AFFlorestal_270Web
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DESTAQUE
Legislação: Mercado de comercialização de créditos de carbono é aprovado no senado
CRESCIMENTO SAUDÁVEL
E ACELERADO
FERTILIZANTE DE BIO NPK EM GRÃOS
FORTALECE O SOLO E MELHORA
PRODUTIVIDADE DE FLORESTAS
EALTHY AND
ACCELERATED GROWTH
BIO NPK FERTILIZER IN GRAINS
STRENGTHENS THE SOIL AND
IMPROVES FOREST PRODUCTIVITY
Linha Pesada HPH
Bicos de metal duro especial (HPH)
Não requer afiação
Versátil para diferentes tipos de
vegetação
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SUMÁRIO
FEVEREIRO 2025
46
NUTRIÇÃO
FLORESTAL
OTIMIZADA
10 Editorial
12 Cartas
14 Bastidores
16 Notas
32 Frases
34 Entrevista
44 Coluna
46 Principal
52 Carbono
60 Compostagem
64 Incêndios
68 Ações
72 Artigo
78 Agenda
80 Espaço Aberto
64
68
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
15 Armac
11 BKT
19 Carrocerias Bachiega
67 Composhow
71 D’Antonio Equipamentos
25 Denis Cimaf
02 Dinagro
27 DRV Ferramentas
55 Engeforest
84 Envimat
17 Envimat/CBI
63 Envimat/Compostagem
09 Envu
29 Equilíbrio Florestal
43 Feldermann Forest
79 Felipe Diesel
59 Francio Soluções Florestais
04 Himev
31 J de Souza
45 Nutrir Bio Fertilizante
41 Planflora
57 Polli Fertilizante
73 Remsoft
39 Rocha Facas
77 Rodotrem
13 Rotary-Ax
06 Rotor Equipamentos
81 Show Florestal
82 Sparta Brasil
79 Tabaco Máquinas
33 Tecmater
35 Unibrás
23 Vantec
21 Watanabe
37 WDS Pneumática
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O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas
desde o início e em todas as épocas do ano
Aplicação
Pré e Pós-Plantio
Das culturas do
eucalipto e pinus
Seletividade
Não afeta o
desenvolvimento
das culturas do
eucalipto e pinus
Flexibilidade
Permite aplicação
em épocas úmidas
e secas
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de plantas daninhas,
mesmo após longos
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EDITORIAL
Do jeito certo
O setor florestal brasileiro é um dos pilares da economia sustentável do país,
responsável por gerar empregos, preservar a biodiversidade e promover o uso
consciente dos recursos naturais. No entanto, a consolidação desse setor como
referência global depende diretamente da pesquisa, dos pesquisadores e da
disponibilidade de dados confiáveis. A ciência florestal é essencial para o desenvolvimento
de técnicas mais eficientes de manejo, reflorestamento e preservação.
Pesquisadores desempenham um papel crucial ao inovar em áreas como biotecnologia,
controle de pragas, uso de herbicidas e maximização da produtividade. Dados
sólidos, por sua vez, são a base para tomadas de decisão assertivas, seja na definição
de políticas públicas ou no planejamento estratégico de empresas. Investir em
pesquisa é pensar no futuro sustentável do Brasil, garantindo que o setor florestal
continue a ser um exemplo de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação
ambiental. Nesta edição, a Nutrir Biofertilizantes, com suas soluções em
adubos para o crescimento da floresta, noticias sobre créditos de carbono, um artigo
sobre desbaste de pinus, os planos para recuperação da mata nativa brasileira, e
uma entrevista exclusiva com Italo Falesi, pesquisador da Embrapa responsável por
trazer o mogno africano para o Brasil e que tem mais de 60 anos de contribuições
para o segmento florestal brasileiro. Um excelente 2025!
2
1
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXVII • Nº270 • Fevereiro 2025
DESTAQUE
Na capa dessa edição
a Nutrir Fertilizantes,
com suas soluções para
enriquecimento do solo
Legislação: Mercado de comercialização de créditos de carbono é aprovado no senado
EALTHY AND
ACCELERATED GROWTH
BIO NPK FERTILIZER IN GRAINS
STRENGTHENS THE SOIL AND
IMPROVES FOREST PRODUCTIVITY
CRESCIMENTO SAUDÁVEL
E ACELERADO
FERTILIZANTE DE BIO NPK EM GRÃOS
FORTALECE O SOLO E MELHORA
PRODUTIVIDADE DE FLORESTAS
THE RIGHT WAY
Brazil’s Forestry Sector is one of the pillars of the Country’s sustainable economy,
and it is responsible for creating jobs, preserving biodiversity, and promoting
the responsible use of natural resources. However, the consolidation of this sector
as a global benchmark depends directly on research, scientists, and the availability
of reliable data. Forestry science is essential for developing more efficient management,
reforestation, and conservation techniques. Research plays a critical role by
innovating in biotechnology, pest control, herbicide use, and maximizing productivity.
Sound data, in turn, is the basis for confident decision-making, whether in
the definition of public policies or the strategic planning of businesses. Investing in
research means considering Brazil’s sustainable future, ensuring that the Forestry
Sector remains an example of a balance between economic development and environmental
conservation. In this issue, you will find news about Nutrir Biofertilizantes
with its fertilizer solutions for forest growth, news on carbon credits, an article on
pine thinning, plans to recover Brazil’s native forest, and an exclusive interview with
Italo Falesi, the Embrapa scientist responsible for introducing African mahogany to
Brazil and who has contributed to the Brazilian Forestry Sector for over 60 years.
Have a great year and pleasant reading!
Entrevista
com Italo
Claudio
Falesi
Pontos fundamentais de um
projeto de compostagem
3
EXPEDIENTE
ANO XXVII - EDIÇÃO 270 - FEVEREIRO 2025
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Cipem
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Fabiana Tokarski - Supervisão
Ana Paula Vogler
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(41) 99203-2091
ASSINATURAS
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
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CARTAS
DESTAQUE
Prêmio REFERÊNCIA melhores do ano: confira tudo sobre a grande festa do setor florestal
Capa da Edição 269 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de dezembro de 2024
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
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AMPLA DEFESA
COM REGISTRO ESPECÍFICO PARA
APLICAÇÃO VIA DRONES, HERBICIDA
PRÉ-EMERGENTE DA ENVU TRAZ MAIS
FLEXIBILIDADE E EFICIÊNCIA NO
CONTROLE DE DANINHAS
Ano XXVI • Nº269 • Dezembro 2024
BROAD DEFENSE
WITH SPECIFIC REGISTRATION FOR
APPLICATION VIA DRONES, ENVU'S
PRE-EMERGENT HERBICIDE BRINGS
MORE FLEXIBILITY AND EFFICIENCY
TO WEED CONTROL
PRINCIPAL
Por Carlos Roberto Souza, São Paulo (SP)
A Envu é um sinônimo de excelência. Que belo trabalho de desenvolvimento,
produto e de responsabilidade com o que se faz. Um exemplo para todos.
ENTREVISTA
Foto: divulgação
Por Manuela Silveira, Belo Horizonte (MG)
O trabalho com madeiras de reflorestamento de longo prazo deve ser
valorizado. Há um desafio muito grande para plantar hoje e colher
depois de 25 anos.
PRÊMIO REFERÊNCIA MELHORES DO ANO!
Por Anderson Moreira Castro, Campinas (SP)
Que festa linda! Muito importante o reconhecimento a cada empresa e personalidade
premiada. Que isso motive outros a fazerem ainda mais pelo setor.
Foto: Emanoel Caldeira
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Revista Referência Florestal
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@revistareferencia9702
E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
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ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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BASTIDORES
Revista
Foto: REFERÊNCIA
Foto: REFERÊNCIA
VISITA
Estivemos com o comercial da REFERÊNCIA
FLORESTAL, Gerson Penkal (centro), em
Campos Novos (SC) para visitar o nosso
parceiro comercial Rocha Facas, dos diretores
Zelir Rocha e Jair Rocha.
PARCERIA
O diretor comercial da REFERÊNCIA FLORESTAL,
Fábio Machado, visitou a nova sede da Rotor
Equipamentos na cidade da Fazenda Rio Grande (PR),
do diretor Everson Muhlstedt. Na oportunidade, além
da renovação da parceria, houve panejamento para o
novo trabalho visual da Rotor no setor florestal.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
ALTA
CADA VEZ MAIS MADEIRA
O relatório da FAO (Food and Agriculture Organizations
of the United Nations) estima aumento de 37% no
consumo de produto primário de madeira processada
de 2020 até 2050. Hoje, a madeira representa grande
parte da economia, sendo que apenas o mercado da
madeira serrada em nível global é estimado em US$
757,33 milhões em 2024, de acordo com o Relatório
da Indústria da Madeira Serrada da Mordor Intelligence
Industry Reports. Em 2023, a área dedicada ao
plantio de árvores ultrapassou pela primeira vez os
10 milhões de ha (hectares), tendo o eucalipto como
76% da área plantada. Pinus fica em segundo lugar
com relação a maior extensão no plantio. E esse
volume deve continuar crescendo cada vez mais
para atender a demanda.
FEVEREIRO 2025
QUEDA NAS EXPORTAÇÕES
“Em 2023 houve queda nas exportações de madeira
do Pará, em 39,39% em relação ao ano anterior,
totalizando US$ 212.858.782 milhões”, afirmou
Deryck Martins, ao jornal O Liberal. Ainda segundo
Deryck, em 2024, as exportações de madeira do
Pará caíram, mas a madeira perfilada teve crescimento
em quantidade e valor. Os EUA (Estados
Unidos da América) foram o principal destino da
madeira perfilada do Pará, representando 53,81%
do total exportado. O setor madeireiro brasileiro
enfrentou uma redução de 27% no valor e 18,9%
na quantidade exportada, se comparado ao ano
anterior.
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operações
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acidentes com
afastamento
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de solo (savannah)
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NOTAS
Podcast REFERÊNCIA
Durante os meses de dezembro e janeiro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados importantes
para o desenvolvimento do segmento madeireiro de base florestal. Os entrevistados desses episódios foram Fábio Parisoto (foto de
cima), diretor florestal do grupo Frameport, com formação e pós-graduação na área contábil, mas se enveredou para o setor no polo
madeireiro catarinense da cidade de Caçador (SC); e Romualdo Rymsza Neto (foto de baixo), curitibano formado em engenharia civil
e atua como diretor-geral da Laminorte, empresa do segmento de lâminas, serrados, decks e pisos de madeira nativa. Os episódios
tiveram o apoio da Komatsu Forest, Rotary-Ax, Agroclip, que atuam oferecendo soluções para o segmento de base florestal e na
instalação de decks de madeira.
Parisoto relatou que no início de sua formação não pensava no segmento florestal, seguiu o rumo contábil para ter certezas
sobre o futuro, seja como empregado ou abrindo seu próprio
escritório. A mudança de carreira foi quando ele estava as portas
do seu casamento e seu sogro o convidou para ingressar na Frameport.
“Foi um convite muito leve. Ele não me forçou a nada.
Mas comecei a gostar mais do segmento, saí do escritório e fui
para a floresta cada vez mais, sempre que podia. Assim, aceitei o
segundo convite dele para agora liderar o campo e assim estou
até hoje, há 15 anos”, relatou Fábio Parisoto.
Sobre a parte prática, Parisoto ressaltou a evolução do
trabalho quando ele iniciou e como está agora. A mecanização
dos processos acelerou a produção, seja para corte ou mesmo
transporte. Tudo foi fazendo com que a operação florestal se
transformasse. “Era tanta novidade quando esses equipamentos
chegaram que nem pensamos muito, comprávamos máquinas e
víamos que tudo era melhor, mais rápido e mais eficiente. Hoje
vivemos com tecnologias ainda mais futurísticas, onde podemos
monitorar máquinas direto do escritório”, destacou Fábio.
