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AFFlorestal_270Web

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DESTAQUE

Legislação: Mercado de comercialização de créditos de carbono é aprovado no senado

CRESCIMENTO SAUDÁVEL

E ACELERADO

FERTILIZANTE DE BIO NPK EM GRÃOS

FORTALECE O SOLO E MELHORA

PRODUTIVIDADE DE FLORESTAS

EALTHY AND

ACCELERATED GROWTH

BIO NPK FERTILIZER IN GRAINS

STRENGTHENS THE SOIL AND

IMPROVES FOREST PRODUCTIVITY




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Bicos de metal duro especial (HPH)

Não requer afiação

Versátil para diferentes tipos de

vegetação


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SUMÁRIO

FEVEREIRO 2025

46

NUTRIÇÃO

FLORESTAL

OTIMIZADA

10 Editorial

12 Cartas

14 Bastidores

16 Notas

32 Frases

34 Entrevista

44 Coluna

46 Principal

52 Carbono

60 Compostagem

64 Incêndios

68 Ações

72 Artigo

78 Agenda

80 Espaço Aberto

64

68

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO

15 Armac

11 BKT

19 Carrocerias Bachiega

67 Composhow

71 D’Antonio Equipamentos

25 Denis Cimaf

02 Dinagro

27 DRV Ferramentas

55 Engeforest

84 Envimat

17 Envimat/CBI

63 Envimat/Compostagem

09 Envu

29 Equilíbrio Florestal

43 Feldermann Forest

79 Felipe Diesel

59 Francio Soluções Florestais

04 Himev

31 J de Souza

45 Nutrir Bio Fertilizante

41 Planflora

57 Polli Fertilizante

73 Remsoft

39 Rocha Facas

77 Rodotrem

13 Rotary-Ax

06 Rotor Equipamentos

81 Show Florestal

82 Sparta Brasil

79 Tabaco Máquinas

33 Tecmater

35 Unibrás

23 Vantec

21 Watanabe

37 WDS Pneumática

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O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas

desde o início e em todas as épocas do ano

Aplicação

Pré e Pós-Plantio

Das culturas do

eucalipto e pinus

Seletividade

Não afeta o

desenvolvimento

das culturas do

eucalipto e pinus

Flexibilidade

Permite aplicação

em épocas úmidas

e secas

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de plantas daninhas,

mesmo após longos

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aplicação terrestre

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EDITORIAL

Do jeito certo

O setor florestal brasileiro é um dos pilares da economia sustentável do país,

responsável por gerar empregos, preservar a biodiversidade e promover o uso

consciente dos recursos naturais. No entanto, a consolidação desse setor como

referência global depende diretamente da pesquisa, dos pesquisadores e da

disponibilidade de dados confiáveis. A ciência florestal é essencial para o desenvolvimento

de técnicas mais eficientes de manejo, reflorestamento e preservação.

Pesquisadores desempenham um papel crucial ao inovar em áreas como biotecnologia,

controle de pragas, uso de herbicidas e maximização da produtividade. Dados

sólidos, por sua vez, são a base para tomadas de decisão assertivas, seja na definição

de políticas públicas ou no planejamento estratégico de empresas. Investir em

pesquisa é pensar no futuro sustentável do Brasil, garantindo que o setor florestal

continue a ser um exemplo de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação

ambiental. Nesta edição, a Nutrir Biofertilizantes, com suas soluções em

adubos para o crescimento da floresta, noticias sobre créditos de carbono, um artigo

sobre desbaste de pinus, os planos para recuperação da mata nativa brasileira, e

uma entrevista exclusiva com Italo Falesi, pesquisador da Embrapa responsável por

trazer o mogno africano para o Brasil e que tem mais de 60 anos de contribuições

para o segmento florestal brasileiro. Um excelente 2025!

2

1

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

www.referenciaflorestal.com.br

Ano XXVII • Nº270 • Fevereiro 2025

DESTAQUE

Na capa dessa edição

a Nutrir Fertilizantes,

com suas soluções para

enriquecimento do solo

Legislação: Mercado de comercialização de créditos de carbono é aprovado no senado

EALTHY AND

ACCELERATED GROWTH

BIO NPK FERTILIZER IN GRAINS

STRENGTHENS THE SOIL AND

IMPROVES FOREST PRODUCTIVITY

CRESCIMENTO SAUDÁVEL

E ACELERADO

FERTILIZANTE DE BIO NPK EM GRÃOS

FORTALECE O SOLO E MELHORA

PRODUTIVIDADE DE FLORESTAS

THE RIGHT WAY

Brazil’s Forestry Sector is one of the pillars of the Country’s sustainable economy,

and it is responsible for creating jobs, preserving biodiversity, and promoting

the responsible use of natural resources. However, the consolidation of this sector

as a global benchmark depends directly on research, scientists, and the availability

of reliable data. Forestry science is essential for developing more efficient management,

reforestation, and conservation techniques. Research plays a critical role by

innovating in biotechnology, pest control, herbicide use, and maximizing productivity.

Sound data, in turn, is the basis for confident decision-making, whether in

the definition of public policies or the strategic planning of businesses. Investing in

research means considering Brazil’s sustainable future, ensuring that the Forestry

Sector remains an example of a balance between economic development and environmental

conservation. In this issue, you will find news about Nutrir Biofertilizantes

with its fertilizer solutions for forest growth, news on carbon credits, an article on

pine thinning, plans to recover Brazil’s native forest, and an exclusive interview with

Italo Falesi, the Embrapa scientist responsible for introducing African mahogany to

Brazil and who has contributed to the Brazilian Forestry Sector for over 60 years.

Have a great year and pleasant reading!

Entrevista

com Italo

Claudio

Falesi

Pontos fundamentais de um

projeto de compostagem

3

EXPEDIENTE

ANO XXVII - EDIÇÃO 270 - FEVEREIRO 2025

Diretor Comercial / Commercial Director

Fábio Alexandre Machado

fabiomachado@revistareferencia.com.br

Diretor Executivo / Executive Director

Pedro Bartoski Jr

bartoski@revistareferencia.com.br

Redação / Writing

Vinicius Santos

jornalismo@revistareferencia.com.br

Colunista

Cipem

Gabriel Dalla Costa Berger

Depto. de Criação / Graphic Design

Fabiana Tokarski - Supervisão

Ana Paula Vogler

Maria Soares

criacao@revistareferencia.com.br

Tradução / Translation

John Wood Moore

Depto. Comercial / Sales Departament

Gerson Penkal

Kauê Angeli

comercial@revistareferencia.com.br

fone: +55 (41) 3333-1023

Depto. de Assinaturas / Subscription

assinatura@revistareferencia.com.br

José A. Ferreira

(41) 99203-2091

ASSINATURAS

0800 600 2038

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GARANTIDA GARANTEED

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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos

direitos autorais, exceto para fins didáticos.

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication

directed at the producers and consumers of the good and services of the

lumberz industry, research institutions, university students, governmental

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited

without the written authorization of the holders of the authorial rights.

10 www.referenciaflorestal.com.br



CARTAS

DESTAQUE

Prêmio REFERÊNCIA melhores do ano: confira tudo sobre a grande festa do setor florestal

Capa da Edição 269 da

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,

mês de dezembro de 2024

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

www.referenciaflorestal.com.br

AMPLA DEFESA

COM REGISTRO ESPECÍFICO PARA

APLICAÇÃO VIA DRONES, HERBICIDA

PRÉ-EMERGENTE DA ENVU TRAZ MAIS

FLEXIBILIDADE E EFICIÊNCIA NO

CONTROLE DE DANINHAS

Ano XXVI • Nº269 • Dezembro 2024

BROAD DEFENSE

WITH SPECIFIC REGISTRATION FOR

APPLICATION VIA DRONES, ENVU'S

PRE-EMERGENT HERBICIDE BRINGS

MORE FLEXIBILITY AND EFFICIENCY

TO WEED CONTROL

PRINCIPAL

Por Carlos Roberto Souza, São Paulo (SP)

A Envu é um sinônimo de excelência. Que belo trabalho de desenvolvimento,

produto e de responsabilidade com o que se faz. Um exemplo para todos.

ENTREVISTA

Foto: divulgação

Por Manuela Silveira, Belo Horizonte (MG)

O trabalho com madeiras de reflorestamento de longo prazo deve ser

valorizado. Há um desafio muito grande para plantar hoje e colher

depois de 25 anos.

PRÊMIO REFERÊNCIA MELHORES DO ANO!

Por Anderson Moreira Castro, Campinas (SP)

Que festa linda! Muito importante o reconhecimento a cada empresa e personalidade

premiada. Que isso motive outros a fazerem ainda mais pelo setor.

Foto: Emanoel Caldeira

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12 www.referenciaflorestal.com.br

Revista Referência Florestal

@referenciaflorestal

@revistareferencia9702

E-mails, críticas e sugestões podem ser

enviados também para redação

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Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


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BASTIDORES

Revista

Foto: REFERÊNCIA

Foto: REFERÊNCIA

VISITA

Estivemos com o comercial da REFERÊNCIA

FLORESTAL, Gerson Penkal (centro), em

Campos Novos (SC) para visitar o nosso

parceiro comercial Rocha Facas, dos diretores

Zelir Rocha e Jair Rocha.

PARCERIA

O diretor comercial da REFERÊNCIA FLORESTAL,

Fábio Machado, visitou a nova sede da Rotor

Equipamentos na cidade da Fazenda Rio Grande (PR),

do diretor Everson Muhlstedt. Na oportunidade, além

da renovação da parceria, houve panejamento para o

novo trabalho visual da Rotor no setor florestal.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

ALTA

CADA VEZ MAIS MADEIRA

O relatório da FAO (Food and Agriculture Organizations

of the United Nations) estima aumento de 37% no

consumo de produto primário de madeira processada

de 2020 até 2050. Hoje, a madeira representa grande

parte da economia, sendo que apenas o mercado da

madeira serrada em nível global é estimado em US$

757,33 milhões em 2024, de acordo com o Relatório

da Indústria da Madeira Serrada da Mordor Intelligence

Industry Reports. Em 2023, a área dedicada ao

plantio de árvores ultrapassou pela primeira vez os

10 milhões de ha (hectares), tendo o eucalipto como

76% da área plantada. Pinus fica em segundo lugar

com relação a maior extensão no plantio. E esse

volume deve continuar crescendo cada vez mais

para atender a demanda.

FEVEREIRO 2025

QUEDA NAS EXPORTAÇÕES

“Em 2023 houve queda nas exportações de madeira

do Pará, em 39,39% em relação ao ano anterior,

totalizando US$ 212.858.782 milhões”, afirmou

Deryck Martins, ao jornal O Liberal. Ainda segundo

Deryck, em 2024, as exportações de madeira do

Pará caíram, mas a madeira perfilada teve crescimento

em quantidade e valor. Os EUA (Estados

Unidos da América) foram o principal destino da

madeira perfilada do Pará, representando 53,81%

do total exportado. O setor madeireiro brasileiro

enfrentou uma redução de 27% no valor e 18,9%

na quantidade exportada, se comparado ao ano

anterior.

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NOTAS

Podcast REFERÊNCIA

Durante os meses de dezembro e janeiro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados importantes

para o desenvolvimento do segmento madeireiro de base florestal. Os entrevistados desses episódios foram Fábio Parisoto (foto de

cima), diretor florestal do grupo Frameport, com formação e pós-graduação na área contábil, mas se enveredou para o setor no polo

madeireiro catarinense da cidade de Caçador (SC); e Romualdo Rymsza Neto (foto de baixo), curitibano formado em engenharia civil

e atua como diretor-geral da Laminorte, empresa do segmento de lâminas, serrados, decks e pisos de madeira nativa. Os episódios

tiveram o apoio da Komatsu Forest, Rotary-Ax, Agroclip, que atuam oferecendo soluções para o segmento de base florestal e na

instalação de decks de madeira.

Parisoto relatou que no início de sua formação não pensava no segmento florestal, seguiu o rumo contábil para ter certezas

sobre o futuro, seja como empregado ou abrindo seu próprio

escritório. A mudança de carreira foi quando ele estava as portas

do seu casamento e seu sogro o convidou para ingressar na Frameport.

“Foi um convite muito leve. Ele não me forçou a nada.

