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#16 Dezembro 2024 | PARA OFERTA A ASSOCIADOS

PORTALEGRE CORE

magazine

RESUMOS

4º STAND UP FEST

8º PORTALEGRE CORE FEST

Loud & clear

“MUSICA AO VIVO”

AZZAYA

ENTREVISTA

MARGARIDA LOPES

PERSONALIDADES

SLY

ENTREVISTA

BIOGRAFIA

FRANCISCO CEIA


2


Nota Informativa

sumário

Informamos os nossos estimados leitores que a Portalegre Core não

utiliza o novo acordo ortográfico.

4 Stand Up Fest

6 Comédia Há Lá Parte (Intervenientes)

6 Ana Nunes

6 Beto Eustáquio

6 Bil Malanho

7 Bruno Rodrigues

7 Marco Marquês

7 “Samuel Mangueira”

10 Biografia: Francisco Ceia

12 Personalidades: Margarida Lopes

16 Entrevista: Azzaya

20 Loud & Clear: Som ao Vivo

26 Entrevista: Sly

31 Crónicas de: Gaspar Garção

32 Portalegre Core Fest

34 Above the Ocean

34 Avô Varejeira

35 Death & Legacy

38 Tiró Cu do Sofá

39 Contactos

DIRECÇÃO: Associação Cultural Portalegre Core REDACÇÃO: Associação Cultural Portalegre

Core EDIÇÃO GRÁFICA: Associação Cultural Portalegre Core PERIODICIDADE: Anual

TIRAGEM: 50 Exemplares IMPRESSÃO: 360imprimir ©

PROPRIEDADE: Associação Cultural Portalegre Core

3


O

Volume 4 do STAN UP FEST regressou ao Centro de Artes do Espectáculo

de Portalegre no passado dia 26 de Outubro de 2024. Com uma grande

alteração a nível de logística, o mesmo apresentou-se aos espectadores

no Grande Auditório do CAEP pela primeira vez. A ASSOCIAÇÃO CUL-

TURAL PORTALEGRE CORE, mostrou uma vez mais que as causas nobres devem

ser valorizadas e este ano, foi vez de parte dos lucros da bilheteira reverterem a favor

dos Bombeiros Voluntários de Portalegre que estão todos os dias, mas principalmente

na época de verão, sempre alerta.

O 4º Volume do STAND UP FEST ficou novamente marcado pela grande adesão por

parte da população, mesmo havendo diversos eventos no mesmo dia a acontecer um

pouco por toda a cidade, como a Noite de Fados realizado no Centro Vincentino da

Serra, também este evento contando com uma parte solidária para os Bombeiros

Voluntários de Portalegre e a 2ª edição do “Lagóias Beer Fest: Festival de Cerveja

Artesanal” organizado pela União de Freguesias da Sé e S. Lourenço no Mercado

Municipal de Portalegre.

Este 4º Volume dita também o fim de uma

era no que diz respeito à organização do

evento. O mesmo irá passar a ser realizado

por uma nova Associação representada

pelo também mentor deste projecto Bruno

Azeitona. Com a certeza da sua continuidade

queremos deixar o nosso total apoio

para as edições futuras.

Com esta edição conseguimos reunir

350,00€ que foram cedidos em forma de

donativo no dia 28 de Outubro aos Bombeiros Voluntários de Portalegre na sua sede.

4

HUMORISTAS QUE JÁ utilizaram o nosso micro

Avelina Venâncio, Beto Eustáquio, Bil Malanho, Bruno Mão de Ferro,

Eduardo Maurício, Fábio Espanhol, Marco Marquês, Nuno Elvas,

Pedro Baptista, Vera Freire.


CARTAZ

5


COMÉDIA há Lá PARTE

“OS INTERVENIENTES”

ANA NUNES

BETO EUSTÁQUIO

Nasceu em Moçambique e acabou em Portalegre.

Quis ser relevante para a sociedade e acabou nos

escuteiros, mas a família gosta dele na mesma… É

dador de sangue mas a 26 de outubro vem é dar baile

no Volume 4 do Stand Up Fest.

A Ana nasceu e cresceu na Terra do Boneco, Castelo

de Vide para os menos atentos. Bem, "cresceu" é talvez

um pouco exagerado quando falamos de uma

adulta que tem 1,56 m de altura... Mas adiante. Jornalista

de formação, também já foi assessora de

comunicação, recepcionista, lojista e, no meio disso

tudo, ainda serviu uns cafés. Um currículo com

demasiado contacto social para quem se assume

como um pequeno bicho do mato. O melhor sítio do

mundo para ela? A sua casa. Com a campainha desligada,

obviamente. Porque é que faz parte da edição

deste ano? Ainda estamos para saber, terá piada ou

é só uma manobra de distração para os verdadeiros

comediantes do dia 26 de Outubro? Fica a dúvida.

6

BIL MALANHO

Nasceu em Alter do Chão há sensivelmente uma

centena de quilos atrás. Atualmente vive em Alagoa e

trabalha em Portalegre. A boa disposição e o sorriso

tornam o dia de todos melhor e ele acredita, realmente,

que consegue contribuir para que isso se realize,

e faz com que valha a pena. A sua experiência em

palco vem desde as suas atuações enquanto fadista.

Aí percebeu que, para além da música, conseguia

também fazer descontrair e rir as pessoas presentes

no público, com o seu bom humor e piadas. Anedotas,

Stand Up Comedy e Música Humorística, fazem

parte do seu repertório.


Bruno rodrigues

“Se alguma vez fiz stand up? Não. Se já estudei

stand up? Li um livro em PDF sobre isso… há 4

anos. 5 talvez. Ainda estudava em Lisboa Cinema e

Televisão para estar hoje desempregado. Portanto,

aparento ter qualificação para ser humorista? Não.

Mas como hoje podemos ser aquilo que quisermos,

eu vou me identificar como um. Não tendo experiência

alguma nisto, lógico que acabei por ser convidado

pela organização do Stand Up Fest. Tudo pela qualidade

do evento! Será a minha primeira vez sozinho

em cima de um palco a fazer rir o público presente.

Se farei rir alguém? Provavelmente a organização de

pânico. Mas estarei vestido de fato e ansioso para

receber o meu cachê no final!”

MARCO MARQUÊS

Num registo diferente do que é hábito nos espectáculos

de Stand Up Comedy, o Marquês enquadra-se

perfeitamente com os seus happenings de tendências

dadaístas que prometem fazer o público perguntar-se:

“Mas porquê?”; “O que é que eu estou aqui a

fazer?”; “Paguei para isto?”; ou ainda “Vou aproveitar

para dar uma mija”.

