spools, pipe racks “stuffed” with pipes, cable beds, and
trays, which can be made of stainless steel, carbon steel,
Fiberglass Reinforced Plastic (RGRP), or High-Density Polyethylene
(HDPE). The structure is also used for the production
of firefighting systems, pumping skids, and the preparation
of pipes with grooves, as well as blasting and painting in a
semi-automatic system, which allows high gains in productivity
and quality.
MSE applies strategic industrialization processes, such as
the production of spools, pipe racks, and complete systems,
to ensure high productivity and quality standards. The Company
has a solid structure that includes an industrial park
and offices with a total area of more than 30 thousand m 2 .
MSE’s CEO, Rafael Spagnuolo, explains that the Company
has modernized and anticipated the needs of the market,
seeking new solutions for the engineering segment. “As
construction progresses, we anticipate the manufacture and
pre-assembly of everything possible, guaranteeing short delivery
times. The industrialization and standardization of processes
also guarantee a reduction in costs with an increase
in quality and safety, fulfilling MSE’s delivery commitment,”
says Spagnuolo proudly.
Luiz Moacyr Spagnuolo, fundador da MSE
Engenharia, ao lado de seu filho Rafael
Spagnuolo, atual CEO da empresa
30
Para atender a projetos de grande porte, a MSE
dispõe de uma ampla gama de equipamentos, incluindo
cinco guindastes de alta capacidade (220,
130, 80, 75 e 60 toneladas), além de uma frota própria
de caminhões, carretas e maquinário especializado.
GRANDES OBRAS
Segundo Wellingthon Silva, Diretor de Engenharia,
essa abordagem garantiu uma logística ágil e o
rigoroso cumprimento dos prazos, reafirmando o
compromisso da MSE com a excelência e a inovação,
sempre superando as expectativas dos clientes. “Participar
da construção de uma das maiores fábricas de
papel e celulose do mundo foi um grande desafio,
vencido com muito planejamento e graças à otimização
de etapas cruciais, como a pré-fabricação e a
pré-montagem”, valoriza Wellingthon.
VISÃO PARA O FUTURO
Em seu XLV aniversário, a MSE Engenharia olha
para o futuro com entusiasmo e comprometimento.
A história da MSE é marcada pela determinação, excelência
e visão de futuro. Ao longo de 45 anos, a
empresa não apenas cresceu em tamanho, mas também
em reputação, tornando-se uma referência no
setor de soluções completas em engenharia industrial.
Com olhos voltados para o futuro, a MSE Engenharia
segue comprometida em entregar soluções de
alta qualidade para seus clientes, contribuindo para
o desenvolvimento industrial do Brasil.
Equipe MSE Engenharia
Wellingthon Silva,
Diretor de Engenharia
INFRASTRUCTURE AND OPERATIONAL
EFFICIENCY
With a complete fleet of cranes and heavy equipment,
MSE ensures that all logistics and material handling processes
are carried out with precision and safety. This rigorous
control reduces site mobilization and increases the speed
with which projects are delivered, which has a positive impact
on both quality and timeliness.
To handle large projects, MSE has a wide range of equipment,
including five high-capacity cranes (220, 130, 80,
75, and 60 tons), as well as its fleet of trucks, trailers, and
specialized machinery.
MAJOR PROJECTS
According to Wellingthon Silva, Engineering Director,
this approach ensured agile logistics and strict adherence to
deadlines, reaffirming MSE’s commitment to excellence and
innovation, always exceeding customer expectations. “Participating
in the construction of one of the world’s largest pulp
and paper mills was a major challenge that was met with a
great deal of planning and by optimizing key stages such as
prefabrication and pre-assembly,” says Silva.
VISION FOR THE FUTURE
As it celebrates its 45 th year, MSE Engenharia looks to
the future with enthusiasm and commitment. MSE’s history
is one of determination, excellence, and a vision for the future.
For 45 years, the Company has grown not only in size
but also in reputation, becoming a benchmark in the field
of complete industrial engineering solutions. Looking to the
future, MSE Engenharia remains committed to providing
high-quality solutions to its clients and contributing to the
industrial development of Brazil.
31
A V A N Ç O S E T E C N O L O G I A
Solução
versátil
Amatéria-prima mais abundante do mundo vem abrindo cada vez
mais seu leque de possibilidades de uso. Partindo de usos comuns
até a nanotecnologia, a celulose vem sendo utilizada para expandir
possibilidades tecnológicas. Nos EUA (Estados Unidos da América), a
Universidade de Penn State apresentou um estudo onde a celulose é
utilizada como uma célula-tronco vegetal, podendo ser transformada
em outras células e a Universidade de Milão apresentou estudos sobre a possibilidade
de utilizar celulose para substituir plástico e derivados de petróleo. Confira:
Versatile solution
T
he world’s most abundant raw material continues to expand its range of applications.
From everyday uses to nanotechnology, cellulose is being used to expand technological
possibilities. In the United States, Penn State University presented a study using cellulose
as a plant stem cell that can be transformed into other cells. In Italy, the University
of Milan presented studies on the possibility of using cellulose to replace plastic and oil derivatives.
Check it out:
32
Transformação celular
Um novo método desenvolvido por biólogos
da Penn State permite-lhes transformar células
vegetais despojadas em outros tipos de células,
semelhante à forma como as células-tronco se
diferenciam em diversos tipos de células. Usando
este método, a equipe de pesquisa explorou os
padrões de faixas que aumentam a estabilidade
das paredes das células vegetais – muito parecidos
com os padrões ondulados do papelão – e como
eles são criados. Além disso, os pesquisadores revelaram
como a montagem dessas estruturas pode
se desviar em diferentes células vegetais mutantes,
o que, segundo eles, poderia, em última análise,
informar métodos para decompor células vegetais
para biocombustíveis.
A celulose, um componente estrutural das
paredes celulares das plantas, é uma fonte
abundante e promissora de biocombustíveis. No
entanto, técnicas comuns para extrair celulose das
paredes celulares, que envolvem a remoção de
outras grandes moléculas emaranhadas chamadas
polímeros, requerem solventes químicos, enzimas
e reações a altas temperaturas, o que acrescenta
custo e complexidade ao processo. Melhorar a
compreensão de como as paredes celulares são
construídas poderia iluminar formas novas e mais
econômicas de extrair celulose, segundo os pesquisadores.
“Nos últimos anos, os pesquisadores
exploraram uma variedade de maneiras de melhorar
potencialmente a eficiência do processo de
extração de celulose, por exemplo, manipulando
outros polímeros na parede celular que podem
atrapalhar, como xilana e lignina”, alertou Sarah
Pfaff, bolsista de pós-doutorado na Penn State
Eberly College of Science.
As estruturas únicas formadas pelas células do
elemento traqueal do xilema muitas vezes não
conseguem se desenvolver adequadamente nessas
plantas mutantes, o que causa o colapso das
células e, em última análise, reduz o crescimento
da planta e a quantidade de celulose extraível.
Neste estudo, foram exploradas como essas células
únicas e as paredes celulares são montadas em
células vegetais saudáveis e também como esse
processo dá errado em mutantes.
Cell transformation
A new method developed by Penn State biologists allows
them to transform separated plant cells into other cell
types, such as the way stem cells differentiate into different
cell types. Using this method, the research team studied
the banding patterns that increase the stability of plant cell
walls - like the corrugated patterns of cardboard - and how
they are formed. In addition, the scientists showed how the
assembly of these structures can vary in different mutant plant
cells, which they believe could ultimately inform methods for
breaking down plant cells for biofuels.
Cellulose, a structural component of plant cell walls, is an
abundant and promising source of biofuels. However, current
techniques for extracting cellulose from cell walls, which
remove other large, entangled molecules called polymers,
require chemical solvents, enzymes, and high-temperature
reactions, adding cost and complexity to the process. A better
understanding of how cell walls are built could shed light on
new and more economical ways to extract cellulose, the scientists
said. “In recent years, scientists have explored a variety
of ways to potentially improve the efficiency of the cellulose
extraction process, such as manipulating other polymers in
the cell wall that can get in the way, such as xylan and lignin,”
cautioned Sarah Pfaff, a postdoctoral fellow in Penn State’s
Eberly Faculty of Science.
The unique structures formed by the cells of the xylem tracheary
element often fail to develop properly in these mutant
plants, causing the cells to collapse and ultimately reducing
plant growth and the amount of extractable cellulose. In this
study, we investigated how these single-cell walls are assembled
in healthy plant cells and how this process goes wrong in
mutants.
Foto: Sarah Pfaff/Cosgrove Lab
33
A V A N Ç O S E T E C N O L O G I A
No lugar do plástico
Um estudo recente teve como objetivo criar papel
hidrofóbico explorando as propriedades mecânicas e
a resistência à água das nanofibras de celulose, e assim
produzir um material sustentável e de alto desempenho
adequado para embalagens e dispositivos biomédicos.
Isto envolveu uma abordagem supramolecular,
ou seja, combinando cadeias curtas de proteínas
(sequências peptídicas) que não modificam quimicamente
as nanofibras de celulose. O papel hidrofóbico
sustentável poderá um dia substituir os produtos relacionados
ao petróleo.
O estudo é intitulado Automontagem de peptídeo
curto de nanocelulose para melhor resistência mecânica
e desempenho de barreira e foi capa do Journal
of Materials Chemistry B. O trabalho foi realizado por
pesquisadores do Departamento de Giulio Natta de
Química, Materiais e Engenharia Química no Politecnico
di Milano, em colaboração com a Universidade
Aalto, o VTT-Technical Research Centre na Finlândia e
o Instituto SCITEC do CNR.
As nanofibras de celulose são fibras naturais derivadas
da celulose – uma fonte renovável e biodegradável
– e são conhecidas por sua resistência e versatilidade.
No estudo, os pesquisadores do SupraBioNanoLab do
Departamento Giulio Natta do Politecnico di Milano
mostraram como é possível melhorar significativamente
as propriedades das nanofibras de celulose
sem modificá-las quimicamente, adicionando em vez
disso pequenas proteínas conhecidas como peptídeos.
“Nessa abordagem supramolecular envolveu a adição
de pequenas sequências de peptídeos, que se ligam
às nanofibras e assim melhoram seu desempenho
mecânico e resistência à água”, apontou Elisa Marelli,
coautora do estudo, explicando a metodologia. “Os
resultados do estudo mostraram que mesmo quantidades
mínimas de peptídeos (menos de 0,1%) podem
aumentar significativamente as propriedades mecânicas
dos materiais híbridos produzidos, conferindo-
-lhes maior resistência ao estresse”, complementou a
pesquisadora.
Finalmente, os pesquisadores avaliaram o impacto
da adição de átomos de flúor às sequências peptídicas.
Isso possibilitou a criação de um filme hidrofóbico
estruturado sobre o material, proporcionando ainda
maior resistência à água e preservando suas características
biocompatíveis e sustentáveis.
Instead of plastic
A recent study aimed to create a hydrophobic paper by exploiting
the mechanical properties and water resistance of cellulose
nanofibers to produce a sustainable, high-performance material
suitable for packaging and biomedical devices. A supramolecular
approach was used, combining short protein chains (peptide
sequences) that do not chemically modify the cellulose nanofibers.
Sustainable hydrophobic paper could one day replace petroleumbased
products.
The study, entitled “Short Peptide Self-assembly of nanocellulose
for Improved Mechanical Strength and Barrier Performance,” was
featured on the cover of the Journal of Materials Chemistry B. The
work was carried out by researchers from the Giulio Natta Department
of Chemistry, Materials, and Chemical Engineering at Politecnico
di Milano in collaboration with Aalto University, the VTT Technical
Research Centre of Finland, and the Scitec Institute of the CNR.
Cellulose nanofibers are natural fibers derived from cellulose -
a renewable and biodegradable source - and are known for their
strength and versatility. In the study, scientists from the SupraBioNanoLab
at the Giulio Natta Department of Politecnico di Milano
showed how it is possible to significantly improve the properties of
cellulose nanofibers without chemically modifying them by instead
adding small proteins known as peptides. “This supramolecular approach
involved the addition of small peptide sequences that bind
to the nanofibers, improving their mechanical performance and water
resistance,” said Elisa Marelli, co-author of the study, explaining
the methodology. “The results of the study showed that even minimal
amounts of peptides (less than 0.1%) can significantly increase
the mechanical properties of the hybrid materials produced, making
them more resistant to stress,” she added.
