Revista Betão
Titulada pela APEB (Associação Portuguesa das Empresas de Betão pronto) e editada pela Companhia das Cores, a Revista Betão desde o seu primeiro número que se afirmou como um natural e relevante projecto de promoção do sector do betão pronto. Com uma periodicidade semestral e uma linha editorial única e de maior qualidade técnica, a BETÃO dirige-se a projectistas, Engenheiros, Arquitectos, produtores de Betão, Técnicos das Câmaras Municipais, Pre-fabricantes, Produtores de materiais (argamassas, cimentos, etc), Universidades, Escolas Superiores de Engenharia, Associações Congéneres e Associações Internacionais (FIHP, ERMCO, entre outras) assegurando uma distribuição com cobertura nacional, incluindo Açores e Madeira.
Titulada pela APEB (Associação Portuguesa das Empresas de Betão pronto) e editada pela Companhia das Cores, a Revista Betão desde o seu primeiro número que se afirmou como um natural e relevante projecto de promoção do sector do betão pronto. Com uma periodicidade semestral e uma linha editorial única e de maior qualidade técnica, a BETÃO dirige-se a projectistas, Engenheiros, Arquitectos, produtores de Betão, Técnicos das Câmaras Municipais, Pre-fabricantes, Produtores de materiais (argamassas, cimentos, etc), Universidades, Escolas Superiores de Engenharia, Associações Congéneres e Associações Internacionais (FIHP, ERMCO, entre outras) assegurando uma distribuição com cobertura nacional, incluindo Açores e Madeira.
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Nº51
Nov. 2024
Entrevista: Rita Bento, Prof. Catedrática no DECivil do IST
Técnica: Avaliação do desempenho de betões
incorporando areia britada de calcário com diferentes teores de finos
Obras: Fábrica 390 (Matosinhos) | Túneis de Drenagem de Lisboa
| Requalificação do Mosteiro de Leça do Balio: o “templo” de Álvaro Siza
Editorial
A Fiscalização da Qualidade do Betão em Face
do Perigo Sísmico: Uma Necessidade Urgente
Caros leitores,
Jorge Reis
Diretor Geral
O recente sismo que abalou algumas regiões de Portugal relembrou-nos
da vulnerabilidade do nosso país face a fenómenos
naturais inevitáveis. Embora não possamos prever quando o próximo
sismo ocorrerá, é certo que Portugal se encontra numa
zona de risco sísmico. Neste contexto, a fiscalização rigorosa da
qualidade do betão utilizado nas construções, tal como definido
no Decreto-Lei 90/2021 assume um papel crucial para garantir a
segurança das infraestruturas e, acima de tudo, a proteção das
vidas humanas.
O betão é um dos principais materiais de construção em Portugal,
utilizado tanto em edifícios residenciais como em grandes
obras públicas. No entanto, a simples utilização deste material
não é suficiente para garantir a segurança em situações de
sismo. É fundamental assegurar que o betão utilizado nas construções
cumpre com as características definidas em projeto,
especialmente no que diz respeito à sua resistência à compressão,
propriedade essencial para fazer face às forças dinâmicas
geradas pelos sismos.
A fiscalização deve começar desde o processo de fabrico, com
um controlo rigoroso das matérias-primas, dosagem e mistura
do betão, motivo pelo qual os produtores de betão devem ter o
controlo da produção de betão certificado por um organismo de
certificação acreditado, em conformidade com as disposições
constantes da NP EN 206 ou o sistema de gestão da qualidade
da produção do betão, certificado de acordo com a NP EN IS0
9001 por um organismo de certificação acreditado.
Ensaios de resistência à compressão devem ser realizados como
definido nas normas, para garantir que o betão produzido tem a
capacidade de suportar as cargas exigidas pelo projeto estrutural,
que naturalmente foi elaborado para responder adequadamente
a eventos sísmicos.
As normas que regem as construções em zonas sísmicas foram
desenvolvidas precisamente para reduzir o risco de colapso em
caso de tremores de terra, mas só são eficazes se forem seguidas
e aplicadas com rigor.
Face à incerteza de quando ocorrerá o próximo sismo, a fiscalização
rigorosa da qualidade do betão nas construções é
mais do que uma exigência técnica: é uma questão de segurança
pública. É urgente que esta seja uma prioridade na
agenda da construção civil em Portugal, para que estejamos
preparados para o que o futuro nos reserva.
novembro 2024 03
Possuímos uma abordagem centrada no cliente
e estruturamos os nossos projetos de acordo
com as necessidades específicas dos nossos
clientes.
A Edilages nasceu em 1990 e adoptou uma
política de formação contínua dos seus
colaboradores, garantindo, deste modo, a sua
aptidão para o desenvolvimento das suas
competências face à constante evolução dos
mercados. O planeamento estratégico é uma
prática de gestão que está na origem do
sucesso das organizações, sendo a vantagem
competitiva de um projeto constituída pela
diferença.
Os três pontos a marcar o reconhecimento pelos
seus clientes ao longo do tempo, são a
qualidade, capacidade e competitividade. Com
uma política de investimento sustentada tem
vindo a verificar um crescimento contínuo ano
após ano, dispondo de uma frota própria de 38
autobetoneiras e 8 bombas de betão de modo
a agilizar o fornecimento de betão e com 3
centrais de betão no Polo industrial de Penafiel.
O Controlo de Conformidade dos betões é
efetuado de forma a dar cumprimento ao
definido em NP EN206-1, das Normas
Portuguesas e Especificações do LNEC aplicáveis
de forma a garantir a resposta de todas as
solicitações dos clientes e efetuar um controlo
rigoroso de todo o betão produzido e fornecido.
Rua Pedreira das Lages 4560-144 Guilhufe, Penafiel geral@edilages.com 255 215 300
Sumário
Fotografia de capa: Requalificação do Mosteiro de Leça do Balio, Secil Betão, S.A. | © Carlos Noronha
Nº51
nov. 2024
06 Notícias
› Dia do Betão 2025: Save the date
› APEB abre Laboratório Acreditado no Algarve
› Estatística Setorial 2023
18 Entrevista
Rita Bento – Professora Catedrática
de Mecânica Estrutural e Estruturas no DECivil do IST
26 Vida Associativa
Restradas, Lda.
30 Obra
Túneis de Drenagem de Lisboa
40 Obra
Requalificação do Mosteiro de Leça do Balio
– O ”templo” de Álvaro Siza
42 Técnica
Avaliação do desempenho de betões incorporando
areia britada de calcário com diferentes teores de finos:
betão para 100 anos de vida útil em estruturas marítimas
54 Obra
Fábrica 390 – Requalificação Urbana em Matosinhos
com Betão Colorido
72 Acervo Normativo Nacional
Sobre Betão e os seus Constituintes
Associados da APEB: ABB, Alves Ribeiro, Betão Liz, Betopar, Brivel, Concretope, Edilages, Ibera, Lenobetão, Marques Britas, Mota-Engil, Pragosa Betão,
Restradas, Secil Betão, SPintos, Sonangil Betão, Tconcrete, Tecnovia e Valgroubetão.
Membros Aderentes da APEB: Betoparts, Chryso Portugal, Gebomsa, Mapei, Master Builders Solutions, MC-Bauchemie e Sika Portugal.
Propriedade APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto – Rua Vieira da Silva, nº 2, 2650-063 Amadora • T. 217 741 925 • geral@apeb.pt • apeb.pt
Diretor Luís Goucha | Coordenação Editorial Jorge Reis | Publicidade Ana Diniz geral@apeb.pt
Design e Paginação Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda. – Campo Grande, 183, 2.º Andar – 1700-090 Lisboa
T. 213 825 610 • marketing@companhiadascores.pt • companhiadascores.pt
Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores.
05
Notícias
DIA DO BETÃO 2025
Em 2025, o setor da construção vai celebrar novamente
um evento único e imperdível: o DIA DO BETÃO. Com
o objetivo de promover e credibilizar a atividade do
betão pronto, este evento é a oportunidade ideal para
profissionais, empresas e todos aqueles que se relacionam
com o setor se reunirem, trocarem conhecimentos
e celebrarem a importância deste material essencial
e único na construção civil.
O betão é o principal componente da maioria dos nossos
edifícios e infraestruturas, sendo por isso um elemento-chave
para o crescimento e evolução sustentada
das cidades e da sociedade. Durante o DIA DO
BETÃO, serão realizadas apresentações, workshops
e exposições sobre as mais recentes inovações tecnológicas,
as melhores práticas na produção e aplicação do
betão e os desafios que o setor enfrenta para garantir
soluções cada vez mais sustentáveis e eficientes.
Além disso, o evento será uma excelente oportunidade
para fortalecer a rede de contatos, partilhar experiências
e promover parcerias que podem impulsionar
a indústria do betão pronto. Especialistas e líderes do
setor estarão presentes para partilhar a sua visão sobre
o futuro do betão pronto, discutindo desde a qualidade
do produto até as novas soluções para reduzir
o impacto ambiental das construções.
SAVE THE
DATE:
DIA DO
BETÃO
2025
Marque já na sua agenda o DIA DO BETÃO 2025
que está previsto decorrer na primeira semana
de junho de 2025 em dia e local ainda por definir,
pois este evento será, sem dúvida, um marco importante
para o setor.
06
Unidades de produção e
comercialização de betão destinado
a estruturas betonadas in situ,
estruturas e produtos estruturais
prefabricados para edifícios e
engenharia civil.
BUILDING THE FUTURE
pragosa.pt
1
2
3
4
5
6
7
8
9
TOJAL
CALDAS DA RAINHA
TORRES VEDRAS
ALENQUER
ALMADA
MONTEMOR
ALCÁCER DO SAL
LAGOS
S. BRÁS DE ALPORTEL
3
1
A
2
4
B
C
Unidades de Produção e
Comercialização de Agregados
Naturais
5
D
7
6
A
B
C
TURQUEL
CANO
STA. EULÁLIA
D
SESIMBRA
8
9
PORQUE O FUTURO SE CONSTRÓI
A PARTIR DO QUE FAZEMOS NO PRESENTE
• Em Portugal, atuamos a partir de 9 Centrais de Betão Pronto
e 4 Unidades de Produção de Agregados.
• Investimos em Energia Produtiva Limpa (Painéis Fotovoltaicos).
• Estamos na linha da frente na produção de uma nova geração de betão, à base
de Agregados Reciclados:
Notícias
APEB abre Laboratório Acreditado
no Algarve
Melhoria da Qualidade de Serviço
para Associados e Clientes
É com grande satisfação que a APEB informa da abertura
de um novo laboratório de ensaios de betão para
servir a região do Algarve, um investimento estratégico
para a melhoria contínua da qualidade dos seus
serviços e para a satisfação de todos os associados
e clientes. Este novo espaço está devidamente equipado
para proceder à realização de ensaios de resis-
tência à compressão axial de provetes de betão, com
o objetivo de garantir precisão, rapidez e fiabilidade
nos resultados.
A APEB tem-se empenhado ao longo dos seus
39 anos de atividade, em oferecer soluções de excelência
para o setor da construção civil, e este novo
laboratório representa mais um passo na sua missão
08
Extração de agregados
de fornecer um serviço de referência, necessário e fundamental
para se garantir a qualidade do betão aplicado
nas construções.
A localização em Estoi, junto a Faro, Estrada de São
Brás de Alportel, 143Z, Sítio de Cancela, 8005-432 Faro,
também se destaca como uma vantagem, permitindo
uma maior proximidade com os associados e clientes
da região sul do país, o que se traduz em tempos de
resposta mais rápidos e maior facilidade para a receção
e ensaio dos provetes de betão.
Vantagens para os Associados
e Clientes
A abertura deste novo laboratório trará uma série de
benefícios concretos para todos:
• Aumento da Capacidade de Resposta: Com o novo
laboratório no Algarve, a equipa da APEB fica reforçada
para realizar os ensaios de betão de forma mais
célere, reduzindo o tempo de espera pelos resultados.
Este fator é importante numa atividade onde os prazos
são muitas vezes apertados pelo que a rapidez na
obtenção de resultados é uma mais-valia para todos;
• Equipamento: O laboratório está equipado com todo
o equipamento necessário à sua acreditação, de forma
a cumprir com o Decreto-Lei 90/2021 e restantes normas
associadas. A certificação e calibração de todo o
seu equipamento é fundamental para permitir a realização
dos ensaios com precisão e fiabilidade. O laboratório
dispõe também de uma câmara saturada para
guardar os provetes a ensaiar de acordo com as normas
em vigor;
• Redução de Custos Logísticos: Não só para os associados
e clientes da região do Algarve, mas para todos
os que construam na zona sul de Portugal, a proximidade
do novo laboratório permitirá uma redução
significativa dos custos logísticos associados ao transporte
de amostras, que antes exigiam deslocações
para outros pontos do país, obtendo-se assim uma
solução mais eficiente e económica;
• Apoio ao Crescimento do Setor: Este investimento
não beneficia apenas os associados da APEB e clientes
diretos, mas também contribui para o crescimento e
fortalecimento da indústria da construção no Algarve.
Ao oferecer serviços de ensaios de betão acreditados,
a APEB está a apoiar os projetos de construção,
novembro 2024
09
Notícias
infraestrutura e reabilitação da região, promovendo
a segurança no setor da construção
civil e obras públicas.
Compromisso com a Excelência
O novo laboratório é um testemunho do compromisso
da APEB com a excelência e com a
melhoria contínua dos seus serviços. “Acreditamos
que, com esta nova instalação, conseguiremos
atender às necessidades dos
nossos associados e clientes de forma mais
eficiente”, garante Jorge Reis, Diretor Geral
da APEB, deixando um convite a todos para
conhecerem o novo laboratório e a beneficiarem
das vantagens que ele oferece. “A nossa
equipa está pronta para dar continuidade ao
nosso trabalho com dedicação, competência
e foco na melhoria constante da qualidade
dos nossos serviços”, conclui.
Informações
› Morada: Estrada de São Brás de Alportel, 143Z, Sítio de Cancela, 8005-432 Faro
› Contacto: Abimael Siqueira
› Tlm.: 913 614 373
10
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Notícias
Estatística Setorial 2023
Dados Estatísticos do Setor do Betão Pronto em Portugal
e na Europa: Tendências, Desafios e Oportunidades
Todos os anos são publicados pela ERMCO – European
Ready Mixed Concrete Organization, dados estatísticos
relativos ao ano anterior no setor do betão pronto.
Destas estatísticas fazem parte a maioria dos países
europeus e da Comunidade Europeia, bem como outras
economias relevantes de forma a permitir obter mais
dados comparativos que nos ajudem a perceber o que
de melhor se vai fazendo pelo mundo neste setor. Desta
forma se reflete tanto a evolução da indústria quanto as
mudanças nas condições económicas e ambientais. Esta
análise visa explorar diversas facetas deste setor vital,
examinando dados estatísticos, as tendências de produção,
os consumos de cimento e demais componentes do
betão, os diferentes tipos de betão e muito mais.
Produção de Betão Pronto
em Portugal
Com base em estimativas da Associação Portuguesa das
Empresas de Betão Pronto – APEB, em 2023 produziram-
-se em Portugal 7,3 milhões de metros cúbicos de betão
pronto, o que representa um crescimento de aproximadamente
12% relativamente ao ano anterior.
Da análise do gráfico verifica-se que em Portugal, desde
2013, ano em que Portugal registou a sua produção mais
baixa de betão pronto nas últimas três décadas, que o
setor tem evidenciado um crescimento consistente e
regular.
Este aumento na produção também se traduziu num
aumento das receitas, com uma faturação estimada de
630 milhões de euros em 2023, excluindo o IVA.
De referir que os preços do betão variam muito de região
para região, pois são diversos os fatores que intervêm na
sua composição, como por exemplo o tipo de betão, o
custo das matérias-primas com que é fabricado, a distância
das matérias primas à central de betão e a distância a
que as obras se encontram dessa mesma central.
No entanto, ao olharmos para além das fronteiras nacionais,
podemos observar um panorama mais amplo. As
associações europeias que integram a ERMCO – European
Ready Mixed Concrete Organization, registaram
uma produção total de 390 milhões de metros cúbicos
em 2023, representando um decréscimo de global de
3% face a 2022.
É importante destacar que só três dos países europeus
associados da ERMCO registaram um crescimento em
2023 relativamente ao ano anterior, foram eles Portugal,
Espanha e Turquia. Todos os demais, a vermelho na
figura, viram as suas produções diminuírem face a 2022.
