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DESTAQUE
Prêmio REFERÊNCIA melhores do ano: confira tudo sobre a grande festa do setor florestal
AMPLA DEFESA
COM REGISTRO ESPECÍFICO PARA
APLICAÇÃO VIA DRONES, HERBICIDA
PRÉ-EMERGENTE DA ENVU TRAZ MAIS
FLEXIBILIDADE E EFICIÊNCIA NO
CONTROLE DE DANINHAS
BROAD DEFENSE
WITH SPECIFIC REGISTRATION FOR
APPLICATION VIA DRONES, ENVU'S
PRE-EMERGENT HERBICIDE BRINGS
MORE FLEXIBILITY AND EFFICIENCY
TO WEED CONTROL
SUMÁRIO
DEZEMBRO 2024
42
FORÇA
AÉREA
06 Editorial
08 Cartas
10 Bastidores
12 Notas
26 Frases
28 Entrevista
40 Coluna
42 Principal
48 Pesquisa
54 Manejo
58 Prêmio REFERÊNCIA
70 Compostagem
74 Educação
80 Artigo
86 Agenda
88 Espaço Aberto
54
58
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
35 Algar Farming
05 BKT
15 Carrocerias Bachiega
85 D’Antonio Equipamentos
33 Denis Cimaf
02 Dinagro
19 DRV Ferramentas
57 Engeforest
92 Envimat
13 Envimat/CBI
73 Envimat/Compostagem
41 Envu
51 Feldermann Forest
11 Fex
49 Francio Soluções Florestais
29 J de Souza
25 Lion Equipamentos
17 LS Tractor
67 Manos Implementos
69 Mill Indústrias
87 NN Pandini
53 Planflora
81 Remsoft
31 Rocha Facas
83 Rodotrem
09 Rotary-Ax
23 Rotor Equipamentos
37 Sergomel
79 Show Florestal
90 Sparta Brasil
07 Syngenta
77 Tabaco Máquinas
21 Tecmater
39 Unibrás
27 Vantec
04 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL
O amanhã é
logo ali
A história da revista REFERÊNCIA teve início há 25 anos. Em 1999,
em um ato de ousadia e coragem foi lançada a primeira edição da Revista
REFERÊNCIA Madeira. Mais que um editorial, esse é um agradecimento
pela confiança que o mercado depositou em nosso trabalho.
Se pudemos contribuir para um setor de base florestal maior e mais
respeitado, foi porque a cada edição caminhamos na direção certa.
O amanhã está às portas e estaremos juntos, acreditando e fazendo
sempre o melhor para todo o segmento. Nessa edição as soluções da
ENVU para combate de plantas daninhas aplicadas a partir de drones,
a cobertura completa do Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano 2024,
o trabalho do colégio florestal de Irati (PR), os destaques do manejo
florestal sustentável e uma entrevista exclusiva com Victor Renault,
diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano.
Excelente leitura e um ótimo fim de ano!
2
1
Na capa dessa edição a Envu
com o Fordor Flex, herbicida
pré-emergente ideal para
aplicação via drone
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXVI • Nº269 • Dezembro 2024
DESTAQUE
Prêmio REFERÊNCIA melhores do ano: confira tudo sobre a grande festa do setor florestal
AMPLA DEFESA
COM REGISTRO ESPECÍFICO PARA
APLICAÇÃO VIA DRONES, HERBICIDA
PRÉ-EMERGENTE DA ENVU TRAZ MAIS
FLEXIBILIDADE E EFICIÊNCIA NO
CONTROLE DE DANINHAS
BROAD DEFENSE
WITH SPECIFIC REGISTRATION FOR
APPLICATION VIA DRONES, ENVU'S
PRE-EMERGENT HERBICIDE BRINGS
MORE FLEXIBILITY AND EFFICIENCY
TO WEED CONTROL
TOMORROW IS JUST AROUND
THE CORNER
The history of REFERÊNCIA magazine began 25 years ago. In
1999, in an act of boldness and courage, the first issue of REFERÊNCIA
Madeira was launched. More than a story, it is a thank you for the
trust that the market has placed in our work. If we have been able
to contribute to a larger and more respected Forestry Sector, it is
because we have been moving in the right direction with each issue.
Tomorrow is almost here, and we will be together, believing and always
doing our best for the whole segment. This issue features Envu’s
solutions for weed control using drones, full coverage of the REFERÊN-
CIA Best of the Year 2024 Awards, the work of the Irati Forestry
School (PR), the highlights of sustainable forest management, and
an exclusive interview with Victor Renault, Director of the Brazilian
Association of African Mahogany Producers. Pleasant reading and a
very good end-of-year!
Entrevista com Victor
Renault, diretor da
Associação Brasileira dos
Produtores de Mogno
Africano
Mulheres florestais
3
EXPEDIENTE
ANO XXVI - EDIÇÃO 269 - DEZEMBRO 2024
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Gabriel Dalla Costa Berger
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Ana Paula Vogler
criacao@revistareferencia.com.br
Tradução / Translation
John Wood Moore
Depto. Comercial / Sales Departament
Gerson Penkal
Kauê Angeli
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fone: +55 (41) 3333-1023
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assinatura@revistareferencia.com.br
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(41) 99203-2091
ASSINATURAS
0800 600 2038
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
06 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
DESTAQUE
Prêmio REFERÊNCIA: conheça os vencedores da maior festa do segmento de base florestal
Capa da Edição 268 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de novembro de 2024
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXVI • Nº268 • Novembro 2024
PRONTA PARA O FUTURO
INDÚSTRIA AMPLIA OPERAÇÃO COM NOVA
LINHA DE PRODUÇÃO DE FORMICIDAS
READY FOR THE FUTURE
INDUSTRY EXPANDS OPERATIONS WITH
NEW FORMICIDE PRODUCTION LINE
PRINCIPAL
Por Marcos André Pereira, Contagem (MG)
Tradição não se constrói do dia para a noite. Parabéns a empresa por sempre
investir e continuar na caminhada.
ENTREVISTA
Foto: divulgação
Por Roberto Cunha, Pinhalzinho (SC)
Muito importante a renovação na engenharia florestal, isso areja e traz
novas visões para o nosso setor que a longo prazo pode fazer muita
diferença.
COMPOSTAGEM
Por André Rossi, Araraquara (SP)
Esse tema se tornará cada vez mais importante. Existem possibilidades muito
grandes com a compostagem econômica e ambientalmente aplicada.
Foto: divulgacão
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Revista Referência Florestal
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@revistareferencia9702
E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
jornalismo@revistareferencia.com.br
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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agradecemos a parceria e confiança
em nós depositada durante esse ano.
Que 2025 seja um ano repleto de
alegrias e novas realizações.
BASTIDORES
Revista
Foto: REFERÊNCIA
Foto: REFERÊNCIA
VISITA
Recebemos na sede da JOTA Editora, no início de
dezembro, a visita do presidente do Cipem (Centro das
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do
Estado do Mato Grosso), Ednei Blasius, juntamente com
a assessora de imprensa da entidade, Edilane Marques.
Eles foram recebidos pelos diretores da JOTA Editora/
REFERÊNCIA FLORESTAL, Pedro Bartoski Júnior e Fábio
Machado.
EVENTO
O diretor comercial da Revista REFERÊNCIA
FLORESTAL, Fábio Machado, esteve em Belo Horizonte
(MG) participando do evento Madeira Sustentável,
que tem a organização do FNBF (Fórum Nacional das
Atividades de Base Florestal), do presidente Frank
Rogieri.
ALTA
MATA ATLÂNTICA PROTEGIDA
Dados do SAD (Sistema de Alertas de Desmatamento)
Mata Atlântica indicam redução de 55%
no desmatamento no primeiro semestre de
2024 em comparação com o mesmo período
do ano anterior. De janeiro a junho, foram desmatados
21.401 ha (hectares), ante 47.896 ha,
em 2023, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica,
em parceria com o MapBiomas. A queda
decorre do fortalecimento da fiscalização, do
corte de crédito para desmatadores ilegais e do
uso de embargos remotos, que são restrições
aplicadas a áreas desmatadas detectadas por
monitoramento a distância, impedindo seu uso
comercial.
DEZEMBRO 2024
INFLAÇÃO MAIS ALTA
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo 15), que mede a prévia da inflação
oficial, ficou em 0,62% em novembro deste
ano, portanto acima de 0,54% do mês anterior
e de 0,33% de novembro do ano passado.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), o IPCA-15 acumula taxas de
4,35% no ano e de 4,77% em 12 meses. Oito
dos nove grupos de despesa analisados pelo
IBGE tiveram inflação na prévia de novembro,
com destaque para os alimentos e bebidas,
cuja alta de preços atingiu 1,34% no período.
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NOTAS
Podcast REFERÊNCIA
Durante o mês de novembro o estúdio do Podcast REFERÊNCIa teve a honra de receber convidados muito especiais para o
desenvolvimento do segmento de base florestal. Tim Lopes, diretor da MAPAF, empresa fabricante de portas e batentes de madeira
e Junior Haas, diretor executivo da Haas Madeiras e coordenador do comitê de pallets e embalagens da ABIMCI. Os episódios contaram
com o apoio de Agroclip, MBM Business School, Leitz e Rotteng.
Tim, natural do Mato Grosso, faz parte de uma família que há três gerações trabalha com madeira. Sua família foi ao Mato Grosso
e posteriormente a Rondônia, trabalhar na exploração
da madeira nativa, principalmente o mogno. “Comecei a
conviver com madeira aos 5 anos. Fazia incursões com meu
pai para fazer a extração da madeira e pude conhecer de
perto a atividade. Na serraria comecei com uma serra pica-
-pau, que me faz valorizar muito minha história”, lembrou
Tim (foto ao lado).
Durante o quadro: Isso é REFERÊNCIA para você?; Tim
contou que se aprofundar em um de seus hábitos foi uma
das chaves para melhorar até seu casamento. “Fiz curso de
sommelier, aprendi muito sobre vinho, madeira, história,
agronomia e aprender a olhar para todos os detalhes
melhorou até meu casamento. Sou madeireiro e pecuarista,
bruto, e ver algo assim, aprender a perceber minúcias fez
grande diferença na minha vida”, valorizou Tim.
Junior Haas comentou que a empresa começou com a
mudança de vida de seu avô, que trabalhava com transportes,
tinha alguns caminhões e não se via mais nessa vida,
assim vendeu os veículos e comprou a primeira carga de
madeira. “Ali mesmo em Venâncio Aires (RS), onde está
nossa sede até hoje, começou nossa história. Com a chegada
da madeira amazônica para o restante do Brasil nós
levamos a serraria para o Mato Grosso, quando vivemos
nosso auge. Hoje estamos trabalhando 100% com eucalipto
no Rio Grande do Sul e muito felizes com essa operação”,
apontou Junior. Ele contou, ainda, que nunca pensou em viver
algo diferente do que com a madeira. Ter sido criado no
meio das tábuas, com pé no barro, no meio do mato, fez se
sentir em seu habitat natural em meio a natureza. “Somos
uma empresa familiar, com muito orgulho, estruturamos
tudo para garantir profissionalismo e futuro da indústria e
eu e meus irmãos, cada um a sua maneira, fez contribuir
para fortalecer o legado da família”, sublinhou Junior (foto
ao lado).
Agradecemos a audiência que cada um dos seguidores
deu ao nosso programa. Foram 15 episódios lançados em
2024 e sua audiência é o que nos motiva a fazer sempre
mais e melhor.
Os episódios completos o Leitor pode conferir
no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:
Fotos: REFERÊNCIA
12 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Na palma da mão
Os dados mais atualizados sobre o setor florestal do Brasil estão disponíveis agora em uma publicação digital interativa,
pelo SFB (Serviço Florestal Brasileiro), em Brasília (DF). Florestas do Brasil: dados e estatísticas 2024; foi produzido pelo
SNIF (Sistema Nacional de Informações Florestais) e reúne dados referentes ao período de 2018 a 2023, como as ações de
conservação, manejo sustentável, ensino e pesquisa, os conceitos fundamentais da gestão florestal brasileira, bem como as
principais frentes de atuação do SFB.
Na edição deste ano do levantamento, o novo formato permite ao leitor explorar cada informação mais detalhadamente
a partir de links para o conteúdo original e completo do SNIF ou da fonte utilizada. A navegação é intuitiva, por meio de
menus e tópicos, e é possível fazer o download dos materiais visuais, como mapas, figuras e até mesmo dos dados.
A versão digital pode ser acessada por diferentes dispositivos, com conteúdo responsivo que se adapta à tela do leitor.
Além disso, é possível fazer a instalação da aplicação web, que inclui um ícone na área de trabalho do dispositivo, garantindo
uso e acesso aos dados offline. “Com quase 60% do nosso território coberto por florestas, o setor florestal é estratégico para
o desenvolvimento do país. Disponibilizar dados atualizados sobre a temática é fundamental”, destacou o diretor de Fomento
Florestal do SFB, André Aquino.
Também participaram do evento o diretor substituto do SFB, Marcus Vinicius Alves, o coordenador de Operações do
IICA, Christian Fischer, e o coordenador da área de Melhor Ambiente da FAO (Organização das Nações para Alimentação e
Agricultura), Tiago Rocha. O evento e a publicação contaram com o apoio do Projeto “Informações Florestais”, executado
em parceria com o IICA, CID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e FIP (Programa de Investimento Florestal) do CIF
(Fundos de Investimento Climático).
Foto: divulgação e Ascom/SFB
14 www.referenciaflorestal.com.br
Agradecemos a todos os nossos
parceiros e amigos que estiveram
em nosso lado neste ano,
Que 2025 seja repleto de novas
conquistas e realizações.
Desejamos a todos um
Feliz Natal e próspero
Ano Novo!
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NOTAS
Forestry Management
Com o tema: Manejo Florestal Sustentável Espécie a Espécie; a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) acaba de disponibilizar sua primeira capacitação on-line em inglês. Com acesso gratuito na
plataforma e-Campo, a versão em língua inglesa tem como objetivo, além de capacitar técnicos, estudantes e
legisladores, ampliar o alcance do tema junto ao público internacional. Segundo o pesquisador Evaldo Muñoz
Braz, da Embrapa Florestas, e instrutor do curso, muitos países manejam florestas naturais e têm interesse em
novos protocolos de manejo, para garantir a sustentabilidade econômica, social e ambiental de suas florestas.
Segundo Aline Branquinho, Supervisora de Transferência de Tecnologia em Ambientes Digitais, da Embrapa,
esta é a primeira capacitação on-line dentre várias que estamos preparando em outros idiomas. É uma
forma de fazermos chegar o conhecimento gerado pela Embrapa a mais pessoas.
O manejo de florestas naturais tem sido objeto de estudos há muito tempo. Recentemente, um novo item
entrou na pauta da pesquisa científica: o manejo espécie a espécie, com definição de critérios individualizados
para o manejo de espécies comerciais. “O MFS (manejo florestal sustentável) visa a utilização dos recursos
florestais de forma renovável e contínua, sem comprometer a capacidade de regeneração da floresta. Isso
significa que a floresta é mantida e conservada, enquanto se utilizam seus recursos de forma sustentável”,
explica Evaldo.
