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Biomais_66Web

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Entrevista

professor da UFES, Ananias Dias, aborda o uso da biomassa em residências

ROBUSTEZ E

TECNOLOGIA

EMPRESA SE

DESTACA COM

EQUIPAMENTOS DE

ALTA PERFORMANCE,

BAIXA MANUTENÇÃO

E EFICIÊNCIA

TÉRMICA

ROBUSTNESS AND

TECHNOLOGY

COMPANY STANDS OUT WITH

HIGH-PERFORMANCE,

LOW-MAINTENANCE AND

THERMALLY EFFICIENT

EQUIPMENT

PRÊMIO REFERÊNCIA

SAIBA COMO FOI A CERIMÔNIA

DE ENTREGA DO PRÊMIO 2024

QUE ACONTECEU EM CURITIBA

MERCADO

LEVANTAMENTO ESTIMA QUANTIDADE E VALOR

DO CRÉDITO DE CARBONO NOS MANGUEZAIS


TECNOLOGIA EXCLUSIVA IMTAB

PAT EN T E



SUMÁRIO

06 | EDITORIAL

Avanços com a biomassa

08 | CARTAS

10 | NOTAS

24 | ENTREVISTA

36 | PRINCIPAL

42 | COMPENSAÇÃO

Crédito de carbono

nos manguezais

48 | BIOMASSA

Embalagem de banana

54 | PRÊMIO

REFERÊNCIA

66 | ARTIGO

72 | AGENDA

74 | OPINIÃO

Reciclagem de lâmpadas: o que

acontece depois do descarte

04 www.REVISTABIOMAIS.com.br



EDITORIAL

Os equipamentos da Benecke

para o setor de biomassa é o

destaque da capa desta edição.

AVANÇOS COM

A BIOMASSA

C

om 71 anos de atividade industrial, a Benecke tem uma ampla gama de caldeiras para atender as mais diversas biomassas a

serem queimadas, de lenha em metro a materiais particulados. A empresa oferece soluções mais tecnológicas, com alta performance,

baixa manutenção e eficiência térmica. Sediada em Timbó (SC), a Benecke é o tema da reportagem de capa desta edição

da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. Na editoria de Entrevista conversamos com o engenheiro florestal, professor e doutor Ananias

Francisco Dias Júnior, no DCFM/UFES (Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, da Universidade Federal do Espírito Santo), que

contou sobre a publicação, em língua inglesa, do livro: Impactos do uso da biomassa como fonte de energia nas residências. Outra reportagem

destaca a entrega do Prêmio REFERÊNCIA MELHORES DO ANO para 10 empresas do setor madeireiro de base florestal, que mais se

destacaram no ano de 2024. A edição ainda traz informações sobre o mercado de carbono, pesquisas sobre biomassas, entre outros assuntos.

Desejamos uma ótima leitura e um 2025 repleto de ótimas notícias!

PROGRESS WITH BIOMASS

W

ith 71 years of industrial activity, Benecke has a wide range of boilers to satisfy the most diverse biomasses to be burned, from wood

in meters to particulate materials. The company offers the most technological solutions, with high performance, low maintenance,

and thermal efficiency. Headquartered in Timbó (SC), Benecke is the subject of the cover story in this issue of REFERÊNCIA Biomais.

In the Interview Section, we talked to Forest Engineer, Professor, and Ph.D. Ananias Francisco Dias Júnior of the Department of Forestry and Wood

Sciences, Federal University of Espírito Santo (Dcfm/Ufes), about the publication of the book Impacts of the Use of Biomass as an Energy Source

in Homes. Another article highlights the presentation of the REFERÊNCIA Best of the Year award to 10 companies in the Forest-based Sector that

stood out the most in 2024. The issue also provides information on the carbon market, biomass research, and other topics.

Pleasant reading and a 2025 full of great news!

EXPEDIENTE

ANO XI - EDIÇÃO 66 - DEZEMBRO 2024

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(fabiomachado@revistabiomais.com.br)

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www.jotaeditora.com.br

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dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas

e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de

energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,

direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS

não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,

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direitos autorais, exceto para fins didáticos.

REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed

at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues

used for energy generation and cogeneration, research institutions, university

students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/

or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself

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appropriation, databank storage, in any form or means, of the text, photos

and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden

without written authorization of the holder of the authorial rights, except for

educational purposes.

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LANÇAMENTO PICADOR TITAN ESTACIONÁRIO: O FUTURO

DO PROCESSAMENTO DE BIOMASSA ESTÁ AQUI!

A Bruno tem o prazer de apresentar o Picador Titan Estacionário PBFTE 600/800x1200,

uma máquina inovadora que redefine os padrões do setor. Com uma potência impressionante

de até 1200cv, este picador estacionário é a mais recente criação da Bruno, projetada

para revolucionar suas operações.

Imagine a capacidade de processar toras de até 600 mm e materiais volumosos com uma

impressionante produção de até 250 t/h. Essa é a produtividade elevada ao extremo, algo

que somente a Bruno pode oferecer.

Não perca a oportunidade de se destacar no mercado com esta tecnologia exclusiva. Ao

agir rapidamente, você pode estar à frente da concorrência. Junte-se a nós e descubra o

futuro do processamento de biomassa!

+55 (49) 3541-3100 @brunoindustrial


CARTAS

PRINCIPAL

Parabéns pela reportagem sobre o sistema de secagem da Comber. Foi um grande avanço para

secagem de grãos.

João Prado – Presidente Getúlio (SC)

Foto: Emanoel Caldeira

ENTREVISTA

Muito boa a entrevista com o João Marini, do ISI Biomassa, de Três Lagoas (MS). O instituto tem se destacado no setor.

Lourival Matoso – Aquidauana (MS)

ESTUDO

Importante iniciativa da Bahia em levantar a produção de cavaco no Estado.

Fernando Bezerra – Muritiba (BA)

PESQUISA

Interessante a pesquisa com resíduos de alimentos para gerar energia.

Cremilda Costa – São Marcos (RS)

Foto: divulgação

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na

energia

biomassa

dia informação

@revistabiomais

/revistabiomais

Publicações Técnicas da JOTA EDITORA

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NOTAS

PODCAST REFERÊNCIA

Durante o mês de novembro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito especiais para o

desenvolvimento do segmento de base florestal. Tim Lopes, diretor da MAPAF, empresa fabricante de portas e batentes de madeira

e Junior Haas, diretor executivo da Haas Madeiras e coordenador do comitê de pallets e embalagens da ABIMCI. Os episódios contaram

com o apoio de Agroclip, MBM Business School, Leitz e Rotteng.

Tim, natural do Mato Grosso, faz parte de uma família

que há três gerações trabalha com madeira. Sua família foi

ao Mato Grosso e posteriormente a Rondônia, trabalhar na

exploração da madeira nativa, principalmente o mogno.

“Comecei a conviver com madeira aos 5 anos. Fazia incursões

com meu pai para fazer a extração da madeira e pude

conhecer de perto a atividade. Na serraria comecei com uma

serra pica-pau, que me faz valorizar muito minha história”,

lembrou Tim (foto ao lado).

Durante o quadro: Isso é REFERÊNCIA para você?; Tim

contou que se aprofundar em um de seus hábitos foi uma

das chaves para melhorar até seu casamento. “Fiz curso de

sommelier, aprendi muito sobre vinho, madeira, história,

agronomia e aprender a olhar para todos os detalhes melhorou

até meu casamento. Sou madeireiro e pecuarista, bruto,

e ver algo assim, aprender a perceber minúcias fez grande

diferença na minha vida”, valorizou Tim.

Junior Haas comentou que a empresa começou com

a mudança de vida de seu avô, que trabalhava com transportes,

tinha alguns caminhões e não se via mais nessa

vida, assim vendeu os veículos e comprou a primeira carga

de madeira. “Ali mesmo em Venâncio Aires (RS), onde está

nossa sede até hoje, começou nossa história. Com a chegada

da madeira amazônica para o restante do Brasil nós levamos

a serraria para o Mato Grosso, quando vivemos nosso auge.

Hoje estamos trabalhando 100% com eucalipto no Rio

Grande do Sul e muito felizes com essa operação”, apontou

Junior. Ele contou, ainda, que nunca pensou em viver algo

diferente do que com a madeira. Ter sido criado no meio das

tábuas, com pé no barro, no meio do mato, fez se sentir em

seu habitat natural em meio a natureza. “Somos uma empresa

familiar, com muito orgulho, estruturamos tudo para

garantir profissionalismo e futuro da indústria e eu e meus

irmãos, cada um a sua maneira, fez contribuir para fortalecer

o legado da família”, sublinhou Junior (foto ao lado).

Agradecemos a audiência que cada um dos seguidores

deu ao nosso programa. Foram 15 episódios lançados em

2024 e sua audiência é o que nos motiva a fazer sempre

mais e melhor.

Os episódios do Podcast

REFERÊNCIA estão disponíveis no

nosso canal do youtube, que o Leitor

pode acessar através do QR Code:

Fotos: REFERÊNCIA

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TRANSPORTE SUSTENTÁVEL DE BIOMASSA

Em novembro de 2024, a Hyva do Brasil atingiu a marca de 5.000 unidades do Piso Móvel Hyva vendidas no Brasil, consolidando

sua posição de líder absoluto no segmento de descarga horizontal para materiais diversos, como biomassa, resíduos,

sucata, papel, pneus, compostagem, feno, palha, bagaço de cana, mercadorias paletizadas e tantas outras possibilidades desde

2003. O equipamento, desenvolvido especialmente para transporte de alto volume e baixa densidade, é amplamente utilizado

em semirreboques, bem como em fábricas de processamento e estações de transferência, e é considerado um dos principais

produtos no portfólio da Hyva. Além de comemorar o marco de vendas, a Hyva do Brasil também apresentou ao mercado

brasileiro os novos Pisos Móveis Leak Proof e Leak Resist, uma inovação voltada ao transporte de resíduos com foco na sustentabilidade.

Estes novos modelos foram projetados para oferecer máxima segurança no transporte de materiais nocivos ao meio

ambiente, graças a um sistema 100% à prova de vazamentos, ideal para cargas com líquidos como dejetos urbanos (chorume).

Foto: Divulgação Hyva

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

11


NOTAS

Foto: divulgação

CERTIFICAÇÃO DE ENERGIA RENOVÁVEL

A Plataforma Brasileira de Certificação de Energia Renovável, uma inovação digital que promete transformar

o mercado de Certificados de Energia Renovável no Brasil foi apresenta pelo diretor da CCEE (Câmara

de Comercialização de Energia Elétrica), Alexandre Ramos, durante painel na III Coniben 2024 (Conferência

Ibero-Brasileira de Energia). A plataforma visa trazer mais transparência e credibilidade ao processo de certificação

da energia renovável no país. "Esta solução vem para centralizar dados de todas as usinas geradoras

e emissores de certificados do Brasil, assegurando a origem da energia utilizada na criação dos ativos e a

integridade dos atributos ambientais", explicou Alexandre Ramos. A plataforma já conta com 29 empresas habilitadas

e 24 habilitações em andamento, o que demonstra a adesão ao sistema. Um dos principais objetivos

da CCEE com essa solução é combater a prática da dupla contagem, ou seja, o uso de um mesmo montante

de energia para a emissão de mais de um certificado. Ao resolver esse problema, a plataforma ajuda a evitar

o greenwashing e aumenta a credibilidade dos Certificados de Energia Renovável, o que contribui para fortalecer

o mercado e atrair investimentos.