“o que dá a ÁGUA… e a voz”

Samuel Mangueiras tem, provavelmente, uma das

profissões mais importantes da cidade de Portalegre:

ele é o tocador da sirene das 17:00, aos domingos.

Faça chuva, ou faça sol, o Mangueiras lá está sempre

a carregar no botão. Desde muito novo que toca em

campainhas e até já chegou a interpretar a música

“Mariquinha”, do Bonga, em buzinas, um feito que o

levou a vencer o Festival de Jovens Talentos de Vale

do Peso Vale do Peso em Movimento Samuel Mangueiras

é um profissional exemplar e um ser humano

incrível. Faz vários serviços de voluntariado e já esteve

no programa do Goucha. Quando teve conhecimento

da existência do Stand Up Fest – Volume 4,

aplaudiu a ideia de parte da bilheteira reverter a favor

dos Bombeiros Voluntários de Portalegre. Samuel

Mangueiras, gosta muito de choco frito e moelas!

(esta cara não nos é nada estranha - César Azeitona).

7


8

Humorista: Beto Eustáquio Humorista: Bil Malanho Humorista: Bruno Rodrigues

OBRIGADO A TODAS AS ENTIDADES QUE APOIARAM A 2ª EDIÇÃO DO STAND UP FEST


9

Resumo evento

Humorista: Marco Marquês

Bilhetes: 150

Nº Pessoas no Evento: 330

Nº Humoristas: 5

Humorista: Ana Nunes

Cartaz da 3ª edição do Stand Up Fest (2023)


BIOGRAFIA

10

FRANCISCO CEIA

F

rancisco Ceia é natural de Portalegre. Em 1976 frequenta o curso de teatro

e inicia a sua carreira artística como actor profissional no CENDREV –

Évora. Aí representa, entre outros, autores como “Gil Vicente”, “Marivaux”,

“José Régio”, “Moliére”, “Brecht” e “Peter Weiss”. Permanece nesta companhia

até ao final de 1979. Em Janeiro de 1980, funda em Portalegre a

Companhia de teatro profissional, Teatro do Semeador onde encena e

representa várias peças. Nesse mesmo ano

e como corolário da actividade de autor

compositor e intérprete que vinha desenvolvendo

em paralelo com o teatro, vê editado

o primeiro disco, “Foi no monte é no monte”,

dando a voz à banda sonoro original da

série de T.V. “As Aventuras de Tom Sawyer”

(R.T.P.). Compõe música para teatro e

participa como actor, em peças para a R.T.P.

A convite desta estação, é o pivot da série

“A casa do mocho sábio”, onde conjuga o

trabalho de actor, autor, músico e intérprete

do genérico do programa. Em 1995, a convite

da Companhia de teatro do Porto "Seiva

Trupe", integra o seu elenco, no musical,

"Ópera do Malandro” de Chico Buarque. Em

Maio de 1997 participa em Cáceres no Festival

Internacional da World Music,

"WOMAD". Participou ainda no 36º Festival

R.T.P. da Canção, em 1999. Em 2005 é editado

o seu último trabalho discográfico

“Virado para a Serra”, com textos de

“Vergílio Ferreira”


11

DISCOGRAFIA

1980: “Foi no monte é no monte”

1980: “As Aventuras de Tom Sawyer”

(banda sonora da série, na R.T.P.)

1981: “Cava Dor”

1983: “Alcatruz”

1985: “Voo Andando”

1988: “Entre cal e o Sol”

1990: “Bicicleta cor-de-rosa”

1996: “Lendas e Romances”

(com textos da tradição oral)

1999: “Fado singelo”

2000: “Caderno de afectos”

(poesia de José Régio)

2002: “Sandálias de vento”

(poesia de Fernando Namora)

2003: “Nas tardes”

(poesia de António Sardinha)

2004: “Asa de Luz”

(poesia de Maria Rosa Colaço)

2005: “Virado para a serra”

(poesia de Vergílio Ferreira)

OBRA LITERÁRIA

2012: “Jogo de Janelas”

2013: “terra de paciência”

2016: “Foi como um rio”

2020: “Filhos da cidade morta”

2023: “abalares”


12

Personalidades

MARGARIDA LOPES

SENTES QUE HÁ DESCRIMINAÇÃO ENTRE SEXOS NA PRÁTICA

DESTE DESPORTO?

Apesar de antes haver muito mais, agora ainda se nota. Especialmente a nível de

salários, o feminino a comparar com o masculino não ganha praticamente nada. A

falta de visibilidade, pois apesar de agora haver mais adeptos do futebol feminino

ainda é muito pouco. A famosa frase do “futebol não é para mulheres” ainda é bastante

comum na sociedade.

EXISTEM CADA VEZ MAIS MULHERES A PRATICAR DESPORTO,

NOMEADAMENTE O FUTEBOL, COMO TE SENTES AO SER UMA

DELAS?

É muito bom ver que o desporto feminino evoluiu bastante, especialmente a nível do

futebol, o que se deve à grande aderência das mulheres nos desportos. Há uns anos

atrás havia cerca de 5 raparigas por distrito e todas de diferentes idades, foi difícil e

acredito que as mulheres mais velhas que eu tenham passado por muito pior. Chegávamos

aos jogos e enquanto os meus colegas estavam no balneário, eu estava com

os senhores do estádio a ver do balneário minúsculo com uma cadeira e um chuveiro,

ou da arrecadação das vassouras e das esfregonas. As palavras vindas das bancadas

por verem raparigas e uma bola também não eram muito agradáveis. Das pou-


13

cas mulheres que praticavam o futebol, muitas tiveram de desistir do seu sonho pela

falta de apoio que tínhamos. Quando fui convocada para a seleção distrital senti um

sentimento completamente diferente, ver que outras raparigas também faziam o que

gostavam sem medos, ter um balneário e com tanta companhia…foi dos melhores

momentos do futebol. É uma sensação inexplicável, ver tantas meninas e mulheres a

praticar o que gostam.

QUANDO SENTISTE QUE ERA ESTA A TUA “VOCAÇÃO”?

Creio nunca ter havido um momento em que o senti especificamente, desde pequena

foi uma coisa presente na minha vida e agradeço imenso aos meus pais por me

terem permitido faze-lo desde cedo, mesmo com todo o preconceito, o que eu mais

gostava. Foi uma coisa que nasceu comigo.

QUAL O CLUBE ONDE COMEÇAS-TE E PORQUÊ ESSA ESCOLhA?

