27.12.2024 Views

Jornal das Oficinas 220

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PUB

jORNALDAsOFICINAs.COm | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João VIEIRA

220

Dezembro 2024

/jANEIRO 2025

PERIODICIDADE | MENSAL

ANO XIX | 3 EUROS

VANGUARDA

DO NEGÓCIO OFICINAL

Melhor Mecatrónico 2024

Pág. 12 // Na edição mais disputada de sempre

e exibindo o nível mais elevado da Competição,

o Melhor Mecatrónico 2024 foi ganho por

Ricardo Trindade, da oficina R20 Auto,

pertencente à rede RedService

Gerar confiança

Pág. 71 // Uma oficina deve ser transparente e

mostrar ao cliente as vantagens da oficina e da

marca. Deve defender a qualidade da oficina

acima de qualquer outra e mostrar ao cliente as

vantagens do serviço prestado

PUB

RECEçãO ATIVA NAS OFICINAS

93 22 22 200

PÁG. 6

Mathias Bleicher

Pág. 34 // A Liqui Moly inaugurou recentemente

o Liqui Moly Experience Centre, na sua sede

situada no Cacém, e o responsável máximo a

nível ibérico, Mathias Bleicher, não poderia estar

mais satisfeito com o espaço que servirá para

mostrar tudo o que a marca tem para oferecer

iQ4Y - Formação oficinas

Pág. 76 // Em apenas um ano, a iQ4Y formou 300

profissionais e reforçou parcerias estratégicas,

consolidando-se como uma referência em

formação e inovação no setor automóvel em

Portugal

PUB

PUB PUB



Editorial

220 dezembro 2024/janeiro 2025

Folha de Serviço ........................................................... 4

DESTAQUE

Receção ativa ................................................................ 6

COMPETIÇÃO

Melhor Mecatrónico 2024 .................................... 12

PODCAST

Confronto de Gerações ......................................... 19

NOTÍCIAS

Empresas ...................................................................... 32

Produto ........................................................................... 66

Pneus .............................................................................. 78

ENTREVISTAS

Miguel Fonseca (Salvador Caetano) ................ 16

Aurélie Jouve (Equip Auto) ................................... 20

Paulo Oliveira (Univex) ............................................ 24

Javier Fernandez (Mewa) ...................................... 28

Mathias Bleicher (Liqui Moly) .............................. 34

Nuno Guerra (Polibaterias) ................................... 38

Fernando Amaral (Alidata) .................................... 42

Juan Egea (Yuasa) .................................................... 46

Salvador Lombart (Champion) ............................ 50

Rocio Fernandez (Varta) ........................................ 54

Mário Rodrigues (Rodrisystem) ......................... 58

Manuel Silva (Lovistin) ............................................ 62

Mário Torcato (SW Auto) ........................................ 68

Lea Raya (pintora) ..................................................... 72

GESTÃO

Mensagens a transmitir .......................................... 71

OFICINA DO MÊS

LD Auto ........................................................................... 74

EMPRESA

iQ4Y .................................................................................. 76

PRODUTO

Ruzi – Reparação pneus ....................................... 61

TEMPOS

DESAFIANTES

A

indústria automóvel europeia enfrenta tempos desafiantes, causados por uma combinação de

fatores estruturais, económicos e tecnológicos. A pressão para atingir metas ambientais rigorosas

forçou a indústria a investir fortemente em veículos elétricos (VE), contudo, a adoção

de VE desacelerou devido ao alto custo, falta de infraestrutura de carregamento e cortes em

subsídios governamentais. Os fabricantes chineses ganham mercado na Europa com veículos elétricos

mais baratos, colocando pressão sobre as marcas tradicionais europeias que, devido à falta de políticas

industriais coordenadas e de apoio governamental não estão a conseguir adaptar-se às mudanças rápidas

do setor. A indústria automóvel europeia precisa equilibrar a transição para veículos sustentáveis,

lidar com a concorrência global e reavaliar as suas estratégias de mercado para enfrentar a crise, mas

não está a ser fácil.

O que se está a assistir é que a velha Europa está a deixar de ser um dos players fundamentais no setor

automóvel, passando o protagonismo para a Ásia que rapidamente passará a produzir 60% do volume

mundial de veículos ligeiros. Só o Japão sozinho, está a produzir 25 milhões de veículos por ano e a Índia

já produz 3 milhões de veículos e tem como objetivo chegar aos 7 milhões em 2030, portanto vai ser

aqui também um key player neste panorama. E com tudo isto a indústria europeia sai fragilizada, com

cortes severos ao nível da produção e no número de trabalhadores. A proliferação das marcas de veículos

asiáticos traz novos desafios também para o aftermarket, porque o portfólio de peças oferecidas pelos

distribuidores vai ter de ser distinto daquilo que é o panorama atual. E temos também a concentração

do mercado em grandes grupos internacionais, onde se incluem os fabricantes de automóveis e os seus

concessionários, que são muito diferentes do que eram há vinte anos atrás. Hoje, os concessionários de

marcas são oficinas multimarcas. Veja-se o caso da Santogal que partilha as suas oficinas com vinte ou

trinta marcas distintas. Isto acontece porque o mercado das peças e da reparação é muito apetecível

e cada vez mais cobiçado pelos grandes fabricantes de automóveis, embora ainda tenham muito que

aprender com o IAM no que diz respeito a logística, agilidade e proximidade às oficinas.

Qualquer que seja a tendência, nada vai parar a transição para a E-Mobility, e é por isso essencial que

as oficinas se preparem de forma responsável e comprometida para enfrentar as mudanças iminentes.

Com a crescente adoção de veículos híbridos e elétricos, haverá uma mudança na procura por serviços

de manutenção e reparação de automóveis, uma vez que estes veículos possuem uma mecânica diferente

dos motores de combustão interna. O pós-venda também terá novas necessidades relacionadas com a

manutenção e reparação de baterias e sistemas elétricos, que serão cruciais para garantir o desempenho

destes novos veículos. Além disso, com o aumento da conectividade dos veículos elétricos, as oficinas

também têm de estar preparadas para lidar com atualizações de software e diagnósticos remotos. Em

conclusão, a transição para a E-Mobility vai trazer muitos novos desafios e oportunidades para a indústria

automóvel e para o pós-venda em particular, e é importante que as empresas se adaptem e invistam

em tecnologias e formação para atender às novas necessidades dos clientes.

Para se prepararem para a chegada da E-Mobility, é imperativo que as oficinas invistam em formação

especializada em veículos elétricos e híbridos, a fim de compreender todas as especificações da sua

mecânica e eletrónica. Ao adotar estas medidas, as oficinas estarão melhor preparadas para atender às

necessidades dos clientes com veículos elétricos e híbridos, o que pode aumentar a sua reputação e atrair

mais clientes, dando-lhes uma vantagem competitiva no mercado.

JOÃO VIEIRA | Diretor

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@

apcomunicacao.com // PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288

052 // GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por

escrito do JORNAL DAS OFICINAS // IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 //

DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03 TIRAGEM 10.000 exemplares

www.apcomunicacao.com

Parceiro em Espanha

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 3


FOLHA

DE SERVIÇO

IPSIS

VERBIS

MIGUEL FONSECA

CEO ÁREA MOBILIDADE E

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA SALVADOR

CAETANO AUTO

O PARQUE DOS CARROS DE FROTA

ESTÁ A CRESCER E ISSO PODERÁ

TRAZER NOVAS OPORTUNIDADES DE

NEGÓCIO PARA AS OFICINAS,

NOMEADAMENTE SE ESTIVEREM

INTEGRADOS EM SOLUÇÕES DE

MAAS, E NO FUTURO AUTÓNOMOS.

TERÃO QUILOMETRAGENS MUITO

MAIS ALTAS, REQUERENDO ATENÇÃO

IMEDIATA PARA QUE OS CARROS

ESTEJAM «ALWAYS-ON». QUEM FOR

CAPAZ DE PRESTAR ESSES SERVI-

ÇOS DE FORMA COMPETITIVA SAIRÁ

GANHADOR

CHALLENGE OFICINAS ESTÁ DE VOLTA

Em 2025, o JO volta a realizar a Competição Challenge Oficinas dedicada às oficinas de rede, um

evento único que todos os anos junta oficinas de diversas redes para uma experiência inesquecível,

com muitos momentos de emoção, convívio e confraternização. Esta competição, que conta

com o apoio da T Academy, põe à prova as competências funcionais dos colaboradores das oficinas,

que, numa primeira fase, têm de responder ao questionário online que abrange as principais áreas do

negócio oficinal, nomeadamente técnica, receção, peças, marketing e gestão. Para participarem nesta

competição, as oficinas apenas têm de responder ao questionário que publicamos online no site do

evento e habilitarem-se a ser uma das oficinas selecionadas para a grande final. Se é uma oficina de

rede organizada, bem equipada e com recursos humanos competentes e atualizados, aproveite esta

oportunidade para participar num evento único e desafiante, onde apenas os melhores conseguem

chegar à final. A competição Challenge Oficinas comemora a 8ª edição que será assinalada da melhor

forma com a grande Final a 17 de maio 2025, na Pro4matic Car Center, em Montemor-o-Velho.

MATHIAS BLEICHER

CEO DA LIQUI MOLY IBERIA

COMO SOU UMA PESSOA QUE NÃO

GOSTA DE COMPRAR POR CATÁLO-

GO, QUERO VER AS COISAS, SENTI-

-LAS E EXPERIMENTÁ-LAS, DISSE

QUE PRECISÁVAMOS DE CRIAR UM

ESPAÇO QUE FOSSE EXTRAORDINÁ-

RIO. OU NÃO CRIAVA NADA OU TINHA

DE SER ALGO FORA DE SÉRIE, QUE

VENDESSE SOZINHO E ESTE ESPAÇO

DEMONSTRA TODA AMPLITUDE DA

MARCA LIQUI MOLY, QUE É BRUTAL

ROCIO FERNANDEZ

DIRETORA MARKETING VARTA

EXISTEM MUITAS OPORTUNIDADES

E SÓ AS PODEREMOS ALCANÇAR

COM UMA EQUIPA DE TOPO, CAPAZ E

EFICIENTE, E POR ISSO A APOSTA NO

FÁBIO BARBOSA, QUE É UM PROFIS-

SIONAL COM CONHECIMENTO DO

MERCADO PORTUGUÊS. APOIARE-

MOS A NOSSA DISTRIBUIÇÃO COM

FERRAMENTAS DE MARKETING E DE

FORMAÇÃO, ACOMPANHAMENTO DE

PROXIMIDADE, CRIANDO VALOR

ACRESCENTADO À MARCA ATRAVÉS

DE CAMPANHAS EXCLUSIVAS,

INFORMAÇÃO TÉCNICA E UMA

PLATAFORMA DE FORMAÇÃO

SEMÁFORO

Sistema fiscal.

Somos dos piores da OCDE

Portugal tem dos piores sistemas fiscais dos

38 países integrantes da OCDE, conclui um

relatório da Tax Fundation, que nos coloca

no 35.º lugar global do ranking no Índice de

Competitividade Fiscal relativo a este ano.

Em termos de impostos sobre as empresas,

somos mesmo o segundo país com carga

fiscal mais elevada, assinala o documento.

O sistema fiscal mais competitivo da OCDE

é o da Estónia, seguido do da Letónia.

A falta de competitividade fiscal tem

sido um dos principais entraves para o

desenvolvimento económico português,

que se torna mais evidente quando

comparamos com outras economias

similares.

Crise na indústria automóvel

terá efeitos em Portugal

O presidente da Associação de

Fabricantes para a Indústria Automóvel

(AFIA) mostra-se preocupado com a

queda do consumo de componentes

automóveis na Europa e considera que

as empresas desta área poderão ter

de se ajustar. José Couto avançou que

“As nossas exportações até outubro

mostram que estamos a crescer

nas exportações para a Alemanha,

mas estamos a cair em França e em

Espanha. Um problema na Europa na

indústria automóvel terá, obviamente,

repercussões em Portugal, porque

somos produtores de componentes para

a indústria automóvel, isto é, se não

se venderem automóveis não haverá

produção de componentes”

BdP revê crescimento em alta

A economia portuguesa vai crescer 1,7%

em 2024 e 2,2% em 2025, segundo

projeções reveladas pelo Banco de

Portugal (BdP), no Boletim Económico

de dezembro, uma revisão em alta face

às projeções de outubro. A revisão do

crescimento do PIB reflete sobretudo a

maior expansão orçamental, associada

à inclusão de novas medidas fiscais e

de aumento da despesa pública, assim

como à recalendarização das despesas

no âmbito do PRR. O valor estimado pelo

BdP continua abaixo do previsto pelo

Governo no Orçamento do Estado, que

é um crescimento de 1,8% para 2024,

enquanto, para 2025, as projeções das

Finanças são mais otimistas (crescimento

de 2,1%).

4 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com



A RECEÇÃO ATIVA NAS OFICINAS

É UMA PRÁTICA MODERNA E

ESTRATÉGICA NO ATENDIMENTO AO

CLIENTE. CONSISTE NUM PROCESSO

NO QUAL O RECECIONISTA INTERAGE

DIRETAMENTE COM O CLIENTE,

AO LADO DO VEÍCULO, NO MOMENTO DA

ENTREGA PARA REPARAÇÃO

OU MANUTENÇÃO


DestAQUE

RECEÇÃO ATIVA NAS OFICINAS

RECURSOS QUE

PROPORCIONAM

LUCROS!

A RECEÇÃO ATIVA É A VANGUARDA DO NEGÓCIO

OFICINAL, MAS TEM DE HAVER TRABALHO

DE CASA NA ÁREA DO MARKETING, ASPETO

EXTERIOR E INTERIOR DA OFICINA, PROSPEÇÃO

DE CLIENTES E ANÁLISES DE MERCADO. AS

OFICINAS COM MELHORES RESULTADOS

COMERCIAIS SABEM BEM QUE O SEU MODELO DE

GESTÃO DEVE BASEAR-SE NO FOCO NO CLIENTE,

DÃO A IMPORTÂNCIA DEVIDA AOS MEIOS DE

QUE DISPÕEM NA RECEÇÃO E VEEM-NOS COMO

RECURSOS QUE PROPORCIONAM LUCROS

Para se entender o que é um serviço de receção ativa, temos de pensar

como funciona um centro de inspeção automóvel, onde os veículos

passam de um lado para o outro e são totalmente analisados em poucos

minutos. A grande diferença é que a oficina não pretende reprovar o

veículo, mas fazer com que ele seja aprovado. Portanto, a filosofia da oficina

tem de ser a da pré-inspeção, um serviço que será, cada vez mais, requisitado,

porque o parque automóvel está a envelhecer. Além disso, o centro

de inspeção só faz aquilo que faz e a oficina pode e deve fazer tudo o que se

relaciona com a assistência ao automóvel.

Receção ativa primeiro

O ponto de convergência de tudo o que se passa na oficina é a receção. É

aqui que tudo pode (e deve) ser decidido. Com eficiência, clareza e segurança.

A receção é a placa giratória da oficina, permitindo estabelecer o contacto

com o (potencial) cliente, com o veículo e com os meios de diagnóstico

e avaliação de custos. A oficina não se pode dar ao luxo que seja o cliente a

dizer o que quer, como quer e quando quer, porque ele pode estar a decidir

contra ele mesmo, por falta de dados corretos. Como também a oficina não

pode decidir pelo cliente, porque tal não é viável, nem admissível. Há que

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 7


DESTAQUE

ELEMENTOS

PRINCIPAIS DA

RECEÇÃO ATIVA

Interação presencial com o veículo: O

cliente e o rececionista inspecionam

juntos o veículo, discutindo os problemas

observados, verificando o estado geral do

carro (como pneus, fluidos, luzes, etc.) e

identificando necessidades adicionais.

Comunicação transparente: Durante a

inspeção, o rececionista explica de forma

clara os serviços necessários e prioritários,

evitando surpresas no orçamento final.

A transparência fortalece a confiança do

cliente.

Registo detalhado: Todos os problemas

identificados e os serviços propostos

são anotados e apresentados ao cliente,

geralmente com uma estimativa de custos e

prazos.

Oportunidade de vendas adicionais:

A receção ativa permite que a oficina

identifique serviços adicionais que podem

ser sugeridos ao cliente de forma justificada,

contribuindo para o aumento da receita e

melhor manutenção do veículo.

Maior confiança e fidelização: O cliente

sente-se mais valorizado e confiante ao

ver que o diagnóstico é realizado com a

sua participação, o que pode aumentar a

fidelização.

O FUTURO ESTÁVEL DAS OFICINAS AUTOMÓVEL

E A SUA RENTABILIDADE SÓ PODERÁ FICAR

PLENAMENTE ASSEGURADO QUANDO

COMEÇAREM A VALORIZAR DEVIDAMENTE

A CONVENIÊNCIA, O INTERESSE E

A SEGURANÇA DOS SEUS CLIENTES

estabelecer, desde logo, um relacionamento são

e de confiança com o cliente, assente no diálogo

e na transparência. Porque nunca existe uma segunda

oportunidade para causar uma primeira

boa impressão. E a primeira impressão é a que,

geralmente, prevalece.

Em primeiro lugar, a oficina tem de ter a capacidade

de classificar de imediato, com uma margem

de erro mínima, o tipo de cliente e as suas

potenciais intenções ou necessidades. Experiência

pessoal do atendedor, análise psicológica e

diálogo podem (e devem) desfazer, rapidamente,

todas as dúvidas prevalecentes. Obviamente

que a capacidade de dialogar implica saber escutar

e saber argumentar, com oportunidade e

com fundamento.

Em segundo lugar, é preciso identificar o veículo

e o seu estado de funcionamento objetivo. A

impressão ou convicção do cliente e a impressão

inicial do técnico da receção, devem ser

rapidamente substituídas por dados concretos

fornecidos pelos equipamentos de diagnóstico.

Evidentemente, no diagnóstico convergem as

informações do cliente, a experiência e a observação

do técnico da receção da oficina e os dados

apurados pelos meios de diagnóstico. Em caso

de contradição, é necessário eliminar os dados

que ofereçam menos credibilidade.

Em terceiro lugar, depois de estabelecido o correto

relacionamento com o cliente e depois de

avaliado o estado da viatura, chega o momen-

to de decidir quando, como e por que preço o

veículo vai ser reparado. “Isso já eu sei! “, dirá

o reparador experimentado. Tanto melhor. No

entanto, esta sequência de procedimentos é fundamental

para criar os laços de confiança indispensáveis

à fidelização do cliente. Se o cliente

detetar desorganização mental e processual nos

procedimentos da receção, retirará as lógicas

ilações, começando a interrogar-se sobre como

serão feitas as reparações dentro oficina.

Importância do aconselhamento

O cliente tem de perceber, de forma clara e rápida,

que o conceito da receção ativa existe para

auxiliá-lo e para beneficiá-lo. A relação entre

o cliente e o técnico de reparação interessa aos

dois, sendo, à partida, equitativa, porque precisam

um do outro para atingirem os seus objetivos

individuais. Não se pode, portanto, equacionar

essa relação na base de “sacar” dinheiro ao

cliente ou de fazer a reparação pelo menor custo

do mercado.

Estes são os dois extremos de uma relação de

poder mal entendida. Se cada um persistir na

sua posição irredutível, nem o cliente fica com

o veículo reparado, nem a oficina faz a reparação.

De facto, o cliente tem o poder de autorizar

ou não a reparação, mas o técnico de reparação

tem o igualmente importante poder de conhecer

a tecnologia do automóvel e os segredos da

sua manutenção. Estão, assim, no mesmo pé de

8 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


PASSOS

FUNDAMENTAIS

PARA

IMPLEMENTAR

UM SISTEMA DE

RECEÇÃO ATIVA

O CLIENTE TEM DE PERCEBER, DE FORMA

CLARA E RÁPIDA, QUE O CONCEITO

da RECEÇÃO ATIVA EXISTE PARA AUXILIÁ-LO

E PARA BENEFICIÁ-LO. A RELAÇÃO ENTRE O

CLIENTE E O TÉCNICO DE REPARAÇÃO INTERESSA

AOS DOIS, SENDO, À PARTIDA, EQUITATIVA

igualdade, indispensável para estabelecer um

profícuo diálogo sobre as soluções a encontrar

para os problemas do veículo. Mesmo assim,

dentro da oficina, o técnico de reparação tem

(ou deve ter) maior ascendente sobre o cliente,

porque sabe o que deve fazer para resolver corretamente

os problemas do veículo, coisa que o

cliente não sabe ou julga que sabe, mas não sabe

totalmente. No entanto, a vantagem técnica do

mecânico tem de ser usada a favor do cliente, se

quiser cativá-lo e fidelizá-lo.

Fiel da balança

Cada um avalia as coisas com um grau de maior

ou menor subjetividade, mesmo sem se aperceber

disso. Para o condutor, o seu veículo está

sempre em “perfeito estado”, porque o desgaste

dos componentes é gradual e permite a adaptação

da condução às anomalias verificadas. Para

o mecânico, pelo contrário, todos os veículos estão

a precisar de ser reparados, mesmo quando

ainda não há razões muito óbvias para isso.

O ponto de equilíbrio entre estas duas posições

tem de ser encontrado nos critérios médios que

prevalecem nas inspeções obrigatórias, os quais

garantem um padrão mínimo de segurança rodoviária

e de defesa do meio ambiente. No entanto,

as inspeções são meramente anuais, salvo

as exceções legalmente previstas, a partir dos

quatro anos de idade das viaturas. Isto significa

que todos os veículos com menos de quatro

anos e todos os outros no período de um ano,

entre cada inspeção, podem necessitar de operações

de manutenção, a fim de repor a segurança

e a normalidade de funcionamento de sistemas

e/ou componentes. Muitos condutores pensam

que mudar as pastilhas dos discos equivale a reparar

o sistema de travagem, mas está longe de

ser assim. Às vezes, só descobrem isso quando

“param dentro da mala” do veículo da frente…

Uma revisão completa ao sistema de travagem

teria saído muito mais económica e cómoda do

que o acidente, excluindo as consequências e danos

pessoais, caso existam.

O mercado potencial de manutenção automóvel

preventiva é, pois, enorme. Apesar disso, para

que as oficinas possam explorar esse potencial,

necessitam de captar o interesse dos condutores,

através de campanhas de aconselhamento

e de soluções de diagnóstico e reparação muito

rápidas e eficientes. O futuro estável das oficinas

automóvel e a sua rentabilidade só poderá ficar

plenamente assegurado quando começarem a

valorizar devidamente a conveniência, o interesse

e a segurança dos seus clientes, propondo-

-lhes serviços de valor acrescentado. O atendimento

de receção ativa e o aconselhamento de

manutenção preventiva são dois serviços desse

tipo, que poderão tornar-se rapidamente populares

se as oficinas compreenderem corretamente

os princípios do marketing criativo, do serviço

ao cliente e da fidelização. l

Estrutura e organização física: Crie um

espaço adequado para realizar inspeções

iniciais, como uma zona de inspeção coberta

e bem iluminada, com espaço suficiente

para manobrar os veículos. Equipamentos

como medidores de pressão de pneus,

scanners OBD (diagnóstico eletrónico),

lanternas e checklists impressos ou digitais

são essenciais. Disponibilize tablets ou

computadores para registrar as informações

diretamente no sistema da oficina.

Conhecimento da equipa: Os rececionistas

precisam ter conhecimento técnico

suficiente para identificar problemas no

veículo e explicar os serviços necessários ao

cliente. A equipa deve ter formação para

lidar com os clientes de forma profissional,

empática e clara, ajudando-os a entender os

diagnósticos e opções de serviço.

Processos e procedimentos: A estrutura

do processo da receção ativa deve incluir:

Saudação ao cliente; Inspeção visual

conjunta do veículo; Identificação e registo

de problemas ou serviços necessários,

apresentação de orçamento e serviços

recomendados.

Utilização de checklists: Implemente

checklists detalhados para garantir que

todos os itens do veículo sejam verificados

de forma sistemática. Certifique-se de

registar todas as informações no sistema

da oficina, incluindo serviços acordados,

sugestões recusadas e observações

adicionais.

Ferramentas digitais e tecnológicas:

Utilize um software de gestão que permita

registar informações do veículo, orçamentos,

histórico de serviços e diagnósticos

realizados durante a receção. Considere

incluir fotos dos problemas encontrados

para que o cliente compreenda melhor a

necessidade da reparação.

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 9


DESTAQUE

PROPORCIONAR

AS CONDIÇÕES IDEAIS

receção da oficina deve dispor de meios que proporcionem condições ideais

A

para o atendimento ao cliente. Uma boa configuração da área de receção, equipada

com as ferramentas e apoios dos quais o rececionista ou o assessor de serviço

necessita, é a base para o sucesso. Para obter elevados índices de rentabilidade e de

qualidade na aplicação dos processos de reparação é necessário dispor de um bom

nível de equipamento na área de produção da oficina. Da mesma forma, uma boa

zona de receção, especialmente equipada para realizar o atendimento ao cliente, é de

igual importância, mas, neste caso, para atingir bons resultados comerciais.

A capacidade de uma oficina gerar uma ótima experiência para os seus clientes será

um elemento diferenciador da sua competência, pelo que é imprescindível gerir adequadamente

este aspeto. Isto obriga a analisar todas as interações ou pontos de contacto

do cliente com a oficina, sendo um dos mais importantes o momento em que

acede às suas instalações.

O ATENDIMENTO DE

RECEÇÃO ATIVA PODE

TORNAR-SE RAPIDAMENTE

RENTÁVEL SE AS OFICINAS

COMPREENDEREM

CORRETAMENTE OS

PRINCÍPIOS DO MARKETING

CRIATIVO, DO SERVIÇO AO

CLIENTE E DA FIDELIZAÇÃO

AS NECESSIDADES DO CLIENTE

ma metodologia adequada para melhorar a experiência do cliente consiste em

U

nos colocamos no seu lugar. Trata-se de pensar como o cliente, determinando as

necessidades deste, em vez de nos focarmos exclusivamente no veículo do mesmo no

decurso da sua visita. O primeiro requisito que o cliente tem sempre quando chega às

instalações da oficina é estacionar o veículo num local adequado até que seja atendido.

Dispor de lugares de estacionamento destinados e reservados para utilização exclusiva

dos clientes é apreciado, especialmente se não for fácil encontrar onde estacionar nas

imediações. Estes lugares servirão, além disso, para evitar que se acumulem veículos na

entrada da oficina, algo que pode prejudicar notavelmente o seu funcionamento.

É boa ideia que uma parte destes lugares se encontre o mais perto possível dos postos

de receção de veículos ou, inclusivamente, forme uma zona em conjunto com os mesmos,

de forma a que possam ser utilizados ambos os tipos de postos indiferentemente

para ambas as finalidades. Graças a isto, obtém-se versatilidade e facilitam-se determinadas

tarefas, como, por exemplo, transferir os pertences do cliente do seu veículo

para o de substituição. Depois, será necessário identificar a intervenção a realizar, recolhendo

todos os dados necessários para a realização do orçamento, além de verificar

o funcionamento dos sistemas do veículo e o seu estado geral. Para tal, será necessário

dispor de postos de receção com os meios necessários para realizar essa inspeção de

uma forma ativa.

10 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com



Competição

Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024

12 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NERVOSISMOS E TENSÃO,

AO MÁXIMO...

NA EDIÇÃO MAIS DISPUTADA DE SEMPRE E EXIBINDO O NÍVEL MAIS ELEVADO

DA COMPETIÇÃO, O MELHOR MECATRÓNICO 2024 FOI GANHO POR RICARDO TRINDADE,

DA OFICINA R20 AUTO, PERTENCENTE À REDE REDSERVICE. APESAR DA LONGA E DESAFIANTE

JORNADA QUE OS CONCORRENTES ENFRENTARAM, COM MUITO NERVOSISMO E TENSÃO PELO

MEIO, A BOA DISPOSIÇÃO E A CAMARADAGEM REINOU AO LONGO DE TODA A COMPETIÇÃO

Pela sexta vez na história desta iniciativa

ímpar no panorama do aftermarket nacional,

o Jornal das Oficinas em parceria

com o CEPRA e apoio da expoMECÂNICA

organizou a Competição Melhor Mecatrónico.

O objetivo desta competição manteve-se fiel às

suas origens: promover, dignificar e premiar a

profissão de Mecatrónico Automóvel, proporcionando

o intercâmbio de experiências entre

profissionais no ativo e estimulando o desenvolvimento

de competências individuais. A organização

foi muito clara desde o início que a

Competição tinha de ser de alto nível, com provas

que realmente desafiam os participantes,

e todos deram o seu melhor para conseguirem

um lugar no pódio. Um dos grandes objetivos

desta Competição é fazer passar a mensagem da

importância desta profissão para o futuro das

oficinas de reparação, porque é uma atividade

imprescindível nas oficinas modernas, traz mais

valias e aumenta a rentabilidade do negócio. As

provas, elaboradas pela equipa de formadores do

CEPRA, liderada por Eduardo Fonseca, tinham

o carácter de aferição de competências práticas

e teóricas. A avaliação foi objetiva com base no

desempenho individual de cada concorrente

no desenrolar do conjunto de provas aplicadas.

Para a realização das provas práticas foram introduzidas

anomalias nos carros, que tiveram de

ser detetadas e resolvidas pelos concorrentes. As

anomalias introduzidas foram iguais em todas

as provas, e os concorrentes tinham à sua disposição

os equipamentos e ferramentas necessárias

para a realização das provas, bem como, a

informação técnica.