Mas comecei a gostar mais do segmento, saí do escritório e fui

para a floresta cada vez mais, sempre que podia. Assim, aceitei o

segundo convite dele para agora liderar o campo e assim estou

até hoje, há 15 anos”, relatou Fábio Parisoto.

Sobre a parte prática, Parisoto ressaltou a evolução do

trabalho quando ele iniciou e como está agora. A mecanização

dos processos acelerou a produção, seja para corte ou mesmo

transporte. Tudo foi fazendo com que a operação florestal se

transformasse. “Era tanta novidade quando esses equipamentos

chegaram que nem pensamos muito, comprávamos máquinas e

víamos que tudo era melhor, mais rápido e mais eficiente. Hoje

vivemos com tecnologias ainda mais futurísticas, onde podemos

monitorar máquinas direto do escritório”, destacou Fábio.

Romualdo é a segunda geração de sua família na Laminorte,

empresa fundada por seu pai há 44 anos. Ele relata que nasceu

no meio da madeira, passando parte de sua infância e adolescência

no meio de tábuas, lâminas e produtos madeireiros.

“Cresci naquele meio, no ensino médio fiz meu primeiro estágio

lá, parei apenas as vésperas do vestibular para estudar e logo

voltei. Desde então continuo me dedicando a seguir o trabalho e

legado do meu pai”, apontou Romualdo.

Na segunda parte do programa Romualdo aproveitou para

valorizar o trabalho do manejo florestal sustentável, que é a fonte

da matéria-prima utilizada em sua empresa. “Muitos clientes

nos perguntam até quando teremos certas madeiras e através

do manejo podemos garantir que teremos a madeira para sempre,

pois a prática garante que a floresta fique em pé. Depois de

5 anos é impossível encontrar a área onde foi feita a extração.

A floresta sempre continua crescendo de forma sustentável”,

ressaltou Romualdo.

Os episódios completos o Leitor pode conferir

no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:

Fotos: REFERÊNCIA

16 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Símbolo de boas práticas

Foto: divulgação

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou a criação do Selo Nacional de Sustentabilidade Empresarial,

para empresas que contribuam com a redução de impactos ao meio ambiente (PL 358/2020). A proposta, do senador

Styvenson Valentim (Podemos-RN), recebeu parecer favorável do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e segue agora para a

CMA (Comissão de Meio Ambiente).

Para ganhar o selo, a empresa terá de comprovar, além do cumprimento da legislação ambiental e de outros regulamentos

aplicáveis, uma ou mais das seguintes exigências: redução certificada da geração de resíduos sólidos, do consumo de

água potável ou do consumo de energia elétrica; redução certificada da emissão de GEE (gases de efeito estufa); recepção

e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos dos consumidores, com certificação; substituição total

certificada de embalagens e utensílios plásticos descartáveis para alimentos e bebidas por material reutilizável ou biodegradável

de origem renovável; manutenção da cobertura de vegetação nativa 50% superior ao exigido pela legislação florestal;

compensação ambiental 10% superior ao exigido na licença ambiental da atividade ou empreendimento.

A emissão do selo será feita pelo órgão ambiental licenciador da União, por prazo determinado e renovável. Além de poderem

exibir o selo em produtos, rótulos, embalagens e propagandas, as empresas certificadas terão direito a uma série de

benefícios: linhas de crédito especiais, com juros reduzidos e prioridade no acesso a bancos públicos e privados; critério de

desempate em licitações; tramitação prioritária no licenciamento ambiental; outorga de direito de uso de recursos hídricos

e licenciamento urbano; recebimento de créditos de logística reversa pela aquisição e destinação ambientalmente adequada

de resíduos sólidos, como previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.

Os consumidores de produtos recicláveis dessas empresas que devolverem o resíduo também terão vantagens: poderão

receber crédito equivalente a 1% do valor do produto nas compras feitas no estabelecimento que efetuou a coleta.

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NOTAS

Parceria selada

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) firmou, por meio da SDI (Secretaria de Inovação, Desenvolvimento

Sustentável, Irrigação e Cooperativismo), protocolo de intenções com a Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura,

mais uma instituição a compor a Rede Floresta+Sustentável, integrando ações de fomento à silvicultura brasileira.

O documento foi assinado pelo secretário da SDI, Pedro Neto, e pela gerente executiva da coalizão, Carolle

Alarcon.

Essa é mais uma ação do Plano Floresta+Sustentável, que busca trazer para a Rede, iniciativas por meio do intercâmbio

entre produtor e iniciativa privada, que possibilitem a execução de projetos voltados à recuperação de áreas

degradadas e de desenvolvimento da cadeia produtiva florestal, contribuindo para o alcance dos Objetivos Nacionais

Florestais e as Ações Indicativas do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas. De acordo com

Pedro Neto, a entrada de instituições como a Coalizão Brasil reforça o compromisso do Mapa em alavancar o setor

de florestas plantadas no Brasil, causando impacto positivo para os produtores, sem perder o foco na preservação

ambiental. “O fomento à produção de base florestal abre novas possibilidades de negócio, emprego e renda para o

produtor rural, aliando a promoção da silvicultura de nativas com a atividade florestal sustentável”, destacou Pedro.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por representantes dos setores privado

e financeiro, da academia e da sociedade civil, que atua na promoção da sinergia entre as agendas de proteção,

conservação, uso sustentável das florestas naturais e plantadas, agropecuária e adaptação às mudanças climáticas.

Com a nova assinatura, somam onze os protocolos firmados com associações do setor florestal em 2024, cujo

objetivo é dar publicidade à Rede Floresta+, com foco na execução das propostas recebidas pela Chamada Pública

para Projetos Florestais (Edital Mapa número 01/2024).

Foto: divulgação

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NOTAS

Fotos: divulgação

Orgulho nacional

A silvicultura brasileira abrange uma área de 9,3 milhões de ha (hectares) que geram R$ 33,7 bilhões, segundo o

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A atividade de silvicultura é responsável por 4% do PIB (Produto Interno

Bruto), e produziu em 2023, 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e ainda, 1,5

milhão de m3 (metros cúbicos) de madeira para exportação. A silvicultura ocupa uma área de 9,3 milhões de ha, sendo

a Mata Atlântica o bioma com maior proporção de área de silvicultura. Mais de 80% das florestas cultivadas utilizam

eucalipto plantado para fins comerciais, como produção de papel, celulose, madeira e carvão vegetal. Além do eucalipto,

o pinus, a seringueira e a acácia estão entre as principais espécies cultivadas no Brasil. Na região sul, predominam

acácia-negra, pinus e eucalipto.

Segundo o IBGE, Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, com R$ 7,5 bilhões (dados

de 2022). Em seguida vem o Estado do Paraná (R$ 4,8 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,8 bilhões).

A silvicultura é também uma fonte geradora de empregos e renda para milhões de pessoas em todo o país. Estima-se

que 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos estão ligados à atividade. Além disso, a cadeia produtiva da

madeira envolve diversas atividades, desde o plantio e o manejo das florestas até a produção de móveis, papel e outros

produtos. Com isso, essa é uma atividade que contribui para o desenvolvimento de comunidades rurais, promovendo a

fixação do homem no campo.

Com um trabalho eficiente e bem realizado, nossa silvicultura possui um enorme potencial para aumentar a produção

de madeira de forma sustentável. Com isso, consegue atender à crescente demanda por produtos florestais no

mercado interno e externo. Para isso, os avanços tecnológicos e metodológicos na área são fundamentais. Eles têm

possibilitado uma gestão mais eficiente e sustentável das florestas. Isso inclui técnicas avançadas de plantio, silvicultura

de precisão, manejo integrado de pragas e doenças, práticas de conservação do solo e da água.

22 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Exportações em alta

Foto: divulgação

A Secex/MDIC (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços),

divulgou os dados consolidados da balança comercial brasileira de 2024. No acumulado de janeiro a dezembro de 2024,

em comparação ao mesmo período do ano passado, as exportações totais caíram -0,8% e somaram US$ 337,04 bilhões.

As importações cresceram 9,0% e totalizaram US$ 262,48 bilhões. Com esses resultados, a balança comercial teve superávit

de US$ 74,55 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 3,3%, atingindo US$ 599,52 bilhões.

Os dados da balança comercial brasileira são de suma importância para avaliar a saúde econômica do país, pois ao

fornecerem informações sobre o equilíbrio entre exportações e importações, refletem a competitividade do Brasil no comércio

internacional. A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), compilou os

dados oficiais da Secex/MDIC e dividiu por segmento de produtos de madeira processada mecanicamente. Esse resumo

das exportações de 2024 é enviado a todos os associados para que, com essas informações em mãos, os industriais possam

planejar e montar suas estratégias para 2025, buscando fortalecer ainda mais sua posição no comércio global.

Os resultados refletem os desafios enfrentados pelo setor durante 2024, entre eles os mais críticos como os entraves

logístico-portuários, as greves dos servidores em órgãos anuentes nos processos de exportações, a ameaça de paralisação

dos estivadores nos EUA (Estados Unidos da América) e as guerras em curso que acometeram o cenário global no

ano passado.

O complexo cenário logístico impacta diretamente no volume exportado. “São muitas variáveis para as quais, infelizmente,

não há soluções a curto prazo. As melhorias em infraestrutura para ampliar a eficiência nos serviços, demandam

planejamento e investimentos em médio e longo prazo. Foi mais um ano em que enfrentamos atrasos para os embarques

de nossos produtos, custos excessivos e operações que não atenderam nossas necessidades de escoamento”, alerta

Paulo Pupo, superintendente da Abimci.

24 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Monitoramento automatizado

Um estudo inovador realizado por pesquisadores brasileiros e publicado na última edição da revista britânica

Communications Earth & Environment, do grupo Nature, apresenta indicadores ecológicos e valores de referência para

avaliar a efetividade da regeneração natural como forma de restaurar florestas na Amazônia.

A pesquisa revela que a integridade ecológica, ou seja, a capacidade de restauração ecológica das florestas secundárias,

diminui com a duração do uso anterior do solo e o nível de desmatamento da paisagem. A regeneração natural é

mais eficiente como método de restauração ecológica em áreas que foram pouco usadas para agricultura ou pastagem

no passado, que possuam quantidade expressiva de floresta no entorno e que tenham sofrido poucos eventos de corte e

queima.

O trabalho é resultado do projeto Regenera, financiado pelo CNPq e desenvolvido no âmbito do programa Centro de

Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, estrutura de pesquisa inovadora no cenário nacional, criada para

integrar informações de diferentes disciplinas para gerar conhecimento.

Ao alinhar ciência básica e aplicação prática, o estudo reforça o papel da regeneração natural como uma solução

eficiente e de baixo custo para restaurar ecossistemas florestais e apresenta ferramentas para garantir uma restauração

ecológica eficiente. A aplicação de indicadores ecológicos também permite um monitoramento mais preciso e garante

que o Brasil avance em direção ao cumprimento de suas metas ambientais globais.

Para avaliar se uma floresta em regeneração está realmente sendo capaz de restaurar o ecossistema nativo, o estudo

propôs indicadores e valores de referência, que incluem medidas de diversidade, função e estrutura da vegetação. Para

cada indicador, foram estimados os valores mínimos que uma floresta deve ter para ser considerada eficiente na restauração

ecológica.

Foto: divulgação

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NOTAS

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Dados acessíveis

A edição mais recente do Boletim SNIF (Sistema Nacional de Informações Florestais) destaca três temas centrais

para a gestão florestal no Brasil: os conceitos e métodos de análise de produtos florestais, o controle de qualidade

do Inventário Florestal Nacional e o Cadastro Nacional de Florestas Públicas.

A publicação destaca que a definição dos produtos florestais produzidos no Brasil e o cálculo do volume anual

da produção são tarefas complexas. O boletim detalha como o SFB (Serviço Florestal Brasileiro) estabelece a lista de

produtos florestais, tanto madeireiros quanto não madeireiros e como consolida os dados sobre a produção anual

do setor, garantindo a precisão das informações essenciais para a gestão florestal.