Segundo Patricia Mattos, pesquisadora da Embrapa Florestas e também instrutora do curso, o MFS abarca
conceitos como a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e a manutenção dos serviços
ambientais da floresta.
O curso está estruturado em quatro módulos, totalizando 8 horas-aula: Legislação do Manejo Florestal
(conceitos e legislação); Equívocos Interpretativos; Crescimento; e Procedimentos e Variáveis para o Manejo
por Espécie. Todos os módulos contam com aulas em vídeo, apostila e avaliação de aprendizagem. Aqueles
que atingirem pelo menos 70% na média das avaliações de aprendizagem, fazem jus a um certificado, que é
gerado pela própria plataforma.
Foto: divulgação
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NOTAS
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Adversário forte
O cultivo de pinus no Rio Grande do Sul está em um momento crítico, com estagnação na implantação de
novas áreas e tendência de redução, conforme aponta o Informativo Conjuntural EMATER/RS (Instituição de
Assistência Técnica e Extensão Rural e Social do Rio Grande do Sul). Na região de Passo Fundo (RS), o setor opera
com a madeira remanescente de estoques limitados, enquanto alguns bosques continuam sendo comercializados
para empresas de Santa Catarina.
Na região de Santa Maria (RS), a área plantada em 2022 foi estimada pelo IBGE em 9.400 ha (hectares),
principalmente concentrada nos municípios gaúchos de Cachoeira do Sul, São Francisco de Assis e São Vicente do
Sul. O uso da madeira, destinado principalmente à produção de tábuas, ripas e itens de construção civil, é mais
restrito que o do eucalipto, e a ausência de um polo madeireiro estruturado dificulta o processamento adequado
do pinus.
Enquanto a colheita das áreas plantadas avança, o ritmo de novos plantios não acompanha a demanda.
Mesmo com o surgimento de medidas legais menos restritivas para o licenciamento de projetos de silvicultura, a
concorrência por terras destinadas à cultura da soja é um dos principais entraves para a retomada do plantio em
maior escala. Os preços da madeira de pinus variam de acordo com o local e o diâmetro das toras. Em Cachoeira
do Sul, o pinus em pé na floresta com diâmetro entre 7 cm (centímetros) e 40 cm é vendido a R$ 50,00/m³ (metro
cúbico), enquanto toras maiores, acima de 40 cm, podem atingir R$ 350,00/m³. Em Jaguari, as toras de diâmetro
acima de 30 cm alcançam R$ 250,00/m³ na floresta e R$ 400,00/m³ quando entregues no pátio do consumidor.
Na região administrativa da EMATER (RS), de acordo com o Censo Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) (2017), havia cerca de 51.981 ha de eucalipto implantados. Já para a acácia-negra
seriam 17.185 ha implantados nas regiões de relevo ondulado a fortemente ondulado. O anuário da Ageflor (Associação
Gaúcha das Empresas Florestais) de 2022 (ano-base 2021), informa que no Corede Sul haviam implantados
76.267 ha de eucalipto, 26.221 ha de acácia-negra e 63.255 ha de pinus. As áreas se mantêm praticamente
estáveis ao longo dos últimos anos. Algumas empresas possuem programas de fomento para implantar e explorar
florestas com eucalipto e acácia-negra.
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aos nossos clientes
e amigos por mais um
ano de confiança e
parceria!
Neste fim de ano,
renovamos nosso
compromisso de continuar
fornecendo soluções de
excelência para o seu
negócio em 2025.
Que o Natal seja de união e
alegria, e que o Ano Novo
traga ainda mais sucesso e
prosperidade para todos!
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS
Continuando o trabalho
Em reunião da Assembleia Geral Ordinária da Florestar São Paulo (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores
e Consumidores de Florestas Plantadas de São Paulo), Manoel Browne, da associada Bracell, foi reconduzido
por unanimidade ao cargo de presidente da gestão 2025-2026. Durante a reunião com os representantes
das empresas associadas também foram apresentadas as ações e conquistas da associação em 2024; demonstrações
contábeis; planejamento para 2025; e previsão orçamentária. “Quero agradecer a confiança de todos os
associados para mais 2 anos de muito trabalho. Já colocamos a casa em ordem e agora estamos indo atrás dos
resultados”, afirmou o presidente da Florestar São Paulo, Manoel Browne.
GESTÃO 2025-2026
Presidente: Manoel Browne (Bracell)
Vice-presidente 1: Marcos Coelho (Sylvamo)
Vice-presidente 2: Carlos Guerreiro (TTG)
Conselheiro 1: Matheus Esteves (Dexco)
Conselheiro 2: Fabíola Fulgêncio (Suzano)
Conselho Fiscal 1: Lígia Brait (Potencial Florestal)
Conselho Fiscal 2: Paulo Roberto Silva (Klabin)
Conselho Fiscal 3: Eduardo Michaloski (GRB)
Diretora-executiva: Fernanda Abilio
Manoel Browne,
presidente da Florestar São Paulo
Foto: divulgação
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NOTAS
Foto: divulgação
São Paulo no topo
As florestas plantadas são fontes sustentáveis de matéria-prima renovável. A madeira e seus derivados,
como a resina, celulose e lignina, são insumos para a produção de diversos produtos. Entre os mais comuns estão:
móveis, papel, embalagens, madeira serrada, painéis e pisos de madeira, carvão vegetal e óleos essenciais.
O Estado de São Paulo possui mais de 9 mil CNPJs registrados, correspondentes a empresas do setor florestal,
cerca de 19% das empresas do setor no Brasil. Algumas delas, como é o caso do Grupo RB, associado à
Florestar, são especializadas em extração de resina de pinus. O Grupo RB tem mais de três décadas de expertise.
Cultiva anualmente cerca de 15 milhões de mudas de pinus e gerencia 55 mil hectares de florestas em diversas
regiões do Brasil.
São Paulo se destaca na produção de resina de pinus. De todo o valor produzido no país, 61% são gerados
no Estado de São Paulo, sendo o principal estado produtor e exportador do produto. A goma resina extraída das
florestas de pinus é a principal matéria-prima do Grupo RB. O produto natural abastece as unidades industriais,
onde são produzidos o breu e a terebintina, os principais derivados da goma resina.
Estes produtos são fundamentais nas indústrias química, alimentícia, cosmética e farmacêutica. Com eles
são fabricados tintas, vernizes, adesivos, goma de mascar, ceras depilatórias, essências para perfume, pomadas,
cânforas e muitos outros produtos.
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Representando a floresta
A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) marcou presença na XXXIII edição da maior feira de
agronegócio do norte-nordeste, a Fenagro, que foi realizada recentemente, no Parque de Exposições de Salvador
(BA), com liderança do jornal A Tarde, em parceria com a Seagri (Secretaria de Agricultura da Bahia). Além disso, a
ABAF promoveu uma homenagem à Finlândia – no dia da sua independência, no dia 6 de dezembro - e ao seu protagonismo
na história da indústria da madeira. Este encontro florestal também celebra o Dia da Silvicultura, um dia
depois, com uma apresentação do setor florestal baiano no Salão Internacional da Fenagro.
Para o secretário de Agricultura, Wallison Tum, é sempre uma satisfação falar da importância das florestas
plantadas para o desenvolvimento sustentável da Bahia. Em parceria com a ABAF, a secretaria trabalha para fortalecer
o setor florestal, promovendo a geração de empregos, a preservação ambiental e a diversificação da produção
agrícola. “As florestas plantadas são fundamentais para mitigar as mudanças climáticas, conservar a biodiversidade
e impulsionar a economia local. Ao dialogar permanentemente e investir nesse setor, estamos construindo
um futuro mais verde e próspero para todos os baianos”, realça Wallison.
Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF, aponta que a Bahia ainda não produz (e processa) a madeira plantada
suficiente para atender a demanda do Estado e muito disso se dá pela falta de conhecimento da rentabilidade
e sustentabilidade do setor. “Trabalhamos para a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de
madeira para uso múltiplo, visando o atendimento da demanda também para os segmentos de móveis, construção
civil e geração de energia”, informa Wilson.
Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
24 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: Cadu Gomes/VPR
Precisamos de medidas concretas
e no ritmo necessário. Terei a honra
de apresentar nessa COP-29 a NDC do
Brasil. Nossa meta reflete nossa mais
alta ambição: a redução de emissões
de até 67% até 2035, comparada ao
ano de 2005. Ambiciosa certamente,
mas também factível. Para isso,
entretanto, precisaremos juntos
assegurar as condições e meios de
implementação adequados
Geraldo Alckmin, vice-presidente, durante a
COP-29 em Baku, no Azerbaijão
“É um filme que não
apenas informa ou registra,
mas também inspira. E
desafia os estereótipos que
frequentemente cercam
a floresta amazônica,
mostrando-a como um
lugar de esperança,
inovação e cultura”
Fábio Barbosa, produtor executivo do
documentário Artesãos da Floresta, que retrata
índios tapajós usando da madeira para gerar
sustento
“A restauração precisa
ser economicamente
viável. Além das metas
ambientais, temos
objetivos relacionados
à segurança alimentar
e ao fortalecimento da
economia local”
Renata Nobre, secretária adjunta de Gestão de
Recursos Hídricos e Clima da Semas (PA), sobre a
restauração das florestas estaduais
26 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
Foto: divulgação
Hora da
VERDADE
The moment of truth
ENTREVISTA
O
mercado de madeiras nobres e exóticas no
Brasil cresce continuamente. O Mogno Africano
é uma dessas espécies que tem atraído
cada vez mais interessados e por isso a ABPMA
(Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano) atua
no fortalecimento desse mercado, gerando suporte e estruturas
para os produtores. Victor Renault assumiu recentemente
o cargo de diretor-executivo da associação e conta quais seus
planos e visões para a entidade.
T
he market for noble and exotic woods in Brazil is
constantly growing. African mahogany is one of
these species that is attracting more and more
interest, which is why the Brazilian Association of
African Mahogany Producers (Abpma)is working
to strengthen this market by providing support and structures
for producers. Victor Renault, who recently took over as Executive
Director of the Association, tells us about his plans and
visions for the organization.
Victor
Renault Junior
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Formado em economia pela UCM (Universidade Candido
Mendes), tem especialização em Títulos da Dívida Pública,
Análise de Balanços e Mercado de Capitais pela IBMEC (Instituto
Brasileiro de Mercado de Capitais), em mercado financeiro e de
capitais pelo Instituto de Estudos Econômicos e Desenvolvimento
Empresarial. Com vasta experiência no mercado financeiro e no
setor de seguros, também trabalhou na fundação e organização
de uma ONG. Tornou-se diretor-executivo da ABPMA em 2024.
Holds a degree in Economics from the Candido Mendes University
(UCM), a specialization in Public Debt, Balance Sheet Analysis,
and Capital Markets from the Brazilian Institute of Capital
Markets (Ibmec), and in Financial and Capital Markets from the
Institute of Economic Studies and Business Development. With
extensive experience in the financial market and insurance sector,
he also worked in the creation and organization of an NGO.
He was appointed Executive Director of Abpma in 2024.
28 www.referenciaflorestal.com.br
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ENTREVISTA
>> Como se deu sua trajetória profissional até chegar à ABPMA?
Iniciei minha carreira de forma autônoma e, aos 18 anos, entrei
em uma multinacional de auditoria, passando pelo mercado
financeiro e segurador. Após anos atuando como executivo e
inovador no setor, decidi migrar para o mercado social, onde alavanquei
uma ONG fundada por minha esposa, transformando-a
em uma referência com tecnologias sociais e produtos voltados
à inclusão e sustentabilidade. Também fundei uma empresa do
Sistema B e participei de projetos relevantes, como o Instituto
Cabral e iniciativas de negócios sociais. Ao sair da gestão direta
na área social, dediquei-me a mentorar pequenas organizações,
pois acredito que escalar os pequenos tem um impacto significativo.
Hoje, além de administrar uma empresa de participações
imobiliárias, me envolvi na ABPMA após um convite da Patrícia,
uma amiga e diretora anterior. Fui movido pelos desafios da silvicultura,
que é um mundo muito grande e cheio de oportunidades,
além do potencial inexplorado que a espécie apresenta.
>> Qual sua principal missão à frente da associação?
É unir forças entre pequenos, médios e grandes produtores para
aprimorar a cultura, vender e desenvolver técnicas que possibilitem,
principalmente, rentabilizarem suas florestas adequadamente.
Muitos plantaram com a expectativa de colher em 25
anos, mas não realizaram o planejamento estratégico necessário
para isso. Meu grande desafio é unir esses elos e fazer com que
os associados percebam o poder do associativismo, que é algo
muito relevante e ainda pouco explorado no Brasil. O associativismo
pode transformar a realidade de pequenos, médios e
grandes produtores. O pequeno produtor, por exemplo, tem uma
capilaridade que o grande não possui, o que é fundamental para
expandir o mercado e estimular novos plantios, com técnicas
mais avançadas. Não gosto de engenharia de ponte pronta, como
dizem. Depois de 15 ou 20 anos, aprendemos algo sobre como as
coisas poderiam ter sido feitas, mas prefiro focar no presente e
planejar um modelo escalável para o Brasil e, futuramente, para
o mundo. O que foi feito, foi feito; agora é hora de olhar para
frente e construir o futuro
>> Como entende a importância da associação para o segmento
florestal brasileiro?
Uma associação é, essencialmente, um elo. Estamos presentes
em doze Estados e 52 municípios, o que demonstra nossa ampla
difusão pelo Brasil. Isso, por si só, já é um desafio intenso,
especialmente no que diz respeito à logística. Apesar de ser um
calcanhar de Aquiles, acredito que, quando bem gerida, a logística
pode se tornar um diferencial competitivo. Com uma boa
estratégia, teremos a capacidade de entregar madeira de forma
capilar em todo o Brasil, o que considero uma grande vantagem.
Gosto de pensar que em toda dificuldade há uma oportunidade.
Isso reflete o conceito de yin e yang, o claro e o escuro; sempre
há dois lados. Sou muito otimista nesse sentido. A madeira do
mogno africano é de alta qualidade, fácil de trabalhar e belíssima.
O mercado está começando a aceitá-la e a demandá-la, o
que é muito positivo. Já temos madeira comercial disponível,
incluindo madeira de desbaste e árvores mais velhas que oferecem
excelente qualidade. É importante que o Brasil saiba que o
How did your professional career lead you to Abpma?
I started my career as a freelancer and, at the age of 18, I
joined a multinational auditing company and then moved to
the financial and insurance market. After years of working as
a manager and innovator in that Sector, I decided to migrate
to the social market, where I took on an NGO founded by my
wife and turned it into a benchmark in social technologies
and products aimed at inclusion and sustainability. I also
created a Sistema B company and participated in relevant
projects such as the Cabral Institute and social business
initiatives. When I left direct management in the Social
Sector, I dedicated myself to mentoring small organizations
because scaling small organizations has a significant impact.
