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jORNALDAsOFICINAs.COm | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João VIEIRA
220
Dezembro 2024
/jANEIRO 2025
PERIODICIDADE | MENSAL
ANO XIX | 3 EUROS
VANGUARDA
DO NEGÓCIO OFICINAL
Melhor Mecatrónico 2024
Pág. 12 // Na edição mais disputada de sempre
e exibindo o nível mais elevado da Competição,
o Melhor Mecatrónico 2024 foi ganho por
Ricardo Trindade, da oficina R20 Auto,
pertencente à rede RedService
Gerar confiança
Pág. 71 // Uma oficina deve ser transparente e
mostrar ao cliente as vantagens da oficina e da
marca. Deve defender a qualidade da oficina
acima de qualquer outra e mostrar ao cliente as
vantagens do serviço prestado
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RECEçãO ATIVA NAS OFICINAS
93 22 22 200
PÁG. 6
Mathias Bleicher
Pág. 34 // A Liqui Moly inaugurou recentemente
o Liqui Moly Experience Centre, na sua sede
situada no Cacém, e o responsável máximo a
nível ibérico, Mathias Bleicher, não poderia estar
mais satisfeito com o espaço que servirá para
mostrar tudo o que a marca tem para oferecer
iQ4Y - Formação oficinas
Pág. 76 // Em apenas um ano, a iQ4Y formou 300
profissionais e reforçou parcerias estratégicas,
consolidando-se como uma referência em
formação e inovação no setor automóvel em
Portugal
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Editorial
220 dezembro 2024/janeiro 2025
Folha de Serviço ........................................................... 4
DESTAQUE
Receção ativa ................................................................ 6
COMPETIÇÃO
Melhor Mecatrónico 2024 .................................... 12
PODCAST
Confronto de Gerações ......................................... 19
NOTÍCIAS
Empresas ...................................................................... 32
Produto ........................................................................... 66
Pneus .............................................................................. 78
ENTREVISTAS
Miguel Fonseca (Salvador Caetano) ................ 16
Aurélie Jouve (Equip Auto) ................................... 20
Paulo Oliveira (Univex) ............................................ 24
Javier Fernandez (Mewa) ...................................... 28
Mathias Bleicher (Liqui Moly) .............................. 34
Nuno Guerra (Polibaterias) ................................... 38
Fernando Amaral (Alidata) .................................... 42
Juan Egea (Yuasa) .................................................... 46
Salvador Lombart (Champion) ............................ 50
Rocio Fernandez (Varta) ........................................ 54
Mário Rodrigues (Rodrisystem) ......................... 58
Manuel Silva (Lovistin) ............................................ 62
Mário Torcato (SW Auto) ........................................ 68
Lea Raya (pintora) ..................................................... 72
GESTÃO
Mensagens a transmitir .......................................... 71
OFICINA DO MÊS
LD Auto ........................................................................... 74
EMPRESA
iQ4Y .................................................................................. 76
PRODUTO
Ruzi – Reparação pneus ....................................... 61
TEMPOS
DESAFIANTES
A
indústria automóvel europeia enfrenta tempos desafiantes, causados por uma combinação de
fatores estruturais, económicos e tecnológicos. A pressão para atingir metas ambientais rigorosas
forçou a indústria a investir fortemente em veículos elétricos (VE), contudo, a adoção
de VE desacelerou devido ao alto custo, falta de infraestrutura de carregamento e cortes em
subsídios governamentais. Os fabricantes chineses ganham mercado na Europa com veículos elétricos
mais baratos, colocando pressão sobre as marcas tradicionais europeias que, devido à falta de políticas
industriais coordenadas e de apoio governamental não estão a conseguir adaptar-se às mudanças rápidas
do setor. A indústria automóvel europeia precisa equilibrar a transição para veículos sustentáveis,
lidar com a concorrência global e reavaliar as suas estratégias de mercado para enfrentar a crise, mas
não está a ser fácil.
O que se está a assistir é que a velha Europa está a deixar de ser um dos players fundamentais no setor
automóvel, passando o protagonismo para a Ásia que rapidamente passará a produzir 60% do volume
mundial de veículos ligeiros. Só o Japão sozinho, está a produzir 25 milhões de veículos por ano e a Índia
já produz 3 milhões de veículos e tem como objetivo chegar aos 7 milhões em 2030, portanto vai ser
aqui também um key player neste panorama. E com tudo isto a indústria europeia sai fragilizada, com
cortes severos ao nível da produção e no número de trabalhadores. A proliferação das marcas de veículos
asiáticos traz novos desafios também para o aftermarket, porque o portfólio de peças oferecidas pelos
distribuidores vai ter de ser distinto daquilo que é o panorama atual. E temos também a concentração
do mercado em grandes grupos internacionais, onde se incluem os fabricantes de automóveis e os seus
concessionários, que são muito diferentes do que eram há vinte anos atrás. Hoje, os concessionários de
marcas são oficinas multimarcas. Veja-se o caso da Santogal que partilha as suas oficinas com vinte ou
trinta marcas distintas. Isto acontece porque o mercado das peças e da reparação é muito apetecível
e cada vez mais cobiçado pelos grandes fabricantes de automóveis, embora ainda tenham muito que
aprender com o IAM no que diz respeito a logística, agilidade e proximidade às oficinas.
Qualquer que seja a tendência, nada vai parar a transição para a E-Mobility, e é por isso essencial que
as oficinas se preparem de forma responsável e comprometida para enfrentar as mudanças iminentes.
Com a crescente adoção de veículos híbridos e elétricos, haverá uma mudança na procura por serviços
de manutenção e reparação de automóveis, uma vez que estes veículos possuem uma mecânica diferente
dos motores de combustão interna. O pós-venda também terá novas necessidades relacionadas com a
manutenção e reparação de baterias e sistemas elétricos, que serão cruciais para garantir o desempenho
destes novos veículos. Além disso, com o aumento da conectividade dos veículos elétricos, as oficinas
também têm de estar preparadas para lidar com atualizações de software e diagnósticos remotos. Em
conclusão, a transição para a E-Mobility vai trazer muitos novos desafios e oportunidades para a indústria
automóvel e para o pós-venda em particular, e é importante que as empresas se adaptem e invistam
em tecnologias e formação para atender às novas necessidades dos clientes.
Para se prepararem para a chegada da E-Mobility, é imperativo que as oficinas invistam em formação
especializada em veículos elétricos e híbridos, a fim de compreender todas as especificações da sua
mecânica e eletrónica. Ao adotar estas medidas, as oficinas estarão melhor preparadas para atender às
necessidades dos clientes com veículos elétricos e híbridos, o que pode aumentar a sua reputação e atrair
mais clientes, dando-lhes uma vantagem competitiva no mercado.
JOÃO VIEIRA | Diretor
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com
// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@
apcomunicacao.com // PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288
052 // GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por
escrito do JORNAL DAS OFICINAS // IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 //
DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03 TIRAGEM 10.000 exemplares
www.apcomunicacao.com
Parceiro em Espanha
EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM
CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 3
FOLHA
DE SERVIÇO
IPSIS
VERBIS
MIGUEL FONSECA
CEO ÁREA MOBILIDADE E
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA SALVADOR
CAETANO AUTO
O PARQUE DOS CARROS DE FROTA
ESTÁ A CRESCER E ISSO PODERÁ
TRAZER NOVAS OPORTUNIDADES DE
NEGÓCIO PARA AS OFICINAS,
NOMEADAMENTE SE ESTIVEREM
INTEGRADOS EM SOLUÇÕES DE
MAAS, E NO FUTURO AUTÓNOMOS.
TERÃO QUILOMETRAGENS MUITO
MAIS ALTAS, REQUERENDO ATENÇÃO
IMEDIATA PARA QUE OS CARROS
ESTEJAM «ALWAYS-ON». QUEM FOR
CAPAZ DE PRESTAR ESSES SERVI-
ÇOS DE FORMA COMPETITIVA SAIRÁ
GANHADOR
CHALLENGE OFICINAS ESTÁ DE VOLTA
Em 2025, o JO volta a realizar a Competição Challenge Oficinas dedicada às oficinas de rede, um
evento único que todos os anos junta oficinas de diversas redes para uma experiência inesquecível,
com muitos momentos de emoção, convívio e confraternização. Esta competição, que conta
com o apoio da T Academy, põe à prova as competências funcionais dos colaboradores das oficinas,
que, numa primeira fase, têm de responder ao questionário online que abrange as principais áreas do
negócio oficinal, nomeadamente técnica, receção, peças, marketing e gestão. Para participarem nesta
competição, as oficinas apenas têm de responder ao questionário que publicamos online no site do
evento e habilitarem-se a ser uma das oficinas selecionadas para a grande final. Se é uma oficina de
rede organizada, bem equipada e com recursos humanos competentes e atualizados, aproveite esta
oportunidade para participar num evento único e desafiante, onde apenas os melhores conseguem
chegar à final. A competição Challenge Oficinas comemora a 8ª edição que será assinalada da melhor
forma com a grande Final a 17 de maio 2025, na Pro4matic Car Center, em Montemor-o-Velho.
MATHIAS BLEICHER
CEO DA LIQUI MOLY IBERIA
COMO SOU UMA PESSOA QUE NÃO
GOSTA DE COMPRAR POR CATÁLO-
GO, QUERO VER AS COISAS, SENTI-
-LAS E EXPERIMENTÁ-LAS, DISSE
QUE PRECISÁVAMOS DE CRIAR UM
ESPAÇO QUE FOSSE EXTRAORDINÁ-
RIO. OU NÃO CRIAVA NADA OU TINHA
DE SER ALGO FORA DE SÉRIE, QUE
VENDESSE SOZINHO E ESTE ESPAÇO
DEMONSTRA TODA AMPLITUDE DA
MARCA LIQUI MOLY, QUE É BRUTAL
ROCIO FERNANDEZ
DIRETORA MARKETING VARTA
EXISTEM MUITAS OPORTUNIDADES
E SÓ AS PODEREMOS ALCANÇAR
COM UMA EQUIPA DE TOPO, CAPAZ E
EFICIENTE, E POR ISSO A APOSTA NO
FÁBIO BARBOSA, QUE É UM PROFIS-
SIONAL COM CONHECIMENTO DO
MERCADO PORTUGUÊS. APOIARE-
MOS A NOSSA DISTRIBUIÇÃO COM
FERRAMENTAS DE MARKETING E DE
FORMAÇÃO, ACOMPANHAMENTO DE
PROXIMIDADE, CRIANDO VALOR
ACRESCENTADO À MARCA ATRAVÉS
DE CAMPANHAS EXCLUSIVAS,
INFORMAÇÃO TÉCNICA E UMA
PLATAFORMA DE FORMAÇÃO
SEMÁFORO
Sistema fiscal.
Somos dos piores da OCDE
Portugal tem dos piores sistemas fiscais dos
38 países integrantes da OCDE, conclui um
relatório da Tax Fundation, que nos coloca
no 35.º lugar global do ranking no Índice de
Competitividade Fiscal relativo a este ano.
Em termos de impostos sobre as empresas,
somos mesmo o segundo país com carga
fiscal mais elevada, assinala o documento.
O sistema fiscal mais competitivo da OCDE
é o da Estónia, seguido do da Letónia.
A falta de competitividade fiscal tem
sido um dos principais entraves para o
desenvolvimento económico português,
que se torna mais evidente quando
comparamos com outras economias
similares.
Crise na indústria automóvel
terá efeitos em Portugal
O presidente da Associação de
Fabricantes para a Indústria Automóvel
(AFIA) mostra-se preocupado com a
queda do consumo de componentes
automóveis na Europa e considera que
as empresas desta área poderão ter
de se ajustar. José Couto avançou que
“As nossas exportações até outubro
mostram que estamos a crescer
nas exportações para a Alemanha,
mas estamos a cair em França e em
Espanha. Um problema na Europa na
indústria automóvel terá, obviamente,
repercussões em Portugal, porque
somos produtores de componentes para
a indústria automóvel, isto é, se não
se venderem automóveis não haverá
produção de componentes”
BdP revê crescimento em alta
A economia portuguesa vai crescer 1,7%
em 2024 e 2,2% em 2025, segundo
projeções reveladas pelo Banco de
Portugal (BdP), no Boletim Económico
de dezembro, uma revisão em alta face
às projeções de outubro. A revisão do
crescimento do PIB reflete sobretudo a
maior expansão orçamental, associada
à inclusão de novas medidas fiscais e
de aumento da despesa pública, assim
como à recalendarização das despesas
no âmbito do PRR. O valor estimado pelo
BdP continua abaixo do previsto pelo
Governo no Orçamento do Estado, que
é um crescimento de 1,8% para 2024,
enquanto, para 2025, as projeções das
Finanças são mais otimistas (crescimento
de 2,1%).
4 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
A RECEÇÃO ATIVA NAS OFICINAS
É UMA PRÁTICA MODERNA E
ESTRATÉGICA NO ATENDIMENTO AO
CLIENTE. CONSISTE NUM PROCESSO
NO QUAL O RECECIONISTA INTERAGE
DIRETAMENTE COM O CLIENTE,
AO LADO DO VEÍCULO, NO MOMENTO DA
ENTREGA PARA REPARAÇÃO
OU MANUTENÇÃO
DestAQUE
RECEÇÃO ATIVA NAS OFICINAS
RECURSOS QUE
PROPORCIONAM
LUCROS!
A RECEÇÃO ATIVA É A VANGUARDA DO NEGÓCIO
OFICINAL, MAS TEM DE HAVER TRABALHO
DE CASA NA ÁREA DO MARKETING, ASPETO
EXTERIOR E INTERIOR DA OFICINA, PROSPEÇÃO
DE CLIENTES E ANÁLISES DE MERCADO. AS
OFICINAS COM MELHORES RESULTADOS
COMERCIAIS SABEM BEM QUE O SEU MODELO DE
GESTÃO DEVE BASEAR-SE NO FOCO NO CLIENTE,
DÃO A IMPORTÂNCIA DEVIDA AOS MEIOS DE
QUE DISPÕEM NA RECEÇÃO E VEEM-NOS COMO
RECURSOS QUE PROPORCIONAM LUCROS
Para se entender o que é um serviço de receção ativa, temos de pensar
como funciona um centro de inspeção automóvel, onde os veículos
passam de um lado para o outro e são totalmente analisados em poucos
minutos. A grande diferença é que a oficina não pretende reprovar o
veículo, mas fazer com que ele seja aprovado. Portanto, a filosofia da oficina
tem de ser a da pré-inspeção, um serviço que será, cada vez mais, requisitado,
porque o parque automóvel está a envelhecer. Além disso, o centro
de inspeção só faz aquilo que faz e a oficina pode e deve fazer tudo o que se
relaciona com a assistência ao automóvel.
Receção ativa primeiro
O ponto de convergência de tudo o que se passa na oficina é a receção. É
aqui que tudo pode (e deve) ser decidido. Com eficiência, clareza e segurança.
A receção é a placa giratória da oficina, permitindo estabelecer o contacto
com o (potencial) cliente, com o veículo e com os meios de diagnóstico
e avaliação de custos. A oficina não se pode dar ao luxo que seja o cliente a
dizer o que quer, como quer e quando quer, porque ele pode estar a decidir
contra ele mesmo, por falta de dados corretos. Como também a oficina não
pode decidir pelo cliente, porque tal não é viável, nem admissível. Há que
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 7
DESTAQUE
ELEMENTOS
PRINCIPAIS DA
RECEÇÃO ATIVA
Interação presencial com o veículo: O
cliente e o rececionista inspecionam
juntos o veículo, discutindo os problemas
observados, verificando o estado geral do
carro (como pneus, fluidos, luzes, etc.) e
identificando necessidades adicionais.
Comunicação transparente: Durante a
inspeção, o rececionista explica de forma
clara os serviços necessários e prioritários,
evitando surpresas no orçamento final.
A transparência fortalece a confiança do
cliente.
Registo detalhado: Todos os problemas
identificados e os serviços propostos
são anotados e apresentados ao cliente,
geralmente com uma estimativa de custos e
prazos.
Oportunidade de vendas adicionais:
A receção ativa permite que a oficina
identifique serviços adicionais que podem
ser sugeridos ao cliente de forma justificada,
contribuindo para o aumento da receita e
melhor manutenção do veículo.
Maior confiança e fidelização: O cliente
sente-se mais valorizado e confiante ao
ver que o diagnóstico é realizado com a
sua participação, o que pode aumentar a
fidelização.
O FUTURO ESTÁVEL DAS OFICINAS AUTOMÓVEL
E A SUA RENTABILIDADE SÓ PODERÁ FICAR
PLENAMENTE ASSEGURADO QUANDO
COMEÇAREM A VALORIZAR DEVIDAMENTE
A CONVENIÊNCIA, O INTERESSE E
A SEGURANÇA DOS SEUS CLIENTES
estabelecer, desde logo, um relacionamento são
e de confiança com o cliente, assente no diálogo
e na transparência. Porque nunca existe uma segunda
oportunidade para causar uma primeira
boa impressão. E a primeira impressão é a que,
geralmente, prevalece.
Em primeiro lugar, a oficina tem de ter a capacidade
de classificar de imediato, com uma margem
de erro mínima, o tipo de cliente e as suas
potenciais intenções ou necessidades. Experiência
pessoal do atendedor, análise psicológica e
diálogo podem (e devem) desfazer, rapidamente,
todas as dúvidas prevalecentes. Obviamente
que a capacidade de dialogar implica saber escutar
e saber argumentar, com oportunidade e
com fundamento.
Em segundo lugar, é preciso identificar o veículo
e o seu estado de funcionamento objetivo. A
impressão ou convicção do cliente e a impressão
inicial do técnico da receção, devem ser
rapidamente substituídas por dados concretos
fornecidos pelos equipamentos de diagnóstico.
Evidentemente, no diagnóstico convergem as
informações do cliente, a experiência e a observação
do técnico da receção da oficina e os dados
apurados pelos meios de diagnóstico. Em caso
de contradição, é necessário eliminar os dados
que ofereçam menos credibilidade.
Em terceiro lugar, depois de estabelecido o correto
relacionamento com o cliente e depois de
avaliado o estado da viatura, chega o momen-
to de decidir quando, como e por que preço o
veículo vai ser reparado. “Isso já eu sei! “, dirá
o reparador experimentado. Tanto melhor. No
entanto, esta sequência de procedimentos é fundamental
para criar os laços de confiança indispensáveis
à fidelização do cliente. Se o cliente
detetar desorganização mental e processual nos
procedimentos da receção, retirará as lógicas
ilações, começando a interrogar-se sobre como
serão feitas as reparações dentro oficina.
Importância do aconselhamento
O cliente tem de perceber, de forma clara e rápida,
que o conceito da receção ativa existe para
auxiliá-lo e para beneficiá-lo. A relação entre
o cliente e o técnico de reparação interessa aos
dois, sendo, à partida, equitativa, porque precisam
um do outro para atingirem os seus objetivos
individuais. Não se pode, portanto, equacionar
essa relação na base de “sacar” dinheiro ao
cliente ou de fazer a reparação pelo menor custo
do mercado.
Estes são os dois extremos de uma relação de
poder mal entendida. Se cada um persistir na
sua posição irredutível, nem o cliente fica com
o veículo reparado, nem a oficina faz a reparação.
De facto, o cliente tem o poder de autorizar
ou não a reparação, mas o técnico de reparação
tem o igualmente importante poder de conhecer
a tecnologia do automóvel e os segredos da
sua manutenção. Estão, assim, no mesmo pé de
8 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
PASSOS
FUNDAMENTAIS
PARA
IMPLEMENTAR
UM SISTEMA DE
RECEÇÃO ATIVA
O CLIENTE TEM DE PERCEBER, DE FORMA
CLARA E RÁPIDA, QUE O CONCEITO
da RECEÇÃO ATIVA EXISTE PARA AUXILIÁ-LO
E PARA BENEFICIÁ-LO. A RELAÇÃO ENTRE O
CLIENTE E O TÉCNICO DE REPARAÇÃO INTERESSA
AOS DOIS, SENDO, À PARTIDA, EQUITATIVA
igualdade, indispensável para estabelecer um
profícuo diálogo sobre as soluções a encontrar
para os problemas do veículo. Mesmo assim,
dentro da oficina, o técnico de reparação tem
(ou deve ter) maior ascendente sobre o cliente,
porque sabe o que deve fazer para resolver corretamente
os problemas do veículo, coisa que o
cliente não sabe ou julga que sabe, mas não sabe
totalmente. No entanto, a vantagem técnica do
mecânico tem de ser usada a favor do cliente, se
quiser cativá-lo e fidelizá-lo.
Fiel da balança
Cada um avalia as coisas com um grau de maior
ou menor subjetividade, mesmo sem se aperceber
disso. Para o condutor, o seu veículo está
sempre em “perfeito estado”, porque o desgaste
dos componentes é gradual e permite a adaptação
da condução às anomalias verificadas. Para
o mecânico, pelo contrário, todos os veículos estão
a precisar de ser reparados, mesmo quando
ainda não há razões muito óbvias para isso.
O ponto de equilíbrio entre estas duas posições
tem de ser encontrado nos critérios médios que
prevalecem nas inspeções obrigatórias, os quais
garantem um padrão mínimo de segurança rodoviária
e de defesa do meio ambiente. No entanto,
as inspeções são meramente anuais, salvo
as exceções legalmente previstas, a partir dos
quatro anos de idade das viaturas. Isto significa
que todos os veículos com menos de quatro
anos e todos os outros no período de um ano,
entre cada inspeção, podem necessitar de operações
de manutenção, a fim de repor a segurança
e a normalidade de funcionamento de sistemas
e/ou componentes. Muitos condutores pensam
que mudar as pastilhas dos discos equivale a reparar
o sistema de travagem, mas está longe de
ser assim. Às vezes, só descobrem isso quando
“param dentro da mala” do veículo da frente…
Uma revisão completa ao sistema de travagem
teria saído muito mais económica e cómoda do
que o acidente, excluindo as consequências e danos
pessoais, caso existam.
O mercado potencial de manutenção automóvel
preventiva é, pois, enorme. Apesar disso, para
que as oficinas possam explorar esse potencial,
necessitam de captar o interesse dos condutores,
através de campanhas de aconselhamento
e de soluções de diagnóstico e reparação muito
rápidas e eficientes. O futuro estável das oficinas
automóvel e a sua rentabilidade só poderá ficar
plenamente assegurado quando começarem a
valorizar devidamente a conveniência, o interesse
e a segurança dos seus clientes, propondo-
-lhes serviços de valor acrescentado. O atendimento
de receção ativa e o aconselhamento de
manutenção preventiva são dois serviços desse
tipo, que poderão tornar-se rapidamente populares
se as oficinas compreenderem corretamente
os princípios do marketing criativo, do serviço
ao cliente e da fidelização. l
Estrutura e organização física: Crie um
espaço adequado para realizar inspeções
iniciais, como uma zona de inspeção coberta
e bem iluminada, com espaço suficiente
para manobrar os veículos. Equipamentos
como medidores de pressão de pneus,
scanners OBD (diagnóstico eletrónico),
lanternas e checklists impressos ou digitais
são essenciais. Disponibilize tablets ou
computadores para registrar as informações
diretamente no sistema da oficina.
Conhecimento da equipa: Os rececionistas
precisam ter conhecimento técnico
suficiente para identificar problemas no
veículo e explicar os serviços necessários ao
cliente. A equipa deve ter formação para
lidar com os clientes de forma profissional,
empática e clara, ajudando-os a entender os
diagnósticos e opções de serviço.
Processos e procedimentos: A estrutura
do processo da receção ativa deve incluir:
Saudação ao cliente; Inspeção visual
conjunta do veículo; Identificação e registo
de problemas ou serviços necessários,
apresentação de orçamento e serviços
recomendados.
Utilização de checklists: Implemente
checklists detalhados para garantir que
todos os itens do veículo sejam verificados
de forma sistemática. Certifique-se de
registar todas as informações no sistema
da oficina, incluindo serviços acordados,
sugestões recusadas e observações
adicionais.
Ferramentas digitais e tecnológicas:
Utilize um software de gestão que permita
registar informações do veículo, orçamentos,
histórico de serviços e diagnósticos
realizados durante a receção. Considere
incluir fotos dos problemas encontrados
para que o cliente compreenda melhor a
necessidade da reparação.
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 9
DESTAQUE
PROPORCIONAR
AS CONDIÇÕES IDEAIS
receção da oficina deve dispor de meios que proporcionem condições ideais
A
para o atendimento ao cliente. Uma boa configuração da área de receção, equipada
com as ferramentas e apoios dos quais o rececionista ou o assessor de serviço
necessita, é a base para o sucesso. Para obter elevados índices de rentabilidade e de
qualidade na aplicação dos processos de reparação é necessário dispor de um bom
nível de equipamento na área de produção da oficina. Da mesma forma, uma boa
zona de receção, especialmente equipada para realizar o atendimento ao cliente, é de
igual importância, mas, neste caso, para atingir bons resultados comerciais.
A capacidade de uma oficina gerar uma ótima experiência para os seus clientes será
um elemento diferenciador da sua competência, pelo que é imprescindível gerir adequadamente
este aspeto. Isto obriga a analisar todas as interações ou pontos de contacto
do cliente com a oficina, sendo um dos mais importantes o momento em que
acede às suas instalações.
O ATENDIMENTO DE
RECEÇÃO ATIVA PODE
TORNAR-SE RAPIDAMENTE
RENTÁVEL SE AS OFICINAS
COMPREENDEREM
CORRETAMENTE OS
PRINCÍPIOS DO MARKETING
CRIATIVO, DO SERVIÇO AO
CLIENTE E DA FIDELIZAÇÃO
AS NECESSIDADES DO CLIENTE
ma metodologia adequada para melhorar a experiência do cliente consiste em
U
nos colocamos no seu lugar. Trata-se de pensar como o cliente, determinando as
necessidades deste, em vez de nos focarmos exclusivamente no veículo do mesmo no
decurso da sua visita. O primeiro requisito que o cliente tem sempre quando chega às
instalações da oficina é estacionar o veículo num local adequado até que seja atendido.
Dispor de lugares de estacionamento destinados e reservados para utilização exclusiva
dos clientes é apreciado, especialmente se não for fácil encontrar onde estacionar nas
imediações. Estes lugares servirão, além disso, para evitar que se acumulem veículos na
entrada da oficina, algo que pode prejudicar notavelmente o seu funcionamento.
É boa ideia que uma parte destes lugares se encontre o mais perto possível dos postos
de receção de veículos ou, inclusivamente, forme uma zona em conjunto com os mesmos,
de forma a que possam ser utilizados ambos os tipos de postos indiferentemente
para ambas as finalidades. Graças a isto, obtém-se versatilidade e facilitam-se determinadas
tarefas, como, por exemplo, transferir os pertences do cliente do seu veículo
para o de substituição. Depois, será necessário identificar a intervenção a realizar, recolhendo
todos os dados necessários para a realização do orçamento, além de verificar
o funcionamento dos sistemas do veículo e o seu estado geral. Para tal, será necessário
dispor de postos de receção com os meios necessários para realizar essa inspeção de
uma forma ativa.
10 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
Competição
Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024
12 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NERVOSISMOS E TENSÃO,
AO MÁXIMO...
NA EDIÇÃO MAIS DISPUTADA DE SEMPRE E EXIBINDO O NÍVEL MAIS ELEVADO
DA COMPETIÇÃO, O MELHOR MECATRÓNICO 2024 FOI GANHO POR RICARDO TRINDADE,
DA OFICINA R20 AUTO, PERTENCENTE À REDE REDSERVICE. APESAR DA LONGA E DESAFIANTE
JORNADA QUE OS CONCORRENTES ENFRENTARAM, COM MUITO NERVOSISMO E TENSÃO PELO
MEIO, A BOA DISPOSIÇÃO E A CAMARADAGEM REINOU AO LONGO DE TODA A COMPETIÇÃO
Pela sexta vez na história desta iniciativa
ímpar no panorama do aftermarket nacional,
o Jornal das Oficinas em parceria
com o CEPRA e apoio da expoMECÂNICA
organizou a Competição Melhor Mecatrónico.
O objetivo desta competição manteve-se fiel às
suas origens: promover, dignificar e premiar a
profissão de Mecatrónico Automóvel, proporcionando
o intercâmbio de experiências entre
profissionais no ativo e estimulando o desenvolvimento
de competências individuais. A organização
foi muito clara desde o início que a
Competição tinha de ser de alto nível, com provas
que realmente desafiam os participantes,
e todos deram o seu melhor para conseguirem
um lugar no pódio. Um dos grandes objetivos
desta Competição é fazer passar a mensagem da
importância desta profissão para o futuro das
oficinas de reparação, porque é uma atividade
imprescindível nas oficinas modernas, traz mais
valias e aumenta a rentabilidade do negócio. As
provas, elaboradas pela equipa de formadores do
CEPRA, liderada por Eduardo Fonseca, tinham
o carácter de aferição de competências práticas
e teóricas. A avaliação foi objetiva com base no
desempenho individual de cada concorrente
no desenrolar do conjunto de provas aplicadas.
Para a realização das provas práticas foram introduzidas
anomalias nos carros, que tiveram de
ser detetadas e resolvidas pelos concorrentes. As
anomalias introduzidas foram iguais em todas
as provas, e os concorrentes tinham à sua disposição
os equipamentos e ferramentas necessárias
para a realização das provas, bem como, a
informação técnica.