14
Produção de Betão Pronto em Portugal (milhões de m 3 )
12
10
8
6
4
2
0
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
12
Variação da produção de betão pronto
em 2023 nos países filiados na ERMCO
Consumo de Cimento
O consumo de cimento é o principal indicador do
desempenho do setor do betão pronto. Nos países filiados
na ERMCO o consumo total de cimento em 2023
foi praticamente idêntico ao registado em 2022, 223
milhões de toneladas vs 225 milhões de toneladas; contudo
uma análise mais profunda mostra que esta manutenção
do consumo total de cimento só acontece devido
ao grande aumento do consumo na Turquia, pois se considerarmos
só os países da Comunidade Europeia, verificamos
que o consumo passou de 153 milhões de toneladas
de cimento para 140 milhões de toneladas, ou seja,
registou uma quebra de 8%.
De todo o cimento consumido, 57% foi destinado a
abastecer as empresas de betão pronto. No contexto
português, o consumo estimado de cimento foi de
4,5 milhões de toneladas, mas apenas 42% desse cimento
foi destinado às empresas de betão pronto. Ainda
assim é de registar que este é o valor mais elevado de
sempre em Portugal.
Seguramente que para este aumento estará a contribuir
a gradual implementação do Decreto-Lei 90/2021,
pois só um controlo de qualidade do betão em obra e a
sua fiscalização por parte das autoridades competentes,
como se faz há muito na maioria dos países da Comunidade
Europeia, pode fazer com que Portugal se aproxime
do valor médio acima referido de 57%.
Atendendo ao fato de ainda estarmos longe da média
europeia, podemos concluir que serão ainda muitas as
obras que consumiram betão produzido por empresas
não certificadas, e betão do qual não foi verificada a sua
qualidade, nomeadamente a sua resistência à compressão,
uma vez que não foram executados provetes de
betão no local da obra e nem realizados os necessários
ensaios laboratoriais.
% de cimento para betão pronto
Força de Trabalho e Logística
O setor de betão pronto em Portugal empregou em
2023, direta e indiretamente, cerca de 2.500 trabalhadores
distribuídos por aproximadamente 230 centros de
produção localizados em todo o país, incluindo Portugal
continental, Madeira e Açores. Além disso, o setor
conta com uma frota de cerca de 1.300 autobetoneiras
que permitem o transporte eficiente de betão para
todas as regiões do país e também a sua colocação em
altura por cerca de 300 autobombas.
novembro 2024
13
Notícias
As associações europeias filiadas na ERMCO contam
com aproximadamente 13.000 centrais de betão, com
uma produção média anual de 30 mil metros cúbicos
por central em 2023, valor este idêntico à realidade portuguesa.
Produção Per Capita
A produção europeia de betão pronto, per capita, em
2023 situou-se em 0,7 metros cúbicos por habitante,
valor também este idêntico ao valor registado em Portugal.
Estes valores têm-se mantido constantes e sem
variações significativas desde 2020.
Dosagens de cimento e adições
As dosagens médias de cimento e de adições por
metro cúbico produzido em Portugal, foram respetivamente
de 258 kg de cimento e 44 kg de adições, sendo
que a média registada pelos países europeus filiados
na ERMCO foi respetivamente de 285 kg de cimento e
44 kg de adições. Uma explicação provável para a dosagem
média de ligante da ERMCO ser superior à média
registada em Portugal poderá estar diretamente relacionada
com o facto dos tipos de betões produzidos nos
restantes países filiados na ERMCO serem de maiores
resistências e de consistências mais fluidas.
Dosagem média de cimento (Kg/m 3 )
Dosagem média de adições (Kg/m 3 )
14
CARBOTECH
A REVOLUÇÃO NA
BOMBAGEM DE BETÃO
Em 2010, a CIFA introduziu a utilização de materiais compósitos na criação de
máquinas industriais para o sector da construção, concebendo lanças para
a bombagem de betão aplicando esta tecnologia inovadora.
Graças a um aumento da procura no mercado, a CIFA alargou a sua
oferta na série Carbotech, colocando à disposição uma gama de
bombas com lanças em carbono com um alcance de 40 a 80 metros,
assim como novas bombas para camiões betoneira de 28 metros.
+20%
RESISTENTE
PARA RESISTIR A
UTILIZAÇÕES
INTENSIVAS
Os materiais compósitos oferecem
maior resistência ao desgaste
comparados com o aço.
+20%
ALCANCE
LANÇAS MAIS COMPRIDAS,
PARA CHEGAR MAIS LONGE
-25%
PESO
LEVEZA EM
OPERAÇÃO E
CIRCULAÇÃO
Representante em Portugal: BETOPARTS - info@betoparts.com
VIDEOS CARBOTECH:
Notícias
Betão Bombeado
No que diz respeito à percentagem de betão bombeado,
temos que Portugal bombeou 52% do betão que
produziu, um valor muito próximo dos países representados
na ERMCO que bombearam 51% do betão que produziram.
Contudo, os países da Comunidade Europeia
só bombearam 36% do seu betão pronto.
% de betão bombeado
Esta análise detalhada do setor do betão pronto em
Portugal e na Europa apresenta uma perspetiva interessante
sobre as tendências, desafios e oportunidades
que este setor enfrenta. Com a evolução contínua da
indústria e a necessidade de adaptação às exigências
do mercado e às preocupações ambientais, é crucial
implementar práticas sustentáveis e eficazes, de modo
a assegurar um futuro forte e próspero para esta área
essencial da construção civil.
Dados de 2023 em Portugal 1)
Portugal
Volume de produção (milhões de m 3 ) 7,3
Consumo per capita (m 3 ) 0,7
Número de trabalhadores 2500
Número de centros de produção 230
Dosagem média de cimento (kg/m3) 258
Dosagem média de adições (kg/m3) 44
Número de veículos autobetoneira 1300
Número de veículos autobomba 300
Percentagem de betão bombeado 52%
1)
Estimativas elaboradas pela APEB
16
Entrevista
“Promover uma cultura de rigor
no setor da construção”
Rita Bento
Professora Catedrática de Mecânica Estrutural
e Estruturas no DECivil do IST
Fotografias © Pedro Bettencourt/Companhia das Cores
18
Referência nacional e internacional em Engenharia Estrutural e Engenharia Sísmica,
Rita Bento traz à revista Betão uma análise aprofundada sobre os riscos sísmicos
em Portugal. Tendo como ponto de partida o recente sismo de agosto, nesta
entrevista partilha a sua visão sobre a importância da prevenção sísmica em Portugal,
as preocupações com a reabilitação de edifícios antigos, passando pela adequação
da legislação e fiscalização no setor da construção, oferecendo uma perspetiva
detalhada e esclarecedora sobre os desafios e soluções para o reforço estrutural
das quais o betão faz parte.
Por Companhia das Cores
Que ensinamentos e conclusões
podemos retirar do sismo que ocorreu
no passado mês de agosto em
Portugal?
O sismo de 26 de agosto em Portugal
foi um evento de intensidade
moderada que, embora sentido em
várias regiões do sul e centro de Portugal,
sendo mais intenso nas zonas
de Setúbal e Lisboa, não causou grandes
danos ou vítimas. Este sismo, com
magnitude 5,3 na escala de Richter,
teve o epicentro localizado a aproximadamente
60 km a oeste de Sines,
no distrito de Setúbal.
Este evento sísmico destaca a presença
de uma falha tectónica com
potencial sismogénico na área onde
ocorreu, ou seja, com capacidade
para gerar sismos. Além disso, evidencia
a complexidade geológica do
sudoeste da Península Ibérica, uma
região caracterizada por uma vasta
rede de fraturas e falhas, muitas das
quais possuem elevado potencial sismogénico.
A grande importância deste sismo
reside, contudo, no facto de relembrar
ao país que os sismos são uma
realidade inevitável em Portugal, ao
sublinhar a necessidade de reforçar as
medidas de prevenção e de preparação
para um sismo de maior intensidade,
que pode vir a ocorrer a qualquer
momento. A conscientização e
o planeamento adequado são essenciais
para mitigar os riscos e proteger
a população e as infraestruturas.
Em Portugal, além da região de Lisboa,
que outras zonas ou regiões
são identificadas como mais vulneráveis,
com maior risco sísmico?
Antes de responder a esta questão é
importante relembrar que o risco sísmico
depende de três vetores importantes:
a perigosidade sísmica (há
regiões do país onde a probabilidade
de acontecimento de determinados
eventos sísmicos é maior); a vulnerabilidade
sísmica (reflete a maior
ou menor preparação de uma estrutura
para responder em segurança a
determinado sismo); e, finalmente, a
exposição (engloba os elementos em
risco – pessoas, estruturas, etc.- que
podem ser afetados no caso de ocorrer
um sismo). Assim, o maior risco sísmico
irá ocorrer se, em determinado
local, existirem elementos vulneráveis
expostos a níveis significativos
de perigosidade sísmica.
Por isso, em Portugal, o maior risco
sísmico regista-se na Área Metropolitana
de Lisboa, mas também no
Algarve e nos Açores.
Existem estudos específicos sobre
risco sísmico, vulnerabilidade sísmica,
disponíveis para consulta por
técnicos e entidades do setor da
construção? Em caso afirmativo,
esses estudos estão integrados nas
políticas de ordenamento do território,
ou seria desejável que estivessem?
Sim, em Portugal existem estudos
específicos sobre o risco sísmico,
desenvolvidos tanto por instituições
académicas quanto por entidades
como o Instituto Português do Mar
e da Atmosfera (IPMA), o Laboratório
Nacional de Engenharia Civil
(LNEC) e a Câmara Municipal de Lisboa
(sendo de destacar o programa
RESist, um programa da iniciativa
municipal que tem como objetivo
implementar uma série de medidas
que convergem para uma estratégia
de resiliência à escala da cidade de
Lisboa). Todos estes estudos se destinam
a apoiar técnicos, engenheiros
e outras entidades no planeamento,
no projeto e na construção, especialmente
em zonas identificadas como
de maior vulnerabilidade sísmica.
As políticas de ordenamento do território
apenas definem diretrizes orientadoras,
sem constituir normas vinculativas.
O Programa Nacional da
Política de Ordenamento do Território,
PNPOT (Lei n.º 99/2019) sistematiza
as vulnerabilidades críticas, evidenciando
as maiores fragilidades
territoriais e referindo, para o caso
dos sismos, que “Os territórios densamente
urbanizados e edificados
suscetíveis à ocorrência de sismos de
novembro 2024
19
Entrevista
intensidade muito elevada impõem
uma chamada de atenção para
medidas de proteção do edificado,
incluindo a adoção de soluções estruturais
especiais e outras medidas de
acréscimo da resiliência dos elementos
expostos em caso de catástrofe.”
O PNPOT, estabelecido pelo
governo, define a estratégia para a
organização e desenvolvimento territorial,
alicerçada numa visão de
longo prazo. Posteriormente, estas
linhas orientadoras são transpostas
para os Programas Regionais e traduzidas
em medidas concretas, que
são finalmente traduzidos nos instrumentos
de menor escala, que são os
planos municipais, da responsabilidade
dos Municípios.
E no que se refere às licenças de
construção, esses estudos são considerados
um requisito obrigatório?
Ou essa obrigatoriedade aplica-se
apenas a determinadas regiões do
país?
Em relação às licenças de construção
é preciso relembrar que no âmbito
do programa Simplex (programa
emblemático da política de modernização
administrativa em Portugal),
o Decreto-Lei n.º 10/2024 procede
“à eliminação da necessidade de
obter licenças urbanísticas, criando-
-se, para o efeito, novos casos de
comunicação prévia, de isenção e de
dispensa de controlo prévio”. Assim,
apesar de áreas de maior risco sísmico,
como a Área Metropolitana
de Lisboa, disporem de estudos de
risco sísmico e requisitos específicos
para, por exemplo, a definição
de relatórios de vulnerabilidade sísmica
que eram obrigatórios para a
obtenção de licenças de construção,
esta reforma do Simplex, elimina a
oportunidade para a sua utilização.
É importante relevar que, com esta
alteração, deixa de ser da responsabilidade
do município, por exemplo,
apreciar questões relativas ao interior
dos edifícios ou matéria relativa
às especialidades de engenharia.
Fica claro que os municípios deixam
de poder apreciar e aprovar projetos
(de especialidades) de engenharia,
os quais, quando submetidos, são
remetidos para arquivo e tomada
de conhecimento, e acompanhados
de termos de responsabilidade
“A conscientização e o planeamento
adequado são essenciais para mitigar
os riscos sísmicos e proteger a população
e as infraestruturas.”
emitidos pelos engenheiros, técnicos
competentes, em que os projetos
foram desenvolvidos em conformidade
com a lei.
Por outro lado, este decreto-lei dispensa
o licenciamento, criando, para
o efeito, novos casos de comunicação
prévia, de isenção e de dispensa
de controlo prévio para as
obras que aumentam o número de
pisos de um edifício ou as obras de
alteração no interior dos edifícios ou
das frações, desde que não alterem
a fachada. Esta permissão é muito
preocupante por duas razões óbvias:
este tipo de situações podem corresponder
a alterações estruturais
significativas, que exigem projetos
de estruturas que tem obrigatoriamente
que satisfazer a regulamentação
em vigor e por isso deveriam
ser verificados; mas também porque
evita a obrigação de remeter para os
Municípios estes projetos, deixando
as Câmaras de ter nos seus Arquivos
Municipais esta informação tão
importante para a eventual posterior
avaliação e reforço sísmico dos edifícios
existentes.
Na última edição do evento “Dia
do Betão”, na sua apresentação
perante a questão “Os edifícios de
betão armado são estruturas seguras?”
a resposta foi, naturalmente
“sim” desde que sejam cumpridos
todos os requisitos da regulamentação
em vigor, nomeadamente
o Eurocódigo 8 e o Decreto-Lei
95/2019. Neste contexto, surgem-
-nos algumas questões que merecem
alguma reflexão:
– Como é que se assegura o cumprimento
dessas normas?
– A quem compete a fiscalização
desse cumprimento? Se existe,
na sua opinião, uma fiscalização
adequada que garanta a conformidade
com a regulamentação.
– Em que fase ou fases especificas
do processo de construção
devem ser realizadas as ações de
fiscalização?
– Considerando o cumprimento da
regulamentação, esta é suficiente
e ajusta-se às necessidades atuais
do setor, ou entende que necessita
de atualização?
A legislação em vigor para o dimensionamento,
avaliação e reforço sísmico
é considerada adequada, exigente
e abrangente, com normas
em permanente atualização a serem
modernizadas para acompanhar o
avanço do conhecimento sobre o
comportamento sísmico das construções.
É, no entanto, essencial garantir
que a legislação em vigor é cumprida
e por isso seria fundamental ter uma
fiscalização eficaz ao nível do projeto
de estruturas (garantir que o projeto
20
“É importante relevar que,
com a reforma do Simplex,
os municípios deixam de
apreciar e aprovar projetos
(de especialidades) de
engenharia, os quais,
quando submetidos, são
remetidos para arquivo
e tomada de conhecimento,
e acompanhados de
termos de responsabilidade
emitidos pelos engenheiros,
técnicos competentes,
em que os projetos
foram desenvolvidos em
conformidade com a lei.”
satisfaz a regulamentação) e em obra
(para garantir que o que é projetado
é construído). Contudo, a fiscalização
no âmbito do projeto e construção
de estruturas requer melhorias
muito significativas. Como exemplo,
a CML atualmente só consegue fiscalizar
cerca de 17% das obras (por
falta de recurso humanos e materiais)
quando deveria fiscalizar uma percentagem
da ordem dos 70%. É essencial
estabelecer e aplicar regras mais
eficazes e rigorosas para a fiscalização
dos projetos e obras, garantindo
a segurança e qualidade das construções.
É essencial definir normas orientadoras
para otimizar o processo de
fiscalização e permitir aos Municípios
fiscalizar mais obras. É preciso relembrar
que agora, com a nova versão do
Simplex, os projetos deixam de estar
sujeitos a controlo prévio e por isso
as obras que daí resultam deveriam
todas ser fiscalizadas. Em sede de fiscalização
deveria exigir-se tudo o que
é definido por lei, em particular relatórios
de vulnerabilidade sísmica dos
edifícios sempre que há alterações
estruturais.
Na mesma intervenção, mencionou-
-se a importância das armaduras na
construção, que, juntamente com a
qualidade do betão, podem fazer
toda a diferença no reforço estrutural
dos edifícios de betão armado.
Os edifícios de betão armado podem
ser estruturas seguras face a
sismos? O que é necessário acautelar
para reduzir os danos e evitar
o colapso de edifícios de betão
armado em caso de sismo?
Na conceção dos edifícios, é importante
evitar irregularidades tanto em
planta como em altura, garantindo ao
edifício uma rigidez de torção adequada.