Ao longo dos três dias desta competição, enquanto

decorriam as provas, passaram pelo

espaço localizado no pavilhão 2, muitos milhares

de visitantes que puderam ver ao vivo o desempenho

dos concorrentes e conhecer melhor

a profissão de Mecatrónico Automóvel. O ambiente

era de um grande evento e o cenário montado

ajudava a tornar a Competição um grande

desafio para concorrentes e jurados. Neste palco,

como em cada uma das cinco edições anteriores,

oito concorrentes lutaram para ganhar o título

que os reconheceria como o Melhor Mecatrónio

de Portugal.

Vencedor reconhece

a importância do título

Depois de três dias intensos de provas, foi apurado

o grande vencedor Ricardo Trindade, da

oficina R20 Auto, pertencente à rede RedService.

Já com o troféu nas mãos disse “É muito

emocionante e uma grande conquista na minha

carreira profissional. Para mim, este evento foi

mais do que uma competição, foi uma forma de

conhecer outros excelentes profissionais e lembrar

que o sucesso requer uma formação contínua

e um esforço incansável. Esta competição

foi fundamental para a minha evolução e um

incentivo para melhorar todos os dias”. A Competição

Melhor Mecatrónico tem sido muito

importante para todos os concorrentes que têm

participado, principalmente para os vencedores,

que veem os seus conhecimentos e competências

serem reconhecidos. Este reconhecimento

tem motivado os participantes a empenharem-

-se cada vez mais na sua formação e desenvolvimento

profissional.

Entre os especialistas em mecânica e eletrónica

que trabalham para oficinas independentes e

O MELHOR MECATRÓNICO É CERTAMENTE A COMPETIÇÃO MAIS EXIGENTE REALIZADA

NO NOSSO PAÍS, E FAZER PARTE DESTE PROJETO SIGNIFICA PARTICIPAR NUMA IDEIA

COMUM QUE COLOCA O MECATRÓNICO AUTOMÓVEL NO CENTRO DAS ATENÇÕES

Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 13


os que integram oficinas de marca,

foram cerca de 300 os profissionais

de mecatrónica automóvel

no ativo que já concorreram a esta

iniciativa. Este ano, os finalistas foram:

Ricardo Trindade (vencedor),

Francisco Leal, Fábio Almeida,

Bruno Gonçalves, Diogo Ribeiro,

Vitor Mata, Marco Esteves e Nuno

Freitas. Estão todos de parabéns,

em primeiro lugar por terem tomado

a iniciativa de se inscreverem

na Competição e terem sido

selecionados para a Grande Final,

e em segundo lugar pelo empenho

e entusiasmo que demonstraram

ao longo de todo o fim de semana

de provas, num ambiente cheio

de pressão, mas também de muito

convívio e partilha de experiências

e conhecimentos.

Iniciativa ímpar no

pós-venda nacional

A Competição Melhor Mecatrónico

é uma iniciativa ímpar no panorama

do pós-venda automóvel nacional.

Pelo número de concorrentes,

visitantes e patrocinadores, sempre

a aumentar de edição para edição,

esta é uma competição que já se encontra

consolidada e reconhecida

no setor da reparação automóvel.

Com a sua realização e com a sensibilização

dos operadores, o mecatrónico

será uma profissão cada

vez mais valorizada. Para além dos

prémios que os finalistas receberam,

a sua valorização pessoal e o

seu reconhecimento público são

mais-valias imediatas para todos

os participantes. Ganhar a Competição

Melhor Mecatrónico é o título

individual de grande prestígio para

os mecânicos em Portugal, e por

isso todos participaram de corpo e

alma dando o melhor que podiam

e sabiam.

Apoio incondicional

dos patrocinadores

Uma iniciativa como esta não teria

viabilidade sem o empenho e a disponibilidade

dos patrocinadores,

que todos os anos a apoiam. Esta

edição contou com o patrocínio

de dez empresas, a saber: Autel by

LuzDeAirbag, Sparkes, Meyle, Valvoline,

Repxert, Bahco, AD, Yuasa,

Dayco e SKF. O facto desta Compe-

Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024

14 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


DURANTE TRÊS DIAS INTENSOS DE COMPETIÇÃO, OS CONCORRENTES

COMPETIRAM EM VÁRIOS PROVAS, QUE INCLUÍAM DIAGNÓSTICO

DE AVARIAS E RESPETIVA SOLUÇÃO, DESMONTAGEM E MONTAGEM

DE MOTORES E CAIXAS DE VELOCIDADE, ENTRE OUTROS

tição reunir tantos patrocinadores,

cujos responsáveis estiveram pessoalmente

envolvidos na iniciativa

é revelador da importância que

esta Competição também tem para

as marcas e empresas do setor. O

Melhor Mecatrónico é certamente

a Competição mais exigente realizada

no nosso país, e fazer parte

deste projeto significa participar

numa ideia comum que coloca o

Mecatrónico Automóvel no centro

das atenções. Para além do apoio

imprescindível dos patrocinadores,

esta edição da Competição Melhor

Mecatrónico contou com a parceria

do CEPRA e da expoMECÂNICA e

com o apoio da Sociedade Comercial

C. Santos e MCoutinho e MotorService.

António Caldeira, presidente do

CEPRA considera o Melhor Mecatrónico

“uma iniciativa muito feliz

e interessante para o setor automóvel.

Conseguimos, em parceria com

o JO, criar um evento que valoriza

a profissão de mecatrónico automóvel.

Esta edição foi um grande

sucesso, a começar pelo nível que

os concorrentes apresentaram. Um

sucesso que resulta de um trabalho

feito pela extraordinária equipa de

jurados na preparação deste evento.

O nosso grande objetivo enquanto

organizadores é estar tudo

em condições e que não existam

percalços”. A VII edição da Competição

Melhor Mecatrónico já está

agendada para as datas de 29 a 31

de maio de 2026, na expoMECÂ-

NICA. l

Organização Parceria Apoio Patrocinadores 2024

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 15


Entrevista

MIGUEL FONSECA

CEO DA ÁREA DE MOBILIDADE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DA SALVADOR CAETANO AUTO

A DESCARBONIZAÇÃO TERÁ

UM PREÇO E TERÁ DE SER JUSTA


COM UM LONGO PERCURSO LIGADO À LIDERANÇA DE VÁRIAS EMPRESAS DO SETOR AUTOMÓVEL,

MIGUEL FONSECA ESTÁ DESDE MAIO À FRENTE DA ÁREA DE MOBILIDADE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

DA SALVADOR CAETANO AUTO. RECENTEMENTE, PARTICIPOU NO FÓRUM DA DPAI/ACAP COMO ORADOR,

ONDE APRESENTOU UM PAINEL CUJO TEMA FOI “PERMANECER COMPETITIVO NUM AMBIENTE

DE MUDANÇA”, TENDO EXPLICADO QUAIS SÃO OS DESAFIOS QUE ACREDITA QUE SERÃO COLOCADOS

AO SETOR AUTOMÓVEL E QUAIS AS GRANDES SAÍDAS QUE ESTA INDÚSTRIA PODE ENCONTRAR PARA SE

REINVENTAR. ESTIVEMOS À CONVERSA COM O EXECUTIVO PARA CONHECER MELHOR A SUA PERSPETIVA

Licenciado em engenharia mecânica, Miguel

Fonseca iniciou a carreira em 1987, na Citroën

Portugal. Dois anos depois, passou

para a Ford Portugal, tendo transitado para a

Ford Europa em 1992 e, em 1995, para a Ford

Espanha. Em 1998, regressou a Portugal para integrar

a Fiat como Presidente e CEO. Entre 2012

e 2015, foi Presidente da Toyota Financial Services

para a região da Europa e África. Entre 2019

e 2020 foi responsável pela Toyota Latin America

& Caribbean, na área de Sales & Marketing,

Service and Business Administration. Depois de

várias décadas a viver no estrangeiro, regressou

a Portugal e em maio de 2024 assumiu o cargo

de CEO da área de Mobilidade e Transição Energética

da Salvador Caetano Auto. A experiência

que acumulou ao longo da carreira traz-lhe uma

perspetiva muito clara sobre a atual situação do

mercado automóvel, sendo capaz de, de forma

pragmática, apontar quais serão as principais

dificuldades que o setor encontrará nos próximos

tempos, assim como as oportunidades que

estarão em cima da mesa para quem as conseguir

aproveitar.

Mudanças no mercado automóvel

Para Miguel Fonseca, os fatores conjugam-se

para uma rápida disrupção do mercado automóvel.

O modelo tradicional de negócio, como o

conhecemos, está a mudar, devido a três principais

fatores: “A eletrificação, perseguindo as metas

de CO2 associadas com a descarbonização; a

regulamentação e incentivos a novas formas de

mobilidade, principalmente nas cidades, e a tecnologia,

em particular os avanços de Inteligência

Artificial, Digitalização, Conetividade e a da

Condução autónoma nos carros”. Ainda assim,

apesar desta velocidade que se vai imprimindo

à indústria, com metas firmes estabelecidas – a

partir de 2025 as emissões permitidas passam

a ser de 93 gramas por quilómetro e em 2030

serão 49 gramas – o executivo da Salvador Caetano

antevê que poderá não haver “viabilidade

económica” para as alcançar. A seu ver, “a introdução

de mais BEV (elétricos a bateria) mais

acessíveis vai acelerar a redução do CO 2 emitido

pelos veículos, o que corresponde às ambições da

regulamentação”. No entanto, Miguel Fonseca

alerta para o facto de a velocidade da transição

“não dar espaço à amortização de investimentos

antes realizados, nem à transição de muitos

fornecedores pertencentes ao supply chain”. Por

outro lado, depois da adoção de elétricos pelos

«early-adopters» (famílias com vários carros,

com poder económico muito acima da média e

possibilidade de carregar o carro em casa ou no

trabalho), “será muito mais desafiante a fase de

massificação, não pelo lado da oferta, mas sim da

procura”, pois “o mass market precisa de carros

mais baratos e necessitará utilizar infraestrutura

pública para carregar – e a preços acessíveis”. Isso

faz com que os construtores tenham que “gerir o

mix de produção limitando a produção de carros

a combustão – o que farão em último recurso já

que parará fábricas ou turnos de produção com

efeitos no emprego e estabilidade do eco sistema

industrial”.

A tecnologia vive uma aceleração nunca antes vista,

com um impacto notório no setor automóvel

e, consequentemente, nos serviços que lhes estão

associados. Segundo Miguel Fonseca, “a principal

evolução está a acontecer a nível da capacidade

de computação, comunicação e tecnologia autónoma

– com a IA presente em todas as frentes. O

setor de reparação irá sofrer com o crescimento

dos BEV (menor manutenção por km percorrido)

e das ajudas à condução mesmo antes dos autónomos

(menos acidentes, menores reparações

de chapa) – embora por razões que naturalmente

se celebram. Os impactos não são ainda muito

visíveis, mas a sua evolução é inevitável”, afirma.

Novos paradigmas

Na apresentação que fez no Fórum da DPAI/

ACAP, Miguel Fonseca mostrou um gráfico que

mostrava a Tesla como “a única marca que está

no futuro, pois tem uma arquitetura elétrica/

eletrónica centralizada, ao contrário das outras

marcas que tem uma arquitetura descentralizada”,

um comentário que o próprio subscreve, explicando

que a Tesla “teve a vantagem (para além

do mérito) de começar a desenvolver os seus carros

já bem dentro do seculo XXI, sem o legado

dos demais fabricantes. Para além disso tomou a

corajosa decisão de só fabricar carros elétricos, e

essa decisão permitiu-lhes abordar a conceção do

carro de forma inovadora em particular nos aspetos

de plataforma E/E e do conceito do chassis.

Digamos que o carro está desenhado à volta da

plataforma de SW, e isso é radicalmente diferente

dos construtores tradicionais”. Ao mesmo tempo,

os construtores chineses que tiveram uma abordagem

semelhante à da marca de Elon Musk, “estarão

atualmente em linha ou pouco atrás da Tesla.

Mas o seu ritmo de desenvolvimento é notável,

em particular daqueles que não têm o legado a

pesar, como os construtores tradicionais”, diz.

Eletrificação do parque

Sendo que os veículos elétricos em Portugal são

apenas 1,3% do parque automóvel, o nosso entrevistado

calcula que “tardaremos 15 anos a

substituir três milhões de carros”, ou seja, para

que o parque de veículos elétricos seja maior do

que o parque de veículos a combustão. O mesmo

acredita que “até 2028 deveremos continuar a

vender mais ICE que BEV, mas a partir daí cami-

ATÉ 2028 DEVEREMOS CONTINUAR A VENDER MAIS ICE QUE BEV,

MAS A PARTIR DAÍ CAMINHAREMOS PARA 90/100% DE BEV EM 2035.

OS MAIS DE 50% DE BEV NO PARQUE CIRCULANTE PORTUGUÊS DEVERÃO

SER ALcançados JÁ NA DÉcada DE 40

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 17


MIGUEL FONSECA

nharemos para 90/100% de BEV

em 2035, mas os mais de 50% de

BEV no parque circulante deverão

ser alcançados já na década de 40”.

Neste momento, o crescimento dos

veículos elétricos em Portugal segue

em contraciclo com o resto da

Europa, um fenómeno que Miguel

Fonseca sugere dever-se à “solução

Mobi-e de rede interoperável”, que

dá ao consumidor “vantagens claras

na escolha da energia que quer

consumir, e onde utilizar o serviço

de carga”. Além disso, salienta que

esta interoperabilidade “habilita soluções

de intercâmbio de dados, tão

importantes como o preço da energia,

o estado do carregador etc… o

que permite a gestão de planos de

viagem muito mais efetivos. A rede

Mobi-e precisa de evoluir, mas é um

trunfo fundamental para a mobilidade

elétrica em Portugal. As soluções

de agregação ou pagamento

com terminais de crédito são positivas,

mas não replicam as vantagens

para o consumidor oferecidas pela

Mobi-e”, defende.

Na sua opinião, os combustíveis

sintéticos ou biocombustíveis e o

hidrogénio serão “parte da equação”

para se atingir as metas de descarbonização,

“mas, nos próximos dez

anos, não serão uma alternativa

com volume suficiente para reduzir

significativamente o peso dos BEV

no esforço de descarbonização”. Isto

porque “os combustíveis sintéticos

serão caros, os biocombustíveis

têm um teto até competirem com a

alimentação, com custos também

elevados, e o hidrogénio apresenta

desafios de custo e distribuição.

Sobretudo se na produção destes

combustíveis se aplicar – como se

necessita – energia renovável”. Miguel

Fonseca entende que a aplicação

do hidrogénio “será positiva

em particular no transporte pesado

por estrada, e isso irá desenvolver a

infraestrutura e tornar o seu custo

E O PÓS-venda?

competitivo”. Contudo, “ainda demorará

algum tempo até impactar

o mercado de passageiros em

volume significativo” e foca-se na

importância de que a produção de

energia elétrica para os BEV seja de

fontes renováveis: “Neste momento,

menos de 25% da energia elétrica

na Europa provém de fontes renováveis

ou menos de 50% se incluirmos

a Nuclear como energia limpa.

O roadmap de produção de energia

renovável não está a acompanhar as

metas estabelecidas pela UE, nem o

próprio roadmap de instalação de

infraestutrura de carregamento”,

alerta, explicando que “aquilo que

os fabricantes têm dito, e corretamente,

a meu ver, é que não se deve

forçar um lado a um esforço e velocidade

que pode ser terminal, sem

que o todo evolua em harmonia –

para que o esforço faça sentido até

do ponto de vista ambiental”.

Uma nova mobilidade

A contribuir para esta nova forma

de olhar para a mobilidade, está

a forma como as novas gerações

percecionam as soluções e serviços

digitais e Miguel Fonseca nota que

“os serviços de mobilidade com uso

erante o facto de um carro elétrico consumir 85% menos peças e serviços do que um carro

P com motor a combustão, Miguel Fonseca observa que “as novas formas de mobilidade e uso

vão implicar muito maior quilometragem dos carros”, o que terá “impacto no timing da substituição

dos mesmos e do seu fim de vida, com impacto no mercado de usados por um lado, e ativando

necessidades de economia circular por outro”. Também a tecnologia ADAS contribuirá para a redução

de acidentes, o que representa um decréscimo de 30% na área da pintura e Miguel Fonseca

reconhece que “é uma área desafiante, sobretudo quando o parque equipado com ADAS for

significativo (na década de 30). Haverá que pensar na prestação de serviços de reacondicionamento

de carros e economia circulante (3R de baterias e logística associada)”.

É, por isso, impreterível a questão sobre a viabilidade e segurança de prolongar a vida dos veículos

até aos vinte anos ou mais, seguindo a linha de pensamento da FIGIEFA, que defende a manutenção

e reparação dos carros (ICE) durante o máximo de tempo possível. “Seria irresponsável retirar do

parque carros em plena capacidade, embora haja que pesar os aspetos ambientais relacionados

com a sua permanência. Penso que deveriam ser realizados estudos científicos sobre esta questão,

validados por entidades independentes – para que as melhores decisões sejam tomadas.

Não devemos de qualquer forma ter políticas de exclusão de parte da sociedade em relação à

mobilidade. A descarbonização terá um preço, e terá que ser justa”.

Para o futuro, “o ecossistema de mobilidade vai requerer velocidade na manutenção e reparação. E

custo competitivo (eficiência e eficácia) num entorno onde a tecnologia vai exigir níveis de formação

e conhecimento (skills) elevados. Quem consiga fazer essa transição e a escala para conseguir custos

competitivos irá impor-se”. Para tal, será preciso “preparar skills, infraestrutura e preparar serviços

que sejam relevantes e competitivos nesta nova era – o que implicará a necessidade de ter certa

escala a menos que esses serviços sejam únicos e diferenciados”, conclui.

dos veículos em soluções integradas

de MaaS serão muito mais populares

à medida que estas gerações vão

ocupando o espaço de consumo”. Os

carros autónomos já são uma realidade

e o executivo pensa que estarão

em massa “entre 7 e 12 anos na

China, Estados Unidos, Japão e Europa,

dependendo de a regulamentação

autorizar o seu uso. Nalguns

países e cidades mais cedo, noutros

mais tarde. Mas chegará – e a sua

adoção deveria ser encorajada na

minha perspetiva, considerando as

vantagens para os cidadãos”.

O parque dos carros de frota está a

crescer e isso poderá trazer novas

oportunidades de negócio para as

oficinas, nomeadamente se estiverem

“integrados em soluções de

MaaS, e no futuro autónomos”, pois

o nosso interlocutor ressalta que

estes “terão quilometragens muito

mais altas, requerendo atenção

imediata para que os carros estejam

«always-on». Quem for capaz

de prestar esses serviços de forma

competitiva sairá ganhador”, comenta.

A transição da realidade dos carros

que são propriedade para os carros

que são serviços terá também implicações

para o setor. Miguel Fonseca

opina que “as possibilidades de

digitalização das interfaces entre

carros, infraestrutura, utilizadores e

gestores de frotas e serviços vão acelerar

o desenvolvimento de soluções

mais flexíveis de Leasing, Renting

ou Aluguer – para além de soluções

de MaaS e eventualmente SAMS

(Shared Autonomous Mobility System).

Os carros autónomos serão a

peça final na transição plena para o

uso”, declara.

Por outro lado, a Inteligência Artificial

generativa será, segundo o

CEO, “o grande disruptor do mercado

quando chegar à fase de maturidade

– já não muito longínqua.

Possibilitará soluções de transporte

acessível, e reorganizará os espaços

das cidades em paralelo com uma

diminuição do congestionamento

e melhoria da qualidade de vida.

É importante que os reguladores

abram a porta para esta tecnologia

que terá um impacto extremamente

positivo para a sociedade – embora

implique uma transição rápida para

OEM e sistemas de distribuição”. l

18 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


Podcast

DAR VOZ AO AFTERMARKET

CONFRONTO DE GERAÇÕES!

PARA FECHARMOS O ANO EM GRANDE E NUMA ALTURA EM QUE ESTAMOS NO MÊS DA FAMÍLIA,

O PODCAST DO “DAR VOZ AO AFTERMARKET” BY JORNAL DAS OFICINAS NÃO PODIA SER MAIS

APROPRIADO E FOMOS FALAR COM PAIS E FILHOS QUE EM CONJUNTO SÃO A ALMA DO NEGÓCIO

OFICINAL. “CONFRONTO DE GERAÇÕES” É ESTE O TEMA DO ÚLTIMO PODCAST DE 2024

Quem nunca ouviu do popular ditado

“Amigos, Amigos, Negócios à Parte”?

Pois é, se para muitos trabalhar dentro

da mesma empresa pode ser um verdadeiro

quebra cabeças, para outros, é uma mais valia

compartilhar conquistas e desafios dentro do

próprio negócio. É o caso de Daniel Silva, da

Auto Repair & Go que agarrou o sonho de trabalhar

com o seu pai Carlos Silva. Apaixonado

por mecânica desde pequenino, foi na pandemia

que decidiu largar o seu antigo trabalho e dedicar-se

ao negócio de família: “Sempre foi uma

intenção minha seguir esta atividade, fiz sempre

questão em acompanhar a oficina do meu pai,

quase todos os dias à noite vinha para aqui, ia

a formações, tentava ajudar e integrar-me no

negócio, no entanto, tive sempre algum receio

de largar o meu antigo trabalho”. Há cerca de 4

anos, Daniel garante que tomou uma das melhores

decisões da sua vida: “Esta atividade não

é monótona, não há dias iguais, todos os dias

aparecem avarias diferentes, é um desafio diário

que me leva a gostar cada vez mais desta área”.

A relação com o seu pai? “Tem sido um desafio

mas um orgulho trabalhar com ele. Apesar

de sermos de gerações diferentes, muitas vezes

temos opiniões divergentes, como é normal, no

entanto, existe entre nós uma mistura explosiva

boa que é tentarmos aproveitar um bocadinho

dos dois, ou seja, a experiência do lado do meu

pai, e o acesso às novas tecnologias do meu lado”,

explicou Daniel Silva. Carlos Silva, não podia estar

mais orgulhoso do caminho que a Auto Repair

& Go tem vindo a realizar ao comando do

seu filho “Todos os pais quando têm um projeto

pensam um dia deixá-lo aos seus filhos, quando

criei esta oficina já pensava nesse dia, nunca tive

receio no confronto de gerações porque eu gosto

de me manter atualizado. O Daniel tem feito um

trabalho de excelência, tem outra formação que

eu não tive e desde que ele entrou, isto passou a

funcionar ainda melhor”, conclui.

Mas não é caso único. Pedro e Ricardo Varanda,

da Veicomer, são também eles pai e filho e

garantem que são os melhores “colegas de vida”,

dentro e fora da oficina. Mas nem sempre foi assim!

Há 33 anos nascia a Veicomer, uma oficina

de Retificação e Reparação de Motores, fundada

por Pedro Varanda, que numa primeira fase

demonstrou algumas “reticências” de trabalhar

em família. Ricardo, o filho, garantiu ao JO que

“não foi fácil convencê-lo, mas hoje, passados 22

anos, somos uma dupla imbatível”. Questionado

sobre qual o segredo de tamanho sucesso, respondeu

sem hesitar “o meu pai sempre teve um

tamanho empreendedorismo, e isso fez com que

eu me apaixonasse por este negócio. Ver uma empresa

com sucesso, pensar que posso fazer aquilo

que gosto, estar ao lado do meu pai e contribuir

para este sucesso, é o sonho de qualquer pessoa”.

Pedro Varanda não consegue esconder o orgulho

que sente neste filho “se não fosse o meu filho eu

já não estava aqui, eu já tenho 70 anos, se não

fosse ele já tinha resolvido a minha vida de outra

maneira. O Ricardo respira isto, vive isto, a vinda

dele para aqui fez com que a oficina crescesse

300%”.

Como dica, para este e para outros negócios familiares,

pai e filho garantem que “o respeito e o

bom senso são fundamentais para que as coisas

resultem. Tem que haver um meio termo para

aquilo que é minha vontade e para aquilo que é a

vontade do meu pai”, explicou Ricardo Varanda.

Curioso para aceder às conversas completas? Não

perca tempo e aceda aos episódios completos disponíveis

no Spotify e na secção Podcasts em www.

jornaldasoficinas.com. Em janeiro lançaremos

um novo tema, não perca! l

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 19


Entrevista

AURÉLIE JOUVE

DIRETORA DA EQUIP AUTO PARIS 2025

SALÃO SERÁ UMA MONTRA DA

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA, ECONOMIA

CIRCULAR E DIGITALIZAÇÃO

NO 50.º ANIVERSÁRIO DA EQUIP AUTO PARIS 2025, O EVENTO TERÁ COMO PRIORIDADE

A SUSTENTABILIDADE, COM A AMBICIOSA META DE REDUZIR EM ATÉ 30% O SEU IMPACTO AMBIENTAL.

EM CONVERSA COM O JO, AURÉLIE JOUVE, DIRETORA DO SALÃO, REVELOU AS INICIATIVAS QUE

IRÃO MARCAR ESTA EDIÇÃO HISTÓRICA

A

EQUIP AUTO Paris 2025 irá celebrar o

seu cinquentenário com um compromisso

renovado em promover a sustentabilidade

no setor automóvel. Com o objetivo de

reduzir em 30% o impacto ambiental, o evento,

que decorrerá de 14 a 18 de outubro no Paris Expo

Porte de Versailles, ocupará mais de 100.000 m2

e contará com a participação de 1.400 expositores.

São esperados cerca de 100.000 profissionais

do setor, transformando o salão numa verdadeira

montra da transição energética, da economia circular

e da digitalização. Aurélie Jouve, diretora

da feira, partilhou com o Jornal das Oficinas as

iniciativas que a EQUIP AUTO tem planeadas,

incluindo ações concretas para reduzir o consumo

de energia e as emissões, refletindo sobre os

desafios e oportunidades do setor.

A EQUIP AUTO 2025 irá celebrar o seu 50.º

aniversário no Paris Expo Porte de Versailles.

Porque escolheram a sustentabilidade como

tema principal do programa?

Atualmente, existem quatro grandes tendências

que estão a transformar o setor automóvel e a

impactar toda a sua cadeia de valor. Estas serão

as temáticas centrais das discussões e dos eventos

durante a EQUIP AUTO Paris 2025. A primeira

é a transição energética, focada na eletrificação

dos veículos, no hidrogénio e nas tecnologias de

baterias, visando a redução das emissões de carbono.

A segunda tendência é a transformação

digital, que inclui a integração de sistemas de

assistência à condução (ADAS) e tecnologias de

infoentretenimento, que melhoram a segurança e

a experiência do utilizador. A terceira diz respeito

à economia circular e de baixo carbono, onde

os intervenientes do setor se comprometem com

práticas mais sustentáveis, como a reciclagem de

materiais e a otimização dos recursos. Por últi-

mo, a quarta tendência centra-se nos negócios

adjacentes, como o desenvolvimento de infraestruturas

de carregamento para veículos elétricos

e atividades relacionadas com veículos ligeiros e

comerciais, além de expandir para setores como

veículos de duas e três rodas motorizados e veículos

sem carta.

Porque considera importante enfatizar as

questões ambientais, sociais e de governança

(ESG)? Acredita que estas irão definir o futuro

do pós-venda automóvel?

Estamos convencidos de que o futuro da indústria

automóvel passa por uma integração profunda

dos desafios ambientais, sociais e de governança.

Vivemos um momento decisivo no setor da mobilidade,

em que os desafios ambientais e sociais

não apenas definem o futuro do nosso setor, mas

também a forma como nós, enquanto atores deste

ecossistema, devemos posicionar-nos e agir.

Na EQUIP AUTO, estamos plenamente alinhados

com esta dinâmica. Por isso, decidimos comprometer-nos

de forma firme com o caminho da

Responsabilidade Social das Empresas (RSE).

Que iniciativas serão tomadas para reduzir o impacto

ambiental do evento e promover práticas

responsáveis entre os visitantes e expositores?

A adoção da CSRD (Corporate Sustainability Reporting

Directive), em português, a Diretiva para

a Comunicação de Informação sobre a Sustentabilidade

das Empresas, foi um primeiro passo

fundamental neste processo, permitindo à EQUIP

AUTO cumprir com as normas europeias mais

exigentes em termos de relatórios de sustentabilidade.

Para 2025, queremos reduzir o nosso impacto

ambiental em 30%. Uma ambição forte, mas

necessária. Serão implementadas inúmeras iniciativas

para reduzir o impacto ambiental do evento e

promover práticas responsáveis ​entre expositores

e visitantes. Estas iniciativas incluem destacar as

empresas participantes no evento que se distinguem

pelo seu desempenho ESG (ambiental, social

e de governança); a promoção de stands com

design ecológico e o fornecimento de recursos para

ajudar os expositores a adotar práticas responsáveis;

a implementação de medidas concretas para

reduzir o consumo de energia, o desperdício e as

emissões de gases com efeito de estufa.

De que forma irão promover o networking entre

visitantes e expositores?

O salão posiciona-se como um espaço privilegiado

de informação e partilha para o setor automóvel,

reunindo os profissionais num ambiente acolhedor.

Para enriquecer a experiência dos participantes,

organizamos “aldeias” temáticas e conferências

que abordam temas atuais, permitindo que os

profissionais se conectem em torno de interesses

comuns. Além disso, promovemos eventos e competições,

como o Grande Prémio Internacional de

Inovação Automóvel, proporcionando oportunidades

de interação entre os participantes.

De que forma a feira se adaptou às mudanças

do setor, em particular à digitalização?