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INOVAÇÃO EM BIOMASSA

A Rede Senai (RS) de Institutos de Tecnologia e Inovação -, está executando, em parceria com a UFSM (Universidade

Federal de Santa Maria), um projeto de bioeconomia com o objetivo de mapear a biomassa disponível no

estado e possibilitar novas oportunidades para a inovação na indústria gaúcha, principalmente ligada ao agronegócio

e a geração de biomassa. Os pesquisadores envolvidos no projeto se reuniram com o presidente da Ageflor

(Associação Gaúcha de Empresas Florestais), Daniel Chies (foto abaixo ao centro), para validar as informações

levantadas nas pesquisas que visam avaliar o potencial para agregação de valor em novos produtos. O uso das

fontes de biomassa impulsiona o desenvolvimento de tecnologias orientadas à bioeconomia, com bioprodutos

em diferentes áreas que substituem os materiais fósseis. Nos últimos seis meses foi feito um levantamento de

informações sobre as cadeias produtivas do Rio Grande do Sul e foram identificadas as biomassas predominantes

e principais regiões produtoras envolvidas, entre elas a gerada na cadeia produtiva florestal com grande potencial

em novas rotas tecnológicas para a indústria gaúcha.

Foto: divulgação

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

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NOTAS

INCÊNDIOS REDUZEM ESTOQUES DE AÇÚCAR

Os estoques finais de açúcar do centro-sul do Brasil devem ser mais baixos durante o período de entressafra,

até março de 2025, o que pode afetar a produção de etanol. As causas da queda são as questões climáticas

registradas ao longo de 2024: seca acentuada, agravada pelos incêndios no início do segundo semestre e a

demora no retorno das chuvas. A informação faz parte dos dados apresentados pelo gerente de inteligência

da consultoria Datagro, Bruno Vanderlei de Freitas, durante o VII Seminário UDOP de Inovação, realizado em

Araçatuba (SP). Segundo o estudo, os estoques de passagem do açúcar serão menores em função da queda

de produtividade, que resultou em uma produção total 2 a 3 milhões de toneladas abaixo das previsões. Com

relação ao etanol de milho, verifica-se uma pequena queda na produção e com isso, a preocupação com a elevação

dos preços do milho em consequência da safrinha, que pode ser menor. Quanto ao consumo de etanol

hidratado, identifica-se um patamar resiliente de consumo, em torno de 1,7 a 1,8 bilhão de litros por mês.

Foto: divulgação

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Foto: divulgação

MERCADO LIVRE DE ENERGIA CRESCEU

50% EM UM ANO

Consumidores que receberam em janeiro de 2024 a autorização para escolher o fornecedor de energia

estão impulsionando as taxas anualizadas de crescimento do mercado livre de energia. No acumulado de 12

meses, o crescimento da quantidade de unidades consumidoras chegou a 50%, atingindo 53.880 unidades

consumidoras em agosto, contra 35.910 há 12 meses. No período, o mercado livre de energia elétrica brasileiro

ganhou 17.910 novos consumidores. Em agosto, o consumo dos consumidores livres de energia somou 29.581

MW médios, contra 25.485 MW médios há 12 meses, um crescimento acumulado de 14% - o maior em 18 meses.

Os números fazem parte da última edição do Boletim da Energia Livre (https://abraceel.com.br/topico/biblioteca/boletim/),

publicação da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) que mostra o

panorama mensal do mercado livre de energia no Brasil, elaborado com base nos indicadores mais recentes

divulgados por diversas instituições e consultorias. Ainda conforme o Boletim, em Minas Gerais, 57% da eletricidade

demandada mensalmente pelos consumidores foi proveniente do mercado livre de energia. O Estado é

líder nessa lista, seguido pelo Pará (55%), agora 2º colocado.

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

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NOTAS

ENERGIA SOLAR

O MME (Ministério de Minas e Energia) celebrou a conquista do Brasil de 50 GW (gigawatts) de capacidade

instalada operacional em energia solar, abrangendo tanto a MMGD (micro e minigeração distribuída) quanto a

geração centralizada. A informação foi divulgada pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Com esse importante marco, o Brasil alcança a 6ª posição no ranking global, ao lado de grandes potências

como China, EUA (Estados Unidos da América), Alemanha, Índia e Japão. Minas Gerais é o Estado brasileiro que,

em 2024, lidera a implementação de UFV (usinas fotovoltaicas) centralizadas, com 64 usinas em operação e uma

capacidade instalada de 2.666 MW (megawatts), representando investimentos de R$ 12,9 bilhões. De acordo

com a Absolar, desde 2012, o setor fotovoltaico no Brasil já atraiu R$ 229,7 bilhões em novos investimentos,

além de gerar mais de R$ 71 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. A energia solar já representa 20,7%

da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, consolidando-se como a segunda maior fonte de geração

do país.

Foto: divulgação

16 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Com mais de três décadas de história, o Grupo Comelli agora se

transforma em um só ecossistema, hoje somos a Comber,

Companhia Brasileira de Energia Renovável.

Referência no mercado, consolidamos nossa presença em setores

estratégicos como plantio e colheita florestal, processamento de

biomassa, logística, automatizadores para secadores de grãos,

seminovos e locações.

Nosso compromisso com a inovação e a excelência nos posiciona como

um grupo sólido, sustentável e pioneiro, integrando todas as operações

em uma única identidade.

comberindustria INDÚSTRIA (SC) (47) 3411-1711

www.comber.com.br

INDÚSTRIA (GO) (64) 3018-2522


NOTAS

Foto: divulgação

COMISSÃO NACIONAL DE BIOECONOMIA

Criada em novembro a CNBio (Comissão Nacional de Bioeconomia) tem como principal missão elaborar

e monitorar a implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, alinhando

ações que visam fortalecer a bioeconomia no Brasil. A CNBio será composta por representantes do governo,

sociedade civil, setor empresarial e academia. A presidência da comissão será alternada entre os

três ministérios que criaram a Comissão: ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;

ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e ministério da Fazenda, com mandato de 12 meses.

O espaço da CNBio permitirá discutir prioridades para o ciclo de desenvolvimento da bioeconomia e

prioridades dos setores econômicos chave, e vai embasar tanto o Plano Nacional de Bioeconomia quanto

o Plano de Transformação Ecológica, apontando o norte estratégico e uma visão de futuro pautada no

potencial econômico do capital natural e social brasileiro.

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NOTAS

BASES DA MARINHA ADOTAM

ENERGIA RENOVÁVEL

Sete bases navais da Marinha do Brasil, localizadas no Rio de Janeiro, migraram para o Mercado Livre de

Energia. A mudança foi viabilizada por meio de uma parceria com a Matrix Energia, plataforma integrada

de soluções energéticas. O papel estratégico da licitação, conduzida pela Emgepron (Empresa Gerencial

de Projetos Navais), representa um marco na gestão energética das instalações militares na região. Com

o acordo, a Matrix Energia assumiu a responsabilidade pelo fornecimento de energia para todo o bloco

sudeste da Marinha, que inclui importantes instalações como a Escola Naval na Ilha das Cobras e o Centro

de Instrução Almirante Milciades Portela Alves, entre outras. Além da Matrix, a Marinha do Brasil, por meio

de licitações da Emgepron, firmará acordos de fornecimento com outras quatro empresas do mercado livre

energético: Kroma, EDP, Comerc e Urca. Um total de 19 unidades da Marinha, em diversos Estados, deverão

receber energia proveniente do sistema integrado do mercado livre. Essa mudança promete uma redução

significativa nos custos energéticos.

Foto: divulgação

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A FACA

GIGANTE

DO AGRO

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


NOTAS

TÍTULOS VERDES

Líder no setor de transmissão de energia nacional, a ISA Energia Brasil concluiu a captação de R$ 1,8

bilhão em sua 17ª emissão de títulos, maior emissão da companhia neste ano. Os recursos obtidos serão

integralmente destinados ao Projeto Piraquê, que permitirá a expansão da capacidade de escoamento

da energia gerada por fontes renováveis no norte de Minas Gerais, Estado responsável por mais de um

quinto da energia solar produzida em todo o território nacional. “Desde 2018, a ISA Energia Brasil tem

emitido green bonds e, com a nova emissão, elevamos o total captado em títulos verdes para cerca de R$

7,2 bilhões, reforçando nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável”, ressalta Silvia Wada, diretora-executiva

de finanças da empresa. Arrematado no Lote 3 do Leilão de Transmissão número 01/22,

realizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o Projeto Piraquê contempla oito linhas de

transmissão (sete de 500 kV e uma de 345 kV) que totalizam 938 km de extensão nos Estados de Minas

Gerais e Espírito Santo, além da construção de duas novas subestações e da ampliação de outras seis já

existentes. Em julho deste ano, a empresa obteve as licenças ambientais e avança com a construção do

projeto.

Foto: divulgação

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Distribuidor e representante exclusivo

Kahl Brasil


ENTREVISTA

Foto: divulgação

ENTREVISTA

ANANIAS FRANCISCO

DIAS JÚNIOR

Formação: Engenheiro Florestal - UFRRJ (Universidade Federal Rural

do Rio de Janeiro); doutor em Ciências - USP/ESALQ (Universidade de

São Paulo)

Education: Forestry Engineer - UFRRJ (Federal Rural University of Rio de

Janeiro); PhD in Sciences - USP/ESALQ (University of São Paulo)

Cargo: Editor e organizador do livro: Impactos do uso da biomassa

como fonte de energia nas residências

Function: Editor and organizer of the book: Impacts of the use of biomass

as an energy source in homes

BIOMASSA NAS

RESIDÊNCIAS

BIOMASS IN HOMES

A

Revista REFERÊNCIA BIOMAIS conversou com o

engenheiro florestal e doutor em Ciências, Ananias

Francisco Dias Júnior, professor do magistério superior

no DCFM/UFES (Departamento de Ciências

Florestais e da Madeira, da Universidade Federal do Espírito

Santo). Ele é o editor e organizador do livro: Impactos do uso

da biomassa como fonte de energia nas residências; junto

com Allana Pereira. A obra foi publicada em língua inglesa

pela editora Springer. O livro é fruto de teses e dissertações e

do projeto de extensão: Práticas sustentáveis no uso da lenha

e do carvão vegetal para a cocção de alimentos; que está em

curso na UFES. O livro está organizado em quatro capítulos

escritos por mestrandos e doutorandos orientados pelo

professor Dias Jr. e um capítulo escrito por pesquisadores convidados

da UFLA (Universidade Federal de Lavras) e da UFRAM

(Universidade Federal Rural da Amazônia).

T

he REFERÊNCIA BIOMAIS Magazine spoke with forestry

engineer and PhD in Sciences, Ananias Francisco

Dias Júnior, professor of higher education at DCFM/

UFES (Department of Forestry and Wood Sciences,

at the Federal University of Espírito Santo). He is the editor

and organizer of the book: Impacts of the use of biomass as a

source of energy in homes; together with Allana Pereira. The

work was published in English by Springer. The book is the

result of theses and dissertations and the extension project

Sustainable practices in the use of firewood and charcoal

for cooking food, which is underway at UFES. The book is

organized into four chapters written by master's and doctoral

students supervised by Professor Dias Jr. and one chapter

written by guest researchers from UFLA (Federal University of

Lavras) and UFRAM (Federal Rural University of the Amazon).

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ENTREVISTA

Sua trajetória profissional foi sempre na área

acadêmica?

Sou engenheiro florestal graduado pela UFRRJ

(Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e doutor

em Ciências pela USP/ESALQ (Universidade de

São Paulo), e desde então tenho tido atuação acadêmica

e técnico-científica. Desde 2018 sou professor

do magistério superior no DCFM/UFES (Departamento

de Ciências Florestais e da Madeira, da Universidade

Federal do Espírito Santo), onde coordeno o LEB

(Laboratório Multiusuário de Energia da Biomassa).