Today, in addition to running a real estate holding company,
I became involved with Abpma at the invitation of Patrícia
Alves Fonseca, a friend and former Executive Director. I was
moved by the challenges of forestry, which is a very big world
full of opportunities, as well as the untapped potential that
the species represents.
What is your main mission as the head of the Association?
The goal is to bring together small, medium, and large
producers to improve the harvest and to sell and develop
techniques that allow them to make a real profit from their
forests. Many have planted with the expectation of harvesting
in 25 years, but they still need to do the necessary
strategic planning. My big challenge is to unite these links
and make the associates realize the power of associations,
which is something very relevant and has yet to be explored
in Brazil. Associations can change the reality of small, medium,
and large producers. The small producer, for example,
has a capillarity that the large producer does not have, which
is fundamental for expanding the market and stimulating
new plantations with more advanced techniques. I do not
particularly appreciate bridge-building, as they say. After
15 or 20 years, we learn something about how things could
have been done, but I prefer to focus on the present and plan
a scalable model for Brazil and, in the future, for the world.
What is done is done; now it is time to look forward and build
the future.
In your opinion, what is the importance of the Association
for the Brazilian Forestry Sector?
An association is basically a link. We are present in twelve
states and 52 municipalities, which shows that we are
present all over Brazil. This, in itself, is challenging, especially
when it comes to logistics. Despite being an Achilles’ heel,
logistics, if managed well, can become a competitive differentiator.
With a good strategy, we are able to deliver wood
competently throughout Brazil, which is a great advantage.
In every difficulty, there is an opportunity. This reflects the
concept of yin and yang, light and dark; there are always two
sides. I am very optimistic in that sense. African mahogany
is of high quality, easy to work on, and very beautiful. The
market is starting to accept and demand it, which is very
positive. We already have commercial wood available, includ-
30 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
mogno africano é uma madeira incrível e acessível, que estará
sempre próxima de quem precisar.
>> De que forma encara os desafios na ABPMA?
Vejo dois grandes desafios. Primeiro, sermos realmente conhecidos.
As pessoas precisam conhecer o mogno africano de forma
efetiva, e não apenas ouvir falar ou ver uma tábua ocasionalmente.
O segundo desafio é fortalecer a ideia do associativismo.
Somos mais de 70 associados, e é fundamental que todos
entendam que, juntos, formamos uma parcela significativa da
economia. Unidos, temos força para comprar, vender, contratar
técnicas, discutir questões tributárias e legais com os governos,
e muito mais. Um bloco coeso é muito poderoso. Tenho conversado
com outras associações semelhantes porque acredito que,
trabalhando juntos, podemos nos tornar ainda mais fortes. O
associativismo tem o poder de transformar. Ele facilita a vida dos
produtores, especialmente dos pequenos e médios, que enfrentam
desafios logísticos, entre outros. Muitos produtores têm diferentes
objetivos: alguns querem vender toras, outros preferem
tábua, e outros ainda desejam manufaturar bens de consumo
duráveis. O ponto em comum é que todos querem vender. Nesse
sentido, a associação deve criar elos. Já iniciei um mapeamento
com coordenadas geográficas de todas as fazendas para facilitar
a identificação de produtores próximos e possíveis colaborações,
como o compartilhamento de serras portáteis ou secadoras móveis.
Além disso, a associação precisa ser conhecida não apenas
externamente, mas também internamente. Os associados precisam
saber quem está ao lado deles e como podem unir forças.
>> E para o próximo ano?
Acredito que em 2025 o valor da associação será ainda mais
evidente. A participação em eventos e feiras é essencial para
mostrar as tecnologias do setor e o que estamos realizando. É
importante frisar que o mogno africano não é eucalipto, ipê ou
teca, mas parte de um setor maior, o da silvicultura, no qual há
espaço para todos. O mercado de madeiras nobres ainda não
está preparado para atender grandes players, mas precisamos
visualizar esse potencial gigantesco. A madeira de reflorestamento,
em breve, será a única opção viável para a maioria das
pessoas, já que a exploração de madeiras nativas se tornará cada
vez mais difícil. A associação está estimulando os associados a se
certificarem. A certificação florestal e industrial agregará valor ao
produto e oferecerá um diferencial competitivo, tanto no mercado
interno, quanto externo.
>> Que fatores influenciam o mercado de mogno africano?
As pessoas passaram a enxergar a madeira com maior valor
agregado. Uma madeira bem cortada e tratada já apresenta um
valor por metro cúbico bastante expressivo. Se for trabalhada
como madeira de engenharia ou em outras aplicações especializadas,
esse valor se multiplica ainda mais. Muitos plantadores
fizeram suas primeiras plantações de mogno acreditando no
potencial dessa madeira como uma alternativa nobre de reflorestamento,
especialmente considerando que as madeiras nativas
estão perdendo espaço no mercado. Além das dificuldades
de comercialização, países mais desenvolvidos não compram
ing thinning wood and older trees that offer excellent quality.
Brazil needs to know that African mahogany is an incredible
and accessible wood that will always be close to those who
need it.
What do you think are the challenges facing Abpma?
I see two major challenges. The first is to really make ourselves
known. People need to learn about African mahogany
rather than just hear about it or see the occasional piece. The
second challenge is to strengthen the idea of the Association.
We have more than 70 members, and everyone must
understand that together, we are a significant part of the
economy. Together, we have the strength to buy, sell, hire
technicians, discuss tax and legal issues with governments,
and much more. A united block is very powerful. I have been
talking to other similar associations because we can be even
stronger by working together. Associations have the power
to be transformative. They make life easier for producers,
especially small- and medium-sized ones, who face logistical
challenges, among others. Many producers have different
goals: some want to sell logs, others prefer lumber, and still
others want to produce consumer durables. The common
point is that they all want to sell. In this sense, the Association
must create links. I have already started mapping the
geographical coordinates of all the farms to make it easier to
identify nearby producers and possible collaborations, such
as sharing portable saws or mobile dryers. In addition, the
Association needs to be known internally as well as externally.
Members need to know who is on their side and how to
join forces.
What about next year?
I believe that by 2025, the value of the Association will be
even more evident. It is essential to participate in events
and trade shows to showcase the Sector’s technologies and
what we are doing. It is important to emphasize that African
mahogany is not eucalyptus, ipê, or teak but part of a larger
sector, forestry, where there is room for everyone. The hardwood
market is not yet ready to serve the big players, but we
need to visualize this gigantic potential. Soon, reforestation
timber will be the only viable option for most people as the
exploitation of native timber becomes increasingly difficult.
The Association encourages its members to become certified.
Forestry and industry certification will add value to the product
and provide a competitive advantage both domestically
and abroad.
What factors influence the African mahogany market?
People have come to see wood as having a higher added
value. Well-cut and treated wood already has a very high
value per cubic meter. When it is used as engineered wood
or in other specialized applications, that value multiplies
even more. Many producers established their first mahogany
plantations believing in the potential of this wood as a noble
reforestation alternative, especially considering that native
woods are losing market share. In addition to marketing
32 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
Will the market value of the wood increase?
I believe in the proportional appreciation of products, especially
in the case of wood. All wood is good, but the noblest
and most beautiful will have a huge market share. We are
entering a specific niche here: the A-class market, which is
growing exponentially around the world. This segment demadeira
nativa sem certificação de manejo ou outro tipo de
comprovação sustentável, e o próprio consumidor final evita
esses produtos. Minha percepção, baseada em conversas com
diversos associados, é que muitos começaram a plantar há 15 ou
20 anos com a intenção de agregar valor às suas terras, tornando-as
produtivas. Isso não apenas garante a sustentabilidade da
propriedade, mas também facilita a sucessão, permitindo que
filhos e netos tenham uma fonte rentável e sustentável. Mesmo
que os sucessores não tenham experiência com o plantio inicial,
o amadurecimento técnico e mercadológico nos próximos anos
dará a eles condições de colher e comercializar essa madeira
com segurança.
>> Qual potencial da espécie?
O mogno africano tem potencial de valorização crescente, tanto
no mercado nacional, quanto internacional, além de ser uma
forma de garantir a manutenção das propriedades. Muitos produtores
já consorciam o plantio de mogno com café, cacau ou
até mesmo gado em sistemas silvipastoris, que têm sido amplamente
recomendados. Embora ainda não tenha visto projetos
envolvendo criatórios de carneiros, acredito que essa também
seria uma boa oportunidade de integração. É importante destacar
que o mogno é uma cultura de longo prazo, diferente de cultivos
como milho ou soja, que possuem ciclos curtos. O primeiro
desbaste ocorre geralmente entre 12 e 15 anos, e o retorno
financeiro exige planejamento. Para quem depende exclusivamente
dessa fonte de renda, é essencial repensar o modelo ou
buscar consórcios, seja com culturas agrícolas, entre familiares,
ou até por meio de formas criativas de capitalização, como crowdfunding.
Recentemente, por exemplo, conheci um fazendeiro
que utilizou essa estratégia para montar uma serraria e expandir
sua plantação. Apesar do longo prazo, a rentabilidade do mogno
africano é inquestionavelmente fantástica, o que o torna uma
excelente opção de investimento a longo prazo.
>> A madeira terá cada vez mais valor de mercado?
Acredito na valorização proporcional dos produtos, especialmente
no caso das madeiras. Toda madeira é boa, mas as mais
nobres e belas terão uma colocação gigantesca no mercado.
Entramos aqui em um nicho específico: o mercado de classe A,
que cresce exponencialmente no mundo inteiro. Esse segmento
difficulties, more developed countries will not buy native
wood without management certification or other sustainable
credentials, and the end consumer is avoiding these products.
My perception, based on conversations with various
members, is that many started planting 15 or 20 years ago
with the intention of adding value to their land and making
it productive. This not only ensures the sustainability of the
property but also facilitates succession, allowing children and
grandchildren to have a profitable and sustainable source
of income. Even if the successors have yet to experience the
initial planting, the technical and market maturity over the
next few years will enable them to harvest and market this
timber successfully.
What is the potential of the species?
African mahogany has the potential to increase in value, both
on the national and international markets, as well as being
a way to guarantee the maintenance of land. Many producers
are already intercropping mahogany with coffee, cocoa,
or even cattle in silvopastoral systems, which are widely
recommended. Although I have not seen any projects involving
sheep farms, this would also be a good opportunity for
integration. It is important to note that mahogany is a longterm
crop, unlike crops like corn or soybeans, which have
short cycles. The first thinning usually takes place between
12 and 15 years, and the financial return requires planning.
For those who depend exclusively on this source of income,
it is essential to rethink the model or look for consortia,
either with crops, between family members, or even through
creative forms of capitalization such as crowdfunding. For
example, I recently met a farmer who used this strategy to
set up a sawmill and expand his plantation. The profitability
of African mahogany is undoubtedly fantastic, making it an
excellent long-term investment option.
As pessoas precisam conhecer o mogno africano de
forma efetiva, e não apenas ouvir falar ou ver uma tábua
ocasionalmente
34 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
demanda produtos de alta qualidade e diferenciação. Imagine
esse mercado daqui a 20 anos, com um número de milionários
e bilionários muito maior, todos buscando itens exclusivos. Enquanto
o plástico é abundante, a madeira nobre será limitada, o
que reforça sua tendência de valorização. Para mim, isso é quase
uma questão matemática. Como conversamos antes, muitas
coisas na vida se explicam pela lógica dos números. Acredito que
o mercado de madeiras seguirá essa mesma dinâmica de valorização
crescente.
>> Que ações a associação tem feito para os associados?
Fui convidado para a associação há menos de 60 dias, ainda
não faz dois meses. Meu primeiro passo foi entender que toda
associação começa pequena, como uma reunião entre amigos
com um objetivo em comum. No entanto, a nossa cresceu muito,
abrangendo grandes empresas, até pequenos e médios produtores.
Por isso, meu foco inicial foi implementar um choque de
gestão e uma governança sólida, acelerando os processos. Estamos
modernizando toda a estrutura, incluindo sistemas de informática
e a parte jurídica, com grande foco na governança. Paralelamente,
comecei a priorizar a participação em feiras, como
onde nos conhecemos, e a repensar o posicionamento nas redes
sociais, o que já trouxe resultados rápidos. Em apenas 30 dias,
aumentamos em 189% o engajamento das nossas redes, confirmando
o ditado: Quem não é visto, não é lembrado. Outro ponto
foi consolidar e organizar o conhecimento da associação. Estruturamos
um drive com acesso exclusivo aos associados, contendo
pesquisas incríveis realizadas e financiadas pela associação,
além de estudos acadêmicos de professores parceiros. A ideia é
facilitar o acesso a esse valioso banco de dados. Para dezembro,
estamos planejando um calendário robusto de participação em
feiras e eventos próprios, com foco comercial e técnico. Esses
eventos técnicos, inclusive, podem ser realizados virtualmente,
considerando que estamos presentes em 52 municípios de dois
Estados e nem tudo pode ser presencial.
>> A ABPMA oferece algum programa de sustentabilidade?
Os grandes produtores associados já estão, em sua maioria,
certificados ou em processo de certificação. Meu desafio agora
é criar um selo exclusivo da ABPMA para a comercialização de
madeira. Além das certificações reconhecidas internacionalmente,
queremos estabelecer um selo qualitativo próprio, garantindo
um padrão de qualidade da associação. Estamos desenvolvendo
um centro de qualidade da ABPMA, que exigirá o cumprimento
de pré-requisitos específicos. Paralelamente, estou finalizando
a formatação de um código de ética, algo que considero indispensável
para uma associação. Não podemos funcionar sem um
guia ético, que também estará integrado ao selo ABPMA. Isso
significa que, para usar o selo, os associados precisarão atender
a um padrão mínimo de qualidade definido, aferido e propagado
pela associação. Essa iniciativa é crucial, especialmente porque
estou abrindo mercados e já surgiram negociações onde convidei
associados para vender madeira. A garantia de entregar madeira
de qualidade é essencial, sobretudo em vendas institucionais,
que exigem um compromisso ainda maior com o padrão e a reputação
do setor.
mands high-quality and differentiated products. Imagine this
market in 20 years, with a much larger number of millionaires
and billionaires, all looking for exclusive items. While
plastic is abundant, noble wood is limited, which increases its
tendency to increase in value. This is almost a mathematical
question. As we talked about before, many things in life can
be explained by the logic of numbers, and the wood market
will follow the same dynamic of increasing value.
What has the Association done for its members?
I was invited to join the Association less than 60 days ago,
less than two months ago. My first step was to understand
that every association starts small, as a meeting of friends
with a common goal. However, ours has grown a lot and now
includes large companies and even small- and medium-sized
producers. That is why my initial focus was on implementing
a management shake-up and solid governance, speeding up
processes. We are modernizing the entire structure, including
IT systems and the legal side, with a strong focus on governance.