Por exemplo, se possível, é
recomendável colocar paredes resistentes
de betão armado de forma
simétrica na periferia da planta. No
dimensionamento e construção, é
fundamental assegurar que o betão
é de alta qualidade e que a quantidade
de armadura longitudinal e
transversal segue as prescrições regulamentares,
a fim de: permitir estru-
novembro 2024
21
Entrevista
turas dúcteis; aplicar mecanismos do
tipo viga fraca-pilar forte, com estribos/cintas
adequados em edifícios
porticados; assegurar um confinamento
adequado que forneça resistência
ao corte suficiente; garantir
uma boa aderência entre o betão e
o aço, bem como uma ancoragem e
sobreposição adequadas das armaduras;
obter uma resistência ao corte
satisfatória nos nós de ligação; considerar
a influência das paredes de
alvenaria no comportamento sísmico
das estruturas, entre outros fatores.
Estas medidas são essenciais para
garantir a segurança e resistência
dos edifícios de betão armado em
zonas sujeitas a atividade sísmica,
quer no dimensionamento de edifícios
novos de betão armado quer na
avaliação e reforço sísmico de edifícios
existentes.
Que soluções identifica para o
reforço estrutural dos edifícios de
Betão Armado? Existe alguma inovação
recente para o reforço de
estruturas?
São muitas as soluções de reforço
estrutural para edifícios de Betão
Armado, mas a solução adequada
só pode ser definida depois de ser
ter procedido à avaliação sísmica
do edifício existente como está definido
na Parte 3 do Eurocódigo 8. De
uma forma geral as intervenções de
reforço sísmico podem guiar-se por
duas estratégias: 1- redução da exigência
global do edifício existente
ou local em relação a alguns dos seus
elementos; 2- aumento da capacidade
dos elementos estruturais existentes.
A estratégia 1 está associada
normalmente à adição de elementos
estruturais novos, que conduzem ao
aumento da rigidez e da resistência
do edifício, ou à introdução de sistemas
de proteção sísmica (sistema de
22
“Seria sensato estabelecer prioridades na avaliação
e reforço sísmico de edifícios antigos, tornando obrigatório
reabilitar os edifícios críticos, como hospitais, escolas
e outras infraestruturas essenciais, de forma
a garantir a segurança das populações e a resiliência
dos serviços fundamentais em caso de sismo.”
isolamento base e/ou sistema de dissipação
de energia). Por outro lado,
com a estratégia 2 vai-se intervir nos
elementos sísmicos primários existentes
mais vulneráveis, aumentando
a sua capacidade de deformação e
a sua resistência, a partir de soluções
como, por exemplo o encamisamento
com betão, o encamisamento
com produtos FRP (polímeros
reforçados com fibras) ou o encamisamento
metálico.
Mais recentemente começaram a
ser estudadas soluções inovadoras
que podem ser aplicadas no reforço
de estruturas de betão armado e
que correspondem à utilização de
ligas de memória de forma (Shape
memory alloys). Devido às propriedades
próprias das ligas com memória
de forma, o seu uso como dispositivos
de controlo de vibrações
apresenta-se promissor, mesmo para
ações dinâmicas intensas como os sismos.
A possibilidade de instalar um
dispositivo numa estrutura que, além
de reduzir os esforços causados por
um sismo, também limita os deslocamentos
relativos e tem a capacidade
de se regenerar após o evento,
sem necessidade de manutenção,
tem gerado um interesse crescente
no aprofundamento do seu estudo
e da sua aplicação.
Nos últimos anos, temos assistido
a um aumento exponencial da reabilitação
urbana, sendo que muitos
dos edifícios reabilitados são antigos.
Quais são as principais preocupações
associadas a este tipo de
reabilitação? Na sua opinião, deveria
ser obrigatória uma avaliação e
reforço sísmico em todos os edifícios
antigos antes de qualquer intervenção
de reabilitação?
A reabilitação urbana, com o estudo
e a proposta de reforço de edifícios
existentes, apresenta uma forte exigência
em competências de engenharia
estrutural e no conhecimento
das técnicas de análise estrutural disponíveis,
devido à complexidade
da avaliação de segurança de edifícios
antigos. O uso de pressupostos
errados na caraterização da estrutura
existente e na modelação numérica
podem levar a uma avaliação inadequada,
pondo em risco a segurança
da estrutura ou, em alternativa, exigindo
custos excessivos para a sua
reabilitação. Sem dúvida que atualmente
a conservação estrutural em
geral, é um tópico desafiante, obrigando
os engenheiros a incursões
que ultrapassam as práticas comuns
e os pressupostos regulamentares.
Por isso, uma reabilitação adequada
exige sempre um conhecimento profundo
da regulamentação existente
e capacidades relevantes de análise
de estruturas. São diversas as dificuldades
existentes na reabilitação
de estruturas sendo importante destacar
o conhecimento limitado que
normalmente se tem, quer das estruturas,
quer das propriedades mecânicas
dos materiais que as constituem.
O conhecimento adequado das propriedades
mecânicas dos materiais
existentes nos edifícios exige a necessidade
de realização de testes in situ,
tornando todo o procedimento mais
demorado e caro. Por outro lado, o
reforço estrutural tem que ser feito
sempre ao nível do edifício e nunca
apenas ao nível da fração; desta forma
a reabilitação urbana exige o acordo
de todo o condomínio podendo claramente
dificultar a reabilitação de
edifícios.
novembro 2024
23
Entrevista
PERFIL
Idealmente, seria obrigatório realizar
uma avaliação e reforço sísmico em
todos os edifícios antigos existentes.
Contudo, esta ideia revela-se irrealista,
devido aos elevados custos e à
falta de capacidade financeira para
a sua implementação generalizada.
Assim, seria mais sensato estabelecer
prioridades, mas tornando obrigatório
reabilitar os edifícios críticos,
como hospitais, escolas e outras
infraestruturas essenciais, de forma a
garantir a segurança das populações
e a resiliência dos serviços fundamentais
em caso de sismo.
Como avalia o nível de conhecimento
sobre segurança sísmica entre
os profissionais do setor em Portugal?
Considera que há margem
para melhorar a formação e capacitação
dos profissionais, desde
engenheiros a técnicos de fiscalização,
sobre os riscos e a preparação
para sismos? Confirmando-se, o
que poderia ser feito?
O nível de conhecimento sobre avaliação
e reforço sísmico de estruturas
entre os profissionais do setor em
Portugal apresenta lacunas com significado,
especialmente em relação
às práticas mais recentes de modelação
e avaliação estrutural e aos
avanços técnicos no reforço estrutural
sísmico de edifícios. Embora
existam muitos profissionais competentes
e bem informados, a sensibilização
para a importância da segurança
sísmica e da formação contínua
nem sempre são uma prioridade no
setor. O investimento na formação
contínua dos profissionais envolvidos
é de grande importância, e uma
cultura de rigor, tanto no desenvolvimento
do projeto quanto na execução
das obras, é indispensável.
Professora Catedrática de Mecânica Estrutural e Estruturas
no Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura
e Ambiente (DECivil) do Instituto Superior Técnico
(IST), Universidade de Lisboa, os interesses académicos
de Rita Bento envolvem as áreas de Engenharia Estrutural
e Engenharia Sísmica com ênfase na avaliação sísmica
e reforço estrutural do património construído, edifícios
antigos existentes de alvenaria e betão armado.
É Presidente da subcomissão 8 da Comissão Técnica
Portuguesa de Normalização Eurocódigos Estruturais
(CT115/SC8), e a representante nacional na Comissão
Técnica CEN/TC250/SC8 do Eurocódigo 8 no Comité
Europeu de Normalização. Cargo que acumula com a de
membro da Comissão Executiva da Associação Europeia
de Engenharia Sísmica (EAEE).
É também Editora Associada do Bulletin of Earthquake
Engineering e Coordenadora do WG12 – Continuing
Education and Professional Development da EAEE, dirigindo
a série de webinars internacionais orientados à
comunidade técnica e científica sobre a segunda geração
do Eurocódigo 8.
Enquanto Diretora do programa de doutoramento em
Análise e Mitigação de Riscos em Infraestruturas do IST
(http://infrarisk.tecnico.ulisboa.pt), orientou mais de 100
trabalhos de mestrado ou doutoramento no âmbito do
dimensionamento, avaliação e reforço sísmico de estruturas
de betão armado, alvenaria e metálicas. É ainda coautora
de mais de 300 publicações em revistas científicas
internacionais, livros e proceedings de conferências.
Há certamente margem para melhorar
a formação e capacitação dos
profissionais, desde engenheiros a
técnicos de fiscalização. Para isso,
poderiam ser concretizadas ou intensificadas,
várias iniciativas por parte
das ordens profissionais, academia,
centros de investigação, municípios,
etc. São disso exemplo as seguintes
linhas de intervenção:
• Programas de Formação Contínua:
Promoção de cursos de especialização
em engenharia sísmica,
que abordem desde técnicas de
avaliação e reforço estrutural sísmico
à atualização de normas e
regulamentação.
• Workshops: Organização de workshops,
seminários e exercícios práticos
de simulação de resposta sísmica,
onde os profissionais possam
aplicar técnicas de reforço e
avaliar a resiliência de estruturas, o
que contribuiria para uma formação
mais prática e dinâmica.
• Sensibilização e Educação no
Local de Trabalho: Promoção, nas
empresas e entidades do setor,
ações de sensibilização sobre a
importância da preparação sísmica,
incentivando o compromisso
com práticas de construção segura
e resiliência estrutural.
24
A Universidade do Algarve (UAlg), em colaboração
com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil
(LNEC), Universidade Politécnica de Valência (UPV) e
Universidade de Cádis (UCA), está a organizar o 6º
Congresso Ibero-Americano de Betões Especiais
(HACBAC2025) – Betão e Sustentabilidade.
Trata-se de um congresso cujo objetivo é juntar
contribuições válidas, originais e inovadoras para o
desenvolvimento do conhecimento sobre o material
betão e particularmente sobre os betões especiais, de
forma multidisciplinar abordando os vários assuntos
relacionados com impacto nesta área de investigação
que obrigatoriamente terá de superar diversos
desafios num futuro próximo, tanto no meio
académico como na indústria.
Esta 6ª edição do HACBAC decorrerá nos dias 18 e
19 de setembro de 2025, na histórica cidade costeira
de Faro, Algarve, Portugal, no Instituto Superior de
Engenharia da Universidade do Algarve.
O HACBAC2025 terá como idiomas oficiais o
português, o espanhol e o inglês.
O prazo para submissão de resumos termina a 31
de janeiro de 2025.
Toda a informação disponível em:
https://hacbac2025.ualg.pt/
Miguel José Oliveira
(Presidente da Comissão Organizadora)
H A C B A C 2 0 2 5 | I S E - U n i v e r s i d a d e d o A l g a r v e | C a m p u s d a P e n h a | 8 0 0 5 - 1 3 9 F A R O | P o r t u g a l | h a c b a c 2 0 2 5 @ u a l g . p t
Vida Associativa
RESTRADAS, Lda.
A dar forma ao futuro
Construção do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1952)
A RESTRADAS fundada em 1995, é uma empresa com
vasto leque de serviços e soluções a nível da Engenharia
Civil, sendo a sua principal área de negócio a execução
de obras públicas e privadas numa vasta gama
de especialidades e áreas de atuação, a saber:
• Construção civil;
• Indústria de produtos não-metálicos (Produção
e comercialização de misturas betuminosas e betão
pronto);
• Indústria extrativa e de transformação (Produção e
comercialização de agregados em 2 centrais de britagem);
• Infraestruturas e vias de comunicação;
• Movimentos de terras e demolições;
• Valorização de Resíduos de Construção e Demolição
(RCD’s).
A RESTRADAS consciente da sua responsabilidade
ambiental e de forma a ir ao encontro aos princípios
da sustentabilidade ambiental e proteção do ambiente,
encontra-se licenciada pelo Ministério da Economia -
Direção Regional da Economia do Norte, com Alvará
da Licença de Exploração N.º 01/2014 para o exercício
de atividades de Valorização de Resíduos Inertes,
de Betão e de Betuminoso.
Em resposta às necessidades internas e externas, a RES-
TRADAS, no ano 2017, decidiu apostar numa outra área
de negócio, a produção e comercialização de betão
pronto. Para tal, desde o ano de 2018, a empresa possui
controlo de produção em fábrica de betão pronto
de acordo com a norma NP EN 206-1.
Para implementar as melhores práticas, o controlo de
conformidade do betão é apoiado por um laboratório
26
acreditado que lhe permite abordar o mercado com confiança
e rigor nos produtos de excelência que são produzidos
e distribuídos.
A central de betão está localizada em Penafiel, com acesso
direto à autoestrada A4 o que permite atuar numa grande
área geográfica. Tem como critério fornecer um betão de
excelente qualidade, cumprindo com os parceiros a nível
de prazos e horários.
A RESTRADAS para responder às exigências do mercado e
consciente da qualidade e rigor dos seus produtos, optou
por uma política de certificação de todas as áreas de negócio
através da marcação CE dos agregados (EN 12620; EN
13043; EN 13139; EN 13242; EN 13383), da certificação do
controlo de produção em fábrica das misturas betuminosas
(EN13 128-1) e da certificação do controlo de produção no
fabrico do betão pronto (NP EN 206; NP EN 206-1).
novembro 2024
27
MasterCO 2
re
Inovadora tecnologia ICS (Intelligent Cluster System)
para fabrico de betão com cimentos de baixo
conteúdo de clínquer.
A chave mestra para a descarbonização eficiente
e economicamente viável do betão
MasterCO 2
re: Uma nova era para o betão sustentável
O MasterCO 2
re é uma tecnologia inovadora desenvolvida
pela Master Builders Solutions, uma empresa líder
em soluções de construção sustentável. Trata-se de um
aditivo para betão altamente eficaz que permite reduzir
significativamente o conteúdo de clínker, o componente
principal do cimento Portland, sem comprometer as propriedades
do betão.
O clínker é responsável por aproximadamente 80 % das
emissões de CO 2
de betão e mais de 6 % das emissões
globais. Ao reduzir o clínker no betão, o MasterCO 2
re contribui
para uma menor pegada de carbono na indústria
da construção.
A tecnologia MasterCO 2
re baseia-se num sistema de nano-
-clusters inteligentes (tecnología ICS – Intelligent Cluster
System) que proporciona os seus efeitos de maneira precisa
quando são necessários. Essas nano-clusters são ativadas
na presença de água e cálcio, melhorando a fluidez
e reologia do betão, mesmo com altas temperaturas,
com materiais absorventes e condições de grande necessidade
de água em geral.
Essa tecnologia permite utilizar maiores proporções de
materiais alternativos ao clínker, como filer calcário, pozolanas
naturais, cinzas volantes e escórias de alto-forno,
sem afetar a resistência, durabilidade e trabalhabilidade
do betão. Isso resulta num betão mais sustentável e com
menor impacto ambiental, mas de uma forma economicamente
rentável para o produtor de betão.
O MasterCO 2
re é uma solução ideal para aplicações de
betão pronto, betão pré-fabricado e obra civil. Sua versatilidade
é adequada para uma ampla gama de projetos de
construção, desde edifícios comerciais e residenciais até
infraestruturas de transporte e obras de engenharia civil.
A tecnologia MasterCO 2
re representa um avanço significativo
na produção de betão sustentável e contribui para
os objetivos de redução de emissões de CO 2
na indústria
da construção. Ao combinar a sua eficácia com a sua versatilidade,
o MasterCO 2
re posiciona-se como uma solução
chave para um futuro mais sustentável na construção.
A química do MasterCO 2
re
O MasterCO 2
re é um aditivo para betão que atua na matriz
cimentícia, formando uma rede de nano-clusters inteligentes.
Essas nanoclusters são formadas por uma matriz
inorgânica que bloqueia as unidades aditivas poliméricas
e as liberta de forma controlada ao longo do tempo. Com
esta tecnologia é possível exercer um controlo sem precedentes
do efeito dispersante em condições de grande
necessidade de água.
O tecnología MasterCO 2
re oferece uma série de vantagens
em relação aos aditivos para betão convencionais,
incluindo:
• Permite reduzir significativamente o conteúdo de clínker
no betão, sem comprometer as propriedades do betão
no estado fresco e endurecido;
• É mais eficaz do que os aditivos convencionais para
melhorar a fluidez e reologia do betão, especialmente
em condições de grande necessidade de água;
• Proporciona a manutenção prolongada da fluidez do
betão mesmo em condições adversas (materiais absor-
Promo
ventes, baixa relação água/cimento, cimentos de alta
finura) sem sacrificar a resistência inicial, mesmo em baixas
temperaturas;
• Reduz a absorção de água pelo betão, proporcionando
melhor robustez de misturas de betão fresco;
• Aumenta a resistência mecânica do betão;
• Reduz a permeabilidade do betão e melhora a sua durabilidade,
aumentando a sua resistência à corrosão e ao
ataque químico.