Romualdo é a segunda geração de sua família na Laminorte,
empresa fundada por seu pai há 44 anos. Ele relata que nasceu
no meio da madeira, passando parte de sua infância e adolescência
no meio de tábuas, lâminas e produtos madeireiros.
“Cresci naquele meio, no ensino médio fiz meu primeiro estágio
lá, parei apenas as vésperas do vestibular para estudar e logo
voltei. Desde então continuo me dedicando a seguir o trabalho e
legado do meu pai”, apontou Romualdo.
Na segunda parte do programa Romualdo aproveitou para
valorizar o trabalho do manejo florestal sustentável, que é a fonte
da matéria-prima utilizada em sua empresa. “Muitos clientes
nos perguntam até quando teremos certas madeiras e através
do manejo podemos garantir que teremos a madeira para sempre,
pois a prática garante que a floresta fique em pé. Depois de
5 anos é impossível encontrar a área onde foi feita a extração.
A floresta sempre continua crescendo de forma sustentável”,
ressaltou Romualdo.
Os episódios completos o Leitor pode conferir
no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:
Fotos: REFERÊNCIA
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Símbolo de boas práticas
Foto: divulgação
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou a criação do Selo Nacional de Sustentabilidade Empresarial,
para empresas que contribuam com a redução de impactos ao meio ambiente (PL 358/2020). A proposta, do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), recebeu parecer favorável do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e segue agora para a
CMA (Comissão de Meio Ambiente).
Para ganhar o selo, a empresa terá de comprovar, além do cumprimento da legislação ambiental e de outros regulamentos
aplicáveis, uma ou mais das seguintes exigências: redução certificada da geração de resíduos sólidos, do consumo de
água potável ou do consumo de energia elétrica; redução certificada da emissão de GEE (gases de efeito estufa); recepção
e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos dos consumidores, com certificação; substituição total
certificada de embalagens e utensílios plásticos descartáveis para alimentos e bebidas por material reutilizável ou biodegradável
de origem renovável; manutenção da cobertura de vegetação nativa 50% superior ao exigido pela legislação florestal;
compensação ambiental 10% superior ao exigido na licença ambiental da atividade ou empreendimento.
A emissão do selo será feita pelo órgão ambiental licenciador da União, por prazo determinado e renovável. Além de poderem
exibir o selo em produtos, rótulos, embalagens e propagandas, as empresas certificadas terão direito a uma série de
benefícios: linhas de crédito especiais, com juros reduzidos e prioridade no acesso a bancos públicos e privados; critério de
desempate em licitações; tramitação prioritária no licenciamento ambiental; outorga de direito de uso de recursos hídricos
e licenciamento urbano; recebimento de créditos de logística reversa pela aquisição e destinação ambientalmente adequada
de resíduos sólidos, como previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.
Os consumidores de produtos recicláveis dessas empresas que devolverem o resíduo também terão vantagens: poderão
receber crédito equivalente a 1% do valor do produto nas compras feitas no estabelecimento que efetuou a coleta.
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NOTAS
Parceria selada
O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) firmou, por meio da SDI (Secretaria de Inovação, Desenvolvimento
Sustentável, Irrigação e Cooperativismo), protocolo de intenções com a Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura,
mais uma instituição a compor a Rede Floresta+Sustentável, integrando ações de fomento à silvicultura brasileira.
O documento foi assinado pelo secretário da SDI, Pedro Neto, e pela gerente executiva da coalizão, Carolle
Alarcon.
Essa é mais uma ação do Plano Floresta+Sustentável, que busca trazer para a Rede, iniciativas por meio do intercâmbio
entre produtor e iniciativa privada, que possibilitem a execução de projetos voltados à recuperação de áreas
degradadas e de desenvolvimento da cadeia produtiva florestal, contribuindo para o alcance dos Objetivos Nacionais
Florestais e as Ações Indicativas do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas. De acordo com
Pedro Neto, a entrada de instituições como a Coalizão Brasil reforça o compromisso do Mapa em alavancar o setor
de florestas plantadas no Brasil, causando impacto positivo para os produtores, sem perder o foco na preservação
ambiental. “O fomento à produção de base florestal abre novas possibilidades de negócio, emprego e renda para o
produtor rural, aliando a promoção da silvicultura de nativas com a atividade florestal sustentável”, destacou Pedro.
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por representantes dos setores privado
e financeiro, da academia e da sociedade civil, que atua na promoção da sinergia entre as agendas de proteção,
conservação, uso sustentável das florestas naturais e plantadas, agropecuária e adaptação às mudanças climáticas.
Com a nova assinatura, somam onze os protocolos firmados com associações do setor florestal em 2024, cujo
objetivo é dar publicidade à Rede Floresta+, com foco na execução das propostas recebidas pela Chamada Pública
para Projetos Florestais (Edital Mapa número 01/2024).
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NOTAS
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Orgulho nacional
A silvicultura brasileira abrange uma área de 9,3 milhões de ha (hectares) que geram R$ 33,7 bilhões, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A atividade de silvicultura é responsável por 4% do PIB (Produto Interno
Bruto), e produziu em 2023, 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e ainda, 1,5
milhão de m3 (metros cúbicos) de madeira para exportação. A silvicultura ocupa uma área de 9,3 milhões de ha, sendo
a Mata Atlântica o bioma com maior proporção de área de silvicultura. Mais de 80% das florestas cultivadas utilizam
eucalipto plantado para fins comerciais, como produção de papel, celulose, madeira e carvão vegetal. Além do eucalipto,
o pinus, a seringueira e a acácia estão entre as principais espécies cultivadas no Brasil. Na região sul, predominam
acácia-negra, pinus e eucalipto.
Segundo o IBGE, Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, com R$ 7,5 bilhões (dados
de 2022). Em seguida vem o Estado do Paraná (R$ 4,8 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,8 bilhões).
A silvicultura é também uma fonte geradora de empregos e renda para milhões de pessoas em todo o país. Estima-se
que 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos estão ligados à atividade. Além disso, a cadeia produtiva da
madeira envolve diversas atividades, desde o plantio e o manejo das florestas até a produção de móveis, papel e outros
produtos. Com isso, essa é uma atividade que contribui para o desenvolvimento de comunidades rurais, promovendo a
fixação do homem no campo.
Com um trabalho eficiente e bem realizado, nossa silvicultura possui um enorme potencial para aumentar a produção
de madeira de forma sustentável. Com isso, consegue atender à crescente demanda por produtos florestais no
mercado interno e externo. Para isso, os avanços tecnológicos e metodológicos na área são fundamentais. Eles têm
possibilitado uma gestão mais eficiente e sustentável das florestas. Isso inclui técnicas avançadas de plantio, silvicultura
de precisão, manejo integrado de pragas e doenças, práticas de conservação do solo e da água.
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Exportações em alta
Foto: divulgação
A Secex/MDIC (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços),
divulgou os dados consolidados da balança comercial brasileira de 2024. No acumulado de janeiro a dezembro de 2024,
em comparação ao mesmo período do ano passado, as exportações totais caíram -0,8% e somaram US$ 337,04 bilhões.
As importações cresceram 9,0% e totalizaram US$ 262,48 bilhões. Com esses resultados, a balança comercial teve superávit
de US$ 74,55 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 3,3%, atingindo US$ 599,52 bilhões.
Os dados da balança comercial brasileira são de suma importância para avaliar a saúde econômica do país, pois ao
fornecerem informações sobre o equilíbrio entre exportações e importações, refletem a competitividade do Brasil no comércio
internacional. A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), compilou os
dados oficiais da Secex/MDIC e dividiu por segmento de produtos de madeira processada mecanicamente. Esse resumo
das exportações de 2024 é enviado a todos os associados para que, com essas informações em mãos, os industriais possam
planejar e montar suas estratégias para 2025, buscando fortalecer ainda mais sua posição no comércio global.
Os resultados refletem os desafios enfrentados pelo setor durante 2024, entre eles os mais críticos como os entraves
logístico-portuários, as greves dos servidores em órgãos anuentes nos processos de exportações, a ameaça de paralisação
dos estivadores nos EUA (Estados Unidos da América) e as guerras em curso que acometeram o cenário global no
ano passado.
O complexo cenário logístico impacta diretamente no volume exportado. “São muitas variáveis para as quais, infelizmente,
não há soluções a curto prazo. As melhorias em infraestrutura para ampliar a eficiência nos serviços, demandam
planejamento e investimentos em médio e longo prazo. Foi mais um ano em que enfrentamos atrasos para os embarques
de nossos produtos, custos excessivos e operações que não atenderam nossas necessidades de escoamento”, alerta
Paulo Pupo, superintendente da Abimci.
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Monitoramento automatizado
Um estudo inovador realizado por pesquisadores brasileiros e publicado na última edição da revista britânica
Communications Earth & Environment, do grupo Nature, apresenta indicadores ecológicos e valores de referência para
avaliar a efetividade da regeneração natural como forma de restaurar florestas na Amazônia.
A pesquisa revela que a integridade ecológica, ou seja, a capacidade de restauração ecológica das florestas secundárias,
diminui com a duração do uso anterior do solo e o nível de desmatamento da paisagem. A regeneração natural é
mais eficiente como método de restauração ecológica em áreas que foram pouco usadas para agricultura ou pastagem
no passado, que possuam quantidade expressiva de floresta no entorno e que tenham sofrido poucos eventos de corte e
queima.
O trabalho é resultado do projeto Regenera, financiado pelo CNPq e desenvolvido no âmbito do programa Centro de
Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, estrutura de pesquisa inovadora no cenário nacional, criada para
integrar informações de diferentes disciplinas para gerar conhecimento.
Ao alinhar ciência básica e aplicação prática, o estudo reforça o papel da regeneração natural como uma solução
eficiente e de baixo custo para restaurar ecossistemas florestais e apresenta ferramentas para garantir uma restauração
ecológica eficiente. A aplicação de indicadores ecológicos também permite um monitoramento mais preciso e garante
que o Brasil avance em direção ao cumprimento de suas metas ambientais globais.
Para avaliar se uma floresta em regeneração está realmente sendo capaz de restaurar o ecossistema nativo, o estudo
propôs indicadores e valores de referência, que incluem medidas de diversidade, função e estrutura da vegetação. Para
cada indicador, foram estimados os valores mínimos que uma floresta deve ter para ser considerada eficiente na restauração
ecológica.
Foto: divulgação
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Do tronco ao lucro:
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o trabalho no campo.
NOTAS
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Dados acessíveis
A edição mais recente do Boletim SNIF (Sistema Nacional de Informações Florestais) destaca três temas centrais
para a gestão florestal no Brasil: os conceitos e métodos de análise de produtos florestais, o controle de qualidade
do Inventário Florestal Nacional e o Cadastro Nacional de Florestas Públicas.
A publicação destaca que a definição dos produtos florestais produzidos no Brasil e o cálculo do volume anual
da produção são tarefas complexas. O boletim detalha como o SFB (Serviço Florestal Brasileiro) estabelece a lista de
produtos florestais, tanto madeireiros quanto não madeireiros e como consolida os dados sobre a produção anual
do setor, garantindo a precisão das informações essenciais para a gestão florestal.
Essa análise é realizada e publicada no SNIF, além de subsidiar relatórios internacionais de instituições das quais
o Brasil é membro, como FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e a ITTO (Organização
Internacional de Madeiras Tropicais). O fato de os dados serem produzidos por mais de uma instituição
torna um desafio a tarefa de consolidar essas informações. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
por exemplo, é responsável por pesquisas sobre a produção florestal, já o MDIC (Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços), pelos dados sobre exportação e importação. O boletim apresenta as diversas fontes
nacionais usadas, detalha como os dados são analisados para impedir sobreposições e erros de análise, pois alguns
estão presentes em mais de uma delas, e como é feita a adequação às classificações internacionais.