Ao longo dos três dias desta competição, enquanto
decorriam as provas, passaram pelo
espaço localizado no pavilhão 2, muitos milhares
de visitantes que puderam ver ao vivo o desempenho
dos concorrentes e conhecer melhor
a profissão de Mecatrónico Automóvel. O ambiente
era de um grande evento e o cenário montado
ajudava a tornar a Competição um grande
desafio para concorrentes e jurados. Neste palco,
como em cada uma das cinco edições anteriores,
oito concorrentes lutaram para ganhar o título
que os reconheceria como o Melhor Mecatrónio
de Portugal.
Vencedor reconhece
a importância do título
Depois de três dias intensos de provas, foi apurado
o grande vencedor Ricardo Trindade, da
oficina R20 Auto, pertencente à rede RedService.
Já com o troféu nas mãos disse “É muito
emocionante e uma grande conquista na minha
carreira profissional. Para mim, este evento foi
mais do que uma competição, foi uma forma de
conhecer outros excelentes profissionais e lembrar
que o sucesso requer uma formação contínua
e um esforço incansável. Esta competição
foi fundamental para a minha evolução e um
incentivo para melhorar todos os dias”. A Competição
Melhor Mecatrónico tem sido muito
importante para todos os concorrentes que têm
participado, principalmente para os vencedores,
que veem os seus conhecimentos e competências
serem reconhecidos. Este reconhecimento
tem motivado os participantes a empenharem-
-se cada vez mais na sua formação e desenvolvimento
profissional.
Entre os especialistas em mecânica e eletrónica
que trabalham para oficinas independentes e
O MELHOR MECATRÓNICO É CERTAMENTE A COMPETIÇÃO MAIS EXIGENTE REALIZADA
NO NOSSO PAÍS, E FAZER PARTE DESTE PROJETO SIGNIFICA PARTICIPAR NUMA IDEIA
COMUM QUE COLOCA O MECATRÓNICO AUTOMÓVEL NO CENTRO DAS ATENÇÕES
Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 13
os que integram oficinas de marca,
foram cerca de 300 os profissionais
de mecatrónica automóvel
no ativo que já concorreram a esta
iniciativa. Este ano, os finalistas foram:
Ricardo Trindade (vencedor),
Francisco Leal, Fábio Almeida,
Bruno Gonçalves, Diogo Ribeiro,
Vitor Mata, Marco Esteves e Nuno
Freitas. Estão todos de parabéns,
em primeiro lugar por terem tomado
a iniciativa de se inscreverem
na Competição e terem sido
selecionados para a Grande Final,
e em segundo lugar pelo empenho
e entusiasmo que demonstraram
ao longo de todo o fim de semana
de provas, num ambiente cheio
de pressão, mas também de muito
convívio e partilha de experiências
e conhecimentos.
Iniciativa ímpar no
pós-venda nacional
A Competição Melhor Mecatrónico
é uma iniciativa ímpar no panorama
do pós-venda automóvel nacional.
Pelo número de concorrentes,
visitantes e patrocinadores, sempre
a aumentar de edição para edição,
esta é uma competição que já se encontra
consolidada e reconhecida
no setor da reparação automóvel.
Com a sua realização e com a sensibilização
dos operadores, o mecatrónico
será uma profissão cada
vez mais valorizada. Para além dos
prémios que os finalistas receberam,
a sua valorização pessoal e o
seu reconhecimento público são
mais-valias imediatas para todos
os participantes. Ganhar a Competição
Melhor Mecatrónico é o título
individual de grande prestígio para
os mecânicos em Portugal, e por
isso todos participaram de corpo e
alma dando o melhor que podiam
e sabiam.
Apoio incondicional
dos patrocinadores
Uma iniciativa como esta não teria
viabilidade sem o empenho e a disponibilidade
dos patrocinadores,
que todos os anos a apoiam. Esta
edição contou com o patrocínio
de dez empresas, a saber: Autel by
LuzDeAirbag, Sparkes, Meyle, Valvoline,
Repxert, Bahco, AD, Yuasa,
Dayco e SKF. O facto desta Compe-
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14 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
DURANTE TRÊS DIAS INTENSOS DE COMPETIÇÃO, OS CONCORRENTES
COMPETIRAM EM VÁRIOS PROVAS, QUE INCLUÍAM DIAGNÓSTICO
DE AVARIAS E RESPETIVA SOLUÇÃO, DESMONTAGEM E MONTAGEM
DE MOTORES E CAIXAS DE VELOCIDADE, ENTRE OUTROS
tição reunir tantos patrocinadores,
cujos responsáveis estiveram pessoalmente
envolvidos na iniciativa
é revelador da importância que
esta Competição também tem para
as marcas e empresas do setor. O
Melhor Mecatrónico é certamente
a Competição mais exigente realizada
no nosso país, e fazer parte
deste projeto significa participar
numa ideia comum que coloca o
Mecatrónico Automóvel no centro
das atenções. Para além do apoio
imprescindível dos patrocinadores,
esta edição da Competição Melhor
Mecatrónico contou com a parceria
do CEPRA e da expoMECÂNICA e
com o apoio da Sociedade Comercial
C. Santos e MCoutinho e MotorService.
António Caldeira, presidente do
CEPRA considera o Melhor Mecatrónico
“uma iniciativa muito feliz
e interessante para o setor automóvel.
Conseguimos, em parceria com
o JO, criar um evento que valoriza
a profissão de mecatrónico automóvel.
Esta edição foi um grande
sucesso, a começar pelo nível que
os concorrentes apresentaram. Um
sucesso que resulta de um trabalho
feito pela extraordinária equipa de
jurados na preparação deste evento.
O nosso grande objetivo enquanto
organizadores é estar tudo
em condições e que não existam
percalços”. A VII edição da Competição
Melhor Mecatrónico já está
agendada para as datas de 29 a 31
de maio de 2026, na expoMECÂ-
NICA. l
Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024
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Entrevista
MIGUEL FONSECA
CEO DA ÁREA DE MOBILIDADE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DA SALVADOR CAETANO AUTO
A DESCARBONIZAÇÃO TERÁ
UM PREÇO E TERÁ DE SER JUSTA
COM UM LONGO PERCURSO LIGADO À LIDERANÇA DE VÁRIAS EMPRESAS DO SETOR AUTOMÓVEL,
MIGUEL FONSECA ESTÁ DESDE MAIO À FRENTE DA ÁREA DE MOBILIDADE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
DA SALVADOR CAETANO AUTO. RECENTEMENTE, PARTICIPOU NO FÓRUM DA DPAI/ACAP COMO ORADOR,
ONDE APRESENTOU UM PAINEL CUJO TEMA FOI “PERMANECER COMPETITIVO NUM AMBIENTE
DE MUDANÇA”, TENDO EXPLICADO QUAIS SÃO OS DESAFIOS QUE ACREDITA QUE SERÃO COLOCADOS
AO SETOR AUTOMÓVEL E QUAIS AS GRANDES SAÍDAS QUE ESTA INDÚSTRIA PODE ENCONTRAR PARA SE
REINVENTAR. ESTIVEMOS À CONVERSA COM O EXECUTIVO PARA CONHECER MELHOR A SUA PERSPETIVA
Licenciado em engenharia mecânica, Miguel
Fonseca iniciou a carreira em 1987, na Citroën
Portugal. Dois anos depois, passou
para a Ford Portugal, tendo transitado para a
Ford Europa em 1992 e, em 1995, para a Ford
Espanha. Em 1998, regressou a Portugal para integrar
a Fiat como Presidente e CEO. Entre 2012
e 2015, foi Presidente da Toyota Financial Services
para a região da Europa e África. Entre 2019
e 2020 foi responsável pela Toyota Latin America
& Caribbean, na área de Sales & Marketing,
Service and Business Administration. Depois de
várias décadas a viver no estrangeiro, regressou
a Portugal e em maio de 2024 assumiu o cargo
de CEO da área de Mobilidade e Transição Energética
da Salvador Caetano Auto. A experiência
que acumulou ao longo da carreira traz-lhe uma
perspetiva muito clara sobre a atual situação do
mercado automóvel, sendo capaz de, de forma
pragmática, apontar quais serão as principais
dificuldades que o setor encontrará nos próximos
tempos, assim como as oportunidades que
estarão em cima da mesa para quem as conseguir
aproveitar.
Mudanças no mercado automóvel
Para Miguel Fonseca, os fatores conjugam-se
para uma rápida disrupção do mercado automóvel.
O modelo tradicional de negócio, como o
conhecemos, está a mudar, devido a três principais
fatores: “A eletrificação, perseguindo as metas
de CO2 associadas com a descarbonização; a
regulamentação e incentivos a novas formas de
mobilidade, principalmente nas cidades, e a tecnologia,
em particular os avanços de Inteligência
Artificial, Digitalização, Conetividade e a da
Condução autónoma nos carros”. Ainda assim,
apesar desta velocidade que se vai imprimindo
à indústria, com metas firmes estabelecidas – a
partir de 2025 as emissões permitidas passam
a ser de 93 gramas por quilómetro e em 2030
serão 49 gramas – o executivo da Salvador Caetano
antevê que poderá não haver “viabilidade
económica” para as alcançar. A seu ver, “a introdução
de mais BEV (elétricos a bateria) mais
acessíveis vai acelerar a redução do CO 2 emitido
pelos veículos, o que corresponde às ambições da
regulamentação”. No entanto, Miguel Fonseca
alerta para o facto de a velocidade da transição
“não dar espaço à amortização de investimentos
antes realizados, nem à transição de muitos
fornecedores pertencentes ao supply chain”. Por
outro lado, depois da adoção de elétricos pelos
«early-adopters» (famílias com vários carros,
com poder económico muito acima da média e
possibilidade de carregar o carro em casa ou no
trabalho), “será muito mais desafiante a fase de
massificação, não pelo lado da oferta, mas sim da
procura”, pois “o mass market precisa de carros
mais baratos e necessitará utilizar infraestrutura
pública para carregar – e a preços acessíveis”. Isso
faz com que os construtores tenham que “gerir o
mix de produção limitando a produção de carros
a combustão – o que farão em último recurso já
que parará fábricas ou turnos de produção com
efeitos no emprego e estabilidade do eco sistema
industrial”.
A tecnologia vive uma aceleração nunca antes vista,
com um impacto notório no setor automóvel
e, consequentemente, nos serviços que lhes estão
associados. Segundo Miguel Fonseca, “a principal
evolução está a acontecer a nível da capacidade
de computação, comunicação e tecnologia autónoma
– com a IA presente em todas as frentes. O
setor de reparação irá sofrer com o crescimento
dos BEV (menor manutenção por km percorrido)
e das ajudas à condução mesmo antes dos autónomos
(menos acidentes, menores reparações
de chapa) – embora por razões que naturalmente
se celebram. Os impactos não são ainda muito
visíveis, mas a sua evolução é inevitável”, afirma.
Novos paradigmas
Na apresentação que fez no Fórum da DPAI/
ACAP, Miguel Fonseca mostrou um gráfico que
mostrava a Tesla como “a única marca que está
no futuro, pois tem uma arquitetura elétrica/
eletrónica centralizada, ao contrário das outras
marcas que tem uma arquitetura descentralizada”,
um comentário que o próprio subscreve, explicando
que a Tesla “teve a vantagem (para além
do mérito) de começar a desenvolver os seus carros
já bem dentro do seculo XXI, sem o legado
dos demais fabricantes. Para além disso tomou a
corajosa decisão de só fabricar carros elétricos, e
essa decisão permitiu-lhes abordar a conceção do
carro de forma inovadora em particular nos aspetos
de plataforma E/E e do conceito do chassis.
Digamos que o carro está desenhado à volta da
plataforma de SW, e isso é radicalmente diferente
dos construtores tradicionais”. Ao mesmo tempo,
os construtores chineses que tiveram uma abordagem
semelhante à da marca de Elon Musk, “estarão
atualmente em linha ou pouco atrás da Tesla.
Mas o seu ritmo de desenvolvimento é notável,
em particular daqueles que não têm o legado a
pesar, como os construtores tradicionais”, diz.
Eletrificação do parque
Sendo que os veículos elétricos em Portugal são
apenas 1,3% do parque automóvel, o nosso entrevistado
calcula que “tardaremos 15 anos a
substituir três milhões de carros”, ou seja, para
que o parque de veículos elétricos seja maior do
que o parque de veículos a combustão. O mesmo
acredita que “até 2028 deveremos continuar a
vender mais ICE que BEV, mas a partir daí cami-
ATÉ 2028 DEVEREMOS CONTINUAR A VENDER MAIS ICE QUE BEV,
MAS A PARTIR DAÍ CAMINHAREMOS PARA 90/100% DE BEV EM 2035.
OS MAIS DE 50% DE BEV NO PARQUE CIRCULANTE PORTUGUÊS DEVERÃO
SER ALcançados JÁ NA DÉcada DE 40
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MIGUEL FONSECA
nharemos para 90/100% de BEV
em 2035, mas os mais de 50% de
BEV no parque circulante deverão
ser alcançados já na década de 40”.
Neste momento, o crescimento dos
veículos elétricos em Portugal segue
em contraciclo com o resto da
Europa, um fenómeno que Miguel
Fonseca sugere dever-se à “solução
Mobi-e de rede interoperável”, que
dá ao consumidor “vantagens claras
na escolha da energia que quer
consumir, e onde utilizar o serviço
de carga”. Além disso, salienta que
esta interoperabilidade “habilita soluções
de intercâmbio de dados, tão
importantes como o preço da energia,
o estado do carregador etc… o
que permite a gestão de planos de
viagem muito mais efetivos. A rede
Mobi-e precisa de evoluir, mas é um
trunfo fundamental para a mobilidade
elétrica em Portugal. As soluções
de agregação ou pagamento
com terminais de crédito são positivas,
mas não replicam as vantagens
para o consumidor oferecidas pela
Mobi-e”, defende.
Na sua opinião, os combustíveis
sintéticos ou biocombustíveis e o
hidrogénio serão “parte da equação”
para se atingir as metas de descarbonização,
“mas, nos próximos dez
anos, não serão uma alternativa
com volume suficiente para reduzir
significativamente o peso dos BEV
no esforço de descarbonização”. Isto
porque “os combustíveis sintéticos
serão caros, os biocombustíveis
têm um teto até competirem com a
alimentação, com custos também
elevados, e o hidrogénio apresenta
desafios de custo e distribuição.
Sobretudo se na produção destes
combustíveis se aplicar – como se
necessita – energia renovável”. Miguel
Fonseca entende que a aplicação
do hidrogénio “será positiva
em particular no transporte pesado
por estrada, e isso irá desenvolver a
infraestrutura e tornar o seu custo
E O PÓS-venda?
competitivo”. Contudo, “ainda demorará
algum tempo até impactar
o mercado de passageiros em
volume significativo” e foca-se na
importância de que a produção de
energia elétrica para os BEV seja de
fontes renováveis: “Neste momento,
menos de 25% da energia elétrica
na Europa provém de fontes renováveis
ou menos de 50% se incluirmos
a Nuclear como energia limpa.
O roadmap de produção de energia
renovável não está a acompanhar as
metas estabelecidas pela UE, nem o
próprio roadmap de instalação de
infraestutrura de carregamento”,
alerta, explicando que “aquilo que
os fabricantes têm dito, e corretamente,
a meu ver, é que não se deve
forçar um lado a um esforço e velocidade
que pode ser terminal, sem
que o todo evolua em harmonia –
para que o esforço faça sentido até
do ponto de vista ambiental”.
Uma nova mobilidade
A contribuir para esta nova forma
de olhar para a mobilidade, está
a forma como as novas gerações
percecionam as soluções e serviços
digitais e Miguel Fonseca nota que
“os serviços de mobilidade com uso
erante o facto de um carro elétrico consumir 85% menos peças e serviços do que um carro
P com motor a combustão, Miguel Fonseca observa que “as novas formas de mobilidade e uso
vão implicar muito maior quilometragem dos carros”, o que terá “impacto no timing da substituição
dos mesmos e do seu fim de vida, com impacto no mercado de usados por um lado, e ativando
necessidades de economia circular por outro”. Também a tecnologia ADAS contribuirá para a redução
de acidentes, o que representa um decréscimo de 30% na área da pintura e Miguel Fonseca
reconhece que “é uma área desafiante, sobretudo quando o parque equipado com ADAS for
significativo (na década de 30). Haverá que pensar na prestação de serviços de reacondicionamento
de carros e economia circulante (3R de baterias e logística associada)”.
É, por isso, impreterível a questão sobre a viabilidade e segurança de prolongar a vida dos veículos
até aos vinte anos ou mais, seguindo a linha de pensamento da FIGIEFA, que defende a manutenção
e reparação dos carros (ICE) durante o máximo de tempo possível. “Seria irresponsável retirar do
parque carros em plena capacidade, embora haja que pesar os aspetos ambientais relacionados
com a sua permanência. Penso que deveriam ser realizados estudos científicos sobre esta questão,
validados por entidades independentes – para que as melhores decisões sejam tomadas.
Não devemos de qualquer forma ter políticas de exclusão de parte da sociedade em relação à
mobilidade. A descarbonização terá um preço, e terá que ser justa”.
Para o futuro, “o ecossistema de mobilidade vai requerer velocidade na manutenção e reparação. E
custo competitivo (eficiência e eficácia) num entorno onde a tecnologia vai exigir níveis de formação
e conhecimento (skills) elevados. Quem consiga fazer essa transição e a escala para conseguir custos
competitivos irá impor-se”. Para tal, será preciso “preparar skills, infraestrutura e preparar serviços
que sejam relevantes e competitivos nesta nova era – o que implicará a necessidade de ter certa
escala a menos que esses serviços sejam únicos e diferenciados”, conclui.
dos veículos em soluções integradas
de MaaS serão muito mais populares
à medida que estas gerações vão
ocupando o espaço de consumo”. Os
carros autónomos já são uma realidade
e o executivo pensa que estarão
em massa “entre 7 e 12 anos na
China, Estados Unidos, Japão e Europa,
dependendo de a regulamentação
autorizar o seu uso. Nalguns
países e cidades mais cedo, noutros
mais tarde. Mas chegará – e a sua
adoção deveria ser encorajada na
minha perspetiva, considerando as
vantagens para os cidadãos”.
O parque dos carros de frota está a
crescer e isso poderá trazer novas
oportunidades de negócio para as
oficinas, nomeadamente se estiverem
“integrados em soluções de
MaaS, e no futuro autónomos”, pois
o nosso interlocutor ressalta que
estes “terão quilometragens muito
mais altas, requerendo atenção
imediata para que os carros estejam
«always-on». Quem for capaz
de prestar esses serviços de forma
competitiva sairá ganhador”, comenta.
A transição da realidade dos carros
que são propriedade para os carros
que são serviços terá também implicações
para o setor. Miguel Fonseca
opina que “as possibilidades de
digitalização das interfaces entre
carros, infraestrutura, utilizadores e
gestores de frotas e serviços vão acelerar
o desenvolvimento de soluções
mais flexíveis de Leasing, Renting
ou Aluguer – para além de soluções
de MaaS e eventualmente SAMS
(Shared Autonomous Mobility System).
Os carros autónomos serão a
peça final na transição plena para o
uso”, declara.
Por outro lado, a Inteligência Artificial
generativa será, segundo o
CEO, “o grande disruptor do mercado
quando chegar à fase de maturidade
– já não muito longínqua.
Possibilitará soluções de transporte
acessível, e reorganizará os espaços
das cidades em paralelo com uma
diminuição do congestionamento
e melhoria da qualidade de vida.
É importante que os reguladores
abram a porta para esta tecnologia
que terá um impacto extremamente
positivo para a sociedade – embora
implique uma transição rápida para
OEM e sistemas de distribuição”. l
18 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
Podcast
DAR VOZ AO AFTERMARKET
CONFRONTO DE GERAÇÕES!
PARA FECHARMOS O ANO EM GRANDE E NUMA ALTURA EM QUE ESTAMOS NO MÊS DA FAMÍLIA,
O PODCAST DO “DAR VOZ AO AFTERMARKET” BY JORNAL DAS OFICINAS NÃO PODIA SER MAIS
APROPRIADO E FOMOS FALAR COM PAIS E FILHOS QUE EM CONJUNTO SÃO A ALMA DO NEGÓCIO
OFICINAL. “CONFRONTO DE GERAÇÕES” É ESTE O TEMA DO ÚLTIMO PODCAST DE 2024
Quem nunca ouviu do popular ditado
“Amigos, Amigos, Negócios à Parte”?
Pois é, se para muitos trabalhar dentro
da mesma empresa pode ser um verdadeiro
quebra cabeças, para outros, é uma mais valia
compartilhar conquistas e desafios dentro do
próprio negócio. É o caso de Daniel Silva, da
Auto Repair & Go que agarrou o sonho de trabalhar
com o seu pai Carlos Silva. Apaixonado
por mecânica desde pequenino, foi na pandemia
que decidiu largar o seu antigo trabalho e dedicar-se
ao negócio de família: “Sempre foi uma
intenção minha seguir esta atividade, fiz sempre
questão em acompanhar a oficina do meu pai,
quase todos os dias à noite vinha para aqui, ia
a formações, tentava ajudar e integrar-me no
negócio, no entanto, tive sempre algum receio
de largar o meu antigo trabalho”. Há cerca de 4
anos, Daniel garante que tomou uma das melhores
decisões da sua vida: “Esta atividade não
é monótona, não há dias iguais, todos os dias
aparecem avarias diferentes, é um desafio diário
que me leva a gostar cada vez mais desta área”.
A relação com o seu pai? “Tem sido um desafio
mas um orgulho trabalhar com ele. Apesar
de sermos de gerações diferentes, muitas vezes
temos opiniões divergentes, como é normal, no
entanto, existe entre nós uma mistura explosiva
boa que é tentarmos aproveitar um bocadinho
dos dois, ou seja, a experiência do lado do meu
pai, e o acesso às novas tecnologias do meu lado”,
explicou Daniel Silva. Carlos Silva, não podia estar
mais orgulhoso do caminho que a Auto Repair
& Go tem vindo a realizar ao comando do
seu filho “Todos os pais quando têm um projeto
pensam um dia deixá-lo aos seus filhos, quando
criei esta oficina já pensava nesse dia, nunca tive
receio no confronto de gerações porque eu gosto
de me manter atualizado. O Daniel tem feito um
trabalho de excelência, tem outra formação que
eu não tive e desde que ele entrou, isto passou a
funcionar ainda melhor”, conclui.
Mas não é caso único. Pedro e Ricardo Varanda,
da Veicomer, são também eles pai e filho e
garantem que são os melhores “colegas de vida”,
dentro e fora da oficina. Mas nem sempre foi assim!
Há 33 anos nascia a Veicomer, uma oficina
de Retificação e Reparação de Motores, fundada
por Pedro Varanda, que numa primeira fase
demonstrou algumas “reticências” de trabalhar
em família. Ricardo, o filho, garantiu ao JO que
“não foi fácil convencê-lo, mas hoje, passados 22
anos, somos uma dupla imbatível”. Questionado
sobre qual o segredo de tamanho sucesso, respondeu
sem hesitar “o meu pai sempre teve um
tamanho empreendedorismo, e isso fez com que
eu me apaixonasse por este negócio. Ver uma empresa
com sucesso, pensar que posso fazer aquilo
que gosto, estar ao lado do meu pai e contribuir
para este sucesso, é o sonho de qualquer pessoa”.
Pedro Varanda não consegue esconder o orgulho
que sente neste filho “se não fosse o meu filho eu
já não estava aqui, eu já tenho 70 anos, se não
fosse ele já tinha resolvido a minha vida de outra
maneira. O Ricardo respira isto, vive isto, a vinda
dele para aqui fez com que a oficina crescesse
300%”.
Como dica, para este e para outros negócios familiares,
pai e filho garantem que “o respeito e o
bom senso são fundamentais para que as coisas
resultem. Tem que haver um meio termo para
aquilo que é minha vontade e para aquilo que é a
vontade do meu pai”, explicou Ricardo Varanda.
Curioso para aceder às conversas completas? Não
perca tempo e aceda aos episódios completos disponíveis
no Spotify e na secção Podcasts em www.
jornaldasoficinas.com. Em janeiro lançaremos
um novo tema, não perca! l
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Entrevista
AURÉLIE JOUVE
DIRETORA DA EQUIP AUTO PARIS 2025
SALÃO SERÁ UMA MONTRA DA
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA, ECONOMIA
CIRCULAR E DIGITALIZAÇÃO
NO 50.º ANIVERSÁRIO DA EQUIP AUTO PARIS 2025, O EVENTO TERÁ COMO PRIORIDADE
A SUSTENTABILIDADE, COM A AMBICIOSA META DE REDUZIR EM ATÉ 30% O SEU IMPACTO AMBIENTAL.
EM CONVERSA COM O JO, AURÉLIE JOUVE, DIRETORA DO SALÃO, REVELOU AS INICIATIVAS QUE
IRÃO MARCAR ESTA EDIÇÃO HISTÓRICA
A
EQUIP AUTO Paris 2025 irá celebrar o
seu cinquentenário com um compromisso
renovado em promover a sustentabilidade
no setor automóvel. Com o objetivo de
reduzir em 30% o impacto ambiental, o evento,
que decorrerá de 14 a 18 de outubro no Paris Expo
Porte de Versailles, ocupará mais de 100.000 m2
e contará com a participação de 1.400 expositores.
São esperados cerca de 100.000 profissionais
do setor, transformando o salão numa verdadeira
montra da transição energética, da economia circular
e da digitalização. Aurélie Jouve, diretora
da feira, partilhou com o Jornal das Oficinas as
iniciativas que a EQUIP AUTO tem planeadas,
incluindo ações concretas para reduzir o consumo
de energia e as emissões, refletindo sobre os
desafios e oportunidades do setor.
A EQUIP AUTO 2025 irá celebrar o seu 50.º
aniversário no Paris Expo Porte de Versailles.
Porque escolheram a sustentabilidade como
tema principal do programa?
Atualmente, existem quatro grandes tendências
que estão a transformar o setor automóvel e a
impactar toda a sua cadeia de valor. Estas serão
as temáticas centrais das discussões e dos eventos
durante a EQUIP AUTO Paris 2025. A primeira
é a transição energética, focada na eletrificação
dos veículos, no hidrogénio e nas tecnologias de
baterias, visando a redução das emissões de carbono.
A segunda tendência é a transformação
digital, que inclui a integração de sistemas de
assistência à condução (ADAS) e tecnologias de
infoentretenimento, que melhoram a segurança e
a experiência do utilizador. A terceira diz respeito
à economia circular e de baixo carbono, onde
os intervenientes do setor se comprometem com
práticas mais sustentáveis, como a reciclagem de
materiais e a otimização dos recursos. Por últi-
mo, a quarta tendência centra-se nos negócios
adjacentes, como o desenvolvimento de infraestruturas
de carregamento para veículos elétricos
e atividades relacionadas com veículos ligeiros e
comerciais, além de expandir para setores como
veículos de duas e três rodas motorizados e veículos
sem carta.
Porque considera importante enfatizar as
questões ambientais, sociais e de governança
(ESG)? Acredita que estas irão definir o futuro
do pós-venda automóvel?
Estamos convencidos de que o futuro da indústria
automóvel passa por uma integração profunda
dos desafios ambientais, sociais e de governança.
Vivemos um momento decisivo no setor da mobilidade,
em que os desafios ambientais e sociais
não apenas definem o futuro do nosso setor, mas
também a forma como nós, enquanto atores deste
ecossistema, devemos posicionar-nos e agir.
Na EQUIP AUTO, estamos plenamente alinhados
com esta dinâmica. Por isso, decidimos comprometer-nos
de forma firme com o caminho da
Responsabilidade Social das Empresas (RSE).
Que iniciativas serão tomadas para reduzir o impacto
ambiental do evento e promover práticas
responsáveis entre os visitantes e expositores?
A adoção da CSRD (Corporate Sustainability Reporting
Directive), em português, a Diretiva para
a Comunicação de Informação sobre a Sustentabilidade
das Empresas, foi um primeiro passo
fundamental neste processo, permitindo à EQUIP
AUTO cumprir com as normas europeias mais
exigentes em termos de relatórios de sustentabilidade.
Para 2025, queremos reduzir o nosso impacto
ambiental em 30%. Uma ambição forte, mas
necessária. Serão implementadas inúmeras iniciativas
para reduzir o impacto ambiental do evento e
promover práticas responsáveis entre expositores
e visitantes. Estas iniciativas incluem destacar as
empresas participantes no evento que se distinguem
pelo seu desempenho ESG (ambiental, social
e de governança); a promoção de stands com
design ecológico e o fornecimento de recursos para
ajudar os expositores a adotar práticas responsáveis;
a implementação de medidas concretas para
reduzir o consumo de energia, o desperdício e as
emissões de gases com efeito de estufa.
De que forma irão promover o networking entre
visitantes e expositores?
O salão posiciona-se como um espaço privilegiado
de informação e partilha para o setor automóvel,
reunindo os profissionais num ambiente acolhedor.
Para enriquecer a experiência dos participantes,
organizamos “aldeias” temáticas e conferências
que abordam temas atuais, permitindo que os
profissionais se conectem em torno de interesses
comuns. Além disso, promovemos eventos e competições,
como o Grande Prémio Internacional de
Inovação Automóvel, proporcionando oportunidades
de interação entre os participantes.
De que forma a feira se adaptou às mudanças
do setor, em particular à digitalização?