Finally, the scientists evaluated the effect of adding fluorine
atoms to the peptide sequences. This made it possible to create a
structured hydrophobic film on the material, giving it even greater
resistance to water and preserving its biocompatible and sustainable
properties.
Foto: Journal of Materials Chemistry B
34
I N V E S T I M E N T O
LOGÍSTICA
OTIMIZADA
INVESTIMENTO EM PORTOS É CHAVE
PARA LEVAR A PRODUÇÃO BRASILEIRA
DE CELULOSE PARA O MUNDO
36
Optimized Logistics
PORT INVESTMENTS KEY TO TAKING BRAZILIAN PULP
PRODUCTION TO THE WORLD
Foto: divulgação
37
I N V E S T I M E N T O
ASuzano inaugurou as obras de ampliação
e modernização de dois terminais
portuários em operação no Porto de
Santos. A cerimônia oficial contou
com a presença de representantes dos
governos federal, estadual e municipal,
além de autoridades locais e executivos e
executivas da Suzano.
Os investimentos no T32 e no DP World, terminais
a partir dos quais a Suzano exporta celulose,
visam atender a demanda gerada com o início das
operações da nova unidade, em Ribas do Rio Pardo
(MS), ocorrido no dia 21 de julho. Com capacidade
produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose
anuais, a fábrica é a maior linha única de produção
de celulose do mundo.
Somente em logística e escoamento da produção
de celulose foram investidos aproximadamente R$
1,2 bilhão, dos quais R$ 443 milhões nos dois terminais
portuários em Santos (SP). Além de aumentar
a eficiência e a segurança nas operações, o investimento
possibilitou o aumento da capacidade média
de movimentação de carga anual do complexo em
43,48%, passando de 4,6 milhões de toneladas
para 6,6 milhões de toneladas anuais de celulose.
A capacidade estática do complexo também foi incrementada
em cerca de 42%, saltando de 162 mil
toneladas para 230 mil toneladas aproximadamente.
No terminal T32, as obras contemplaram a
ampliação do armazém de celulose de 21 mil m²
(metros quadrados) para 28 mil m² de área construída
e a modernização em todos os processos,
incluindo a implantação de dois Pórticos Rolantes,
S
uzano inaugurated the expansion and
modernization of two operating port
terminals at the Port of Santos. The
official ceremony was attended by
representatives of the Federal, State,
and Municipal governments, as well as other local
authorities and Suzano executives.
The investments in T32 and DP World, the terminals
from which Suzano exports pulp, are aimed
at meeting the demand generated by the inauguration
of the new mill in Ribas do Rio Pardo (MS) on
July 21. With a production capacity of 2.55 million
tons of pulp per year, the mill is the largest single
pulp production line in the world.
Approximately R$ 1.2 billion was invested in
the logistics and flow of pulp production alone, of
which R$ 443 million was invested in the two port
terminals in Santos (SP). In addition to improving
the efficiency and safety of operations, the investment
has allowed the complex to increase its
average annual handling capacity by 43.48%, from
4.6 million tons to 6.6 million tons of pulp per year.
The static capacity of the complex was also increased
by approximately 42%, from 162 thousand tons
to approximately 230 thousand tons.
At Terminal T32, the work included the expansion
of the pulp warehouse from 21 thousand
sq. ft. to 28 thousand sq. ft. of built area and
the modernization of all processes, including the
installation of two rolling gantries, rail-mounted
lifting equipment with a capacity of up to 48 tons
each, and four new rail sidings, each 300 m long.
The new equipment allows up to 44 railcars to be
Foto: Eduardo Oliveira
38
Foto: Eduardo Oliveira
Foto: Eduardo Oliveira
equipamentos de elevação instalados sobre trilhos
que permitem a movimentação de até 48 toneladas
cada um, e de quatro novos ramais ferroviários
de 300m (metros) de cumprimento cada linha. Os
novos equipamentos possibilitam o descarregamento
ferroviário de até 44 vagões simultaneamente.
O terminal portuário é operado em parceria com a
Portocel desde o início do ano.
Já no terminal DP World, construído pela Suzano
e operado pela empresa DP World Santos,
a companhia investiu na ampliação do armazém
de 36.000 m² para 51.000 m² de área construída,
ampliando em quase 40% a capacidade estática de
armazenamento, podendo chegar a 160 mil toneladas,
e a capacidade de movimentação de carga
anual de 3,6 milhões para 5 milhões de toneladas.
As obras ainda contemplaram a instalação de mais
duas pontes rolantes, com capacidade de 40 toneladas
cada uma. As obras nos terminais portuários
foram iniciadas em fevereiro de 2022 e chegaram a
gerar cerca de 600 empregos diretos. Como parte
do projeto, também foram executadas a ampliação
e modernização da sala de controle e de prédios
administrativos.
unloaded simultaneously. The port terminal has
been operated in partnership with Portocel since
the beginning of the year.
At the DP World terminal built by Suzano
and operated by DP World Santos, the Company
invested in the expansion of the warehouse from
36 thousand m² to 51 thousand m², increasing the
static storage capacity by almost 40%, which could
reach 160 thousand tons and the annual cargo
handling capacity from 3.6 million to 5 million
tons. The work also included the installation of
two additional cranes, each with a capacity of 40
tons. Work on the port terminals began in February
2022, creating approximately 600 direct jobs. As
part of the project, the control room and administrative
buildings were also expanded and modernized.
Rail transport
Outside the Port of Santos, investments included
the construction of an intermodal terminal in
Inocência (MS) and the acquisition of 18 locomotives
and 498 rail cars. In total, Suzano’s investments
in logistics amounted to R$ 1.2 billion. The Cerrado
project had a total investment of R$ 22 billion.
In order to make its operations even more
sustainable, Suzano’s investments in logistics for
the transportation of its production included the
construction of a new intermodal terminal in the
municipality of Inocência (MS). The terminal, which
is already in operation, was built on the MS-240
highway and has an area of 24 thousand m2 and
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Para além do porto de Santos, os aportes compreenderam
a construção de um Terminal Intermodal
em Inocência (MS) e a aquisição de 18 locomotivas
e 498 vagões. Ao todo, os investimentos
da Suzano em logística somaram R$ 1,2 bilhão. O
Projeto Cerrado teve um investimento total de R$
22 bilhões.
Visando tornar as operações ainda mais sustentáveis,
os investimentos da Suzano em logística de
escoamento da produção contemplaram também
a implantação de um novo terminal intermodal no
Foto: Eduardo Oliveira
39
I N V E S T I M E N T O
Foto: Eduardo Oliveira
município de Inocência (MS). O terminal, já em
operação, foi implantado às margens da MS-240 e
conta com uma área construída de 24,2 mil m² e
8,8 mil metros de linha férrea interna e externa, que
inclui ramais para vagões em reserva, e duas peras
ferroviárias para manobras. Com o novo terminal
intermodal, a produção da nova fábrica da Suzano é
escoada por meio de transporte rodoviário de Ribas
do Rio Pardo até Inocência, de onde segue por meio
de transporte ferroviário até os terminais portuários
da empresa pela Malha Norte.
Leonardo Grimaldi, Vice-Presidente Executivo
Comercial e de Logística da Suzano, comenta que
com os investimentos nos terminais portuários e
intermodal, reforçamos nosso compromisso com
soluções logísticas mais sustentáveis e eficientes. O
uso da ferrovia, que conecta nossa produção aos
terminais portuários, representa um avanço significativo
na nossa estratégia de reduzir as emissões e
otimizar o escoamento, beneficiando o meio ambiente
e nossos processos operacionais. “A Suzano
já é referência em nível de serviço prestado a nossos
clientes globais, e a nova operação trará ainda mais
eficiência e robustez para nossos sistemas integrados
de gestão de cadeias de suprimento até os armazéns
dos nossos clientes”, exalta Leonardo.
A nova fábrica da Suzano em Mato Grosso do
Sul contou com um investimento total de R$ 22,2
bilhões – um dos maiores investimentos privados
do país nos últimos anos – e irá ampliar a produção
anual de celulose da companhia em mais de 20%.
Cerca de 90% da produção de celulose da companhia
é destinada ao mercado exterior e abastece
mais de 100 países em todos os continentes.
A Suzano já é referência
em nível de serviço prestado
a nossos clientes globais, e
a nova operação trará ainda
mais eficiência e robustez para
nossos sistemas integrados
de gestão de cadeias de
suprimento até os armazéns
dos nossos clientes
Leonardo Grimaldi, Vice-Presidente
Executivo Comercial e de Logística
da Suzano
88 meters of internal and external rail tracks, including
sidings for reserve wagons and two rail yards.
With the new intermodal terminal, production from
Suzano’s new plant is transported by road from
Ribas do Rio Pardo to Inocência and from there by
rail to the Company’s port terminals via the Malha
Norte.
Leonardo Grimaldi, Executive Vice-President for
Sales and Logistics for Suzano, says that with the
investments in the port and intermodal terminals,
we are reinforcing our commitment to more sustainable
and efficient logistics solutions. The use of
rail to connect our production to the port terminals
represents a significant step forward in our strategy
to reduce emissions and optimize transportation,
benefiting the environment and our operational
processes. “Suzano is already a benchmark in the
level of service we provide to our global customers,
and the new operation brings even greater
efficiency and robustness to our integrated supply
chain management systems all the way to our customers’
warehouses,” says Grimaldi.
Suzano’s new mill in Mato Grosso do Sul represents
a total investment of R$ 22.2 billion - one of
the largest private investments in the Country in
recent years - and increases the Company’s annual
pulp production by more than 20%. Approximately
90% of the Company’s pulp production is exported
to more than 100 countries on all continents.
40
or
A EMPRESA QUE
PROPÕE SOLUÇÕES
R E C O N H E C I M E N T O
MERCADO
QUE
VALORIZA
INDÚSTRIA DE
CELULOSE É PREMIADA
NA SUSTENTABILIDADE
EM FOCO
Fotos: divulgação
42
Como reforço do seu comprometimento
crescente com o
pilar da sustentabilidade, a
empresa recebeu o Prêmio Expressão
de Ecologia pelo seu
Compromisso Um-Para-Um,
iniciativa inédita no setor de celulose que
estabelece a conservação de um hectare de
mata nativa para cada um hectare de eucalipto
plantado. A premiação, promovida
pela Editora Expressão, é a mais antiga do
Brasil no segmento ambiental, com reconhecimento
do Ministério do Meio Ambiente.
Neste ano, o prêmio, que anteriormente
abrangia apenas as cidades do sul do Brasil,
foi estendido para São Paulo, permitindo
que a Bracell participasse e fosse premiada
pela primeira vez. O projeto da companhia
foi selecionado entre mais de 100 iniciativas
ambientais dos estados de São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A
cerimônia de entrega do Troféu Onda Verde
ocorreu no Costão do Santinho Resort, em
Florianópolis (SC), e contou com a presença
de diversas lideranças empresariais e especialistas
do setor ambiental.
Marcio Nappo, vice-presidente de Sustentabilidade
e Comunicação Corporativa da
Bracell, explica que o Compromisso Um-
-Para-Um é uma importante iniciativa dentro
da estratégia de sustentabilidade da Bracell
e está alinhado com os valores fundamentais
da companhia. “Esse importante reconhecimento
só ressalta nossa dedicação com a
preservação ambiental e o uso responsável
dos recursos naturais”, afirma Marcio.
Em julho deste ano, a Bracell ampliou a
área preservada pelo Compromisso Um-Para-Um
ao assinar um acordo com o governo
do Mato Grosso do Sul, comprometendo-se
a apoiar a conservação e proteção da biodiversidade
em mais de 118 mil ha (hectares)
do Estado, incluindo áreas na região do Pantanal.
Este passo está alinhado com o Bracell
2030, agenda de sustentabilidade lançada
pela empresa em 2023, que estabelece metas
ambiciosas para a conservação ambiental
e a mitigação das mudanças climáticas. Até
A Market that
Increases in Value
THE PULP INDUSTRY IS RECOGNIZED
FOR ITS FOCUS ON SUSTAINABILITY
R
einforcing its growing commitment
to the sustainability pillar, a company
received the Expression Ecology
Award for its One-for-One Commitment
(Compromisso Um-Para-Um),
an unprecedented initiative in the Pulp Sector that
establishes the conservation of one hectare of native
forest for every hectare of eucalyptus planted. This
award, sponsored by Editora Expressão, is the oldest
environmental award in Brazil and is recognized by
the Ministry of the Environment.