At the same time, I began to prioritize trade show
participation, such as where we met, and to rethink our positioning
on social networks, which has already yielded rapid
results. In just 30 days, we increased engagement on our
networks by 189%, confirming the adage: If you are not seen,
you are not remembered. Another point was to organize and
consolidate the knowledge of the Association. We created
a database with exclusive access for members, containing
incredible research conducted and funded by the Association,
as well as academic studies by partner professors. The idea is
to facilitate access to this valuable database. For December,
we are planning a robust calendar of participation in trade
fairs and events with a more commercial and technical focus.
These technical events can even be held virtually since we
are present in 52 municipalities in two states, and only some
things can be done in person.
Does Abpma have any sustainability programs?
Most of the large member producers are already certified
or in the process of being certified. My challenge now is to
create an exclusive Abpma label for the sale of the wood. In
addition to the internationally recognized certifications, we
want to create our own seal of quality that guarantees the
Association’s quality standards. We are developing an Abpma
Quality Center, which will have to meet certain requirements.
At the same time, I am finalizing the format of a code
of ethics, which is essential for an association. We cannot
function without a code of ethics, which will also be incorporated
into the Abpma seal. This means that in order to use
the seal, members will have to meet a minimum standard of
quality that will be defined, measured, and promoted by the
Association. This initiative is crucial, especially as I am opening
up markets, and negotiations have already taken place
where I have invited members to sell wood. The guarantee of
supplying quality timber is essential, especially for institutional
sales, which require an even greater commitment to the
36 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
>> Como avalia o futuro da associação?
Vejo de forma promissora. Esse mês, a procura por produtores
interessados em se associar me surpreendeu. Acho que, à medida
que divulgamos mais o trabalho da associação e faço esse
trabalho gradual de conscientização, as pessoas estão começando
a perceber a força do associativismo. Isso certamente vai
crescer. Vejo um grande futuro não só para a cultura do mogno,
mas para outras culturas também. A partir do momento em que
o mercado se consolidar e a demanda pela nossa madeira aumentar,
novas plantações vão surgir. O grande desafio é garantir
a continuidade do crescimento e aumentar nossa produção. É
uma cultura de longo prazo, então é preciso ter plantios constantes,
com novos produtores surgindo todos os anos. Além
disso, é fundamental criar segurança para o mercado consumir
essa madeira. Já acredito que isso está começando a acontecer.
Tenho visto mudanças acontecendo, embora ainda em estágio
inicial. Os produtores também precisarão buscar soluções, como
a identificação de áreas adequadas para plantio. Recentemente,
estive no Espírito Santo, na feira do Estado, com o pessoal do
governo, e discutimos áreas em recuperação, aquelas que foram
degradadas até mil hectares, no caso, basta fornecer um termo
de compromisso, e a autorização para plantar é concedida automaticamente.
Para áreas de até cem hectares, basta uma simples
comunicação.
>> Defende que o plantio seja mapeado de acordo com cada
Estado?
Acredito que os produtores também precisam começar a buscar
Estados que ofereçam condições para o plantio de forma menos
burocrática, além de Estados que forneçam uma logística adequada
para a madeira. Independentemente do tipo de madeira,
a logística da madeira é mais complexa, pois estou falando de volumes
grandes, não apenas toneladas, mas metros cúbicos. Esse
mercado tem um potencial gigantesco. Daqui a 20 anos, quem
não plantou agora ainda estará com 20 anos de atraso.
>> Que legado pretende deixar?
Gostaria de deixar uma única marca: que as pessoas vejam o valor
na associação: o produtor, o consumidor, o fornecedor de insumos,
o fornecedor de serviços, todos dando valor à associação.
Todos querem estar juntos na associação ABPMA. Se conseguir
alcançar esse objetivo, acho que o legado estará feito.
standards and reputation of the Sector.
How do you see the future of the Association?
It is very promising. This month, I was surprised by the
demand from producers interested in joining. As we make
the work of the Association more public and do this gradual
work of raising awareness, people are beginning to realize
the strength of an association. This will certainly grow. I see
a great future not only for mahogany but for other crops
as well. As the market consolidates and demand for our
wood increases, new plantations will be established. The big
challenge is to ensure continued growth and increase our
production. It is a long-term crop, so we need to have continuous
plantations with new producers every year. It is also
important to create security for the market to consume this
wood. This is starting to happen. I have seen changes taking
place, although they are still at an early stage. Producers will
also have to look for solutions, such as identifying suitable
areas for planting. I was recently in Espírito Santo at a trade
fair with government people, and we discussed under-recovery
areas, those that have been degraded up to a thousand
hectares, in which case you have to commit, and the authorization
to plant granted automatically. For areas up to a
hundred hectares, a simple communication is enough.
Are you in favor of planting being mapped according to
each state?
Producers should also start looking for states that offer less
bureaucratic conditions for planting, as well as states that offer
adequate logistics for the wood. Regardless of the type of
wood, the logistics of timber are more complex because I am
talking about large volumes, not just tons, but cubic meters.
This is a market with huge potential. In 20 years, those who
have not planted now will be 20 years behind.
What legacy would you like to leave?
I would like to leave a single mark: that people see the value
of the Association: the producer, the consumer, the supplier
of inputs, the supplier of services, and all of whom value the
Association. They all want to be together in Abpma. If I can
do that, the legacy will be done.
É importante que o Brasil saiba que o mogno africano
é uma madeira incrível e acessível, que estará sempre
próxima de quem precisar
38 www.referenciaflorestal.com.br
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Gabriel Dalla Costa Berger
Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho
Mestre em Manejo Florestal
gabrielberger.com.br
gabriel@gabrielberger.com.br
Foto: divulgação
Mais do que a supervisão, o monitoramento contínuo é uma ferramenta
estratégica para elevar a qualidade, segurança e eficiência no manejo florestal
N
o manejo florestal, desafios constantes exigem
uma gestão ágil e precisa. Sem monitoramento
contínuo das equipes, riscos passam
despercebidos, decisões são tomadas sem
respaldo adequado, e problemas são resolvidos
de forma reativa. Esse cenário eleva acidentes, custos
operacionais e prejuízos à eficiência das equipes.
A ausência de um acompanhamento regular dificulta
ajustes em tempo real, impede a antecipação de problemas
e pode prejudicar a conformidade com normas ambientais
e de segurança. Além de impactar a confiança das equipes,
essa falha reflete diretamente na qualidade e sustentabilidade
das operações.
UM INVESTIMENTO ESTRATÉGICO
Mais do que a supervisão, o monitoramento contínuo é
uma ferramenta estratégica para elevar a qualidade, segurança
e eficiência no manejo florestal. Ele garante que equipes
estejam qualificadas, alinhadas às normas e confiantes
para executar suas atividades com isolamento.
Investir em monitoramento é construir operações mais
seguras, econômicas e sustentáveis, consolidando o manejo
florestal como uma prática eficiente e responsável.
O CUSTO DA REATIVIDADE
A falta de sistemas de monitoramento em tempo real
deixa as equipes sem feedback e suporte, gerando decisões
imprecisas, retrabalho e falhas evitáveis. Gestores
enfrentam dificuldades para corrigir desvios rapidamente,
enquanto os operadores, sem uma referência clara, lidam
com insegurança e baixa eficiência, agravando os desafios
operacionais.
BENEFÍCIOS DO MONITORAMENTO CONTÍNUO
1. Decisões Assertivas e Seguras: Suporte em tempo
real fortalece a confiança das equipes, garantindo intervenções
planejadas e eficientes.
2. Prevenção de Riscos e Conformidade Ambiental: Monitoramento
constante antecipa problemas, reduz acidentes
e garante revisões monitoradas às normas ambientais e de
segurança.
3. Ajustes Rápidos e Economia de Custos: Correções
Imediatas evitam retrabalho, otimizam recursos e aumentam
a produtividade.
O monitoramento contínuo promove aprendizado
constante, fortalecendo a cultura de segurança e excelência
operacional. Feedbacks regulares permitem que as equipes
aprimorem suas práticas, resultando em operações mais
confiáveis e sustentáveis.
40 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação
O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas
desde o início e em todas as épocas do ano
Aplicação
Pré e Pós-Plantio
Das culturas do
eucalipto e pinus
Seletividade
Não afeta o
desenvolvimento
das culturas do
eucalipto e pinus
Flexibilidade
Permite aplicação
em épocas úmidas
e secas
Efeito Recarga
Promove atividade
residual no controle
de plantas daninhas,
mesmo após longos
períodos sem chuvas
(120 dias)
Aplicação com Drone
Registro para
aplicação com
drone, avião e
aplicação terrestre
Para mais informações,
acesse nosso site
www.br.envu.com
PRINCIPAL
Força aérea
Drone na silvicultura: inovação e eficiência
na aplicação de herbicidas
Fotos: divulgação
42 www.referenciaflorestal.com.br
Air Force
Drones in forestry: innovation and
efficiency in herbicide application
Dezembro 2024
43
PRINCIPAL
Aadoção de novas tecnologias no segmento florestal
tem se mostrado essencial para aumentar a eficiência
e sustentabilidade das operações, proporcionando
melhores resultados em áreas de reflorestamento,
ao mesmo tempo buscando garantir proteção
ambiental e produtividade. O uso de drones, ou VANTs (Veículos
Aéreos Não Tripulados), tem revolucionado o monitoramento e
aplicação de insumos nas florestas, permitindo um controle com
precisão em menor tempo quando comparado com aplicadores
manuais e com alguns equipamentos terrestres mesmo em áreas
acidentadas e ou com resíduos sobre o solo. Nesse contexto, o
herbicida pré-emergente FORDOR FLEX da Envu surge como uma
solução inovadora e com a recomendação de bula específica para
este fim, promovendo eficácia no controle de plantas daninhas e
segurança nas aplicações.
A Envu é uma empresa que carrega mais de meio século de
experiência em saúde ambiental. A empresa oferece soluções
completas em: manejo profissional de pragas, silvicultura, manejo
da vegetação em áreas não-agrícolas, com produtos, acompanhamento
profissional e contínuo desenvolvimento de melhoria junto
aos seus clientes e parceiros. Por isso, o foco da empresa é a saúde
ambiental, tendo como propósito promover ambientes saudáveis
para todos, em todos os lugares.
Fabricio Sebok, gerente de desenvolvimento de produtos,
explica que o FORDOR FLEX tem sido uma ótima ferramenta desde
seu lançamento e permitindo ainda mais eficiência ao silvicultor,
pois o FORDOR FLEX trouxe flexibilidade para seu uso, algo que
seu antecessor não possuía como a aplicação via drones, uso no
pré-transplantio e faixa de dose ampliada para diferentes alvos,
tanto para plantas daninhas de folhas largas como as gramíneas.
“FORDOR FLEX é uma solução inovadora, adaptada às necessidades
atuais do mercado, tem uma bula única, com testes de aplicações
que ampliam e garantem suas recomendações de forma eficiente
e segura”, destaca o gerente.
T
he adoption of new technologies in the Forestry
Sector has proven to be essential to increase the
efficiency and sustainability of operations, leading
to better results in reforestation areas while at
the same time trying to guarantee environmental
protection and productivity. The use of drones or Unmanned
Aerial Vehicles (UAVs) has revolutionized the monitoring and
application of inputs in forests, allowing precise control in less
time compared to manual applicators and the use of terrestrial
equipment, especially in hilly areas and with residues on the
ground. In this context, Envu’s FORDOR FLEX pre-emergent
herbicide has emerged as an innovative solution with package
recommendations, promoting efficiency in weed control and
safety in application.
Envu is a company with over half a century of experience in
environmental health. The Company offers complete solutions in
professional pest control, forestry, and vegetation management
in non-agricultural areas, with products, professional monitoring,
and the development of continuous improvements together
with its customers and partners. This is why the Company’s focus
is on environmental health, with the aim of promoting a healthy
environment for everyone, everywhere.
Fabricio Sebok, Product Development Manager, explains that
FORDOR FLEX has been an excellent tool since its launch and has
allowed forest managers to use it even more efficiently, as FOR-
DOR FLEX has brought flexibility to its use that its predecessor did
not have, such as drone application, use in pre-transplanting, and
an extended dose range for different targets such as broadleaf
weeds and grasses. “FORDOR FLEX is an innovative solution
adapted to the current needs of the market. It has unique usage
recommendations based on application tests that extend and
guarantee its efficient and safe use,” the Manager points out.
According to the Manager, the demand for drones in the field
has grown over the years. It has already become a differentiator,
44 www.referenciaflorestal.com.br
A colaboração entre academia e indústria
é fundamental para promover soluções
inovadoras e avanços significativos,
tanto na pesquisa quanto na aplicação
prática dessas inovações, impactando
positivamente nossos processos e produtos
Jéssica Faria, especialista em desenvolvimento
de produtos da Envu
Segundo o gerente de desenvolvimento de produtos, a demanda
pelo uso de drones no campo tem crescido ao longo dos anos e já
se tornou um diferencial, principalmente, no manejo de plantas
daninhas, pragas e doenças. “As empresas florestais estão ampliando
suas frotas de drones para aplicações, visto que a pouco tempo
apenas usos experimentais eram feitos, isso me faz entender que
é um movimento do mercado que a Envu busca atender da melhor
forma”, aponta Fabricio.
TEORIA E PRÁTICA
Para apresentar os melhores resultados a seus clientes a Envu
se voltou aos seus laboratórios e firmou uma parceria com a UFES
(Universidade Estadual do Espírito Santo) para realizar testes de aplicações
do FORDOR FLEX a partir de drones. Por parte da Envu quem
faz essa ponte é Jessica Faria, especialista em desenvolvimento de
produtos. Segundo ela, os procedimentos encaminhados para a academia
são definidos por uma combinação estratégica de demandas
internas e externas. “Colocamos em perspectivas as necessidades
dos clientes, que desempenham um papel fundamental, pois nos
permitem compreender as especificidades e oportunidades de
mercado e de melhoria dos produtos, paralelamente, as demandas
internas são essenciais, pois refletem nosso compromisso com a
inovação contínua e a otimização dos nossos processos, tecnologias
e operações”, explica a especialista.
Claro, nessa ponte entre a empresa e a academia, existem
desafios, mas isso é algo fundamental para o impulsionamento do
desenvolvimento de produtos feitos pela Envu, pois os professores
contribuem com toda experiência acadêmica, tanto na condução
dos testes, quanto nas análises e conclusões dos resultados. “A colaboração
entre academia e indústria é fundamental para promover
soluções inovadoras e avanços significativos, tanto na pesquisa quanto
na aplicação prática dessas inovações, impactando positivamente
nossos processos e produtos”, expõe Jéssica.
Para os estudos que respaldaram o uso de drones para a aplicação
do FORDOR FLEX, foram realizadas uma série de testes que
permitiram a recomendação em bula para o uso de VANTs. Jéssica
aponta que aplicar com drones é diferente de utilizar aviões, por
isso desenvolveu-se essa recomendação específica e detalhada em
bula, para garantir a segurança, eficiência e precisão das operações.
