You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Entrevista professor Willian Flores da UFAC fala sobre a biomassa florestal na Amazônia
EFICIÊNCIA E
SUSTENTABILIDADE
COM EXPERTISE E
SOLUÇÕES PARA PLANTAS
COMPLETAS, EMPRESA
ATENDE PEQUENAS, MÉDIAS
E GRANDES INDÚSTRIAS DO
SETOR DE BIOMASSA
EFFICIENCY AND
SUSTAINABILITY
A COMPANY SERVES SMALL,
MEDIUM, AND LARGE BIOMASS
COMPANIES WITH EXPERTISE AND
TURN-KEY FACTORY SOLUTIONS
ENERGIA
PESQUISA INDICA PAVIMENTAÇÃO
SUSTENTÁVEL COM RESÍDUO DO
BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR
MERCADO
PARANÁ QUER INCENTIVAR PRODUÇÃO DE
HIDROGÊNIO VERDE A PARTIR DE BIOMASSAS
SUMÁRIO
08 | EDITORIAL
Mercado em crescimento
10 | CARTAS
12 | NOTAS
22 | ENTREVISTA
28 | PRINCIPAL
34 | INOVAÇÃO
Pavimentação sustentável
40 | PLANO
Hidrogênio renovável
44 | ESTUDO
50 | ARTIGO
56 | AGENDA
58 | OPINIÃO
Engajamento e comunicação
no ambiente digital: desafios e
oportunidades
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL
A capa desta edição destaca as
soluções da ANDRITZ para o setor
de biomassa
MERCADO EM
CRESCIMENTO
O
setor de biomassa tem crescido tanto no Brasil como em nível global impulsionado pelo tema descarbonização, uma vez
que é um material para geração de energia mais sustentável. Atenta aos movimentos do mercado a ANDRITZ, empresa com
180 anos de história que surgiu na Áustria e está presente em todo mundo, tem aplicado sua expertise para apresentar
soluções para seus clientes, valorizando as plantas completas para operação. A empresa é o tema da reportagem especial de
capa desta primeira edição de 2025 da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. A biomassa no norte do país, na região do sudoeste da Amazônia, é
abordada na editoria Entrevista, onde conversamos com o professor Willian Flores, autor de artigo publicado em revista internacional que
aborda ferramentas para estimar a biomassa ou o estoque de carbono na região. Os desafios da transição energética no Brasil, e o uso de
cinzas de biomassa para pavimentação asfáltica, entre outros assuntos, são temas tratados em reportagens e notas publicadas na edição.
Aproveite a leitura!
GROWING MARKET
T
he Biomass Sector is growing both in Brazil and worldwide, driven by the issue of decarbonization, as it is a more sustainable material
for energy production. ANDRITZ, a company with a 180-year history that originated in Austria and is present worldwide, has been
attentive to market developments and has used its expertise to present solutions to its customers, valuing complete plants for operation.
The Company is the subject of the special cover story in this first 2025 issue of REFERÊNCIA Biomais. Biomass in the North of the
Country, in the South-western Amazon Region, is the subject of an interview with Professor Willian Flores, author of an article published in an
international journal on tools for estimating biomass or carbon stocks. The challenges of the energy transition in Brazil and the use of biomass
ash in asphalt paving are among the topics covered in the articles and notes published in this issue. Pleasant reading!
EXPEDIENTE
ANO XII - EDIÇÃO 67 - FEVEREIRO 2025
Diretor Comercial/Commercial Director:
Fábio Alexandre Machado
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)
Diretor Executivo/Executive Director:
Pedro Bartoski Jr
(bartoski@revistabiomais.com.br)
Redação/Writing:
Gisele Rossi
(jornalismo@revistabiomais.com.br)
Dep. de Criação/Graphic Design:
Fabiana Tokarski - Supervisão -
Ana Paula Vogler
Maria Soares
(criacao@revistareferencia.com.br)
Dep. Comercial/Sales Departament:
Gerson Penkal, Kauê Angeli
(comercial@revistabiomais.com.br) Fone: +55 (41) 3333-1023
Tradução / Translation: John Wood Moore
Dep. de Assinaturas/Subscription:
José A. Ferreira - (41) 99203-2091
(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038
ASSINATURAS
0800 600 2038
A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora
Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil
Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023
www.jotaeditora.com.br
A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas
e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de
energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,
direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS
não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,
anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são
terminantemente proibídas sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed
at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues
used for energy generation and cogeneration, research institutions, university
students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/
or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself
responsible for concepts contained in materials, articles, ads or columns signed
by others; these are the responsibility of their authors. The use, reproduction,
appropriation, databank storage, in any form or means, of the text, photos
and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden
without written authorization of the holder of the authorial rights, except for
educational purposes.
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Uma obra de arte
Tão afiada
quanto a espada
de um samurai
em corte florestal
sabres
dentes de corte
ponteiras substituíveis
acessórios
disco de feller
coroas de tração
Facas para picadores
rotary-ax.com.br
sabres
dentes de corte
ponteiras substituíveis
acessórios
disco de feller
coroas de tração
Facas para picadores
rotary-ax.com.br
rotaryaxoficial
rotaryax
CARTAS
PRINCIPAL
Gostei da reportagem sobre a Benecke. Uma empresa que está sempre evoluindo,
atendendo o mercado.
Julio Cardoso dos Reis – Rio dos Cedros (SC)
Foto: divulgação
PRÊMIO REFERÊNCIA
Parabéns aos ganhadores do Prêmio REFERÊNCIA, um reconhecimento para todos que atuam no setor.
Miguel dos Santos – Curitiba (PR)
ENTREVISTA
Interessante a entrevista com o professor Ananias, autor do livro sobre o uso da biomassa nas casas. Vemos que o
universo da biomassa é bem amplo.
Domingos Albuquerque – Serra (ES)
BIOMASSA
Fiquei surpresa com o reaproveitamento da casca de banana. Achei muito interessante
a ideia.
Débora Duarte Frias – Ribeirão Preto (SP)
Foto: divulgação
www.revistabiomais.com.br
na
mí
energia
biomassa
dia informação
@revistabiomais
/revistabiomais
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Soluções CPM para
Biomassa
Nossa ampla experiência no processamento de material agrícola nos tornou líderes na
produção de combustíveis renováveis. Ajudamos nossos clientes a criar diesel renovável,
etanol, combustível de aviação sustentável, biogás e tecnologias de armazenamento de
energia. Nossas máquinas produzem pellets e briquetes que fornecem combustíveis sustentáveis,
renováveis e de queima mais limpa.
1. Secagem
A maior parte dos resíduos de madeira é composta por
serragem, maravalha ou cavacos, provenientes das serrarias.
Geralmente, o teor médio de umidade está entre
50-60%. Portanto, a secagem é uma etapa necessária na
preparação dos resíduos para a peletização. Após este
processo, o produto é transportado para o armazém ou
para um silo-pulmão para alimentação do moinho de martelos,
dependendo do layout do processo.
2. Moagem
O produto vindo do secador pode ser alimentado diretamente
no moinho de martelos se o fluxo for constante; caso
contrário, é necessário um silo-pulmão. Para a moagem das
lascas e cavacos de madeira, é necessário um moinho de
martelos robusto. Um tamanho uniforme de partículas é
importante para uma boa qualidade dos pellets e baixo teor
de finos.
3. Peletização
As fábricas de pellets são construídas para operar 24 horas
por dia sob condições severas de funcionamento. Pesquisas
em campo provaram que a caixa de engrenagens
(gearbox) fundida em uma única peça, pode garantir a
produção contínua nas mais adversas condições.
4. Resfriamento
Após a peletização, os pellets devem ser resfriados para
aumentar a dureza e a estabilidade de armazenamento.
Resfriadores de contrafluxo proporcionam um resfriamento
eficiente. Com design simples, sem barreiras mecânicas e
exigindo pouco espaço, o Resfriador de Contrafluxo CPM
oferece precisão no controle de temperatura e umidade,
com baixo impacto.
Prontos para qualquer coisa!
O mercado de Combustíveis de Biomassa Densificada
(DBFs) está crescendo rapidamente. A CPM combinou a
mais recente tecnologia de fabricação para fornecer as
melhores peletizadoras do mundo, com os melhores
níveis de produção já alcançados, juntamente com excelente
qualidade de pellets.
MOAGEM • CONDICIONAMENTO • PELETIZAÇÃO • RESFRIAMENTO • PENEIRAMENTO • ARMAZENAGEM
Entre em contato para maiores informações:
CPM Américas
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1234 – 6º andar
Pinheiros, SP – CEP: 01451-001 – Brasil
Atendimento 24h: 0800 591 5214
E-mail de contato: sales.latam@cpm.net/equipment.latam@cpm.net
NOTAS
PODCAST REFERÊNCIA
Durante os meses de dezembro e janeiro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados importantes
para o desenvolvimento do segmento madeireiro de base florestal. Os entrevistados desses episódios foram Fábio Parisoto (foto de
cima), diretor florestal do grupo Frameport, com formação e pós-graduação na área contábil, mas se enveredou para o setor no polo
madeireiro catarinense da cidade de Caçador (SC); e Romualdo Rymsza Neto (foto de baixo), curitibano formado em engenharia civil
e atua como diretor-geral da Laminorte, empresa do segmento de lâminas, serrados, decks e pisos de madeira nativa. Os episódios
tiveram o apoio da Komatsu Forest, Rotary-Ax, Agroclip, que atuam oferecendo soluções para o segmento de base florestal e na
instalação de decks de madeira.