This year, the Award, which previously only
included cities in the south of Brazil, was extended
to São Paulo, allowing Bracell to participate and
receive an award for the first time. The Company’s
project was selected among more than 100 environmental
initiatives from the States of São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, and Rio Grande do Sul. The
Green Wave Trophy award ceremony was held at
the Costão do Santinho Resort in Florianópolis (SC)
43
R E C O N H E C I M E N T O
o final de 2023, a companhia já havia atingido
92% da meta estabelecida para o Compromisso
Um-Para-Um – o objetivo é que,
até 2025, a meta seja atingida 100%.
Essa expansão reforçou a atuação da Bracell
na conservação da biodiversidade para
além da área de produção e está totalmente
integrada com a visão mais ampla do Bracell
2030. “Continuaremos a investir em iniciativas
que reafirmam nosso compromisso com
a sustentabilidade e a conservação ambiental,
promovendo o equilíbrio entre nossas
operações e a preservação dos recursos naturais.
Nosso objetivo é contribuir para um
futuro mais sustentável e equilibrado para as
próximas gerações”, conclui Marcio.
and was attended by business leaders and environmentalists.
Marcio Nappo, Vice President of Sustainability
and Corporate Communication at Bracell, explains
that the One-for-One Commitment is an important
initiative within Bracell’s sustainability strategy and
is in line with the Company’s core values. “This
important recognition underlines our commitment
to environmental protection and the responsible use
of natural resources,” says Nappo.
In July this year, Bracell expanded the area
protected by the One-for-One Commitment by
signing an agreement with the Mato Grosso do Sul
Government, committing to support the conservation
and protection of biodiversity in more than 118
thousand hectares of the State, including areas in
the Pantanal region. This step is in line with Bracell
2030, the Company’s sustainability agenda for
2023, which sets ambitious targets for environmental
protection and climate change mitigation. By the
end of 2023, the Company had already achieved
92% of the One-for-One Commitment target, with
the aim of reaching 100% by 2025.
This expansion has strengthened Bracell’s role
in biodiversity conservation beyond the production
area and is fully integrated into the broader vision
of Bracell 2030. “We will continue to invest in
initiatives that reaffirm our commitment to sustainability
and environmental protection, promoting a
balance between our activities and the conservation
of natural resources. Our goal is to contribute to
a more sustainable and balanced future for future
generations,” concludes Nappo.
44
P R Ê M I O
CONHEÇA OS
VENCEDORES DA EDIÇÃO
DESTE ANO DO MAIS
TRADICIONAL PRÊMIO DO
SETOR DE BASE FLORESTAL
No dia 2 de dezembro a indústria
de base florestal brasileira estará
em festa, pois neste dia acontece
a cerimônia do Prêmio REFE-
RÊNCIA Melhores do Ano. O tradicional
evento que chega a sua
vigésima primeira edição é organizado e realizado
pela JOTA Editora, que celebra 25 anos
de história em 2024 e é responsável pela publicação
das revistas REFERÊNCIA CELULOSE &
PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA
, REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL, REFE-
RÊNCIA BIOMAIS e REFERÊNCIA FLORESTAL.
46
Nesta edição, o evento conta com o apoio
de: ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente), ACI-
DERJ (Associação do Comércio e Indústria de
Madeiras e Derivados do Estado do Rio de Janeiro),
AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras
de Madeiras do Estado do Pará), CIPEM
(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras
de Madeira do Estado de Mato Grosso),
CPM, DRV, Envimat, Himev, Montana Química,
MSM Química e Rottteng.
A abertura do Prêmio REFERÊNCIA 2024
contará com um podcast ao vivo sobre tecnologia
na floresta plantada e nativa. Os dois
convidados já estão confirmados, Deryck Pantoja
Martins, diretor técnico da AIMEX, e Ednei
Blasius, presidente do CIPEM. A tecnologia já é
uma realidade nas florestas brasileiras, portanto
discutir e fomentar o aumento de sua utilização
dará muito mais segurança para os produtores,
como aponta Fábio Machado, diretor comercial
da Revista REFERÊNCIA. “Vamos trazer especialistas
e informações da mais alta relevância
para o público e fazer um episódio muito especial
do nosso podcast, que tem sido sucesso de
audiência desde o seu lançamento, mostrando
muitas facetas do universo encontradas na indústria
de base florestal”, exalta Fábio.
AMIF
A AMIF (Associação Mineira de Indústria Florestal) é uma das mais tradicionais associações de empresas
do país e em 2024 conseguiu selar um acordo com o ministério público de Minas Gerais, que
facilitou e abriu portas para os investimentos em florestas plantadas no Estado. Por lutar com tanto empenho
e fortalecer um Estado que já é tão pujante no segmento de base florestal, a AMIF é uma das
vencedoras do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano.
FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS
A Francio Soluções Florestais se destaca pela excelência em manejo sustentável e inovação, especialmente
no preparo e cuidado do solo. Sua dedicação à eficiência e qualidade foi fundamental para
transformar desafios em oportunidades de crescimento. Parabéns à Francio por ser precursor em um
caminho rumo a um futuro mais produtivo e sustentável. Como reconhecimento do trabalho, a empresa
será agraciada com o Prêmio REFERÊNCIA 2024.
HAPPY PAK®
Inovar é a chave para o desenvolvimento do setor de celulose e papel e a Happy Pak@ vem de encontro
a essa demanda de forma singular. A empresa do Grupo Bonet lançou em 2024 o copo 100%
livre de plásticos na composição, utilizando de técnicas únicas para gerar um produto sustentável do
início ao fim de seu processo, desde o plantio da matéria-prima, até o descarte. Pensar em sustentabilidade
aliada a economia faz com que a natureza agradeça e o mundo REFERÊNCIA também.
INEXPORT MADEIRAS
A Inexport Madeiras se destaca como uma referência no mercado pela excelência logística e forte
atuação no comércio internacional. Com uma operação ágil e eficiente, a empresa conecta a madeira
brasileira a mercados globais, garantindo qualidade e sustentabilidade em cada entrega. Seu compromisso
em representar com orgulho a madeira nacional no exterior fortalece a imagem do Brasil mundo
afora. Por esses motivos, a empresa é merecidamente agraciada com o Prêmio REFERÊNCIA.
47
P R Ê M I O
JULITAGO BIOENERGIA
A Julitago é reconhecida por sua contribuição ao mercado de energias renováveis, fornecendo biomassa
de alta qualidade para soluções energéticas sustentáveis. Seu compromisso com a inovação e
a eficiência energética ajuda a reduzir a dependência de fontes fósseis e a promover um futuro mais
limpo. A empresa se destaca por integrar sustentabilidade e desenvolvimento econômico, fortalecendo
a cadeia de valor da biomassa. Esse trabalho exemplar faz da Julitago uma justa vencedora do Prêmio
REFERÊNCIA Melhores do Ano.
NOAH | WOOD BUILDING DESIGN
A Noah é premiada no Prêmio REFERÊNCIA 2024 por sua atuação de vanguarda na construção
com madeira, promovendo soluções arquitetônicas sustentáveis e inovadoras. Ao utilizar madeira engenheirada,
a empresa alia estética, funcionalidade e baixo impacto ambiental, contribuindo para a
redução de emissões de carbono no planeta. Seu trabalho destaca a versatilidade e eficiência da madeira
como material de construção para o futuro.
REFLORESTA ALTO VALE
Uma floresta não se faz com apenas uma árvore e a partir desse princípio nasceu o programa Refloresta
Alto Vale, que uniu empresas do Alto Vale do Itajaí para retomar o plantio florestal na região. A
partir de uma demanda percebida por empresários da região foi criado há alguns anos esse programa,
que visa garantir o suprimento de madeira para a região, que demandará continuamente de mais e
mais madeira para processamento. Por valorizar a região e desenvolver a economia local de forma sustentável,
o Refloresta Alto Vale leva o Prêmio REFERÊNCIA do ano.
ROMANI MADEIRAS
A Romani Madeiras assume com seriedade a responsabilidade de manejar as florestas e valorizar a
madeira brasileira no mercado global. A conquista do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano, destaca
o trabalho exemplar da empresa mato-grossense, que protege as florestas em pé enquanto impulsiona
a economia do Estado de forma sustentável. Para a Revista REFERÊNCIA, é um grande orgulho celebrar
iniciativas que fortalecem o setor florestal e elevam a imagem do Brasil no cenário internacional.
SUPREMA AMBIENTES PLANEJADOS
Mais de 50 anos de história serão celebrados no dia 2 de dezembro por todos aqueles que acompanharem
o Prêmio REFERÊNCIA 2024. Uma família que trabalha com madeira há quase um século
se tornou destaque na fabricação de ambientes planejados com madeiras nobres da Amazônia. A valorização
do cuidado com o meio ambiente e a excelência na entrega de produtos únicos e de alto valor
agregado fizeram da Suprema uma das vencedoras deste ano.
VALE DO TIBAGI
A Vale do Tibagi, ou VT como é chamada por seus clientes, se tornou sinônimo de excelência no
trabalho quando se fala em serviços florestais. Mas a empresa não parou por aí e hoje oferece soluções
em logística, pellets, silvicultura mecanizada e comercialização de madeira. A empresa de Irati (PR)
recebe o Prêmio REFERÊNCIA do ano por trabalhar continuamente para elevar a qualidade de seus
serviços, qualificar e cuidar de seus funcionários, além de oferecer o melhor para seus clientes, seja
qual for a demanda apresentada.
48
VEM AÍ!
02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)
APOIO:
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
envimat
www
revistareferencia.com.br
comercial@revistareferencia.com.br
A R T I G O
DÚVIDAS SANADAS
PERGUNTAS QUE TODO GERENTE DE MANUTENÇÃO FAZ SOBRE
RETÍFICA E MANUTENÇÃO DE CILINDROS SECADORES E YANKEES
Fotos: Sulcromo
OA equipe da Sulcromo tem mais de
50 anos de experiência rodando o
Brasil revestindo, retificando e recuperando
cilindros que são o coração
da indústria de papel brasileira.
Nesta jornada de quase 740 cilindros
recuperados, e parcerias firmadas com gigantes do
mercado, algumas dúvidas são bastante frequentes
entre as equipes de manutenção. Por este motivo,
pedimos a Sulcromo para responder aquelas mais
frequentes durante os atendimentos de campo. Veja
aqui o que a equipe compartilhou:
Qual a diferença de comportamento do cilindro
com e sem revestimento de metalização?
Esta é uma ótima pergunta, e sim, existe uma diferença
substancial. Em cilindros fabricados a partir de
chapas, por exemplo, é comum encontrar uma junta
de solda que, ao longo do tempo, pode desenvolver
uma depressão devido à diferença de dureza entre os
materiais (solda e chapa). Essa depressão gradualmente
começa a danificar o papel, muitas vezes requerendo
uma ou duas retificações por ano, o que aumenta
o consumo de raspa, chegando a oito raspas por
turno. Além disso, a capacidade de operar a máquina
em velocidade ideal é comprometida. Com a aplicação
do revestimento, o consumo de raspa é reduzido,
sem contar que o revestimento preserva a espessura
original da chapa do cilindro, já qualquer remoção
de material através de retíficas, é feita na camada de
sacrifício do revestimento, atendendo a norma N12
que estabelece requisitos mínimos para prevenção de
acidentes de trabalho com vasos de pressão. Além disso,
o revestimento promove otimização da máquina e
melhor qualidade do produto final.
A metalização melhora a transferência de calor?
O processo tem a capacidade de proporcionar
uma dissipação uniforme de calor, evitando a forma-
ção de áreas úmidas pontuais, que podem resultar
em quebras de folhas ou divergências de aspecto no
produto final. Durante toda a nossa experiência, não
tivemos registros de perdas de temperatura significativas
relacionadas ao uso de revestimentos em
cilindros secadores. Existe também possibilidade de
aumento de velocidade da máquina e redução da
troca de raspas, economias que tendem a compensar
qualquer perda mínima de calor, uma vez que devido
à metalização, existe forte registro de operações mais
eficiente de cilindros secadores, com excelente qualidade
do produto final.
De que forma o revestimento e o conjunto raspador
podem influenciar na vida útil um do outro?