Na pós-graduação sou professor e orientador do

PPGCFL/UFES (Programa de Pós-Graduação em Ciências

Florestais) e do PPGRF/USP/ESALQ (Programa

de Pós-Graduação em Recursos Florestais). Lidero o

grupo de pesquisa Bioenergia e Bioprodutos de Base

Florestal junto ao CNPq desde 2018 e componho

diversos quadros de comitês editoriais e de revisores

ad hoc em periódicos nacionais e internacionais.

Integro a Câmara de Assessoramento da Área de

Ciências Agrárias da Fapes (Fundação de Amparo à

Pesquisa e Inovação do Espírito Santo). Ganhamos

e orientamos diversos trabalhos premiados, com

destaque para o 1º e 2º lugar do Prêmio Biguá de

Sustentabilidade 2023, e o 2º e 3º lugar em 2024.

Quais objetivos das pesquisa de biomassa

dentro das universidades?

As nossas pesquisas e projetos de extensão

visam desenvolver conhecimentos e tecnologia

para aplicar e tratar a biomassa sob ação do calor,

oferecendo produtos e processos de forma economicamente

viável e com atenção aos aspectos sociais,

tendo em vista a relação equilibrada dos diversos

tipos de biomassa com as necessidades requeridas

pelos seres humanos. Busco desenvolver processos

Have you always been an academic professional?

I have a degree in forestry engineering from

UFRRJ (Federal Rural University of Rio de Janeiro)

and a PhD in Science from USP/ESALQ (University

of São Paulo). Since then, I have been involved in

academic and technical-scientific activities. Since

2018, I have been a professor at DCFM/UFES (Department

of Forestry and Wood Sciences, Federal

University of Espírito Santo), where I coordinate

the LEB (Multiuser Biomass Energy Laboratory). In

the postgraduate program, I am a professor and

advisor at PPGCFL/UFES (Postgraduate Program in

Forestry Sciences) and PPGRF/USP/ESALQ (Postgraduate

Program in Forest Resources). I have led the

Bioenergy and Forest-Based Bioproducts research

group at CNPq since 2018 and I am a member of

several editorial committees and ad hoc reviewers

for national and international journals. I am a

member of the Advisory Board for the Agricultural

Sciences Area of Fapes (Foundation for Research

and Innovation Support of Espírito Santo). We

have won and supervised several award-winning

projects, with emphasis on the 1st and 2nd place in

the Biguá Sustainability Award 2023, and the 2nd

and 3rd place in 2024.

What are the objectives of biomass research

within universities?

Our research and extension projects aim to develop

knowledge and technology to apply and treat

biomass under the action of heat, offering products

and processes in an economically viable way

and with attention to social aspects, considering

the balanced relationship between the different

types of biomass and the needs required by human

A ideia do livro nasceu após observações em diversas

investigações do nosso grupo de pesquisa durante a pandemia

da covid-19. Nesse período, o número de famílias que passou a

utilizar fogões e sistemas de queima a base de biomassa subiu

consideravelmente

26 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de

máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração

animal desde 1968, atendendo também demandas e necessidades no reparo

e fabricação de peças de reposição do setor.

www.gell.ind.br

BR116-KM 180 | São Cristóvão do Sul - SC

Fone: +55 (49) 3253-1100

Fone: +55 (49) 9 9927-5926

E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br


ENTREVISTA

e produtos inovadores com base em pirólise e ação

do calor, de forma a valorizar a madeira e o carvão

vegetal como fonte de energia, reduzir as emissões

gasosas e a poluição atmosférica no âmbito

industrial e doméstico mitigando os efeitos sobre as

mudanças climáticas.

Como foi o trabalho de organização do livro:

Impactos do uso da biomassa como fonte de

energia nas residências?

O livro foi editado e organizado por mim, juntamente

com a engenheira florestal e doutoranda em

Recursos Florestais da ESALQ/USP, Allana Pereira. A

ideia nasceu após observações em diversas investigações

do nosso grupo de pesquisa, na época da

pandemia da covid-19. Nesse período, o número de

famílias que passou a utilizar fogões e sistemas de

queima a base de biomassa, subiu consideravelmente,

evidenciando a necessidade de maiores elucidações

acerca de processos, efeitos, impactos e outros

aspectos que permeiam esta prática tão antiga no

mundo.

O livro foi lançado pela editora Springer em

2023. Teve publicação no Brasil, em português?

Não, o livro foi publicado somente pela editora

Springer em língua inglesa. No momento estamos

trabalhando em uma obra mais atualizada e

possivelmente, será publicada pela editora da UFES

(EDUFES) em um futuro próximo.

Como aconteceu a publicação do livro pela

editora que tem sede na Alemanha?

O nosso grupo publica diversos trabalhos técnicos

científicos, no Brasil e no exterior. Cada situação

é avaliada individualmente, considerando o impacto

da pesquisa no público de interesse. Além disso, nós

mantemos uma relação efetiva junto a outros grupos

de pesquisa em diversas regiões e países do mundo,

como EUA (Estados Unidos da América), França,

Espanha, Itália, Portugal, África e Oriente. Diante de

toda essa conjuntura, é importante que a publicação

tenha um alto impacto de internacionalização das

atividades de pesquisa.

Quais as principais biomassas usadas como

fonte de energia nas residências?

Esses dados são diversos e controversos. Cada

beings. I seek to develop innovative processes and

products based on pyrolysis and the action of heat,

in order to value wood and charcoal as a source of

energy, reduce gas emissions and air pollution in

the industrial and domestic spheres, mitigating the

effects on climate change.

How did you organize the book: Impacts

of the use of biomass as a source of energy in

homes?

The book was edited and organized by me, together

with the forestry engineer and PhD student

in Forest Resources at ESALQ/USP, Allana Pereira.

The idea came about after observations in several

investigations by our research group, during the

COVID-19 pandemic. During this period, the number

of families that started using biomass-based

stoves and burning systems increased considerably,

highlighting the need for further clarification

about the processes, effects, impacts and other

aspects that permeate this ancient practice in the

world.

The book was released by Springer in 2023.

Was it published in Brazil, in Portuguese?

No, the book was only published by Springer

in English. We are currently working on a more

updated work and it will possibly be published by

UFES (EDUFES) in the near future.

How did the book come to be published by

the publisher based in Germany?

Our group publishes several scientific and technical

papers in Brazil and abroad. Each situation

is assessed individually, considering the impact of

the research on the target audience. In addition,

we maintain an effective relationship with other

research groups in several regions and countries

around the world, such as the USA, France, Spain,

Italy, Portugal, Africa and the Middle East. Given

this situation, it is important that the publication

has a high impact on the internationalization of

research activities.

What are the main types of biomass used

as a source of energy in homes?

These data are diverse and controversial. Each

publication presents a different perspective. This

28 www.REVISTABIOMAIS.com.br



ENTREVISTA

publicação aponta sobre uma ótica diferente. Isso

depende de aspectos econômicos, regionais, sociais

e culturais. Assim, não é possível cravar algo sem

considerar os aspectos citados. É claro que a lenha

e o carvão vegetal estão no topo da lista, por conta

do próprio churrasco e da “famosa comida da roça”

ser colocada como uma alimentação diferenciada.

Todavia, em regiões socialmente vulneráveis, é comum

o uso de biomassa animal, materiais coletados

em aterros, como restos de móveis e até mesmo

carcaças animais. Em resumo, é preciso considerar

toda uma conjuntura e ser específico para responder

esta pergunta.

A biomassa de madeira também é utilizada

nesse processo?

A madeira é uma biomassa. A lenha, em termos

propositivos talvez seja a mais difundida comercialmente

e usualmente para o uso no preparo de

alimentos.

Como foi o processo de pesquisa que resultou

no livro?

O livro reúne uma série de coletâneas contendo

dados obtidos por meio da execução de nossos

projetos de pesquisa e outras observações experimentais

do nosso grupo. Fizemos ainda um levantamento

de dados presentes em literaturas diversas

especializadas. Sendo assim, quando recebemos o

convite da editora Springer, organizamos os grupos

dos autores, compostos por engenheiros florestais,

engenheiros industriais madeireiros, mestrandos,

doutorandos e pós-doutorandos para redigirem

cada capítulo correspondente. Deu certo! A engenheira

florestal Allana Pereira (outra editora), foi

a responsável por gerir uma enorme equipe para

atender o prazo que nos foi dado.

depends on economic, regional, social and cultural

aspects. Therefore, it is not possible for me to say

anything without considering the aspects above.

Of course, firewood and charcoal are at the top

of the list, because barbecues and the “famous

country food” are considered a special type of

food. However, in socially vulnerable regions,

it is common to use animal biomass, materials

collected in landfills, such as furniture scraps and

even animal carcasses. In short, it is necessary to

consider the entire context and be specific in order

to answer this question.

Is wood biomass also used in this process?

Wood is a biomass. In terms of purpose, firewood

is perhaps the most widely used commercially

and is usually used in food preparation.

What was the research process that resulted

in the book like?

The book brings together a series of collections

containing data obtained through the execution

of our research projects and other experimental

observations by our group. We also collected data

from various specialized literature. So, when we

received the invitation from the publisher Springer,

we organized groups of authors, made up of forestry

engineers, industrial wood engineers, master's

students, doctoral students and post-doctoral

students to write each corresponding chapter. It

worked! Forestry engineer Allana Pereira (another

editor) was responsible for managing a huge team

to meet the deadline we were given.

What are the impacts of using biomass to

cook food on people's health and the environment?

A biomassa é um combustível renovável, não é poluidor, é

sustentável e é um recurso natural. O problema está na forma

como ela é usada

30 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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ENTREVISTA

Quais os impactos do uso da biomassa no

cozimento de alimentos para a saúde das pessoas

e para o ambiente?

Bem, na verdade não há impactos desde que

algumas observações sejam consideradas. A biomassa

é um combustível renovável, não é poluidor,

é sustentável e é um recurso natural. O problema

está na forma como é usada. Geralmente, quem

usa a biomassa diariamente e obrigatoriamente são

as famílias socialmente vulneráveis. Ou seja, não

possuem condições de comprar outros combustíveis

para tal uso. Assim, a biomassa é queimada em equipamentos

antigos ou não apropriados para a sua

combustão. Exemplos disso, são latas, buracos feitos

no chão, utensílios metálicos ou resistentes ao calor

de diversos tipos de materiais, fornos improvisados

de pedras, tijolos, etc, e até na zona rural, observamos

fornos que teoricamente são construídos para a

combustão da biomassa, mas são os mesmos de 100

ou 1.000 anos atrás. Todos esses sistemas precisam

de aperfeiçoamento de forma que garanta uma combustão

completa da biomassa, diminuindo as emissões

de alguns gases considerados tóxicos a saúde

humana e ao ambiente. Ainda é possível observar

que em muitas situações as famílias vulneráveis

residem em lugares improvisados, onde dormem,

convivem e preparam os alimentos no mesmo lugar.

Lugar este desprovido de condições mínimas necessárias,

fechados e com pouca ventilação. Passam

anos respirando esses gases e assim, nestas condições,

os gases resultantes da queima da biomassa

em um equipamento ou sistema inapropriado têm

efeitos negativos.

Acredita que o uso de biomassa para gerar

fonte de energia em residências pode se tornar

uma tendência?

Well, there are actually no impacts, as long

as some observations are taken into account.

Biomass is a renewable fuel, it is non-polluting,

sustainable and a natural resource. The problem

lies in the way it is used. Generally, those who

use biomass daily and necessarily are socially

vulnerable families. In other words, they cannot

afford to buy other fuels for this purpose. Thus,

biomass is burned in old equipment or equipment

that is not suitable for its combustion. Examples

of this are cans, holes made in the ground, metal

or heat-resistant utensils made of various types

of materials, improvised ovens made of stones,

bricks, etc., and even in rural areas, we see ovens

that are theoretically built to burn biomass, but

are the same as those from 100 or 1,000 years

ago. All of these systems need to be improved in

order to ensure complete combustion of biomass,

reducing the emissions of some gases considered

toxic to human health and the environment. It is

also possible to observe that in many situations,

vulnerable families live in improvised places, where

they sleep, socialize and prepare food in the same

place. These places lack the minimum necessary

conditions, are closed and have little ventilation.

