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AFBiomais_67Web

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Entrevista professor Willian Flores da UFAC fala sobre a biomassa florestal na Amazônia

EFICIÊNCIA E

SUSTENTABILIDADE

COM EXPERTISE E

SOLUÇÕES PARA PLANTAS

COMPLETAS, EMPRESA

ATENDE PEQUENAS, MÉDIAS

E GRANDES INDÚSTRIAS DO

SETOR DE BIOMASSA

EFFICIENCY AND

SUSTAINABILITY

A COMPANY SERVES SMALL,

MEDIUM, AND LARGE BIOMASS

COMPANIES WITH EXPERTISE AND

TURN-KEY FACTORY SOLUTIONS

ENERGIA

PESQUISA INDICA PAVIMENTAÇÃO

SUSTENTÁVEL COM RESÍDUO DO

BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

MERCADO

PARANÁ QUER INCENTIVAR PRODUÇÃO DE

HIDROGÊNIO VERDE A PARTIR DE BIOMASSAS






SUMÁRIO

08 | EDITORIAL

Mercado em crescimento

10 | CARTAS

12 | NOTAS

22 | ENTREVISTA

28 | PRINCIPAL

34 | INOVAÇÃO

Pavimentação sustentável

40 | PLANO

Hidrogênio renovável

44 | ESTUDO

50 | ARTIGO

56 | AGENDA

58 | OPINIÃO

Engajamento e comunicação

no ambiente digital: desafios e

oportunidades

06 www.REVISTABIOMAIS.com.br



EDITORIAL

A capa desta edição destaca as

soluções da ANDRITZ para o setor

de biomassa

MERCADO EM

CRESCIMENTO

O

setor de biomassa tem crescido tanto no Brasil como em nível global impulsionado pelo tema descarbonização, uma vez

que é um material para geração de energia mais sustentável. Atenta aos movimentos do mercado a ANDRITZ, empresa com

180 anos de história que surgiu na Áustria e está presente em todo mundo, tem aplicado sua expertise para apresentar

soluções para seus clientes, valorizando as plantas completas para operação. A empresa é o tema da reportagem especial de

capa desta primeira edição de 2025 da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. A biomassa no norte do país, na região do sudoeste da Amazônia, é

abordada na editoria Entrevista, onde conversamos com o professor Willian Flores, autor de artigo publicado em revista internacional que

aborda ferramentas para estimar a biomassa ou o estoque de carbono na região. Os desafios da transição energética no Brasil, e o uso de

cinzas de biomassa para pavimentação asfáltica, entre outros assuntos, são temas tratados em reportagens e notas publicadas na edição.

Aproveite a leitura!

GROWING MARKET

T

he Biomass Sector is growing both in Brazil and worldwide, driven by the issue of decarbonization, as it is a more sustainable material

for energy production. ANDRITZ, a company with a 180-year history that originated in Austria and is present worldwide, has been

attentive to market developments and has used its expertise to present solutions to its customers, valuing complete plants for operation.

The Company is the subject of the special cover story in this first 2025 issue of REFERÊNCIA Biomais. Biomass in the North of the

Country, in the South-western Amazon Region, is the subject of an interview with Professor Willian Flores, author of an article published in an

international journal on tools for estimating biomass or carbon stocks. The challenges of the energy transition in Brazil and the use of biomass

ash in asphalt paving are among the topics covered in the articles and notes published in this issue. Pleasant reading!

EXPEDIENTE

ANO XII - EDIÇÃO 67 - FEVEREIRO 2025

Diretor Comercial/Commercial Director:

Fábio Alexandre Machado

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)

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Pedro Bartoski Jr

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Redação/Writing:

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Tradução / Translation: John Wood Moore

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ASSINATURAS

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www.jotaeditora.com.br

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente,

dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas

e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de

energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,

direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS

não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,

anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,

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REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed

at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues

used for energy generation and cogeneration, research institutions, university

students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/

or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself

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and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden

without written authorization of the holder of the authorial rights, except for

educational purposes.

08 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Uma obra de arte

Tão afiada

quanto a espada

de um samurai

em corte florestal

sabres

dentes de corte

ponteiras substituíveis

acessórios

disco de feller

coroas de tração

Facas para picadores

rotary-ax.com.br

sabres

dentes de corte

ponteiras substituíveis

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Facas para picadores

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CARTAS

PRINCIPAL

Gostei da reportagem sobre a Benecke. Uma empresa que está sempre evoluindo,

atendendo o mercado.

Julio Cardoso dos Reis – Rio dos Cedros (SC)

Foto: divulgação

PRÊMIO REFERÊNCIA

Parabéns aos ganhadores do Prêmio REFERÊNCIA, um reconhecimento para todos que atuam no setor.

Miguel dos Santos – Curitiba (PR)

ENTREVISTA

Interessante a entrevista com o professor Ananias, autor do livro sobre o uso da biomassa nas casas. Vemos que o

universo da biomassa é bem amplo.

Domingos Albuquerque – Serra (ES)

BIOMASSA

Fiquei surpresa com o reaproveitamento da casca de banana. Achei muito interessante

a ideia.

Débora Duarte Frias – Ribeirão Preto (SP)

Foto: divulgação

www.revistabiomais.com.br

na

energia

biomassa

dia informação

@revistabiomais

/revistabiomais

Publicações Técnicas da JOTA EDITORA

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Soluções CPM para

Biomassa

Nossa ampla experiência no processamento de material agrícola nos tornou líderes na

produção de combustíveis renováveis. Ajudamos nossos clientes a criar diesel renovável,

etanol, combustível de aviação sustentável, biogás e tecnologias de armazenamento de

energia. Nossas máquinas produzem pellets e briquetes que fornecem combustíveis sustentáveis,

renováveis e de queima mais limpa.

1. Secagem

A maior parte dos resíduos de madeira é composta por

serragem, maravalha ou cavacos, provenientes das serrarias.

Geralmente, o teor médio de umidade está entre

50-60%. Portanto, a secagem é uma etapa necessária na

preparação dos resíduos para a peletização. Após este

processo, o produto é transportado para o armazém ou

para um silo-pulmão para alimentação do moinho de martelos,

dependendo do layout do processo.

2. Moagem

O produto vindo do secador pode ser alimentado diretamente

no moinho de martelos se o fluxo for constante; caso

contrário, é necessário um silo-pulmão. Para a moagem das

lascas e cavacos de madeira, é necessário um moinho de

martelos robusto. Um tamanho uniforme de partículas é

importante para uma boa qualidade dos pellets e baixo teor

de finos.

3. Peletização

As fábricas de pellets são construídas para operar 24 horas

por dia sob condições severas de funcionamento. Pesquisas

em campo provaram que a caixa de engrenagens

(gearbox) fundida em uma única peça, pode garantir a

produção contínua nas mais adversas condições.

4. Resfriamento

Após a peletização, os pellets devem ser resfriados para

aumentar a dureza e a estabilidade de armazenamento.

Resfriadores de contrafluxo proporcionam um resfriamento

eficiente. Com design simples, sem barreiras mecânicas e

exigindo pouco espaço, o Resfriador de Contrafluxo CPM

oferece precisão no controle de temperatura e umidade,

com baixo impacto.

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(DBFs) está crescendo rapidamente. A CPM combinou a

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NOTAS

PODCAST REFERÊNCIA

Durante os meses de dezembro e janeiro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados importantes

para o desenvolvimento do segmento madeireiro de base florestal. Os entrevistados desses episódios foram Fábio Parisoto (foto de

cima), diretor florestal do grupo Frameport, com formação e pós-graduação na área contábil, mas se enveredou para o setor no polo

madeireiro catarinense da cidade de Caçador (SC); e Romualdo Rymsza Neto (foto de baixo), curitibano formado em engenharia civil

e atua como diretor-geral da Laminorte, empresa do segmento de lâminas, serrados, decks e pisos de madeira nativa. Os episódios

tiveram o apoio da Komatsu Forest, Rotary-Ax, Agroclip, que atuam oferecendo soluções para o segmento de base florestal e na

instalação de decks de madeira.

Parisoto relatou que no início de sua formação não pensava

no segmento florestal, seguiu o rumo contábil para ter certezas

sobre o futuro, seja como empregado ou abrindo seu próprio

escritório. A mudança de carreira foi quando ele estava as portas

do seu casamento e seu sogro o convidou para ingressar na Frameport.

“Foi um convite muito leve. Ele não me forçou a nada.

Mas comecei a gostar mais do segmento, saí do escritório e fui

para a floresta cada vez mais, sempre que podia. Assim, aceitei o

segundo convite dele para agora liderar o campo e assim estou

até hoje, há 15 anos”, relatou Fábio Parisoto.