O MasterCO 2
re pode ser utilizado em uma ampla gama
de aplicações de betão, incluindo:
• Betão pronto;
• Betão pré-fabricado;
• Betão estrutural;
• Betão para pavimentos;
• Betão para obra.
Em Espanha e Portugal, MasterCO 2
re acompanha a transição
dos cimentos CEM II/A para os cimentos do tipo CEM
II/B, que acabarão por ser o cimento de referência para
betão pronto nos próximos anos. E na Alemanha, a MasterCO
2
re está a facilitar a introdução de cimentos ainda
mais sustentáveis, como o CEM II/C.
O MasterCO 2
re é uma tecnologia inovadora que tem o
potencial de revolucionar a indústria da construção. A tecnologia
permite reduzir significativamente as emissões de
CO 2
do betão, contribuindo para um futuro mais sustentável
e para a mitigação das mudanças climáticas.
Conclusão
A tecnologia MasterCO 2
re já é uma realidade no mercado.
Começou a ser introduzida na Europa em 2023 com
o impulso das mudanças que a indústria cimenteira está
a aplicar nos seus produtos, em linha com as exigências
climáticas que exigem a sua descarbonização progressiva
até 2050 e com um primeiro objetivo em 2030.
Obra
Fábrica 390
Túneis de Drenagem
de Lisboa
Por Mota-Engil
– Engenharia e Construção, S.A.
Planta Geral da empreitada
No âmbito do Plano Geral de Drenagem
de Lisboa (PGDL), encontra-se em execução
a empreitada de conceção e construção
dos Túneis de Drenagem de Lisboa.
O PGDL tem como objetivo realizar um
conjunto intervenções de forma a eliminar/reduzir
os efeitos de cheia e inundações,
associados a fenómenos extremos
de precipitação. Estes fenómenos têm
tendência a agravar-se devido à crescente
ocupação do território e às alterações
climáticas.
Esta empreitada de conceção/construção
consiste na construção de 2 túneis
de drenagem principais, TMSA (túnel Monsanto / Santa
Apolónia) e TCB (túnel Chelas / Beato). Estes túneis
intersetam caneiros principais da cidade de Lisboa
encaminhando as águas pluviais para o Rio Tejo aliviando
as ETAR's de Alcântara e Chelas. Em alturas
de pluviosidade muito intensa servem para atenuar as
cheias recorrentes na cidade de Lisboa e, consequentemente,
salvar vidas. No fim da empreitada, aproximadamente
70% da bacia hidrográfica de Lisboa será
drenada pelos 2 túneis.
30
Perfis longitudinais dos Túneis da empreitada
Ao longo do TMSA existem 3 interseções de bacias
problemáticas, de menor dimensão, que seguirão o
princípio de atenuar as cheias nesses pontos, e encaminhar
para o TMSA e de seguida para o Rio Tejo, a
saber, TM2 (Avenida da Liberdade), TM3 (Rua de Santa
Marta) e TM4 (Avenida Almirante Reis).
H2OLISBOA
A H2OLISBOA é a máquina que irá realizar a maior extensão
dos dois túneis, ou seja, os dois túneis serão maioritariamente
realizados (TMSA em construção, já executado
aproximadamente 45%) com recurso a TBM (Tunnel
Boring Machine), neste caso uma EPB (Earth Pressure
Boring) de modo Dual, capaz de trabalhar em modo
aberto ou fechado. Tem aproximadamente 130m e pesa
1000 Ton. O revestimento
do túnel será materializado
por aduelas pré-fabricadas
(6 aduelas por anel). Diâmetro
de escavação de 6,41m e
a secção interior de 5,50m.
Túneis de Drenagem em números
Escavação com TBM 234.600 m 3
Escavação a céu aberto 520.000 m 3
Betão 290.500 m 3
Aço
17.600 ton
Contenção de estacas 44.200 m 2
Estacas de fundação
16.800 m
Microestacas
3.000 m
H2OLISBOA
novembro 2024 31
Obra
Aduelas pré-fabricadas
TMSA – Túnel Monsanto Santa Apolónia
Com 5.000m de extensão, 4.600m estão a ser escavados pela TBM, sendo os
últimos 400m realizados em trincheira, com contenções materializadas com
estacas secantes e escoramentos metálicos até 3 níveis. A ensecadeira na
zona ribeirinha será materializada com recurso a estacas prancha.
TCB – Túnel Chelas Beato
Com 1.500m de extensão, 1.050m estão
a ser escavados pela TBM, sendo os últimos
450m realizados em trincheira, com
contenções materializadas, de duas formas
diferentes com estacas secantes e
escoramentos metálicos até 3 níveis e
betão projetado com pregagens. A ensecadeira
na zona ribeirinha será materializada
com recurso a estacas metálicas.
Obras à superficie
• TM1 (Campolide)
Obra de desvio do Caneiro de Alcântara,
Poço de Grossos, Tamisagem e
Bacia Antipoluição. Local de entrada
da TBM e zona de estaleiro da mesma
na construção do TMSA. Contenção
materializada com estacas e ancoragens
ligadas às vigas de distribuição.
Entrada TBM no TM1 (Campolide)
32
TM1 (Campolide)
• TM2 (Avenida da Liberdade) | TM3 (Rua de Santa
Marta) | TM4 (Avenida Almirante Reis)
Obras acessórias ao TMSA, onde se intersetam em
pontos baixos caneiros existentes com encaminhamento
para o TMSA. Contenções das travessias
e caixas materializadas com Berlinense e Munich
(quando coincidentes com a estrutura definitiva).
Nas 3 frentes existe um poço contido com recurso
a estacas para execução de vórtice de atenuação
de velocidade de escoamento com profundidades
compreendidas entre 14 e 18 m. As galerias de ligação
entre os poços e o TMSA executadas/a executar
com recurso a NATM.
TM1 – BIM
TM2 – Poço
novembro 2024 33
Obra
TM2 – Execução de caixa e travessias
• TM5 (Avenida Infante D. Henrique –
Santa Apolónia)
Obra de descarga do TMSA, saída da TBM
e espaço de uma grande requalificação
urbana da zona, onde se inclui a construção
do Land Art.
Canal do TMSA executado em trincheira
com contenção materializada em estacas
com escoramentos metálicos.
TM2 – BIM
TM5 – escavação
34
TM5 – BIM
• TC1 (Largo de Chelas)
Obra de interseção dos caneiros de
Borma, Quartel e Picheleira e encaminhamento
para o TCB. Projeto em
desenvolvimento (fase final). Princípio
de projeto reformulado durante
a empreitada. Contenções com Berlinense
e estacas, com ancoragens e
escoramentos metálicos.
Será o local de fim de escavação do
TCB, saída da TBM.
TC1 – BIM
ME_Anúncio 210x148 AF_V2_Impressao.pdf 4 21/10/2024 17:50:58
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Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA.
Alvará EOP n.° 10-PUB
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O FUTURO GANHA FORMA
novembro 2024 35
Obra
TC2 – Melhoramento
de solos com
colunas de brita
TC2 – Zona de entrada da TBM
TC2 – BIM
• TC2 (Avenida Infante
D. Henrique – Beato)
Obra de descarga do TCB, local
de entrada da TBM para execução
do TCB. Escavação em
trincheira com contenção com
betão projetado e pregagens e
cortina de estacas com escoramentos
metálicos.
Nota: Refere-se que algumas imagens e conteúdo
do artigo estão baseadas no PGDL – Plano Geral
de Drenagem de Lisboa.
Ficha técnica
› Obra: Túneis de Drenagem de Lisboa
› Dono de obra: Câmara Municipal de Lisboa
› Projecto: LCW, Aqualogus, Veolia
e Spie Batignolles
› Fiscalização: TPF
› Empreiteiros: Mota-Engil e Spie Batignolles
› Volume de betão aplicado: 290.500 m 3
36
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POUPANÇAS DE CO₂ COM
AS SOLUÇÕES DA LINHA
RE-CON
BETÃO COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO:
PRÓS E CONTRAS
Depois da água, o betão é o segundo material mais
utilizado no mundo. É também sabido que o cimento
(ou mais corretamente, o clínquer) é um grande
contribuidor para as emissões globais de CO₂.
CALCINAÇÃO: QUEIMA DO CALCÁRIO PARA
PRODUÇÃO DE CIMENTO
O processo químico pelo qual o dióxido de carbono
é expelido do material bruto calcário (carbonato de
cálcio) é chamado de “calcinação”. Por cada tonelada
de clínquer puro produzida pela queima de rocha
calcária, cerca de 500 kg de CO₂ são libertados através
deste processo:
CaCO₃ + Calor → CaO + CO₂
Além disso, há naturalmente a energia consumida
para produzir o calor necessário nos altos fornos, mas
essa é uma variável que não se encontra ligada a este
modelo cíclico.
REAÇÃO DO BETÃO
A mistura de cimento e água (com areia, agregados e
adjuvantes) para a formação de betão constitui uma
nova etapa no ciclo do carbono: o hidróxido de cálcio.
CaO + H₂O → Ca(OH)₂
MATERIAIS CIMENTÍCIOS SECUNDÁRIOS (SCM)
Basicamente, o que todos os SCMs têm em comum
é que contêm dióxido de silício (SiO₂). Esse dióxido de
silício deve ser amorfo, ou seja, reativo. Na natureza,
o dióxido de silício como mineral rochoso tem uma
estrutura cristalina estável que não reage facilmente
com outras substâncias. No entanto, se o SiO₂ for
formado através de aquecimento e em seguida,
arrefecimento rápido, como numa erupção vulcânica
diretamente arrefecida pelo ar ou por materiais
produzidos industrialmente, como cinzas volantes ou
escória, ele apresenta uma estrutura cristalina menos
rígida e portanto, pode reagir com o hidróxido de cálcio
da etapa anterior do processo.
A reação é descrita como:
Ca(OH)₂ + SiO₂ → CaSiO₃ + H₂O
E é chamada de “reação pozolânica secundária”, derivada
do termo “pozolana”, que vem da cidade de Pozzuoli, no
sul de Itália, cuja areia vulcânica natural já era utilizada
na antiguidade pelos Gregos e Romanos para o fabrico
de betão. É interessante notar que após quase 2000
anos da construção de edifícios como o Panteão em
Roma, temos vindo a utilizar cada vez mais desses
materiais cimentícios secundários no betão moderno
como substituição de clínquer Portland.
FECHANDO O CICLO: FORMAÇÃO DE CALCÁRIO
NO BETÃO
Quando o betão é exposto ao CO₂ da atmosfera, ocorre a
reação química de carbonatação:
Ca(OH)₂ + CO₂ → CaCO₃ + H₂O
Isto fecha o ciclo, formando-se novamente calcário a
partir da reação entre o hidróxido de cálcio e o dióxido
de carbono. O processo que envolve iões de carbonato
e de hidróxido, ocorre em várias etapas, como descrito
por Stripple et al. A velocidade deste processo (taxa de
carbonatação) depende de vários fatores, como a classe
de resistência (relação água/cimento) do betão em causa.
A água desempenha um papel fundamental na reação
química, pelo que a humidade no betão, bem como a
humidade ambiente são realmente importantes. Por
fim, o nível de superfície exposta de betão na estrutura
irá também determinar quanto do potencial total de
carbonatação é utilizado durante a vida útil do mesmo.
APROVEITAR A RECARBONATAÇÃO NO BETÃO
Sabemos muito sobre o processo de recarbonatação no
betão, pois este pode ser negativo do ponto de vista da
durabilidade. Antes do betão recarbonatar, este tem um pH elevado, o que faz de escudo contra a corrosão das
armaduras. A frente de carbonatação avança da superfície para o centro a uma taxa de milímetros por ano. O
betão carbonatado possui um pH mais baixo e portanto, uma proteção menor contra a corrosão das armaduras.
É importante projetar uma camada de recobrimento das armaduras com espessura suficiente que possa fornecer
proteção durante toda a vida útil prevista da estrutura. Se forem tomadas as medidas corretas ou se o betão
for reforçado com um material diferente do aço (por exemplo, fibras sintéticas), a recarbonatação contribuirá
positivamente para a redução da pegada de carbono a longo prazo do betão, sem reduzir a sua vida útil.
A taxa de carbonatação depende de vários fatores. A classe de resistência (relação água/cimento), fatores de
exposição e o ambiente envolvente são os principais. A combinação ideal de acesso ao CO₂ atmosférico e humidade
ambiente determina as condições para a velocidade de recarbonatação em mm/ano. A partir dessas condições
técnicas básicas e dos métodos de cálculo conhecidos, é possível prever quanto CO₂ uma estrutura de betão pode
absorver num determinado período.
SOLUÇÕES DA LINHA RE-CON: LEVANDO A RECARBONATAÇÃO UM PASSO ADIANTE
As soluções da linha RE-CON da Mapei ajudam os produtores de betão a transformar os excessos de betão e resíduos
de lavagem de camiões em agregados recicláveis. Isso representa uma considerável poupança de custos com a
redução da compra de materiais, transporte para dentro e fora da central de betão, altos custos operacionais para
lavagens e recuperações e por fim, custos de aterro para resíduos residuais.
O método seco, sem poeira e de baixo ruído RE-CON ZERO EVO recupera betão devolvido transformando-o em
material granular. O RE-CON DRY WASHING utiliza este material para limpar os camiões de betão por absorção em
vez de lavagem com grandes quantidades de água. As partículas finas são aglomeradas em agregados, fazendo
com que deixem de se tornar um problema (resíduos) para o produtor de betão. Finalmente, os adjuvantes líquidos
da gama RE-CON AGG mitigam as propriedades desafiantes dos agregados reciclados e tornam possível a produção
de betão com agregados difíceis sem aumento da demanda de água e sem aumento da dosagem de cimento.
Obra
Fotografias © Carlos Noronha
Requalificação do Mosteiro de Leça do Balio
O ”templo” de Álvaro Siza
Por Secil Betão
O Mosteiro de Leça do Balio, reconhecido como Monumento Nacional
desde 1910, voltou a abrir portas ao público a 22 de junho de
2024, após obras de requalificação.
Adquirido pelo Lionesa Group em 2016, o Mosteiro e a sua zona
envolvente passaram por uma reabilitação conduzida pelos arquitetos
Álvaro Siza Vieira e Sidónio Pardal.
40
O projeto incluiu a construção da obra apelidada
“templo”, num design que adiciona ao
mosteiro uma pedra angular de 400m², construída
a partir de cerca de 430m 3 de betão
branco. O objetivo foi “dar visibilidade ao papel
que o Mosteiro de Leça do Balio desempenhou
na relação com o Caminho Português de Santiago”,
apresentando uma interação dinâmica
entre luz e forma.
A Secil Betão foi responsável pela conceção,
fabrico e logística para a distribuição a partir
do seu centro de produção da Maia, do fornecimento
dos cerca de 430 m³ de betão branco
Unibranco C40/50 XS1(P) Cl0,2 D12,5 S4 para
este projeto, com a Confrasilvas Construções
S.A., responsável pela execução da empreitada.
O betão da Secil Betão UNIBRANCO ® é um
betão branco criteriosamente produzido para
ficar à vista, produzido com matérias-primas
rigorosamente selecionadas. É adequado para
obras de elevado prestígio e visibilidade, que
se destaquem pelo seu valor estético e técnico.
Resistente e elegante, concilia funções de estrutura,
revestimento e produto final, dispensando
a utilização de outros materiais.
Apresenta como principais vantagens a ausência
de revestimento, a facilidade de manutenção,
elevada durabilidade e, ainda, a possibilidade
de permitir aos projectistas uma maior
liberdade criativa para os seus projectos.
novembro 2024
41
Técnica
Avaliação do desempenho de betões incorporando areia
britada de calcário com diferentes teores de finos:
Betão para 100 anos de vida útil
em estruturas marítimas
Por PhD Eng.º H. Ozkan, Betão Liz, Grupo CIMPOR
Resumo
Neste estudo, foi investigado o efeito do conteúdo de
material fino (<63 μm) de areia britada proveniente de
uma pedreira de calcário, nas propriedades mecânicas
e durabilidade do betão. Foram preparadas duas séries
de composições de betões com relações água/cimento
de 0,38 (composição L) e 0,58 (composição H), respetivamente.