Essa análise é realizada e publicada no SNIF, além de subsidiar relatórios internacionais de instituições das quais

o Brasil é membro, como FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e a ITTO (Organização

Internacional de Madeiras Tropicais). O fato de os dados serem produzidos por mais de uma instituição

torna um desafio a tarefa de consolidar essas informações. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),

por exemplo, é responsável por pesquisas sobre a produção florestal, já o MDIC (Ministério do Desenvolvimento,

Indústria, Comércio e Serviços), pelos dados sobre exportação e importação. O boletim apresenta as diversas fontes

nacionais usadas, detalha como os dados são analisados para impedir sobreposições e erros de análise, pois alguns

estão presentes em mais de uma delas, e como é feita a adequação às classificações internacionais.

28 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

União pelo futuro

A sede da Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense

de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas)

em Campo Grande, foi palco de uma reunião que reuniu

representantes da AGEMS (Agência Estadual de Regulação

de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), empresas

plantadoras de florestas e distribuidoras de energia

elétrica. O evento teve como objetivo alinhar estratégias

e aprimorar as práticas relacionadas à operação das redes

de distribuição rurais, promovendo maior eficiência,

segurança e confiabilidade no fornecimento de energia

elétrica, além de fortalecer as ações de prevenção e combate

a incêndios florestais.

Durante a reunião, a Reflore (MS) apresentou um

panorama detalhado do setor de produção florestal no

Estado, abordando temas como a distribuição geográfica

das áreas de florestas plantadas, sua importância

econômica para a região leste de Mato Grosso do Sul e

as práticas de manejo sustentável adotadas pelos plantadores

de eucalipto. Foram também destacados dados

sobre produtividade, contribuições para a economia local

e estadual, estatísticas de incêndios florestais e os impactos

observados.

A apresentação incluiu ainda informações sobre as

implicações das operações florestais nas proximidades

das redes elétricas, proposições de ações conjuntas para

mitigar riscos de incêndios, e as parcerias firmadas com

municípios para prevenção e mitigação desses eventos.

Também foram apresentados planos de contingência, iniciativas

de proteção ambiental e projeções de crescimento

e expansão das florestas plantadas no Estado.

Representantes das distribuidoras de energia elétrica

trouxeram uma análise abrangente da gestão das redes

de distribuição rurais, incluindo a revisão da largura das

faixas de servidão, dados sobre manutenções realizadas

entre 2022 e 2024, e o planejamento para o biênio

2025/2026. Além disso, foram apresentados relatórios

técnicos sobre os impactos das queimadas nas redes elétricas,

os prejuízos ocasionados pelos incêndios florestais

e os desafios enfrentados pelas distribuidoras no atendimento

às demandas relacionadas a esses eventos.

O diretor executivo da Reflore (MS), Dito Mário, destacou

a relevância da união entre os setores envolvidos:

“A colaboração entre os plantadores de florestas, as

distribuidoras de energia elétrica e os órgãos reguladores

é essencial para construirmos soluções eficazes e sustentáveis.

Somente com esse diálogo constante conseguiremos

enfrentar desafios como os incêndios florestais e

garantir um futuro mais seguro e produtivo para todos”,

defendeu Dito.

Foto: divulgação

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FRASES

Foto: Fotos Públicas

Em 2024, o período de seca e

queimadas intensificou-se a

partir do mês de maio. Por isso,

é imprescindível que, em 2025,

os governos federal, estaduais e

municipais estejam devidamente

preparados para enfrentar situações

climáticas adversas, especialmente

considerando que os impactos da

emergência climática perdurarão por

muitos anos

André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal

Federal em despacho sobre a responsabilidade

do Estado em relação a queimadas

"A ABAF é um dos mais

importantes atores

para o crescimento e

desenvolvimento da Bahia,

pois representa um dos

mais relevantes setores,

o florestal. E queremos a

contribuição da ABAF na

construção do nosso novo

plano"

Cláudio Ramos Peixoto, Secretário do

Planejamento do Estado da Bahia, em reunião

com a associação sobre investimentos florestais

"Mas a restauração

florestal também vai

além: é um processo

que envolve ciência e

tecnologia para recuperar

ecossistemas, trazendo

reconexão com a natureza

e o engajamento das

comunidades locais"

Paulo Hartung, presidente da IBÁ (Indústria

Brasileira de Árvores), em coluna à CNN

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ENTREVISTA

Pioneirismo

FLORESTAL

Parte I

Pioneering Forestry - Part I

Foto: Ronaldo Rosa

ENTREVISTA

Até mesmo a mais longa caminhada já realizada

começou com um primeiro passo. O que te tira

da inércia, muitas vezes abre os caminhos para

o novo. Italo Claudio Falesi é um nome ícone no

estudo de solo e desenvolvimento da silvicultura no país. Profissional

formado há quase 70 anos, Italo desbravou a Amazônia,

aprendeu a avaliar solo com as mãos e se tornou uma referência

para todos aqueles que querem compreender sobre sistemas

integrados e análise de solo no país. Visando degustar o conteúdo

e a história do entrevistado, resolvemos dividir a mesma em

duas edições. Aproveite a primeira parte da conversa e acompanhe

na próxima edição o restante da entrevista.

E

ven the longest journey begins with a first step.

What gets you out of inertia often opens the way

to something new. Italo Claudio Falesi is an iconic

name in the study of soils and forestry development

in the country. A trained professional for almost 70

years, Italo explored the Amazon, learned to evaluate the soil

with his hands, and has become a reference for all those who

want to understand integrated systems and soil analysis in the

Country. To give you a taste of the content and the interviewee’s

story, we decided to split it into two parts. Enjoy the first part of

the conversation and follow the rest of the interview in the next

issue.

Italo Claudio Falesi

ATIVIDADE/ ACTIVITY:

Graduação em agronomia pela UFRA (Universidade Federal

Rural da Amazônia), hoje é pesquisador da Embrapa (Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária), onde atua desde a sua

fundação. Já foi diretor geral no IPEAN (Instituto de Pesquisa

Agropecuária do Norte), presidiu o Emater (Empresa de

Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará). Além

disso, tem experiência na área de agronomia, com ênfase em

Ciência do Solo.

He graduated in Agronomy from the Federal Rural University

of the Amazon (UFRA); he is currently a scientist at the Brazilian

Agricultural Research Corporation (Embrapa), where he

has worked since its inception. He has been General Director

of the Agricultural Research Institute of the North (Ipean)

and President of the Technical Assistance and Rural Extension

Company of the State of Pará (Emater). He also has experience

in agronomy, with an emphasis on soil science.

34 www.referenciaflorestal.com.br


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ENTREVISTA

>> O que te motivou a entrar na agronomia?

Em 1952 fiz vestibular para medicina, mas na época, a

concorrência era altíssima: cerca de 300 candidatos disputavam

apenas 20 vagas. Infelizmente, não fui aprovado. Um

dia, encontrei uma amiga que ao saber da minha situação,

comentou sobre a Escola de Agronomia da Amazônia. Intrigado,

descobri que a escola funcionava sob a administração

do IAN (Instituto Agronômico do Norte), criada por Felisberto

Cardoso Camargo, e vinha com os devidos benefícios:

bolsas de estudo, transporte gratuito e uma infraestrutura

completa. Isso despertou meu interesse. Fiz o vestibular e

fui aprovado. Ao começar as aulas, percebi que estava em

um ambiente de alto nível científico. Tinha cerca de 21 anos

e tive o privilégio de conhecer cientistas renomados, como

Adolpho Ducke, figura essencial nos estudos sobre a floresta

amazônica. Ele, entre outros professores, como João Murça

Pires, influenciou profundamente minha formação. Concluí

o curso em 8 de dezembro de 1956. Naquela época, os mais

bem colocados da turma eram contratados diretamente

pelo IAN, e no ano seguinte comecei a trabalhar lá.

>> E sua mudança para florestal?

Tive a oportunidade de fazer o primeiro curso de gênese,

morfologia e classificação de solos na Escola Nacional de

Agronomia, que hoje é a Universidade Federal Rural do Rio

de Janeiro. Esse foi um marco importante na minha carreira.

Posteriormente, tive a oportunidade de ir ao Japão, onde

participei de um curso no Instituto Nacional de Ciências

Agrícolas, em Tóquio. Passei quatro meses lá e aprendi muito,

não apenas sobre solos, mas também sobre a vida e a

cultura do povo japonês. Essa experiência me transformou.

Lá visitei diversas áreas florestais no centro do Japão, uma

região montanhosa que me ensinou muito sobre manejo e

preservação ambiental. Ao retornar ao Brasil, comecei a formar

a primeira equipe pioneira de pedólogos da Amazônia.

Em 1958, junto com o saudoso professor e cientista Lúcio

Salgado Vieira e meu colega Valmir Hugo dos Santos, demos

início ao primeiro estudo de solos da região amazônica, focando

em gênese, morfologia, classificação e mapeamento.

>> Em que região foram iniciados os primeiros estudo de

solo da região amazônica?

Tudo começou na mesoregião conhecida como nordeste paraense,

que incluem as microrregiões Bragantina, Guajarina

e Salgado. Na época, essa área representava mais de 50%

da população do Estado do Pará, mesmo possuindo solos

de baixa fertilidade, classificados por nós como latossolo

amarelo de textura média. Apesar disso, a agricultura, a

floresta e a pecuária se desenvolviam na região. Com o passar

dos anos, fizemos inúmeros estudos de solos em áreas

importantes, como o Pico da Neblina, onde coletei amostras

para mapeamentos. Esse trabalho exigia dedicação e muito

deslocamento, e, com o tempo, fui marcando no Mapa Geológico

1960 os locais que visitei com pequenas bolinhas vermelhas.

Um colega brincou certa vez que o mapa parecia ter

What motivated you to study agronomy?

In 1952, I took the entrance exam for medical school, but

at that time, the competition was extremely high: about

300 candidates were competing for only 20 places. Unfortunately,

I did not pass. Upon hearing about my situation,

I met a friend who mentioned the Amazonian School of

Agronomy. Intrigued, I discovered that the school operated

under the administration of the Agronomic Institute of

the North (IAN), founded by Felisberto Cardoso Camargo.

It came with the appropriate benefits: scholarships,

free transportation, and a complete infrastructure. This

aroused my interest. I took and passed the entrance

exam. I realized I was in a highly scientific environment

when I started attending classes. I was about 21 years

old and had the privilege of meeting renowned scientists

such as Adolpho Ducke, a key figure in studying the

Amazon rainforest. He and other professors, such as

João Murça Pires, profoundly influenced my education. I

graduated on December 8, 1956. In those days, IAN hired

the best graduates directly, and I started working there

the following year.

And your transition to forestry?

Later, I had the opportunity to take the first course in soil

genesis, morphology, and classification at the National

School of Agronomy, now the Federal Rural University of

Rio de Janeiro. It was an important milestone in my career.

Later, I had the opportunity to go to Japan, where I

attended a course at the National Institute of Agricultural

Sciences in Tokyo. I spent four months there and learned

a lot about soils and the life and culture of the Japanese

people. The experience changed me. I visited several

forest areas in central Japan, a mountainous region that

taught me much about environmental management and

conservation. When I returned to Brazil, I began to form

the first pioneering team of pedologists in the Amazon. In

1958, with the late professor and scientist Lúcio Salgado

Vieira and my colleague Valmir Hugo dos Santos, we began

the first study of soils in the Amazon region, focusing

on genesis, morphology, classification, and mapping.

But where did the first soil studies in the Amazon region

begin?

It all started in the mesoregion known as the Northeast

of Pará, which includes the micro-regions of Bragantina,

Guajarina, and Salgado. At that time, this area accounted

for more than 50% of the population of the State of Pará.

However, it had low fertility soils, which we classified

as medium textured yellow latosols—nevertheless,

agriculture, forestry, and cattle ranching developed in

the region. Over the years, we carried out countless soil

studies in critical areas, such as Pico da Neblina, where

I collected samples for mapping. This work required

dedication and a lot of traveling, and over time, I marked

the places I visited on the 1960 geological map with little

36 www.referenciaflorestal.com.br



ENTREVISTA

catapora de tanto vermelho. Depois de 30 anos, percebi que

era essencial aproveitar os conhecimentos adquiridos sobre

solos para compreender melhor as plantas que eles sustentam.