O salão já conta, há vários anos, com a participação
do setor dedicado às soluções digitais, como
informática, gestão de oficinas e gestão da relação
com o cliente. Para a edição de 2025, será lançado,
além do Village Startups, um novo espaço
denominado de “LA TECH ACADEMY”. Esta
área dinâmica será dedicada à inovação tecnológica
na mobilidade, contando também com uma
área de demonstrações exteriores. O local irá promover
demonstrações imersivas, enriquecendo a
experiência do visitante e oferecendo conteúdos
visuais envolventes. Embora seja voltado para o
20 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
“A EQUIP AUTO PARIS
2025 SERÁ UM MOTOR DE
TRANSFORMAÇÃO RUMO
À SUSTENTABILIDADE,
DESTACANDO SOLUÇÕES
INOVADORAS,
MELHORES PRÁTICAS
E PROMOVENDO O
DIÁLOGO ENTRE TODOS
OS STAKEHOLDERS DA
INDÚSTRIA AUTOMÓVEL”,
REFERE AURÉLIE JOUVE,
DIRETORA DO SALÃO
EQUIP AUTO PARIS 2025
AURÉLIE JOUVE
QUADRO I
Compromisso EQUIP AUTO com a RSE - Responsabilidade Social das Empresas
Transporte
Resíduos
Logística
Reutilização
DESMONTAGEM
EQUIP AUTO
DESIGN
Comunicações
Vendas
Viagens
B2B, este espaço irá receber diversos
players tecnológicos e possíveis
demonstrações de fabricantes. Os
expositores terão a possibilidade de
alugar locais ao ar livre ou combinar
um stand interno com uma presença
na área de exposição.
Transporte
Energia
Restauração
Comunicações
EXPOSIÇÃO
VISITANTES
VISITO R S
PAVILHÕES
PAVILIONS
EXPOSITORES
EXHIBITORS
PRODUÇÃO
Compra
Aluguer equipamentos
Energia
Quantos visitantes são esperados
e quais os setores representados?
Esperamos 100.000 profissionais
franceses e internacionais para esta
edição de aniversário. Todos os setores
estarão presentes, incluindo:
Redes de distribuição (equipamentos
de oficina, peças e serviços);
Reparação e manutenção: ADAS,
diagnóstico, ferramentas, equipamentos
de oficina; Equipamentos
para veículos: peças de substituição,
OE e componentes eletrónicos;
Redes de reparação (fabricantes
e multimarca) e controlo técnico;
Veículos usados, peças reutilizadas,
remanufacturação e reciclagem; Soluções
digitais: informática, gestão
de oficinas, gestão de relação com o
cliente (CRM); Serviços para os profissionais:
formação, recrutamento,
financiamento, e-commerce, seguros
e imprensa; Carroçaria, pintura,
vidros, lavagem e lubrificantes. Os
pneus são também parte integrante
da nossa oferta. Será novamente
apresentado o espaço “Village du
pneu et de l’innovation” (Vila do
Pneu e da Inovação), em parceria
com a Associação dos pneus. Será
feita uma exposição única mostrando
os últimos desenvolvimentos
tecnológicos e revelando uma antevisão
de alguns produtos do futuro,
cujos fabricantes estarão presentes.
MONTAGEM
Logística
Energia
Transporte
Resíduos
Qual o principal objetivo da edição
de 2025 da EQUIP AUTO?
Recentemente, apresentámos a nova
identidade do salão, representada
pela razão de ser que acompanhará
esta edição de cinquentenário: “Todos
unidos em torno de uma mesma
paixão”. Esta promessa simboliza
o vínculo que une a EQUIP AUTO
aos seus visitantes, expositores e
parceiros, apelando à união de
toda a cadeia de valor automóvel,
desde a produção até ao cliente
final, em torno de valores comuns
e de uma dinâmica coletiva. Esta
evolução estratégica, que reflete a
capacidade do evento de se adaptar
aos desafios do setor, não só reforçou
a sua posição de referência na
indústria, como também captou a
atenção das mais altas instâncias
do Estado. Estamos orgulhosos
de anunciar que o Presidente da
República Francesa, Emmanuel
Macron, demonstrou o seu apoio,
concedendo o alto patrocínio presidencial
à EQUIP AUTO Paris
2025. l
O EVENTO OCUPARÁ MAIS DE 100.000 M 2 , DISTRIBUÍDOS POR CINCO
PAVILHÕES NO PARIS EXPO PORTE DE VERSAILLES, UM AUMENTO
DE 20.000 M2 EM RELAÇÃO À ÚLTIMA EDIÇÃO. ESTIMA-SE A PARTICIPAÇÃO
DE APROXIMADAMENTE 1.400 EXPOSITORES
22 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
O EMPENHO E
PROFISSIONALISMO
DA EQUIPA DE PEÇAS
É RECONHECIDO
24 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
Entrevista
PAULO OLIVEIRA, RESPONSÁVEL PÓS-VENDA DA UNIVEX
E PAULO MOTA, RESPONSÁVEL DEPARTAMENTO PEÇAS DA UNIVEX
A UNIVEX, UMA EMPRESA DO GRUPO ASTARA, COMERCIALIZA PEÇAS DE ORIGEM DAS NOVE MARCAS
QUE DISTRIBUI E AS OFICINAS INDEPENDENTES REPRESENTAM A MAIOR FATIA DAS VENDAS AO BALCÃO,
CERCA DE 90%. ISSO OBRIGA A UMA ATENÇÃO ESPECIAL RELATIVAMENTE ÀS NECESSIDADES DOS SEUS
CLIENTES, CONFORME NOS REVELAM PAULO OLIVEIRA, RESPONSÁVEL DO PÓS-VENDA E PAULO MOTA,
RESPONSÁVEL DO ≠DEPARTAMENTO DE PEÇAS
Está previsto virem a comercializar também
marcas aftermarket?
Estamos muito vocacionados para as peças de
origem das marcas que representamos, as peças
aftermarket neste momento só fazem sentido
para viaturas muito antigas onde já não é
possível fornecer peças de origem ou o valor da
viatura já não o justifica. Existe muita oferta no
mercado, para estar presente neste segmento
exige escala, é algo que neste momento não se
apresenta como prioritário.
DESDE 2016 QUE O NEGÓCIO TEM TIDO, ANO APÓS ANO,
UM CRESCIMENTO SUSTENTADO. O ANO 2024 NÃO FOI EXCEÇÃO, A UNIVEX
VOLTOU A CRESCER E PREVÊ PARA 2025 NOVO CRESCIMENTO
A
UNIVEX, uma empresa dentro
do universo do Grupo Astara,
nasce nos anos 60 resultado
da vontade de alguns amigos,
todos já com experiência no
setor automóvel. Fundaram a
empresa com as representações das marcas Fiat,
Styer e Fuso, comércio e reparação de camiões.
A origem do nome UNIVEX resulta da abreviatura
do slogan “Unidos Venceremos! Rapidamente
passou a ser considerada como uma das
maiores empresas no seu ramo a nível nacional,
e na década de 80 passa a representar a Mitsubishi
Auto como sua distribuidora oficial para
Portugal. Em 1989, a UNIVEX passa o testemunho
da representação da Mitsubishi e Fuso
à M.M.P. (Mitsubishi Motors Portugal), passando
mais tarde a ficar com a responsabilidade de
Concessionário Oficial da Mitsubishi e Fuso em
Lisboa e anos depois também em Cascais. Em
2015, tanto a M.M.P. como a Univex são adquiridas
pelo Grupo Astara, contando com vasta
experiência a nível internacional na importação
e distribuição de várias marcas automóveis, em
Portugal, Espanha e vários países da América
Latina. 2021 é ano em que a Univex alarga
fortemente o seu portfólio, com a introdução da
comercialização da Aiways, Maxus, Piaggio Comercial
e Isuzu. Em 2024 a Univex reforçou o
seu portfólio com a entrada de uma nova marca,
a KGM.
Como funciona o vosso departamento de peças
e qual a sua importância para o negócio da
empresa?
O nosso departamento de peças funciona tanto
numa vertente interna como externa, comercializamos
as peças de todas as marcas que representamos,
nos dois polos onde estamos, Lisboa
(Chelas) e Cascais (Alcabideche), monitorizamos
e calculamos as existências e encomendas em
função do consumo, sempre acautelando antecipadamente
as solicitações do cliente interno e
externo. Desta forma, com esta gestão evita-se
rutura ou excesso de stock. Oferecemos aconselhamento
técnico e soluções personalizadas.
O departamento de peças contribui fortemente
para a nossa organização e respetivos resultados.
Como é constituído o vosso portfólio de marcas
originais e quantas referências de peças
têm em stock?
Neste momento temos um portfólio de oito marcas
do mercado automóvel, Mitsubishi, Fuso,
Kia, Suzuki, Isuzu, KGM, Maxus e Piaggio Comerciais,
para esta marcas temos cerca de 2.000
referências. Também comercializamos as peças
Galloper, marca que representámos no passado.
Para além das peças de origem também
comercializam lubrificantes da Galp. Porque
escolheram esta marca?
Trata-se de um grande fabricante nacional com
produtos de excelência que garantem a qualidade
do produto. Para além disso as marcas que
representamos também reconhecem este fabricante
como o mais recomendável.
Qual a importância das oficinas independentes
para o vosso negócio de comercialização de
peças?
Todos os clientes para nós são importantes, sejam
eles particulares ou oficinas independentes,
qualquer um deles tem grande importância no
nosso negócio. No entanto as oficinas independentes
representam a maior fatia das nossas
vendas ao balcão, cerca de 90%. Isso obriga-nos
a uma atenção especial relativamente às necessidades
dos nossos clientes para que possam contar
sempre connosco como parceiros de confiança.
Também exportamos peças para reparadores
de países de língua Portuguesa.
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 25
PAULO OLIVEIRA
e PAULO MOTA
O DEPARTAMENTO DE PEÇAS TEM UM ATENDIMENTO
PERSONALIZADO COM UMA GRANDE CAPACIDADE DE RESPOSTA
PARA CLIENTES INTERNOS E EXTERNOS. O EMPENHO E
PROFISSIONALISMO DA EQUIPA DE PEÇAS É RECONHECIDO
Consideram que o canal das
oficinas independentes ainda tem
potencial de crescimento?
É difícil de avaliar, tendo em conta
que as oficinas independentes assistem
maioritariamente viaturas
que já estão fora de garantia associado
ao facto do crescimento do
parque automóvel estar a ser feito
pela via de viaturas eletrificadas,
consideramos que vai depender
muito da capacidade técnica que
os independentes irão ter com este
tipo de viaturas. Para já apenas
conseguem fazer operações simples,
peças de desgaste, travões,
pneus. As oficinas independentes
não possuem o conhecimento do
produto, provocando custos desnecessários
para o cliente, tendo
como exemplo a colocação de material
não necessário. Por vezes,
somos solicitados, pelos independentes,
para solucionar avarias que
não conseguem resolver.
O aumento de marcas e gamas de
produto exige mais espaço. Como
estão a conseguir gerir o armazenamento
das peças?
Estamos a crescer e a representar
mais marcas, a última foi a KGM, o
que obriga fazer alterações do nosso
armazém principal. Temos de
ser mais criteriosos na utilização
do espaço, reduzir os espaços mortos
e aumentar a nossa capacidade
de stock com o alargamento da plataforma
de armazenamento aérea,
mais pisos no mesmo espaço.
Como funciona a vossa logística
de entrega de peças nas oficinas?
Não temos logística própria de entrega
de peças, temos acordos com
empresas de transporte, especializadas
e reconhecidas, que nos dão
a confiança e a certeza de fazer chegar
as peças aos nossos clientes em
24h em qualquer parte do país e
nas ilhas num curto espaço de tempo.
Conseguimos assim a confiança
dos nossos clientes.
Têm tido problemas com as devoluções?
Como estão a gerir esta
situação?
Felizmente temos poucas devoluções,
isto demonstra a responsabilidade
e o profissionalismo da
equipa de caixeiros de peças da
nossa empresa, sempre que exista
dúvida falam sempre com o cliente
antes de efetuar a encomenda. As
poucas devoluções que aparecem
tentamos sempre resolver da melhor
forma possível para que nem
o cliente nem a UNIVEX fique
prejudicada, nas devoluções nunca
existe um “não”, existe sempre uma
alternativa.
Como tem evoluído a vossa plataforma
B2B? Quais as principais
funcionalidades?
A partir da nossa plataforma os
clientes podem consultar as peças
que necessitam, contudo obriga a
uma familiarização não só com a
plataforma como com o produto.
Ainda que dêmos formação, e porque
somos muito procurados para
peças cativas, muitas vezes o cliente
sente-se inseguro na identificação
das peças, acabando por fazê-
-lo junto dos nossos colaboradores.
Estamos a conseguir prestar esse
serviço e assim sendo também preferimos
não incentivar a utilização
da mesma, sobretudo com quem
tem mais dificuldades.
Como é constituído o vosso Call
Center? Quantos pedidos processam
por dia?
No nosso departamento de peças
temos um atendimento personalizado
com uma grande capacidade
de resposta para o nosso cliente
(interno e externo). Processamos
diariamente em Lisboa acima dos
80 pedidos e em Cascais 35, chegam-nos
por mail, telefone, whatsapp
e até presencial. O empenho
e profissionalismo da equipa de
peças é reconhecido.
Os veículos elétricos requerem
menos manutenção do que os
veículos a combustão. Como a
UNIVEX está a preparar-se para
esta realidade?
De facto, os veículos eletrificados
exigem menos manutenção, têm
menos peças associadas ao tipo de
propulsão, contudo parece-nos que
esta mudança ao nível da utilização
dos veículos irá ser muito lenta, vai
sempre permitir-nos ajustar recursos
e práticas de forma progressiva.
Por outro lado, representamos
marcas de veículos comerciais
onde a eletrificação é mais lenta
(Fuso e Isuzu). Por exemplo, neste
momento não sentimos qualquer
tipo de alteração nos padrões de
consumo de peças. Estamos bem
preparados, temos uma equipa devidamente
equipada, preparada e
multidisciplinar para todo o tipo
de intervenção, mesmos nos elétricos,
quer seja através de substitui-
26 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
ção de peça ou por reparação.
Como decorreu o ano 2024 a nível
de vendas e quais as expetativas
para 2025?
Desde 2016, com o crescimento da
representação de mais marcas, que
o negócio tem tido, ano após ano,
um crescimento sustentado. O ano
2024 não foi exceção, voltámos a
crescer e prevemos para 2025 novo
crescimento, temos todas as condições
para adicionarmos ao nosso
volume de negócios mais 10%.
Quais são os principais desafios
que têm em termos de organização?
A UNIVEX como empresa do
Grupo Astara, beneficia de sinergias
internas do Grupo e potencia,
dessa forma, também o desenvolvimento
dos seus negócios, seja ao
nível das vendas como da pós-venda.
Recentemente, introduzimos
a nova marca KGM e existe igualmente
uma forte ofensiva de produto
de muitas das marcas que comercializamos,
como sejam a KIA,
a Mitsubishi e mesmo a Maxus. É,
portanto, expectável que a médio
prazo, para além das marcas que já
operamos possamos vir a acrescentar
outras ao nosso portefólio. Nesse
contexto, o nível de exigência e
resposta na assistência às viaturas
e clientes será superior e estamos
cientes do esforço e atenção que estamos
a implementar para manter
e elevar os padrões de atendimento
no geral, sempre com vista à satisfação
das necessidades de quem
nos procura.
Que novos projetos podemos
esperar da UNIVEX para 2025?
Uma das prioridades centra-se
na reformulação e ampliação das
nossas instalações em Cascais
(Alcabideche), temos um projeto
ambicioso para aquele polo, dotando-a
de uma estrutura, tanto
ao nível das instalações como das
competências, muitíssimo mais
adequada ao mercado e às exigências
dos clientes. l
A UNIVEX TEM ACORDOS COM
EMPRESAS DE TRANSPORTE,
ESPECIALIZADAS E RECONHECIDAS,
QUE FAZEM CHEGAR AS PEÇAS
AOS SEUS CLIENTES EM 24H EM
QUALQUER PARTE DO PAÍS, E NAS
ILHAS NUM CURTO ESPAÇO DE TEMPO
VIATURAS ANTIGAS NUNCA FORAM
NEM IRÃO SER O NOSSO NEGÓCIO
PRINCIPAL
representação de marcas obriga a
A
UNIVEX a focar-se nas viaturas mais
recentes “viaturas antigas nunca foram nem
pensamos que irão ser o nosso negócio principal.
Hoje o parque está a envelhecer, mas
acreditamos também que medidas de curto
prazo possam inverter essa tendência”
Que análise fazem do mercado
pós-venda automóvel?
As viaturas terão sempre de fazer manutenção,
mesmo com a eletrificação. O que
prevemos é que com a mudança no parque
automóvel ficando mais eletrificado e
exigindo menos manutenção irá cada vez
mais tornar-se menos evidente o recurso a
oficinas independentes. De qualquer forma
serão alterações progressivas, darão tempo
de adaptação às empresas.
Os preços das peças vão continua
a aumentar?
Os preços das peças são construídos pelas
marcas, de facto têm tido aumentos, mas
ainda assim com bastante sacrifício de margem
de comercialização de forma a causar o
menor impacto possível nos clientes. A regularização
dos constrangimentos logísticos irá
fazer com que os aumentos futuros sejam
mais comedidos.
Considera que os clientes vão
privilegiar as marcas aftermarket
em detrimento das originais, como
alternativa à escalada de preços?
Os clientes querem manter a qualidade da
sua viatura sobretudo nos primeiros anos
(entre 5 a 7 anos), quase sempre ainda em
período de garantia e onde obviamente têm
custos reduzidos, todos praticamente associados
ao desgaste de utilização. Em grande
parte as peças aftermarket são competitivas
em matéria de preço após o período de garantia,
isso hoje já é assim, não nos parece
que no futuro possa existir uma grande alteração
no comportamento do mercado.
Que mudanças ocorrerão no
modelo de negócio das oficinas
com a digitalização, a eletrificação
e as novas formas de mobilidade?
A evolução já está em curso, estamos permanentemente
a adaptarmo-nos. Este ano
o Grupo Astara iniciou em Portugal um novo
negócio, a subscrição, através da empresa
Astara Move, sendo a UNIVEX o seu front
office, fazemos parceria com esta nova empresa
sempre a pensar em soluções mais
adaptadas aos nossos clientes. Iremos com
toda a certeza ter mais negócio associado à
mobilidade, a subscrição é neste momento
um deles, iniciámos em 2024 e queremos
evoluir sustentadamente em 2025.
Quando é que vamos realmente
começar a ver essa mudança
no modelo de negócio?
O Universo Astara onde a UNIVEX se insere
está em constante evolução, acompanhando
as tendências do mercado, pretendendo ser
uma referência a nível nacional e na Península
Ibérica. A mudança já se iniciou, é progressiva
e talvez por isso leve algum tempo até haver
uma consciencialização mais abrangente.
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 27
Entrevista
JAVIER FERNÁNDEZ
DIRETOR DE VENDAS DA MEWA PORTUGAL & ESPANHA
VEJO UM GRANDE
POTENCIAL EM PORTUGAL!
COM MAIS DE 1.500 CLIENTES ATIVOS EM PORTUGAL, A MEWA É UMA MARCA
AMPLAMENTE RECONHECIDA PELAS OFICINAS, QUE CADA VEZ MAIS VALORIZAM
O SEU SISTEMA DE SERVIÇO INTEGRADO. A EMPRESA FORNECE PANOS
DE LIMPEZA, RECOLHE-OS APÓS O USO, REALIZA A LAVAGEM E DEVOLVE-OS
EM PERFEITAS CONDIÇÕES. EM ENTREVISTA AO JO, JAVIER FERNÁNDEZ FAZ
UM BALANÇO DO TRABALHO REALIZADO E DOS OBJETIVOS PARA O FUTURO
Ao optar pelo sistema reutilizável da Mewa, as oficinas
evitam custos constantes com panos descartáveis
e a gestão de resíduos perigosos. Com estas
vantagens, o sistema não apenas melhora a eficiência operacional
nas oficinas, mas também reforça a sua imagem
como uma empresa sustentável e amiga do ambiente.
Desde quando é responsável pelo negócio da Mewa
em Portugal?
Foi em 2012 que recebi o desafio de desenvolver o negócio
da Mewa no mercado português. No início, tivemos de trabalhar
muito para convencer as pessoas de que os nossos
panos de limpeza são de facto extremamente absorventes,
lavados com muito rigor e, acima de tudo, que o sistema
reutilizável com serviço completo é uma mais-valia decisiva
para as oficinas. O nosso sistema permite que se dediquem
totalmente aos seus clientes e serviços, já que, simplesmente,
estão sempre disponíveis panos de limpeza frescos. Hoje,
o nosso sistema de panos de limpeza é amplamente reconhecido
entre as empresas portuguesas. Temos mais de 1
500 clientes em Portugal, atualmente servidos a partir da
nossa delegação em Tui, Galiza, que faz parte das 51 localizações
em 14 países europeus.
Como é constituía a Mewa Portugal?
Temos uma equipa de vendas muito proativa em Portugal e,
em termos logísticos, servimos o mercado a partir da Galiza.
Apoio a minha equipa no terreno em reuniões com os clientes-chave
e em eventos importantes, como a recente “Gala
Top 100” do vosso jornal, na Figueira da Foz, ou o “Automotive
Summit”, em Águeda.
Como se processa o negócio?
Vendemos direta e presencialmente nas instalações dos
clientes, onde podem experimentar os nossos panos de
limpeza e mantas absorventes de recolha de óleo. A minha
equipa está disponível com tempo e total dedicação para encontrar
a solução ideal para cada oficina.
Hoje, a Mewa disponibiliza quatro qualidades de panos para
diferentes áreas de aplicação. O que é que os quatro panos
têm em comum e como se complementam?
As quatro qualidades de panos de limpeza estão disponíveis
com serviço completo. Os panos foram especialmente
desenvolvidos consoante a sua área de aplicação, são fabricados
pela Mewa na Alemanha, reutilizáveis e, portanto,
amigos do ambiente. Complementam-se entre si, já que
cada um oferece a solução ideal para uma de quatro áreas de
aplicação: desde trabalhos de limpeza robustos até à remoção
de sujidade, óleos e massas lubrificantes em superfícies
extremamente sensíveis.
E relativamente à vossa manta reutilizável, qual a sua capacidade
de absorção e principais aplicações?
A nossa manta Multitex, em formato de toalha de 58 cm x
88 cm, pode absorver até 3 litros de líquido. No entanto,
mantém-se praticamente seco à superfície, uma vez que um
não tecido especial absorve o líquido, num instante, para o
núcleo. Na oficina, é adequada para absorver vazamentos de
óleo de motor e da caixa de velocidades, solventes ou lubrificantes.
Utilizada como medida preventiva, a manta Multitex
evita o uso de aglutinantes de óleo e granulados.
O transporte de material usado é assegurado pelos contentores
SaCon. Como são constituídos estes contentores
relativamente ao seu material de fabrico?
O material de limpeza contaminado - quer seja descartável
ou reutilizável, de papel, não tecido ou têxtil - representa
um risco de incêndio se não for armazenado num recipiente
hermético. Isso acontece porque certos contaminantes
no material de limpeza podem reagir com o oxigénio do ar
e incendiar-se, alguns solventes, por exemplo. É aqui que
os nossos contentores de segurança entram em cena. Estes
podem ser fechados de forma hermética o que impede o
28 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
FOI EM 2012 QUE
JAVIER FERNÁNDEZ
RECEBEU O DESAFIO
DE DESENVOLVER O
NEGÓCIO DA MEWA NO
MERCADO PORTUGUÊS.
DOZE ANOS DEPOIS, O
SISTEMA DE PANOS DE
LIMPEZA REUTILIZÁVEIS
DA MEWA É AMPLAMANTE
RECONHECIDO PELAS
OFICINAS PORTUGUESAS
JAVIER FERNÁNDEZ
O GRUPO MEWA AUMENTOU O SEU VOLUME DE NEGÓCIOS ANUAL DE 2022
PARA 2023 EM 8 POR CENTO, PARA 896 MILHÕES DE EUROS. O OBJETIVO
PARA 2025 É CONTINUAR A CRESCER FORTEMENTE EM PORTUGAL
início de incêndios. Além disso, são
fabricados em polietileno duro e
resistente. O SaCon cumpre, assim,
os requisitos da legislação relativa a
mercadorias perigosas. O SaCon foi
desenvolvido pela Mewa, é produzido
por nós na Alemanha e é parte
integrante do sistema de panos de
limpeza. A sua função é manter
tudo organizado e garantir o armazenamento
e o transporte seguros
dos panos usados.
A Mewa é pioneira na economia
circular. Como funciona o conceito?
O conceito é bem simples: Entregamos
os panos lavados diretamente
na oficina dos nossos clientes e levamos
os usados para lavagem. Claro
que entregamos apenas os panos
impecáveis, temos um sistema de
controlo de várias fases. Cada pano
pode ser lavado até 50 vezes. Desta
forma, ajudamos os nossos clientes,
todos os dias, a evitar o desperdício.
Para além disso, o pano Mewa é extremamente
absorvente e pode, por
isso, ser reutilizado muitas vezes.
Isto é muito sustentável.
E o que tem feito a Mewa para
atingir a neutralidade carbónica das
suas operações a nível da produção
e logística de entregas?
Estamos a trabalhar, de forma contínua,
para aumentar a nossa eficiência
energética e reduzir as emissões.
Como? Apostamos em tecnologias
que poupam recursos e em processos
de produção cada vez mais eficientes.
Naturalmente, a lavagem e
a secagem dos têxteis são os passos
que consomem mais energia. Nos
últimos 10 anos, conseguimos reduzir
as nossas emissões de CO 2 em
cerca de 25 %, graças à utilização
de tecnologia de ponta nas nossas
fábricas, à implementação de medidas
de poupança de energia e à otimização
contínua da nossa logística
de distribuição. Todas as localizações
da Mewa utilizam eletricidade
verde ou sem emissões. Além disso,
desde 2022, estamos a equipar gradualmente
todas as instalações com
sistemas fotovoltaicos e utilizamos,
sempre que possível em termos logísticos,
veículos com tecnologias
de condução alternativas, como o
hidrogénio e a e-mobilidade, para
chegar aos nossos clientes.
De que forma os panos Mewa
podem contribuir para aumentar a
rentabilidade da oficina?
A oficina passa toda a logística à
Mewa. Os panos não têm de ser adquiridos
nem eliminados. Também
não é preciso planear ou pedir orçamentos.
Com o serviço completo da
Mewa, os panos estão simplesmente
sempre à mão. Os mecânicos podem
focar-se totalmente no seu trabalho
e utilizar os nossos panos para remover
óleos, massas e tintas, sem interrupções
irritantes que acontecem
quando têm de procurar um trapo
adequado ou de ir a um rolo de papel
e, ainda, de retirar restinhos de papel
das ferramentas ou máquinas depois
da limpeza.
Quais as principais vantagens
da utilização dos panos Mewa
para a oficina?
A oficina recebe excelentes materiais
de limpeza e um serviço completo,
contribui diariamente para a
proteção do ambiente e pode orçamentar
muito bem o nosso serviço.
Desta forma, consegue aumentar
a sua qualidade, produtividade e
competitividade.
Durante o processo de lavagem dos
panos Mewa, quanta quantidade
de óleo e massas lubrificantes
conseguem reutilizar?
Para lhe dar uma ideia: A Mewa
lava cerca de 1,2 mil milhões de
panos por ano. Cobrimos até 80 %
da necessidade energética das nossas
linhas de lavagem e secagem
através da reutilização térmica dos
contaminantes filtrados na lavagem.
Este aproveitamento térmico
do óleo reciclado poupa energia
primária.
E quantos panos de limpeza Mewa
são produzidos anualmente?
A nossa produção normal ronda os
115 milhões de panos de limpeza
por ano.
Quais as principais funcionalidades
do portal online “myMewa”?
Através do nosso portal “myMewa”,
os clientes estão em contacto 24/7
com a Mewa. Podem verificar e
alterar as entregas dos panos, descarregar
faturas, colocar questões,
fazer pedidos e muito mais.
Considera que ainda há espaço
no mercado para crescer?
Claro que sim, um mercado tem
sempre oportunidade de crescimento.
Vejo realmente um grande
potencial em Portugal. Sobretudo
nos últimos dois anos, temos notado
uma maior abertura por parte
das oficinas. Acredito que isso resulte
do maior conhecimento do
nosso sistema de panos de limpeza
e do aumento da consciência ambiental
em geral.
Como foi o desempenho
da Mewa em Portugal em 2024
e quais os objetivos para 2025
a nível de faturação, novos serviços
e projetos?
O que posso dizer é que Portugal
está a acompanhar a tendência,
talvez até um pouco acima, quanto
ao desenvolvimento do nosso
Grupo. O Grupo Mewa aumentou
o seu volume de negócios anual de
2022 para 2023 em 8 por cento,
para 896 milhões de euros. O nosso
objetivo para 2025 é continuar a
crescer fortemente em Portugal. l
30 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
Cada bateria
afirma ser a
melhor do
mercado.
As nossas
baterias
provam
isso
isso
quando
necessário.
.
quando
necessário.