Foi utilizado cimento de escória de alto-forno
(tipo CEM III-B 32,5 N) para aumentar a vida útil do betão
(100 anos de durabilidade). A dosagem de cimento de
escória de alto-forno utilizada nas composições de betão
foi de 380 kg/m³ na composição L, enquanto na composição
H foi de 280 kg/m³. As propriedades mecânicas
e de durabilidade dos betões foram avaliadas através
de ensaios de resistência à compressão, velocidade de
pulso ultrassónico, migração rápida de cloretos e resistividade
elétrica. Os resultados mostraram que, para os
betões da composição L, o aumento do conteúdo de
finos de 0% para 15% não teve um efeito claro na resistência
à compressão. Por outro lado, para a composição
H, a resistência à compressão aumentou com a adição de
finos de calcário (FC). Além disso, a resistência à migração
rápida de cloretos diminuiu com o aumento de FC
em ambas as composições. Os ensaios de velocidade de
pulso ultrassónico e resistividade elétrica também corroboraram
os resultados dos testes de durabilidade. Pode-
-se concluir que betões duráveis podem ser produzidos
com areia britada (AB) com cerca de 10% de FC. O artigo
também apresenta um estudo de caso sobre a avaliação
da durabilidade de uma infraestrutura marítima já executada
envolvendo a Ponte Suspensa da Baía de Izmit.
Palavras-chave: Material fino; Calcário; Durabilidade.
1. Introdução
O betão é um dos principais materiais utilizados na indústria
da construção, e tem um grande impacto na vida útil
das estruturas. O betão é basicamente composto por
agregados grossos e finos, água, cimento, adições minerais
e químicas. Uma grande parte do volume de betão
é constituída por agregados [1] . Por esta razão, as propriedades
dos agregados têm um efeito significativo
nas propriedades do betão. O efeito dos agregados no
desempenho do betão varia dependendo das suas propriedades
físicas, mecânicas e químicas.
A produção e o consumo de areia britada tende a aumentar
para preservar os recursos de areia natural. Observou-
-se que durante a produção de areia britada nas pedreiras
de agregados se obtem entre 5% a 20% de material
fino com menos de 75 μm [2] . A utilização de materiais
finos abaixo de 75 μm no betão é restrita pela norma
ASTM C 33. A principal razão para esta restrição é o teor
de argila e silte destes agregados finos. No entanto, com
o desenvolvimento da produção de agregados britados,
os teores de argila e silte podem ser minimizados através
da escolha da estrutura rochosa adequada e de métodos
de britagem apropriados [3] , o que tem contribuído para
a utilização de areia britada no betão [5] .
Para garantir que as gerações futuras tenham recursos
suficientes para satisfazer as suas necessidades, o consumo
de recursos naturais deve ser cuidadosamente
monitorizado. A preservação dos recursos naturais de
areia tende a provocar o aumento pela procura por areia
britada para uso em betão. Na última década, os investigadores
focaram-se no efeito do conteúdo de finos da
areia britada sobre o desempenho do betão. No entanto,
só um número limitado desses estudos aborda os efeitos
na durabilidade do betão. Por isso, foi realizada uma
investigação detalhada para estudar experimentalmente
o efeito do conteúdo de finos obtidos de uma pedreira
de calcário sobre o desempenho da durabilidade do
betão.
2. Estudo experimental
O estudo experimental foi realizado com foco nos seguintes
pontos:
• Efeito de diferentes teores de finos nas propriedades
mecânicas do betão;
• Efeito do teor de finos no desempenho da durabilidade
do betão;
• Ensaios não destrutivos (END) para apoiar os resultados
da durabilidade.
42
2.1 Materiais e metodologia
Neste estudo, foi investigado o efeito de diferentes
quantidades de material fino (abaixo do peneiro de 63
μm) no desempenho do betão, em composições produzidas
com duas diferentes relações água/cimento
(a/c). Foi utilizado cimento de escória de alto-forno
(CEM III/B (S) 32.5 N) com 68% de escória, na produção
dos betões para obter um alto desempenho da
durabilidade. A composição química do cimento, que
cumpre os requisitos da norma EN 197-1, está apresentada
na Tabela 1. Dois agregados grossos e areia
britada de calcário, provenientes das mesmas fontes
mineralógicas, foram utilizados nas composições de
betão, e as suas propriedades são apresentadas na
Tabela 2. A areia britada foi obtida a partir de calcário
britado pré-lavado de uma pedreira. Os passos
chave incluíram a obtenção de areia britada de calcário
pré-lavado, a realização de análises granulométricas
húmidas para isolar e controlar o teor de finos, e
a dosagem cuidadosa da areia para atingir as percentagens
de finos-alvo para cada composição de betão.
Os dados da dosagem controlada usando diferentes
proporções de finos de calcário, além dos agregados,
são apresentados na Tabela 3. Adicionalmente, as curvas
granulométricas dos agregados de areia britada
com diferentes tamanhos de teores de finos são apresentadas
na Figura 1. Isto mostra claramente o efeito
dos finos nas curvas granulométricas da areia britada,
na qual a maior quantidade de finos afetou a curva até
ao peneiro de 1 mm. Foi utilizado um adjuvante superplastificante
de nova geração, à base de fosfonato,
que cumpre a norma EN 934-2, em todas as composições
de betão para ajustar a trabalhabilidade. Para
Tabela 1. Composição de óxidos do cimento CEM III B 32.5 N.
Compostos [%]
Valores Medidos
SiO2 32.59
Al2O3 8.68
Fe2O3 1.97
CaO 48.18
MgO 3.58
SO3 1.76
Na2O 0.35
K2O 0.81
Na2O Equivalent Total Alkali 0.88
Cl- 0.02
produzir as composições de betão, os materiais sólidos
foram colocados primeiramente num misturador e
misturados a seco durante 1 minuto. Depois, a água e
o redutor de água de alto desempenho foram adicionados
gradualmente, e a mistura continuou por mais
2 minutos. O betão fresco foi colocado nos moldes
adequados e curado em água a uma temperatura de
20 ± 2 °C até 28 dias.
Tabela 2. Propriedades dos agregados
Propriedades Areia Britada 4-12 mm 12-22 mm
Massa Volúmica 2.69 2.71 2.72
Absorção de água (%) 0.9 0.4 0.3
Material Fino (%) 9 1 0.4
Teor de cloretos solúveis em água (%) < 0.001 < 0.001 < 0.001
Teor de Álcalis solúveis em água (%) < 0.01 < 0.01 < 0.01
Teor de sulfatos solúveis em ácido (%) 0.06 0.06 0.06
Valor de azul de metileno 0.25 – –
novembro 2024
43
Técnica
Tabela 3. Granulometria da areia britada
Peneiros
(mm)
Granulometria dos Agregados com Teor de Finos Alvo (< 0.063 mm)
4 100 100 100 100 100 100
2 60 60 60 60 60 60
1 29 29 29 29 29 29
0.5 21 21 21 21 21 21
0.25 6 8 11 13 16 18
0.125 1 4 8 11 14 18
0.063 0 3 6 9 12 15
Percentagem passada, %
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
0% Fine Content
3% Fine Content
6% Fine Content
9% Fine Content
12% Fine Content
15% Fine Content
20,0
0,0
0
1
2 3 4
5
Peneiros (mm)
Figura 1. Curvas granulométricas das areias britadas usadas no betão
2.2 Composições dos betões
Foram elaboradas duas séries diferentes de composições
de betão com relações a/c de 0,58 (composição
H) e 0,38 (composição L), onde H e L indicam, respetivamente,
uma relação água/cimento alta e uma
relação água/cimento baixa. As dosagens de cimento
para as composições H e L foram definidas com 280
kg/m³ e 380 kg/m³, respetivamente. Nas composições
dos betões, foram utilizados seis diferentes teores de
materiais finos: 0%, 3%, 6%, 9%, 12% e 15% em massa
em relação ao agregado. Informação detalhada sobre
as composições é apresentada na Tabela 4. O conteúdo
de finos foi ajustado através da modificação da
curva granulométrica dos agregados de areia britada
(ver Tabela 3 e Figura 1). O abaixamento (slump) de
180±30 mm foi alcançado ajustando a dosagem de
adjuvantes químicos.
44
Tabela 4. Composições dos betões
Código
Finos 0-4
mm (%)
Relação a/c
(%)
Cimento
(kg/m 3 )
0-4 mm
(Areia
britada)
(kg/m 3 )
4-12 mm
(kg/m 3 )
12-22 mm
(kg/m 3 )
Adjuvantes
(kg/m 3 )
H-00 0 0.58 280 915 519 517 2.61
H-03 3 0.58 280 915 519 517 2.61
H-06 6 0.58 280 915 519 517 2.61
H-09 9 0.58 280 915 519 517 2.61
H-12 12 0.58 280 915 519 517 2.61
H-15 15 0.58 280 915 519 517 2.80
L-00 0 0.38 380 915 495 492 3.57
L-03 3 0.38 380 915 495 492 3.57
L-06 6 0.38 380 915 495 492 3.57
L-09 9 0.38 380 915 495 492 3.57
L-12 12 0.38 380 915 495 492 5.32
L-15 15 0.38 380 915 495 492 5.32
2.3 Métodos experimentais
Para determinar a trabalhabilidade dos betões, foi
realizado o ensaio de abaixamento, de acordo com
a norma EN 12350-2, para todas as composições.
Também foram medidos o peso unitário e a temperatura
do betão fresco. A Tabela 6 mostra o valor do
abaixamento dos betões. A resistência à compressão
das amostras de betão foi determinada em cubos de
150×150×150 mm aos 28 dias, conforme mostrado na
Tabela 6, de acordo com a norma EN 12390-3.
A velocidade de pulso ultrassónico (UPV) foi determinada
em conformidade com a EN 12504-4 em amostras
cúbicas de 150x150x150 mm aos 28 dias. As medições
foram feitas três vezes para cada amostra, e a
média das três leituras foi reportada.
A técnica de migração não estacionária foi utilizada
para determinar a resistência do betão contra a migração
de iões cloreto, seguindo a NT Build 492. Inicialmente,
as amostras com 50 mm de altura e 100 mm
de diâmetro foram cobertas com fita plástica e, em
seguida, saturadas com água de cal na câmara de
vácuo. Depois, aplicou-se uma tensão de 60 V (DC) e
a nova tensão, juntamente com a duração do teste, foi
determinada de acordo com a resistência das amos-
tras à migração de iões cloreto. Após o teste, as amostras
foram divididas em duas partes e uma solução
de nitrato de prata (AgNO3) foi pulverizada sobre as
superfícies. A parte exposta aos iões cloreto apresentou-se
na cor branca, e as profundidades de penetração
de iões cloreto foram medidas em 7 pontos.
A resistividade Wenner foi medida na linha diametral
de amostras cilíndricas com 100 mm de diâmetro
e 200 mm de altura. Na técnica de resistividade
Wenner, quatro sondas elétricas igualmente espaçadas
foram usadas, com duas aplicando corrente alternada
de baixa frequência, enquanto a queda de tensão
entre as duas sondas internas foi medida.
3. Resultados e discussão
3.1 Efeito do teor de finos na resistência
à compressão
Os efeitos do teor de finos na resistência à compressão
das composições de betão são apresentados na
Tabela 5 e na Figura 2. A resistência à compressão
aos 28 dias das composições H variou entre 34 MPa
e 46 MPa, enquanto a resistência à compressão das
composições L variou entre 65 MPa e 75 MPa. Con-
novembro 2024
45
Técnica
siderando as composições H, o aumento do teor de
finos melhorou a resistência à compressão, e a maior
resistência foi alcançada na composição H-15, com
46,1 MPa. Por outro lado, o teor de finos não teve um
efeito significativo na resistência à compressão das
composições L. Os resultados indicam que o aumento
do teor de finos modifica a estrutura dos poros e fornece
locais de nucleação para os produtos de hidratação
do cimento, o que resulta numa melhoria da resistência
mecânica nas composições H.
Tabela 5. Resistência à compressão e valores do abaixamento das misturas de betão
Código Finos (%) Slump (mm) Resistência à compressão (MPa)
H-00 0 190 34.0
H-03 3 190 39.2
H-06 6 200 40.2
H-09 9 200 42.5
H-12 12 190 41.6
H-15 15 180 46.0
L-00 0 180 72.1
L-03 3 190 73.7
L-06 6 190 65.3
L-09 9 150 71.0
L-12 12 200 67.8
L-15 15 200 74.7
Resistencia à compressão (MPa)
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Finos (%)
0,38 w/c (L)
0,58 w/c (H)
0 3 6 9
12 15
Figura 2. Resistência à compressão
46
3.2 Efeito do teor de finos nas propriedades
de durabilidade do betão
Foram realizados ensaios de permeabilidade rápida
a cloretos, velocidade de pulso ultrassónico e resistividade
elétrica para determinar as propriedades de
durabilidade das composições de betão, e os resultados
estão apresentados na Tabela 6. O efeito das
taxas de utilização de material fino na permeabilidade
rápida a cloretos das amostras de betão é mostrado
na Figura 3.
Para as composições L, o aumento do teor de material
fino teve um efeito significativo no coeficiente de
permeabilidade aos cloretos. Isto deve-se principalmente
ao menor número de poros capilares interligados,
resultado de uma maior resistência obtida
pelo alto teor de cimento e pela baixa relação água/
cimento. Uma tendência semelhante foi observada
também nas composições H, onde o aumento do teor
de material fino reduziu o coeficiente de permeabilidade
aos cloretos. A redução da permeabilidade nas
composições de ambos os lotes contendo finos deve-
-se ao efeito de enchimento dos finos, que bloqueiam
as passagens capilares formadas durante a hidratação
do cimento.
Os resultados obtidos dos ensaios de resistividade
elétrica são apresentados na Figura 4. Os valores de
resistividade elétrica variaram entre 823 e 1168 Ohm.m
para as composições L, enquanto para as composições
H, esses valores variaram dentro de uma faixa
mais estreita, entre 612 e 821 Ohm.m. Observou-se
que a resistividade elétrica diminuiu à medida que a
relação a/c aumentava. Além disso, com a substituição
de material fino, os valores de resistividade elétrica
apresentaram uma tendência flutuante para as
composições L, enquanto a série H apresentou uma
tendência estável.
Os resultados da velocidade de pulso ultrassónico
são apresentados na Figura 5. Pode-se notar que
nas amostras de betão, aumenta geralmente com o
aumento do teor de finos.
Tanto os resultados de resistividade elétrica como os
resultados da velocidade de pulso ultrassónico são
consistentes com os resultados do teste de permeabilidade
rápida a cloretos. A relação entre a permeabilidade
aos cloretos e os valores de resistividade elétrica
é apresentada na Figura 6. O aumento do valor
da resistividade elétrica em resposta à diminuição do
valor do coeficiente de permeabilidade aos cloretos
confirma bem os resultados.
Tabela 6. Resultados dos testes de durabilidade
Código
Permeabilidade Rápida
a Cloretos (10 -12 m 2 /s)
Resistividade Elétrica
(Ohm.m)
Velocidade de Pulso
Ultrassónico
H-00 4.70 612 6784
H-03 4.13 616 6834
H-06 3.09 626 6713
H-09 3.25 739 6902
H-12 3.34 679 6913
H-15 2.95 821 6944
L-00 2.29 902 6969
L-03 2.17 823 7015
L-06 1.69 1069 7093
L-09 1.57 1006 7181
L-12 1.58 1015 7067
L-15 1.27 1168 7225
novembro 2024
47
Técnica
6
5
L Series
H Series
Chloride Coefficient (10¯¹²) m²/s)
4
3
2
1
y = -0,3131x + 4,67276
R² = 0,727
y = -0,1997x + 2,4607
R² = 0,9154
0
0 3 6 9 12 15
Finos (%)
Figura 3. Permeabilidade Rápida a Cloretos
1400
1200
y = 52,6x + 813,16
R² = 0,6546
Electrical resistivity (Ohm.m)
1000
800
600
400
L Series
y = 38,489x + 547,58
R² = 0,741
200
H Series
0
0
3
6
9 12 15
Finos (%)
Figura 4. Resistividade Elétrica
7500
7400
L Series
Ultrasonic Pulse Velocity (mm/s)
7300
7200
7100
7000
6900
6800
6700
H Series
y = 43,574x + 6939,2
R² = 0,7014
y = 35,081x + 6725,6
R² = 0,5518
6600
6500
0 3 6 9 12 15
Finos (%)
Figura 5. Velocidade de Pulso Ultrassónico
48
5
Chloride Permeability Coefficient (10¯¹² m²/s)
4
3
2
1
y = -0,0055x + 7,3449
R² = 0,4521
y = -0,0029x + 4,6636
R² = 0,8214
L Series
H Series
0
600 700 800 900 1000 1100 1200
Resistividade Elétrica
Figura 6. Relação entre o coeficiente de permeabilidade aos cloretos e a resistividade elétrica
4. Estudo de caso: betão estrutural da
ponte da baía de izmit incorporando
agregados finos de calcário ricos em
microfinos com cimento de escória
Este capítulo apresenta uma avaliação do desempenho
das composições de betão com elevado teor de
finos em areia britada, com base na experiência do
Projeto da Ponte Suspensa da Travessia da Baía de
Izmit. A Ponte Suspensa da Travessia da Baía de Izmit
é uma estrutura de 2.682 m de comprimento, localizada
no extremo oriental do Mar de Mármara, na Turquia,
com um vão principal de 1.550 m, sendo a quarta
maior ponte suspensa do mundo aquando da sua conclusão
em 2016 [6] .