Foi aí que adquiri uma pequena propriedade em Igarapé-Açu,

a 110 km (quilômetros) de Belém (PA). Inicialmente,

implantei algumas lavouras e, em 1992, comecei a implementar

um sistema de ILF (integração lavoura-floresta). O

trabalho resultou nos primeiros plantios de mogno africano.

No primeiro mogno, que hoje tem 32 anos, comecei a estudar

a cultura do mesmo e da Acacia mangium.

>> Quem introduziu a primeira semente do mogno africano

no Brasil?

Em outubro de 1975, era diretor do IPEAN (Instituto de Pesquisa

Agropecuária do Norte), que abrangia a vasta Amazônia

Legal. Na época, recebi uma visita de um representante

do Ministério de Florestas e Águas da Costa do Marfim,

considerado um dos berços do mogno africano. O visitante

conversou bastante comigo sobre possíveis parcerias e intercâmbios

de pesquisa. Durante a conversa, ele pegou minha

mão e colocou oito sementes e disse: Plante que será o ouro

do futuro. Perguntei do que se tratava, e ele me explicou

que era o mogno africano. Com muito cuidado, fizemos a

semeadura das oito, mas duas não germinaram. Apenas seis

vingaram, e foram plantadas no então IPEAN, atual Embrapa

Amazônia Oriental. Com o passar dos anos, essas árvores

se desenvolveram, começaram a produzir sementes, e foi aí

que compreendemos a importância dessa introdução para

o Brasil. Começamos a estudar as características do mogno

africano, e meu colega, José Urano de Carvalho, pesquisador

da Embrapa Amazônia Oriental, responsável pela questão

das sementes, iniciou a coleta para distribuição aos produtores

do Pará.

red dots. A colleague once joked that the map looked

like it had chicken pox because it was so red. After 30

years, I realized it was essential to use the knowledge

I had gained about soils to understand the plants they

support better. That is when I bought a small plot of

land in Igarapé-Açu, 110 km from Belém (PA). Initially, I

planted several crops, and in 1992, I began to implement

an Integrated Agriculture and Forestry (ILF) system. This

work resulted in the first plantations of African Mahogany.

With the first mahogany, which is now 32 years old, I

began to study its cultivation and Acacia mangium.

Who introduced the first African mahogany seed in

Brazil?

In October 1975, I was the Director of the Northern

Agricultural Research Institute (Ipean), which covered the

vast legal Amazon. At that time, I received a visit from a

representative of the Ministry of Forests and Waters of

the Ivory Coast, considered one of the cradles of African

mahogany. The visitor spoke with me at length about

possible partnerships and research exchanges. During the

conversation, he took my hand, put eight seeds in it, and

said: “Plant them; they will be the future gold. I asked

what they were, and he explained they were African mahogany

seeds. We carefully planted the eight seeds, but

two did not germinate. Only six took root and were planted

in what was then Ipean, now Embrapa Amazônia Oriental.

Over the years, these trees developed and began

to produce seeds, and that is when we realized how vital

this introduction was for Brazil. We started to study the

characteristics of African mahogany, and my colleague

José Urano de Carvalho, a scientist at Embrapa Amazônia

Oriental who was in charge of the seeds, began to collect

them for distribution to producers in Pará.

Essa formação criou um corpo técnico altamente qualificado,

com amplo conhecimento e capacidade científica

38 www.referenciaflorestal.com.br



ENTREVISTA

>> E houve o interesse comercial na espécie?

O primeiro a plantar comercialmente foi o saudoso produtor

japonês Hiroshi Okajima, no município de Paragominas (PA).

Ele foi pioneiro no cultivo do mogno africano em escala comercial

no Brasil. Com o tempo, as sementes dessas árvores

foram distribuídas para outros Estados, como Minas Gerais

e Goiás, e hoje o cultivo está presente em todo o país. Recentemente,

a ABPMA (Associação Brasileira de Produtores

de Mogno Africano), através do engenheiro florestal Milton

Dino Frank Jr, realizou um censo e constatou que mais de 70

mil ha (hectares) já foram plantados, com Minas Gerais liderando,

seguido por Goiás e Pará. O crescimento do interesse

no mogno africano resultou em iniciativas como o primeiro

workshop realizado em Goiânia (GO), do qual participei

como palestrante. Ali, em parceria com amigos como Ricardo

Tavares e Augusto Cury e outros estudiosos, fundamos

a ABPMA (Associação Brasileira de Produtores de Mogno

Africano). Essa associação tem desempenhado um papel

essencial na organização e na expansão do cultivo do mogno

africano no Brasil. Apesar do ceticismo inicial, atualmente

contamos com um grande número de associados comprometidos

com a produção sustentável dessa madeira nobre.

A introdução do mogno africano no Brasil é, sem dúvida,

uma das maiores conquistas da minha trajetória.

>> Como foi sua trajetória profissional dentro da Embrapa?

Fui nomeado chefe-geral do Centro de Pesquisa Agropecuária

do Trópico Úmido, que hoje é a Embrapa Amazônia

Oriental. Passei um ano nessa função e, em seguida, voltei

a atuar como pesquisador. Nesse período, houve uma

transformação significativa no panorama da pesquisa agropecuária

na Amazônia. A Embrapa patrocinou a qualificação

de seus pesquisadores por meio de programas de pós-graduação,

como mestrado e doutorado, tanto no Brasil, em

universidades renomadas, quanto no exterior, em instituições

nos EUA (Estados Unidos da América), Canadá e outros

países. Essa formação criou um corpo técnico altamente

qualificado, com amplo conhecimento e capacidade científica.

Uma das grandes vantagens desse período foi a conexão

e o intercâmbio entre os pesquisadores.

>> Mesmo aposentado, ainda frequenta a Embrapa?

Estou aposentado há cerca de 20 anos, mas continuo indo

à Embrapa às segundas, terças e quartas-feiras, onde mantenho

um gabinete e participo das discussões com colegas.

Nossa conversa, até mesmo durante o almoço, gira em

torno de pesquisa: “Como está aquele projeto? Funcionou

o que você testou? Quais os próximos passos?” Essa integração

e troca de informações é fundamental para o avanço

do conhecimento e da tecnologia. No início, o produtor

rural da Amazônia era, em grande parte, um agricultor de

subsistência, plantando feijão, mandioca e queimando a floresta

para abrir espaço para o cultivo. Com o fortalecimento

dos estudos sobre solos e a entrada da Embrapa Amazônia

Oriental, houve uma mudança de mentalidade. A transfe-

And was there any commercial interest in the species?

The first person to plant it commercially was the late Japanese

grower Hiroshi Okajima in Paragominas (PA). He

pioneered growing African mahogany on a commercial

scale in Brazil. Over time, the seeds of these trees were

distributed to other states, such as Minas Gerais and

Goiás, and today, African mahogany is grown throughout

the Country. Recently, the Brazilian Association of African

Mahogany Producers (Abpma), through forestry engineer

Milton Dino Frank Jr., conducted a census and found that

more than 70 thousand hectares have been planted,

with Minas Gerais leading the way, followed by Goiás

and Pará. The growing interest in African Mahogany has

led to initiatives such as the first workshop in Goiânia

(GO), in which I participated as a speaker. Together with

friends such as Ricardo Tavares, Augusto Cury, and other

scientists there, we founded the Abpma. This association

has been instrumental in organizing and expanding the

cultivation of African mahogany in Brazil. Despite initial

skepticism, we now have many members committed to

the sustainable production of this noble wood. The introduction

of African mahogany in Brazil is undoubtedly one

of the most outstanding achievements of my career.

What has your career path at Embrapa been?

I was appointed Director of the Tropical Rain Forest

Agricultural Research Center, now Embrapa Amazônia

Oriental. I spent a year in that position and then returned

to work in research. During that time, the landscape of

agricultural research in the Amazon changed significantly.

Embrapa promoted the qualification of its scientists

through postgraduate programs, such as master’s and

doctoral degrees, both in Brazil, at prestigious universities,

and abroad, at institutions in the United States,

Canada, and other countries. This training has created a

highly qualified technical staff with extensive knowledge

and scientific capacity. One of the great advantages of

this period was the connection and exchange among

scientists.

Even though you are retired, do you still go to Embrapa?

I have been retired for about 20 years, but I still go to

Embrapa on Mondays, Tuesdays, and Wednesdays,

where I have an office and participate in discussions with

colleagues. Our conversations, even during lunch, revolve

around research: “How is the project going? Did what

you tested work? What are the next steps?” This integration

and sharing of information are fundamental to

advancing knowledge and technology. Initially, rural producers

in the Amazon were primarily subsistence farmers

who grew beans and cassava and burned the forest to

make room for their crops—with the strengthening of soil

studies and the arrival of Embrapa Amazônia Oriental, a

change in mentality occurred. The transfer of technology

and the adaptation of language to reach rural producers

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ENTREVISTA

rência de tecnologia e a adaptação do linguajar para alcançar

o produtor rural transformaram a agricultura na região.

Hoje, principalmente no Estado do Pará, observa-se uma

agricultura diversificada e integrada, com práticas modernas

e sustentáveis.

>> Conte-nos uma experiência prática dessa mudança de

perfil do morador da região amazônica.

Um fato histórico marcante ocorreu em 1957, no município

de Tomé-Açu, que na época era ocupado por produtores japoneses.

Eles cultivavam principalmente pimenta-do-reino,

e a região chegou a ser o maior produtor do Brasil, figurando

entre os maiores do mundo. Contudo, anos depois, duas

doenças graves, conhecidas como fusarium e mosaico do

pepino, devastaram a produção local. A pimenta-do-reino é

uma cultura que exige altos níveis de nutrientes e manutenção

constante. Com a crise, os japoneses decidiram diversificar,

mesmo antes de se falar em sistemas agroflorestais.

Eles começaram a plantar espécies florestais e a integrar

cultivos como cacau, cupuaçu e, em menor escala, café. Esse

movimento foi pioneiro e pode ser considerado a primeira

experiência prática de ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta)

na região. Costumo brincar que devemos erguer um

monumento ao fusarium e aos agricultores japoneses, pois,

se não fosse pela resiliência e criatividade deles, a agricultura

teria estagnado. Entre as espécies florestais que começaram

a ser utilizadas, destacam-se aquelas distribuídas pela

Embrapa, incluindo sementes de mogno africano, cedidas

por colegas como o José Urano, que ainda está ativo na instituição.

Ele entregou essas sementes para os produtores da

região, que começaram a experimentar o plantio consorciado

com outras culturas. Hoje, os resultados são visíveis. Produtores

como esses continuam satisfeitos com as decisões

tomadas no passado e mostram como o manejo integrado e

consorciado, envolvendo árvores e culturas agrícolas, pode

ser uma solução sustentável para a Amazônia.

transformed agriculture in the region. Today, especially

in Pará, there is a diversified and integrated agriculture

with modern and sustainable practices.

Tell us about a practical experience of this change in the

profile of the people living in the Amazon Region.

A remarkable historical event occurred in 1957 in the

Tomé-Açu community, which Japanese farmers occupied

then. They cultivated mainly black pepper, and the

region became the largest producer in Brazil and one

of the largest in the world. However, years later, two

serious diseases, Fusarium and Cucumber Mosaic Virus,

devastated local production. Black pepper is a crop that

requires high levels of nutrients and constant care. In

the face of the crisis, the Japanese decided to diversify,

even before agroforestry systems were invented. They

began planting forest species and integrating crops

such as cacao, cupuaçu, and coffee to a lesser extent.

This pioneering movement can be considered the first

practical experience of integrated crop-livestock-forestry

(Ilpf) in the region. I often joke that we should build a

monument for Fusarium and Japanese farmers because

agriculture would have stagnated without their resilience

and creativity. Among the forest species that began to be

used were those distributed by Embrapa, including African

mahogany seeds donated by colleagues, such as José

Urano de Carvalho, who is still active at the institution.

He gave these seeds to regional producers, who began

experimenting with planting them with other crops. Today,

the results are visible. Producers like these are happy

with the choices made in the past. They demonstrate how

integrated and consortia management of trees and crops

can be a sustainable solution for the Amazon.

Durante a conversa, ele pegou minha mão e colocou oito

sementes e disse: Plante que será o ouro do futuro.

Perguntei do que se tratava, e ele me explicou que

era o mogno africano

OBS.: ACOMPANHE NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA REFERÊNCIA

FLORESTAL A SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA.

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COLUNA

Padronização no

manejo florestal:

redução de custos e

mais segurança

Gabriel Dalla Costa Berger

Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho

Mestre em Manejo Florestal

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gabriel@gabrielberger.com.br

Foto: divulgação

Padronizar processos, unificar documentos e capacitar equipes

para garantir eficiência e segurança no manejo florestal

N

o manejo florestal, a implementação de processos

e documentos padronizados não é apenas

uma exigência técnica, mas uma estratégia fundamental

para reduzir custos, agilizar operações

e garantir a segurança dos trabalhadores e das

comunidades.

POR QUE PADRONIZAR NO MANEJO FLORESTAL?

A padronização estabelece diretrizes claras para todas as etapas

do manejo florestal, desde o planejamento até a execução

e o monitoramento. Isso promove consistência, transparência e

eficiência, gerando benefícios como:

1. Redução de custos operacionais:

• Evita retrabalhos: com processos bem definidos, as equipes

seguem protocolos claros, diminuindo falhas e a necessidade de

refazer tarefas;

• Otimiza o uso de recursos: ferramentas, equipamentos e

insumos são utilizados de forma planejada, evitando desperdícios;

• Facilita negociações: a padronização na documentação,

como contratos e relatórios, agiliza processos de certificação e

contratos com clientes ou órgãos reguladores.

2. Agilidade nos processos:

• Tomada de decisão mais rápida: procedimentos padronizados

fornecem orientações claras, reduzindo o tempo necessário

para resolver problemas em campo;

• Automatização de rotinas: documentos e fluxos padronizados

permitem o uso de tecnologias, como sistemas de gestão

florestal, que integram informações e aceleram as operações;

• Facilidade de treinamento: Com protocolos unificados, a

capacitação de novas equipes é simplificada, diminuindo o tempo

de adaptação.

• Clareza na comunicação: processos bem descritos evitam

ambiguidades que podem levar a acidentes.

PILARES DA PADRONIZAÇÃO NO MANEJO FLORESTAL

1. Planejamento documentado

Um plano de manejo florestal deve ser robusto e detalhado,

incorporando mapas, inventários florestais e cronogramas. A

padronização desses documentos facilita a comunicação entre

as partes interessadas e assegura a execução eficiente das atividades.

2. Protocolos técnicos

As Técnicas de supressão e poda precisam ser detalhadas em

manuais ou guias operacionais. Estes documentos servem como

referência para a execução em campo e garantem a uniformidade

das práticas.

3. Monitoramento e relatórios

A padronização de indicadores de desempenho e relatórios

permite uma análise consistente dos resultados, auxiliando na

tomada de decisões e na correção de desvios.

A padronização de processos no manejo florestal é mais do

que uma ferramenta técnica; é um catalisador para a eficiência

e a sustentabilidade. Ao reduzir custos, aumentar a agilidade e

fortalecer a segurança, ela se torna indispensável para qualquer

organização que busca excelência na gestão florestal. Investir em

processos bem estruturados e documentados é assegurar não

apenas a viabilidade econômica das operações, mas também a

conservação dos recursos naturais para o futuro.

3. Melhoria da segurança:

• Minimiza riscos operacionais: procedimentos detalhados

reduzem a exposição a riscos no corte, transporte e manejo de

vegetação;

• Cumprimento de normas legais: documentação padronizada

garante a conformidade com legislações trabalhistas e

ambientais;

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São fertilizantes obtidos a partir da

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micro-organismos que aumentam a atividade

enzimática do solo melhorando e otimizando a

absorção dos nutrientes presentes no solo,

favorecendo o crescimento radicular e

vegetativo da floresta.

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O fertilizante BIO NPK no grão é

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enriquecida com os bacilos e

micro-organismos aliado

aos macro (NPK) e

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Nutrição florestal

OTIMIZADA

Empresa de fertilizantes tem linha completa

para o desenvolvimento da silvicultura

Fotos: divulgação

Fevereiro 2025

47


PRINCIPAL

N

o ano de 2019 surge no mercado de fertilizantes

a Nutrir BioFertilizantes, que nasce

com o objetivo de inovar dentro do processo

de produção e fabricação de fertilizantes

orgânicos e organominerais. Respeitando

os princípios básicos para a criação deste produto, que é

utilizar uma excelente base orgânica e o tempo de compostagem,

para que o produto final seja capaz de otimizar os

resultados e controlar custos, gerando um melhor custo-benefício

para o produtor, pois tem a tecnologia de liberação

controlada através da quelatização de seus nutrientes em

matéria orgânica. Desta forma, pode aumentar a concentração

nutricional no produto possibilitando, assim, um

menor número de aplicações.

Para entender o que faz desse fertilizante algo tão

inovador é preciso analisar todos os processos ao qual

ele é submetido. O primeiro está relacionado as suas

bases orgânicas, que são a união perfeita entre camas de

criadouros de frango e peru, que formam a base sólida,

combinadas com o sangue coagulado de frigoríficos, resíduos

de laticínios, mucosa suína e cinzas de madeira. Todos

estes produtos unidos em quantidades certas e específicas

atingem uma excelente base nutricional. Após isso, se dá

início à compostagem, que tem como princípio a troca de

gases. Na sequência, o composto passa pelo processo de

aeração, realizado por um revolvedor que aplica um movimento

neste composto, facilitando a entrada do oxigênio

no mesmo e a saída dos gases gerados durante o processo

de biodegradação da matéria orgânica, transformando-o

em carbono orgânico. Neste processo ainda são necessários

dois controles importantes: a temperatura que precisa estar

entre 55oC (graus Celsius) e 70oC e a umidade do composto

Growing Strong

Fertilizer producer has a complete

line for forestry development

I

n 2019, Nutrir BioFertilizantes entered the fertilizer

market, aiming at producing and manufacturing

organic and organo-mineral fertilizers. Respecting

the basic principles for the creation of this product,

which is to use an excellent organic base and composting

time, so that the final product optimizes results

and controls costs, generating a better cost-benefit for the

user since it has controlled release technology through the

chelation of its nutrients in organic matter. In this way, it can

increase the nutrient concentration in the product, leading

to fewer applications.

We must analyze all its processes to understand what

makes this fertilizer innovative. The first relates to its organic

base, the perfect combination of chicken and turkey litter,

which form the solid base, combined with coagulated blood

from slaughterhouses, dairy waste, pig mucus, and wood ash.

All these products combined in the right, specific quantities

provide an excellent nutritional base. This is followed by

composting, the principle of which is gas exchange.

The next step is the aeration of the compost, which is

carried out by a turner that gives the compost a movement

that facilitates the entry of oxygen and the exit of gases

generated during the biodegradation process of the organic

matter, transforming it into organic carbon. Two critical con-

Para chegar nesse alto valor

nutricional ideal para a

aplicação na área de cultivo,

começamos o processo com

300 toneladas de composto

e terminamos com 60

toneladas prontas para a

industrialização

Marcos Benelli,

diretor técnico da Nutrir

48 www.referenciaflorestal.com.br


que precisa estar próxima de 20% para que a proliferação

microbiológica aconteça de maneira exponencial. Nesta

primeira fase, o composto fica em processo por 140 a 160

dias e tem uma diminuição do seu volume em 40% a 50%.

“Para muitos seria uma perda de produto, entretanto vemos

como uma concentração nutricional elevadíssima e um

composto com seus nutrientes mineralizados, o que muda

completamente para a planta, já que é neste formato que

suas raízes conseguem fazer a absorção dos mesmos com

maior facilidade”, aponta Marcos Benelli, diretor técnico

da Nutrir.

A sequência do processo de produção do fertilizante

tem um prazo estimado de 100 a 120 dias e é compreendida

como refinamento do composto. É nesta fase que

o composto é preparado para a industrialização, onde é

necessário diminuir sua umidade para valores entre 7% e

12%, atingindo o nível correto de granulometria para que

possa ser peletizado. Além desse fator, a temperatura do

composto precisa se manter estável, isso garante que o

processo de mineralização foi concluído e que a formação

de carbono orgânico já chegou ao máximo, acarretando em

nova perda de volume do produto, dessa vez em valores

entre 25% a 30%. “Para chegar nesse alto valor nutricional

ideal para a aplicação na área de cultivo, começamos o

processo com 300 toneladas de composto e terminamos

com 60 toneladas prontas para a industrialização”, explica

Marcos.

Uma vez finalizado acontece a mistura para formar

o fertilizante em um organomineral, que é o acréscimo

trols are still needed in this process: the temperature, which

must be between 55o C and 70o C, and the humidity of the

compost, which must be close to 20% for the microbiological

proliferation to take place exponentially. In this first phase,

the compost remains in the process for 140 to 160 days,

and its volume decreases by 40% to 50%. “For many, this

would be a waste of product, but we see it as a very high

concentration of nutrients and a compost with its nutrients

mineralized, which is completely different for the plant since,

in this format, its roots can absorb the nutrients more easily,”

points out Marcos Benelli, Nutrir’s technical director.

The next stage in the fertilizer production process takes

an estimated 100 to 120 days and is known as compost

refinement. At this stage, the compost is prepared for industrialization,

where it is necessary to reduce its humidity to

between 7% and 12% and reach the correct level of granulometry

so that it can be pelletized. In addition to this factor,

the temperature of the compost must remain stable, which

ensures that the mineralization process is complete and that

the formation of organic carbon has reached its maximum,

resulting in a further loss of volume in the product, this time

between 25% and 30%. “To achieve this high nutritional value,

which is ideal for application in the growing area, we started

the process with 300 tons of compost and ended up with 60

tons ready for industrialization,” explains Benelli.

Once the fertilizer is ready, it is mixed into an organomineral

with the addition of the macronutrients. According to

the customer’s soil analysis or the forest engineer’s recommendation,

nitrogen, phosphorus, and potassium are added.

Fevereiro 2025

49


PRINCIPAL

dos macronutrientes. Nitrogênio, fósforo e potássio, são

adicionados de acordo com a análise de solo do cliente ou

a recomendação do engenheiro florestal. Após a mistura

é realizado o último período de maturação, onde ocorre a

quelatização dos macronutrientes na matéria orgânica e o

PH do produto se estabiliza para que o conjunto de bacilos

específicos para melhoria do desempenho do fertilizante

no solo tenham desempenho garantido.

A terceira e última etapa na industrialização dentro da

Nutrir BioFertilizantes é a entrega dos produtos, quando são

disponibilizados três formatos diferentes para os clientes.

Ele pode ser Farelado: neste formato o uso é mais focado

em produção de mudas e fases iniciais de plantas; Granulado:

este formato atinge uma melhor resposta em máquinas

de distribuição e tem um tempo de liberação nutricional

médio; e o peletizado que tem por objetivo uma entrega

nutricional de até 6 meses.

PÓS-APLICAÇÃO

“É importante entendermos o que de fato acontece

no solo com a utilização do nosso fertilizante, pois esses

fatores são primordiais para que se atinja o nível de excelência

esperado”, alerta Marcos. Por possuir uma elevada

concentração de carbono orgânico em sua composição

faz com que este fertilizante em contato com o solo forme

bolsões de carbono e quando isso acontece há uma maior

proteção dos elementos químicos fazendo com que não se

percam por lixiviação ou volatização. Estes mesmos elementos

químicos, quando ligados a cadeias carbônicas, ficam

mais disponíveis para a planta, otimizando os resultados.

Nesta mesma linha de raciocínio é utilizado um conjunto

de bacilos e fungos específicos, ambos têm papel

primordial na absorção do produto. É o caso do Bacilo

Megaterium que tem dentre as suas funções, solubilizar

fósforo retido no solo. Já o Bacilo Subtilis forma um biofilme

na raiz das plantas, melhorando a absorção dos nutrientes,

Para muitos seria uma perda

de produto, entretanto vemos

como uma concentração

nutricional elevadíssima e um

composto com seus nutrientes

mineralizados, o que muda

completamente para a planta,

já que é neste formato que

suas raízes conseguem fazer

a absorção dos mesmos com

maior facilidade

Marcos Benelli,

diretor técnico da Nutrir

After mixing, the last stage of maturation takes place, where

the macronutrients are chelated in the organic matter, and

the pH of the product is stabilized so that the set of specific

bacteria to improve the performance of the fertilizer in the

soil is guaranteed.

The third and final stage of industrialization within Nutrir

BioFertilizantes is the delivery of the products, where three

different formats are made available to the customer. The

products can be in the form of pellets, which format is more

focused on the production of seedlings and the initial stages

of plants; granules, which format achieves a better response

in dosing machines and has a medium nutrient release time;

and pellets, which are intended for nutrient delivery for up

to 6 months.

AFTER APPLICATION

“It is important to understand what happens in the soil

when our fertilizer is applied because these factors are critical

to achieving the expected level of excellence,” says Benelli.

Because it has a high concentration of organic carbon, this

fertilizer forms pockets of carbon when it comes into contact

with the soil. When this happens, the chemical elements

are better protected from being lost through leaching or

volatilization. When bound to carbon chains, these same

chemical elements become more available to the plant,

optimizing results.

In the same way, a series of specific bacilli and fungi

are used, both of which play a key role in the absorption of

the product. This is the case of Bacillus Megaterium, one of

50 www.referenciaflorestal.com.br


favorecendo o aumento radicular e sistema de defesa das

plantas. O fungo Trichoderma atua no sistema radicular

das plantas, contribuindo para o crescimento vegetativo e

controle fitopatógeno. Além destes bacilos e fungo citados

acima, é necessária a análise metagenômica realizada no

fertilizante nomeando e quantificando todos os ativos presentes

de forma latente. “Outro fator importantíssimo para

silvicultura é o fato de como o fertilizante é peletizado em

uma granulometria específica, ele tem um período maior

de disponibilidade de nutrientes, podendo levar até 180

dias para liberação total de seus componentes, melhorando

e muito, o custo operacional para aplicação, podendo ter

em sua fórmula uma combinação nutricional para apenas

uma aplicação”, valoriza Marcos.

A Nutrir BioFertilizantes se propõe a cumprir com os

três pilares para uma excelente adubação. O primeiro é uma

equilibrada fonte entre macro e micronutrientes, contendo

mais de 30 micronutrientes, além de NPK. O segundo é

uma alta concentração de matéria orgânica, em formato

de carbono orgânico, que ajuda a proteger e disponibilizar

nutrientes em matéria orgânica, que melhora a estrutura

física do solo. E a terceira é uma fonte altíssima de microbiologia,

que enriquece a biota do solo, aumentando sua

atividade. Quanto mais micro-organismos bons (bacilos e

fungos) presentes no solo menor será o ataque de pragas

e maior a eficiência na absorção de nutrientes para o crescimento,

tanto da parte radicular, quanto da vegetativa.

whose functions is to solubilize phosphorus retained in the

soil. Bacillus Subtilis, on the other hand, forms a biofilm on

plant roots, improving nutrient absorption and promoting

root growth and the plant’s defense system. The Trichoderma

fungus acts on the plant’s root system, contributing to

vegetative growth and phytopathogen control. In addition

to the bacilli and fungi mentioned above, a metagenomic

analysis of the fertilizer is required to name and quantify all

active ingredients present in a latent form. “Another very important

factor for forestry is the fact that the fertilizer, being

pelletized in a specific granulometry, has a longer period of

nutrient availability and can take up to 180 days for the total

release of its components, greatly improving the operating

costs for application, and can have a nutrient combination in

its formula for just one application,” says Benelli.

Nutrir BioFertilizantes aims to fulfill the three pillars

of excellent fertilization. The first is a balanced source of

macro- and micronutrients, containing more than 30 micronutrients

and NPK. The second is a high concentration of

organic matter, both in the form of organic carbon, which

helps protect and make nutrients available in the organic

matter, improving the soil’s physical structure. The third is

a very high source of microbiology, which enriches the soil

biota and increases its activity. The better microorganisms

(bacteria and fungi) present in the soil, the fewer pests will

attack it, and the more efficiently it will absorb nutrients for

both root and vegetative growth.

Fevereiro 2025

51


CARBONO

Legislação

APROVADA

Fotos: divulgação

52 www.referenciaflorestal.com.br


Sancionada lei que

regula mercado de

carbono no Brasil

Fevereiro 2025

53


CARBONO

J

á está em vigor no Brasil o mercado de créditos

de carbono. O presidente da República,

Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que

regulamenta o setor e cria o SBCE (Sistema

Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases

de Efeito Estufa - Lei número 15.042, de 2024). O mercado

de carbono permite que empresas e países compensem

as emissões por meio da compra de créditos vinculados a

iniciativas de preservação ambiental. A intenção do marco

regulatório é incentivar a redução das emissões poluentes

e amenizar as mudanças climáticas.

MERCADO

Segundo informações da agência Senado, o SBCE divide

o mercado de crédito de carbono brasileiro em dois

setores: o regulado e o voluntário. O primeiro envolve

iniciativas do poder público. Já o segundo se refere à iniciativa

privada, mais flexível.

Para o chamado setor regulado, o texto prevê a criação

de um órgão gestor responsável por criar normas e

aplicar sanções a infrações cometidas pelas entidades que

se sujeitarão a ele. Será o caso das próprias iniciativas governamentais

ou de organizações que emitam mais de 10

mil toneladas de CO2e (dióxido de carbono equivalente)

por ano.

O CO2 (Dióxido de Carbono) equivalente é uma medida

usada para comparar as emissões de diferentes GEE

(gases de efeito estufa), que leva em conta o potencial

de aquecimento global de cada substância e representa o

total em quantidade de gás carbônico que teria o mesmo

potencial. A Petrobras, por exemplo, emitiu 46 milhões de

toneladas de CO2e em 2023, segundo relatório da estatal.

As organizações sujeitas à regulação deverão fornecer

plano de monitoramento e relatórios das atividades ao órgão

gestor. O setor do agronegócio, no entanto, não será

atingido pelo projeto. Já o mercado voluntário é caracterizado

por transações de créditos de carbono ou de ativos

integrantes do SBCE, voluntariamente estabelecidos entre

as partes, para fins de compensação voluntária de emissões

de GEE, e que não geram ajustes correspondentes na

contabilidade nacional de emissões.

Com o Protocolo de Kyoto, de 1997, a redução das

emissões de GEE passou a ter valor econômico. Esse

entendimento ganhou força com o Acordo de Paris, em

2015. Por isso, o crédito é como um certificado que países,

empresas ou pessoas compram para mitigarem a

emissão dos gases.

Os mercados de crédito de carbono permitem que

empresas, organizações e indivíduos compensem as

emissões de GEE a partir da aquisição de créditos gerados

54 www.referenciaflorestal.com.br



CARBONO

por projetos de redução de emissões e/ou de captura de

carbono. A ideia é transferir o custo social das emissões

para os agentes emissores, o que ajuda a conter o aquecimento

global e as mudanças climáticas.

O QUE SÃO OS CRÉDITOS DE CARBONO?

A comercialização de créditos de carbono permite que

empresas ou pessoas compensem as emissões de gases

de efeito estufa causadores das mudanças climáticas,

resultantes de empreendimentos e atividades econômicas,

pela aquisição de créditos gerados por projetos de

redução dessas emissões ou da captura de carbono da

atmosfera. Uma iniciativa para restringir os poluentes de

uma indústria, o reflorestamento ou a conservação de

uma área com vegetação nativa são exemplos desse tipo

de projeto. Um crédito de carbono corresponde a uma tonelada

métrica de gases de efeito estufa, como o CO2.

Há dois tipos de mercado de carbono: o voluntário e

o regulado. O primeiro não depende de lei e comercializa

créditos certificados para quem quer compensar emissões

voluntariamente. Já o segundo funciona com base em

uma legislação nacional que estabelece limites de emissões

para atividades econômicas, permitindo a compra e

venda de créditos entre quem polui e precisa compensar

emissões e quem consegue remover carbono, evitar ou

reduzir emissões.

COMO VAI FUNCIONAR O MERCADO DE

CARBONO?

O SBCE terá um órgão gestor, um órgão deliberativo e

um comitê consultivo permanente. O detalhamento das

regras de governança desses órgãos será regulamentado

diretamente pelo governo mais tarde.

São abrangidos pelas novas regras programas locais e

jurisdicionais (estaduais e nacional) baseados em projetos

de Redução das Emissões de GEE e preservação ambiental,

como os de desmatamento e degradação florestal

evitados, conservação, manejo ou aumento de estoque

de carbono florestal.

Poderão participar do SBCE dois tipos de empresas:

as que emitirem entre 10 mil e 25 mil toneladas de CO2

(Gás Carbônico) equivalente (tCO2e) por ano não terão

meta de redução, mas deverão reportar suas emissões e

estabelecer um plano de redução de emissões; as empresas

que emitirem mais de 25 mil tCO2e terão de cumprir

essas obrigações e ainda vão ter de reduzir suas emissões

obrigatoriamente.

Os chamados planos nacionais de alocação deverão

prever metas graduais e a trajetória dos limites de emissão

para cada período de compromisso de redução de

emissões previsto na lei. Em cada período, um novo plano

deverá prever o volume de CBEs (Cotas Brasileiras de

Emissões) e o percentual máximo de CRVE (Certificado de

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CARBONO

Redução ou Remoção Verificada de Emissões) admitidos

no mercado.

Os CBEs são a quantidade de CO2 equivalente a que

cada operador do mercado terá direito. Elas poderão ser

compradas por aqueles que não atingirem suas metas de

emissão. O CRVE é outro ativo comercializável que será

gerado quando houver redução nas emissões. Ele também

poderá ser comercializado para que países cumpram

suas metas no Acordo de Paris, ou seja, em transações

internacionais. Cada CBE ou CRVE representa 1 tonelada

de CO2 equivalente.

As empresas com mais dificuldades de reduzir emissões

deverão comprar cotas para poluir e certificados que

atestem a captação de carbono na atmosfera para zerar

as emissões líquidas (emissões brutas menos remoções

e reduções). Ao fim de cada período de compromisso, as

empresas deverão fazer um levantamento das emissões

líquidas e, a partir da sua confirmação, terão direito a um

certificado que permitirá cancelar uma cota de emissão.

Quando realizado no mercado financeiro e de capitais,

o comércio de créditos estará sujeito à regulação da CVM

(Comissão de Valores Mobiliários), mas também poderá

haver a transação privada em separado, sem essa regulação,

no chamado mercado voluntário.

A ideia é transferir o custo

social das emissões para

os agentes emissores,

o que ajuda a conter o

aquecimento global e as

mudanças climáticas

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LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

ENTENDA OS PRINCÍPIOS

Pontos fundamentais de um

projeto de compostagem

Fotos: divulgação

60 www.referenciaflorestal.com.br


1) INTRODUÇÃO

A compostagem é considerada um processo natural ou

acelerado de decomposição de resíduos orgânicos, transformando-a

em um composto rico biologicamente e em

nutrientes que pode ser utilizado inclusive como fertilizante

natural. Segue passo a passo detalhado sobre como iniciar e

gerenciar um projeto de compostagem.

2) BENEFÍCIOS DA COMPOSTAGEM

• Redução de resíduos: a compostagem diminui a quantidade

de lixo enviado aos aterros sanitários;

• Transformar e aproveitar os resíduos da agroindústria

evitando passivos ambientais;

• Melhoria do solo: o composto melhora a estrutura do

solo e aumenta a fertilidade do solo, melhorando a qualidade

das plantas;

• Conservação de recursos: reduz a necessidade de fertilizantes

químicos e de água;

• Impacto ambiental: diminui a emissão de GEE (gases

de efeito estufa).

3) PLANEJAMENTO DO PROJETO

3.1 Escolha do local

Escolha um local bem ventilado e de fácil acesso. O espaço

deve ser grande o suficiente para acomodar a quantidade

de resíduos orgânicos que se planeja compostar.

3.2 Material necessário

• Equipamentos adequados conforme a escala do projeto.

Exemplo: trator para misturar e formar as pilhas, triturador

de madeira e peneira para qualificar o produto;

• Resíduos orgânicos: urbanos (restos de frutas, legumes,

folhas, cascas de ovo, etc.), lodos, alimentícios da

agroindústria, excrementos animais, entre outros;

• Material seco: serragem, folhas secas, palha, podas de

supressão, varrição urbana, entre outros;

• Ferramentas: pá, garfo de jardinagem, termômetro de

compostagem (opcional).

3.3 Iniciando a compostagem

3.3.1 Montagem da pilha de compostagem

Fevereiro 2025

61


COMPOSTAGEM

A montagem correta da pilha ou leiras é essencial para

garantir uma decomposição eficiente:

• Alternar camadas: montar em forma de camadas é

uma opção e ajuda balancear a quantidade dos materiais

úmidos com a quantidade necessária de material seco;

• Sobrepor materiais úmidos e secos e ajustar a quantidade

utilizando trator ou revolvedor para adequar a mistura

balanceada de cada material;

• Manter a umidade: a pilha deve ser mantida úmida,

mas não encharcada, semelhante a uma esponja espremida.

3.3.2 Manutenção da compostagem

• Aeração

A compostagem aeróbica necessita de oxigênio para a

decomposição. Vire ou revolva a pilha periodicamente para

garantir que o oxigênio esteja disponível em toda a pilha.

• Monitoramento da temperatura

A temperatura ideal para a compostagem é entre 55°C e

70°C (graus Celsius). Se a pilha estiver muito quente ou muito

fria, ajuste os materiais e a aeração conforme necessário.

• Controle

Verifique regularmente a umidade da pilha e adicione

água ou materiais secos conforme necessário para manter a

umidade e o nível de oxigênio ideal.

4) RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

4.1 Cheiro desagradável

Se a pilha estiver emitindo um cheiro desagradável,

pode ser um sinal de falta de oxigênio ou excesso de umidade.

Vire a pilha e adicione material seco para equilibrar a

umidade se necessário.

4.2 Pilha muito seca

Se o composto estiver muito seco, adicione água e mais

resíduos orgânicos frescos.

4.3 Finalização e utilização do composto

• Tempo de decomposição

A compostagem pode levar de dois meses a dois anos,

dependendo das condições e dos materiais utilizados. O

composto estará pronto quando tiver uma aparência escura,

semelhante ao solo, e um cheiro terroso agradável.

5) APLICAÇÃO DO COMPOSTO

• Como fertilizante: espalhe o composto ao redor das

plantas como fertilizante natural;

• Em sementeiras: misture o composto com o solo para

enriquecer sementeiras e hortas;

• Recuperação de áreas degradadas: utilize o composto

para ajudar na recuperação de solos degradados.

6) CONCLUSÃO

A compostagem é uma prática sustentável e benéfica

que transforma resíduos orgânicos em um recurso valioso

para o solo. Com planejamento adequado e manutenção regular,

seu projeto de compostagem pode contribuir significativamente

para a saúde do meio ambiente e a produtividade

do empreendimento agrícola.

Pergunte ao Tomita

Caso tenha alguma dúvida sobre

o sistema de compostagem,

envie sua pergunta para o e-mail

jornalismo@revistareferência.com.br e

saiba tudo sobre compostagem florestal.

62 www.referenciaflorestal.com.br



INCÊNDIOS

Investimento

EM PROTEÇÃO

Entidade destina R$ 45

milhões para fortalecer

combate e prevenção a

incêndios em Mato Grosso

Fotos: divulgação

64 www.referenciaflorestal.com.br


O

Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social) e o

MMA (Ministério do Meio Ambiente

e Mudança do Clima) anunciaram a

destinação de R$ 45 milhões do Fundo

Amazônia para fortalecer a estrutura do Corpo de Bombeiros

Militar do Estado de Mato Grosso. A iniciativa,

coordenada pelo MMA e executada pelo Bndes, foi

aprovada pela diretoria do banco no começo do ano.

Mato Grosso é o oitavo Estado a receber apoio para

ações de prevenção e combate a incêndios florestais,

que totalizam R$ 405 milhões do Fundo na Amazônia

Legal – valores não reembolsáveis.

O projeto compreende aquisição de helicóptero e

acessórios, capacitação de agentes públicos, sensibilização

de comunidades locais e formação de brigadas,

ampliando os serviços prestados pela corporação. “O

governo federal vem reforçando a atuação no combate

aos incêndios florestais às queimadas ilegais em

cooperação com os Estados. São R$ 405 milhões para

aparelhamento e estruturação das corporações nos

estados da Amazônia Legal, como é o caso de Mato

Grosso, e o Fundo Amazônia cumpre seu papel de promover

a prevenção, o monitoramento e o combate ao

desmatamento”, afirmou o presidente do Bndes, Aloizio

Mercadante.

A destinação de recursos para os estados da Amazônia

Legal que apresentarem projetos para prevenção

e combate a incêndios foi aprovada pelo Cofa (Comitê

Orientador do Fundo Amazônia) em 2023, após a retomada

do Fundo e de seu comitê. Atuando no apoio à

prevenção e ao combate a incêndios, o Fundo Amazônia

contribui para mitigar prejuízos ambientais, como a

redução da biodiversidade, a contaminação do ar e da

água, a erosão do solo, o aumento da emissão de GEE

(gases do efeito estufa), além de danos à saúde humana

e às cadeias produtivas. Ao longo de 2023 e 2024,

foram aprovados os projetos para apoio às corporações

de bombeiros em Rondônia, Acre, Amapá, Pará, Roraima,

Amazonas e Maranhão.

Durante o período de estiagem, o helicóptero a ser

adquirido com recursos do Fundo Amazônia poderá

operar a partir de bases aéreas temporárias estrategicamente

posicionadas, já que o sistema de pouso e

decolagem deste tipo de aeronave é mais flexível e não

depende de pista. Esse posicionamento estratégico não

só reduz o tempo de resposta nas áreas de mais difícil

acesso, como as áreas do Pantanal e da Amazônia, mas

Fevereiro 2025

65


INCÊNDIOS

também aumenta a eficácia das operações de combate

ao fogo em regiões de alto risco.

Em contrapartida, além de adquirir equipamentos

para combate e fiscalização, o Corpo de Bombeiros de

Mato Grosso vai estruturar as bases temporárias de

pouso e decolagem, realizar campanhas educativas

para sensibilizar técnicos, brigadistas, agricultores

e produtores rurais das comunidades locais sobre

prevenção. Além disso, está previsto um aumento do

número de missões de fiscalização e de combate, com

a contratação de bombeiros temporários, a capacitação

de novos brigadistas e a implementação de brigadas

florestais mistas em pelo menos 10 municípios que

não contam com unidades do Corpo de Bombeiros

Militar do Estado. “Esse recurso é de grande importância

para nossos esforços em prol do meio ambiente.

Temos investido todo ano, em média, mais de R$ 90

milhões para combate e prevenção aos incêndios e ao

desmatamento ilegal. Somos um estado de dimensões

continentais, então, um recurso dessa envergadura vai

fazer toda a diferença”, ressaltou o governador Mauro

Mendes.

FUNDO AMAZÔNIA

Sob gestão do Bndes e coordenação do MMA, o

Fundo tem uma carteira de 119 projetos apoiados, no

valor total de R$ 2,99 bilhões. Mais de 650 instituições

ano país, beneficiando 239 mil pessoas com atividades

produtivas sustentáveis e garantindo o manejo sustentável

de 75 milhões de ha (hectares) de área de floresta.

O instrumento já recebeu mais de R$ 4,5 bilhões

em doações, de sete países: Noruega, Alemanha, EUA

(Estados Unidos da América) e Reino Unido, Dinamarca,

Suíça e Japão.

Dentre as ações de monitoramento e controle, destacam-se

projetos como os do Inpe (Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais), do Censipam (Centro Gestor

e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia),

e do Ibama além dos corpos de bombeiros militares

estaduais. Avaliação externa, realizada com base nos

resultados de quatro projetos no primeiro ciclo, indicou

redução de aproximadamente 30,3% dos focos de calor

entre os períodos de 2003-2012 e 2013-2019, sendo

o resultado sido mais positivo nas áreas apoiadas pelo

Fundo Amazônia.

66 www.referenciaflorestal.com.br


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AÇÕES

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Atividade

CONSTANTE

Confira as principais

ações recentes do SFB

Fotos: divulgação

Fevereiro 2025

69


AÇÕES

Estão previstos investimentos

de mais de R$ 600 milhões

entre a restauração e a

manutenção das áreas e o

sequestro de 6,5 milhões

de toneladas de carbono

equivalente

Garo Batmanian, diretor-geral do SFB

Até o vigente ano, o SFB (Serviço Florestal

Brasileiro) trabalhou em várias frentes para

aprimorar a gestão florestal no país. Em

conjunto com o BNDES (Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social), o

SFB deu o pontapé na estruturação da primeira concessão

brasileira de restauração com crédito de carbono, na

Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Algo em

torno de 17 mil ha (hectares) de terra degradados serão

restaurados por um parceiro privado, gerando empregos

e renda para a população local. “Estão previstos investimentos

de mais de R$ 600 milhões entre a restauração e

a manutenção das áreas e o sequestro de 6,5 milhões de

toneladas de carbono equivalente”, aponta o diretor-geral

da instituição, Garo Batmanian.

A entidade também assinou o primeiro contrato de

concessão florestal federal no bioma Mata Atlântica, na

Floresta Nacional de Irati (PR). A área, de 3.018,45 ha,

integra a UMF (Unidade de Manejo Florestal) I, e será

recuperada por meio da extração e substituição das espécies

exóticas, com possibilidade de uso de crédito de

carbono como receita acessória. Por meio das concessões

florestais, o SFB repassou R$ 27 milhões a Estados

e municípios, sendo a maior parte para os Estados do

Pará e Rondônia.

O manejo florestal comunitário e a bioeconomia

beneficiaram mais de 2 mil famílias que integram dez

empreendimentos comunitários em unidades de conservação,

assentamentos, territórios quilombolas e terras

indígenas.

Em 2024, foi lançado o Painel da Regularização

Ambiental: uma plataforma online que disponibiliza um

panorama geral da regularização ambiental com foco

em dados e informações sobre solicitações de adesão ao

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PRA (Programa de Regularização Ambiental), análise dos

dados declarados no CAR (Cadastro Ambiental Rural)

e outros subsídios, proporcionando uma maior transparência

ativa em relação à regularização ambiental,

facilitando a coordenação com outras políticas públicas,

e estimulando a participação social e o monitoramento

pela sociedade da implementação desta política pública.

Também foi lançado o livro digital: Florestas do Brasil

– dados e estatísticas; que reúne dados referentes ao

período de 2018 a 2023, como as ações de conservação,

manejo sustentável, ensino e pesquisa, e os conceitos

fundamentais da gestão florestal brasileira, bem como

as principais frentes de atuação do SFB. Também foram

disponibilizados os dados abertos do IFN (Inventário

Florestal Nacional) – uma nova versão da plataforma

com novas ferramentas de pesquisa para facilitar a navegação

e a visualização das informações. Depois que

foi ao ar, foram contabilizados mais de 73.000 acessos,

representando um aumento de 45% em relação aos seis

meses anteriores.

Mais de 500 milhões de ha foram mapeados com informações

florestais detalhadas inseridas no IFN. Pesquisadores

do IFN também concluíram a coleta de dados na

Caatinga – 649 pontos amostrais distribuídos por 25,1

milhões de ha, correspondendo a 29,78% do bioma.

Por meio do LPF (Laboratório de Produtos Florestais),

o SFB analisou mais de mil amostras de madeira no

último ano. Os laudos emitidos pelos especialistas auxiliaram

os órgãos fiscalizadores na apreensão de cargas

ilegais e conferiu ao governo federal maior controle do

desmatamento e comércio ilegal madeireiro.

Em julho teve a inauguração da sede do Serviço

Florestal em Santarém (PA). A unidade, que tem localização

estratégica onde duas florestas nacionais estão sob

manejo ativo, no Rio Trombetas e no Rio Tapajós, contou

com recursos oriundos de parceria bilateral entre Brasil

e Alemanha. A colaboração entre os dois países também

contempla outros investimentos que, somados, totalizam

€ 36 milhões.

O SFB também apoiou o conhecimento na área florestal.

A plataforma Saberes da Floresta teve mais de 23

mil inscritos nos 18 cursos ofertados, sendo mais de 5

mil alunos aprovados. As vagas para turmas do ano de

2025 devem ser abertas a partir do mês de janeiro.

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Fevereiro 2025

71


ARTIGO

Efeito de desbastes na

densidade básica da

madeira de

PINUS TAEDA

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OLAVIO ROSA NETO

UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)

GABRIEL MEIRELES BORENSTEIN

UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)

KARINA SOARES MODES

UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)

MAGNOS ALAN VIVIAN

UFSC (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)

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PLANEJAMENTO

FLORESTAL

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Fevereiro 2025

73


ARTIGO

RESUMO

Amadeira de Pinus taeda é essencial

para diversos segmentos industriais,

como celulose, papel, painéis de

madeira reconstituída, lâminas, compensados

e madeira serrada. As propriedades

desta madeira podem ser influenciadas

pelas condições de crescimento e pelas práticas silviculturais,

entre as quais se destaca o desbaste. Desta

forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o

efeito de dois e três desbastes na densidade básica

da madeira de Pinus taeda. O material utilizado foi

proveniente de plantios comerciais da espécie com

22 anos de idade, localizados em Curitibanos (SC).

Seis árvores foram selecionadas, sendo três de um

plantio com dois desbastes (aos 8 e 15 anos) e três

árvores de um plantio com três desbastes (aos 8, 15

e 19 anos). Foram coletados discos ao longo do fuste

das mesmas para determinação da densidade básica

ponderada e sua variação axial. Os resultados indicaram

que as densidades básicas ponderadas das madeiras

dos povoamentos com dois e três desbastes

foram iguais (0,395 g/cm³), sem diferença estatística

significativa. A posição de amostragem longitudinal

do fuste não apresentou diferença estatística significativa,

porém os valores para ambos os regimes de

desbaste apresentaram a mesma tendência, que foi

de redução da base para o topo das árvores. Assim,

conclui-se que não foram observados efeitos significativos

da aplicação de dois e três desbastes sobre a

densidade básica da madeira de Pinus taeda avaliada

no presente estudo.

74 www.referenciaflorestal.com.br


INTRODUÇÃO

O Brasil possui 1,9 milhões de ha ( hectares) de

área plantada de pinus, com destaque para o Pinus

taeda em termos de área e produção (IBÁ, 2023).

Santa Catarina é o segundo Estado com maior área

plantada com o gênero em questão, alcançando cerca

de 702,8 mil ha (IBÁ, 2023). A sua madeira é essencial

para o abastecimento de diversos segmentos

industriais, entre os quais se destacam a celulose,

papel, painéis de madeira reconstituída, lâminas e

compensados, madeira serrada, entre outros produtos.

A condução dos plantios e os tratos silviculturais,

como o desbaste, são cruciais para garantir que as

propriedades finais da madeira sejam estabelecidas

conforme a aplicação desejada. O desbaste, segundo

Pereira e Tomaselli (2004), apresenta um impacto

significativo na qualidade da madeira, influenciando

nas propriedades através do desenvolvimento da

copa e do fuste, conforme o espaço disponível para

o crescimento das árvores. Desta forma, o objetivo

do presente estudo foi avaliar o efeito de dois e três

desbastes na densidade básica da madeira.

Desbastes leves geralmente

não apresentam um grande

impacto na densidade da

madeira, enquanto desbastes

mais intensos podem tornar a

madeira menos densa, já que

as árvores restantes tendem

a crescer mais rapidamente


ARTIGO

MATERIAL E MÉTODOS

O material utilizado foi obtido de plantios comerciais

da espécie com 22 anos de idade. Foram

coletadas seis árvores selecionadas através do DAP

(diâmetro a altura do peito), sendo três em cada

plantio, um com dois desbastes (aos 8 e 15 anos),

com o DAP médio de 34,0 cm e uma altura comercial

de 19,8m e um com três desbastes (aos 8, 15 e 19

anos), com o DAP médio de 37,0 cm (centímetros) e

18,3m (metro) de altura comercial.

Para determinação da densidade básica e sua

variação no sentido longitudinal do tronco, foram

retirados discos, com aproximadamente 3,0 cm de

espessura, das seguintes alturas do tronco: 0, DAP,

25%, 50%, 75% e 100% da altura comercial (diâmetro

de 8,0 cm na ponta fina). De cada posição determinou-se

a média da densidade básica com base em

duas cunhas opostas, conforme as recomendações

da norma NBR 11.941 da ABNT (Associação Brasileira

de Normas Técnicas - 2003).

76 www.referenciaflorestal.com.br


Os dados obtidos foram analisados com o auxílio

de software estatístico Sisvar. Inicialmente a densidade

básica foi submetida aos testes de normalidade

e homogeneidade de variâncias, e cumpridos tais

aspectos à análise de variância (ANOVA), e quando

observada significância aplicou-se o teste tukey a 5%

probabilidade, para os valores no sentido base-topo

(axial) do fuste.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de densidade básica ponderada e sua

variação longitudinal no fuste das árvores de Pinus

taeda, com 2 e 3 desbastes. As densidades básicas

ponderadas das madeiras dos povoamentos com

dois e três desbastes foram iguais, com um valor de

0,395 g/cm³, sem diferença estatística significativa.

As médias de densidade básica ponderada de ambos

os regimes de manejo possibilitam classificar a madeira

como leve ou de baixa densidade, conforme

a classificação da IAWA (1989) (< 0,40 g/cm³). Melchioretto

e Eleotério (2003) encontraram uma densidade

básica de 0,37 g/cm³ em madeira de 25 anos,

similar ao observado no presente estudo.

Em relação ao efeito da posição longitudinal do

fuste, a densidade básica apresentou em ambos os

regimes de desbaste a mesma tendência, que foi de

redução da base para o topo das árvores. Porém não

foi observada diferença estatística significativa entre

as posições axiais do tronco das árvores de dois e

três desbastes.

A densidade da madeira de pinus pode variar de

acordo com a intensidade e a frequência dos desbastes.

Desbastes leves geralmente não apresentam um

grande impacto na densidade da madeira, enquanto

desbastes mais intensos podem tornar a madeira

menos densa, já que as árvores restantes tendem a

crescer mais rapidamente (Weber et al. 2013)

Essa é uma versão parcial desse

artigo, o conteúdo completo pode ser

acessado em: https://ojs.sites.ufsc.br/

index.php/am/article/view/7996

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AGENDA

AGENDA 2025

FEVEREIRO

2025

Imagem: reprodução

Treinamento de Manejo Florestal FSC

Data: 25 a 27

Local: Piracicaba (SP)

Informações: https://www.ipef.br/

eventos/evento.aspx?id=576

ABRIL

2025

ABR

2025

FLORESTAS UAI

Nos dias 10 e 11 de abril, Belo Horizonte receberá o II

Florestas UAI, Encontro da Indústria Florestal de Minas

Gerais. O evento promovido pela Amif (Associação

Mineira da Indústria Florestal), será focado no setor

florestal mineiro. As tendências e perspectivas do Estado

que tem a maior área plantada com eucalipto no Brasil

serão apresentadas por quem mais entende do assunto.

Serão dois dias com muito conteúdo para fortalecer e

potencializar a cadeia produtiva da madeira em Minas

Gerais, com informação e network qualificado.

Florestal UAI

Data: 10 e 11

Local: Belo Horizonte (MG)

Informações:

https://www.florestasuai.com.br/

Imagem: reprodução

MAIO

2025

MAI

2025

CONGRESSO DE

PLANTAÇÕES FLORESTAIS

Congresso de Plantações Florestais

Data: 12 a 16

Local: Porto Alegre (RS)

Informações: https://www.ipef.br/noticias/

congresso_plantacoes_florestais_2025_

save_the_date.aspx

A segunda edição do congresso irá colocar em pauta

temas inovadores, técnicos, científicos e estratégicos

sobre as plantações florestais, com foco na contribuição

dessa cadeia produtiva, no contexto de questões

econômicas, sociais e de serviços ecossistêmicos. O

evento é promovido pelo IPEF (Instituto de Pesquisas

e Estudos Florestais), em parceria com a IBÁ (Indústria

Brasileira de Árvores), ABTCP (Associação Brasileira

Técnica de Celulose e Papel) e a IUFRO (International

Union of Forest Research Organizations).

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Manutenção e abertura de estradas e aceiros, enleiramento, limpa-trilho, movimentação de

biomassa, carga e descarga de lenha/toras, silvicultura, aplicação de herbicidas, distribuição

de corretivos, roçada mecanizada, subsolagem e locação de equipamentos.

SERVIÇOS E MÁQUINAS


ESPAÇO ABERTO

O

universo empresarial está em constante transformação.

Com o avanço tecnológico, novas abordagens e ferramentas

surgem para otimizar processos, aumentar a produtividade

e garantir vantagem competitiva. Em 2025, algumas tendências

já se consolidam como essenciais para a gestão eficiente

de empresas, especialmente para pequenas e médias organizações.

Como o uso da IA (inteligência artificial) na aplicação de automações, em

processos mapeados e Claros, além de métodos agéis -, está moldando a

gestão empresarial. Além disso, o papel do ClickUp, uma ferramenta indispensável

para organização e produtividade.

Foto: divulgação

O futuro

CHEGOU

Por Glauber Dourado, especialista em

Gestão e automação de IA. Formado em

design pela UP (Universidade Potiguar)

e tem MBA em administração, também

pela UP, e marketing estratégico pelo

Centro Universitário do Rio Grande

do Norte. Atua como Diretor na Lion

Soluções digitais.

Tendências para gestão

empresarial em 2025

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL:

A Nova Aliada do Gestor Moderno - A IA deixou de ser uma tendência

futurista e tornou-se parte essencial da gestão empresarial. Em 2025, seu

impacto será ainda mais evidente. Principais aplicações da IA na gestão:

Análise de dados em tempo real - A IA permite interpretações rápidas e

precisas de grandes volumes de dados, fornecendo insights que embasam

decisões estratégicas; Previsões de mercado: Ferramentas baseadas em IA

ajudam a prever demandas e comportamentos dos consumidores; Automatização

inteligente: Desde respostas automáticas em chatbots, até a alocação

de recursos de forma otimizada, a IA simplifica tarefas repetitivas;

Automações: Eficiência Elevada a Outro Nível - As automações são

ferramentas indispensáveis para empresas que buscam escalar suas operações

sem comprometer a qualidade. Em 2025, os fluxos de trabalho

automatizados vão se tornar ainda mais acessíveis e eficazes. Benefícios

das automações e a redução de erros humanos: Processos repetitivos são

realizados com maior precisão e consistência; Economia de tempo: Funcionários

podem se concentrar em tarefas estratégicas enquanto atividades

operacionais são automatizadas; Integração de sistemas: Ferramentas

como o n8n permitem que diferentes plataformas se conectem, criando um

ecossistema operacional fluido.

Processos Mapeados e Claros - Uma das maiores causas de ineficiência

nas empresas é a falta de clareza nos processos. Em 2025, mapear e documentar

fluxos de trabalho será mais do que uma boa prática – será essencial

para a sobrevivência no mercado. Por que mapear processos? Clareza

para toda a equipe: Um mapa de processos bem definido reduz dúvidas e

mal-entendidos; Facilidade na delegação: Gestores podem delegar tarefas

com maior segurança e assertividade; Base para automações: Processos

claros são o ponto de partida para a automação eficiente.

Métodos Ágeis: Produtividade em Alta - Os métodos ágeis, originados

no setor de tecnologia, estão sendo adotados em diversas áreas da gestão

empresarial. Esses métodos aumentam a produtividade ao priorizar a flexibilidade,

a colaboração e as entregas frequentes. Principais benefícios: Respostas

rápidas a mudanças, empresas ágeis conseguem ajustar-se rapidamente

a novas demandas; Times mais engajados: A colaboração constante

promove o senso de pertencimento; Foco no cliente: As entregas frequentes

permitem maior alinhamento com as necessidades do consumidor;

ClickUp: Base para 2025 - Entre tantas ferramentas no mercado, o ClickUp

se destaca como a solução completa para organização e gestão. Ele

combina a documentação de processos, automações e métodos ágeis em

uma única plataforma. Por que usar o ClickUp? Centralização: Reúna tarefas,

reuniões, e documentações em um só lugar; Personalização: Adapte a

ferramenta às necessidades específicas da sua empresa.

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A Feira da Indústria do Eucalipto

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Três Lagoas MS

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19 a 21

de 2025

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