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REVISTA DOS BOMBEIROS ED

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CAPA: Claudia Ferreira - Imagens CBMBA - Distribuição Gratuita

Revista dos

BOMBEIROS

ANABOM - Associação Nacional dos Bombeiros

Edição: 18 Out/Nov/Dez - 2024

Operação SP Sem Fogo

Fase vermelha chega ao fim

Raio x do Fogo

Coronel BM Adson Marchesini Comandante

do CBMBA é o nosso entrevistado



Caros Bombeiros, Associados e Amigos.

Mensagem de Final de Ano

Ao encerrarmos mais um ano de desafios e conquistas, queremos expressar nosso profundo reconhecimento e gratidão

pelo trabalho incansável que cada um de vocês realiza em prol da segurança e do bem-estar da nossa sociedade.

2024 foi um ano de superação, onde o compromisso, a coragem e a dedicação de nossos bombeiros estiveram presentes

em cada missão, protegendo vidas e patrimônios. Vocês são exemplos de altruísmo e força, inspirando toda a

comunidade com seu espírito de servir.

Agradecemos a especial atenção e apoio dos nossos parceiros, colaboradores e anunciantes que mais um ano

acreditaram em nosso trabalho, e com a participação de todos, chegamos à última edição de 2024, “Especial de Final de

Ano” com publicações de grande importância para os nossos leitores e admiradores.

Que este período de festas traga momentos de paz, alegria e reflexão junto aos seus familiares e amigos. Que 2025

chegue repleto de saúde, prosperidade e novas oportunidades para continuarmos juntos, fortalecendo ainda mais a nossa

instituição e o trabalho que nos une.

Desejamos a todos um Feliz Natal e um Ano Novo Cheio de Realizações, Saúde, Paz e Sucesso.

Que Deus abençoe a todos e até a próxima edição!

A Diretoria


Expediente

Revista dos Bombeiros

ANABOM - Associação Nacional dos Bombeiros

Cnpj.: 39.348.069/0001-46

Praça Clóvis Bevilacqua, 351 - Sé

Cep.: 01018-001 - São Paulo - SP

Central de Atendimento.: Fone/ WhatsApp: (11) 3112-1211

Site.: www.anabom.org – E-mail.: contato@anabom.org

Expediente:

Presidente: Edmicio Gomes da Silva

Vice-Presidente: Oséas Francisco Xavier

Secretário Geral: Nayara Soares Mendes Marques

Diretor Financeiro: José Clazer Mendes Marques

Diretoria de Planejamento: Antônio Raimundo Moraes Vieira dos Santos

Diretor Administrativo: Júlio Cesar Brasil da Silva

Dir. de Gestão/Assuntos Institucionais: Helder Cunha Silva

Diretor Jurídico: Dr. Rodnei Carlos Gomes da Silva - OAB/SP 444758

Eng. Civil e de Seg. do Trabalho: Aderson Guimarães Pereira

Conselho Fiscal:

Almir Edircio Pessoa

Fernando Eduardo Costa Rivnak

Jose Roberto de Castro

Revista dos Bombeiros

Editada por: Revista dos Bombeiros & Editores Associados Eireli

Cnpj.: 39.310.939/0001-98

Redação, Administração e Circulação

Praça Clóvis Bevilacqua, 351 - Sé

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Diretor Geral: José C.M. Marques (Klayzer Marques)

Diretor Jurídico: Dr. Rodnei Carlos Gomes da Silva - OAB/SP 444758

Deptº. Comercial: 2º Ten PM Aparecido Gomes

Jornalista Responsável: Cássio O. Messias - Mtb 83.452/SP

Arte e Diagramação: Claudia Ferreira

E-mail.: bombeiros.claudiaferreira@anabom.org

Colaboradores nesta edição:

Cel BM Adson Marchesini - Comandante-geral do CBMBA

Edupércio Pratts – Cel BM RR - Ex-CmtG CBMSC e Ex-Cmt BOA

Charles Alessandro Cesário

Janes Mieres Filho

A Revista dos Bombeiros & Editores Associados, não se responsabiliza pelos serviços,

informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo, os quais estão

sujeitos às normas de mercado e ao Código de Defesa do Consumidor, Artigos assinados

ou conceitos emitidos são de responsabilidade exclusiva dos autores e/ou empresas.

Redes Sociais

@bombeiros.anabom

02

facebook.com/bombeiros.anabom


Índice

Revista dos Bombeiros

Elevador Lacerda

03


CBMBA

Revista dos Bombeiros

Entrevista com o Coronel BM Adson Marchesini

Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar da

Bahia - CBMBA

Por : Claudia Aparecida da Silva Ferreira

Crédito das Fotos: CBMBA

Carreira Profissional:

Formação:

Curso de Formação de Oficiais – Polícia Militar da Bahia –

conclusão 1988

Unidades por onde serviu:

Oficial de Operações – Batalhão de Choque – PMBA – 1988;

Oficial de Operações – 7º BPM - 1992 Atuou no Departamento

de Promoção Social – 1997;

Atuou no Departamento de Ensino e Pesquisa – 1998;

Atuou no Comando de Operações Bombeiros Militares – 1999;

Oficial de Operações – 10ª CIPM – 2000;

Atuou no Comando de Operações Bombeiros Militares – 2001; Subcomandante - 15ª CIPM – 2005;

Chefe da Coordenação de Planejamento Operacional - 1º GBM/ Barroquinha - 2006 Subcomandante do 13º

GBM / GMAR – 2008;

Supervisor do Treinamento de afogamento, prevenção, primeiros socorros, procedimentos e técnicas de

salvamento aquático e Noções básicas de mergulho – Escola Baiana de Medicina - PMBA – 2008;

Apoiou o Curso de salvamento aquático promovido no município de Esplanada – Prefeitura de Esplanada -

Bahia – 2009;

Subcomandante do 3º GBM/Iguatemi – 2010; Subcomandante do 1º GBM - Barroquinha 2011; Comandante do

10º GBM – Simões Filho – 2013; Implantou e dirigiu o Departamento de Ensino e Pesquisa de 2015 a 2020;

Participou da construção do planejamento estratégico do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia – 2019;

Comandante de Operações Bombeiro Militar da Capital e RMS – 2020;

Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia – 2021.

Medalhas e honras:

04

Medalha Tempo de Serviço: 10 anos (bronze), 20 anos (prata), 30 anos (ouro), Medalha Conselheiro Almeida

Couto (Corpo de Bombeiros Militar da Bahia), Medalha Imperador Dom Pedro II (Corpo de Bombeiros Militar

de Pernambuco), Medalha do Mérito Marechal Argolo – Visconde de Itaparica (Polícia Militar da Bahia),

Comenda do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, Medalha da Ordem do Mérito Conselheiro.


CBMBA

Revista dos Bombeiros

Thomaz Coelho (Instituto de docentes do Magistério

Militar de Pernambuco), Medalha Marechal

Trompowsky (Instituto de docentes do Magistério

Militar de Pernambuco), Medalha comemorativa dos

190 anos de criação da PMBA, Diploma de Mérito

profissional pela atuação nas ocorrências de grandes

chuvas em Salvador, Medalha do Mérito Policial

Civil e Medalha Imperador Dom Pedro II (Corpo de

Bombeiros Militar de Roraima), Medalha do Mérito

da Casa Militar do Governador, Medalha do

Bicentenário da Independência do Brasil (Liga da

Defesa Nacional do Estado do Rio Grande do Sul),

Medalha Mérito do conselho Nacional de

Comandantes- Gerais das Polícias Militares e Corpos

de Bombeiros Militares (CNCG), Medalha Mérito do

Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros

Militares do Brasil (LIGABOM), Medalha E Mérito

da Força Nacional – Soldado Luis Pedro De Souza

Gomes, Medalha Exército Brasileiro, Medalha do

Mérito da Segurança Pública da Bahia, Medalha

Alferes Joaquim José Da Silva Xavier – Tiradentes

(Segurança Pública Da Bahia), Medalha Do

Magistério Policial – Menção Honrosa (Segurança

Pública Da Bahia), Medalha da Aviação Policial

(Polícia Militar Da Bahia), Medalha Do Mérito

Policial Civil / Cruz Ordem (Polícia Civil Da Bahia),

Medalha Do Mérito Bombeiro Militar Do Distrito

Federal – Impedrador Dom Pedro II, Medalha Grão-

Mestre da Ordem do Mérito de Bombeiro Militar do

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de

Janeiro, Medalha Mérito Bombeiro Militar do

Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe, Medalha

Amigo da Marinha, Medalha Mérito Policial Militar

(Polícia Militar Da Bahia), Medalha do Mérito

Bombeiro Militar – Capitão Leovigildo Cavalcante

De Melo (Corpo De Bombeiros Militar Da Bahia),

dentre outras.