“Testes bem estruturados ajustam as soluções às necessidades de
cada aplicação, garantindo conformidade com os padrões de qualidade
e regulamentação do setor. A especificação dos testes permite
especially in the management of weeds, pests, and diseases. “It
seems that forestry companies are expanding their drone fleets
for herbicide applications, considering that not long ago only
experimental uses were made, which makes me understand that
this is a market movement that Envu wants to serve in the best
way possible,” Sebok points out.
THEORY AND PRACTICE
In order to offer its customers the best results, Envu turned
to its laboratories and entered into a partnership with the State
University of Espírito Santo (Ufes) to carry out tests of FORDOR
FLEX applications using drones. Jessica Faria, Product Development
Specialist, is Envu’s spokesperson. According to her, the
procedures sent to the university are defined by a strategic
combination of internal and external requirements. “Customer
needs are fundamental because they allow us to understand the
peculiarities and opportunities of the market and product improvement,
while internal needs are essential because they reflect
our commitment to continuous innovation and optimization
of our processes, technologies, and operations,” she explains.
Of course, there are challenges in this bridge between the
business and the academic world. Still, it is fundamental to Envu’s
product development, as the professors bring all their academic
experience to bear, both in conducting the tests and in analyzing
and interpreting the results. “The collaboration between academia
and industry is fundamental to promote innovative solutions
and significant advances, both in research and in the practical
application of these innovations, which have a positive impact
on our processes and products,” says Faria.
For the studies that supported the use of drones for the application
of FORDOR FLEX, a series of tests were carried out that
led to the recommendations for the use of drones. Faria points
out that the application with drones is different from that with
airplanes, which is why specific and detailed recommendations
were developed to guarantee the operations’ safety, efficiency,
and precision. “Well-structured tests adapt solutions to the
needs of each application, ensuring compliance with quality
Dezembro 2024
45
PRINCIPAL
entender os comportamento do herbicida no ambiente, quais os
melhores parâmetros operacionais, para otimizar o desempenho
do produto, minimizando riscos e assegurando resultados confiáveis”,
esclarece ela. “Esse controle não apenas fortalece a confiança
no produto FORDOR FLEX, mas também impulsiona o avanço das
tecnologias de aplicação com drones/VANTs no setor florestal”,
complementa a especialista Jéssica.
Samuel de Assis Silva, professor de engenharia florestal da
UFES e coordenador do LABMAP (Laboratório de Mecanização e
Agricultura e Silvicultura de Precisão e Digital), está na outra ponta
dessa parceria entre Envu e a academia. Ele relata que o contato
com a Envu nasceu de palestras e discussões sobre aplicações de
herbicidas que levou a busca por soluções que otimizassem compreender
e atender a regulamentação de aplicação de herbicidas por
veículos aéreos. “Nossa legislação vigente afirma que para veículos
tripulados era indispensável a indicação em bula dessa propriedade
do herbicida, mas para VANTs não havia lei. Houve um ajuste e as
mesmas regras para veículos tripulados foram estendidas aos drones
e assim estreitamos essa relação”, esclarece Samuel.
Para alterar uma recomendação de bula de herbicida é necessária
uma série de testes para definir altura de voo, faixa de deposição
do herbicida, velocidade, deslocamento da aeronave entre outros,
pois isso envolve questões regulatórias, sociais e ambientais. “Foi
dessa união entre o que a Envu tem de foco em saúde ambiental e
a tradição em pesquisa da universidade brasileira que encontramos
uma janela de oportunidade para buscarmos as melhores práticas
de segurança ambiental, e qualidade de aplicação garantindo o
desempenho do produto”, aponta Samuel.
Os testes são realizados em três etapas. A primeira, em laboratório,
consiste na checagem da qualidade da calda do herbicida.
Esse controle garante que, ao ser misturado à água, adjuvantes
ou outros compostos, o herbicida mantenha suas características
e seja capaz de entregar os resultados esperados. A combinação
do herbicida com água e um óleo mineral, por exemplo, tem como
objetivo ajustar a calda, minimizando os efeitos de intempéries
climáticas, como ventos, mas faz-se importante estudar no detalhe
para garantir que qualquer particularidade seja notada e estudada
com maior afinco.
Depois desses testes acontece o segundo passo, que é avaliação
de parâmetros operacionais, taxa de aplicação, altura de voo, assim
como a faixa de deposição. Já a terceira etapa é onde o FORDOR
standards and industry regulations. The specification of the tests
makes it possible to understand the behavior of the herbicide
in the environment, which are the best operating parameters
to optimize the performance of the product, minimize risks,
and ensure reliable results,” she explains. “This control not only
strengthens confidence in the FORDOR FLEX product but also
drives the development of drone/Ufes application technologies
in the Forestry Sector,” adds Faria.
Samuel de Assis Silva, Professor of Forest Engineering at
Ufes and Coordinator of the Laboratory of Precision and Digital
Mechanization and Agriculture and Forestry (Labmap), is at the
other end of this partnership between Envu and academia. He
says that the contact with Envu was born out of lectures and
discussions on herbicide application, which led to the search for
solutions that would optimize the understanding and compliance
with regulations on herbicide application by aerial vehicles. “Our
current legislation states that for manned vehicles, it is mandatory
to state this property of the herbicide on the package, but
for UAVs, there was no law. There was an adjustment, and the
same rules for manned vehicles were extended to drones, so we
narrowed that relationship,” Silva explains.
Changing a recommendation on a herbicide label requires a
series of tests to determine flight altitude, herbicide application
range, speed, and aircraft displacement, among other things,
because of the regulatory, social, and environmental issues
involved. “The combination of Envu’s focus on environmental
health and the Brazilian University’s tradition of research has
provided us with an opportunity to look for best practices in environmental
safety and application quality to guarantee product
performance,” points out Silva.
Testing is carried out in three stages. The first step, in the
laboratory, is measuring the quality of the herbicide mixture.
This check ensures that the herbicide retains its properties and
delivers the expected results when mixed with water, adjuvants,
or other compounds. For example, combining the herbicide with
water and mineral oil is intended to increase the density of the
mixture and minimize the effects of weather conditions such as
wind. Still, it is important to study this in detail to ensure that
any peculiarities are identified and studied in more detail.
After these tests, the second step is to evaluate the operating
parameters, the application rate, the flight altitude, and the
46 www.referenciaflorestal.com.br
FLEX, em mais de uma variável de calda, é testada já na cultura
florestal, e neste caso em eucalipto, assim podemos verificar a eficácia
do controle e garantir a seletividade ao eucalipto. “Em todas
essas etapas participam alunos de graduação e pós-graduação,
desta forma, permitindo ganhos para os estudantes vivenciarem
o que a indústria desenvolve agregando todo o valor acadêmico
que possuem, e assim ampliar ainda mais o valor desta relação”,
enaltece o professor Samuel.
Ele ainda destaca que os resultados de aplicação com drones são
muito efetivos, pois há um ganho de velocidade e aproveitamento,
pois o volume de água é reduzido na aplicação com drones, gerando
também a economia de recursos comparado a outros métodos de
aplicação. “Um método de aplicação que demanda pouco volume
de água para cobrir uma área, como um drone, se torna uma peça
muito versátil na operação florestal. Este abre portas para realizar
operações de forma efetiva em determinadas áreas que possuem
maior complexidade operacional”, complementa Samuel. O professor
ressalta que a aplicação aérea exige do operador conhecimento
específico, por isso reforça o trabalho que a Envu está fazendo. “A
Envu não oferece apenas o herbicida e sua recomendação como uma
solução definitiva, mas sim como uma ferramenta. Eles apresentam
ao cliente as especificações, os parâmetros corretos, os ensaios
experimentais feitos, as práticas de segurança e tudo mais para
que o cliente tenha a ciência completa do que está fazendo em sua
operação”, ressalta Samuel.
FUTURO DA APLICAÇÃO
Fabrício Sebok acredita que o mercado já entendeu e absorveu
os drones como parte da aplicação de herbicidas, que está cada vez
mais organizado. Essas práticas agregam muito, não apenas para
a Envu e os silvicultores, mas para todo o processo que envolve a
aplicação de herbicidas e demais defensivos. “A aplicação via drones
é uma tendência que conquistou um espaço no setor, e ainda continuará
crescendo por algum tempo, e nós da Envu, continuaremos
buscando formas de garantir que a aplicação seja a melhor possível,
seguindo parâmetros e levando aos clientes não apenas o FORDOR
FLEX, mas tudo que pudermos para proteger os cultivos florestais”,
conclui Fabricio.
FORDOR FLEX é uma solução
inovadora, adaptada às
necessidades atuais do
mercado, tem uma bula única,
com testes de aplicações que
ampliam e garantem suas
recomendações de forma
eficiente e segura
Fabricio Sebok, gerente de
desenvolvimento de produtos da Envu
deposition range. In the third stage, FORDOR FLEX is tested in
more than one mixing variable on the forest crop, in this case,
eucalyptus, so that we can check the effectiveness of the control
and ensure selectivity for eucalyptus. “Undergraduate and
postgraduate students are involved in all these stages, so the
students can experience what the industry is developing, adding
all the academic value they have, and thus further increasing
the value of this relationship,” says Professor Silva.
He goes on to point out that the results of drone application
are very effective, as there is a gain in speed and utilization
because the volume of water used in drone application is reduced,
which also results in resource savings compared to other
application methods. “An application method that requires a low
volume of water to cover a larger area, such as using a drone,
becomes a very versatile system in forestry operations. It opens
doors to effectively perform operations in certain areas that have
greater operational complexity,” adds Silva. The Professor points
out that aerial applications require the operator to have much
more technical knowledge than others, which is why he appreciates
the work Envu is doing. “Envu does not just offer the herbicide
and its recommendation as a final solution, but as a tool.
They present the customer with the specifications, the correct
parameters, the experimental tests that have been carried out,
the safety practices, and everything else so that the customer
is fully aware of what he is doing in his operation,” says Silva.
THE FUTURE OF APPLICATION
Sebok believes that the market already understands and
accepts drones as part of the herbicide application, which is
becoming increasingly organized. These practices add a lot, not
only for Envu and forest managers but for the whole process of
applying herbicides and other products. “Drone application is
a trend that has taken hold in the industry and will continue to
grow for some time, and we at Envu will continue to look for
ways to ensure that the application is the best it can be, following
parameters and bringing customers not only FORDOR FLEX, but
everything we can to protect forest crops,” concludes Sebok.
Dezembro 2024
47
PESQUISA
MULHERES
florestais
Publicação revela
a participação das
mulheres na cadeia
produtiva florestal
brasileira
Fotos: divulgação
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PESQUISA
U
m estudo da Embrapa (Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária) Florestas traz à
tona a presença e o papel das mulheres no
setor florestal, um campo tradicionalmente
dominado por homens. A pesquisa: Participação
das Mulheres na Cadeia Produtiva Florestal Brasileira;
conduzida pela engenheira florestal e pesquisadora da Embrapa
Florestas, Cristiane Aparecida Fioravante Reis, buscou
não apenas mapear a participação feminina, mas também
entender os desafios enfrentados por essas profissionais
no setor florestal. Trata-se de um importante recurso para
pesquisadores, formuladores de políticas e todos aqueles interessados
em promover a equidade de gênero no setor florestal.
Com dados robustos e análises críticas, a publicação
contribui para a discussão sobre a necessidade de um mercado
de trabalho mais justo e inclusivo, onde as mulheres
possam ocupar seu espaço de forma plena e reconhecida.
Com a crescente relevância do tema da equidade de
gênero, esta publicação se torna um chamado à ação para
todos os envolvidos na cadeia produtiva florestal. “A inclusão
das mulheres não é apenas uma questão de importância
social, mas também uma estratégia essencial para auxiliar
no cumprimento dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável) 5, 8 e 10 e de forma inovadora no setor. A leitura
deste estudo é fundamental para entender os desafios
e as oportunidades que se apresentam, e para construir
um futuro mais igualitário e promissor para todos”, afirma
Cristiane Reis. O lançamento da publicação ocorreu durante
o evento intitulado: Primeiro Painel Mulheres Florestais;
contou com a presença da engenheira florestal e Diretora de
Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa,
Ana Margarida Castro Euler.
A publicação se baseia em dados do SNIF (Sistema Nacional
de Informações Florestais), do Confea (Conselho Federal
de Engenharia e Agronomia), da Rede Mulher Florestal
e outras fontes relevantes, permitindo uma análise crítica e
fundamentada sobre a situação das mulheres no mercado
de trabalho florestal.
ASPECTOS ANALISADOS
Os dados apresentados na pesquisa revelam que, ao
longo de 12 anos, a média anual de mulheres empregadas
no setor florestal foi de 21,4%, com um pico de 22,4% em
2014. Em 2021, a estimativa foi de 22,2%. “Esses números
evidenciam a necessidade de políticas que promovam a
inclusão e valorização das mulheres no setor”, ressalta Cristiane.
A autora também observa que a maior quantidade de
mulheres empregadas se encontra na faixa de escolaridade
de ensino médio completo, representando 52,1% do total
de mulheres empregadas em 2021.
Outro aspecto interessante abordado na obra é a distribuição
geográfica da participação feminina. Por exemplo,
em 2021, os Estados que mais se destacaram quanto ao
número total de vínculos empregatícios, no segmento de
florestas plantadas, foram: Minas Gerais (19.711), São Paulo
(9.924), Paraná (9.200), Santa Catarina (5.622), Mato Grosso
50 www.referenciaflorestal.com.br
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PESQUISA
do Sul (4.026) e Rio Grande do Sul (4.020). Nestes Estados,
os postos de trabalhos formais ocupados pelas mulheres
corresponderam a 9,7% (MG), 21,5% (SP), 18,5% (PR), 14,9%
(SC), 17,6% (MS) e 16,5% (RS), respectivamente. Nota-se
que esses estados se destacam quanto aos cultivos dos gêneros
eucalyptus e pinus, sendo os cultivos mais relevantes
em território brasileiro. “É crucial entender que as oportunidades
e desafios enfrentados pelas mulheres variam de
acordo com o segmento analisado e com a localização, e
isso deve ser considerado na formulação de políticas de inclusão”,
afirma Cristiane.
A pesquisa também analisa as faixas remuneratórias,
revelando que 71,85% dos vínculos formais de empregos
para mulheres estão concentrados nas faixas de 0,50 a 2,00
salários mínimos, o que é reflexo da grande maioria dos vínculos
formais de empregos serem ocupados por mulheres
com baixo grau de escolaridade. Os maiores salários estão
normalmente associados a um maior nível de escolaridade.
Com esta publicação, a Embrapa Florestas espera contribuir
para a discussão sobre a equidade de gênero no Brasil. “Esta
obra é um chamado à ação para todos os envolvidos na
cadeia produtiva florestal. A maior inclusão das mulheres
é uma estratégia essencial para o futuro do setor”, conclui
Cristiane.