Sobre a parte prática, Parisoto ressaltou a evolução do

trabalho quando ele iniciou e como está agora. A mecanização

dos processos acelerou a produção, seja para corte ou mesmo

transporte. Tudo foi fazendo com que a operação florestal se

transformasse. “Era tanta novidade quando esses equipamentos

chegaram que nem pensamos muito, comprávamos máquinas e

víamos que tudo era melhor, mais rápido e mais eficiente. Hoje

vivemos com tecnologias ainda mais futurísticas, onde podemos

monitorar máquinas direto do escritório”, destacou Fábio.

Romualdo é a segunda geração de sua família na Laminorte,

empresa fundada por seu pai há 44 anos. Ele relata que nasceu

no meio da madeira, passando parte de sua infância e adolescência

no meio de tábuas, lâminas e produtos madeireiros.

“Cresci naquele meio, no ensino médio fiz meu primeiro estágio

lá, parei apenas as vésperas do vestibular para estudar e logo

voltei. Desde então continuo me dedicando a seguir o trabalho

e legado do meu pai”, apontou Romualdo.

Na segunda parte do programa Romualdo aproveitou para

valorizar o trabalho do manejo florestal sustentável, que é a fonte

da matéria-prima utilizada em sua empresa. “Muitos clientes

nos perguntam até quando teremos certas madeiras e através

do manejo podemos garantir que teremos a madeira para sempre,

pois a prática garante que a floresta fique em pé. Depois de

5 anos é impossível encontrar a área onde foi feita a extração.

A floresta sempre continua crescendo de forma sustentável”,

ressaltou Romualdo.

Os episódios do Podcast

REFERÊNCIA estão disponíveis no

nosso canal do youtube, que o Leitor

pode acessar através do QR Code:

Fotos: REFERÊNCIA

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NOTAS

Foto: divulgação

ETANOL ATINGE MAIOR OFERTA EM 2024

O ano de 2024 ficou marcado como o de maior oferta de etanol da história. A afirmação é da UNICA

(União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) que apresentou os destaques do setor no último

ano. O volume gerado atingiu 36,83 bilhões de litros, 4,4% acima do registrado em 2023. Do total fabricado

em 2024, 7,7 bilhões de litros foram produzidos a partir do milho, o que representa um aumento

de 32,8% em relação ao ano anterior. Os indicadores consolidam o Brasil como o segundo maior produtor

do mundo no ranking liderado pelos EUA (Estados Unidos da América). No último ano, o consumo

de combustíveis no Brasil atingiu a marca de 59,3 bilhões de litros pela frota de veículos leves (ciclo

Otto), com destaque para o aumento de 5,4 bilhões de litros no consumo de etanol hidratado no país.

“Diante dos desafios no combate à mudança do clima, o etanol se apresenta como uma das soluções

tecnológicas para uma mobilidade sustentável. Podendo ser usado puro, ou seja, o etanol hidratado,

ou misturado à gasolina – etanol anidro –, o seu uso contribui de forma significativa para a redução das

emissões de gases que agravam o efeito estufa e traz economia aos consumidores no abastecimento”,

comentou Evandro Gussi, presidente da UNICA.

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Distribuidor e representante exclusivo

Kahl Brasil


NOTAS

PROJETO VENCEDOR

A Sanepar, companhia de saneamento do Paraná foi a vencedora do I Prêmio Nacional Universalizar promovido pela

Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento). A empresa conquistou o primeiro lugar nas categorias

Segurança Hídrica e Transação Energética e ficou com o segundo lugar em Meio Ambiente. A premiação no final de

2024, selecionou projetos mais inovadores das companhias de saneamento associadas à entidade. O projeto vencedor da

Sanepar na categoria Transição Energética, foi “Secagem Térmica de Lodo de Esgoto de Grande Porte com Uso Combinado

de Fontes Renováveis: um caminho inovador para a transição energética sustentável”. O sistema foi implantado na

Estação de Tratamento de Esgoto Atuba Sul, localizada em Curitiba (PR) com tecnologia de última geração para a secagem

térmica do lodo de esgoto. A unidade utiliza fontes de energia renovável, como biomassa (cavaco de madeira), lodo seco

gerado no próprio processo e biogás, também produzido no tratamento do esgoto, para secar o lodo. Os resíduos são

transformados em recursos energéticos, utilizando os princípios da economia circular e eficiência energética.

Foto: Sanepar

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NOTAS

PRODUÇÃO DE BIODIESEL

No último dia 13 de janeiro completou 20 anos do marco legal do biodiesel no Brasil. A Lei 11.097/2005,

introduziu oficialmente o combustível renovável à matriz energética do país, como uma alternativa ao uso do

diesel de origem fóssil - mais poluente e proveniente das reservas limitadas de petróleo. A norma colocou em

prática o PNPB (Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel). A lei foi a primeira a constituir o marco legal

do biodiesel e fixou uma mistura obrigatória de 5% do combustível renovável no óleo diesel comercializado

no país. Houve uma evolução gradual que levou ao biodiesel B14, com acréscimo de 14% de biodiesel no diesel

B, a partir de março de 2024. Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o principal avanço no período

de 20 anos foi a expansão da produção e do uso do biocombustível, com consequente impulsionamento do

desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental, social e econômico. “Nessas duas décadas, produzimos

77 bilhões de litros de biodiesel, economizando US$ 38 bilhões em importação de diesel. Além disso, a trajetória

evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de gás carbônico, gerando empregos e oportunidades aos

agricultores familiares, tornando o biodiesel um grande aliado na transição energética justa e inclusiva do país”,

destacou o ministro.

Foto: divulgação

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NOTAS

MERCADO LIVRE DE ENERGIA CRESCE NO

SUL E SUDESTE

Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que mais de 36 mil consumidores de energia

decidiram migrar ao mercado livre de energia em 2024 e 2025, dos quais 95% são empresas de menor porte, com

demanda menor de 500 kw. A Região Sudeste concentra 46,4% dos consumidores que já informaram às distribuidoras

sua migração para o mercado livre de energia, seguida pelo sul (25,3%) e nordeste (17,8%). A opção de

migrar para o mercado livre de energia está disponível para todos os consumidores de energia do Grupo A desde

janeiro de 2024, de acordo com a Portaria 50/2022. Esse grupo é composto por consumidores de energia em média

e alta tensão. Os consumidores de menor porte, com demanda menor que 500 kw, devem ser apoiados por um

comercializador varejista. Antes da Portaria 50/2022, apenas consumidores com demanda maior do que 500 kw, o

equivalente a uma conta de luz média de R$ 140 mil, estavam autorizados a migrar ao mercado livre de energia.

Foto: divulgação

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ENTREVISTA

Foto: divulgação

ENTREVISTA

WILLIAN

FLORES

Formação: Engenheiro agrônomo – UFAC (Universidade Federal do Acre);

mestre em Ecologia e Agrosistemas – USP (Universidade de São Paulo);

doutor em Ciência da Floresta Tropical – INPA (Instituto Nacional de

Pesquisa da Amazônia)

Education: Engineer Agronomist - Federal University of Acre (Ufac); Master’s

in Ecology and Agrosystems - University of São Paulo (USP); Ph.D. in Tropical

Forest Science - National Institute of Amazonian Research (Inpa)

Cargo: Professor adjunto da UFAC (Universidade Federal do Acre)

Function: Associate Professor at the Federal University of Acre (Ufac)

BIOMASSA NA FLORESTA

AMAZÔNICA

BIOMASS IN THE AMAZON RAINFOREST

E

ngenheiro agrônomo e professor na UFAC (Universidade

Federal do Acre), Antônio Willian Flores de Melo, é

o primeiro autor de artigo publicado na revista científica

Forest Ecology and Management sobre estimativa

de biomassa florestal nas regiões Neotropicais, com foco nas

florestas abertas do sudoeste da Amazônia. Além de professor,

Willian já atuou como pesquisador junto a Embrapa, como

assessor técnico na Secretaria de Estado do Meio Ambiente

do Acre e diretor no Instituto de Mudanças Climáticas do Acre.

Em entrevista para a Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, ele fala sobre

o processo de pesquisa que resultou no artigo publicado

na revista internacional ano passado e da necessidade de mais

estudos na região amazônica.

E

ngineer Agronomist and Professor at the Federal

University of Acre (Ufac), Antônio Willian Flores de

Melo is the first author of an article published in the

journal Forest Ecology and Management on the

estimation of forest biomass in the Neotropics, with a focus

on the open forests of the Southwestern Amazon. In addition

to being a professor, Flores has worked as a scientist at Embrapa,

as a technical advisor for the Acre State Secretariat for

the Environment, and as Director of the Acre Climate Change

Institute. In an interview with REFERÊNCIA Biomais, he talks

about the research process that led to the article published in

the international magazine last year and the need for more

studies in the Amazon Region.

22 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Sua trajetória profissional é focada no Acre?