Possui cursos de especialização:

Cursos de Pós-Graduação Curso Superior de

Aperfeiçoamento;

Curso de pós-graduação lato sensu Especialização

em Gerenciamento Operacional nas Organizações –

CBM/Rio de Janeiro – 2002;

Curso de Especialização em Gestão Estratégica em

Segurança Pública – Polícia Militar da Bahia – 2015.

05


CBMBA

Revista dos Bombeiros

Imagem: Divulgação

06

1) Como foi sua trajetória dentro do CBMBA?

Trabalho, trabalho e muito trabalho. Procurando

ajudar sempre com ênfase na atenção ao profissional

bombeiro-militar. Sempre buscando aprimorar e

melhorar as atividades da minha tropa e sempre

buscando resolver as questões da instituição. Muito

trabalho durante muitos anos, passei por várias

unidades onde pude ter experiências em várias

atuações da corporação, me preparando dessa forma

para comandá-la

2) Ǫual ocorrência foi mais relevante ao

de sua carreira?

A próxima, sempre a próxima. Ela é a mais

portante, e foi assim que sempre trabalhei.

longo

impor-

3) Existe alguma parceria do Corpo de Bombeiros

com os demais órgãos de emergência do

Estado?

O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia uma

instituição aberta a todas as parcerias, tanto da parte

pública como da privada.

Nosso objetivo é salvar vidas, promover ações

sociais, ajudar ao próximo. O corpo de bombeiros

sempre estará de portas abertas, não só para órgãos,

associações, como também para o cidadão em si. Essas

colaborações permitem uma integração que melhora as

capacidades de planejamento, prevenção e resposta,

maximiza os recursos e proporciona maior segurança

às pessoas.

4) Como o Coronel avalia a realidade das

emergências industriais do Estado?

As emergências industriais na Bahia são desa-fiadoras

devido à concentração de polos industriais e

petroquímicos, como o Polo Industrial de Camaçari,

um dos maiores da América Latina.

A região abriga indústrias químicas, petroquímicas e de

fertilizantes, o que aumenta o risco de acidentes graves,

como vazamentos, incêndios e explosões. Avaliar esse

cenário envolve aspectos de segurança industrial,

resposta emergencial e regulação ambiental.

Para reduzir os riscos, é essencial equilibrar o

crescimento econômico com a proteção ambiental,

implementando estratégias preventivas e uma gestão

integrada, com o aprimoramento da comunicação.


CBMBA

Revista dos Bombeiros

5) Como o Corpo de Bombeiros atua na prevenção

das ações e campanhas de aproximação junto à

população?

Realizamos muitas campanhas, pois a prevenção é o

carro-chefe da instituição. Procuramos levar o

conhecimento à sociedade, sobre a necessidade de se

preparar, de se prevenir para evitar uma ocorrência.

Ǫuando ela acontece, já significa que não houve

prevenção. O CBMBA sempre trabalha através de

palestras, aulas, informações publicitárias, focando a

precaução.

Em especial, informamos a população sobre a

necessidade de ter suas instalações devidamente

regularizadas junto aos órgãos públicos.

6) Ǫuais os riscos do tempo seco e como podemos

nos proteger? E como tem sido o serviço desempenhado

nas bases florestais?

O tempo seco pode trazer vários riscos à saúde e ao

bem-estar das pessoas. Problemas Respiratórios,

desidratação, exposição prolongada ao sol, risco do

calor excessivo para pessoas com problemas

cardíacos etc...

Como proteção, manter-se bem hidratado é essencial.

Beba bastante água ao longo do dia, mesmo se não

sentir sede.

O Corpo de Bombeiros criou uma nova forma de

combate ao incêndio florestal através de bases.

Essas bases são acionadas previamente, na época em

que se inicia o incêndio florestal para poder

aproximar mais a instituição da ocorrência.

Dessa forma, tendo uma melhor resposta ao que tem

acontecido nos últimos anos, e esse ano em especial,

o CBMBA está evitando grandes incêndios, graças a

sua atuação rápida e firme.As técnicas são as mais

modernas, pois investimos muito em capacitação dos

nossos profissionais com as melhores técnicas.

Procuramos trazer os melhores instrutores do Brasil e

buscamos pesquisar as melhores técnicas para poder

deixar o nosso bombeiro atualizado. E, além disso, os

equipamentos que são utilizados são os mais

modernos necessários para esse tipo de combate.

07


CBMBA

Revista dos Bombeiros

Imagem: Divulgação

08

Inclusive, neste momento, estamos mudando nossa

roupa de aproximação com o intuito de modernizá-la,

e estamos adquirindo novos equipamentos para poder

dar condições à tropa neste combate.

Atualmente, estamos atuando com Bases Avançadas

de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais nos

municípios de Barreiras, Juazeiro, Senhor do Bonfim,

Lençóis, Chapada Diamantina, Vitória da Conquista,

Eunápolis e Porto Seguro. Estamos com uma média

de 95 bombeiros militares dedicados exclusivamente

ao serviço desempenhado nessas bases florestais.

Desde que iniciamos a Operação Florestal 2024, em

julho último, 958 incêndios foram combatidos, 1718

orientações preventivas realizadas e 93 municípios

atendidos.

7) Ǫuais as técnicas utilizadas para o controle e

extinção do fogo e os recursos empregado pelo

CBMBA?

O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA)

alia técnicas modernas e tradicionais para enfrentar

diferentes tipos de incêndios, sejam urbanos, industriais

ou florestais, utilizando recursos especializados

e equipamentos avançados para garantir eficiência

no combate ao fogo.

Métodos como o combate direto, a criação de

barreiras e a aplicação de agentes extintores são

empregados, conforme a natureza e as condições do

incêndio. Em áreas florestais, estratégias como o uso

de aceiros, contrafogo e monitoramento aéreo com

drones são fundamentais para conter a propagação do

fogo em terrenos desafiadores.O suporte técnico é

reforçado por equipamentos como caminhões tanque,

veículos adaptados para terrenos acidentados,

helicópteros e agentes extintores variados, desde

água e espuma química até CO2 e pó químico seco.

Paralelamente, os bombeiros utilizam ferramentas

manuais, como abafadores e pás, além de tecnologias

de monitoramento e comunicação para coordenar as

operações. O uso de Equipamentos de Proteção

Individual (EPI) adequados e treinamentos contínuos

assegura a segurança das equipes e a eficácia nas

missões.

Embora os desafios logísticos sejam significativos,

especialmente em áreas remotas, o CBMBA mantém

seu compromisso de modernizar sua frota e ampliar

recursos. Essa combinação de estratégias e

equipamentos reflete a dedicação em proteger vidas,

patrimônios e o meio ambiente, enfrentando os

desafios específicos do estado da Bahia.


CBMBA

Revista dos Bombeiros

8) A interação social é um aspecto importante na vida

das pessoas, existe alguma atividade ou treinamento

para formação de brigada de emergência com a

população?

O CBMBA tem feito vários cursos com a po-pulação,

principalmente no interior do estado, buscando instruir

aquelas comunidades, aqueles grupos, sobre a forma de

agir e dando treinamento técnico para que as brigadas

estejam prontas para atuar.