28 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
União pelo futuro
A sede da Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense
de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas)
em Campo Grande, foi palco de uma reunião que reuniu
representantes da AGEMS (Agência Estadual de Regulação
de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), empresas
plantadoras de florestas e distribuidoras de energia
elétrica. O evento teve como objetivo alinhar estratégias
e aprimorar as práticas relacionadas à operação das redes
de distribuição rurais, promovendo maior eficiência,
segurança e confiabilidade no fornecimento de energia
elétrica, além de fortalecer as ações de prevenção e combate
a incêndios florestais.
Durante a reunião, a Reflore (MS) apresentou um
panorama detalhado do setor de produção florestal no
Estado, abordando temas como a distribuição geográfica
das áreas de florestas plantadas, sua importância
econômica para a região leste de Mato Grosso do Sul e
as práticas de manejo sustentável adotadas pelos plantadores
de eucalipto. Foram também destacados dados
sobre produtividade, contribuições para a economia local
e estadual, estatísticas de incêndios florestais e os impactos
observados.
A apresentação incluiu ainda informações sobre as
implicações das operações florestais nas proximidades
das redes elétricas, proposições de ações conjuntas para
mitigar riscos de incêndios, e as parcerias firmadas com
municípios para prevenção e mitigação desses eventos.
Também foram apresentados planos de contingência, iniciativas
de proteção ambiental e projeções de crescimento
e expansão das florestas plantadas no Estado.
Representantes das distribuidoras de energia elétrica
trouxeram uma análise abrangente da gestão das redes
de distribuição rurais, incluindo a revisão da largura das
faixas de servidão, dados sobre manutenções realizadas
entre 2022 e 2024, e o planejamento para o biênio
2025/2026. Além disso, foram apresentados relatórios
técnicos sobre os impactos das queimadas nas redes elétricas,
os prejuízos ocasionados pelos incêndios florestais
e os desafios enfrentados pelas distribuidoras no atendimento
às demandas relacionadas a esses eventos.
O diretor executivo da Reflore (MS), Dito Mário, destacou
a relevância da união entre os setores envolvidos:
“A colaboração entre os plantadores de florestas, as
distribuidoras de energia elétrica e os órgãos reguladores
é essencial para construirmos soluções eficazes e sustentáveis.
Somente com esse diálogo constante conseguiremos
enfrentar desafios como os incêndios florestais e
garantir um futuro mais seguro e produtivo para todos”,
defendeu Dito.
Foto: divulgação
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Em 2024, o período de seca e
queimadas intensificou-se a
partir do mês de maio. Por isso,
é imprescindível que, em 2025,
os governos federal, estaduais e
municipais estejam devidamente
preparados para enfrentar situações
climáticas adversas, especialmente
considerando que os impactos da
emergência climática perdurarão por
muitos anos
André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal
Federal em despacho sobre a responsabilidade
do Estado em relação a queimadas
"A ABAF é um dos mais
importantes atores
para o crescimento e
desenvolvimento da Bahia,
pois representa um dos
mais relevantes setores,
o florestal. E queremos a
contribuição da ABAF na
construção do nosso novo
plano"
Cláudio Ramos Peixoto, Secretário do
Planejamento do Estado da Bahia, em reunião
com a associação sobre investimentos florestais
"Mas a restauração
florestal também vai
além: é um processo
que envolve ciência e
tecnologia para recuperar
ecossistemas, trazendo
reconexão com a natureza
e o engajamento das
comunidades locais"
Paulo Hartung, presidente da IBÁ (Indústria
Brasileira de Árvores), em coluna à CNN
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ENTREVISTA
Pioneirismo
FLORESTAL
Parte I
Pioneering Forestry - Part I
Foto: Ronaldo Rosa
ENTREVISTA
Até mesmo a mais longa caminhada já realizada
começou com um primeiro passo. O que te tira
da inércia, muitas vezes abre os caminhos para
o novo. Italo Claudio Falesi é um nome ícone no
estudo de solo e desenvolvimento da silvicultura no país. Profissional
formado há quase 70 anos, Italo desbravou a Amazônia,
aprendeu a avaliar solo com as mãos e se tornou uma referência
para todos aqueles que querem compreender sobre sistemas
integrados e análise de solo no país. Visando degustar o conteúdo
e a história do entrevistado, resolvemos dividir a mesma em
duas edições. Aproveite a primeira parte da conversa e acompanhe
na próxima edição o restante da entrevista.
E
ven the longest journey begins with a first step.
What gets you out of inertia often opens the way
to something new. Italo Claudio Falesi is an iconic
name in the study of soils and forestry development
in the country. A trained professional for almost 70
years, Italo explored the Amazon, learned to evaluate the soil
with his hands, and has become a reference for all those who
want to understand integrated systems and soil analysis in the
Country. To give you a taste of the content and the interviewee’s
story, we decided to split it into two parts. Enjoy the first part of
the conversation and follow the rest of the interview in the next
issue.
Italo Claudio Falesi
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Graduação em agronomia pela UFRA (Universidade Federal
Rural da Amazônia), hoje é pesquisador da Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), onde atua desde a sua
fundação. Já foi diretor geral no IPEAN (Instituto de Pesquisa
Agropecuária do Norte), presidiu o Emater (Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará). Além
disso, tem experiência na área de agronomia, com ênfase em
Ciência do Solo.
He graduated in Agronomy from the Federal Rural University
of the Amazon (UFRA); he is currently a scientist at the Brazilian
Agricultural Research Corporation (Embrapa), where he
has worked since its inception. He has been General Director
of the Agricultural Research Institute of the North (Ipean)
and President of the Technical Assistance and Rural Extension
Company of the State of Pará (Emater). He also has experience
in agronomy, with an emphasis on soil science.
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ENTREVISTA
>> O que te motivou a entrar na agronomia?
Em 1952 fiz vestibular para medicina, mas na época, a
concorrência era altíssima: cerca de 300 candidatos disputavam
apenas 20 vagas. Infelizmente, não fui aprovado. Um
dia, encontrei uma amiga que ao saber da minha situação,
comentou sobre a Escola de Agronomia da Amazônia. Intrigado,
descobri que a escola funcionava sob a administração
do IAN (Instituto Agronômico do Norte), criada por Felisberto
Cardoso Camargo, e vinha com os devidos benefícios:
bolsas de estudo, transporte gratuito e uma infraestrutura
completa. Isso despertou meu interesse. Fiz o vestibular e
fui aprovado. Ao começar as aulas, percebi que estava em
um ambiente de alto nível científico. Tinha cerca de 21 anos
e tive o privilégio de conhecer cientistas renomados, como
Adolpho Ducke, figura essencial nos estudos sobre a floresta
amazônica. Ele, entre outros professores, como João Murça
Pires, influenciou profundamente minha formação. Concluí
o curso em 8 de dezembro de 1956. Naquela época, os mais
bem colocados da turma eram contratados diretamente
pelo IAN, e no ano seguinte comecei a trabalhar lá.
>> E sua mudança para florestal?
Tive a oportunidade de fazer o primeiro curso de gênese,
morfologia e classificação de solos na Escola Nacional de
Agronomia, que hoje é a Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro. Esse foi um marco importante na minha carreira.
Posteriormente, tive a oportunidade de ir ao Japão, onde
participei de um curso no Instituto Nacional de Ciências
Agrícolas, em Tóquio. Passei quatro meses lá e aprendi muito,
não apenas sobre solos, mas também sobre a vida e a
cultura do povo japonês. Essa experiência me transformou.
Lá visitei diversas áreas florestais no centro do Japão, uma
região montanhosa que me ensinou muito sobre manejo e
preservação ambiental. Ao retornar ao Brasil, comecei a formar
a primeira equipe pioneira de pedólogos da Amazônia.
Em 1958, junto com o saudoso professor e cientista Lúcio
Salgado Vieira e meu colega Valmir Hugo dos Santos, demos
início ao primeiro estudo de solos da região amazônica, focando
em gênese, morfologia, classificação e mapeamento.
>> Em que região foram iniciados os primeiros estudo de
solo da região amazônica?
Tudo começou na mesoregião conhecida como nordeste paraense,
que incluem as microrregiões Bragantina, Guajarina
e Salgado. Na época, essa área representava mais de 50%
da população do Estado do Pará, mesmo possuindo solos
de baixa fertilidade, classificados por nós como latossolo
amarelo de textura média. Apesar disso, a agricultura, a
floresta e a pecuária se desenvolviam na região. Com o passar
dos anos, fizemos inúmeros estudos de solos em áreas
importantes, como o Pico da Neblina, onde coletei amostras
para mapeamentos. Esse trabalho exigia dedicação e muito
deslocamento, e, com o tempo, fui marcando no Mapa Geológico
1960 os locais que visitei com pequenas bolinhas vermelhas.
Um colega brincou certa vez que o mapa parecia ter
What motivated you to study agronomy?
In 1952, I took the entrance exam for medical school, but
at that time, the competition was extremely high: about
300 candidates were competing for only 20 places. Unfortunately,
I did not pass. Upon hearing about my situation,
I met a friend who mentioned the Amazonian School of
Agronomy. Intrigued, I discovered that the school operated
under the administration of the Agronomic Institute of
the North (IAN), founded by Felisberto Cardoso Camargo.
It came with the appropriate benefits: scholarships,
free transportation, and a complete infrastructure. This
aroused my interest. I took and passed the entrance
exam. I realized I was in a highly scientific environment
when I started attending classes. I was about 21 years
old and had the privilege of meeting renowned scientists
such as Adolpho Ducke, a key figure in studying the
Amazon rainforest. He and other professors, such as
João Murça Pires, profoundly influenced my education. I
graduated on December 8, 1956. In those days, IAN hired
the best graduates directly, and I started working there
the following year.
And your transition to forestry?
Later, I had the opportunity to take the first course in soil
genesis, morphology, and classification at the National
School of Agronomy, now the Federal Rural University of
Rio de Janeiro. It was an important milestone in my career.
Later, I had the opportunity to go to Japan, where I
attended a course at the National Institute of Agricultural
Sciences in Tokyo. I spent four months there and learned
a lot about soils and the life and culture of the Japanese
people. The experience changed me. I visited several
forest areas in central Japan, a mountainous region that
taught me much about environmental management and
conservation. When I returned to Brazil, I began to form
the first pioneering team of pedologists in the Amazon. In
1958, with the late professor and scientist Lúcio Salgado
Vieira and my colleague Valmir Hugo dos Santos, we began
the first study of soils in the Amazon region, focusing
on genesis, morphology, classification, and mapping.
But where did the first soil studies in the Amazon region
begin?
It all started in the mesoregion known as the Northeast
of Pará, which includes the micro-regions of Bragantina,
Guajarina, and Salgado. At that time, this area accounted
for more than 50% of the population of the State of Pará.
However, it had low fertility soils, which we classified
as medium textured yellow latosols—nevertheless,
agriculture, forestry, and cattle ranching developed in
the region. Over the years, we carried out countless soil
studies in critical areas, such as Pico da Neblina, where
I collected samples for mapping. This work required
dedication and a lot of traveling, and over time, I marked
the places I visited on the 1960 geological map with little
36 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
catapora de tanto vermelho. Depois de 30 anos, percebi que
era essencial aproveitar os conhecimentos adquiridos sobre
solos para compreender melhor as plantas que eles sustentam.
Foi aí que adquiri uma pequena propriedade em Igarapé-Açu,
a 110 km (quilômetros) de Belém (PA). Inicialmente,
implantei algumas lavouras e, em 1992, comecei a implementar
um sistema de ILF (integração lavoura-floresta). O
trabalho resultou nos primeiros plantios de mogno africano.
No primeiro mogno, que hoje tem 32 anos, comecei a estudar
a cultura do mesmo e da Acacia mangium.
>> Quem introduziu a primeira semente do mogno africano
no Brasil?