Atualmente sou professor associado da UFAC (Universidade

Federal do Acre), Campus Floresta, Centro

Multidisciplinar, onde sou funcionário há 15 anos. No

entanto, como aluno e pesquisador venho atuando na

UFAC desde 1993. Como professor ministro disciplinas

de ciência do solo e outras voltadas a iniciação científica

e a aplicação de métodos científicos. Minha atuação

na área científica, desde o início dos anos 2000,

tem se concentrado na ecologia de paisagem, mais

especificamente nas relações humanas que envolve

a mudança no uso e cobertura da terra, bem como,

suas implicações para as populações da região e seu

entorno. Neste contexto, o grupo que integro tem se

concentrado não só na quantificação de fatores como

desmatamento e queimadas, por exemplo, como

também analisar as implicações desses fatores no dia

a dia das pessoas. Além disso, procuramos apontar

alternativas e soluções aos problemas encontrados,

sempre tentando mesclar a pesquisa científica com a

extensão e ensino.

Qual o nome do artigo publicado na revista Forest

Ecology and Management e sua repercussão?

A história por traz da publicação do artigo científico:

To improve estimates of neotropical forest carbon

stocks more direct measurements are needed - An

example from the Southwestern Amazon; foi bem

interessante. Na primeira submissão que fizemos, a

revista científica Forest Ecologoy and Management –

uma das mais importantes mundialmente na área de

ecologia florestal – o artigo tinha o título: Allometric

equations for estimating above-and below-ground

biomass and carbon of tropical forests in the Southwestern

Amazon; e foi rejeitado pelo editor pouco

mais de 6h (horas) após nossa submissão. Acontece

que na primeira versão o artigo era bom, mas

tinha questões menores, que embora importantes,

estavam fora do escopo atual da revista e se tivéssemos

publicado dessa forma, teríamos perdido uma

oportunidade de explorar melhor o poder dos dados

que tínhamos em mão. Então seguindo as sugestões

do doutor Foster Brown, um dos autores do estudo,

reescrevemos o artigo inicial, dando uma nova

abordagem, com foco na incerteza das estimativas de

estoque de carbono nas florestas neotropicais dada a

baixa densidade de inventários florestais. Escrevemos

uma nova carta e submetemos novamente à revista.

Is your professional career focused on Acre?

I am a Professor at the Federal University of

Acre (Ufac), Floresta Campus, Multidisciplinary

Center, where I have worked for 15 years. However,

I have been a student and scientist at Ufac since

1993. As a professor, I teach soil science and other

subjects related to scientific initiation and applying

scientific methods. Since the early 2000s, my

scientific work has focused on landscape ecology,

specifically the human relationships involved in

land use and land cover changes and their impacts

on local and regional populations. In this context,

my group has focused on quantifying factors such

as deforestation and fires and analyzing the effects

of these factors on people’s daily lives. We also try

to show alternatives and solutions to the problems

we encounter, always trying to combine scientific

research with extension and teaching.

What was the article’s name published in

Forest Ecology and Management, and what

were its implications?

The story behind the publication of the scientific

article: To improve estimates of neotropical

forest carbon stocks more direct measurements are

needed - An example from the Southwestern Amazon

was quite interesting. Our first submission to

the scientific journal Forest Ecology and Management

- one of the world’s most important journals

in forest ecology - was titled: Allometric equations

for estimating above- and below-ground biomass

and carbon of tropical forests in the Southwestern

Amazon. It was rejected by the editor just over 6

hours after we submitted it. It turned out that the

first version of the article was good, but it had

minor problems that, while important, were outside

the current scope of the journal. If we had published

it that way, we would have missed an opportunity

to exploit better the power of the data we had

collected. So, at the suggestion of Dr. Foster Brown,

one of the study’s authors, we rewrote the original

paper and gave it a new approach, focusing on the

uncertainty of carbon stock estimates in Neotropical

forests given the low density of forest inventories.

We wrote a new version and submitted it to the

Journal. The next day, we heard that the editor had

accepted the article and sent it for review.

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

23


ENTREVISTA

No dia seguinte recebemos o informe que o editor

havia aceitado o artigo e enviado para revisão.

Qual foi a motivação para realizar a pesquisa?

Quando ingressei no curso de doutorado em Ciências

de Florestas Tropicais do INPA (Instituto Nacional

de Pesquisas da Amazônia), surgiu uma oportunidade

de realizar esse estudo em parceria com o Governo

do Estado do Acre, financiador do trabalho, através

do IMC (Instituto de Mudanças Climáticas). Já havia

trabalhado com o tema de estoque de carbono do

solo. Então foi natural aceitar o desafio de trabalhar

com estimativa de estoque de carbono florestal. Entretanto,

foi um desafio muito grande, dado que não

tinha base anterior, e também devido ser de uma área

específica da Engenharia Florestal, e minha formação

ser em Engenharia Agronômica.

Como foi o processo de pesquisa que chegou

na equação da biomassa de florestas no Acre?

Como já mencionei, o trabalho foi financiado pelo

Governo do Estado do Acre, no âmbito da sua política

de incentivos aos serviços ambientais. A coleta dos

dados foi feita durante duas estações secas e envolveu

o trabalho de cerca de 15 profissionais, onde foram

amostradas 190 árvores com diâmetro variando de

5 cm a 90 cm (centímetros). Dessas árvores foram

amostradas a parte aérea e inclusive as raízes. Processamento

e a análise das amostras demorou mais 2

anos, dando um total de 4 anos o desenvolvimento do

trabalho.

Qual a importância de se chegar nessa equação?

A maior parte dos estudos dessa natureza estão

concentrados na Amazônia Central, entorno de

Manaus. Esse é o primeiro estudo dessa natureza no

What motivated you to do this research?

When I started my Ph.D. in Tropical Forest

Sciences at the National Institute for Amazonian

Research (Inpa), the opportunity arose to do this

study in partnership with the State Government of

Acre, which funded the work through the Institute

for Climate Change (IMC). I had already worked on

soil carbon stocks. So, it was natural to accept the

challenge of working on estimating forest carbon

stocks. However, it was a huge challenge because I

had no previous background, and it was in a specific

area of Forest Engineering, and my background

was in Agronomic Engineering.

What was the research process to arrive at

the forest biomass equation in Acre?

As I have mentioned, the State Government

of Acre funded the work as part of its policy of

incentivizing environmental services. The data

was collected during two dry seasons and involved

the work of about 15 professionals who sampled

190 trees with diameters ranging from 5 cm to

90 cm. The area and even the roots of these trees

were sampled. The processing and analysis of the

samples took another 2 years, for a total of 4 years

of work.

How important is it to arrive at this equation?

Most studies of this kind are concentrated in

Central Amazon, around Manaus. This is the first

study of its kind in the Southwest Amazon. This

Region concentrates very different types of forests

from the rest of the Amazon, open forests with

bamboo or palm trees in the underbrush. In this

sense, this study helps significantly improve forest

carbon stock estimates in this Region.

Esse é o primeiro estudo dessa natureza no sudoeste da

Amazônia, região que concentra tipos de florestas bem distintos

do restante da Amazônia

24 www.REVISTABIOMAIS.com.br


sudoeste da Amazônia, região que concentra tipos

de florestas bem distintos do restante da Amazônia,

que são as flores abertas com bambu ou palmeiras no

sub-bosque. Neste sentido esse estudo contribui para

melhorar significativamente as estimativas de estoque

de carbono florestal nessa região.

Existe diferenças sobre a estimativa de biomassa

das florestas conforme a região?

Sim. Existem várias Amazônias dentro da Amazônia,

no geral o estoque de biomassa e carbono florestal

aumenta em um gradiente que vai do sudoeste

para nordeste.

O artigo fala em equação alométrica para

estimativa de biomassa. Poderia explicar de forma

resumida esta operação?

Uma equação alométrica é uma ferramenta para

estimar a biomassa ou o estoque de carbono contido

em árvores individuais usando para isso características

de fácil medida no campo, como diâmetro, altura, etc.

Como a estimativa de biomassa de uma floresta

pode ajudar nas estimativas de estoque de carbono?

No trabalho que publicamos têm equações tanto

para estimar biomassa seca, como para estimar estoque

de carbono florestal. No geral, metade do peso

de uma árvore é água e 50% da massa seca restante é

carbono. Em resumo, em torno de 25% do peso fresco

de uma árvore é carbono.

Em média, qual a capacidade de biomassa das

florestas do Acre?

Nosso trabalho não teve o objetivo de estimar, de

forma geral, a biomassa das florestas do Acre, e sim

desenvolver uma ferramenta para esse fim. Outros

estudos têm estimado o estoque de biomassa seca

entre 50 e 250 toneladas por ha (hectare).

Como o resultado da pesquisa pode contribuir

para políticas públicas?