O conjunto raspador precisa trabalhar alinhado ao
cilindro, com pressão adequada igualmente distribuída
nos 2 pistões, ângulo de trabalho apropriado e o
mais importante, com oscilação, para prevenir qualquer
dano ou redução da vida útil do revestimento.
Já a metalização, como comentado, pode influenciar
significativamente no aumento da vida útil da raspa:
Set-up
CONSUMO DE RÉGUAS
Cilindro Sem
Revestimento
Cilindro Com
Revestimento
Uso Diário
16
4
Uso Mensal
480
120
Uso Anual
5769
1440
Apareceu um defeito no meu cilindro metalizado
e está rasgando o papel. É possível corrigir?
É possível corrigir defeitos localizados. O reparo é
feito por metalização localizada, aplicando material
na área danificada para restaurar a uniformidade da
superfície, seguida de uma retífica fina para nivela-
50
mento. Esse processo elimina o problema e recupera
o desempenho do cilindro, desde que realizado por
especialistas com materiais de alta qualidade.
Qual o menor tempo que preciso parar a minha
máquina para corrigir o meu cilindro?
O tempo de manutenção varia considerando fatores
como o tamanho do equipamento, nível do defeito,
a montagem adequada dos equipamentos e o planejamento
de paradas programadas de cada equipe.
Em média as operações de retificação variam de 24
a 48 horas para cilindros de médio a grande porte.
Já os processos de metalização, que são executados
de forma contínua por meio da rotação de equipes
de operadores, podem levar de 72 a 100 horas. Para
reparos localizados ou correções de efeitos pontuais,
paradas de 1 ou 2 horas podem ser suficientes.
A retífica pode prejudicar a medida nominal
do cilindro? Pode comprometer a segurança do
equipamento?
Na retificação na base do cilindro, há uma gradual
diminuição da espessura da parede, já que parte do
processo exige justamente a eliminação/normalização
da base. Com o tempo, caso retíficas sejam feitas
de forma frequente e desconsiderando a espessura
mínima recomendada, a ação pode sim comprometer
a integridade estrutural do cilindro. É exatamente
para evitar este cenário, que recomendamos fortemente
que a metalização seja considerada como um
dos processos para preservar a medida nominal dos
cilindros.
Quantas retíficas são possíveis em cada metalização?
A quantidade de retíficas depende de diversos
fatores, como o tipo de revestimento metálico, a
espessura inicial aplicada durante a metalização, o
nível de desgaste enfrentado, e o processo operacional.
Em condições normais, é possível realizar entre
3 e 5 retíficas, em intervalos de 2 anos, antes que
a espessura do revestimento atinja o limite mínimo
para manutenção segura. Após o limite de retíficas, o
cilindro geralmente precisa ser submetido a um novo
processo de metalização para restaurar sua superfície
e prolongar sua vida útil.
Qual o acabamento mais indicado para a transferência
de brilho para o papel?
O acabamento mais indicado para a transferência
de brilho ao papel é a lapidação. A rugosidade
alcançada varia entre 0,05 a 0,08 micrômetros (µm)
Ra, ideal para aplicações que exigem brilho intenso
e uniformidade na superfície do papel. Os parâmetros
de rugosidade variam conforme o tipo de papel
produzido, para Papel Tissue recomendamos entre
0,40 e 0,60 µm Ra, proporcionando leve brilho sem
comprometer a maciez, já para o Papel Monolúcido
igual ou inferior a 0,10 µm Ra, que é essencial para
obter um brilho intenso e uma superfície extremamente
lisa.
Mais informações sobre como
otimizar e proteger seu cilindro
em sulcromo.com.br
51
52
A R T I G O
Aplicação de cenários
prospectivos na indústria
de papel e celulose
APPLICATION OF PROSPECTIVE
SCENARIOS IN THE PULP AND PAPER
INDUSTRY
Fotos: divulgação
Pedro Pontes Gomes Lopes Martins
UFF (Universidade Federal Fluminense)
Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas
UFF (Universidade Federal Fluminense)
Carlos Francisco Simões Gomes
UFF (Universidade Federal Fluminense)
53
A R T I G O
RESUMO
E
ste estudo investiga a aplicação de cenários
prospectivos na indústria de papel e
celulose utilizando o Método Momentum.
A indústria enfrenta desafios significativos
relacionados à sustentabilidade e
regulamentações ambientais. A aplicação
de cenários prospectivos permite que as organizações
antecipem mudanças, identifiquem oportunidades
e desenvolvam estratégias robustas. Foram
analisados diferentes cenários considerando fatores
econômicos, ambientais, tecnológicos e sociais. A
metodologia incluiu revisão bibliográfica e estudo
de caso de uma empresa líder no setor. Os resultados
indicam que a análise de cenários prospectivos
é uma ferramenta valiosa para o planejamento
estratégico, permitindo a identificação de áreas
prioritárias de investimento, mitigação de riscos e
fortalecimento da competitividade.
INTRODUÇÃO
A indústria de papel e celulose desempenha
uma função crucial na economia global, fornecendo
matérias-primas essenciais para uma ampla
gama de setores. No entanto, enfrenta desafios
significativos relacionados à sustentabilidade,
SUMMARY
T
his study investigates the application of
prospective scenarios in the pulp and
paper industry using the Momentum
Method. The industry faces significant
challenges related to sustainability and environmental
regulations. The application of prospective
scenarios allows organizations to anticipate changes,
identify opportunities, and develop robust
strategies. Different scenarios were analyzed considering
economic, environmental, technological,
and social factors. The methodology included a
literature review and a case study of a leading
company in the Sector. The results indicate that
prospective scenario analysis is a valuable tool
for strategic planning, allowing the identification
of priority investment areas, risk mitigation, and
strengthening competitiveness.
INTRODUCTION
The pulp and paper industry plays a critical
role in the global economy, providing essential
raw materials to a wide range of sectors. However,
it faces significant challenges related to
sustainability, stricter environmental regulations
regarding the environmental impacts of its opera-
54
regulamentações ambientais mais rigorosas, relacionados
aos impactos ambientais de suas operações e
mudanças nas preferências dos consumidores. Nesse
contexto, a aplicação de cenários prospectivos
emerge como uma ferramenta valiosa para auxiliar
as organizações do setor a se adaptarem e prosperarem
em um futuro em constante transformação e
ávidos por instituições com responsabilidade social
empresarial.
Porter (1989) sugere que os cenários são importantes
meios para o entendimento e busca por
novas tendências, além de recomendar o uso de
cenários alternativos como uma forma de análise de
sensibilidade. Dessa forma, os cenários prospectivos
oferecem uma abordagem estruturada para explorar
possíveis futuros alternativos, permitindo que
as empresas antecipem mudanças, identifiquem
oportunidades e desenvolvam estratégias robustas,
incluindo os anseios da sociedade por empresas
tions, and changing consumer preferences. In this
context, the use of forward-looking scenarios is
emerging as a valuable tool to help organizations
in the Sector adapt and thrive in a future that
is constantly changing and eager for institutions
with corporate social responsibility.
Porter (1989) suggests that scenarios are an
important means of understanding and searching
for new trends and recommends the use
of alternative scenarios as a form of sensitivity
analysis. In this way, forward-looking scenarios
provide a structured approach to exploring
possible alternative futures, allowing companies
to anticipate change, identify opportunities, and
develop robust strategies, including society’s
desire for environmentally and socially sustainable
companies.
Oliveira et al. (2018) point out that scenario
planning is an increasingly used tool to test and
A R T I G O
sustentáveis tanto do ponto de vista ambiental
quanto do ponto de vista social.
Oliveiray et al. (2018) destaca que o planejamento
de cenários tem sido uma ferramenta cada
vez mais utilizada para testar e melhorar o desempenho
das organizações em ambientes dinâmicos.
Nesse contexto, o objetivo deste artigo é investigar
a aplicação de cenários prospectivos, por meio do
Método Momentum, em uma produtora de papel
e celulose, explorando como essa abordagem pode
auxiliar na compreensão dos desafios e oportunidades
futuras do setor, bem como na tomada de
decisões informadas e na formulação de estratégias
adaptativas e sustentáveis.
REFERENCIAL TEÓRICO
Para Schoemaker (1995) o planejamento de cenários
é uma abordagem estruturada para imaginar
futuros possíveis para capturar várias possibilidades
em detalhes, encorajando os tomadores de decisão
a considerarem mudanças que de outra forma
poderiam ser negligenciadas.
Gomes e Cols (2019) conceituam cenários como
a “descrição de um futuro possível, imaginável ou
improve the performance of organizations in
dynamic environments. In this context, this article
aims to investigate the application of prospective
scenarios using the Momentum Method in
a pulp and paper producer and to explore how
this approach can help to understand the future
challenges and opportunities of the Sector, as
well as to make informed decisions and formulate
adaptive and sustainable strategies.
THEORETICAL FRAMEWORK
For Schoemaker (1995), scenario planning
is a structured approach to imagining possible
futures in order to capture different possibilities in
detail and encourage decision-makers to consider
changes that might otherwise be overlooked.
Gomes and Cols (2019) conceptualize scenarios
as “the description of a possible, imaginable,
or desirable future for a system and its context
and path or trajectory that connects it to the
initial situation of that system.”
Ringland (2002) explains that the application
of scenario methodology makes it possible to
generate possible futures, providing a vision for
56
desejável para um sistema e seu contexto e caminho,
ou trajetória que o conecta com a situação
inicial desse sistema”.
Já Ringland (2002) explica que a aplicação da
metodologia de cenários torna possível a geração
de possíveis futuros, proporcionando uma visão à
frente para decisões em várias áreas, tais como investimentos,
inteligência competitiva, novos produtos,
mercados, etc.
Nesse contexto, Godet (2000) afirma que não
existe um método único de desenvolvimento de
cenários, mas uma infinidade de métodos que
permitem sua construção sendo alguns mais simples
e outros mais elaborados setores. No entanto,
enfrenta desafios significativos relacionados à
sustentabilidade, regulamentações ambientais mais
rigorosas, relacionados aos impactos ambientais de
suas operações e mudanças nas preferências dos
consumidores.
decisions in various areas such as investments,
competitive intelligence, new products, markets,
etc.
In this context, Godet (2000) states that there
is no single method for developing scenarios but
rather an infinite number of methods that allow
them to be constructed, some of which are simpler
and others more efficient sectors. However,
it faces significant challenges related to sustainability,
stricter environmental regulations regarding
the environmental impacts of its operations, and
changing consumer preferences.
Essa é uma versão parcial
desse artigo, a versão
completa pode ser
acessada aqui:
D E S E N V O L V I M E N T O
PRONTA
PARA 2025
ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO
QUE PAVIMENTAM O FUTURO DE
EMPRESA DE ARTEFATOS DE PAPEL
Fotos: Colisa
Fundada em 2010, a COLISA construiu
uma trajetória sólida baseada em valores
essenciais que reforçam sua credibilidade
e compromisso com seus clientes e
parceiros. Na metade de sua trajetória, a
empresa passou por uma reestruturação
estratégica, mantendo a tradição dos fundadores
e valores fundamentais, enquanto fortalecia sua
gestão para oferecer soluções ainda mais profissionais
e comprometidas com os negócios. E 2024
foi marcado como o ano que prepara um futuro
ainda mais pujante para a especialista em tubetes
e cantoneiras de papel, que teve um aumento de
quase 100% em suas vendas no período.
Segundo Isadora Bet, Diretora Executiva, o
crescimento da empresa está fundamentado em
seis pilares estratégicos: Certificações e Padrões de
Qualidade; Inovação em Maquinários; Foco no
Atendimento ao Cliente; Valorização das Pessoas;
Logística Eficiente; e Parcerias Estratégicas com
Fornecedores de Papel. “É isso que sustenta nossa
atividade e tem nos ajudado a conquistar novos
mercados”, destaca Isadora.
Sobre os Padrões de Qualidade, hoje a CO-
LISA conta com diversas certificações, como a
ISO 9001(gestão de qualidade e padronização de
processos), ISO 14001(Compromisso ambiental),
FSC (Forest Stewardship Council, que garante a
proveniência da celulose utilizada) e ESG Em Foco
(esforço contínuo em práticas sustentáveis). “Nos
orgulhamos de cada uma das certificações que
atestam a qualidade e responsabilidade em toda a
cadeia produtiva. Reforçando a posição da empresa
no mercado.”