Parisoto relatou que no início de sua formação não pensava
no segmento florestal, seguiu o rumo contábil para ter certezas
sobre o futuro, seja como empregado ou abrindo seu próprio
escritório. A mudança de carreira foi quando ele estava as portas
do seu casamento e seu sogro o convidou para ingressar na Frameport.
“Foi um convite muito leve. Ele não me forçou a nada.
Mas comecei a gostar mais do segmento, saí do escritório e fui
para a floresta cada vez mais, sempre que podia. Assim, aceitei o
segundo convite dele para agora liderar o campo e assim estou
até hoje, há 15 anos”, relatou Fábio Parisoto.
Sobre a parte prática, Parisoto ressaltou a evolução do
trabalho quando ele iniciou e como está agora. A mecanização
dos processos acelerou a produção, seja para corte ou mesmo
transporte. Tudo foi fazendo com que a operação florestal se
transformasse. “Era tanta novidade quando esses equipamentos
chegaram que nem pensamos muito, comprávamos máquinas e
víamos que tudo era melhor, mais rápido e mais eficiente. Hoje
vivemos com tecnologias ainda mais futurísticas, onde podemos
monitorar máquinas direto do escritório”, destacou Fábio.
Romualdo é a segunda geração de sua família na Laminorte,
empresa fundada por seu pai há 44 anos. Ele relata que nasceu
no meio da madeira, passando parte de sua infância e adolescência
no meio de tábuas, lâminas e produtos madeireiros.
“Cresci naquele meio, no ensino médio fiz meu primeiro estágio
lá, parei apenas as vésperas do vestibular para estudar e logo
voltei. Desde então continuo me dedicando a seguir o trabalho
e legado do meu pai”, apontou Romualdo.
Na segunda parte do programa Romualdo aproveitou para
valorizar o trabalho do manejo florestal sustentável, que é a fonte
da matéria-prima utilizada em sua empresa. “Muitos clientes
nos perguntam até quando teremos certas madeiras e através
do manejo podemos garantir que teremos a madeira para sempre,
pois a prática garante que a floresta fique em pé. Depois de
5 anos é impossível encontrar a área onde foi feita a extração.
A floresta sempre continua crescendo de forma sustentável”,
ressaltou Romualdo.
Os episódios do Podcast
REFERÊNCIA estão disponíveis no
nosso canal do youtube, que o Leitor
pode acessar através do QR Code:
Fotos: REFERÊNCIA
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS
Foto: divulgação
ETANOL ATINGE MAIOR OFERTA EM 2024
O ano de 2024 ficou marcado como o de maior oferta de etanol da história. A afirmação é da UNICA
(União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) que apresentou os destaques do setor no último
ano. O volume gerado atingiu 36,83 bilhões de litros, 4,4% acima do registrado em 2023. Do total fabricado
em 2024, 7,7 bilhões de litros foram produzidos a partir do milho, o que representa um aumento
de 32,8% em relação ao ano anterior. Os indicadores consolidam o Brasil como o segundo maior produtor
do mundo no ranking liderado pelos EUA (Estados Unidos da América). No último ano, o consumo
de combustíveis no Brasil atingiu a marca de 59,3 bilhões de litros pela frota de veículos leves (ciclo
Otto), com destaque para o aumento de 5,4 bilhões de litros no consumo de etanol hidratado no país.
“Diante dos desafios no combate à mudança do clima, o etanol se apresenta como uma das soluções
tecnológicas para uma mobilidade sustentável. Podendo ser usado puro, ou seja, o etanol hidratado,
ou misturado à gasolina – etanol anidro –, o seu uso contribui de forma significativa para a redução das
emissões de gases que agravam o efeito estufa e traz economia aos consumidores no abastecimento”,
comentou Evandro Gussi, presidente da UNICA.
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Distribuidor e representante exclusivo
Kahl Brasil
NOTAS
PROJETO VENCEDOR
A Sanepar, companhia de saneamento do Paraná foi a vencedora do I Prêmio Nacional Universalizar promovido pela
Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento). A empresa conquistou o primeiro lugar nas categorias
Segurança Hídrica e Transação Energética e ficou com o segundo lugar em Meio Ambiente. A premiação no final de
2024, selecionou projetos mais inovadores das companhias de saneamento associadas à entidade. O projeto vencedor da
Sanepar na categoria Transição Energética, foi “Secagem Térmica de Lodo de Esgoto de Grande Porte com Uso Combinado
de Fontes Renováveis: um caminho inovador para a transição energética sustentável”. O sistema foi implantado na
Estação de Tratamento de Esgoto Atuba Sul, localizada em Curitiba (PR) com tecnologia de última geração para a secagem
térmica do lodo de esgoto. A unidade utiliza fontes de energia renovável, como biomassa (cavaco de madeira), lodo seco
gerado no próprio processo e biogás, também produzido no tratamento do esgoto, para secar o lodo. Os resíduos são
transformados em recursos energéticos, utilizando os princípios da economia circular e eficiência energética.
Foto: Sanepar
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Do tronco ao lucro:
acerte com as facas
Suprema!
As Facas Suprema foram
projetadas para oferecer
máxima performance.
Fabricadas com aço de
ligas especiais, garantem
durabilidade, precisão e
alta produtividade para
o trabalho no campo.
NOTAS
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
No último dia 13 de janeiro completou 20 anos do marco legal do biodiesel no Brasil. A Lei 11.097/2005,
introduziu oficialmente o combustível renovável à matriz energética do país, como uma alternativa ao uso do
diesel de origem fóssil - mais poluente e proveniente das reservas limitadas de petróleo. A norma colocou em
prática o PNPB (Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel). A lei foi a primeira a constituir o marco legal
do biodiesel e fixou uma mistura obrigatória de 5% do combustível renovável no óleo diesel comercializado
no país. Houve uma evolução gradual que levou ao biodiesel B14, com acréscimo de 14% de biodiesel no diesel
B, a partir de março de 2024. Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o principal avanço no período
de 20 anos foi a expansão da produção e do uso do biocombustível, com consequente impulsionamento do
desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental, social e econômico. “Nessas duas décadas, produzimos
77 bilhões de litros de biodiesel, economizando US$ 38 bilhões em importação de diesel. Além disso, a trajetória
evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de gás carbônico, gerando empregos e oportunidades aos
agricultores familiares, tornando o biodiesel um grande aliado na transição energética justa e inclusiva do país”,
destacou o ministro.
Foto: divulgação
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
JSIC EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA
jsicomex.com.br
Entre em Contato
(41) 3308-5688
(41) 99283-8871
comercial@jsicomex.com.br
Rua Carlos de Laet 1122
Hauer – Curitiba/PR
NOTAS
MERCADO LIVRE DE ENERGIA CRESCE NO
SUL E SUDESTE
Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que mais de 36 mil consumidores de energia
decidiram migrar ao mercado livre de energia em 2024 e 2025, dos quais 95% são empresas de menor porte, com
demanda menor de 500 kw. A Região Sudeste concentra 46,4% dos consumidores que já informaram às distribuidoras
sua migração para o mercado livre de energia, seguida pelo sul (25,3%) e nordeste (17,8%). A opção de
migrar para o mercado livre de energia está disponível para todos os consumidores de energia do Grupo A desde
janeiro de 2024, de acordo com a Portaria 50/2022. Esse grupo é composto por consumidores de energia em média
e alta tensão. Os consumidores de menor porte, com demanda menor que 500 kw, devem ser apoiados por um
comercializador varejista. Antes da Portaria 50/2022, apenas consumidores com demanda maior do que 500 kw, o
equivalente a uma conta de luz média de R$ 140 mil, estavam autorizados a migrar ao mercado livre de energia.
Foto: divulgação
20 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Sistemas de processamento
completos para secagem de
biomassa destinado para
produção de pellets
(49) 9 8806-7493 | 9 8817-2113
(49) 3353-6101
Rua 05, Distrito Industrial Sérgio, Anestor Davi
nº 26 - Bairro Industrial - Xaxim - SC
ENTREVISTA
Foto: divulgação
ENTREVISTA
WILLIAN
FLORES
Formação: Engenheiro agrônomo – UFAC (Universidade Federal do Acre);
mestre em Ecologia e Agrosistemas – USP (Universidade de São Paulo);
doutor em Ciência da Floresta Tropical – INPA (Instituto Nacional de
Pesquisa da Amazônia)
Education: Engineer Agronomist - Federal University of Acre (Ufac); Master’s
in Ecology and Agrosystems - University of São Paulo (USP); Ph.D. in Tropical
Forest Science - National Institute of Amazonian Research (Inpa)
Cargo: Professor adjunto da UFAC (Universidade Federal do Acre)
Function: Associate Professor at the Federal University of Acre (Ufac)
BIOMASSA NA FLORESTA
AMAZÔNICA
BIOMASS IN THE AMAZON RAINFOREST
E
ngenheiro agrônomo e professor na UFAC (Universidade
Federal do Acre), Antônio Willian Flores de Melo, é
o primeiro autor de artigo publicado na revista científica
Forest Ecology and Management sobre estimativa
de biomassa florestal nas regiões Neotropicais, com foco nas
florestas abertas do sudoeste da Amazônia. Além de professor,
Willian já atuou como pesquisador junto a Embrapa, como
assessor técnico na Secretaria de Estado do Meio Ambiente
do Acre e diretor no Instituto de Mudanças Climáticas do Acre.