O salão já conta, há vários anos, com a participação

do setor dedicado às soluções digitais, como

informática, gestão de oficinas e gestão da relação

com o cliente. Para a edição de 2025, será lançado,

além do Village Startups, um novo espaço

denominado de “LA TECH ACADEMY”. Esta

área dinâmica será dedicada à inovação tecnológica

na mobilidade, contando também com uma

área de demonstrações exteriores. O local irá promover

demonstrações imersivas, enriquecendo a

experiência do visitante e oferecendo conteúdos

visuais envolventes. Embora seja voltado para o

20 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


“A EQUIP AUTO PARIS

2025 SERÁ UM MOTOR DE

TRANSFORMAÇÃO RUMO

À SUSTENTABILIDADE,

DESTACANDO SOLUÇÕES

INOVADORAS,

MELHORES PRÁTICAS

E PROMOVENDO O

DIÁLOGO ENTRE TODOS

OS STAKEHOLDERS DA

INDÚSTRIA AUTOMÓVEL”,

REFERE AURÉLIE JOUVE,

DIRETORA DO SALÃO

EQUIP AUTO PARIS 2025


AURÉLIE JOUVE

QUADRO I

Compromisso EQUIP AUTO com a RSE - Responsabilidade Social das Empresas

Transporte

Resíduos

Logística

Reutilização

DESMONTAGEM

EQUIP AUTO

DESIGN

Comunicações

Vendas

Viagens

B2B, este espaço irá receber diversos

players tecnológicos e possíveis

demonstrações de fabricantes. Os

expositores terão a possibilidade de

alugar locais ao ar livre ou combinar

um stand interno com uma presença

na área de exposição.

Transporte

Energia

Restauração

Comunicações

EXPOSIÇÃO

VISITANTES

VISITO R S

PAVILHÕES

PAVILIONS

EXPOSITORES

EXHIBITORS

PRODUÇÃO

Compra

Aluguer equipamentos

Energia

Quantos visitantes são esperados

e quais os setores representados?

Esperamos 100.000 profissionais

franceses e internacionais para esta

edição de aniversário. Todos os setores

estarão presentes, incluindo:

Redes de distribuição (equipamentos

de oficina, peças e serviços);

Reparação e manutenção: ADAS,

diagnóstico, ferramentas, equipamentos

de oficina; Equipamentos

para veículos: peças de substituição,

OE e componentes eletrónicos;

Redes de reparação (fabricantes

e multimarca) e controlo técnico;

Veículos usados, peças reutilizadas,

remanufacturação e reciclagem; Soluções

digitais: informática, gestão

de oficinas, gestão de relação com o

cliente (CRM); Serviços para os profissionais:

formação, recrutamento,

financiamento, e-commerce, seguros

e imprensa; Carroçaria, pintura,

vidros, lavagem e lubrificantes. Os

pneus são também parte integrante

da nossa oferta. Será novamente

apresentado o espaço “Village du

pneu et de l’innovation” (Vila do

Pneu e da Inovação), em parceria

com a Associação dos pneus. Será

feita uma exposição única mostrando

os últimos desenvolvimentos

tecnológicos e revelando uma antevisão

de alguns produtos do futuro,

cujos fabricantes estarão presentes.

MONTAGEM

Logística

Energia

Transporte

Resíduos

Qual o principal objetivo da edição

de 2025 da EQUIP AUTO?

Recentemente, apresentámos a nova

identidade do salão, representada

pela razão de ser que acompanhará

esta edição de cinquentenário: “Todos

unidos em torno de uma mesma

paixão”. Esta promessa simboliza

o vínculo que une a EQUIP AUTO

aos seus visitantes, expositores e

parceiros, apelando à união de

toda a cadeia de valor automóvel,

desde a produção até ao cliente

final, em torno de valores comuns

e de uma dinâmica coletiva. Esta

evolução estratégica, que reflete a

capacidade do evento de se adaptar

aos desafios do setor, não só reforçou

a sua posição de referência na

indústria, como também captou a

atenção das mais altas instâncias

do Estado. Estamos orgulhosos

de anunciar que o Presidente da

República Francesa, Emmanuel

Macron, demonstrou o seu apoio,

concedendo o alto patrocínio presidencial

à EQUIP AUTO Paris

2025. l

O EVENTO OCUPARÁ MAIS DE 100.000 M 2 , DISTRIBUÍDOS POR CINCO

PAVILHÕES NO PARIS EXPO PORTE DE VERSAILLES, UM AUMENTO

DE 20.000 M2 EM RELAÇÃO À ÚLTIMA EDIÇÃO. ESTIMA-SE A PARTICIPAÇÃO

DE APROXIMADAMENTE 1.400 EXPOSITORES

22 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com



O EMPENHO E

PROFISSIONALISMO

DA EQUIPA DE PEÇAS

É RECONHECIDO

24 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


Entrevista

PAULO OLIVEIRA, RESPONSÁVEL PÓS-VENDA DA UNIVEX

E PAULO MOTA, RESPONSÁVEL DEPARTAMENTO PEÇAS DA UNIVEX

A UNIVEX, UMA EMPRESA DO GRUPO ASTARA, COMERCIALIZA PEÇAS DE ORIGEM DAS NOVE MARCAS

QUE DISTRIBUI E AS OFICINAS INDEPENDENTES REPRESENTAM A MAIOR FATIA DAS VENDAS AO BALCÃO,

CERCA DE 90%. ISSO OBRIGA A UMA ATENÇÃO ESPECIAL RELATIVAMENTE ÀS NECESSIDADES DOS SEUS

CLIENTES, CONFORME NOS REVELAM PAULO OLIVEIRA, RESPONSÁVEL DO PÓS-VENDA E PAULO MOTA,

RESPONSÁVEL DO ≠DEPARTAMENTO DE PEÇAS

Está previsto virem a comercializar também

marcas aftermarket?

Estamos muito vocacionados para as peças de

origem das marcas que representamos, as peças

aftermarket neste momento só fazem sentido

para viaturas muito antigas onde já não é

possível fornecer peças de origem ou o valor da

viatura já não o justifica. Existe muita oferta no

mercado, para estar presente neste segmento

exige escala, é algo que neste momento não se

apresenta como prioritário.

DESDE 2016 QUE O NEGÓCIO TEM TIDO, ANO APÓS ANO,

UM CRESCIMENTO SUSTENTADO. O ANO 2024 NÃO FOI EXCEÇÃO, A UNIVEX

VOLTOU A CRESCER E PREVÊ PARA 2025 NOVO CRESCIMENTO

A

UNIVEX, uma empresa dentro

do universo do Grupo Astara,

nasce nos anos 60 resultado

da vontade de alguns amigos,

todos já com experiência no

setor automóvel. Fundaram a

empresa com as representações das marcas Fiat,

Styer e Fuso, comércio e reparação de camiões.

A origem do nome UNIVEX resulta da abreviatura

do slogan “Unidos Venceremos! Rapidamente

passou a ser considerada como uma das

maiores empresas no seu ramo a nível nacional,

e na década de 80 passa a representar a Mitsubishi

Auto como sua distribuidora oficial para

Portugal. Em 1989, a UNIVEX passa o testemunho

da representação da Mitsubishi e Fuso

à M.M.P. (Mitsubishi Motors Portugal), passando

mais tarde a ficar com a responsabilidade de

Concessionário Oficial da Mitsubishi e Fuso em

Lisboa e anos depois também em Cascais. Em

2015, tanto a M.M.P. como a Univex são adquiridas

pelo Grupo Astara, contando com vasta

experiência a nível internacional na importação

e distribuição de várias marcas automóveis, em

Portugal, Espanha e vários países da América

Latina. 2021 é ano em que a Univex alarga

fortemente o seu portfólio, com a introdução da

comercialização da Aiways, Maxus, Piaggio Comercial

e Isuzu. Em 2024 a Univex reforçou o

seu portfólio com a entrada de uma nova marca,

a KGM.

Como funciona o vosso departamento de peças

e qual a sua importância para o negócio da

empresa?

O nosso departamento de peças funciona tanto

numa vertente interna como externa, comercializamos

as peças de todas as marcas que representamos,

nos dois polos onde estamos, Lisboa

(Chelas) e Cascais (Alcabideche), monitorizamos

e calculamos as existências e encomendas em

função do consumo, sempre acautelando antecipadamente

as solicitações do cliente interno e

externo. Desta forma, com esta gestão evita-se

rutura ou excesso de stock. Oferecemos aconselhamento

técnico e soluções personalizadas.

O departamento de peças contribui fortemente

para a nossa organização e respetivos resultados.

Como é constituído o vosso portfólio de marcas

originais e quantas referências de peças

têm em stock?

Neste momento temos um portfólio de oito marcas

do mercado automóvel, Mitsubishi, Fuso,

Kia, Suzuki, Isuzu, KGM, Maxus e Piaggio Comerciais,

para esta marcas temos cerca de 2.000

referências. Também comercializamos as peças

Galloper, marca que representámos no passado.

Para além das peças de origem também

comercializam lubrificantes da Galp. Porque

escolheram esta marca?

Trata-se de um grande fabricante nacional com

produtos de excelência que garantem a qualidade

do produto. Para além disso as marcas que

representamos também reconhecem este fabricante

como o mais recomendável.

Qual a importância das oficinas independentes

para o vosso negócio de comercialização de

peças?

Todos os clientes para nós são importantes, sejam

eles particulares ou oficinas independentes,

qualquer um deles tem grande importância no

nosso negócio. No entanto as oficinas independentes

representam a maior fatia das nossas

vendas ao balcão, cerca de 90%. Isso obriga-nos

a uma atenção especial relativamente às necessidades

dos nossos clientes para que possam contar

sempre connosco como parceiros de confiança.

Também exportamos peças para reparadores

de países de língua Portuguesa.

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 25


PAULO OLIVEIRA

e PAULO MOTA

O DEPARTAMENTO DE PEÇAS TEM UM ATENDIMENTO

PERSONALIZADO COM UMA GRANDE CAPACIDADE DE RESPOSTA

PARA CLIENTES INTERNOS E EXTERNOS. O EMPENHO E

PROFISSIONALISMO DA EQUIPA DE PEÇAS É RECONHECIDO

Consideram que o canal das

oficinas independentes ainda tem

potencial de crescimento?

É difícil de avaliar, tendo em conta

que as oficinas independentes assistem

maioritariamente viaturas

que já estão fora de garantia associado

ao facto do crescimento do

parque automóvel estar a ser feito

pela via de viaturas eletrificadas,

consideramos que vai depender

muito da capacidade técnica que

os independentes irão ter com este

tipo de viaturas. Para já apenas

conseguem fazer operações simples,

peças de desgaste, travões,

pneus. As oficinas independentes

não possuem o conhecimento do

produto, provocando custos desnecessários

para o cliente, tendo

como exemplo a colocação de material

não necessário. Por vezes,

somos solicitados, pelos independentes,

para solucionar avarias que

não conseguem resolver.

O aumento de marcas e gamas de

produto exige mais espaço. Como

estão a conseguir gerir o armazenamento

das peças?

Estamos a crescer e a representar

mais marcas, a última foi a KGM, o

que obriga fazer alterações do nosso

armazém principal. Temos de

ser mais criteriosos na utilização

do espaço, reduzir os espaços mortos

e aumentar a nossa capacidade

de stock com o alargamento da plataforma

de armazenamento aérea,

mais pisos no mesmo espaço.

Como funciona a vossa logística

de entrega de peças nas oficinas?

Não temos logística própria de entrega

de peças, temos acordos com

empresas de transporte, especializadas

e reconhecidas, que nos dão

a confiança e a certeza de fazer chegar

as peças aos nossos clientes em

24h em qualquer parte do país e

nas ilhas num curto espaço de tempo.

Conseguimos assim a confiança

dos nossos clientes.

Têm tido problemas com as devoluções?

Como estão a gerir esta

situação?

Felizmente temos poucas devoluções,

isto demonstra a responsabilidade

e o profissionalismo da

equipa de caixeiros de peças da

nossa empresa, sempre que exista

dúvida falam sempre com o cliente

antes de efetuar a encomenda. As

poucas devoluções que aparecem

tentamos sempre resolver da melhor

forma possível para que nem

o cliente nem a UNIVEX fique

prejudicada, nas devoluções nunca

existe um “não”, existe sempre uma

alternativa.

Como tem evoluído a vossa plataforma

B2B? Quais as principais

funcionalidades?

A partir da nossa plataforma os

clientes podem consultar as peças

que necessitam, contudo obriga a

uma familiarização não só com a

plataforma como com o produto.

Ainda que dêmos formação, e porque

somos muito procurados para

peças cativas, muitas vezes o cliente

sente-se inseguro na identificação

das peças, acabando por fazê-

-lo junto dos nossos colaboradores.

Estamos a conseguir prestar esse

serviço e assim sendo também preferimos

não incentivar a utilização

da mesma, sobretudo com quem

tem mais dificuldades.

Como é constituído o vosso Call

Center? Quantos pedidos processam

por dia?

No nosso departamento de peças

temos um atendimento personalizado

com uma grande capacidade

de resposta para o nosso cliente

(interno e externo). Processamos

diariamente em Lisboa acima dos

80 pedidos e em Cascais 35, chegam-nos

por mail, telefone, whatsapp

e até presencial. O empenho

e profissionalismo da equipa de

peças é reconhecido.

Os veículos elétricos requerem

menos manutenção do que os

veículos a combustão. Como a

UNIVEX está a preparar-se para

esta realidade?

De facto, os veículos eletrificados

exigem menos manutenção, têm

menos peças associadas ao tipo de

propulsão, contudo parece-nos que

esta mudança ao nível da utilização

dos veículos irá ser muito lenta, vai

sempre permitir-nos ajustar recursos

e práticas de forma progressiva.

Por outro lado, representamos

marcas de veículos comerciais

onde a eletrificação é mais lenta

(Fuso e Isuzu). Por exemplo, neste

momento não sentimos qualquer

tipo de alteração nos padrões de

consumo de peças. Estamos bem

preparados, temos uma equipa devidamente

equipada, preparada e

multidisciplinar para todo o tipo

de intervenção, mesmos nos elétricos,

quer seja através de substitui-

26 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


ção de peça ou por reparação.

Como decorreu o ano 2024 a nível

de vendas e quais as expetativas

para 2025?

Desde 2016, com o crescimento da

representação de mais marcas, que

o negócio tem tido, ano após ano,

um crescimento sustentado. O ano

2024 não foi exceção, voltámos a

crescer e prevemos para 2025 novo

crescimento, temos todas as condições

para adicionarmos ao nosso

volume de negócios mais 10%.

Quais são os principais desafios

que têm em termos de organização?

A UNIVEX como empresa do

Grupo Astara, beneficia de sinergias

internas do Grupo e potencia,

dessa forma, também o desenvolvimento

dos seus negócios, seja ao

nível das vendas como da pós-venda.

Recentemente, introduzimos

a nova marca KGM e existe igualmente

uma forte ofensiva de produto

de muitas das marcas que comercializamos,

como sejam a KIA,

a Mitsubishi e mesmo a Maxus. É,

portanto, expectável que a médio

prazo, para além das marcas que já

operamos possamos vir a acrescentar

outras ao nosso portefólio. Nesse

contexto, o nível de exigência e

resposta na assistência às viaturas

e clientes será superior e estamos

cientes do esforço e atenção que estamos

a implementar para manter

e elevar os padrões de atendimento

no geral, sempre com vista à satisfação

das necessidades de quem

nos procura.

Que novos projetos podemos

esperar da UNIVEX para 2025?

Uma das prioridades centra-se

na reformulação e ampliação das

nossas instalações em Cascais

(Alcabideche), temos um projeto

ambicioso para aquele polo, dotando-a

de uma estrutura, tanto

ao nível das instalações como das

competências, muitíssimo mais

adequada ao mercado e às exigências

dos clientes. l

A UNIVEX TEM ACORDOS COM

EMPRESAS DE TRANSPORTE,

ESPECIALIZADAS E RECONHECIDAS,

QUE FAZEM CHEGAR AS PEÇAS

AOS SEUS CLIENTES EM 24H EM

QUALQUER PARTE DO PAÍS, E NAS

ILHAS NUM CURTO ESPAÇO DE TEMPO

VIATURAS ANTIGAS NUNCA FORAM

NEM IRÃO SER O NOSSO NEGÓCIO

PRINCIPAL

representação de marcas obriga a

A

UNIVEX a focar-se nas viaturas mais

recentes “viaturas antigas nunca foram nem

pensamos que irão ser o nosso negócio principal.

Hoje o parque está a envelhecer, mas

acreditamos também que medidas de curto

prazo possam inverter essa tendência”

Que análise fazem do mercado

pós-venda automóvel?

As viaturas terão sempre de fazer manutenção,

mesmo com a eletrificação. O que

prevemos é que com a mudança no parque

automóvel ficando mais eletrificado e

exigindo menos manutenção irá cada vez

mais tornar-se menos evidente o recurso a

oficinas independentes. De qualquer forma

serão alterações progressivas, darão tempo

de adaptação às empresas.

Os preços das peças vão continua

a aumentar?

Os preços das peças são construídos pelas

marcas, de facto têm tido aumentos, mas

ainda assim com bastante sacrifício de margem

de comercialização de forma a causar o

menor impacto possível nos clientes. A regularização

dos constrangimentos logísticos irá

fazer com que os aumentos futuros sejam

mais comedidos.

Considera que os clientes vão

privilegiar as marcas aftermarket

em detrimento das originais, como

alternativa à escalada de preços?

Os clientes querem manter a qualidade da

sua viatura sobretudo nos primeiros anos

(entre 5 a 7 anos), quase sempre ainda em

período de garantia e onde obviamente têm

custos reduzidos, todos praticamente associados

ao desgaste de utilização. Em grande

parte as peças aftermarket são competitivas

em matéria de preço após o período de garantia,

isso hoje já é assim, não nos parece

que no futuro possa existir uma grande alteração

no comportamento do mercado.

Que mudanças ocorrerão no

modelo de negócio das oficinas

com a digitalização, a eletrificação

e as novas formas de mobilidade?

A evolução já está em curso, estamos permanentemente

a adaptarmo-nos. Este ano

o Grupo Astara iniciou em Portugal um novo

negócio, a subscrição, através da empresa

Astara Move, sendo a UNIVEX o seu front

office, fazemos parceria com esta nova empresa

sempre a pensar em soluções mais

adaptadas aos nossos clientes. Iremos com

toda a certeza ter mais negócio associado à

mobilidade, a subscrição é neste momento

um deles, iniciámos em 2024 e queremos

evoluir sustentadamente em 2025.

Quando é que vamos realmente

começar a ver essa mudança

no modelo de negócio?

O Universo Astara onde a UNIVEX se insere

está em constante evolução, acompanhando

as tendências do mercado, pretendendo ser

uma referência a nível nacional e na Península

Ibérica. A mudança já se iniciou, é progressiva

e talvez por isso leve algum tempo até haver

uma consciencialização mais abrangente.

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 27


Entrevista

JAVIER FERNÁNDEZ

DIRETOR DE VENDAS DA MEWA PORTUGAL & ESPANHA

VEJO UM GRANDE

POTENCIAL EM PORTUGAL!

COM MAIS DE 1.500 CLIENTES ATIVOS EM PORTUGAL, A MEWA É UMA MARCA

AMPLAMENTE RECONHECIDA PELAS OFICINAS, QUE CADA VEZ MAIS VALORIZAM

O SEU SISTEMA DE SERVIÇO INTEGRADO. A EMPRESA FORNECE PANOS

DE LIMPEZA, RECOLHE-OS APÓS O USO, REALIZA A LAVAGEM E DEVOLVE-OS

EM PERFEITAS CONDIÇÕES. EM ENTREVISTA AO JO, JAVIER FERNÁNDEZ FAZ

UM BALANÇO DO TRABALHO REALIZADO E DOS OBJETIVOS PARA O FUTURO

Ao optar pelo sistema reutilizável da Mewa, as oficinas

evitam custos constantes com panos descartáveis

e a gestão de resíduos perigosos. Com estas

vantagens, o sistema não apenas melhora a eficiência operacional

nas oficinas, mas também reforça a sua imagem

como uma empresa sustentável e amiga do ambiente.

Desde quando é responsável pelo negócio da Mewa

em Portugal?

Foi em 2012 que recebi o desafio de desenvolver o negócio

da Mewa no mercado português. No início, tivemos de trabalhar

muito para convencer as pessoas de que os nossos

panos de limpeza são de facto extremamente absorventes,

lavados com muito rigor e, acima de tudo, que o sistema

reutilizável com serviço completo é uma mais-valia decisiva

para as oficinas. O nosso sistema permite que se dediquem

totalmente aos seus clientes e serviços, já que, simplesmente,

estão sempre disponíveis panos de limpeza frescos. Hoje,

o nosso sistema de panos de limpeza é amplamente reconhecido

entre as empresas portuguesas. Temos mais de 1

500 clientes em Portugal, atualmente servidos a partir da

nossa delegação em Tui, Galiza, que faz parte das 51 localizações

em 14 países europeus.

Como é constituía a Mewa Portugal?

Temos uma equipa de vendas muito proativa em Portugal e,

em termos logísticos, servimos o mercado a partir da Galiza.

Apoio a minha equipa no terreno em reuniões com os clientes-chave

e em eventos importantes, como a recente “Gala

Top 100” do vosso jornal, na Figueira da Foz, ou o “Automotive

Summit”, em Águeda.

Como se processa o negócio?

Vendemos direta e presencialmente nas instalações dos

clientes, onde podem experimentar os nossos panos de

limpeza e mantas absorventes de recolha de óleo. A minha

equipa está disponível com tempo e total dedicação para encontrar

a solução ideal para cada oficina.

Hoje, a Mewa disponibiliza quatro qualidades de panos para

diferentes áreas de aplicação. O que é que os quatro panos

têm em comum e como se complementam?

As quatro qualidades de panos de limpeza estão disponíveis

com serviço completo. Os panos foram especialmente

desenvolvidos consoante a sua área de aplicação, são fabricados

pela Mewa na Alemanha, reutilizáveis e, portanto,

amigos do ambiente. Complementam-se entre si, já que

cada um oferece a solução ideal para uma de quatro áreas de

aplicação: desde trabalhos de limpeza robustos até à remoção

de sujidade, óleos e massas lubrificantes em superfícies

extremamente sensíveis.

E relativamente à vossa manta reutilizável, qual a sua capacidade

de absorção e principais aplicações?

A nossa manta Multitex, em formato de toalha de 58 cm x

88 cm, pode absorver até 3 litros de líquido. No entanto,

mantém-se praticamente seco à superfície, uma vez que um

não tecido especial absorve o líquido, num instante, para o

núcleo. Na oficina, é adequada para absorver vazamentos de

óleo de motor e da caixa de velocidades, solventes ou lubrificantes.

Utilizada como medida preventiva, a manta Multitex

evita o uso de aglutinantes de óleo e granulados.

O transporte de material usado é assegurado pelos contentores

SaCon. Como são constituídos estes contentores

relativamente ao seu material de fabrico?

O material de limpeza contaminado - quer seja descartável

ou reutilizável, de papel, não tecido ou têxtil - representa

um risco de incêndio se não for armazenado num recipiente

hermético. Isso acontece porque certos contaminantes

no material de limpeza podem reagir com o oxigénio do ar

e incendiar-se, alguns solventes, por exemplo. É aqui que

os nossos contentores de segurança entram em cena. Estes

podem ser fechados de forma hermética o que impede o

28 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


FOI EM 2012 QUE

JAVIER FERNÁNDEZ

RECEBEU O DESAFIO

DE DESENVOLVER O

NEGÓCIO DA MEWA NO

MERCADO PORTUGUÊS.

DOZE ANOS DEPOIS, O

SISTEMA DE PANOS DE

LIMPEZA REUTILIZÁVEIS

DA MEWA É AMPLAMANTE

RECONHECIDO PELAS

OFICINAS PORTUGUESAS


JAVIER FERNÁNDEZ

O GRUPO MEWA AUMENTOU O SEU VOLUME DE NEGÓCIOS ANUAL DE 2022

PARA 2023 EM 8 POR CENTO, PARA 896 MILHÕES DE EUROS. O OBJETIVO

PARA 2025 É CONTINUAR A CRESCER FORTEMENTE EM PORTUGAL

início de incêndios. Além disso, são

fabricados em polietileno duro e

resistente. O SaCon cumpre, assim,

os requisitos da legislação relativa a

mercadorias perigosas. O SaCon foi

desenvolvido pela Mewa, é produzido

por nós na Alemanha e é parte

integrante do sistema de panos de

limpeza. A sua função é manter

tudo organizado e garantir o armazenamento

e o transporte seguros

dos panos usados.

A Mewa é pioneira na economia

circular. Como funciona o conceito?

O conceito é bem simples: Entregamos

os panos lavados diretamente

na oficina dos nossos clientes e levamos

os usados para lavagem. Claro

que entregamos apenas os panos

impecáveis, temos um sistema de

controlo de várias fases. Cada pano

pode ser lavado até 50 vezes. Desta

forma, ajudamos os nossos clientes,

todos os dias, a evitar o desperdício.

Para além disso, o pano Mewa é extremamente

absorvente e pode, por

isso, ser reutilizado muitas vezes.

Isto é muito sustentável.

E o que tem feito a Mewa para

atingir a neutralidade carbónica das

suas operações a nível da produção

e logística de entregas?

Estamos a trabalhar, de forma contínua,

para aumentar a nossa eficiência

energética e reduzir as emissões.

Como? Apostamos em tecnologias

que poupam recursos e em processos

de produção cada vez mais eficientes.

Naturalmente, a lavagem e

a secagem dos têxteis são os passos

que consomem mais energia. Nos

últimos 10 anos, conseguimos reduzir

as nossas emissões de CO 2 em

cerca de 25 %, graças à utilização

de tecnologia de ponta nas nossas

fábricas, à implementação de medidas

de poupança de energia e à otimização

contínua da nossa logística

de distribuição. Todas as localizações

da Mewa utilizam eletricidade

verde ou sem emissões. Além disso,

desde 2022, estamos a equipar gradualmente

todas as instalações com

sistemas fotovoltaicos e utilizamos,

sempre que possível em termos logísticos,

veículos com tecnologias

de condução alternativas, como o

hidrogénio e a e-mobilidade, para

chegar aos nossos clientes.

De que forma os panos Mewa

podem contribuir para aumentar a

rentabilidade da oficina?

A oficina passa toda a logística à

Mewa. Os panos não têm de ser adquiridos

nem eliminados. Também

não é preciso planear ou pedir orçamentos.

Com o serviço completo da

Mewa, os panos estão simplesmente

sempre à mão. Os mecânicos podem

focar-se totalmente no seu trabalho

e utilizar os nossos panos para remover

óleos, massas e tintas, sem interrupções

irritantes que acontecem

quando têm de procurar um trapo

adequado ou de ir a um rolo de papel

e, ainda, de retirar restinhos de papel

das ferramentas ou máquinas depois

da limpeza.

Quais as principais vantagens

da utilização dos panos Mewa

para a oficina?

A oficina recebe excelentes materiais

de limpeza e um serviço completo,

contribui diariamente para a

proteção do ambiente e pode orçamentar

muito bem o nosso serviço.

Desta forma, consegue aumentar

a sua qualidade, produtividade e

competitividade.

Durante o processo de lavagem dos

panos Mewa, quanta quantidade

de óleo e massas lubrificantes

conseguem reutilizar?

Para lhe dar uma ideia: A Mewa

lava cerca de 1,2 mil milhões de

panos por ano. Cobrimos até 80 %

da necessidade energética das nossas

linhas de lavagem e secagem

através da reutilização térmica dos

contaminantes filtrados na lavagem.

Este aproveitamento térmico

do óleo reciclado poupa energia

primária.

E quantos panos de limpeza Mewa

são produzidos anualmente?

A nossa produção normal ronda os

115 milhões de panos de limpeza

por ano.

Quais as principais funcionalidades

do portal online “myMewa”?

Através do nosso portal “myMewa”,

os clientes estão em contacto 24/7

com a Mewa. Podem verificar e

alterar as entregas dos panos, descarregar

faturas, colocar questões,

fazer pedidos e muito mais.

Considera que ainda há espaço

no mercado para crescer?

Claro que sim, um mercado tem

sempre oportunidade de crescimento.

Vejo realmente um grande

potencial em Portugal. Sobretudo

nos últimos dois anos, temos notado

uma maior abertura por parte

das oficinas. Acredito que isso resulte

do maior conhecimento do

nosso sistema de panos de limpeza

e do aumento da consciência ambiental

em geral.

Como foi o desempenho

da Mewa em Portugal em 2024

e quais os objetivos para 2025

a nível de faturação, novos serviços

e projetos?

O que posso dizer é que Portugal

está a acompanhar a tendência,

talvez até um pouco acima, quanto

ao desenvolvimento do nosso

Grupo. O Grupo Mewa aumentou

o seu volume de negócios anual de

2022 para 2023 em 8 por cento,

para 896 milhões de euros. O nosso

objetivo para 2025 é continuar a

crescer fortemente em Portugal. l

30 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


Cada bateria

afirma ser a

melhor do

mercado.

As nossas

baterias

provam

isso

isso

quando

necessário.

.

quando

necessário.

C riando o futuro – o caminho da Exide:

Criando futuro - o caminho da Exide

C – Exide:

Inovação Confiabilidade

Inovação Confiabilidade Sustentabilidade Alta Performance

In

Su s tentabilidade

Sust

Alta Performance

exidegroup.com

exidegroup.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

TRUSTAUTO E STELLANTIS &YOU

FORMALIZAM ACORDO

Foi numa reunião no decorrer da expoMECÂNICA, que a

Trustauto e Stellantis &You formalizam o acordo de cooperação

comercial que já tinha sido anunciado no início de

2024. Ao longo de mais de um ano, ambas as empresas trabalharam

em conjunto para desenvolver este novo projeto que junta

dois mercados distintos – o mercado das peças de origem (IAM)

e as peças independentes (pós-venda). Assim, a partir de agora,

todos os dezanove membros do grupo de retalho da TRUSTAU-

TO vão passar a poder distribuir peças originais, peças aftermarket,

peças Eurorepar e peça verdes (B-Parts e Susteinera) da

Stelllantis&You para as oficinas independentes e da rede Eurorepar

Car Service. Os retalhistas da Trustauto passarão desta forma

a ser considerados Distrigo Market, o que fará com que passem

a ter uma nova imagem com as cores e os padrões da Stellantis.