A estrutura em betão é de extrema importância para
garantir a durabilidade durante o tempo de serviço de
100 anos, sendo a corrosão das armaduras induzida
por cloretos identificada como um risco de deterioração
para as estruturas tradicionais de betão armado
com aço. A principal abordagem para garantir a durabilidade
baseia-se em duas medidas de proteção:
betão denso com a menor permeabilidade possível,
e, consequentemente, baixa difusividade de cloretos,
e uma espessura adequada de recobrimento de
betão. A composição do betão foi cuidadosamente
desenvolvida para cumprir o requisito do coeficiente
de migração de cloretos, e foram realizados ensaios
em escala real para confirmar a viabilidade da construção.
Durante a construção da Ponte Suspensa da
Travessia da Baía de Izmit, foram estudadas as composições
do betão no Laboratório Central da Cimpor,
na Turquia.
Figura 7. Ponte Suspensa da Baía de Izmit
novembro 2024
49
Técnica
Ancoragem Norte Fundação do pilar Ancoragem Sul
Figura 8. Detalhes de estruturas de betão da ponte
O coeficiente de migração de cloretos foi determinado
como inferior a 3,0 (x 10 - ¹² m²/s). O âmbito deste
estudo está limitado ao pilar de transição norte, pilar
do vão lateral norte e bloco de ancoragem norte da
Ponte Suspensa da Travessia da Baía de Izmit. A razão
desta limitação está relacionada com a fonte dos agregados.
Este betão estrutural foi produzido com agregados
provenientes da mesma pedreira utilizada na
parte experimental mencionada no Capítulo 2. Os
materiais constituintes foram testados no laboratório
universitário e considerados adequados para utilização
nesta composição. As propriedades do agregado
fino combinado estão apresentadas abaixo na Tabela
7, e a proporção da composição foi calculada como
48% + 52%, a partir dos resultados de ensaios separados
de cada fração existente. De entre os ligantes
alternativos, o cimento de escória CEM III/B foi escolhido
como o melhor ligante para alcançar o coeficiente
de migração de cloretos mais baixo, a maior
densidade e a baixa porosidade nos betões estruturais
do projeto. A composição do betão foi concebida
com uma relação água-cimento de 0,38 e um teor de
ligante de 380 kg/m³.
Após os trabalhos de preparação, pôde-se observar
facilmente que o betão cumpria os requisitos do projeto.
A Figura 9 apresenta os valores do coeficiente de
migração de cloretos em ordem cronológica. Os resultados
mostraram que os coeficientes de migração de
cloretos são melhores do que os requisitos do projeto.
De acordo com estes resultados, o desempenho de
durabilidade do betão excede os requisitos, pelo que
o tempo de vida útil da estrutura será superior a 100
anos. Esta aplicação em grande escala demonstrou
que areia de pedreira britada devidamente selecionada
e de boa qualidade, com elevado teor de finos,
pode contribuir significativamente para o desempenho
dos betões definidos.
Tabela 7. Distribuição granulométrica do agregado fino
Peneiro (mm) 31.5 22 16 8 4 2 1 0.5 0.25 0.125 0.063
Areia Natural 100 100 100 100 100 99 99 97 15 1 0.9
Areia Britada 100 100 100 100 100 84 54 38 22 15 10.4
Areia Combinada 100 100 100 100 100 91 76 66 18 8 5.8
50
Figura 9. Coeficiente de migração de cloretos de cada estrutura
Conclusão
Neste estudo foi investigado o efeito de finos de calcário
até 15% nas propriedades de resistência e durabilidade
do betão. As principais conclusões do estudo
são as seguintes:
• A utilização de areia britada com um teor de finos
até 15% melhorou a resistência à compressão das
composições de betão (composição H) produzidas
com um teor relativamente baixo de cimento e
uma alta relação a/c. Por outro lado, a resistência à
compressão não foi significativamente afetada nas
composições L, onde se utilizou uma dosagem de
cimento mais elevada e uma relação a/c mais baixa.
• A permeabilidade aos cloretos foi significativamente
reduzida com o aumento do teor de finos
novembro 2024
51
Técnica
para ambos os tipos de composições de betão.
A taxa de redução foi maior nas composições H.
• A resistividade elétrica do betão aumentou com
o aumento do teor de finos. Os valores mais
elevados foram alcançados para ambas as composições
quando o teor de finos foi de 15%.
• Os resultados da velocidade de pulso ultrassónico
indicam que as estruturas porosas das
composições de betão foram modificadas,
alcançando-se estruturas mais compactas, com
menos vazios e defeitos, com o aumento do
teor de finos.
• O calcário britado demonstra um desempenho
eficaz, particularmente em combinações com
betão contendo relações água/cimento elevadas
(baixa resistência), através de um método
simples de ajuste da curva granulométrica. A
pesquisa indica que a utilização de calcário britado
com ajuste do teor de finos, sem necessidade
de material de enchimento especializado,
que requer operações de moagem adicionais,
pode melhorar a trabalhabilidade, a resistência
e a durabilidade de betões de baixo desempenho
para aplicações in-situ.
Referências
[1] E. del Rey Castillo, N. Almesfer, O. Saggi, J.M. Ingham,
Light-weight concrete with artificial aggregate manufactured
from plastic waste, Constr. Build. Mater. 265 (2020) 120199.
https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2020.120199.
[2] Beixing, L., Guoju, K. and Mingkai, Z., (2011)."Influence
of Manufactured Sand Characteristics on Strength and
Abrasion Resistance of Pavement Cement Concrete”,
Construction and Building Materials, 25:3849-3853.
[3] Stewart, J.G., Norvell, J.K., Juenger, M.C.G. and Fowler,
D.W., (2007)."Influence of Microfine Aggregate Characteristics
on Concrete Performance”, Journal of Materials
in Civil Engineering, 19(11):957-964.
[4] Beixing, I., Jiliang, W. and Mingkai, Z., (2009)."Effect of
Limestone Fines Content in Manufactured Sand on Durability
of Low- And High-Strength Concretes”, Construction
and Building Materials, 23:2846-2850.
[5] Miaomiao, G., Chongsheng, Z., Mingzi, G. and Junzhi,
P., (2011)."Effect of Stone Dust and MB Value for Manufactured
Sand on Workability of Self-Compacting Concrete
and Model Analysis”, Applied Mechanics and Materials,
71-78:3821-3826.
[6] Gokce A., Tanaka J., Yamamoto Y. and Takase A., (2014).
Izmit Bay Suspension Bridge – Structural Concrete. Proceedings,
37th International Association for Bridge and
Structural Engineering (IABSE) Symposium, Madrid,
Spain, September 2014: 2073-80.
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52
Obra
Fábrica 390
Requalificação Urbana em Matosinhos
com Betão Colorido
Por Betão Liz, Grupo Cimpor
A antiga Fábrica de Conservas “A Varina” foi revitalizada e transformada num moderno
empreendimento residencial, a Fábrica 390. O projeto, localizado em Matosinhos,
preserva a memória histórica do edifício original, incorporando ao mesmo tempo,
elementos de ‘design’ contemporâneo, como a fachada em betão aparente pigmentado.
O projeto Fábrica 390 é um empreendimento imobiliário
que resultou da requalificação da antiga Fábrica de
Conservas "A Varina", um ícone da indústria conserveira
portuguesa do século XX. O projeto que preserva
a memória da época áurea da indústria conserveira da
região, destaca-se pela utilização do betão aparente
pigmentado vermelho na fachada exterior, numa harmoniosa
solução estética e inovadora.
A antiga fábrica de conservas integra o Plano de Urbanização
de Matosinhos Sul, da autoria do arquiteto
Álvaro Siza. A Fábrica 390 evoca a nostalgia industrial
e social de um tempo de intensa produção e ligação
ao mar. A vitalidade e qualidade do interior do quarteirão
é o ponto de partida para a construção de uma
imagem autónoma e essencial para os futuros utilizadores
e residentes.
Características do projeto Fábrica 390
O projeto Fábrica 390 compreende quatro blocos habitacionais
com seis pisos cada, totalizando 51 apartamentos
de tipologias T1 a T4. As áreas dos apartamentos
variam entre 68 m 2 e 240 m 2 , todos com varanda ou terraço
e lugar de estacionamento. Para além da fachada
54
em betão vermelho, o projeto inclui também painéis em
malha distendida do terceiro ao sexto andar e jardins
exclusivos.
O betão aparente vermelho foi utilizado na fachada da
antiga fábrica de conservas até ao segundo piso, conferindo
ao novo edifício uma personalidade própria, perfeitamente
integrada nos quarteirões de Matosinhos Sul
onde se respira a proximidade do mar.
Vantagens do CoresBet
O betão colorido CoresBet utilizado no empreendimento
Fábrica 390 é um produto da Betão Liz que oferece
diversas vantagens:
• Estética e durabilidade: proporciona um acabamento
estético diferenciado e duradouro, dispensando a
necessidade de pintura ou outros revestimentos;
• Versatilidade: está disponível numa ampla gama de
cores e permite a obtenção de vários acabamentos
superficiais, possibilitando soluções arquitetónicas
únicas e originais;
• Economia: a utilização de betão colorido reduz atividades,
meios e tempo de execução da obra.
Produção e Fornecimento de Betão
A Betão Liz foi a empresa de Betão Pronto responsável
pela produção e fornecimento de betão para
o projeto Fábrica 390, tendo entregue mais de 9 mil
metros cúbicos de betão, através do seu Centro de
Produção situado em Rio Tinto.
A Betão Liz é uma empresa do grupo Cimpor, pioneira
na indústria de betão pronto, tendo instalado a sua
primeira central de produção em 1965. Atualmente, a
empresa conta com 38 centrais operacionais em Portugal.
A Betão Liz destaca-se pelo seu compromisso
com a qualidade, segurança e meio ambiente, possuindo
um Sistema de Gestão Integrado certificado
pelas normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 45001 e
NP EN ISO 14001.
Durante a fase do estudo do betão, para além de
garantir os requisitos fundamentais, como a resistência,
a consistência, a classe de exposição ambiental, a
máxima dimensão do agregado e a classe de teor de
cloretos, foram também considerados outros requisitos,
como a perda de trabalhabilidade e a facilidade
de aplicação do betão, de modo a conciliar as especificações
de projeto com as necessidades operacionais
da obra.
O estudo do betão colorido constituiu um desafio
acrescido, para corresponder às definições de projeto,
tendo sido proposto uma solução da gama CoresBet,
em que foi utilizada uma combinação de pigmentos,
compostos por óxidos metálicos sintéticos, para obter
a tonalidade pretendida.
O controlo da qualidade do betão foi assegurado pela
Betão Liz, sendo que, os provetes executados para
verificar a qualidade do betão fornecido decorrentes
dos ensaios de receção, foram ensaiados à compressão
num Laboratório Acreditado, para assegurar
a conformidade com a norma NP EN 206, a norma NP
EN 13670 e as especificações do projeto.
novembro 2024 55
Obra
Ficha técnica
› Obra: Fábrica 390 – Condomínio
Matosinhos
› Promotor: Macedo Pinto & Sousa
Pimentel, Lda.
› Projecto: OODA – Architecture
› Construtor: CASAIS – Engenharia
& Construção, S.A.
› Fornecedor de betão: Betão Liz,
Grupo Cimpor
› Volume de betão fornecido: 9.000 m 3
› Betão principal: CoresBet C40/50.
S4.XS1(P).D16.Cl0,20
Os fornecimentos de betão para a obra decorreram
entre janeiro de 2022 e agosto de 2024. O betão
fornecido para a fachada do edifício foi o CoresBet
C40/50.S4.XS1(P).D16.Cl0,20 (Vermelho).
Para garantir o sucesso da solução em betão aparente
foi necessário implementar em obra um controlo
rigoroso de todo o processo de aplicação do
betão, desde a escolha da cofragem, agentes descofrantes,
preparação das betonagens, colocação, compactação
e cura do betão.
A parceria que existiu ao longo da obra entre a
empresa construtora Casais e a Betão Liz, permitiu
que todo o processo de fornecimento e aplicação
do betão decorresse de forma exemplar, cumprindo
todas as exigências da qualidade e regras de segurança,
permitindo ainda cumprir os prazos previstos
para a conclusão do projeto.
A Fábrica 390 é um exemplo bem-sucedido de requalificação
urbana que alia história, ‘design’ moderno e
materiais inovadores. A escolha do CoresBet da Betão
Liz, demonstra a crescente utilização de soluções de
betão que combinam estética, durabilidade e sustentabilidade
na arquitetura contemporânea.
56
I n o v a ç ã o , t e c n o l o g i a e n a t u r e z a d e m ã o s d a d a s p o r u m f u t u r o m a i s
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junho 2023 59
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Marcação CE de Agregados segundo as normas NP EN 12620:2002+A1(2010),
NP EN 13043 e NP EN 13139
Av.ª Quinta de Valadares, Quinta de Valadares, 2855-516 Corroios
Tel: 218 493 278 – 218 428 714 – 218 439 029 | Fax: 218 481 763 | E-mail: comercial@soarvamil.pt
Estaleiro Vale Milhaços – Tel: 212 973 421 Fax: 212 979 461 | E-mail: qualidade@soarvamil.pt
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Esteveira 962 993 409 btz.esteveira@cimpor.com
Alcantarilha 962 406 198 btz.alcantarilha@cimpor.com
Loulé 962 723 184 btz.loule@cimpor.com
Tavira 915 404 456 btz.tavira@cimpor.com
novembro 2024 63
Associados
Brivel – Britas e Betões de Vila Real, S.A.
Capital Social
400.000,00 euros
Sede Social
S. Cosme – S. Tomé do Castelo
5000-371 VILA REAL
Telefone: 259 302 630
Fax: 259 356 538
E-mail: geral@brivel.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
CONTACTO
Vila Real
Eng.º Bruno Costa
259 302 630
939 201 020
brunocosta@brivel.pt
Concretope – Fábrica de Betão Pronto, S.A.
Sede Social
Estrada Nacional 10/1
Quinta dos Porfírios
2819-501 SOBREDA
Telefone/Fax: 212 587 540
E-mail: geral@concretope.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
Almada
Lagos
S. Brás de Alportel
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
CONTACTO
Pedro Silva 968 647 712
64
Edilages, S.A.
Capital Social
553.000,00 euros
Sede Social
Rua Pedreira das Lages – Guilhufe
4560-155 PENAFIEL
Telefone: 255 215 300
E-mail: geral@edilages.com
Website: www.edilages.com
CENTRAIS DE BETÃO
LOCAL RESPONSÁVEL CONTACTO
Direcção Produção
/ Direcção Comercial
Adao Ferreira
adao.ferreira@edilages.com
933 051 730
Penafiel
Expedição
Tatiana Soares
tatiana.soares@edilages.com
933 051 725
Laboratório
Pedro Monteiro
pedro.monteiro@edilages.com
933 051 753
Ibera – Indústria de Betão, S.A.
Capital Social
2.000.000,00 euros
Sede Social
Quinta da Madeira
EN 114, Km 185
7000 -172 ÉVORA
Telefone: 266 758 500
Fax: 266 758 511
Website: www.ibera.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
Évora
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
CONTACTO
939 707 217
Borba Eng.º Ricardo Matias 937 640 431
Reguengos
de Monsaraz
Sines
rmatias@cimpor.com
Eng.º Ricardo Matias
939 707 217
937 585 002
Beja
rmatias@cimpor.com
969 604 858
novembro 2024 65
Associados
Lenobetão, S.A.
Capital Social
2.000.000,00 euros
Sede Social
Rua de Tomar, 80
2495-185 SANTA CATARINA DA SERRA
Telefone: 244 749 766
E-mail: geral@lenobetao.pt
Website: www.novindustria.pt
ISO 9001
BUREAU VERITAS
Certification
CENTRAIS DE BETÃO
LOCAL
Fátima
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
Vitor Antunes vitor.m.antunes@lenobetao.pt
Henrique Coelho henrique.m.coelho@lenobetao.pt
CONTACTO
962 108 192
962 108 188
Castelo Branco Nuno Eusébio nuno.m.eusebio@lenobetao.pt 962 108 195
Portalegre Vitor Antunes vitor.m.antunes@lenobetao.pt 962 108 192
Montijo
Luís Ramiro luis.b.ramiro@lenobetao.pt
Carlos Alberto Martins carlos.a.martins@lenobetao.pt
962 108 207
962 108 036
Sintra Luís Ramiro luis.b.ramiro@lenobetao.pt 962 108 207
Mota-Engil – Engenharia e Construção, S.A.