Esta obra é um chamado
à ação para todos os
envolvidos na cadeia
produtiva florestal. A maior
inclusão das mulheres é uma
estratégia essencial para o
futuro do setor
Cristiane Aparecida Fioravante Reis,
autora do estudo e pesquisadora
Embrapa
52 www.referenciaflorestal.com.br
MANEJO
Madeira
SUSTENTÁVEL
54 www.referenciaflorestal.com.br
Evento exalta a
utilização de madeira de
manejo sustentável na
construção civil
Fotos: divulgação e Revista REFERÊNCIA
N
o dia 6 de outubro foi realizado o evento:
Madeira sustentável - o futuro do mercado;
no hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte
(MG). O evento foi organizado e realizado
pelo FNBF (Fórum Nacional das Atividades de
Base Florestal) e Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e
Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso). Através
da realização de palestras com representantes do setor,
foram apresentadas todas as vantagens da madeira nacional
para a construção.
A abertura do evento foi conduzida por Frank Almeida,
presidente do FNBF, que ressaltou a importância de combater
a desinformação em torno do ciclo da madeira nativa
nacional. Segundo Frank, uma imagem distorcida sobre a
atuação dos madeireiros foi criada ao longo do tempo. “Este
evento é parte de um esforço para mostrar à população a
verdade e a transparência do que fazemos, destacando como
a atividade, quando realizada corretamente, traz benefícios
para todos”, afirmou. Na sequência, Ednei Blasius, presidente
do Cipem, enalteceu o papel da entidade e o trabalho de-
senvolvido no Mato Grosso. “Representamos mais de 500
empresas sob o guarda-chuva do Cipem, todas empenhadas
em oferecer um produto sustentável, renovável, que capta
carbono e protege o meio ambiente”, destacou.
Frank Almeida nem desceu do palco após a abertura,
pois foi o responsável pela primeira palestra da tarde. Em
sua apresentação o presidente do FNBF deu uma visão geral
sobre o manejo florestal sustentável e a realidade de Mato
Grosso dentro dessa atividade. “O manejo reproduz o ciclo
natural da floresta, mas de maneira ordenada e economicamente
viável, trazendo desenvolvimento social para a região.
Hoje temos apenas 3% do mercado mundial de madeira
nativa, mesmo tendo 39% do total de florestas do mundo.
Precisamos mudar isso”, destacou Frank.
Na sequência Ednei Blasius falou sobre a descarbonização
da construção civil. Logo no início de sua participação,
o presidente do Cipem deu ênfase ao plano de expansão do
manejo no Mato Grosso, que hoje tem 4,7 milhões de ha
(hectares) e deve chegar em 6 milhões até o ano de 2030, e
como essa expansão abre portas para mudanças na maneira
Dezembro 2024
55
MANEJO
A madeira, além de
fomentar nossa economia,
é sustentável, traz
conforto térmico e
apresenta versatilidade e
resistência naturais
Ednei Blasius, presidente do
Cipem
de se construir casas no país. “A madeira, além e fomentar
nossa economia, é sustentável, traz conforto térmico e apresenta
versatilidade e resistência naturais”, exaltou Ednei.
Mauren Lazzaretti, secretária de Meio Ambiente do
Estado de Mato Grosso e presidente da Abema (Associação
Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente) tratou
sobre a rastreabilidade da madeira mato grossense, que hoje
tem 100% de sua origem garantida através dos mais específicos
e tecnológicos processos de controle. “Saímos de um
lugar onde perdíamos oportunidades de mercado por falta
de rastreabilidade para uma referência mundial de controle
de origem, pois cada passo que a madeira faz da floresta até
a sua comercialização é controlada por órgãos estaduais e
federais”, ratificou Mauren.
Renato Rosenberg, diretor de concessões florestais e
monitoramento do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), falou
sobre o panorama de concessões no país, como a tecnologia
propiciou ferramentas para que o controle das concessões e
as atividades foram facilitadas nos últimos anos. “Hoje medimos
com facilidade o impacto das concessões, temos sistema
de cadeia de custódia estabelecido e mesmo com uma série
de detalhes, as metas estabelecidas para concessões são totalmente
viáveis”, afirmou Renato.
56 www.referenciaflorestal.com.br
PRÊMIO REFERÊNCIA
Noite cheia de emoção e homenagens foi marcada pela
celebração dos grandes destaques do setor de base florestal
madeireira em 2024
Fotos: Emanuel Caldeira
58 www.referenciaflorestal.com.br
Avigésima segunda edição do Prêmio REFERÊN-
CIA Melhores do Ano contemplou dez empresas
que se destacaram no segmento de base
madeireira e florestal. O evento realizado no
Restaurante Porta Romana é organizado pela
JOTA Editora, responsável pela publicação das
revistas: REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA MADEIRA
INDUSTRIAL, REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA
PRODUTOS DE MADEIRA E REFERÊNCIA BIOMAIS. A premiação
é uma das grandes tradições do segmento e tem
atraído cada vez mais interesse do público em relação aos
ganhadores.
A seleção dos vencedores é feita de forma muito criteriosa,
que tem os mais altos padrões desde o recebimento
das indicações, recebidas através de leitores, clientes e
parceiros, passando pela avaliação interna dos membros
da organização. O objetivo do prêmio é valorizar quem
trabalhou para o fortalecimento e crescimento da indústria
de base florestal. O Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano
é um reconhecimento dado para a empresa, associação ou
mesmo personalidade que através da força do trabalho fortaleceu
durante todo o ano um dos mais representativos e
crescentes setores da economia nacional. A edição 2024 da
premiação contou com o apoio da ABIMCI (Associação Bra-
sileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)
e os patrocínios de: ACIMDERJ (Associação do Comercio
e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de
Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de
Madeira do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato
Grosso), CPM, DRV Ferramentas, Envimat, Himev, Montana
Química, MSM Química e Rotteng.
Fábio Machado, diretor comercial da JOTA Editora,
celebrou a edição do prêmio e a valorização das empresas
durante a premiação. “Talvez a edição mais emocionante
que fizemos nessas mais de duas décadas. Ficamos felizes,
rimos, choramos e mais uma vez fechamos um ano do segmento
florestal no mais alto nível”, valorizou Fábio. O Prêmio
REFERÊNCIA Melhores do Ano contou com quase 100
participantes presentes e além do evento presencial, teve
transmissão simultânea pelo canal do youtube da Revista
REFERÊNCIA.
Os interessados podem assistir ao
vídeo completo da transmissão por
meio do QR Code no canto da página.
Dezembro 2024
59
PRÊMIO REFERÊNCIA
PODCAST E HOMENAGENS
Uma edição especial do Podcast REFERÊNCIA foi realizada
durante a abertura do evento. O programa foi apresentado
foi Fábio Machado e contou com a presença de
Deryck Martins, presidente da AIMEX, Ednei Blasius, presidente
do CIPEM, e José Sawinski Jr., diretor florestal da The
Forest Company. Com o tema Floresta 4.0 os convidados
abordaram a aplicação de tecnologia e o futuro cada vez
mais conectado das florestas nativas e plantadas do Brasil,
tratando sobre rastreamento, produção e comercialização
de madeira.
Em uma de suas contribuições durante o podcast, Ednei
Blasius explicou que a rastreabilidade envolvida no manejo
florestal sustentável realizado no Mato Grosso é completamente
tecnológico. “Temos registro do dia do corte, dia do
processamento, localização da árvore, processos de manufatura,
quantas tábuas essa árvore gerou, criando um nível
de confiança no mercado regulado muito maior nacional e
internacionalmente”, apontou o presidente do CIPEM.
Deryck Martins destacou a linha histórica da aplicação
de tecnologia na madeira do Pará. O presidente da AIMEX
trouxe informações que demonstram como o monitoramento
cresceu de maneira exponencial. “Nos anos 1960,
tínhamos uma prática muito expansiva, nos anos 1980 e
1990 uma percepção diferente de como lidar com esse
recurso e no ano de 2008 marcou o meio florestal: com a
descentralização da gestão florestal, que otimizou a rastreabilidade
e monitoramento da floresta”, elencou Deryck.
José Sawinski Jr. especialista no ramo de florestas plantadas
apontou como a tecnologia tem criado startups e
empresas oferecendo soluções para os mercados, mas que
poucas olham para as reais dificuldades apresentadas pela
floresta. “Temos que olhar para os pequenos, oferecer soluções
de conectividade e facilitar a ligação entre as partes do
mercado. Não adianta termos inovação constante sem ter
meios de levar isso a todos os envolvidos diretamente na
floresta”, complementou Sawinski.
Logo após o podcast quem assumiu o comando da
noite foi Toni Casagrande, jornalista e mestre de cerimônia,
que teve a honra de conduzir o restante da programação.
Antes das entregas das placas, um momento de grande
emoção marcou a festa. No ano em que a Revista REFERÊN-
CIA celebrou 25 anos, a primeira edição foi em setembro de
1999, três empresas que são parceiras da Revista continuamente
desde a primeira edição foram homenageadas, sendo
elas as Indústrias Benecke, a Indumec e a MSM Química.
60 www.referenciaflorestal.com.br
Kurt Emio Benecke, diretor das Indústrias Benecke,
recebeu a placa da homenagem e com um discurso muito
emocionado agradeceu e valorizou os anos de parceria. “Vivemos
uma vida sonhando, apostando, se posicionando e
acreditando. Para nós da Benecke é importante dar crédito
para quem também acredita em nós e isso que fortalece
essa parceria”, enalteceu Kurt.
Na sequência quem recebeu a homenagem foi a Família
Koller, da Indumec. que aproveitou o momento para valorizar
a parceria e homenagear Dario Pires Machado Filho,
contador da empresa há 54 anos e pai de Fábio Machado,
diretor da Revista REFERÊNCIA. ”Em nome da Indumec,
fundada pelo meu avô, Stephan Koller, gostaria de agradecer
por essa homenagem, que desde o início acreditou e
confiou na Revista REFERÊNCIA”, celebrou Eduarda Koller,
neta do fundador da Indumec, que nasceu no ano de criação
da Revista REFERÊNCIA.
A terceira e última homenageada da noite foi a MSM
Química, do diretor Mario Sergio Lima. A parceira entre a
MSM Química, que na época ainda era Mentox, foi muito
valorizada e celebrada por Mario Sergio. “Meu primeiro
contato com a Revista foi em Belém, em uma feira, quando
conheci os então meninos que estavam dando os primeiros
passos com a Revista REFERÊNCIA. Acreditamos na projeção
da publicação e ela levou o nome da MSM Química por
todo o Brasil com excelência”, destacou Mario Sergio Lima.
CONHEÇA OS VENCEDORES
AMIF
A Associação Mineira da Indústria Florestal recebeu o prêmio
por suas contribuições para o desenvolvimento da produção
florestal do Estado através de muito trabalho junto ao poder
público. “A relevância do setor para o nosso Estado é muito
grande, somos o maior volume de florestas plantadas do Brasil,
tínhamos processos burocráticos que ralentavam nossa atividade
e agora diminuímos os prazos de liberação das atividades
de anos para meses e em casos mais recentes, apenas alguns
dias”, celebrou Adriana Maugeri, presidente da AMIF.
Rosilda Ribeiro entregando o prêmio REFERÊNCIA para Adriana Maugeri,
presidente da AMIF
Dezembro 2024
61
PRÊMIO REFERÊNCIA
FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS
Pedro Francio Filho, diretor da Francio Soluções Florestais,
dedicou o prêmio recebido a aqueles que ele não chama de
clientes, mas sim de amigos que a floresta deu para ele nas
quase duas décadas de atividade. “Quem ama o setor sabe o
quanto nós da Francio amamos a floresta e batalhamos por ela.
Quando comecei surgiram perguntas sobre o sucesso da iniciativa
de levar uma visão agrícola para o setor florestal e hoje
estamos aqui, em mais uma oportunidade recebendo esse prêmio
e sabendo que estamos contribuindo para o crescimento
do setor”, exaltou Pedro.
Gerson Penkal entregando o Prêmio REFERÊNCIA para
Pedro FrancIo Filho, diretor da Francio Soluções Florestais
HAPPY PAK®
Liderada por Paulo Bonet, presidente do grupo Bonet, a
Happy Pak® é a nova solução do grupo para fabricação de copos
feitos 100% de papel, gerando sustentabilidade e girando a
economia de maneira responsável. “Tenho a oportunidade de
trazer para esse momento o produto que nos fez vencer esse
prêmio, que é o copo Happy Pak®. O nome desse produto é
uma representação do que nós acreditamos e queremos levar
para o mercado. O copo: feliz por natureza; é uma alegria e
uma satisfação do Grupo Bonet”, valorizou Paulo Bonet.
Paulo Pupo entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Paulo Bonet,
presidente da Happy Pak®
INEXPORT
“É uma grande alegria estar aqui representando nossa
empresa, que é familiar, completamente verticalizada, que vai
dos viveiros, até o processamento e transporte da madeira.
Agradeço ao meu pai que deu o primeiro passo e me sinto
muito honrado de estar aqui representando tudo que ele fez”,
celebrou André Luiz Cibulski, diretor da Inexport, empresa
gaúcha que tem levado a madeira brasileira para o mundo
com excelência e assim valorizando a imagem do país internacionalmente.
Mario Sérgio Lima entregando o Prêmio REFERÊNCIA para André Luiz
Cibulski, diretor da Inexport
62 www.referenciaflorestal.com.br
JULITAGO BIOENERGIA
Oferecendo biomassa da mais alta qualidade para um dos
mercados mais pujantes do país, a Julitago tem se destacado
no mercado de energias renováveis, produzindo pellets através
de florestas de eucalipto. “Agradeço ao meu pai que iniciou
tudo que fazemos, a cada um dos nossos colaboradores, ao
Diego Vieira, da DRV, e principalmente a nossos clientes. Hoje
temos florestas próprias, buscamos inovação e levamos para
nossos clientes, não biomassa ou madeira, levamos energia”,
destacou Tiago Parteca, diretor da Julitago Bioenergia.
Diego Ricardo Vieira entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Tiago
Parteca, diretor da Julitago Bioenergia
NOAH WOOD BUILDING DESIGN
A startup paulista tem se colocado na vanguarda do uso
de madeira engenheirada na construção civil e tem recebido
o reconhecimento do mercado nacional. Everson Stelle, da
Montana Química, representou a Noah nessa noite tão especial
e leu um discurso preparado pelo CEO da Noah, Nicolaos Theodorakis
“Acreditamos que não estamos erguendo edificações,
estamos deixando um legado. É possível construir cidades e
preservar florestas”, relatou Everson Stelle.
Pedro Bartoski Jr entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Everson Stelle,
da Montana Química que representou a Noah Woody Building Design
REFLORESTA ALTO VALE
O programa que replantou a semente do plantio florestal
para atender a cadeia produtiva do Alto Vale do Itajaí foi
premiado por estar colocando quem planta e quem processa
a madeira na região para caminhar na mesma direção. “Não
posso não agradecer a cada um daqueles que acreditam no que
estamos fazendo. Estamos corrigindo uma rota que se perdeu
no meio do caminho e estamos vendo que o ciclo econômico
de desenvolvimento pode ser ajustado e trazer a indústria para
o seu lugar de destaque”, sublinhou Ricardo Rossini, presidente
do SINDIMADE/FLOEMA, responsável pelo Refloresta Alto Vale.