Com esta parceria, a Stellantis &You também consegue garantir

uma maior proximidade com as oficinas locais, algo que anteriormente

estava mais centralizado em Lisboa, Porto e Algarve.

VENCE PRÉMIO “MELHOR INVESTIDOR”

UFI Filters | O prémio foi atribuído à UFI Filters como reconhecimento pelos seus investimentos significativos

na China, que culminaram na inauguração da UFI GREEN, a primeira unidade industrial do Grupo dedicada

a tecnologias de mobilidade sustentável. Localizada em Jiaxing, província de Zhejiang, a fábrica cobre

uma área de 42.000 m2 e foi projetada para minimizar emissões e consumo de energia. Graças à inst alação

de 15.000 m² de painéis fotovoltaicos, a UFI GREEN posiciona-se como um modelo de eficiência energética e

inovação tecnológica. Nesta unidade industrial, a empresa desenvolve sistemas de gestão térmica e soluções

avançadas de filtração para veículos elétricos, a hidrogénio e a células de combustível. “Esta fábrica não é

apenas um investimento estratégico, mas também uma declaração do nosso compromisso com um futuro

mais sustentável», afirmou Stefano Gava, CEO da UFI Filters, ao aceitar o prémio.

MAIS INTERNACIONAL DO QUE NUNCA

MOTORTEC | A MOTORTEC, organizada pela IFEMA MADRID, irá realizar a sua 17ª edição de 23

a 26 de abril de 2025, dando um salto qualitativo no seu posicionamento internacional. Segundo as

mais recentes estimativas da organização, o certame atingirá um número recorde de participantes

internacionais. Até o momento, e faltando quatro meses, 190 empresas estrangeiras de 25 países

confirmaram a sua presença, um aumento de 104% em comparação com a edição anterior de 2022.

Este nível de participação significa que, em termos de exposição, serão ocupados 5.300 m 2 : um aumento

de 92%. No total, prevêem-se 600 empresas expositoras e 41.000 m 2 de área útil: aumentos

de 36% e 32%, respetivamente. Estes números são o reflexo dos acordos realizados com algumas

das principais empresas internacionais do sector automóvel, associações do aftermarket e fabricantes.

A imprensa especializada também desempenha um papel importante no setor pós-venda,

razão pela qual a MOTORTEC realizou acordos com 42 meios de comunicação - 20 deles estrangeiros

– de nove países, que darão cobertura completa da MOTORTEC 2025.

rodape_PBS 2024.pdf 3 19/12/2024 16:33

PUB

32 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com

PBS - Portugal Bateria Serviço, Lda - 211 927 482 - geral@portugalbateriaservico.pt


Dica

PUB

Toda a informação sobre a

mudança de óleo com LIQUI MOLY

está disponível aqui:

www.liqui-moly.to/mudança-de-óleo

SUBSTITUIÇÃO DE BATERIAS

EM VEÍCULOS MODERNOS

MOTOR OIL

MADE IN GERMANY

Quando é necessário substituir uma bateria num veículo moderno, surgem algumas questões essenciais

para garantir que a nova bateria funciona corretamente com o sistema eletrónico do carro. A escolha

da bateria correta e a sua correta instalação tornam-se fundamentais para preservar o desempenho

das funcionalidades de conforto e segurança

Facilite a Substituição com o VARTA Partner Portal

Através do Buscador de Baterias da VARTA, os profissionais podem, com uma simples inserção do

código da matrícula, número de TecDoc ou modelo, identificar de forma rápida e precisa a bateria

certa para cada veículo. Isto assegura a compatibilidade com as exigências do fabricante e evita

problemas posteriores que podem surgir da instalação de uma tecnologia incorreta. Além disso,

o VARTA Partner Portal oferece guias de instalação passo a passo. Uma vez instalada a bateria,

é essencial realizar a codificação da mesma – um passo crucial para que o sistema de gestão de

energia funcione adequadamente com a nova bateria.

A Importância da Codificação ao Substituir uma Bateria

Nos veículos modernos, a bateria vai além de simplesmente arrancar o motor: ela é a base de um

sistema de gestão de energia complexo, que alimenta funções essenciais como ar condicionado,

bancos aquecidos, sistemas de entretenimento e de assistência ao condutor. Para garantir o correto

funcionamento destas funções, os carros são equipados com o Battery Management System (BMS)

e o sensor eletrónico de bateria (EBS), que monitorizam o desempenho da bateria ao longo do

tempo e ajustam a gestão de energia conforme o desgaste. Quando uma bateria nova é instalada,

o sistema precisa de ser reprogramado para “aprender” as características da nova bateria, já que

uma bateria usada comporta-se de maneira diferente, em termos de capacidade e aceitação de

carga. Se a recodificação não for feita corretamente, funções como o sistema Start-Stop, que economiza

combustível, e o desempenho de componentes de conforto podem ser comprometidos,

resultando em maior consumo de combustível e falhas no funcionamento de sistemas essenciais.

Hoje em dia, muitas marcas de automóveis não requerem uma recodificação ativa, pois o sistema

reconhece automaticamente a nova bateria. No entanto, outros fabricantes de automóveis necessitam

de uma ferramenta específica para realizar esta operação. Portanto, é fundamental não só

escolher o modelo de bateria ideal para cada veículo, como também garantir que a mesma seja

codificada corretamente. O VARTA Partner Portal, na secção Battery World, oferece conteúdo informativo

para apoiar as oficinas neste processo, ajudando os profissionais a entenderem quando e como realizar

a codificação da bateria.

Publireportagem

Precisa de

uma mudança

de óleo?

Vamos a isso!

Um desejo, uma marca: encontrar o óleo de motor certo

não requer magia. Com a marca de lubrificantes mais

popular da Alemanha, os parceiros da LIQUI MOLY

oferecem a melhor qualidade fabricada na Alemanha e

sabem exatamente o que o seu veículo precisa.

Mude agora!

Ausgabe 15/2024

Issue 15/2024

Ausgabe Issue 8/2024 8/2024

Issue Ausgabe 4/2024 4/2024

Issue Ausgabe 4/2024 4/2024

Issue 9/2024


Entrevista

PRECISÁVAMOS

DE CRIAR UM ESPAÇO

EXTRAORDINÁRIO


MATHIAS BLEICHER

CEO DA LIQUI MOLY IBERIA

A LIQUI MOLY INAUGUROU RECENTEMENTE O LIQUI MOLY EXPERIENCE CENTRE,

NA SUA SEDE SITUADA NO CACÉM, E O RESPONSÁVEL MÁXIMO A NÍVEL IBÉRICO,

MATHIAS BLEICHER, NÃO PODERIA ESTAR MAIS SATISFEITO COM O ESPAÇO QUE

SERVIRÁ PARA MOSTRAR TUDO O QUE A MARCA TEM PARA OFERECER. TRATA-

SE DE UMA EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS, ZONAS DE DEMONSTRAÇÃO E SALA DE

FORMAÇÃO, QUE ESTARÁ ABERTO PARA TODOS OS DISTRIBUIDORES UTILIZAREM EM

ENCONTROS COM OS SEUS CLIENTES, OFICINAS E OUTROS EVENTOS

A

ideia, segundo Mathias Bleicher, CEO da Liqui Moly

Iberia, foi criar um espaço para ter uma exposição

“duradora e constante” para apresentar tudo o que a

Liqui Moly tem para oferecer, nos mais diversos segmentos.

“E como sou uma pessoa que não gosta de comprar por catálogo,

quero ver as coisas, senti-las e experimentá-las, disse

que precisávamos de criar um espaço que fosse extraordinário.

Ou não criava nada ou tinha de ser algo fora de série,

que vendesse sozinho e este espaço demonstra toda amplitude

da marca que é brutal”, considera.

O Experience Centre fica localizado na sede da marca em

Portugal, no Cacém, e conta com uma área de 850 m2, onde

além da exposição de produtos, tem zonas de demonstração

e sala de formação. Permite a realização de eventos próprios,

“como os Liqui Moly Days que fazemos nos distribuidores e

que queremos continuar, mas estamos sempre limitados ao

que está disponível no lugar. E aqui podemos trazer as pessoas,

que podem entrar e navegar no mundo da Liqui Moly”,

explica, acrescentando que há um espaço para cada nicho de

mercado onde a marca está presente.

Até ao momento, o sucesso do Experience Centre é tal que

este será colocado à disposição da Liqui Moly a nível mundial

e, de acordo com o CEO, “toda a gente quer vir a Portugal.

Acho que vai haver muita procura a nível internacional

até que tenhamos replicado este modelo em outros países. É

algo inovador, que ninguém tem, porque estive à procura e,

francamente, não encontrei nenhum lugar assim”, diz. Há já

um calendário de eventos e já tem marcações, garante.

Novos CEO globais

Com a saída, em 2022, do CEO Ernst Prost, que esteve mais

de 30 anos na Liqui Moly, entraram três novos nomes para

assegurar a liderança da empresa, sendo um deles Günter

Hiermaier, “que tem a cargo tudo o que é IT e logística. Era

responsável de vendas na Alemanha e na Áustria e agora vai

focar-se no novo centro em que vamos investir 53 milhões

de euros, localizado em Ulm, que deverá estar pronto em

dois anos e que nos vai dar a imagem que corresponde a

uma empresa líder internacional”, declara Bleicher.

Depois surge também como CEO Uli Weller, que esteve

com o nosso entrevistado enquanto diretor-geral da Liqui

Moly Iberia, e que está responsável pelas finanças, e ainda

Salvatore Coniglio, “que foi meu colega há muitos anos no

departamento de exportação, depois passou a ser o diretor

de exportação da Alemanha e, em setembro, foi nomeado

como terceiro CEO com o foco de marketing e vendas. Foi

ele que fundou a Liqui Moly na África do Sul, também teve

várias subsidiárias a seu cargo, como a Liqui Moly Iberia, e

entende bem as nossas necessidades. Mas, diria que na generalidade

não mudou nada de significativo, continuamos

no mesmo caminho”, salienta.

Adaptação ao mercado

Enquanto especialista na produção e distribuição mundial

de produtos químicos para o setor automóvel, a empresa

orgulha-se de ter a “vantagem da inovação e de podermos

oferecer ao mercado os produtos que são necessários a cada

momento, seja para um motor a combustão, híbrido ou elétrico”,

diz-nos Cláudio Delicado, diretor de comunicação

da Liqui Moly Iberia, referindo-se à importância ter um

departamento técnico e um laboratório sempre a par das

necessidades do mercado. O mesmo explica que já existe a

gama “E-Mobility e somos uma das primeiras marcas a ter

um óleo de caixa, por exemplo para os Tesla, que já vendemos

aqui em Portugal. Temos também anticongelantes e

produtos para arrefecimento das baterias, bem como um

líquido de travões já definido para elétricos e híbridos e é

uma gama que no futuro vai continuar a crescer à medida

que o mercado também for mostrando essa procura e essa

necessidade”. Também a gama de car care foi completamente

renovada, “houve uma reformulação dos produtos em si e

a imagem é totalmente nova. Todos estes produtos passam a

ter o idioma português na embalagem, o que facilita muito

quando estamos a falar de venda ao consumidor final que,

no fundo, é quem procura mais estes produtos”, refere Cláudio

Delicado.

Ferramentas para os clientes

A atenção ao cliente é primordial na empresa e prova disso

é o Guia de Óleos, que surge como a ferramenta mais utilizada

no site da Liqui Moly, “pela facilidade que os profissionais

têm de poder fazer uma pesquisa por matrícula e

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 35


MATHIAS BLEICHER

A GRANDE NOVIDADE PARA 2025 É O NOVO LIQUI MOLY

EXPERIENCE CENTRE, LOCALIZADO NA SEDE DA MARCA EM PORTUGAL,

NO CACÉM. CONTA COM UMA ÁREA DE 850 M 2 , ONDE ALÉM DA EXPOSIÇÃO

DE PRODUTOS, TEM ZONAS DE DEMONSTRAÇÃO E SALA DE FormaçÃO

identificar o óleo”, explica o diretor

de comunicação. “A vantagem é que

não diz apenas qual o óleo correto

para cada veículo, mas também a

quantidade que leva, o intervalo de

mudanças que o fabricante preconiza

e o guia de lubrificação, ou seja,

óleo de caixa, óleo diferencial, líquido

de travões, anticongelante, óleo

para o ar condicionado… e o cliente,

seja uma oficina ou uma casa de

peças, pode imprimir ou partilhar

pelo WhatsApp com o cliente, e é

uma ferramenta que está sempre

atualizada”, esclarece.

Continuam a apostar no Car Performance

Plan, onde tem tido “muito

bons resultados nas oficinas, para

elas conseguirem rentabilizar os veículos

que já têm”, diz Cláudio Delicado.

Além disso, a marca prima pelo

apoio às oficinas, com soluções personalizadas,

através “do nosso partner

network da grande distribuição

aqui em Portugal. Nós, diretamente,

damos apoio aos nossos distribuidores,

mas não vendemos às oficinas.

Este foi o conceito que implementámos

há 16 anos e que vamos manter,

sempre com o foco no Automotive

Aftermarket, que representa 95% do

nosso negócio”, complementa Mathias

Bleicher.

Novidades na calha

No salão Automechanika, a Liqui

Moly apresentou uma versão atualizada

do sistema de limpeza de admissão,

o JetClean Tronic III, “uma

máquina que tem potencial enorme,

porque o investimento é relativamente

baixo, para a rentabilidade

que se pode tirar numa oficina”, considera

Cláudio Delicado, que diz que

ajudam “os clientes a perceber como

é que podem transformar uma máquina,

ou um aditivo, num serviço

que prestam ao cliente”. No Experience

Centre vai ser possível ver a

máquina e testá-la, operando-a: “Eu

dificilmente compraria por catálogo,

porque não é um investimento menor,

quero ver a qualidade e como

funciona e aqui os clientes vão poder

fazer cursos certificados de formação

com os nossos técnicos”, indica o

CEO da empresa.

Outra novidade que também já está

disponível é a «Bag in Box», que

permite uma redução de 90% do

plástico na própria embalagem, que

é feita de cartão resistente e que tem

no interior uma bolsa para conter o

óleo. As embalagens continuam a ser

de 20 litros para caber nos armários

da marca. Já as embalagens de 1 e de

5 litros continuarão, para já, a ser de

plástico, ainda que, segundo Cláudio

Delicado, estas “já tenham um nível

muito alto de taxa de reciclagem e

material reciclado, estando sempre

a ser pesquisado uma forma mais

amiga do ambiente”.

Ameaças atuais

A consolidação e a concentração a

que se assiste no mercado não preocupa

Mathias Bleicher, que acaba

por trabalhar com quase todos os

grupos de compras internacionais

(ITGs - International Trading

Groups). Com cada vez mais empresas

a fazer parte destes grupos, isso

nem sempre significa mais negócio

para a Liqui Moly, pois “em muitos

casos são clientes que já temos há

muitos anos”, explica, destacando

que o mais importante é “a nossa

capacidade para nos adaptarmos a

uma situação nova”.

As vendas online continuam a ter

um volume baixo, na casa dos 3 a

5%, mas podem ser “golpes baixos”

por parte de concorrentes, como a

AutoDoc, que já alcança um volume

de negócios de 35 M€ em Portugal

e que “envia de Berlim e da Polónia

para o mercado português por metade

do preço, isto sim é uma ameaça,

pois a importação e a exportação

deveriam ser iguais para todas as

marcas. Na Liqui Moly temos isso

debaixo de controlo no nosso packaging,

que permite rastrear os fluxos

de materiais e caso exista alguém

que estrategicamente reexporta material,

tratamos de cortar o fornecimento,

para não matar o trabalho

de outros”, relata o responsável, “até

para evitar que chegue material que

não esteja destinado a esse país, para

prevenir uma aplicação errada”.

Investir nos patrocínios

A Liqui Moly vai “cada vez mais focar-se

nos patrocínios”, continuando

com a presença nos eventos desportivos

como a F1, o MotoGP, ou o

MXGP, passando de apoiar “muitos,

muito pequenos, para concentrar-

-nos em eventos maiores, como o

Estoril Classics e vários outros locais,

tanto aqui como em Espanha.

A ideia é mostrar forte presença”, diz

Mathias Bleicher, com Cláudio Delicado

a sublinhar que têm “aproveitado

muito bem a parceria com a federação

de motonáutica, onde temos

uma presença muito forte e também

temos clientes”. Mathias Bleicher

releva o “crescimento brutal desde

que começámos na Península Ibérica.

Este ano vamos crescer 25% e,

assim como nos últimos nove anos,

multiplicamos quase 20 vezes as

nossas vendas. E ainda temos muito

caminho para crescer nos próximos

anos”, afiança, acreditando que um

dos nichos a apostar será nas oficinas

dos concessionários, onde “temos

tudo o que eles precisam para trabalhar,

uma solução one-stop-shop”.

A Liqui Moly Iberia entra em 2025

com 34 pessoas e “a ideia é finalizar

o ano com não menos de 42 pessoas.

Daqui a 5 anos calculo que vamos

ter 70 ou 80 pessoas para cobrir as

áreas todas”, diz Mathias Bleicher,

que menciona a importância de ter

na gestão da empresa Cláudio Delicado,

na comunicação, Rita Fonseca

na administração e ainda Sadhna

Monteiro Bleicher nas vendas e

marketing, pois “sem esse apoio seria

impossível continuar a crescer”,

conclui. l

36 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

ADQUIRE FRANCECAR

NAPS PARTS & Solutions | A NAPS Parts & Solutions,

membro da Create, anunciou a aquisição da Francecar, empresa

do mesmo grupo e referência no setor de peças auto no distrito de

Viseu. Esta aquisição estratégica, que será efetiva a partir de 1 de

janeiro de 2025, marca um importante passo no crescimento da

NAPS no mercado português. A Francecar, reconhecida pela sua

forte presença no distrito de Viseu, construiu ao longo dos anos uma

sólida base de clientes e destaca-se pela excelência da sua equipa de

colaboradores. A empresa é também um dos parceiros fundadores da

Create Business, demonstrando o seu compromisso histórico com a

inovação e desenvolvimento do setor ao longo dos últimos 20 anos.

“Esta aquisição representa um marco significativo na estratégia de

crescimento da NAPS Parts & Solutions. A integração da Francecar

permitirá expandir as nossas operações e reforçar a nossa presença no

mercado, beneficiando tanto os nossos clientes como colaboradores”,

afirmaram Carlos Nascimento e José Azevedo, administradores da

NAPS.

3M E AXALTA

LANÇAM CONTEÚDOS DE

FORMAÇÃO PARA REPINTURA

A

3M

e a Axalta acabam de anunciar uma colaboração estratégica que visa a apresentação

de uma nova série de conteúdos formativos centrados na repintura automóvel .

A mais recente parceria entre a 3M e a Axalta resultou no lançamento de uma série

de conteúdos voltados para a formação em repintura automóvel. O programa inclui cinco

módulos, projetados para ajudar de forma significativa os técnicos e as oficinas a melhorar a

sua compreensão das práticas do processo de reparação e obter melhores resultados operacionais.

O conteúdo dos vídeos educativos, acessíveis e sem distinção de marca, produzidos

pela 3M e a Axalta, estabelece um novo ponto de referência para a partilha de conhecimentos

operacionais no setor. É de mencionar que os três primeiros módulos, dedicados à otimização

do processo de produtividade, eficiência e qualidade da repintura, foram lançados

globalmente a 2 de dezembro de 2024. Sendo que, já se encontram disponíveis através das

plataformas 3M Collision Repair Academy e Axalta Academy, bem como, nas respetivas

redes sociais. Em 2025 serão disponibilizados módulos de formação adicionais centrados

na segurança e sustentabilidade.

PUB

Anuncio-Eurocell-jornal-das-oficinas_220x145mm_final.pdf 1 17/04/2024 15:24

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 37


Entrevista


NUNO GUERRA

DIRETOR GERAL POLIBATERIAS

VAMOS ASSISTIR A UM PERÍODO

DE EXPANSÃO DA FIAMM!

NO ANO EM QUE A FIAMM CELEBRA O 80º ANIVERSÁRIO, A POLIBATERIAS, IMPORTADOR EXCLUSIVO

DA MARCA, RECEBEU NO SEU STAND DA EXPOMECÂNICA, OS RESPONSÁVEIS MÁXIMOS

DO FABRICANTE DE BATERIAS, QUE REAFIRMARAM O COMPROMISSO DE REFORÇAR ESTA

PARCERIA RUMO A UM CRESCIMENTO DA FIAMM NO MERCADO PORTUGUÊS

A

Fiamm foi adquirida em 2017 pela Hitachi

Chemical, um grupo cotado na Bolsa

de Tóquio e parte do Grupo Hitachi,

diretamente à família Dolcetta, os antigos proprietários

do Fiamm. Anos mais tarde, outro

grupo multinacional japonês cotado na Bolsa de

Tóquio, Showa Denko Group, líder na produção

de materiais químicos e industriais, adquiriu

a Hitachi Chemical como um todo, e com ela

o controlo da empresa italiana. Apesar destas

mudanças, a Fiamm manteve o seu nome, o que

significa que a empresa pôde continuar a apresentar-se

em Itália e nos mercados globais, onde

a marca é amplamente reconhecida, ao mesmo

tempo que se expande para novos mercados

com o apoio da multinacional japonesa. Com a

entrada de capital e know how técnico para desenvolver

novos produtos, a Fiamm está a criar

os meios necessários para aumentar a linha de

produção e conseguir fornecer mais baterias e

um melhor serviço. “Vamos assistir a um período

de expansão da Fiamm nos diversos mercados

onde está presente, graças aos investimentos

nas áreas da produção e no apoio aos mercados

de exportação, nomeadamente Portugal, onde

contamos com a Polibaterias para fortalecer a

imagem da marca e aumentar a sua quota de

mercado”, refere Fujio Owa, CEO Fiamm Energy

Technology. Este responsável, que lidera os

destinos da empresa desde 2018, diz que se sente

“muito orgulhoso de trabalhar para esta empresa,

que tem estado ativa e competitiva nes-

te mercado desde há muitos anos, fornecendo

produtos importantes tanto para uso automóvel

como industrial. Foi durante o período de encerramento

devido à Covid quando o governo nos

pediu para continuarmos a trabalhar nas nossas

fábricas que senti a importância do nosso trabalho

e dos nossos produtos, que eram considerados

serviços essenciais indispensáveis para o

funcionamento do país. Mais recentemente estamos

a ajudar a Ucrânia com o fornecimento de

baterias para ativar os sistemas de aquecimento

das habitações, nesta época do ano mais difícil

para a população, devido ao frio extremo”. Para

este responsável “Portugal é um mercado que

tem uma capacidade considerável de circulação

de baterias, apesar de não ser muito grande, e

a Fiamm está satisfeita com o trabalho da Polibaterias.

Temos feito os possíveis por ajudar

a empresa a difundir a marca a nível nacional,

através de salões, canais comerciais, eventos, e

junto dos nossos clientes”.

Rede de especialistas em bATERIAS

Andrea Milani, diretor vendas Aftermarket Europa

da Fiamm Energy Technology, anunciou

como novidade para 2025 o lançamento de

uma rede de especialistas em baterias Fiamm,

a exemplo do que já acontece noutros países

europeus. “A rede de especialistas em baterias

Fiamm foi desenvolvida para proporcionar às

oficinas independentes o que elas precisam para

conquistar e reter clientes. Com a Fiamm, a

oficina fica automaticamente associada a uma

das marcas mais fortes do mercado, ajudando a

criar uma proposta vencedora. A Fiamm acredita

que estas são razões diferenciadores, transmitindo

confiança aos clientes, que cada vez mais

procuram marcas bem estabelecidas e reconhecem

imediatamente a excelência do serviço que

se pratica no interior da oficina, resultando assim

numa lealdade difícil de substituir. Hoje em

dia, o cliente final está muito mais informado e

tende a favorecer o valor sobre o preço e nesse

aspeto as baterias Fiamm nunca comprometem.

A formação técnica e comercial disponibilizada

às oficinas aderentes centra-se na explicação do

papel da bateria na manutenção das viaturas,

nas especificidades de cada produto, identificação

e explicação das normas e recomendações,

melhores práticas no aconselhamento junto do

cliente e argumentários de venda, entre outras

temáticas”. Para aumentar a notoriedade da

marca, principalmente junto do público mais

jovem, a Fiamm vai continuar a patrocinar o

MotoGP, a exemplo do que fez em 2024 com o

importante apoio dos pilotos da Prima Pramac

Racing Team, em particular, Jorge Martín que

se sagrou Campeão do Mundo no Circuito de

Barcelona-Catalunha.

No caminho da liderança

Nuno Guerra, diretor geral da Polibaterias,

faz um balanço muito positivo da parceria que

mantém, com a Fiamm e como novidade desta-

A POLIBATERIAS PROCURA IMPLEMENTAR O DESENVOLVIMENTO

DE NOVAS SINERGIAS, TANTO A NÍVEL NACIONAL COMO INTERNACIONAL E

DAR A MELHOR RESPOSTA A TODAS AS SOLICITAÇÕES, ATRAVÉS

DE SOLUÇÕES TECNOLOGICAMENTE INOVADORAS E DE MÁXIMA QUALIDADE

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 39


NUNO GUERRA

GAMA ECOFORCE COM

NOVOS ARGUMENTOS

TÉCNICOS

Nuno Guerra, diretor geral da Polibaterias (ao centro), com Fujio Owa, CEO da Fiamm Energy

Technology (à direita na foto) e Andrea Milani, diretor vendas Aftermarket Europa da Fiamm Energy

Technology (à esquerda na foto)

ca o lançamento da gama de baterias Eurocell

com qualidade OEM. “Tratam-se de baterias

que a Fiamm vende diretamente aos fabricantes

de automóveis, como equipamento de origem,

mas que nós comercializamos para o aftermarket

com a nossa marca Eurocell. Esta é

sem dúvida uma enorme vantagem da parceria

que temos com a Fiamm e que permite vender

uma bateria com qualidade OE a um preço acessível”,

refere este responsável. A Polibaterias encontra-se

numa fase de expansão significativa

das suas instalações de armazenamento. Este

investimento visa responder de forma mais eficaz

ao desafio do stock regular de algumas referências,

principalmente nas épocas de maior

procura. “Com esta ampliação, garantimos uma

disponibilidade de stock para cerca de três meses”,

destaca Nuno Guerra. “Assim, mesmo que

surjam imprevistos na cadeia de fornecimento,

os nossos clientes não serão afetados por isso”,

assegura. A expansão do espaço também vai

permitir alcançar outras metas. Com um histórico

de fornecimento de baterias OEM para

grandes marcas como Peugeot, FIAT e Citroën,

a FIAMM apresenta agora um novo produto “de

extrema qualidade” e com um nível de capacidade

“bastante superior” comparativamente a

outros. “Para esta nova gama, precisávamos de

criar um espaço adicional no armazém. Foi um

projeto que a FIAMM iniciou connosco e que,

agora, vai estender-se a outros clientes internacionais.

Está a correr muito bem e a ter uma

excelente aceitação por parte dos nossos distribuidores”,

revelou. Mas as novidades não ficam

por aqui. A Polibaterias está a preparar um novo

catálogo dedicado à marca Eurocell, que será “o

maior portfólio de baterias no nosso mercado”,

sublinhou. A ampliação do portfólio vai incluir

baterias AGM e de lítio para os sistemas auxiliares

de veículos elétricos e híbridos.

“Este é um mercado em rápido crescimento no

nosso país, como mostram as vendas. Precisamos

de estar preparados, e é por isso que estamos a

investir nas baterias auxiliares, uma vez que as

baterias de alta tensão ainda são limitadas aos

fabricantes”, comentou. O catálogo também contará

com soluções para nichos específicos, como

autocaravanas, veículos de emergência e até militares,

para atender a qualquer solicitação que seja

necessária. Comprometida com práticas sustentáveis,

a empresa segue rigorosamente as normas

de reciclagem em colaboração com a entidade de

gestão de resíduos (EGMAIS). Como parte deste

processo, a empresa recolhe baterias usadas e

encaminha-as para a fábrica Exide Technologies

Recycling, em Portugal, ou para metalúrgicas em

Espanha. Com as melhorias na infraestrutura e

o fortalecimento do portfólio, a empresa prevê,

assim, um salto no volume de vendas nos próximos

anos, com o objetivo de se consolidar como

o segundo maior distribuidor de baterias do país.

“Felizmente temos sempre vindo a crescer todos

os anos fruto de um trabalho dedicado, com

muito esforço e momentos bons e menos bons.

O nascimento da empresa, o novo armazém e a

representação da Fiamm, foram marcos muito

importantes para a Polibaterias. Estamos todos

de parabéns“, afirmou Nuno Guerra. l

FRUTO DO SEU COMPROMISSO COM OS

PRINCIPAIS FABRICANTES AUTOMÓVEIS, A FIAMM

APRESENTA GAMAS ABRANGENTES QUE COBREM

A TOTALIDADE DO NOSSO PARQUE AUTOMÓVEL,

BEM COMO TECNOLOGIAS ESPECÍFICAS AGM E AFB

nova gama ecoFORCE, para além de uma nova

A

imagem, possui novos argumentos técnicos.