A melhoria da precisão das estimativas de biomassa

e estoque de carbono florestal contribui para o

melhor desenvolvimento de políticas de pagamento

por serviços ambientais de carbono, sobretudo projetos

REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento

e Degradação Florestal).

Are there differences in forest biomass estimates

between regions?

Yes, there are several Amazons within the Amazon

Rain Forest. Forest biomass and carbon stocks

generally increase in a gradient from the southwest

to the northeast.

The article talks about an allometric equation

to estimate biomass. Could you briefly

explain this operation?

An allometric equation is a tool to estimate the

biomass or carbon stock contained in individual

trees using characteristics that are easy to measure

in the field, such as diameter, height, etc.

How can estimating the biomass of a forest

help to estimate carbon stocks?

Our published work provides equations for

estimating dry biomass and forest carbon stock. In

general, half the weight of a tree is water, and 50%

of the remaining dry mass is carbon. In short, about

25% of the fresh weight of a tree is carbon.

What is the average biomass capacity of

Acre’s forests?

Our work aimed not to estimate the biomass

of Acre’s forests in general but to develop a tool to

do so. Other studies have assessed the dry biomass

stock to be between 50 and 250 tons per hectare.

How can the results of this research contribute

to public policy?

Improving the accuracy of forest biomass and

carbon stock estimates contributes to better-developing

payment policies for environmental carbon

services, significantly Reducing Emissions from

Deforestation and Forest Degradation (Redd+)

projects.

Is there a market for the consumption of

forest biomass in Acre?

One of the markets would be the development

of Redd+ projects, both in the voluntary and legal

markets. In the latter case, the State Government of

Acre has raised funds through a partnership with

the German and British governments under the

Redd Early Movers Project (REM).

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

25


ENTREVISTA

Existe um mercado para consumo de biomassa

florestal no Acre?

Um dos mercados seria o desenvolvimento de

projeto de REDD+, tanto no mercado voluntário, como

no âmbito jurisdicional. Nesse último caso, o Governo

do Estado do Acre tem captado recursos financeiros

provenientes de parceria com o Governo Alemão e

Inglês, no âmbito do REM (REDD Early Movers Project).

A pesquisa que resultou nessa equação teve

continuidade?

Infelizmente não tenho conhecimento de nenhum

estudo que tenha o objetivo de dar continuidade aos

avanços proporcionados pela pesquisa que originou o

artigo em questão, mesmo sendo de vital importância

que pudéssemos avançar no conhecimento das variabilidades

do estoque de carbono florestal no sudoeste

da Amazônia.

O que representa ter o artigo publicado na

revista internacional?

Muitos pesquisadores, sobretudo originários da

Amazônia, podem passar toda a carreira e não conseguir

publicar como primeiro autor em uma revista de

renome internacional de sua área de atuação. No meu

caso, essa publicação representa muito mais, já que

sou filho de seringueiros, meu pai não foi alfabetizado

e minha mãe estudou até o segundo grau. Fui alfabetizado

em escola rural, morei na zona rural até os 10

anos de idade, quando minha família migrou para a cidade

para que eu e meus irmãos pudéssemos estudar.

Sou o único de toda a minha família a lograr o título

de doutor. Por tudo isso essa publicação tem grande

importância para minha vida profissional e pessoal.

Has the research that led to this equation

been continued?

Unfortunately, I do not know of any study that

aims to continue the progress made in the research

that led to the article in question. However, we must

improve our knowledge of the variability of forest

carbon stocks in the southwest Amazon.

What does it mean to have your article

published in an international journal?

Many researchers, especially those from the

Amazon, can spend their entire careers without

being able to publish as the first author in an

internationally renowned journal in their field. This

publication means much more because I am the

son of a rubber tapper, my father was illiterate, and

I studied until high school. I was educated in a rural

school and lived in the countryside until I was 10

when my family moved to the city so my siblings

and I could study. I am the only one in my family

to have earned a doctorate. This publication is

significant to my professional and personal life for

all these reasons.

CONFIRA O ARTIGO NA ÍNTEGRA

“To improve estimates of

neotropical forest carbon stocks

more direct measurements are

needed: An example from the

Southwestern Amazon”

A melhoria da precisão das estimativas de biomassa e estoque

de carbono florestal contribui para o melhor desenvolvimento de

políticas de pagamento por serviços ambientais de carbono

26 www.REVISTABIOMAIS.com.br



PRINCIPAL

SOLUÇÃO

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NAS PLANTAS

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PARA GARANTIR

EFICIÊNCIA E

SUSTENTABILIDADE

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SUSTAINABILITY IN ITS

CUSTOMERS’ OPERATIONS

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

29


PRINCIPAL

A

procura por fontes de energia sustentáveis

vem crescendo a cada ano, o que tem elevado

o consumo de pellets. As mudanças

climáticas têm exigido novas propostas

para garantir a operação das indústrias com redução

de danos ao ambiente. Conforme publicado pela Bioenergy

Magazine, o mercado projeta um crescimento

do CAGR (Compound Annual Growth Rate) de 6,6% de

2022 a 2032 no mercado de pellets biodegradáveis, o

que representa um indicativo da busca por novas soluções

para geração de energia.

O diretor regional de Negócios da ANDRITZ FEED &

BIOFUEL - América Latina, Marinaldo Campos, traz novos

números. “Uma pesquisa recente sobre o mercado

de biomassa na América Latina indicou que a expectativa

é crescer 25% até 2030. Há um grande crescimento

no mercado interno do Brasil e América Latina. Estamos

neste mercado e queremos crescer junto oferecendo

soluções para plantas completas”, projeta o diretor.

T

he demand for sustainable energy sources is

growing every year, which has increased the consumption

of pellets. Climate change has demanded

new proposals to guarantee the operation of

industries while reducing environmental damage. As published

by Bioenergy Magazine, the biodegradable pellets

market is predicted to have a Compound Annual Growth

Rate (Cagr) of 6.6% from 2022 to 2032, indicative of the

search for new solutions for energy generation.

Marinaldo Campos, Regional Business Director for

ANDRITZ FEED & BIOFUEL - Latin America, has new figures.

“A recent study on the biomass market in Latin America

showed that it expects to grow by 25% by 2030. There is

a lot of growth in the domestic markets in Brazil and Latin

America. We are in this market and want to grow with it

by offering complete factory solutions,” he said.

According to Nicolas Bouziot, Technology Manager at

ANDRITZ, the decarbonization policy to combat climate

change is an incentive for the Sector. “The issue of decar-

30 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A política de descarbonização para enfrentar as

mudanças climáticas é um incentivo para o setor, conforme

afirma Nicolas Bouziot, gerente de Tecnologia

da ANDRITZ. “O tema descarbonização dá uma força

para o mercado de biomassas em geral. Trabalhamos

hoje com a biomassa de madeira branca, limpa, mas

no futuro terá uma competição para outras biomassas

disponíveis, que tenham alguma base lignocelulósica

para atender o mercado de energia”, prevê.

FOCO NO CLIENTE

Com mais de 180 anos de história, a ANDRITZ tem

forte presença no Brasil e na América Latina, apresentando

todas as soluções, independente do tamanho

do projeto. “O desafio para a ANDRITZ é atender os

diferentes tipos de clientes, com projetos para plantas

pequenas, médias ou grandes. Temos a possibilidade

de atender quem produz 2ton/h ou 30 ton/h. Temos

soluções digitais e de automação que podem atender

a melhorar a eficiência do cliente”, destaca Marinaldo.

“Atendemos cada projeto com uma personalização

adequada à tecnologia a ser aplicada no projeto, ao tamanho

do projeto, às necessidades dos clientes. A AN-

DRITZ é conhecida pelos grandes projetos, mas também

está preparada para oferecer os mesmos serviços

para plantas pequenas e/ou médias, com o orçamento

de acordo com o projeto do cliente”, ressalta Eduardo

Soffioni, gerente de vendas na ANDRITZ.

"Quando o cliente faz projeto

por conta própria, ele planeja

um tempo que extrapola o

que tinha previsto. A planta

completa pode parecer

um investimento maior no

início, mas no final traz uma

economia muito maior, pois

temos uma base tecnológica

e de automação para a planta

inteira, , de todos os portes,

para entregar no prazo e com a

eficiência esperada"

Marinaldo Campos, diretor regional de

Negócios da ANDRITZ FEED & BIOFUEL -

América Latina

bonization is boosting the biomass market in general.

Today, we work with clean, white wood biomass. Still, in

the future, there will be competition for other available

biomasses that have some lignocellulosic base to serve

the energy market,” he predicts.

CUSTOMER FOCUS

With over 180 years of history, ANDRITZ has a strong

presence in Brazil and Latin America, offering a full range

of solutions regardless of project size. “The challenge for

ANDRITZ is to serve different types of customers with projects

for small, medium, or large factories. We can serve

those who produce 2 t/h or 30 t/h. We have digital and automation

solutions that can help customers improve their

efficiency,” says Campos.