Comecei no Clube Desportivo Portalegrense por ser um clube onde vários membros

da minha família tinham ligação, e no início não entendia o porquê até porque era

muito nova, porém depois fui eu a ficar com uma forte ligação ao clube e sinceramente,

apesar de tudo, custou-me imenso deixa-lo. Hoje em dia ainda vou seguindo o

clube em vários escalões.

NOTA INFORMATIVA: Entrevista efectuada em Outubro de 2024

JOGAS NESTE MOMENTO NO “Club desportivo Badajoz”,

como surgiu a oportunidade de jogar no estrangeiro?

Recebi o convite da equipa dos “Elvenses”, que na altura tinham uma equipa feminina,

para participar num torneio de futebol feminino em Badajoz. Após esse torneio

recebi uma proposta do “Santa Teresa”, que após ir experimentar aceitei logo, onde

fiquei durante 3 épocas, cheguei a jogar no nacional porém devido a uns problemas

decidi mudar. O clube também foi à falência e neste momento já não existe. Neste

momento estou no Badajoz onde já vou completar também as 3 épocas e sinto que foi

uma ótima oportunidade e agradeço imenso por ela.


14

É difícil jogar fora de Portugal?

O mais difícil é devido à distância, mas visto que quero seguir os meus estudos em

Badajoz isso deixará de ser um obstáculo. A nível de futebol em si, é uma futebol mais

pesado, mais duro, mas também melhor para evoluir. Desde que comecei a jogar lá

sempre tive bastante apoio dos dois clubes e mesmo das minhas colegas de equipa.

Notei muita diferença lá, mas praticamente tudo para melhor, ajudou me a evoluir bastante

como pessoa e como jogadora.

Seleção Nacional, para quando?

A seleção nacional portuguesa é, e sempre foi o meu maior objetivo como jogadora.

Penso que todas e todos os jogadores sonham com isso. Estou à espera desde que

comecei, por isso quando quiserem, estou aqui. Até lá é continuar a trabalhar para tal.


Que conselho dás a quem está agora a começar?

Futebol por si já não é um desporto fácil por muitos fatores, então o feminino ainda

se torna mais difícil. Contudo não podem baixar logo a cabeça quando algo corre

mal, tem que procurar as melhores soluções e apoios e seguir em frente.

“aitana bonmati” ou “kika Nazareth”?

Apesar da Kika ser uma jogadora muito completa, que pode ainda evoluir bastante,

por agora é Aitana.

DIz ALGO AOS NOSSOS LEITORES...

Seja em futebol feminino, seja em desporto no geral, ou mesmo fora dele, se é o que

gostam vão até ao fim. Não desistam no primeiro obstáculo pois são eles que nos

fazem evoluir.

15


16

QUEM SÃO OS AZZAYA?

Somos uma banda de Death/Black Metal de Portalegre. A formação é Gabriel Warmann

na voz, André Marmelo na guitarra, Luís Simão no baixo e Francisco Gandum

na bateria. Tocamos música extrema que não é para todos os gostos e é mesmo

esse o nosso propósito.

QUAL O VOSSO ESTILO MUSICAL E PORQUÊ?

Nós tocamos Death/Black Metal, o objectivo é aliar o ambiente negro do Black Metal

com a agressividade do Death Metal. Não temos propriamente um “porquê” para

além de que é uma sonoridade brutal e todos gostamos deste estilo de música.

Novos Sócios Portalegre core

ENTREVISTA

NOTA INFORMATIVA: Entrevista efectuada em Julho de 2024

COMO E QUANDO NASCEU O PROJECTO?

A nossa história é um bocado atribulada, o projecto nasceu em 2021 na Turquia e foi

formado pelo baixista/produtor original Ozan Ozdemir que recrutou para a voz o

vocalista Grego Georgios Chatziioannidis e Gabriel Warmann para a guitarra e bate-

Ainda não és sócio da Portalegre Core? Do que esperas para te juntares a nós e teres de

didatura em www.portalegrecore.com e aguarda por um email de confirmação e validação


-ria. Foi este line up que lançou o nosso primeiro álbum intitulado “Thy Satanick

Ascension”. Esta formação acabou por separar-se em 2022 por divergências artísticas

ficando o Gabriel com o direito de utilização do nome Azzaya. Apartir daí Azzaya era

suposto ser um projecto a solo com a ocasional colaboração, como foi o caso do

André Marmelo (guitarra na música “Profane Destruction”) e do Luís Simão (guitarra

na música “Lineage of Greed”). Porém com o lançamento do segundo álbum intitulado

“I Begin” em 2024 começámos a perceber que valeria a pena levar o projecto ao vivo,

daí o convite ao nosso grande amigo Francisco Gandum para completar a formação.

LANÇARAM ESTE ANO O CLIP “I BEGIN”, QUAL O FEEDBACK

QUE ESTÃO A RECEBER DO MESMO?

O feedback tem sido bastante positivo, a produção foi bastante modesta e não teve

grande orçamento, na realidade foi mais um grupo de amigos a divertirem-se na serra

do que uma produção profissional e tendo isso em conta o resultado final ficou incrível,

acho que conseguimos mesmo concretizar todas as nossas ideias. Obviamente

nada disso seria possível sem a ajuda da realizadora Sara Roque Peres, o único

membro da produção com experiência profissional que fez um excelente trabalho com

a direção, filmagens e edição. E claro sem todos os nossos amigos que conseguiram

aparecer para nos ajudar. Curiosamente durante as filmagens passou por nós um grupo

de pessoal a

fazer motocross e

um deles tinha uma

go pro que nos

apanhou em plena

procissão todos

c a r a c t e r i z a d o s ,

obviamente eles

não faziam ideia

que nós estávamos

a gravar um videoclip…

Uns tempos

depois encontramos

esse vídeo no

F a c e b o o k , f o i

engraçado.

scontos e regalias nos eventos organizados pela Associação? Preenche já a ficha de candos

teus dados. (Quota Anual: 12,00€ | 1º Ano: 15,00€)

17


PARA QUANDO UM TRABALHO DISCOGRÁFICO?

Nós lançámos o nosso primeiro full-lenght intitulado “Thy Satanick Ascension” em

2021 e o segundo intitulado “I Begin” em 2024, em princípio iremos lançar um novo

EP no final do ano e um terceiro full-lenght durante o próximo ano. O EP irá chamarse

“Raging Satanick Agression” e será composto por novas versões de 3 músicas do

primeiro álbum e duas novas músicas. O objectivo é reflectir aquilo que estamos a

tocar ao vivo, com a atual formação acabamos por fazer arranjos diferentes das

músicas antigas e assim a malta que nos vê ao vivo consegue ouvir as malhas tal

como as tocamos.

ATÉ AGORA, QUAL O CONCERTO QUE MAIS VOS MARCOU?

Gabriel: “Behemoth” no Vagos Open Air em 2014, eles estavam mesmo em topo de

forma depois do lançamento do “The Satanist”, foi esse concerto que me fez mesmo

pensar “é isto que eu quero fazer”.

Luis: “Death” no Incrível Almadense, não sei o ano...Marcou-me pela nitidez e precisão

com que tocaram.

Marmelo: Opa, é difícil fazer melhor que os “Rammstein” por razões óbvias.

Xico: Talvez o de “Emperor” no Vagos Metal Fest 2022, por ser o primeiro concerto

deles que vi, ser também a estreia deles em Portugal, foi também um concertão.

Aquela banda para mim tem uma aura difícil de explicar mas que sinto mesmo de

uma forma intensa, teve tanto impacto em mim que fiquei mesmo com vontade fazer

parte do grupo de pessoas que os acompanha para todo o lado e vê-los a tocar em

todas as datas. Fiquei mesmo deslumbrado e com saudades de os voltar a ver.

PLANOS PARA O FUTURO?

Para já o nosso principal objectivo é tocar ao vivo o mais que possível, espalhar o

nosso nome de forma old school. Até agora o feedback dos concertos tem sido bastante

positivo mas tentamos sempre aprender com os erros e evoluir com cada performance.

Recentemente tocámos no festival Laurus Nobilis em Famalicão, foi uma

experiência espectacular e é quase um sonho tornado realidade vermos o nosso

nome num cartaz em conjunto com nomes como Moonspell, Scepticflesh e Vader.

Sabias que...

Este ano o PORTALEGRE CORE FEST teve a venda de bilhetes mais rá

da bilheteira, não tendo a Associação efectuado qualquer pré-venda ou re

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DIGAM ALGO AOS NOSSOS LEITORES...

Apoiem a vossa cena local! Como publico aparecendo nos concertos mas principalmente

como bandas, ficamos todos mais fortes se nos apoiarmos uns aos outros. Se

têm uma banda no Alentejo e precisam de ajuda com concertos, gravar álbuns ou a

arranjar editora estejam à vontade de nos contactar!

André Marmelo Gabriel Warmann Francisco Gandum Luís Simão

pida de sempre? Os bilhetes para a 8ª edição esgotaram em apenas 15m após a abertura

serva dos mesmos.

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20

Loud & clear

Rúbrica por Ivo Reis

“Som ao vivo”

E

xiste uma diversidade de coisas que temos de ter em conta aquando os

chamados “Trabalhos em palco”.

Montagem: antes de tudo, é essencial planear a disposição do palco de acordo com

o tipo de evento (concerto, teatro, conferência, etc.) e a quantidade de artistas/

pessoas envolvidas. Convém garantir que os palcos/estrados estão seguros e bem

estruturados para suportar o peso de equipamentos, músicos e respectivos cenários.

Ligações e Cabos: verificar que equipamentos de som serão utilizados (mesas de

mistura, processadores de sinal, amplificadores, etc.) e fazer as ligações correctas

conforme o manual de cada equipamento. Utilizar cabos adequados e de qualidade

para minimizar problemas de interferência e ruídos indesejados.

Posicionamento dos Microfones: posicionar os microfones correctamente é crucial

para obter uma boa qualidade de som. Para instrumentos musicais, usar microfones

apropriados e ajusta-los de acordo com o tipo de som desejado e o instrumento

específico. Para microfones de voz, posiciona-los de forma a estarem próximos o

suficiente para captar o som sem capturar muitos ruídos do ambiente. Utilizar tripés

adequados para manter os microfones seguros e fixos durante as actuações.

Configuração do Som: durante o soudcheck, ajustar os níveis de cada canal áudio

para garantir que todos os instrumentos e vozes estejam equilibrados. Aplicar equalização

para ajustar o som de acordo com as características de cada instrumento e o

ambiente em que o evento ocorre. Utilizar processadores de efeitos, se necessário,

para adicionar reverb, delay ou outros efeitos ao som como gate e compressão.

Munição de Palco: certificar-se de que os músicos no palco conseguem ouvir claramente

o que estão a tocar e cantar, para isso, utilizar monitores de palco posicionados

estrategicamente. Durante o evento, estar atento aos retornos dos músicos para

ajustes rápidos, se necessário.

Ajustes Durante o Evento: durante as apresentações, estar preparado para fazer

ajustes conforme necessário para lidar com as mudanças dinâmicas das músicas e

outras situações imprevistas.


DESCRIÇÃO PRAGMÁTICA

Apresentaremos uma visão geral do processo de trabalho em eventos, independentemente

do local em que ocorre, embora o tipo de evento possa variar, o método de

trabalho mantém-se bastante consistente. Para ilustrar esse processo, será utilizado

como exemplo o festival “Quina das Beatas”, um evento que exige maior pressão no

método de trabalho devido à presença de múltiplas bandas num mesmo dia. Essa

dinâmica leva a atuar de maneira mais focada, com atenção redobrada. Como em

qualquer evento, o primeiro passo consiste em estabelecer comunicação com as

bandas para adquirir os seus riders técnicos. Isso inclui coordenar os horários para

os testes de som, refeições e acomodações. Com todos os detalhes do sistema de

som (PA), ajustes na monição de palco e alinhamento entre os riders técnicos das

diferentes bandas. Espcialmente em casos onde três bandas se apresentam num

único dia, é necessário estar preparado para ajustes de vias e configurar um rider

técnico que seja adequado para todas elas. Também é “negociado” o backline para

minimizar trocas de equipamentos em palco e, consequentemente, reduzir o tempo

entre as apresentações.

O termo "backline" pode incluir uma variedade de itens, como amplificadores de guitarra, baixo e teclado, baterias, entre

outros. Em muitos casos, especialmente em eventos maiores, os músicos não trazem todo o seu equipamento e instrumentos,

já que transportar uma grande quantidade de equipamentos pode ser complicado e demorado. Em vez disso, as bandas

geralmente contam com o apoio do backline fornecido neste caso pelo CAEP ou por empresas de aluguer de equipamentos

musicais. Isso torna mais eficiente a configuração e a troca entre as diferentes bandas ou artistas que se apresentam no

mesmo evento.

No dia do concerto é realizado um briefing com a equipa de montagem, incluindo

estagiários. Nessa reunião, é determinado quem será responsável por montar o palco,

organizar as vias de som, fazer o som de palco e quem opera a mesa de mistura.