Atualmente, os requisitos de energia dos veículos modernos

exigem baterias capazes de manter o seu desempenho por

um longo tempo. Em particular, numa tentativa de reduzir as

emissões de CO 2 e cumprir as normas da UE, os fabricantes de

automóveis desenvolveram modelos equipados com

dispositivos como o Start & Stop, que requerem um uso

muito mais intenso da bateria. A nova gama de baterias

ecoFORCE fornece uma resposta a essa necessidade. Esta

gama representa uma evolução das baterias de chumbo

convencionais e é a melhor solução para carros equipados

com o sistema Start & Stop. Uma bateria caracterizada por

uma resistência aos ciclos de carga/ descarga duas vezes

maior que a de uma bateria convencional. Nas filas ou nos

semáforos, o sistema da bateria ecoFORCE alimenta todos os

componentes elétricos quando o motor está desligado e

garante um reinício sem problemas assim que a embraiagem

for pressionada.

FIAMM LANÇA

EASY RIDERPARA

MOTOCICLOS

ma das novidades apresentadas pela Polibaterias na

U

expoMECÂNICA, foi a nova linha de baterias Easy

Rider para motociclos, scooters e outras aplicações de lazer.

Fáceis de montar, resistentes às vibrações e sem manutenção,

as baterias Easy Rider são a solução ideal para scooters,

motociclos, quads, motos de neve e jet skis. Capazes de

responder às necessidades dos veículos mais modernos com

o mais elevado desempenho - mesmo os equipados com

sofisticada eletrónica de bordo - as baterias Easy Rider são

companheiras de viagem fiáveis e de elevado desempenho,

desde a mobilidade rodoviária até aos percursos mais

aventureiros.

40 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com



Entrevista

FERNANDO AMARAL

CEO ALIDATA

O FUTURO É HOJE E A ADAPTAÇÃO

TEM DE SER CONSTANTE!

42 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


ALIDATA, A MAIS ANTIGA SOFTWARE HOUSE VOCACIONADA PARA A GESTÃO

OFICINAL, COMEMOROU 40 ANOS E REGISTOU O SEU MELHOR ANO DE SEMPRE.

SÃO QUATRO DÉCADAS DEDICADAS AO DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES DE GESTÃO

PARA AS OFICINAS AUTOMÓVEIS. EM ENTREVISTA AO JO, FERNANDO AMARAL,

CEO DA ALIDATA, RECORDA O PERCURSO DA EMPRESA E REVELA A SUA VISÃO SOBRE

O FUTURO DO PÓS-VENDA EM PORTUGAL

A

Alidata, ao longo destes 40 anos, construiu um património

e reputação singulares no panorama tecnológico

nacional, particularmente em consultoria

e desenvolvimento de soluções tecnológicas para os setores

oficinal e aftermarket automóvel. Quando e empresa foi adquirida

e integrada no Sendys Group, Fernando Amaral reestruturou

as operações e potenciou ao máximo o know-how e

as soluções que a Alidata, já na altura, oferecia ao mercado.

O passo seguinte foi a internacionalização. Hoje, tem escritórios

em Angola, Moçambique e Cabo Verde, e soluções implementadas

em mais de cem países dos cinco continentes.

Depois da reorganização e internacionalização, passou ao desenvolvimento

de soluções inovadoras para o setor oficinal,

como a Receção Ativa, Portal da Oficina ou o recentemente

lançado WebOficinas.

Que balanço faz dos 40 anos da Alidata?

É um balanço muito positivo, que reflete a confiança dos nossos

clientes, a segurança das nossas soluções, o empenho dos

nossos colaboradores e a visão da nossa equipa de gestão. São

quatro décadas a antecipar tendências e necessidades dos nossos

milhares de clientes. Marco que muito nos orgulha, mas

ainda mais responsabilidade e motivação nos dá para continuar

a trilhar este caminho de sucesso. Acredito que as transformações

que operámos desde 2011, e que vão continuar, preparam

a empresa Alidata para outras quatro décadas.

Quantos colaboradores tem a empresa?

No Sendys Group, somos cerca de 150 pessoas. Falo deste

número, porque temos uma política de recursos humanos assente

na partilha de talento em função das exigências de cada

projeto. Como empresa leiriense de referência, é aqui que

fazemos questão de manter o centro das operações, sendo

que temos escritórios e Lisboa, Angola, Moçambique, Cabo

Verde e também na Sertã, onde criámos um polo dedicado à

investigação e desenvolvimento das soluções mais inovadoras

a implementar no software dos mais de 5 mil clientes Alidata.

Que produtos e serviços dispõem para o mercado oficinal?

Para além do ERP que permite gerir qualquer empresa e, portanto,

também uma rede de oficinas, a Alidata é amplamente

reconhecida pelo software de gestão oficinal e de aftermarket

automóvel. Assim, nesta vertical de mercado, disponibilizamos

o Gestão de Oficinas, solução integrada que permite

efetuar a gestão de todo o ambiente oficinal, nomeadamente

serviços, marcações, obras, orçamentos, tempos de empregados,

materiais, garantias, custos por obra, diversos históricos,

entre outras funcionalidades. Disponível para ambiente multi-

-oficinal, em diferentes secções e/ou oficinas, para uma melhor

perceção e cruzamento da informação. A Receção Ativa, que

reinventou o processo de receção de veículos na oficina, usando

a mais recente tecnologia em comunicações móveis, com

uma experiência diferenciadora e de qualidade ao cliente.

Focado no cliente final, temos o Portal da Oficina, onde 24

horas por dia, 7 dias por semana, o cliente pode aceder através

do seu computador, tablet ou smartphone, e efetuar a

marcação de um serviço, consultar intervenções, histórico,

alertas de manutenções preventivas, a sua conta corrente,

entre muitas outras funcionalidades e benefícios. Permite

ainda obter e transmitir informações para o atendimento eficiente

e transparente ao cliente. É uma ferramenta de grande

utilidade para clientes que valorizam a transparência e celeridade

na comunicação com a oficina, e que procuram um

serviço prestado com qualidade e confiança. Os Interfaces de

comunicação com catálogos eletrónicos, como Eurotax, Tec-

Doc, Autodata ou GT Motive, são uma mais valia para quem

utiliza as nossas soluções de gestão oficinal.

A transformação digital está a ter um forte impacto na

indústria automóvel em geral e no pós-venda em particular.

Como devem as oficinas lidar com este desafio da transformação

digital?

Há algo que é fundamental: atualização permanente. Os

mais críticos são software e recursos humanos. Depois, é

manter a empresa na liderança do state-of-the-art e acom-

A ALIDATA CONSTRUIU UM PATRIMÓNIO E REPUTAÇÃO

SINGULARES NO PANORAMA TECNOLÓGICO NACIONAL,

PARTICULARMENTE EM CONSULTORIA E DESENVOLVIMENTO

DE SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA OS SETORES OFICINAL

E AFTERMARKET AUTOMÓVEL

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 43


FERNANDO AMARAL

FOCADO NO CLIENTE FINAL, A ALIDATA TEM O PORTAL DA OFICINA,

ONDE 24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA, O CLIENTE PODE

ACEDER ATRAVÉS DO SEU COMPUTADOR, TABLET OU SMARTPHONE,

E EFETUAR A MARCAÇÃO DE UM SERVIÇO

panhar as exigências e desafios do

mercado. Estamos a mudar de paradigma,

com os automóveis elétricos

a crescerem em quota de mercado,

mas não é certo que esta seja

a solução final. Muito poderíamos

elaborar sobre o tema, contudo,

o futuro é hoje e a adaptação tem

de ser constante. Dos mecânicos,

como conhecíamos, estamos a passar

para técnicos de mecatrónica

auto, pelo que investimento em

formação e tecnologia são fundamentais

para as empresas vingarem.

Quais são as ferramentas que

garantem um mix adequado para

digitalizar uma oficina automóvel?

A digitalização de uma oficina ou

rede de oficinas carece de um momento

inicial de auditoria e consultoria,

por forma a se apresentar

as soluções mais ajustadas. Contudo,

em termos genéricos, é fundamental

responder às exigências

internas e externas. No caso das

últimas, refiro-me ao cliente. Aqui,

é crítico oferecer a melhor experiência,

através do Portal da Oficina,

onde 24 horas por dia, 7 dias

por semana, o cliente pode aceder,

a partir de qualquer dispositivo e

efetuar a marcação de um serviço,

consultar intervenções, histórico,

alertas de manutenções preventivas,

a sua conta corrente, entre

muitas outras funcionalidades e

benefícios. No que toca à gestão da

oficina ou rede, é crítico ter todos

os processos digitalizados, desde a

receção do veículo para intervenção

à contabilidade, logística, tempários

e todos os demais processos.

Quais as mais valias da digitalização

para as oficinas auto?

Depois de uma reengenharia e digitalização

de processos, as mais-valias

são muito vastas e impactam

positivamente cada área da oficina.

Desde logo, uma maior proximidade

e transparência para com o

cliente, redução de custos (papel e

impressão, arquivo, recursos humanos

e muitos outros, como redução

de stocks) e aumento da produtividade

e rentabilidade.

Que análise faz sobre o momento

atual do mercado pós-venda em

Portugal e as perspetivas para o

futuro?

O impacto em Portugal estará relativamente

atrasado em relação a

outros países. Atravessa um período

de transição, impulsionado por

mudanças tecnológicas, regulamentares

e de alterações de hábitos

dos consumidores, o que equivale

a dizer que a quota de mercado

de veículos elétricos está a crescer.

Contudo, fruto de termos um parque

automóvel envelhecido (13

anos), o setor oficinal ainda não foi

verdadeiramente impactado. Mas, é

fundamental que esteja atento, não

apenas porque se vai renovando e

evoluindo tecnologicamente, mas

também por alterações legislativas

relativas à sustentabilidade e redução

ambiental, que se preparam,

mudanças no comportamento do

consumidor e digitalização. l

NOVA SOLUÇÃO DE GESTÃO DE OFICINAS

Alidata lançou uma nova solução

A

de gestão de oficinas totalmente

integrada e baseada na cloud, o Web

Oficinas, acessível a partir de qualquer

browser. É um software desenvolvido para

a gestão de oficinas totalmente online

e de forma integrada. Disponível a qualquer

momento, em qualquer lugar, a partir

de qualquer dispositivo, oferece informação

sempre atualizada em tempo real, através

de uma interface simples e intuitiva.

Essa informação é disponibilizada pelos

módulos Web Diagnósticos, Receção Ativa

e Recolha de Tempos, mas também de

ferramentas de gestão como o ERP.

Permite a gestão completa de uma oficina

com maior agilidade e eficiência,

proporcionando a melhor experiência

de utilização do mercado. Além disso,

possui grande flexibilidade de configuração

e adapta-se às necessidades específicas

de cada cliente, independentemente

da dimensão. Este software cloud,

multi-oficina, vem dar resposta a um

segmento do mercado que procura soluções

mais acessíveis e ágeis, que não exijam

instalação, manutenção ou servidores

locais. O Web Oficinas é escalável,

respondendo às necessidades do cliente,

tem atualizações automáticas, o que

garante sempre o acesso à versão mais

recente e robusta, não carece de

manutenção ou backups locais e facilita

a colaboração em tempo real dentro

da equipa. Para Fernando Amaral, CEO

da Alidata, “com esta solução cloud based,

respondemos à necessidade de oficinas que

pretendem uma maior agilidade, facilidade

e rapidez de implementação de uma

solução de gestão oficinal completa, com

a qualidade e fiabilidade Alidata,

com menores custos de manutenção”.

E acrescenta: “é esta a tendência de mercado,

à qual a nossa empresa dá resposta”.

44 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

QUEREM REVOLUCIONAR

SISTEMAS DE TRAVAGEM

Brembo e Michelin | A Brembo e a Michelin uniram o seu

know how para criar soluções inteligentes de travagem, com testes que

garantem uma redução nas distâncias de travagem em até 4 metros.

As duas empresas assinaram um acordo para explorar o potencial das

suas soluções inteligentes de modo a revolucionar a performance dos

veículos e oferecer aos condutores níveis inigualáveis de segurança e

conforto. O objetivo da parceria é combinar os pontos fortes das duas

empresas: a Brembo traz a sua excelência em sistemas de travagem

e inteligência artificial, enquanto a Michelin contribui com a sua

liderança no setor dos pneus e desenvolvimento de algoritmos. Esta

sinergia é possível graças a um intercâmbio constante de dados em

tempo real entre o sistema de travagem SENSIFY, da Brembo, e as

soluções conectadas da Michelin. O SENSIFY, a mais recente inovação

da Brembo, utiliza inteligência artificial, algoritmos avançados e

sensores para controlar de forma independente cada roda do veículo.

Com flexibilidade, o sistema adapta-se a diferentes modelos de

automóveis, redefinindo os padrões de segurança e conforto.

ALECARPEÇAS, AUTO DELTA E FIMAG

DINAMIZAM AÇÃO

DE REFLORESTAÇÃO

Em parceria com a Associação ZERO, a AleCarPeças, Auto Delta e Fimag, realizaram

com sucesso a iniciativa “Replantar para Acelerar o Futuro”. A ação contou com a participação

entusiástica das equipas das referidas empresas, e de parceiros estratégicos,

em colaboração com a Associação ZERO, refletindo o compromisso com a sustentabilidade

e a regeneração do meio ambiente. As espécies plantadas foram cuidadosamente selecionadas

para garantir um crescimento sustentável e a restauração da biodiversidade local. O

evento envolveu a plantação de 1.000 árvores no emblemático Pinhal de Leiria, uma área

duramente afetada pelos incêndios nos últimos anos. “Estamos orgulhosos do impacto positivo

que esta iniciativa trará para o Pinhal de Leiria e esperamos inspirar outras empresas

a tomar ações em prol do nosso planeta”, comentou Tiago Domingos, responsável de Comunicação

e Marketing do grupo de empresas. “Este evento é um marco importante para

reforçar a colaboração entre empresas e entidades ambientais em prol de um futuro mais

verde”, concluiu.

PUB

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 45


Entrevista


JUAN IGNACIO EGEA

DIRETOR-GERAL DA GS YUASA BATTERY IBERIA

ACREDITAMOS NA CRIAÇÃO

DE Valor ALÉM DO PRODUTO!

LÍDER GLOBAL EM TECNOLOGIA DE BATERIAS, A GS YUASA É UMA EMPRESA COM MAIS DE CEM ANOS

DE EXPERIÊNCIA NO MERCADO. HOJE, TEM INFLUÊNCIA EM 17 PAÍSES NA EUROPA E É APOIADA POR

UMA REDE DE 65 SUBSIDIÁRIAS A NÍVEL MUNDIAL E MAIS DE 20 FÁBRICAS DE PRODUÇÃO. O JORNAL

DAS OFICINAS ESTEVE À CONVERSA COM JUAN IGNACIO EGEA, DIRETOR-GERAL DA GS YUASA

BATTERY IBERIA, QUE NOS CONTOU MAIS SOBRE A ESTRATÉGIA ATUAL DA EMPRESA

Com soluções de baterias disponíveis em

todo o mundo, a GS Yuasa tem uma presença

global indiscutível e colabora com

todos os grupos de compras, consolidando a sua

posição nos mercados-chave europeu e asiático.

A empresa esteve presente na última edição do

salão Automechanika Frankfurt, com as marcas

Yuasa e GS, com o objetivo de se “tornar a

escolha preferencial dos profissionais do setor

automotivo”, começa por nos dizer Juan Ignacio

Egea, diretor-geral da GS Yuasa Battery Iberia.

A participação no evento teve “muita importância”

para a empresa, pelo que “lhe dedicámos

muito esforço”, diz-nos, acrescentando que “o

nosso desenvolvimento na Europa está a ser

cada vez maior em todos os países e o mercado

está a receber muito bem a nova orientação da

empresa: GS Yuasa e a nova estratégia de ambas

as marcas, tanto a Yuasa como a GS”.

Presença global

A GS Yuasa tem, neste momento, influência em

mais de 17 países na Europa, sendo apoiada por

uma rede de 65 subsidiárias a nível mundial e

mais de 20 fábricas de produção, de onde saem

baterias para todo o mundo. Segundo o responsável

ibérico, trata-se de “fábricas de vanguarda,

cuidadosamente desenhadas para satisfazer as

diferentes procuras de todos os mercados que

servimos. Cada uma das nossas instalações utiliza

técnicas de produção avançadas e tecnologias

inovadoras para manter a qualidade excecional,

a engenharia japonesa precisa e a fiabilidade duradoura

que definem os nossos produtos, quer

sejam utilizados em automóveis, satélites, ou em

qualquer outro âmbito”.

Objetivos ambientais

Juan Ignacio Egea assume que a GS Yuasa está

“profundamente comprometida com a missão

meio ambiental e de redução de emissões a médio

prazo, um passo decisivo na missão «-30%

até 2030». A GS Yuasa trabalha para contribuir

para a neutralidade global de CO2 acelerando a

adoção de veículos híbridos e elétricos”. Assim,

todas as suas fábricas “operam tendo a sustentabilidade

como prioridade, esforçando-se

por minimizar o impacto no meio ambiente e

contribuir positivamente para as comunidades

que nos rodeiam”, conta Egea, que garante que

a empresa se compromete “a desenvolver e implantar

tecnologias e sistemas inovadores, como

por exemplo: utilização de energias renováveis”,

tendo sido instalados quase três mil painéis solares

e uma turbina eólica na fábrica em Ebbw

Vale (Reino Unido). Os 2.800MWh de energia

gerada são utilizados na produção e carregamento

das baterias produzidas na fábrica, o

que reduz consideravelmente a dependência das

formas tradicionais de energia; reciclagem de

recursos de produtos usados e transporte que

poupa energia e “foi ainda desenvolvido um método

para identificar e otimizar a quantidade de

mercadorias enviadas, assim como o consumo

de energia e as emissões de CO2 durante a logística”,

completa.

Soluções adaptadas

A gama atual de baterias que a GS Yuasa dispõe

é alargada e contempla, nos ligeiros, “soluções

AGM e EFB desenhadas para veículos Start-Stop,

além de baterias convencionais de alto rendimento,

adaptadas às necessidades de modelos

com elevada necessidade de energia. Também

contamos com uma gama de baterias auxiliares

que nos ajudam a cobrir praticamente 100% do

parque automóvel europeu”, explica. Já no que

toca às baterias para veículos pesados, o diretor-

-geral da GS Yuasa Battery Iberia considera que

estas “representam o que há de mais recente em

rendimento e fiabilidade. Dão aos condutores e

gestores de frota o que realmente querem: uma

vida mais longa com menos tempo de inatividade”.

Por outro lado, ainda, “as baterias de moto

“são a escolha dos fabricantes de equipamento

original… antes e agora. Estes exigem sempre

baterias GS Yuasa, porque cada uma oferece o

mesmo alto rendimento, qualidade e fiabilidade

que o equipamento original de fábrica”, argumenta.

A empresa vende também equipamentos de teste

de baterias, carregadores e estabilizadores, sendo

que os primeiros foram, de acordo com Juan

Ignacio Egea, “desenvolvidos para proporcionar

testes rápidos e fiáveis das baterias, indepen-

A gaMA ATUAL DE BATERIAS QUE A GS YUasa DISPÕE É alargaDA E

CONTEMPLA SOLUÇÕES agM E EFB DESENHADas PARA VEÍCULOS START-

STOP, ALÉM DE BATERIAS CONVENCIONAIS DE ALTO RENDIMENTO

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 47


JUAN IGNACIO EGEA

dentemente da aplicação. Cada um deles tem a

sua própria função, deve testar o estado geral da

bateria ou controlar a temperatura, até realizar

testes de stock ou garantia. Todos estão homologados

e foram desenvolvidos para oferecer a máxima

precisão e facilidade de utilização”, explica

o responsável, que sublinha que o equipamento

de teste é o GYT250. “Com um desenho robusto,

o Yu-Fit é uma das ferramentas de diagnóstico

de baterias mais fáceis de usar no mercado. Esta

garante que as baterias de substituição estão

corretamente configuradas e registadas no sistema

de gestão de baterias do veículo, evitando erros

desnecessários e mantendo um rendimento

ótimo do veículo. Além disso, oferecemos uma

gama de carregadores inteligentes desenhados

para satisfazer as necessidades específicas das

baterias de automóveis, motos, veículos industriais

e de recreio. Os nossos carregadores estão

desenhados para proporcionar um rendimento

de carga ótimo, garantindo que as suas baterias

se mantêm em boas condições”, afirma.

Apostas em várias frentes

A GS Yuasa está presente nos pontos de venda

com artigos promocionais, como uma nova linha

de t-shirts, chapéus e camisolas, roupa de

verão e de inverno que foi “muito bem recebida

pelos clientes, fortalecendo o vínculo emocional

com a marca e aumentando a sua visibilidade

nos pontos de venda” diz-nos o responsável. Por

outro lado, a formação também é parte integrante

dos objetivos da GS Yuasa para o mercado de

pós-venda e Egea comenta que a empresa se carateriza

por ter “um grande programa formativo

onde todos os nossos clientes podem aceder, tendo

acesso a uma grande equipa de especialistas

dispostos a resolver todas as suas dúvidas ou

aprofundar algum produto em concreto”. Em paralelo,

a GS Yuasa possui uma escola de formação

online, a GS Yuasa Academy, que “proporciona

valiosos conhecimentos e serve para profissionais

com uma carga de trabalho que não lhes permita

passar um dia fora da oficina, para assistir a

uma formação presencial”, declara, notando que

“os cursos da plataforma, todos eles ministrados

num formato de vídeo dinâmico, proporcionam

o mesmo nível de informação e experiência que

a formação dada em ambiente mais tradicional e

podem iniciar-se e parar em qualquer dispositivo

e em qualquer momento”. A marca disponibiliza

ainda o programa Kyoto, que oferece às oficinas

acesso a campanhas exclusivas, formação avançada

e ferramentas de diagnóstico, além de fortalecer

a sua relação com a marca. Trata-se de um

programa de fidelização que tem como objetivo

“contar com uma rede de oficinas de confiança e

em que também confiem os nossos futuros clientes,

além de os recompensar financeiramente pelas

compras”, esclarece.

“Escolher tranquilidade”

Questionado sobre qual o compromisso da empresa

com os seus clientes, Juan Ignacio Egea

considera que a GS Yuasa “se compromete a disponibilizar

produtos de alta qualidade, inovação

constante e um apoio técnico robusto, assegurando

a satisfação do cliente em todas as etapas”.

Importante também é o apoio técnico que a

marca assume ser reconhecido pela “rapidez, conhecimento

especializado e ferramentas digitais

que facilitam diagnósticos e soluções. A nossa

incomparável assistência técnica complementa

a qualidade superior, a fiabilidade e o rendimento

dos nossos produtos. Quando escolhe GS

Yuasa, escolhe a tranquilidade de saber que os

seus sistemas de baterias estão apoiados pelos

melhores do setor”. O responsável destaca que

a GS Yuasa “acredita na criação de valor além

do produto” e refere que o foco se baseia na confiança,

na colaboração e numa visão partilhada

do sucesso”. A seu ver, com a GS Yuasa, o cliente

“ganhará um parceiro empenhado em fornecer-

-lhe produtos excecionais, assistência completa

e serviços personalizados, desenhados para potenciar

o seu negócio e manter contentes os seus

clientes. O nosso compromisso com a excelência,

a inovação e a assistência distingue-nos, o

que transforma a GS Yuasa na opção preferida

dos grossistas, retalhistas e distribuidores que

procuram melhorar a sua oferta e impulsionar

o crescimento do negócio”, diz.

Ampliar esforços

Para 2025, a estratégia da marca em Portugal

vai concentrar-se em “reforçar a presença digital,

campanhas personalizadas para distribuidores

e oficinas, e a participação em eventos. O

mercado português continua em crescimento

contínuo e nós queremos a cada ano ampliar

os nossos esforços e acreditamos que é o momento

para que a GS Yuasa se converta, cada

vez mais, na marca líder no mercado”, diz-nos o

nosso interlocutor. O mesmo releva ainda que,

em 2024, a GS Yuasa “manteve uma sólida atuação

no mercado português, consolidando a sua

posição como referência no setor das baterias

automóveis e noutros segmentos chave”. Juan

Ignacio Egea entende que “este desempenho

foi alcançado graças a uma estratégia focada no

crescimento sustentável, no reforço da rede de

distribuidores e na implementação de soluções

tecnológicas inovadoras. O objetivo para 2025 é

reforçar ainda mais a digitalização, otimizar as

nossas ferramentas online, continuar a investir

na sustentabilidade e reforçar a relação com as

oficinas e distribuidores”, conclui. l

PARA 2025, A ESTRATÉGIA DA GS YUASA EM PORTUGAL VAI CONCENTRAR-SE

EM REFORÇAR A PRESENÇA DIGITAL, CAMPANHAS PERSONALIZADAS

PARA DISTRIBUIDORES E OFICINAS, E A PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

48 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

PUB

WHEREVER WE GO, WE GO TOGETHER

É DISTRIBUIDORA DA JALTEST EM PORTUGAL

LuzDeAirbag | Graças a esta nova colaboração, a LuzDeAirbag vai alargar a sua oferta de

diagnóstico e entrar na área dos pesados, agrícola, máquinas de construção, máquinas industriais

e náutica. Sobre esta nova parceria como distribuidor da Jaltest em Portugal, João Silva, CEO da

LuzDeAirbag, comenta: “A grande vantagem para o cliente, é o facto do nosso suporte técnico altamente

especializado conseguir também dar apoio a este novo equipamento. Ou seja, aquilo que já existe na

Autel será replicado na Jaltest”. E acrescenta: “Porque em boa verdade, para tirar o máximo partido de

um equipamento é necessário ter um apoio/formação constante sobre o mesmo. E é aí que a equipa

da LuzDeAirbag faz toda a diferença”. Ao ampliar a sua gama de soluções, a LuzDeAirbag aposta nas

melhores tecnologias de diagnóstico disponíveis no mercado global. Em conjunto com as ferramentas

SPTools, que são “uma excelente solução para o mundo dos ligeiros como para o mundo dos pesados”

graças à sua “robustez e qualidade de fabrico”, refere.

A FERRAMENTA CERTA FAZ

TODA A DIFERENÇA

INAUGURA LOJA EM BEJA

AUTOPEçAS Cab | O distribuidor Autopeças Cab inaugurou uma nova loja e armazém em Beja.

Situada no parque industrial, esta nova loja tem como objetivo reforçar a sua presença naquela zona

do Alentejo, com vendas ao balcão e entrega de peças diretamente nas oficinas. A Autopeças Cab conta

agora com cinco lojas (Beja, Seixal, Almada, Alverca e Faro) e orgulha se de ter um stock que nunca

falha. A abertura desta quinta loja faz parte da estratégia de crescimento da empresa cujo lema “temos

tudo para o seu automóvel” retrata bem sua maneira de estar no mercado. Sabendo como é importante

a rapidez na resposta às necessidades dos clientes, a Autopeças Cab faz questão de estar perto deles,

apostando na abertura de lojas em locais estratégicos. “É com esta postura de proximidade que estamos

no mercado, rodeados de uma equipa de profissionais, profundamente conhecedores desta realidade

em que operamos. Uma equipa fortemente motivada e empenhada em levar até às oficinas as soluções

que as ajudem a desenvolver o seu negócio”, diz André Cruz, chefe de serviço da Autopeças Cab.

DESEMPENHO IMBATÍVEL,

RESISTÊNCIA COMPROVADA

WWW.KROFTOOLS.COM


SALVADOR LLOMBART, COUNTRY MANAGER CHAMPION LUBRICANTS

E NICOLE MARGUILES, DIRETORA MARKETING CHAMPION LUBRICANTS


Entrevista

TEMOS AGORA

MAIS OPORTUNIDADES

DE NEGÓCIO!

OS LUBRIFICANTES CHAMPION, QUE ERAM COMERCIALIZADOS PELA FIMAG,

CONTAM AGORA COM MAIS DOIS DISTRIBUIDORES, A ALECARPEÇAS E AUTO

DELTA, RESULTADO DA PARTICIPAÇÃO DESTAS EMPRESAS NO MESMO GRUPO.

PARA SALVADOR LLOMBART E NICOLE MARGUILES, ABREM-SE ASSIM MAIS

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO E BOAS PERSPETIVAS DE CRESCIMENTO

A

Champion tem como princípio trabalhar apenas

com um distribuidor em cada país. “Consideramos

que esta é a melhor maneira de dar segurança e confiança

às empresas que comercializam os nossos produtos,

pois permite-lhes distribuir em exclusivo uma marca de

qualidade e assim fazer a diferença no mercado. Com a integração

das empresas FIMAG, AleCarPeças e Auto Delta no

mesmo grupo, temos agora três distribuidores a trabalhar a

marca Champion e a defender a sua imagem junto de muitos

mais clientes”, afirma Salvador Llombart, Country Manager

Champion Lubricants. Relativamente a novos produtos

o grande destaque vai para os líquidos refrigerantes e

fluídos para as caixas de velocidade dos veículos elétricos e

híbridos. “É ainda um nicho de mercado, mas na Champion

queremos estar sempre na vanguarda da tecnologia e ter

o catálogo mais completo. Desenvolvemos novos líquidos

refrigerantes compatíveis com os VE, que não podem ser

condutores de eletricidade, porque nem todos os veículos

elétricos possuem o mesmo tipo de eletrificação”, sublinha

Salvador Llombart.

Para informar os clientes sobre as novas características destes

novos refrigerantes para VE, a Champion tem agendadas

para 2025 diversas ações de formação, onde um técnico

qualificado irá explicar a fórmula e os diversos tipos de aplicação

destes novos produtos. Para além disso, a marca tem

sempre disponível uma hot-line que responde a todas as

dúvidas dos clientes,um catálogo digital e uma app para telemóvel,

que através do número de chassis identifica todos

os fluidos e lubrificantes utlizados em cada carro. De referir

que o site e aplicação são atualizados todas as sextas-feiras,

e mesmo que o fabricante altere alguma referência, o sistema

atualiza automaticamente. Para a Champion é essencial

prestar um forte apoio à sua rede de distribuição, por isso

oferece uma série de materiais de apoio, tais como brochuras

técnicas e comerciais, guias e um website e app onde

é muito fácil encontrar o produto certo para cada veículo.