Em outubro de 1975, era diretor do IPEAN (Instituto de Pesquisa
Agropecuária do Norte), que abrangia a vasta Amazônia
Legal. Na época, recebi uma visita de um representante
do Ministério de Florestas e Águas da Costa do Marfim,
considerado um dos berços do mogno africano. O visitante
conversou bastante comigo sobre possíveis parcerias e intercâmbios
de pesquisa. Durante a conversa, ele pegou minha
mão e colocou oito sementes e disse: Plante que será o ouro
do futuro. Perguntei do que se tratava, e ele me explicou
que era o mogno africano. Com muito cuidado, fizemos a
semeadura das oito, mas duas não germinaram. Apenas seis
vingaram, e foram plantadas no então IPEAN, atual Embrapa
Amazônia Oriental. Com o passar dos anos, essas árvores
se desenvolveram, começaram a produzir sementes, e foi aí
que compreendemos a importância dessa introdução para
o Brasil. Começamos a estudar as características do mogno
africano, e meu colega, José Urano de Carvalho, pesquisador
da Embrapa Amazônia Oriental, responsável pela questão
das sementes, iniciou a coleta para distribuição aos produtores
do Pará.
red dots. A colleague once joked that the map looked
like it had chicken pox because it was so red. After 30
years, I realized it was essential to use the knowledge
I had gained about soils to understand the plants they
support better. That is when I bought a small plot of
land in Igarapé-Açu, 110 km from Belém (PA). Initially, I
planted several crops, and in 1992, I began to implement
an Integrated Agriculture and Forestry (ILF) system. This
work resulted in the first plantations of African Mahogany.
With the first mahogany, which is now 32 years old, I
began to study its cultivation and Acacia mangium.
Who introduced the first African mahogany seed in
Brazil?
In October 1975, I was the Director of the Northern
Agricultural Research Institute (Ipean), which covered the
vast legal Amazon. At that time, I received a visit from a
representative of the Ministry of Forests and Waters of
the Ivory Coast, considered one of the cradles of African
mahogany. The visitor spoke with me at length about
possible partnerships and research exchanges. During the
conversation, he took my hand, put eight seeds in it, and
said: “Plant them; they will be the future gold. I asked
what they were, and he explained they were African mahogany
seeds. We carefully planted the eight seeds, but
two did not germinate. Only six took root and were planted
in what was then Ipean, now Embrapa Amazônia Oriental.
Over the years, these trees developed and began
to produce seeds, and that is when we realized how vital
this introduction was for Brazil. We started to study the
characteristics of African mahogany, and my colleague
José Urano de Carvalho, a scientist at Embrapa Amazônia
Oriental who was in charge of the seeds, began to collect
them for distribution to producers in Pará.
Essa formação criou um corpo técnico altamente qualificado,
com amplo conhecimento e capacidade científica
38 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
>> E houve o interesse comercial na espécie?
O primeiro a plantar comercialmente foi o saudoso produtor
japonês Hiroshi Okajima, no município de Paragominas (PA).
Ele foi pioneiro no cultivo do mogno africano em escala comercial
no Brasil. Com o tempo, as sementes dessas árvores
foram distribuídas para outros Estados, como Minas Gerais
e Goiás, e hoje o cultivo está presente em todo o país. Recentemente,
a ABPMA (Associação Brasileira de Produtores
de Mogno Africano), através do engenheiro florestal Milton
Dino Frank Jr, realizou um censo e constatou que mais de 70
mil ha (hectares) já foram plantados, com Minas Gerais liderando,
seguido por Goiás e Pará. O crescimento do interesse
no mogno africano resultou em iniciativas como o primeiro
workshop realizado em Goiânia (GO), do qual participei
como palestrante. Ali, em parceria com amigos como Ricardo
Tavares e Augusto Cury e outros estudiosos, fundamos
a ABPMA (Associação Brasileira de Produtores de Mogno
Africano). Essa associação tem desempenhado um papel
essencial na organização e na expansão do cultivo do mogno
africano no Brasil. Apesar do ceticismo inicial, atualmente
contamos com um grande número de associados comprometidos
com a produção sustentável dessa madeira nobre.
A introdução do mogno africano no Brasil é, sem dúvida,
uma das maiores conquistas da minha trajetória.
>> Como foi sua trajetória profissional dentro da Embrapa?
Fui nomeado chefe-geral do Centro de Pesquisa Agropecuária
do Trópico Úmido, que hoje é a Embrapa Amazônia
Oriental. Passei um ano nessa função e, em seguida, voltei
a atuar como pesquisador. Nesse período, houve uma
transformação significativa no panorama da pesquisa agropecuária
na Amazônia. A Embrapa patrocinou a qualificação
de seus pesquisadores por meio de programas de pós-graduação,
como mestrado e doutorado, tanto no Brasil, em
universidades renomadas, quanto no exterior, em instituições
nos EUA (Estados Unidos da América), Canadá e outros
países. Essa formação criou um corpo técnico altamente
qualificado, com amplo conhecimento e capacidade científica.
Uma das grandes vantagens desse período foi a conexão
e o intercâmbio entre os pesquisadores.
>> Mesmo aposentado, ainda frequenta a Embrapa?
Estou aposentado há cerca de 20 anos, mas continuo indo
à Embrapa às segundas, terças e quartas-feiras, onde mantenho
um gabinete e participo das discussões com colegas.
Nossa conversa, até mesmo durante o almoço, gira em
torno de pesquisa: “Como está aquele projeto? Funcionou
o que você testou? Quais os próximos passos?” Essa integração
e troca de informações é fundamental para o avanço
do conhecimento e da tecnologia. No início, o produtor
rural da Amazônia era, em grande parte, um agricultor de
subsistência, plantando feijão, mandioca e queimando a floresta
para abrir espaço para o cultivo. Com o fortalecimento
dos estudos sobre solos e a entrada da Embrapa Amazônia
Oriental, houve uma mudança de mentalidade. A transfe-
And was there any commercial interest in the species?
The first person to plant it commercially was the late Japanese
grower Hiroshi Okajima in Paragominas (PA). He
pioneered growing African mahogany on a commercial
scale in Brazil. Over time, the seeds of these trees were
distributed to other states, such as Minas Gerais and
Goiás, and today, African mahogany is grown throughout
the Country. Recently, the Brazilian Association of African
Mahogany Producers (Abpma), through forestry engineer
Milton Dino Frank Jr., conducted a census and found that
more than 70 thousand hectares have been planted,
with Minas Gerais leading the way, followed by Goiás
and Pará. The growing interest in African Mahogany has
led to initiatives such as the first workshop in Goiânia
(GO), in which I participated as a speaker. Together with
friends such as Ricardo Tavares, Augusto Cury, and other
scientists there, we founded the Abpma. This association
has been instrumental in organizing and expanding the
cultivation of African mahogany in Brazil. Despite initial
skepticism, we now have many members committed to
the sustainable production of this noble wood. The introduction
of African mahogany in Brazil is undoubtedly one
of the most outstanding achievements of my career.
What has your career path at Embrapa been?
I was appointed Director of the Tropical Rain Forest
Agricultural Research Center, now Embrapa Amazônia
Oriental. I spent a year in that position and then returned
to work in research. During that time, the landscape of
agricultural research in the Amazon changed significantly.
Embrapa promoted the qualification of its scientists
through postgraduate programs, such as master’s and
doctoral degrees, both in Brazil, at prestigious universities,
and abroad, at institutions in the United States,
Canada, and other countries. This training has created a
highly qualified technical staff with extensive knowledge
and scientific capacity. One of the great advantages of
this period was the connection and exchange among
scientists.
Even though you are retired, do you still go to Embrapa?
I have been retired for about 20 years, but I still go to
Embrapa on Mondays, Tuesdays, and Wednesdays,
where I have an office and participate in discussions with
colleagues. Our conversations, even during lunch, revolve
around research: “How is the project going? Did what
you tested work? What are the next steps?” This integration
and sharing of information are fundamental to
advancing knowledge and technology. Initially, rural producers
in the Amazon were primarily subsistence farmers
who grew beans and cassava and burned the forest to
make room for their crops—with the strengthening of soil
studies and the arrival of Embrapa Amazônia Oriental, a
change in mentality occurred. The transfer of technology
and the adaptation of language to reach rural producers
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ENTREVISTA
rência de tecnologia e a adaptação do linguajar para alcançar
o produtor rural transformaram a agricultura na região.
Hoje, principalmente no Estado do Pará, observa-se uma
agricultura diversificada e integrada, com práticas modernas
e sustentáveis.
>> Conte-nos uma experiência prática dessa mudança de
perfil do morador da região amazônica.
Um fato histórico marcante ocorreu em 1957, no município
de Tomé-Açu, que na época era ocupado por produtores japoneses.
Eles cultivavam principalmente pimenta-do-reino,
e a região chegou a ser o maior produtor do Brasil, figurando
entre os maiores do mundo. Contudo, anos depois, duas
doenças graves, conhecidas como fusarium e mosaico do
pepino, devastaram a produção local. A pimenta-do-reino é
uma cultura que exige altos níveis de nutrientes e manutenção
constante. Com a crise, os japoneses decidiram diversificar,
mesmo antes de se falar em sistemas agroflorestais.
Eles começaram a plantar espécies florestais e a integrar
cultivos como cacau, cupuaçu e, em menor escala, café. Esse
movimento foi pioneiro e pode ser considerado a primeira
experiência prática de ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta)
na região. Costumo brincar que devemos erguer um
monumento ao fusarium e aos agricultores japoneses, pois,
se não fosse pela resiliência e criatividade deles, a agricultura
teria estagnado. Entre as espécies florestais que começaram
a ser utilizadas, destacam-se aquelas distribuídas pela
Embrapa, incluindo sementes de mogno africano, cedidas
por colegas como o José Urano, que ainda está ativo na instituição.
Ele entregou essas sementes para os produtores da
região, que começaram a experimentar o plantio consorciado
com outras culturas. Hoje, os resultados são visíveis. Produtores
como esses continuam satisfeitos com as decisões
tomadas no passado e mostram como o manejo integrado e
consorciado, envolvendo árvores e culturas agrícolas, pode
ser uma solução sustentável para a Amazônia.
transformed agriculture in the region. Today, especially
in Pará, there is a diversified and integrated agriculture
with modern and sustainable practices.
Tell us about a practical experience of this change in the
profile of the people living in the Amazon Region.
A remarkable historical event occurred in 1957 in the
Tomé-Açu community, which Japanese farmers occupied
then. They cultivated mainly black pepper, and the
region became the largest producer in Brazil and one
of the largest in the world. However, years later, two
serious diseases, Fusarium and Cucumber Mosaic Virus,
devastated local production. Black pepper is a crop that
requires high levels of nutrients and constant care. In
the face of the crisis, the Japanese decided to diversify,
even before agroforestry systems were invented. They
began planting forest species and integrating crops
such as cacao, cupuaçu, and coffee to a lesser extent.
This pioneering movement can be considered the first
practical experience of integrated crop-livestock-forestry
(Ilpf) in the region. I often joke that we should build a
monument for Fusarium and Japanese farmers because
agriculture would have stagnated without their resilience
and creativity. Among the forest species that began to be
used were those distributed by Embrapa, including African
mahogany seeds donated by colleagues, such as José
Urano de Carvalho, who is still active at the institution.
He gave these seeds to regional producers, who began
experimenting with planting them with other crops. Today,
the results are visible. Producers like these are happy
with the choices made in the past. They demonstrate how
integrated and consortia management of trees and crops
can be a sustainable solution for the Amazon.
Durante a conversa, ele pegou minha mão e colocou oito
sementes e disse: Plante que será o ouro do futuro.
Perguntei do que se tratava, e ele me explicou que
era o mogno africano
OBS.: ACOMPANHE NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA REFERÊNCIA
FLORESTAL A SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA.
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COLUNA
Padronização no
manejo florestal:
redução de custos e
mais segurança
Gabriel Dalla Costa Berger
Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho
Mestre em Manejo Florestal
gabrielberger.com.br
gabriel@gabrielberger.com.br
Foto: divulgação
Padronizar processos, unificar documentos e capacitar equipes
para garantir eficiência e segurança no manejo florestal
N
o manejo florestal, a implementação de processos
e documentos padronizados não é apenas
uma exigência técnica, mas uma estratégia fundamental
para reduzir custos, agilizar operações
e garantir a segurança dos trabalhadores e das
comunidades.
POR QUE PADRONIZAR NO MANEJO FLORESTAL?
A padronização estabelece diretrizes claras para todas as etapas
do manejo florestal, desde o planejamento até a execução
e o monitoramento. Isso promove consistência, transparência e
eficiência, gerando benefícios como:
1. Redução de custos operacionais:
• Evita retrabalhos: com processos bem definidos, as equipes
seguem protocolos claros, diminuindo falhas e a necessidade de
refazer tarefas;
• Otimiza o uso de recursos: ferramentas, equipamentos e
insumos são utilizados de forma planejada, evitando desperdícios;
• Facilita negociações: a padronização na documentação,
como contratos e relatórios, agiliza processos de certificação e
contratos com clientes ou órgãos reguladores.
2. Agilidade nos processos:
• Tomada de decisão mais rápida: procedimentos padronizados
fornecem orientações claras, reduzindo o tempo necessário
para resolver problemas em campo;
• Automatização de rotinas: documentos e fluxos padronizados
permitem o uso de tecnologias, como sistemas de gestão
florestal, que integram informações e aceleram as operações;
• Facilidade de treinamento: Com protocolos unificados, a
capacitação de novas equipes é simplificada, diminuindo o tempo
de adaptação.
• Clareza na comunicação: processos bem descritos evitam
ambiguidades que podem levar a acidentes.
PILARES DA PADRONIZAÇÃO NO MANEJO FLORESTAL
1. Planejamento documentado
Um plano de manejo florestal deve ser robusto e detalhado,
incorporando mapas, inventários florestais e cronogramas. A
padronização desses documentos facilita a comunicação entre
as partes interessadas e assegura a execução eficiente das atividades.
2. Protocolos técnicos
As Técnicas de supressão e poda precisam ser detalhadas em
manuais ou guias operacionais. Estes documentos servem como
referência para a execução em campo e garantem a uniformidade
das práticas.
3. Monitoramento e relatórios
A padronização de indicadores de desempenho e relatórios
permite uma análise consistente dos resultados, auxiliando na
tomada de decisões e na correção de desvios.
A padronização de processos no manejo florestal é mais do
que uma ferramenta técnica; é um catalisador para a eficiência
e a sustentabilidade. Ao reduzir custos, aumentar a agilidade e
fortalecer a segurança, ela se torna indispensável para qualquer
organização que busca excelência na gestão florestal. Investir em
processos bem estruturados e documentados é assegurar não
apenas a viabilidade econômica das operações, mas também a
conservação dos recursos naturais para o futuro.
3. Melhoria da segurança:
• Minimiza riscos operacionais: procedimentos detalhados
reduzem a exposição a riscos no corte, transporte e manejo de
vegetação;
• Cumprimento de normas legais: documentação padronizada
garante a conformidade com legislações trabalhistas e
ambientais;
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ORGÂNICO BIOLÓGICO
São fertilizantes obtidos a partir da
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enriquecidos com a inoculação de bacilos e
micro-organismos que aumentam a atividade
enzimática do solo melhorando e otimizando a
absorção dos nutrientes presentes no solo,
favorecendo o crescimento radicular e
vegetativo da floresta.
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enriquecida com os bacilos e
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Nutrição florestal
OTIMIZADA
Empresa de fertilizantes tem linha completa
para o desenvolvimento da silvicultura
Fotos: divulgação
Fevereiro 2025
47
PRINCIPAL
N
o ano de 2019 surge no mercado de fertilizantes
a Nutrir BioFertilizantes, que nasce
com o objetivo de inovar dentro do processo
de produção e fabricação de fertilizantes
orgânicos e organominerais. Respeitando
os princípios básicos para a criação deste produto, que é
utilizar uma excelente base orgânica e o tempo de compostagem,
para que o produto final seja capaz de otimizar os
resultados e controlar custos, gerando um melhor custo-benefício
para o produtor, pois tem a tecnologia de liberação
controlada através da quelatização de seus nutrientes em
matéria orgânica. Desta forma, pode aumentar a concentração
nutricional no produto possibilitando, assim, um
menor número de aplicações.
Para entender o que faz desse fertilizante algo tão
inovador é preciso analisar todos os processos ao qual
ele é submetido. O primeiro está relacionado as suas
bases orgânicas, que são a união perfeita entre camas de
criadouros de frango e peru, que formam a base sólida,
combinadas com o sangue coagulado de frigoríficos, resíduos
de laticínios, mucosa suína e cinzas de madeira. Todos
estes produtos unidos em quantidades certas e específicas
atingem uma excelente base nutricional. Após isso, se dá
início à compostagem, que tem como princípio a troca de
gases. Na sequência, o composto passa pelo processo de
aeração, realizado por um revolvedor que aplica um movimento
neste composto, facilitando a entrada do oxigênio
no mesmo e a saída dos gases gerados durante o processo
de biodegradação da matéria orgânica, transformando-o
em carbono orgânico. Neste processo ainda são necessários
dois controles importantes: a temperatura que precisa estar
entre 55oC (graus Celsius) e 70oC e a umidade do composto
Growing Strong
Fertilizer producer has a complete
line for forestry development
I
n 2019, Nutrir BioFertilizantes entered the fertilizer
market, aiming at producing and manufacturing
organic and organo-mineral fertilizers. Respecting
the basic principles for the creation of this product,
which is to use an excellent organic base and composting
time, so that the final product optimizes results
and controls costs, generating a better cost-benefit for the
user since it has controlled release technology through the
chelation of its nutrients in organic matter. In this way, it can
increase the nutrient concentration in the product, leading
to fewer applications.
We must analyze all its processes to understand what
makes this fertilizer innovative. The first relates to its organic
base, the perfect combination of chicken and turkey litter,
which form the solid base, combined with coagulated blood
from slaughterhouses, dairy waste, pig mucus, and wood ash.
All these products combined in the right, specific quantities
provide an excellent nutritional base. This is followed by
composting, the principle of which is gas exchange.
The next step is the aeration of the compost, which is
carried out by a turner that gives the compost a movement
that facilitates the entry of oxygen and the exit of gases
generated during the biodegradation process of the organic
matter, transforming it into organic carbon. Two critical con-
Para chegar nesse alto valor
nutricional ideal para a
aplicação na área de cultivo,
começamos o processo com
300 toneladas de composto
e terminamos com 60
toneladas prontas para a
industrialização
Marcos Benelli,
diretor técnico da Nutrir
48 www.referenciaflorestal.com.br
que precisa estar próxima de 20% para que a proliferação
microbiológica aconteça de maneira exponencial. Nesta
primeira fase, o composto fica em processo por 140 a 160
dias e tem uma diminuição do seu volume em 40% a 50%.
“Para muitos seria uma perda de produto, entretanto vemos
como uma concentração nutricional elevadíssima e um
composto com seus nutrientes mineralizados, o que muda
completamente para a planta, já que é neste formato que
suas raízes conseguem fazer a absorção dos mesmos com
maior facilidade”, aponta Marcos Benelli, diretor técnico
da Nutrir.
A sequência do processo de produção do fertilizante
tem um prazo estimado de 100 a 120 dias e é compreendida
como refinamento do composto. É nesta fase que
o composto é preparado para a industrialização, onde é
necessário diminuir sua umidade para valores entre 7% e
12%, atingindo o nível correto de granulometria para que
possa ser peletizado. Além desse fator, a temperatura do
composto precisa se manter estável, isso garante que o
processo de mineralização foi concluído e que a formação
de carbono orgânico já chegou ao máximo, acarretando em
nova perda de volume do produto, dessa vez em valores
entre 25% a 30%. “Para chegar nesse alto valor nutricional
ideal para a aplicação na área de cultivo, começamos o
processo com 300 toneladas de composto e terminamos
com 60 toneladas prontas para a industrialização”, explica
Marcos.
Uma vez finalizado acontece a mistura para formar
o fertilizante em um organomineral, que é o acréscimo
trols are still needed in this process: the temperature, which
must be between 55o C and 70o C, and the humidity of the
compost, which must be close to 20% for the microbiological
proliferation to take place exponentially. In this first phase,
the compost remains in the process for 140 to 160 days,
and its volume decreases by 40% to 50%. “For many, this
would be a waste of product, but we see it as a very high
concentration of nutrients and a compost with its nutrients
mineralized, which is completely different for the plant since,
in this format, its roots can absorb the nutrients more easily,”
points out Marcos Benelli, Nutrir’s technical director.
The next stage in the fertilizer production process takes
an estimated 100 to 120 days and is known as compost
refinement. At this stage, the compost is prepared for industrialization,
where it is necessary to reduce its humidity to
between 7% and 12% and reach the correct level of granulometry
so that it can be pelletized. In addition to this factor,
the temperature of the compost must remain stable, which
ensures that the mineralization process is complete and that
the formation of organic carbon has reached its maximum,
resulting in a further loss of volume in the product, this time
between 25% and 30%. “To achieve this high nutritional value,
which is ideal for application in the growing area, we started
the process with 300 tons of compost and ended up with 60
tons ready for industrialization,” explains Benelli.
Once the fertilizer is ready, it is mixed into an organomineral
with the addition of the macronutrients. According to
the customer’s soil analysis or the forest engineer’s recommendation,
nitrogen, phosphorus, and potassium are added.
Fevereiro 2025
49
PRINCIPAL
dos macronutrientes. Nitrogênio, fósforo e potássio, são
adicionados de acordo com a análise de solo do cliente ou
a recomendação do engenheiro florestal. Após a mistura
é realizado o último período de maturação, onde ocorre a
quelatização dos macronutrientes na matéria orgânica e o
PH do produto se estabiliza para que o conjunto de bacilos
específicos para melhoria do desempenho do fertilizante
no solo tenham desempenho garantido.
A terceira e última etapa na industrialização dentro da
Nutrir BioFertilizantes é a entrega dos produtos, quando são
disponibilizados três formatos diferentes para os clientes.
Ele pode ser Farelado: neste formato o uso é mais focado
em produção de mudas e fases iniciais de plantas; Granulado:
este formato atinge uma melhor resposta em máquinas
de distribuição e tem um tempo de liberação nutricional
médio; e o peletizado que tem por objetivo uma entrega
nutricional de até 6 meses.
PÓS-APLICAÇÃO
“É importante entendermos o que de fato acontece
no solo com a utilização do nosso fertilizante, pois esses
fatores são primordiais para que se atinja o nível de excelência
esperado”, alerta Marcos. Por possuir uma elevada
concentração de carbono orgânico em sua composição
faz com que este fertilizante em contato com o solo forme
bolsões de carbono e quando isso acontece há uma maior
proteção dos elementos químicos fazendo com que não se
percam por lixiviação ou volatização. Estes mesmos elementos
químicos, quando ligados a cadeias carbônicas, ficam
mais disponíveis para a planta, otimizando os resultados.
Nesta mesma linha de raciocínio é utilizado um conjunto
de bacilos e fungos específicos, ambos têm papel
primordial na absorção do produto. É o caso do Bacilo
Megaterium que tem dentre as suas funções, solubilizar
fósforo retido no solo. Já o Bacilo Subtilis forma um biofilme
na raiz das plantas, melhorando a absorção dos nutrientes,
Para muitos seria uma perda
de produto, entretanto vemos
como uma concentração
nutricional elevadíssima e um
composto com seus nutrientes
mineralizados, o que muda
completamente para a planta,
já que é neste formato que
suas raízes conseguem fazer
a absorção dos mesmos com
maior facilidade
Marcos Benelli,
diretor técnico da Nutrir
After mixing, the last stage of maturation takes place, where
the macronutrients are chelated in the organic matter, and
the pH of the product is stabilized so that the set of specific
bacteria to improve the performance of the fertilizer in the
soil is guaranteed.