Na cidade também damos palestras nas escolas, órgãos

públicos e vários outros tipos de instituições.

É só procurar o Corpo de Bombeiros que vai ter o apoio

necessário e os treinamentos e ensinamentos para que

possam ser montadas as brigadas e, dessa forma, fazer

um papel de prevenção fundamental a nossa ação.

9) E quanto à preparação física da corporação e à

aquisição de novos equipamentos?

A preparação física é muito importante para o

desempenho das atividades bombeiro militar. No dia

a dia do bombeiro ele precisa estar bem fisicamente

para desempenhar suas funções com segurança.

Nossos quartéis dispõem de academias de

musculação e na capital os quartéis contam com um

período de ginástica laboral e funcional que, além de

trazer benefícios físicos, trazem maior interação

social para os militares.

Além disso, o CBMBA investe na aquisição equipamentos

modernos e mais práticos, como uniformes

tecnológicos, viaturas de combate a incêndios,

escadas plataformas que nos possibilitam alcançar

andares mais altos, equipamentos de resgate com

tecnologia para melhorar a segurança e eficiência no

atendimento a emergências, como é o caso dos

desencarceradores elétricos que são mais leves e

mais compactos e sopradores costais para atuação em

incêndios florestais.

12) Como a atuação do CBMBA se diferencia dos

demais Estados brasileiros?

Os bombeiros militares da Bahia enfrentam diversos

desafios devido às características geográficas,

climáticas e socioeconômicas do estado. Estes

obstáculos têm impacto tanto na prevenção como na

resposta a emergências e exigem criatividade,

resiliência e investimento contínuo. A Bahia é o

maior estado do Nordeste, com densas áreas urbanas,

áreas rurais isoladas, áreas semiáridas e extensas

áreas costeiras. A resposta de emergência em áreas

remotas, como o interior do Estado ou regiões

montanhosas, pode ser complicada pela distância e

pelo difícil acesso.

13) Ǫuais as particularidades da atuação dos

bombeiros do Estado, devido às características

climáticas e culturais?

10) Ǫuantas ocorrências o CBMBA atende

diariamente?

Atendemos, em média, 900 ocorrências por dia em

toda a Bahia.

11) Ǫuais são as mais comuns e as mais específicas?

De todos os tipos, de todas as formas. Desde um

simples vazamento de gás a um animal em cima de

uma árvore até grandes tragédias, grandes

desabamentos, grandes incêndios, grandes

ocorrências que têm necessidade da atuação do

bombeiro. Onde precisar do bombeiro é só chamar,

ele vai estar sempre presente.

A atuação do CBMBA considera as características da

Bahia, como festas populares (Carnaval e São João),

que requerem planejamento especial para a

segurança contra incêndio e atendimento a

emergências, tendo em vista as grandes

aglomerações.

No aspecto geográfico, o Corpo de Bombeiros

Militar da Bahia se utiliza de conhecimentos e

formação específicas para lidar com essas questões.

A caatinga, por exemplo, é um bioma exclusivo do

Brasil e cursos como o de formação do combatente

florestal, capacitam o bombeiro militar baiano a atuar

nos diversos biomas possíveis de se encontrar num

combate a incêndio ou atendimento de outras

emergências.

09


CBMBA

Revista dos Bombeiros

14) Ǫuais as principais dificuldades

encontradas pelos bombeiros na atuação no

Estado?

O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA)

tem o papel fundamental de adequar suas atividades

às características socioeconômicas, climáticas e

culturais do estado.

A corporação adaptou suas estratégias para

enfrentar desafios únicos, como o combate a

incêndios florestais em regiões semiáridas e a

proteção de centros metropolitanos e industriais.

Dentre suas ações, destaca-se o programa Bahia

Sem Fogo.

O programa integra medidas preventivas, educativas

e operacionais e fomenta parcerias com

autoridades ambientais e comunidades para

combate a incêndios e queimadas. Além disso, o

CBMBA também realiza grandes eventos culturais

como Carnaval e São João, conforme planejado,

garantindo a segurança de milhares de pessoas em

horários de grande concentração de público.

15) Os bombeiros precisam passar por treinamento

constante. Como esse aperfeiçoa-mento

ocorre no CBMBA?

10

Via de regra, todo profissional precisa atualizar seu

conhecimento em sua área de trabalho, e conosco,

bombeiro militar, não é diferente.

Nós temos a consciência de que a busca pelo

conhecimento deve ser contínua e deve durar toda a

carreira.

Por isso, o CBMBA oferece aos seus militares cursos

para o aperfeiçoamento do profissional.

Os cursos buscam acompanhar as necessi-dades da

sociedade, as mudanças climáticas, a evolução das

tecnologias e avanço da sociedade.

O CBMBA planeja e oferta anualmente cursos

voltados às atividades bombeiro-militar e caso a

instituição ainda não disponha de algum curso

específico, um ou mais militares serão enviados para

outros estados da federação ou até mesmo outro país

para que ele obtenha o conhecimento e possa

retornar e aplicar o conhecimento adquirido.

Estamos com o projeto em andamento também do

Bombeiro Temporário, do Salva Vida Temporário,

buscando aumentar nosso efetivo para que a gente

possa atender a todas as regiões da Bahia, que é um

Estado muito grande.

16) Ǫual a mensagem que Coronel deixa aos bombeiros

que estão ingressando na profissão?

Aos que estão ingressando, tenham como referência os

que estão aí trabalhando. E os que estão aí trabalhando,

apenas o meu muito obrigado.

São merecedores de todo o carinho e atenção da

sociedade, porque são verdadeiros heróis.

São homens e mulheres que trabalham de manhã, de

tarde, de noite, de madrugada, chovendo, fazendo sol,

com pandemia, sem pandemia, buscando atender e

salvar vidas.

Esses homens merecem todo o meu carinho, minha

atenção, e agradeço a eles pelo papel que eles fazem pela

sociedade baiana.

E aos que estão chegando, é só olhar para eles e se

espelharem no que eles fazem, porque, com certeza,

estarão em bom caminho.



Operação SP Sem Fogo

Revista dos Bombeiros

Operação SP Sem Fogo: Fase vermelha chega ao

fim com maior investimento no combate aéreo da

história do estado de SP

Governo de SP investiu R$ 18,8 milhões no emprego de aeronaves; valor é 76% maior

que o total dos últimos 9 anos somados.

Largada da principal etapa da iniciativa foi feita

nesta terça (4) no Parque Estadual do

Juquery, palco de um incêndio de grandes

proporções em 2021

Aeronaves totalizaram 1.598 horas de voo e

lançaram mais de 7,38 milhões de litros de água

A fase vermelha da Operação SP Sem Fogo deste ano

chega ao fim tendo realizado a maior operação aérea

da história. Ao todo, o Governo de SP investiu R$

18,8 milhões na contratação de aviões, helicópteros e

compra de querosene para o combate aos focos de

incêndio.

Somente a Defesa Civil investiu 76% a mais na

contratação de aeronaves quando comparado com o

valor total investido nos últimos 9 anos. Inclusive,

esta foi a primeira vez em que a Fundação Florestal e a

Defesa Civil contrataram helicópteros para combater

queimadas durante o período da estiagem.

A operação aérea coordenada pelo gabinete de crise

da Operação SP Sem Fogo contou com o emprego das

aeronaves contratadas pela Defesa Civil, Secretaria

do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística,

Fundação Florestal e os helicópteros Águia do

Comando de Aviação da Polícia Militar.

Durante o período de atuação do gabinete, as

aeronaves totalizaram 1.598 horas de voo e lançaram

mais de 7,38 milhões de litros de água sobre os focos

de incêndio.

12


Operação SP Sem Fogo

Revista dos Bombeiros

Além do valor investido na contratação de aeronaves,

o Governo de SP destinou outros R$ 10 milhões para

ações emergenciais e repasse aos municípios para a

contratação de caminhões pipa e obras de

infraestrutura para o reestabelecimento do serviço de

abastecimento de água à população.