“O apoio técnico às oficinas é muito importante, por isso

vamos reforçar a relação com as oficinas através dos nossos

distribuidores, para garantir que têm toda a informação necessária”,

referiu Salvador Llombart.

Novidades para 2025

Para 2025 a Champion tem programadas várias ações de

marketing, conforme revela Nicole Marguiles, diretora de

marketing “Vamos continuar a realizar eventos com os clientes

para apresentação de novidades e criar momentos de diversão

e espírito de equipa. A gama de lubrificantes racing

line, específica para veículos de competição, mas que pode

ser utilizada pelo cliente final, terá um evento de apresentação

onde vamos reunir os distribuidores e oficinas numa

jornada de trabalho e confraternização. Para além disso, ao

longo do ano iremos realizar campanhas de produto com

oferta de merchandising”. Outro grande projeto para 2025 é

a criação de um programa de embandeiramento de oficinas,

que pretende identificar com uma imagem da marca, as oficinas

que trabalham os lubrificantes Champion. Trata-se de

um programa de fidelização para oficinas independentes, que

adquirirem lubrificantes da marca, sendo variados os benefícios

para as mesmas, onde se inclui merchandising de design

exclusivo, aliado à máxima visibilidade para cada oficina aderente,

que fica incluído no sistema de pesquisa de oficinas,

tanto do website como na app da marca. Está igualmente ga-

COM A INTEGRAÇÃO DAS EMPRESAS FIMAG, ALECARPEÇAS

E AUTO DELTA NO MESMO GRUPO, A CHAMPION PASSA

A CONTAR COM TRÊS DISTRIBUIDORES A TRABALHAR

A MARCA CHAMPION E A DEFENDER A SUA IMAGEM JUNTO

DE MAIS CLIENTES

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 51


SALVADOR LLOMBART

rantida, por parte da Champion, formação contínua

e assessoria sempre que necessário, com o

objetivo de prestar o melhor serviço aos clientes.

Boas perspetivas de crescimento

Relativamente ao desempenho da marca no

nosso mercado, Salvador Llombart afirma estar

muito satisfeito pois “Conseguimos em 2024

bater o nosso recorde de vendas. A Champion

está a afirmar-se no mercado como uma marca

de nível premium e com uma oferta de produto

muito alargada, agora complementada por uma

linha de refrigerantes. Sempre quisemos afirmar-nos

como uma marca de confiança para as

oficinas e utilizadores finais e acreditamos que,

graças ao trabalho desenvolvido pelos atuais distribuidores

FIMAG, Alecarpeças e Auto Delta,

vamos continuar a crescer nas vendas. Estamos

muito satisfeitos com o crescimento alcançado

nos últimos anos e com o nosso sucesso atual.

O nosso desafio será aumentar a nossa quota de

mercado no segmento automóvel, onde sabemos

que podemos atingir um maior potencial”, refere

Salvador Llombart. Tanto o desenvolvimento

como a qualidade dos produtos são influenciados

pelo trabalho da equipa de I&D e dos testes

de campo, que incluem as exigentes provas de

resistência onde a marca participa como patrocinador

de equipas de topo e onde os lubrificantes

são levados ao limite. “Utilizamos as competições

automóveis para testar e desenvolver os

nossos lubrificantes e já dispomos de uma linha

de óleos de competição disponíveis para o cliente

final. A linha é muito abrangente, com produtos

tecnologicamente avançados, orientados

para a eficiência do combustível e compatíveis

com os sistemas antipoluição e a regulamentação

em vigor”, conclui Salvador Llombart. l

A CHAMPION ORGULHA-SE DE OFERECER UM

pacote ABRANGENTE DE SOLUÇÕES DE vaLOR

acrescentado DE 360° PARA DISTRIBUIDORES

E UTILIZADORES FINAIS

TECNOLOGIA ADAPTIVE

SHIELD AJUDA A ABRIR

novos CAMINHOS

om os motores cada vez mais pequenos e a potência a

C

aumentar cada vez mais, os lubrificantes têm

obrigatoriamente de suportar mais tensão, desgaste e pressão

extrema. Para proporcionar uma solução a longo prazo para este

crescente desafio, a Champion desenvolveu uma nova

plataforma de tecnologia que protege as peças do motor dos

efeitos destes fatores cada vez mais desafiantes.

“A Tecnologia Adaptive Shield ajuda-nos a abrir novos caminhos

no desempenho dos motores. A tecnologia é uma combinação

de aditivos químicos que protegem as peças do motor de

fatores internos e externos. Combinando diferentes camadas

de aditivos químicos, a tecnologia cria uma proteção robusta

contra pressões, temperaturas e forças de desgaste extremas que

afetam uma vasta gama de motores. Esta tecnologia específica

é adaptativa porque reajusta as propriedades da proteção

de acordo com as condições que afetam o motor”, esclarece

Salvador Lombart.

BAG IN BOX, UMA

nova SOLUÇÃO

DE EMBALAGEM

SOLUÇÕES À PROVA DE FUTURO

ara oferecer uma gama abrangente que cubra todos

P

os tipos de automóveis de passageiros, a Champion

introduziu soluções à prova de futuro para o parque de

veículos elétricos. Isto inclui a gama elétrica E-Pulse, uma

nova gama de líquidos de refrigeração e anticongelantes. Um

líquido de arrefecimento de baterias premium “lobrid” à base

de MEG que combina a tecnologia de aditivos orgânicos com

inibidores de corrosão minerais (silicatos). Um segundo novo

e-coolant concebido para o arrefecimento indireto das células

da bateria que apresenta uma baixa condutividade (< 100

µS/cm) para garantir a segurança elétrica. Finalmente, um

refrigerante especificamente concebido como refrigerante de

baixa condutividade elétrica para o arrefecimento direto de

pilhas de células de combustível. Este líquido de

arrefecimento de células de combustível de baixa

condutividade elétrica é compatível com os componentes do

sistema de arrefecimento de células de combustível, mantém

uma condutividade elétrica baixa e estável (< 5 µS/cm) para

garantir a segurança elétrica e apresenta uma proteção

material contra a corrosão para os componentes do sistema

de células de combustível. Com o lançamento da gama

E-Pulse Electric, a Champion reforça o seu compromisso com

a mobilidade elétrica, através de produtos formulados para

satisfazer os requisitos específicos dos veículos elétricos e

consolida a sua posição como um dos principais

intervenientes na mobilidade elétrica.

sistema Bag In Box lançado pela Champion, uma

O

solução de embalagem ecológica, estabelece novos

padrões não apenas para lubrificantes, mas também para

embalagens sustentáveis. A Champions Lubricants Bag in Box

combina uma caixa de cartão forte, durável e à prova de salpicos

com um forro interno de plástico 100% reciclável. Fornece uma

impressionante redução de 90% no desperdício.

O Bag in Box não só é um sucesso ambiental, como também foi

concebido para melhorar a eficiência da oficina. Cada unidade

está equipada com pegas embutidas e uma torneira para fácil

movimentação, operação e despejo sem entrada de ar. Isto

permite um despejo sem derramamento e um reabastecimento

mais rápido, particularmente quando se utiliza a Champion Oil

Cabin.

Para as oficinas, isto significa também que pode armazenar

mais óleo em maior variedade para maximizar a cobertura do

mercado. Por sua vez, isto também leva a um transporte mais

eficiente, diminuindo os custos de emissão de transporte de cada

unidade.

52 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

CELEBRA 8 ANOS

B-PARTS

ATINGE STOCK DE 1 MILHÃO

DE PEÇAS NOS EUA

A

B-Parts

chegou aos Estados Unidos em fevereiro de 2024, com peças em stock

compatíveis com mais de 60 marcas de automóveis. Em apenas seis meses, a

portuguesa B-Parts, empresa de e-commerce para peças de automóvel em segunda

mão, conseguiu alcançar um stock de mais de 1 milhão de peças nos Estados

Unidos. Estas peças, provenientes de mais de 10 estados norte-americanos, oferecem

uma solução mais sustentável e económica para reparações. Além das disponíveis nos

Estados Unidos, a B-Parts dá ainda o acesso a mais de 8 milhões de peças da sua loja

europeia. Todo o material vendido é original, certificado, tem uma garantia de 6 meses,

e é enviado dentro de 1 dia útil. Com várias opções de pagamento e uma política de devolução

de 14 dias, a B-Parts continua a afirmar-se como um parceiro de confiança para

oficinas e consumidores finais. A expansão para os Estados Unidos, em fevereiro deste

ano, foi um passo ambicioso. Atingir este marco em tão pouco tempo é mais uma prova

do compromisso da empresa para com a qualidade e conveniência dos seus serviços.

Placa Stellantis &You Distrigo Portugal | Com

mais de 1.100 clientes regulares e cerca de 80 pontos de reparação autorizada em

território nacional, a Placa Stellantis &You Distrigo Portugal comemorou 8 anos

de crescimento e conquistas. “8 anos de muito trabalho. 8 anos de excelência e

profissionalismo. 8 anos de entrega e dedicação. O apoio e parceria de clientes e

fornecedores, têm sido fundamentais para o nosso crescimento e sucesso. O futuro

somos nós que o construímos”, afirmou a empresa em comunicado. A Placa Distrigo

Stellantis &You é número 1 em Portugal, comparativamente às outras quatro

existentes. No segmento de reparadores autorizados, a quota de mercado chega

aos 46%, com um volume significativo de peças entregues diariamente. Além

disso, a empresa possui mais de 40 mil peças em stock, com um investimento de

7 milhões de euros. Atualmente, possui aproximadamente mais de 1.100 clientes

regulares e cerca de 80 pontos de reparação autorizada em território nacional.

PUB

TITANIUM.

A EXPERIÊNCIA DA FIAMM

AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.

A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original

dos fabricantes de automóveis mais importantes do mundo:

a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de

Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência

para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não

precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do

nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).

www.polibaterias.com

geral@polibaterias.com

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 53

www.fiamm.com


Entrevista

ROCIO FERNANDEZ, DIRETORA DE MARKETING DE VARTA

QUEREMOS MELHORAR

A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE

COM A MARCA

A VARTA TEM OBJETIVOS MUITO CONCRETOS PARA PORTUGAL, ONDE PRETENDE

AUMENTAR AS VENDAS E O NÚMERO DE CLIENTES. PARA ISSO, CONTRATOU FÁBIO

BARBOSA, COMO NOVO ELEMENTO DA EQUIPA COMERCIAL, RESPONSÁVEL PELO

CONTACTO DIRETO COM OS DISTRIBUIDORES E OFICINAS. ROCIO FERNANDEZ,

DIRETORA DE MARKETING DA VARTA, ESTÁ CONFIANTE NO CRESCIMENTO DA MARCA

NO NOSSO PAÍS

A

marca Varta conta com mais de 130 anos de história,

sendo as baterias Varta aplicadas em 1º equipamento

pelos mais importantes fabricantes de automóveis

e tendo a confiança de condutores em todo o mundo.

Hoje, podemos encontrar baterias Varta em milhões de automóveis,

barcos, motociclos e autocaravanas. A liderança

da gestão da empresa considerou que este era o momento

ideal para apostar em Portugal, onde vislumbram um panorama

repleto de oportunidades. A Varta aposta no profissionalismo

da sua equipa, contratando pela primeira vez

um técnico português, com uma vasta experiência no setor.

Fábio Barbosa vai estar mais próximo dos clientes, no sentido

de fazer crescer a marca e de a dar a conhecer de forma

mais acentuada, sempre com o apoio da direção, que está

sediada em Espanha. “Juntamente com a equipa de vendas

para Espanha e Portugal, consolidaremos uma forte equipa

de desenvolvimento, dando prioridade à elevada qualidade

tanto do nosso vasto portfólio de produtos como dos nossos

serviços. Juntos, iremos melhorar a experiência do cliente

com a marca, tendo como objetivo a sua máxima satisfação”,

afirma Rocio Fernandez.

Compromisso com a sustentabilidade

A reputação da Varta como empresa que valoriza a integridade

e o respeito pelos seus clientes também é reforçada

pelo seu compromisso com a sustentabilidade. A empresa

dedica-se a liderar a transformação da indústria automóvel

rumo a um futuro mais sustentável. Para Carlos Corzo

“Portugal está, na minha opinião, entre os melhores países

da Europa no se refere à sustentabilidade. Todos os nossos

distribuidores implementaram o programa de reciclagem

Ecosteps no processo de venda. Hoje em dia, é uma prática

comum no mercado de baterias e em Portugal temos vindo

a promover a reciclagem correta das baterias usadas e as

boas práticas em toda a cadeia de valor. Contribuímos, em

conjunto com os nossos parceiros, para que as baterias de

chumbo sejam o produto com a maior taxa de reciclagem do

mundo, ultrapassando até o vidro”.

Ainda sobre o tema da sustentabilidade, Rocio Fernandez

afirma que “na Varta temos sempre em mente a sustentabilidade

e não podemos deixar de o fazer quando fabricamos

produtos em que o chumbo é a principal matéria-prima.

Aumentámos a nossa capacidade de fornecer de forma independente

as nossas fábricas de baterias com a matéria-

-prima necessária num ciclo fechado. Nas nossas fábricas,

os nossos técnicos estão constantemente a investigar a forma

mais eficiente de produção. A título de exemplo, conseguimos

reduzir as emissões de CO 2 em mais de 20% e somos

uma referência mundial no setor. O nosso sistema de

produção de grelhas PowerFrame é outro exemplo claro de

desempenho máximo e produção sustentável”.

Nova gama de baterias para VE

A Varta entende a mobilidade elétrica como uma mudança

em direção a um estilo de vida mais sustentável e ecológico,

em que a redução da emissão de CO2 e a preservação do

meio ambiente são fundamentais para garantir um futuro

próspero. Como líder na indústria de baterias, está comprometida

em fornecer soluções inovadoras e eficientes para

apoiar essa transição. Por isso, desenvolveu a bateria Silver

Dynamic AGM para veículos xEV. Esta bateria, que trabalha

em perfeita harmonia com as baterias de alta voltagem,

utiliza a tecnologia AGM para proporcionar uma capacidade

de armazenamento de energia otimizada e uma vida

54 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


“A VARTA ENTENDE A MOBILIDADE

ELÉTRICA COMO UMA MUDANÇA EM

DIREÇÃO A UM ESTILO DE VIDA MAIS

SUSTENTÁVEL E ECOLÓGICO, EM QUE

A REDUÇÃO DA EMISSÃO DE CO2 E A

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

SÃO FUNDAMENTAIS PARA

GARANTIR UM FUTURO PRÓSPERO”,

DIZ ROCIO FERNANDEZ, DIRETORA DE

MARKETING DA VARTA


ROCIO FERNANDEZ

VARTA PARTNER PORTAL

AO SERVIÇO DAS OFICINAS

Rocio Fernandez, diretora de marketing da Varta com Fábio Barbosa, responsável comercial

Portugal (à esquerda) e Carlos Corzo, diretor vendas Portugal Varta (à direita)

útil mais longa. A linha de produtos Varta xEV

abrange 97% dos veículos do segmento xEV, e

proporciona um desempenho excecional, potência

constante e total segurança para todos os

veículos do universo xEV.

Paralelamente, o aumento dos sistemas Start-Stop

nos automóveis está a aumentar a procura

de tecnologias de baterias avançadas, como as

baterias AGM e EFB. No segmento dos pesados,

observa-se uma evolução significativa para veículos

com sistemas elétricos sofisticados, para

os quais é necessário garantir que funções como

iluminação, travões, direção e sistemas de cabine

funcionem corretamente, mesmo durante uma

falha do sistema de alta tensão. A crescente complexidade

destes sistemas, incluindo a integração

de sensores da bateria, exige tecnologias de baterias

inovadoras que possam suportar as crescentes

exigências. Em resposta a estas tendências

no pós-venda, tanto no mercado de ligeiros

como no de veículos pesados, a Varta apresenta

uma carteira de produtos concebida para manter

a competitividade do mercado independente

de pós-venda e prepará-lo para as mais recentes

tecnologias de transportes dos fabricantes de

equipamentos originais. A Varta está também a

explorar novas fronteiras no mercado de lazer,

impulsionada por uma tendência crescente para

estilos de vida com elevado consumo de energia,

como o caravanismo e a navegação.

Apoio às oficinas

A gama de produtos Varta para veículos elétricos

continuará a evoluir de acordo com as necessidades

e expansão do setor. Com o aumento

do parque de veículos elétricos, a procura por

baterias de alta qualidade e eficiência também

aumentará. “Na Clarios, fabricante das baterias

Varta, temos a sorte de trabalhar em estreita

colaboração com os principais fabricantes OE,

pelo que já estamos a desenvolver soluções avançadas

e inovadoras que chegarão ao mercado

pós-venda”, sublinha Rocío Fernández. A Varta

está consciente de que a maioria das oficinas

portuguesas ainda não está totalmente preparada

para lidar com a manutenção de veículos

rata-se de um website com inúmeros serviços para as

T

oficinas, como ferramentas para encontrar a bateria

certa para cada veículo, assim como instruções de instalação

detalhadas. Neste Portal, as oficinas também se podem

inscrever no Programa de Teste de Baterias da Varta, graças ao

qual poderão aparecer na pesquisa de Oficinas e receber

material de comunicação gratuito. Para além da popular

ferramenta de Pesquisa de Baterias, os utilizadores que se

inscrevam no Varta Partner Portal também podem aceder a

artigos instrutivos na secção Battery World Professional, a uma

página de notícias locais com os eventos e promoções locais da

VARTA, e também à nova seção de e-Learning, onde oferece

cursos sobre o universo das baterias.

elétricos. Com isto em mente, está a desenvolver

programas de formação específicos no VARTA

Partner Portal para fornecer aos mecânicos o conhecimento

necessário para selecionar a bateria

adequada para cada veículo xEV e garantir que

as funções de conforto, eficiência e segurança

funcionem corretamente. À medida que a tecnologia

dos veículos continue a evoluir, a Varta

irá ajustar continuamente os seus programas de

formação para garantir que as oficinas estejam

atualizadas e capacitadas para atender às necessidades

destas novas tecnologias. l

EXISTEM MUITAS OPORTUNIDADES E SÓ AS

PODEREMOS ALCANÇAR COM UMA EQUIPA DE TOPO

ara Carlos Corzo , diretor de vendas Portugal da Varta , “o

P

mercado português de baterias está em constante

evolução e é muito dinâmico, havendo uma maior procura pela

rentabilidade e foco em marcas de alta qualidade”. Para este

responsável “existem muitas oportunidades e só as poderemos

alcançar com uma equipa de topo, capaz e eficiente, e por isso a

aposta no Fábio Barbosa, que é um profissional com

conhecimento do mercado português. Apoiaremos a nossa

distribuição com ferramentas de marketing e de formação,

acompanhamento de proximidade, criando valor acrescentado à

marca através de campanhas exclusivas, informação técnica e

uma plataforma de formação”. Carlos Corzo elogia a rede de

distribuidores Varta no nosso país, que considera “muito

profissional, na forma como trabalham uma marca premium, e

com um excelente relacionamento humano”. Para este

responsável “o mercado português é muito importante para a

Varta e tem potencial de crescimento. Por isso contratámos um

gestor português para estar mais próximo dos nossos parceiros e

dar-lhe todo o apoio necessário, a nível de informação técnica e

comercial. Vamos também estar mais próximo das oficinas,

fornecendo-lhe ferramentas que lhes permita rentabilizar o

serviço com baterias”. Para 2025 vai haver novidades, com a

mudança da gama das baterias, que passam a ser classificadas e

identificadas pela sua tecnologia. A embalagem vai ter uma cor

específica para cada tecnologia, de modo a oficina identificar de

forma rápida e rigorosa a bateria específica para cada modelo.

56 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

LANÇA NOVA GAMA DE KITS

DE DISTRIBUIÇÃO NAPA

AAG Iberia | Os centros de distribuição da Alliance Automotive

Group Iberia, bem como os distribuidores oficiais da marca, já dispõem dos

novos kits de distribuição NAPA. Com cerca de 276 referências disponíveis

nos centros Lausan, Recambios Gaudí (Espanha), Soulima (Portugal) e

distribuidores autorizados, esta linha foi desenhada com o objetivo de

garantir a melhor proteção para o motor do veículo. Estes kits contêm

componentes fabricados com materiais de elevada qualidade e tecnologia

de ponta. A nova gama de peças de distribuição oferece kits completos, com

ou sem bomba de água. Foi totalmente pensada para a frota da Península

Ibérica, com uma cobertura acima dos 97%. Todos os kits de distribuição

foram submetidos a testes exaustivos como parte do processo de fabrico.

Para garantir a segurança e o conforto, os produtos passaram por avaliações

quanto à sua durabilidade, temperatura, fricção e elasticidade.

AXALTA

INSTALA A 1ª MÁQUINA

IRUS MIX EM PORTUGAL

Na continuação do caminho que a Axalta tem vindo a percorrer no desenvolvimento

de ferramentas e soluções para o mercado da Repintura Automóvel, chegou

a hora de comemorar a instalação da 1ª Máquina Irus Mix em Portugal.

Esta instalação foi realizada na oficina Caetano Auto, em Sintra, que usa as tintas Spies

Hecker. A Irus Mix é uma máquina de mistura rápida, eficiente, totalmente automática

e completamente mãos-livres. A nova máquina permite às oficinas de colisão reparações

mais rápidas pois proporciona mais rapidez na mistura dos sistemas de pintura de

acabamento para uma maior produtividade, o que maximiza a rentabilidade.

“Esta máquina é fácil de operar e elimina problemas nas oficinas de colisão, uma vez que

liberta os pintores e aumenta a capacidade, ao mesmo tempo que proporciona uma cor

muito precisa”, referiu João Calha, Key Account Manager Training Center Leader Axalta.

“A instalação da primeira máquina Irus Mix na oficina de colisão da Salvador Caetano, em

Sintra, reforça o compromisso da Axalta em ajudar os seus clientes a fazerem negócios de

uma melhor forma através de eficiências e tecnologias melhoradas”, acrescentou.

JÁ ESTÁ ON NAS REDES SOCIAIS

BATERIAS EQUIPADAS COM COMPONENTE AGM

Exide Technologies | A Exide Technologies, lançou recentemente baterias com separador de lã de vidro absorvente

(AGM), expandindo a cobertura em quase um milhão de veículos adicionais na Europa. O lançamento deste novo produto,

oferece aos profissionais do mercado de peças de reposição automóvel uma oportunidade para aumentar a receita, oferecendo

aos seus clientes baterias fiáveis, robustas e de longa duração. As novas AGM EK454 e EK457 (45Ah/380A, bloco B24), estão

equipadas com terminais cónicos standard e finos de acordo com a Norma Europeia (EN) e a Norma Industrial Japonesa (JIS),

respetivamente, permitindo uma maior compatibilidade numa área mais ampla. Anteriormente, a tecnologia AGM era utilizada

principalmente em veículos com sistemas Start-Stop fabricados na Europa. Agora, as novas baterias AGM B24 da Exide são

também compatíveis com vários modelos híbridos fabricados no Japão. Dependendo do modelo do veículo, a Exide EK454 e a

EK457, podem ser utilizadas como bateria auxiliar ou como bateria de arranque, iluminação e ignição (SLI), dependendo das

especificações do veículo.

Delphi | A Delphi já está presente nas redes sociais com a ativação dos

seus perfis de Facebook e Instagram, duas das redes com maior número de

utilizadores. “Com a criação destes perfis, a Delphi Iberia torna-se uma das

primeiras subsidiárias do fabricante a marcar presença nestes canais, o que

lhe permite ter meios de comunicação mais diretos com os consumidores”,

destaca a marca em comunicado. Graças a estes novos perfis, a Delphi

estabelece um canal de comunicação mais direto e bidirecional com os

seus utilizadores e clientes, o que permitirá à empresa aprofundar o seu

compromisso em oferecer o melhor serviço aos consumidores. Assim, a partir

deste momento, os utilizadores de ambas as redes têm maior acesso às

inovações da empresa e podem manter-se atualizados sobre lançamentos,

soluções ou ferramentas que lhes permitam avançar no negócio. A atividade

da Delphi em ambas as redes, começou com um primeiro post que resume

todas as novidades do fabricante em 2024. Aos poucos, a comunicação

aumentará com notícias, informações de interesse, técnicas e todas aquelas

que forem consideradas de interesse para os seguidores da marca.

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 57



Entrevista

MÁRIO RODRIGUES, GERENTE DA RODRISYSTEM

A ASSISTÊNCIA ESTÁ SEMPRE

EM PRIMEIRO LUGAR!

COM ORIGEM EM 2004, A RODRISYSTEM CELEBRA VINTE ANOS DE ATIVIDADE, DEDICADA DESDE O INÍCIO

À ÁREA DA COLISÃO. HOJE TRABALHA COM MARCAS DE REFERÊNCIA COMO A MIRACLE SYSTEM, A GYS,

A WIELANDER, A ÉOLE, A ASTRA OU A STUCCHI E PRIMA PELA RÁPIDA ASSISTÊNCIA TÉCNICA. EM ANO DE

RECORDE DE FATURAÇÃO, ESTIVEMOS À CONVERSA COM O RESPONSÁVEL, MÁRIO RODRIGUES, QUE SE

MOSTRA SATISFEITO COM O CRESCENDO CONTÍNUO QUE A EMPRESA TEM TRAÇADO ATÉ AO MOMENTO

Sediada em Alhandra, a Rodrisystem

vende diretamente para todo o continente

e ilhas, sendo, de acordo com o

fundador, Mário Rodrigues, “a única empresa

em Portugal especializada só na área de colisão”.

O gerente considera que o facto de conseguir

“dar apoio, com conhecimentos técnicos”

faz a diferença, pois “vendedores há muitos,

mas não têm essa capacidade. Ainda agora entrámos

em duas novas áreas – os compressores

e a aspiração – e, em janeiro, já estaremos em

formação, em França, na parte dos compressores”,

avança. A evolução positiva da Rodrisystem

até aos dias de hoje é motivo de orgulho

para o fundador, que se congratula pelo crescimento

ímpar que tem conseguido, “em especial

nos últimos quatro ou cinco anos. Em 2024,

batemos todos os recordes de faturação, depois

de já termos batido também em 2023, diz-nos

Mário Rodrigues, visivelmente satisfeito.

Marcas e pessoal de referência

A Rodrisystem trabalha, atualmente, com várias

marcas de referência no mercado, nomeadamente

a Miracle System, que é dos equipamentos

mais vendidos na reparação de mossas

na carroçaria e “que foi a grande impulsionadora

do negócio. Foi importante para o arranque

da firma e continua a sê-lo”, conta Mário Rodrigues.

Além desta, que distribui em exclusivo

para Portugal e Espanha, destaque para a Gys,

uma marca de qualidade de equipamentos de

soldadura e rebitagem, a Wielander (rodas universais),

MWM (reparação de plásticos) e a Astra

(elevadores). Mais recentemente, a empresa

alargou as linhas de equipamentos disponíveis

“para todos os dias poder vender, mas mantendo

sempre a qualidade pela qual somos reconhecidos”,

sublinha o gerente, que foi buscar os

compressores da marca Éole e a aspiração da

Stucchi, que é “de altíssima qualidade”.

O gerente conta que a empresa tem cinco colaboradores

e defende que “o vendedor não é

apenas vendedor. É montador, formador, reparador

e todos eles fazem tudo para explicar

tecnicamente as coisas ao cliente. São eles que

contactam novos clientes, fazem prospeção e

demonstrações. Temos cá um rapaz, que fez

agora 21 anos, que está prestes a fazer um ano

na casa e ainda não foi para a rua, tem andado

sempre com eles, para ir aprendendo a nossa

forma de trabalhar”, explica, mencionando que

já tem mais um colaborador em vista: “Temos

cá tido mais um, que tem andado a acompanhar

a equipa durante esta semana, para ver

se gosta ou se não gosta. Sem conhecer nada,

eles adaptam-se à nossa forma de trabalhar”,

acredita Mário Rodrigues, que prefere formar

jovens, do que contratar vendedores já com

carreira feita, pois “nem sabem tecnicamente,

nem têm gosto pelo trabalho, estão aqui simplesmente

para faturar”.

A EVOLUÇÃO POSITIVA DA RODRISYSTEM ATÉ aoS DIAS DE HOJE

É MOTIVO DE ORGULHO PARA O FUNDADOR, QUE SE CONGRATULA

pelo CRESCIMENTO ÍMPAR QUE TEM CONSEGUIDO, EM ESPECIAL

NOS ÚLTIMOS QUATRO OU CINCO ANOS

Primazia à assistência

A assistência técnica dos equipamentos comercializados

pela Rodrisystem é uma prioridade

para a empresa, que garante “o pós-venda das

máquinas, salvo raras exceções, normalmente

no dia seguinte”, diz-nos Mário Rodrigues, que

mantém na sede “stock de tudo o que vendo,

desde consumíveis a pequenas coisas que no dia

a dia se podem vender. Normalmente, como tenho

sempre máquinas em stock, o vendedor leva

uma no carro e caso não consiga resolver o problema

de imediato, deixa-a lá e traz a outra para

arranjar. Ou seja, o cliente nunca está mais do

que um dia sem o equipamento”. E, salienta, “a

assistência está sempre em primeiro lugar. Imawww.jornaldasoficinas.com

Dezembro 2024 I Janeiro 2025 59


MÁRIO RODRIGUES

A RODRISYSTEM TRABALHA COM VÁRIAS MARCas DE REFERÊNCIA

NO MERCADO, NOMEADAMENTE A MIRACLE SYSTEM, QUE

É DOS EQUIPAMENTOS MAIS VENDIDOS NA REPARAÇÃO DE MOSSAS

NA CARROÇARIA E QUE FOI A GRANDE IMPULSIONADORA DO NEGÓCIO

gine que o colaborador tem marcada uma ida ao

Algarve, mas aparece uma assistência… já não

vai à venda ao Algarve, mas sim à assistência.