The third and final stage of industrialization within Nutrir
BioFertilizantes is the delivery of the products, where three
different formats are made available to the customer. The
products can be in the form of pellets, which format is more
focused on the production of seedlings and the initial stages
of plants; granules, which format achieves a better response
in dosing machines and has a medium nutrient release time;
and pellets, which are intended for nutrient delivery for up
to 6 months.
AFTER APPLICATION
“It is important to understand what happens in the soil
when our fertilizer is applied because these factors are critical
to achieving the expected level of excellence,” says Benelli.
Because it has a high concentration of organic carbon, this
fertilizer forms pockets of carbon when it comes into contact
with the soil. When this happens, the chemical elements
are better protected from being lost through leaching or
volatilization. When bound to carbon chains, these same
chemical elements become more available to the plant,
optimizing results.
In the same way, a series of specific bacilli and fungi
are used, both of which play a key role in the absorption of
the product. This is the case of Bacillus Megaterium, one of
50 www.referenciaflorestal.com.br
favorecendo o aumento radicular e sistema de defesa das
plantas. O fungo Trichoderma atua no sistema radicular
das plantas, contribuindo para o crescimento vegetativo e
controle fitopatógeno. Além destes bacilos e fungo citados
acima, é necessária a análise metagenômica realizada no
fertilizante nomeando e quantificando todos os ativos presentes
de forma latente. “Outro fator importantíssimo para
silvicultura é o fato de como o fertilizante é peletizado em
uma granulometria específica, ele tem um período maior
de disponibilidade de nutrientes, podendo levar até 180
dias para liberação total de seus componentes, melhorando
e muito, o custo operacional para aplicação, podendo ter
em sua fórmula uma combinação nutricional para apenas
uma aplicação”, valoriza Marcos.
A Nutrir BioFertilizantes se propõe a cumprir com os
três pilares para uma excelente adubação. O primeiro é uma
equilibrada fonte entre macro e micronutrientes, contendo
mais de 30 micronutrientes, além de NPK. O segundo é
uma alta concentração de matéria orgânica, em formato
de carbono orgânico, que ajuda a proteger e disponibilizar
nutrientes em matéria orgânica, que melhora a estrutura
física do solo. E a terceira é uma fonte altíssima de microbiologia,
que enriquece a biota do solo, aumentando sua
atividade. Quanto mais micro-organismos bons (bacilos e
fungos) presentes no solo menor será o ataque de pragas
e maior a eficiência na absorção de nutrientes para o crescimento,
tanto da parte radicular, quanto da vegetativa.
whose functions is to solubilize phosphorus retained in the
soil. Bacillus Subtilis, on the other hand, forms a biofilm on
plant roots, improving nutrient absorption and promoting
root growth and the plant’s defense system. The Trichoderma
fungus acts on the plant’s root system, contributing to
vegetative growth and phytopathogen control. In addition
to the bacilli and fungi mentioned above, a metagenomic
analysis of the fertilizer is required to name and quantify all
active ingredients present in a latent form. “Another very important
factor for forestry is the fact that the fertilizer, being
pelletized in a specific granulometry, has a longer period of
nutrient availability and can take up to 180 days for the total
release of its components, greatly improving the operating
costs for application, and can have a nutrient combination in
its formula for just one application,” says Benelli.
Nutrir BioFertilizantes aims to fulfill the three pillars
of excellent fertilization. The first is a balanced source of
macro- and micronutrients, containing more than 30 micronutrients
and NPK. The second is a high concentration of
organic matter, both in the form of organic carbon, which
helps protect and make nutrients available in the organic
matter, improving the soil’s physical structure. The third is
a very high source of microbiology, which enriches the soil
biota and increases its activity. The better microorganisms
(bacteria and fungi) present in the soil, the fewer pests will
attack it, and the more efficiently it will absorb nutrients for
both root and vegetative growth.
Fevereiro 2025
51
CARBONO
Legislação
APROVADA
Fotos: divulgação
52 www.referenciaflorestal.com.br
Sancionada lei que
regula mercado de
carbono no Brasil
Fevereiro 2025
53
CARBONO
J
á está em vigor no Brasil o mercado de créditos
de carbono. O presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que
regulamenta o setor e cria o SBCE (Sistema
Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases
de Efeito Estufa - Lei número 15.042, de 2024). O mercado
de carbono permite que empresas e países compensem
as emissões por meio da compra de créditos vinculados a
iniciativas de preservação ambiental. A intenção do marco
regulatório é incentivar a redução das emissões poluentes
e amenizar as mudanças climáticas.
MERCADO
Segundo informações da agência Senado, o SBCE divide
o mercado de crédito de carbono brasileiro em dois
setores: o regulado e o voluntário. O primeiro envolve
iniciativas do poder público. Já o segundo se refere à iniciativa
privada, mais flexível.
Para o chamado setor regulado, o texto prevê a criação
de um órgão gestor responsável por criar normas e
aplicar sanções a infrações cometidas pelas entidades que
se sujeitarão a ele. Será o caso das próprias iniciativas governamentais
ou de organizações que emitam mais de 10
mil toneladas de CO2e (dióxido de carbono equivalente)
por ano.
O CO2 (Dióxido de Carbono) equivalente é uma medida
usada para comparar as emissões de diferentes GEE
(gases de efeito estufa), que leva em conta o potencial
de aquecimento global de cada substância e representa o
total em quantidade de gás carbônico que teria o mesmo
potencial. A Petrobras, por exemplo, emitiu 46 milhões de
toneladas de CO2e em 2023, segundo relatório da estatal.
As organizações sujeitas à regulação deverão fornecer
plano de monitoramento e relatórios das atividades ao órgão
gestor. O setor do agronegócio, no entanto, não será
atingido pelo projeto. Já o mercado voluntário é caracterizado
por transações de créditos de carbono ou de ativos
integrantes do SBCE, voluntariamente estabelecidos entre
as partes, para fins de compensação voluntária de emissões
de GEE, e que não geram ajustes correspondentes na
contabilidade nacional de emissões.
Com o Protocolo de Kyoto, de 1997, a redução das
emissões de GEE passou a ter valor econômico. Esse
entendimento ganhou força com o Acordo de Paris, em
2015. Por isso, o crédito é como um certificado que países,
empresas ou pessoas compram para mitigarem a
emissão dos gases.
Os mercados de crédito de carbono permitem que
empresas, organizações e indivíduos compensem as
emissões de GEE a partir da aquisição de créditos gerados
54 www.referenciaflorestal.com.br
CARBONO
por projetos de redução de emissões e/ou de captura de
carbono. A ideia é transferir o custo social das emissões
para os agentes emissores, o que ajuda a conter o aquecimento
global e as mudanças climáticas.
O QUE SÃO OS CRÉDITOS DE CARBONO?
A comercialização de créditos de carbono permite que
empresas ou pessoas compensem as emissões de gases
de efeito estufa causadores das mudanças climáticas,
resultantes de empreendimentos e atividades econômicas,
pela aquisição de créditos gerados por projetos de
redução dessas emissões ou da captura de carbono da
atmosfera. Uma iniciativa para restringir os poluentes de
uma indústria, o reflorestamento ou a conservação de
uma área com vegetação nativa são exemplos desse tipo
de projeto. Um crédito de carbono corresponde a uma tonelada
métrica de gases de efeito estufa, como o CO2.
Há dois tipos de mercado de carbono: o voluntário e
o regulado. O primeiro não depende de lei e comercializa
créditos certificados para quem quer compensar emissões
voluntariamente. Já o segundo funciona com base em
uma legislação nacional que estabelece limites de emissões
para atividades econômicas, permitindo a compra e
venda de créditos entre quem polui e precisa compensar
emissões e quem consegue remover carbono, evitar ou
reduzir emissões.
COMO VAI FUNCIONAR O MERCADO DE
CARBONO?
O SBCE terá um órgão gestor, um órgão deliberativo e
um comitê consultivo permanente. O detalhamento das
regras de governança desses órgãos será regulamentado
diretamente pelo governo mais tarde.
São abrangidos pelas novas regras programas locais e
jurisdicionais (estaduais e nacional) baseados em projetos
de Redução das Emissões de GEE e preservação ambiental,
como os de desmatamento e degradação florestal
evitados, conservação, manejo ou aumento de estoque
de carbono florestal.
Poderão participar do SBCE dois tipos de empresas:
as que emitirem entre 10 mil e 25 mil toneladas de CO2
(Gás Carbônico) equivalente (tCO2e) por ano não terão
meta de redução, mas deverão reportar suas emissões e
estabelecer um plano de redução de emissões; as empresas
que emitirem mais de 25 mil tCO2e terão de cumprir
essas obrigações e ainda vão ter de reduzir suas emissões
obrigatoriamente.
Os chamados planos nacionais de alocação deverão
prever metas graduais e a trajetória dos limites de emissão
para cada período de compromisso de redução de
emissões previsto na lei. Em cada período, um novo plano
deverá prever o volume de CBEs (Cotas Brasileiras de
Emissões) e o percentual máximo de CRVE (Certificado de
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CARBONO
Redução ou Remoção Verificada de Emissões) admitidos
no mercado.
Os CBEs são a quantidade de CO2 equivalente a que
cada operador do mercado terá direito. Elas poderão ser
compradas por aqueles que não atingirem suas metas de
emissão. O CRVE é outro ativo comercializável que será
gerado quando houver redução nas emissões. Ele também
poderá ser comercializado para que países cumpram
suas metas no Acordo de Paris, ou seja, em transações
internacionais. Cada CBE ou CRVE representa 1 tonelada
de CO2 equivalente.
As empresas com mais dificuldades de reduzir emissões
deverão comprar cotas para poluir e certificados que
atestem a captação de carbono na atmosfera para zerar
as emissões líquidas (emissões brutas menos remoções
e reduções). Ao fim de cada período de compromisso, as
empresas deverão fazer um levantamento das emissões
líquidas e, a partir da sua confirmação, terão direito a um
certificado que permitirá cancelar uma cota de emissão.
Quando realizado no mercado financeiro e de capitais,
o comércio de créditos estará sujeito à regulação da CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), mas também poderá
haver a transação privada em separado, sem essa regulação,
no chamado mercado voluntário.
A ideia é transferir o custo
social das emissões para
os agentes emissores,
o que ajuda a conter o
aquecimento global e as
mudanças climáticas
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ENTENDA OS PRINCÍPIOS
Pontos fundamentais de um
projeto de compostagem
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1) INTRODUÇÃO
A compostagem é considerada um processo natural ou
acelerado de decomposição de resíduos orgânicos, transformando-a
em um composto rico biologicamente e em
nutrientes que pode ser utilizado inclusive como fertilizante
natural. Segue passo a passo detalhado sobre como iniciar e
gerenciar um projeto de compostagem.
2) BENEFÍCIOS DA COMPOSTAGEM
• Redução de resíduos: a compostagem diminui a quantidade
de lixo enviado aos aterros sanitários;
• Transformar e aproveitar os resíduos da agroindústria
evitando passivos ambientais;
• Melhoria do solo: o composto melhora a estrutura do
solo e aumenta a fertilidade do solo, melhorando a qualidade
das plantas;
• Conservação de recursos: reduz a necessidade de fertilizantes
químicos e de água;
• Impacto ambiental: diminui a emissão de GEE (gases
de efeito estufa).
3) PLANEJAMENTO DO PROJETO
3.1 Escolha do local
Escolha um local bem ventilado e de fácil acesso. O espaço
deve ser grande o suficiente para acomodar a quantidade
de resíduos orgânicos que se planeja compostar.
3.2 Material necessário
• Equipamentos adequados conforme a escala do projeto.
Exemplo: trator para misturar e formar as pilhas, triturador
de madeira e peneira para qualificar o produto;
• Resíduos orgânicos: urbanos (restos de frutas, legumes,
folhas, cascas de ovo, etc.), lodos, alimentícios da
agroindústria, excrementos animais, entre outros;
• Material seco: serragem, folhas secas, palha, podas de
supressão, varrição urbana, entre outros;
• Ferramentas: pá, garfo de jardinagem, termômetro de
compostagem (opcional).