C riando o futuro – o caminho da Exide:
Criando futuro - o caminho da Exide
C – Exide:
Inovação Confiabilidade
Inovação Confiabilidade Sustentabilidade Alta Performance
In
Su s tentabilidade
Sust
Alta Performance
exidegroup.com
exidegroup.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
TRUSTAUTO E STELLANTIS &YOU
FORMALIZAM ACORDO
Foi numa reunião no decorrer da expoMECÂNICA, que a
Trustauto e Stellantis &You formalizam o acordo de cooperação
comercial que já tinha sido anunciado no início de
2024. Ao longo de mais de um ano, ambas as empresas trabalharam
em conjunto para desenvolver este novo projeto que junta
dois mercados distintos – o mercado das peças de origem (IAM)
e as peças independentes (pós-venda). Assim, a partir de agora,
todos os dezanove membros do grupo de retalho da TRUSTAU-
TO vão passar a poder distribuir peças originais, peças aftermarket,
peças Eurorepar e peça verdes (B-Parts e Susteinera) da
Stelllantis&You para as oficinas independentes e da rede Eurorepar
Car Service. Os retalhistas da Trustauto passarão desta forma
a ser considerados Distrigo Market, o que fará com que passem
a ter uma nova imagem com as cores e os padrões da Stellantis.
Com esta parceria, a Stellantis &You também consegue garantir
uma maior proximidade com as oficinas locais, algo que anteriormente
estava mais centralizado em Lisboa, Porto e Algarve.
VENCE PRÉMIO “MELHOR INVESTIDOR”
UFI Filters | O prémio foi atribuído à UFI Filters como reconhecimento pelos seus investimentos significativos
na China, que culminaram na inauguração da UFI GREEN, a primeira unidade industrial do Grupo dedicada
a tecnologias de mobilidade sustentável. Localizada em Jiaxing, província de Zhejiang, a fábrica cobre
uma área de 42.000 m2 e foi projetada para minimizar emissões e consumo de energia. Graças à inst alação
de 15.000 m² de painéis fotovoltaicos, a UFI GREEN posiciona-se como um modelo de eficiência energética e
inovação tecnológica. Nesta unidade industrial, a empresa desenvolve sistemas de gestão térmica e soluções
avançadas de filtração para veículos elétricos, a hidrogénio e a células de combustível. “Esta fábrica não é
apenas um investimento estratégico, mas também uma declaração do nosso compromisso com um futuro
mais sustentável», afirmou Stefano Gava, CEO da UFI Filters, ao aceitar o prémio.
MAIS INTERNACIONAL DO QUE NUNCA
MOTORTEC | A MOTORTEC, organizada pela IFEMA MADRID, irá realizar a sua 17ª edição de 23
a 26 de abril de 2025, dando um salto qualitativo no seu posicionamento internacional. Segundo as
mais recentes estimativas da organização, o certame atingirá um número recorde de participantes
internacionais. Até o momento, e faltando quatro meses, 190 empresas estrangeiras de 25 países
confirmaram a sua presença, um aumento de 104% em comparação com a edição anterior de 2022.
Este nível de participação significa que, em termos de exposição, serão ocupados 5.300 m 2 : um aumento
de 92%. No total, prevêem-se 600 empresas expositoras e 41.000 m 2 de área útil: aumentos
de 36% e 32%, respetivamente. Estes números são o reflexo dos acordos realizados com algumas
das principais empresas internacionais do sector automóvel, associações do aftermarket e fabricantes.
A imprensa especializada também desempenha um papel importante no setor pós-venda,
razão pela qual a MOTORTEC realizou acordos com 42 meios de comunicação - 20 deles estrangeiros
– de nove países, que darão cobertura completa da MOTORTEC 2025.
rodape_PBS 2024.pdf 3 19/12/2024 16:33
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32 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
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SUBSTITUIÇÃO DE BATERIAS
EM VEÍCULOS MODERNOS
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MADE IN GERMANY
Quando é necessário substituir uma bateria num veículo moderno, surgem algumas questões essenciais
para garantir que a nova bateria funciona corretamente com o sistema eletrónico do carro. A escolha
da bateria correta e a sua correta instalação tornam-se fundamentais para preservar o desempenho
das funcionalidades de conforto e segurança
Facilite a Substituição com o VARTA Partner Portal
Através do Buscador de Baterias da VARTA, os profissionais podem, com uma simples inserção do
código da matrícula, número de TecDoc ou modelo, identificar de forma rápida e precisa a bateria
certa para cada veículo. Isto assegura a compatibilidade com as exigências do fabricante e evita
problemas posteriores que podem surgir da instalação de uma tecnologia incorreta. Além disso,
o VARTA Partner Portal oferece guias de instalação passo a passo. Uma vez instalada a bateria,
é essencial realizar a codificação da mesma – um passo crucial para que o sistema de gestão de
energia funcione adequadamente com a nova bateria.
A Importância da Codificação ao Substituir uma Bateria
Nos veículos modernos, a bateria vai além de simplesmente arrancar o motor: ela é a base de um
sistema de gestão de energia complexo, que alimenta funções essenciais como ar condicionado,
bancos aquecidos, sistemas de entretenimento e de assistência ao condutor. Para garantir o correto
funcionamento destas funções, os carros são equipados com o Battery Management System (BMS)
e o sensor eletrónico de bateria (EBS), que monitorizam o desempenho da bateria ao longo do
tempo e ajustam a gestão de energia conforme o desgaste. Quando uma bateria nova é instalada,
o sistema precisa de ser reprogramado para “aprender” as características da nova bateria, já que
uma bateria usada comporta-se de maneira diferente, em termos de capacidade e aceitação de
carga. Se a recodificação não for feita corretamente, funções como o sistema Start-Stop, que economiza
combustível, e o desempenho de componentes de conforto podem ser comprometidos,
resultando em maior consumo de combustível e falhas no funcionamento de sistemas essenciais.
Hoje em dia, muitas marcas de automóveis não requerem uma recodificação ativa, pois o sistema
reconhece automaticamente a nova bateria. No entanto, outros fabricantes de automóveis necessitam
de uma ferramenta específica para realizar esta operação. Portanto, é fundamental não só
escolher o modelo de bateria ideal para cada veículo, como também garantir que a mesma seja
codificada corretamente. O VARTA Partner Portal, na secção Battery World, oferece conteúdo informativo
para apoiar as oficinas neste processo, ajudando os profissionais a entenderem quando e como realizar
a codificação da bateria.
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Issue Ausgabe 4/2024 4/2024
Issue 9/2024
Entrevista
PRECISÁVAMOS
DE CRIAR UM ESPAÇO
EXTRAORDINÁRIO
MATHIAS BLEICHER
CEO DA LIQUI MOLY IBERIA
A LIQUI MOLY INAUGUROU RECENTEMENTE O LIQUI MOLY EXPERIENCE CENTRE,
NA SUA SEDE SITUADA NO CACÉM, E O RESPONSÁVEL MÁXIMO A NÍVEL IBÉRICO,
MATHIAS BLEICHER, NÃO PODERIA ESTAR MAIS SATISFEITO COM O ESPAÇO QUE
SERVIRÁ PARA MOSTRAR TUDO O QUE A MARCA TEM PARA OFERECER. TRATA-
SE DE UMA EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS, ZONAS DE DEMONSTRAÇÃO E SALA DE
FORMAÇÃO, QUE ESTARÁ ABERTO PARA TODOS OS DISTRIBUIDORES UTILIZAREM EM
ENCONTROS COM OS SEUS CLIENTES, OFICINAS E OUTROS EVENTOS
A
ideia, segundo Mathias Bleicher, CEO da Liqui Moly
Iberia, foi criar um espaço para ter uma exposição
“duradora e constante” para apresentar tudo o que a
Liqui Moly tem para oferecer, nos mais diversos segmentos.
“E como sou uma pessoa que não gosta de comprar por catálogo,
quero ver as coisas, senti-las e experimentá-las, disse
que precisávamos de criar um espaço que fosse extraordinário.
Ou não criava nada ou tinha de ser algo fora de série,
que vendesse sozinho e este espaço demonstra toda amplitude
da marca que é brutal”, considera.
O Experience Centre fica localizado na sede da marca em
Portugal, no Cacém, e conta com uma área de 850 m2, onde
além da exposição de produtos, tem zonas de demonstração
e sala de formação. Permite a realização de eventos próprios,
“como os Liqui Moly Days que fazemos nos distribuidores e
que queremos continuar, mas estamos sempre limitados ao
que está disponível no lugar. E aqui podemos trazer as pessoas,
que podem entrar e navegar no mundo da Liqui Moly”,
explica, acrescentando que há um espaço para cada nicho de
mercado onde a marca está presente.
Até ao momento, o sucesso do Experience Centre é tal que
este será colocado à disposição da Liqui Moly a nível mundial
e, de acordo com o CEO, “toda a gente quer vir a Portugal.
Acho que vai haver muita procura a nível internacional
até que tenhamos replicado este modelo em outros países. É
algo inovador, que ninguém tem, porque estive à procura e,
francamente, não encontrei nenhum lugar assim”, diz. Há já
um calendário de eventos e já tem marcações, garante.
Novos CEO globais
Com a saída, em 2022, do CEO Ernst Prost, que esteve mais
de 30 anos na Liqui Moly, entraram três novos nomes para
assegurar a liderança da empresa, sendo um deles Günter
Hiermaier, “que tem a cargo tudo o que é IT e logística. Era
responsável de vendas na Alemanha e na Áustria e agora vai
focar-se no novo centro em que vamos investir 53 milhões
de euros, localizado em Ulm, que deverá estar pronto em
dois anos e que nos vai dar a imagem que corresponde a
uma empresa líder internacional”, declara Bleicher.
Depois surge também como CEO Uli Weller, que esteve
com o nosso entrevistado enquanto diretor-geral da Liqui
Moly Iberia, e que está responsável pelas finanças, e ainda
Salvatore Coniglio, “que foi meu colega há muitos anos no
departamento de exportação, depois passou a ser o diretor
de exportação da Alemanha e, em setembro, foi nomeado
como terceiro CEO com o foco de marketing e vendas. Foi
ele que fundou a Liqui Moly na África do Sul, também teve
várias subsidiárias a seu cargo, como a Liqui Moly Iberia, e
entende bem as nossas necessidades. Mas, diria que na generalidade
não mudou nada de significativo, continuamos
no mesmo caminho”, salienta.
Adaptação ao mercado
Enquanto especialista na produção e distribuição mundial
de produtos químicos para o setor automóvel, a empresa
orgulha-se de ter a “vantagem da inovação e de podermos
oferecer ao mercado os produtos que são necessários a cada
momento, seja para um motor a combustão, híbrido ou elétrico”,
diz-nos Cláudio Delicado, diretor de comunicação
da Liqui Moly Iberia, referindo-se à importância ter um
departamento técnico e um laboratório sempre a par das
necessidades do mercado. O mesmo explica que já existe a
gama “E-Mobility e somos uma das primeiras marcas a ter
um óleo de caixa, por exemplo para os Tesla, que já vendemos
aqui em Portugal. Temos também anticongelantes e
produtos para arrefecimento das baterias, bem como um
líquido de travões já definido para elétricos e híbridos e é
uma gama que no futuro vai continuar a crescer à medida
que o mercado também for mostrando essa procura e essa
necessidade”. Também a gama de car care foi completamente
renovada, “houve uma reformulação dos produtos em si e
a imagem é totalmente nova. Todos estes produtos passam a
ter o idioma português na embalagem, o que facilita muito
quando estamos a falar de venda ao consumidor final que,
no fundo, é quem procura mais estes produtos”, refere Cláudio
Delicado.
Ferramentas para os clientes
A atenção ao cliente é primordial na empresa e prova disso
é o Guia de Óleos, que surge como a ferramenta mais utilizada
no site da Liqui Moly, “pela facilidade que os profissionais
têm de poder fazer uma pesquisa por matrícula e
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 35
MATHIAS BLEICHER
A GRANDE NOVIDADE PARA 2025 É O NOVO LIQUI MOLY
EXPERIENCE CENTRE, LOCALIZADO NA SEDE DA MARCA EM PORTUGAL,
NO CACÉM. CONTA COM UMA ÁREA DE 850 M 2 , ONDE ALÉM DA EXPOSIÇÃO
DE PRODUTOS, TEM ZONAS DE DEMONSTRAÇÃO E SALA DE FormaçÃO
identificar o óleo”, explica o diretor
de comunicação. “A vantagem é que
não diz apenas qual o óleo correto
para cada veículo, mas também a
quantidade que leva, o intervalo de
mudanças que o fabricante preconiza
e o guia de lubrificação, ou seja,
óleo de caixa, óleo diferencial, líquido
de travões, anticongelante, óleo
para o ar condicionado… e o cliente,
seja uma oficina ou uma casa de
peças, pode imprimir ou partilhar
pelo WhatsApp com o cliente, e é
uma ferramenta que está sempre
atualizada”, esclarece.
Continuam a apostar no Car Performance
Plan, onde tem tido “muito
bons resultados nas oficinas, para
elas conseguirem rentabilizar os veículos
que já têm”, diz Cláudio Delicado.
Além disso, a marca prima pelo
apoio às oficinas, com soluções personalizadas,
através “do nosso partner
network da grande distribuição
aqui em Portugal. Nós, diretamente,
damos apoio aos nossos distribuidores,
mas não vendemos às oficinas.
Este foi o conceito que implementámos
há 16 anos e que vamos manter,
sempre com o foco no Automotive
Aftermarket, que representa 95% do
nosso negócio”, complementa Mathias
Bleicher.
Novidades na calha
No salão Automechanika, a Liqui
Moly apresentou uma versão atualizada
do sistema de limpeza de admissão,
o JetClean Tronic III, “uma
máquina que tem potencial enorme,
porque o investimento é relativamente
baixo, para a rentabilidade
que se pode tirar numa oficina”, considera
Cláudio Delicado, que diz que
ajudam “os clientes a perceber como
é que podem transformar uma máquina,
ou um aditivo, num serviço
que prestam ao cliente”. No Experience
Centre vai ser possível ver a
máquina e testá-la, operando-a: “Eu
dificilmente compraria por catálogo,
porque não é um investimento menor,
quero ver a qualidade e como
funciona e aqui os clientes vão poder
fazer cursos certificados de formação
com os nossos técnicos”, indica o
CEO da empresa.
Outra novidade que também já está
disponível é a «Bag in Box», que
permite uma redução de 90% do
plástico na própria embalagem, que
é feita de cartão resistente e que tem
no interior uma bolsa para conter o
óleo. As embalagens continuam a ser
de 20 litros para caber nos armários
da marca. Já as embalagens de 1 e de
5 litros continuarão, para já, a ser de
plástico, ainda que, segundo Cláudio
Delicado, estas “já tenham um nível
muito alto de taxa de reciclagem e
material reciclado, estando sempre
a ser pesquisado uma forma mais
amiga do ambiente”.
Ameaças atuais
A consolidação e a concentração a
que se assiste no mercado não preocupa
Mathias Bleicher, que acaba
por trabalhar com quase todos os
grupos de compras internacionais
(ITGs - International Trading
Groups). Com cada vez mais empresas
a fazer parte destes grupos, isso
nem sempre significa mais negócio
para a Liqui Moly, pois “em muitos
casos são clientes que já temos há
muitos anos”, explica, destacando
que o mais importante é “a nossa
capacidade para nos adaptarmos a
uma situação nova”.
As vendas online continuam a ter
um volume baixo, na casa dos 3 a
5%, mas podem ser “golpes baixos”
por parte de concorrentes, como a
AutoDoc, que já alcança um volume
de negócios de 35 M€ em Portugal
e que “envia de Berlim e da Polónia
para o mercado português por metade
do preço, isto sim é uma ameaça,
pois a importação e a exportação
deveriam ser iguais para todas as
marcas. Na Liqui Moly temos isso
debaixo de controlo no nosso packaging,
que permite rastrear os fluxos
de materiais e caso exista alguém
que estrategicamente reexporta material,
tratamos de cortar o fornecimento,
para não matar o trabalho
de outros”, relata o responsável, “até
para evitar que chegue material que
não esteja destinado a esse país, para
prevenir uma aplicação errada”.
Investir nos patrocínios
A Liqui Moly vai “cada vez mais focar-se
nos patrocínios”, continuando
com a presença nos eventos desportivos
como a F1, o MotoGP, ou o
MXGP, passando de apoiar “muitos,
muito pequenos, para concentrar-
-nos em eventos maiores, como o
Estoril Classics e vários outros locais,
tanto aqui como em Espanha.
A ideia é mostrar forte presença”, diz
Mathias Bleicher, com Cláudio Delicado
a sublinhar que têm “aproveitado
muito bem a parceria com a federação
de motonáutica, onde temos
uma presença muito forte e também
temos clientes”. Mathias Bleicher
releva o “crescimento brutal desde
que começámos na Península Ibérica.
Este ano vamos crescer 25% e,
assim como nos últimos nove anos,
multiplicamos quase 20 vezes as
nossas vendas. E ainda temos muito
caminho para crescer nos próximos
anos”, afiança, acreditando que um
dos nichos a apostar será nas oficinas
dos concessionários, onde “temos
tudo o que eles precisam para trabalhar,
uma solução one-stop-shop”.
A Liqui Moly Iberia entra em 2025
com 34 pessoas e “a ideia é finalizar
o ano com não menos de 42 pessoas.
Daqui a 5 anos calculo que vamos
ter 70 ou 80 pessoas para cobrir as
áreas todas”, diz Mathias Bleicher,
que menciona a importância de ter
na gestão da empresa Cláudio Delicado,
na comunicação, Rita Fonseca
na administração e ainda Sadhna
Monteiro Bleicher nas vendas e
marketing, pois “sem esse apoio seria
impossível continuar a crescer”,
conclui. l
36 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
ADQUIRE FRANCECAR
NAPS PARTS & Solutions | A NAPS Parts & Solutions,
membro da Create, anunciou a aquisição da Francecar, empresa
do mesmo grupo e referência no setor de peças auto no distrito de
Viseu. Esta aquisição estratégica, que será efetiva a partir de 1 de
janeiro de 2025, marca um importante passo no crescimento da
NAPS no mercado português. A Francecar, reconhecida pela sua
forte presença no distrito de Viseu, construiu ao longo dos anos uma
sólida base de clientes e destaca-se pela excelência da sua equipa de
colaboradores. A empresa é também um dos parceiros fundadores da
Create Business, demonstrando o seu compromisso histórico com a
inovação e desenvolvimento do setor ao longo dos últimos 20 anos.
“Esta aquisição representa um marco significativo na estratégia de
crescimento da NAPS Parts & Solutions. A integração da Francecar
permitirá expandir as nossas operações e reforçar a nossa presença no
mercado, beneficiando tanto os nossos clientes como colaboradores”,
afirmaram Carlos Nascimento e José Azevedo, administradores da
NAPS.
3M E AXALTA
LANÇAM CONTEÚDOS DE
FORMAÇÃO PARA REPINTURA
A
3M
e a Axalta acabam de anunciar uma colaboração estratégica que visa a apresentação
de uma nova série de conteúdos formativos centrados na repintura automóvel .
A mais recente parceria entre a 3M e a Axalta resultou no lançamento de uma série
de conteúdos voltados para a formação em repintura automóvel. O programa inclui cinco
módulos, projetados para ajudar de forma significativa os técnicos e as oficinas a melhorar a
sua compreensão das práticas do processo de reparação e obter melhores resultados operacionais.
O conteúdo dos vídeos educativos, acessíveis e sem distinção de marca, produzidos
pela 3M e a Axalta, estabelece um novo ponto de referência para a partilha de conhecimentos
operacionais no setor. É de mencionar que os três primeiros módulos, dedicados à otimização
do processo de produtividade, eficiência e qualidade da repintura, foram lançados
globalmente a 2 de dezembro de 2024. Sendo que, já se encontram disponíveis através das
plataformas 3M Collision Repair Academy e Axalta Academy, bem como, nas respetivas
redes sociais. Em 2025 serão disponibilizados módulos de formação adicionais centrados
na segurança e sustentabilidade.
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www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 37
Entrevista
NUNO GUERRA
DIRETOR GERAL POLIBATERIAS
VAMOS ASSISTIR A UM PERÍODO
DE EXPANSÃO DA FIAMM!
NO ANO EM QUE A FIAMM CELEBRA O 80º ANIVERSÁRIO, A POLIBATERIAS, IMPORTADOR EXCLUSIVO
DA MARCA, RECEBEU NO SEU STAND DA EXPOMECÂNICA, OS RESPONSÁVEIS MÁXIMOS
DO FABRICANTE DE BATERIAS, QUE REAFIRMARAM O COMPROMISSO DE REFORÇAR ESTA
PARCERIA RUMO A UM CRESCIMENTO DA FIAMM NO MERCADO PORTUGUÊS
A
Fiamm foi adquirida em 2017 pela Hitachi
Chemical, um grupo cotado na Bolsa
de Tóquio e parte do Grupo Hitachi,
diretamente à família Dolcetta, os antigos proprietários
do Fiamm. Anos mais tarde, outro
grupo multinacional japonês cotado na Bolsa de
Tóquio, Showa Denko Group, líder na produção
de materiais químicos e industriais, adquiriu
a Hitachi Chemical como um todo, e com ela
o controlo da empresa italiana. Apesar destas
mudanças, a Fiamm manteve o seu nome, o que
significa que a empresa pôde continuar a apresentar-se
em Itália e nos mercados globais, onde
a marca é amplamente reconhecida, ao mesmo
tempo que se expande para novos mercados
com o apoio da multinacional japonesa. Com a
entrada de capital e know how técnico para desenvolver
novos produtos, a Fiamm está a criar
os meios necessários para aumentar a linha de
produção e conseguir fornecer mais baterias e
um melhor serviço. “Vamos assistir a um período
de expansão da Fiamm nos diversos mercados
onde está presente, graças aos investimentos
nas áreas da produção e no apoio aos mercados
de exportação, nomeadamente Portugal, onde
contamos com a Polibaterias para fortalecer a
imagem da marca e aumentar a sua quota de
mercado”, refere Fujio Owa, CEO Fiamm Energy
Technology. Este responsável, que lidera os
destinos da empresa desde 2018, diz que se sente
“muito orgulhoso de trabalhar para esta empresa,
que tem estado ativa e competitiva nes-
te mercado desde há muitos anos, fornecendo
produtos importantes tanto para uso automóvel
como industrial. Foi durante o período de encerramento
devido à Covid quando o governo nos
pediu para continuarmos a trabalhar nas nossas
fábricas que senti a importância do nosso trabalho
e dos nossos produtos, que eram considerados
serviços essenciais indispensáveis para o
funcionamento do país. Mais recentemente estamos
a ajudar a Ucrânia com o fornecimento de
baterias para ativar os sistemas de aquecimento
das habitações, nesta época do ano mais difícil
para a população, devido ao frio extremo”. Para
este responsável “Portugal é um mercado que
tem uma capacidade considerável de circulação
de baterias, apesar de não ser muito grande, e
a Fiamm está satisfeita com o trabalho da Polibaterias.
Temos feito os possíveis por ajudar
a empresa a difundir a marca a nível nacional,
através de salões, canais comerciais, eventos, e
junto dos nossos clientes”.
Rede de especialistas em bATERIAS
Andrea Milani, diretor vendas Aftermarket Europa
da Fiamm Energy Technology, anunciou
como novidade para 2025 o lançamento de
uma rede de especialistas em baterias Fiamm,
a exemplo do que já acontece noutros países
europeus. “A rede de especialistas em baterias
Fiamm foi desenvolvida para proporcionar às
oficinas independentes o que elas precisam para
conquistar e reter clientes. Com a Fiamm, a
oficina fica automaticamente associada a uma
das marcas mais fortes do mercado, ajudando a
criar uma proposta vencedora. A Fiamm acredita
que estas são razões diferenciadores, transmitindo
confiança aos clientes, que cada vez mais
procuram marcas bem estabelecidas e reconhecem
imediatamente a excelência do serviço que
se pratica no interior da oficina, resultando assim
numa lealdade difícil de substituir. Hoje em
dia, o cliente final está muito mais informado e
tende a favorecer o valor sobre o preço e nesse
aspeto as baterias Fiamm nunca comprometem.
A formação técnica e comercial disponibilizada
às oficinas aderentes centra-se na explicação do
papel da bateria na manutenção das viaturas,
nas especificidades de cada produto, identificação
e explicação das normas e recomendações,
melhores práticas no aconselhamento junto do
cliente e argumentários de venda, entre outras
temáticas”. Para aumentar a notoriedade da
marca, principalmente junto do público mais
jovem, a Fiamm vai continuar a patrocinar o
MotoGP, a exemplo do que fez em 2024 com o
importante apoio dos pilotos da Prima Pramac
Racing Team, em particular, Jorge Martín que
se sagrou Campeão do Mundo no Circuito de
Barcelona-Catalunha.
No caminho da liderança
Nuno Guerra, diretor geral da Polibaterias,
faz um balanço muito positivo da parceria que
mantém, com a Fiamm e como novidade desta-
A POLIBATERIAS PROCURA IMPLEMENTAR O DESENVOLVIMENTO
DE NOVAS SINERGIAS, TANTO A NÍVEL NACIONAL COMO INTERNACIONAL E
DAR A MELHOR RESPOSTA A TODAS AS SOLICITAÇÕES, ATRAVÉS
DE SOLUÇÕES TECNOLOGICAMENTE INOVADORAS E DE MÁXIMA QUALIDADE
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 39
NUNO GUERRA
GAMA ECOFORCE COM
NOVOS ARGUMENTOS
TÉCNICOS
Nuno Guerra, diretor geral da Polibaterias (ao centro), com Fujio Owa, CEO da Fiamm Energy
Technology (à direita na foto) e Andrea Milani, diretor vendas Aftermarket Europa da Fiamm Energy
Technology (à esquerda na foto)
ca o lançamento da gama de baterias Eurocell
com qualidade OEM. “Tratam-se de baterias
que a Fiamm vende diretamente aos fabricantes
de automóveis, como equipamento de origem,
mas que nós comercializamos para o aftermarket
com a nossa marca Eurocell. Esta é
sem dúvida uma enorme vantagem da parceria
que temos com a Fiamm e que permite vender
uma bateria com qualidade OE a um preço acessível”,
refere este responsável. A Polibaterias encontra-se
numa fase de expansão significativa
das suas instalações de armazenamento. Este
investimento visa responder de forma mais eficaz
ao desafio do stock regular de algumas referências,
principalmente nas épocas de maior
procura. “Com esta ampliação, garantimos uma
disponibilidade de stock para cerca de três meses”,
destaca Nuno Guerra. “Assim, mesmo que
surjam imprevistos na cadeia de fornecimento,
os nossos clientes não serão afetados por isso”,
assegura. A expansão do espaço também vai
permitir alcançar outras metas. Com um histórico
de fornecimento de baterias OEM para
grandes marcas como Peugeot, FIAT e Citroën,
a FIAMM apresenta agora um novo produto “de
extrema qualidade” e com um nível de capacidade
“bastante superior” comparativamente a
outros. “Para esta nova gama, precisávamos de
criar um espaço adicional no armazém. Foi um
projeto que a FIAMM iniciou connosco e que,
agora, vai estender-se a outros clientes internacionais.
Está a correr muito bem e a ter uma
excelente aceitação por parte dos nossos distribuidores”,
revelou. Mas as novidades não ficam
por aqui. A Polibaterias está a preparar um novo
catálogo dedicado à marca Eurocell, que será “o
maior portfólio de baterias no nosso mercado”,
sublinhou. A ampliação do portfólio vai incluir
baterias AGM e de lítio para os sistemas auxiliares
de veículos elétricos e híbridos.
“Este é um mercado em rápido crescimento no
nosso país, como mostram as vendas. Precisamos
de estar preparados, e é por isso que estamos a
investir nas baterias auxiliares, uma vez que as
baterias de alta tensão ainda são limitadas aos
fabricantes”, comentou. O catálogo também contará
com soluções para nichos específicos, como
autocaravanas, veículos de emergência e até militares,
para atender a qualquer solicitação que seja
necessária. Comprometida com práticas sustentáveis,
a empresa segue rigorosamente as normas
de reciclagem em colaboração com a entidade de
gestão de resíduos (EGMAIS). Como parte deste
processo, a empresa recolhe baterias usadas e
encaminha-as para a fábrica Exide Technologies
Recycling, em Portugal, ou para metalúrgicas em
Espanha. Com as melhorias na infraestrutura e
o fortalecimento do portfólio, a empresa prevê,
assim, um salto no volume de vendas nos próximos
anos, com o objetivo de se consolidar como
o segundo maior distribuidor de baterias do país.
“Felizmente temos sempre vindo a crescer todos
os anos fruto de um trabalho dedicado, com
muito esforço e momentos bons e menos bons.
O nascimento da empresa, o novo armazém e a
representação da Fiamm, foram marcos muito
importantes para a Polibaterias. Estamos todos
de parabéns“, afirmou Nuno Guerra. l
FRUTO DO SEU COMPROMISSO COM OS
PRINCIPAIS FABRICANTES AUTOMÓVEIS, A FIAMM
APRESENTA GAMAS ABRANGENTES QUE COBREM
A TOTALIDADE DO NOSSO PARQUE AUTOMÓVEL,
BEM COMO TECNOLOGIAS ESPECÍFICAS AGM E AFB
nova gama ecoFORCE, para além de uma nova
A
imagem, possui novos argumentos técnicos.
Atualmente, os requisitos de energia dos veículos modernos
exigem baterias capazes de manter o seu desempenho por
um longo tempo. Em particular, numa tentativa de reduzir as
emissões de CO 2 e cumprir as normas da UE, os fabricantes de
automóveis desenvolveram modelos equipados com
dispositivos como o Start & Stop, que requerem um uso
muito mais intenso da bateria. A nova gama de baterias
ecoFORCE fornece uma resposta a essa necessidade. Esta
gama representa uma evolução das baterias de chumbo
convencionais e é a melhor solução para carros equipados
com o sistema Start & Stop. Uma bateria caracterizada por
uma resistência aos ciclos de carga/ descarga duas vezes
maior que a de uma bateria convencional. Nas filas ou nos
semáforos, o sistema da bateria ecoFORCE alimenta todos os
componentes elétricos quando o motor está desligado e
garante um reinício sem problemas assim que a embraiagem
for pressionada.