A atuação da Operação SP Sem Fogo contou com o

empenho de cerca de 15 mil pessoas, entre agentes da

Defesa Civil, da Fundação Florestal, do Corpo de

Bombeiros, brigadistas do Departamento de Estradas

e Rodagem (DER) e da iniciativa privada, além de

voluntários.

Por terra, foram utilizados quase 2,5 mil veículos,

entre viaturas, caminhões-pipa e veículos das

empresas agrícolas, além de diversas ações

preventivas que foram implementadas, incluindo

vistorias em áreas vulneráveis a queimadas, construção

de aceiros e campanhas de conscientização

voltadas para a população.

“Este ano enfrentamos a pior estiagem da história do

estado de São Paulo. O cenário exigiu uma enorme

união do poder público e da iniciativa privada no

enfrentamento às queimadas.

A criação do gabinete de crise logo no início dos

incêndios permitiu uma atuação sistêmica e

integrada e isso foi crucial para controlarmos o fogo

em São Paulo”, destacou o Coronel PM Henguel

Ricardo Pereira, Coordenador Estadual de Proteção e

Defesa Civil.

Tecnologia e conscientização

Meses antes do período da estiagem a Operação SP

Fogo iniciou uma campanha sobre a conscientização

da prevenção às queimadas em São Paulo. Vídeos

foram exibidos em salas de cinema, canais de tv e

mídia outdoor.

Já durante o período mais crítico das queimadas, a

Defesa Civil distribuiu cerca de 500 mil panfletos nas

regiões mais afetadas pelo fogo, como Ribeirão

Preto, Franca, Presidente Prudente, Barretos e Vale

do Paraíba.

A Defesa Civil utilizou o Sistema de Monitoramento

e Alerta Climatempo (SMAC), que faz o acompanhamento

dos focos ativos de todo o estado em tempo

real, permitindo a atuação dos agentes de modo

imediato, já que os satélites conseguem identificar o

foco desde seu início.

Outra importante ferramenta foi o Mapa de Risco de

incêndio, que utiliza algoritmos que cruzam dados

como umidade do ar e do solo, temperatura, velocidade

do vento e previsão meteorológica.

Com isso, o software aponta as regiões do estado com

maior risco para queimadas, escalonado em quatro

níveis, que vai de baixo até nível de emergência.

Drones com câmeras termais foram essenciais no

monitoramento dentro dos parques florestais e

estações ecológicas.

Os técnicos da Fundação Florestal empregaram a

tecnologia para auxiliar os brigadistas, identificando

os pontos de calor e direcionando o esforço nos

pontos exatos do fogo.

SP Sem Fogo

A Operação SP Sem Fogo visa, entre outras ações,

diminuir os riscos associados aos focos de incêndio

no Estado, principalmente durante o período mais

seco do ano, de junho a outubro na região Sudeste do

país.

A operação é uma parceria entre as Secretarias de

Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil),

Segurança Pública e Defesa Civil do Estado.

Além disso, conta também com ações e investimentos

do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar

Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de

Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF),

Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade

(CFB) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento

(SAA).

Operação utilizou 20 aeronaves e teve início em

setembro.

Fonte: https://www.agenciasp.sp.gov.br/

Fotos: Sandro Souza/Governo do Estado de SP

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RAIO X DO FOGO

Revista dos Bombeiros

‘Raio-x’ do fogo: conheça o drone com câmera

térmica usado pelos bombeiros de SP

Ferramenta indica locais com mais combustão e age em meio à fumaça, névoa, neblina ou escuridão.

O drone captura a imagem do prédio indicando os pontos mais sensíveis durnate o incêndio.

Foto: Secretaria da Segurança Pública/Governo de SP

Tecnologias cada vez mais avançadas têm se tornado

grandes aliadas ao trabalho humano, trazendo

soluções eficazes para melhorar a segurança e o

controle. O drone de câmera térmica usado pelo

Corpo de Bombeiros de São Paulo é um exemplo

disso. A ferramenta é uma peça primordial que serve

como um “raio-x” para direcionar a estratégia dos

bombeiros no combate a incêndios.

Recentemente, o equipamento foi usado pela

corporação para auxiliar a extinguir as chamas de um

shopping no Brás, no centro de São Paulo, no final de

outubro. O drone sobrevoou todo o prédio de 18 mil

metros quadrados e indicou os locais com mais

combustão.

Conforme o capitão Maycon Cristo, do Corpo de

Bombeiros, a ferramenta consegue fornecer as

imagens de cada canto da edificação, variando a cor

de acordo com a temperatura, além de emitir alertas.

“Uma curiosidade desse incêndio [no shopping] é

que a concentração de altas temperaturas estava

justamente nas laterais do prédio, divisas com as

edificações vizinhas, então nós direcionamos as

nossas equipes para começar por ali e não permitir

que o fogo chegasse até outros imóveis”, explicou.

15


Revista dos Bombeiros

RAIO X DO FOGO

O drone com câmera térmica captura toda a

imagem do prédio indicando os pontos mais

sensíveis. Na sequência, os bombeiros

conseguem projetá-la em uma televisão ou

aparelho que facilite a análise para montar a

estratégia de combate ao fogo.

Também há a possibilidade de ver a situação da

temperatura em pontos específicos. “A pessoa

que está operando o drone pode escolher um

ponto e ver qual é a temperatura ali”, disse o

capitão Maycon. No caso desse incêndio no

Brás, após todo o trabalho de extinção, as

equipes também usaram o drone na fase de

rescaldo para fazer o resfriamento de tudo o que

pudesse trazer uma reignição do fogo.

O drone foi utilizado no combate ao fogo que atingiu um galpão no

Brás em outubro deste ano. Foto: Divulgação/Governo de SP

Fumaça, névoa, neblina ou escuridão não impedem o funcionamento do equipamento, que consegue encontrar,

não apenas os principais focos de incêndio, mas também pessoas em qualquer condição climática.

Sem vítimas, incêndio no Brás foi extinto após trabalho ininterrupto.

O Brás é considerado o maior centro comercial do Brasil e o incêndio que atingiu um dos prédios na região

preocupou a população.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local em menos de dez minutos após receber o chamado. Por meio de um

trabalho ininterrupto, com revezamento de equipes e uso de tecnologia, os bombeiros con-seguiram deixar o local

sem vítimas.

O caminhão com o Sistema de Comando em Operações Emer-genciais da corporação foi posi-cionado na rua

Barão de Ladário, onde o prédio está localizado.

Nele, há um espaço para reuniões, lousas e equipamentos tecnológicos que ajudaram o efetivo a montar o

planejamento de atuação.

A zeladora de um edifício ao lado do prédio atingido pelo fogo contou que as equipes “agiram rápido” e isso

impediu danos maiores. “Pediram para a gente sair por um dia por precaução, mas já retornamos e está tudo certo.

Eles agiram como heróis, do jeito que vimos aquele prédio, com certeza o dano poderia ser bem maior e com

vítimas”, opinou Maria Helena Lauriano.

Fonte:https://www.agenciasp.sp.gov.br/

16





Revista dos Bombeiros

DO CAMPO PARA A MESA: A FORÇA DO

AGRO NACIONAL IMPULSIONA A

ECONOMIA BRASILEIRA 2024

O agronegócio brasileiro é de grande importância e

influência diretamente na economia do país.

Além de representar mais de 20% do PIB , ele

também é responsável por praticamente metade das

exportações que ocorrem , o que , consequentemente,

gera mais investimentos , desenvolvimento e oportunidades

de emprego.

Esse setor é capaz de produzir diferente matérias

primas e por esse motivo acaba servindo como base

para outros setores da economia.

Porém , para que isso ocorra em larga escala é

necessário que o agronegócio acompanhe a evolução

tecnológica atual , introduzindo novas técnicas

durante o procedimento .

tecnológicos , a produção e a comercialização da

categoria econômica rural .