They spend years breathing these gases and thus,

in these conditions, the gases resulting from the

burning of biomass in inappropriate equipment or

systems have negative effects.

Do you believe that using biomass to generate

energy in homes could become a trend?

The use of biomass is already practiced on

a large scale. Many people dream of having a wood-fired

oven to make their food tastier. However,

using butane gas is still easier to use. I believe that

people are seeking more quality of life in several

Desde que seja usada biomassa que pode ser plantada, evitando

o uso de estruturas vegetais considerados nativas, biomassa é

sempre mais sustentável

32 www.REVISTABIOMAIS.com.br



ENTREVISTA

O uso de biomassa já é algo praticado em uma

grande escala. Muitas pessoas sonham em ter um

forno a lenha com o intuito de que a comida seja

mais saborosa. Todavia, o uso do gás butano ainda é

algo mais fácil de ser usado. Acredito que a pessoa

tem buscado mais a qualidade de vida em diversos

aspectos. Irem para o campo para terem contato

maior com a natureza e sair da correria do dia a

dia. Com isso, há uma aproximação com atividades

rurais, dentre elas, o uso de lenha/biomassa para

cozinhar. A biomassa é um combustível renovável.

Desde que seja usada biomassa que pode ser plantada,

evitando o uso de estruturas vegetais considerados

nativas, biomassa é sempre mais sustentável.

Acredito que o desenvolvimento de tecnologias que

facilitem o uso da biomassa na geração de energia

para cozinhar pode estimular este processo. Fornos

com sistemas modernos, fáceis de serem transportados,

de iniciar a ignição da lenha, de evitar a geração

de sujeiras e fumaças, por meio de maiores ventilações,

entre outros pontos, irão estimular este uso.

Onde o livro pode ser encontrado?

O livro pode ser acessado no site: https://link.

springer.com/book/10.1007/978-3-031-38824-8 e

no Qrcode ao lado. Como cedemos os direitos de

comercialização para a Springer, ele possui uma taxa.

Também pode ser adquirido pelo Amazon (https://

www.amazon.com/Impacts-Biomass-Energy-Source-Technology/dp/3031388232).

Porém, é possível

acessar e baixá-lo por meio de uma rede de uma

instituição de ensino pública, como universidades.

As universidades e institutos assinam diversos periódicos,

livros, books, etc, que são pagos pela união.

aspects. They are going to the countryside to have

more contact with nature and get away from the

hustle and bustle of everyday life. This is bringing

people closer to rural activities, including the use

of firewood/biomass for cooking. Biomass is a

renewable fuel. As long as biomass that can be

planted is used, avoiding the use of plant structures

considered native, biomass is always more

sustainable. I believe that the development of technologies

that facilitate the use of biomass to generate

energy for cooking can stimulate this process.

Ovens with modern systems, easy to transport, to

start the ignition of the wood, to avoid the generation

of dirt and smoke, through greater ventilation,

among other points, will encourage this use.

Where can I find the book?

The book can be accessed on the website:

https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-

031-38824-8

Since we have granted the marketing rights

to Springer, there is a fee for it. It can also be purchased

through Amazon (https://www.amazon.

com/Impacts-Biomass-Energy-Source-Technology/

dp/3031388232). However, it is possible to access

and download it through a network of a public

educational institution, such as universities. Universities

and institutes subscribe to various journals,

books, etc., which are paid for by the union.

O livro reúne uma série de coletâneas contendo dados obtidos

por meio da execução de nossos projetos de pesquisa e outras

observações experimentais do nosso grupo

34 www.REVISTABIOMAIS.com.br



PRINCIPAL

Sede da Benecke em Timbó (SC)

EXCELÊNCIA EM

EQUIPAMENTOS

QUALIDADE, ROBUSTEZ E TECNOLOGIA A SERVIÇO

DA INDÚSTRIA HÁ MAIS DE 71 ANOS

C

om mais de 5.535 equipamentos instalados

em 21 países, a Benecke consolidou

sua presença global oferecendo soluções

industriais robustas e tecnologicamente

avançadas para atender as mais diversas necessidades.

Fundada com a visão de entregar qualidade superior, a

empresa é referência no desenvolvimento de equipamentos

para a indústria madeireira, caldeiras e secagem

de grãos.

A Benecke, instalada em Timbó (SC) desde 1953,

destaca-se pela inovação e adaptação às demandas do

mercado. Cada unidade reflete um compromisso com

a excelência e a durabilidade, com máquinas que suportam

os rigores de uso intenso sem renunciar à eficiência.

EXCELLENCE IN

EQUIPMENT

QUALITY, ROBUSTNESS, AND

TECHNOLOGY AT THE SERVICE OF

INDUSTRY FOR MORE THAN 71 YEARS

W

ith more than 5,535 products installed in

21 countries, Benecke has consolidated

its global presence by offering robust and

technologically advanced industrial solutions

to meet the most diverse needs. Founded with the

vision of delivering superior quality, the Company is a

36 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Seja no setor agrícola, garantindo uma secagem

de grãos precisa e econômica, ou no madeireiro, com

equipamentos de precisão, ou no setor de caldeiras,

entregando robustez e tecnologia, a Benecke se diferencia

ao oferecer produtos que passam por um rigoroso

controle de qualidade, levando em conta a segurança,

a produtividade e a sustentabilidade.

“A robustez dos equipamentos é uma marca registrada

da Benecke. Projetados para serem resilientes

e confiáveis, os equipamentos contam com componentes

de alta qualidade e tecnologia de ponta,

assegurando desempenho otimizado e baixo custo

de manutenção”, destaca Kurt Emil Benecke Júnior,

diretor administrativo da empresa. A robustez dos

equipamentos é complementada pela capacidade de

inovação, que se traduz em constantes atualizações

tecnológicas, garantindo que cada máquina atenda

plenamente às novas exigências da indústria moderna.

O diretor afirma que o sucesso da Benecke é resultado

de uma equipe de profissionais experientes e

dedicados, comprometidos com o desenvolvimento

de soluções que realmente fazem a diferença no cotidiano

de seus clientes. “Mais do que equipamentos, a

Benecke entrega confiança, performance e uma parceria

de longo prazo com os clientes ao redor do mundo”,

destaca Kurt Júnior.

benchmark in the development of equipment for the forest-based

industry, boilers, and grain drying.

Benecke, located in Timbó (SC) since 1953, is characterized

by innovation and adaptation to market needs.

Each unit reflects a commitment to excellence and durability,

with products that can withstand the rigors of

intensive use without sacrificing efficiency.

"A robustez dos equipamentos

é uma marca registrada da

Benecke. Projetados para

serem resilientes e confiáveis,

os equipamentos contam

com componentes de alta

qualidade e tecnologia

de ponta, assegurando

desempenho otimizado e

baixo custo de manutenção"

Kurt Emil Benecke Júnior, diretor

administrativo da Benecke

Torno Laminador Roleteiro

Fornalha de Biomassa

(Gerador de Gás Quente)

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

37


PRINCIPAL

UNIDADES DE NEGÓCIOS

Com um portfólio diversificado, a Benecke está estruturada

em três grandes áreas de negócios: equipamentos

industriais, caldeiras e secagem de grãos (direto

e indireto). Seus equipamentos são projetados para

operar com eficiência energética e baixa manutenção,

garantindo desempenho contínuo e confiável.

A unidade de negócio Equipamentos, conta com

uma linha completa para o ramo de madeira serrada

e laminado, sendo referência no setor, a única empresa

da América Latina capaz de fornecer todos os equipamentos

necessários para uma planta de laminação.

Na Secagem de Grãos, também é referência tendo

em seu portfólio o maior projeto da América Latina de

secagem indireta, com caldeiras para geração de vapor

de 70 toneladas e seis secadores para secar 750 toneladas

hora de grãos. Também faz projetos com sistemas

diretos, podendo ser acoplados em qualquer secador

de grãos existente no mercado e assim levar tecnologia

de ponta para um melhor aproveitamento, rendimento

e qualidade dos grãos.

Na unidade de negócios Caldeiras, oferece diversas

soluções, as quais abrangem vapor saturado, vapor

superaquecido, fluido térmico e água quente. Todos

Caldeira Grelha Móvel

Caldeira Mista (Lenha em Metro e Picado)

Whether in the Agricultural Sector, guaranteeing

precise and economical grain drying; in the Forest-based

Sector, with precision equipment; or in the Boiler Sector,

robustness and technology, Benecke distinguishes itself

by offering products that are subjected to rigorous quality

control, taking into account safety, productivity, and

sustainability.

“The robustness of our equipment is a Benecke

hallmark. The equipment, designed to be resilient and

reliable, features high-quality components and cutting-

-edge technology, ensuring optimized performance and

low maintenance costs,” says Kurt Emil Benecke Júnior,

the Company’s Managing Director. The robustness of

the equipment is complemented by a capacity for innovation,

which is reflected in constant technological updates

to ensure that each machine fully meets the new

requirements of modern industry.

According to the Director, Benecke’s success is the

result of a team of experienced and dedicated professionals

who are committed to developing solutions that

truly make a difference in their customers’ daily lives.

“More than equipment, Benecke delivers reliability, performance,

and a long-term partnership with customers

around the world,” says Benecke Júnior.

38

www.REVISTABIOMAIS.com.br


"Com um portfólio

diversificado, a Benecke

está estruturada em três

grandes áreas de negócios:

equipamentos industriais,

caldeiras e secagem de grãos

(direto e indireto)"

Kurt Emil Benecke Júnior, diretor

administrativo da Benecke

Pavilhão de caldeiras com mais de 8 projetos em andamento

os projetos são desenvolvidos internamente com o

que há de mais avançado em softwares de engenharia,

como o ANSYS, ferramenta que permite simular

virtualmente o estresse dos materiais, antecipando a

performance dos equipamentos e aumentando a confiabilidade

e eficiência dos produtos antes mesmo de

serem fabricados.

TECNOLOGIA A FAVOR DA INDÚSTRIA

A Benecke tem uma ampla gama de Caldeiras

podendo atender as mais diversas biomassas a serem

queimadas, de lenha em metro a materiais particulados

(picado de madeira, caroço de açaí, casca de

caju, casca de arroz, bagaço de cana-de-açúcar, entre

outros) a materiais gasosos. São soluções mais tecnológicas,

com alta performance, baixa manutenção e

eficiência térmica.

No aspecto de padronização e segurança, a Benecke

adota rigorosamente as normas DIN (norma alemã)

e ASME (norma americana) em todas as etapas de

seus processos. Esses padrões internacionais garantem

que os produtos da Benecke atendam aos mais elevados

requisitos globais de segurança e performance,

reforçando a robustez e confiabilidade pelos quais a

BUSINESS UNITS

With a diversified portfolio, Benecke is organized

into three main Business Units: Industrial Equipment,

Boilers, and Grain Drying (direct and indirect). Its equipment

is designed for energy-efficient operation and low

maintenance, ensuring continuous and reliable performance.

The Industrial Equipment Business Unit has a complete

line for the wood and veneer industry. It is a benchmark

in the Sector, being the only company in Latin

America capable of supplying all the equipment needed

for a veneer plant.

It is also a benchmark in grain drying, with the largest

indirect drying project in Latin America in its portfolio,

with boilers to generate 70 tons of steam and six

dryers to dry 750 tons of grain per hour. It also carries out

projects with direct systems that can be coupled to any

grain dryer on the market, providing state-of-the-art technology

for better grain utilization, yield, and quality.