FIAMM LANÇA
EASY RIDERPARA
MOTOCICLOS
ma das novidades apresentadas pela Polibaterias na
U
expoMECÂNICA, foi a nova linha de baterias Easy
Rider para motociclos, scooters e outras aplicações de lazer.
Fáceis de montar, resistentes às vibrações e sem manutenção,
as baterias Easy Rider são a solução ideal para scooters,
motociclos, quads, motos de neve e jet skis. Capazes de
responder às necessidades dos veículos mais modernos com
o mais elevado desempenho - mesmo os equipados com
sofisticada eletrónica de bordo - as baterias Easy Rider são
companheiras de viagem fiáveis e de elevado desempenho,
desde a mobilidade rodoviária até aos percursos mais
aventureiros.
40 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
Entrevista
FERNANDO AMARAL
CEO ALIDATA
O FUTURO É HOJE E A ADAPTAÇÃO
TEM DE SER CONSTANTE!
42 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
ALIDATA, A MAIS ANTIGA SOFTWARE HOUSE VOCACIONADA PARA A GESTÃO
OFICINAL, COMEMOROU 40 ANOS E REGISTOU O SEU MELHOR ANO DE SEMPRE.
SÃO QUATRO DÉCADAS DEDICADAS AO DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES DE GESTÃO
PARA AS OFICINAS AUTOMÓVEIS. EM ENTREVISTA AO JO, FERNANDO AMARAL,
CEO DA ALIDATA, RECORDA O PERCURSO DA EMPRESA E REVELA A SUA VISÃO SOBRE
O FUTURO DO PÓS-VENDA EM PORTUGAL
A
Alidata, ao longo destes 40 anos, construiu um património
e reputação singulares no panorama tecnológico
nacional, particularmente em consultoria
e desenvolvimento de soluções tecnológicas para os setores
oficinal e aftermarket automóvel. Quando e empresa foi adquirida
e integrada no Sendys Group, Fernando Amaral reestruturou
as operações e potenciou ao máximo o know-how e
as soluções que a Alidata, já na altura, oferecia ao mercado.
O passo seguinte foi a internacionalização. Hoje, tem escritórios
em Angola, Moçambique e Cabo Verde, e soluções implementadas
em mais de cem países dos cinco continentes.
Depois da reorganização e internacionalização, passou ao desenvolvimento
de soluções inovadoras para o setor oficinal,
como a Receção Ativa, Portal da Oficina ou o recentemente
lançado WebOficinas.
Que balanço faz dos 40 anos da Alidata?
É um balanço muito positivo, que reflete a confiança dos nossos
clientes, a segurança das nossas soluções, o empenho dos
nossos colaboradores e a visão da nossa equipa de gestão. São
quatro décadas a antecipar tendências e necessidades dos nossos
milhares de clientes. Marco que muito nos orgulha, mas
ainda mais responsabilidade e motivação nos dá para continuar
a trilhar este caminho de sucesso. Acredito que as transformações
que operámos desde 2011, e que vão continuar, preparam
a empresa Alidata para outras quatro décadas.
Quantos colaboradores tem a empresa?
No Sendys Group, somos cerca de 150 pessoas. Falo deste
número, porque temos uma política de recursos humanos assente
na partilha de talento em função das exigências de cada
projeto. Como empresa leiriense de referência, é aqui que
fazemos questão de manter o centro das operações, sendo
que temos escritórios e Lisboa, Angola, Moçambique, Cabo
Verde e também na Sertã, onde criámos um polo dedicado à
investigação e desenvolvimento das soluções mais inovadoras
a implementar no software dos mais de 5 mil clientes Alidata.
Que produtos e serviços dispõem para o mercado oficinal?
Para além do ERP que permite gerir qualquer empresa e, portanto,
também uma rede de oficinas, a Alidata é amplamente
reconhecida pelo software de gestão oficinal e de aftermarket
automóvel. Assim, nesta vertical de mercado, disponibilizamos
o Gestão de Oficinas, solução integrada que permite
efetuar a gestão de todo o ambiente oficinal, nomeadamente
serviços, marcações, obras, orçamentos, tempos de empregados,
materiais, garantias, custos por obra, diversos históricos,
entre outras funcionalidades. Disponível para ambiente multi-
-oficinal, em diferentes secções e/ou oficinas, para uma melhor
perceção e cruzamento da informação. A Receção Ativa, que
reinventou o processo de receção de veículos na oficina, usando
a mais recente tecnologia em comunicações móveis, com
uma experiência diferenciadora e de qualidade ao cliente.
Focado no cliente final, temos o Portal da Oficina, onde 24
horas por dia, 7 dias por semana, o cliente pode aceder através
do seu computador, tablet ou smartphone, e efetuar a
marcação de um serviço, consultar intervenções, histórico,
alertas de manutenções preventivas, a sua conta corrente,
entre muitas outras funcionalidades e benefícios. Permite
ainda obter e transmitir informações para o atendimento eficiente
e transparente ao cliente. É uma ferramenta de grande
utilidade para clientes que valorizam a transparência e celeridade
na comunicação com a oficina, e que procuram um
serviço prestado com qualidade e confiança. Os Interfaces de
comunicação com catálogos eletrónicos, como Eurotax, Tec-
Doc, Autodata ou GT Motive, são uma mais valia para quem
utiliza as nossas soluções de gestão oficinal.
A transformação digital está a ter um forte impacto na
indústria automóvel em geral e no pós-venda em particular.
Como devem as oficinas lidar com este desafio da transformação
digital?
Há algo que é fundamental: atualização permanente. Os
mais críticos são software e recursos humanos. Depois, é
manter a empresa na liderança do state-of-the-art e acom-
A ALIDATA CONSTRUIU UM PATRIMÓNIO E REPUTAÇÃO
SINGULARES NO PANORAMA TECNOLÓGICO NACIONAL,
PARTICULARMENTE EM CONSULTORIA E DESENVOLVIMENTO
DE SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA OS SETORES OFICINAL
E AFTERMARKET AUTOMÓVEL
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 43
FERNANDO AMARAL
FOCADO NO CLIENTE FINAL, A ALIDATA TEM O PORTAL DA OFICINA,
ONDE 24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA, O CLIENTE PODE
ACEDER ATRAVÉS DO SEU COMPUTADOR, TABLET OU SMARTPHONE,
E EFETUAR A MARCAÇÃO DE UM SERVIÇO
panhar as exigências e desafios do
mercado. Estamos a mudar de paradigma,
com os automóveis elétricos
a crescerem em quota de mercado,
mas não é certo que esta seja
a solução final. Muito poderíamos
elaborar sobre o tema, contudo,
o futuro é hoje e a adaptação tem
de ser constante. Dos mecânicos,
como conhecíamos, estamos a passar
para técnicos de mecatrónica
auto, pelo que investimento em
formação e tecnologia são fundamentais
para as empresas vingarem.
Quais são as ferramentas que
garantem um mix adequado para
digitalizar uma oficina automóvel?
A digitalização de uma oficina ou
rede de oficinas carece de um momento
inicial de auditoria e consultoria,
por forma a se apresentar
as soluções mais ajustadas. Contudo,
em termos genéricos, é fundamental
responder às exigências
internas e externas. No caso das
últimas, refiro-me ao cliente. Aqui,
é crítico oferecer a melhor experiência,
através do Portal da Oficina,
onde 24 horas por dia, 7 dias
por semana, o cliente pode aceder,
a partir de qualquer dispositivo e
efetuar a marcação de um serviço,
consultar intervenções, histórico,
alertas de manutenções preventivas,
a sua conta corrente, entre
muitas outras funcionalidades e
benefícios. No que toca à gestão da
oficina ou rede, é crítico ter todos
os processos digitalizados, desde a
receção do veículo para intervenção
à contabilidade, logística, tempários
e todos os demais processos.
Quais as mais valias da digitalização
para as oficinas auto?
Depois de uma reengenharia e digitalização
de processos, as mais-valias
são muito vastas e impactam
positivamente cada área da oficina.
Desde logo, uma maior proximidade
e transparência para com o
cliente, redução de custos (papel e
impressão, arquivo, recursos humanos
e muitos outros, como redução
de stocks) e aumento da produtividade
e rentabilidade.
Que análise faz sobre o momento
atual do mercado pós-venda em
Portugal e as perspetivas para o
futuro?
O impacto em Portugal estará relativamente
atrasado em relação a
outros países. Atravessa um período
de transição, impulsionado por
mudanças tecnológicas, regulamentares
e de alterações de hábitos
dos consumidores, o que equivale
a dizer que a quota de mercado
de veículos elétricos está a crescer.
Contudo, fruto de termos um parque
automóvel envelhecido (13
anos), o setor oficinal ainda não foi
verdadeiramente impactado. Mas, é
fundamental que esteja atento, não
apenas porque se vai renovando e
evoluindo tecnologicamente, mas
também por alterações legislativas
relativas à sustentabilidade e redução
ambiental, que se preparam,
mudanças no comportamento do
consumidor e digitalização. l
NOVA SOLUÇÃO DE GESTÃO DE OFICINAS
Alidata lançou uma nova solução
A
de gestão de oficinas totalmente
integrada e baseada na cloud, o Web
Oficinas, acessível a partir de qualquer
browser. É um software desenvolvido para
a gestão de oficinas totalmente online
e de forma integrada. Disponível a qualquer
momento, em qualquer lugar, a partir
de qualquer dispositivo, oferece informação
sempre atualizada em tempo real, através
de uma interface simples e intuitiva.
Essa informação é disponibilizada pelos
módulos Web Diagnósticos, Receção Ativa
e Recolha de Tempos, mas também de
ferramentas de gestão como o ERP.
Permite a gestão completa de uma oficina
com maior agilidade e eficiência,
proporcionando a melhor experiência
de utilização do mercado. Além disso,
possui grande flexibilidade de configuração
e adapta-se às necessidades específicas
de cada cliente, independentemente
da dimensão. Este software cloud,
multi-oficina, vem dar resposta a um
segmento do mercado que procura soluções
mais acessíveis e ágeis, que não exijam
instalação, manutenção ou servidores
locais. O Web Oficinas é escalável,
respondendo às necessidades do cliente,
tem atualizações automáticas, o que
garante sempre o acesso à versão mais
recente e robusta, não carece de
manutenção ou backups locais e facilita
a colaboração em tempo real dentro
da equipa. Para Fernando Amaral, CEO
da Alidata, “com esta solução cloud based,
respondemos à necessidade de oficinas que
pretendem uma maior agilidade, facilidade
e rapidez de implementação de uma
solução de gestão oficinal completa, com
a qualidade e fiabilidade Alidata,
com menores custos de manutenção”.
E acrescenta: “é esta a tendência de mercado,
à qual a nossa empresa dá resposta”.
44 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
QUEREM REVOLUCIONAR
SISTEMAS DE TRAVAGEM
Brembo e Michelin | A Brembo e a Michelin uniram o seu
know how para criar soluções inteligentes de travagem, com testes que
garantem uma redução nas distâncias de travagem em até 4 metros.
As duas empresas assinaram um acordo para explorar o potencial das
suas soluções inteligentes de modo a revolucionar a performance dos
veículos e oferecer aos condutores níveis inigualáveis de segurança e
conforto. O objetivo da parceria é combinar os pontos fortes das duas
empresas: a Brembo traz a sua excelência em sistemas de travagem
e inteligência artificial, enquanto a Michelin contribui com a sua
liderança no setor dos pneus e desenvolvimento de algoritmos. Esta
sinergia é possível graças a um intercâmbio constante de dados em
tempo real entre o sistema de travagem SENSIFY, da Brembo, e as
soluções conectadas da Michelin. O SENSIFY, a mais recente inovação
da Brembo, utiliza inteligência artificial, algoritmos avançados e
sensores para controlar de forma independente cada roda do veículo.
Com flexibilidade, o sistema adapta-se a diferentes modelos de
automóveis, redefinindo os padrões de segurança e conforto.
ALECARPEÇAS, AUTO DELTA E FIMAG
DINAMIZAM AÇÃO
DE REFLORESTAÇÃO
Em parceria com a Associação ZERO, a AleCarPeças, Auto Delta e Fimag, realizaram
com sucesso a iniciativa “Replantar para Acelerar o Futuro”. A ação contou com a participação
entusiástica das equipas das referidas empresas, e de parceiros estratégicos,
em colaboração com a Associação ZERO, refletindo o compromisso com a sustentabilidade
e a regeneração do meio ambiente. As espécies plantadas foram cuidadosamente selecionadas
para garantir um crescimento sustentável e a restauração da biodiversidade local. O
evento envolveu a plantação de 1.000 árvores no emblemático Pinhal de Leiria, uma área
duramente afetada pelos incêndios nos últimos anos. “Estamos orgulhosos do impacto positivo
que esta iniciativa trará para o Pinhal de Leiria e esperamos inspirar outras empresas
a tomar ações em prol do nosso planeta”, comentou Tiago Domingos, responsável de Comunicação
e Marketing do grupo de empresas. “Este evento é um marco importante para
reforçar a colaboração entre empresas e entidades ambientais em prol de um futuro mais
verde”, concluiu.
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www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 45
Entrevista
JUAN IGNACIO EGEA
DIRETOR-GERAL DA GS YUASA BATTERY IBERIA
ACREDITAMOS NA CRIAÇÃO
DE Valor ALÉM DO PRODUTO!
LÍDER GLOBAL EM TECNOLOGIA DE BATERIAS, A GS YUASA É UMA EMPRESA COM MAIS DE CEM ANOS
DE EXPERIÊNCIA NO MERCADO. HOJE, TEM INFLUÊNCIA EM 17 PAÍSES NA EUROPA E É APOIADA POR
UMA REDE DE 65 SUBSIDIÁRIAS A NÍVEL MUNDIAL E MAIS DE 20 FÁBRICAS DE PRODUÇÃO. O JORNAL
DAS OFICINAS ESTEVE À CONVERSA COM JUAN IGNACIO EGEA, DIRETOR-GERAL DA GS YUASA
BATTERY IBERIA, QUE NOS CONTOU MAIS SOBRE A ESTRATÉGIA ATUAL DA EMPRESA
Com soluções de baterias disponíveis em
todo o mundo, a GS Yuasa tem uma presença
global indiscutível e colabora com
todos os grupos de compras, consolidando a sua
posição nos mercados-chave europeu e asiático.
A empresa esteve presente na última edição do
salão Automechanika Frankfurt, com as marcas
Yuasa e GS, com o objetivo de se “tornar a
escolha preferencial dos profissionais do setor
automotivo”, começa por nos dizer Juan Ignacio
Egea, diretor-geral da GS Yuasa Battery Iberia.
A participação no evento teve “muita importância”
para a empresa, pelo que “lhe dedicámos
muito esforço”, diz-nos, acrescentando que “o
nosso desenvolvimento na Europa está a ser
cada vez maior em todos os países e o mercado
está a receber muito bem a nova orientação da
empresa: GS Yuasa e a nova estratégia de ambas
as marcas, tanto a Yuasa como a GS”.
Presença global
A GS Yuasa tem, neste momento, influência em
mais de 17 países na Europa, sendo apoiada por
uma rede de 65 subsidiárias a nível mundial e
mais de 20 fábricas de produção, de onde saem
baterias para todo o mundo. Segundo o responsável
ibérico, trata-se de “fábricas de vanguarda,
cuidadosamente desenhadas para satisfazer as
diferentes procuras de todos os mercados que
servimos. Cada uma das nossas instalações utiliza
técnicas de produção avançadas e tecnologias
inovadoras para manter a qualidade excecional,
a engenharia japonesa precisa e a fiabilidade duradoura
que definem os nossos produtos, quer
sejam utilizados em automóveis, satélites, ou em
qualquer outro âmbito”.
Objetivos ambientais
Juan Ignacio Egea assume que a GS Yuasa está
“profundamente comprometida com a missão
meio ambiental e de redução de emissões a médio
prazo, um passo decisivo na missão «-30%
até 2030». A GS Yuasa trabalha para contribuir
para a neutralidade global de CO2 acelerando a
adoção de veículos híbridos e elétricos”. Assim,
todas as suas fábricas “operam tendo a sustentabilidade
como prioridade, esforçando-se
por minimizar o impacto no meio ambiente e
contribuir positivamente para as comunidades
que nos rodeiam”, conta Egea, que garante que
a empresa se compromete “a desenvolver e implantar
tecnologias e sistemas inovadores, como
por exemplo: utilização de energias renováveis”,
tendo sido instalados quase três mil painéis solares
e uma turbina eólica na fábrica em Ebbw
Vale (Reino Unido). Os 2.800MWh de energia
gerada são utilizados na produção e carregamento
das baterias produzidas na fábrica, o
que reduz consideravelmente a dependência das
formas tradicionais de energia; reciclagem de
recursos de produtos usados e transporte que
poupa energia e “foi ainda desenvolvido um método
para identificar e otimizar a quantidade de
mercadorias enviadas, assim como o consumo
de energia e as emissões de CO2 durante a logística”,
completa.
Soluções adaptadas
A gama atual de baterias que a GS Yuasa dispõe
é alargada e contempla, nos ligeiros, “soluções
AGM e EFB desenhadas para veículos Start-Stop,
além de baterias convencionais de alto rendimento,
adaptadas às necessidades de modelos
com elevada necessidade de energia. Também
contamos com uma gama de baterias auxiliares
que nos ajudam a cobrir praticamente 100% do
parque automóvel europeu”, explica. Já no que
toca às baterias para veículos pesados, o diretor-
-geral da GS Yuasa Battery Iberia considera que
estas “representam o que há de mais recente em
rendimento e fiabilidade. Dão aos condutores e
gestores de frota o que realmente querem: uma
vida mais longa com menos tempo de inatividade”.
Por outro lado, ainda, “as baterias de moto
“são a escolha dos fabricantes de equipamento
original… antes e agora. Estes exigem sempre
baterias GS Yuasa, porque cada uma oferece o
mesmo alto rendimento, qualidade e fiabilidade
que o equipamento original de fábrica”, argumenta.
A empresa vende também equipamentos de teste
de baterias, carregadores e estabilizadores, sendo
que os primeiros foram, de acordo com Juan
Ignacio Egea, “desenvolvidos para proporcionar
testes rápidos e fiáveis das baterias, indepen-
A gaMA ATUAL DE BATERIAS QUE A GS YUasa DISPÕE É alargaDA E
CONTEMPLA SOLUÇÕES agM E EFB DESENHADas PARA VEÍCULOS START-
STOP, ALÉM DE BATERIAS CONVENCIONAIS DE ALTO RENDIMENTO
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 47
JUAN IGNACIO EGEA
dentemente da aplicação. Cada um deles tem a
sua própria função, deve testar o estado geral da
bateria ou controlar a temperatura, até realizar
testes de stock ou garantia. Todos estão homologados
e foram desenvolvidos para oferecer a máxima
precisão e facilidade de utilização”, explica
o responsável, que sublinha que o equipamento
de teste é o GYT250. “Com um desenho robusto,
o Yu-Fit é uma das ferramentas de diagnóstico
de baterias mais fáceis de usar no mercado. Esta
garante que as baterias de substituição estão
corretamente configuradas e registadas no sistema
de gestão de baterias do veículo, evitando erros
desnecessários e mantendo um rendimento
ótimo do veículo. Além disso, oferecemos uma
gama de carregadores inteligentes desenhados
para satisfazer as necessidades específicas das
baterias de automóveis, motos, veículos industriais
e de recreio. Os nossos carregadores estão
desenhados para proporcionar um rendimento
de carga ótimo, garantindo que as suas baterias
se mantêm em boas condições”, afirma.
Apostas em várias frentes
A GS Yuasa está presente nos pontos de venda
com artigos promocionais, como uma nova linha
de t-shirts, chapéus e camisolas, roupa de
verão e de inverno que foi “muito bem recebida
pelos clientes, fortalecendo o vínculo emocional
com a marca e aumentando a sua visibilidade
nos pontos de venda” diz-nos o responsável. Por
outro lado, a formação também é parte integrante
dos objetivos da GS Yuasa para o mercado de
pós-venda e Egea comenta que a empresa se carateriza
por ter “um grande programa formativo
onde todos os nossos clientes podem aceder, tendo
acesso a uma grande equipa de especialistas
dispostos a resolver todas as suas dúvidas ou
aprofundar algum produto em concreto”. Em paralelo,
a GS Yuasa possui uma escola de formação
online, a GS Yuasa Academy, que “proporciona
valiosos conhecimentos e serve para profissionais
com uma carga de trabalho que não lhes permita
passar um dia fora da oficina, para assistir a
uma formação presencial”, declara, notando que
“os cursos da plataforma, todos eles ministrados
num formato de vídeo dinâmico, proporcionam
o mesmo nível de informação e experiência que
a formação dada em ambiente mais tradicional e
podem iniciar-se e parar em qualquer dispositivo
e em qualquer momento”. A marca disponibiliza
ainda o programa Kyoto, que oferece às oficinas
acesso a campanhas exclusivas, formação avançada
e ferramentas de diagnóstico, além de fortalecer
a sua relação com a marca. Trata-se de um
programa de fidelização que tem como objetivo
“contar com uma rede de oficinas de confiança e
em que também confiem os nossos futuros clientes,
além de os recompensar financeiramente pelas
compras”, esclarece.
“Escolher tranquilidade”
Questionado sobre qual o compromisso da empresa
com os seus clientes, Juan Ignacio Egea
considera que a GS Yuasa “se compromete a disponibilizar
produtos de alta qualidade, inovação
constante e um apoio técnico robusto, assegurando
a satisfação do cliente em todas as etapas”.
Importante também é o apoio técnico que a
marca assume ser reconhecido pela “rapidez, conhecimento
especializado e ferramentas digitais
que facilitam diagnósticos e soluções. A nossa
incomparável assistência técnica complementa
a qualidade superior, a fiabilidade e o rendimento
dos nossos produtos. Quando escolhe GS
Yuasa, escolhe a tranquilidade de saber que os
seus sistemas de baterias estão apoiados pelos
melhores do setor”. O responsável destaca que
a GS Yuasa “acredita na criação de valor além
do produto” e refere que o foco se baseia na confiança,
na colaboração e numa visão partilhada
do sucesso”. A seu ver, com a GS Yuasa, o cliente
“ganhará um parceiro empenhado em fornecer-
-lhe produtos excecionais, assistência completa
e serviços personalizados, desenhados para potenciar
o seu negócio e manter contentes os seus
clientes. O nosso compromisso com a excelência,
a inovação e a assistência distingue-nos, o
que transforma a GS Yuasa na opção preferida
dos grossistas, retalhistas e distribuidores que
procuram melhorar a sua oferta e impulsionar
o crescimento do negócio”, diz.
Ampliar esforços
Para 2025, a estratégia da marca em Portugal
vai concentrar-se em “reforçar a presença digital,
campanhas personalizadas para distribuidores
e oficinas, e a participação em eventos. O
mercado português continua em crescimento
contínuo e nós queremos a cada ano ampliar
os nossos esforços e acreditamos que é o momento
para que a GS Yuasa se converta, cada
vez mais, na marca líder no mercado”, diz-nos o
nosso interlocutor. O mesmo releva ainda que,
em 2024, a GS Yuasa “manteve uma sólida atuação
no mercado português, consolidando a sua
posição como referência no setor das baterias
automóveis e noutros segmentos chave”. Juan
Ignacio Egea entende que “este desempenho
foi alcançado graças a uma estratégia focada no
crescimento sustentável, no reforço da rede de
distribuidores e na implementação de soluções
tecnológicas inovadoras. O objetivo para 2025 é
reforçar ainda mais a digitalização, otimizar as
nossas ferramentas online, continuar a investir
na sustentabilidade e reforçar a relação com as
oficinas e distribuidores”, conclui. l
PARA 2025, A ESTRATÉGIA DA GS YUASA EM PORTUGAL VAI CONCENTRAR-SE
EM REFORÇAR A PRESENÇA DIGITAL, CAMPANHAS PERSONALIZADAS
PARA DISTRIBUIDORES E OFICINAS, E A PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
48 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
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WHEREVER WE GO, WE GO TOGETHER
É DISTRIBUIDORA DA JALTEST EM PORTUGAL
LuzDeAirbag | Graças a esta nova colaboração, a LuzDeAirbag vai alargar a sua oferta de
diagnóstico e entrar na área dos pesados, agrícola, máquinas de construção, máquinas industriais
e náutica. Sobre esta nova parceria como distribuidor da Jaltest em Portugal, João Silva, CEO da
LuzDeAirbag, comenta: “A grande vantagem para o cliente, é o facto do nosso suporte técnico altamente
especializado conseguir também dar apoio a este novo equipamento. Ou seja, aquilo que já existe na
Autel será replicado na Jaltest”. E acrescenta: “Porque em boa verdade, para tirar o máximo partido de
um equipamento é necessário ter um apoio/formação constante sobre o mesmo. E é aí que a equipa
da LuzDeAirbag faz toda a diferença”. Ao ampliar a sua gama de soluções, a LuzDeAirbag aposta nas
melhores tecnologias de diagnóstico disponíveis no mercado global. Em conjunto com as ferramentas
SPTools, que são “uma excelente solução para o mundo dos ligeiros como para o mundo dos pesados”
graças à sua “robustez e qualidade de fabrico”, refere.
A FERRAMENTA CERTA FAZ
TODA A DIFERENÇA
INAUGURA LOJA EM BEJA
AUTOPEçAS Cab | O distribuidor Autopeças Cab inaugurou uma nova loja e armazém em Beja.
Situada no parque industrial, esta nova loja tem como objetivo reforçar a sua presença naquela zona
do Alentejo, com vendas ao balcão e entrega de peças diretamente nas oficinas. A Autopeças Cab conta
agora com cinco lojas (Beja, Seixal, Almada, Alverca e Faro) e orgulha se de ter um stock que nunca
falha. A abertura desta quinta loja faz parte da estratégia de crescimento da empresa cujo lema “temos
tudo para o seu automóvel” retrata bem sua maneira de estar no mercado. Sabendo como é importante
a rapidez na resposta às necessidades dos clientes, a Autopeças Cab faz questão de estar perto deles,
apostando na abertura de lojas em locais estratégicos. “É com esta postura de proximidade que estamos
no mercado, rodeados de uma equipa de profissionais, profundamente conhecedores desta realidade
em que operamos. Uma equipa fortemente motivada e empenhada em levar até às oficinas as soluções
que as ajudem a desenvolver o seu negócio”, diz André Cruz, chefe de serviço da Autopeças Cab.
DESEMPENHO IMBATÍVEL,
RESISTÊNCIA COMPROVADA
WWW.KROFTOOLS.COM
SALVADOR LLOMBART, COUNTRY MANAGER CHAMPION LUBRICANTS
E NICOLE MARGUILES, DIRETORA MARKETING CHAMPION LUBRICANTS
Entrevista
TEMOS AGORA
MAIS OPORTUNIDADES
DE NEGÓCIO!
OS LUBRIFICANTES CHAMPION, QUE ERAM COMERCIALIZADOS PELA FIMAG,
CONTAM AGORA COM MAIS DOIS DISTRIBUIDORES, A ALECARPEÇAS E AUTO
DELTA, RESULTADO DA PARTICIPAÇÃO DESTAS EMPRESAS NO MESMO GRUPO.
PARA SALVADOR LLOMBART E NICOLE MARGUILES, ABREM-SE ASSIM MAIS
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO E BOAS PERSPETIVAS DE CRESCIMENTO
A
Champion tem como princípio trabalhar apenas
com um distribuidor em cada país. “Consideramos
que esta é a melhor maneira de dar segurança e confiança
às empresas que comercializam os nossos produtos,
pois permite-lhes distribuir em exclusivo uma marca de
qualidade e assim fazer a diferença no mercado. Com a integração
das empresas FIMAG, AleCarPeças e Auto Delta no
mesmo grupo, temos agora três distribuidores a trabalhar a
marca Champion e a defender a sua imagem junto de muitos
mais clientes”, afirma Salvador Llombart, Country Manager
Champion Lubricants. Relativamente a novos produtos
o grande destaque vai para os líquidos refrigerantes e
fluídos para as caixas de velocidade dos veículos elétricos e
híbridos. “É ainda um nicho de mercado, mas na Champion
queremos estar sempre na vanguarda da tecnologia e ter
o catálogo mais completo. Desenvolvemos novos líquidos
refrigerantes compatíveis com os VE, que não podem ser
condutores de eletricidade, porque nem todos os veículos
elétricos possuem o mesmo tipo de eletrificação”, sublinha
Salvador Llombart.
Para informar os clientes sobre as novas características destes
novos refrigerantes para VE, a Champion tem agendadas
para 2025 diversas ações de formação, onde um técnico
qualificado irá explicar a fórmula e os diversos tipos de aplicação
destes novos produtos. Para além disso, a marca tem
sempre disponível uma hot-line que responde a todas as
dúvidas dos clientes,um catálogo digital e uma app para telemóvel,
que através do número de chassis identifica todos
os fluidos e lubrificantes utlizados em cada carro. De referir
que o site e aplicação são atualizados todas as sextas-feiras,
e mesmo que o fabricante altere alguma referência, o sistema
atualiza automaticamente. Para a Champion é essencial
prestar um forte apoio à sua rede de distribuição, por isso
oferece uma série de materiais de apoio, tais como brochuras
técnicas e comerciais, guias e um website e app onde
é muito fácil encontrar o produto certo para cada veículo.
“O apoio técnico às oficinas é muito importante, por isso
vamos reforçar a relação com as oficinas através dos nossos
distribuidores, para garantir que têm toda a informação necessária”,
referiu Salvador Llombart.
Novidades para 2025
Para 2025 a Champion tem programadas várias ações de
marketing, conforme revela Nicole Marguiles, diretora de
marketing “Vamos continuar a realizar eventos com os clientes
para apresentação de novidades e criar momentos de diversão
e espírito de equipa. A gama de lubrificantes racing
line, específica para veículos de competição, mas que pode
ser utilizada pelo cliente final, terá um evento de apresentação
onde vamos reunir os distribuidores e oficinas numa
jornada de trabalho e confraternização. Para além disso, ao
longo do ano iremos realizar campanhas de produto com
oferta de merchandising”. Outro grande projeto para 2025 é
a criação de um programa de embandeiramento de oficinas,
que pretende identificar com uma imagem da marca, as oficinas
que trabalham os lubrificantes Champion. Trata-se de
um programa de fidelização para oficinas independentes, que
adquirirem lubrificantes da marca, sendo variados os benefícios
para as mesmas, onde se inclui merchandising de design
exclusivo, aliado à máxima visibilidade para cada oficina aderente,
que fica incluído no sistema de pesquisa de oficinas,
tanto do website como na app da marca. Está igualmente ga-
COM A INTEGRAÇÃO DAS EMPRESAS FIMAG, ALECARPEÇAS
E AUTO DELTA NO MESMO GRUPO, A CHAMPION PASSA
A CONTAR COM TRÊS DISTRIBUIDORES A TRABALHAR
A MARCA CHAMPION E A DEFENDER A SUA IMAGEM JUNTO
DE MAIS CLIENTES
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 51
SALVADOR LLOMBART
rantida, por parte da Champion, formação contínua
e assessoria sempre que necessário, com o
objetivo de prestar o melhor serviço aos clientes.
Boas perspetivas de crescimento
Relativamente ao desempenho da marca no
nosso mercado, Salvador Llombart afirma estar
muito satisfeito pois “Conseguimos em 2024
bater o nosso recorde de vendas. A Champion
está a afirmar-se no mercado como uma marca
de nível premium e com uma oferta de produto
muito alargada, agora complementada por uma
linha de refrigerantes. Sempre quisemos afirmar-nos
como uma marca de confiança para as
oficinas e utilizadores finais e acreditamos que,
graças ao trabalho desenvolvido pelos atuais distribuidores
FIMAG, Alecarpeças e Auto Delta,
vamos continuar a crescer nas vendas. Estamos
muito satisfeitos com o crescimento alcançado
nos últimos anos e com o nosso sucesso atual.
O nosso desafio será aumentar a nossa quota de
mercado no segmento automóvel, onde sabemos
que podemos atingir um maior potencial”, refere
Salvador Llombart. Tanto o desenvolvimento
como a qualidade dos produtos são influenciados
pelo trabalho da equipa de I&D e dos testes
de campo, que incluem as exigentes provas de
resistência onde a marca participa como patrocinador
de equipas de topo e onde os lubrificantes
são levados ao limite. “Utilizamos as competições
automóveis para testar e desenvolver os
nossos lubrificantes e já dispomos de uma linha
de óleos de competição disponíveis para o cliente
final. A linha é muito abrangente, com produtos
tecnologicamente avançados, orientados
para a eficiência do combustível e compatíveis
com os sistemas antipoluição e a regulamentação
em vigor”, conclui Salvador Llombart. l
A CHAMPION ORGULHA-SE DE OFERECER UM
pacote ABRANGENTE DE SOLUÇÕES DE vaLOR
acrescentado DE 360° PARA DISTRIBUIDORES
E UTILIZADORES FINAIS
TECNOLOGIA ADAPTIVE
SHIELD AJUDA A ABRIR
novos CAMINHOS
om os motores cada vez mais pequenos e a potência a
C
aumentar cada vez mais, os lubrificantes têm
obrigatoriamente de suportar mais tensão, desgaste e pressão
extrema. Para proporcionar uma solução a longo prazo para este
crescente desafio, a Champion desenvolveu uma nova
plataforma de tecnologia que protege as peças do motor dos
efeitos destes fatores cada vez mais desafiantes.
“A Tecnologia Adaptive Shield ajuda-nos a abrir novos caminhos
no desempenho dos motores. A tecnologia é uma combinação
de aditivos químicos que protegem as peças do motor de
fatores internos e externos. Combinando diferentes camadas
de aditivos químicos, a tecnologia cria uma proteção robusta
contra pressões, temperaturas e forças de desgaste extremas que
afetam uma vasta gama de motores. Esta tecnologia específica
é adaptativa porque reajusta as propriedades da proteção
de acordo com as condições que afetam o motor”, esclarece
Salvador Lombart.
BAG IN BOX, UMA
nova SOLUÇÃO
DE EMBALAGEM
SOLUÇÕES À PROVA DE FUTURO
ara oferecer uma gama abrangente que cubra todos
P
os tipos de automóveis de passageiros, a Champion
introduziu soluções à prova de futuro para o parque de
veículos elétricos. Isto inclui a gama elétrica E-Pulse, uma
nova gama de líquidos de refrigeração e anticongelantes. Um
líquido de arrefecimento de baterias premium “lobrid” à base
de MEG que combina a tecnologia de aditivos orgânicos com
inibidores de corrosão minerais (silicatos). Um segundo novo
e-coolant concebido para o arrefecimento indireto das células
da bateria que apresenta uma baixa condutividade (< 100
µS/cm) para garantir a segurança elétrica. Finalmente, um
refrigerante especificamente concebido como refrigerante de
baixa condutividade elétrica para o arrefecimento direto de
pilhas de células de combustível. Este líquido de
arrefecimento de células de combustível de baixa
condutividade elétrica é compatível com os componentes do
sistema de arrefecimento de células de combustível, mantém
uma condutividade elétrica baixa e estável (< 5 µS/cm) para
garantir a segurança elétrica e apresenta uma proteção
material contra a corrosão para os componentes do sistema
de células de combustível. Com o lançamento da gama
E-Pulse Electric, a Champion reforça o seu compromisso com
a mobilidade elétrica, através de produtos formulados para
satisfazer os requisitos específicos dos veículos elétricos e
consolida a sua posição como um dos principais
intervenientes na mobilidade elétrica.
sistema Bag In Box lançado pela Champion, uma
O
solução de embalagem ecológica, estabelece novos
padrões não apenas para lubrificantes, mas também para
embalagens sustentáveis. A Champions Lubricants Bag in Box
combina uma caixa de cartão forte, durável e à prova de salpicos
com um forro interno de plástico 100% reciclável. Fornece uma
impressionante redução de 90% no desperdício.
O Bag in Box não só é um sucesso ambiental, como também foi
concebido para melhorar a eficiência da oficina. Cada unidade
está equipada com pegas embutidas e uma torneira para fácil
movimentação, operação e despejo sem entrada de ar. Isto
permite um despejo sem derramamento e um reabastecimento
mais rápido, particularmente quando se utiliza a Champion Oil
Cabin.
Para as oficinas, isto significa também que pode armazenar
mais óleo em maior variedade para maximizar a cobertura do
mercado. Por sua vez, isto também leva a um transporte mais
eficiente, diminuindo os custos de emissão de transporte de cada
unidade.
52 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
CELEBRA 8 ANOS
B-PARTS
ATINGE STOCK DE 1 MILHÃO
DE PEÇAS NOS EUA
A
B-Parts
chegou aos Estados Unidos em fevereiro de 2024, com peças em stock
compatíveis com mais de 60 marcas de automóveis. Em apenas seis meses, a
portuguesa B-Parts, empresa de e-commerce para peças de automóvel em segunda
mão, conseguiu alcançar um stock de mais de 1 milhão de peças nos Estados
Unidos. Estas peças, provenientes de mais de 10 estados norte-americanos, oferecem
uma solução mais sustentável e económica para reparações. Além das disponíveis nos
Estados Unidos, a B-Parts dá ainda o acesso a mais de 8 milhões de peças da sua loja
europeia. Todo o material vendido é original, certificado, tem uma garantia de 6 meses,
e é enviado dentro de 1 dia útil. Com várias opções de pagamento e uma política de devolução
de 14 dias, a B-Parts continua a afirmar-se como um parceiro de confiança para
oficinas e consumidores finais. A expansão para os Estados Unidos, em fevereiro deste
ano, foi um passo ambicioso. Atingir este marco em tão pouco tempo é mais uma prova
do compromisso da empresa para com a qualidade e conveniência dos seus serviços.
Placa Stellantis &You Distrigo Portugal | Com
mais de 1.100 clientes regulares e cerca de 80 pontos de reparação autorizada em
território nacional, a Placa Stellantis &You Distrigo Portugal comemorou 8 anos
de crescimento e conquistas. “8 anos de muito trabalho. 8 anos de excelência e
profissionalismo. 8 anos de entrega e dedicação. O apoio e parceria de clientes e
fornecedores, têm sido fundamentais para o nosso crescimento e sucesso. O futuro
somos nós que o construímos”, afirmou a empresa em comunicado. A Placa Distrigo
Stellantis &You é número 1 em Portugal, comparativamente às outras quatro
existentes. No segmento de reparadores autorizados, a quota de mercado chega
aos 46%, com um volume significativo de peças entregues diariamente. Além
disso, a empresa possui mais de 40 mil peças em stock, com um investimento de
7 milhões de euros. Atualmente, possui aproximadamente mais de 1.100 clientes
regulares e cerca de 80 pontos de reparação autorizada em território nacional.
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TITANIUM.
A EXPERIÊNCIA DA FIAMM
AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.
A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original
dos fabricantes de automóveis mais importantes do mundo:
a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,
que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de
Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência
para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não
precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do
nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).
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geral@polibaterias.com
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 53
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Entrevista
ROCIO FERNANDEZ, DIRETORA DE MARKETING DE VARTA
QUEREMOS MELHORAR
A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
COM A MARCA
A VARTA TEM OBJETIVOS MUITO CONCRETOS PARA PORTUGAL, ONDE PRETENDE
AUMENTAR AS VENDAS E O NÚMERO DE CLIENTES. PARA ISSO, CONTRATOU FÁBIO
BARBOSA, COMO NOVO ELEMENTO DA EQUIPA COMERCIAL, RESPONSÁVEL PELO
CONTACTO DIRETO COM OS DISTRIBUIDORES E OFICINAS. ROCIO FERNANDEZ,
DIRETORA DE MARKETING DA VARTA, ESTÁ CONFIANTE NO CRESCIMENTO DA MARCA
NO NOSSO PAÍS
A
marca Varta conta com mais de 130 anos de história,
sendo as baterias Varta aplicadas em 1º equipamento
pelos mais importantes fabricantes de automóveis
e tendo a confiança de condutores em todo o mundo.
Hoje, podemos encontrar baterias Varta em milhões de automóveis,
barcos, motociclos e autocaravanas. A liderança
da gestão da empresa considerou que este era o momento
ideal para apostar em Portugal, onde vislumbram um panorama
repleto de oportunidades. A Varta aposta no profissionalismo
da sua equipa, contratando pela primeira vez
um técnico português, com uma vasta experiência no setor.
Fábio Barbosa vai estar mais próximo dos clientes, no sentido
de fazer crescer a marca e de a dar a conhecer de forma
mais acentuada, sempre com o apoio da direção, que está
sediada em Espanha. “Juntamente com a equipa de vendas
para Espanha e Portugal, consolidaremos uma forte equipa
de desenvolvimento, dando prioridade à elevada qualidade
tanto do nosso vasto portfólio de produtos como dos nossos
serviços. Juntos, iremos melhorar a experiência do cliente
com a marca, tendo como objetivo a sua máxima satisfação”,
afirma Rocio Fernandez.
Compromisso com a sustentabilidade
A reputação da Varta como empresa que valoriza a integridade
e o respeito pelos seus clientes também é reforçada
pelo seu compromisso com a sustentabilidade. A empresa
dedica-se a liderar a transformação da indústria automóvel
rumo a um futuro mais sustentável. Para Carlos Corzo
“Portugal está, na minha opinião, entre os melhores países
da Europa no se refere à sustentabilidade. Todos os nossos
distribuidores implementaram o programa de reciclagem
Ecosteps no processo de venda. Hoje em dia, é uma prática
comum no mercado de baterias e em Portugal temos vindo
a promover a reciclagem correta das baterias usadas e as
boas práticas em toda a cadeia de valor. Contribuímos, em
conjunto com os nossos parceiros, para que as baterias de
chumbo sejam o produto com a maior taxa de reciclagem do
mundo, ultrapassando até o vidro”.
Ainda sobre o tema da sustentabilidade, Rocio Fernandez
afirma que “na Varta temos sempre em mente a sustentabilidade
e não podemos deixar de o fazer quando fabricamos
produtos em que o chumbo é a principal matéria-prima.
Aumentámos a nossa capacidade de fornecer de forma independente
as nossas fábricas de baterias com a matéria-
-prima necessária num ciclo fechado. Nas nossas fábricas,
os nossos técnicos estão constantemente a investigar a forma
mais eficiente de produção. A título de exemplo, conseguimos
reduzir as emissões de CO 2 em mais de 20% e somos
uma referência mundial no setor. O nosso sistema de
produção de grelhas PowerFrame é outro exemplo claro de
desempenho máximo e produção sustentável”.
Nova gama de baterias para VE
A Varta entende a mobilidade elétrica como uma mudança
em direção a um estilo de vida mais sustentável e ecológico,
em que a redução da emissão de CO2 e a preservação do
meio ambiente são fundamentais para garantir um futuro
próspero. Como líder na indústria de baterias, está comprometida
em fornecer soluções inovadoras e eficientes para
apoiar essa transição. Por isso, desenvolveu a bateria Silver
Dynamic AGM para veículos xEV. Esta bateria, que trabalha
em perfeita harmonia com as baterias de alta voltagem,
utiliza a tecnologia AGM para proporcionar uma capacidade
de armazenamento de energia otimizada e uma vida
54 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
“A VARTA ENTENDE A MOBILIDADE
ELÉTRICA COMO UMA MUDANÇA EM
DIREÇÃO A UM ESTILO DE VIDA MAIS
SUSTENTÁVEL E ECOLÓGICO, EM QUE
A REDUÇÃO DA EMISSÃO DE CO2 E A
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
SÃO FUNDAMENTAIS PARA
GARANTIR UM FUTURO PRÓSPERO”,
DIZ ROCIO FERNANDEZ, DIRETORA DE
MARKETING DA VARTA
ROCIO FERNANDEZ
VARTA PARTNER PORTAL
AO SERVIÇO DAS OFICINAS
Rocio Fernandez, diretora de marketing da Varta com Fábio Barbosa, responsável comercial
Portugal (à esquerda) e Carlos Corzo, diretor vendas Portugal Varta (à direita)
útil mais longa. A linha de produtos Varta xEV
abrange 97% dos veículos do segmento xEV, e
proporciona um desempenho excecional, potência
constante e total segurança para todos os
veículos do universo xEV.
Paralelamente, o aumento dos sistemas Start-Stop
nos automóveis está a aumentar a procura
de tecnologias de baterias avançadas, como as
baterias AGM e EFB. No segmento dos pesados,
observa-se uma evolução significativa para veículos
com sistemas elétricos sofisticados, para
os quais é necessário garantir que funções como
iluminação, travões, direção e sistemas de cabine
funcionem corretamente, mesmo durante uma
falha do sistema de alta tensão. A crescente complexidade
destes sistemas, incluindo a integração
de sensores da bateria, exige tecnologias de baterias
inovadoras que possam suportar as crescentes
exigências. Em resposta a estas tendências
no pós-venda, tanto no mercado de ligeiros
como no de veículos pesados, a Varta apresenta
uma carteira de produtos concebida para manter
a competitividade do mercado independente
de pós-venda e prepará-lo para as mais recentes
tecnologias de transportes dos fabricantes de
equipamentos originais. A Varta está também a
explorar novas fronteiras no mercado de lazer,
impulsionada por uma tendência crescente para
estilos de vida com elevado consumo de energia,
como o caravanismo e a navegação.
Apoio às oficinas
A gama de produtos Varta para veículos elétricos
continuará a evoluir de acordo com as necessidades
e expansão do setor. Com o aumento
do parque de veículos elétricos, a procura por
baterias de alta qualidade e eficiência também
aumentará. “Na Clarios, fabricante das baterias
Varta, temos a sorte de trabalhar em estreita
colaboração com os principais fabricantes OE,
pelo que já estamos a desenvolver soluções avançadas
e inovadoras que chegarão ao mercado
pós-venda”, sublinha Rocío Fernández. A Varta
está consciente de que a maioria das oficinas
portuguesas ainda não está totalmente preparada
para lidar com a manutenção de veículos
rata-se de um website com inúmeros serviços para as
T
oficinas, como ferramentas para encontrar a bateria
certa para cada veículo, assim como instruções de instalação
detalhadas. Neste Portal, as oficinas também se podem
inscrever no Programa de Teste de Baterias da Varta, graças ao
qual poderão aparecer na pesquisa de Oficinas e receber
material de comunicação gratuito. Para além da popular
ferramenta de Pesquisa de Baterias, os utilizadores que se
inscrevam no Varta Partner Portal também podem aceder a
artigos instrutivos na secção Battery World Professional, a uma
página de notícias locais com os eventos e promoções locais da
VARTA, e também à nova seção de e-Learning, onde oferece
cursos sobre o universo das baterias.
elétricos. Com isto em mente, está a desenvolver
programas de formação específicos no VARTA
Partner Portal para fornecer aos mecânicos o conhecimento
necessário para selecionar a bateria
adequada para cada veículo xEV e garantir que
as funções de conforto, eficiência e segurança
funcionem corretamente. À medida que a tecnologia
dos veículos continue a evoluir, a Varta
irá ajustar continuamente os seus programas de
formação para garantir que as oficinas estejam
atualizadas e capacitadas para atender às necessidades
destas novas tecnologias. l
EXISTEM MUITAS OPORTUNIDADES E SÓ AS
PODEREMOS ALCANÇAR COM UMA EQUIPA DE TOPO
ara Carlos Corzo , diretor de vendas Portugal da Varta , “o
P
mercado português de baterias está em constante
evolução e é muito dinâmico, havendo uma maior procura pela
rentabilidade e foco em marcas de alta qualidade”. Para este
responsável “existem muitas oportunidades e só as poderemos
alcançar com uma equipa de topo, capaz e eficiente, e por isso a
aposta no Fábio Barbosa, que é um profissional com
conhecimento do mercado português. Apoiaremos a nossa
distribuição com ferramentas de marketing e de formação,
acompanhamento de proximidade, criando valor acrescentado à
marca através de campanhas exclusivas, informação técnica e
uma plataforma de formação”. Carlos Corzo elogia a rede de
distribuidores Varta no nosso país, que considera “muito
profissional, na forma como trabalham uma marca premium, e
com um excelente relacionamento humano”. Para este
responsável “o mercado português é muito importante para a
Varta e tem potencial de crescimento. Por isso contratámos um
gestor português para estar mais próximo dos nossos parceiros e
dar-lhe todo o apoio necessário, a nível de informação técnica e
comercial. Vamos também estar mais próximo das oficinas,
fornecendo-lhe ferramentas que lhes permita rentabilizar o
serviço com baterias”. Para 2025 vai haver novidades, com a
mudança da gama das baterias, que passam a ser classificadas e
identificadas pela sua tecnologia. A embalagem vai ter uma cor
específica para cada tecnologia, de modo a oficina identificar de
forma rápida e rigorosa a bateria específica para cada modelo.
56 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
LANÇA NOVA GAMA DE KITS
DE DISTRIBUIÇÃO NAPA
AAG Iberia | Os centros de distribuição da Alliance Automotive
Group Iberia, bem como os distribuidores oficiais da marca, já dispõem dos
novos kits de distribuição NAPA. Com cerca de 276 referências disponíveis
nos centros Lausan, Recambios Gaudí (Espanha), Soulima (Portugal) e
distribuidores autorizados, esta linha foi desenhada com o objetivo de
garantir a melhor proteção para o motor do veículo. Estes kits contêm
componentes fabricados com materiais de elevada qualidade e tecnologia
de ponta. A nova gama de peças de distribuição oferece kits completos, com
ou sem bomba de água. Foi totalmente pensada para a frota da Península
Ibérica, com uma cobertura acima dos 97%. Todos os kits de distribuição
foram submetidos a testes exaustivos como parte do processo de fabrico.
Para garantir a segurança e o conforto, os produtos passaram por avaliações
quanto à sua durabilidade, temperatura, fricção e elasticidade.
AXALTA
INSTALA A 1ª MÁQUINA
IRUS MIX EM PORTUGAL
Na continuação do caminho que a Axalta tem vindo a percorrer no desenvolvimento
de ferramentas e soluções para o mercado da Repintura Automóvel, chegou
a hora de comemorar a instalação da 1ª Máquina Irus Mix em Portugal.
Esta instalação foi realizada na oficina Caetano Auto, em Sintra, que usa as tintas Spies
Hecker. A Irus Mix é uma máquina de mistura rápida, eficiente, totalmente automática
e completamente mãos-livres. A nova máquina permite às oficinas de colisão reparações
mais rápidas pois proporciona mais rapidez na mistura dos sistemas de pintura de
acabamento para uma maior produtividade, o que maximiza a rentabilidade.
“Esta máquina é fácil de operar e elimina problemas nas oficinas de colisão, uma vez que
liberta os pintores e aumenta a capacidade, ao mesmo tempo que proporciona uma cor
muito precisa”, referiu João Calha, Key Account Manager Training Center Leader Axalta.
“A instalação da primeira máquina Irus Mix na oficina de colisão da Salvador Caetano, em
Sintra, reforça o compromisso da Axalta em ajudar os seus clientes a fazerem negócios de
uma melhor forma através de eficiências e tecnologias melhoradas”, acrescentou.
JÁ ESTÁ ON NAS REDES SOCIAIS
BATERIAS EQUIPADAS COM COMPONENTE AGM
Exide Technologies | A Exide Technologies, lançou recentemente baterias com separador de lã de vidro absorvente
(AGM), expandindo a cobertura em quase um milhão de veículos adicionais na Europa. O lançamento deste novo produto,
oferece aos profissionais do mercado de peças de reposição automóvel uma oportunidade para aumentar a receita, oferecendo
aos seus clientes baterias fiáveis, robustas e de longa duração. As novas AGM EK454 e EK457 (45Ah/380A, bloco B24), estão
equipadas com terminais cónicos standard e finos de acordo com a Norma Europeia (EN) e a Norma Industrial Japonesa (JIS),
respetivamente, permitindo uma maior compatibilidade numa área mais ampla. Anteriormente, a tecnologia AGM era utilizada
principalmente em veículos com sistemas Start-Stop fabricados na Europa. Agora, as novas baterias AGM B24 da Exide são
também compatíveis com vários modelos híbridos fabricados no Japão. Dependendo do modelo do veículo, a Exide EK454 e a
EK457, podem ser utilizadas como bateria auxiliar ou como bateria de arranque, iluminação e ignição (SLI), dependendo das
especificações do veículo.
Delphi | A Delphi já está presente nas redes sociais com a ativação dos
seus perfis de Facebook e Instagram, duas das redes com maior número de
utilizadores. “Com a criação destes perfis, a Delphi Iberia torna-se uma das
primeiras subsidiárias do fabricante a marcar presença nestes canais, o que
lhe permite ter meios de comunicação mais diretos com os consumidores”,
destaca a marca em comunicado. Graças a estes novos perfis, a Delphi
estabelece um canal de comunicação mais direto e bidirecional com os
seus utilizadores e clientes, o que permitirá à empresa aprofundar o seu
compromisso em oferecer o melhor serviço aos consumidores. Assim, a partir
deste momento, os utilizadores de ambas as redes têm maior acesso às
inovações da empresa e podem manter-se atualizados sobre lançamentos,
soluções ou ferramentas que lhes permitam avançar no negócio. A atividade
da Delphi em ambas as redes, começou com um primeiro post que resume
todas as novidades do fabricante em 2024. Aos poucos, a comunicação
aumentará com notícias, informações de interesse, técnicas e todas aquelas
que forem consideradas de interesse para os seguidores da marca.
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 57
Entrevista
MÁRIO RODRIGUES, GERENTE DA RODRISYSTEM
A ASSISTÊNCIA ESTÁ SEMPRE
EM PRIMEIRO LUGAR!
COM ORIGEM EM 2004, A RODRISYSTEM CELEBRA VINTE ANOS DE ATIVIDADE, DEDICADA DESDE O INÍCIO
À ÁREA DA COLISÃO. HOJE TRABALHA COM MARCAS DE REFERÊNCIA COMO A MIRACLE SYSTEM, A GYS,
A WIELANDER, A ÉOLE, A ASTRA OU A STUCCHI E PRIMA PELA RÁPIDA ASSISTÊNCIA TÉCNICA. EM ANO DE
RECORDE DE FATURAÇÃO, ESTIVEMOS À CONVERSA COM O RESPONSÁVEL, MÁRIO RODRIGUES, QUE SE
MOSTRA SATISFEITO COM O CRESCENDO CONTÍNUO QUE A EMPRESA TEM TRAÇADO ATÉ AO MOMENTO
Sediada em Alhandra, a Rodrisystem
vende diretamente para todo o continente
e ilhas, sendo, de acordo com o
fundador, Mário Rodrigues, “a única empresa
em Portugal especializada só na área de colisão”.
O gerente considera que o facto de conseguir
“dar apoio, com conhecimentos técnicos”
faz a diferença, pois “vendedores há muitos,
mas não têm essa capacidade. Ainda agora entrámos
em duas novas áreas – os compressores
e a aspiração – e, em janeiro, já estaremos em
formação, em França, na parte dos compressores”,
avança. A evolução positiva da Rodrisystem
até aos dias de hoje é motivo de orgulho
para o fundador, que se congratula pelo crescimento
ímpar que tem conseguido, “em especial
nos últimos quatro ou cinco anos. Em 2024,
batemos todos os recordes de faturação, depois
de já termos batido também em 2023, diz-nos
Mário Rodrigues, visivelmente satisfeito.
Marcas e pessoal de referência
A Rodrisystem trabalha, atualmente, com várias
marcas de referência no mercado, nomeadamente
a Miracle System, que é dos equipamentos
mais vendidos na reparação de mossas
na carroçaria e “que foi a grande impulsionadora
do negócio. Foi importante para o arranque
da firma e continua a sê-lo”, conta Mário Rodrigues.
Além desta, que distribui em exclusivo
para Portugal e Espanha, destaque para a Gys,
uma marca de qualidade de equipamentos de
soldadura e rebitagem, a Wielander (rodas universais),
MWM (reparação de plásticos) e a Astra
(elevadores). Mais recentemente, a empresa
alargou as linhas de equipamentos disponíveis
“para todos os dias poder vender, mas mantendo
sempre a qualidade pela qual somos reconhecidos”,
sublinha o gerente, que foi buscar os
compressores da marca Éole e a aspiração da
Stucchi, que é “de altíssima qualidade”.
O gerente conta que a empresa tem cinco colaboradores
e defende que “o vendedor não é
apenas vendedor. É montador, formador, reparador
e todos eles fazem tudo para explicar
tecnicamente as coisas ao cliente. São eles que
contactam novos clientes, fazem prospeção e
demonstrações. Temos cá um rapaz, que fez
agora 21 anos, que está prestes a fazer um ano
na casa e ainda não foi para a rua, tem andado
sempre com eles, para ir aprendendo a nossa
forma de trabalhar”, explica, mencionando que
já tem mais um colaborador em vista: “Temos
cá tido mais um, que tem andado a acompanhar
a equipa durante esta semana, para ver
se gosta ou se não gosta. Sem conhecer nada,
eles adaptam-se à nossa forma de trabalhar”,
acredita Mário Rodrigues, que prefere formar
jovens, do que contratar vendedores já com
carreira feita, pois “nem sabem tecnicamente,
nem têm gosto pelo trabalho, estão aqui simplesmente
para faturar”.
A EVOLUÇÃO POSITIVA DA RODRISYSTEM ATÉ aoS DIAS DE HOJE
É MOTIVO DE ORGULHO PARA O FUNDADOR, QUE SE CONGRATULA
pelo CRESCIMENTO ÍMPAR QUE TEM CONSEGUIDO, EM ESPECIAL
NOS ÚLTIMOS QUATRO OU CINCO ANOS
Primazia à assistência
A assistência técnica dos equipamentos comercializados
pela Rodrisystem é uma prioridade
para a empresa, que garante “o pós-venda das
máquinas, salvo raras exceções, normalmente
no dia seguinte”, diz-nos Mário Rodrigues, que
mantém na sede “stock de tudo o que vendo,
desde consumíveis a pequenas coisas que no dia
a dia se podem vender. Normalmente, como tenho
sempre máquinas em stock, o vendedor leva
uma no carro e caso não consiga resolver o problema
de imediato, deixa-a lá e traz a outra para
arranjar. Ou seja, o cliente nunca está mais do
que um dia sem o equipamento”. E, salienta, “a
assistência está sempre em primeiro lugar. Imawww.jornaldasoficinas.com
Dezembro 2024 I Janeiro 2025 59
MÁRIO RODRIGUES
A RODRISYSTEM TRABALHA COM VÁRIAS MARCas DE REFERÊNCIA
NO MERCADO, NOMEADAMENTE A MIRACLE SYSTEM, QUE
É DOS EQUIPAMENTOS MAIS VENDIDOS NA REPARAÇÃO DE MOSSAS
NA CARROÇARIA E QUE FOI A GRANDE IMPULSIONADORA DO NEGÓCIO
gine que o colaborador tem marcada uma ida ao
Algarve, mas aparece uma assistência… já não
vai à venda ao Algarve, mas sim à assistência.
Por isso é que estamos no Grupo JAP, CarClasse,
MCoutinho, e mais recentemente, começamos
com a Land Rover Jaguar.”
Com a estrutura atual, consegue cobrir todo o
continente e ilhas. O responsável afirma que é a
Rodrisystem que faz o aconselhamento técnico
às oficinas, averiguando o que é necessário em
cada caso. “Vemos o que faz falta e avaliamos as
condições financeiras. Ainda agora, fui chamado
para vender uma máquina de tirar mossas
de alumínio e saí de lá com uma proposta para
aquisição de outros equipamentos que a oficina
também necessita. Estivemos um dia inteiro a
explicar as máquinas e propusemos a melhor
solução para as necessidades do cliente”, conta.
Relativamente à formação é a empresa que a
assegura, sendo que Mário Rodrigues entende
que “a maioria dos técnicos das oficinas tem
competências para lidar com as máquinas que
comercializamos. O grande problema que eu
sinto é que, às vezes, estamos a falar de uma coisa
e eles dizem: «já sei, já sei» e depois a gente
tem que lá ir outra vez porque eles, afinal, não
sabem nada. Em vez de estarem com atenção ao
que se está a fazer, à mínima coisa, respondem
«já sei»”, comenta.
Desafios futuros
Questionado sobre como olha para a evolução
dos equipamentos, Mário Rodrigues diz que
“tecnicamente têm evoluído muito, numa evolu-
ção que é prática para o cliente, sem coisas muito
complicadas”. Por oposição, considera que os
sistemas de diagnóstico “são muito complexos
e iria obrigar-me a ter um departamento para
poder trabalhar esse tipo de equipamentos. Na
colisão, as máquinas parecem muito complicadas,
mas não são”, diz. Daqui para a frente, o
responsável da empresa quer “manter o ritmo.
Não preciso que suba muito, mas que suba com
alguma qualidade”. Neste momento, considera
que “o mercado português está a funcionar
muito bem. Não sou eu que ando à procura de
clientes, são eles que vêm ter comigo. A Benecar,
por exemplo, conheceu a empresa na feira. Já
fizemos a demonstração do equipamentos nas
suas instalações e fechamos negócio”, finaliza,
com satisfação. l
A IMPRESCINDÍVEL
EXPOMECÂNICA
Rodrisystem tem estado presente em todas as edições da expoMECÂNICA, com um stand amplo, onde se destaca por
A
fazer demonstrações de diversos equipamentos, exemplificando todo o funcionamento dos mesmos. Para Mário
Rodrigues, a participação no evento é fundamental, “não posso falhar, porque a feira dá-me trabalho para o ano. É o melhor
local para fazer novos contactos e para rever clientes que não vemos durante um ano ou mais e o investimento, até à data,
tem sido justificado e tem retorno. Mas eu não faço a feira a pensar no retorno imediato. Normalmente, faço-a a pensar no
retorno de um ano.” Dado o sucesso destas últimas participações, o empresário está já a pensar na próxima edição, para, “em
vez de 140 metros que tivemos na última edição, ter um espaço maior, não para pôr mais equipamentos, mas para ficar mais
à vontade, e ter mais área para as demonstrações”, explica. Mário Rodrigues já está mesmo a tratar de fazer a reserva do
espaço, uma vez que a entrada de novos empresários espanhóis na feira está em vista: “Tenho pena que entrem, porque todos
os meus fornecedores dizem que a feira do Porto é a que tem mais qualidade na Europa. A feira tem uma qualidade de
equipamentos e de expositores que não há em mais lado nenhum. Por isso preocupa-me que os espanhóis entrem com
equipamentos de baixo valor, porque o cliente português gosta de qualidade. Pode não ter dinheiro para comprar na altura,
espera mais um mês ou dois ou três até ter dinheiro. E não investe muito em produtos de baixa qualidade.”
60 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
ISMAEL CARMENA, DIRETOR-GERAL Produto HELLA IBERIA
RUZI
SOLUÇÃO COMPLETA
PARA REPARAÇÃO PNEUS
REPRESENTANTE EXCLUSIVA DA MARCA RUZI EM PORTUGAL, A DOMINGOS ABELHEIRA UNIPESSOAL,
LDA., DISPONIBILIZA OS SEUS PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE PARA A REPARAÇÃO DE PNEUS,
COMBINANDO TECNOLOGIA AVANÇADA COM PREÇOS COMPETITIVOS E ACESSÍVEIS, ATENDENDO
TANTO A PEQUENAS OFICINAS QUANTO A GRANDES EMPRESAS DO SETOR
No mercado há mais de duas décadas, a empresa
Domingos Abelheira Unipessoal,
Lda., tem como missão atender às necessidades
dos clientes, e do mercado, no ramo
de venda de consumíveis para Casas de Pneus,
Recauchutagens e Oficinas. Empreendendo o
conhecimento adquirido ao longo de vários anos
de trabalho evolutivo, construtivo e consolidado
na área dos pneus, Domingos Abelheira cria, no
ano de 2002, a empresa Domingos Abelheira,
Unipessoal, Lda. Dessa forma, procurou sempre
responder às necessidades do mercado, acrescentando
valor ao mesmo através do seu caráter, do
seu “know-how” acumulado e na procura de criar
a melhor relação qualidade-preço nos seus produtos.
Assim, mais de duas décadas depois, continua
a trabalhar, juntamente com a sua equipa,
para que a oferta aos seus clientes continue a ter
como base um produto de qualidade a um preço
competitivo.
Gama extensa
A sua gama de produtos é extensa. Desde válvulas
tradicionais para ligeiros e pesados, válvulas
TPMS e máquinas de programação de sensores.
Vende todo o tipo de pernos, fêmeas e kits antirroubo
para rodas, anilhas centradoras, espaçadores
de vias e conversores de furação - que
fabricam por medida conforme as especificações
do cliente. O cliente encontra, também, vários tipos
de massas de lubrificação de talões de pneus
e massas lava-mãos, consumíveis como barras de
colar, pesos de bater e microesferas de equilíbrio,
pastilhas tubles, remendos, manchons e toda a
restante gama de material necessário no processo
de reparação de pneus. Para as oficinas, o portfólio
da empresa conta com um leque alargado de
luvas, papel industrial e ferramenta profissional
– onde representa várias marcas reconhecidas no
setor.
Ruzi garante qualidade na reparaÇÃO
A prestigiada marca Ruzi de produtos para reparação
de pneus é a mais recente representada da
empresa Domingos Abelheira Unip. Lda., com
sede em Braga. “Estamos satisfeitos pela aposta
da Ruzi na nossa empresa, o que é um sinal de
reconhecimento pela nossa atividade de mais
de duas décadas no setor dos pneus e ao mesmo
tempo um sinal de mudança que irá reforçar a
presença da marca no território nacional”, afirma
Domingos Abelheira, diretor geral. “O cliente
poderá encontrar com esta parceria exclusiva no
mercado nacional os melhores remendos, manchons,
colas e vedantes que o mercado pode oferecer,
que irão facilitar o trabalho de reparação
e aumentar a qualidade do mesmo”, acrescenta.
Desde a sua fundação que a empresa opera na
Rua José Afonso, 144, no centro da cidade de
Braga, mantendo também comerciais ambulantes
que atendem os seus clientes na região norte,
fortalecendo, ao longo dos anos, relações profissionais
de confiança. Além da loja física e do seu
sistema de visitas periódicas aos seus clientes,
disponibiliza ainda um website, www.abelheira.
com, onde os clientes podem explorar parte do
seu portfólio de produtos e obter um atendimento
personalizado com um dos colaboradores da
empresa. As encomendas são despachadas diariamente
para todo o território nacional e ilhas.
Comprometida com a inovação e o progresso, a
Domingos Abelheira Unipessoal, Lda., procura
continuar a ser uma referência confiável no setor,
promovendo o crescimento e o desenvolvimento
dos seus parceiros e clientes. l
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 61
Entrevista
MANUEL SILVA
DIRETOR GERAL DA LOVISTIN
A LOVISTIN INAUGUROU RECENTEMENTE NOVAS INSTALAÇÕES NO PARQUE INDUSTRIAL DA CIDADE,
PARA ALAVANCAR UMA NOVA FASE NO CRESCIMENTO DA EMPRESA E O DIRETOR GERAL, MANUEL
SILVA, NÃO ESCONDE A AMBIÇÃO DE CONTINUAR A EXPANDIR O NEGÓCIO, QUE TEM A GLASURIT
COMO MARCA-BANDEIRA. O JORNAL DAS OFICINAS VISITOU AS NOVAS INSTALAÇÕES, JUSTAMENTE
CONSIDERADOS STATE OF THE ART NA REPINTURA AUTOMÓVEL DEVIDO A UMA COMBINAÇÃO DE
FATORES QUE INCLUEM TECNOLOGIA DE PONTA, INOVAÇÃO NOS PROCESSOS E EXCELÊNCIA NOS
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
A
Lovistin (Loja Viseense de Tintas) foi
criada em 1990, mas já desde a década
anterior que o seu diretor-geral, Manuel
Silva, estava ligado ao negócio da repintura automóvel
em nome individual. Tem uma ligação
histórica à Glasurit, tendo contribuído para a
implementação da marca na zona centro do país,
o que lhe valeu a liderança do mercado regional,
com cerca de 700 clientes, e ser escolhida para
um dos quatro concessionários oficiais Glasurit
em Portugal.
Aposta na formação
Em 2024, abriu novas instalações, com área para
armazenagem, showroom, laboratório para produção
de tintas, centro de formação com sala para
aulas teóricas e cabine de pintura para aulas práticas,
que foi o mote para conhecermos o novo espaço.
“Percebi que estava a crescer de ano para ano e
cheguei à conclusão de que precisava de mudar de
instalações para satisfazer ainda melhor os meus
clientes. Aliado a isso, queria dar melhores condições
aos meus trabalhadores, dar-lhes todo o nível
de conforto, para que se sintam bem. No entanto,
a diferença que se vai notar mais é na formação,
temos um horizonte de inovação e queremos dar
o melhor apoio aos clientes, com formação como
deve de ser”, explica-nos o diretor-geral, Manuel
Silva. As novidades da Lovistin, no que à formação
diz respeito, não se ficam apenas pela repintura
automóvel, mas também se estendem nos setores
da “indústria e da construção, que está a subir um
pouco”, diz-nos o responsável, que considera que
os fornecedores, “que já conhecemos, estão todos
interessados em vir cá ajudar-nos e a dar essa
formação, para podermos crescer e vender mais,
ESTAMOS A UM NÍVEL
INTERNACIONAL!
assim como aconselhar melhor os nossos clientes,
porque isso é que é a fortaleza da nossa empresa”.
Manuel Silva conta que as novas instalações têm
“uma área de preparação, uma paintbox e também
uma cabine. E temos ainda uma zona para
as pessoas poderem ver as demonstrações, porque
a cabine tem vidro. Com todo este equipamento
estamos a um nível internacional, de qualquer
empresa do setor” afirma, com segurança. Neste
momento a formação já pode ser ministrada pelos
próprios técnicos da empresa, mas o objetivo do
diretor-geral da Lovistin é que estas ações sejam
realizadas em alternância com os técnicos dos fornecedores.
Aumentar o portefólio
Com a Glasurit a assumir o lugar de marca bandeira
da Lovistin, há, ainda assim, várias outras
com destaque dentro da casa e Manuel Silva tem
“no horizonte abranger mais produtos”. Atualmente,
trabalham com a 3M, “que é uma marca
de referência com produtos para a linha automóvel”
e com a Norton, “com a qual já concretizámos
um acordo e que pode vir a ser um grande
parceiro como já é a Indasa”. O responsável da
casa deixa ainda uma nota especial para a Zaphiro,
“uma empresa espanhola, da qual eu sou sócio
fundador, que tem muito bons produtos, que
estamos a importar. É uma parceria que nos tem
trazido grandes vantagens”, aponta, esclarecendo
que ainda “estão abertos a novas marcas” para
toda a tipologia de produtos. Na Zaphiro, os produtos
são produzidos “nos melhores fabricantes
da Europa ou até do mundo, porque já vamos
à América”. Além disso, Manuel Silva salienta o
facto de a Zaphiro ter “vinte técnicos que testam
os produtos (porque cada sócio tem um técnico),
e só a partir da maioria dos técnicos, é que aprovamos
o produto. Portanto, se pelo menos 11 disserem
que é bom, colocamos o produto à venda,
tem que ser a maioria. Estamos a alargar a gama
e já temos filtros para cabine de pintura, que não
tínhamos. No início éramos nós que íamos ter
com os fornecedores para adquirir os produtos,
mas agora já são eles que vêm ter connosco, inverteu-se
essa situação. Já não vamos procurar
ninguém, é assim que neste momento se encontra
o negócio da Zaphiro”, diz-nos Manuel Silva,
que é representante desta marca desde Coimbra
até ao Norte, havendo outro representante a fazer
o trabalho de Coimbra até Lisboa.
Logística e acompanhamento
Dependendo da urgência dos pedidos, as encomendas
da Lovistin podem ser despachadas ou
transportadas diretamente pelos comerciais, durante
as suas rotas semanais habituais. Em termos
de acompanhamento técnico, Manuel Silva considera
que o que tem vindo a ser desenvolvido pela
sua empresa é uma referência em Viseu: “Já temos
acompanhamento há mais de 20 anos, sempre
tivemos técnicos. Além de que os vendedores estão
todos muito bem treinados e já têm bastante
formação para atender o cliente. No entanto, para
qualquer coisa que não seja possível resolver, temos
técnicos e recorre-se rapidamente”, esclarece.
A Lovistin possui laboratório próprio, para fazer
tintas e, ao nível da gestão de cor e da digitalização,
a empresa está, segundo o responsável, “ao nível
de qualquer marca” e destaca a nova Série 100 da
Glasurit, muito mais eficiente e rentável para a
oficina. “Não podemos nunca esquecer, que parte
62 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
“AS NOVAS INSTALAÇÕES DA
LOVISTIN SÃO JUSTAMENTE
CONSIDERADAS “STATE OF THE ART”
NA REPINTURA AUTOMÓVEL DEVIDO
A UMA COMBINAÇÃO DE FATORES
QUE INCLUEM TECNOLOGIA DE
PONTA, INOVAÇÃO NOS PROCESSOS
E EXCELÊNCIA NOS EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS”, DIZ MANUEL SILVA,
DIRETOR GERAL DA LOVISTIN
MANUEL SILVA
de nosso sucesso está na marca Glasurit que comercializamos
desde o início. A sua capacidade de
inovação é notória. Foi assim no passado, é assim
no presente e a certeza que a Lovistin tem, é que
continuará a ser assim no futuro”, sublinha.
Preocupação com o meio ambiente
Manuel Silva evidencia o cuidado que existe
atualmente entre as marcas de tinta com o ambiente,
com a necessidade de reduzir os VOC -
Compostos Orgânicos Voláteis (ou, no original
em inglês, Volatile Organic Compounds), que
são componentes químicos presentes em diversos
tipos de materiais sintéticos ou naturais, que
se caraterizam pela sua alta pressão de vapor, o
que faz com que se transformem em gás ao entrar
em contacto com a atmosfera. “Uma das coisas
pelas quais a BASF se pauta muito é pela preocupação
com o meio ambiente. É das marcas que
mais procura a evolução e, neste momento, está
quase a metade dos VOC de qualquer marca de
primeira linha, enquanto as outras andam na ordem
dos 450 gramas por litro, eles lançaram esta
linha com 250 g/l, que é algo que ninguém tem”,
conta-nos. A este respeito, o diretor-geral lamenta
a falta de fiscalização em Portugal, dizendo que
“não se deveria utilizar nada na linha automóvel
a não ser tintas aquosas, mas infelizmente ainda
há quem utilize produtos sintéticos. Agora,
se estivermos a falar da indústria, tipo camiões,
autocarros ou carros antigos, até faz sentido ser
permitido tinta de solvente, mas com alguma rigidez,
e só para esse tipo de carros. A BASF, por
exemplo, retirou do mercado todos os produtos
sintéticos, e eu perdi muitas vendas precisamente
por isso, porque no dia em que saiu a lei, eu
nunca mais tive produto. Só vendo tinta aquosa”,
diz o distribuidor, que conta com mais de 120
máquinas instaladas no país. Para este ano 2025,
com a empresa já a funcionar nas novas instalações,
Manuel Silva espera um crescimento significativo
do negócio e a entrada de novos clientes
que reconhecem a visão de futuro da empresa.
Potencial de crescimento
A tendência patente de concentração das empresas
no mercado de repintura é algo que também
atrai Manuel Silva, diretor-geral da Lovistin, que
admite ser um assunto que não está fora dos seus
projetos. “Não quer dizer que seja neste momento,
mas se puder, depois de estar estabilizado nas novas
instalações, vou começar a pensar em adquirir
algumas empresas mais pequenas do setor”. Por
outro lado, também não está fora dos seus planos
abrir uma nova loja, pois já abrange uma grande
área territorial que inclui Viseu, Porto, Penafiel,
Amarante, Felgueiras e Castelo Branco.
Manuel Gonçalves, filho de Manuel Silva, está já
ligado à empresa e considera, também ele, que
“ainda há potencial para crescer mais”. Sobre este
assunto, revela que “o que mais me assusta é o
aparecimento de segundas linhas, que têm um
preço mais baixo. Os comerciais apresentam-nas
às oficinas e quando surge problemas não têm conhecimentos
nem recursos para resolver as situações.
É um mercado desleal, porque há as marcas
que dão todas as garantias, dão formação e apoio
técnico, mas depois vem alguém que lhes mostra
alguma coisa mais barata, que nem sequer está
provada no mercado e pode estragar o negócio. E
isso está a acontecer cada vez mais e a afetar todos
os operadores”. Apesar de estar em condições
de fazer a diferença no mercado com produtos de
qualidade superior, sabe que “muitas das vezes,
nas oficinas, o que interessa é o preço. E para
essas oficinas temos a marca Baslac, também do
grupo BASF, que embora seja mais económica,
não deixa de ter qualidade”, conclui. l
GLASURIRT SÉRIE 100 AJUDA as OFICINAS
A EVoluir E SEREM MAIS COMPETITIVas
postando na ecoeficiência, na eficiência dos processos e na
A
máxima qualidade dos produtos, a Série 100 da Glasurit
responde aos novos desafios das oficinas mais modernas na área da
repintura. É a primeira linha de esmaltes de duas camadas no
mercado à base de água com um valor de VOC inferior a 250 g/l, o
que significa 40 % abaixo do limite de solventes da UE, um valor
sem precedentes. Também excede todos os requisitos globais de
COV. A Glasurit Série 100 é uma mudança de paradigma. De acordo
com Manuel Silva “a nova linha proporciona aos nossos clientes uma
vantagem significativa para o seu negócio. O feedback tem sido
muito positivo e todas as oficinas que utilizam a Série 100
diariamente conseguem menos 40% de tempo no processo de
repintura, aumentado o rendimento e, também, menos 30% de
utilização de material em cada aplicação, resultando uma poupança
significativa”. Outra vantagem da Série 100 é o facto de permitir que
as oficinas utilizem sobras de tinta de trabalhos anteriores, o que
significa menos 20% de consumo e mais 50% de tempo de processo.
“Com a Série 100, a Glasurit reafirma a sua posição de referência em
matéria de sustentabilidade, com o COV mais baixo, inferior a 250
g/l, excedendo todos os requisitos globais de COV. Reforça a sua
excelência em produtos, processos e cores, disponibilizando
informações técnicas através das suas plataformas e ferramentas de
formação digital, que auxiliam as oficinas a atingir precisão absoluta
no processo de afinação de cores”, conclui.
64 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
a AP COMUNICAÇÃO
deseja a todo o aftermarket
um excelente ano!
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NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
MARCA&
-
FUCHS
CUMPRE METAS
ESTABELECIDAS PARA
2024
A
FUCHS cumpriu todos os objetivos estabelecidos para 2024 com
foco no crescimento, inovação, proteção do clima e consolidação
de parcerias. A parceria com a Mercedes-Benz, anunciada em
março, representou um salto significativo no avanço tecnológico, qualitativo
e sustentável no setor automóvel. “Esta parceria estratégica é uma
excelente notícia para os nossos clientes, tal como a introdução das novas
embalagens sustentáveis na Europa, no âmbito do novo conceito global
ACT – TIME TO ACT, é hora de agir”. O ACT é a estratégia da FUCHS
para transformar os seus processos lineares em circulares e levar o mundo
consigo nesta missão de proteger o planeta”, refere André Castro Pinheiro,
diretor automotive da FUCHS Portugal. Em 2024 a transportadora LASO
passou a utilizar exclusivamente óleos, massas e anticongelantes FUCHS
nos seus 2.600 equipamentos. A YesCar é outro cliente que reforçou a
parceria com a FUCHS e na AMSPORT, a equipa automotive da FUCHS
conseguiu consolidar a colaboração com a ampliação para toda a oficina.
Quanto à competição, é de destacar que a FUCHS RACING integrou Rafael
Rêgo, de 18 anos, nos pilotos FUCHS.
REPRESENTANTE EXCLUSIVO DA MARCA ROWE
Euromais | A Euromais introduziu a marca de lubrificantes premium ROWE no seu portfólio, como
representante exclusivo. Com um compromisso contínuo com a qualidade e satisfação do cliente, a Euromais
procura constantemente inovar e expandir o seu portfólio para incluir as melhores opções do mercado, e a
ROWE oferece aos clientes uma solução completa, além de que serão apresentados programas oficinais e campanhas
exclusivas. “Na Euromais somos um fornecedor global de soluções aftermarket para os nossos clientes
e a entrada da ROWE reflete a nossa missão: proporcionar soluções de qualidade que permitam diferenciação
e uma vantagem competitiva”, afirma Manuel Felix, Managing Director da 3AAfermarket. “Estamos extremamente
satisfeitos por termos encontrado na Euromais um parceiro forte para Portugal. Estamos a planear
investir fortemente na construção da notoriedade da marca e torná-la uma marca premium de referência local.
Para concretizar esta visão, precisamos de confiança e de um parceiro forte com uma rede bem estabelecida; é
precisamente isso que encontrámos na Euromais”, afkirma Olivier Breyer, Gestor de Vendas ROWE.
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DIVULGA PROGRAMA
PARTNER PARA OFICINAS EM PORTUGAL
Olipes | A Olipes, apresentou na expoMECÂNICA o seu novo Programa Partner para Oficinas em
Portugal, uma iniciativa que surge em consequência do Programa Partner para Distribuidores que teve
início há cinco anos e com o qual a Olipes oferece uma vasta cobertura de produtos e serviços a todos os
distritos do país. “O Programa Partner para Oficinas em Portugal tem por objetivo oferecer um serviço
premium aos profissionais das oficinas mecânicas de qualquer setor, garantindo-lhes o acesso aos nossos
lubrificantes e fluidos de manutenção, distribuídos por todo o país por uma vasta rede de parceiros
e pontos de vendas autorizados, com entregas rápidas em 24/48 horas e assistência técnica imediata
24/7”, explicou Fernando Díaz, codiretor geral da Olipes. “Na Olipes pensamos sempre nos nossos clientes,
e queremos que a colocação deste Programa em funcionamento, também sirva para reforçar o nosso
compromisso para com os profissionais portugueses, oferecendo-lhes soluções inovadoras e de valor
acrescentado que lhes permitam a melhoria da rentabilidade dos seus negócios, ao abrigo de uma marca
internacional como a Olipes”, acrescentou.
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JOSÉ ALBERTO É O NOVO
DIRETOR GERAL DA ANDEL PORTUGAL
Andel Portugal | José Alberto é o novo diretor geral da Andel Portugal, substituindo Carlos
Rosado, responsável por liderar o projeto do distribuidor desde que abriu a sua sucursal no Porto em
2022. Antigo proprietário da Bragalis, empresa adquirida em 2021 pela Autozitânia - parceira da AD
Parts em Portugal -, José Alberto tem um historial notável na distribuição grossista em Portugal, especialmente
no norte, onde a Andel está a desenvolver o seu negócio. Juntamente com José Alberto, dois
dos seus homens de confiança vão integrar o projeto Andel Portugal: Joel Martins e Pedro Rodrigues,
profissionais com uma vasta experiência no setor e um profundo conhecimento do mercado português.
Estas nomeações estratégicas sublinham o empenho da Andel em reforçar a sua presença na região.
“Com seu talento e dedicação, estamos convencidos de que contribuirão decisivamente para o crescimento
e consolidação da Andel em Portugal”, refere a empresa em comunicado.
Pavilhão 4E05
VISITE-NOS!
Rua Fernando Vicente - Armazém 15
2560-677 Torres Vedras
Telf.: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt
GPS - N39.094609 - W009.251526 | www.nelsontripa.pt
Entrevista
MÁRIO TORCATO
DIRETOR GERAL DO SWAUTO
SWAUTO TRAZ
ÀS OFICINAS UM
PARCEIRO EFETIVO
O SOFTWARE SWAUTO É UMA SOLUÇÃO ABRANGENTE QUE
VEIO FORTALECER A EFICIÊNCIA DAS OFICINAS DE COLISÃO.
ATUALMENTE IMPLEMENTADO EM MAIS DE TRINTA EMPRESAS,
TRANSFORMA A GESTÃO OFICINAL NUM PROCESSO MAIS
SIMPLES, RENTÁVEL E EFICAZ
No setor automóvel, onde a eficiência e a
inovação são essenciais, o SWAuto tem-
-se destacado como uma solução abrangente
que transforma a forma como as oficinas
operam. Criado há cerca de três anos e introduzido
no mercado desde 2022, o software propõe
uma mudança de paradigma na relação entre
o fornecedor e o reparador. “Queremos implementar
o conceito SWAuto em empresas que
queiram inovar e vencer os desafios do mercado.
É uma solução de apoio à gestão da oficina,
abrangente a toda a área de carroçaria e mecânica,
incluindo também o apoio às áreas de receção,
orçamentação, controlo de qualidade e,
claro, à gestão oficinal”, começou por explicar
Mário Torcato, diretor geral do SWAuto.
Braço direito das oficinas
Mais do que um simples programa, o SWAuto
apresenta-se como uma solução integrada que
combina tecnologia avançada, formação técnica
e um acompanhamento contínuo. Esta abordagem
completa cobre todas as etapas do processo
oficinal, disponibilizando informação em tempo
real – desde os tempos de ciclo até aos níveis de
produção e eficiência – assegurando o fornecimento
de produtos essenciais para as reparações
de pintura e chapa. “O que realmente faz a diferença
neste projeto são as pessoas que estão
envolvidas. A SWAuto traz às oficinas um parceiro
efetivo, um novo elemento que participa de
forma ativa e proativa na estrutura das oficinas.
Além disso, conta com o suporte de empresas
como a Fanlac e a Sherwin Williams”, referiu. A
simplicidade do programa permite uma leitura
clara dos resultados e facilita a implementação
de melhorias contínuas. “O foco total é no fazer
bem, desde a orçamentação até à execução, análise
crítica e gestão operacional”, garantiu. Com
as oficinas cada vez mais voltadas para a rentabilidade
em cada reparação, o SWAuto surge
como um aliado estratégico. “Uma das primeiras
medidas que tomamos é realizar uma auditoria
detalhada para compreender a realidade
da oficina. Este diagnóstico identifica tanto os
pontos fortes quanto os aspetos a melhorar. Em
O SWAUTO VAI ALÉM DE UM SOFTWARE
TRADICIONAL, OFERECENDO UMA ABORDAGEM
INTEGRADA QUE UNE tecNOLOGIA DE PONTA,
caPacitaçÃO TÉCNICA E SUPORTE CONTÍNUO
ÀS OFICINAS
MÁRIO TORCATO
NO SETOR AUTOMÓVEL,
ONDE A EFICIÊNCIA
E A INOVAÇÃO SÃO
ESSENCIAIS, O SWAUTO
TEM-SE DESTACADO
COMO UMA SOLUÇÃO
ABRANGENTE QUE
TRANSFORMA A FORMA
COMO AS OFICINAS
OPERAM
seguida, aplicamos um plano de ação focado na
eliminação das fragilidades e na otimização do
que já funciona bem, com especial atenção à formação
dos operadores”, relatou.
Acompanhamento técnico
O apoio técnico contínuo é um dos grandes
trunfos desta abordagem integrada. O SWAuto
adapta-se à realidade de cada oficina, oferecendo
formação e visitas regulares que permitem
ajustar processos e maximizar resultados.
“Atualmente, trabalhamos com dois tipos de
clientes: os que procuram uma solução global e
os que apenas necessitam de apoio na gestão”,
mencionou. Independentemente do perfil, o
acompanhamento técnico é uma prioridade.
“Encontrei na empresa Fanlac princípios e objetivos
focados na formação. Neste contexto a presença
e acompanhamento técnico nas unidades
aderentes ao projeto é uma realidade constante,
programada e aplicada às necessidades de cada
oficina”, frisou. Além disso, existe um plano de
formação para capacitar as equipas. “Há um calendário
estruturado de visitas técnicas, e estamos
a planear incluir módulos específicos para
chapeiros, ajustando-nos à evolução do setor
e às necessidades das oficinas”, destacou. Com
mais de trinta unidades já integradas, a meta
para 2025 é ambiciosa: alcançar um crescimento
de 50% em relação a 2024. l
AUTO SIDNEY UM EXEMPLO
DE RESILIÊNCIA
undada em 1994, a Auto Sidney é um exemplo de
F
resiliência no setor da repintura automóvel. Localizada
em Olhão, no Algarve, a empresa começou numas instalações
modestas com pouco mais de 200m2, mas desde 1997 que
opera num espaço mais amplo, onde tem vindo a consolidar a
sua posição no mercado. “No início, éramos vistos como
pioneiros na região. Fomos a primeira oficina de Olhão a
integrar uma estrutura de pintura e um banco de ensaio e
testes de motores. Muitos diziam que não duraríamos mais de
dois meses, mas trinta anos depois, cá estamos”, recordou
Carlos Santos, sócio-gerente da Auto Sidney. A trajetória da
oficina foi marcada por desafios, incluindo o falecimento de
um dos sócios, que era também um membro da família. “Esse
foi, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis, mas também
um dos mais significativos. Foi com o apoio dele que levei a
empresa em frente, e é um legado que vou continuar a honrar
todos os dias”, afirmou emocionado. Um dos passos mais
recentes na evolução da Auto Sidney foi a integração do
conceito SWAuto, que trouxe uma nova abordagem à gestão
oficinal. A adoção deste software tem permitido à oficina
otimizar processos, reduzir custos operacionais e reforçar a
qualidade do serviço prestado. “O SWAuto foi uma aposta
estratégica para modernizar a nossa operação. Apostámos na
sua implementação não só para melhorar a assistência técnica,
mas também para reduzir custos
operacionais, como os relacionados com consumíveis. A
experiência tem sido muito positiva”, salientou.
Ao longo dos anos, a Auto Sidney manteve um vínculo
forte com a comunidade local, algo que se reflete nas suas
iniciativas de marketing e patrocínios. Recentemente, a oficina
celebrou o seu 30.º aniversário com uma festa que reuniu mais
de 100 pessoas. “Foi um momento especial para refletir sobre
a nossa história e agradecer a todos os que fizeram parte desta
jornada”, assinalou Ricardo Santos, sócio-gerente da oficina.
A oficina também apoia eventos locais, como uma equipa de
futebol juvenil e iniciativas culturais na sua zona geográfica.
Embora a Auto Sidney continue a crescer, enfrenta desafios
comuns ao setor, como a falta de espaço físico para expansão
e a escassez de mão de obra qualificada. “Hoje, é difícil atrair
jovens para esta área. Antigamente, vinham bater à porta
para aprender. Hoje, isso quase desapareceu. Precisamos de
mais incentivos e formação profissional para criar uma nova
geração de especialistas”, sublinhou Ricardo Santos. Apesar das
limitações, a prioridade da Auto Sidney é manter a qualidade
dos seus serviços e a fidelização dos clientes. “Não queremos
crescer desmedidamente. Acreditamos que a chave está em
fazer bem o que já fazemos, com atenção aos detalhes e ao
que o mercado exige”, concluiu.
COM 30 ANOS DE HISTÓRIA, A AUTO SIDNEY
CONTINUA A INOVAR, APOSTANDO
EM SOLUÇÕES COMO O SWAUTO PARA OTIMIZAR
OPERAÇÕES E GARANTIR A SATISFAÇÃO
DOS SEUS CLIENTES
70 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
Gestão
AS MENSAGENS QUE A OFICINA DEVE TRANSMITIR
GERAR CONFIANÇA
NO CLIENTE!
UMA OFICINA DEVE SER TRANSPARENTE E MOSTRAR AO CLIENTE
AS VANTAGENS DA OFICINA E DA MARCA. DEVE DEFENDER
A QUALIDADE DA OFICINA ACIMA DE QUALQUER OUTRA E MOSTRAR
AO CLIENTE AS VANTAGENS DO SERVIÇO PRESTADO
O
perfil do cliente da oficina
mecânica evolui acompanhando
o ritmo da tecnologia
automóvel. Todos os dias se
torna mais exigente, portanto, a
estratégia de marketing é fundamental
no setor automóvel. Tornar
um cliente num embaixador da
empresa é a melhor ferramenta de
vendas e a melhor forma de o conseguir
é assegurar que a oficina se
foca em oferecer um serviço integral
de qualidade.
“A minha oficina gera confiança”
Os clientes valorizam significativamente
uma receção ativa que ofereça
a possibilidade de examinar o
veículo na sua presença. Se o cliente
dispuser de ampla informação
sobre a reparação, não só confiará
na oficina, mas também entenderá
melhor os conceitos incluídos
no orçamento. Além do mais, esta
técnica ajuda o assessor de serviço
a definir o perfil do cliente e a
conhecer as suas preferências para
prestar um serviço personalizado.
“As minhas peças de substituição
são de qualidade”
É fundamental selecionar consumíveis
e peças de substituição
de boa qualidade para conseguir
oferecer uma garantia fiável, mas
também é imprescindível promover
estes produtos. Se uma oficina
confiar nos produtos que utiliza
conseguirá transmitir essa confiança
aos seus clientes.
“Os meus mecânicos não têm rival”
Para que a oficina sobreviva num
ambiente altamente competitivo
como o setor automóvel, é importante
investir na formação
contínua da equipa para que os
elementos desta desenvolvam um
perfil polivalente. A formação e a
motivação dos técnicos da oficina
são imprescindíveis para garantir
a maior qualidade. De igual modo,
dar a conhecer as competências dos
profissionais da oficina aos clientes
é uma boa forma de gerar confiança,
fidelizar e atrair clientes. Basta
carregar vídeos no Youtube ou nas
redes sociais para mostrar alguns
dos seus trabalhos.
“O meu serviço é rápido”
Nada de empatar o cliente ou de o
fazer esperar por tempo indefinido.
O cliente deve sentir em todos
os momentos que solucionar o seu
problema é uma prioridade e que a
oficina está a fazer todos os possíveis.
O importante não é promover
a imagem de uma oficina mecânica
que atende os clientes de forma
imediata, mas sim uma imagem de
oficina que é realista e cumpre com
as expetativas.
“O serviço pós-venda é tão importante
como a venda”
Os clientes investem muito tempo
na decisão de comprar um automóvel,
pelo que o serviço oferecido
pela oficina também é muito importante
para eles. Por isso, fazer
um bom trabalho e solucionar os
problemas dos clientes é a melhor
forma de os fidelizar para que regressem
para uma revisão ou em
caso de avaria. l
O CLIENTE DEVE SENTIR EM TODOS OS MOMENTOS
QUE SOLUCIONAR O SEU PROBLEMA É UMA PRIORIDADE E QUE
A OFICINA ESTÁ A FAZER TODOS OS POSSÍVEIS
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 71
Entrevista
LEA RAYA
PINTORA NA EVA TRANSPORTES
A REPINTURA É UMA ARTE
NUM SETOR CADA VEZ MAIS MARCADO PELA ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA,
A REPINTURA AUTOMÓVEL ENCONTRA EM JOVENS COMO LEA RAYA, A ESPERANÇA
DE RENOVAÇÃO. O JO FOI CONHECER AS INSTALAÇÕES DA OFICINA DE PESADOS
DA EVA TRANSPORTES, NO ALGARVE, PARA FICAR A CONHECER MELHOR A SUA HISTÓRIA
Já não é novidade que o setor de repintura
atravessa momentos conturbados na
procura de mão de obra qualificada. Aos
poucos, algumas empresas têm vindo a investir
em iniciativas para atrair jovens talentos e
promover oportunidades de futuro, com vista
a fortalecer o setor. Um exemplo disso é a EVA
Transportes, do Grupo Barraqueiro, que recebeu
recentemente uma nova promessa na área:
Lea Raya, uma jovem de 22 anos que, com determinação
e curiosidade, está a começar a traçar
o seu caminho como pintora automóvel.
Desafiar as barreiras de género
Tradicionalmente associada ao universo masculino,
a profissão começa agora a ser também
reconhecida pelas mulheres. Natural de França
e residente em Portugal há quase uma década,
Lea descobriu a sua paixão por esta área ao observar
o trabalho feito pelos colegas numa oficina
de colisão, onde trabalhava como lavadora de
automóveis. “É um processo admirável. É mais
do que uma profissão; acho que a repintura é
uma arte”, explicou Lea. Ao chegar, foi imediatamente
acolhida pelos colegas, que a viram como
um contributo valioso para fortalecer a equipa.
“Fui muito bem recebida, dou-me bem com toda
a gente e tenho-me sentido apoiada desde o primeiro
dia”, confidenciou.
O chefe da oficina, Rui Horta, destacou o empenho
da sua nova discípula. “Ela anda sempre
com um caderno atrás onde anota tudo. Tem
muita vontade de aprender, faz muitas questões,
é uma pessoa curiosa e interessada. Já está muito
à vontade, parece que já faz isto há anos”, referiu.
O Grupo Barraqueiro, maior operador de mobilidade
do país, foi dos primeiros a criar oportunidades
para que as mulheres pudessem trabalhar
no setor dos transportes, segundo nos contou Rui
Horta. “Houve uma aceitação muito grande aqui
no Algarve, para além de se ter pago a carta de
condução para transportes públicos, foi garantindo
o trabalho a muitas mulheres”, revelou.
Tecnologia e sustentabilidade
A empresa de transportes aposta na modernização
das suas infraestruturas e processos. A
oficina de pesados, situada em Faro, é uma das
mais bem equipadas do grupo, com uma cabine
de pintura capaz de acomodar um autocarro inteiro,
com instrumentos de última geração para
leitura de cores, e softwares como o Phoenix,
que permitem melhorar a eficiência do trabalho.
O seu sistema de gestão de stock permite
rastrear cada grama de tinta ou filtro usado, garantindo
um registo e análise rigoroso dos materiais
utilizados. Um processo que não só reduz
desperdícios e otimiza custos, como garante que
a oficina funcione de forma sustentável e sem
margem para erros. Outro destaque da EVA
Transportes é o investimento no processo de
preparação antes da pintura. Desde o uso de tintas
à base de água até ao primário ajustado à cor,
cada detalhe é seguido à risca. “Se a preparação
for bem feita, o consumo de tinta é reduzido e os
resultados serão, consequentemente, melhores”,
sublinhou. Todos os anos é feito um relatório de
consumo detalhado sobre as tintas, cujo stock é
avaliado em cerca de 19 mil euros. Esta abordagem
permite alinhar os processos operacionais
com os objetivos de sustentabilidade e eficiência
da empresa.
Todo o material de repintura é fornecido pela
ASB – Álvaro de Sousa Borrego, designadamente
as tintas da Spies Hecker. “É uma longa
e saudável parceria, que nos oferece o conforto
e confiança de utilizar uma marca de referência
pela sua elevada qualidade e inovação sem
rival”, refere Rui Horta. Uma das grandes preocupações
que a ASB tem é fornecer as ferramentas
essenciais para que a oficina tenha a maior
rentabilidade nos trabalhos de repintura, assim
como ações de formação que mantêm os pintores
sempre atualizados relativamente aos novos
produtos e tecnologias.
Uma oficina ao serviço do futuro
A EVA Transportes também tem dado passos
importantes na transição para uma mobilidade
mais sustentável. Atualmente, tem uma frota
com 26 carros elétricos em Albufeira, que percorrem
mais de 300 quilómetros por dia. Para
os apoiar, a oficina dispõe de carregadores específicos
para cada um. “Fazemos de tudo um pouco
ao nível da reparação”, deu conta Rui Horta.
Desde a manutenção rotineira, como lavagens
de motor e mudanças de filtros, até projetos
mais complexos, tudo é executado com precisão.
A oficina adota uma metodologia rigorosa,
em que cada veículo tem um registo detalhado
dos serviços realizados, o que garante a máxima
transparência e controlo de qualidade. Atualmente,
a equipa é composta por 12 funcionários,
incluindo 3 pintores, 2 serralheiros, 2 bate-chapas,
3 mecânicos, 1 eletricista e 1 técnico especializado
em ar condicionado. Esta diversidade
de competências permite oferecer uma vasta
gama de serviços, desde a mecânica geral até ao
ar condicionado, eletricidade, repintura especializada
e serralharia.
Visão para o futuro
Num mercado cada vez mais competitivo e com
desafios claros na procura e retenção de talentos,
histórias como as de Lea reforçam a importância
de apostar em talentos diversificados e
em estruturas modernas. Para uma jovem pintora
neste setor, este é apenas o começo. “Estou
a aprender, mas acredito que o futuro da profissão
será ainda mais tecnológico e exigente.
Quero fazer a diferença e mostrar que, com dedicação
e trabalho, conseguimos chegar longe”,
concluiu Lea. l
72 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com
NUM SETOR TRADICIONALMENTE MASCULINO,
LEA RAYA, DE APENAS 22 ANOS, COMEÇA A
DAR OS PRIMEIROS PASSOS COMO PINTORA
AUTOMÓVEL NA OFICINA DA EVA TRANSPORTES
A NOSSA ESTRATÉGIA PASSA POR UM
PLANO DE INVESTIMENTO CONTÍNUO
A LD AUTO É UMA REFERÊNCIA EM MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE PEÇAS DE VEÍCULOS
MULTIMARCA. FUNDADA EM 1990 COM O OBJETIVO DE OFERECER UM SERVIÇO DE QUALIDADE E
PROXIMIDADE, A EMPRESA EXPANDIU-SE AO LONGO DOS ANOS E HOJE CONTA COM 14 OFICINAS EM
PORTUGAL CONTINENTAL E NA ILHA DA MADEIRA, EMPREGANDO 209 COLABORADORES
Oficina
do Mês
LD AUTO
Todas as oficinas do Grupo LD
Auto oferecem um serviço completo,
inclusive para veículos
elétricos e híbridos. Graças ao
investimento feito em tecnologia
avançada, encontram-se equipadas
com softwares e ferramentas especializadas
para reparação de componentes de sistemas de
injeção (bombas e injetores), turbos, filtros de
partículas e catalisadores, caixas de velocidades
e motores – tanto convencionais quanto elétricos,
bem como baterias. Segundo Fernando Relva,
diretor geral, o sucesso da LD Auto tem estado
intrinsecamente ligado ao seu compromisso
com a satisfação e confiança. “O nosso foco principal
são as pessoas, sejam os nossos colaboradores,
sejam os nossos clientes. Se os primeiros
estiverem satisfeitos e motivados, facilmente
irão ao encontro das expetativas e necessidades
dos nossos clientes”, referiu.
35 anos de atividade
Os 35 anos de atividade permitiram, através
das diversas aquisições e investimento, reforçar
a liderança nacional na reparação de sistemas
de injeção diesel e afirmar o posicionamento
da empresa na assistência de viaturas de todas
as marcas e na intervenção nos principais componentes
do automóvel atual. A adesão à rede
Bosch Diesel Center, permitiu responder tecnicamente
à evolução da tecnologia com a garantia
do maior fornecedor destas tecnologias.
A representação do conceito Bosch Car Service
permite-lhe dar assistência a todo o parque de
viaturas, qualquer que seja a sua motorização,
inclusive veículos híbridos e elétricos. Para
acompanhar as constantes evoluções tecnológicas,
a empresa conta com uma equipa interna de
seis colaboradores que se dedicam ao apoio técnico
e respetiva formação. Além disso, colabora
com várias empresas externas de forma a ampliar
as oportunidades formativas. “A responsabilidade
ambiental é também uma das principais
preocupações da empresa. Como destaca
o responsável, “a sustentabilidade e a reutilização
fazem parte do ADN e core business da LD
Auto”. Atualmente, a digitalização também tem
um peso importante, promovendo a redução do
consumo de papel, aumentando assim o nível de
eficiência operacional.
LD AUTO
Diretor geral
Fernando Relva
Morada
Estrada Nacional 109
2425-737 Ortigosa - Leiria
Telefone
244 619 990
geral@ldauto.pt
Site
www.ldauto.pt
Contacto presencial é essencial
Apesar de estar presente nas plataformas digitais,
continua a valorizar o contacto presencial
com os clientes. “Privilegiamos o contacto
direto, seja através das nossas 14 oficinas, seja
pelo contacto dos nossos nove comerciais junto
dos clientes”, referiu. Paralelamente, a empresa
continua a investir nas redes sociais (Facebook,
Linkedin, Instagram) e canais digitais, como o
site (ldauto.net) e um portal B2B para clientes
profissionais (clientes.ldauto.net), alcançando,
assim, um público mais vasto. “Estas redes permitem-nos
chegar mais longe, a mais clientes
e de uma outra forma, mas os nossos clientes
continuam a chegar-nos maioritariamente por
recomendação”, revelou. O principal fator de
sucesso da LD Auto está relacionado com o profundo
conhecimento que Fernando Relva tem
do negócio e com a capacidade de se colocar no
terreno e envolver todos, partilhando as conquistas
e desafios com a equipa. Relativamente
à dificuldade de recrutamento e retenção de
recursos humanos nas oficinas, Fernando Relva
afirma “temos que apelar às escolas e universidades
para que apostem mais nesta área, embora
cada vez mais digital, mas será sempre preciso
ter o ser humano na linha da frente”.
2024 revelou ser mais um ano de crescimento
tanto ao nível de novos clientes como entradas
em oficinas e faturação. Para os próximos cinco
anos, as metas já se encontram bem definidas:
“A nossa estratégia passa por um plano de investimento
contínuo que nos permita continuar
de forma sólida e competente no mercado. Só
assim é possível continuar a crescer. Agora ou
daqui a cinco anos, o nosso objetivo é sermos
uma referência no Aftermarket português. Seja
pela competência, confiança ou serviço que
prestamos aos nossos clientes”. O prémio de 1º
classificado do TOP 10 das Melhores Oficinas
de Rede 2024, vem comprovar a excelência da
gestão e a capacidade de superação para se manter
uma referência na reparação automóvel em
Portugal. l
A LD AUTO CELEBRA ESTE ANO O 35º ANIVERSÁRIO COM OS OLHOS
POSTOS NO FUTURO. O OBJETIVO AGORA É ELEVAR A FASQUIA
E DEFINIR NOVOS PADRÕES DE EXCELÊNCIA, OFERECENDO AOS CLIENTES
UM CONJUNTO DE SERVIÇOS DE GRANDE VALOR ACRESCENTADO
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 75
EMPRESA
IQ4Y
FORMAÇÃO ESPECIALIZADA PARA OFICINAS
GARANTIA DE FORMAÇÃO
RECONHECIDA E CERTIFICADA!
EM APENAS UM ANO, A IQ4Y FORMOU 300 PROFISSIONAIS E REFORÇOU PARCERIAS ESTRATÉGICAS,
CONSOLIDANDO-SE COMO UMA REFERÊNCIA EM FORMAÇÃO E INOVAÇÃO NO SETOR AUTOMÓVEL.
PARA ALÉM DA OFERTA PADRÃO, OFERECE SERVIÇOS DE FORMAÇÃO PERSONALIZADA ADAPTADOS
ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DE CADA OFICINA
A
dezembro de 2023, nasceu a iQ4Y, uma
empresa vocacionada para a formação
profissional, certificada pela DGERT e
pela APA em sete áreas de ensino. Com foco em
capacitar profissionais e atualizar competências,
a empresa destaca-se na área da reparação
de veículos a motor, proporcionando formações
que promovem a competitividade e a produtividade.
Além disso, a iQ4Y oferece também plataformas
de software técnico, como a Autodata,
HaynesPro e TecDoc, essenciais para oficinas
e profissionais do setor automóvel. Adicionalmente,
a IQ4Y compromete-se a disponibilizar
informação técnica relevante e atualizada, garantindo
que os profissionais estejam sempre
na vanguarda do conhecimento nas suas áreas
de atuação. “Desde o início, o nosso compromisso
foi garantir formações de elevada qualidade,
adaptadas às necessidades do mercado e às
constantes inovações do setor automóvel”, afirma
Rita Seguro, gestora de formação da iQ4Y.
Mais de 20 formadores especializados
Com uma estrutura certificada e equipada com
tecnologia moderna, o centro de formação prioriza
metodologias inovadoras para assegurar
uma experiência de ensino completa. Atualmente,
conta com uma base de dados de mais de
20 profissionais especializados, cuidadosamente
selecionados e distribuídos por diversas áreas
de atuação. “Os nossos formadores são pessoas
qualificadas e ativas na área, possuindo uma
vasta experiência prática e teórica nas disciplinas
que lecionam. Estão certificados e em constante
atualização, garantindo que acompanham
as novas tendências e inovações nos setores que
representam”, salientou.
Os cursos de formação profissional abrangem
diversas áreas, incluindo desenvolvimento pessoal,
marketing e publicidade, gestão e administração,
ciências informáticas, construção e
reparação de veículos a motor, proteção de pessoas
e bens, bem como a segurança e higiene no
trabalho.
Parceiros reconhecidos
A iQ4Y é distribuidora oficial de softwares
como a Autodata, HaynesPro e TecDoc, plataformas
reconhecidas internacionalmente e fundamentais
para o setor automóvel. Estes sistemas
garantem o acesso a informações técnicas
atualizadas, contribuindo para o aumento da
produtividade e a eficácia nos resultados obtidos.
“Estas parcerias permitem-nos oferecer
soluções técnicas completas e atualizadas, otimizando
os diagnósticos e as reparações realizadas
pelas oficinas”, destacou. Além disso, as
certificações pela DGERT e pela APA são pilares
fundamentais na credibilidade da empresa. Estas
garantias asseguram não só o cumprimento
IQ4Y
Gestora de formação
Rita Soares
Morada
Rua Paulo VI, 2800 - 2410-147Leiria
Telemóvel
967 877 612
info@iq4y.pt
Site
www.iq4y.pt
das exigências legais, mas também a qualidade
e a relevância da formação oferecida. Entre os
benefícios associados, destacam-se:
• Cumprimento legal das 40 horas anuais de
formação obrigatória para colaboradores;
• Cursos válidos no Sistema Nacional de Qualificações.
• Reconhecimento como Organismo de Atestação
de Formação de Técnicos para Intervenções
em Sistemas de Ar Condicionado;
• Procedimentos alinhados a referenciais de
qualidade específicos.
Oferta Formativa para 2025
Com um portfólio em constante crescimento,
a iQ4Y destaca-se por “oferecer uma solução
completa de formação”, que abrange áreas técnicas,
organizacionais e comportamentais. Para
o próximo ano, a empresa prepara-se para expandir
ainda mais a sua oferta formativa, com
a apresentação de 20 cursos centrados no setor
automóvel. Entre os novos programas, destaca-
-se o curso de especialista em veículos elétricos
e híbridos, que reflete a transição tecnológica
e a crescente procura por profissionais qualificados
nesta área. Além disso, a empresa dará
continuidade ao seu foco em segurança e higiene
no trabalho, áreas essenciais para empresas
de diversos setores. A iQ4Y também desenvolve
formações personalizadas, ajustadas às necessidades
específicas de cada cliente. “Adaptamos
conteúdos, metodologias e horários para garantir
que as empresas atinjam os seus objetivos estratégicos”,
explicou. Estas formações podem ser
realizadas tanto nas instalações da iQ4Y como
no local de trabalho do cliente. O primeiro ano
de atividade da iQ4Y foi um sucesso, com cerca
de 300 formandos a concluírem os seus cursos.
Para 2025, as expetativas são de crescimento
contínuo com o lançamento de um calendário
de formações na região do Funchal. “Queremos
levar a nossa formação a mais pessoas, mantendo
sempre os padrões de qualidade que nos definem”,
concluiu Rita Seguro. l
ENTRE OS CURSOS DISPONÍVEIS, DESTACAM-SE PROGRAMAS
ABRANGENTES DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO AUTOMÓVEL,
CAPACITANDO OS PARTICIPANTES COM AS COMPETÊNCIAS TÉCNICAS
necessÁRIAS PARA SOBRESSAIR NESTE SETOR EM CONSTANTE EVOLUÇÃO
www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 77
NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO
Pneus
A
fabricante nacional de pneus de Portugal,
Camac, renasceu graças ao investimento
significativo do seu novo proprietário,
a empresa britânica Nova Motorsport. A fábrica
de Santo Tirso, perto do Porto, está a ser submetida
a um programa de renovação e modernização
de €20 milhões desde que foi adquirida pela
Nova Motorsport em abril. Serão criados mais de
100 empregos em diversas áreas, incluindo engenharia,
tecnologia, marketing e outras funções.
Isso impulsionará significativamente a economia
local, apoiando o crescimento e criando oportunidades
para a comunidade. A marca Camac há
muito que se estabeleceu como um interveniente
fundamental no mercado de pneus especializados,
incluindo o altamente competitivo setor do
desporto automóvel. A aquisição da Camac pela
Nova Motorsport marca mais um passo no sentido
de se tornar uma potência independente focada
exclusivamente no desenvolvimento e fabricação
de pneus de alto desempenho e pneus especializados.
A localização estrategicamente importante da
fábrica na União Europeia faz com que a unidade
de fabrico esteja idealmente situada para servir os
seus clientes e mercados de exportação em toda a
Europa e no resto do mundo.
A Nova Motorsport é uma empresa de pneus fundada
pela SPC Rubber, líder britânica em compostos
de borracha. Fundada em janeiro de 2024, a
CAMAC
REVITALIZADA COM INVESTIMENTO
DO NOVO PROPRIETÁRIO
Nova Motorsport realizou várias aquisições e garantiu
acordos de fornecimento e parceria no cenário
internacional do desporto automóvel. Além
da Camac, a Nova Motorsport garantiu os direitos
globais da Avon Motorsport. Ela também se associou
a campeonatos, incluindo o internacional
de rallycross RallyX, a série de corridas históricas
Peter Auto na Europa e o Campeonato Britânico
de Hillclimb. Os primeiros pneus de marca Nova
Motorsport, o ACB11 para rallycross, foram produzidos
na fábrica no final de agosto e estreados
numa apresentação especial no evento Rallycross
RX Loheac 2024, em França. Em outubro, a fábrica
portuguesa revitalizada retomou a produção
da linha de pneus Camac Classic para o mercado
europeu. O pneu Camac Classic 5.90x13 de construção
diagonal é baseado em um produto introduzido
em 1969 e pode equipar vários modelos de
viaturas clássicas, incluindo o Ford Taunus/Cortina
Estate, Opel Rekord e Simca 1300. A Camac
começou a produzir o seu pneu radial 145R10 no
início dos anos 1970 e, hoje, em sua versão Classic,
desempenha um papel crucial em manter modelos
icónicos como o Austin Mini e os Honda N300,
N400 e N600 nas estradas.
A aquisição da Camac reforça significativamente a
missão da Nova Motorsport de redefinir o panorama
da produção de pneus para automobilismo e
pneus especializados. Com uma capacidade de produção
significativa e uma equipa técnica e de engenharia
experiente e em crescimento, a marca está
pronta para oferecer avanços revolucionários no
desempenho de pneus e no atendimento ao cliente
para a comunidade global de automobilismo.
Com €20 milhões destinados à expansão, renovação
e modernização das instalações, ficará com
capacidade para produzir 500.000 pneus por ano.
Para garantir os mais elevados níveis de qualidade
de fabrico e de produto, foram carregados com
equipamentos cerca de 200 camiões transferidos
da antiga fábrica da Avon em Melksham, no Reino
Unido, para Portugal. Além disso, a maquinaria
existente para a produção de pneus Camac na
fábrica está a ser atualizada e modernizada para
garantir uma qualidade exemplar. Estão também
a ser implementadas melhorias adicionais e contínuas
em todas as instalações, através da integração
de vários sistemas novos e da adoção de processos
avançados de fabrico e de garantia de qualidade
adquiridos à Avon Motorsport. A Nova Motorsport
recriou os compostos e materiais vencedores
de campeonatos anteriormente feitos pela Avon
Tyres em Melksham, utilizando compostos de mistura
de última geração. A marca segue os mesmos
rigorosos procedimentos de teste e métodos de
laboratório especificamente projetados e utiliza a
mesma tecnologia, procedimentos, moldes e materiais
originalmente implantados no Reino Unido.
ULTRACONTACT NXT GANHA PRÉMIO INOVAÇÃO CLEPA
Continental | O UltraContact NXT da Continental ganhou o Prémio de Inovação CLEPA na categoria “Verde”. A Associação Europeia
de Fornecedores do Setor Automóvel distingue assim o pneu de série mais sustentável da Continental. Dependendo da dimensão do pneu,
o UltraContact NXT tem uma quota de até 65% de materiais renováveis, reciclados e certificados pelo balanço de massa ISCC PLUS. Com o
UltraContact NXT, a Continental combinou a máxima sustentabilidade com o melhor desempenho da sua classe. Todas as dimensões disponíveis
têm a classificação máxima da etiqueta de pneus da UE (“A”) nas áreas da resistência ao rolamento, travagem em pavimento molhado e
ruído exterior. O Prémio de Inovação CLEPA é atribuído anualmente pela CLEPA, para distinguir os produtos e tecnologias mais inovadores da
indústria automóvel europeia. O UltraContact NXT já ganhou vários prémios desde o seu lançamento no mercado, incluindo o Prémio de Sustentabilidade
no Swiss Automotive Show Innovation Awards 2023, o International Design Award 2023 e o German Innovation Award 2024
78 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com