Inclusive com dados positivos de emprego nesse 2º

semestre 2024 e por isso é " A CASA DA FAMÍLIA

RURAL ".

É preciso um olhar especial para o setor do

agronegócio , uma vez que temos o desafio de

produzir cada vez mais , inovando para mitigar os

efeitos das mudanças climáticas * palavras do

ministro da agricultura CARLOS FÁVARO.

Sim , o agronegócio do Brasil tem muito ainda para

crescer , com maior evolução e capacidade de gerar

riqueza e reduzir as disparidades sociais no país ,

mas isso só será possível com o esforço coletivo.

Nossa FAESP/SENAR promove ações que visam

beneficiar os métodos de trabalho , os processos

Fonte: CEPEA , ESALQ e USP

20


SEGURANÇA

Revista dos Bombeiros

EcoNoroeste: Inovação e Segurança nas

rodovias do interior paulista

Pertencente ao grupo EcoRodovias, a EcoNoroeste é

uma concessionária que conecta caminhos com

segurança, inovação e sustentabilidade. Responsável

pela gestão de importantes trechos rodoviários, tem

como missão proporcionar uma experiência de

viagem segura, eficiente e confortável, enquanto

promove o desenvolvimento socioeconômico e

sustentável regional.

A EcoNoroeste administrará cinco rodovias no

interior de São Paulo. A empresa iniciou suas

operações em 2023, gerenciando as rodovias

Washington Luís (SP 310), Brigadeiro Faria Lima

(SP 326) e Carlos Tonanni, além de Nemésio Cadetti,

Laurentino Mascari e Dr. Mario Gentil (SP 333). Em

2025, assumirá a gestão de mais 158 quilômetros de

estradas. Este trecho representa um importante

corredor logístico para o transporte de produtos

agropecuários e fertilizantes, contribuindo significativamente

para a eficiência e a segurança das

operações de transporte na região.

A concessionária é a pioneira na implementação do

sistema de pedágio Free Flow no estado, tecnologia

inovadora que permite a cobrança automática de

pedágio sem a necessidade de praças físicas,

garantindo fluidez, eliminando filas e interrupções no

trânsito e contribuindo para a redução das emissões

de CO₂ devido à diminuição de paradas e retomadas

dos veículos.

Contribuir para a eficiência e a segurança das

operações de transporte na região, priorizando a

segurança dos usuários, é o objetivo da EcoNoroeste,

que investe continuamente em campanhas

educativas, na modernização e ampliação da

infraestrutura rodoviária e em projetos que

promovem a mobilidade e a conectividade do

usuário, como a plataforma o sos.eco.br, a qual o

motorista que precisar de qualquer tipo de

atendimento, seja por pane mecânica ou socorro

médico, pode acessar pelo celular e acionar o serviço

sem sair do carro.

Parcerias com o Corpo de Bombeiros são essenciais

para que a EcoNoroeste possa promover um trabalho

colaborativo e fortalecer a capacidade de resposta a

incidentes, elevando o padrão de segurança e

proteção para a comunidade e os usuários das

rodovias.

21


SEGURANÇA

Revista dos Bombeiros

22

RINEM

Entre outras parcerias com a corporação, a

concessionária participa do Plano Regional de

Atendimento a Emergências (RINEM), uma

iniciativa que busca integrar e coordenar esforços de

diversas entidades para responder de forma eficaz a

emergências, como acidentes com produtos

perigosos, incêndios ou outras ocorrências críticas

em rodovias e áreas próximas.

Com essa colaboração interinstitucional, que inclui a

participação das usinas próxima aos trechos das

rodovias, é possível reunir recursos e expertise das

partes envolvidas, otimizando o uso de equipamentos

e pessoal, facilitando o alinhamento de protocolos e o

compartilhamento de informações para uma atuação

integrada.

PAM

Envolve empresas locais (como usinas e indústrias) e

órgãos públicos, a EcoNoroeste participa também, junto

com o Corpo de Bombeiros, do Plano de Auxílio Mútuo de

Jaboticabal (PAM).

Esse programa colaborativo tem o objetivo de planejar e

executar ações integradas para prevenção e resposta a

emergências, como incêndios, vazamentos de produtos

Foto:Alberto Maraux / SSP

perigosos, acidentes industriais ou rodoviários.

O PAM estabelece uma rede de cooperação entre as

partes envolvidas, promovendo o compartilhamento

de recursos e informações para garantir respostas

rápidas e eficazes a situações críticas na região de

Jaboticabal e arredores.

Equipamentos da EcoNoroeste, como caminhõespipa,

ambulância e veículos de resgate, são

disponibilizados conforme a necessidade.

Fonte: EcoNoroeste


23







Sprinklers

Revista dos Bombeiros

Sprinklers salvam vidas

A reportagem a seguir é uma reflexão sobre a importância dos sistemas de sprinklers para salvar vidas.

É muito comum no meio empresarial pensar nos sistema de sprinklers apenas como proteção do patrimônio, ou

como exigência de seguradoras.

A prova que veremos a seguir foi baseada num teste real o qual foi realizado após uma tragédia de dimensões

semelhantes ao que aconteceu na boate Kiss. Este teste é a prova cabal mais significativa em prol do uso dos

sprinklers em defesa da vida.

O estudo pode ser encontrado em:

https://tsapps.nist.gov/publication/get_pdf.cfm?pub_id=100988

O estudo completo é muito extenso e leva em conta aspectos técnicos que não é possível descrever neste espaço.

A descrição a seguir é um pequeno resumo.

Imagens da boate Kiss após incêndio

29


Revista dos Bombeiros

Em 20 de fevereiro de 2003 um

incêndio ocorreu no Station

Nightclub na cidade de West

Warwick que resultou a morte de

100 jovens.

Sprinklers

A tragédia desencadeou uma série

de ações para evitar que as mesmas

se repetissem no futuro, muito

similar ao que aconteceu no Brasil

com a tragédia da boate Kiss.

Uma das ações que me chamaram a

atenção foi um experimento

realizado pelo NIST.

O experimento consistiu em fazer uma simulação

real do incêndio. Para isto foram construídos dois

espaços semelhantes ao real, sendo que em um deles

foi instalado um sistema de sprinklers e no outro não.

Incêndio do Station Night Club, onde os testes da NIST foram baseados

sensores foram escolhidos em vista da possibilidade

de alguns destes agentes, se expostos ao ser humano

em faixas fora do normal, possibilitam a morte da

pessoa ou ferimentos com sequelas gravíssimas.

Nestes dois espaços foram instalados sensores de

temperatura, oxigênio, monóxido de carbono,

cianeto de hidrogênio (HCN) e radiação em diversos

pontos, e em cada ponto, em diversos níveis. Estes

Ao mesmo tempo a simulação foi filmada nos dois

casos e os filmes estão disponíveis na internet onde

numa simples procura do Google ( fire station video

nist) fornecerá o link do mesmo.

30


Sprinklers

Revista dos Bombeiros

As fotos abaixo mostram a simulação. O principio do incêndio foi iniciado com um artefato pirotécnico

semelhante ao que foi usado no show, porem acionado eletricamente. Com todos os sensores instalados,

iniciou-se a medição dos valores da temperatura, oxigênio, dióxido de carbono, radiação e cianeto de

hidrogênio.

Teste sem sprinklers

Teste com sprinklers

Imagens do teste da NIST

As fotos acima dão uma primeira visão da eficiência do sistema de sprinklers para a extinção de um incêndio em

lugares de concentração de pessoas.

31


Sprinklers

O primeiro sprinkler disparou a 24 segundos do inicio do incêndio.

A variação de temperatura do ambiente sem e com sprinkler pode ser analisada nos gráficos abaixo:

Revista dos Bombeiros

Gráfico tempo x temperatura medida no local

da plateia no experimento com sprinklers

Analisando o gráfico do local protegido

com sistema de sprinklers fica fácil

verificar que a temperatura no nível onde

se encontram as pessoas não atingiu

valores que pudessem causar queimaduras.