Por isso é que estamos no Grupo JAP, CarClasse,

MCoutinho, e mais recentemente, começamos

com a Land Rover Jaguar.”

Com a estrutura atual, consegue cobrir todo o

continente e ilhas. O responsável afirma que é a

Rodrisystem que faz o aconselhamento técnico

às oficinas, averiguando o que é necessário em

cada caso. “Vemos o que faz falta e avaliamos as

condições financeiras. Ainda agora, fui chamado

para vender uma máquina de tirar mossas

de alumínio e saí de lá com uma proposta para

aquisição de outros equipamentos que a oficina

também necessita. Estivemos um dia inteiro a

explicar as máquinas e propusemos a melhor

solução para as necessidades do cliente”, conta.

Relativamente à formação é a empresa que a

assegura, sendo que Mário Rodrigues entende

que “a maioria dos técnicos das oficinas tem

competências para lidar com as máquinas que

comercializamos. O grande problema que eu

sinto é que, às vezes, estamos a falar de uma coisa

e eles dizem: «já sei, já sei» e depois a gente

tem que lá ir outra vez porque eles, afinal, não

sabem nada. Em vez de estarem com atenção ao

que se está a fazer, à mínima coisa, respondem

«já sei»”, comenta.

Desafios futuros

Questionado sobre como olha para a evolução

dos equipamentos, Mário Rodrigues diz que

“tecnicamente têm evoluído muito, numa evolu-

ção que é prática para o cliente, sem coisas muito

complicadas”. Por oposição, considera que os

sistemas de diagnóstico “são muito complexos

e iria obrigar-me a ter um departamento para

poder trabalhar esse tipo de equipamentos. Na

colisão, as máquinas parecem muito complicadas,

mas não são”, diz. Daqui para a frente, o

responsável da empresa quer “manter o ritmo.

Não preciso que suba muito, mas que suba com

alguma qualidade”. Neste momento, considera

que “o mercado português está a funcionar

muito bem. Não sou eu que ando à procura de

clientes, são eles que vêm ter comigo. A Benecar,

por exemplo, conheceu a empresa na feira. Já

fizemos a demonstração do equipamentos nas

suas instalações e fechamos negócio”, finaliza,

com satisfação. l

A IMPRESCINDÍVEL

EXPOMECÂNICA

Rodrisystem tem estado presente em todas as edições da expoMECÂNICA, com um stand amplo, onde se destaca por

A

fazer demonstrações de diversos equipamentos, exemplificando todo o funcionamento dos mesmos. Para Mário

Rodrigues, a participação no evento é fundamental, “não posso falhar, porque a feira dá-me trabalho para o ano. É o melhor

local para fazer novos contactos e para rever clientes que não vemos durante um ano ou mais e o investimento, até à data,

tem sido justificado e tem retorno. Mas eu não faço a feira a pensar no retorno imediato. Normalmente, faço-a a pensar no

retorno de um ano.” Dado o sucesso destas últimas participações, o empresário está já a pensar na próxima edição, para, “em

vez de 140 metros que tivemos na última edição, ter um espaço maior, não para pôr mais equipamentos, mas para ficar mais

à vontade, e ter mais área para as demonstrações”, explica. Mário Rodrigues já está mesmo a tratar de fazer a reserva do

espaço, uma vez que a entrada de novos empresários espanhóis na feira está em vista: “Tenho pena que entrem, porque todos

os meus fornecedores dizem que a feira do Porto é a que tem mais qualidade na Europa. A feira tem uma qualidade de

equipamentos e de expositores que não há em mais lado nenhum. Por isso preocupa-me que os espanhóis entrem com

equipamentos de baixo valor, porque o cliente português gosta de qualidade. Pode não ter dinheiro para comprar na altura,

espera mais um mês ou dois ou três até ter dinheiro. E não investe muito em produtos de baixa qualidade.”

60 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


ISMAEL CARMENA, DIRETOR-GERAL Produto HELLA IBERIA

RUZI

SOLUÇÃO COMPLETA

PARA REPARAÇÃO PNEUS

REPRESENTANTE EXCLUSIVA DA MARCA RUZI EM PORTUGAL, A DOMINGOS ABELHEIRA UNIPESSOAL,

LDA., DISPONIBILIZA OS SEUS PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE PARA A REPARAÇÃO DE PNEUS,

COMBINANDO TECNOLOGIA AVANÇADA COM PREÇOS COMPETITIVOS E ACESSÍVEIS, ATENDENDO

TANTO A PEQUENAS OFICINAS QUANTO A GRANDES EMPRESAS DO SETOR

No mercado há mais de duas décadas, a empresa

Domingos Abelheira Unipessoal,

Lda., tem como missão atender às necessidades

dos clientes, e do mercado, no ramo

de venda de consumíveis para Casas de Pneus,

Recauchutagens e Oficinas. Empreendendo o

conhecimento adquirido ao longo de vários anos

de trabalho evolutivo, construtivo e consolidado

na área dos pneus, Domingos Abelheira cria, no

ano de 2002, a empresa Domingos Abelheira,

Unipessoal, Lda. Dessa forma, procurou sempre

responder às necessidades do mercado, acrescentando

valor ao mesmo através do seu caráter, do

seu “know-how” acumulado e na procura de criar

a melhor relação qualidade-preço nos seus produtos.

Assim, mais de duas décadas depois, continua

a trabalhar, juntamente com a sua equipa,

para que a oferta aos seus clientes continue a ter

como base um produto de qualidade a um preço

competitivo.

Gama extensa

A sua gama de produtos é extensa. Desde válvulas

tradicionais para ligeiros e pesados, válvulas

TPMS e máquinas de programação de sensores.

Vende todo o tipo de pernos, fêmeas e kits antirroubo

para rodas, anilhas centradoras, espaçadores

de vias e conversores de furação - que

fabricam por medida conforme as especificações

do cliente. O cliente encontra, também, vários tipos

de massas de lubrificação de talões de pneus

e massas lava-mãos, consumíveis como barras de

colar, pesos de bater e microesferas de equilíbrio,

pastilhas tubles, remendos, manchons e toda a

restante gama de material necessário no processo

de reparação de pneus. Para as oficinas, o portfólio

da empresa conta com um leque alargado de

luvas, papel industrial e ferramenta profissional

– onde representa várias marcas reconhecidas no

setor.

Ruzi garante qualidade na reparaÇÃO

A prestigiada marca Ruzi de produtos para reparação

de pneus é a mais recente representada da

empresa Domingos Abelheira Unip. Lda., com

sede em Braga. “Estamos satisfeitos pela aposta

da Ruzi na nossa empresa, o que é um sinal de

reconhecimento pela nossa atividade de mais

de duas décadas no setor dos pneus e ao mesmo

tempo um sinal de mudança que irá reforçar a

presença da marca no território nacional”, afirma

Domingos Abelheira, diretor geral. “O cliente

poderá encontrar com esta parceria exclusiva no

mercado nacional os melhores remendos, manchons,

colas e vedantes que o mercado pode oferecer,

que irão facilitar o trabalho de reparação

e aumentar a qualidade do mesmo”, acrescenta.

Desde a sua fundação que a empresa opera na

Rua José Afonso, 144, no centro da cidade de

Braga, mantendo também comerciais ambulantes

que atendem os seus clientes na região norte,

fortalecendo, ao longo dos anos, relações profissionais

de confiança. Além da loja física e do seu

sistema de visitas periódicas aos seus clientes,

disponibiliza ainda um website, www.abelheira.

com, onde os clientes podem explorar parte do

seu portfólio de produtos e obter um atendimento

personalizado com um dos colaboradores da

empresa. As encomendas são despachadas diariamente

para todo o território nacional e ilhas.

Comprometida com a inovação e o progresso, a

Domingos Abelheira Unipessoal, Lda., procura

continuar a ser uma referência confiável no setor,

promovendo o crescimento e o desenvolvimento

dos seus parceiros e clientes. l

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 61


Entrevista

MANUEL SILVA

DIRETOR GERAL DA LOVISTIN

A LOVISTIN INAUGUROU RECENTEMENTE NOVAS INSTALAÇÕES NO PARQUE INDUSTRIAL DA CIDADE,

PARA ALAVANCAR UMA NOVA FASE NO CRESCIMENTO DA EMPRESA E O DIRETOR GERAL, MANUEL

SILVA, NÃO ESCONDE A AMBIÇÃO DE CONTINUAR A EXPANDIR O NEGÓCIO, QUE TEM A GLASURIT

COMO MARCA-BANDEIRA. O JORNAL DAS OFICINAS VISITOU AS NOVAS INSTALAÇÕES, JUSTAMENTE

CONSIDERADOS STATE OF THE ART NA REPINTURA AUTOMÓVEL DEVIDO A UMA COMBINAÇÃO DE

FATORES QUE INCLUEM TECNOLOGIA DE PONTA, INOVAÇÃO NOS PROCESSOS E EXCELÊNCIA NOS

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

A

Lovistin (Loja Viseense de Tintas) foi

criada em 1990, mas já desde a década

anterior que o seu diretor-geral, Manuel

Silva, estava ligado ao negócio da repintura automóvel

em nome individual. Tem uma ligação

histórica à Glasurit, tendo contribuído para a

implementação da marca na zona centro do país,

o que lhe valeu a liderança do mercado regional,

com cerca de 700 clientes, e ser escolhida para

um dos quatro concessionários oficiais Glasurit

em Portugal.

Aposta na formação

Em 2024, abriu novas instalações, com área para

armazenagem, showroom, laboratório para produção

de tintas, centro de formação com sala para

aulas teóricas e cabine de pintura para aulas práticas,

que foi o mote para conhecermos o novo espaço.

“Percebi que estava a crescer de ano para ano e

cheguei à conclusão de que precisava de mudar de

instalações para satisfazer ainda melhor os meus

clientes. Aliado a isso, queria dar melhores condições

aos meus trabalhadores, dar-lhes todo o nível

de conforto, para que se sintam bem. No entanto,

a diferença que se vai notar mais é na formação,

temos um horizonte de inovação e queremos dar

o melhor apoio aos clientes, com formação como

deve de ser”, explica-nos o diretor-geral, Manuel

Silva. As novidades da Lovistin, no que à formação

diz respeito, não se ficam apenas pela repintura

automóvel, mas também se estendem nos setores

da “indústria e da construção, que está a subir um

pouco”, diz-nos o responsável, que considera que

os fornecedores, “que já conhecemos, estão todos

interessados em vir cá ajudar-nos e a dar essa

formação, para podermos crescer e vender mais,

ESTAMOS A UM NÍVEL

INTERNACIONAL!

assim como aconselhar melhor os nossos clientes,

porque isso é que é a fortaleza da nossa empresa”.

Manuel Silva conta que as novas instalações têm

“uma área de preparação, uma paintbox e também

uma cabine. E temos ainda uma zona para

as pessoas poderem ver as demonstrações, porque

a cabine tem vidro. Com todo este equipamento

estamos a um nível internacional, de qualquer

empresa do setor” afirma, com segurança. Neste

momento a formação já pode ser ministrada pelos

próprios técnicos da empresa, mas o objetivo do

diretor-geral da Lovistin é que estas ações sejam

realizadas em alternância com os técnicos dos fornecedores.

Aumentar o portefólio

Com a Glasurit a assumir o lugar de marca bandeira

da Lovistin, há, ainda assim, várias outras

com destaque dentro da casa e Manuel Silva tem

“no horizonte abranger mais produtos”. Atualmente,

trabalham com a 3M, “que é uma marca

de referência com produtos para a linha automóvel”

e com a Norton, “com a qual já concretizámos

um acordo e que pode vir a ser um grande

parceiro como já é a Indasa”. O responsável da

casa deixa ainda uma nota especial para a Zaphiro,

“uma empresa espanhola, da qual eu sou sócio

fundador, que tem muito bons produtos, que

estamos a importar. É uma parceria que nos tem

trazido grandes vantagens”, aponta, esclarecendo

que ainda “estão abertos a novas marcas” para

toda a tipologia de produtos. Na Zaphiro, os produtos

são produzidos “nos melhores fabricantes

da Europa ou até do mundo, porque já vamos

à América”. Além disso, Manuel Silva salienta o

facto de a Zaphiro ter “vinte técnicos que testam

os produtos (porque cada sócio tem um técnico),

e só a partir da maioria dos técnicos, é que aprovamos

o produto. Portanto, se pelo menos 11 disserem

que é bom, colocamos o produto à venda,

tem que ser a maioria. Estamos a alargar a gama

e já temos filtros para cabine de pintura, que não

tínhamos. No início éramos nós que íamos ter

com os fornecedores para adquirir os produtos,

mas agora já são eles que vêm ter connosco, inverteu-se

essa situação. Já não vamos procurar

ninguém, é assim que neste momento se encontra

o negócio da Zaphiro”, diz-nos Manuel Silva,

que é representante desta marca desde Coimbra

até ao Norte, havendo outro representante a fazer

o trabalho de Coimbra até Lisboa.

Logística e acompanhamento

Dependendo da urgência dos pedidos, as encomendas

da Lovistin podem ser despachadas ou

transportadas diretamente pelos comerciais, durante

as suas rotas semanais habituais. Em termos

de acompanhamento técnico, Manuel Silva considera

que o que tem vindo a ser desenvolvido pela

sua empresa é uma referência em Viseu: “Já temos

acompanhamento há mais de 20 anos, sempre

tivemos técnicos. Além de que os vendedores estão

todos muito bem treinados e já têm bastante

formação para atender o cliente. No entanto, para

qualquer coisa que não seja possível resolver, temos

técnicos e recorre-se rapidamente”, esclarece.

A Lovistin possui laboratório próprio, para fazer

tintas e, ao nível da gestão de cor e da digitalização,

a empresa está, segundo o responsável, “ao nível

de qualquer marca” e destaca a nova Série 100 da

Glasurit, muito mais eficiente e rentável para a

oficina. “Não podemos nunca esquecer, que parte

62 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


“AS NOVAS INSTALAÇÕES DA

LOVISTIN SÃO JUSTAMENTE

CONSIDERADAS “STATE OF THE ART”

NA REPINTURA AUTOMÓVEL DEVIDO

A UMA COMBINAÇÃO DE FATORES

QUE INCLUEM TECNOLOGIA DE

PONTA, INOVAÇÃO NOS PROCESSOS

E EXCELÊNCIA NOS EQUIPAMENTOS

UTILIZADOS”, DIZ MANUEL SILVA,

DIRETOR GERAL DA LOVISTIN


MANUEL SILVA

de nosso sucesso está na marca Glasurit que comercializamos

desde o início. A sua capacidade de

inovação é notória. Foi assim no passado, é assim

no presente e a certeza que a Lovistin tem, é que

continuará a ser assim no futuro”, sublinha.

Preocupação com o meio ambiente

Manuel Silva evidencia o cuidado que existe

atualmente entre as marcas de tinta com o ambiente,

com a necessidade de reduzir os VOC -

Compostos Orgânicos Voláteis (ou, no original

em inglês, Volatile Organic Compounds), que

são componentes químicos presentes em diversos

tipos de materiais sintéticos ou naturais, que

se caraterizam pela sua alta pressão de vapor, o

que faz com que se transformem em gás ao entrar

em contacto com a atmosfera. “Uma das coisas

pelas quais a BASF se pauta muito é pela preocupação

com o meio ambiente. É das marcas que

mais procura a evolução e, neste momento, está

quase a metade dos VOC de qualquer marca de

primeira linha, enquanto as outras andam na ordem

dos 450 gramas por litro, eles lançaram esta

linha com 250 g/l, que é algo que ninguém tem”,

conta-nos. A este respeito, o diretor-geral lamenta

a falta de fiscalização em Portugal, dizendo que

“não se deveria utilizar nada na linha automóvel

a não ser tintas aquosas, mas infelizmente ainda

há quem utilize produtos sintéticos. Agora,

se estivermos a falar da indústria, tipo camiões,

autocarros ou carros antigos, até faz sentido ser

permitido tinta de solvente, mas com alguma rigidez,

e só para esse tipo de carros. A BASF, por

exemplo, retirou do mercado todos os produtos

sintéticos, e eu perdi muitas vendas precisamente

por isso, porque no dia em que saiu a lei, eu

nunca mais tive produto. Só vendo tinta aquosa”,

diz o distribuidor, que conta com mais de 120

máquinas instaladas no país. Para este ano 2025,

com a empresa já a funcionar nas novas instalações,

Manuel Silva espera um crescimento significativo

do negócio e a entrada de novos clientes

que reconhecem a visão de futuro da empresa.

Potencial de crescimento

A tendência patente de concentração das empresas

no mercado de repintura é algo que também

atrai Manuel Silva, diretor-geral da Lovistin, que

admite ser um assunto que não está fora dos seus

projetos. “Não quer dizer que seja neste momento,

mas se puder, depois de estar estabilizado nas novas

instalações, vou começar a pensar em adquirir

algumas empresas mais pequenas do setor”. Por

outro lado, também não está fora dos seus planos

abrir uma nova loja, pois já abrange uma grande

área territorial que inclui Viseu, Porto, Penafiel,

Amarante, Felgueiras e Castelo Branco.

Manuel Gonçalves, filho de Manuel Silva, está já

ligado à empresa e considera, também ele, que

“ainda há potencial para crescer mais”. Sobre este

assunto, revela que “o que mais me assusta é o

aparecimento de segundas linhas, que têm um

preço mais baixo. Os comerciais apresentam-nas

às oficinas e quando surge problemas não têm conhecimentos

nem recursos para resolver as situações.

É um mercado desleal, porque há as marcas

que dão todas as garantias, dão formação e apoio

técnico, mas depois vem alguém que lhes mostra

alguma coisa mais barata, que nem sequer está

provada no mercado e pode estragar o negócio. E

isso está a acontecer cada vez mais e a afetar todos

os operadores”. Apesar de estar em condições

de fazer a diferença no mercado com produtos de

qualidade superior, sabe que “muitas das vezes,

nas oficinas, o que interessa é o preço. E para

essas oficinas temos a marca Baslac, também do

grupo BASF, que embora seja mais económica,

não deixa de ter qualidade”, conclui. l

GLASURIRT SÉRIE 100 AJUDA as OFICINAS

A EVoluir E SEREM MAIS COMPETITIVas

postando na ecoeficiência, na eficiência dos processos e na

A

máxima qualidade dos produtos, a Série 100 da Glasurit

responde aos novos desafios das oficinas mais modernas na área da

repintura. É a primeira linha de esmaltes de duas camadas no

mercado à base de água com um valor de VOC inferior a 250 g/l, o

que significa 40 % abaixo do limite de solventes da UE, um valor

sem precedentes. Também excede todos os requisitos globais de

COV. A Glasurit Série 100 é uma mudança de paradigma. De acordo

com Manuel Silva “a nova linha proporciona aos nossos clientes uma

vantagem significativa para o seu negócio. O feedback tem sido

muito positivo e todas as oficinas que utilizam a Série 100

diariamente conseguem menos 40% de tempo no processo de

repintura, aumentado o rendimento e, também, menos 30% de

utilização de material em cada aplicação, resultando uma poupança

significativa”. Outra vantagem da Série 100 é o facto de permitir que

as oficinas utilizem sobras de tinta de trabalhos anteriores, o que

significa menos 20% de consumo e mais 50% de tempo de processo.

“Com a Série 100, a Glasurit reafirma a sua posição de referência em

matéria de sustentabilidade, com o COV mais baixo, inferior a 250

g/l, excedendo todos os requisitos globais de COV. Reforça a sua

excelência em produtos, processos e cores, disponibilizando

informações técnicas através das suas plataformas e ferramentas de

formação digital, que auxiliam as oficinas a atingir precisão absoluta

no processo de afinação de cores”, conclui.

64 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


a AP COMUNICAÇÃO

deseja a todo o aftermarket

um excelente ano!


PUB

NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

MARCA&

-

FUCHS

CUMPRE METAS

ESTABELECIDAS PARA

2024

A

FUCHS cumpriu todos os objetivos estabelecidos para 2024 com

foco no crescimento, inovação, proteção do clima e consolidação

de parcerias. A parceria com a Mercedes-Benz, anunciada em

março, representou um salto significativo no avanço tecnológico, qualitativo

e sustentável no setor automóvel. “Esta parceria estratégica é uma

excelente notícia para os nossos clientes, tal como a introdução das novas

embalagens sustentáveis na Europa, no âmbito do novo conceito global

ACT – TIME TO ACT, é hora de agir”. O ACT é a estratégia da FUCHS

para transformar os seus processos lineares em circulares e levar o mundo

consigo nesta missão de proteger o planeta”, refere André Castro Pinheiro,

diretor automotive da FUCHS Portugal. Em 2024 a transportadora LASO

passou a utilizar exclusivamente óleos, massas e anticongelantes FUCHS

nos seus 2.600 equipamentos. A YesCar é outro cliente que reforçou a

parceria com a FUCHS e na AMSPORT, a equipa automotive da FUCHS

conseguiu consolidar a colaboração com a ampliação para toda a oficina.

Quanto à competição, é de destacar que a FUCHS RACING integrou Rafael

Rêgo, de 18 anos, nos pilotos FUCHS.

REPRESENTANTE EXCLUSIVO DA MARCA ROWE

Euromais | A Euromais introduziu a marca de lubrificantes premium ROWE no seu portfólio, como

representante exclusivo. Com um compromisso contínuo com a qualidade e satisfação do cliente, a Euromais

procura constantemente inovar e expandir o seu portfólio para incluir as melhores opções do mercado, e a

ROWE oferece aos clientes uma solução completa, além de que serão apresentados programas oficinais e campanhas

exclusivas. “Na Euromais somos um fornecedor global de soluções aftermarket para os nossos clientes

e a entrada da ROWE reflete a nossa missão: proporcionar soluções de qualidade que permitam diferenciação

e uma vantagem competitiva”, afirma Manuel Felix, Managing Director da 3AAfermarket. “Estamos extremamente

satisfeitos por termos encontrado na Euromais um parceiro forte para Portugal. Estamos a planear

investir fortemente na construção da notoriedade da marca e torná-la uma marca premium de referência local.

Para concretizar esta visão, precisamos de confiança e de um parceiro forte com uma rede bem estabelecida; é

precisamente isso que encontrámos na Euromais”, afkirma Olivier Breyer, Gestor de Vendas ROWE.


PUB

DIVULGA PROGRAMA

PARTNER PARA OFICINAS EM PORTUGAL

Olipes | A Olipes, apresentou na expoMECÂNICA o seu novo Programa Partner para Oficinas em

Portugal, uma iniciativa que surge em consequência do Programa Partner para Distribuidores que teve

início há cinco anos e com o qual a Olipes oferece uma vasta cobertura de produtos e serviços a todos os

distritos do país. “O Programa Partner para Oficinas em Portugal tem por objetivo oferecer um serviço

premium aos profissionais das oficinas mecânicas de qualquer setor, garantindo-lhes o acesso aos nossos

lubrificantes e fluidos de manutenção, distribuídos por todo o país por uma vasta rede de parceiros

e pontos de vendas autorizados, com entregas rápidas em 24/48 horas e assistência técnica imediata

24/7”, explicou Fernando Díaz, codiretor geral da Olipes. “Na Olipes pensamos sempre nos nossos clientes,

e queremos que a colocação deste Programa em funcionamento, também sirva para reforçar o nosso

compromisso para com os profissionais portugueses, oferecendo-lhes soluções inovadoras e de valor

acrescentado que lhes permitam a melhoria da rentabilidade dos seus negócios, ao abrigo de uma marca

internacional como a Olipes”, acrescentou.

C

M

SOLUÇÕES EM AR

CONDICIONADO

E REFRIGERAÇÃO

DE TRANSPORTE

Y

CM

MY

CY

CMY

K

JOSÉ ALBERTO É O NOVO

DIRETOR GERAL DA ANDEL PORTUGAL

Andel Portugal | José Alberto é o novo diretor geral da Andel Portugal, substituindo Carlos

Rosado, responsável por liderar o projeto do distribuidor desde que abriu a sua sucursal no Porto em

2022. Antigo proprietário da Bragalis, empresa adquirida em 2021 pela Autozitânia - parceira da AD

Parts em Portugal -, José Alberto tem um historial notável na distribuição grossista em Portugal, especialmente

no norte, onde a Andel está a desenvolver o seu negócio. Juntamente com José Alberto, dois

dos seus homens de confiança vão integrar o projeto Andel Portugal: Joel Martins e Pedro Rodrigues,

profissionais com uma vasta experiência no setor e um profundo conhecimento do mercado português.

Estas nomeações estratégicas sublinham o empenho da Andel em reforçar a sua presença na região.

“Com seu talento e dedicação, estamos convencidos de que contribuirão decisivamente para o crescimento

e consolidação da Andel em Portugal”, refere a empresa em comunicado.

Pavilhão 4E05

VISITE-NOS!

Rua Fernando Vicente - Armazém 15

2560-677 Torres Vedras

Telf.: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt

GPS - N39.094609 - W009.251526 | www.nelsontripa.pt



Entrevista

MÁRIO TORCATO

DIRETOR GERAL DO SWAUTO

SWAUTO TRAZ

ÀS OFICINAS UM

PARCEIRO EFETIVO

O SOFTWARE SWAUTO É UMA SOLUÇÃO ABRANGENTE QUE

VEIO FORTALECER A EFICIÊNCIA DAS OFICINAS DE COLISÃO.

ATUALMENTE IMPLEMENTADO EM MAIS DE TRINTA EMPRESAS,

TRANSFORMA A GESTÃO OFICINAL NUM PROCESSO MAIS

SIMPLES, RENTÁVEL E EFICAZ

No setor automóvel, onde a eficiência e a

inovação são essenciais, o SWAuto tem-

-se destacado como uma solução abrangente

que transforma a forma como as oficinas

operam. Criado há cerca de três anos e introduzido

no mercado desde 2022, o software propõe

uma mudança de paradigma na relação entre

o fornecedor e o reparador. “Queremos implementar

o conceito SWAuto em empresas que

queiram inovar e vencer os desafios do mercado.

É uma solução de apoio à gestão da oficina,

abrangente a toda a área de carroçaria e mecânica,

incluindo também o apoio às áreas de receção,

orçamentação, controlo de qualidade e,

claro, à gestão oficinal”, começou por explicar

Mário Torcato, diretor geral do SWAuto.

Braço direito das oficinas

Mais do que um simples programa, o SWAuto

apresenta-se como uma solução integrada que

combina tecnologia avançada, formação técnica

e um acompanhamento contínuo. Esta abordagem

completa cobre todas as etapas do processo

oficinal, disponibilizando informação em tempo

real – desde os tempos de ciclo até aos níveis de

produção e eficiência – assegurando o fornecimento

de produtos essenciais para as reparações

de pintura e chapa. “O que realmente faz a diferença

neste projeto são as pessoas que estão

envolvidas. A SWAuto traz às oficinas um parceiro

efetivo, um novo elemento que participa de

forma ativa e proativa na estrutura das oficinas.

Além disso, conta com o suporte de empresas

como a Fanlac e a Sherwin Williams”, referiu. A

simplicidade do programa permite uma leitura

clara dos resultados e facilita a implementação

de melhorias contínuas. “O foco total é no fazer

bem, desde a orçamentação até à execução, análise

crítica e gestão operacional”, garantiu. Com

as oficinas cada vez mais voltadas para a rentabilidade

em cada reparação, o SWAuto surge

como um aliado estratégico. “Uma das primeiras

medidas que tomamos é realizar uma auditoria

detalhada para compreender a realidade

da oficina. Este diagnóstico identifica tanto os

pontos fortes quanto os aspetos a melhorar. Em

O SWAUTO VAI ALÉM DE UM SOFTWARE

TRADICIONAL, OFERECENDO UMA ABORDAGEM

INTEGRADA QUE UNE tecNOLOGIA DE PONTA,

caPacitaçÃO TÉCNICA E SUPORTE CONTÍNUO

ÀS OFICINAS


MÁRIO TORCATO

NO SETOR AUTOMÓVEL,

ONDE A EFICIÊNCIA

E A INOVAÇÃO SÃO

ESSENCIAIS, O SWAUTO

TEM-SE DESTACADO

COMO UMA SOLUÇÃO

ABRANGENTE QUE

TRANSFORMA A FORMA

COMO AS OFICINAS

OPERAM

seguida, aplicamos um plano de ação focado na

eliminação das fragilidades e na otimização do

que já funciona bem, com especial atenção à formação

dos operadores”, relatou.

Acompanhamento técnico

O apoio técnico contínuo é um dos grandes

trunfos desta abordagem integrada. O SWAuto

adapta-se à realidade de cada oficina, oferecendo

formação e visitas regulares que permitem

ajustar processos e maximizar resultados.

“Atualmente, trabalhamos com dois tipos de

clientes: os que procuram uma solução global e

os que apenas necessitam de apoio na gestão”,

mencionou. Independentemente do perfil, o

acompanhamento técnico é uma prioridade.