3.3 Iniciando a compostagem
3.3.1 Montagem da pilha de compostagem
Fevereiro 2025
61
COMPOSTAGEM
A montagem correta da pilha ou leiras é essencial para
garantir uma decomposição eficiente:
• Alternar camadas: montar em forma de camadas é
uma opção e ajuda balancear a quantidade dos materiais
úmidos com a quantidade necessária de material seco;
• Sobrepor materiais úmidos e secos e ajustar a quantidade
utilizando trator ou revolvedor para adequar a mistura
balanceada de cada material;
• Manter a umidade: a pilha deve ser mantida úmida,
mas não encharcada, semelhante a uma esponja espremida.
3.3.2 Manutenção da compostagem
• Aeração
A compostagem aeróbica necessita de oxigênio para a
decomposição. Vire ou revolva a pilha periodicamente para
garantir que o oxigênio esteja disponível em toda a pilha.
• Monitoramento da temperatura
A temperatura ideal para a compostagem é entre 55°C e
70°C (graus Celsius). Se a pilha estiver muito quente ou muito
fria, ajuste os materiais e a aeração conforme necessário.
• Controle
Verifique regularmente a umidade da pilha e adicione
água ou materiais secos conforme necessário para manter a
umidade e o nível de oxigênio ideal.
4) RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
4.1 Cheiro desagradável
Se a pilha estiver emitindo um cheiro desagradável,
pode ser um sinal de falta de oxigênio ou excesso de umidade.
Vire a pilha e adicione material seco para equilibrar a
umidade se necessário.
4.2 Pilha muito seca
Se o composto estiver muito seco, adicione água e mais
resíduos orgânicos frescos.
4.3 Finalização e utilização do composto
• Tempo de decomposição
A compostagem pode levar de dois meses a dois anos,
dependendo das condições e dos materiais utilizados. O
composto estará pronto quando tiver uma aparência escura,
semelhante ao solo, e um cheiro terroso agradável.
5) APLICAÇÃO DO COMPOSTO
• Como fertilizante: espalhe o composto ao redor das
plantas como fertilizante natural;
• Em sementeiras: misture o composto com o solo para
enriquecer sementeiras e hortas;
• Recuperação de áreas degradadas: utilize o composto
para ajudar na recuperação de solos degradados.
6) CONCLUSÃO
A compostagem é uma prática sustentável e benéfica
que transforma resíduos orgânicos em um recurso valioso
para o solo. Com planejamento adequado e manutenção regular,
seu projeto de compostagem pode contribuir significativamente
para a saúde do meio ambiente e a produtividade
do empreendimento agrícola.
Pergunte ao Tomita
Caso tenha alguma dúvida sobre
o sistema de compostagem,
envie sua pergunta para o e-mail
jornalismo@revistareferência.com.br e
saiba tudo sobre compostagem florestal.
62 www.referenciaflorestal.com.br
INCÊNDIOS
Investimento
EM PROTEÇÃO
Entidade destina R$ 45
milhões para fortalecer
combate e prevenção a
incêndios em Mato Grosso
Fotos: divulgação
64 www.referenciaflorestal.com.br
O
Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e o
MMA (Ministério do Meio Ambiente
e Mudança do Clima) anunciaram a
destinação de R$ 45 milhões do Fundo
Amazônia para fortalecer a estrutura do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Mato Grosso. A iniciativa,
coordenada pelo MMA e executada pelo Bndes, foi
aprovada pela diretoria do banco no começo do ano.
Mato Grosso é o oitavo Estado a receber apoio para
ações de prevenção e combate a incêndios florestais,
que totalizam R$ 405 milhões do Fundo na Amazônia
Legal – valores não reembolsáveis.
O projeto compreende aquisição de helicóptero e
acessórios, capacitação de agentes públicos, sensibilização
de comunidades locais e formação de brigadas,
ampliando os serviços prestados pela corporação. “O
governo federal vem reforçando a atuação no combate
aos incêndios florestais às queimadas ilegais em
cooperação com os Estados. São R$ 405 milhões para
aparelhamento e estruturação das corporações nos
estados da Amazônia Legal, como é o caso de Mato
Grosso, e o Fundo Amazônia cumpre seu papel de promover
a prevenção, o monitoramento e o combate ao
desmatamento”, afirmou o presidente do Bndes, Aloizio
Mercadante.
A destinação de recursos para os estados da Amazônia
Legal que apresentarem projetos para prevenção
e combate a incêndios foi aprovada pelo Cofa (Comitê
Orientador do Fundo Amazônia) em 2023, após a retomada
do Fundo e de seu comitê. Atuando no apoio à
prevenção e ao combate a incêndios, o Fundo Amazônia
contribui para mitigar prejuízos ambientais, como a
redução da biodiversidade, a contaminação do ar e da
água, a erosão do solo, o aumento da emissão de GEE
(gases do efeito estufa), além de danos à saúde humana
e às cadeias produtivas. Ao longo de 2023 e 2024,
foram aprovados os projetos para apoio às corporações
de bombeiros em Rondônia, Acre, Amapá, Pará, Roraima,
Amazonas e Maranhão.
Durante o período de estiagem, o helicóptero a ser
adquirido com recursos do Fundo Amazônia poderá
operar a partir de bases aéreas temporárias estrategicamente
posicionadas, já que o sistema de pouso e
decolagem deste tipo de aeronave é mais flexível e não
depende de pista. Esse posicionamento estratégico não
só reduz o tempo de resposta nas áreas de mais difícil
acesso, como as áreas do Pantanal e da Amazônia, mas
Fevereiro 2025
65
INCÊNDIOS
também aumenta a eficácia das operações de combate
ao fogo em regiões de alto risco.
Em contrapartida, além de adquirir equipamentos
para combate e fiscalização, o Corpo de Bombeiros de
Mato Grosso vai estruturar as bases temporárias de
pouso e decolagem, realizar campanhas educativas
para sensibilizar técnicos, brigadistas, agricultores
e produtores rurais das comunidades locais sobre
prevenção. Além disso, está previsto um aumento do
número de missões de fiscalização e de combate, com
a contratação de bombeiros temporários, a capacitação
de novos brigadistas e a implementação de brigadas
florestais mistas em pelo menos 10 municípios que
não contam com unidades do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado. “Esse recurso é de grande importância
para nossos esforços em prol do meio ambiente.
Temos investido todo ano, em média, mais de R$ 90
milhões para combate e prevenção aos incêndios e ao
desmatamento ilegal. Somos um estado de dimensões
continentais, então, um recurso dessa envergadura vai
fazer toda a diferença”, ressaltou o governador Mauro
Mendes.
FUNDO AMAZÔNIA
Sob gestão do Bndes e coordenação do MMA, o
Fundo tem uma carteira de 119 projetos apoiados, no
valor total de R$ 2,99 bilhões. Mais de 650 instituições
ano país, beneficiando 239 mil pessoas com atividades
produtivas sustentáveis e garantindo o manejo sustentável
de 75 milhões de ha (hectares) de área de floresta.
O instrumento já recebeu mais de R$ 4,5 bilhões
em doações, de sete países: Noruega, Alemanha, EUA
(Estados Unidos da América) e Reino Unido, Dinamarca,
Suíça e Japão.
Dentre as ações de monitoramento e controle, destacam-se
projetos como os do Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais), do Censipam (Centro Gestor
e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia),
e do Ibama além dos corpos de bombeiros militares
estaduais. Avaliação externa, realizada com base nos
resultados de quatro projetos no primeiro ciclo, indicou
redução de aproximadamente 30,3% dos focos de calor
entre os períodos de 2003-2012 e 2013-2019, sendo
o resultado sido mais positivo nas áreas apoiadas pelo
Fundo Amazônia.
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AÇÕES
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Atividade
CONSTANTE
Confira as principais
ações recentes do SFB
Fotos: divulgação
Fevereiro 2025
69
AÇÕES
Estão previstos investimentos
de mais de R$ 600 milhões
entre a restauração e a
manutenção das áreas e o
sequestro de 6,5 milhões
de toneladas de carbono
equivalente
Garo Batmanian, diretor-geral do SFB
Até o vigente ano, o SFB (Serviço Florestal
Brasileiro) trabalhou em várias frentes para
aprimorar a gestão florestal no país. Em
conjunto com o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), o
SFB deu o pontapé na estruturação da primeira concessão
brasileira de restauração com crédito de carbono, na
Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Algo em
torno de 17 mil ha (hectares) de terra degradados serão
restaurados por um parceiro privado, gerando empregos
e renda para a população local. “Estão previstos investimentos
de mais de R$ 600 milhões entre a restauração e
a manutenção das áreas e o sequestro de 6,5 milhões de
toneladas de carbono equivalente”, aponta o diretor-geral
da instituição, Garo Batmanian.
A entidade também assinou o primeiro contrato de
concessão florestal federal no bioma Mata Atlântica, na
Floresta Nacional de Irati (PR). A área, de 3.018,45 ha,
integra a UMF (Unidade de Manejo Florestal) I, e será
recuperada por meio da extração e substituição das espécies
exóticas, com possibilidade de uso de crédito de
carbono como receita acessória. Por meio das concessões
florestais, o SFB repassou R$ 27 milhões a Estados
e municípios, sendo a maior parte para os Estados do
Pará e Rondônia.
O manejo florestal comunitário e a bioeconomia
beneficiaram mais de 2 mil famílias que integram dez
empreendimentos comunitários em unidades de conservação,
assentamentos, territórios quilombolas e terras
indígenas.
Em 2024, foi lançado o Painel da Regularização
Ambiental: uma plataforma online que disponibiliza um
panorama geral da regularização ambiental com foco
em dados e informações sobre solicitações de adesão ao
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PRA (Programa de Regularização Ambiental), análise dos
dados declarados no CAR (Cadastro Ambiental Rural)
e outros subsídios, proporcionando uma maior transparência
ativa em relação à regularização ambiental,
facilitando a coordenação com outras políticas públicas,
e estimulando a participação social e o monitoramento
pela sociedade da implementação desta política pública.
Também foi lançado o livro digital: Florestas do Brasil
– dados e estatísticas; que reúne dados referentes ao
período de 2018 a 2023, como as ações de conservação,
manejo sustentável, ensino e pesquisa, e os conceitos
fundamentais da gestão florestal brasileira, bem como
as principais frentes de atuação do SFB. Também foram
disponibilizados os dados abertos do IFN (Inventário
Florestal Nacional) – uma nova versão da plataforma
com novas ferramentas de pesquisa para facilitar a navegação
e a visualização das informações. Depois que
foi ao ar, foram contabilizados mais de 73.000 acessos,
representando um aumento de 45% em relação aos seis
meses anteriores.
Mais de 500 milhões de ha foram mapeados com informações
florestais detalhadas inseridas no IFN. Pesquisadores
do IFN também concluíram a coleta de dados na
Caatinga – 649 pontos amostrais distribuídos por 25,1
milhões de ha, correspondendo a 29,78% do bioma.
Por meio do LPF (Laboratório de Produtos Florestais),
o SFB analisou mais de mil amostras de madeira no
último ano. Os laudos emitidos pelos especialistas auxiliaram
os órgãos fiscalizadores na apreensão de cargas
ilegais e conferiu ao governo federal maior controle do
desmatamento e comércio ilegal madeireiro.
Em julho teve a inauguração da sede do Serviço
Florestal em Santarém (PA). A unidade, que tem localização
estratégica onde duas florestas nacionais estão sob
manejo ativo, no Rio Trombetas e no Rio Tapajós, contou
com recursos oriundos de parceria bilateral entre Brasil
e Alemanha. A colaboração entre os dois países também
contempla outros investimentos que, somados, totalizam
€ 36 milhões.
O SFB também apoiou o conhecimento na área florestal.
A plataforma Saberes da Floresta teve mais de 23
mil inscritos nos 18 cursos ofertados, sendo mais de 5
mil alunos aprovados. As vagas para turmas do ano de
2025 devem ser abertas a partir do mês de janeiro.
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Fevereiro 2025
71
ARTIGO
Efeito de desbastes na
densidade básica da
madeira de
PINUS TAEDA
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UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)
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UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)
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UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)
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FLORESTAL
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Fevereiro 2025
73
ARTIGO
RESUMO
Amadeira de Pinus taeda é essencial
para diversos segmentos industriais,
como celulose, papel, painéis de
madeira reconstituída, lâminas, compensados
e madeira serrada. As propriedades
desta madeira podem ser influenciadas
pelas condições de crescimento e pelas práticas silviculturais,
entre as quais se destaca o desbaste. Desta
forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o
efeito de dois e três desbastes na densidade básica
da madeira de Pinus taeda. O material utilizado foi
proveniente de plantios comerciais da espécie com
22 anos de idade, localizados em Curitibanos (SC).
Seis árvores foram selecionadas, sendo três de um
plantio com dois desbastes (aos 8 e 15 anos) e três
árvores de um plantio com três desbastes (aos 8, 15
e 19 anos). Foram coletados discos ao longo do fuste
das mesmas para determinação da densidade básica
ponderada e sua variação axial. Os resultados indicaram
que as densidades básicas ponderadas das madeiras
dos povoamentos com dois e três desbastes
foram iguais (0,395 g/cm³), sem diferença estatística
significativa. A posição de amostragem longitudinal
do fuste não apresentou diferença estatística significativa,
porém os valores para ambos os regimes de
desbaste apresentaram a mesma tendência, que foi
de redução da base para o topo das árvores. Assim,
conclui-se que não foram observados efeitos significativos
da aplicação de dois e três desbastes sobre a
densidade básica da madeira de Pinus taeda avaliada
no presente estudo.
74 www.referenciaflorestal.com.br
INTRODUÇÃO
O Brasil possui 1,9 milhões de ha ( hectares) de
área plantada de pinus, com destaque para o Pinus
taeda em termos de área e produção (IBÁ, 2023).
Santa Catarina é o segundo Estado com maior área
plantada com o gênero em questão, alcançando cerca
de 702,8 mil ha (IBÁ, 2023). A sua madeira é essencial
para o abastecimento de diversos segmentos
industriais, entre os quais se destacam a celulose,
papel, painéis de madeira reconstituída, lâminas e
compensados, madeira serrada, entre outros produtos.
A condução dos plantios e os tratos silviculturais,
como o desbaste, são cruciais para garantir que as
propriedades finais da madeira sejam estabelecidas
conforme a aplicação desejada. O desbaste, segundo
Pereira e Tomaselli (2004), apresenta um impacto
significativo na qualidade da madeira, influenciando
nas propriedades através do desenvolvimento da
copa e do fuste, conforme o espaço disponível para
o crescimento das árvores. Desta forma, o objetivo
do presente estudo foi avaliar o efeito de dois e três
desbastes na densidade básica da madeira.
Desbastes leves geralmente
não apresentam um grande
impacto na densidade da
madeira, enquanto desbastes
mais intensos podem tornar a
madeira menos densa, já que
as árvores restantes tendem
a crescer mais rapidamente
ARTIGO
MATERIAL E MÉTODOS
O material utilizado foi obtido de plantios comerciais
da espécie com 22 anos de idade. Foram
coletadas seis árvores selecionadas através do DAP
(diâmetro a altura do peito), sendo três em cada
plantio, um com dois desbastes (aos 8 e 15 anos),
com o DAP médio de 34,0 cm e uma altura comercial
de 19,8m e um com três desbastes (aos 8, 15 e 19
anos), com o DAP médio de 37,0 cm (centímetros) e
18,3m (metro) de altura comercial.
Para determinação da densidade básica e sua
variação no sentido longitudinal do tronco, foram
retirados discos, com aproximadamente 3,0 cm de
espessura, das seguintes alturas do tronco: 0, DAP,
25%, 50%, 75% e 100% da altura comercial (diâmetro
de 8,0 cm na ponta fina). De cada posição determinou-se
a média da densidade básica com base em
duas cunhas opostas, conforme as recomendações
da norma NBR 11.941 da ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas - 2003).
76 www.referenciaflorestal.com.br
Os dados obtidos foram analisados com o auxílio
de software estatístico Sisvar. Inicialmente a densidade
básica foi submetida aos testes de normalidade
e homogeneidade de variâncias, e cumpridos tais
aspectos à análise de variância (ANOVA), e quando
observada significância aplicou-se o teste tukey a 5%
probabilidade, para os valores no sentido base-topo
(axial) do fuste.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores de densidade básica ponderada e sua
variação longitudinal no fuste das árvores de Pinus
taeda, com 2 e 3 desbastes. As densidades básicas
ponderadas das madeiras dos povoamentos com
dois e três desbastes foram iguais, com um valor de
0,395 g/cm³, sem diferença estatística significativa.
As médias de densidade básica ponderada de ambos
os regimes de manejo possibilitam classificar a madeira
como leve ou de baixa densidade, conforme
a classificação da IAWA (1989) (< 0,40 g/cm³). Melchioretto
e Eleotério (2003) encontraram uma densidade
básica de 0,37 g/cm³ em madeira de 25 anos,
similar ao observado no presente estudo.
Em relação ao efeito da posição longitudinal do
fuste, a densidade básica apresentou em ambos os
regimes de desbaste a mesma tendência, que foi de
redução da base para o topo das árvores. Porém não
foi observada diferença estatística significativa entre
as posições axiais do tronco das árvores de dois e
três desbastes.
A densidade da madeira de pinus pode variar de
acordo com a intensidade e a frequência dos desbastes.
Desbastes leves geralmente não apresentam um
grande impacto na densidade da madeira, enquanto
desbastes mais intensos podem tornar a madeira
menos densa, já que as árvores restantes tendem a
crescer mais rapidamente (Weber et al. 2013)
Essa é uma versão parcial desse
artigo, o conteúdo completo pode ser
acessado em: https://ojs.sites.ufsc.br/
index.php/am/article/view/7996
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AGENDA
AGENDA 2025
FEVEREIRO
2025
Imagem: reprodução
Treinamento de Manejo Florestal FSC
Data: 25 a 27
Local: Piracicaba (SP)
Informações: https://www.ipef.br/
eventos/evento.aspx?id=576
ABRIL
2025
ABR
2025
FLORESTAS UAI
Nos dias 10 e 11 de abril, Belo Horizonte receberá o II
Florestas UAI, Encontro da Indústria Florestal de Minas
Gerais. O evento promovido pela Amif (Associação
Mineira da Indústria Florestal), será focado no setor
florestal mineiro. As tendências e perspectivas do Estado
que tem a maior área plantada com eucalipto no Brasil
serão apresentadas por quem mais entende do assunto.
Serão dois dias com muito conteúdo para fortalecer e
potencializar a cadeia produtiva da madeira em Minas
Gerais, com informação e network qualificado.
Florestal UAI
Data: 10 e 11
Local: Belo Horizonte (MG)
Informações:
https://www.florestasuai.com.br/
Imagem: reprodução
MAIO
2025
MAI
2025
CONGRESSO DE
PLANTAÇÕES FLORESTAIS
Congresso de Plantações Florestais
Data: 12 a 16
Local: Porto Alegre (RS)
Informações: https://www.ipef.br/noticias/
congresso_plantacoes_florestais_2025_
save_the_date.aspx
A segunda edição do congresso irá colocar em pauta
temas inovadores, técnicos, científicos e estratégicos
sobre as plantações florestais, com foco na contribuição
dessa cadeia produtiva, no contexto de questões
econômicas, sociais e de serviços ecossistêmicos. O
evento é promovido pelo IPEF (Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais), em parceria com a IBÁ (Indústria
Brasileira de Árvores), ABTCP (Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel) e a IUFRO (International
Union of Forest Research Organizations).
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Manutenção e abertura de estradas e aceiros, enleiramento, limpa-trilho, movimentação de
biomassa, carga e descarga de lenha/toras, silvicultura, aplicação de herbicidas, distribuição
de corretivos, roçada mecanizada, subsolagem e locação de equipamentos.
SERVIÇOS E MÁQUINAS
ESPAÇO ABERTO
O
universo empresarial está em constante transformação.
Com o avanço tecnológico, novas abordagens e ferramentas
surgem para otimizar processos, aumentar a produtividade
e garantir vantagem competitiva. Em 2025, algumas tendências
já se consolidam como essenciais para a gestão eficiente
de empresas, especialmente para pequenas e médias organizações.
Como o uso da IA (inteligência artificial) na aplicação de automações, em
processos mapeados e Claros, além de métodos agéis -, está moldando a
gestão empresarial. Além disso, o papel do ClickUp, uma ferramenta indispensável
para organização e produtividade.
Foto: divulgação
O futuro
CHEGOU
Por Glauber Dourado, especialista em
Gestão e automação de IA. Formado em
design pela UP (Universidade Potiguar)
e tem MBA em administração, também
pela UP, e marketing estratégico pelo
Centro Universitário do Rio Grande
do Norte. Atua como Diretor na Lion
Soluções digitais.
Tendências para gestão
empresarial em 2025
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL:
A Nova Aliada do Gestor Moderno - A IA deixou de ser uma tendência
futurista e tornou-se parte essencial da gestão empresarial. Em 2025, seu
impacto será ainda mais evidente. Principais aplicações da IA na gestão:
Análise de dados em tempo real - A IA permite interpretações rápidas e
precisas de grandes volumes de dados, fornecendo insights que embasam
decisões estratégicas; Previsões de mercado: Ferramentas baseadas em IA
ajudam a prever demandas e comportamentos dos consumidores; Automatização
inteligente: Desde respostas automáticas em chatbots, até a alocação
de recursos de forma otimizada, a IA simplifica tarefas repetitivas;
Automações: Eficiência Elevada a Outro Nível - As automações são
ferramentas indispensáveis para empresas que buscam escalar suas operações
sem comprometer a qualidade. Em 2025, os fluxos de trabalho
automatizados vão se tornar ainda mais acessíveis e eficazes. Benefícios
das automações e a redução de erros humanos: Processos repetitivos são
realizados com maior precisão e consistência; Economia de tempo: Funcionários
podem se concentrar em tarefas estratégicas enquanto atividades
operacionais são automatizadas; Integração de sistemas: Ferramentas
como o n8n permitem que diferentes plataformas se conectem, criando um
ecossistema operacional fluido.
Processos Mapeados e Claros - Uma das maiores causas de ineficiência
nas empresas é a falta de clareza nos processos. Em 2025, mapear e documentar
fluxos de trabalho será mais do que uma boa prática – será essencial
para a sobrevivência no mercado. Por que mapear processos? Clareza
para toda a equipe: Um mapa de processos bem definido reduz dúvidas e
mal-entendidos; Facilidade na delegação: Gestores podem delegar tarefas
com maior segurança e assertividade; Base para automações: Processos
claros são o ponto de partida para a automação eficiente.
Métodos Ágeis: Produtividade em Alta - Os métodos ágeis, originados
no setor de tecnologia, estão sendo adotados em diversas áreas da gestão
empresarial. Esses métodos aumentam a produtividade ao priorizar a flexibilidade,
a colaboração e as entregas frequentes. Principais benefícios: Respostas
rápidas a mudanças, empresas ágeis conseguem ajustar-se rapidamente
a novas demandas; Times mais engajados: A colaboração constante
promove o senso de pertencimento; Foco no cliente: As entregas frequentes
permitem maior alinhamento com as necessidades do consumidor;
ClickUp: Base para 2025 - Entre tantas ferramentas no mercado, o ClickUp
se destaca como a solução completa para organização e gestão. Ele
combina a documentação de processos, automações e métodos ágeis em
uma única plataforma. Por que usar o ClickUp? Centralização: Reúna tarefas,
reuniões, e documentações em um só lugar; Personalização: Adapte a
ferramenta às necessidades específicas da sua empresa.
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A Feira da Indústria do Eucalipto
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Três Lagoas MS
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Agosto Agosto
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