Caldeira com geração de 70 ton/h mais seis

secadores de grãos (secagem indireta)

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 39


PRINCIPAL

marca é reconhecida. Além disso, todos os equipamentos

contam com rastreabilidade completa, permitindo

o acompanhamento detalhado de cada componente.

Outro diferencial é a automação 100% desenvolvida

pela Benecke, assegurando inovação, controle absoluto

e máxima eficiência em todos os projetos.

Sistema de Alimentação (Silo Horizontal)

The Boiler Business Unit offers various solutions, including

saturated steam, superheated steam, thermal

fluid, and hot water. All projects are developed in-house

using the most advanced engineering software. One of

them is Ansys, a tool that allows virtual simulation of

material stress to anticipate equipment performance

and increase the reliability and efficiency of products

even before they are manufactured.

TECHNOLOGY FOR INDUSTRY

Benecke has a wide range of boilers that can handle

the most diverse types of biomass to be burned, from

firewood in cords to particulate materials (wood chips,

açaí seeds, cashew shells, rice husks, sugarcane bagasse,

etc.) to gaseous materials. These are more technological

solutions with high performance, low maintenance, and

thermal efficiency.

In terms of standardization and safety, Benecke

strictly adheres to DIN (German standard) and Asme

(American standard) in all stages of its processes. These

international standards ensure that Benecke products

meet the highest global safety and performance requirements,

reinforcing the robustness and reliability for

which the brand is known. In addition, all equipment

is fully traceable, allowing detailed monitoring of each

component. Another difference is the 100% automation

developed by Benecke, which ensures innovation, total

control, and maximum efficiency in all projects.

"A Benecke tem uma ampla

gama de Caldeiras podendo

atender as mais diversas

biomassas a serem queimadas,

de lenha em metro a materiais

particulados (picado de

madeira, caroço de açaí,

casca de caju, casca de arroz,

bagaço de cana entre outros) a

materiais gasosos"

Kurt Emil Benecke Júnior, diretor

administrativo da Benecke

Fluido Térmico

40 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Moega com fundo móvel e correia transportadora coberta

A inovação é um dos pilares da empresa. “Temos orgulho

em sermos pioneiros em muitos projetos como

a utilização de inversores de frequência, o desenvolvimento

do grelhado móvel (reciprocante), a utilização

do concreto refratário especial levando ao nosso

cliente mais confiabilidade, economia de combustível

e baixa manutenção, sempre priorizando a eficiência

energética e a sustentabilidade”, explica Kurt Emil Benecke

Júnior.

Com mais de sete décadas de história, a Benecke

permanece comprometida em oferecer soluções industriais

que unem qualidade, robustez e tecnologia

de ponta. Cada equipamento reflete o compromisso da

empresa em superar as expectativas de seus clientes,

seja no Brasil ou no exterior. Sempre atenta às demandas

do mercado, a Benecke continua a inovar e consolidar

sua posição como referência em equipamentos

industriais, secagem de grãos e caldeiras, entregando

não apenas produtos, mas também confiança e parcerias

sólidas para o futuro.

Innovation is one of the Company’s pillars. “We are

proud to be pioneers in many projects, such as the use

of frequency converters, the development of the mobile

grill (reciprocating), the use of special refractory concrete,

providing our customers with greater reliability,

fuel savings, and low maintenance, always prioritizing

energy efficiency and sustainability,” explains Benecke

Júnior.

With more than seven decades of history, Benecke

remains committed to providing industrial solutions

that combine quality, robustness, and cutting-edge

technology. Each piece of equipment reflects the Company’s

commitment to exceeding the expectations of its

customers, whether in Brazil or abroad. Always attentive

to market demands, Benecke continues to innovate and

consolidate its position as a benchmark in industrial

equipment, grain drying, and boilers, delivering not only

products but also trust and solid partnerships for the

future.

Filtro de Manga

Kurt Emil Benecke Júnior, junto com

seu pai, Kurt Emil Benecke

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

41


COMPENSAÇÃO

CRÉDITO DE CARBONO

NOS MANGUEZAIS

LEVANTAMENTO

ESTIMA QUANTIDADE

DE ARMAZENAMENTO

E VALORES A SEREM

MOVIMENTADOS NO

MERCADO DE CARBONO

FOTOS DIVULGAÇÃO

42 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

43


COMPENSAÇÃO

O

s manguezais brasileiros armazenam um

estoque de CO₂ (dióxido de carbono)

avaliado em pelo menos R$ 48,9 bilhões

no chamado mercado de carbono. Esse

valor é estimado a partir de 1,9 bilhão de toneladas de

CO₂ armazenadas em 13.906 quilômetros quadrados

(km²) ao longo da costa brasileira, área equivalente a

nove cidades de São Paulo, conforme apontado em

reportagem publicada pela Agência Brasil.

O CO₂, também chamado de gás carbônico, é um

dos principais gases causadores do efeito estufa e contribui

para aquecer a temperatura do planeta. Assim,

manter o carbono estocado na vegetação é uma

forma de evitar o aquecimento da terra, e uma forma

de gerar riqueza a partir do mercado de carbono,

que consiste na compra de créditos para compensar

passivos de poluição.

Por exemplo, uma empresa que exerce atividade

poluidora – petroleira ou siderúrgica, por exemplo –

pode comprar créditos de carbono como forma de

compensar a poluição que ela provoca. Esses créditos

podem ser gerados pelos vendedores por meio de

ações de recuperação ambiental ou simplesmente

pela manutenção e preservação da floresta.

Um crédito de carbono equivale a uma tonelada

de CO₂, tendo sido comercializado no Brasil a US$ 4,6.

Esse valor se refere ao mercado voluntário de carbono,

praticado no país. Em uma economia de baixo carbono

estima-se que esse crédito pode ser negociado a

US$ 100, levando a valorização do estoque dos manguezais

brasileiros para R$ 1,067 trilhão.

NOVA ECONOMIA

Por economia de baixo carbono, se entende um

modelo de desenvolvimento em que a sociedade,

governo e setor produtivo tenham a preocupação

de limitar as atividades que causam liberação de gás

carbônico na atmosfera. Tecnologias limpas, sistemas

44 www.REVISTABIOMAIS.com.br


inovadores e a transição energética para fontes de

energia que não sejam baseadas em combustível

fóssil são apontados como caminhos para se chegar a

esse ideal.

O cálculo financeiro do potencial de mitigação das

mudanças climáticas atribuído aos manguezais faz

parte do estudo: Oceano sem Mistérios - carbono azul

dos manguezais; divulgado pelo projeto Cazul, ligado

à organização não-governamental Guardiões do Mar.

É a primeira vez que uma pesquisa desse tipo é feita

em escala nacional.

O levantamento foi lançado durante a COP 16 (XVI

Conferência de Biodiversidade da Organização das Nações

Unidas), que ocorreu em novembro em Cali, na

Colômbia. O trabalho científico e ambiental inédito é

apoiado pela Fundação Grupo Boticário. A plataforma

Cazul utilizou imagens de satélite e dados do Ibama

(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis) para mapear as áreas de mangue

no país.

MAPA DOS MANGUES

O mapeamento revela que o Brasil tem manguezais

em 16 dos 17 Estados litorâneos, especialmente

no Pará, Maranhão e Amapá. O Rio Grande do Sul é o

único Estado do litoral brasileiro sem a presença de

mangues. Em todo o país são 300 municípios com o

ecossistema. A costa amazônica detém a maior faixa

contínua de manguezais do mundo.

Os mais de 13 mil km² (quilômetros quadrados) de

manguezais na costa posicionam o Brasil com 8% das

áreas de mangue do mundo, perdendo apenas para a

Indonésia, que detém 20%.

O estudo aponta que, nos últimos 27 anos, o estoque

de carbono azul no Brasil se expandiu, em média,

2,9 milhões de toneladas por ano. Isso representa que

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

45


COMPENSAÇÃO

Em uma economia de

baixo carbono estima-se

que o crédito pode ser

negociado a US$ 100,

levando a valorização

do estoque dos

manguezais brasileiros

para R$ 1,067 trilhão

o potencial do reservatório nacional no mercado de

compensação ambiental pode aumentar anualmente

de R$ 75,2 milhões (mercado voluntário) a R$ 1,6

bilhão (cenário desejável em uma economia de baixo

carbono).

A pesquisadora Laís Oliveira, líder executiva da

plataforma Cazul, explica que a característica do solo

dos manguezais, formado por lama (também chamada

de substrato), contribui para que a capacidade de

sequestro de carbono seja até cinco vezes maior que a

de outras florestas.

“Essa lama é um sedimento superfino, tem pouco

espaço entre as partículas. Esse pouco espaço faz com

que tenha menos oxigênio, e esse menos oxigênio faz

com que tudo se decomponha muito mais lentamente.

Por se decompor mais lentamente, essa matéria

orgânica demora mais a liberar carbono na atmosfera”,

explicou a pesquisadora.

46 www.REVISTABIOMAIS.com.br



BIOMASSA

EMBALAGEM DE

BANANA

FILME BIOPLÁSTICO

A PARTIR DA CASCA

DE BANANA É

DESENVOLVIDO POR

PESQUISADORES DA

EMBRAPA E DA UFSCAR

FOTOS DIVULGAÇÃO E MARIANA FRANZONI/

MARIA FERNANDA

48 www.REVISTABIOMAIS.com.br


BANANA

PACKAGING

BIOPLASTIC FILM FROM BANANA

PEELS DEVELOPED BY EMBRAPA

AND UFSCAR SCIENTISTS

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

49


BIOMASSA

P

esquisadores da Embrapa Instrumentação

(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Instrumentação) e da UFSCar (Universidade

Federal de São Carlos) criaram filmes bioplásticos

a partir da casca de banana, com potencial de

aplicação como embalagens ativas de alimentos. A

pesquisa foi detalhada em artigo publicado no Journal

of Cleaner Production e divulgada pela Agência

FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

de São Paulo).

Por meio de um processo simples, com pré-tratamentos

que envolvem apenas água ou uma solução

ácida diluída, os pesquisadores converteram integralmente

cascas de banana em filmes bioplásticos com

excelentes propriedades antioxidantes, proteção contra

a radiação UV (ultravioleta) e sem gerar resíduos.

Os filmes tiveram desempenho igual ou até melhor

do que muitos bioplásticos preparados de forma

semelhante, a partir de outros tipos de biomassa,

mas por meio de outros métodos, incluindo processos

mais complexos, caros e demorados, portanto,

menos produtivos, para a transformação de resíduos

agroalimentares.

S

cientists from the Brazilian Agricultural

Research Corporation Instrumentation

(Embrapa Instrumentação) and the

Federal University of São Carlos (UFS-

Car) have developed bioplastic films from banana

peels with the potential to be used as active food

packaging. The research was detailed in an article

published in the Journal of Cleaner Production and

published by the São Paulo Research Foundation

(Fapesp).

Using a simple process with pre-treatments

involving only water or a dilute acid solution, the

scientists converted the entire banana peel into

bioplastic films with excellent antioxidant properties,

protection against ultraviolet (UV) radiation,

and no waste.

The films performed as well as or better than

many bioplastics made similarly from other types

of biomass but using other methods, including

more complex, expensive, and time-consuming,

Os pesquisadores

converteram integralmente

cascas de banana em filmes

bioplásticos com excelentes

propriedades antioxidantes,

proteção contra a radiação

UV e sem gerar resíduos

50 www.REVISTABIOMAIS.com.br


O aproveitamento

como filme bioplástico

é uma oportunidade de

valorizar esse resíduo

e diminuir o impacto

ambiental associado

ao uso de plásticos não

biodegradáveis

Rodrigo Duarte Silva,

engenheiro químico

APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS

O estudo teve apoio da FAPESP, por meio do projeto:

Filmes biodegradáveis a partir de subprodutos

integrais do processamento de frutas; coordenado

pela pesquisadora Henriette Monteiro Cordeiro de

Azeredo, da Embrapa.