Para atender à demanda crescente e se manter
competitiva, a COLISA investiu em maquinários
modernos, alcançando um aumento de 120%
em sua capacidade instalada. “Essa atualização
na linha de produção permite não apenas maior
eficiência, mas também produtos com qualidade
superior e prazos de entrega mais ágeis”, aponta
Isadora. E em relação ao Atendimento, todo o
58
time tem priorizado oferecer uma ótima experiência
ao cliente desde o contato inicial até o
pós-venda .
A equipe da COLISA é formada por profissionais
experientes, focados em entender as necessidades
dos clientes e oferecer soluções personalizadas.
Com o objetivo de fortalecer a presença
da empresa em regiões estratégicas, “A empresa
prioriza o desenvolvimento contínuo do time, reforçando
seu compromisso com relacionamentos
duradouros, baseados em confiança, desenvolvimento
e qualidade”, expõe a diretora.
Claro, tudo isso só funciona porque as parcerias
e a logística da COLISA são colocadas com
lugar de destaque no planejamento da empresa.
Uma estrutura que combina frota própria e
transportadoras para entregas pontuais, cobrindo
com eficiência qualquer distância e gerando previsibilidade
e agilidade na operação. Além disso,
Isadora Bet, Diretora
Executiva da COLISA
as parcerias sólidas com fornecedores de papel
ampliam as possibilidades de desenvolvimento de
produtos para alcançar os mais altos resultados no
atendimento às demandas específicas dos clientes.
”Essas alianças permitem a criação de soluções
inovadoras e garantem o fornecimento contínuo
de matéria-prima de alta qualidade, essencial para
sustentar o padrão de excelência que é marca
registrada da COLISA”, completa Isadora.
59
E V E N T O
ABTCP
2024
CONGRESSO E FEIRA REÚNEM
GRANDES NOMES E EMPRESAS
DO SETOR DE CELULOSE E
PAPEL
Fotos: CELULOSE, Gladstone Campos/ABTCP e Albertino S. Neto
60
61
E V E N T O
Entre os dias 1 e 3 de outubro foi realizado
o ABTCP 2024 — LVI Congresso e Exposição
Internacional de Celulose e Papel,
evento em formato presencial, no Expo
Transamérica, em São Paulo (SP). O encontro,
que reúne todos os elos da cadeia
produtiva da indústria de base florestal, despontou
como uma oportunidade ímpar de atualização, não
só para pesquisadores e profissionais que já atuam
no setor como para estudantes de áreas diversas.
A transformação digital dos processos produtivos
e seu respectivo potencial para promover ganhos
em circularidade e demais ações inovadoras da
agenda ESG (Environmental, Social and Governance)
pautaram a programação central do ABTCP
2024. Promotora do evento, a ABTCP (Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel) está sempre
comprometida com a elaboração de um programa
relevante, que atenda às demandas do setor.
“Trabalhamos para que o Congresso ABTCP 2024
seja o maior até hoje, tanto em quantidade como
em qualidade dos trabalhos técnicos aprovados”,
avaliou Ari Medeiros, diretor de Operações Industriais
da Veracel, eleito presidente do Congresso
ABTCP 2024. “Nossa programação incluiu sessões
técnicas e temáticas diversificadas, envolvendo os
congressistas em torno das áreas de celulose, papel,
meio ambiente, engenharia e transformação digital,
recuperação e energia, nanotecnologia, biorrefinaria,
tissue, manutenção, segurança do trabalho,
reciclagem e florestal, em paralelo à exposição de
tecnologias de ponta — tudo pensado para fortalecer
a rede de relacionamentos e compartilhar as
últimas inovações e melhores práticas da indústria
de celulose e papel”, valorizou Ari.
“Ano após ano, a ABTCP dedica-se a montar
uma programação técnica robusta, alinhada às
necessidades de atualização do setor de árvores
cultivadas, especialmente em um contexto de rápidas
mudanças da cadeia global de suprimentos e
de novas exigências de comprometimento socioambiental”,
aponta Paulo Hartung, presidente da
IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), que fez uma
apresentação na Sessão de Abertura do evento.
“É uma honra fazer parte deste encontro de suma
importância, ao lado de especialistas, pesquisadores,
executivos e profissionais que compartilham
conhecimentos e inovações cruciais para o desenvolvimento
do nosso setor. A indústria de árvores
cultivadas desempenha um papel vital na economia
atual, não apenas pelo desempenho exuberante,
demonstrado pelos anúncios de investimento, mas
principalmente pela significativa contribuição no
combate às mudanças climáticas, dando assim
norte à caminhada rumo a uma nova economia
verde”, valorizou Paulo.
62
CENIBRA
A Cenibra, empresa mineira de Belo Oriente, esteve
presente na ABTCP marcando presença num stand
que valorizava toda sua capacidade produtiva e foco em
sustentabilidade. Julio Ribeiro, vice-presidente da empresa,
destacou a feira pela oportunidade de interação dos
clientes da área de papel com a área de celulose. “Estamos
aqui dividindo nosso estande com a Oji Papéis, que é empresa
do mesmo grupo, especializada em papéis térmicos,
e assim valoriza o grupo como um todo e nos aproxima
dos clientes”, celebrou Julio.
DRV FERRAMENTAS
Referência no segmento de biomassa, a DRV Ferramentas
entrou no segmento de celulose e papel em 2024, com
sua especialidade: facas de alta precisão. “É uma satisfação
estar em um evento tão importante e uma oportunidade
muito grande apresentar nossas soluções para esse mercado”,
apontou Diego Ricardo Vieira, diretor da DRV. Liliane
Cordeiro, diretora da empresa, destacou que a DRV agora
está preparada para atender com excelência o mercado de
celulose. “Temos, além das facas, as afiadoras, que garantem
a continuidade da operação com o mais alto nível de
produtividade”, complementou Liliane.
FLUTROL
A paulista Flutrol estava em casa durante a feira
ABTCP. Quem visitou o estande pôde conferir uma linha
completa de produtos dedicados ao setor de celulose,
que Cesar Silva, consultor de vendas, apresentou durante
nossa presença. “Temos uma linha completa de bombas
triplex, aplicadas no corte de celulose e no resfriamento
de fornos, além delas, temos a linha conexões e tubos, da
válvula superlock, que é aplicada na linha de processo”,
apontou Cesar.
63
E V E N T O
FUTURA
A Futura busca fortalecer sua presença no mercado de
celulose e papel, destacando sua máquina inovadora e
foco no cliente em eventos do setor. Para Claudio Nascimento,
gerente comercial da Futura na América Latina,
participar da feira permite visibilidade e aproximação com
clientes, promovendo negociações e mostrando novas
tecnologias de conversão de papel. “Estamos aqui para trazer
nossa nova tecnologia que é levar do jumbo roll até o
pallet, sendo uma solução perfeita na conversão de papel
tissue”, explicou Claudio.
GENERAL TECH
A GeneralTech, da cidade de Ipatinga (MG), nasceu
no segmento da siderurgia, focada em manutenção, mas
rapidamente viu no setor de celulose uma demanda na
medição de tensão na cadeia produtiva. Márcio Souza,
diretor, explica que hoje com foco em inovação e tecnologia,
a GeneralTech vem expandindo sua atuação nacional,
liderando soluções de medição de tensão para o setor de
celulose e papel e promovendo confiança e eficiência aos
processos industriais de seus clientes. “Temos sistemas de
medição de telas, feltros e principalmente de medição de
tensão de papel, instalados em calandras, speed e principalmente
em rebobinadeiras, que garante segurança na
produção”, salientou Márcio.
H. BREMER
Direto de Rio do Sul (SC), a H. Bremer é um dos stands
mais visitados e tradicionais da feira. Moacir Junges, gerente
de engenharia de pesquisa e desenvolvimento, destacou
os implementos que a empresa levou ao evento. “Trouxemos
para essa feira a Tecnoterm, com capacidade de até
40 ton.t/h (toneladas de vapor por hora), e a Lignodyn,
caldeira tubolar que pode atender até 80 ton.v/h”, apontou
Moacir. Já Juliano Batista, gerente comercial, valorizou
o contato com os clientes que a feira proporciona. “Aqui
clientes se encontram com clientes e clientes se encontram
com a H. Bremer”, destacou Juliano.
64
HERGEN
Especialista na fabricação de máquinas para a indústria
de celulose, a Hergen marcou presença com todo seu
portfólio e soluções para o setor. William Santos, diretor
industrial, que destacou a importância do evento para o fortalecimento
da marca. “É um dos maiores eventos da América
Latina e nos dá a oportunidade de apresentar para um
grande volume de clientes toda a excelência e variedade de
soluções que a Hergen tem para o mercado, de acordo com
toda sorte de demandas que os clientes solicitam”, apontou
William.
MARTIN
A Martin é especializada em soluções para a indústria
de papel e celulose, oferecendo produtos como sistemas
de transmissão de potência, acionamento de tambores e
transportadores para manuseio de materiais. Tiago Moraes,
gerente de vendas, explica que a empresa se especializou em
confiabilidade e desempenho, buscando sempre reduzir tempos
de parada e aumentar a durabilidade dos equipamentos.
“Participar na feira ABTCP é fundamental para fortalecer
o relacionamento com clientes e apresentar suas soluções,
aproveitando um ambiente de interação direta para construir
novas conexões e rever parceiros do setor”, destacou Tiago.
MS INSTRUMENTOS INDUSTRIAIS
Fornecedora de soluções de medição para processos industriais
desde 1986, para setores de transformação, papel e celulose
e mineração, expôs na ABTCP 2024.
Para a Diretora Mariana Silveira: “Nossas soluções são essenciais
para medição sem contato de densidade, nível, gramatura,
umidade, cor e pesagem em correia transportadora, atendendo
às etapas do processo produtivo, da biomassa, à celulose e ao
papel.”
A inovação levada à ABTCP foi o medidor APL 4000, para perfil
de umidade e cor, patente e fabricação MS. Para o Gerente da
Linha, Claudio Barros: “O APL 4000 fornece uma visão em tempo
real para o operador e o histórico da produção na bobina, turno e
do job para rastrear a qualidade, ferramenta eficaz para otimização
dos processos produtivos.”
65
E V E N T O
SC POLIAS
A SC Polias levou à feira ABTCP todas as suas soluções
em polias que já estão presentes no mercado de
celulose representando 20% do faturamento da empresa.
Glauco Molgero, gerente da SC Polias, destacou a oportunidade
e agradeceu o convite da Revista REFERÊNCIA
CELULOSE&PAPEL para participar da feira. “Nossa participação
aconteceu devido a visita do Gerson, comercial da
Revista REFERÊNCIA, que nos apresentou a feira e abriu
essa oportunidade de levar para mais clientes os nossos
equipamentos”, valorizou Glauco.
VALMET
A Valmet esteve na ABTCP celebrando a recente aquisição
da Demuth, agora integrada como unidade de negócio
Wood Handling e da Körber Tissue, completada em meados
de 2023, agora Tissue Coverting. Celso Tacla, presidente
da Valmet para a América do Sul, destacou as possibilidades
que esses movimentos abrem para a empresa e seus
clientes. “A Valmet é a única empresa que pode oferecer
soluções completas, de ponta a ponta, para uma fábrica
de papel ou celulose. Esse movimento abriu portas para a
contratação da Valmet para o Projeto Arauco Sucuriú, em
Inocência (MS), além das participações na nova linha tissue
da Suzano em Aracruz (ES), BioCMPC (RS) e Puma II da
Klabin”, enalteceu Celso.
UTMAAX
“A Utmaax é especialista em sistemas de inspeção a
partir de ultrassom e para o setor de celulose soluções
para mapeamento de corrosão de metais e soldas, ideais
para o segmento de celulose”, valorizou Guto Chiaramonte,
diretor da empresa. A empresa que fez sua estreia na
ABTCP apresentou em seu estande todas as suas soluções
para mapeamento de corrosão, que garantem muito mais
segurança para a operação, prevenindo danos. O sistema
de mapeamento de corrosão de caldeiras, fornalhas e superaquecedores
foi o grande destaque dessa primeira participação
da empresa na feira.