Capital Social
100.000.000,00 euros
Sede Social
Casa da Calçada
Largo do Paço, nº 06 – Cepelos
4600-017 AMARANTE
Telefone: 220 914 820
Fax: 220 914 830
ÁREA COMERCIAL NACIONAL
RESPONSÁVEL
/DIRETOR DE MERCADO
CONTACTO
*Centrais com capacidade para fornecer
betão para Classe de Inspeção 3.
LOCAL
Paredes
Canelas
Famalicão
Trofa*
Santa Iria da Azóia
Carnide
Melides
Eng.ª Daniela Maia
CENTROS DE PRODUÇÃO
RESPONSÁVEL
PRODUÇÃO
Eng.ª Marta
Durães
Eng.ª Margarida
Morgado
Eng.ª Fernanda
Moreira
912 504 080
comercialbet@mota-engil.pt
CONTACTO
919 448 593
913 642 133
918 541 754
66
Pragosa Betão, S.A.
Sede Social
Rua Ribeira da Calva, N 4, Lt 5 R/C B,
Freiria de Cima – Apartado 46
2440-057 BATALHA
Telefone: 244 480 120
Fax: 244 481 049
E-mail: betao@pragosa.pt
Website: www.pragosa.pt
LOCAL
Batalha
Alenquer
CENTROS DE PRODUÇÃO
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DO MERCADO
CONTACTO
Torres Vedras
Montemor-o-Novo
Gualter Costa 966 597 839
Caldas da Rainha
Alcácer do Sal
Restradas – Revitalização
de Estradas do Norte, Lda.
Capital Social
1.2000.000,0 euros
Sede Social
Rua da Pedreira, n.º 2
4560-221 MARECOS – PENAFIEL
Telefone: 255 710 670
E-mail: info@restradas.com
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL
PRODUÇÃO
CONTACTO
Penafiel
(Marecos)
Eng.º Luís Ribeiro
967 269 128
luisribeiro@restradas.com
LOCAL
RESPONSÁVEL
COMERCIAL
CONTACTO
Penafiel
(Marecos)
Arménio Soares
967 567 036
armenio.soares@restradas.com
novembro 2024 67
Associados
Sonangil Betão – Fabricação de Produtos de Betão
para a Construção, Lda.
Capital Social
10.000,00 euros
Sede Social
Loteamento da Parcela e Monte Feio, Lote 9
7520-064 SINES
Telefone: 212 952 990
Fax: 212 952 989
E-mail: geral@sonangilbetao.pt
Website: www.sonangil.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DO MERCADO
CONTACTO
Almada
Fernando Mendes
914 398 108
Sines 969 151 546
SPintos – Engenharia e Construção, S.A.
Capital Social
1.000.000,00 euros
Sede Social
Rua Fernando Silva Nogueira Pinto, 187
4585-645 RECAREI - PAREDES
Telefone: 224 157 716
E-mail: geral@spintos.pt
Website: www.spintos.pt
C E R T
I F
I C A Ç Ã O
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DO MERCADO
CONTACTO
Recarei
Gaia
Manuel Ribeiro
910 513 644
betao@spintos.pt
68
Secil Betão, S.A.
Capital Social
12.000.000,00 euros
Sede Social
Outão – Setúbal
Serviços Centrais
Av. Eng.º Duarte Pacheco, n.º19 – 7.º
1070-100 LISBOA
Telefone: 217 927 100
Telefax: 217 936 200
E-mail: apoiocliente.betao@secil.pt
Website: www.secil.pt
Portal Secil Betão: https://betao.secil.pt/
CENTROS DE PRODUÇÃO
CENTROS DE PRODUÇÃO
ZONA NORTE – COM CENTRO LOGÍSTICO
Responsável Comercial Alain Cunha
LOCAL CONTACTO LOCALIZAÇÃO
Centro Logístico 935 011 766
Escritório 229 871 490
V. N. Gaia 935 011 766 41.0958333, 8.6102778
Maia 938 977 507 41.2268056, 8.6569444
Viana do Castelo 938 970 006 41.6680917, 8.8091611
Braga 938 977 493 41.5094361, 8.45
Penafiel 938 977 473 41.2007694, 8.3065583
Vila Real 938 977 487 41.2739167, 7.7052889
Feira 938 977 478 40.9441667, 8.5361111
Albergaria 938 977 483 40.7122222, 8.4888889
ZONA GRANDE LISBOA – COM CENTRO LOGÍSTICO
Responsável Comercial Mariana Ribeiro
LOCAL CONTACTO LOCALIZAÇÃO
Centro Logístico 935 556 111
Escritório 219 898 640
Frielas 935 556 111 38.8074972, 9.1510917
Linhó 935 556 111 38.7604028, 9.3758528
V. F. Xira 938 977 568 38.9976861, 8.9662583
Torres Vedras 938 977 466 39.1139167, 9.2414667
Setúbal 938 977 589 38.5406056, 8.8359139
Casal do Marco 938 484 893 38.6045417, 9.0923222
Queluz 935 556 111 38.442699, 9.152686
Alcochete 935 556 111 38.444437, 8.563719
Escritório 244 843 171
ALENTEJO
ZONA CENTRO
Responsável Comercial Fernando Neto
Pombal 938 977 625 39.9757667, 8.6275722
Leiria 938 977 626 39.7701, 8.7739778
Caldas da Rainha 918 683 938 39.4208417, 9.1706139
Santarém 932 589 601 39.2801111, 8.7050444
Abrantes 938 977 561 39.4613417, 8.1640306
Portalegre 938 977 625 39.2684111, 7.4297861
Coimbra 938 977 441 40.1833333, 8.4833333
Tondela 938 977 525 40.4837806, 8.8356722
Guarda 271 211 559 40.5247528, 7.229375
ZONA SUL
Responsável Comercial Rodolfo Oliveira
Évora 938 977 612 38.5351417, 7.9516583
Alcácer do Sal 938 977 611 38.3906333, 8.5053389
Sines 917 621 138 37.9555028, 8.8455167
Beja 919 703 652 38.0237306, 7.8530472
ALGARVE
Escritório 289 571 371
Ferreiras 938 977 602 37.1236111, 8.2441667
Olhão 938 977 603 37.0375, 7.8616667
Castelo Branco 938 984 867 39.8969528, 7.4802972
Portimão 938 977 604 37.1619444, 8.6305556
novembro 2024 69
Associados
Tecnovia Indústria, S.A.
Capital Social
10.050.000,00 Euros
Sede Social
Rua António Variações, N.º 5
2740-315 PORTO SALVO
Telefone: 214 225 400
E-mail: geral@tecnovia-industria.pt
Website: www.tecnovia.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL COMERCIAL CONTACTO
Viseu
Ricardo Henriques
ricardo.henriques@tecnovia-industria.pt
918 200 391
Coimbra
Rui Fidalgo
rui.fidalgo@tecnovia-industria.pt
914 442 870
Ourique
Nuno Gomes
nuno.gomes@tecnovia-industria.pt
914 441 940
Albufeira
José Ramos
jose.ramos@tecnovia-industria.pt
914 444 580
70
BETÃO
ARQUITETÓNICO
BRANCO
BETÃO
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BETÃO
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BETÃO LEVE
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Há mais de 40 anos que a SECIL BETÃO dá forma às ideias mais arrojadas, respondendo aos desafios das
nossas cidades, assegurando a robustez dos edifícios e garantindo a segurança das nossas famílias.
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corrente ao betão arquitetónico, passando por soluções para pavimentos, revestimentos, reforço e
estabilização. Um futuro que projetamos todos os dias.
Com a inovação contínua na produção, com a personalização da oferta, com a digitalização dos serviços
e da comunicação e com a aplicação de uma politica ambiental cada vez mais circular.
Um futuro que dá forma às suas ideias.
GRUPO SECIL:
Acervo Normativo Nacional sobre Betão e os seus Constituintes
O presente documento resume o acervo normativo aplicável ou com interesse para o setor do betão pronto, nomeadamente o referente ao
betão e seus materiais constituintes. Além das normas portuguesas são igualmente referidas as Especificações LNEC e outros documentos
normativos europeus, tais como Relatórios Técnicos (TR) e Especificações Técnicas (TS).
Esta informação corresponde à situação verificada em 25 de outubro de 2024, pelo que, após esta data, deverá ser periodicamente atualizada,
face à anulação, substituição ou publicação de novos documentos normativos.
Normas
NP 1385:2023
NP 1387:2015
NP EN 206-1:2007
Emenda 2:2007
Emenda 1:2008
Emenda 2:2010
NP EN 206-9:2010 1
NP EN 206:2013
+A2:2021
Errata 1:2022 2
NP EN 12350-1:2022
NP EN 12350-2:2022
NP EN 12350-3:2019
NP EN 12350-4:2019
NP EN 12350-5:2019
NP EN 12350-6:2019
NP EN 12350-7:2022
NP EN 12350-8:2023
BETÃO
Betões. Determinação da composição do betão fresco.
Betão. Determinação dos tempos de presa.
Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.
Betão. Parte 9: Regras adicionais para betão autocompactável (BAC).
Betão. Especificação, desempenho, produção e conformidade.
Ensaios do betão fresco. Parte 1: Amostragem.
Ensaios do betão fresco. Parte 2: Ensaio de abaixamento.
Testing fresh concrete. Part 3: Vebe test.
Testing fresh concrete. Part 4: Degree of compactability.
Testing fresh concrete. Part 5: Flow table test.
Testing fresh concrete. Part 6: Density.
Ensaios do betão fresco. Parte 7: Teor de ar – Métodos pressiométricos.
Ensaios do betão fresco. Parte 8: Betão autocompactável - Ensaio de espalhamento.
NP EN 12350-9:2010 Ensaios do betão fresco. Parte 9: Betão autocompactável. Ensaio de escoamento no funil V.
NP EN 12350-10:2010 Ensaios do betão fresco. Parte 10: Betão autocompactável. Ensaio de escoamento na caixa L.
NP EN 12350-11:2010
Errata 1: 2012
Ensaios do betão fresco. Parte 11: Betão autocompactável. Ensaio de segregação no peneiro.
NP EN 12350-12:2010 Ensaios do betão fresco. Parte 12: Betão autocompactável. Ensaio de espalhamento no anel J.
NP EN 12390-1:2022
NP EN 12390-2:2021
NP EN 12390-3:2021
NP EN 12390-4:2021
NP EN 12390-5:2023
NP EN 12390-6:2023
Ensaios do betão endurecido. Parte 1: Forma, dimensões e outros requisitos para os provetes e para os moldes.
Ensaios do betão endurecido. Parte 2: Execução e cura dos provetes para ensaios de resistência mecânica.
Ensaios do betão endurecido. Parte 3: Resistência à compressão de provetes.
Ensaios do betão endurecido. Parte 4: Resistência à compressão – Características das máquinas de ensaio.
Ensaios do betão endurecido. Parte 5: Resistência à flexão de provetes.
Testing hardened concrete. Part 6: Tensile splitting strength of test specimens.
NP EN 12390-7:2019 Testing hardened concrete. Part 7: Density of hardened concrete (includes Corrigendum: 2020).
NP EN 12390-8:2019
NP EN 12390-10:2019
NP EN 12390-11:2017
NP EN 12390-12:2022
NP EN 12390-13:2023
NP EN 12390-14:2019
NP EN 12390-15:2020
NP EN 12390-16:2022
NP EN 12390-17:2022
NP EN 12390-18:2021
NP EN 12390-19:2023
NP EN 12504-1: 2022
NP EN 12504-2:2021
NP EN 12504-3:2007
NP EN 12504-4:2021
NP ENV 13670-1:2007
Emenda 1:2008 1
NP EN 13670:2011 2
Emenda 2:2021 2
Errata 1:2022 2
NP EN 13791:2019
NP EN 14487-1:2022
NP EN 14487-2:2008
Testing hardened concrete. Part 8: Depth of penetration of water under pressure.
Ensaios do betão endurecido. Parte 10: Determinação da resistência à carbonatação do betão sob níveis atmosféricos
de dióxido de carbono.
Ensaios do betão endurecido. Parte 11: Determinação da resistência do betão à penetração dos cloretos por difusão unidirectional.
Ensaios do betão endurecido. Parte 12: Determinação da resistência à carbonatação do betão – Método da carbonatação acelarada.
Ensaios do betão endurecido. Parte 13: Determinação do módulo de elasticidade secante à compressão.
Ensaios do betão endurecido. Parte 14: Método semiadiabático para a determinação do calor libertado pelo betão
durante o seu processo de endurecimento.
Ensaios do betão endurecido. Parte 15: Método adiabático para a determinação do calor de hidratação do betão.
Ensaios do betão endurecido. Parte 16: Determinação da retração do betão.
Ensaios do betão endurecido. Parte 17: Determinação da fluência do betão em compressão.
Testing hardened concrete. Part 18: Determination of the chloride migration coefficient.
Testing of hardened concrete – Determination of electrical resistivity.
Ensaios do betão nas estruturas. Parte 1: Carotes – Extração, exame e ensaio à compressão.
Testing concrete in structures. Part 2: Non-destructive testing. Determination of rebound number.
Ensaio de betão nas estruturas. Parte 3: Determinação da força de arranque.
Testing concrete in structures. Part 4: Determination of ultrasonic pulse velocity.
Execução de estruturas em betão. Parte 1: Regras gerais.
Execução de estruturas de betão.
Avaliação da resistência à compressão in-situ do betão em estruturas e elementos pré-fabricados.
Sprayed concrete. Part 1: Definitions, specifications and conformity.
Betão projetado. Parte 2: Execução.
1
Estas normas podem ainda ser aplicadas por imposição do Decreto-Lei n.º 301/2007 de 23 de agosto.
2
Estas normas são aplicadas por imposição do Decreto-Lei n.º 90/2021 de 5 de novembro.
Suplemento normativo – 25-10-2024
NP EN 14488-1:2008
NP EN 14488-2:2008
NP EN 14488-3:2023
NP EN 14488-4:2005
+A1: 2008
NP EN 14488-5:2008
NP EN 14488-6:2008
NP EN 14488-7:2008
NP EN 14845-1:2008
NP EN 14845-2:2008
NP EN 14889-1:2008
Errata 1: 2020
NP EN 14889-2:2008
BETÃO (cont.)
Ensaios de betão projetado. Parte 1: Amostragem do betão fresco e endurecido.
Ensaios de betão projetado. Parte 2: Resistência à compressão do betão projetado jovem.
Testing sprayed concrete. Part 3: Flexural strengths (first peak, ultimate and residual) of fibre reinforced beam specimens.
Ensaios de betão projetado. Parte 4: Resistência de aderência em carotes à tração simples.
Ensaios de betão projetado. Parte 5: Determinação da capacidade de absorção de energia de provetes de lajes reforçadas com fibras.
Ensaios de betão projetado. Parte 6: Espessura de betão sobre um substrato.
Ensaios de betão projetado. Parte 7: Dosagem de fibras no betão reforçado com fibras.
Métodos de ensaio de fibras no betão. Parte 1: Betões de referência.
Métodos de ensaio de fibras no betão. Parte 2: Influência sobre a resistência.
Fibras para betão. Parte 1: Fibras de aço. Definições, especificações e conformidade.
Fibras para betão. Parte 2: Fibras poliméricas. Definições, especificações e conformidade.
Especificações LNEC
E 383:1993
E 387:1993
E 388:1993
E 389:1993
E 390:1993
E 391:1993
E 392:2019
E 393:1993
E 394:1993
E 395:1993
E 396:1993
E 397:1993
E 398:1993
E 399:1993
E 413:1993
E 454:1999
E 461:2021
E 463:2004
E 464:2007
E 465:2007
E 475:2007
Betões. Determinação da resistência à penetração de cloretos. Método da célula de difusão.
Betões. Caracterização de vazios por método microscópico.
Betões. Análise macro e micro-estrutural. Exame petrográfico.
Betões. Preparação de lâminas delgadas para análise micro-estrutural.
Betões. Determinação da resistência à penetração de cloretos. Ensaio de imersão.
Betões. Determinação da resistência à carbonatação.
Betões. Determinação da permeabilidade ao oxigénio.
Betões. Determinação da absorção de água por capilaridade.
Betões. Determinação da absorção de água por imersão. Ensaio à pressão atmosférica.