Gráfico tempo x temperatura medida no local da

plateia no experimento sem sprinklers.

32


Sprinklers

Revista dos Bombeiros

Da mesma forma foram medidas as concentrações de oxigênio, monóxido de carbono e cianeto de hidrogênio

nos ambientes sem e com sprinklers e pautadas no mesmo gráfico abaixo:

Gráfico tempo x concentração de oxigênio medida no local

da plateia no experimento nos ambientes sem sprinklers e

com sprinklers.

Gráfico tempo x concentração de monóxido de carbono

medida no local da plateia no experimento nos ambientes

sem sprinklers e com sprinklers.

Ao analisarmos os gráficos é fácil de concluir que

com as condições de sobrevivência adequadas

(temperaturas próximas ao normal, concentração

de oxigênio próximo ao normal, concentração baixa

de monóxido de carbono e cianeto de hidrogênio)

não seria possível à ocorrência de vítimas no local

se este estivesse equipado com um sistema de

sprinklers.

Gráfico tempo x concentração de cianeto de hidrogênio

medida no local da plateia no ambiente do experimento

sem sprinklers e com sprinklers.

Muitos dos que argumentam contra a instalação de

sistemas de sprinklers alegam sobre o alto custo de

instalação do sistema. Os sistemas de sprinkler não

tem custo elevado. O primeiro Congresso da Abspk,

realizado no Guarujá em 2014, contou com uma

apresentação relativa aos custos de instalação de

sprinklers no local da boa- te Kiss. O estudo

realizado pelo Eng. Ricardo Shirakawa pode ser

encontrado no link abaixo:

http://www.abspk.org.br/CBSpk/Apresentacoes/Dia05-10%20-%20Painel%202%20-%20RICARDO%20

SHIRAKAWA.pdf?pdf=PDF-05-10

O estudo mostra que o custo de instalação de um sistema de sprinklers na boate Kiss ficaria em torno de R$

78.000,00.

Numa conta simples, seriam suficientes R$ 10,00 por pessoa em 7 eventos para amortizar o investimento. É um

custo muito baixo se considerar uma probabilidade de perdas de vidas, custo este que tenho certeza que

ninguém deixaria de pagar para sua segurança.

33


Sprinklers

Revista dos Bombeiros

Outras provas da ação do sprinkler na proteção à vida.

• Este experimento não é a única prova que o sistema de sprinkler salva vidas. Em outros países tem sido feitos

estudos para ampliar o uso dos sprinklers em vários tipos de construção, e inclusive em residências. Com a

disseminação do uso foi possível elaborar estatísticas sobre a sua eficácia.

• De acordo com os estudos da NFPA, a taxa de fatalidades entre 2007-2011 foi menor em 85% em residências

equipadas com sprinklers.

Estes dados podem ser encontrados em: (pagina 75)

https://www.nfpa.org/-/media/Files/News-and-Research/Fire- statistics-and-reports/Proceedings/Workshops/

WorkshopLifeSafetySprinklerSystem Challenge.ashx

Alguns poderão arguir que os estudos não são feitos baseados em estatísticas nacionais. Não por isto o estudo

perde validade, já que foram feitos por uma organização com mais de 100 anos de existência e com reputação

ilibada. A NFPA não é uma organização que defende somente o uso de sprinklers. Em seu rol de normas

compreende todos os métodos de proteção contra incêndio.

34

O uso de sprinklers tem se disseminado pelo mundo de forma contínua. Não é por qualquer motivo. Esse uso

crescente se deve ao fato que é certo que o sistema é eficaz na proteção à vida. Não é plausível que o mundo

inteiro esteja errado e algumas instituições no Brasil, que são contra a obrigatoriedade da instalação de sprinklers

em locais públicos, estejam corretas.Eu entendo que este posicionamento é contar o bom senso e para isto é

simples comprovar. Basta apenas analisar com critérios os dados da pesquisa descrita acima e em outras

disponíveis em site conceituados




CBMSC

Revista dos Bombeiros

Viagem de estudos do CFO CBMSC

No domingo, 17 de novembro, os cadetes do Corpo de

Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC),

acompanhados pelo comandante da Academia de

Bombeiros Militar, major BM Alan Delei

Cielusinsky, iniciaram uma viagem de estudos focada

no aprendizado e na troca de experiências. A jornada

começou na Escola Superior de Bombeiros (ESB),

em Franco da Rocha (SP), onde o major BM

Baruffaldi, Chefe da Divisão de Ensino, apresentou o

processo de formação dos bombeiros paulistas e a

estrutura de ensino utilizada na formação dos cadetes

daquele estado. No dia 19 de novembro, o pelotão de

cadetes catarinenses visitou o Centro de Suprimento e

Manutenção de Material Operacional de Bombeiros

(CSM/MOpB).

Nesse local, foram recepcionados pelo capitão BM

Gasparotti que explicou o funcionamento e

apresentou as instalações da instituição responsável

pela manutenção das viaturas do Corpo de Bombeiros

da Polícia Militar do Estado de São Paulo

(CBPMESP). Após isso, os cadetes visitaram o museu

de viaturas, onde estavam expostas diversas viaturas

históricas do CBPMESP.

Ainda no dia 19 de novembro, o pelotão visitou a sede do

Comando-Geral do CBPMESP, sendo recebido pelo

capitão BM Maycon Cristo, Chefe do Gabinete da

Comunicação Social.

O capitão fez uma apresentação institucional, destacando o

papel e os números da corporação na segurança pública.

Ao final, o pelotão pôde conhecer e conversar um pouco

com o Comandante-Geral, coronel BM Nilton Cesar

Zacarias Pereira, que desejou aos cadetes catarinenses

uma boa passagem pela instituição. Na sequência, os

cadetes deslocaram-se para o GAED (Grupo de

Ações em Emergências e Desastres), onde foram

recepcionados pelo 1º tenente Spacassassi e pelo 1º

tenente Danilo. Durante a visita, os tenentes fizeram

uma apresentação sobre as funções desempenhadas

pelo grupo, destacando algumas das ocorrências em

que atuaram, relacionadas a desastres naturais e

situações de emergência de grande escala.

Ao final, os cadetes conheceram as instalações,

viaturas e equipamentos utilizados pelo GAED.

37


Revista dos Bombeiros

CBMSC

A passagem pelo estado de São Paulo encerrou, no

dia 21, com uma visita à Academia de Polícia

Militar do Barro Branco (APMBB). Durante a

manhã, os alunos-oficiais PM Virgílio e Guilherme

Teixeira conduziram uma visita pelas instalações

da Academia. Na sequência, o pelotão assistiu a

uma formatura, na qual foi entregue a medalha

centenária a militares e civis. Para finalizar, houve

uma breve conversa com o Subcomandante-Geral

Interino da PMESP, coronel PM Gilson Hélio Jesus

dos Santos, e com o Comandante da APMBB,

coronel PM Coronel PM Sandro Roberto Rondini.

Na sexta-feira, dia 22 de novembro, ocorreu a visita à

Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), no estado

do Paraná. Nesse local, o pelotão foi recebido pelos

cadetes Wandrowski, Vaz e Aline, (Foto: do 3º Gabriel CFO. Rosa/AEN Após um )

tour pelas instalações da Academia, o pelotão teve a

oportunidade de assistir a um simulado do curso de

Salvamento Veicular, conduzido pelo Major Zajac e pelo

Capitão Olesh. Em seguida, foi realizada uma visita à

futura instalação da Escola Superior de Bombeiro Militar,

conduzida pelo 1º tenente Venturini e pelo 1º tenente

Gross.

O encerramento da jornada aconteceu na sede do Grupo de

Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de

Bombeiros Militar do Paraná. Inicialmente, o major

Gabriel fez uma explanação sobre as áreas e forma de

atuação do GOST.