Matheus Taffarel entregando o prêmio para Ricardo Rossini, presidente
do SINDIMADE/FLOEMA que lidera o Refloresta Alto Vale
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63
PRÊMIO REFERÊNCIA
ROMANI MADEIRAS
Em uma das entregas mais emocionantes da noite,
Laercio Romani, diretor da empresa, não segurou as lágrimas
ao contar um pouco da história da empresa. Fundada
pelo pai, atualmente passa para sua terceira geração industrial
madeireira, baseada em madeira nativa de manejo
sustentável. “Agradeço ao meu pai, agradeço ao CIPEM
que nos apoia, ao SINDUSMADE, de Sinop (MT), aos nossos
colaboradores e clientes que nos ajudaram a construir nossa
história”, enalteceu Laercio.
Ednei Blasius entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Laercio
Romani, diretor da Romani Madeiras
SUPREMA MÓVEIS PLANEJADOS
“Meu pai deu os primeiros passos aqui no Paraná e em
1986 se aventurou no Mato Grosso e já no ano seguinte conseguiu
fazer parte do primeiro projeto de manejo florestal da
região. Foi assim que começamos nossa história, eu fazendo
tacos de piso de madeira e meu pai se lançando em um mundo
promissor, mas desconhecido”, relatou Fernando Zafonato,
diretor da Suprema. A empresa mato-grossense tem levado
móveis de alto padrão por todo o país, ou como ele mesmo
destacou: levando um pouco de Amazônia para casa de todo o
Brasil.
Deryck Martins entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Fernando
Zafonato, diretor da Suprema Móveis Planejados
VALE DO TIBAGI
A empresa que completou 25 anos em 2024 começou apenas
nos serviços florestais, mas a cada nova demanda de seus
clientes ampliou seu leque de serviços, fazendo corte, colheita,
negociação, transporte e até mesmo peletização de madeira.
Lais Malinowski, coordenadora de comunicação da Vale do Tibagi,
recebeu com muita alegria e satisfação o prêmio. “É uma
honra estar aqui representando a terceira geração da família
que está no segmento florestal ao lado do meu pai que ajudou
a construir diretamente a nossa história e a cada um que faz
parte da história da Vale do Tibagi”, celebrou Lais.
Rodrigo Demetrio entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Lais Malinowski,
coordenadora de comunicação da Vale do Tibagi
64 www.referenciaflorestal.com.br
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA 2024
Fran Machado e Fábio Machado,
da JOTA Editora
Cecilia Sizanoski e Ana Gabriela de Araújo,
da JOTA Editora
Gerson Penkal,
da JOTA Editora
Kaue Angeli, da JOTA Editora
Cesar Piskei, Rosilda Rosilda Ribeiro e
Marcio Moleta, da Rimev
Carla Bartoski e Pedro Bartoski Jr.,
da JOTA Editora
Larissa e Fernando Zafonato,
da Suprema Móveis Planejados
Fran Machado e Carla Bartoski
Silvia e Gleisson Tagliari, do Cipem
Ednei e Taciana Blasius
Larissa e Fernando Zafonato, Ednei e Taciana Blasius,
Gleisson e Silvia Tagliari
Paulo Pupo, da Abimci e Fábio Machado,
da JOTA Editora
Luis Carlos Crimaco e Valeria Brizola,
da ForMobile
Liliane Cordeiro e Diego Ricardo Vieira,
da DRV
Diego Ricardo Vieira, Líliane Cordeiro,
Claudinei e Marta Freitas
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PRÊMIO REFERÊNCIA
Claudinei Freitas e Marta Freitas, do Cipem
Fernando Sandri, da Happy Pak®
Flavio Almeida, da DRV
Fabiana Tokarski, da JOTA Editora
Flávio Almeida e Diego Ricardo Vieira,
da DRV
Allan Módolo e Juliane Pissinato,
da Francio Soluções Florestais
André Luiz Cibulski e Alcione Carminatti,
da Inexport
Toni Casagrande e Pedro Bartoski Jr.
José Sawinski Jr., da The Forest Company
Ricardo Rossini e Hellen de Liz,
da Refloresta Alto Vale
Anselmo Ribas, da Happy Pak®
Nadielli e Tiago Parteca,
da Julitago Bioenergia
Ruan Felipe e Fabiano Mendes, da DRV
Eduarda, Stephan, Rose e Elisa Koller,
da Indumec
Manoel José Maria Santana, Zilma Patrícia Dias do
Nascimento, Deryck Martins, Gyselle Deina e
Luís Deina, da AIMEX
66 www.referenciaflorestal.com.br
PRÊMIO REFERÊNCIA
Rodrigo Demetrio, da Envimat Paulo Bonet, da Happy Pak® Adriana Maugeri e Bruno Menezes, da AMIF
Martin Kemssies, consultor florestal, e
Everson Stelle, da Montana Química
Claudia e Laercio Romani,
da Romani Madeiras
Henrique Leopoldo Janacievicz e
Laís Malinowski, da Vale do Tibagi
Mario Sergio Lima, da MSM Química
Kurt Emil Benecke, da Benecke
Simone Francio e Pedro Francio Filho,
da Francio Soluções Florestais
Daniel Chies, da Ageflor
Dario Pires Machado Filho, da Indumec, Fábio
Machado, da Revista REFERÊNCIA e Toni Casagrande
Matheus Taffarel, da CPM
Dario Pires Machado Filho e Fábio Machado
Rose Koller, Kurt Benecke, Stephan,
Eduarda e Elisa Koller e Fábio Machado
Fernando Sandri, Paulo Bonet e
Anselmo Ribas, da Happy Pak®
68 www.referenciaflorestal.com.br
LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Um composto orgânico
A PARTIR DO USO DE
FONTES DE CARBONO
Fotos: divulgação
70 www.referenciaflorestal.com.br
Acompostagem é um processo natural que envolve
a decomposição de materiais orgânicos,
de diversas características e origens. Essas
origens podem ser das residências, refeitórios,
varrições, podas, industriais, agroindústrias,
produção animal, produção agrícola, entrepostos, feiras livres,
entre outros locais. É entendido que todos os resíduos
orgânicos gerados nos diversos ambientes são ricos em nutrientes
e no processo realizado por microrganismos esses
nutrientes são ciclados e disponibilizados no produto final
chamado de composto orgânico. O processo da compostagem
transforma os resíduos orgânicos ricos em nutrientes
químicos, mas em materiais equilibrados biologicamente e
degradados fisicamente.
Para classificar um composto orgânico dentro das diversas
características exigidas pelo Ministério da Agricultura é
importante atender algumas condições físicas e químicas,
como:
1. Rico em macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg);
2. Baixo teor de carga orgânica (<30%);
3. pH neutro (6,0-8,0);
4. CTC em alto nível;
5. Alta capacidade de retenção de água;
6. Baixa densidade;
7. Textura homogênea;
8. Cor marrom-escuro a preta;
9. Cheiro terroso.
Para uma compostagem com sucesso e obter um
composto nas qualidades apontadas acima é importante
conhecer os resíduos orgânicos ou o que gosto de chamar
de matéria-prima da compostagem. Em linhas gerais os
materiais úmidos, são conhecidos como verdes ou ricos
em nitrogênio, e os materiais secos, são conhecidos como
materiais estruturantes ou ricos em carbono. A partir destas
características são construídos os processos de mistura dos
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71
COMPOSTAGEM
tipos de materiais para formação biológica, transformação
física e ciclagem de nutrientes. Pode demorar de 30 a 180
dias a transformação em composto orgânico.
Existem diversas técnicas de compostagem, e a escolha
destas técnicas vai determinar o tempo de transformação
dos resíduos em composto orgânico. A velocidade da decomposição
é determinada pelo nível de oxigênio e umidade
e tamanho das partículas físicas dos resíduos presentes no
processo. Podemos citar alguns destas técnicas, como:
1 - Compostagem aeróbica: Com uso de mecanização
ou indução de oxigênio;
2 - Compostagem anaeróbica: Sem presença de
oxigênio;
3 - Compostagem em pilha estática com aeração
passiva: Método simples e de baixo custo;
4 - Vermicompostagem: Utiliza minhocas para
decompor os resíduos;
5 - Entre outras técnicas.
O composto orgânico após o peneiramento pode ser
classificado segundo o Ministério da Agricultura em Fertilizante
Composto Orgânico, Condicionador de Solo ou em
Substrato Classe A ou B, conforme a procedência do resíduo
segundo as normas técnicas. Estes produtos podem ser utilizados
na agricultura, no paisagismo ou mesmo em vasos em
domicílios conforme a sua classificação.
Todas as técnicas têm um ponto em comum muito
importante para o sucesso do processo da compostagem.
Elas precisam da fonte de material estruturante, fonte de
carbono, matéria orgânica rica em carbono para controlar o
excesso de umidade e ajudar na oxigenação ou na formação
de gases no caso de sistemas anaeróbios (sem oxigênio).
A silvicultura ou os sistemas florestais ainda não tem
uma participação ativa na disponibilização dos seus resíduos
para compor todas as técnicas de compostagens. As compostagens
em áreas urbanas sofrem com a falta de fontes de
carbono onde a prática dos sistemas públicos é de descartar
estas fontes em aterros com altos custos de destinação. A
medida que os setores geradores de resíduos entenderem
a importância de cada tipo e característica dos materiais
e moléculas para produzir um composto orgânico de qualidade
o setor agrícola, o de paisagismo, o rural, o urbano
com a geração dos resíduos, será possível criar um sistema
produtivo sustentável, econômico, ambiental e socialmente
equilibrado e de baixo custo.
A mistura ideal com o devido balanço de cada material
permitirá a produção de um composto muito rico, química,
física e biologicamente. Mas para isso acontecer o descarte
aleatório precisa deixar de existir. Passaremos a produzir
soluções importantes para o convívio social.
Pergunte ao Tomita
Caso tenha alguma dúvida sobre
o sistema de compostagem,
envie sua pergunta para o e-mail
jornalismo@revistareferência.com.br e
saiba tudo sobre compostagem florestal.
72 www.referenciaflorestal.com.br
EDUCAÇÃO
FUTURO
DO SETOR
74 www.referenciaflorestal.com.br
Colégio Florestal ajuda
na formação de novos
profissionais e abre
oportunidades para jovens
do interior do Paraná
Fotos: Secretaria da Educação
Apreocupação com o meio ambiente e o carinho
pelo interior fizeram com que Bigail Albach, de
16 anos, escolhesse fazer o Ensino Médio junto
com o curso técnico em Florestas, um combo
que ela encontrou no Centro Estadual Florestal
Presidente Costa e Silva, em Irati (PR). A instituição, que atende
350 alunos, é o primeiro colégio florestal gratuito da América
Latina e funciona em um terreno de 170 ha (hectares). O
viveiro da unidade funciona como sala de aula e tem capacidade
para produzir um milhão de mudas por ano, processo
acompanhado pelos alunos. “No momento em que estamos
vendo tanta destruição da natureza, perceber que estou ajudando,
através do cultivo, do cuidado, inovando e renovando
as áreas verdes, é uma sensação de orgulho”, celebra Bigail.
As mudas produzidas no local são distribuídas para entidades,
escolas e projetos parceiros. Em setembro, 40 mil
mudas de espécies nativas foram encaminhadas aos colégios
agrícolas do Paraná, no lançamento do projeto AgroFlorestas,
da Seed (Secretaria Estadual da Educação). Além disso, as mudas
ficam disponíveis para recomposição de áreas degradadas
Dezembro 2024
75
EDUCAÇÃO
ou como compensação de empresas em áreas de reflorestamento.
O contato dos alunos com o viveiro começa desde a
primeira série do Ensino Médio. Para a aluna Kamily dos Anjos
Camilo, de 16 anos, esse acompanhamento é importante
para o aprendizado. “Como acompanhamos desde o cuidado
com a semente até o cultivo e o desenvolvimento das mudas,
conseguimos perceber que o esforço vai render mais para
frente. Aqui, temos processos para acelerar o crescimento das
mudas, inclusive para aumentar a produção e ajudar no reflorestamento”,
alerta Kamily.
As duas alunas, que estão hoje na segunda série, também
são bolsistas selecionadas do Projeto de Iniciação Científica
Júnior, desenvolvido em parceria com a Unicentro (Universidade
Estadual do Centro-Oeste). O projeto das duas, que
analisa como diferentes tipos de podas podem melhorar o
desenvolvimento de mudas de erva-mate e ipês-amarelos,
foi inteiramente conduzido no viveiro do Colégio Florestal.
“O estudo vai permitir que, por exemplo, prefeituras possam
planejar o melhor tipo de poda para garantir o crescimento
adequado das mudas”, detalha Kamily.
Roni Miranda, Secretário de Educação, aponta que é com
grande orgulho que o governo acompanha o trabalho desenvolvido
pelos estudantes do Colégio Estadual Florestal em Irati.
“A escola tem se destacado tanto pelas iniciativas voltadas
à sustentabilidade quanto pelas inovações desenvolvidas no
ramo do agro, preparando nossos jovens para serem líderes
conscientes e responsáveis em um futuro próximo”, afirma
Roni.
MÉTODO ÚNICO
Segundo Igor Felipe Zampier, diretor da Unidade Didático
Produtiva do Centro Florestal, o colégio tem uma grade
horária com 10 aulas diárias, em regime integral, divididas
entre prática e teoria. “A teoria é em sala de aula, e, na parte
prática, no viveiro, todas as atividades têm cunho pedagógico.
Aqui eles acompanham e realizam desde a coleta de sementes,
preparação, secagem, quebra de dormência para o plantio
nas épocas e condições mais adequadas, até o preparo do
solo e o acompanhamento do desenvolvimento pós-plantio”,
expõe Igor.
A diretora do Colégio, Mariane Pierin Gemin, acredita que
a metodologia tem impacto direto no futuro dos estudantes,
pois o conhecimento técnico de base científica está dentro
de uma integração com o ensino médio. “Todas as disciplinas
da formação geral básica já têm um cunho direcionado para
formar o aluno com uma visão de sustentabilidade, social, de
empreendedorismo e que mostre a área florestal como uma
possibilidade de projeto de vida”, reflete Mariane.
É o que pensa a aluna Bigail, que faz planos para os próximos
anos. “O que tenho aprendido aqui, quero expandir.
Pretendo fazer engenharia florestal, viajar para o exterior,
fazer mestrado, doutorado, enfim, aprender e ajudar o meio
ambiente”, elenca uma entusiasmada Bigail.