Em entrevista para a Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, ele fala sobre
o processo de pesquisa que resultou no artigo publicado
na revista internacional ano passado e da necessidade de mais
estudos na região amazônica.
E
ngineer Agronomist and Professor at the Federal
University of Acre (Ufac), Antônio Willian Flores de
Melo is the first author of an article published in the
journal Forest Ecology and Management on the
estimation of forest biomass in the Neotropics, with a focus
on the open forests of the Southwestern Amazon. In addition
to being a professor, Flores has worked as a scientist at Embrapa,
as a technical advisor for the Acre State Secretariat for
the Environment, and as Director of the Acre Climate Change
Institute. In an interview with REFERÊNCIA Biomais, he talks
about the research process that led to the article published in
the international magazine last year and the need for more
studies in the Amazon Region.
22 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Sua trajetória profissional é focada no Acre?
Atualmente sou professor associado da UFAC (Universidade
Federal do Acre), Campus Floresta, Centro
Multidisciplinar, onde sou funcionário há 15 anos. No
entanto, como aluno e pesquisador venho atuando na
UFAC desde 1993. Como professor ministro disciplinas
de ciência do solo e outras voltadas a iniciação científica
e a aplicação de métodos científicos. Minha atuação
na área científica, desde o início dos anos 2000,
tem se concentrado na ecologia de paisagem, mais
especificamente nas relações humanas que envolve
a mudança no uso e cobertura da terra, bem como,
suas implicações para as populações da região e seu
entorno. Neste contexto, o grupo que integro tem se
concentrado não só na quantificação de fatores como
desmatamento e queimadas, por exemplo, como
também analisar as implicações desses fatores no dia
a dia das pessoas. Além disso, procuramos apontar
alternativas e soluções aos problemas encontrados,
sempre tentando mesclar a pesquisa científica com a
extensão e ensino.
Qual o nome do artigo publicado na revista Forest
Ecology and Management e sua repercussão?
A história por traz da publicação do artigo científico:
To improve estimates of neotropical forest carbon
stocks more direct measurements are needed - An
example from the Southwestern Amazon; foi bem
interessante. Na primeira submissão que fizemos, a
revista científica Forest Ecologoy and Management –
uma das mais importantes mundialmente na área de
ecologia florestal – o artigo tinha o título: Allometric
equations for estimating above-and below-ground
biomass and carbon of tropical forests in the Southwestern
Amazon; e foi rejeitado pelo editor pouco
mais de 6h (horas) após nossa submissão. Acontece
que na primeira versão o artigo era bom, mas
tinha questões menores, que embora importantes,
estavam fora do escopo atual da revista e se tivéssemos
publicado dessa forma, teríamos perdido uma
oportunidade de explorar melhor o poder dos dados
que tínhamos em mão. Então seguindo as sugestões
do doutor Foster Brown, um dos autores do estudo,
reescrevemos o artigo inicial, dando uma nova
abordagem, com foco na incerteza das estimativas de
estoque de carbono nas florestas neotropicais dada a
baixa densidade de inventários florestais. Escrevemos
uma nova carta e submetemos novamente à revista.
Is your professional career focused on Acre?
I am a Professor at the Federal University of
Acre (Ufac), Floresta Campus, Multidisciplinary
Center, where I have worked for 15 years. However,
I have been a student and scientist at Ufac since
1993. As a professor, I teach soil science and other
subjects related to scientific initiation and applying
scientific methods. Since the early 2000s, my
scientific work has focused on landscape ecology,
specifically the human relationships involved in
land use and land cover changes and their impacts
on local and regional populations. In this context,
my group has focused on quantifying factors such
as deforestation and fires and analyzing the effects
of these factors on people’s daily lives. We also try
to show alternatives and solutions to the problems
we encounter, always trying to combine scientific
research with extension and teaching.
What was the article’s name published in
Forest Ecology and Management, and what
were its implications?
The story behind the publication of the scientific
article: To improve estimates of neotropical
forest carbon stocks more direct measurements are
needed - An example from the Southwestern Amazon
was quite interesting. Our first submission to
the scientific journal Forest Ecology and Management
- one of the world’s most important journals
in forest ecology - was titled: Allometric equations
for estimating above- and below-ground biomass
and carbon of tropical forests in the Southwestern
Amazon. It was rejected by the editor just over 6
hours after we submitted it. It turned out that the
first version of the article was good, but it had
minor problems that, while important, were outside
the current scope of the journal. If we had published
it that way, we would have missed an opportunity
to exploit better the power of the data we had
collected. So, at the suggestion of Dr. Foster Brown,
one of the study’s authors, we rewrote the original
paper and gave it a new approach, focusing on the
uncertainty of carbon stock estimates in Neotropical
forests given the low density of forest inventories.
We wrote a new version and submitted it to the
Journal. The next day, we heard that the editor had
accepted the article and sent it for review.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
23
ENTREVISTA
No dia seguinte recebemos o informe que o editor
havia aceitado o artigo e enviado para revisão.
Qual foi a motivação para realizar a pesquisa?
Quando ingressei no curso de doutorado em Ciências
de Florestas Tropicais do INPA (Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia), surgiu uma oportunidade
de realizar esse estudo em parceria com o Governo
do Estado do Acre, financiador do trabalho, através
do IMC (Instituto de Mudanças Climáticas). Já havia
trabalhado com o tema de estoque de carbono do
solo. Então foi natural aceitar o desafio de trabalhar
com estimativa de estoque de carbono florestal. Entretanto,
foi um desafio muito grande, dado que não
tinha base anterior, e também devido ser de uma área
específica da Engenharia Florestal, e minha formação
ser em Engenharia Agronômica.
Como foi o processo de pesquisa que chegou
na equação da biomassa de florestas no Acre?
Como já mencionei, o trabalho foi financiado pelo
Governo do Estado do Acre, no âmbito da sua política
de incentivos aos serviços ambientais. A coleta dos
dados foi feita durante duas estações secas e envolveu
o trabalho de cerca de 15 profissionais, onde foram
amostradas 190 árvores com diâmetro variando de
5 cm a 90 cm (centímetros). Dessas árvores foram
amostradas a parte aérea e inclusive as raízes. Processamento
e a análise das amostras demorou mais 2
anos, dando um total de 4 anos o desenvolvimento do
trabalho.
Qual a importância de se chegar nessa equação?
A maior parte dos estudos dessa natureza estão
concentrados na Amazônia Central, entorno de
Manaus. Esse é o primeiro estudo dessa natureza no
What motivated you to do this research?
When I started my Ph.D. in Tropical Forest
Sciences at the National Institute for Amazonian
Research (Inpa), the opportunity arose to do this
study in partnership with the State Government of
Acre, which funded the work through the Institute
for Climate Change (IMC). I had already worked on
soil carbon stocks. So, it was natural to accept the
challenge of working on estimating forest carbon
stocks. However, it was a huge challenge because I
had no previous background, and it was in a specific
area of Forest Engineering, and my background
was in Agronomic Engineering.
What was the research process to arrive at
the forest biomass equation in Acre?
As I have mentioned, the State Government
of Acre funded the work as part of its policy of
incentivizing environmental services. The data
was collected during two dry seasons and involved
the work of about 15 professionals who sampled
190 trees with diameters ranging from 5 cm to
90 cm. The area and even the roots of these trees
were sampled. The processing and analysis of the
samples took another 2 years, for a total of 4 years
of work.
How important is it to arrive at this equation?
Most studies of this kind are concentrated in
Central Amazon, around Manaus. This is the first
study of its kind in the Southwest Amazon. This
Region concentrates very different types of forests
from the rest of the Amazon, open forests with
bamboo or palm trees in the underbrush. In this
sense, this study helps significantly improve forest
carbon stock estimates in this Region.
Esse é o primeiro estudo dessa natureza no sudoeste da
Amazônia, região que concentra tipos de florestas bem distintos
do restante da Amazônia
24 www.REVISTABIOMAIS.com.br
sudoeste da Amazônia, região que concentra tipos
de florestas bem distintos do restante da Amazônia,
que são as flores abertas com bambu ou palmeiras no
sub-bosque. Neste sentido esse estudo contribui para
melhorar significativamente as estimativas de estoque
de carbono florestal nessa região.
Existe diferenças sobre a estimativa de biomassa
das florestas conforme a região?
Sim. Existem várias Amazônias dentro da Amazônia,
no geral o estoque de biomassa e carbono florestal
aumenta em um gradiente que vai do sudoeste
para nordeste.
O artigo fala em equação alométrica para
estimativa de biomassa. Poderia explicar de forma
resumida esta operação?
Uma equação alométrica é uma ferramenta para
estimar a biomassa ou o estoque de carbono contido
em árvores individuais usando para isso características
de fácil medida no campo, como diâmetro, altura, etc.
Como a estimativa de biomassa de uma floresta
pode ajudar nas estimativas de estoque de carbono?
No trabalho que publicamos têm equações tanto
para estimar biomassa seca, como para estimar estoque
de carbono florestal. No geral, metade do peso
de uma árvore é água e 50% da massa seca restante é
carbono. Em resumo, em torno de 25% do peso fresco
de uma árvore é carbono.
Em média, qual a capacidade de biomassa das
florestas do Acre?