Betões. Determinação da absorção de água por imersão. Ensaio no vácuo.
Betões. Determinação da resistência à abrasão.
Betões. Determinação do módulo de elasticidade em compressão.
Betões. Determinação da retração e da expansão.
Betões. Determinação da fluência em compressão.
Betões. Determinação da permeabilidade ao ar e à água. Método de Figg.
Betões de cimento branco. Recomendações para a escolha dos constituintes.
Betões. Metodologias para prevenir reações expansivas internas.
Betões. Determinação do coeficiente de difusão dos cloretos por ensaio de migração em regime não estacionário.
Betões. Metodologia prescritiva para uma vida útil de projeto de 50 e de 100 anos face às ações ambientais.
Betões. Metodologia para estimar as propriedades de desempenho do betão que permitem satisfazer a vida útil de projeto
de estruturas de betão armado ou pré-esforçado sob as exposições ambientais XC e XS.
Betões. Determinação da permeabilidade à água. Método GWT.
E 477:2007 Guia para especificação do betão de ligantes hidráulicos conforme com a NP EN 206-1.
Outros documentos
CR 1901:2000
TS 12390-9:2016
CR 12793:2001
CR 13901:2000
CR 13902:2000
TR 15177:2006
TR 15678:2008
TR 15868:2018
Regional specifications and recommendations for the avoidance of damaging alkali silica reactions in concrete.
Testing hardened concrete – Part 9: Freeze-thaw resistance with de-icing salts – Scaling.
Measurement of the carbonation depth of hardened concrete.
The use of the concept of concrete families for the production and conformity control of concrete.
Test methods for determining the water/cement ratio of fresh concrete.
Testing the freeze-thaw resistance of concrete – Internal structural damage.
Concrete – Release of regulated dangerous substances into soil, groundwater and surface water – Test method for new or unapproved
constituents of concrete and for production concretes.
Survey of national requirements used in conjunction with the European concrete standard and developing practice.
TR 15868:2009 Survey of national requirements used in conjunction with EN 206-1:2000.
TR 16142: 2011
TR 16349: 2012
TR 16369: 2012
TR 16563:2013
TR 16639:2014
TR 17172:2022
TR 17310:2019
Concrete – A study of the characteristic leaching behavior of hardened concrete for use in the natural environment.
Framework for a specification on the avoidance of a damaging Alkali-Silica Reaction (ASR) in concrete.
Use of control charts in the production of concrete.
Principles of the equivalent durability procedure.
Use of k-value concept, equivalent concrete performance concept and equivalent performance of combinations concept.
Validation testing program on chloride penetration and carbonation standardized test methods.
Carbonation and CO 2
uptake in concrete.
Normas
NP 4435:2004
NP EN 196-1:2017
NP EN 196-2:2014
NP EN 196-3:2017
NP EN 196-5:2011
CIMENTOS
Cimentos. Condições de fornecimento e receção.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 1: Determinação das resistências mecânicas.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 2: Análise química dos cimentos.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 3: Determinação dos tempos de presa e da expansibilidade.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 5: Ensaio de pozolanicidade dos cimentos pozolânicos.
Suplemento normativo – 25-10-2024
NP EN 196-6:2019
NP EN 196-7:2008
NP EN 196-8:2010
NP EN 196-9:2010
NP EN 196-10:2017
NP EN 196-11:2020
NP EN 197-1:2012
NP EN 197-2: 2022
NP EN 197-5: 2021
NP EN 197-6:2023
NP EN 413-1:2011
NP EN 413-2:2016
NP EN 13282-1:2014
NP EN 13282-2:2015
NP EN 13282-3:2024
NP EN 14216:2015
NP EN 14647:2010
NP EN 15743:2010
+A1:2015
CIMENTOS (cont.)
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 6: Determinação da finura.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 7: Métodos de colheita e de preparação de amostras de cimento.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 8: Calor de hidratação. Método da dissolução.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 9: Calor de hidratação. Método semi-adiabático.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 10: Determinação do teor em crómio (VI) solúvel em água do cimento.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 11: Calor de hidratação. Método da condução isotérmica.
Cimento. Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos correntes.
Cimento. Parte 2: Avaliação e verificação da regularidade no desempenho.
Cimento. Parte 5: Cimento composto Portland CEM II/C-M e cimento composto CEM VI.
Cement. Part 6: Cement with recycled building materials.
Cimento de alvenaria. Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidade.
Masonry cement. Part 2: Test methods.
Ligantes hidráulicos para estradas. Parte 1: Ligantes hidráulicos de endurecimento rápido para estradas – Composição, especificações
e critérios de conformidade.
Ligantes hidráulicos para estradas. Parte 2: Ligantes hidráulicos de endurecimento normal para estradas – Composição, especificações
e critérios de conformidade.
Hydraulic road binders. Part 3: Assessment and verification of constancy of performance.
Cimento. Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos especiais de muito baixo calor de hidratação.
Cimento de aluminato de cálcio. Composição, especificações e critérios de conformidade.
Cimento supersulfatado. Composição, especificações e critérios de conformidade.
Especificações LNEC
E 64:1979
E 357:1995
E 462:2004
E 476:2007
Cimentos. Determinação da massa volúmica.
Cimentos brancos. Determinação da brancura (fator de refletância luminosa).
Cimentos. Resistência dos cimentos ao ataque por sulfatos.
Pastas de cimento. Determinação da retração autogénea.
Outros documentos
PD CEN/TR
196-4:2007
CR 13933:2000
TR 14245:2020
TR 15697:2008
TR 16632:2014
TR 17365:2019
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 4: Determinação quantitativa dos constituintes.
Masonry cement – Testing for workability (cohesivity).
Cement. Guidelines for the application of EN 197-2: Assessment and verification of constancy of performance.
Cement. Performance testing for sulfate resistance – State of the art report.
Determinação do calor de hidratação do cimento por calorimetria de condução isotérmica: Estado do conhecimento e recomendações.
Method for the determination of C3A in the clinker from cement analysis.
Normas
NP 957:1973
NP 1039:1974
NP 1380:1976
NP 1382:1976
NP EN 932-1:2002
NP EN 932-2:2002
NP EN 932-3:2024
NP EN 932-5:2014
NP EN 932-6:2002
NP EN 933-1:2014
NP EN 933-2:2021
NP EN 933-3:2014
EN 933-4:2008
NP EN 933-5:2022
NP EN 933-6:2022
NP EN 933-7:2002
NP EN 933-8:2012
+A1:2017
NP EN 933-9:2022
NP EN 933-10:2024
NP EN 933-11:2011
NP EN 1097-1:2023
EN 1097-2:2020
NP EN 1097-3:2002
AGREGADOS
Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em água superficial de areias.
Inertes para argamassas e betões. Determinação da resistência ao esmagamento.
Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas friáveis.
Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor de álcalis solúveis. Processo por espectrofotometria de chama.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 1: Métodos de amostragem.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 2: Métodos de redução de amostras laboratoriais.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 3: Método e terminologia para a descrição petrográfica simplificada.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 5: Equipamento comum e calibração.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 6: Definições de repetibilidade e reprodutibilidade.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 1: Análise granulométrica – Método da peneiração.
Ensaios para determinação das características geométricas dos agregados. Parte 2: Determinação da distribuição granulométrica –
Peneiros de ensaio, dimensão nominal das aberturas.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 3: Determinação da forma das partículas – Índice de achatamento.
Tests for geometrical properties of aggregates. Part 4: Determination of particle shape – Shape index.
Tests for geometrical properties of aggregates. Part 5: Determination of percentage of crushed particles in coarse and all-in natural
aggregates.
Tests for geometrical properties of aggregates. Part 6: Assessment of surface characteristics. Flow coefficient of aggregates.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 7: Determinação do teor de conchas. Percentagem de conchas
nos agregados grossos.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 8: Avaliação dos finos – Ensaio do equivalente de areia.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 9: Avaliação dos finos – Ensaio do azul de metileno.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 10: Avaliação dos finos – Granulometria do fíler (peneiração por jato de ar).
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 11: Ensaio para classificação dos constituintes
de agregados grossos reciclados.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 1: Determination of the resistance to wear (micro-Deval).
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Methods for the determination of resistance to fragmentation.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 3: Determinação da baridade e do volume de vazios.
Suplemento normativo – 25-10-2024
NP EN 1097-4:2012
NP EN 1097-5:2011
NP EN 1097-6:2022
NP EN 1097-7:2022
NP EN 1097-8:2024
NP EN 1097-9:2014
NP EN 1097-10:2014
EN 1097-11:2013
EN 1367-1:2007
NP EN 1367-2:2013
NP EN 1367-3:2005
AC:2011
NP EN 1367-4:2011
NP EN 1367-5:2016
EN 1367-6:2008
EN 1367-7:2014
NP EN 1367-8:2021
NP EN 1744-1:2009
+A1:2014
NP EN 1744-3:2005
NP EN 1744-4:2021
NP EN 1744-5:2011
NP EN 1744-6:2011
EN 1744-7:2012
EN 1744-8:2012
NP EN 12620:2002
+A1:2010
NP EN 13055:2016
NP EN 13139:2005
AC:2010
AGREGADOS (cont.)
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 4: Determinação dos vazios do fíler seco compactado.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 5: Determinação do teor de água por secagem em estufa ventilada.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 6: Determinação da massa volúmica e da absorção de água.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 7: Determination of the particle density of filler – Pyknometer method.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 8: Determination of the polished stone value.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 9: Determination of the resistance to wear by abrasion
from studded tyres – Nordic test.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 10: Determination of water suction height.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 11: Determination of compressibility and confined
compressive strength of lightweight aggregates.
Tests for thermal and weathering properties of aggregates. Part 1: Determination of resistance to freezing and thawing.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 2: Ensaio do sulfato de magnésio.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 3: Ensaio de ebulição para basaltos “Sonnenbrand”.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 4: Determinação da retração por secagem.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 5: Determinação da resistência ao choque térmico.
Tests for thermal and weathering properties of aggregates. Part 6: Determination of resistance to freezing and thawing
in the presence of salt (NaCl).
Tests for thermal and weathering properties of aggregates. Part 7: Determination of resistance to freezing and thawing
of Lightweight aggregates.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 8: Determinação da resistência à desintegração
de agregados leves.
Ensaios para determinação das propriedades químicas dos agregados. Parte 1: Análise química.
Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Parte 3: Preparação de eluatos por lexiviação dos agregados.
Tests for chemical properties of aggregates. Part 4: Determination of water susceptibility of fillers for bituminous mixtures.
Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Parte 5: Determinação de sais de cloreto solúveis em ácido.
Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Parte 6: Determinação da influência do extrato de agregados reciclados
no tempo de início de presa do cimento.
Tests for chemical properties of aggregates. Part 7: Determination of loss of ignition of Municipal Incinerator
Bottom Ash Aggregate (MIBA Aggregate).
Tests for chemical properties of aggregates. Part 8: Sorting test to determine metal content of Municipal Incinerator
Bottom Ash (MIBA) Aggregates.
Agregados para betão.
Lightweight aggregates.
Agregados para argamassas.
Especificações LNEC
E 222:1968
E 251:1985
E 415:1993
E 467:2006
E 471:2009
Agregados. Determinação do teor em partículas moles.
Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reatividade com os sulfatos em presença de hidróxido de cálcio.
Inertes para argamassas e betões. Determinação da reatividade potencial com os álcalis. Análise petrográfica.
Guia para a utilização de agregados em betões de ligantes hidráulicos.
Guia para a utilização de agregados reciclados grossos em betões de ligantes hidráulicos.
Normas
NP 4220:2015
NP EN 450-1:2012
NP EN 450-2:2006
NP EN 451-1:2018
NP EN 451-2:2018
NP EN 13263-1:2005
+A1: 2009
NP EN 13263-2:2005
+A1: 2009
NP EN 15167-1:2008
NP EN 15167-2:2024
ADIÇÕES
Pozolanas para betão, argamassa e caldas. Definições, requisitos e verificação da conformidade.
Cinzas volantes para betão. Parte 1: Definição, especificações e critérios de conformidade.
Cinzas volantes para betão. Parte 2: Avaliação da conformidade.
Métodos de ensaio das cinzas volantes. Parte 1: Determinação do teor de óxido de cálcio livre.
Métodos de ensaio das cinzas volantes. Parte 2: Determinação da finura por peneiração húmida.
Sílica de fumo para betão. Parte 1: Definições, requisitos e critérios de conformidade.
Sílica de fumo para betão. Parte 2: Avaliação da conformidade.
Escória granulada de alto-forno moída para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 1: Definições, especificações
e critérios de conformidade.
Ground granulated blast furnace slag for use in concrete, mortar and grout. Part 2: Assessment and verification
of constancy of performance.
Especificações LNEC
E 384:1993 Escória granulada de alto-forno moída para betões. Determinação do teor de material vítreo por difração de raios X.
E 386:1993
Fíler calcário para betões. Determinação do teor de carbono orgânico total (TOC).
E 412:1993
Materiais em pó. Determinação da superfície específica. Método B.E.T.
E 466:2005
Fíleres calcários para ligantes hidráulicos.
Suplemento normativo – 25-10-2024
ADIÇÕES (cont.)
Outros documentos
TR 15677:2008 Fly ash obtained from co-combustion – A report on the situation in Europe.
TR 15840:2009 Evaluation of conformity of fly ash for concrete – Guidelines for the application of EN 450-2.
TR 16443:2013 Backgrounds to the revision of EN 450-1:2005+A1:2007 – Fly ash for concrete.
Normas
NP EN 480-1:2023
NP EN 480-2:2007
NP EN 480-4:2007
NP EN 480-5:2007
NP EN 480-6:2024
NP EN 480-8:2012
NP EN 480-10:2009
NP EN 480-11:2007
NP EN 480-12:2007
NP EN 480-13:2015
NP EN 480-14:2007
NP EN 480-15:2023
NP EN 934-1:2008
NP EN 934-2:2009
+A1:2012
NP EN 934-3:2009
+A1:2012
NP EN 934-4:2009
NP EN 934-5:2008
Errata 1: 2012
NP EN 934-6:2019
ADJUVANTES
Admixtures for concrete, mortar and grout - Test methods - Part 1: Reference concrete and reference mortar for testing.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 2: Determinação do tempo de presa.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 4: Determinação da exsudação do betão.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 5: Determinação da absorção capilar.
Admixtures for concrete, mortar and grout – Test methods. Part 6: Infrared analysis.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 8: Determinação do teor de resíduo seco.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 10: Determinação do teor de cloretos solúveis em água.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 11: Determinação das características
dos vazios do betão endurecido com ar introduzido.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 12: Determinação do teor de álcalis dos adjuvantes.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 13: Argamassa de alvenaria de referência
para o ensaio de adjuvantes para argamassa.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 14: Medição da suscetibilidade à corrosão do aço
em betão armado pelo ensaio eletroquímico potenciostático.
Admixtures for concrete, mortar and grout – Test methods. Part 15: Reference concrete and method for testing viscosity
modifying admixtures.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 1: Requisitos gerais.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 2: Adjuvantes para betão. Definições, requisitos, conformidade, marcação
e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 3: Adjuvantes para argamassa de alvenaria. Definições, requisitos,
conformidade, marcação e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 4: Adjuvantes para caldas de injeção para bainhas de pré-esforço.
Definições, requisitos, conformidade, marcação e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 5: Adjuvantes para betão projetado. Definições, requisitos, conformidade,
marcação e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas. Parte 6: Amostragem, avaliação e verificação da regularidade do desempenho.
Especificações LNEC
E 416:1993 Adjuvantes para argamassas e betões. Avaliação da corrosão das armaduras. Métodos eletroquímicos.
Normas
NP EN 1008:2003
NP EN 13577:2008
ÁGUA
Água de amassadura para betão. Especificações para a amostragem, ensaio e avaliação da aptidão da água, incluindo água recuperada
nos processos da indústria de betão, para o fabrico de betão.
Ataque químico do betão. Determinação da concentração de dióxido de carbono agressivo da água.
Normas
NP EN 445:2008
NP EN 446:2008
NP EN 447:2008
Errata: Jan 2011
CALDAS DE INJEÇÃO
Caldas de injeção para armaduras de pré-esforço. Métodos de ensaio.
Caldas de injeção para armaduras de pré-esforço. Procedimentos de injeção.
Caldas de injeção para armaduras de pré-esforço. Requisitos básicos.
Fontes de informação disponíveis em: www.ipq.pt | www.lnec.pt | www.cen.eu
Esta lista de documentos normativos é validada periodicamente atendendo a que está em permanente atualização.
As referências das normas, NP, EN e NP EN, e respetivas designações são as referidas como em vigor no sítio do IPQ em 25/10/2024.
Suplemento normativo – 25-10-2024