38


CBMSC

Revista dos Bombeiros

Após isso, tirou as dúvidas dos cadetes relacionadas a

procedimentos de mobilização e acionamento, bem

como sobre os recursos material e humano da

organização.

A semana de viagem e aprendizado foi uma valiosa

oportunidade de troca de experiências e conhecimento

para os cadetes do Corpo de Bombeiros Militar de

Santa Catarina. Ao longo dos dias, eles puderam

verificar as práticas e desafios enfrentados pelas

corporações de São Paulo e Paraná, desde o processo de

formação até as operações táticas de resgate.

Cada visita, seja às academias ou aos grupos

especializados, contribuiu para uma visão mais ampla

das diversas frentes de atuação do Corpo de

Bombeiros. Tal experiência fortaleceu a trajetória dos

futuros oficiais rumo à carreira militar, por meio da

convivência com outras instituições e da troca de

saberes.

Fonte: Cadete BM Lucas de Lima TEIXEIRA

Fotos/ Créditos: CBMSC

39



Esguicho Regulável

Revista dos Bombeiros

CÁLCULO HIDRÁULICO COM ESGUICHOS REGULÁVEIS

SISTEMA DE HIDRANTES PREDIAIS

Os esguichos são acoplados nas mangueiras de

incêndio por meio de conexões Storz e são

responsáveis para regular e direcionar o fluxo de água

em ações envolvendo o combate a incêndio. Estes são

indispensáveis para a aplicação do agente extintor,

portanto, precisam possuir características de

resistência às ações mecânicas (ex.: impactos), bem

como possuírem resistência às pressões estáticas e

dinâmicas de operação dos sistemas de hidrantes.

Há diversos modelos de esguichos, como:

• Esguicho regulável;

• Esguicho de vazão selecionável;

• Esguicho automático, entre outros.

Esguichos reguláveis são capazes de gerar um

espectro de padrões ilimitados – de jato compacto a

neblina de proteção bastante larga. Os padrões mais

comuns são o jato compacto, o jato neblina de meia

abertura, com ângulo entre 15º e 45º, e o jato neblina

mais aberto, com ângulo entre 45º e 80º. O jato

compacto produzido pelos esguichos reguláveis não

se confunde com o jato pleno produzido pelos

esguichos agulheta, pois o primeiro é oco e o segundo

é cheio (chegando a até ser chamado de jato sólido em

outras literaturas) – Fig.: 02.

O esguicho do modelo regulável (Fig.: 01) é muito

utilizado nas instalações de sistema de hidrantes

prediais para as operações de combate a incêndios. A

sua exigência, por exemplo, está estabelecida na

Instrução Técnica no 22/2019 do Corpo de

Bombeiros do Estado de São Paulo (CBPMESP) –

Tabela 2.

Fig.: 02 – Tipos de jatos – esguicho regulável

Na legislação do CBPMESP (IT no 22/2019) são

estabelecidos parâmetros mínimos de vazões e

pressões para o dimensionamento dos sistemas de

hidrantes (tipos: 1, 2, 3, 4, e 5) – Fig.: 03.

Fig.: 01 – Esguicho regulável

TUDO É POSSÍVEL COM AS MALHAS E FIOS FIDES

https://grupofides.com.br

41


Esguicho Regulável

Revista dos Bombeiros

Fig.: 03 – Tipos de sistemas de proteção por hidrantes ou mangotinhos

42


Esguicho Regulável

Revista dos Bombeiros

As vazões consideradas são as necessárias para o

funcionamento dos esguichos reguláveis com jato

compacto (e não pleno, conforme consta na Tabela 2

da IT no 22/2019 do CBPMESP; jato pleno é

produzido por esguicho do tipo agulheta – vide

parágrafo anterior) ou neblina 300, de forma que um

brigadista possa dar o primeiro combate a um

incêndio de forma segura, considerando uma

distância mínima de jato de 10 metros (Fig.: 04).

Fig.: 04 – Distância de jato – esguicho regulável

No dimensionamento de sistemas com mais de um

hidrante simples deve ser considerado o uso

simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis

estabelecidos nos cálculos, para qualquer tipo de

sistema especificado, adotando-se, em cada jato de

água, no mínimo as vazões obtidas conforme a

Tabela 2 da IT no 22/2019 do CBPMESP e

estabelecendo a sua saída nas válvulas globo

angulares dos hidrantes.

o

No que se refere à pressão no esguicho a IT n 22/2019 do

CBPMESP, no item n. 5.11.2.2, estabelece que cada

esguicho instalado deve ser adequado aos valores de

pressão, vazão d'água e de alcance de jato, para

proporcionar o seu perfeito funcionamento, conforme

dados do fabricante (Fig.: 05).

Portanto, as pressões de cálculo nos hidrantes mais

desfavoráveis não podem ser estabelecidas nas válvulas

globo angulares dos hidrantes.

No caso o profissional responsável pelo cálculo adote as

vazões e pressões mínimas de acordo com a Tabela 2 da IT

no 22/2019 do CBPMESP, iniciando-se o cálculo nas

válvulas globo angulares, há a possibilidade de que a

bomba de incêndio dimensionada não atenda as

exigências mínimas para o seu perfeito funcionamento

( Ex.: distância de jato).

43


Revista dos Bombeiros

Tem-se: Q = 251,02L/min ; P = 30mca (Adotar no

hidrante mais desfavorável – na ponta do esguicho

regulável)

Esguicho Regulável

Fig.: 05 – Dados do fabricante – esguicho

regulável

CÁLCULO DO COEFICIENTE DE

DESCARGA DO ESGUICHO – DADOS DO

FABRICANTE

P = 50PSI = 33,34mca (10mca = 15PSI)

Q = 70gpm = 264,60L/min (1gpm = 3,78L/min)

0,5

Q = K x (P)

-0,5

K = 45,83L/min x (mca)

o

SISTEMA TIPO 2 – IT n 22/2019 – PMESP –

CONDIÇÕES MÍNIMAS

O ideal é efetuar o dimensionamento do sistema de

hidrantes, adotando-se a especificação técnica do

esguicho regulável a ser instalado, ou seja, deve ser

considerado o seu coeficiente de descarga, distância

de jato, vazão e pressão de operação. A pressão e

vazão no esguicho regulável do hidrante mais

desfavorável (de acordo as características técnicas do

esguicho regulável) deve ser no mínimo igual ou

o

superior ao estabelecido na Tabela 2 da IT n 22/2019

do CBPMESP, devendo ainda, na realização do

cálculo hidráulico considerar a perda de carga na

mangueira, além da perda de carga na tubulação, para

o dimensionamento do sistema. O volume da reserva

d'água de incêndio deve ser dimensionado de acordo

com a vazão total calculada para o sistema

considerando o tempo de operação ideal.Ao término da

instalação do sistema de hidrantes o importante é realizar o

teste de funcionamento, onde os hidrantes mais

desfavoráveis devem operar de forma simultânea, sendo

que nas condições pré-estabelecidas pela legislação e

especificação do fabricante proporcionem as pressões,

vazões e alcance dos jatos de forma adequada.

Autor: Prof. Dr. Aderson Guimarães Pereira - Eng.

Civil e de Seg. do Trab. – Bombeiro Militar

Contato: capguimaraes@yahoo.com.br

Atualizado em: 27NOV24

o

Dados da IT n 22/2019: P = 30mca ; Q = 150L/min

Cálculo da vazão para o esguicho à P = 30mca (mínima)

-0,5

com K = 45,83L/min x (mca)

Q = 251,02L/min

Avenida Cel. José Nogueira Terra, 174-Centro

Cravinhos -SP

44


Revista dos Bombeiros

45





Patrono dos Bombeiros

Revista dos Bombeiros

Dia do Patrono dos Corpos de Bombeiros

Militares do Brasil

Nascido em 2 de Dezembro de 1825,

Dom Pedro II foi o 7º filho do

Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz

Leopoldina, sua maioridade foi

apressada por razões políticas, entregaram-lhe

o Cetro aos 15 anos ain-da

incompletos.