Nosso trabalho não teve o objetivo de estimar, de
forma geral, a biomassa das florestas do Acre, e sim
desenvolver uma ferramenta para esse fim. Outros
estudos têm estimado o estoque de biomassa seca
entre 50 e 250 toneladas por ha (hectare).
Como o resultado da pesquisa pode contribuir
para políticas públicas?
A melhoria da precisão das estimativas de biomassa
e estoque de carbono florestal contribui para o
melhor desenvolvimento de políticas de pagamento
por serviços ambientais de carbono, sobretudo projetos
REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento
e Degradação Florestal).
Are there differences in forest biomass estimates
between regions?
Yes, there are several Amazons within the Amazon
Rain Forest. Forest biomass and carbon stocks
generally increase in a gradient from the southwest
to the northeast.
The article talks about an allometric equation
to estimate biomass. Could you briefly
explain this operation?
An allometric equation is a tool to estimate the
biomass or carbon stock contained in individual
trees using characteristics that are easy to measure
in the field, such as diameter, height, etc.
How can estimating the biomass of a forest
help to estimate carbon stocks?
Our published work provides equations for
estimating dry biomass and forest carbon stock. In
general, half the weight of a tree is water, and 50%
of the remaining dry mass is carbon. In short, about
25% of the fresh weight of a tree is carbon.
What is the average biomass capacity of
Acre’s forests?
Our work aimed not to estimate the biomass
of Acre’s forests in general but to develop a tool to
do so. Other studies have assessed the dry biomass
stock to be between 50 and 250 tons per hectare.
How can the results of this research contribute
to public policy?
Improving the accuracy of forest biomass and
carbon stock estimates contributes to better-developing
payment policies for environmental carbon
services, significantly Reducing Emissions from
Deforestation and Forest Degradation (Redd+)
projects.
Is there a market for the consumption of
forest biomass in Acre?
One of the markets would be the development
of Redd+ projects, both in the voluntary and legal
markets. In the latter case, the State Government of
Acre has raised funds through a partnership with
the German and British governments under the
Redd Early Movers Project (REM).
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
25
ENTREVISTA
Existe um mercado para consumo de biomassa
florestal no Acre?
Um dos mercados seria o desenvolvimento de
projeto de REDD+, tanto no mercado voluntário, como
no âmbito jurisdicional. Nesse último caso, o Governo
do Estado do Acre tem captado recursos financeiros
provenientes de parceria com o Governo Alemão e
Inglês, no âmbito do REM (REDD Early Movers Project).
A pesquisa que resultou nessa equação teve
continuidade?
Infelizmente não tenho conhecimento de nenhum
estudo que tenha o objetivo de dar continuidade aos
avanços proporcionados pela pesquisa que originou o
artigo em questão, mesmo sendo de vital importância
que pudéssemos avançar no conhecimento das variabilidades
do estoque de carbono florestal no sudoeste
da Amazônia.
O que representa ter o artigo publicado na
revista internacional?
Muitos pesquisadores, sobretudo originários da
Amazônia, podem passar toda a carreira e não conseguir
publicar como primeiro autor em uma revista de
renome internacional de sua área de atuação. No meu
caso, essa publicação representa muito mais, já que
sou filho de seringueiros, meu pai não foi alfabetizado
e minha mãe estudou até o segundo grau. Fui alfabetizado
em escola rural, morei na zona rural até os 10
anos de idade, quando minha família migrou para a cidade
para que eu e meus irmãos pudéssemos estudar.
Sou o único de toda a minha família a lograr o título
de doutor. Por tudo isso essa publicação tem grande
importância para minha vida profissional e pessoal.
Has the research that led to this equation
been continued?
Unfortunately, I do not know of any study that
aims to continue the progress made in the research
that led to the article in question. However, we must
improve our knowledge of the variability of forest
carbon stocks in the southwest Amazon.
What does it mean to have your article
published in an international journal?
Many researchers, especially those from the
Amazon, can spend their entire careers without
being able to publish as the first author in an
internationally renowned journal in their field. This
publication means much more because I am the
son of a rubber tapper, my father was illiterate, and
I studied until high school. I was educated in a rural
school and lived in the countryside until I was 10
when my family moved to the city so my siblings
and I could study. I am the only one in my family
to have earned a doctorate. This publication is
significant to my professional and personal life for
all these reasons.
CONFIRA O ARTIGO NA ÍNTEGRA
“To improve estimates of
neotropical forest carbon stocks
more direct measurements are
needed: An example from the
Southwestern Amazon”
A melhoria da precisão das estimativas de biomassa e estoque
de carbono florestal contribui para o melhor desenvolvimento de
políticas de pagamento por serviços ambientais de carbono
26 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PRINCIPAL
SOLUÇÃO
COMPLETA
EMPRESA APOSTA
NAS PLANTAS
COMPLETAS
PARA GARANTIR
EFICIÊNCIA E
SUSTENTABILIDADE
NAS OPERAÇÕES
DE SEUS CLIENTES
FOTOS DIVULGAÇÃO
COMPLETE
SOLUTION
A COMPANY RELIES ON
COMPLETE SYSTEMS TO
ENSURE EFFICIENCY AND
SUSTAINABILITY IN ITS
CUSTOMERS’ OPERATIONS
28 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
29
PRINCIPAL
A
procura por fontes de energia sustentáveis
vem crescendo a cada ano, o que tem elevado
o consumo de pellets. As mudanças
climáticas têm exigido novas propostas
para garantir a operação das indústrias com redução
de danos ao ambiente. Conforme publicado pela Bioenergy
Magazine, o mercado projeta um crescimento
do CAGR (Compound Annual Growth Rate) de 6,6% de
2022 a 2032 no mercado de pellets biodegradáveis, o
que representa um indicativo da busca por novas soluções
para geração de energia.
O diretor regional de Negócios da ANDRITZ FEED &
BIOFUEL - América Latina, Marinaldo Campos, traz novos
números. “Uma pesquisa recente sobre o mercado
de biomassa na América Latina indicou que a expectativa
é crescer 25% até 2030. Há um grande crescimento
no mercado interno do Brasil e América Latina. Estamos
neste mercado e queremos crescer junto oferecendo
soluções para plantas completas”, projeta o diretor.
T
he demand for sustainable energy sources is
growing every year, which has increased the consumption
of pellets. Climate change has demanded
new proposals to guarantee the operation of
industries while reducing environmental damage. As published
by Bioenergy Magazine, the biodegradable pellets
market is predicted to have a Compound Annual Growth
Rate (Cagr) of 6.6% from 2022 to 2032, indicative of the
search for new solutions for energy generation.
Marinaldo Campos, Regional Business Director for
ANDRITZ FEED & BIOFUEL - Latin America, has new figures.
“A recent study on the biomass market in Latin America
showed that it expects to grow by 25% by 2030. There is
a lot of growth in the domestic markets in Brazil and Latin
America. We are in this market and want to grow with it
by offering complete factory solutions,” he said.
According to Nicolas Bouziot, Technology Manager at
ANDRITZ, the decarbonization policy to combat climate
change is an incentive for the Sector. “The issue of decar-
30 www.REVISTABIOMAIS.com.br
A política de descarbonização para enfrentar as
mudanças climáticas é um incentivo para o setor, conforme
afirma Nicolas Bouziot, gerente de Tecnologia
da ANDRITZ. “O tema descarbonização dá uma força
para o mercado de biomassas em geral. Trabalhamos
hoje com a biomassa de madeira branca, limpa, mas
no futuro terá uma competição para outras biomassas
disponíveis, que tenham alguma base lignocelulósica
para atender o mercado de energia”, prevê.
FOCO NO CLIENTE
Com mais de 180 anos de história, a ANDRITZ tem
forte presença no Brasil e na América Latina, apresentando
todas as soluções, independente do tamanho
do projeto. “O desafio para a ANDRITZ é atender os
diferentes tipos de clientes, com projetos para plantas
pequenas, médias ou grandes. Temos a possibilidade
de atender quem produz 2ton/h ou 30 ton/h. Temos
soluções digitais e de automação que podem atender
a melhorar a eficiência do cliente”, destaca Marinaldo.
“Atendemos cada projeto com uma personalização
adequada à tecnologia a ser aplicada no projeto, ao tamanho
do projeto, às necessidades dos clientes. A AN-
DRITZ é conhecida pelos grandes projetos, mas também
está preparada para oferecer os mesmos serviços
para plantas pequenas e/ou médias, com o orçamento
de acordo com o projeto do cliente”, ressalta Eduardo
Soffioni, gerente de vendas na ANDRITZ.
"Quando o cliente faz projeto
por conta própria, ele planeja
um tempo que extrapola o
que tinha previsto. A planta
completa pode parecer
um investimento maior no
início, mas no final traz uma
economia muito maior, pois
temos uma base tecnológica
e de automação para a planta
inteira, , de todos os portes,
para entregar no prazo e com a
eficiência esperada"
Marinaldo Campos, diretor regional de
Negócios da ANDRITZ FEED & BIOFUEL -
América Latina
bonization is boosting the biomass market in general.
Today, we work with clean, white wood biomass. Still, in
the future, there will be competition for other available
biomasses that have some lignocellulosic base to serve
the energy market,” he predicts.