Dos 64 colégios pertencentes aos 64 municípios do Núcleo
Regional de Educação de Irati, o Centro Florestal teve a
segunda melhor pontuação no IDEB (Índice de Desenvolvi-
Bigail Albach, estudante
76 www.referenciaflorestal.com.br
Manutenção e abertura de estradas e aceiros, enleiramento, limpa-trilho, movimentação de
biomassa, carga e descarga de lenha/toras, silvicultura, aplicação de herbicidas, distribuição
de corretivos, roçada mecanizada, subsolagem e locação de equipamentos.
SERVIÇOS E MÁQUINAS
EDUCAÇÃO
mento da Educação Básica), divulgado em agosto. Segundo o
levantamento, a escola registrou 6,3 pontos na avaliação.
MERCADO E FUTURO
Os resultados do Centro Florestal fazem com que a unidade
seja constantemente acionada por grandes empresas
que pedem indicação de técnicos formados no local. “Essas
empresas têm aqui como referência em formação, hoje temos
vagas no mercado para os alunos em vários lugares do Brasil,
esperando os alunos que se formarão no final do ano”, explica
Igor Zampier.
Em alguns casos, os alunos acabam voltando para o Colégio
de uma maneira diferente. Elisson Girardi se formou na
unidade, fez mestrado, doutorado e voltou para o Colégio
como professor e hoje é coordenador. “O mercado florestal
está aquecido e sou a prova de que a escola é importante na
vida dos alunos. Emprego na área não está faltando e grandes
empresas chegam até nós em busca de mão de obra”, comemora
Elisson.
Pela primeira vez, o Centro Estadual Florestal terá representantes
no Ganhando o Mundo, projeto do Governo do
Paraná que promove o intercâmbio estudantil para estudantes
da rede pública em países do exterior. Gustavo Mateus
e Ana Julia Woruby, ambos de 15 anos, foram selecionados
na última edição do projeto. Ele terá como país de destino à
Austrália. Já Ana, participará da primeira edição do Ganhando
o Mundo Agrícola, com destino aos EUA (Estados Unidos da
América). “Nunca viajei de avião e o lugar mais longe que eu
já fui foi Santa Catarina, para a casa do meu avô. A expectativa
está alta, pois sei que é uma oportunidade para o meu
desenvolvimento profissional e pessoal”, celebrou Mateus.
Igor Felipe Zampier, diretor da Unidade
Didático Produtiva do Centro Florestal
A jovem, que irá para um colégio agrícola no Estado americano
de Iowa, também se prepara para a primeira viagem
de avião e diz que a ficha ainda está caindo. “Acho que no
começo vou achar estranho, mas depois de quatro meses vai
ser difícil voltar. Mas tudo que aprendo aqui vai ser importante
para ver como é feito lá e mostrar como fazemos aqui”,
concluiu Ana.
O mercado florestal está
aquecido e sou a prova de que
a escola é importante na vida
dos alunos. Emprego na área
não está faltando e grandes
empresas chegam até nós em
busca de mão de obra
78 www.referenciaflorestal.com.br
Gustavo Mateus e Ana
Julia Woruby, estudantes
Elisson Girardi,
ex-aluno e professor
A Feira da Indústria do Eucalipto
Três Lagoas - MS
19 a 21
Agosto
de 2025
Organização:
Apoio Master:
/showflorestal
www.showflorestal.com.br
/showflorestal
ARTIGO
MORFOMETRIA DE PINUS TAEDA
L. SUBMETIDOS A DIFERENTES
INTENSIDADES DE DESBASTES
Fotos: divulgação
GIRLENE DA SILVA CRUZ
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)
MARCOS FELIPE NICOLETTI
UDESC – (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CATARINA)
MÁRIO DOBNER JUNIOR
UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)
BRUNO RAFAEL SILVA DE ALMEIDA
UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE)
Foto: divulgação
BRUNO DE ALMEIDA LIMA
UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE)
80 www.referenciaflorestal.com.br
TOP OF MIND EM
PLANEJAMENTO
FLORESTAL
remsoft.com/woodstock-optimization-studio
Dezembro 2024
81
ARTIGO
RESUMO
O
objetivo deste estudo foi avaliar
as características morfométricas e
modelar os principais índices morfométricos
de um povoamento de
Pinus taeda, submetido a diferentes
regimes de desbastes. Foram coletadas informações
de DAP (diâmetro à altura do peito), H (altura
total) e HIC (altura de inserção de copa) e N-S,L-O
(raios de copa) de 252 árvores pertencentes a nove
tratamentos (T0: sem desbaste,T1: desbaste fraco,
T2: fraco/médio, T3: médio, T4: médio/médio, T5:
médio/forte T6: sistemático, T7: forte, T8:extremo).
Posteriormente, foram calculados os índices morfométricos
de AC (área de copa), DC (diâmetro de
copa), CC (comprimento de copa), PC (proporção de
copa), GE (grau de esbeltez), IS (índice de saliência),
IA (índice de abrangência) e FC (formal de copa).
Para a modelagem dos índices morfométricos foram
ajustados oito modelos matemáticos para estimar
a variável DC, e para os demais índices foi realizado
a modelagem pelo método Stepwise. Os critérios
de seleção da melhor equação foram o R²aj, Sy.x%,
significância dos coeficientes e análise gráfica dos
resíduos. Foi realizada a correlação entre os índices
morfométricos por Pearson a 95% de probabilidade.
De maneira geral, as aplicações dos desbastes favoreceram
o crescimento da copa das árvores com
crescimento gradativo a medida que se intensificava
o desbaste, sendo que o extremo apresentou área
de copa média quatro vezes maior que os demais,
influenciando diretamente no DAP médio e nos
índices de diâmetro de copa e grau de esbeltez. As
equações deste estudo podem ser utilizadas para
estimar as variáveis de grau de esbeltez.
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Os índices morfométricos
podem auxiliar o manejador
a tomar decisões a respeito
da competição entre os
indivíduos, podendo prever
o espaçamento ideal para a
espécie e a idade ideal para
a realização de desbastes e
demais tratos silviculturais
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos houve um aumento na demanda
por matéria-prima de qualidade para o
abastecimento da indústria madeireira, fazendo com
que houvesse uma valorização das florestas bem
manejadas, além de buscar técnicas para o aumento
de produtividade dos povoamentos, visando agregar
valor à madeira. Dentre as práticas silviculturais, os
desbastes e espaçamentos exercem efeitos importantes
na qualidade da madeira (Weber et al., 2013;
Kohler et al., 2015; Cavalheiro et al., 2023).
Os desbastes diminuem a competição por luz,
água e nutrientes entre os indivíduos remanescentes.
Proporcionam mais espaço para a expansão da
copa e, consequentemente, do diâmetro dos indivíduos
remanescentes dependendo da sua intensidade
(Dionísio et al., 2018). O espaço disponível para
o desenvolvimento da planta influencia diretamente
nas suas características morfométricas, pois, em espaçamentos
menos adensados, os indivíduos podem
apresentar grande área de copa devido à baixa competição
por espaço (Leiteet al., 2006).
controlin > <
marketing
Dezembro 2024
83
ARTIGO
O estudo da morfometria permite analisar as relações
interdimensionais, reconstituir o espaço ocupado
por cada árvore, julgar a concorrência a que
está submetida, além de permitir realizar inferências
sobre a estabilidade, vitalidade e produtividade de
cada indivíduo (Durlo e Denardi, 1998; Durlo, 2001).
Os índices morfométricos são calculados a partir de
variáveis coletadas em campo e determinam o grau
de concorrência do povoamento (Klein, 2017; Dionísio
et al., 2018).
Os principais índices morfométricos analisados
na literatura são o comprimento de copa, que é obtido
através da diferença entre a altura total e a altura
comercial; o grau de esbeltez, que corresponde ao
grau de estabilidade da árvore; a área de projeção
de copa, que é a superfície coberta pela projeção
vertical da copa, permitindo conhecer o espaço
ocupado pela árvore; o índice de saliência, obtido
Dentre as práticas
silviculturais,
os desbastes e
espaçamentos exercem
efeitos importantes na
qualidade da madeira
84 www.referenciaflorestal.com.br
através da relação do diâmetro de copa e DAP; o
formal de copa, que é a relação entre o diâmetro de
copa e a altura da mesma e explica a produtividade
da árvore e; a porcentagem de copa, o qual é um
indicador de vitalidade, pois quanto maior, mais produtivo
e vital é o indivíduo (Durlo e Denardi, 1998;
Durlo, 2001; Durloet al.,2004; Tonini e Arco-Verde,
2005; Costa, 2011; Oliveira et al., 2018).
Os índices morfométricos podem auxiliar o manejador
a tomar decisões a respeito da competição
entre os indivíduos, podendo prever o espaçamento
ideal para a espécie e a idade ideal para a realização
de desbastes e demais tratos silviculturais (Oliveira
et al., 2018). Considerando o exposto, o objetivo
deste estudo foi avaliar as características morfométricas
e modelar os principais índices morfométricos
de um povoamento de P. taeda, submetido a diferentes
regimes de desbastes.
DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
O experimento foi instalado em 1986, formado
por 18 parcelas de 2.000 m² (metros quadrados),
sendo 1.000 m² de área útil, em que foram testados
nove tratamentos com duas repetições, sendo o sem
desbaste (T0), desbaste fraco (T1); desbaste fraco/
médio (T2), desbaste médio (T3), desbaste médio/
médio (T4), desbaste médio/forte (T5), desbaste
sistemático (T6), desbaste forte (T7) e desbaste extremo
(T8).
Todos os povoamentos apresentaram densidade
inicial de 2.500 árvores ha-1, porém, aos 4 anos de
idade foi verificado que alguns indivíduos morreram,
ficando assim uma densidade média de 2.400 árvores
ha-1. Em cada povoamento foram selecionadas
400 árvores potenciais ha-1, que foram liberadas
de nenhuma, uma, duas, ou todas as concorrentes
diretas.
Essa é uma versão parcial deste artigo,
o material completo pode ser acessado
em: https://rif.emnuvens.com.br/
revista/article/view/931
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Dezembro 2024
85
AGENDA
AGENDA 2025
JANEIRO
2025
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Programa de Preparação de Gestores
Florestais
Data: 15/01 a 19/02
Local: Piracicaba (SP)
Informações:
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MAIO
2025
JUN
2025
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e forwarders trabalhando intensamente. Veja serrarias
de pequena escala, equipamentos de preparação de
solo, drones e caminhões de madeira em ação. Obtenha
novos insights sobre métodos de manejo florestal, como
técnicas de desbaste e seleção de espécies de árvores.
Congresso de Plantações Florestais
Data: 12 a 16
Local: Porto Alegre (RS)
Informações: https://www.ipef.br/noticias/
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Imagem: reprodução
Elmia Wood
Data: 5 a 7
Local: Bratteborg (Suécia)
Informações:
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JUNHO
2025
AGO
2025
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AGENDA 2025
JUNHO
2025
AGOSTO
2025
Forexpo
Data: 18 a 20
Local: Mimizan (França)
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https://www.forexpo.fr/
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Data: 11 a 13
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ESPAÇO ABERTO
Foto: divulgação
O Futuro da gestão
DE PESSOAS
Por Wagner Moreira Junior,
administrador pela UFV
(Universidade Federal de Viçosa),
e tem MBA pela PUC-SP (Pontifícia
Universidade Católica) e FGV
(Fundação Getúlio Vargas). Atua
como gerente sênior de RH da
Construtora Tenda
Como a tecnologia está
mudando o setor de
recursos humanos
88 www.referenciaflorestal.com.br
O
mundo corporativo está passando por uma transformação significativa,
e o setor de RH (Recursos Humanos) desempenha um papel essencial
nessa mudança. A inovação em RH não é mais apenas sobre
a digitalização de processos, mas sim sobre a criação de estratégias
que colocam as pessoas no centro das decisões, utilizando tecnologia
e dados para impulsionar o crescimento e o bem-estar organizacional.
Inteligência Artificial e People Analytics: Uma das maiores inovações recentes
no campo de RH é o uso da IA (Inteligência Artificial) e do People Analytics para a
tomada de decisões mais informadas e ágeis. Ferramentas de IA podem automatizar
processos repetitivos, como triagem de currículos e agendamento de entrevistas,
permitindo que as equipes de RH se concentrem em atividades mais estratégicas.
O People Analytics, por sua vez, possibilita que os dados sobre os colaboradores
sejam analisados de forma aprofundada, gerando insights sobre produtividade,
engajamento e rotatividade. Com essas informações, as empresas podem prever
tendências e tomar decisões mais assertivas sobre contratações, promoções e desenvolvimento
de talentos.
Experiência do Colaborador: A inovação em RH também se reflete na forma
como as empresas enxergam seus colaboradores. A experiência do colaborador
(Employee Experience) está no centro das estratégias modernas de gestão. Desde o
processo de recrutamento até a integração e o desenvolvimento contínuo, proporcionar
uma jornada positiva e significativa se tornou essencial para reter talentos e
aumentar o engajamento. As empresas estão implementando plataformas digitais
que facilitam a comunicação, o feedback constante e o desenvolvimento de habilidades.
Ferramentas de gamificação e aprendizado interativo são algumas das inovações
que proporcionam um ambiente de trabalho mais dinâmico e voltado para o
crescimento individual.
Trabalho Remoto e Flexibilidade: A pandemia acelerou a adoção do trabalho
remoto, e isso trouxe consigo uma série de inovações em como as empresas gerenciam
suas equipes. Soluções de comunicação e colaboração, como plataformas de
videoconferência, gerenciadores de tarefas e sistemas de feedback em tempo real,
tornaram-se essenciais para manter o alinhamento e a produtividade de equipes
dispersas geograficamente. Além disso, o conceito de flexibilidade no trabalho vai
além do home office. Horários flexíveis, semanas de trabalho comprimidas e até
mesmo políticas de trabalho híbrido são cada vez mais populares. Essas inovações
ajudam a criar uma cultura que valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional,
promovendo bem-estar e maior retenção de talentos.
Diversidade e Inclusão: A inovação em RH também está focada na criação de
ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos. As empresas estão usando tecnologia
para mitigar o viés inconsciente em processos de recrutamento e seleção,
garantindo que as oportunidades sejam acessíveis a todos. Programas de desenvolvimento
voltados para grupos sub-representados, mentorias inclusivas e treinamentos
sobre diversidade cultural são algumas das iniciativas que estão moldando uma
nova era para o RH.
CULTURA DE INOVAÇÃO E APRENDIZADO CONTÍNUO
A inovação em RH não é apenas tecnológica; ela está profundamente ligada
à criação de uma cultura organizacional que valoriza o aprendizado contínuo e a
inovação constante. As empresas estão cada vez mais investindo em programas de
capacitação que estimulam o desenvolvimento de novas habilidades, especialmente
voltadas para a transformação digital. Plataformas de e-learning, treinamentos
personalizados e a implementação de metodologias ágeis no RH permitem que os
colaboradores estejam preparados para enfrentar os desafios de um mercado em
constante mudança. Empresas que promovem uma cultura de inovação são mais
propensas a atrair e reter talentos que desejam crescer e evoluir.
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