66
WIRES AND FABRIKS
A Wires & Fabriks é uma empresa indiana com mais
de 60 anos de experiência como fabricante de vestimentas
e acessórios para máquinas de papel, com presença
em mais de 25 países, além de ser um dos principais
fornecedores no mercado doméstico. Na divisão de roupas
a WF fornece tecidos e acessórios para máquinas de
papel que aumentam a produtividade, incluindo telas de
secagem, sistemas de limpeza, lâminas e filtros de alta
pressão. Já na linha de acessórios de papel os destaques
ficam com os bicos ajustáveis e o sistema de micro deslocamento,
que mantém o alto ritmo de produtividade.
APL 4000 – MEDIDOR DE
UMIDADE E GRAMATURA
Sistema dinâmico de medição em tempo real
de umidade e gramatura que permite ao
operador a visualização do perfil transversal e
linear (direção da máquina) em processos de
produção de bobinas ou folhas.
BENEFÍCIOS:
• Tecnologia Sem Contato: Medição por Infravermelho
Próximo (NIR).
• Economia de Matéria-Prima: Minimiza excessos,
reduzindo custos.
• Monitoramento Contínuo e Confiável: Alta precisão
na medição de umidade e gramatura.
• Visualização Instantânea: Monitoramento em
tempo real para intervenções rápidas.
• Relatórios Detalhados: Informações úteis
para gerenciamento e clientes.
Excelente custo-benefício
para atender necessidades
da sua indústria.
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E N E R G I A
SOLUÇÃO
CRIATIVA
INDÚSTRIA DE CELULOSE
INVESTE EM ENERGIA EÓLICA
ESTRUTURADA EM MADEIRA
Fotos: CMPC / Modvion
68
Creative Solution
A PULP AND PAPER MANUFACTURER
INVESTS IN WIND ENERGY GENERATED
USING WOOD-BASED STRUCTURES
Ofundo de inovação da empresa
papeleira tornou-se o novo parceiro
estratégico da Modvion, uma
startup sueca que desenvolveu
uma tecnologia inovadora para expandir
o uso da madeira e tornar
a indústria de energia renovável ainda mais sustentável
e eficiente, com uma economia estimada de 2
mil toneladas de CO 2
para cada estrutura de 150m
(metros).
Com isso, a CMPC consolida sua presença na
Suécia e dá um novo passo para impulsionar a
construção em madeira com tecnologias disruptivas
que permitem mostrar e explorar a versatilidade
deste valioso material. Com um investimento de €2
milhões a CMPC Ventures selou sua aliança com a
Modvion para apoiar o crescimento global e o desenvolvimento
que a empresa sueca realizará com
suas torres eólicas fabricadas com madeira de chapa
laminada, por meio da construção de sua planta
industrial na Europa.
A injeção realizada pela CMPC Ventures impulsionará
a produção, o desenvolvimento de produtos
T
he manufacturer’s innovative
venture capital fund has become
Modvion’s new strategic partner.
This Swedish start-up has developed
an innovative technology to expand
the use of wood and make the renewable
energy industry even more sustainable and
efficient, with an estimated 2 thousand tons of
CO 2
saved for each 150-meter structure.
CMPC is consolidating its presence in Sweden
and taking a new step to promote wood
construction with groundbreaking technologies
that showcase and exploit the versatility of this
valuable material. With an investment of €2
million, CMPC Ventures has sealed its alliance
with Modvion to support the global growth
and development that the Swedish Company
will achieve with its laminated wood wind towers
through the construction of its industrial
plant in Europe.
The investment made by CMPC Ventures
will boost production, the development of
new-generation products, and the expansion
69
E N E R G I A
de nova geração e a expansão das capacidades de
marketing e vendas da Modvion. Isso também será
potencializado com o aporte de capital humano
que a empresa papeleira realizará através do trabalho
colaborativo com suas equipes de especialistas
técnicos.
Bernardita Araya, gerente da CMPC Ventures,
explicou que a empresa está muito entusiasmada
com este investimento na Modvion, pois se alinha
com os compromissos de sustentabilidade e inovação,
e representa um passo concreto para impulsionar
a construção em madeira, com desenvolvimentos
disruptivos que permitem mostrar e explorar
a versatilidade desta para usos de alta tecnologia.
“Como em todos os nossos investimentos, colocamos
uma equipe de especialistas técnicos, comerciais
e estratégicos para contribuir para o crescimento
da Modvion e esperamos continuar trabalhando
com eles lado a lado, compartilhando nossa visão
do tremendo papel que a floresta tem para contribuir
com a sustentabilidade em indústrias como a
construção ou a energia”, destacou Bernardita.
Por sua vez, o CEO da Modvion, Otto Lundman,
valorizou a incorporação da empresa florestal
nacional como um novo investidor. “A CMPC será
um parceiro forte na próxima expansão mundial da
Modvion. Este investimento facilitará nosso desenvolvimento
e ampliará nosso alcance”, concluiu
Otto.
RAZÕES DO USO DE MADEIRA
Modvion é uma companhia sueca de engeof
Modvion’s marketing and sales capabilities.
It will also be enhanced by the contribution
of human capital that the pulp and paper manufacturer
will provide through collaboration
with its teams of technical experts.
Bernardita Araya, Manager of CMPC Ventures,
stated that the Company is very excited
about this investment in Modvion, as it is in
line with its commitment to sustainability and
innovation and represents a concrete step in
the advancement of wood construction, with
groundbreaking developments that allow it to
showcase and exploit its versatility for high-tech
applications. “As with all our investments,
we have put in place a team of technical,
commercial, and strategic experts to contribute
to Modvion’s growth, and we look forward
to continuing to work side by side with them,
sharing our vision of the tremendous role that
the forest has in contributing to the sustainability
of industries such as construction or
energy,” says Araya
For his part, Otto Lundman, Chief Executive
Officer of Modvion, welcomed the
addition of the Brazilian forest company as a
new investor. “CMPC will be a strong partner
in Modvion’s next global expansion. This
investment will facilitate our development and
expand our reach,” concludes Lundman.
REASONS FOR USING WOOD
Modvion is a Swedish engineering and in-
70
dustrial design company that decided to focus
on the advantages of wood in the construction
of wind turbine towers. The Company uses
glued laminated timber (glulam) to manufacture
these structures, which have several
advantages over those made of steel.
These include a 90% reduction in emissions,
with each 150-meter tower estimated
to save 2 thousand tons of CO 2
emissions. In
addition, the structures also act as a carbon
sink, as they are able to sequester CO 2
in their
fibers, allowing a wind farm built with this
technology to be carbon neutral.
Furthermore, the fact that they are made
of wood allows them to reach greater heights
and withstand stronger winds, resulting
in greater energy production. In addition,
glulam is stronger than steel, which reduces
the weight of the tower by up to 30%. The
modular construction method simplifies logisnharia
e design industrial que decidiu apostar nos
benefícios da madeira na construção das torres dos
aerogeradores. Assim, a empresa utiliza madeira
laminada colada para a fabricação dessas estruturas,
o que lhes oferece múltiplos benefícios em comparação
com as feitas de aço.
Entre eles, destaca-se a redução de 90% das
emissões, já que se estima que cada torre de 150m
proporciona uma economia de 2 mil toneladas de
emissões de CO 2
. Além disso, as estruturas também
atuam como um sumidouro de carbono, pois são
capazes de capturar CO 2
em suas fibras, permitindo
que uma planta de energia eólica construída com
essa tecnologia seja carbono neutro.
Ademais, o fato de serem fabricadas de madeira
permite alcançar maiores alturas e suportar ventos
mais fortes, o que resulta em uma maior geração
de energia. Soma-se a isso a maior resistência da
madeira laminada colada em relação ao aço, o que
reduz o peso da torre em até 30%. O método cons-
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
AVANÇADAS
AVANÇADAS
EM
EM
CONTROLE
CONTROLE
DE
DE
FLUÍDOS
FLUÍDOS
TESTE DE PRESSÃO
TESTE DE PRESSÃO
PORTÁTIL
PORTÁTIL
BOMBAS TRIPLEX
BOMBAS TRIPLEX
CONEXÕES E VÁLVULAS
CONEXÕES VÁLVULAS
PARA INSTRUMENTAÇÃO
PARA INSTRUMENTAÇÃO
E MANIFOLDS DE AR
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TENSIONAMENTO
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E TORQUE
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55 11 2940.9053 contato@flutrol.com.br www.flutrol.com.br Redes sociais: FLUTROL
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E N E R G I A
trutivo contempla módulos, o que facilita a logística,
o transporte e a montagem: podem ser movidos
com caminhões normais, sem obstrução de estradas,
permitindo a construção mesmo em locais de acesso
limitado.
ECOSSISTEMA EMPREENDEDOR
O investimento na Modvion está enquadrado no
portfólio do Fundo de Inovação de US$ 100 milhões
com o qual a CMPC Ventures realiza investimentos
em startups e empresas em estágios iniciais para impulsionar
sua escalabilidade global, além de fomentar
o desenvolvimento de I+D através de colaborações
com a academia e centros de inovação.
Isso porque a empresa definiu contribuir com soluções
biobaseadas que respondam às necessidades
do próximo século. Para isso, a CMPC estabeleceu
metas concretas nesta matéria: 30% das melhorias
de processos até 2025 devem vir de inovação, digitalização
ou uso de dados; 20% do cumprimento
das metas de desenvolvimento sustentável deve ser
alcançado através de inovação, tecnologias novas ou
disruptivas para a CMPC; e, até 2025, 10% das vendas
devem vir de produtos ou modelos de negócios
novos e inovadores.
Até o momento, o fundo já investiu mais de
US$ 20 milhões em startups, projetos e alianças de
diferentes naturezas. Uma delas é com a startup
finlandesa Boreal Bioproducts, com quem assinaram
tics, transportation, and assembly: they can be
moved by normal trucks without obstructing
roads, allowing construction even in places
with limited access.
ENTREPRENEURIAL ECOSYSTEM
The investment in Modvion is part of
CMPC Ventures’ $100 million fund portfolio. It
invests in start-ups and early-stage companies
to increase their global scalability and supports
R&D development through collaborations with
academia and innovation centers.
The Company is committed to contributing
to bio-based solutions that meet the needs
of the next century. To this end, CMPC has
set specific goals: 30% of process improvements
by 2025 must come from innovation,
digitalization, or the use of data; 20% of the
achievement of sustainable development goals
must come from innovation, new or disruptive
technologies for CMPC; and 10% of sales by
2025 must come from new and innovative
products or business models.
To date, the fund has invested more than
$20 million in start-ups, projects, and alliances
of various kinds. One of these is the Finnish
start-up Boreal Bioproducts, with which they
have signed a collaboration agreement to
explore the use of CMPC’s wood by-products
72
um acordo de colaboração para explorar o uso dos
subprodutos madeireiros da CMPC no processo
que a empresa europeia desenvolve para elaborar
produtos das indústrias química e cosmética, com
o objetivo de que elementos como shampoo e bloqueadores
solares, entre outros, sejam feitos à base
de ingredientes biológicos e não contenham componentes
fósseis.
Essas alianças se somam ao investimento na Pulpex,
empresa inglesa criadora de garrafas de papel
feitas com fibras certificadas de fontes sustentáveis,
que está em pleno escalonamento de sua planta
de produção, destinada para marcas de consumo
líderes a nível mundial. Da mesma forma, a startup
finlandesa Woamy utiliza celulose da CMPC para
a fabricação de um material de espuma de base
biológica que criaram para substituir outras espumas
plásticas como o poliestireno expandido. A invenção
é reciclável, biodegradável, leve e resistente.
in the process that the European company is
developing to make products for the chemical
and cosmetics industries, with the goal that
elements such as shampoo and sunscreen,
among others, are made from biological ingredients
and do not contain fossil components.
These alliances are in addition to the investment
in Pulpex. This U.K.-based company
produces paper bottles made from certified
fibers from sustainable sources and is in the
process of expanding its production facility for
leading consumer brands around the world.
Similarly, the Finnish start-up Woamy uses
CMPC cellulose to produce a bio-based foam
that it has developed to replace other plastic
foams, such as expanded polystyrene. The invention
is recyclable, biodegradable, lightweight,
and strong.
IMPLEMENTOS DE ALTA
PERFORMANCE PARA A
MOVIMENTAÇÃO DE TORAS
MATRIZ
J de Souza Indústria Metalúrgica LTDA
BR 116 - Nº 5828, KM 247
Área Industrial
+55 49 3226 0511 I +55 49 3226 0722
Lages - Santa Catarina - Brasil
www.jdesouza.com.br
UNIDADE 01
SETE LAGOAS - MG
Av. Prefeito Alberto Moura, Nº 2051A - Vale das Palmeiras
UNIDADE 02
IMPERATRIZ - MA
Av. Moacir Campos Milhomem, Nº 12 - Colina Park
UNIDADE 03
LAGES - SC
BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
E TESTES
SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC
Localidade de Bom Jesus
E N T R E V I S T A
Foto: Sergio Zacchi
Aires Galhardo
Fazendo
história
Making History
Bacharel e pós-graduado em Administração de empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), foi diretor da Fibria
Celulose S.A. de 2011 a janeiro de 2019, responsável pela gestão da área florestal. A partir de 2016, além
da gestão da área florestal, Aires passou a ser responsável também pelas atividades de operações industriais
e engenharia da Fibria. Nos anos anteriores, exerceu, entre 2005 e 2011, os cargos de gerente geral florestal
e gerente de logística florestal na Votorantim Celulose e Papel S.A. (ex-Fibria), além de ter trabalhado como
gerente de logística na Ambev de 2000 a 2005.
With a bachelor’s degree and a graduate degree in Business Administration from the Fundação Getúlio Vargas (FGV), he was
director of Fibria Celulose S.A. from 2011 to January 2019, in charge of managing the forestry area. Since 2016, in addition
to managing the forestry area, Galhardo has also been responsible for Fibria’s industrial operations and engineering activities.
Previously, from 2005 to 2011, he held the positions of General Forestry Manager and Forestry Logistics Manager at
Votorantim Celulose e Papel S.A. (formerly Fibria) and was Logistics Manager at Ambev from 2000 to 2005.
Omercado brasileiro de celulose é
uma potência mundial estabelecida
e estruturada. Cada passo dado alavanca
a economia e coloca o Brasil
em posição de destaque. Para falar
sobre o principal projeto de celulose
realizado no Brasil, convidamos Aires Galhardo, vice-
-presidente executivo de operações celulose, engenharia
e energia da Suzano, para falar sobre o projeto
Cerrado e as visões e planos da empresa.
T
he Brazilian pulp market is an established
and structured world power. Each
step taken leverages the economy and
puts Brazil in a prominent position. We
invited Aires Galhardo, Suzano’s Executive Vice
President of Pulp, Engineering, and Energy Operations,
to discuss the most important pulp project
in Brazil, the Cerrado Project, and the Company’s
vision and plans.
74
Celulose: Com foi sua caminhada dentro da Suzano?
Aires: Comecei na VCP, na área de logística de madeira
e florestal, depois fiz uma migração para a área
florestal e com a formação da Fibria, em um primeiro
momento, fico com uma regional na área florestal
e durante uma mudança de gestão foi recriada a
diretoria florestal, para onde fui conduzido. Isso é por
volta de 2011. Já no ano de 2016 surge a oportunidade
de uma cadeira de diretor de operações, onde
consolidei as operações florestais, industriais e de
engenharia, assumindo o cargo de COO dentro da
Fibria. Em 2019, com a aquisição da Fibria pela Suzano,
fui convidado para liderar os processos industriais
e de engenharia da empresa. Com o lançamento do
projeto Cerrado passei a ser responsável por ele e
pelas áreas operacionais de engenharia e energia. Sou
administrador de formação, mas caminhei muito do
operacional, partindo dos viveiros e chegando até o
final da produção.
Celulose: Como avalia o momento de produção de
celulose do Brasil?
Aires: O mercado para celulose, aquela não aplicada
à produção direta, tem suas oportunidades atreladas,
no curto e médio prazo, diretamente à América
do Sul e mais precisamente ao Brasil. Desde que a
Suzano nos anos 1970 iniciou a produção de celulose
a partir do eucalipto, o mercado se abriu para o Brasil
e vem em uma crescente constante e ascendente nos
últimos anos. Acredito que os próximos projetos de
celulose de mercado, de fibra curta branqueada, estarão
no Brasil. Chile, Paraguai e Uruguai não apresentam
as características que o mercado pede. O Brasil
deve liderar a definição da localização dos novos
projetos. A longo prazo alguns países africanos, caso
superem as demandas logísticas e jurídicas, podem
ser mercados para o futuro.
Celulose: Quais os maiores desafios para o aumento
da produção de celulose no Brasil?
Aires: A maior dificuldade hoje é a terra, a área produtiva.
Os projetos estão cada vez maiores, demandando
mais matéria-prima, por exemplo, o Projeto
Cerrado demanda 2,550 milhões de toneladas para
operação, o que gera uma necessidade de plantio de
300 mil ha (hectares) diárias, coloca-se junto na conta
as áreas de preservação, estamos falando de 400 mil
Celulose: What has been your career at Suzano?
Aires: I started at VCP in the wood and forest
logistics area, and then, with the creation of Fibria,
I moved to the forestry area. I started working
in a regional forestry department, and when
there was a change in management, the forestry
department was created, I was transferred to it.
That was around 2011. In 2016, the opportunity
arose to become Director of Operations, where I
consolidated the forestry, industrial, and engineering
operations, and I took on the role of Chief
Operating Officer within Fibria. In 2019, with the
acquisition of Fibria by Suzano, I was invited to
lead the Company’s industrial and engineering
processes. With the launch of the Cerrado project,
I became responsible for it and for the operational
areas of engineering and energy. I am an administrator
by training, but I have come a long way
from operations, from the nurseries to the end of
production.
Celulose: What is your assessment of pulp production
in Brazil?
Aires: The market for market pulp, which is not
used for direct production, has its opportunities
in the short and medium term directly linked to
South America, and more specifically to Brazil.
Since Suzano started producing eucalyptus pulp
in the 1970s, the market has opened up in Brazil
and has been growing steadily in recent years. I
believe that the next bleached softwood market
pulp projects will be in Brazil. Chile, Paraguay, and
Uruguay do not have the characteristics that the
market requires. Brazil should take the lead in determining
the location of new projects. In the long
term, some African countries could be markets of
the future if they can overcome the logistical and
regulatory requirements.
Celulose: What are the main challenges for
increasing pulp production in Brazil?
Aires: The biggest difficulty today is productive
land. The projects are getting bigger and bigger
and require more raw material. For example, the
Cerrado Project needs 2.55 million tons to operate,
which means it needs to plant 300 thousand
ha per day, and if you include conservation areas,
75
E N T R E V I S T A
ha para alimentar uma planta. Ter isso disponível em
um preço que se consiga adquirir de forma que gere
retorno econômico em um raio de distância curto,
que possa garantir custos é muito difícil. Temos no
Cerrado uma joia, em um projeto muito bem desenvolvido
e planejado, pois a distância das fazendas
até a fábrica é muito curta, e encontramos condições
muito especiais para realizá-lo. É algo de difícil repetibilidade.
Some isso a aumentos de custos, desafios e
mão de obra, logística, tornam algo como o Cerrado
muito difícil. Vamos sempre depender do balanço de
mercado, a perspectiva de preço define muito o que
pode ser feito. Trabalhar com cenários de stress, que
é algo que temos como padrão em nossas atividades,
ao ver disponibilidade de madeira diminuindo, de
áreas produtivas acessíveis diminuindo, os preços de
implantação subindo, é um desafio muito grande.
O Projeto Cerrado foi um investimento de R$ 22
bilhões e algo para o futuro demandaria perto de R$
30 bilhões para ser realizado.
Celulose: Como o Projeto Cerrado pode alavancar
a Suzano em nível mundial?
Aires: Ele é um projeto que tem uma competitividade
de custos muito grande, por isso, aumenta muito
a rentabilidade da Suzano. É o primeiro projeto que
conseguimos fazer no Brasil que a gente o termina
sem a empresa estar afundada em dívidas. Todos os
custos do Projeto Cerrado foram cobertos com a própria
operação da Suzano, o que leva a empresa para
uma condição de investimento orgânico ou inorgânico
muito elevado nos próximos anos. Coloca a Suzano
em uma posição de alocação de capital onde ela
pode diversificar, internacionalizar, internalizar, gerar
valor para os acionistas de forma diferente. O Projeto
Cerrado coloca a Suzano em um ciclo de expansão e
crescimento diferente do que era feito anteriormente,
colocando a Suzano em um lugar de poder crescer
internacionalmente de forma muito mais efetiva.
Celulose: Quais principais mudanças percebeu
nesses quase 20 anos no segmento de celulose?
Aires: O mercado interno teve sua produção reformulada.
Era algo muito mais biológico, se podemos
tratar assim, onde a biologia, a qualidade dos
plantios, as áreas sob gestão eram muito menores e
agora temos áreas maiores, com padrão de repetibilidade,
plantando 1,6 milhões de mudas por dia.
we are talking about 400 thousand ha to feed a
mill. It is not easy to have this area available at a
price that can be acquired in a way that generates
an economic return in a short radius that can guarantee
the costs. We have a jewel in the Cerrado,
in a very well-developed and planned project,
because the distance from the farms to the plant
is very short, and we have found very special conditions
to do it. It is not easy to repeat. In addition
to that, the cost increases, the challenges, the labor,
and the logistics make something like Cerrado
very difficult. We will always depend on the market
balance, and the price outlook defines a lot of
what can be done. Working with stress scenarios,
which is something we have as a standard in our
activities when we see the availability of wood
decreasing, the accessible and productive areas
decreasing, and the implementation prices going
up, is a very big challenge. The Cerrado Project
was an investment of R$ 22 billion, and something
for the future would require close to R$ 30 billion
to be realized.
Celulose: How can the Cerrado Project help
Suzano globally?
Aires: It is a very low-cost project, which is why
it significantly increases Suzano’s profitability. It
is the first project we have carried out in Brazil,
where we finish the project without new debt.
All of Cerrado’s costs were covered by Suzano’s
operations, which puts the Company in a position
to make very large organic or inorganic investments
in the next few years. It puts Suzano in a
capital allocation position where it can diversify,
internationalize, internalize, and generate value
for shareholders differently. The Cerrado Project
puts Suzano in a different cycle of expansion and
growth than before, putting Suzano in a position
to grow internationally much more effectively.
Celulose: What are the main changes you have
seen in the pulp segment in the last 20 years?
Aires: The domestic market has reformulated its
production. It used to be something much more
biological, if you can put it that way, where the
biology, the quality of the plantations, and the
areas under management were much smaller.
Now, we have larger areas with repeatability stan-
76
A área florestal passou a ser produtiva onde tempo,
produtividade e eficiência passaram a ser muito mais
importantes para a produção. É uma gestão muito
profissionalizada, organizada, tecnológica, monitorada,
com inventários diários, avaliações via satélite.
Há uma mudança radical de como as florestas são
enxergadas. Do ponto de vista de mercado o Brasil
é um país que compete consigo mesmo. Tínhamos
Aracruz, Suzano, Eldorado, eram concorrentes locais.
Depois com as fusões passamos a ter concorrências
regionais, como empresa da América do Sul e agora
temos uma dinâmica de concorrência mundial. O
jogo que era jogado internamente agora alcançou
players globais. Em relação a migração dos mercados,
a China, no começo dos anos 2000, comprava algo
como 500 mil toneladas para o país asiático, hoje
apenas a Suzano exporta 7 milhões de toneladas para
o mercado chinês. A presença nesses países asiáticos,
que cresceram economicamente nesse período mais
recentes, mudaram a nossa forma de negociar. Isso
muda a forma de lidar com contratos, com clientes,
com uma relação muito diferente do que é o negócio
com o mercado ocidental.
Celulose: Como a retirada da silvicultura do rol de
atividades poluentes pode influenciar os negócios
da Suzano?
Aires: É uma correção de um erro histórico. Isso
era um equívoco gigantesco, que atrapalhava muito
o setor. Por exemplo, por questão de regulação
dentro dos ministérios, que por muito tempo estava
sob o guarda-chuva do MMA (Ministério do Meio
Ambiente), mesmo sendo uma atividade focada em
produção, tinha a provação do uso de uma molécula
específica para favorecer a produção, no agro era um
preço, na floresta era outro, pois a regulamentação
para a floresta era muito mais custosa. A correção
dards, planting 1.6 million seedlings a day. The
forest area has become productive, where time,
productivity, and efficiency have become much
more important for production. It is a very professional,
organized, technological, and controlled
management, with daily inventories and satellite
evaluations.
There has been a radical change in the way forests
are viewed. From a market perspective, Brazil is
a country competing with itself. We used to have
Aracruz, Suzano, and Eldorado - they were local
competitors. Then, with the mergers, we started
to have regional competition as a South American
company, and now we have a dynamic of global
competition. The game that used to be played
internally has now reached the global players. In
terms of market migration, at the beginning of the
2000s, China was buying about 500 thousand
tons; today, Suzano alone exports 7 million tons
to the Chinese market. The presence of these
Asian countries that have grown economically in
recent years has changed the way we do business.
It changes the way we deal with contracts and
customers, and it has a very different relationship
from the way we do business with the Western
market.
Celulose: How can the removal of forestry from
the list of polluting activities affect Suzano’s
business?
Aires: It is a correction of a historical error. It was
a huge mistake that really hindered the Sector.
For example, because of the regulation within
the ministries, which for a long time were under
the umbrella of the Ministry of the Environment
(MMA), even though it was an activity focused on
production, if there was evidence of the use of a
O que tenho como desejo de legado é impactar o maior número
de pessoas possível ao longo do tempo, de maneira positiva,
fazendo com que elas tenham mais igualdade de oportunidades e
de realização, principalmente nessas regiões mais distantes e carentes
dos grandes centros
77
E N T R E V I S T A
desse erro histórico abre possibilidade de agilizar e
ganhar velocidade na aprovação do uso de produtos
para aplicação em área florestal muito mais interessantes.
Não existe uma área agrícola tão protetora do
meio ambiente como a silvicultura, todas as empresas
têm boas práticas, são certificadas, têm regulações
restritivas e deveríamos ser tratados como áreas potencialmente
protetoras e não poluidoras.
Celulose: Durante a pandemia teve um crescimento
muito acima da média. Como foi a reação da
Suzano a todas as oscilações de valores no pós-
-pandemia?
Aires: A Suzano é uma empresa centenária e já passou
por uma série de ciclos econômicos, de governos,
afins, e passou por todos eles com muito êxito. O
mercado é cíclico, durante a pandemia tivemos por
questões circunstanciais uma demanda muito maior
por questões de higiene que se tornaram itens de
primeira demanda e com boatos que falavam e falta
de papel no mundo. Com bons projetos, como o Cerrado,
sabemos que a oferta irá aumentar, e estamos
prontos para essas oscilações, mas tudo dentro de
algo previsível e estudado. O que mais mudou foi o
preço de produção, daqueles que já tinham custos
mais altos, como por exemplo, na Europa a energia
vem em grande parte da Rússia, o que aumentou
demasiadamente o preço de produção, devido à
guerra por lá. Custos de mão de obra, por mudanças
de legislação, fez com que o preço da celulose não
recue aos patamares anteriores. Tudo isso fez com
que o custo desse produtor marginal tenha aumentado,
elevando também o preço da celulose, mas não
deixa recuar aos valores aplicados previamente. Já
entendemos que o preço da celulose vai ficar na casa
de US$ 500 a tonelada, por isso nos programamos
para sempre estar prontos para esses desafios.
Celulose: Como foi a mudança da presidência da
Suzano para o mercado e para a diretoria?
Aires: Foi algo muito natural. É importante separar a
imagem que as pessoas têm publicamente ou que o
público imagina em detrimento a realidade. A Suzano
é uma empresa muito grande, muita história e muito
sólida. Nenhum executivo será maior que a empresa.
Walter Schalka foi muito importante em um momento
de crescimento, de retomada e modernização da
empresa. Ele mesmo falou com o conselho, entendeu
certain molecule to favor production, it was one
price in agribusiness and another in the forest, because
the regulation for the forest was much more
costly. Correcting this historical error opens up
the possibility of streamlining and speeding up the
approval of products for use in forest areas, which
are much more interesting. There is no Agricultural
Sector as protective of the environment as
forestry; all companies have good practices, are
certified, and have restrictive regulations, and we
should be treated as potentially protective and
non-polluting.
Celulose: During the pandemic, growth was
well above average. How did Suzano react to
all the volatility after the pandemic?
Aires: Suzano is a century-old company that
has gone through a series of economic cycles,
governments, and the like and has come out of all
of them very successfully. The market is cyclical,
and during the pandemic, we had a much greater
demand for hygiene products, which became
the first items of demand, with rumors that there
was a shortage of paper in the world. With good
projects like Cerrado, we know that supply will
increase, and we are prepared for these fluctuations,
but all within something predictable and
studied. What has changed the most is the price
of production, for those who already had higher
costs, for example in Europe most of the energy
comes from Russia, which has increased the price
of production very much due to the war there.
Labor costs, due to changes in legislation, have
meant that the price of pulp has not fallen back
to previous levels. All this has led to an increase in
the costs of the marginal producer, which has also
increased the price of pulp but has not allowed it
to return to its previous levels. We already know
that the price of pulp will be around US$500 per
ton, and we have planned to be ready for these
challenges.
Celulose: What was Suzano’s presidency transition
like to the market and Administrative
Council?
Aires: It was very natural. It is important to separate
the image that people have publicly, or that
the public imagines, from the reality. Suzano is a
78
que chegou em uma idade que seria importante fazer
essa transição. Toda a vice-presidência continua a
mesma, os times são muito bem estruturados e temos
certeza que agora com Beto Abreu, estaremos prontos
para os novos ciclos que virão.
Celulose: Quais os planos a curto prazo na Suzano?
Aires: Após darmos o start no Projeto Cerrado,
teremos uma série de possibilidades de investimentos
na área industrial dentro da Suzano, desde projetos
greenfield, estruturas novas, fábricas novas, diferentes
designs do que produzir, passando também por
retrofit e modernizações das fábricas. Avaliaremos
isso dentro de uma visão de alocação de capital,
analisando o que faz mais sentido para a companhia,
desde recompra de ações, pagamento de dividendos,
compras de empresas, investimentos próprios e modernização.
Vamos considerar o que se mostrar com a
melhor geração de valor para os acionistas no médio
e longo prazo. Mas ressalto que não paramos os estudos
nos últimos anos, pelo contrário. Já conseguimos
implementar melhorias em algumas fábricas, como
as de Jacareí e Aracruz, e temos mais algumas no I.
Nos próximos meses, devemos decidir o que fazer e
comunicar ao mercado.
Celulose: O mercado de embalagem tende a crescer
em um mundo com cada vez mais deliverys e
de compras online?
Aires: Entendo que é uma tendência. As pessoas
mais jovens fazem isso cada vez mais, o que aumenta
uma perspectiva de demanda por embalagens para
essas entregas. Vejo crescimento em duas frentes: no
mercado de embalagem, por exemplo, em função
das demandas online. Isso se mostra tão crescente ao
longo dos últimos anos, e tem grande potencial. Há,
da mesma forma, um crescimento da demanda por
produtos associados à higiene pessoal. Essa tendência
acontece porque os países vão ficando mais ricos.
China e Índia são dois países com potencial enorme
de crescimento da demanda por higiene. Quanto
maior a renda per capita das pessoas, maior o consumo
de papéis ou itens de higiene. Atualmente, a
média da China é um terço ou um quarto do que a
média da Europa, por pessoa. Portanto, há um potencial
grande de crescimento dos papéis de higiene,
assim como as compras online, que também demanvery
large company with a long history and is very
solid. No executive will be bigger than the Company.
Walter Schalka was very important during
a period of growth, recovery, and modernization
of the Company. He spoke to the Administrative
Council, and he understood that he had reached
an age where it was important to make this transition.
All the vice presidents remain the same, the
teams are very well structured, and we are sure
that now, with Beto Abreu, we are ready for the
new cycles that are coming.
Celulose: What are Suzano’s short-term plans?
Aires: After we start the Cerrado Project, we have
a series of investment opportunities in the industrial
area within Suzano, from greenfield projects
to new structures, new factories, different designs
of what to produce, and retrofitting and modernizing
factories. We will evaluate this from a capital
allocation perspective, analyzing what makes the
most sense for the Company, from share buybacks,
dividend payments, acquisitions, investments,
and modernization. We will look at what creates
the best value for shareholders in the medium and
long term. But I want to emphasize that we have
not stopped our studies in recent years. We have
already managed to implement improvements in
some plants, such as Jacareí and Aracruz, and we
have a few more in the pipeline. In the coming
months, we should decide what to do and communicate
it to the market.
Celulose: Is the packaging market likely to
grow in a world with more and more deliveries
and online shopping?
Aires: I think it is a trend. Younger people are
doing it more and more, which increases the prospect
of demand for packaging for these deliveries.
I see growth on two fronts: in the packaging
market, for example, because of online demand.
This has been growing in recent years and has
great potential. There is also a growing demand
for products related to personal hygiene. This is
happening because countries are getting richer.
China and India are two countries with huge
potential for growth in hygiene demand. The higher
people’s per capita income, the higher their
consumption of paper or hygiene products. Right
79
E N T R E V I S T A
dam o consumo de embalagens.
Celulose: Quais seus principais objetivos e que
legado deseja deixar?
Aires: Ter oportunidade de conduzir um trabalho
como o Projeto Cerrado é uma realização profissional
e pessoal que vai muito além dos resultados
para a empresa. Conseguimos medir sucesso, e uma
boa medida de sucesso é o número de pessoas que
impactamos. Um projeto como a nova fábrica de
Ribas do Rio Pardo (MS) impacta muitas pessoas, não
somente dentro da Suzano, mas, principalmente,
fora da companhia. Temos totais condições de, com
a implementação da nova fábrica, mudar de forma
relevante toda uma região. Obviamente que a cidade
vai ser completamente diferente em 10 anos do que
ela era em 2021, quando começamos a construir
o projeto. As pessoas, incluindo jovens e crianças,
tinham como perspectiva trabalhar no comércio
local, na agricultura familiar, frentes mais restritas a
um município pequeno do interior do Brasil. Porém,
hoje, com o advento da fábrica, há perspectiva para
esses jovens cursarem universidades e trabalharem na
própria cidade, como engenheiros, médicos ou advogados,
por exemplo. O impacto econômico social e
saúde é gigantesco em um projeto como este. Temos
a oportunidade e a sorte de estar atuando em uma
empresa, e conduzir uma área que tem a chance de
impactar demais a vida das pessoas. O que tenho
como desejo de legado é impactar o maior número
de pessoas possível ao longo do tempo, de maneira
positiva, fazendo com que elas tenham mais igualdade
de oportunidades e de realização, principalmente
nessas regiões mais distantes e carentes dos grandes
centros. Essa é a principal vontade que tenho, viabilizar
esse tipo de projeto que muda a vida das pessoas,
não só na Suzano, mas também fora da companhia.
now, the average in China is a third or a quarter of
the average in Europe per person. So, there is huge
growth potential for tissue, as well as for online
shopping, which also requires packaging.
Celulose: What are your main goals, and what
legacy would you like to leave?
Aires: Having the opportunity to lead a project like
the Cerrado Project is a professional and personal
achievement that goes far beyond the results for
the Company. We can measure success, and a
good measure of success is the number of people
we impact. A project like the new mill in Ribas de
Rio Pardo (MS) has an impact on many people,
not only within Suzano but especially outside the
Company. With the implementation of the new
plant, we are in a position to change an entire
region significantly. Of course, in 10 years, the City
will be completely different than it was in 2021
when we started the Project. People, including
young people and children, had the prospect of
working in local commerce and family farming, but
fronts were more limited to a small town in the
interior of Brazil. But today, with the arrival of the
factory, there are prospects for these young people
to go to university and work in the city, itself, as
engineers, doctors, or lawyers, for example. The
economic, social, and health impact of a project
like this is enormous. We have the opportunity and
the good fortune to work in a company and lead
an area that has the chance to have a huge impact
on people’s lives. What I would like to leave as
a legacy is to have a positive impact on as many
people as possible over time, to give them more
equal opportunities and fulfillment, especially in
the more remote regions that are lacking in the
big cities. My main desire is to make this type of
project viable and change people’s lives, not only
at Suzano but also outside the Company.
O Projeto Cerrado coloca a Suzano em um ciclo de expansão e
crescimento diferente do que era feito anteriormente, colocando a
empresa em um lugar de poder crescer internacionalmente de forma
muito mais efetiva
80
EM 2025 A REVISTA BIOMAIS
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ABRIL 2025
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Local: Hertogenbosch (Países Baixos)
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MAIO 2025
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Data: 4 a 7
Local: Mineápolis (EUA - Estados Unidos da América)
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