CUSTOMER FOCUS
With over 180 years of history, ANDRITZ has a strong
presence in Brazil and Latin America, offering a full range
of solutions regardless of project size. “The challenge for
ANDRITZ is to serve different types of customers with projects
for small, medium, or large factories. We can serve
those who produce 2 t/h or 30 t/h. We have digital and automation
solutions that can help customers improve their
efficiency,” says Campos.
“We tailor each project to the technology to be used
in the project, the size of the project, and the customer’s
needs. ANDRITZ is known for its large projects, but it is
also ready to offer the same services for small and/or medium-sized
factories, with the budget according to the
customer’s project,” says Eduardo Soffioni, Sales Manager
at ANDRITZ.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
31
PRINCIPAL
TECNOLOGIA E AUTOMAÇÃO
Com soluções integradas que abrangem todas as
fases do processo, a ANDRITZ garante uma operação
coesa para a planta de pellets. O compromisso vai além
do equipamento, é um modelo de serviço e responsabilidade
centralizado, com suporte contínuo.
“Com o Turn Key, a solução completa, o cliente
economiza mais do que ele investe. Isso no sentido da
entrega no prazo especificado. Geralmente, quando o
cliente vai fazer projeto por conta própria, ele planeja
um tempo que extrapola o que tinha previsto. Fazer a
planta através da ANDRITZ, com toda expertise de gerenciar
projetos de todos os tamanhos, essa expertise
traz benefícios ao cliente”, garante o diretor. “A planta
completa pode parecer um investimento maior no início,
mas no final traz uma economia muito maior, pois
temos uma base tecnológica e de automação para
a planta inteira, de todos os portes, para entregar no
prazo e com a eficiência esperada”, destaca Marinaldo
Campos.
“São soluções digitais e de automação que podem
atender, e melhorar a eficiência do cliente, com todos
os benefícios que a inteligência artificial pode oferecer,
além da nossa expertise. E temos como desafio no futuro,
assegurar a competência e eficiência das plantas
completas”, reforça Nicolas.
MERCADO EM CRESCIMENTO
Com o mercado de pellets em ascensão na América
Latina, Marinaldo destaca Brasil, Chile e Argentina
como os principais mercados de biomassa no continente.
“Outros países começam a se interessar também
pela biomassa como por exemplo a Colômbia e o México.
É um mercado ainda crescente”, completa. “O sul do
Brasil é onde têm mais projetos, onde está a maior parte
das indústrias de portas, móveis, janelas que geram
resíduos de madeira. Mas outros Estados têm potencial
enorme como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, por
TECHNOLOGY AND AUTOMATION
ANDRITZ provides integrated solutions for all process
phases to ensure a cohesive pellet plant operation. The
commitment goes beyond the equipment; it is a centralized
service and responsibility model with continuous
support.
“With Turn Key, the complete solution, the customer
saves more than he invests. This is in terms of delivery within
the specified timeframe. Usually, when a customer
completes a project independently, he schedules more
time than planned. Completing the project using AN-
DRITZ, which has the expertise to manage projects of all
sizes, leads to benefits for the customer,” Regional Business
Director Campos assures. “The complete plant may
seem like a bigger investment at first, but in the end, it
leads to much greater savings because we have a technological
and automation base for the entire plant, of any
size, to deliver on time and with the expected efficiency,”
says the Director.
“These are digital and automation solutions that can
serve the customer and improve efficiency, with all the
benefits that artificial intelligence can offer, in addition to
our expertise. And our challenge for the future is to ensure
the competence and efficiency of complete plants,” says
Technology Manager Bouziot.
GROWING MARKET
With the pellet market on the rise in Latin America,
Campos points to Brazil, Chile, and Argentina as the primary
biomass markets on the continent. “Other countries
are also starting to get interested in biomass, such as
"Temos soluções digitais e
de automação que podem
atender, e melhorar a
eficiência do cliente, com
todos os benefícios que a
inteligência artificial pode
oferecer, além da nossa
expertise"
Nicolas Bouziot, gerente de Tecnologia
da ANDRITZ
32 www.REVISTABIOMAIS.com.br
"A ANDRITZ é conhecida
pelos grandes projetos, mas
também está preparada
para oferecer os mesmos
serviços para plantas
pequenas e/ou médias, com
o orçamento de acordo com
o projeto do cliente "
Eduardo Soffioni, gerente de vendas
na ANDRITZ
exemplo. Já tem uma influência da indústria de celulose
na região, e a tendência é explorar outras biomassas,
que hoje ainda não estão no mercado”, compara Marinaldo
Campos.
Nicolas Bouziot ressalta o crescimento da demanda
por pellets no mercado interno, que hoje consome
praticamente 50% do que é produzido, além da procura
crescente pelo produto para exportação. “Isso é um
dado interessante. O mercado local de pellet de madeira
hoje tem crescido e isso é um fator para oferta de
outras biomassas”, avalia o gerente de Tecnologia.
Com toda sua experiência, a ANDRITZ está preparada
para atuar com diferentes tipos de biomassas. “Já
estão ajustando tecnologia de caldeiras, para queimar
outras coisas, outros tipos de biomassa para conseguir
energia. Que esteja disponível e mais barata. E a AN-
DRITZ está preparada para atender seus clientes”, orgulha-se
Nicolas Bouziot.
Na medida que se discute o que está por vir, a
ANDRITZ não está apenas vislumbrando um futuro
de inovação, mas também um futuro em que a sustentabilidade
e a eficiência sejam fundamentais. Esta
jornada é sustentada por investimentos contínuos em
automação e digitalização, que estão revolucionando
as plantas em termos de eficiência operacional e sustentabilidade.
Colombia and Mexico. It is still a growing market,” adds
Campos. “Most of the projects are in the South of Brazil,
where most of the door, furniture, and window companies
that generate wood waste are located. However,
other states like Mato Grosso and Mato Grosso do Sul
have huge potential. There is already an influence from
the pulp industry in the region, and the trend is to explore
other biomasses that are not yet on the market,” he says.
Technology Manager Bouziot highlights the growing
demand for pellets in the domestic market, which today
consumes almost 50% of what is produced, as well as the
ever-increasing demand for the product for export. “This
is an interesting fact. The local market for wood pellets
has grown, which is a factor in the supply of other biomasses,”
says the Manager.
With all its experience, ANDRITZ is ready to work with
different types of biomass. “They are already adapting
boiler technology to burn other things, other types of
biomass, to get energy. It is available and cheaper. And
ANDRITZ is ready to serve its customers,” says Manager
Bouziot.
Looking ahead, ANDRITZ sees a future not only of
innovation but also of sustainability and efficiency. This
journey is supported by ongoing investments in automation
and digitalization, which are revolutionizing plants
regarding operational efficiency and sustainability.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
33
INOVAÇÃO
PAVIMENTAÇÃO
SUSTENTÁVEL
PESQUISADORES DA UEM
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
MARINGÁ) MOSTRAM O USO
DE RESÍDUO DO BAGAÇO
DE CANA-DE-AÇÚCAR EM
MISTURAS PARA ASFALTO
FOTOS DIVULGAÇÃO
34 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
35
INOVAÇÃO
P
esquisadores da UEM (Universidade Estadual
de Maringá) publicaram um estudo na Scientific
Reports onde apresentaram o resultado
de uma pesquisa inovadora: o uso de cinza
de bagaço de cana-de-açúcar (SCBA), um subproduto
da queima do bagaço para geração de energia, como
componente em misturas asfálticas. Essa solução pode
representar uma oportunidade para unir o desafio da
melhoria das estradas com a reutilização de resíduos
agrícolas.
Conforme o estudo assinado por Vinícius Milham
Hipólito e Jesner Serene Ildefonso, 55% das rodovias
brasileiras apresentam algum tipo de defeito, como
buracos e trincas. Esses problemas são agravados pelo
aumento da carga dos veículos e pela falta de manutenção.
Paralelamente, a produção de cana-de-açúcar
no Brasil gera uma grande quantidade de bagaço, que
ao ser queimado nas usinas, produz toneladas de cinza,
que em sua maior parte é descartada sem aproveita-
mento adequado. Estima-se que na safra de 2022/2023,
o Brasil tenha gerado mais de 3 milhões de toneladas
de cinza de bagaço.
INOVAÇÃO EM PAVIMENTAÇÃO
Com base nesse cenário, os pesquisadores avaliaram
a substituição de 5% dos agregados minerais tradicionais
da mistura asfáltica por SCBA, visando melhorar
o desempenho mecânico e, ao mesmo tempo, oferecer
uma solução ambientalmente correta para o descarte
do resíduo. As cinzas do bagaço de cana possuem
propriedades que podem aumentar a resistência e a
durabilidade da pavimentação.
Os resultados do estudo foram promissores em
Os pesquisadores avaliaram
a substituição de 5%
dos agregados minerais
tradicionais da mistura
asfáltica por SCBA, visando
melhorar o desempenho
mecânico e oferecer uma
solução ambientalmente
correta para o descarte do
resíduo
36 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Fone: +55 47 3520-2500 +55 47 9 8897-4713
Rua dos Vereadores, 410 - Itoupava - Rio do Sul - SC - Brasil
www.engecasscaldeiras.com.br
@engecassvapor
INOVAÇÃO
laboratório e no campo. Os testes de laboratório
demonstraram que a mistura modificada apresentou
um aumento de 40% na Estabilidade Marshall, o que
indica uma maior resistência da estrutura. Além disso,
houve um incremento de 22% na resistência à tração,
fator que contribui para a durabilidade do asfalto sob
tráfego intenso.