“Encontrei na empresa Fanlac princípios e objetivos

focados na formação. Neste contexto a presença

e acompanhamento técnico nas unidades

aderentes ao projeto é uma realidade constante,

programada e aplicada às necessidades de cada

oficina”, frisou. Além disso, existe um plano de

formação para capacitar as equipas. “Há um calendário

estruturado de visitas técnicas, e estamos

a planear incluir módulos específicos para

chapeiros, ajustando-nos à evolução do setor

e às necessidades das oficinas”, destacou. Com

mais de trinta unidades já integradas, a meta

para 2025 é ambiciosa: alcançar um crescimento

de 50% em relação a 2024. l

AUTO SIDNEY UM EXEMPLO

DE RESILIÊNCIA

undada em 1994, a Auto Sidney é um exemplo de

F

resiliência no setor da repintura automóvel. Localizada

em Olhão, no Algarve, a empresa começou numas instalações

modestas com pouco mais de 200m2, mas desde 1997 que

opera num espaço mais amplo, onde tem vindo a consolidar a

sua posição no mercado. “No início, éramos vistos como

pioneiros na região. Fomos a primeira oficina de Olhão a

integrar uma estrutura de pintura e um banco de ensaio e

testes de motores. Muitos diziam que não duraríamos mais de

dois meses, mas trinta anos depois, cá estamos”, recordou

Carlos Santos, sócio-gerente da Auto Sidney. A trajetória da

oficina foi marcada por desafios, incluindo o falecimento de

um dos sócios, que era também um membro da família. “Esse

foi, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis, mas também

um dos mais significativos. Foi com o apoio dele que levei a

empresa em frente, e é um legado que vou continuar a honrar

todos os dias”, afirmou emocionado. Um dos passos mais

recentes na evolução da Auto Sidney foi a integração do

conceito SWAuto, que trouxe uma nova abordagem à gestão

oficinal. A adoção deste software tem permitido à oficina

otimizar processos, reduzir custos operacionais e reforçar a

qualidade do serviço prestado. “O SWAuto foi uma aposta

estratégica para modernizar a nossa operação. Apostámos na

sua implementação não só para melhorar a assistência técnica,

mas também para reduzir custos

operacionais, como os relacionados com consumíveis. A

experiência tem sido muito positiva”, salientou.

Ao longo dos anos, a Auto Sidney manteve um vínculo

forte com a comunidade local, algo que se reflete nas suas

iniciativas de marketing e patrocínios. Recentemente, a oficina

celebrou o seu 30.º aniversário com uma festa que reuniu mais

de 100 pessoas. “Foi um momento especial para refletir sobre

a nossa história e agradecer a todos os que fizeram parte desta

jornada”, assinalou Ricardo Santos, sócio-gerente da oficina.

A oficina também apoia eventos locais, como uma equipa de

futebol juvenil e iniciativas culturais na sua zona geográfica.

Embora a Auto Sidney continue a crescer, enfrenta desafios

comuns ao setor, como a falta de espaço físico para expansão

e a escassez de mão de obra qualificada. “Hoje, é difícil atrair

jovens para esta área. Antigamente, vinham bater à porta

para aprender. Hoje, isso quase desapareceu. Precisamos de

mais incentivos e formação profissional para criar uma nova

geração de especialistas”, sublinhou Ricardo Santos. Apesar das

limitações, a prioridade da Auto Sidney é manter a qualidade

dos seus serviços e a fidelização dos clientes. “Não queremos

crescer desmedidamente. Acreditamos que a chave está em

fazer bem o que já fazemos, com atenção aos detalhes e ao

que o mercado exige”, concluiu.

COM 30 ANOS DE HISTÓRIA, A AUTO SIDNEY

CONTINUA A INOVAR, APOSTANDO

EM SOLUÇÕES COMO O SWAUTO PARA OTIMIZAR

OPERAÇÕES E GARANTIR A SATISFAÇÃO

DOS SEUS CLIENTES

70 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


Gestão

AS MENSAGENS QUE A OFICINA DEVE TRANSMITIR

GERAR CONFIANÇA

NO CLIENTE!

UMA OFICINA DEVE SER TRANSPARENTE E MOSTRAR AO CLIENTE

AS VANTAGENS DA OFICINA E DA MARCA. DEVE DEFENDER

A QUALIDADE DA OFICINA ACIMA DE QUALQUER OUTRA E MOSTRAR

AO CLIENTE AS VANTAGENS DO SERVIÇO PRESTADO

O

perfil do cliente da oficina

mecânica evolui acompanhando

o ritmo da tecnologia

automóvel. Todos os dias se

torna mais exigente, portanto, a

estratégia de marketing é fundamental

no setor automóvel. Tornar

um cliente num embaixador da

empresa é a melhor ferramenta de

vendas e a melhor forma de o conseguir

é assegurar que a oficina se

foca em oferecer um serviço integral

de qualidade.

“A minha oficina gera confiança”

Os clientes valorizam significativamente

uma receção ativa que ofereça

a possibilidade de examinar o

veículo na sua presença. Se o cliente

dispuser de ampla informação

sobre a reparação, não só confiará

na oficina, mas também entenderá

melhor os conceitos incluídos

no orçamento. Além do mais, esta

técnica ajuda o assessor de serviço

a definir o perfil do cliente e a

conhecer as suas preferências para

prestar um serviço personalizado.

“As minhas peças de substituição

são de qualidade”

É fundamental selecionar consumíveis

e peças de substituição

de boa qualidade para conseguir

oferecer uma garantia fiável, mas

também é imprescindível promover

estes produtos. Se uma oficina

confiar nos produtos que utiliza

conseguirá transmitir essa confiança

aos seus clientes.

“Os meus mecânicos não têm rival”

Para que a oficina sobreviva num

ambiente altamente competitivo

como o setor automóvel, é importante

investir na formação

contínua da equipa para que os

elementos desta desenvolvam um

perfil polivalente. A formação e a

motivação dos técnicos da oficina

são imprescindíveis para garantir

a maior qualidade. De igual modo,

dar a conhecer as competências dos

profissionais da oficina aos clientes

é uma boa forma de gerar confiança,

fidelizar e atrair clientes. Basta

carregar vídeos no Youtube ou nas

redes sociais para mostrar alguns

dos seus trabalhos.

“O meu serviço é rápido”

Nada de empatar o cliente ou de o

fazer esperar por tempo indefinido.

O cliente deve sentir em todos

os momentos que solucionar o seu

problema é uma prioridade e que a

oficina está a fazer todos os possíveis.

O importante não é promover

a imagem de uma oficina mecânica

que atende os clientes de forma

imediata, mas sim uma imagem de

oficina que é realista e cumpre com

as expetativas.

“O serviço pós-venda é tão importante

como a venda”

Os clientes investem muito tempo

na decisão de comprar um automóvel,

pelo que o serviço oferecido

pela oficina também é muito importante

para eles. Por isso, fazer

um bom trabalho e solucionar os

problemas dos clientes é a melhor

forma de os fidelizar para que regressem

para uma revisão ou em

caso de avaria. l

O CLIENTE DEVE SENTIR EM TODOS OS MOMENTOS

QUE SOLUCIONAR O SEU PROBLEMA É UMA PRIORIDADE E QUE

A OFICINA ESTÁ A FAZER TODOS OS POSSÍVEIS

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 71


Entrevista

LEA RAYA

PINTORA NA EVA TRANSPORTES

A REPINTURA É UMA ARTE

NUM SETOR CADA VEZ MAIS MARCADO PELA ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA,

A REPINTURA AUTOMÓVEL ENCONTRA EM JOVENS COMO LEA RAYA, A ESPERANÇA

DE RENOVAÇÃO. O JO FOI CONHECER AS INSTALAÇÕES DA OFICINA DE PESADOS

DA EVA TRANSPORTES, NO ALGARVE, PARA FICAR A CONHECER MELHOR A SUA HISTÓRIA

Já não é novidade que o setor de repintura

atravessa momentos conturbados na

procura de mão de obra qualificada. Aos

poucos, algumas empresas têm vindo a investir

em iniciativas para atrair jovens talentos e

promover oportunidades de futuro, com vista

a fortalecer o setor. Um exemplo disso é a EVA

Transportes, do Grupo Barraqueiro, que recebeu

recentemente uma nova promessa na área:

Lea Raya, uma jovem de 22 anos que, com determinação

e curiosidade, está a começar a traçar

o seu caminho como pintora automóvel.

Desafiar as barreiras de género

Tradicionalmente associada ao universo masculino,

a profissão começa agora a ser também

reconhecida pelas mulheres. Natural de França

e residente em Portugal há quase uma década,

Lea descobriu a sua paixão por esta área ao observar

o trabalho feito pelos colegas numa oficina

de colisão, onde trabalhava como lavadora de

automóveis. “É um processo admirável. É mais

do que uma profissão; acho que a repintura é

uma arte”, explicou Lea. Ao chegar, foi imediatamente

acolhida pelos colegas, que a viram como

um contributo valioso para fortalecer a equipa.

“Fui muito bem recebida, dou-me bem com toda

a gente e tenho-me sentido apoiada desde o primeiro

dia”, confidenciou.

O chefe da oficina, Rui Horta, destacou o empenho

da sua nova discípula. “Ela anda sempre

com um caderno atrás onde anota tudo. Tem

muita vontade de aprender, faz muitas questões,

é uma pessoa curiosa e interessada. Já está muito

à vontade, parece que já faz isto há anos”, referiu.

O Grupo Barraqueiro, maior operador de mobilidade

do país, foi dos primeiros a criar oportunidades

para que as mulheres pudessem trabalhar

no setor dos transportes, segundo nos contou Rui

Horta. “Houve uma aceitação muito grande aqui

no Algarve, para além de se ter pago a carta de

condução para transportes públicos, foi garantindo

o trabalho a muitas mulheres”, revelou.

Tecnologia e sustentabilidade

A empresa de transportes aposta na modernização

das suas infraestruturas e processos. A

oficina de pesados, situada em Faro, é uma das

mais bem equipadas do grupo, com uma cabine

de pintura capaz de acomodar um autocarro inteiro,

com instrumentos de última geração para

leitura de cores, e softwares como o Phoenix,

que permitem melhorar a eficiência do trabalho.

O seu sistema de gestão de stock permite

rastrear cada grama de tinta ou filtro usado, garantindo

um registo e análise rigoroso dos materiais

utilizados. Um processo que não só reduz

desperdícios e otimiza custos, como garante que

a oficina funcione de forma sustentável e sem

margem para erros. Outro destaque da EVA

Transportes é o investimento no processo de

preparação antes da pintura. Desde o uso de tintas

à base de água até ao primário ajustado à cor,

cada detalhe é seguido à risca. “Se a preparação

for bem feita, o consumo de tinta é reduzido e os

resultados serão, consequentemente, melhores”,

sublinhou. Todos os anos é feito um relatório de

consumo detalhado sobre as tintas, cujo stock é

avaliado em cerca de 19 mil euros. Esta abordagem

permite alinhar os processos operacionais

com os objetivos de sustentabilidade e eficiência

da empresa.

Todo o material de repintura é fornecido pela

ASB – Álvaro de Sousa Borrego, designadamente

as tintas da Spies Hecker. “É uma longa

e saudável parceria, que nos oferece o conforto

e confiança de utilizar uma marca de referência

pela sua elevada qualidade e inovação sem

rival”, refere Rui Horta. Uma das grandes preocupações

que a ASB tem é fornecer as ferramentas

essenciais para que a oficina tenha a maior

rentabilidade nos trabalhos de repintura, assim

como ações de formação que mantêm os pintores

sempre atualizados relativamente aos novos

produtos e tecnologias.

Uma oficina ao serviço do futuro

A EVA Transportes também tem dado passos

importantes na transição para uma mobilidade

mais sustentável. Atualmente, tem uma frota

com 26 carros elétricos em Albufeira, que percorrem

mais de 300 quilómetros por dia. Para

os apoiar, a oficina dispõe de carregadores específicos

para cada um. “Fazemos de tudo um pouco

ao nível da reparação”, deu conta Rui Horta.

Desde a manutenção rotineira, como lavagens

de motor e mudanças de filtros, até projetos

mais complexos, tudo é executado com precisão.

A oficina adota uma metodologia rigorosa,

em que cada veículo tem um registo detalhado

dos serviços realizados, o que garante a máxima

transparência e controlo de qualidade. Atualmente,

a equipa é composta por 12 funcionários,

incluindo 3 pintores, 2 serralheiros, 2 bate-chapas,

3 mecânicos, 1 eletricista e 1 técnico especializado

em ar condicionado. Esta diversidade

de competências permite oferecer uma vasta

gama de serviços, desde a mecânica geral até ao

ar condicionado, eletricidade, repintura especializada

e serralharia.

Visão para o futuro

Num mercado cada vez mais competitivo e com

desafios claros na procura e retenção de talentos,

histórias como as de Lea reforçam a importância

de apostar em talentos diversificados e

em estruturas modernas. Para uma jovem pintora

neste setor, este é apenas o começo. “Estou

a aprender, mas acredito que o futuro da profissão

será ainda mais tecnológico e exigente.

Quero fazer a diferença e mostrar que, com dedicação

e trabalho, conseguimos chegar longe”,

concluiu Lea. l

72 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com


NUM SETOR TRADICIONALMENTE MASCULINO,

LEA RAYA, DE APENAS 22 ANOS, COMEÇA A

DAR OS PRIMEIROS PASSOS COMO PINTORA

AUTOMÓVEL NA OFICINA DA EVA TRANSPORTES


A NOSSA ESTRATÉGIA PASSA POR UM

PLANO DE INVESTIMENTO CONTÍNUO

A LD AUTO É UMA REFERÊNCIA EM MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE PEÇAS DE VEÍCULOS

MULTIMARCA. FUNDADA EM 1990 COM O OBJETIVO DE OFERECER UM SERVIÇO DE QUALIDADE E

PROXIMIDADE, A EMPRESA EXPANDIU-SE AO LONGO DOS ANOS E HOJE CONTA COM 14 OFICINAS EM

PORTUGAL CONTINENTAL E NA ILHA DA MADEIRA, EMPREGANDO 209 COLABORADORES


Oficina

do Mês

LD AUTO

Todas as oficinas do Grupo LD

Auto oferecem um serviço completo,

inclusive para veículos

elétricos e híbridos. Graças ao

investimento feito em tecnologia

avançada, encontram-se equipadas

com softwares e ferramentas especializadas

para reparação de componentes de sistemas de

injeção (bombas e injetores), turbos, filtros de

partículas e catalisadores, caixas de velocidades

e motores – tanto convencionais quanto elétricos,

bem como baterias. Segundo Fernando Relva,

diretor geral, o sucesso da LD Auto tem estado

intrinsecamente ligado ao seu compromisso

com a satisfação e confiança. “O nosso foco principal

são as pessoas, sejam os nossos colaboradores,

sejam os nossos clientes. Se os primeiros

estiverem satisfeitos e motivados, facilmente

irão ao encontro das expetativas e necessidades

dos nossos clientes”, referiu.

35 anos de atividade

Os 35 anos de atividade permitiram, através

das diversas aquisições e investimento, reforçar

a liderança nacional na reparação de sistemas

de injeção diesel e afirmar o posicionamento

da empresa na assistência de viaturas de todas

as marcas e na intervenção nos principais componentes

do automóvel atual. A adesão à rede

Bosch Diesel Center, permitiu responder tecnicamente

à evolução da tecnologia com a garantia

do maior fornecedor destas tecnologias.

A representação do conceito Bosch Car Service

permite-lhe dar assistência a todo o parque de

viaturas, qualquer que seja a sua motorização,

inclusive veículos híbridos e elétricos. Para

acompanhar as constantes evoluções tecnológicas,

a empresa conta com uma equipa interna de

seis colaboradores que se dedicam ao apoio técnico

e respetiva formação. Além disso, colabora

com várias empresas externas de forma a ampliar

as oportunidades formativas. “A responsabilidade

ambiental é também uma das principais

preocupações da empresa. Como destaca

o responsável, “a sustentabilidade e a reutilização

fazem parte do ADN e core business da LD

Auto”. Atualmente, a digitalização também tem

um peso importante, promovendo a redução do

consumo de papel, aumentando assim o nível de

eficiência operacional.

LD AUTO

Diretor geral

Fernando Relva

Morada

Estrada Nacional 109

2425-737 Ortigosa - Leiria

Telefone

244 619 990

Email

geral@ldauto.pt

Site

www.ldauto.pt

Contacto presencial é essencial

Apesar de estar presente nas plataformas digitais,

continua a valorizar o contacto presencial

com os clientes. “Privilegiamos o contacto

direto, seja através das nossas 14 oficinas, seja

pelo contacto dos nossos nove comerciais junto

dos clientes”, referiu. Paralelamente, a empresa

continua a investir nas redes sociais (Facebook,

Linkedin, Instagram) e canais digitais, como o

site (ldauto.net) e um portal B2B para clientes

profissionais (clientes.ldauto.net), alcançando,

assim, um público mais vasto. “Estas redes permitem-nos

chegar mais longe, a mais clientes

e de uma outra forma, mas os nossos clientes

continuam a chegar-nos maioritariamente por

recomendação”, revelou. O principal fator de

sucesso da LD Auto está relacionado com o profundo

conhecimento que Fernando Relva tem

do negócio e com a capacidade de se colocar no

terreno e envolver todos, partilhando as conquistas

e desafios com a equipa. Relativamente

à dificuldade de recrutamento e retenção de

recursos humanos nas oficinas, Fernando Relva

afirma “temos que apelar às escolas e universidades

para que apostem mais nesta área, embora

cada vez mais digital, mas será sempre preciso

ter o ser humano na linha da frente”.

2024 revelou ser mais um ano de crescimento

tanto ao nível de novos clientes como entradas

em oficinas e faturação. Para os próximos cinco

anos, as metas já se encontram bem definidas:

“A nossa estratégia passa por um plano de investimento

contínuo que nos permita continuar

de forma sólida e competente no mercado. Só

assim é possível continuar a crescer. Agora ou

daqui a cinco anos, o nosso objetivo é sermos

uma referência no Aftermarket português. Seja

pela competência, confiança ou serviço que

prestamos aos nossos clientes”. O prémio de 1º

classificado do TOP 10 das Melhores Oficinas

de Rede 2024, vem comprovar a excelência da

gestão e a capacidade de superação para se manter

uma referência na reparação automóvel em

Portugal. l

A LD AUTO CELEBRA ESTE ANO O 35º ANIVERSÁRIO COM OS OLHOS

POSTOS NO FUTURO. O OBJETIVO AGORA É ELEVAR A FASQUIA

E DEFINIR NOVOS PADRÕES DE EXCELÊNCIA, OFERECENDO AOS CLIENTES

UM CONJUNTO DE SERVIÇOS DE GRANDE VALOR ACRESCENTADO

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 75


EMPRESA

IQ4Y

FORMAÇÃO ESPECIALIZADA PARA OFICINAS

GARANTIA DE FORMAÇÃO

RECONHECIDA E CERTIFICADA!


EM APENAS UM ANO, A IQ4Y FORMOU 300 PROFISSIONAIS E REFORÇOU PARCERIAS ESTRATÉGICAS,

CONSOLIDANDO-SE COMO UMA REFERÊNCIA EM FORMAÇÃO E INOVAÇÃO NO SETOR AUTOMÓVEL.

PARA ALÉM DA OFERTA PADRÃO, OFERECE SERVIÇOS DE FORMAÇÃO PERSONALIZADA ADAPTADOS

ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DE CADA OFICINA

A

dezembro de 2023, nasceu a iQ4Y, uma

empresa vocacionada para a formação

profissional, certificada pela DGERT e

pela APA em sete áreas de ensino. Com foco em

capacitar profissionais e atualizar competências,

a empresa destaca-se na área da reparação

de veículos a motor, proporcionando formações

que promovem a competitividade e a produtividade.

Além disso, a iQ4Y oferece também plataformas

de software técnico, como a Autodata,

HaynesPro e TecDoc, essenciais para oficinas

e profissionais do setor automóvel. Adicionalmente,

a IQ4Y compromete-se a disponibilizar

informação técnica relevante e atualizada, garantindo

que os profissionais estejam sempre

na vanguarda do conhecimento nas suas áreas

de atuação. “Desde o início, o nosso compromisso

foi garantir formações de elevada qualidade,

adaptadas às necessidades do mercado e às

constantes inovações do setor automóvel”, afirma

Rita Seguro, gestora de formação da iQ4Y.

Mais de 20 formadores especializados

Com uma estrutura certificada e equipada com

tecnologia moderna, o centro de formação prioriza

metodologias inovadoras para assegurar

uma experiência de ensino completa. Atualmente,

conta com uma base de dados de mais de

20 profissionais especializados, cuidadosamente

selecionados e distribuídos por diversas áreas

de atuação. “Os nossos formadores são pessoas

qualificadas e ativas na área, possuindo uma

vasta experiência prática e teórica nas disciplinas

que lecionam. Estão certificados e em constante

atualização, garantindo que acompanham

as novas tendências e inovações nos setores que

representam”, salientou.

Os cursos de formação profissional abrangem

diversas áreas, incluindo desenvolvimento pessoal,

marketing e publicidade, gestão e administração,

ciências informáticas, construção e

reparação de veículos a motor, proteção de pessoas

e bens, bem como a segurança e higiene no

trabalho.

Parceiros reconhecidos

A iQ4Y é distribuidora oficial de softwares

como a Autodata, HaynesPro e TecDoc, plataformas

reconhecidas internacionalmente e fundamentais

para o setor automóvel. Estes sistemas

garantem o acesso a informações técnicas

atualizadas, contribuindo para o aumento da

produtividade e a eficácia nos resultados obtidos.

“Estas parcerias permitem-nos oferecer

soluções técnicas completas e atualizadas, otimizando

os diagnósticos e as reparações realizadas

pelas oficinas”, destacou. Além disso, as

certificações pela DGERT e pela APA são pilares

fundamentais na credibilidade da empresa. Estas

garantias asseguram não só o cumprimento

IQ4Y

Gestora de formação

Rita Soares

Morada

Rua Paulo VI, 2800 - 2410-147Leiria

Telemóvel

967 877 612

Email

info@iq4y.pt

Site

www.iq4y.pt

das exigências legais, mas também a qualidade

e a relevância da formação oferecida. Entre os

benefícios associados, destacam-se:

• Cumprimento legal das 40 horas anuais de

formação obrigatória para colaboradores;

• Cursos válidos no Sistema Nacional de Qualificações.

• Reconhecimento como Organismo de Atestação

de Formação de Técnicos para Intervenções

em Sistemas de Ar Condicionado;

• Procedimentos alinhados a referenciais de

qualidade específicos.

Oferta Formativa para 2025

Com um portfólio em constante crescimento,

a iQ4Y destaca-se por “oferecer uma solução

completa de formação”, que abrange áreas técnicas,

organizacionais e comportamentais. Para

o próximo ano, a empresa prepara-se para expandir

ainda mais a sua oferta formativa, com

a apresentação de 20 cursos centrados no setor

automóvel. Entre os novos programas, destaca-

-se o curso de especialista em veículos elétricos

e híbridos, que reflete a transição tecnológica

e a crescente procura por profissionais qualificados

nesta área. Além disso, a empresa dará

continuidade ao seu foco em segurança e higiene

no trabalho, áreas essenciais para empresas

de diversos setores. A iQ4Y também desenvolve

formações personalizadas, ajustadas às necessidades

específicas de cada cliente. “Adaptamos

conteúdos, metodologias e horários para garantir

que as empresas atinjam os seus objetivos estratégicos”,

explicou. Estas formações podem ser

realizadas tanto nas instalações da iQ4Y como

no local de trabalho do cliente. O primeiro ano

de atividade da iQ4Y foi um sucesso, com cerca

de 300 formandos a concluírem os seus cursos.

Para 2025, as expetativas são de crescimento

contínuo com o lançamento de um calendário

de formações na região do Funchal. “Queremos

levar a nossa formação a mais pessoas, mantendo

sempre os padrões de qualidade que nos definem”,

concluiu Rita Seguro. l

ENTRE OS CURSOS DISPONÍVEIS, DESTACAM-SE PROGRAMAS

ABRANGENTES DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO AUTOMÓVEL,

CAPACITANDO OS PARTICIPANTES COM AS COMPETÊNCIAS TÉCNICAS

necessÁRIAS PARA SOBRESSAIR NESTE SETOR EM CONSTANTE EVOLUÇÃO

www.jornaldasoficinas.com Dezembro 2024 I Janeiro 2025 77


NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO

Pneus

A

fabricante nacional de pneus de Portugal,

Camac, renasceu graças ao investimento

significativo do seu novo proprietário,

a empresa britânica Nova Motorsport. A fábrica

de Santo Tirso, perto do Porto, está a ser submetida

a um programa de renovação e modernização

de €20 milhões desde que foi adquirida pela

Nova Motorsport em abril. Serão criados mais de

100 empregos em diversas áreas, incluindo engenharia,

tecnologia, marketing e outras funções.

Isso impulsionará significativamente a economia

local, apoiando o crescimento e criando oportunidades

para a comunidade. A marca Camac há

muito que se estabeleceu como um interveniente

fundamental no mercado de pneus especializados,

incluindo o altamente competitivo setor do

desporto automóvel. A aquisição da Camac pela

Nova Motorsport marca mais um passo no sentido

de se tornar uma potência independente focada

exclusivamente no desenvolvimento e fabricação

de pneus de alto desempenho e pneus especializados.

A localização estrategicamente importante da

fábrica na União Europeia faz com que a unidade

de fabrico esteja idealmente situada para servir os

seus clientes e mercados de exportação em toda a

Europa e no resto do mundo.

A Nova Motorsport é uma empresa de pneus fundada

pela SPC Rubber, líder britânica em compostos

de borracha. Fundada em janeiro de 2024, a

CAMAC

REVITALIZADA COM INVESTIMENTO

DO NOVO PROPRIETÁRIO

Nova Motorsport realizou várias aquisições e garantiu

acordos de fornecimento e parceria no cenário

internacional do desporto automóvel. Além

da Camac, a Nova Motorsport garantiu os direitos

globais da Avon Motorsport. Ela também se associou

a campeonatos, incluindo o internacional

de rallycross RallyX, a série de corridas históricas

Peter Auto na Europa e o Campeonato Britânico

de Hillclimb. Os primeiros pneus de marca Nova

Motorsport, o ACB11 para rallycross, foram produzidos

na fábrica no final de agosto e estreados

numa apresentação especial no evento Rallycross

RX Loheac 2024, em França. Em outubro, a fábrica

portuguesa revitalizada retomou a produção

da linha de pneus Camac Classic para o mercado

europeu. O pneu Camac Classic 5.90x13 de construção

diagonal é baseado em um produto introduzido

em 1969 e pode equipar vários modelos de

viaturas clássicas, incluindo o Ford Taunus/Cortina

Estate, Opel Rekord e Simca 1300. A Camac

começou a produzir o seu pneu radial 145R10 no

início dos anos 1970 e, hoje, em sua versão Classic,

desempenha um papel crucial em manter modelos

icónicos como o Austin Mini e os Honda N300,

N400 e N600 nas estradas.

A aquisição da Camac reforça significativamente a

missão da Nova Motorsport de redefinir o panorama

da produção de pneus para automobilismo e

pneus especializados. Com uma capacidade de produção

significativa e uma equipa técnica e de engenharia

experiente e em crescimento, a marca está

pronta para oferecer avanços revolucionários no

desempenho de pneus e no atendimento ao cliente

para a comunidade global de automobilismo.

Com €20 milhões destinados à expansão, renovação

e modernização das instalações, ficará com

capacidade para produzir 500.000 pneus por ano.

Para garantir os mais elevados níveis de qualidade

de fabrico e de produto, foram carregados com

equipamentos cerca de 200 camiões transferidos

da antiga fábrica da Avon em Melksham, no Reino

Unido, para Portugal. Além disso, a maquinaria

existente para a produção de pneus Camac na

fábrica está a ser atualizada e modernizada para

garantir uma qualidade exemplar. Estão também

a ser implementadas melhorias adicionais e contínuas

em todas as instalações, através da integração

de vários sistemas novos e da adoção de processos

avançados de fabrico e de garantia de qualidade

adquiridos à Avon Motorsport. A Nova Motorsport

recriou os compostos e materiais vencedores

de campeonatos anteriormente feitos pela Avon

Tyres em Melksham, utilizando compostos de mistura

de última geração. A marca segue os mesmos

rigorosos procedimentos de teste e métodos de

laboratório especificamente projetados e utiliza a

mesma tecnologia, procedimentos, moldes e materiais

originalmente implantados no Reino Unido.

ULTRACONTACT NXT GANHA PRÉMIO INOVAÇÃO CLEPA

Continental | O UltraContact NXT da Continental ganhou o Prémio de Inovação CLEPA na categoria “Verde”. A Associação Europeia

de Fornecedores do Setor Automóvel distingue assim o pneu de série mais sustentável da Continental. Dependendo da dimensão do pneu,

o UltraContact NXT tem uma quota de até 65% de materiais renováveis, reciclados e certificados pelo balanço de massa ISCC PLUS. Com o

UltraContact NXT, a Continental combinou a máxima sustentabilidade com o melhor desempenho da sua classe. Todas as dimensões disponíveis

têm a classificação máxima da etiqueta de pneus da UE (“A”) nas áreas da resistência ao rolamento, travagem em pavimento molhado e

ruído exterior. O Prémio de Inovação CLEPA é atribuído anualmente pela CLEPA, para distinguir os produtos e tecnologias mais inovadores da

indústria automóvel europeia. O UltraContact NXT já ganhou vários prémios desde o seu lançamento no mercado, incluindo o Prémio de Sustentabilidade

no Swiss Automotive Show Innovation Awards 2023, o International Design Award 2023 e o German Innovation Award 2024

78 Dezembro 2024 I Janeiro 2025 www.jornaldasoficinas.com



Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!