“We tailor each project to the technology to be used

in the project, the size of the project, and the customer’s

needs. ANDRITZ is known for its large projects, but it is

also ready to offer the same services for small and/or medium-sized

factories, with the budget according to the

customer’s project,” says Eduardo Soffioni, Sales Manager

at ANDRITZ.

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

31


PRINCIPAL

TECNOLOGIA E AUTOMAÇÃO

Com soluções integradas que abrangem todas as

fases do processo, a ANDRITZ garante uma operação

coesa para a planta de pellets. O compromisso vai além

do equipamento, é um modelo de serviço e responsabilidade

centralizado, com suporte contínuo.

“Com o Turn Key, a solução completa, o cliente

economiza mais do que ele investe. Isso no sentido da

entrega no prazo especificado. Geralmente, quando o

cliente vai fazer projeto por conta própria, ele planeja

um tempo que extrapola o que tinha previsto. Fazer a

planta através da ANDRITZ, com toda expertise de gerenciar

projetos de todos os tamanhos, essa expertise

traz benefícios ao cliente”, garante o diretor. “A planta

completa pode parecer um investimento maior no início,

mas no final traz uma economia muito maior, pois

temos uma base tecnológica e de automação para

a planta inteira, de todos os portes, para entregar no

prazo e com a eficiência esperada”, destaca Marinaldo

Campos.

“São soluções digitais e de automação que podem

atender, e melhorar a eficiência do cliente, com todos

os benefícios que a inteligência artificial pode oferecer,

além da nossa expertise. E temos como desafio no futuro,

assegurar a competência e eficiência das plantas

completas”, reforça Nicolas.

MERCADO EM CRESCIMENTO

Com o mercado de pellets em ascensão na América

Latina, Marinaldo destaca Brasil, Chile e Argentina

como os principais mercados de biomassa no continente.

“Outros países começam a se interessar também

pela biomassa como por exemplo a Colômbia e o México.

É um mercado ainda crescente”, completa. “O sul do

Brasil é onde têm mais projetos, onde está a maior parte

das indústrias de portas, móveis, janelas que geram

resíduos de madeira. Mas outros Estados têm potencial

enorme como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, por

TECHNOLOGY AND AUTOMATION

ANDRITZ provides integrated solutions for all process

phases to ensure a cohesive pellet plant operation. The

commitment goes beyond the equipment; it is a centralized

service and responsibility model with continuous

support.

“With Turn Key, the complete solution, the customer

saves more than he invests. This is in terms of delivery within

the specified timeframe. Usually, when a customer

completes a project independently, he schedules more

time than planned. Completing the project using AN-

DRITZ, which has the expertise to manage projects of all

sizes, leads to benefits for the customer,” Regional Business

Director Campos assures. “The complete plant may

seem like a bigger investment at first, but in the end, it

leads to much greater savings because we have a technological

and automation base for the entire plant, of any

size, to deliver on time and with the expected efficiency,”

says the Director.

“These are digital and automation solutions that can

serve the customer and improve efficiency, with all the

benefits that artificial intelligence can offer, in addition to

our expertise. And our challenge for the future is to ensure

the competence and efficiency of complete plants,” says

Technology Manager Bouziot.

GROWING MARKET

With the pellet market on the rise in Latin America,

Campos points to Brazil, Chile, and Argentina as the primary

biomass markets on the continent. “Other countries

are also starting to get interested in biomass, such as

"Temos soluções digitais e

de automação que podem

atender, e melhorar a

eficiência do cliente, com

todos os benefícios que a

inteligência artificial pode

oferecer, além da nossa

expertise"

Nicolas Bouziot, gerente de Tecnologia

da ANDRITZ

32 www.REVISTABIOMAIS.com.br


"A ANDRITZ é conhecida

pelos grandes projetos, mas

também está preparada

para oferecer os mesmos

serviços para plantas

pequenas e/ou médias, com

o orçamento de acordo com

o projeto do cliente "

Eduardo Soffioni, gerente de vendas

na ANDRITZ

exemplo. Já tem uma influência da indústria de celulose

na região, e a tendência é explorar outras biomassas,

que hoje ainda não estão no mercado”, compara Marinaldo

Campos.

Nicolas Bouziot ressalta o crescimento da demanda

por pellets no mercado interno, que hoje consome

praticamente 50% do que é produzido, além da procura

crescente pelo produto para exportação. “Isso é um

dado interessante. O mercado local de pellet de madeira

hoje tem crescido e isso é um fator para oferta de

outras biomassas”, avalia o gerente de Tecnologia.

Com toda sua experiência, a ANDRITZ está preparada

para atuar com diferentes tipos de biomassas. “Já

estão ajustando tecnologia de caldeiras, para queimar

outras coisas, outros tipos de biomassa para conseguir

energia. Que esteja disponível e mais barata. E a AN-

DRITZ está preparada para atender seus clientes”, orgulha-se

Nicolas Bouziot.

Na medida que se discute o que está por vir, a

ANDRITZ não está apenas vislumbrando um futuro

de inovação, mas também um futuro em que a sustentabilidade

e a eficiência sejam fundamentais. Esta

jornada é sustentada por investimentos contínuos em

automação e digitalização, que estão revolucionando

as plantas em termos de eficiência operacional e sustentabilidade.

Colombia and Mexico. It is still a growing market,” adds

Campos. “Most of the projects are in the South of Brazil,

where most of the door, furniture, and window companies

that generate wood waste are located. However,

other states like Mato Grosso and Mato Grosso do Sul

have huge potential. There is already an influence from

the pulp industry in the region, and the trend is to explore

other biomasses that are not yet on the market,” he says.

Technology Manager Bouziot highlights the growing

demand for pellets in the domestic market, which today

consumes almost 50% of what is produced, as well as the

ever-increasing demand for the product for export. “This

is an interesting fact. The local market for wood pellets

has grown, which is a factor in the supply of other biomasses,”

says the Manager.

With all its experience, ANDRITZ is ready to work with

different types of biomass. “They are already adapting

boiler technology to burn other things, other types of

biomass, to get energy. It is available and cheaper. And

ANDRITZ is ready to serve its customers,” says Manager

Bouziot.

Looking ahead, ANDRITZ sees a future not only of

innovation but also of sustainability and efficiency. This

journey is supported by ongoing investments in automation

and digitalization, which are revolutionizing plants

regarding operational efficiency and sustainability.

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

33


INOVAÇÃO

PAVIMENTAÇÃO

SUSTENTÁVEL

PESQUISADORES DA UEM

(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

MARINGÁ) MOSTRAM O USO

DE RESÍDUO DO BAGAÇO

DE CANA-DE-AÇÚCAR EM

MISTURAS PARA ASFALTO

FOTOS DIVULGAÇÃO

34 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

35


INOVAÇÃO

P

esquisadores da UEM (Universidade Estadual

de Maringá) publicaram um estudo na Scientific

Reports onde apresentaram o resultado

de uma pesquisa inovadora: o uso de cinza

de bagaço de cana-de-açúcar (SCBA), um subproduto

da queima do bagaço para geração de energia, como

componente em misturas asfálticas. Essa solução pode

representar uma oportunidade para unir o desafio da

melhoria das estradas com a reutilização de resíduos

agrícolas.

Conforme o estudo assinado por Vinícius Milham

Hipólito e Jesner Serene Ildefonso, 55% das rodovias

brasileiras apresentam algum tipo de defeito, como

buracos e trincas. Esses problemas são agravados pelo

aumento da carga dos veículos e pela falta de manutenção.

Paralelamente, a produção de cana-de-açúcar

no Brasil gera uma grande quantidade de bagaço, que

ao ser queimado nas usinas, produz toneladas de cinza,

que em sua maior parte é descartada sem aproveita-

mento adequado. Estima-se que na safra de 2022/2023,

o Brasil tenha gerado mais de 3 milhões de toneladas

de cinza de bagaço.

INOVAÇÃO EM PAVIMENTAÇÃO

Com base nesse cenário, os pesquisadores avaliaram

a substituição de 5% dos agregados minerais tradicionais

da mistura asfáltica por SCBA, visando melhorar

o desempenho mecânico e, ao mesmo tempo, oferecer

uma solução ambientalmente correta para o descarte

do resíduo. As cinzas do bagaço de cana possuem

propriedades que podem aumentar a resistência e a

durabilidade da pavimentação.

Os resultados do estudo foram promissores em

Os pesquisadores avaliaram

a substituição de 5%

dos agregados minerais

tradicionais da mistura

asfáltica por SCBA, visando

melhorar o desempenho

mecânico e oferecer uma

solução ambientalmente

correta para o descarte do

resíduo

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Fone: +55 47 3520-2500 +55 47 9 8897-4713

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INOVAÇÃO

laboratório e no campo. Os testes de laboratório

demonstraram que a mistura modificada apresentou

um aumento de 40% na Estabilidade Marshall, o que

indica uma maior resistência da estrutura. Além disso,

houve um incremento de 22% na resistência à tração,

fator que contribui para a durabilidade do asfalto sob

tráfego intenso.

Quando aplicado em um trecho de rodovia com

alto fluxo de veículos pesados (BR-158), os resultados

de campo foram igualmente impressionantes. O Módulo

de Resiliência, que mede a capacidade do material

de retornar à sua forma original após a passagem de

veículos, aumentou em 18%. A resistência à deformação

permanente também melhorou em 73%, indicando

que a mistura com SCBA é menos suscetível à

formação de trilhas de rodas e outros defeitos comuns.

VANTAGENS PARA O AMBIENTE

O estudo demonstrou que a cinza de bagaço de cana-de-açúcar

pode ser uma alternativa viável e eficien-

te para melhorar a qualidade das rodovias brasileiras.

Ao substituir parcialmente os agregados minerais em

misturas asfálticas, a SCBA aumenta a resistência do

pavimento e oferece uma solução sustentável para o

descarte de resíduos. Este avanço representa um passo

importante em direção a uma infraestrutura rodoviária

mais resistente e ambientalmente responsável, pois ao

reutilizar um subproduto agrícola que normalmente

seria descartado, reduz-se a extração de materiais virgens,

como pedras e minerais, o que diminui a emissão

de carbono e o impacto ambiental da construção de

estradas.

Confira a íntegra do artigo:

“Functional and structural

assessment of an experimental

section gap graded modified

with sugarcane bagasse ash”

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PLANO

HIDROGÊNIO

RENOVÁVEL

40 www.REVISTABIOMAIS.com.br


PROJETO DO GOVERNO

DO PARANÁ FOCA NO

USO DE BIOGÁS DERIVADO

DA BIOMASSA DE

PRODUÇÕES AGRÍCOLAS

PARA GERAÇÃO DE

ENERGIA LIMPA

FOTOS DIVULGAÇÃO E GERALDO BUBNIAK/AEN

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

41


PLANO

P

lano do Hidrogênio Renovável no Paraná está

pronto e foi apresentado, no final do mês de

janeiro, ao governador Carlos Massa Ratinho

Junior. O plano está materializado em um livro

composto de três capítulos: mercado, potencial e rumos

para a descarbonização, onde apresenta as potencialidades

e demandas necessárias para o desenvolvimento

dessa nova matriz energética no Estado.

O hidrogênio renovável, considerada a mais promissora

matriz energética limpa, tem recebido atenção

especial no Paraná com foco principal no uso do biogás

derivado da biomassa que sobra das produções agropecuárias.

“O Paraná é a região do Brasil que mais produz

energia no país. Além disso, somos o que mais produz

energia limpa: 98% de toda energia limpa que o Paraná

produz provêm de fontes de energias renováveis. Por

isso estamos pensando no futuro, no arcabouço legal da

exploração do hidrogênio verde”, alegou o governador.

O livro, com 174 páginas, contou com a colaboração

do secretário de Planejamento do Paraná, Guto Silva,

do superintendente-Geral de Gestão Energética, Cassio

Santana, e mais 22 autoridades da área energética, entre

doutores, professores, especialistas da iniciativa privada

e da área pública tratando sobre energia renovável, em

especial o hidrogênio. Esta iniciativa documentada, realizada

a partir de estudos da Fipe (Fundação Instituto de

Pesquisas Econômicas), orienta o objetivo de concretizar

projetos grandes nessa área.

CADEIA PRODUTIVA

De acordo com o plano, o Paraná apresenta um cenário

propício para a produção de hidrogênio renovável,

O plano tem como foco

principal no uso do biogás

derivado da biomassa

que sobra das produções

agropecuárias

42 www.REVISTABIOMAIS.com.br


com abundância de insumos e recursos naturais essenciais

à cadeia produtiva do H₂R, capital humano qualificado,

incentivos legais e tributários e o apoio de empresas

públicas. Esse conjunto de fatores, aliado ao expressivo

potencial solar, hidráulico e de biomassa, configura um

ambiente favorável para o desenvolvimento de uma

matriz energética diversificada e sustentável.

O documento indica que o Estado tem condições favoráveis

para a produção de hidrogênio renovável tanto

pela rota da eletrólise quanto pela reforma do biogás,

o que confere vantagens competitivas, permitindo a

produção de hidrogênio renovável por diversas rotas e

explorando seu vasto potencial de geração de energia

renovável a partir de diferentes fontes.

A visão do projeto para o hidrogênio é a de utilização

das competências do Estado para aproveitar as demandas

do mercado interno. Ao contrário de outras regiões

do Brasil que buscam o hidrogênio com vistas à exportação,

o plano orienta que o Paraná é autossuficiente

em fertilizantes e o hidrogênio é um insumo importante

nessa cadeia. Assim, existe um grande mercado interno

para o consumo dessa energia.

LEGISLAÇÃO ADEQUADA

O plano também destaca que o Paraná conta com

uma lei estadual sobre o tema e um Comitê de Governança

com foco em incentivar as cadeias de biogás e

hidrogênio renovável do Paraná. São ações que embasam

as políticas públicas e ajudam a integrar a atuação

das secretarias do Estado na matriz energética.

Entre os desafios do futuro, segundo o documento,

estão os custos dos investidores e operadores frente às

alternativas fósseis. Para isso as diretrizes passam pela

continuidade dos investimentos em P&D, integração com

academia, estímulo da demanda, políticas para mitigar

os riscos dos investimentos, expansão dos gasodutos conectando

os principais centros de produção e consumo

do hidrogênio renovável e apoio fiscal como uma forma

de promover o aumento da viabilidade econômica e

financeira da implementação de tecnologias renováveis.

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

43


ESTUDO

TRANSIÇÃO

ENERGÉTICA

ESTUDO SUGERE AÇÕES

PARA REDUZIR EMISSÃO DE

GEE E ADOÇÃO DE OUTRAS

FONTES DE ENERGIA

FOTOS DIVULGAÇÃO

44 www.REVISTABIOMAIS.com.br


ENERGY TRANSITION

STUDY SUGGESTS ACTIONS TO

REDUCE GREENHOUSE GAS

EMISSIONS AND ADOPT OTHER

ENERGY SOURCES

U

m estudo divulgado pela rede OC (Observatório

do Clima) apontou um possível caminho para

o setor energético brasileiro reduzir em 80% as

atuais emissões anuais de GEE (gases de efeito

estufa) até 2050.

A iniciativa propõe uma série de medidas, que tornaria

possível, em 26 anos, atender à demanda de energia no país

com um crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto)

de 2,1% ao ano e ainda garantir a transição para um cenário

de baixo carbono.

A

study published by the Observatório do Clima network

(OC) has pointed out a possible way for the

Brazilian Energy Sector to reduce its current annual

greenhouse gas (GHG) emissions by 80% by 2050.

The initiative proposes a series of measures that would make

it possible, in 26 years, to meet the Country’s energy demand

with an average GDP growth of 2.1% per year and still guarantee

the transition to a low-carbon scenario.

The measures include the elimination of government

subsidies for fossil fuels (oil, natural gas, and coal), changes at

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

45


ESTUDO

As medidas incluem a eliminação de subsídios do

governo aos combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e

carvão mineral), mudanças na Petrobras e no modelo de

desenvolvimento energético do país que, se implementadas,

levariam o Brasil à emissão de 102 milhões de toneladas de

CO₂e (dióxido de carbono equivalente) no setor de energia,

em 2050.

Sem essas ações, a projeção para o setor é de 558

milhões de toneladas de CO₂e, ainda que considerando os

compromissos assumidos pelo poder público e os planos

estratégicos de empresas do setor.

PLANEJAMENTO DE AÇÕES

Segundo a coordenadora de políticas públicas do Observatório

do Clima, Suely Araújo, as iniciativas também dariam

condições de o Brasil se tornar a primeira grande economia

do mundo a sequestrar mais gases de efeito estufa do que

emite.

“Demonstra que podemos alterar rotas equivocadas e

contribuir no setor de energia para que o Brasil se torne um

país carbono negativo até o ano de 2045.”

Entre as diretrizes previstas estão a maior inserção de

energias renováveis no setor elétrico, como solar e eólica,

associadas às novas tecnologias de armazenamento; o

desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde; mais

investimentos em biocombustíveis e eletrificação do transporte

público coletivo, tornando-o prioritário em relação ao

transporte individual motorizado nas áreas urbanas.

Petrobras and in the Country’s energy development model, which,

if implemented, would lead Brazil to emit 102 million tons of

carbon dioxide equivalent (CO₂e) in the Energy Sector by 2050.

Without these actions, the projection for the Sector is 558 million

tons of CO₂e, even considering the commitments made by the

Government and the strategic plans of companies in the Sector.