Quando aplicado em um trecho de rodovia com
alto fluxo de veículos pesados (BR-158), os resultados
de campo foram igualmente impressionantes. O Módulo
de Resiliência, que mede a capacidade do material
de retornar à sua forma original após a passagem de
veículos, aumentou em 18%. A resistência à deformação
permanente também melhorou em 73%, indicando
que a mistura com SCBA é menos suscetível à
formação de trilhas de rodas e outros defeitos comuns.
VANTAGENS PARA O AMBIENTE
O estudo demonstrou que a cinza de bagaço de cana-de-açúcar
pode ser uma alternativa viável e eficien-
te para melhorar a qualidade das rodovias brasileiras.
Ao substituir parcialmente os agregados minerais em
misturas asfálticas, a SCBA aumenta a resistência do
pavimento e oferece uma solução sustentável para o
descarte de resíduos. Este avanço representa um passo
importante em direção a uma infraestrutura rodoviária
mais resistente e ambientalmente responsável, pois ao
reutilizar um subproduto agrícola que normalmente
seria descartado, reduz-se a extração de materiais virgens,
como pedras e minerais, o que diminui a emissão
de carbono e o impacto ambiental da construção de
estradas.
Confira a íntegra do artigo:
“Functional and structural
assessment of an experimental
section gap graded modified
with sugarcane bagasse ash”
38 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PLANO
HIDROGÊNIO
RENOVÁVEL
40 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PROJETO DO GOVERNO
DO PARANÁ FOCA NO
USO DE BIOGÁS DERIVADO
DA BIOMASSA DE
PRODUÇÕES AGRÍCOLAS
PARA GERAÇÃO DE
ENERGIA LIMPA
FOTOS DIVULGAÇÃO E GERALDO BUBNIAK/AEN
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
41
PLANO
P
lano do Hidrogênio Renovável no Paraná está
pronto e foi apresentado, no final do mês de
janeiro, ao governador Carlos Massa Ratinho
Junior. O plano está materializado em um livro
composto de três capítulos: mercado, potencial e rumos
para a descarbonização, onde apresenta as potencialidades
e demandas necessárias para o desenvolvimento
dessa nova matriz energética no Estado.
O hidrogênio renovável, considerada a mais promissora
matriz energética limpa, tem recebido atenção
especial no Paraná com foco principal no uso do biogás
derivado da biomassa que sobra das produções agropecuárias.
“O Paraná é a região do Brasil que mais produz
energia no país. Além disso, somos o que mais produz
energia limpa: 98% de toda energia limpa que o Paraná
produz provêm de fontes de energias renováveis. Por
isso estamos pensando no futuro, no arcabouço legal da
exploração do hidrogênio verde”, alegou o governador.
O livro, com 174 páginas, contou com a colaboração
do secretário de Planejamento do Paraná, Guto Silva,
do superintendente-Geral de Gestão Energética, Cassio
Santana, e mais 22 autoridades da área energética, entre
doutores, professores, especialistas da iniciativa privada
e da área pública tratando sobre energia renovável, em
especial o hidrogênio. Esta iniciativa documentada, realizada
a partir de estudos da Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas), orienta o objetivo de concretizar
projetos grandes nessa área.
CADEIA PRODUTIVA
De acordo com o plano, o Paraná apresenta um cenário
propício para a produção de hidrogênio renovável,
O plano tem como foco
principal no uso do biogás
derivado da biomassa
que sobra das produções
agropecuárias
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
com abundância de insumos e recursos naturais essenciais
à cadeia produtiva do H₂R, capital humano qualificado,
incentivos legais e tributários e o apoio de empresas
públicas. Esse conjunto de fatores, aliado ao expressivo
potencial solar, hidráulico e de biomassa, configura um
ambiente favorável para o desenvolvimento de uma
matriz energética diversificada e sustentável.
O documento indica que o Estado tem condições favoráveis
para a produção de hidrogênio renovável tanto
pela rota da eletrólise quanto pela reforma do biogás,
o que confere vantagens competitivas, permitindo a
produção de hidrogênio renovável por diversas rotas e
explorando seu vasto potencial de geração de energia
renovável a partir de diferentes fontes.
A visão do projeto para o hidrogênio é a de utilização
das competências do Estado para aproveitar as demandas
do mercado interno. Ao contrário de outras regiões
do Brasil que buscam o hidrogênio com vistas à exportação,
o plano orienta que o Paraná é autossuficiente
em fertilizantes e o hidrogênio é um insumo importante
nessa cadeia. Assim, existe um grande mercado interno
para o consumo dessa energia.
LEGISLAÇÃO ADEQUADA
O plano também destaca que o Paraná conta com
uma lei estadual sobre o tema e um Comitê de Governança
com foco em incentivar as cadeias de biogás e
hidrogênio renovável do Paraná. São ações que embasam
as políticas públicas e ajudam a integrar a atuação
das secretarias do Estado na matriz energética.
Entre os desafios do futuro, segundo o documento,
estão os custos dos investidores e operadores frente às
alternativas fósseis. Para isso as diretrizes passam pela
continuidade dos investimentos em P&D, integração com
academia, estímulo da demanda, políticas para mitigar
os riscos dos investimentos, expansão dos gasodutos conectando
os principais centros de produção e consumo
do hidrogênio renovável e apoio fiscal como uma forma
de promover o aumento da viabilidade econômica e
financeira da implementação de tecnologias renováveis.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
43
ESTUDO
TRANSIÇÃO
ENERGÉTICA
ESTUDO SUGERE AÇÕES
PARA REDUZIR EMISSÃO DE
GEE E ADOÇÃO DE OUTRAS
FONTES DE ENERGIA
FOTOS DIVULGAÇÃO
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ENERGY TRANSITION
STUDY SUGGESTS ACTIONS TO
REDUCE GREENHOUSE GAS
EMISSIONS AND ADOPT OTHER
ENERGY SOURCES
U
m estudo divulgado pela rede OC (Observatório
do Clima) apontou um possível caminho para
o setor energético brasileiro reduzir em 80% as
atuais emissões anuais de GEE (gases de efeito
estufa) até 2050.
A iniciativa propõe uma série de medidas, que tornaria
possível, em 26 anos, atender à demanda de energia no país
com um crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto)
de 2,1% ao ano e ainda garantir a transição para um cenário
de baixo carbono.
A
study published by the Observatório do Clima network
(OC) has pointed out a possible way for the
Brazilian Energy Sector to reduce its current annual
greenhouse gas (GHG) emissions by 80% by 2050.
The initiative proposes a series of measures that would make
it possible, in 26 years, to meet the Country’s energy demand
with an average GDP growth of 2.1% per year and still guarantee
the transition to a low-carbon scenario.
The measures include the elimination of government
subsidies for fossil fuels (oil, natural gas, and coal), changes at
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
45
ESTUDO
As medidas incluem a eliminação de subsídios do
governo aos combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e
carvão mineral), mudanças na Petrobras e no modelo de
desenvolvimento energético do país que, se implementadas,
levariam o Brasil à emissão de 102 milhões de toneladas de
CO₂e (dióxido de carbono equivalente) no setor de energia,
em 2050.
Sem essas ações, a projeção para o setor é de 558
milhões de toneladas de CO₂e, ainda que considerando os
compromissos assumidos pelo poder público e os planos
estratégicos de empresas do setor.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES
Segundo a coordenadora de políticas públicas do Observatório
do Clima, Suely Araújo, as iniciativas também dariam
condições de o Brasil se tornar a primeira grande economia
do mundo a sequestrar mais gases de efeito estufa do que
emite.
“Demonstra que podemos alterar rotas equivocadas e
contribuir no setor de energia para que o Brasil se torne um
país carbono negativo até o ano de 2045.”
Entre as diretrizes previstas estão a maior inserção de
energias renováveis no setor elétrico, como solar e eólica,
associadas às novas tecnologias de armazenamento; o
desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde; mais
investimentos em biocombustíveis e eletrificação do transporte
público coletivo, tornando-o prioritário em relação ao
transporte individual motorizado nas áreas urbanas.
Petrobras and in the Country’s energy development model, which,
if implemented, would lead Brazil to emit 102 million tons of
carbon dioxide equivalent (CO₂e) in the Energy Sector by 2050.
Without these actions, the projection for the Sector is 558 million
tons of CO₂e, even considering the commitments made by the
Government and the strategic plans of companies in the Sector.
PLANNING FOR ACTIONS
According to Suely Araújo, Public Policy Coordinator for OC,
the initiatives would also enable Brazil to become the first major
economy in the world to sequester more greenhouse gases than
it emits.
“It shows that we can change mistaken paths and contribute
to the Energy Sector so that Brazil becomes a carbon-negative
country by 2045.”
Among the planned guidelines are the greater inclusion of
renewable energies in the Electricity Sector, such as solar and
wind, associated with new storage technologies; the development
of the green hydrogen industry; more investment in
biofuels; and the electrification of public transport, making it a
priority over individual motorized transport in urban areas.
The study also points to the need to redirect government
subsidies currently given to fossil fuels to the energy transition,
stop the expansion of oil exploration, and reverse proposals
such as drilling at the mouth of the Amazon.
The change also requires the development of strategies to
transform Petrobras into an energy company with substantial
investments in low-carbon sources. The State-owned Company
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
O estudo também aponta a necessidade de redirecionar
à transição energética os subsídios governamentais dados
atualmente aos combustíveis fósseis, além de cessar a
expansão da exploração do petróleo, revertendo propostas
como a abertura de novos poços na Foz do Amazonas.