Além disso, cada banda recebe atenção enquanto aguarda a sua vez para os testes

de som. Os jantares são auxiliados, onde se destacam pontos interessantes na

cidade, e é fornecida informação sobre hotéis e restaurantes. Receber bem uma banda

ou um artista num espectáculo é fundamental para garantir um ambiente positivo,

profissional e eficiente, o que pode impactar directamente na qualidade da apresentação

e na satisfação de todos os envolvidos.

Vantagens de receber bem uma banda

Criação de uma Boa Impressão: uma receção calorosa e profissional cria uma

impressão positiva, o que pode fortalecer relacionamentos e até mesmo levar a futuras

colaborações.

Aumento da Motivação e Desempenho: quando uma banda se sente bem-vinda e

valorizada, isso pode aumentar a sua motivação e energia em palco, resultando num

concerto mais envolvente e de alta qualidade.

Fluxo Eficiente: uma boa recepção e organização ajudam a minimizar atrasos e problemas

técnicos, garantindo um fluxo suave entre as apresentações.

Atmosfera Profissional: uma abordagem profissional para receber uma banda estabelece

um padrão elevado para a produção do evento, o que pode influenciar positivamente

todos os aspectos da produção.

21


Dicas para receber bem uma banda

Comunicar Antecipadamente: entrar em contacto com a banda antes do evento

para discutir detalhes como horários, requisitos técnicos, necessidades de palco e

quaisquer solicitações especiais.

Fornecer Informações Claras: fornecer informações detalhadas sobre o local, estacionamento,

áreas de camarim, restaurantes, horários de soudcheck, bem como

informações de contacto relevantes.

Fornecer um Camarim Confortável: garantir que o camarim esteja limpo, confortável

e equipado com espelhos, cadeiras, bebidas, comida e acesso ao wc.

Assistência Técnica Adequada: ter uma equipa técnica experiente disponível para

auxiliar com o Setup dos equipamentos da banda e para resolver quaisquer problemas

técnicos que possam surgir.

Respeitar as Necessidades Alimentares: certificar de fornecer opções de comida e

bebida para a banda, tendo em consideração quaisquer restrições alimentares ou

preferências.

Horários Pontuais: manter a programação conforme o planeado, evitando atrasos

desnecessários que possam afectar o horário da actuação.

Ser Cortês e Receptivo: mostrar disponibilidade para responder a perguntas, oferecer

ajuda e solucionar problemas que possam surgir.

Tratar com Respeito: tratar a banda e a equipa com profissionalismo e respeito,

reconhecendo o trabalho árduo que eles colocam na sua actuação

Soundcheck

A próxima etapa é a preparação da primeira banda a realizar o soundcheck, geralmente

a última a apresentar-se no dia. É testada cada via sempre que uma banda

entra em palco.

NOTA: todas as linhas de áudio captadas são em primeiro lugar levadas ao volume ideal de sinal para a mesa de mistura, quer seja

para aumentar o sinal ou atenuar o mesmo, para aumentar o sinal de ganho (Gain) aumentamos o mesmo e para atenuar usamos o

ganho ou o pad (o valor de atenuação do pad varia dependendo da mesa de mistura) da mesa de mistura, bem como em 99% das

linhas usamos algum tipo de equalização, seja para atenuar, cortar ou elevar e baixar frequências.

Imagem prática do pad atenuador

22

Imagem Teórica dos tipos de Filtro de Equalização

Imagem Prática do Gain


Começando com a bateria, ajustando primeiro o bombo (kick), utiliza-se o microfone

(exemplo) AKG D 112, a panorâmica 0º ou seja centrada e usa-se geralmente compressor

e gate. Antes de todo o processo deve-se esperar que o músico afine a bateria

de acordo com o seu gosto e só após a afinação se começa a trabalhar o som da

bateria.

Usar compressor e gate no bombo, juntamente

com um microfone adequado como

por exemplo o AKG D 112, pode trazer vantagens

significativas para obter um som de

bateria mais equilibrado, controlado e profissional.

Imagem prática de Kick drumm (bombo)

Microfone AKG D 112 no Bombo: O AKG

D 112 é um microfone dinâmico projectado

especificamente para capturar o som de

instrumentos de baixa frequência, como o

bombo. Algumas vantagens do uso deste

microfone são: Resposta de frequência optimizada (o D 112 é projectado para capturar

as frequências graves de maneira precisa, proporcionando um som rico e cheio

ao bombo) e a resistência a altos níveis de pressão sonora (os bombos costumam

produzir transientes de alta pressão sonora. O D 112 é capaz de lidar com esses

níveis que distorcem o som.

Um compressor é usado para controlar a dinâmica do som, reduzindo as diferenças de volume entre os sinais mais fortes e

mais fracos. No caso do bombo, um compressor pode ser útil para controlar os trasientes (picos de volume repentinos),

evitando que eles se destaquem muito na mistura. Manter a consistência: um compressor pode nivelar o volume do bombo,

tornando-o mais consistente ao longo da música. Isso ajuda a manter um som mais coeso e evita que o bombo se perca em

partes mais movimentadas da música.

Um gate é usado para atenuar ou cortar completamente o som quando ele cai abaixo de um determinado nível de volume.

No caso do bombo, um gate pode ser útil para: Eliminar ruídos indesejados. O bombo pode captar sons indesejados como

o som de outros instrumentos ou ressonâncias da própria bateria. Um gate pode ajudar a eliminar esses ruídos quando o

bombo não está a ser tocado.

Seguimos então para tarola (snare) onde geralmente

usamos um microfone SM57 e podemos

usar por vezes compressão e reverb23. Usamos

novamente a panorâmica24 centrada.

Posicionamento do Microfone SM57: O Shure

SM57 é um microfone dinâmico amplamente usado

para capturar instrumentos musicais, incluindo

snare. Para captar harmônicos e a presença do

snare, podemos considerar as seguintes dicas de

posicionamento:

Imagem Prática de Snare Drumm (Tarola)

Ângulo: Apontar o SM57 em direção ao centro da pele superior do snare. O ângulo

pode variar ligeiramente, mas geralmente apontar ligeiramente em direção ao aro

externo da tarola pode capturar uma gama de harmônicos.

Distância: Colocar o microfone a poucos centímetros da pele do snare para capturar

detalhes e ataque. Devemos experimentar diferentes distâncias para encontrar o

equilíbrio certo entre ataque e corpo.

23


NOTA: As configurações ideais podem variar dependendo do género musical, das preferências pessoais e do contexto da mistura.

Devemos confiar sempre nos nossos ouvidos e fazer ajustes para alcançar o som desejado.

Usar reverb (reverberação) no snare pode adicionar profundidade, espaço e uma sensação mais natural à mistura. No

entanto, o uso de reverb no snare deve ser feito com cuidado para evitar que o som se torne excessivamente difuso ou distorcido.