PLANNING FOR ACTIONS

According to Suely Araújo, Public Policy Coordinator for OC,

the initiatives would also enable Brazil to become the first major

economy in the world to sequester more greenhouse gases than

it emits.

“It shows that we can change mistaken paths and contribute

to the Energy Sector so that Brazil becomes a carbon-negative

country by 2045.”

Among the planned guidelines are the greater inclusion of

renewable energies in the Electricity Sector, such as solar and

wind, associated with new storage technologies; the development

of the green hydrogen industry; more investment in

biofuels; and the electrification of public transport, making it a

priority over individual motorized transport in urban areas.

The study also points to the need to redirect government

subsidies currently given to fossil fuels to the energy transition,

stop the expansion of oil exploration, and reverse proposals

such as drilling at the mouth of the Amazon.

The change also requires the development of strategies to

transform Petrobras into an energy company with substantial

investments in low-carbon sources. The State-owned Company

46 www.REVISTABIOMAIS.com.br


O estudo também aponta a necessidade de redirecionar

à transição energética os subsídios governamentais dados

atualmente aos combustíveis fósseis, além de cessar a

expansão da exploração do petróleo, revertendo propostas

como a abertura de novos poços na Foz do Amazonas.

A mudança exige ainda o desenvolvimento de estratégias

para a transformação da Petrobras em uma empresa de

energia com fortes investimentos em fontes de baixo carbono.

A estatal precisaria passar por uma redução gradual da

produção de petróleo, assegurando a manutenção do valor

da empresa no mercado.

BAIXO CARBONO

De acordo com os pesquisadores, além de contribuir

para uma economia de baixo carbono, as diretrizes apontadas

no estudo permitiriam a superação da pobreza energética

e a correção de injustiças, tornando também a produção

de energia mais eficiente. “Focamos na descarbonização

necessária no quadro de crise que se configura no Brasil e no

planeta e na justiça climática”, destaca Suely.

would need to reduce oil production gradually, ensuring that the

Company’s value in the market is maintained.

LOW CARBON

According to the scientists, the guidelines outlined in the

study would not only contribute to a low-carbon economy. Still,

they would also make it possible to overcome energy poverty

and correct injustices while making energy production more

efficient. “We focus on decarbonization, which is necessary in

the context of the crisis that is taking place in Brazil and on the

planet and climate justice,” says Araújo

The repositioning of the Sector, which accounts for only

17.8% of the Country’s gross greenhouse gas emissions, would

make Brazil’s decarbonization more sustainable, according to

the OC team.

“The energy transition is a structuring element of climate

policy because it brings changes with definitive marks. In this

respect, it is different from the control of deforestation, which

can be quickly reversed with changes in government, as happened

in the 2019-2022 period,” the study points out.

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47


ESTUDO

O reposicionamento do setor, que responde por apenas

17,8% das emissões brutas de GEE no país, traria mais sustentabilidade

à descarbonização brasileira, de acordo com a

equipe do OC.

“A transição energética é elemento estruturante da política

climática porque traz mudanças com marcas definitivas.

É diferente nesse aspecto do controle do desmatamento,

que pode retroceder rapidamente com mudanças governamentais,

como ocorreu no período 2019-2022”, aponta o

relatório.

O relatório aponta que para a transição energética ser

justa, precisa ter ampla participação das comunidades

afetadas e ser guiada por um arcabouço regulatório que dê

conta dos desafios. “O Brasil deve desenhar políticas efetivas

que reduzam os impactos e promovam uma relação mais

harmoniosa, com controle social, dos projetos de energia

renovável e de exploração mineral com os locais onde se

inserem”, destaca o estudo.

Algumas das ações sugeridas são o estabelecimento

de metas de redução de pobreza energética, com iniciativas

como geração de energia próxima aos consumidores

e acessível às famílias de baixa renda; justiça territorial e

habitacional, com integração de classes sociais em áreas

centrais urbanas e a redução de viagens e distâncias; além

de eliminar o uso de energias fósseis na mobilidade pública.

As medidas incluem a

eliminação de subsídios do

governo aos combustíveis

fósseis (petróleo,

gás natural e carvão

mineral), mudanças na

Petrobras e no modelo

de desenvolvimento

energético do país

The report points out that for the energy transition to be

equitable, it must involve the broad participation of affected

communities and be guided by a regulatory framework that

considers the challenges. “Brazil must design effective policies

that reduce impacts and promote a more harmonious relationship,

with social control, between renewable energy and

mineral exploration projects and the places where they are

located,” the study stresses.

Some of the measures proposed include setting targets for

reducing energy poverty, with initiatives such as generating

energy close to consumers and accessible to low-income families;

territorial and housing justice, with the integration of social

classes in central urban areas and the reduction of journeys and

distances; as well as eliminating the use of fossil fuels in public

mobility.

48 www.REVISTABIOMAIS.com.br


DE 07 A 09

DE OUTUBRO DE 2025

3°encontro técnico de compostagem

2025

feira brasileira de compostagem

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ARTIGO

POTENCIAL DE

RECICLAGEM DE RESÍDUOS

DE MADEIRA E CINZA DE

CALDEIRA DE BIOMASSA

EM UM MATERIAL

COMPÓSITO CIMENTÍCIO

FOTOS DIVULGAÇÃO

50 www.REVISTABIOMAIS.com.br


FELIPE AUGUSTO SANTIAGO HANSTED

UNESP (Universidade Estadual Paulista)

ANA LARISSA SANTIAGO HANSTED

Memorial University (Canadá)

HIROYUKI YAMAMOTO

Universidade de Nagoya (Japão)

ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO

UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)

FÁBIO MINORU YAMAJI

UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)

CRISTIANE INÁCIO DE CAMPOS

UNESP (Universidade Estadual Paulista)

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

51


ARTIGO

RESUMO

O

resíduo florestal é todo e qualquer material

que resulta da colheita ou do processamento

da madeira que possa permanecer

sem utilização definida no processo. As

cinzas advindas da queima de carvão têm sido amplamente

utilizadas em pesquisas; trabalhos com o uso de

cinzas de biomassa, no entanto, ainda são recentes. O

objetivo desta pesquisa consistiu em verificar a viabilidade

da inserção de cinzas no traço de um compósito

cimento-madeira. Foram realizados testes físicos para

a determinação das propriedades físicas, densidade,

inchamento e absorção de água, sendo também avaliadas

a inibição do cimento com os materiais adicionais e

a temperatura de hidratação da mistura. Para as cinzas,

foram realizados testes para a obtenção do seu teor,

avaliação da composição química, análise da distribuição

granulométrica e espectroscopia de infravermelho

com a transformada de Fourier (FTIR). A mistura com

a cinza apresentou resultado superior em relação à

mistura sem a cinza, nas propriedades de densidade e

inchamento, dando indícios de que a utilização da cinza

de biomassa é recomendada na fabricação de materiais

cimentícios compósitos com resíduo de madeira, pois

pode contribuir com menor degradação do material,

que será avaliado em testes de durabilidade na sequência

deste estudo.

INTRODUÇÃO

O resíduo de madeira representa uma grande

parcela dos resíduos gerados nas atividades industriais,

denotando grande importância econômica e ambiental.

O potencial de reciclagem desse tipo de resíduo é, no

entanto, subutilizado, principalmente devido à falta de

alternativas ambientalmente corretas (Berger; Gauvin;

52 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Brouwers, 2020). Ressalte-se que o resíduo florestal é

todo e qualquer material que resulta da colheita ou do

processamento da madeira ou de outro recurso florestal

que possa permanecer sem utilização definida no processo

(Nolasco, 2000).

Por meio do relatório da IBÁ (Indústria Brasileira de

Árvores), o setor florestal gerou 52 milhões de toneladas

de resíduos no Brasil (IBÁ, 2019). As cinzas oriundas

da queima de carvão têm sido amplamente utilizadas

em pesquisas como material suplementar ao cimento,

no entanto, com o intuito de se encontrar alternativas

mais sustentáveis, outros materiais têm sido estudados,

como, por exemplo, a cinza do processo de queima de

biomassa (Stolz; Boluk; Bindiganavile, 2019). O uso de

partículas de madeira na fabricação de materiais de

estrutura leve é estudado na literatura, principalmente

sua utilização em painéis cimentícios destinados à

vedação de ambientes (situação de baixa solicitação

mecânica).

As cinzas utilizadas no

estudo foram geradas

a partir de caldeiras de

uma empresa situada

no interior do Estado de

São Paulo, que utiliza

exclusivamente a biomassa

como combustível para a

geração de energia térmica

Problemas com tubos obstruídos por

fuligem na sua caldeira a biomassa?

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e produção de

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53


ARTIGO

MÉTODO DE PESQUISA

Para este estudo, foi escolhido o cimento Portland

do tipo V, de alta resistência inicial (CPV - ARI). Foram

produzidos corpos de prova de cimento-madeira-cinza

com resíduo de Pinus spp. e cinza do processo de

queima de biomassa para geração de energia. As cinzas

utilizadas no estudo foram geradas a partir de caldeiras

de uma empresa situada no interior do estado de São

Paulo, que utiliza exclusivamente a biomassa como

combustível para a geração de energia térmica. Os tipos

de biomassa que geraram essas cinzas podem variar ao

longo do ano, conforme disponibilidade para a empresa,

sendo possível destacar as seguintes: casca de eucalipto,

pó de lixa, pó de serra, cavaco de eucalipto, poda

urbana e resíduos da construção civil – estes últimos

quando a construção envolve material lignocelulósico.

As partículas de madeira de Pinus spp. (resíduos

gerados e coletados em serrarias localizadas na região

sul do Estado de São Paulo) foram classificadas como

grossas (16 mesh) e finas (35 mesh).

RESULTADOS DA PESQUISA

Com base nos resultados apresentados, ao se

analisar o teor de cinzas das cinzas (material inorgânico

remanescente da queima) em triplicata, notaram-se

resultados estatisticamente equivalentes entre si (letras

iguais) pelo teste de contraste de médias de Tukey (5%

de significância) com um coeficiente de variação de

1,89%.

A literatura ressalta ainda que a umidade da

biomassa inserida na caldeira aumenta também o teor

de impurezas que fica aderido na caldeira. Isso pode resultar

em maiores quantidades de geração de cinzas e,

consequentemente, menor geração de calor em função

da diminuição do material orgânico que participa da

queima (Hansted et al., 2016).

A variabilidade de componentes químicos da cinza

pode ocorrer em função da origem do material da queima,

da temperatura da caldeira ou da adição de outros

combustíveis ao processo (Vinet; Zhedanov, 2011).

54 www.REVISTABIOMAIS.com.br


CONCLUSÕES

O processo de inserção de cinza de caldeira no

material cimentício se mostrou vantajoso nas análises

quando comparado com a mistura sem a adição de

cinza, pois indicou redução do inchamento em espessura

do compósito, o que é favorável, especialmente

pensando-se na degradação do material lignocelulósico

quando em constante contato com água, resultado que

pode ser comprovado na sequência do estudo, com a

realização de testes de durabilidade.

A adição de madeira à pasta cimentícia apresenta

redução na temperatura de hidratação; no entanto, a

proposta do compósito cimento-madeira-cinza visa a

uma aplicação diferente da pasta cimentícia. As diferentes

variações para os compósitos estudados visam a

aplicações na construção civil para forros e revestimentos

sem desempenho estrutural.

A temperatura de hidratação diminuiu significativamente,

fosse pela incorporação do resíduo de madeira,

por ser um material higroscópico, fosse por sua área

superficial, devido à granulometria muito fina alterar a

reação cimento-água.

Outro fator relacionado à diminuição da hidratação

se deve à redução da compatibilidade dos compostos,

devido à quantidade de açúcares presente na madeira.

Destaca-se, entretanto, que um tratamento simples na

madeira pode melhorar essa compatibilidade.

Estudos futuros para analisar as propriedades mecânicas

e de lixiviação do compósito se mostram necessários,

assim como uma análise mais longa relacionada ao

ciclo de vida de produto também se mostra importante.

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Localidade de Bom Jesus

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA

55


AGENDA

MARÇO 2025

DESTAQUE

BIOTECHFAIR - FEIRA INTERNACIONAL

DE TECNOLOGIA EM BIOENERGIA E

BIOCOMBUSTÍVEIS

Data: 26 a 28

Local: Centro de Eventos da FIERGS - Porto Alegre (RS)

Informações: https://biotechfair.com.br/feira

ABRIL 2025

INTERNATIONAL GREEN ENERGY EXPO

KOREA 2025

Data: 23 a 25

Local: Daegu (Coreia do Sul)

Informações: http://www.greenenergyexpo.co.kr/eng/

MAIO 2025

EXPOBIOMASA 2025

Data: 6 a 8 de maio 2025

Local: Valladolid (Espanha)

Informações:

https://expobiomasa.com/

ALL-ENERGY 2025

Data: 14 e 15

Local: Glasgow (Reino Unido)

Informações: all-energy.co.uk

DEZEMBRO 2025

ENERGAIA 2025

Data: 10 e 11

Local: Montpellier (França)

Informações: https://www.energaia.fr/

Trata-se de uma feira que conecta visitantes

e expositores. É uma feira profissional,

na qual três em cada quatro visitantes já se

dedicaram ou participaram em projetos ligados

à biomassa, e os visitantes vão à procura

de produtos e serviços para aderir. Mais uma

vez será o principal ponto de encontro de

profissionais, investigadores e tomadores de

decisões na área de política energética. É uma

feira consolidada, onde o visitante poderá conhecer

todas as soluções inovadoras na área

da biomassa e dos biocombustíveis.

56 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Feira Internacional de Tecnologia em

Bioenergia e Biocombustíveis

Participe do mais

completo evento de

Bioenergia

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• + Energias Renováveis

26 a28Março 2025

Centro de Eventos FIERGS

Porto Alegre | Rio Grande do Sul

10 mil m² de feira

Congresso em paralelo a BioTECH Fair

70 palestrantes em 3 dias

+ Seminário de Biomassa e

Resíduos para Energia

Patrocínio

Promoção

Copromoção

Local da Realização

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OPINIÃO

Foto: divulgação

ENGAJAMENTO E

COMUNICAÇÃO

NO AMBIENTE

DIGITAL: DESAFIOS E

OPORTUNIDADES

E

m um mundo cada vez mais conectado, o ambiente

digital se tornou o principal canal de comunicação

para empresas e organizações. No entanto, essa

migração para o digital apresenta desafios únicos,

ao mesmo tempo que abre um leque de oportunidades para

engajar equipes e comunidades com colaboradores e parceiros

de vendas. Como alinhar eficiência, clareza e inovação

em um cenário repleto de informações?

A quantidade de conteúdos compartilhados diariamente

no ambiente digital pode ser avassaladora. Em meio a

notificações, e-mails e aplicativos, os colaboradores muitas

vezes se sentem perdidos, o que compromete a absorção

de informações importantes. Além disso, muitos negócios

enfrentam o problema de usar diversas ferramentas de comunicação,

gerando desencontros, mensagens redundantes

ou até a perda de informações críticas.

Outro desafio é o baixo engajamento, que no digital não

é automático. Colaboradores podem se sentir desconectados

ou desmotivados a interagir com ferramentas corporativas

que não oferecem relevância ou incentivo, e nem

transmitem o senso de pertencimento, algo tão importante

para os profissionais. Para empresas com equipes diversas

– sejam elas operacionais, administrativas ou de turnos alternados

–, a adaptação de mensagens para diferentes perfis e

necessidades também é uma tarefa complexa.

Diante desses obstáculos, como as empresas podem

aproveitar o potencial do ambiente digital?

Ferramentas que permitem personalização e segmentação

podem tornar a comunicação mais relevante e direcionada.

A mensuração de interações digitais oferece insights

valiosos para ajustar campanhas internas, avaliar o engajamento

e entender melhor as necessidades do público. Além

disso, a criação de treinamentos acessíveis e dinâmicos, que

não dependam do ambiente físico, realizados em horários

flexíveis e revisados conforme necessário, também é uma

necessidade das empresas.

Uma estratégia poderosa é a gamificação, que incorpora

pontuações e recompensas, para aumentar o engajamento

dos colaboradores. Transformar tarefas cotidianas em experiências

motivadoras pode fazer toda a diferença para equipes

desmotivadas.

Nesse cenário, existem soluções que podem conectar

marcas e pessoas com o uso de tecnologia. O engajamento

não é apenas um objetivo, mas uma consequência natural

de uma comunicação bem-feita e de experiências significativas

para o colaborador.

O ambiente digital apresenta desafios reais, mas também

oferece oportunidades incríveis para empresas que

desejam inovar em suas estratégias de comunicação interna,

para seus parceiros. Centralizar informações, usar dados de

forma estratégica e criar experiências engajadoras são passos

essenciais para quem busca não só manter, mas ampliar

a produtividade e a satisfação das equipes.

Acredito que, com as ferramentas certas, é possível

transformar desafios em soluções que fortalecem a de

todos os perfis de empresa, principalmente as que querem

comunicar sua cultura, valores e metas a todos os cargos da

empresa da melhor forma para cada um, e criam ambientes

digitais verdadeiramente colaborativos. Afinal, no centro de

toda comunicação está o desejo de conexão – e o digital é a

ponte para alcançar isso.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Por Raquel Sodré

CEO da Noz Comunidades

Foto: divulgação

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A FACA

GIGANTE

DO AGRO

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS

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