A cadeia de valor da banana, em particular,

gera uma quantidade significativa de subprodutos

que, atualmente, são subutilizados ou descartados

indevidamente, resultando em perdas e problemas

ambientais. De acordo com pesquisadores brasileiros,

para cada tonelada de banana processada, podem ser

gerados até 417 kg de cascas.

Daí partiu a motivação dos pesquisadores de

reduzir o lixo gerado pelo descarte da casca, aproveitando-a

integralmente, inclusive seus inúmeros

compostos bioativos, como os fenólicos, e a pectina,

um importante polissacarídeo que pode ser utilizado

na produção de filmes biodegradáveis.

“O aproveitamento como filme bioplástico é uma

oportunidade de valorizar esse resíduo e diminuir o

impacto ambiental associado ao uso de plásticos não

biodegradáveis”, relatou à assessoria de imprensa da

and therefore less productive, processes for converting

agricultural and food waste.

UTILIZATION OF BY-PRODUCTS

Fapesp supported the study through the project:

Biodegradable films from integral by-products

of fruit processing, coordinated by researcher Henriette

Monteiro Cordeiro de Azeredo of Embrapa.

The banana value chain, in particular, generates

a significant number of by-products that currently

need to be utilized or properly disposed of,

resulting in losses and environmental problems.

According to Brazilian scientists, up to 417 kg of

peels can be generated for every ton of bananas

processed.

This motivated the scientists to reduce the waste

generated by discarding the peel and to make full

use of it, including its numerous bioactive compounds,

such as phenolics and pectin, an important

polysaccharide that can be used in the production

of biodegradable films.

“Its use as a bioplastic film is an opportunity to

valorize this waste and reduce the environmental

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

51


BIOMASSA

Embrapa Instrumentação, o engenheiro químico Rodrigo

Duarte Silva, que desenvolveu o filme durante

seu pós-doutorado com apoio da FAPESP.

Segundo Henriette, o filme preparado em escala

de laboratório, de cor amarronzada e espessura micrométrica,

pode ser usado como embalagem primária

de produtos propensos a reações de oxidação. Os

resultados promissores obtidos experimentalmente

encorajaram os pesquisadores a dar continuidade aos

estudos para melhorar ainda mais algumas propriedades

do filme. Entre elas, estão as de interação com

a água, um desafio da pesquisa devido à alta afinidade

por água das moléculas presentes na biomassa.

Além disso, os pesquisadores pretendem, em

aproximadamente um ano e meio, desenvolver o

filme bioplástico em escala-piloto para tornar o

processo ainda mais interessante do ponto de vista

industrial.

impact associated with the use of non-biodegradable

plastics,” chemical engineer Rodrigo Duarte

Silva, who developed the film during his postdoctoral

studies with support from Fapesp, told Embrapa

Instrumentação’s press office.

According to him, the laboratory-scale film,

which is brownish in color and micrometric in thickness,

can be used as primary packaging for products

prone to oxidation reactions. The promising

experimental results have encouraged the scientists

to continue their studies to improve some of

the film’s properties further. These include the interaction

with water, a research challenge due to the

high affinity of the molecules present in biomass for

water.

In addition, the researchers intend to develop

the bioplastic film on a pilot scale in about a year

and a half to make the process even more interesting

from an industrial point of view.

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biomassa destinado para

produção de pellets

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PRÊMIO REFERÊNCIA

NOITE CHEIA DE EMOÇÃO E HOMENAGENS FOI

MARCADA PELA CELEBRAÇÃO DOS GRANDES DESTAQUES

DO SETOR DE BASE FLORESTAL MADEIREIRA EM 2024

Fotos: Emanuel Caldeira

54 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A

vigésima segunda edição do Prêmio REFE-

RÊNCIA Melhores do Ano contemplou dez

empresas que se destacaram no segmento

de base madeireira e florestal. O evento realizado

no Restaurante Porta Romana é organizado

pela JOTA Editora, responsável pela publicação das

revistas: REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA MADEIRA

INDUSTRIAL, REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, REFERÊNCIA

PRODUTOS DE MADEIRA E REFERÊNCIA BIOMAIS. A premiação

é uma das grandes tradições do segmento e tem

atraído cada vez mais interesse do público em relação aos

ganhadores.

A seleção dos vencedores é feita de forma muito criteriosa,

que tem os mais altos padrões desde o recebimento

das indicações, recebidas através de leitores, clientes e

parceiros, passando pela avaliação interna dos membros

da organização. O objetivo do prêmio é valorizar quem

trabalhou para o fortalecimento e crescimento da indústria

de base florestal. O Prêmio REFERÊNCIA Melhores do Ano

é um reconhecimento dado para a empresa, associação ou

mesmo personalidade que através da força do trabalho fortaleceu

durante todo o ano um dos mais representativos e

crescentes setores da economia nacional. A edição 2024 da

premiação contou com o apoio da ABIMCI (Associação Bra-

sileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)

e os patrocínios de: ACIMDERJ (Associação do Comercio

e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de

Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de

Madeira do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias

Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato

Grosso), CPM, DRV Ferramentas, Envimat, Himev, Montana

Química, MSM Química e Rotteng.

Fábio Machado, diretor comercial da JOTA Editora,

celebrou a edição do prêmio e a valorização das empresas

durante a premiação. “Talvez a edição mais emocionante

que fizemos nessas mais de duas décadas. Ficamos felizes,

rimos, choramos e mais uma vez fechamos um ano do segmento

florestal no mais alto nível”, valorizou Fábio. O Prêmio

REFERÊNCIA Melhores do Ano contou com quase 100

participantes presentes e além do evento presencial, teve

transmissão simultânea pelo canal do youtube da Revista

REFERÊNCIA.

Os interessados podem assistir

ao vídeo completo da transmissão

por meio do QR Code

no canto da página.

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

55


PRÊMIO REFERÊNCIA

PODCAST E HOMENAGENS

Uma edição especial do Podcast REFERÊNCIA foi realizada

durante a abertura do evento. O programa foi apresentado

foi Fábio Machado e contou com a presença de

Deryck Martins, presidente da AIMEX, Ednei Blasius, presidente

do CIPEM, e José Sawinski Jr., diretor florestal da The

Forest Company. Com o tema Floresta 4.0 os convidados

abordaram a aplicação de tecnologia e o futuro cada vez

mais conectado das florestas nativas e plantadas do Brasil,

tratando sobre rastreamento, produção e comercialização

de madeira.

Em uma de suas contribuições durante o podcast,

Ednei Blasius explicou que a rastreabilidade envolvida no

manejo florestal sustentável realizado no Mato Grosso é

completamente tecnológico. “Temos registro do dia do

corte, dia do processamento, localização da árvore, processos

de manufatura, quantas tábuas essa árvore gerou,

criando um nível de confiança no mercado regulado muito

maior nacional e internacionalmente”, apontou o presidente

do CIPEM.

Deryck Martins destacou a linha histórica da aplicação

de tecnologia na madeira do Pará. O presidente da AIMEX

trouxe informações que demonstram como o monitoramento

cresceu de maneira exponencial. “Nos anos 1960,

tínhamos uma prática muito expansiva, nos anos 1980 e

1990 uma percepção diferente de como lidar com esse

recurso e no ano de 2008 marcou o meio florestal: com a

descentralização da gestão florestal, que otimizou a rastreabilidade

e monitoramento da floresta”, elencou Deryck.

José Sawinski Jr. especialista no ramo de florestas plantadas

apontou como a tecnologia tem criado startups e

empresas oferecendo soluções para os mercados, mas que

poucas olham para as reais dificuldades apresentadas pela

floresta. “Temos que olhar para os pequenos, oferecer soluções

de conectividade e facilitar a ligação entre as partes

do mercado. Não adianta termos inovação constante sem

ter meios de levar isso a todos os envolvidos diretamente

na floresta”, complementou Sawinski.

Logo após o podcast quem assumiu o comando da

noite foi Toni Casagrande, jornalista e mestre de cerimônia,

que teve a honra de conduzir o restante da programação.

Antes das entregas das placas, um momento de grande

emoção marcou a festa. No ano em que a Revista REFERÊN-

CIA celebrou 25 anos, a primeira edição foi em setembro

de 1999, três empresas que são parceiras da Revista continuamente

desde a primeira edição foram homenageadas,

56 www.REVISTABIOMAIS.com.br


sendo elas as Indústrias Benecke, a Indumec e a MSM

Química.

Kurt Emio Benecke, diretor das Indústrias Benecke,

recebeu a placa da homenagem e com um discurso muito

emocionado agradeceu e valorizou os anos de parceria.

“Vivemos uma vida sonhando, apostando, se posicionando

e acreditando. Para nós da Benecke é importante dar crédito

para quem também acredita em nós e isso que fortalece

essa parceria”, enalteceu Kurt.

Na sequência quem recebeu a homenagem foi a Família

Koller, da Indumec. que aproveitou o momento para valorizar

a parceria e homenagear Dario Pires Machado Filho,

contador da empresa há 54 anos e pai de Fábio Machado,

diretor da Revista REFERÊNCIA. ”Em nome da Indumec,

fundada pelo meu avô, Stephan Koller, gostaria de agradecer

por essa homenagem, que desde o início acreditou e

confiou na Revista REFERÊNCIA”, celebrou Eduarda Koller,

neta do fundador da Indumec, que nasceu no ano de criação

da Revista REFERÊNCIA.

A terceira e última homenageada da noite foi a MSM

Química, do diretor Mario Sergio Lima. A parceira entre a

MSM Química, que na época ainda era Mentox, foi muito

valorizada e celebrada por Mario Sergio. “Meu primeiro

contato com a Revista foi em Belém, em uma feira, quando

conheci os então meninos que estavam dando os primeiros

passos com a Revista REFERÊNCIA. Acreditamos na projeção

da publicação e ela levou o nome da MSM Química

por todo o Brasil com excelência”, destacou Mario Sergio

Lima.

CONHEÇA OS VENCEDORES

AMIF

A Associação Mineira da Indústria Florestal recebeu o

prêmio por suas contribuições para o desenvolvimento da

produção florestal do Estado através de muito trabalho junto

ao poder público. “A relevância do setor para o nosso Estado

é muito grande, somos o maior volume de florestas plantadas

do Brasil, tínhamos processos burocráticos que ralentavam

nossa atividade e agora diminuímos os prazos de liberação

das atividades de anos para meses e em casos mais recentes,

apenas alguns dias”, celebrou Adriana Maugeri, presidente da

AMIF.

Rosilda Ribeiro entregando o prêmio REFERÊNCIA para Adriana

Maugeri, presidente da AMIF

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

57


PRÊMIO REFERÊNCIA

FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS

Pedro Francio Filho, diretor da Francio Soluções Florestais,

dedicou o prêmio recebido a aqueles que ele não chama de

clientes, mas sim de amigos que a floresta deu para ele nas

quase duas décadas de atividade. “Quem ama o setor sabe o

quanto nós da Francio amamos a floresta e batalhamos por

ela. Quando comecei surgiram perguntas sobre o sucesso da

iniciativa de levar uma visão agrícola para o setor florestal e

hoje estamos aqui, em mais uma oportunidade recebendo

esse prêmio e sabendo que estamos contribuindo para o crescimento

do setor”, exaltou Pedro.

Gerson Penkal entregando o Prêmio REFERÊNCIA para

Pedro FrancIo Filho, diretor da Francio Soluções Florestais

HAPPY PAK®

Liderada por Paulo Bonet, presidente do grupo Bonet, a

Happy Pak® é a nova solução do grupo para fabricação de copos

feitos 100% de papel, gerando sustentabilidade e girando

a economia de maneira responsável. “Tenho a oportunidade

de trazer para esse momento o produto que nos fez vencer

esse prêmio, que é o copo Happy Pak®. O nome desse produto

é uma representação do que nós acreditamos e queremos levar

para o mercado. O copo: feliz por natureza; é uma alegria e

uma satisfação do Grupo Bonet”, valorizou Paulo Bonet.

Paulo Pupo entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Paulo Bonet,

presidente da Happy Pak®

INEXPORT

“É uma grande alegria estar aqui representando nossa

empresa, que é familiar, completamente verticalizada, que

vai dos viveiros, até o processamento e transporte da madeira.

Agradeço ao meu pai que deu o primeiro passo e me

sinto muito honrado de estar aqui representando tudo que

ele fez”, celebrou André Luiz Cibulski, diretor da Inexport,

empresa gaúcha que tem levado a madeira brasileira para

o mundo com excelência e assim valorizando a imagem do

país internacionalmente.

Mario Sérgio Lima entregando o Prêmio REFERÊNCIA para André

Luiz Cibulski, diretor da Inexport

58 www.REVISTABIOMAIS.com.br


JULITAGO BIOENERGIA

Oferecendo biomassa da mais alta qualidade para um dos

mercados mais pujantes do país, a Julitago tem se destacado

no mercado de energias renováveis, produzindo pellets através

de florestas de eucalipto. “Agradeço ao meu pai que iniciou

tudo que fazemos, a cada um dos nossos colaboradores,

ao Diego Vieira, da DRV, e principalmente a nossos clientes.

Hoje temos florestas próprias, buscamos inovação e levamos

para nossos clientes, não biomassa ou madeira, levamos energia”,

destacou Tiago Parteca, diretor da Julitago Bioenergia.

Diego Ricardo Vieira entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Tiago

Parteca, diretor da Julitago Bioenergia

NOAH WOOD BUILDING DESIGN

A startup paulista tem se colocado na vanguarda do uso

de madeira engenheirada na construção civil e tem recebido

o reconhecimento do mercado nacional. Everson Stelle, da

Montana Química, representou a Noah nessa noite tão especial

e leu um discurso preparado pelo CEO da Noah, Nicolaos

Theodorakis “Acreditamos que não estamos erguendo edificações,

estamos deixando um legado. É possível construir cidades

e preservar florestas”, relatou Everson Stelle.

Pedro Bartoski Jr entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Everson Stelle,

da Montana Química que representou a Noah Woody Building Design

REFLORESTA ALTO VALE

O programa que replantou a semente do plantio florestal

para atender a cadeia produtiva do Alto Vale do Itajaí foi

premiado por estar colocando quem planta e quem processa

a madeira na região para caminhar na mesma direção. “Não

posso não agradecer a cada um daqueles que acreditam no

que estamos fazendo. Estamos corrigindo uma rota que se

perdeu no meio do caminho e estamos vendo que o ciclo

econômico de desenvolvimento pode ser ajustado e trazer

a indústria para o seu lugar de destaque”, sublinhou Ricardo

Rossini, presidente do SINDIMADE/FLOEMA, responsável pelo

Refloresta Alto Vale.

Matheus Taffarel entregando o prêmio para Ricardo Rossini,

presidente do SINDIMADE/FLOEMA que lidera o Refloresta Alto Vale

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

59


PRÊMIO REFERÊNCIA

ROMANI MADEIRAS

Em uma das entregas mais emocionantes da noite,

Laercio Romani, diretor da empresa, não segurou as lágrimas

ao contar um pouco da história da empresa. Fundada

pelo pai, atualmente passa para sua terceira geração industrial

madeireira, baseada em madeira nativa de manejo

sustentável. “Agradeço ao meu pai, agradeço ao CIPEM

que nos apoia, ao SINDUSMADE, de Sinop (MT), aos nossos

colaboradores e clientes que nos ajudaram a construir

nossa história”, enalteceu Laercio.

Ednei Blasius entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Laercio

Romani, diretor da Romani Madeiras

SUPREMA MÓVEIS PLANEJADOS

“Meu pai deu os primeiros passos aqui no Paraná e em

1986 se aventurou no Mato Grosso e já no ano seguinte conseguiu

fazer parte do primeiro projeto de manejo florestal da

região. Foi assim que começamos nossa história, eu fazendo

tacos de piso de madeira e meu pai se lançando em um mundo

promissor, mas desconhecido”, relatou Fernando Zafonato,

diretor da Suprema. A empresa mato-grossense tem levado

móveis de alto padrão por todo o país, ou como ele mesmo

destacou: levando um pouco de Amazônia para casa de todo

o Brasil.

Deryck Martins entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Fernando

Zafonato, diretor da Suprema Móveis Planejados

VALE DO TIBAGI

A empresa que completou 25 anos em 2024 começou

apenas nos serviços florestais, mas a cada nova demanda de

seus clientes ampliou seu leque de serviços, fazendo corte,

colheita, negociação, transporte e até mesmo peletização de

madeira. Lais Malinowski, coordenadora de comunicação da

Vale do Tibagi, recebeu com muita alegria e satisfação o prêmio.

“É uma honra estar aqui representando a terceira geração

da família que está no segmento florestal ao lado do meu pai

que ajudou a construir diretamente a nossa história e a cada

um que faz parte da história da Vale do Tibagi”, celebrou Lais.

Rodrigo Demetrio entregando o Prêmio REFERÊNCIA para Lais

Malinowski, coordenadora de comunicação da Vale do Tibagi

60 www.REVISTABIOMAIS.com.br


CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA 2024

Fran Machado e Fábio Machado,

da JOTA Editora

Cecilia Sizanoski e Ana Gabriela de Araújo,

da JOTA Editora

Gerson Penkal,

da JOTA Editora

Kaue Angeli, da JOTA Editora

Cesar Piskei, Rosilda Rosilda Ribeiro e

Marcio Moleta, da Rimev

Carla Bartoski e Pedro Bartoski Jr.,

da JOTA Editora

Larissa e Fernando Zafonato,

da Suprema Móveis Planejados

Fran Machado e Carla Bartoski

Silvia e Gleisson Tagliari, do Cipem

Ednei e Taciana Blasius

Larissa e Fernando Zafonato, Ednei e Taciana

Blasius, Gleisson e Silvia Tagliari

Paulo Pupo, da Abimci e Fábio Machado,

da JOTA Editora

Luis Carlos Crimaco e Valeria Brizola,

da ForMobile

Liliane Cordeiro e Diego Ricardo Vieira,

da DRV

Diego Ricardo Vieira, Líliane Cordeiro,

Claudinei e Marta Freitas

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

61


PRÊMIO REFERÊNCIA

Claudinei Freitas e Marta Freitas, do Cipem

Fernando Sandri, da Happy Pak®

Flavio Almeida, da DRV

Fabiana Tokarski, da JOTA Editora

Flávio Almeida e Diego Ricardo Vieira,

da DRV

Allan Módolo e Juliane Pissinato,

da Francio Soluções Florestais

André Luiz Cibulski e Alcione Carminatti,

da Inexport

Toni Casagrande e Pedro Bartoski Jr.

José Sawinski Jr., da The Forest Company

Ricardo Rossini e Hellen de Liz,

da Refloresta Alto Vale

Anselmo Ribas, da Happy Pak®

Nadielli e Tiago Parteca,

da Julitago Bioenergia

Ruan Felipe e Fabiano Mendes, da DRV

Eduarda, Stephan, Rose e Elisa Koller,

da Indumec

Manoel José Maria Santana, Zilma Patrícia Dias do

Nascimento, Deryck Martins, Gyselle Deina e

Luís Deina, da AIMEX

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PRÊMIO REFERÊNCIA

Rodrigo Demetrio, da Envimat Paulo Bonet, da Happy Pak® Adriana Maugeri e Bruno Menezes, da AMIF

Martin Kemssies, consultor florestal, e

Everson Stelle, da Montana Química

Claudia e Laercio Romani,

da Romani Madeiras

Henrique Leopoldo Janacievicz e

Laís Malinowski, da Vale do Tibagi

Mario Sergio Lima, da MSM Química

Kurt Emil Benecke, da Benecke

Simone Francio e Pedro Francio Filho,

da Francio Soluções Florestais

Daniel Chies, da Ageflor

Dario Pires Machado Filho, da Indumec, Fábio

Machado, da Revista REFERÊNCIA e Toni Casagrande

Matheus Taffarel, da CPM

Dario Pires Machado Filho e Fábio Machado

Rose Koller, Kurt Benecke, Stephan,

Eduarda e Elisa Koller e Fábio Machado

Fernando Sandri, Paulo Bonet e

Anselmo Ribas, da Happy Pak®

64 www.REVISTABIOMAIS.com.br



ARTIGO

PODER CALORÍFICO E

ANÁLISE ECONÔMICA

DO USO TOTAL OU

PARCIAL DA BIOMASSA

DE EUCALIPTOS

FOTOS DIVULGAÇÃO

TIAGO LUIS HABITZREITER

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

PAULO FERNANDO ADAMI

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

ELEANDRO JOSÉ BRUN

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

VANDERSON VIEIRA BATISTA

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

MICHAEL LUIZ FERREIRA

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

CLEVERSON LUIZ GIACOMEL

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

66 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

67


ARTIGO

RESUMO

A

crescente demanda por fontes alternativas

de energia tem se demonstrado uma

tendência mundial. Diante do exposto,

objetivou-se avaliar o poder calorífico das

diferentes frações de biomassa de Eucalyptus grandis

e Eucalyptus urophyllaaos, com 60 meses de idade e

analisar a viabilidade econômica do aproveitamento

total ou parcial da biomassa, visando geração de energia.

Para isso determinaram-se o PC (poder calorífico)

superior, PC inferior, teor de cinzas e carbono orgânico

dos compartimentos madeira, galhos, casca e folhas.

Quanto ao PC, a folha apresentou valores superiores as

demais frações avaliadas, com 4.904 kcal kg-1, seguidas

dos galhos com 4.290 kcal kg-1, madeira com 4.126

kcal kg-1e casca, com menor PC (3.641 kcal kg-1). Em

relação a EUN (eficiência de uso dos nutrientes), a

madeira apresentou os maiores valores, algo bastante

desejável e de grande interesse para a silvicultura.

Nas folhas estão os menores valores do EUN, com

exceção do Ca e Mg, cujos menores valores estão na

casca, indicando a importância da manutenção destes

componentes no solo após a colheita. Em relação ao

NPK (custo para repor os nutrientes) exportados por tonelada

de biomassa de madeira, o Eucalyptus grandis

apresentou valores de R$ 14,05 e Eucalyptus urophylla

de R$ 11,54, sendo a biomassa deste componente, a

mais barata em termos de custo com reposição de

nutrientes. Por outro lado, as folhas apresentaram o

maior custo de reposição de NPK, enfatizando a baixa

viabilidade econômica da exportação desta biomassa

para geração de energia.

INTRODUÇÃO

A crescente demanda por fontes alternativas de

energia tem se demonstrado uma tendência mundial.

Tudo isso motivado pela crescente preocupação sobre

o esgotamento de fontes energéticas não renováveis

como o carvão mineral e o petróleo (Abraf, 2013). Ainda,

segundo a Abraf (Associação Brasileira de Produtores

de Florestas Plantadas), o mercado mundial tem

despertado interesse no desenvolvimento e adoção de

fontes alternativas e renováveis de energia. Do ponto

68 www.REVISTABIOMAIS.com.br


de vista ambiental, a sustentabilidade do desenvolvimento

depende, entre outras medidas, da redução das

emissões de gases poluentes, conservação do solo,

não contaminação das águas, exploração racional dos

recursos fósseis e recursos naturais renováveis. Além

dos fatores relacionados ao meio ambiente, questões

econômicas, como o aumento do preço do petróleo e

o fato de sua produção estar concentrada em poucos

países (Fontes, 1994), levaram diversos países a se

preocupar com sua segurança energética (Azevedo et

al., 2017).

O uso da madeira para energia é um componente

de vital importância no suprimento de energia primária,

especialmente no uso doméstico e industrial. A

combustão da biomassa gera energia na forma de calor

liberada durante a combustão completa de uma unidade

de massa ou volume do combustível (kcal kg-1ou

kcal m-3), que pode ser definido como PC (Quirino et

al., 2004). Em termos de qualidade da biomassa para a

produção de energia, quanto mais alto for o PC, maior

será a energia contida.

Quanto a produção

de biomassa após 60

meses de implantação

da floresta, a fração

madeira apresentou maior

produção, seguida de

casca, galho e folha

Agradecemos a todos os nossos

parceiros e amigos que estiveram

em nosso lado neste ano,

Que 2025 seja repleto de novas

conquistas e realizações.

Desejamos a todos um

Feliz Natal e próspero

Ano Novo!

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ARTIGO

MATERIAL E MÉTODOS

A área experimental fica localizada no município de

Salto do Lontra (PR) e pertence a Cooperativa FlorCoop.

A área é composta de 25 ha-1 de eucaliptos das duas

espécies e apresenta altitude média de 510m (metros).

A região possui clima CFA, conforme classificação de

Köppen, de transição subtropical úmido mesotérmico

e verões quentes, com temperatura média de 22ºC

(graus Celsius) e inverno com geadas pouco frequentes.

O solo da área experimental está classificado como

Nitossolo Vermelho Distroférrico, levemente ondulado

e livres de pedras, profundo e com boa drenagem,

baixa fertilidade e altos teores de ferro nos horizontes

superficiais (Bhering; Silvio, 2008). Historicamente,

esta área foi utilizada para cultivo com plantas anuais,

como milho, soja e aveia. Após aquisição da área

pela cooperativa, em 2009, foi realizado o plantio da

floresta de eucalipto, o qual teve início em setembro de

2010. O plantio das mudas foi realizado com espaçamento

3m x 2m entre plantas, com isso cada planta

inicialmente tinha um espaçamento relativo de 6 m²

(metros quadrados) cada, sendo a densidade inicial de

1.666 árvores ha-1. As mudas utilizadas foram oriundas

de sementes, com boa sanidade e vigor e adubação

a base de N-P2O5-K2O(5-20-20), 0,5kg por muda.

Os materiais foram compostos por duas espécies de

eucalipto, sendo Eucalyptus grandis W. Hill ex-Maiden

(família: Myrtaceae, nome popular: Eucalipto grandis)

e Eucalyptus urophyllas. T. Blake (família: Myrtaceae,

nome popular: Eucalipto urophila). As duas espécies

foram plantadas no mesmo sítio florestal, alocado em

uma área de plantio de 25 ha e dividida em duas áreas

com tamanhos equivalentes. O estudo foi realizado

após 60 meses do plantio das mudas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observando os resultados, podemos perceber

que os teores de cinzas para a fração casca (7,28%), foi

significativamente superior às demais frações, seguida

da fração folha, com 4,74%. Na madeira foi encontrado

o menor teor de cinzas com 0,56%. As cinzas são

substâncias compostas de material inorgânico e tem

relação inversa com o poder calorífico.

Árvores mais jovens demandam maiores quantidades

de minerais, pois estão em uma fase onde o metabolismo

é mais acelerado, justificando assim o maior

teor de cinzas encontrado na casca. Para os valores de

PCI, PCS e CO, observou-se que os resultados estatís-

70 www.REVISTABIOMAIS.com.br


ticos foram semelhantes para ambas as variáveis. A

folha apresentou valores superiores às demais frações

avaliadas, seguidas dos galhos, madeira e casca, com o

menor. A madeira do eucalipto por apresentar elevada

quantidade de biomassa, com elevado teor de energia

(PCI=4.126 kcal kg-1), é amplamente utilizada como

fonte de energia renovável.

Quanto a produção de biomassa após 60 meses de

implantação da floresta, a fração madeira apresentou

maior produção, seguida de casca, galho e folha. Da

mesma forma, a produção geral de energia em relação

ao poder calórico pela produção de biomassa, tem-se

a madeira com maior produção (270.418,04 Gcal). Analisando

os dados, quanto ao NPK alocados nas frações

da biomassa do eucalipto, maiores custos foram verificados

para o nitrogênio na forma de ureia. O fósforo

obteve menor custo em reposição, devido à sua baixa

exportação nas frações. No total, os valores médios

entre as duas espécies de eucalipto analisadas foi R$

1.153,47 para o nitrogênio, R$ 143,64 para o supertriplo

e R$ 621,30 para o cloreto de potássio.

CONCLUSÕES

A fração folha apresenta o maior poder calorífico e

a fração madeira tem a maior capacidade de produção

de energia por hectare. O teor de carbono orgânico

está ligado diretamente ao poder calorífico. A eficiência

de utilização de nutrientes para Eucalyptus grandis

e Eucalyptus urophylla decresceu na seguinte ordem:

P>Mg > K > N > Ca. A madeira é a fração mais viável

para produção de energia sendo que os galhos e as

cascas também podem ser utilizados com vantagens

econômicas. A fração folha, não apresentou viabilidade

econômica para ser utilizada como fonte de energia.

Para acessar esse conteúdo na

íntegra acesse o QRcode ao lado:

Sustentabilidade é

COMPETITIVIDADE

BALANÇO DE CARBONO - Para exportar madeira

para a Europa, no setor de energia por biomassa, é

essencial cumprir as rigorosas regulamentações

ambientais da União Europeia, comprovando que a

sua produção resulta em um balanço neutro ou

positivo de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).

A Neutraliza possui uma equipe de especialistas com

expertise na elaboração de estudos de balanço de

carbono e está pronta para orientá-lo e apoiá-lo nessa

jornada rumo ao sucesso no mercado internacional.

Sua empresa neutra em carbono

FALE COM NOSSOS ENGENHEIROS

neutralizacarbon.com.br


AGENDA

MARÇO 2025

DESTAQUE

ITALIA LEGNO ENERGIA

Data: 6 a 8

Local: Arezzo (Itália)

Informações: italialegnoenergia.it

ABRIL 2025

INTERNATIONAL GREEN

ENERGY EXPO KOREA 2025

Data: 23 a 25

Local: Daegu (Coreia do Sul)

Informações:

http://www.greenenergyexpo.co.kr/eng/

MAIO 2025

EXPO BIOMASA 2025

Data: 6 a 8

Local: Valladolid (Espanha)

Informações: https://expobiomasa.com/

MAIO 2025

ALL-ENERGY 2025

Data: 14 e 15

Local: Glasgow (Reino Unido)

Informações: all-energy.co.uk

BIOTECHFAIR - FEIRA

INTERNACIONAL DE

TECNOLOGIA EM BIOENERGIA

E BIOCOMBUSTÍVEIS

Data: 26 a 28 de março 2025

Local: Centro de Eventos da FIERGS –

Porto Alegre (RS)

Informações:

https://biotechfair.com.br/feira

A BioTECH Fair - Feira Internacional de

Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis é

o único evento a congregar as diversas fontes

renováveis de energia, com destaque para biodiesel,

biomassa, biogás, etanol, bioquerosene,

hidrogênio verde e outras fontes comprometidas

com a sustentabilidade. Simultaneamente

vai acontecer o Congresso Internacional de

Bioenergia, em uma área de 14 mil m² (metros

quadrados) com ambiente favorável para negócios,

troca de conhecimentos e networking.

72 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A Revista

deseja a todos um Feliz Natal

e um próspero Ano Novo!


OPINIÃO

Foto: divulgação

RECICLAGEM DE LÂMPADAS:

O QUE ACONTECE DEPOIS

DO DESCARTE

O

descarte correto de lâmpadas fluorescentes é

um passo essencial para a preservação do meio

ambiente. Esses produtos contêm mercúrio,

uma substância tóxica, que pode causar sérios

danos à natureza e à saúde humana se não for descartada

de forma adequada. Para evitar esse impacto negativo, a

reciclagem de lâmpadas é realizada por meio de um sistema

eficiente de logística reversa, proporcionando que os materiais

sejam tratados e reaproveitados de maneira ambientalmente

responsável.

A logística reversa é o processo que permite o retorno

de produtos descartados pelo consumidor para o início da

cadeia de suprimentos, com o objetivo de reutilizar ou reciclar

seus componentes. No caso das lâmpadas fluorescentes,

esse sistema envolve desde a coleta até o transporte e a

descontaminação. Ele também ajuda a atender às exigências

legais, promovendo a economia circular e reduzindo o

desperdício e os impactos ambientais.

Mas o que realmente ocorre nesse processo? Após

o descarte nos pontos de coleta da Reciclus, que estão

em lojas de materiais de construção e supermercados, as

lâmpadas são transportadas para recicladoras homologadas.

O transporte é feito por veículos especializados e

homologados, uma vez que esses resíduos são classificados

como perigosos devido à presença de mercúrio. Ao chegar

às recicladoras, as lâmpadas passam por um processo de

descontaminação e desmercurização, no qual o mercúrio é

removido de maneira segura.

Os resíduos das lâmpadas, como vidro e metais, são,

então, separados e preparados para serem reaproveitados.

O vidro pode ser usado na fabricação de novos produtos,

enquanto os metais são reciclados para outras aplicações - a

depender da legislação de cada Estado. Em algumas regiões,

os componentes que não podem ser reaproveitados são

destinados a aterros classe I, para resíduos perigosos, conforme

regulamentações locais.

O processo de reciclagem de lâmpadas fluorescentes

não gera nenhum custo adicional para o consumidor final.

Qualquer pessoa física pode levar suas lâmpadas usadas a

um ponto de entrega, independentemente de ser ou não

cliente daquele estabelecimento. Isso facilita a participação

da população na reciclagem, contribuindo para a preservação

do meio ambiente.

Esse processo faz parte de um esforço maior para reduzir

a extração de recursos naturais, prolongar o ciclo de vida dos

materiais e diminuir a quantidade de rejeitos que chegam

aos aterros. Além disso, impede que o mercúrio contamine o

solo, a água, os animais e até os seres humanos, contribuindo

para um ambiente mais seguro.

O sucesso desse sistema depende da conscientização

de todos. Por isso, cada pessoa que destina corretamente as

suas lâmpadas fluorescentes está plantando a semente de

um mundo cada vez mais sustentável.

Desde 2017, a Reciclus (Associação Brasileira para a

Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação)

operacionaliza a coleta segura, o transporte e a destinação

adequada em parceria com recicladoras e transportadoras

homologadas. Desde o início de suas operações, foram

coletadas mais de 43,8 milhões de lâmpadas fluorescentes

nos mais de 3,9 mil pontos de coleta disponibilizados pela

Reciclus.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Por Natalia Fochi

Gerente de Sustentabilidade da Reciclus (Associação Brasileira para a Gestão da Logística

Reversa de Produtos de Iluminação)

Foto: divulgação

74 www.REVISTABIOMAIS.com.br



A DRV agradece

aos nossos clientes

e amigos por mais um

ano de confiança e

parceria!

Neste fim de ano,

renovamos nosso

compromisso de continuar

fornecendo soluções de

excelência para o seu

negócio em 2025.

Que o Natal seja de união e

alegria, e que o Ano Novo

traga ainda mais sucesso e

prosperidade para todos!

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS

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