Profundidade e ambiente: O reverb adiciona uma sensação de profundidade e espaço à mistura, o que pode ajudar

a situar os elementos da bateria num ambiente virtual. Isso pode ser especialmente útil quando desejamos criar um ambiente

sonoro mais natural ou realista. Criatividade: O reverb pode ser usado criativamente para dar ao snare um caráter único.

Podemos escolher reverb de diferentes Cpos (hall, room, plate, etc.) para alcançar diferentes efeitos e emoções. Coerência

da mistura: O uso subtil de reverb pode ajudar a unir a mistura, proporcionando uma sensação de coesão entre os elementos.

A panorâmica é a colocação de um som em relação à posição esquerda-direita na mistura. Para o snare e outros elementos

da bateria, considerar o seguinte: Centrado: O snare geralmente é mantido no centro da mistura, já que é um elemento crucial

que dá suporte à coesão rítmica. Isso ajuda a mantê-lo bem definido e focado. Experimentação: podemos adicionar

uma pequena quantidade de panorâmica ao reverb aplicado ao snare para criar um senso de espaço. No entanto, manter o

próprio som do snare centrado para manter a coesão.

Seguimos para os timbalões, onde usamos gate para cortar alguma ressonância criada

pelos timbalões e para controlar ruídos quando estes não estão a ser tocados, por

vezes adicionar reverb nos timbalões criamos uma boa ligação de mistura com os

restantes instrumentos, usamos geralmente 3 panorâmicas.

Imagem Prática de 2 Tom Racks e 1 Tom Floor (Timbalões)

Microfones Sennheiser e904 nos timbalões

agudos e médios, e microfone

Electro Voice N/D468 no timbalão de

chão:

A escolha de microfones específicos

para diferentes timbalões é geralmente

baseada nas características tonais de

cada timbalão e nas capacidades de

captação do microfone. O Sennheiser

e904 e o Electro Voice N/D468 são

microfones dinâmicos que podem ser

apropriados para capturar diferentes

características sonoras dos timbalões:

24

Sennheiser e904: Este microfone é frequentemente usado para capturar os timbalões

agudos e médios devido à sua resposta de frequência e capacidade de lidar

com altos SPLs (níveis de pressão sonora). É adequado para capturar os harmônicos

e ataque característicos desses timbalões.

Electro Voice N/D468: Este microfone pode ser usado para o timbalão de chão devido

às suas características tonais e à sua capacidade de lidar com as características

específicas deste timbalão.

Diferenças entre Cada Timbalão e Panorâmica:

Timbalão Agudo: Geralmente, o timbalão agudo possui um som mais nítido e incisivo.

Panorâmica no centro ou ligeiramente para a esquerda ou direita pode manter

esse som centrado e focado.

Timbalão Médio: Este timbalão pode ter um som intermediário entre o agudo e o

grave. Panorâmica no centro ou ligeiramente deslocada da posição central pode dar

uma sensação de espaço.


Timbalão de Chão: Como é o timbalão mais grave, panorâmica no centro pode manter

a base rítmica coesa. Isso ajuda a sustentar o groove da bateria.

NOTA: A abordagem exata pode variar com base no género musical, estilo de mistura e preferências pessoais. Os nossos ouvidos

devem ser os nossos guias e devemos ajustar os elementos conforme necessário para alcançar o som desejado.

Para os restantes pratos usamos 3 microfones condensadores, um para o hit-hat e

outros 2, um à esquerda e outro à direita da bateria (OH) que vão captar não só os

crash, ride, splash, prato chinês bem como todo o ambiente da bateria.

Imagem Prática de Setup de Pratos de Bateria

Microfone AKG SE 300B no Hi-Hat: O AKG SE 300B é uma base modular que pode

acomodar diferentes cápsulas, como a CK91, que é frequentemente usada para capturar

o som do hi-hat. O hi-hat é um componente crítico da bateria, contribuindo com a

dinâmica rítmica e textura. O uso do microfone AKG SE 300B com a cápsula adequada

ajuda a capturar os detalhes sonoros do hi-hat de forma precisa e clara.

Panorâmica do Microfone no Hi-Hat: A panorâmica do microfone no hi-hat normalmente

é mantida mais centrada na mistura. Isso ajuda a manter o som do hi-hat focado

e coeso, pois o hi-hat está no centro da bateria. Manter o hi-hat centrado ajuda a estabelecer

a base rítmica e mantém a atenção no centro do palco sonoro.

Hi-hat (chipo, prato de ataque ou chimbal): consiste no par de pratos que

ficam num suporte para que sejam tocados um contra o outro quando se pisa

o pedal. São altamente versáteis, podendo ser tocados tanto abertos quanto

fechados, próximos ou distantes, com baquetas ou vassouras.

Ride: prato para condução, altamente versátil e variável em relação aos sons

emitidos. Entre os mais famosos, aparecem o control ride e o crash ride.

Crash: rápido, alto e com bom sustain;

Splash: ataque mais suave, com menor volume e sustain que os crashes convencionais.

Imagem Prática de Hit-Hat

Chinês (ou China): com timbre diferenciado, o som fica no médio agudo. Os pratos possuem uma borda curvada para a parte

exterior, o que os torna bem distintos dos demais.

(Continua na próxima edição)

25


SLY

ENTREVISTA

Como sentes o hip hop?

O Hip-Hop para mim é uma forma de expressar o que sinto e o que me vai na alma.

São reflexões de coisas do dia a dia, são pensamentos. No fundo o Hip Hop é onde

exprimo os meus sentimentos e a minha forma de pensar em relação a situações da

vida, tanto da vida pessoal como da sociedade no geral.

Porquê o nome sly?

Significa “engenhoso”, “manhoso”, “astuto”. Sempre tive as minhas manhas e sempre

usei a inteligência e o que ia aprendendo para conseguir alcançar os meus objetivos.

Sempre procurei fazê-lo da melhor forma e de maneira a que acrescentasse sempre

algo mais ao meu lado artístico. Por isso achei que o nome “Sly” faria e faz todo o

sentido.

26

Sabias que...

SLY já esteve presente em vários espectáculos da Associação Cultural

Core Fest (2015 - Antigo Parque de Campismo de Portalegre) e num esp

Espectáculo de Portalegre num Single Event. Foi ainda convidado pela As


Fala-nos um pouco do

teu percurso musical

O Hip Hop sempre fez parte da

minha vida, inicialmente apenas

como ouvinte e é em 2010 que

decido juntamente com um amigo

escrever umas rimas e grava-las

em cima de um instrumental. Desde

aí o gosto e o prazer de fazer

música foi crescendo gradualmente.

Sempre fui uma pessoa dedicada

ao que gosto, sempre corri atrás

daquilo que quero e ambiciono e

com o passar do tempo, com trabalho,

foi-se tornando cada vez mais

certo que é a música aquilo que

me apaixona. Hoje olho à minha

volta e é uma das coisas que mais

me dá prazer de fazer na vida.

Qual o espectáculo

que mais te marcou?

O espetáculo que mais me marcou

foi sem dúvida o da SAP’18

(Semana Académica de Portalegre).

Foi o primeiro show onde vi

uma casa cheíssima, o publico

aderiu de uma forma brutal e fizemos

a festa todos juntos. O fator

casa também estava do nosso

lado, mas foi sem dúvida o show

mais marcante.

Portalegre Core? Apareceu pela primeira vez no nosso palco na 2ª edição do Portalegre

ectáculo em conjunto com a sua Crew “Keep Out Family” em 2017 no Centro de Artes do

sociação a participar no Festival da Juventude e Desporto de Portalegre em 2018.

27


Todas as tuas gravações e clips são “diy”, sentes

que existe pouco apoio para os músicos em Portugal?

Sim, infelizmente sim. Acho que deviam dar mais oportunidades a quem quer aparecer

e mostrar o seu trabalho, e não só darem valor e oportunidades aos grandes ou

a quem já tem o seu nome praticamente feito. Não diria que existe pouco apoio, diria

sim que não é dado da forma mais correta.

Sly no futuro?

Podem esperar mais trabalho,

mais dedicação, e sobretudo

mais consistência. Muitas coisas

boas estão por vir. Não se vão

ver livres de mim (risos).

28

Diz ALGO AOS NOSSOS LEITORES

Não desistiam daquilo que gostam e daquilo que ambicionam. Acredito que ao fim

do dia não haja nada mais prazeroso do que fazermos aquilo que nos faz feliz. Abracem

todas as oportunidades que vos dão e não duvidem daquilo que faz sentido

para vocês. Cedo ou tarde seremos recompensados pelo esforço, pelo empenho e

pela dedicação que metemos nas coisas.


29


30


31

CRÓNICAS de: gaspar garção

“DEEP PURPLE: FUMO NA ÁGUA”

“Os Deep Purple são uma das

minhas bandas favoritas.”

D

esde que ouvi pela primeira vez o riff trepidante

de “Smoke on the Water”, o grito

lancinante e angustiante de “Child in

Time” e o hard rock propulsivo de

“Highway Star” e “Strange Kind of

Woman”, que me apaixonei por eles. O

primeiro contacto que tive com a música dos Purple foi, imagino que como a maioria dos

seus fãs, com o mítico e assombroso “Made in Japan”, talvez o melhor álbum de sempre ao

vivo? Acho que sim, mas aceito sugestões!!! A curiosidade impeliu-me a conhecer mais

destes rapazes “cabeludos”, o que numa era pré-internet (e Spotify e Youtube), não foi

fácil… Mas para isso existem os amigos e, como na minha crónica anterior, a “gang” da

Cascata e o Marco Napita chegaram-se à frente, e lá fui ouvindo os LP’s e as K7’s épicas

da chamada “Mark II” (a segunda formação deles, uma das melhores “equipas” de sempre

a jogar neste “campeonato” do som): Ritchie Blackmore (Guitarra), Jon Lord (Teclados), Ian

Paice (Bateria), os membros fundadores, em 1968 e as enormes “aquisições”, em 1969:

Ian Gillan (Vocalista) e Roger Glover (Baixo). É uma das melhores sequências de sempre,

uma lista de “vitórias” em que não há “expulsões”, nem “remates à trave”, estes discos são

todos autênticas “goleadas” de letra: “Deep Purple in Rock” (1970, que inclui outra das

minhas “malhas” favoritas deles, “Speed King”), “Fireball” (1971, “No”, “The Mule”…),

“Machine Head” (1972, “Lazy”, “Space Truckin’”…), o já mencionado “Made in

Japan” (1972) e, finalmente, “Who do You Think We Are” (1973, “Woman from Tokyo”). Os

Deep Purple, agora sem Ritchie (desde os anos 90 no projeto Blackmore’s Night, a fazer

música gótica/folk com a sua mulher) e Lord (falecido em 2012), continuam a lançar álbuns

de originais aclamados pela crítica, a dar concertos por todo o mundo (recordo o fabuloso

concerto que vi deles, em 2010, no Coliseu dos Recreios, com o Zé Polainas e mais uns

milhares de pessoas), e a fazer o que imagino todos os músicos de quase 80 anos fazem

habitualmente, a abanar a (inexistente) melena e a deslumbrar os seus fãs, com música

intemporal. A razão por que decidi escrever esta crónica tem a ver com uma descoberta

recente, a dos três álbuns dos Purple lançados quando a formação clássica se voltou a juntar,

depois de uma ausência de 10 anos, que eu sempre pensei serem “elos fracos” na sua

discografia: “Perfect Strangers” (1984), “”The House of Blue Light” (1987) e “The Battle

Rages On…” (1993), três grandes discos, que ignorei por demasiado tempo e que merecem

toda a nossa atenção (“nossa”, dos fãs da música que tem de se de ouvir no máximo,

para chatear os vizinhos e família!). Já com os Led Zeppelin (e o projeto que Robert Plant e

Jimmy Page tiveram nos anos 90, muito subvalorizado) e com Alice Cooper (a banda, não

o nome artístico do grande Vincent Fournier), que recentemente se voltou a juntar, para

lançar o brilhante “Detroit Stories” (2021), me ocorreu o mesmo, pensar que não podemos

regressar aos sons que nos formaram enquanto melómanos, e acreditar cegamente nos

críticos musicais, que muitas vezes generalizam e simplificam tudo. Por vezes, é nos discos

menos conhecidos ou até mesmo menos conseguidos, dos nossos grupos favoritos,

que descobrimos verdadeiras pérolas e nos voltamos a apaixonar por uma banda, como da

primeira vez. Todos juntos agora, a fazer “air guitar”: “Smoooooke on the Waaaaater…

Fiiiiire in the Sky!”.


32

A

oitava edição do PORTALEGRE CORE FEST decorreu no passado dia 2

de Novembro no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre. Este ano

a grande “novidade” foi a redução do número possível de entradas, sendo

este número limitado a 100 pessoas devido a questões de segurança

impostas à sala por parte das autoridades competentes. Certo que foi uma casa lotada

também derivado a esse ponto, num publico que aderiu em massa principalmente

para rever “Avô Varejeira” que após 14 anos voltaram a pisar um palco. Após 15

minutos da abertura de portas a lotação tinha já lotado pelo que infelizmente existiu

muita gente que não conseguiu garantir a sua presença no evento. Os Eborenses

“Above the Ocean”, projecto este que moveu também uma grande multidão, deixaram

claro que iremos ainda ouvir falar bastante neles, um projecto recente mas que

se nota o grande desenvolvimento concerto após concerto. O baterista e portalegrense

João Carvalho ingressou também

este ano em “Hochiminh”,

que também já pisaram o nosso

palco em 2018. “Death & Legacy”

sem dúvida a melhor surpresa da

noite ao demonstrarem porque é

a 3ª vez que pisam o solo nacional,

uma banda que proporcionou

um concerto explosivo do inicio

ao fim envolvendo todo o público

presente e que ficou com “fome

de mais”.

OBRIGADO A TODAS AS ENTIDADES QUE APOIARAM o 8º PORTALEGRE CORE FEST


33


34

O

s “Above the Ocean” são uma banda de Modern Metal nascida em Évora

no ano de 2022. Estrearam-se ao vivo em 2023 e lançaram este ano o seu

single de estreia "Love Song (For the Broken)". Após terem estado no Quina

das Beatas Fest em março, estiveram de volta a Portalegre para um

concerto na 8ª edição do Portalegre Core Fest."

AVÔ VAREJEIRA

B

em conhecidos do panorama

Punk, a banda Portalegrense

fundada em 1989

deram inúmeros concertos

até ao ano de 1992. Após

16 anos de interregno voltaram a

subir aos palcos em 2008 até

2010. Não 16, mas 14 anos depois

voltaram os “Barões” na sua

“Famel” a querer dar “Choques de

1 . 0 0 0 . 0 0 0 A ” a t o d o s o s

“Cicerones” que se fizeram apresentar

para este grande regresso

de uma das mais míticas e mediáticas

bandas da cidade de Portalegre!

Os “Varejeiras” estão de volta

e frisaram bem: o “Pior ainda está

para vir”!


35

D

eath & Legacy são um

projecto Female Front

Metal fundados no ano

de 2013 em Zamora

(Espanha). Transformaram

o seu som ao longo dos anos

para um tom mais agressivo, forjando

uma base sólida que explode a

de quem os ouve em milhões de partes. A banda tem inspirações de estruturas e elementos

do Metal “Clássico” com vibes extremas e modernas na nova geração do

metal. Após o seu primeiro álbum “Inf3rno” e partilharem o palco com bandas como

“The Agonist”, “Saratoga”, “Leo Jimenez”, “Zenobia” e “Bloodhunter” a banda lança

um novo trabalho discográfico a 14 de Abril de 2023: “D4ark Prohecies” pelas mãos

da “Art Gates Records”. É esta a sua mais poderosa criação, com a participação de

nomes bem conhecidos como Bjorn “Speed” Strid (“Soilwork”), Tom Englund

(“Evergrey”), Jessie Williams (“Ankor”) e Rosalia Sairem (“Therion”). Foram assim

após isso confirmados em inúmeros Festival de Metal como o “Leyendas Del Rock”,

“Rock Imperium” e “ZLive”. Chegou a hora de passarem a fronteira com “sus hermanos”

e virem até Portugal pela terceira vez, desta feita a Portalegre (Portalegre Core

Fest). Uma vez mais a Associação Cultural Portalegre Core tenta trazer ao máximo

novidades do panorama metal internacional dentro daquelas que são as possibilidades

da mesma. Hynphernia (Voz), Jesus (Guitarra), Manu (Guitarra), Hugo (Baixo) e

Charly (Bateria) são aqueles que compõem “Death & Legacy”. Prometeram meter o

público a “dançar” com eles e cumpriram a sua palavra.


36


37

Resumo evento

Bilhetes Vendidos: 100

Nº Pessoas no Evento: 250

Projectos Musicais: 3

Cartaz do 7º Portalegre Core Fest

ATÉ 2025…!


38

Tiró Cu do Sofa

Concerto de reis

O Semeador, Grupo de Cantares de Portalegre, virá de

novo partilhar a sua música com o público, no já habitual

Concerto de Reis. “Cantar os Reis é uma tradição, é a

forma de desejarmos um bom ano com as nossas cantigas,

é uma tradição a manter.”

CAE Portalegre, 11 de Janeiro de 2025, Grande Auditório Bilhete: 2,00€

2ª gala do fado de portalegre

O Fado está enzaidado nas gentes da nossa cidade e do

nosso concelho, parte integrante da vida cultural da

população, sendo transversal a todas as gerações. Dulce

Vivas, Inês Carvalho, Cristóvão Canário e José Alfaia

cantarão e partilharão o palco com José Gonçalez. A

musica fica a cargo de Ângelo Freire, Miguel Monteiro e

Frederico Gato homenageando o dafista Manuel Sam-

Bento.

CAE Portalegre, 22 de Fevereiro de 2025 , Grande Auditório, Entrada Grátis

FEMALE FRONT FEST: 3ª EDIÇÃO

A ASSOCIAÇÃO CULTURAL PORTALEGRE CORE

informa que a 3ª edição será realizada a 1 de Março de

2025 mantendo o CAE Portalegre como o seu palco.

*Data prevista e local podem ser sujeitos a alteração

Portalegre core fest: 9ª edição

A ASSOCIAÇÃO CULTURAL PORTALEGRE CORE

informa que a 9ª edição do Festival será efectuado a dia

1 de Novembro de 2025, mantendo ainda o CAE Portalegre

como o seu local.

*Data prevista e local podem ser sujeitos a alteração


Cidade de Portalegre. Foto Aérea captada por: Ricardo Lourenço

ACTUAIS ÓRGÃOS DA PORTALEGRE CORE

DIRECÇÃO

PRESIDENTE: Hugo Correia

DESDE 2022

sede

SECRETÁRIO:

VOGAL:

Pedro Lopes

André Oliveira

ASSEMBLEIA GERAL

PRESIDENTE:

SECRETÁRIO:

TESOUREIRO:

Cátia Maia

Nuno Grilo

Carlos Borralho

CONSELHO FISCAL

CONSELHEIRO:

Luís Tavares

Av. Do Brasil, Pavilhão Municipal, Porta 1, 7300-068 Portalegre

CONTACTOS PORTALEGRE CORE

portalegrecore@gmail.com

www.portalegrecore.com

39


A ASSOCIAÇÃO CULTURAL PORTALEGRE CORE

TEM O APOIO DO MUNICÍPIO DE PORTALEGRE

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