Seu reinado reflete 49 anos de paz

interna, prosperidade e progressos,

dentre eles, a abertura da 1ª Estrada de

Rodagem do Brasil, a Industrialização,

a Locomotiva a Vapor, a Instalação do

Cabo Submarino, a Inauguração e Instituição

do Selo Postal e no dia 02 de julho de 1856 através do Decreto Imperial nº 1775, assinado por sua

Majestade o Imperador Dom Pedro II cria o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, o primeiro Corpo de

Bombeiros do Brasil.

Foi no ano de 1856 que o Imperador Dom Pedro II organizou o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte. Para

tal reuniu sob uma mesma administração as diversas seções que até então existiam para o serviço de extinção de

fogo nos Arsenais de Guerra e de Marinha, Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção. A criação do

Corpo Provisório de Bombeiros da Corte consta do Decreto Imperial n° 1775, de 02 de julho de 1856.

49


Revista dos Bombeiros

Poucos dias depois, a 26 de julho, foi nomeado Diretor-Geral da Corporação o Major do Corpo de Engenheiros

João Baptista de Castro Moraes Dantas. No mesmo ano da sua criação, o Corpo de Bombeiros recebeu a primeira

bomba a vapor, especialmente destinada aos incêndios à beira-mar e que podia ser usada também para a extinção

de fogo a bordo de navios.

Patrono dos Bombeiros

O Material de combate compunha-se basicamente de quatro bombas manuais, algumas escadas, baldes de lona,

mangueiras e cordas. Os bombeiros tinham como principal característica o porte atlético, além da disposição

física aliada a uma coragem destacada e um caráter íntegro.

Somente em 15 de julho de 1880, pelo Decreto nº 7666, foram concedidas aos oficiais da Corporação graduações

militares, com o uso das respectivas insígnias. Ao Diretor-Geral foi conferida a patente de Tenente-Coronel, ao

ajudante a de major, aos comandantes de seções a de capitão e aos instrutores a de tenente.

Tenente-coronel Neves - Foto - CBMMG

Até a promulgação do referido decreto, apesar de

militarmente organizado e aquartelado, o Corpo de

Bombeiros não era considerado como unidade militar.

Seus oficiais não podiam usar insígnias nem mesmo no

quartel.

E quando concorriam em serviço com outras

autoridades militares eram tidos como simples

soldados. É somente a partir da publicação deste

decreto que começa a verdadeira organização militar

da Corporação, confirmada posteriormente no

regulamento de 1881.

50


CBMGO

Revista dos Bombeiros

Corpo de Bombeiros Militar inaugura laboratório

para prevenção de queimaduras domésticas

De acordo com dados do Ministério da Saúde, queimaduras

afetam cerca de 1 milhão de pessoas por ano

no Brasil, com quase 20 mil mortes registradas entre

2015 e 2020. O CBMGO espera que, com o novo

espaço, seja possível reduzir esses índices e fortalecer

a cultura de prevenção no dia a dia das

famílias.

Medidas para evitar queimaduras domésticas

A prevenção de queimaduras começa com cuidados

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO) inaugura, na próxima quinta-feira (28),

às 9h, um laboratório moderno dedicado à prevenção

de queimaduras domésticas. A estrutura, localizada

no Batalhão de Segurança do Estado (BSE), no Setor

Aeroporto, em Goiânia, permitirá simulações

realistas para aprimorar o treinamento dos

bombeiros e realizar ações educativas que

conscientizem a população sobre os riscos e as

melhores formas de evitá-los.O projeto, viabilizado

em parceria com o Instituto Consciente, é um

exemplo de cooperação entre o setor privado e

iniciativas que impactam positivamente a sociedade.

simples: mantenha crianças afastadas de fogões,

fornos e superfícies quentes; evite deixar cabos de

panelas voltados para fora do fogão; use dispositivos

de segurança em botijões de gás e tome cuidado com

líquidos aquecidos ou substâncias inflamáveis. Além

disso, sempre supervisione o uso de velas e aparelhos

elétricos, e, ao lidar com produtos químicos, siga

corretamente as instruções de uso. Essas práticas

ajudam a criar um ambiente doméstico mais seguro e

a evitar acidentes graves.

Fonte: www.bombeiros.go.gov.br

51



Revista dos Bombeiros

53


54

Revista dos Bombeiros


Emergências Ambientais

Revista dos Bombeiros

Ambipar Response tem mais de 500 bases no mundo

para respostas às emergências ambientais

A Ambipar, líder global em soluções ambientais, ao

longo de seus 30 anos, investe de forma sustentável e

inovadora nas áreas de pesquisa e desenvolvimento

para oferecer as melhores soluções em economia

circular, descarbonização, transição energética e

respostas a emergências climáticas.

A Response é a vertical da Ambipar especializada na

prevenção de crises e emergências ambientais,

químicas e biológicas, além de gerenciar resposta a

crises climáticas. A Ambipar atua na Prevenção,

Preparação e Resposta ajudando a mitigar incidentes,

reduzindo impactos negativos à saúde das pessoas,

ao patrimônio, ao meio ambiente e à reputação de

seus clientes.

Nos últimos anos, a Ambipar teve um crescimento

acelerado, expandindo sua operação, no Brasil e no

mundo. Hoje, a companhia atua em 41 países

espalhados pela América do Sul, América do Norte,

Europa, África e Oriente Médio.

Além disso, conta com uma Torre de Controle que

Gerencia Emergências e serviços críticos, nossa

Torre de Controle é certificada sob a Norma UNE-

ISO 22320, na qual atuam especialistas em

gerenciamento de crises, que subsidiam os tomadores

de decisões com informações detalhas dos

cenários emergenciais, assegurando uma comunicação

rápida e eficaz.

Treinamentos

A Ambipar Response tem um portfólio com diversos

tipos de treinamentos focados na especialização em

atendimento emergencial, prevenção de riscos

ocupacionais e segurança do trabalho, além da

realização de simulados de acidentes com cenários

reais.

A companhia possui uma rede internacional de

centros de treinamento denominada como Ambipar

Response Training Center (ARTC), com suas

unidades no Chile, Peru, Reino Unido,Espanha,

Brasil, além do maior centro de treinamento

HAZMAT do mundo, localizado em Pueblo, no

estado do Colorado, nos Estados Unidos.

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Emergências Ambientais

Estes treinamentos promovem a qualificação de

profissionais que atuam em situações críticas e de

emergência, garantindo o preparo profissionais para

que essas pessoas possam atuam de forma segura em

acidentes com produtos químicos e outras situações

críticas.

Os profissionais que passam pelas unidades de

capacitação da Ambipar contam com um corpo

técnico altamente capacitado, com certificações

nacionais e internacionais como HAZMAT, OIL

Spiil, Brigadas de Emergência, NR's, Armazenamento

e Transporte de Produtos Perigosos,

Revista dos Bombeiros

Equipamentos Simuladores e Exercícios Simulados.

Serviços Aéreos

A Ambipar possui uma operação aérea especializada,

com o foco no combate a incêndios florestais,

serviços críticos e transporte e remoção de pessoas em

áreas de difícil acesso, possuímos uma frota própria

de aeronaves que se adaptam às demandas e

necessidades dos clientes. A manutenção é própria,

com estrutura verticalizada e homologada pela

ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

Serviços Médicos

A Ambipar oferece soluções completas de atendimento pré-hospitalar (APH) especializadas em resgate e

socorro em urgências e emergências médicas, por via terrestre ou aérea. Atende a indústrias, concessionárias de

rodovias, portos e aeroportos. Este serviço é realizado por equipe altamente treinada e capacitada para atender

situações que envolvem os maiores riscos à vida.

Contatos

Site: www.ambipar.com

Telefone: 11 3526-3526

+55 19 99999-9584

E-mail: vendas@ambipar.com

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