A mudança exige ainda o desenvolvimento de estratégias
para a transformação da Petrobras em uma empresa de
energia com fortes investimentos em fontes de baixo carbono.
A estatal precisaria passar por uma redução gradual da
produção de petróleo, assegurando a manutenção do valor
da empresa no mercado.
BAIXO CARBONO
De acordo com os pesquisadores, além de contribuir
para uma economia de baixo carbono, as diretrizes apontadas
no estudo permitiriam a superação da pobreza energética
e a correção de injustiças, tornando também a produção
de energia mais eficiente. “Focamos na descarbonização
necessária no quadro de crise que se configura no Brasil e no
planeta e na justiça climática”, destaca Suely.
would need to reduce oil production gradually, ensuring that the
Company’s value in the market is maintained.
LOW CARBON
According to the scientists, the guidelines outlined in the
study would not only contribute to a low-carbon economy. Still,
they would also make it possible to overcome energy poverty
and correct injustices while making energy production more
efficient. “We focus on decarbonization, which is necessary in
the context of the crisis that is taking place in Brazil and on the
planet and climate justice,” says Araújo
The repositioning of the Sector, which accounts for only
17.8% of the Country’s gross greenhouse gas emissions, would
make Brazil’s decarbonization more sustainable, according to
the OC team.
“The energy transition is a structuring element of climate
policy because it brings changes with definitive marks. In this
respect, it is different from the control of deforestation, which
can be quickly reversed with changes in government, as happened
in the 2019-2022 period,” the study points out.
Referência como montadora
de piso móvel em todo Brasil
Carrocerias Bachiega
www.carroceriasbachiega.com.br
(19) 3496-1555
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
47
ESTUDO
O reposicionamento do setor, que responde por apenas
17,8% das emissões brutas de GEE no país, traria mais sustentabilidade
à descarbonização brasileira, de acordo com a
equipe do OC.
“A transição energética é elemento estruturante da política
climática porque traz mudanças com marcas definitivas.
É diferente nesse aspecto do controle do desmatamento,
que pode retroceder rapidamente com mudanças governamentais,
como ocorreu no período 2019-2022”, aponta o
relatório.
O relatório aponta que para a transição energética ser
justa, precisa ter ampla participação das comunidades
afetadas e ser guiada por um arcabouço regulatório que dê
conta dos desafios. “O Brasil deve desenhar políticas efetivas
que reduzam os impactos e promovam uma relação mais
harmoniosa, com controle social, dos projetos de energia
renovável e de exploração mineral com os locais onde se
inserem”, destaca o estudo.
Algumas das ações sugeridas são o estabelecimento
de metas de redução de pobreza energética, com iniciativas
como geração de energia próxima aos consumidores
e acessível às famílias de baixa renda; justiça territorial e
habitacional, com integração de classes sociais em áreas
centrais urbanas e a redução de viagens e distâncias; além
de eliminar o uso de energias fósseis na mobilidade pública.
As medidas incluem a
eliminação de subsídios do
governo aos combustíveis
fósseis (petróleo,
gás natural e carvão
mineral), mudanças na
Petrobras e no modelo
de desenvolvimento
energético do país
The report points out that for the energy transition to be
equitable, it must involve the broad participation of affected
communities and be guided by a regulatory framework that
considers the challenges. “Brazil must design effective policies
that reduce impacts and promote a more harmonious relationship,
with social control, between renewable energy and
mineral exploration projects and the places where they are
located,” the study stresses.
Some of the measures proposed include setting targets for
reducing energy poverty, with initiatives such as generating
energy close to consumers and accessible to low-income families;
territorial and housing justice, with the integration of social
classes in central urban areas and the reduction of journeys and
distances; as well as eliminating the use of fossil fuels in public
mobility.
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
DE 07 A 09
DE OUTUBRO DE 2025
3°encontro técnico de compostagem
2025
feira brasileira de compostagem
LOCAL: ENGENHO CENTRAL EM PIRACICABA (SP)
MAIS INFORMAÇÕES: www.composhow.com.br
ORGANIZAÇÃO:
DIVULGAÇÃO:
REVISTA
LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
composhow@dtrip.com.br
+55 (16) 98111-6988 | +55 (16) 99777-5940
comercial@revistarefencia.com.br
+55 (41) 3333 1023 | +55 (41) 99965-3105
ARTIGO
POTENCIAL DE
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
DE MADEIRA E CINZA DE
CALDEIRA DE BIOMASSA
EM UM MATERIAL
COMPÓSITO CIMENTÍCIO
FOTOS DIVULGAÇÃO
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
FELIPE AUGUSTO SANTIAGO HANSTED
UNESP (Universidade Estadual Paulista)
ANA LARISSA SANTIAGO HANSTED
Memorial University (Canadá)
HIROYUKI YAMAMOTO
Universidade de Nagoya (Japão)
ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)
FÁBIO MINORU YAMAJI
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)
CRISTIANE INÁCIO DE CAMPOS
UNESP (Universidade Estadual Paulista)
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
51
ARTIGO
RESUMO
O
resíduo florestal é todo e qualquer material
que resulta da colheita ou do processamento
da madeira que possa permanecer
sem utilização definida no processo. As
cinzas advindas da queima de carvão têm sido amplamente
utilizadas em pesquisas; trabalhos com o uso de
cinzas de biomassa, no entanto, ainda são recentes. O
objetivo desta pesquisa consistiu em verificar a viabilidade
da inserção de cinzas no traço de um compósito
cimento-madeira. Foram realizados testes físicos para
a determinação das propriedades físicas, densidade,
inchamento e absorção de água, sendo também avaliadas
a inibição do cimento com os materiais adicionais e
a temperatura de hidratação da mistura. Para as cinzas,
foram realizados testes para a obtenção do seu teor,
avaliação da composição química, análise da distribuição
granulométrica e espectroscopia de infravermelho
com a transformada de Fourier (FTIR). A mistura com
a cinza apresentou resultado superior em relação à
mistura sem a cinza, nas propriedades de densidade e
inchamento, dando indícios de que a utilização da cinza
de biomassa é recomendada na fabricação de materiais
cimentícios compósitos com resíduo de madeira, pois
pode contribuir com menor degradação do material,
que será avaliado em testes de durabilidade na sequência
deste estudo.
INTRODUÇÃO
O resíduo de madeira representa uma grande
parcela dos resíduos gerados nas atividades industriais,
denotando grande importância econômica e ambiental.
O potencial de reciclagem desse tipo de resíduo é, no
entanto, subutilizado, principalmente devido à falta de
alternativas ambientalmente corretas (Berger; Gauvin;
52 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Brouwers, 2020). Ressalte-se que o resíduo florestal é
todo e qualquer material que resulta da colheita ou do
processamento da madeira ou de outro recurso florestal
que possa permanecer sem utilização definida no processo
(Nolasco, 2000).
Por meio do relatório da IBÁ (Indústria Brasileira de
Árvores), o setor florestal gerou 52 milhões de toneladas
de resíduos no Brasil (IBÁ, 2019). As cinzas oriundas
da queima de carvão têm sido amplamente utilizadas
em pesquisas como material suplementar ao cimento,
no entanto, com o intuito de se encontrar alternativas
mais sustentáveis, outros materiais têm sido estudados,
como, por exemplo, a cinza do processo de queima de
biomassa (Stolz; Boluk; Bindiganavile, 2019). O uso de
partículas de madeira na fabricação de materiais de
estrutura leve é estudado na literatura, principalmente
sua utilização em painéis cimentícios destinados à
vedação de ambientes (situação de baixa solicitação
mecânica).
As cinzas utilizadas no
estudo foram geradas
a partir de caldeiras de
uma empresa situada
no interior do Estado de
São Paulo, que utiliza
exclusivamente a biomassa
como combustível para a
geração de energia térmica
Problemas com tubos obstruídos por
fuligem na sua caldeira a biomassa?
Mantenha sua caldeira operando eficientemente com
o sistema de sopragem de superfícies Aerovit
Maior eficiência
e produção de
vapor
Redução das
paradas da
caldeira em
80 - 100%
Redução do
consumo de
combustível
Menor
emissão de
CO2
O sistema de sopragem de superfícies Aerovit minimiza o
tempo de inatividade de caldeiras a biomassa removendo
os depósitos de fuligem antes que eles obstruam os tubos do
espelho.
Telefone: +55 (24) 3015-3644
Site: www.thermalxp.com
E-mail: comercial@thermalxp.com
WhatsApp de vendas: +55 (24) 99207-2767
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
53
ARTIGO
MÉTODO DE PESQUISA
Para este estudo, foi escolhido o cimento Portland
do tipo V, de alta resistência inicial (CPV - ARI). Foram
produzidos corpos de prova de cimento-madeira-cinza
com resíduo de Pinus spp. e cinza do processo de
queima de biomassa para geração de energia. As cinzas
utilizadas no estudo foram geradas a partir de caldeiras
de uma empresa situada no interior do estado de São
Paulo, que utiliza exclusivamente a biomassa como
combustível para a geração de energia térmica. Os tipos
de biomassa que geraram essas cinzas podem variar ao
longo do ano, conforme disponibilidade para a empresa,
sendo possível destacar as seguintes: casca de eucalipto,
pó de lixa, pó de serra, cavaco de eucalipto, poda
urbana e resíduos da construção civil – estes últimos
quando a construção envolve material lignocelulósico.
As partículas de madeira de Pinus spp. (resíduos
gerados e coletados em serrarias localizadas na região
sul do Estado de São Paulo) foram classificadas como
grossas (16 mesh) e finas (35 mesh).
RESULTADOS DA PESQUISA
Com base nos resultados apresentados, ao se
analisar o teor de cinzas das cinzas (material inorgânico
remanescente da queima) em triplicata, notaram-se
resultados estatisticamente equivalentes entre si (letras
iguais) pelo teste de contraste de médias de Tukey (5%
de significância) com um coeficiente de variação de
1,89%.
A literatura ressalta ainda que a umidade da
biomassa inserida na caldeira aumenta também o teor
de impurezas que fica aderido na caldeira. Isso pode resultar
em maiores quantidades de geração de cinzas e,
consequentemente, menor geração de calor em função
da diminuição do material orgânico que participa da
queima (Hansted et al., 2016).
A variabilidade de componentes químicos da cinza
pode ocorrer em função da origem do material da queima,
da temperatura da caldeira ou da adição de outros
combustíveis ao processo (Vinet; Zhedanov, 2011).
54 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CONCLUSÕES
O processo de inserção de cinza de caldeira no
material cimentício se mostrou vantajoso nas análises
quando comparado com a mistura sem a adição de
cinza, pois indicou redução do inchamento em espessura
do compósito, o que é favorável, especialmente
pensando-se na degradação do material lignocelulósico
quando em constante contato com água, resultado que
pode ser comprovado na sequência do estudo, com a
realização de testes de durabilidade.
A adição de madeira à pasta cimentícia apresenta
redução na temperatura de hidratação; no entanto, a
proposta do compósito cimento-madeira-cinza visa a
uma aplicação diferente da pasta cimentícia. As diferentes
variações para os compósitos estudados visam a
aplicações na construção civil para forros e revestimentos
sem desempenho estrutural.
A temperatura de hidratação diminuiu significativamente,
fosse pela incorporação do resíduo de madeira,
por ser um material higroscópico, fosse por sua área
superficial, devido à granulometria muito fina alterar a
reação cimento-água.
Outro fator relacionado à diminuição da hidratação
se deve à redução da compatibilidade dos compostos,
devido à quantidade de açúcares presente na madeira.
Destaca-se, entretanto, que um tratamento simples na
madeira pode melhorar essa compatibilidade.
Estudos futuros para analisar as propriedades mecânicas
e de lixiviação do compósito se mostram necessários,
assim como uma análise mais longa relacionada ao
ciclo de vida de produto também se mostra importante.
Para acessar esse conteúdo na
íntegra acesse o QRcode ao lado:
GARRAS PARA
RESÍDUOS FLORESTAIS
GARRAS TRAÇADORAS
CONHEÇA MAIS IMPLEMENTOS EM
WWW.JDESOUZA.COM.BR
MATRIZ
J de Souza Indústria Metalúrgica LTDA
BR 116 - Nº 5828, KM 247
Área Industrial
+55 49 3226 0511 I +55 49 3226 0722
Lages - Santa Catarina - Brasil
www.jdesouza.com.br
UNIDADE 01
SETE LAGOAS - MG
Av. Prefeito Alberto Moura, Nº 2051A - Vale das Palmeiras
UNIDADE 02
IMPERATRIZ - MA
Av. Moacir Campos Milhomem, Nº 12 - Colina Park
UNIDADE 03
LAGES - SC
BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
E TESTES
SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC
Localidade de Bom Jesus
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
55
AGENDA
MARÇO 2025
DESTAQUE
BIOTECHFAIR - FEIRA INTERNACIONAL
DE TECNOLOGIA EM BIOENERGIA E
BIOCOMBUSTÍVEIS
Data: 26 a 28
Local: Centro de Eventos da FIERGS - Porto Alegre (RS)
Informações: https://biotechfair.com.br/feira
ABRIL 2025
INTERNATIONAL GREEN ENERGY EXPO
KOREA 2025
Data: 23 a 25
Local: Daegu (Coreia do Sul)
Informações: http://www.greenenergyexpo.co.kr/eng/
MAIO 2025
EXPOBIOMASA 2025
Data: 6 a 8 de maio 2025
Local: Valladolid (Espanha)
Informações:
https://expobiomasa.com/
ALL-ENERGY 2025
Data: 14 e 15
Local: Glasgow (Reino Unido)
Informações: all-energy.co.uk
DEZEMBRO 2025
ENERGAIA 2025
Data: 10 e 11
Local: Montpellier (França)
Informações: https://www.energaia.fr/
Trata-se de uma feira que conecta visitantes
e expositores. É uma feira profissional,
na qual três em cada quatro visitantes já se
dedicaram ou participaram em projetos ligados
à biomassa, e os visitantes vão à procura
de produtos e serviços para aderir. Mais uma
vez será o principal ponto de encontro de
profissionais, investigadores e tomadores de
decisões na área de política energética. É uma
feira consolidada, onde o visitante poderá conhecer
todas as soluções inovadoras na área
da biomassa e dos biocombustíveis.
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Feira Internacional de Tecnologia em
Bioenergia e Biocombustíveis
Participe do mais
completo evento de
Bioenergia
• Biomassa e Resíduos
• Biogás e Biometano
• Biocombustíveis
• + Energias Renováveis
26 a28Março 2025
Centro de Eventos FIERGS
Porto Alegre | Rio Grande do Sul
10 mil m² de feira
Congresso em paralelo a BioTECH Fair
70 palestrantes em 3 dias
+ Seminário de Biomassa e
Resíduos para Energia
Patrocínio
Promoção
Copromoção
Local da Realização
www.biotechfair.com.br
www.congressodebioenergia.com.br
www.facebook.com/biotechfair www.twiter.com/biotechfair www.instagram.com/biotechfair
crdesign.com.br
OPINIÃO
Foto: divulgação
ENGAJAMENTO E
COMUNICAÇÃO
NO AMBIENTE
DIGITAL: DESAFIOS E
OPORTUNIDADES
E
m um mundo cada vez mais conectado, o ambiente
digital se tornou o principal canal de comunicação
para empresas e organizações. No entanto, essa
migração para o digital apresenta desafios únicos,
ao mesmo tempo que abre um leque de oportunidades para
engajar equipes e comunidades com colaboradores e parceiros
de vendas. Como alinhar eficiência, clareza e inovação
em um cenário repleto de informações?
A quantidade de conteúdos compartilhados diariamente
no ambiente digital pode ser avassaladora. Em meio a
notificações, e-mails e aplicativos, os colaboradores muitas
vezes se sentem perdidos, o que compromete a absorção
de informações importantes. Além disso, muitos negócios
enfrentam o problema de usar diversas ferramentas de comunicação,
gerando desencontros, mensagens redundantes
ou até a perda de informações críticas.
Outro desafio é o baixo engajamento, que no digital não
é automático. Colaboradores podem se sentir desconectados
ou desmotivados a interagir com ferramentas corporativas
que não oferecem relevância ou incentivo, e nem
transmitem o senso de pertencimento, algo tão importante
para os profissionais. Para empresas com equipes diversas
– sejam elas operacionais, administrativas ou de turnos alternados
–, a adaptação de mensagens para diferentes perfis e
necessidades também é uma tarefa complexa.
Diante desses obstáculos, como as empresas podem
aproveitar o potencial do ambiente digital?
Ferramentas que permitem personalização e segmentação
podem tornar a comunicação mais relevante e direcionada.
A mensuração de interações digitais oferece insights
valiosos para ajustar campanhas internas, avaliar o engajamento
e entender melhor as necessidades do público. Além
disso, a criação de treinamentos acessíveis e dinâmicos, que
não dependam do ambiente físico, realizados em horários
flexíveis e revisados conforme necessário, também é uma
necessidade das empresas.
Uma estratégia poderosa é a gamificação, que incorpora
pontuações e recompensas, para aumentar o engajamento
dos colaboradores. Transformar tarefas cotidianas em experiências
motivadoras pode fazer toda a diferença para equipes
desmotivadas.
Nesse cenário, existem soluções que podem conectar
marcas e pessoas com o uso de tecnologia. O engajamento
não é apenas um objetivo, mas uma consequência natural
de uma comunicação bem-feita e de experiências significativas
para o colaborador.
O ambiente digital apresenta desafios reais, mas também
oferece oportunidades incríveis para empresas que
desejam inovar em suas estratégias de comunicação interna,
para seus parceiros. Centralizar informações, usar dados de
forma estratégica e criar experiências engajadoras são passos
essenciais para quem busca não só manter, mas ampliar
a produtividade e a satisfação das equipes.
Acredito que, com as ferramentas certas, é possível
transformar desafios em soluções que fortalecem a de
todos os perfis de empresa, principalmente as que querem
comunicar sua cultura, valores e metas a todos os cargos da
empresa da melhor forma para cada um, e criam ambientes
digitais verdadeiramente colaborativos. Afinal, no centro de
toda comunicação está o desejo de conexão – e o digital é a
ponte para alcançar isso.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Por Raquel Sodré
CEO da Noz Comunidades
Foto: divulgação
58 www.REVISTABIOMAIS.com.br
A FACA
GIGANTE
DO AGRO
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS