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propmark.com.br ANO 60 - Nº 3.031 - 24 de fevereiro de 2025 R$ 20,00
Retail media cresce como opção
para a publicidade das marcas
Freepik
Fenômeno global e com desenvolvimento
mais visível nos últimos quatro anos, o retail
media está em rápida expansão e se transformou
na terceira onda da publicidade,
com perspectiva global, em 2025, de faturar
US$ 179 bilhões, de acordo com a Coresight
Research, maior do que o meio TV. Até 2029,
a previsão da Omdia é que o canal vai gerar
US$ 293 bi. A mídia transformou o varejo, especialmente
o digital, e também ampliou as
possibilidades para anunciantes. A Amazon
lidera globalmente e também no Brasil. O
Mercado Livre aparece em segundo no país,
cujo movimento financeiro chegou a R$ 3,8
bi em 2024. OOH também ganha com o retail.
Especialistas comentam evolução. pág. 22
Publicis Groupe compra BR
Media e expande atuação
Divulgação
O Publicis Groupe adquiriu a BR Media Group e, com isso,
terá a influência no seu escopo. A empresa, fundada por Danilo
Basso e Celso Ribeiro, já trabalhava com algumas agências
do grupo, liderado por Gabriela Onofre no país. pág. 35
SXSW 2025 começa no
dia 7 de março nos EUA
Tico Mendoza/Divulgação SXSW
Festival de inovação tem agenda de conferências que atrai
cada vez mais profissionais do mercado brasileiro, em busca
de pistas capazes de embasar o rumo da comunicação
das marcas nos próximos anos. pág. 16
RD Saúde avança como
player de digital OOH
Divulgação
Com mais de três mil
farmácias no país, grupo
já tem 7.100 telas
digitais espalhadas
pelas lojas das redes
Raia e Drogasil. Para
cuidar da operação,
a RD Saúde tem uma
empresa criada só
para isso, a Impulso,
cuja CEO, Fabiana
Manfredi, afirma que
retail media não é
uma disciplina voltada
só para gerar vendas,
mas também construção
de marca. pág. 12
O propmark não circula na semana do Carnaval, no dia 3 de março, e volta em 10 de março
editorial
Armando Ferrentini
A onda do retail media
O
varejo físico é onde, na maioria dos casos, as decisões finais do consumidor acontecem.
Não é à toa que hoje as lojas estão se tornando verdadeiras mecas de
experiência, onde as pessoas têm contato com os produtos e podem interagir
com as marcas. Antes da compra final, que pode ser feita online muitas vezes, grande
parte dos clientes quer tocar, sentir e até cheirar os produtos.
Estudos mostram que a omnicanalidade é o que entrega mais valor. O consumidor pode
fazer a sua pesquisa no e-commerce, mas quando passa na loja vai querer experimentar
o produto e, eventualmente, acaba comprando no ponto de venda físico. A tendência
é o in-store, ou seja, conseguir integrar a loja física com o mundo digital ao criar
campanhas omnichannel nos espaços físicos.
Aliada à experiência emocional, a maior aposta dos varejistas agora é na comunicação
nos PDVs, que vai muito além da boa exposição dos itens nas gôndolas. O retail media,
ou a mídia no varejo, se tornou a principal estratégia. Os anúncios exibidos nas telas
digitais, canais online proprietários das redes varejistas e marketplaces é o que o mercado
convencionou chamar de terceira onda da publicidade.
O crescimento do retail media é “avassalador’, como pontuou a executiva Fabiana Manfredi,
CEO da Impulso, empresa de soluções de mídia da RD Saúde, dona das marcas
Raia e Drogasil. O grupo, que possui hoje mais de 3 mil farmácias, já se posiciona como
o quinto player de digital out of home do Brasil, com 7.100 telas digitais nas lojas. O
objetivo é seguir expandindo com novas frentes.
Os investimentos globais em retail são da ordem de US$ 179,5 bilhões, com previsão de
chegar a US$ 293 bilhões até 2029. E, no Brasil, não é diferente. Números do mercado
mostram que o setor cresceu 27% no ano passado.
Nesta edição, especial traz pesquisas com números do segmento, tendências e avaliação
de especialistas sobre o estágio dessa atividade no país e no mundo. “A mídia de
varejo crescerá mais rápido e será maior do que quase todos os outros segmentos de
anúncios nos próximos cinco anos”, frisou Matthew Bailey, analista sênior da Omdia,
empresa do grupo norte-americano TechTarget.
O mercado brasileiro é o que mais cresce no mundo. Segundo pesquisa da Vtex Ads,
realizada com apoio da ComScore e Enext, o investimento consolidado em retail media
foi de R$ 3,8 bilhões no ano passado. Os principais players são: Amazon Ads, Mercado
Ads, Magalu, Panvel, RD Saúde, Pague Menos, GPA e Casas Bahia.
O que antes era uma promessa, virou realidade. De acordo com o estudo, 64% das marcas
brasileiras, 55% dos principais varejistas e 57% das grandes agências de marketing
já trabalham com retail.
Comunidades
Outro destaque desta edição é matéria sobre como o conceito de comunidade vem se
diferenciando das audiências tradicionais, que são geralmente definidas por critérios
demográficos. As comunidades, que surgem aos milhares nas redes sociais, criam vínculos
emocionais por meio de interesses compartilhados e senso de pertencimento.
Em parceria com a Float, a Monks realizou a pesquisa ‘A era dos fandoms’, revelando
que, em média, um fã investe cerca de R$ 200 por mês para alimentar sua relação
com o ídolo, seja uma pessoa ou um “objeto-ídolo”. Em segundo lugar no ranking de
países que mais utilizam a internet por dia, não é de se admirar que o Brasil é um
dos mais engajados nas redes sociais. É um campo fértil para agências e marcas se
aproximarem dessas comunidades, sendo que 38% dos brasileiros afirmam ser fãs
de alguém ou algo.
Além disso, como destacou Quentin Mahé, diretor de estratégia e conexões da Monks,
as comunidades são mais vantajosas, pois expressam menos a individualidade do que
influenciadores e fortalecem o senso coletivo.
Frase:“A arte de vencer se aprende nas derrotas” (Simon Bolívar).
as Mais lidas da seMana no propMark.coM.br
1ª
2ª
O Publicis Groupe incorporou a BR Media Group, empresa de marketing de
influência. Com isso, o grupo de comunicação amplia sua oferta de soluções
dentro de uma comunicação integrada.
3ª
Publicis Groupe adquire BR Media Group
e entra no marketing de influência
8 em 10 profissionais usam IA nas estratégias
de marketing, mostra estudo do IAB Brasil
Realizado em parceria com a Nielsen, estudo do IAB Brasil revelou que 80%
dos profissionais de marketing de diversas empresas brasileiras estão
incorporando a IA em suas estratégias.
Fernando Justus Fischer assume
diretoria do Grupo Silvio Santos
Até então COO do SBT, Fernando Justus Fischer passa a responder como
diretor de relações institucionais e novos negócios do Grupo Silvio Santos,
sob o comando da presidente Ana Karina Bortoni, apresentada ao mercado
em dezembro de 2024.
4ª
Carlinha Gagliardi foi promovida a managing director de craft de
investimento da IPG Mediabrands. Na agência há mais de um ano, a
executiva tem atuado na operação de relacionamento com o mercado.
5ª
IPG Mediabrands promove
Carlinha Gagliardi a managing director
NFL confirma realização de
segunda partida no Brasil
Acontecerá em setembro a segunda partida da NFL no Brasil. Na Neo
Química Arena, o Los Angeles Chargers vai jogar como mandante. O jogo será
apresentado pela XP Investimentos, patrocinadora oficial da NFL no Brasil.
4 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Retail media cresce
com estratégia
omnichannel
índice
O retail media não para de
crescer. Com uma estratégia
omnichannel, a mídia de
varejo se consolida nas lojas
físicas e nos canais online
de varejistas e parceiros,
trazendo resultados de
vendas e de branding.
Monks investe em comunicação
para comunidades nas redes
22
Junto com a Float, a agência realizou a pesquisa ‘A era
dos fandoms’, que mostra como comunidades de fãs
são altamente engajadas. “Não temos mais nenhuma
campanha que não integre esse pensamento de
comunidade”, diz o diretor Quentin Mahé. pág. 36
Freepik
Com mais de 30 anos de carreira, Gal
Barradas fala do conflito geracional
Diretora de growth da Rio Bravo Investimentos, a
publicitária fala que não é verdade dizer que pessoas
com mais de 50 anos são ultrapassadas. “Nem é
verdade afirmar que pessoas muito jovens são as mais
antenadas do mundo”. pág. 20
propmark
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Jor na lis ta res pon sá vel
Ar man do Fer ren ti ni
Editora-chefe: Kelly Dores
Editores: Janaina Langsdorff e
Paulo Macedo
Editor de fotografia: Alê
Oliveira
Editor-assistente: Vinícius
Novaes
Repórteres: Adrieny Magalhães,
Bruna Nunes e Vitor Kadooka
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da Luz
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Boccatto
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redacao@propmark.com.br
As ma té rias as si na das não re pre sen tam
ne ces sa ria men te a opi nião des te jor nal,
po den do até mes mo ser con trá rias a ela.
Editorial .............................................................................4
Conexões ...........................................................................8
Curtas .................................................................................10
Quem Fez ...........................................................................11
Entrevista ..........................................................................12
Inspiração ..........................................................................14
Mercado .............................................................................16
Especial Retail Media .......................................................22
Agências ............................................................................35
Marcas ...............................................................................38
Out of Home ......................................................................39
Opinião...............................................................................42
Click do Alê ........................................................................43
ESG no MKT ........................................................................44
Supercenas ........................................................................45
Última Página ....................................................................46
Riachuelo aposta no
conceito ‘Mistura e vem’
para o Carnaval
Cathyelle Schroeder, CMO da
marca, explica que a ação busca
exaltar a pluralidade do Brasil. “O
Carnaval é um grande encontro de
ritmos, estilos e culturas, e a moda
é uma importante ferramenta
de expressão e valorização dessa
diversidade”. pág. 38
6 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
conexões
última hora
SAÚDE
A VX Health chega a São Paulo e apresenta
as lideranças da agência, que já atua na
expansão de negócios para marcas de
health, wellness e pharma. Ao lado do CEO da
operação, o executivo português Luis Valerio,
a diretora de negócios Natalia Pescaroli e
o diretor de criação Ricardo Sciammarella
propõem desenvolvimento de soluções
digitais proprietárias e estrutura de social
media para os clientes desses segmentos.
Valerio, que também responde pela VX
Europa, com sede em Lisboa, tem dois anos
na agência que está no mercado fluminense
há 20 anos. Na foto à esquerda, da esquerda
para direita: Ricardo Sciammarella, Leonardo
Ciannella, Natalia Pescaroli, Vanessa
Gonçalves e Danielle Baranowski.
EVENTO
A Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) promove nos dias 19 e
20 de março o primeiro dos seus quatro encontros nacionais agendados para 2025 em
Campo Grande (MS). Entre os temas, fortalecimento e desenvolvimento do mercado
publicitário e criativo no país, melhores práticas, inovação, reposicionamento das agências e
fortalecimento do setor.
FUTURO
Em 2025, o Estadão comemora 150 anos de trajetória, consolidando sua relevância como
um dos mais importantes veículos de comunicação do Brasil. Para celebrar este marco, o
jornal lança a ‘Coleção Especial 150 Anos do Estadão’, uma iniciativa que combina jornalismo,
recursos multimídia e um olhar voltado para o futuro.
Post: Fernando Justus Fischer
assume diretoria do Grupo
Silvio Santos
Parabéns, Fernando Justus Fischer, muito
sucesso nesta nova jornada!
Rafael Boni Marques
Parabéns, Fischer! Mazel Tov!
Danielle Bibas
Um profissional ímpar. Vai trazer muita
renovação para o GSS!
Sandra Lacerda
Post: IPG Mediabrands promove
Carlinha Gagliardi a managing
director
Desde sempre é um privilégio trabalhar
contigo!
Daniela Ferro
Parabéns!
Eliana Barboza
Duailibi Essencial
Post: Marketing Best abre inscrições
e terá júri com jornalistas e diretoria
do propmark
Uhuuul!
Pedro Alvim
Post: #CatCore: Petlove lança
movimento para transformar
pelos de gato em tendência
Estamos na moda!
Iana Trautmann Furst
“Tomar decisões a longo prazo exige dificuldades a curto prazo”
(Larry Demarest)
dorinho
FILA
Criada pela LePub São Paulo e em parceria com a ZigPay e a JCDecaux, a ação “OOH bar
checkouts” teve peças exibidas na estação do metrô São Paulo-Morumbis, a mais próxima
ao estádio do São Paulo, onde aconteceu o show da cantora Shakira no último dia 13. Os
cartões poderão ser carregados com qualquer quantia e deverão ser usados durante
eventos, sem necessidade de filas. “Mais do que propaganda, essa ação soluciona um
problema e cria um serviço permanente para os eventos patrocinados pela Heineken”,
explica Felipe Cury, CCO da LePub São Paulo.
AUDIOVISUAL
A quarta edição do Fórum SPcine acontece de 25 a 27 de junho na Cinemateca Brasileira, em
São Paulo. A instituição completa em 2025 dez anos de atividades e planeja 20 atividades
gratuitas, incluindo painéis, masterclasses, grupos de trabalho, workshops e mentorias.
FÁRMACO
A agência F/Malta foi a responsável pela organização do que define como o maior evento
farmacêutico da América Latina. Com investimento de R$ 30 milhões e mais de 30 mil
participantes, O MSA, da Cimed, conectou inovação, negócios e entretenimento entre os
dias 21 e 23 deste mês no São Paulo Expo, reunindo parceiros, fornecedores, colaboradores
e consumidores em uma experiência imersiva que conecta inovação, tecnologia e negócios.
A Cimed lançou no evento o projeto ‘Nova Era’, plano de crescimento para alcançar um
faturamento de R$ 10 bilhões até 2030. Durante o MSA 2025, a companhia apresentou cerca de
70 produtos e espera movimentar aproximadamente R$ 500 milhões em novos negócios.
8 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
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curtas
Divulgação
ArtplAn e Jellyfish levAm contA dA GWm
e score GAnhA pdv de BrAstemp e consul
Após estacionar no Brasil em 2022 com campanha da agência Asia, spin-off da Africa, a
montadora chinesa Great Wall Motors (GWM) passa a atuar com a Artplan para criação e mídia
não digital; e com a Jellyfish para publicidade online. A decisão, que segue política periódica
de revisão de parceiros, foi tomada após concorrência iniciada em 2024 para estratégias de
comunicação dos modelos Haval (foto) e Ora, que disputam com o Dolphin, da conterrânea BYD
(Build Your Dreams), a liderança do mercado de carros elétricos. A GWM deu a sua partida no
Brasil com o slogan ‘Hello, tomorrow’ e já chegou a anunciar um aporte de R$ 10 bilhões para
produzir veículos eletrificados na base industrial de Iracemápolis (SP), espaço adquirido da
Mercedes-Benz. Da garagem para a cozinha e lavanderia, vem outra movimentação de contas. A
Whirlpool escolheu a Score, empresa da B&Partners, para planejar ações de trade marketing da
Brastemp e Consul, com materiais offline no ponto de venda (PDV), além de pesquisas e melhoria
da experiência do consumidor. “Essa parceria reforça a nossa expertise e compromisso com
estratégias inovadoras e eficazes para pontos de venda. Já atuamos com a conta de experience,
e agora ampliamos nosso portfólio ao somar a conta de trade, garantindo uma comunicação
integrada”, declara em nota Albano Neto, CSO da Score.
mastercard aporta r$ 10 bi em cibersegurança
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concurso Young lions abre inscrições
Alê Oliveira
A CMO Taciana Lopes e o CEO Marcelo Tangioni: cibersegurança, tokenizacão e retail media
Realizada há 30 anos, competição tem vagas limitadas a 50 duplas por categoria
Com um dos slogans mais famosos da publicidade, a Mastercard intensifica planos no Brasil,
terceira operação nos negócios globais da multinacional norte-americana. ‘Não tem preço’
é o conceito global criado pela WMcCann há 27 anos, e que embala hoje a expansão da
companhia para além do setor de cartões. “Vamos tokenizar todos os fluxos, inclusive com
autenticação biométrica“, aponta o CEO Marcelo Tangioni. Há 30 anos no Brasil, a empresa
investe R$ 10 bilhões em cibersegurança. O plano é habilitar a totalidade de checkouts
para compras sem uso de senha, com tokenizacão e autenticação até 2030. Em 2024, foram
realizadas quatro bilhões de transações por meio de tokens. Já Taciana Lopes, CMO da marca,
alerta para o crescimento do retail media.
As inscrições para o Young Lions Brazil 2025 começam nesta segunda-feira (24). Com 30 anos de
existência, a competição premia jovens profissionais da comunicação com uma viagem para a
França, onde representam o Brasil no Young Lions Competitions, que ocorre durante o Cannes Lions
Festival, de 16 a 20 de junho de 2025. O Brasil lidera o ranking com 20 medalhas, desde o início da
fase internacional do concurso, apoiado pela Rede Globo, Grupo Heineken, Nubank, Channel Factory
e Estadão, organizador do torneio e representante do evento no Brasil. Instituto G10 Favelas, Instituto
Alana e Fundação Dorina Nowill para Cegos também participam. O cadastro é permitido para
pessoas nascidas após 21 de junho de 1994, maiores de 18 anos, com passaporte válido e que atuem
no setor de comunicação de marca. As vagas por são limitadas a 50 duplas por categoria.
meligeni alerta sobre saúde mental WK sp volta a atender beats oliver expande in-house da serasa
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Ex-tenista em cena de filme criado pela Euphoria Creative
O ex-tenista Fernando Meligeni, medalhista de Ouro nos Jogos
Pan-Americanos 2003, em Santo Domingo (República Dominicana),
fala sobre a pressão enfrentada dentro e fora das
quadras na campanha ‘O verdadeiro break point’, criada pela
Euphoria Creative para a plataforma de bem-estar corporativo
Wellnub, patrocinadora do Rio Open 2025, torneio de tênis
realizado no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, entre os
dias 15 e 23 de fevereiro. O filme associa momentos de tensão
a raquetes quebradas. Para Marcelo Rizério, CCO da Euphoria
Creative, essa reação reflete “uma sobrecarga emocional
muitas vezes invisível”, enquanto Flávio Reghini, diretor de
marketing do Wellhub, lembra que “enfrentamos momentos
de frustração e de pressão que fazem a gente ‘quebrar’”.
Linha de drinks da Ambev quer “experiências autênticas”
A linha de drinks prontos Beats, da Ambev, volta a trabalhar
com a Wieden+Kennedy SP, que liderou a comunicação da
marca entre os anos de 2016 e 2018. Retomada em janeiro,
a parceria alavanca o crescimento da marca no Brasil,
incluindo projeto para o Carnaval. Criação, conteúdo e estratégia
fazem parte do trabalho. Mariana Porto, diretora de
marketing da Beats, enaltece a habilidade da agência “em
criar experiências autênticas e impactantes”, enquanto Rodrigo
Jatene, CCO Latam da Wieden+Kennedy, frisa a ligação
de Beats “com a cultura, estilo de vida e entretenimento”.
Para Camila Hamaoui, presidente da Wieden+Kennedy SP, a
conquista reflete “um trabalho consistente e integrado de
todas as nossas disciplinas”.
Equipes de Serasa e Oliver somam 27 profissionais
A empresa de análises e informações financeiras para
decisões de crédito Serasa amplia a sua operação in-house
com plano elaborado pela Oliver, que inclui estratégias de
fomento para negócios, CRM, performance e criação. Prestes
a completar dez anos, a estrutura alcançou uma maturidade
“fundamental para manter as crenças e suportar a nossa
estratégia digital”, frisa Renan Maximiano, gerente de criação
da Serasa. “A nossa integração permite entender as reais necessidades
da marca e expandir as possibilidades dessa operação”,
explica Beto Rando, que, ao lado de Thais Vogelsanger,
lidera os negócios da Oliver. Ambos comandarão a estratégia
de comunicação institucional da porção B2C da Serasa, além
da saúde da marca. A estrutura abriga 27 profissionais.
10 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
quem fez
Paulo Macedo
paulo@propmark.com.br
AmplA ComuniCAção
SecOM dO eSpíritO SantO
Fotos Divulgação
Título: ‘chega junto pra gente ir mais longe’
Diretor de criação: Bruno reis
Head de criação: thauana Moreira
Head de arte: thauana Moreira
Criação: rodrigo pegoretti e daniel Galvão
Planejamento: Marcela rangel
Produtora: On Filmes
Produção: Humberto Wanke
Campanha destaca inclusão e futuro da educação na volta às aulas no Espírito
Santo para celebrar o retorno de mais de 190 mil alunos à rede estadual.
“Importante destacar que o filme foi produzido em unidades educacionais e
os ‘atores’ são estudantes. Com mensagem evocando pertencimento e acolhimento”,
explica Thauana Moreira, da Ampla-ES.
AuDAZ
trW
Título: ‘amortecedor? É trW na cabeça!’
Diretor de criação: delay almeida
Produção: Marina Menegatto
Produtora: estúdio Up
Diretores de Cena: rogério Utimura, pablo Josías
andreola e Jacson andreola
Com aprovação de Fernanda Giacon, ação mostra reatividade
de bonecos aos impactos do trânsito: ruas esburacadas,
curvas fechadas e freadas bruscas. Criados a partir do uso
de IA, e reproduzidos em 3D, os bonecos foram inseridos por
computação gráfica às imagens captadas nas ruas do bairro
Pedra Branca, em Palhoça, região de Florianópolis (SC).
GreenpArk
preMierpet
Título: ‘Seu pet merece o atendimento do canal especializado.
de verdade’
Diretor de criação: Gabriel argenta
Direção de arte: Victor Freitas
Conteúdo: carolina Maggi e thais tenher
Produtora: Ultavioleta
Aprovação: Felipe Mascarenhas
Campanha reforça produtos encontrados nas mais de 285 mil empresas
voltadas para o mercado de pet no Brasil, segundo o Sebrae.
Ação destaca atendimento, que vai além das transações e cria conexões
entre os profissionais, os pets e seus tutores. Ação conta
com dois filmes, que serão veiculados em redes sociais, além de
outras intervenções como conteúdos e branded content.
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 11
entrevista
Fabiana ManFredi
CEO da Impulso
‘Retail tem muita experimentação’
Defendendo que retail media é uma
disciplina voltada também para construção
de marca e não só resultado de venda,
a executiva Fabiana Manfredi é CEO da
Impulso, braço de soluções de mídia do
Grupo RD Saúde, controlador das marcas
Raia e Drogasil. Com 7.100 telas espalhadas
por cerca de 1.500 farmácias, a empresa se
posiciona como o quinto player de digital
out of home do Brasil. “E vamos seguir
crescendo, porque o plano de expansão
da RD no ano passado foi superagressivo,
quando abriu por volta de 300 lojas e para
2025 não vai ser diferente”, afirmou ela.
Conselheira do IAB com mais de 20 anos
de carreira, Fabiana fala que o mercado
de retail media tem muito espaço para
avançar - no ano passado, o crescimento
foi de cerca de 27% no país. “A gente segue
com o desafio de educar o mercado. Tem
muita gente experimentando diferentes
formas de trabalho com retail media.”
Kelly Dores
Como é a sua trajetória no mercado?
Sou formada em publicidade e propaganda, comecei minha carreira na Gafisa, no
marketing de relacionamento, depois fui para o mercado de agência, trabalhar na área
de mídia. Trabalhei na DM9, WPP e na Dentsu. Depois fui convidada a assumir uma parte
da operação comercial do Twitter, onde fiquei seis anos, de 2015 a 2021, e passei por
áreas diferentes, mas sempre dentro do comercial. Quando saí do Twitter, fui para o
Mercado Livre, onde assumi o MercadoAds e fiquei quase três anos. Aprendi muito lá,
não só sobre o ecossistema, mas também sobre essa frente de retail media, que tem
muito potencial. Eu lembro que, em 2021, em um momento 100% remoto, tinha muitas
conversas sobre o que era o retail media, o potencial, e hoje já estamos em um outro
momento, mas ainda tem muito por fazer.
Você saiu do Mercado Livre direto para a Impulso?
Antes de chegar à Impulso, fiz muita consultoria sobre retail media e ajudando em
projetos relacionados. O retail vem crescendo muito. Tem muita gente que conhece,
mas ainda não tem profundidade, quer entender e se fortalecer nessa frente. Eu acabei
fazendo uma consultoria para a RD Ads no começo de 2024, foi quando conheci os
executivos do grupo. Acho que fiz um bom trabalho e eles me chamaram em setembro.
Divulgação
Como é a configuração da Impulso dentro da RD Saúde?
A empresa nasceu em 2017 dentro do trade. Em 2022, tomou uma decisão de comprar
uma startup de digital out of home, que ficou 100% internalizada, fez o spin-off e em
agosto de 2024 a empresa mudou de RD Ads para Impulso. Somos 100% parte do Grupo
RD Saúde. Hoje, sob as bandeiras Raia e Drogasil, o grupo tem 3.300 farmácias próprias
em todo o Brasil. São seis marcas próprias, uma delas é a Needs. O grupo tem 11 empresas,
sendo a Impulso uma delas.
De que forma vocês trabalham o retail media?
Trabalhamos para as lojas físicas e os canais digitais das farmácias. Oferecemos soluções
em três frentes: onsite, que são soluções de busca e display ads, tanto para os
nossos apps, Raia e Drogasil, como sites das marcas; offsite, com três parcerias para
escalar nosso inventário através da programática, e temos a solução in store, que são
as telas dentro das nossas farmácias. Hoje, são 7.100 telas espalhadas por metade das
nossas farmácias, cerca de 1.500. Temos mais de uma tela por loja. Isso já nos posiciona
como o quinto player de digital out of home do Brasil e vamos seguir crescendo, porque
o plano de expansão da RD no ano passado foi superagressivo, quando abriu por volta
de 300 lojas e para 2025 não vai ser diferente. A nossa visão em telas é não só revitalizar
lojas já existentes, mas entrar nas lojas novas. Tem também uma outra frente que
atuamos, que é a de CRM.
12 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
“A empresa segue se reinventando e traçando
novos planos para o médio e longo prazo”
Quais são os desafios de mercado?
A gente segue com o desafio de educar o mercado. Estamos num momento bem diferente,
mas ainda a disciplina acaba sendo especialista e eu acho que é natural. Quando
houve o nascimento do social e do search, o mercado tinha os especialistas designados
para evangelizarem. E hoje temos o desafio para o mercado entender que o retail media
não é uma disciplina voltada só para e-commerce e vendas, mas também é marketing,
estratégia de negócio, tanto na frente de construção de marca como em resultado
de venda. Eu, inclusive, acho ruim o nome retail media, porque nos joga para o pior
do varejo e o pior da mídia, e retail media é muito mais do que só o olhar da mídia no
varejo. É construção de marca e resultado de venda incremental, porque é o que todo
mundo sempre buscou, inclusive nas estratégias de marketing. Minha visão é de que
precisamos seguir educando o mercado, principalmente as indústrias. Os CMOs têm de
ver essa disciplina como qualquer outra com olhar de estratégia de negócio. E as agências
de publicidade, que hoje têm trabalhado melhor, porém algumas ainda não têm
ninguém que olha para retail. Acho que estamos num processo, mas por ser o Brasil e
por ter o protagonismo de aceleração de e-commerce e retail media, o mercado deveria
puxar esse crescimento. A Impulso veio se preparando muito para ter a estrutura e
atuação atuais. Eu brinco que o que nos trouxe até aqui, talvez não nos leve adiante. A
empresa segue se reinventando e traçando novos planos para o médio e longo prazo,
tanto em evolução estrutural como em evolução de tecnologia. Temos um caminho que
estamos evoluindo bastante.
A Impulso cuida de toda a operação de retail do grupo?
Sim, cuidamos de 100% da operação, tanto de retail media quanto da operação de telas.
Desde a instalação, a operação até a comercialização. A Impulso vem crescendo
muito rápido. O time já tem quase 90 pessoas. A empresa tem crescido não só porque
o negócio vem evoluindo, mas também porque o nosso portfólio de clientes vem aumentando.
Por mais que a gente trabalhe com as principais indústrias de saúde, beleza
e bem-estar, acaba atendendo uma lista de clientes menor e vai aumentando a capacidade
do nosso time, escalando a forma como trabalha e ganhando a possibilidade de
atender mais clientes. No ano passado, aumentou bastante esse portfólio e este ano a
ideia é aumentar mais ainda. Com a maturidade, vai diferenciando cada vez mais o nível
de serviços. A ideia é também olhar para os clientes menores para que eles possam atuar
via marketplace de forma mais escalável. O digital hoje em vendas, total companhia,
já representa uns 20%, sendo que 70% das vendas ocorrem nos apps.
E qual é o crescimento da frente de retail media na RD Saúde?
A empresa não divulga os dados de retail, mas o que posso dizer é que o mercado
no Brasil cresceu no ano passado uns 27% e nós crescemos bem acima disso. E neste
ano não vai ser diferente, porque a gente vem ganhando nosso espaço de fair share.
Para muitas indústrias e maior parte dos nossos clientes, a Impulso é o principal canal
em selling e também em sell out, mas ainda temos um caminho a percorrer. A penetração
do e-commerce também tem um caminho de ascensão e aceleração. Vai ser
inevitável a empresa continuar crescendo em negócio e construção de resultado para
os clientes.
A que você atribui esse crescimento?
A RD é o varejo físico e digital. Temos resultados comprovados de que a omnicanalidade
é o que entrega maior valor. Eventualmente, o consumidor entra no app e salva
o produto, mas quando ele passa na loja, vai querer experimentar o produto e acaba
comprando. Então, o complemento, o olhar omnichannel é o que entrega mais resultado.
Eu brinco com os clientes que a gente não tem mais o funil exato, de awareness,
consideração e conversão. O funil é hoje superdiferente, porque se olhar para o comportamento
do consumidor não é mais linear e depende da jornada de cada pessoa.
Tem muita oportunidade ainda e a vantagem de a RD ser um varejo físico, atuar muito
forte no digital e poder ter esse olhar omnichannel traz um diferencial muito grande.
O objetivo é levar as telas para 100% das farmácias?
A gente tem o objetivo de seguir expandindo, até porque o plano de expansão de abertura
de lojas de 2025 é mais agressivo do que o do ano passado. Mas talvez, neste ano,
ainda não consiga estar em 100% das lojas.
Quais são as tendências do setor?
Tem várias frentes abertas. Tem instituições e empresas que estão trabalhando mais
na área de consultoria de retail media, porque ainda há muitas dúvidas de como montar
uma estrutura e como atuar. Passamos da fase 1, que é explicar o que é retail media,
como começar, sendo que a fase 2 traz questionamentos sobre como trabalhar com
profundidade, quem são os stakeholders que precisam estar envolvidos e quais são
as tecnologias necessárias, por exemplo. Tem muita gente experimentando diferentes
formas de trabalho com retail media, inclusive houve algumas consolidações no início
deste ano, como a Vetex comprando a Newtail e a parceria do Google com Magazine Luiza.
Ou seja, está todo mundo experimentando novas formas de atuar. A gente sabe que
o que search e social demoram 11, 13 anos para chegar em faturamento, o retail media
vai demorar cinco. O crescimento é avassalador, mas tem muita experimentação ainda.
Experimentação em conteúdo, inclusive?
Total. Eu digo que as qualidades das telas da Impulso são muito boas, o tamanho, a
infraestrutura da tecnologia, que já permite interatividade, formato 3D, conectar as
lojas entre elas, ou seja, tem muito case para explorar de branding. O nosso segmento
tem um papel educacional importante, para ensinar as pessoas a usarem um novo
produto, a mudarem de hábito e a se cuidarem. O 3D em nossas telas, por exemplo,
pode ser melhor explorado. No one to one com as agências e os clientes, sempre falo
que a bola está quicando nesse sentido. É preciso sair do lugar-comum. Temos feito
também parcerias com algumas empresas de DSP para entregar de forma programática
o inventário de nossas telas, com certas premissas. A gente tem um olhar muito
forte e fiel ao trabalho para as marcas de saúde, beleza, bem-estar e relacionadas,
como marcas de seguro de vida.
E você acredita que o mercado de retail media vai crescer acima
dos 27% neste ano?
Eu diria que vai crescer nos mesmos patamares do ano passado, porque o e-commerce
está crescendo em penetração e acho que não volta para trás. Não tem como desacelerar,
porque o retail media está no meio da intersecção do crescimento do e-commerce
e do digital ad spend. Se ele vai ser mais acelerado, tudo vai depender do comportamento
de consumo e da economia. Tem um dado muito poderoso na categoria de perfumaria,
que é uma das que a gente trabalha, que mostra que 75% da conversão é física
porque a pessoa ainda quer experimentar o produto, embora passe boa parte do tempo
no digital para conhecer um novo produto. O desafio que eu vejo para as plataformas é
como melhorar o nível de serviço. No nosso caso, o desafio é melhorar cada vez mais as
farmácias e os ambientes digitais. Como sofistica o atendimento, serviço e tecnologia
para aproximar essas experiências, tanto no físico como no digital. Para que o canal
quase que seja um meio neutro. A experiência tem de ser cada vez mais nivelada. Eu
vejo isso como uma tendência e um olhar importante que o mercado como um todo
está em construção, e não só o varejo brasileiro.
“Temos resultados comprovados de que a
omnicanalidade é o que entrega maior valor”
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 13
inspiração
Coragem para avançar
Fotos: Arquivo Pessoal
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“Cada escolha é uma chance de nos aproximarmos mais de quem
somos e do impacto que desejamos gerar no mundo”
Valéria Oliveira
Especial para o propmark
Avançar na vida é um ato de coragem. Todos os dias, sou convidada a enfrentar minhas
incertezas e desafiar meus limites.
A coragem é o combustível que nos impulsiona a sair do lugar comum e buscar
uma vida alinhada ao nosso propósito.
Para muitos, a coragem não é a ausência de medo, mas a escolha de seguir em frente,
apesar dele. Ela é a força silenciosa que nos sustenta, mesmo quando o cenário parece
adverso. Seja no campo pessoal ou profissional, os passos em direção ao propósito exigem
uma entrega que pode parecer assustadora, mas que nos conduz a uma realização genuína
e transformadora.
A vida tem uma forma única de nos enviar sinais — às vezes sutis, outras vezes inconfundíveis
— que nos desafiam a mudar de direção.
Para lidar com isso, busco integrar e viver com propósito para compreender que nossos
sonhos e talentos têm um impacto maior do que imaginamos.
Esses momentos são convites para reavaliarmos nosso caminho, repensarmos nossas
prioridades e nos alinharmos ao que verdadeiramente importa. Muitas vezes, essas reflexões
emergem em crises, transições ou períodos de incerteza. Nesses instantes, coragem
não é apenas uma virtude: é uma necessidade.
Os medos de errar, falhar ou ser julgado são alguns dos maiores bloqueios para avançarmos.
No entanto, é por meio dos erros que aprendemos, pelas falhas que nos tornamos
resilientes e pelos julgamentos superados que ganhamos confiança em nossa verdade. Ter
coragem não é ser invulnerável, mas reconhecer a vulnerabilidade como um trampolim
para o crescimento.
A coragem não surge em grandes atos heróicos, mas é cultivada em pequenas decisões
cotidianas, ela se manifesta nas pequenas decisões diárias: dizer “sim” a uma oportunidade
que nos tira da zona de conforto, “não” a padrões que já não nos servem, ou até “talvez”
a caminhos que ainda não compreendemos completamente. Cada escolha é uma chance
de nos aproximarmos mais de quem somos e do impacto que desejamos gerar no mundo.
Também é essencial confiar em si mesmo. Reconhecer nossas conquistas, acolher nossos
aprendizados e celebrar nossa jornada nos dá força para continuar. E, embora a coragem
seja uma jornada individual, ela é potencializada pela conexão com o outro. O apoio
de mentores, amigos e comunidades fortalece nossa determinação e nos lembra que não
estamos sozinhos.
Quando nossas escolhas estão alinhadas ao nosso propósito, nossas realizações se tornam
mais significativas. O sucesso deixa de ser apenas uma métrica externa e se transforma
em uma profunda sensação de plenitude. A coragem de explorar nossos potenciais não
apenas nos eleva, mas também gera um impacto positivo ao nosso redor.
Coragem, no entanto, não é uma estrada linear. É um convite contínuo a nos perguntar:
“Estou vivendo de forma autêntica e alinhada ao que realmente acredito?” Reflita sobre os
pequenos atos de coragem que você já realizou hoje — mesmo que tenham passado despercebidos.
Muitas vezes, é na sutileza dessas ações que reside a força para avançar, passo
a passo, em direção a uma vida com mais significado.
A coragem para avançar é um presente que damos a nós mesmos. É a decisão de viver
com autenticidade e propósito, de abraçar o desconhecido com esperança e de persistir
mesmo quando o caminho parecer difícil. Porque é no movimento, na ação e no avanço que
encontramos as respostas que tanto buscamos.
Valéria Oliveira é especialista em desenvolvimento
de líderes e gestão da cultura
14 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
O SXSW 2025 está chegando
e este ano o TakeOff vem junto,
direto de Austin.
TakeOff aquece as turbinas
em 3 dias de encontros com os CMOs
das marcas mais importantes do Brasil,
dividindo as percepções mais quentes
durante a programação oficial do festival.
EMOTION
DRIVEN
HANDS.AG
mercado
SXSW seduz publicidade brasileira com
debates que apontam futuro das marcas
Evento realizado na cidade de Austin, capital do Texas (EUA), entre os
dias 7 e 15 e março, terá a frente de conferências dividida em 23 trilhas
Adam Kissick / Divulgaação SXSW
Em 2024, o evento reuniu 3.852 palestrantes, 1.702 painéis, 161.397 espaços de exposição no Creative Industries Expo com 14 países representados e 256 confraternizações
C
Janaina Langsdorff
O
festival South by Southwest
(SXSW) atrai cada vez mais publicitários
sedentos por conhecimento.
Brasileiros vão em bando. Estima-
-se que mais de 1,6 mil participantes
desbravaram as ruas de Austin, capital
do Texas (EUA), no ano passado. Essa foi
uma das maiores delegações internacionais
do SXSW. Na terra do Velho Oeste,
a corrida é para descobrir os sinais
apontados por um dos maiores eventos
de inovação do mundo.
Rodapé.pdf 1 21/02/2025 12:27
A 39ª edição, que ocorrerá de 7 a 15 de
março de 2025, terá entre os palestrantes
Issa Rae, a atriz da série ‘Insecure’, da HBO;
Meredith Whittaker, presidente da Signal;
e Ben Lamm, fundador e CEO da Colossal
Biosciences. Eles se juntam ao ator Joe
Manganiello para debate sobre edição de
genes, clonagem e úteros artificiais. John
Fogerty, da banda Creedence Clearwater
Revival; Jay Graber, CEO da Bluesky; e
Arvind Krishna, presidente e CEO da IBM,
também foram confirmados. “Jay Graber e
John Fogerty são adições excelentes para
o que está se tornando uma programação
fascinante de palestrantes principais”, comenta
em nota Hugh Forrest, copresidente
e diretor de programação do evento.
Outro destaque é o elenco da série
‘The last of us’, da HBO, com Pedro Pascal,
Bella Ramsey, Gabriel Luna, Kaitlyn Dever,
Isabela Merced e Young Mazino, além dos
diretores Craig Mazin e Neil Druckmann.
A segunda temporada estreia no dia
13 de abril. “Todo ano, o SXSW reúne um
grupo de palestrantes que surpreendem
e superam fronteiras com storytelling e
representação, endossando uma comunicação
segura”, declara Forrest.
A programação ainda tem Hideo Kojima
(designer de jogos), Kasley Killam
(especialista em saúde social), Keith Lee
(crítico de gastronomia e criador de conteúdo),
RJ Scaringe (CEO of Rivian), Conan
O’Brien (comediante e produtor), Kevin
Bacon (ator e músico), Taylor Tomlinson
(comediante e apresentador do ‘After
midnight’) e Andrew McMahon (cantor e
compositor da Something Corporate).
A lista segue com Cristiano Amon
(CEO da Qualcomm Incorporated), Alan
Bergman (copresidente da Disney
Entertainment), Chelsea Clinton (vice-
M
Y
PATROCÍNIO EXCLUSIVO:
CM
MY
EMOTION
DRIVEN
CY
CMY
K
16 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
-presidente da Clinton Foundation e
cofundadora da HiddenLight Productions),
o ator David Duchovny (vencedor
do Globo de Ouro, diretor e autor
bestseller do New York Times), Josh
D’Amaro (presidente da Disney Experiences),
Scott Galloway (professor de
marketing da New York University/NYU
Stern e autor bestseller), Arlan Hamilton
(autora e fundadora do Backstage
Capital), o comediante Marc Maron (escritor
e apresentador do podcast WTF)
e a pesquisadora Molly White (engenheira
de software e fundadora do site
Web3 is Going Just Great).
Pertencimento e conexão humana
estão entre os temas da agenda dividida
em 23 trilhas: 2050, Advertising & Brand
Experience, Artificial Intelligence, Climate
& Sustainability, Creating Film & TV,
Creator Economy, Culture, Design, Energy,
Fashion & Beauty, Film & TV Industry,
Food, Game Industry, Government & Civic
Engagement, Health & MedTech, Music
& Tech, Music Industry, Psychedelics,
Startups, Tech Industry, Transportation,
Workplace e XR.
Entre as sessões confirmadas, estão:
‘A conversation about online security
and confidentiality with Signal president
Meredith Whittaker’; ‘Change starts now
and it starts with us!’; ‘Claiming the future
of entertainment’; ‘Fans over fees:
Touring in the age of secondary market
greed’; ‘How technology is transforming
urban spaces and building cities of the
future’; ‘Kevin Bacon: A career retrospective
from Footloose to The Bondsman’;
‘The last of us: Cast and creators on season
2’; ‘Mastering the art of influencer
entrepreneurship’; ‘The moment we’re
in: Transitioning how we move, think
and change the planet’; e ‘The story of
Solana. Why it’s the ecosystem fueling
the future of web3’.
Bang Bang
O polo do evento é o Austin Convention
Center (ACC), com painéis em diversos
formatos. Discussões ao vivo ocorrem
em espaços que vão desde salas
pequenas até auditórios com plateias
ávidas para ver artistas e presidentes
de empresas com status de celebridade.
Visionários também costumam arrastar
multidões. Greg Brockman, cofundador e
presidente da OpenAI, dona do ChatGPT,
foi um deles. Em 2023, esteve em debate
mediado pela jornalista Laurie Segall.
No mesmo ano, Ryan Gellert, CEO da
marca de roupas californiana Patagonia,
subiu aos palcos do SXSW, enquanto
o fundador da grife, Yvon Chouinard,
ganhava o Lion Heart, no Cannes Lions.
A Patagonia processou o presidente
Festival de música somou 208.904 participantes de 55 países, 7.009 artistas e 1.248 shows em 65 palcos no ano passado
David Brendan Hall/ Divulgação SXSW
Painel ‘A conversation with Daisy Ridley’, intérprete de Rey na franquia Star Wars
River Callaway/ Divulgação SXSW
A atriz Jane Fonda em sessão sobre ativismo em Hollywood, no Austin Convention Center
Aaron Rogosin/Divulgacao SXSW
“Não podemos
permitir que as
pessoas sejam
vítimas de um
colapso digital”
norte-americano Donald Trump, e conseguiu
conter a diminuição de reservas
nacionais, em 2017.
Um ano antes, quem participou do
SXSW foi o então presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, que falou sobre
liderança. Mark Zuckenberg, Elon Musk,
Lady Gaga, Oprah Winfrey, The Black Keys
e Dave Grohl, vocalista da banda Foo Fighters,
também integraram a lineup do
evento. Entre os brasileiros que já passaram
por Austin, estão Bia Ferreira, Marcelo
D2, João Brasil, Dani Gurgel, Dendê &
Band, Glue Trip, Papisa e Tagua Tagua.
armados
O tiroteio se espalha por toda a cidade.
Há sessões em hotéis localizados no entorno
do centro de convenções, além de
encontros e festas extra oficiais, happy
hours, shows em bares e ativações de
marcas. Em 2024, o evento realizado entre
os dias 8 e 16 de março recebeu 512.722
pessoas, considerando as conferências,
festivais e o SXSW EDU, voltado para inovação
na área educativa. Com 24 trilhas,
a frente de conferências reuniu 228.738
participantes de 108 países, entre visitas
presenciais e a distância, pelo YouTube.
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 17
programação
Data Hora Local Palestrante Tema
7/3
8/3
9/3
10/3
11/3
12/3
13/3
11h30
11h30
14h30
16h
10h
10h
10h
10h
11h30
11h30
11h30
ACC - Ballroom D
ACC - Ballroom EF
ACC - Room 16AB
ACC - Ballroom D
Austin Marriott Downtown
- Waller Ballroom D
ACC - Ballroom EF
Austin Marriott Downtown
- Waller Ballroom AB
ACC - Room 5ABC
Austin Marriott Downtown
- Waterloo Ballroom
4-6
JW Marriott - Salon E
ACC - Room 8ABC
16h JW Marriott - Salon 6
10h
10h
10h
11h30
10h
14h30
14h30
14h30
11h30
14h30
14h30
16h30
13h
14h30
14h30
15h
Hilton Austin
Downtown - Salon K
Austin Marriott
Downtown / Waterloo
Courtyard Marriott Rio
Grande Ballroom
JW Marriott - Salon E
JW Marriott - Salon E
JW Marriott - Salon FG
Courtyard Marriott
Brazos I-II-III
The Line - Topaz Ballroom
1-2-3
ACC - 12AB
Courtyard Marriott
Brazos I-II-III
ACC - Room 8ABC
Hilton Austin
Downtown - Salon A
Hilton Austin
Downtown - Salon B
Hilton Austin
Downtown - Salon B
Hilton Austin
Downtown - Salon K
Hilton Austin
Downtown - Salon B
Niall Firth
MIT Technology Review
Victor Glover, Christina Koch
e Reid Wiseman (Nasa);
Jeremy Hansen (Canadian Space Agency)
(crítico de gastronomia
Keith Lee e criador de conteúdo)
Jennifer Quigley-Jones (Digital Voices)
Rohit Bhargava
The Non-Obvious Company
Ifeoma Ajunwa (Emory University)
Satwik Mishra (Center For Trustworthy Technology - WEF)
Julie Owono (Internet Sans Frontières)
Molly Dewolf Swenson e Ev Williams
(Mozi)
Baratunde Thurston
(Multiverses Media / Life With Machines)
Dan Burgar (Frontier Collective)
Kristine Colosimo (Newlab)
Mark Masongsong (Urbanlogiq)
James Louderback
Inside the Creator Economy
Brent Geary e Janelle Neises
CIA
Maria Fabro (23/32 Films)
Han West (Washington Square Films)
Juli Rush
University of Houston
Reece Hobbins (The Taboo Group)
John Millward (SoHo Experiential)
Rukasana Bhaijee (Financial Times)
Rahel De Vriend (VHTO)
Yeni Joseph (TNW - a Financial Times Company)
Ryan Patel (HEC)
Kate Baucherel (Galia Digital)
John Gauntt (Culture & Code)
Paul Osterhout
Century Media
Nancy Harhut
HBT Marketing
Noor Naseer
Basis Technologies
Alivia Chapla (Astrobotic)
Josh Marshall (Intuitive Machines)
Trina Patterson (Firefly Aerospace)
Nilufar Ramji (Nasa)
Jennifer Kilian (McKinsey and Company)
Nathan Weyer (Forpeople)
Andrea Fernandes (Publicis Groupe)
Wesley Gonsalves (Brazil Journal)
Jennifer Coronado e Ben Morris
(Industrial Light & Magic)
Svana Gisla (ABBA Voyage)
Lizzie Pocock (Treatment Studio)
Simon Allinson
Prose on Pixels - Havas Company
Giordano Maestrelli (Stink Films)
Gabriel Mattar (Innocean Berlin)
Anja Osterhaus (Reporter Ohne Grenzen)
Juan Señor (Innovation Media Consulting Group)
Vivien Puppa Kocsis (Harvard)
Ani Chahal Honan (Yunity & Imagine Fund)
Michelle Li (Clever Carbon)
Laurie McGinley
Via Lucent
Stephen Balkam (Family Online Safety Institute)
Kieran Donovan (k-ID)
Stacy Feuer (Entertainment Software Rating Board - ESRB)
Jennifer Lane (Another Axiom)
Bhuva Shakti
Wallet Max e Bhuva’s Impact Global
10 breakthrough
technologies of 2025
Meet the astronauts going
to the moon with
NASA’s Artemis II
Mastering the art
of influencer
entrepreneurship
7 non-obvious secrets of
understanding people to predict
the future
The crisis or hope of global
AI governance?
Primal instincts: Making social
“social” again
The future of innovation: Spaces
for humanity and connection
The past, present and weird future
of the creator economy
Mission possible:
The spies’ guide to creative
problem solving
Surviving creativity:
How production
people carry on
When the future dies:
Putting endings in
our beginnings
The future of brand experience
design: How brands will be lived,
felt and shared
DEI in tech: Too little, too late?
The futurist toolkit: Building a
business strategy for 2050
How to create your perfect pitch
3 dangerous mistakes
marketers make with
today’s consumers
Tackling advertising in the
misinformation era
Messaging the moon:
Collaborative storytelling
in space exploration
Pitch camp! How to
win new clients at your
creative agency
Storms of innovation:
Driving creativity in
turbulent times
Seeing sound: The future
of live experiences
Cutting-edge creativity:
Mastering AI production
for brands
Fighting propaganda
with human creativity
in the digital age
Earth’s key creature is invisible -
but seen from space?!
Imagine: Healing the planet with
regenerative capitalism
What Napoleon (and other
dictators) teach us about climate
Access to play:
Protecting children and privacy
Transforming business
and communities with
sustainable inclusion
Foram 3.852 palestrantes, 1.702 painéis, 161.397 espaços de exposição
no Creative Industries Expo com 14 países representados
e 256 confraternizações e eventos especiais. O festival
de música reuniu 208.904 participantes de 55 países, 140.060
obras musicais de 7.009 artistas e 1.248 shows em 65 palcos.
Já o Film & TV Festival, que exibe filmes e séries de TV e promove
competições, totalizou 68.844 participações de 36 países
- 11.886 apenas de XR Experience -, 7.542 projetos, 419 exibições,
235 estreias, 37 cerimônias de tapete vermelho e 47 premiados.
No Comedy Festival, foram 40 mostras de 71 humoristas, e o
SXSW EDU teve 10.234 participantes de 44 países e 386 sessões
ministradas por 1.108 speakers. Brasileiros participaram de palestras,
além de meetups, filmes, shows e demonstrações.
Acesso
Entre veteranas e estreantes, marcas nacionais ganharam
espaço. Patrocinador do evento, o Itaú Unibanco foi uma delas.
Embalado no plano de democratizar o acesso ao conhecimento
e tendências globais, o banco acaba de confirmar o
seu apoio ao evento pelo terceiro ano consecutivo.
Os clientes da instituição terão acesso a benefícios para a
compra de credenciais Platinum (US$ 1.695) e Interactive (US$
1.295) até o dia 15 de março. As palestras online serão legendadas
em português e espanhol e ficarão disponíveis gratuitamente
no site do SXSW, repetindo a iniciativa tomada em 2024.
“Em um mundo cada vez mais conectado, é essencial
oferecer ferramentas que auxiliem os nossos clientes a
alinhar suas estratégias às transformações globais, fomentando
o empreendedorismo, a criatividade e o desenvolvimento
de seus negócios”, diz em comunicado Rodrigo Montesano,
head de experiência de marca e patrocínios do Itaú,
apoiador da Casa São Paulo, que desembarcou em Austin
pela primeira vez em 2024.
Renomeado para SP House, o espaço para debates e shows
foi montado pelo governo do estado de São Paulo, por
meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas,
e da InvestSP, agência de promoção de investimentos ligada
à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e a Prefeitura
de São Paulo, em parceria com a ONG Gerando Falcões.
Com design inspirado na cultura urbana e no grafite, a
instalação - que passou de mil metros quadrados para 1,2
mil metros quadrados - deve ultrapassar a marca de dez mil
visitantes registrados em 2024. A fachada será pintada por
um artista paulista, ainda não revelado. Em 2024, quem assinou
a obra foi o muralista Eduardo Kobra. Segundo o governo,
a meta é atrair investimentos e posicionar São Paulo como
centro global de inovação e economia criativa. Para Marilia
Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas,
a iniciativa “será uma vitrine para mostrar o potencial de São
Paulo para o mundo”, confirma.
Tecnologia e inovação; impacto social; economia criativa,
jogos e audiovisual; e artes e festivais são os temas da
agenda, com destaque para sustentabilidade e negócios, que
permeiam todas as atividades, com palestras, workshops e
ações de networking. A estrutura ainda tem estúdio para
transmissões via streaming.
“A SP House vai mostrar ao mundo o que São Paulo pode
oferecer, como um ecossistema de inovação, centros de pesquisa
e universidades de ponta, uma diversidade cultural única
e um mercado consumidor de 45 milhões de pessoas”, frisa
Rui Gomes, presidente da InvestSP. O espaço contará com a
presença da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura
e Abastecimento. Ambev, Fundação Itaú, Itaú, Toyota,
Sabesp e a Companhia de Processamento de Dados do Estado
de São Paulo (Prodesp) ainda estão entre os patrocinadores.
O potencial de negócios do SXSW chama a atenção. Em
2023, o evento gerou um impacto econômico da ordem de
US$ 380,9 milhões, incluindo gastos locais efetuados pelos
18 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Em 2025, o festival apresentará a sua 39ª edição com a promessa de aportar pela primeira vez em Londres
Divulgação/SXSW
participantes e parceiros em hotéis, bares, restaurantes,
teatros, entre outros serviços. A média diária de gastos
foi de aproximadamente US$ 225.
Outras empresas notaram o filão. Porto, PwC Brasil,
Hospital Albert Einstein e Embraer já patrocinaram painéis.
Nesse grupo, está também a Natura, que em 2024
garantiu a presença da ativista indígena Txai Suruí para
falar sobre bioeconomia. A Spcine, rede de salas de cinema
da Prefeitura de São Paulo, estendeu apoio ao jantar
‘Filmmakers in competition’, enquanto a Bossa.etc bancou
o ‘Daily video highlights’, boletim com vídeos diários.
Enquadradas no “presented by”, essas sessões integram
o partner programming, com painéis pagos por marcas
mediante curadoria e limite de 10% da programação.
Já a empresa de tecnologia Unico repete presença
neste ano com a palestra ‘Protegendo a identidade digital
quando desastres ambientais acontecem’, com
Yasodara Cordova, head de pesquisa em privacidade e
identidade digital da companhia. “Em momentos de crise,
as pessoas enfrentam desafios extremos. Não podemos
permitir que, além da catástrofe, elas sejam vítimas
de um colapso digital”, adverte a especialista.
Executivos na linha de frente da tomada
de decisão representam 32% do público
Na demografia do SXSW, homens e
mulheres dividem o mesmo percentual
de participação (50%). A
incidência relativa à idade varia entre
36 e 45 anos (31%); 26 e 35 anos (28%);
e 46 e 55 anos (22%), com renda entre
US$ 100 mil e cerca de US$ 150 mil (19%).
Executivos posicionados na linha de
frente da tomada de decisão das companhias
perfazem 32% do público, predominantemente
formado por profissionais
de micronegócios (33%), pequenos
empreendimentos (30%), organizações
de grande porte (26%) e startups (19%)
ligadas aos setores de tecnologia, bens
de consumo, design, entretenimento e
educação, entre outros segmentos.
Proximidade com clientes (54%),
desenvolvimento de carreira (44%) e
descoberta de novas oportunidades de
negócios (44%) são as principais metas
de quem se aventura em Austin. Do total
de visitantes, 75,4% vêm dos Estados Unidos.
O Brasil está entre os 20 principais
países participantes, de um total de 108
nações.
Berço
Misto de festivais de música, filme,
cinema e TV, o SXSW arrebata mesmo
Festival foi idealizado por jornalistas da publicação The Austin Chronicle em 1987
os profissionais da indústria de comunicação
pelas conferências. Recorrentes
na agenda, assuntos como tecnologia,
interatividade e inteligência artificial
tornaram a vida da propaganda e da
mídia muito mais complexas. Respostas
podem vir para embasar questões pre-
Tico Mendoza/ Divulgação SXSW
mentes na condução de negócios e na
estratégia de marketing das marcas.
Mas é a música que remonta a origem
do evento. Realizado desde 1987, o
SXSW surgiu de debates entre jornalistas
da publicação local The Austin Chronicle
sobre o futuro do entretenimento e da
Proximidade com
clientes, carreira
e negócios são
as metas de quem
se aventura
em Austin
mídia. Roland Swenson, Louis Black, Nick
Barbaro e Louis Jay Meyers são os cofundadores.
Novas frentes, como a de Filme,
foram incorporadas ao longo dos anos.
O evento foi tão longe que hoje abraça
gurus da inovação em diversas áreas - da
medicina à publicidade.
Em 2023, o SXSW ganhou uma edição
em Sydney, na Austrália. O próximo destino
deve ser Londres, em junho deste
ano. O que esperar dos brasileiros? Um
duelo por criatividade, irreverência e
entusiasmo para estudar as transformações
culturais impostas pela tecnologia,
redes sociais, entretenimento, televisão
e música, e entender como essas mudanças
ditarão o rumo das marcas nos
próximos anos.
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M
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PATROCÍNIO EXCLUSIVO:
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jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 19
mercado
‘Minha geração foi muito impactada’
A baiana Gal Barradas tem mais
de 30 anos de experiência no
mercado publicitário. Iniciou
sua carreira ainda em Salvador,
na DM9. Ao vir para São Paulo,
entrou para o time da F/Nazca,
onde participou do que considera
‘o grande case de sua carreira’, da
‘cerveja que desce redondo’, para
Skol. Depois, se tornou sócia da
F.biz, que também considera outro
grande destaque. A executiva
já liderou o próprio negócio de
consultoria para startups e hoje
atua como diretora de growth na
Rio Bravo Investimentos. Mesmo
com anos de carreira, Gal declara:
“Tudo de novo que acontece no
mercado, eu quero aprender”.
Divulgação
Gal: “Hoje eu sou 100% dedicada à Rio Bravo Investimentos, como diretora de growth”
Bruna Nunes
HISTÓRIA
Desde pequena eu tinha uma curiosidade
de entender por que uma determinada
marca falava daquele jeito, por que
ela se expressava daquela maneira. Eu
me formei em administração de empresas,
que é uma coisa que eu adorei ter
feito, me trouxe bases muito consistentes,
assim, para o que virou minha carreira
mesmo. Porque eu sempre trabalhei
na área de comunicação, na área de estratégia
e negócios. Depois, eu achei que
seria interessante ter alguma informação
na questão do texto, da narrativa, da
comunicação por imagens e foi o que me
levou a fazer a pós-graduação em semiótica.
Como São Paulo sempre foi o grande
mercado da publicidade, assim como
outros baianos, acabei migrando para cá.
CARREIRA E AGÊNCIAS
Eu fui estagiária de algumas empresas,
mas eu queria trabalhar em agências.
Tive a oportunidade de começar com
Duda Mendonça, quando a DM9 ainda era
uma agência de Salvador, a única agência
fora do eixo Rio-São Paulo que ganhava
prêmios, que tinha destaque nacional,
inclusive prêmios internacionais. Em São
Paulo, na F/Nazca, tive a oportunidade
de trabalhar com pessoas espetaculares,
como Washington Olivetto, Fábio Fernandes,
e foi onde eu fiquei mais tempo. Participei
de toda a construção da cerveja
‘que desce redondo’ junto com a agência,
que eu considero o grande case que participei
na minha vida. Depois eu senti a
necessidade de ascender para uma área
mais de gestão e me tornei sócia da F.biz.
Foi a primeira vez que eu me tornei CEO
e, naquela época, não tinha presidente
mulher em agências, no Brasil.
DESTAQUES
Em case de marca, eu considero a
Skol. Como business case, eu considero a
F.biz o grande case da minha vida, porque
foi uma virada estratégica. Ela se tornou
realmente a referência de agência digital
na época, foi vendida com muito sucesso
para o Grupo WPP. Mas, de arrancar
uma empresa do zero, com um investimento
de porte, foi o caso da BETC. Eu
tenho muito carinho pela BETC Paris até
“Não é verdade
afirmar que
pessoas com mais
de 50 anos são
ultrapassadas”
hoje, eu considero ela, assim, no topo das
agências de nível global. Depois, veio o
convite para ser presidente do Grupo Havas
no Brasil e fizemos várias mudanças.
STARTUPS
Chegou um momento, que foi justamente
quando eu estava perto dos 50
anos, que eu pensei assim: ‘minha missão
aqui está cumprida, eu preciso agora
me reorientar, reorientar minha carreira
para coisas que são muito novas e transformadoras’.
Então, eu resolvi sair para
investir no mundo das startups. Foi um
movimento, na época, ousado, até bas-
tante arriscado, mas é um pouco a história
da minha vida. Lancei a Gal Barradas
Brand&Venture e também dei consultoria
para marcas importantes do mercado,
fiz trabalhos muito legais de branding, de
cultura corporativa e revisão de portfólio
de produtos, entre outros serviços. Hoje,
eu sou 100% dedicada à Rio Bravo Investimentos.
Como diretora de growth, tenho
a missão de ajudar a empresa a crescer,
a se desenvolver e a usar mais os mecanismos
de comunicação, dados e de
tecnologia.
MERCADO
Minha geração, de mais de 50 anos,
foi impactada por muitas mudanças em
um curto período. Mas eu me vejo muito
naquela criança curiosa que fui, sabe?
Tudo de novo que existe, que acontece
no mercado, no mundo, na vida, na
tecnologia, eu quero aprender. Porque
senão alguém vai falar por mim. Não é
verdade que pessoas com mais de 50
anos são ultrapassadas. Nem é verdade
afirmar que pessoas muito jovens são
as mais antenadas do mundo. Nenhuma
das duas afirmações estão certas.
20 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
retail media
Redes de varejo monetizam com o canal,
que projeta receita de US$ 293 bi até 2029
Amazon, Mercado Livre, Magalu, Panvel, RaiaDrogasil e Pague Menos
estão entre as líderes de faturamento no Brasil, que lucra R$ 3,8 bi
Divugação
O retail media vem ganhando espaço global e projeta faturamento de cerca de US$ 300 bi até 2029 e atrai empresas como a JCDecaux , que cuida da disciplina no Carrefour
Paulo Macedo
A
publicidade exibida nos canais online proprietários
das redes varejistas e marketplaces e,
também, de parceiros, é o que o mercado convencionou
chamar de terceira onda da atividade. O
volume alocado, porém, não é mais fruto de previsão.
De acordo com a pesquisa da Omdia, do grupo
americano TechTarget, o retail media já é realidade e
boom global. Com investimentos de US$ 123 bilhões
em 2023, que vai se beneficiar ainda mais com o
avanço do comércio eletrônico, vai chegar a US$ 293
bi até 2029. Para este ano, segundo informações da
Coresight Research, o volume alcançará US$ 179,5 bi,
superando o meio televisão.
“O segmento de mídia de varejo chinês, mais maduro
atualmente, responde por cerca de metade da receita
global, mas isso cairá para 40% à medida que o mercado
global prolifera. A Amazon é um player líder no mercado
fora da China, respondendo por quase 70% do restante da
receita de publicidade de mídia de varejo do mundo em
2023. E, embora sua participação caia nos próximos cinco
anos à medida que outros varejistas melhoram seu jogo
no espaço, um Amazon Prime Video suportado por anúncios
e outras estratégias de mídia fortalecerá a posição
competitiva do gigante do comércio eletrônico”, relata a
Omdia no seu website.
A Omdia também crava que, em quatro anos, US$
75 bi serão gerados por publicidade “de não varejistas,
mas de empresas de mídia, fornecedores de tecnologia
de anúncios e outros intermediários, a partir de operações
de mídia de varejo”. Isso significa que, somado às
de varejistas, em 2029 o volume chegará a US$ 368 bi.
A utilização da ferramenta, nas palavras de Luiz
Ruiz, CSO da martech Wigoo, “promove um retorno positivo
para os varejistas e uma experiência melhor para
o cliente”. Ele acrescenta: “O retail media deixou de ser
tendência para se tornar a realidade que veio para
transformar a interação entre marcas e consumidores,
gerando resultados significativos e remodelando o futuro
do marketing”.
“A mídia de varejo crescerá mais rápido e será maior
do que quase todos os outros segmentos de anúncios
nos próximos cinco anos”, comentou Matthew Bailey,
“O retail media deixou
de ser tendência para
se tornar realidade”
22 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Divulgação
Divulgação
Carolina Piber é gerente-geral da Amazon Ads no Brasil, líder do mercado global de retail
A executiva Karina Bernardo é head da divisão Privallia Ads: 600 marcas atendidas
analista sênior da Omdia. “À medida que a mídia de varejo
evolui e amadurece, ela fornecerá aos varejistas
oportunidades substanciais para maximizar a lucratividade
e monetizar ativos e plataformas de dados antes
inexplorados. E, crucialmente, também criará fluxos de
receita aditivos em todo o ecossistema.”
Ruiz, da Wigoo, cita dados da Confederação Nacional
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),
que acredita que em período de alta demanda pode
movimentar no varejo do Brasil R$ 69 bi. “Justamente
por gerar um impacto tão positivo é que usamos
o retail media nas nossas estratégias de marketing
de performance. Esse modelo permite que marcas e
anunciantes se conectem com consumidores já no ambiente
de compra, propício para as conversões, aumentando
a probabilidade de sucesso”, aponta.
“O retail media deixou de ser tendência para se tornar
a realidade que veio para transformar a interação entre
marcas e consumidores, gerando resultados significativos
e remodelando o futuro do marketing”, finaliza Ruiz.
BRASIL
O mercado brasileiro segue a vertente internacional
e já contabiliza volume gigante nesse segmento: é
o país que mais cresce no mundo. No ano passado, de
acordo com pesquisa da Vtex Ads, que adquiriu no ano
passado o controle da Newtail, com apoio da ComScore
e Enext (do ecossistema VML Brasil), o investimento
consolidado foi de R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 700 milhões
realizados pela plataforma Mercado Ads, que tem
market share de 62% do negócio. Seguido por Magalu,
Panvel e RaiaDrogasil e PagueMenos, que aparecem
“A tendência é o
in-store, ou seja,
conseguir integrar a
loja física com o digital”
com 29%. Na sequência, GPA e Casas Bahia. Mas a líder,
com 81%, é a Amazon Ads.
A análise detectou os seguintes pontos: 64% das marcas
brasileiras, 55% dos principais varejistas e 57% das
grandes agências de marketing já trabalham com o canal
retail media; anunciantes aumentaram ou dobraram
o investimento nos últimos 12 meses; 10% dos grandes
anunciantes investiram R$ 25 milhões no canal em 2023;
anunciantes pretendem aumentar o investimento em
2024; 62% dos grandes anunciantes investiram de R$ 5
milhões a 10 milhões em retail, em 2023 e 2024.
João Werner, general manager do Vtex Ads, esclarece:
“O retail media está em um momento de forte
crescimento e consolidação globalmente e no Brasil
não é diferente. Por termos um mercado altamente
fragmentado e muito competitivo, a adoção do retail
media por aqui passou por alguns desafios e desconfianças
inicialmente. Porém, ao longo de quatro anos,
é possível ver uma evolução considerável, no qual
grandes varejistas e anunciantes apostam na estratégia
com alto investimento. Mercado Livre e Amazon
foram os precursores do retail media globalmente.
Além deles, no Brasil, Casas Bahia, Americanas e Magazine
Luiza foram os primeiros players a utilizarem
formatos mais tradicionais, como anúncios patrocinados
nos seus e-commerces, alinhados às ações de
trade marketing”.
O executivo da Vtex Ads diz ainda que os anúncios
offsite, veiculados no Facebook, Instagram e TikTok,
estão sólidos no mercado. “Nos últimos dois anos,
vimos o retail media se expandir consideravelmente,
indo além das campanhas onsite (dentro das propriedades
do varejista). A tendência é o in-store, ou seja,
conseguir integrar a loja física com o mundo digital
ao criar campanhas omnichannel nos espaços físicos.
A Casas Bahia é um exemplo de player que tem feito
isso com excelência”, assegura.
“Hoje vemos que é possível oferecer aos anunciantes
uma rede completa de players, na qual eles
podem criar as campanhas em uma única plataforma
360º, que funciona como consolidador de retail media.
Já estamos vendo isso acontecer com Mercado
Livre, Amazon Ads e é o caminho que o Vtex Ads está
seguindo”, acrescenta Werner.
Monetização à indústria é agregado adicional aos
varejistas e sellers de qualquer porte. “Para as marcas,
o retail é estratégico, pois elas conseguem ganhar
maior assertividade na comunicação no e-commerce
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 23
Fotos: Divulgação
Ariel Barlaro é VP da Dataxis para a região Américas João Werner é general manager da Vtex Ads no Brasil Allan Barros é CEO da Pullse e da Acaleraí, do Dreamers
ao atingir consumidores que realmente estão no momento
de compra de determinado produto. No final,
todos ganham e o consumidor tem uma experiência
de compra fluida e aderente ao seu momento. Já o varejo
consegue disponibilizar diversos espaços publicitários
para a venda, focando em rentabilização extra e
maior chance de conversão em virtude de campanhas
altamente segmentadas e focadas no comportamento
de compra do shopper”, complementa Werner, que faz
menção à capacidade de mensuração do retail media.
“Os anunciantes conseguem realmente entender o
impacto das campanhas em vendas, indo além de cliques
e impressões como as mídias tradicionais fazem.
Por exemplo, uma marca de bebidas pode testar uma
campanha em determinado varejista para medir se o aumento
nas vendas é realmente atribuído aos anúncios
veiculados. Outro caminho é fortalecer a construção de
marca e awareness junto a um público altamente qualificado.
Os principais varejistas mundiais se tornaram
players de publicidade. A Amazon, por exemplo, fatura
cerca de US$ 56 bi em vendas de anúncios, Walmart chega
a US$ 2 bi e Mercado Livre em R$ R$ 700 milhões, segundo
relatório dos próprios players.”
GROWTH
Que o modelo retail está em processo de elevação
vertical de negócios é fato. Players como a Privalia Ads
alimentam esse mantra ratificando que em 2024 o crescimento
foi de 138% em relação ao ano anterior. São 600
marcas conectadas à mídia, entre as quais Natura, Chevrolet,
Schwarzkopf, Decathlon, MAC e Grupo Boticário.
“O ticket médio por cliente apresentou um aumento
de 11%, refletindo o valor estratégico das campanhas e
o fortalecimento das relações com as marcas. A taxa de
recompra, ou seja, marcas que voltam a fazer negócios
com o Privalia ADs, bate os 65%”, explica Karina Bernardo,
head da Privalia Ads.
Se o varejo é anunciante, por que não se transformar
em canal? E capitalizar com seu fluxo proprietário
de shoppers? Allan Barros, CEO da Pullse e do Acelaraí,
tem as respostas: “Nos últimos quatro anos, sua evolução
foi acelerada pela digitalização das compras e pelo
avanço das plataformas de e-commerce. O que antes
era um modelo limitado à publicidade tradicional nos
“Passagem de
um modelo expositivo
para performance
driven media”
espaços físicos das lojas, hoje se tornou um ecossistema
altamente sofisticado, integrando dados first-party,
personalização em tempo real e formatos altamente
otimizados para conversão”.
Barros segue em sua avaliação, ressaltando que: “A
grande transformação desse período foi a passagem de
um modelo puramente expositivo para performance-
-driven media, onde a mensuração e o retorno sobre
investimento (ROI) passaram a ser os principais fatores
na decisão de compra de mídia dentro dos canais dos
varejistas, que começaram a entender que o tráfego gerado
em seus canais não era apenas um ativo para venda,
mas também um espaço publicitário de grande valor,
com um potencial de monetização robusto. Hoje, redes
como Casas Bahia e Amazon faturam bilhões com publicidade,
tornando-se verdadeiros ‘Google Ads’ do varejo”.
Especialista em varejo, Barros elenca alguns pontos-
-chave para o uso do retail ser eficaz:
1) A capacidade de utilizar os dados de compra e navegação
dos clientes. Isso permite segmentação avançada
e personalização de campanhas com alta precisão;
2) Tecnologia e integração omnichannel para que as
plataformas sejam integradas aos sistemas de CRM, inteligência
artificial e automação para ativação de campanhas
em tempo real;
3) Oferta de formatos publicitários otimizados como
display ads, search ads, vídeos interativos e até ações
em loja física sincronizadas com o digital;
4) Mensuração clara, atribuindo corretamente os resultados
ao canal para justificar investimentos maiores.
EVENTOS
A feira NRF (National Retail Federation) analisa
anualmente as principais tendências e inovações factíveis
para o varejo. O retail media teve propulsão nas
últimas três edições.
Mas o Brasil também está atento às propostas com
aplicabilidade local. A Dataxis, por exemplo, organiza o
NXT Media Days, que aconteceu em dezembro de 2024,
em São Paulo, que abriga o Retail Media Days Brasil,
que trouxe à luz o crescimento do social commerce,
tendências de inovação em retail media, e retail media
programática, com participação de líderes de empresas
como Kimberly Clark Brasil, Assaí Atacadista,
Casas Bahia Ads, Magalu e Uber Advertising.
“No caso do retail media, por exemplo, pequenos
varejistas podem fazer parte de redes maiores.
Empresas de cartões de crédito podem, ao mesmo
tempo, ser anunciantes em retail media, ter a própria
rede de commerce media dentro de seus aplicativos
de fidelidade e descontos, além de fornecerem dados
para o ecossistema”, enfatiza Ariel Barlaro, vice-presidente
da Dataxis para a região Américas.
“Os temas que geram mais interesse entre os executivos
incluem a mensuração e transparência dos
dados, pois a dificuldade em padronizar o impacto
das campanhas e a variabilidade na forma como os
varejistas reportam os dados dificulta a tomada de
decisões. Além disso, a colaboração entre indústria,
varejo e tecnologia é fundamental, pois a integração
entre esses atores é essencial para maximizar resultados
e gerar valor. Por fim, a evolução tecnológica e
a privacidade dos dados estão transformando o setor,
com o uso de tecnologias como os data clean rooms
e a segmentação avançada, enquanto é necessário
cumprir regulações como a LGPD para garantir a confiança
dos consumidores e a segurança dos dados”,
posiciona Barlaro, que fala do Brasil como país estratégico
para a Dataxis e para o retail media.
“Ele se tornou um mercado explosivo nessa área,
e eventos como esse possibilitam que temas locais
24 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Divulgação
ganhem visibilidade global. Empresas de tecnologia,
como Vtex, que já esteve presente na nossa grande
conferência em Nova York, também fazem parte desse
ecossistema, contribuindo para impulsionar ainda
mais esse setor. A Dataxis é uma empresa global de
pesquisa de mercado e organização de eventos voltados
para as indústrias de telecomunicações, TV e
mídia digital. Com conferências realizadas em várias
partes do mundo, a Dataxis é referência no fornecimento
de insights estratégicos e oportunidades de
networking, conectando líderes de indústria em um
ambiente colaborativo e inovador”, acentua.
Barlaro menciona ainda uma evolução do retail.
“O commerce media está em uma fase de crescimento
exponencial e evolução, exigindo que os
executivos acompanhem constantemente as mudanças.
Até o ano passado, por exemplo, falava-se
apenas de retail media e consideravam-se apenas
os varejistas. Em pouco tempo, novos segmentos
começaram a ser incorporados, impactando setores
paralelos”, finaliza.
CONVERSÃO
Carolina Piber, gerente-geral da Amazon Ads no
mercado brasileiro, faz uma reflexão sobre as soluções
de publicidade de funil completo que conectam
táticas de awareness, consideração e campanha de
conversão oferecidas pela plataforma.
“Nosso objetivo é fornecer estratégias coesas que
permitam às marcas medir e otimizar diretamente
em cada etapa da jornada do cliente. Com a utilização
de sinais primários, amplo alcance em conteúdo premium
como Brasileirão, Copa do Brasil e jogos da NBA
no Prime Video e recursos avançados de inteligência
artificial permitimos que anunciantes de todos os tamanhos
criem campanhas mais impactantes e orientadas
por insights que forneçam resultados significativos
em todo o funil”, relata a executiva.
Carolina enfatiza o aspecto de construção. “Para os
anunciantes de hoje, é difícil saber onde os clientes estão
em suas jornadas, difícil alcançá-los com as mensagens
certas e, especialmente, difícil ver o impacto
dos esforços de publicidade nas vendas. O caminho da
C
conscientização à conversão nunca foi tão complexo.
M
Percorrer esse caminho de forma assertiva é crucial
para o sucesso e o futuro do retail media”, pondera. Y
“A Amazon Ads oferece informações por trilhões
CM
de sinais primários de streaming, compras e navegação
que tornam mais fácil para as marcas gerarem
MY
CY
resultados nos estágios de planejamento e ativação
CMY
de suas campanhas. A tecnologia ajuda marcas com
K
Prime Video, Twitch, Fire TV Channels e Amazon Music.
Com a Amazon Marketing Cloud, serviço de clean room
(ambiente seguro para compartilhamento de dados),
os anunciantes podem unir os dados de primeira parte
com sinais da Amazon Ads para entender melhor
a jornada do cliente e criar e ativar audiências personalizadas.
A AMC pode relatar o desempenho de mídia
entre canais e complementa os recursos de relatórios
disponíveis na Amazon Demand Side Platform (DSP).
Por fim, acreditamos que os recursos de IA generativa
transformarão praticamente todas experiências do
cliente — na Amazon Ads, isso significa usar IA para
melhorar cada parte do processo de publicidade”, finaliza
Carolina, mostrando as funcionalidades do serviço.
Anuncio GrandesNomes Preto 14,5x16.pdf 1 31/07/2024 21:25:23
A empresa Dataxis organiza eventos e no fim do ano passado fez recorte sobre aproveitamento do retail no mercado brasileiro
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jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 25
retail media
Modelo se tornou pilar estratégico dos
canais especializados em out of home
JCDecaux, OOH Brasil, The Led e Neooh estão entre as empresas
que usam telas para exibir publicidade em PDVs para os anunciantes
Fotos: Divulgação
A JCDecaux disponibiliza seu inventário para a locação de retail media no Carrefour
A rede Pão de Acúcar também explora o retail com trabalho da empresa The LED
Paulo Macedo
Com contrato de exclusividade com
a rede de supermercados Carrefour
desde 2023, a JCDecaux aproveita
o boom do retail/varejo no Brasil para
oferecer oportunidade de exibição de
publicidade aos anunciantes. Na expressão
de Silvia Ramazzotti, diretora
de marketing da empresa, devido à
presença da audiência no momento
decisivo da jornada de compra, o retail
ganhou relevância. Ou seja, pessoas no
lugar e hora certos. São 90 lojas do Carrefour
em 8 estados e uma no Distrito
Federal. “Clientes costumam ir sete
vezes por mês às lojas e permanecem
por uma hora no ambiente cada vez que
realizam compras. Além disso, o estudo
aponta que 90% dos entrevistados dizem
prestar atenção aos anúncios veiculados
em supermercados”, diz Silvia,
citando a pesquisa da Offerwise que
ouviu 1.879 pessoas em 11 cidades e 27
lojas diferentes do Carrefour.
O inventário da JCDecaux no Carrefour
é 100% digital e disponível para
compra via programática, como esclarece
Silvia: “E totalmente atrelado à inteligência
de dados”. Isso permite “a veiculação
de campanhas contextualizadas,
eficientes e realmente segmentadas de
acordo com a realidade dos clientes”.
O acesso aos dados proprietários
do Carrefour é uma vantagem. Pois
permite mapeamento dos hábitos de
Projeto assinado pela empresa Retail Media para um dos seus clientes de varejo
consumo dos públicos específicos de
cada loja, como os produtos mais vendidos
por dia de semana, faixa horária,
época do ano e localização. “A JCDecaux
tem uma ferramenta proprietária
de análise, a Creative Heatmap, para
identificar quais elementos visuais das
artes das campanhas proporcionam
melhor experiência e impacto para o
consumidor, além de mais efetividade
nas vendas. Por exemplo: criativos com
tom varejista – em vez dos ligados ao
posicionamento de marca – podem ter
um efeito melhor para as vendas de
determinados produtos”, destaca Silvia,
ressaltando a ferramenta DMP (para armazenamento
e análise de dados), para
a gestão do fluxo do Carrefour.
“Os anunciantes têm a possibilidade
“Os resultados
incluem melhora
nas ofertas,
produtos e
serviços”
de planejar campanhas com base em
dados reais gerados diretamente em
cada ponto de venda, nas lojas físicas.
Assim, a experiência de compra dos
consumidores fica mais completa, já
que o cliente pode ser impactado por
mensagens e anúncios que realmente
têm relação com os seus hábitos de
consumo e entendem seu contexto de
compra. Os resultados incluem melhora
nas ofertas, produtos e serviços anunciados;
as recomendações de produtos
são personalizadas de acordo com o
perfil do público de cada uma das lojas;
gerar engajamento dos consumidores
com as marcas que anunciam nesses
ambientes; ampliar as possibilidades
de conversão e fidelização dos clientes”,
assegura a executiva da JCDecaux.
As possibilidades do retail media
como protagonista do planejamento
publicitário, na perspectiva do executivo
Richard Albanesi, CEO da The LED,
incluem a “integração dos diferentes
ambientes de venda, personalização
dos hábitos de consumo, estímulo do
envolvimento e interatividade e, principalmente,
a geração de novas receitas
para os estabelecimentos, além de fortalecer
e unificar a imagem e posicionamento
das marcas e produtos”.
Albanesi acrescenta: “Hoje, com a
necessidade de o varejo procurar novos
canais de rentabilização, os ambientes
físicos e digitais podem se transformar
em verdadeiros hubs publicitários, es-
26 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
paços qualificados e disputados por
fornecedores que buscam uma divulgação
eficaz para suas marcas e produtos.
Vale destacar que a digitação pode ser
o início de uma jornada que prepara
a aplicação das estratégias de retail
media. Dessa forma, a digitalização do
ponto de venda, seja através de telas
ou painéis de LED, porém com sistemas
integrados que possibilitem entender
cada vez mais seu consumidor, é fundamental
e necessária para os estabelecimentos
que querem participar e obter
novas fontes de renda dentro da nova
dinâmica de conexão e consumo”.
A linguagem phygital do retail media
é tida como catalisadora porque estar
em um PDV é uma escolha pessoal
do consumidor que, portanto, está mais
acessível à exposição das mensagens
das marcas, tanto no ambiente físico
quanto no digital, algumas até sob
medida.
“Nos últimos anos, as estratégias
de retail media vêm provocando uma
verdadeira revolução nos negócios varejistas
e no relacionamento entre as
marcas e consumidores, que visa a entender
e criar novos impulsos e experiências
para impactar a jornada de compras
e aumentar a competitividade”, diz
Albanesi.
“A estratégia permite transformar e
unificar os diferentes canais de venda
para oferecer uma experiência diferenciada
que possa atender às demandas
do consumidor moderno que procura,
mais do que consumir, novos estímulos
que agreguem valor e novas possibilidades
aos seus hábitos de consumo.
Nesse cenário, o varejo físico se mostra
como o grande catalisador dessa estratégia,
ao promover maior imersão, interatividade
e personalização de oferta
através da digitalização do conteúdo de
comunicação”, coloca o CEO da The LED.
Por outro lado, Leonardo Chebly, CEO
da Neooh, observa a transformação do
Leonardo Chebly, CEO da Neooh, fala que o ecossistema mudou
ecossistema nos últimos quatro anos,
principalmente com a valorização dos
dados como ativos estratégicos. “Saímos
de um modelo mais tradicional
— baseado em ativações isoladas no
ponto de venda — para uma abordagem
altamente integrada, combinando inteligência
de dados, personalização e omnicanalidade.
O crescimento do e-commerce
durante o período de pandemia
foi um fator-chave nesse processo,
pois forçou os varejistas a repensarem
seus ativos de mídia, transformando
espaços físicos e digitais em plataformas
valiosas para anunciantes. Hoje,
o retail media se consolidou como um
dos pilares do marketing moderno, com
grandes players criando verdadeiras ad
networks que unem o melhor dos mundos
físico e digital”.
Chebly reforça que a Neooh está focada
na criação de uma infraestrutura
digital eficiente dentro dos espaços de
compra para transformar esses ambientes
em canais de mídia inteligentes. “A
análise de dados e comportamento do
consumidor permite segmentações
mais assertivas, garantindo que as marcas
entreguem mensagens relevantes
no momento certo. Além disso, trabalhamos
para integrar o retail media ao
OOH e a outros canais digitais, criando
campanhas fluidas entre o online e o
“Os ambientes
físicos e digitais
podem se
transformar em
verdadeiros hubs
publicitários”
offline. Dessa forma, o ponto de venda
deixa de ser apenas um local de conversão
e se torna um espaço estratégico de
conexão entre marcas e consumidores.”
As pesquisas mercadológicas dão
sustentação às estratégias das marcas.
Não é por outra razão que os investimentos
despontam em levantamentos
como da eMarketer, que prevê já para
2026 um investimento global de US$
140 bilhões. Chebly também cita um
levantamento da Bain & Company, que
destaca que o retail media representa
uma das maiores oportunidades de
crescimento para anunciantes, superando
inclusive os investimentos em
mídia tradicional.
“O retail media é essencial no pla-
Fotos: Divulgação
Felipe Davis, da OOH Brasil: “Retail é a continuação da conversa”
nejamento dos anunciantes porque
impacta o consumidor no momento
decisivo da compra, unindo segmentação
inteligente, contexto relevante e
integração omnichannel. Para marcas
focadas em conversão, ele impulsiona
vendas com ativações precisas no ponto
de venda. Já para o fortalecimento de
marca, gera recall ao conectar a mensagem
ao cotidiano do consumidor.
Quando integrado ao OOH e ao digital,
potencializa campanhas 360º, criando
jornadas contínuas e impactantes. Na
Neooh, usamos dados e tecnologia para
tornar esse investimento ainda mais estratégico,
eficiente e mensurável”.
A eMarketer, como constata Felipe
Davis, CEO da OOH Brasil, prevê que nos
Estados Unidos, maior mercado global
de publicidade, 20% do orçamento de
publicidade será para o retail media.
“Eu vejo o retail media como uma continuação
da conversa com a audiência,
mas a melhor estratégia varia conforme
os objetivos de cada campanha. É
possível aumentar o reconhecimento
de marca por meio de campanhas de
alta frequência no DOOH, impulsionar a
decisão de compra e melhorar a performance
de categorias específicas através
de estratégias de consideração, ou
até mesmo criar promoções segmentadas
para cada target”, finaliza Davis.
O indoor pode ser usado de forma estratégica como propõe a Neooh para o Itaú
A The LED produziu painel digital para a Sephora exibir seu portfólio de produtos
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 27
retail media
Agências recomendam a aplicação do
método no planejamento dos clientes
Evolução digital garantiu nova expertise para os varejistas e planos
de mídia passaram a olhar a personalização dos dados nos PDVs
Fotos: Divulgação
Daniela Ricotta é head da Journey Albano Neto é CSO da Score Group Mariana Santos é head da WMcCann Cristiano Tassinari é CEO da Retail Media
Paulo Macedo
O
potencial do retal media no Brasil
não tem fronteiras. Devido ao
crescente mercado consumidor,
apesar de todo revés econômico, o convívio
com a diversidade de plataformas
e a fluidez dos dados, é cenário propício
para o desenvolvimento e a implementação
de estratégias de comunicação. A
linha de raciocínio é da executiva Mariana
Santos, head de digital e performance
da agência WMcCann.
“Nossos clientes estão expandindo o
olhar sobre retail e, cada vez mais, entendendo
esse canal como um importante
pilar na jornada do consumidor
– inclusive para o topo e o meio do funil.
Iniciamos nossas operações para algumas
marcas da Nestlé, focando apenas
na conversão, mas, com o decorrer dos
meses, expandimos para a geração de
demanda de novas categorias, além da
ampliação das plataformas operadas
para conversão em novos players de retail
media”, revela Mariana, que faz uma
recomendação.
“Clientes precisam compreender
esse canal como parte da jornada do
consumidor e considerá-lo em diferentes
etapas do funil. Uma das maiores
vantagens do retail media é a capacidade
de segmentar consumidores com
base em comportamentos de compra
“Ainda falta
maturidade para
anunciantes
de outros
segmentos”
nômino de efetividade.
Na visão de Guilherme Froiman, diretor
de mídia da GUT, o retail amplia a
composição de receitas dos varejistas.
“Elas monetizam seus espaços digitais
vendendo anúncios para fornecedores
e outras marcas, aproveitando seus
dados proprietários para segmentação
precisa. Isso cria um novo fluxo de receita
além das vendas diretas de produtos,
aumentando a lucratividade e financiando
iniciativas de marketing.”
Ganhar dinheiro do consumidor e
do anunciante é irreversível para as
marcas que exploram o retail. Albano
Neto, CSO da Score Group, explica: “Redes
como Magalu e Amazon Brasil agora
oferecem soluções publicitárias baseadas
em dados de comportamento real
do consumidor, tornando as campanhas
muito mais assertivas do que a mídia
reais. No planejamento dos anunciantes,
isso significa que, em vez de apenas
criar anúncios genéricos, é possível personalizar
a mensagem publicitária para
públicos específicos no momento exato
da jornada de compra.”
Aumento de visibilidade é impulso
aos negócios e faz parte do repertório
de Denis Andreatta, CRO da Vitrio, que
também reconhece a segmentação
como pilar. “Utilizar plataformas de retail
media com recursos avançados de
segmentação, personalização e análise,
além de dominar a análise de dados
das campanhas para otimizar resultados,
são ações cruciais. A inteligência
artificial e o machine learning também
entram em cena, automatizando tarefas
e personalizando anúncios de forma
eficiente”, afirma.
A concentração nos grandes varejos
é visível de acordo com Daniela Ricotta,
head da Journey Retail Media. “Já temos
tecnologia disponível para organização
on e off, site e alguns players já estão
conseguindo fazer cruzamentos bem-
-sucedidos com PDV’s e canais offline.
Por outro lado, ainda falta maturidade
para anunciantes de outros segmentos
na estruturação e comercialização de
audiência proprietária, o que nos leva a
crer que a curva de retail no Brasil ainda
não chegou no seu auge”, esclarece a
executiva, que define o retail como sitradicional.
O varejo passou a integrar
dados e plataformas digitais de forma
mais estratégica. Grandes redes, como
Carrefour e Pão de Açúcar, começaram
a oferecer espaços publicitários dentro
de seus e-commerces e aplicativos, tornando
cada clique uma oportunidade de
mídia segmentada. Se antes os displays
físicos eram apenas um complemento
da comunicação, hoje vemos redes
como Assaí e Americanas investindo em
digital signage para transformar seus
corredores em verdadeiros canais de
mídia programática, conectando o online
ao offline e personalizando a experiência
do cliente”, pondera Albano Neto.
Apesar do histórico, o ano de 2024
foi crucial para a sedimentação do retail
media no mercado global. O Brasil
acompanha a tendência nas palavras
do especialista Cristiano Tassinari, CEO
da Retail Media.
“A Mission Brasil revela que 87% das
indústrias que participaram de qualquer
ação de retail media pretendem manter
ou aumentar seus investimentos. Essa
tendência indica o reconhecimento do
potencial dessa forma de publicidade
como uma maneira eficiente de alcançar
o público-alvo e impulsionar as
vendas. Outra pesquisa, realizada pelo
Boston Consulting Group (BCG) e o Google,
mostrou que a mídia de varejo deve
gerar cerca de US$ 75 bilhões em lucro
28 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Fotos: Divulgação
Eduardo Andrade é da agência AKM
Janaina Reimberg é da Flywheel Latam
Paulo Schiavon é da Adsmovil
Janaina Zen é executiva da Mediabrands
até 2026, com um crescimento anual de
22% nos investimentos dos anunciantes
nessas plataformas.”
No olhar de Janaina Zen, diretora
de retail & ecommerce strategy da IPG
Mediabrands Brasil, a atuação mais tática
de trade marketing evoluiu e vem
se tornando cada vez mais uma frente
estratégica multicanal. “O retail media
expandiu-se além dos banners e search
patrocinado para incluir vídeo, mídia
programática, cupons segmentados e
ativações em loja física, possibilitando
projetos multicanais que impactam as
pessoas em diferentes etapas da jornada
de consumo, enriquecendo o contato
da marca com seus consumidores. O espaço
publicitário dentro dos marketplaces
está mais competitivo, exigindo das
marcas estratégias mais sofisticadas e
melhor integração com e-commerce e
BI”, pondera.
Janaina define essa transição como
significativa: “Um dado interessante do
eMarketer mostra que, em 2022, 61%
dos consumidores já preferiam buscar
produtos diretamente em sites de varejistas,
em vez de recorrer ao Google.
Além disso, plataformas como o TikTok
vêm se consolidando como ferramentas
de busca, oferecendo um ambiente
rico para descobrir reviews de produtos,
tendências de moda e dicas práticas,
como formas de usar uma peça de roupa”,
complementa.
Ações isoladas de retail não estão no
escopo de Janaina Reimberg, managing
director da Flywheel Latam (divisão da
OMG Brasil). “O retail media deve ser
aplicado de forma integrada às demais
estratégias de marketing, aproveitando
os dados dos varejistas para criar
campanhas altamente segmentadas
e relevantes. Isso inclui a utilização de
espaços publicitários nos sites dos varejistas,
bem como em outros canais
digitais, como redes sociais e serviços
de streaming, ampliando o alcance e a
eficácia das campanhas. Suas fortalezas
incluem a possibilidade de mensurar
o impacto das campanhas em tempo
real, a integração com estratégias omnichannel
e a capacidade de impulsionar
tanto as vendas quanto o reconhecimento
da marca”, afirma.
A visão centenária da publicidade
onde as marcas falavam e os consumidores
apenas ouviam foi engolida pelo
“É possível
personalizar
a mensagem
publicitária”
diálogo. Gerson Ribeiro, CBO da holding
BPartners, celebra esse momento. “A
possibilidade de diálogo entre marcas e
consumidores, dando voz para pessoas,
fez nascer o mercado de influenciadores.
O retail media traz, de uma vez só:
audiência, dados de navegação, dados
de compra e possibilidades de impacto
em múltiplos formatos no momento de
decisão de compra, trazendo uma transformação
(não evolução) para o mercado
de trade marketing.”
Já Thiago Ferraz, diretor-geral de mídia
da Ogilvy Brasil, vê resultado mais
rápido para os clientes endêmicos, que
vendem seus produtos na plataforma
do parceiro. “É possível uma marca incrementar
sua receita, através de possíveis
parcerias com outras marcas, fazendo
promoções e projetos especiais.”
Oportunidade com mensuração é recorrente
no ideário de Danilo França, VP
de estratégia e dados da Lean Agency.
“Segundo o IAB, o Brasil deve atingir R$
37,6 bilhões em investimentos no setor
nos próximos anos. Os varejistas ganharam
mais um ativo importante além
das suas posições de gôndolas e ilhas
no PDV, são dados comportamentais a
um passo da decisão de compra.”
Luiz Ruiz, CSO da Wigoo, que atende
Grupo Dasa, Verde Campo, Sem Parar,
Santander, IFFCO, Marabraz, Smart
Fit, Cimed e Kellanova, destaca que
“O retail media está se consolidando
como estratégia para alavancar vendas
no mercado, especialmente em tempos
de transformações tecnológicas e
mudanças no comportamento do consumidor”.
Eduardo Andrade, co-CEO da
agência AKM, finaliza com a seguinte
observação: “O retail tem o papel de fazer,
efetivamente, a conversão do projeto,
além de aproximar marca e consumidor,
mas, muito maior, de efetivar a
conversão”.
Danilo França é da Lean Agency
Gerson Ribeiro é da BPartners
Guilherme Froiman é da GUT
Luiz Ruiz é CSO da Wigoo
Thiago Ferraz é da Ogilvy Brasil
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 29
retail media
Plataformas de commerce se ajustam ao
formato que acompanha toda a jornada
Mercado Livre, Magalu Ads, Linx/Stone, Amazon Ads e plataformas
combinam a precisão de dados para a reinvenção total do varejo
Divulgação
O volume de acessos ao Magalu contribui para que marcas como a Samsung garantam conversão com a estratégia de retail por meio da plataforma Magalu Ads
Paulo Macedo
Funil completo com vários pontos de contato. Essa é
a premissa da gigante global Amazon para a nova
mídia de varejo reinventada pela precisão dos dados
capturados nas transações comerciais, devidamente
autorizados pelos shoppers. O pioneirismo da Amazon é
benchmark para o trade, concomitantemente com o Mercado
Livre, que igualmente abraçou o retail media muito
antes de a técnica de exibição de publicidade se tornar
a terceira onda midiática global, cuja robustez está deixando
para trás o protagonismo de décadas do meio
televisão.
A executiva Carolina Piber, gerente-geral da Amazon Ads
no Brasil, garante que apresentar insights e recomendações
de machine learning ajudam os anunciantes a auditar
o desempenho de publicidade “e fazer ajustes”, tornando o
controle mais acessível e eficiente. Isso está no escopo das
novidades do Amazon Marketing Cloud (AMC) e da Amazon
DSP. “Simplificam o gerenciamento de campanhas e estendem
nossa sofisticada tecnologia de anúncios de medição
e otimização a todos os anunciantes.”
Ela acrescenta: “Também lançamos recentemente
o Brand+, uma solução simples de IA pioneira no setor
para profissionais de marketing. Ele permite a entrega
de anúncios em vídeo com precisão, alcançando usuários
com probabilidade de conversão ao longo do tempo,
enquanto atingem metas de conscientização. Quando
combinamos os dados primários do anunciante com os
trilhões de sinais exclusivos da Amazon, vídeos premium
na internet aberta e modelos avançados de machine learning,
podemos envolver os espectadores nos momentos
que importam - estejam eles apenas começando sua jornada
ou prontos para tomar uma decisão de compra”, detalha
Carolina, que observou em testes iniciais o Brand+
ajudar um varejista de calçados a aumentar o tráfego do
site em 70% e aumentar as vendas em 11%. “Para grandes
varejistas, um aumento de 11% geralmente representa
milhões de dólares em receita adicional”, detalha.
Carolina cita o sucesso de um case para a Microsoft.
“Eles recorreram à Amazon Ads para ajudá-los a aumentar
sua conversão. Essas estratégias podem ajudar a alcançar
novos clientes em potencial que estão procurando por PCs
com preços premium, uma categoria que ainda mostra
tendências positivas no setor. A Microsoft, em colaboração
com a Amazon Ads, desenvolveu um projeto de branding
personalizado dedicado aos recursos exclusivos do Windows,
projetando uma narrativa em torno do conceito
#evenmore, que ajuda os clientes a verem as diferentes
maneiras de atingirem seus objetivos e sonhos com um PC
Windows 11 poderoso. No final das contas, a Microsoft queria
que os clientes em potencial soubessem que poderiam
experimentar ‘ainda mais ideias, trabalhar melhor, obter
maior desempenho em jogos’. A campanha #evenmore
foi amplificada pela ativação de várias soluções Amazon
Ads e Twitch com uma abordagem multipontos de contato
real, como a promoção da campanha durante um jogo
da Liga dos Campeões da UEFA na Fire TV, transmissão ao
vivo na Twitch e uso do Amazon DSP”, ressalta a diretora da
Amazon Ads.
Mario Meirelles, diretor sênior de Mercado Ads, divisão
do Mercado Livre no Brasil, observa o retail media como o
formato que mais cresce e se destaca na América Latina.
“Esse aumento de relevância reflete a transformação dos
hábitos digitais nos últimos anos, especialmente a partir
da pandemia, quando o e-commerce cresceu num ritmo
muito acelerado e aumentou a importância para as marcas
de se posicionarem dentro desse mercado. Paralelamente,
os consumidores passaram a utilizar esses sites
como ponto de descoberta para novos produtos, o que
redefiniu a forma como eles interagem com os anúncios
em comparação a outras plataformas”, explica.
Segundo Meirelles, a terceira onda da mídia é uma
realidade que extrapola fronteiras. “O retail media tem
uma grande vantagem frente a outros formatos, que ajuda
30 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Fotos: Divulgação
Mario Meirelles integra o Mercado Ads
Camila Alvarez é head do iFood Ads
Claudio Lima, diretor na Linx, da Stone
Celia Goldstein é executiva do Magalu
a explicar o seu crescimento em relevância: quem navega
por um canal de e-commerce espera receber um anúncio
que ajude em sua jornada de decisão. Além disso, quando
os usuários vão ao e-commerce fazer uma busca, a maioria
delas é genérica, sem associação a modelo ou marca.
E, como mostram algumas pesquisas, os anúncios são
muito bem recebidos pelos usuários para ajudá-los em
sua decisão de compra. Segundo relatório ‘Kantar Media
Reactions 2024’, o retail media é a plataforma preferida
dos brasileiros para receber anúncios na internet. O mesmo
estudo mostra que 86% dos brasileiros consideram que os
anúncios no Mercado Livre os ajudam a descobrir marcas e
produtos, ou a resolver dúvidas sobre itens que estão interessados
em adquirir”, afirma.
Marcas que tomam decisões baseadas em dados também
são aquelas que obtêm maior retorno em campanhas
de retail media. A expressão de Meirelles se harmoniza com
o uso de dados primários pelo Mercado Ads. “A segmentação
dessas audiências serve como direcionamento importante
para as campanhas, e ajuda a levar as mensagens
para públicos com maior tendência de compra e no formato
e linguagem que melhor refletem os seus interesses. É
importante que os anúncios jamais atrapalhem a experiência
de compra, mantendo a fluidez da jornada do comprador
que está navegando pelo marketplace”.
As experiências e opiniões dos usuários estão moldando
os investimentos em mídia. A convicção de Claudio
Alves, diretor de enterprise na Linx, que integra a
Stone, na proposta da empresa propõe perguntas que
considera chaves: O que impactará o cliente? Quem
pode aparecer nesse espaço? Quanto se pode lucrar
com isso? Ele mesmo responde. “Essas questões são
essenciais para maximizar a conversão, otimizar os investimentos
publicitários e garantir resultados positivos tanto
para os lojistas quanto para os anunciantes.”
O iFood Ads, na avaliação da head de negócios Camila
Alvarez, evoluiu com sua base robusta. “No iFood Ads, temos
um diferencial poderoso: um ecossistema com mais de 55
milhões de usuários ativos, que nos permite entender comportamentos,
preferências e jornadas de compra. Isso possibilita
que as marcas impactem seus consumidores com
mensagens relevantes no momento certo, maximizando
conversões e fortalecendo a relação com o shopper.
À medida que a privacidade de dados se torna um tema
central e de extrema importância, o acesso a first-party
data se torna ainda mais valioso. No iFood, transformamos
esses insights em soluções estratégicas que geram mais
eficiência para as campanhas e mais valor para os consumi-
dores, consolidando o retail media como uma peça-chave
para o futuro da publicidade digital.
Célia Goldstein, diretora do Magalu Ads, também
trabalha com base significativa do grupo Magalu:
450 milhões de visitas mensais. “Já há muita gente
chamando de retail media 2.0 ou até 3.0. Em uma estratégia
na qual deixa de ser só onsite para ser offsite
também, usando insights de consumidores para além
das fronteiras do site do varejo. O retail permite que
marcas, agências e sellers impactem consumidores
e audiência, influenciem desde sua descoberta até a
sua compra e consigam medir todo o resultado. É uma
Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – CONAR
CNPJ Nº 43.759.851/0001-25
Edital de Convocação – Assembleia Geral Digital
25/03/2025
Ficam convocados os Associados do CONAR – Conselho Nacional de Autorregulamentação
Publicitária, com direito a voto, a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, que será realizada
no dia 25 de março de 2025, em sala de reunião virtual com endereço abaixo divulgado,
constando também no site www.conar.org.br, na forma prevista no artigo 25 dos Estatutos
Sociais, às 14:00 horas em primeira convocação ou às 14:30 horas em segunda convocação,
para apreciar o relatório e julgar as contas do Conselho Superior, relativos aos exercícios social
e financeiro encerrados em 31 de dezembro de 2024, bem como deliberar sobre as seguintes
propostas de alteração do Estatuto Social:
Propõe-se a atualização de dispositivos relacionados à governança interna, com a inclusão de um
Conselho de Conteúdo como órgão estatutário, além da regulamentação da realização de reuniões
e assembleias on-line e do processo de proposição e deliberação de alterações estatutárias. As
mudanças envolvem ajustes nos artigos 9, 21, 23, 32 e 33, bem como a criação de um novo capítulo
X-A e artigos 33-A, 33-B e 33-C que definem a finalidade, composição e as atribuições do Conselho
de Conteúdo.
Notas:
1) Ficam os associados com direito a voto convocados para participação e votação, mediante a
atuação remota, por meio da ferramenta Zoom:
Para mais informações basta acessar o link:
https://us02web.zoom.us/meeting/register/XAvzpdI0Shmlv-_wjjGBUw
2) O associado poderá participar da assembleia mediante inscrição com até 30 minutos de
antecedência no link disponibilizado no site www.conar.org.br .
São Paulo, 19 de fevereiro de 2025.
Sergio Pompilio
Presidente
grande oportunidade de gerar a descoberta e depois
manter em conversão através da busca que inevitavelmente
vai acontecer”, destaca Célia, que vê na
prospecção de novas receitas um chamariz para toda
a cadeia de varejo.
“Qualquer marca que tem uma audiência e insights relevantes
pode, sim, pensar nesta oportunidade de receita.
Mas é sempre importante garantir cuidado com o uso dos
insights, assim como a melhor experiência para o consumidor
final”, contextualiza a executiva. Ela afirmou no Latam
Retail Show 2024 que o Magalu Ads tem 3,7 mil anunciantes
ativos entre sellers e marcas.
CONAR.indd 1 20/02/25 11:39
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 31
retail media
‘Conexão mais próxima com o público’
Uma das principais empresas de
pesquisas globais, a Comscore
também está atenta aos
movimentos globais do retail
media. Tanto que participou
de uma avaliação feita sobre o
mercado brasileiro com a Vtex. A
executiva Ingrid Veronesi, country
manager da empresa no Brasil,
fala que os brasileiros gastaram
427 bilhões de minutos acessando
sites e apps de varejo em 2024.
Em sua opinião, houve avanço
sintomático com especialização,
maior disponibilidade de dados
e sofisticação. “Esse avanço foi
impulsionado pela mudança de
hábitos dos consumidores durante
a pandemia”, esclarece Ingrid.
Divulgação
Paulo Macedo
EVOLUÇÃO
Nos últimos quatro anos, o setor evoluiu
significativamente, com plataformas
cada vez mais sofisticadas e a presença
de empresas especializadas. O grande
diferencial dessa transformação está
na utilização de dados, permitindo um
entendimento mais profundo do comportamento
do consumidor e tornando a
publicidade mais assertiva. Atualmente,
o retail media vai além dos sites de e-
-commerce e marketplaces, expandindo-
-se para aplicativos, lojas físicas, telas
digitais e até QR codes. Essa integração
fortalece a relação entre indústria e varejo,
criando fontes de receita e otimizando
toda a cadeia, ao conectar marcas e consumidores
de forma mais eficiente.
BRASIL
O retail media está em forte crescimento.
De acordo com nossos dados, em
2024, os brasileiros passaram 427 bilhões
de minutos acessando sites e apps de
varejo. A pandemia acelerou as compras
online e criou uma grande oportunidade
para a publicidade digital dentro dos
ecossistemas de varejo.
EXPERTISES
Otimização dos espaços publicitários
disponíveis (banners, search ads etc.);
performance marketing com foco em
métricas como ROI, ROAS e LTV, entre
outras métricas do mercado; integração
entre campanhas de maneira holística
para aproveitar as melhores oportunidades
onde quer que elas estejam. Proporcionando
uma experiência consciente;
colaboração entre varejistas, marcas,
agências, plataformas e tecnologias disponíveis
para maximizar resultados; desenvolvimento
de diálogo com os atores
da indústria, no enriquecimento da troca
de experiência e aceleração da categoria
que ainda tem espaço de desenvolvimento
no Brasil.
Ingrid Veronesi comanda a operação brasileira da empresa de pesquisa Comscore
mos especialistas no desenvolvimento
de soluções e estudos personalizados,
sempre alinhados às necessidades específicas
de nossos clientes. Um exemplo
disso é a nossa ferramenta Proximic,
que oferece resultados em tempo real e
permite ajustes rápidos nas campanhas.
Com suas segmentações precisas, Proximic
possibilita que marcas e empresas
estabeleçam conexões mais eficazes
com seu público, gerando insights estratégicos
para otimizar campanhas e maximizar
os investimentos em mídia.
VAREJO DIGITAL
A categoria de varejo alcançou 84,6%
da população digital, atingindo uma média
de 110 milhões de usuários únicos
(UVs) em dezembro de 2024. Desse total,
86 milhões acessaram exclusivamente
via dispositivos móveis, evidenciando a
importância das estratégias mobile-first.
Além disso, o engajamento nos aplica-
FERRAMENTAS
Com o MyMetrix, disponibilizamos dados
para uma análise precisa e individualizada
do consumo digital, destacando-se
pelo diferencial da nossa metodologia
baseada em usuários únicos (UVs). Sotivos
se destaca, com um total de 22 bilhões
de minutos consumidos por mês,
representando uma participação de 67%
do tempo total.
PLANEJAMENTO
Permite uma comunicação mais personalizada,
muitas vezes até 1:1, garantindo
que a mensagem certa chegue à pessoa
certa no momento certo. Além disso,
a possibilidade de acompanhar toda a
jornada do consumidor, desde a primeira
interação até a compra, oferece insights
valiosos para otimizar campanhas futuras.
Isso significa entender melhor o que
funciona, ajustar estratégias em tempo
real e melhorar os resultados. No fim das
contas, o grande diferencial está na conexão
mais próxima com o público e na
capacidade de tornar cada investimento
mais eficiente e assertivo. O retail media
permite que os players rentabilizem seus
inventários.
32 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
EM 20 ANOS,
PASSAMOS POR
VARIAS
‘
CRISES,
MAS NENHUMA
DE IDENTIDADE.
Duas décadas no Brasil valem por dois
séculos. Crises, idas e vindas, novas
crises, a cada dia um desafio, uma
correria, transformações que nos
mantêm sempre alertas, todos os dias.
De monotonia, a gente não morre. E
nesse contexto, a 11:21 foi navegando,
sempre com sua Simplicidade Criativa,
o dedo no pulso, e campanhas com
muito humor, contexto, impacto e
simplicidade. Os clientes, então, foram
encontrando na gente uma agência
com cara e personalidade própria, e já
sabem o que vão encontrar. Assim, fica
mais fácil o casamento das marcas
com sua comunicação. E assim, vamos
ajudando marcas em seu crescimento
e em sua construção. Que venham
mais 20 anos, suas crises e contextos
que, para nós, são material para criar.
20 anos de 11:21 são 20 anos
de Simplicidade Criativa.
retail media
Divulgação
2025 será (de novo)
o ano dessa métrica
Christiane Cruz Citrângulo
O
conceito de retail media tem se revelado uma
das mais fascinantes e estratégicas inovações
do setor varejista. O que inicialmente poderia ser
confundido apenas como uma extensão da mídia tradicional
representa hoje uma mudança no modelo de
negócios de grandes redes e uma oportunidade para
quem deseja se inserir em um mercado cada vez mais
competitivo e dinâmico. Em alguns casos, já é possível
ver departamentos específicos voltados para esse
conceito, enxergando nesse movimento um meio de
monetização e uma nova forma de criar valor em suas
operações para conquistar o consumidor moderno.
Não à toa, a temática sobre a evolução do retail media
e a digitalização das estratégias de marketing foi amplamente
discutida na NRF 2025, um dos maiores eventos
globais de varejo. As discussões realçaram o uso de
tecnologias em tempo real nas lojas físicas, bem como a
necessidade de adaptação à cultura local e as parcerias
estratégicas como elementos-chave para o sucesso das
iniciativas. O impacto do digital na decisão de compra dos
mais jovens também foi ressaltado, evidenciando que as
novas gerações buscam experiências de compra mais
interativas, personalizadas e alinhadas com seus valores.
Assim, o retail media se torna um aliado poderoso
nas dinâmicas promocionais e na exposição de produtos,
capturando a atenção do consumidor de modo
mais impactante. No entanto, para fazer o básico bem-
-feito não basta apostar na visibilidade e na mídia em
si: é imprescindível integrar ações de otimização de
preços e garantir a disponibilidade de estoque. Pensar
em retail media é pensar em um ecossistema de experiência
360°, no qual o consumidor é impactado tanto
no online quanto no físico – estando, em ambos os ambientes,
no centro de tudo. Afinal, o cliente transita por
vários canais simultaneamente e de forma não linear,
e ignorar essa realidade é abdicar de uma relação mais
profunda e lucrativa com ele.
Em todo o mundo, observamos exemplos bem-sucedidos
da aplicação dessas estratégias integradas. Aqui
eu saliento, em particular, as gigantes varejistas norte-
-americanas Target e Kroger, que sobressaem ao integrar
dados de compras à publicidade personalizada, elevando
o engajamento do cliente e impulsionando suas vendas.
O Brasil se destaca nesse cenário global, sendo um dos
países onde esse formato cresce de maneira mais acelerada.
Segundo a eMarketer, empresa especializada em
pesquisa de mercado, o investimento em retail media no
Brasil saltou de US$ 1 bilhão para US$ 30 bilhões nos últimos
cinco anos, com um crescimento projetado de 43,5%
em 2024. Compreender a relevância e o potencial dessa
mídia para gerar visibilidade e engajamento efetivo é
crucial para a prosperidade do mercado atual.
Diante desse contexto, a tecnologia assume um papel
central: ferramentas de análise avançada de dados
oferecem insights precisos para que as decisões sejam
baseadas em fatos, incrementando os resultados dessas
iniciativas. É nesse universo de soluções inovadoras que
enxergamos a aplicabilidade do big data e da omnicanalidade
– elementos primordiais para uma verdadeira
transformação no desempenho do retail media. Implementar
essas tecnologias possibilita a identificação e
otimização de oportunidades ao longo de toda a cadeia
de consumo, permitindo o monitoramento contínuo das
ações e um destaque maior no mercado.
O retail media emerge como uma oportunidade para
inovar na promoção de produtos e no aumento da fidelização
de clientes. Ao explorar novas formas de engajar
os consumidores – seja por meio de campanhas mais
criativas, experiências interativas ou colaboração –, as
marcas podem criar uma presença mais forte e memorável.
As redes sociais despontam como extensões
poderosas do retail media, viabilizando campanhas personalizadas
e um alcance ampliado, assim como propiciando
que marcas explorem experiências interativas e
colaborações com influenciadores para se conectarem
de forma mais significativa com seus públicos.
Para além do produto, as práticas promocionais hiperpersonalizadas
têm a capacidade de reforçar uma
imagem positiva de acordo com os princípios de ESG,
colocando a sustentabilidade e a responsabilidade social
como prioridades. Uma prova disso é a Unilever, que
integra questões sociais e ambientais em suas ações de
marketing, promovendo produtos que atendam às necessidades
dos consumidores e apoiem causas como a
redução do desperdício e o fortalecimento de comunidades
locais. Iniciativas que incorporam a sustentabilidade
em sua proposta de valor – incluindo o promocionamento
de itens sazonais e perecíveis – têm o poder de fortalecer
a fidelidade à marca, estabelecendo uma conexão
emocional duradoura com os clientes que transcende a
simples transação comercial.
Por fim, é essencial reconhecer como uma ferramenta
estratégica para redes varejistas e marcas, ao aliar tecnologia,
experiência do consumidor e princípios de sustentabilidade,
pode maximizar resultados financeiros e, ao
mesmo tempo, consolidar um posicionamento inovador e
responsável no mercado. Aqueles que conseguirem adotar
e adaptar essas estratégias com eficiência estarão acompanhando
as tendências e liderando o futuro do varejo.
Christiane Cruz Citrângulo
é chief marketing strategy officer
(CMSO) da Neogrid
Retail media
emerge como uma
oportunidade para
inovar na promoção
de produtos
34 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
agências
Publicis Groupe adquire BR Media Group
e entra de vez no mercado de influência
Em entrevista ao propmark, Gabriela Onofre disse que a estratégia foi
crescer em capabilities: “A influência é para onde a atenção está indo”
Vinícius Novaes
A
principal notícia da última semana
foi a aquisição da BR Media
Group pelo Publicis Groupe, em um
movimento que marcou de vez a entrada
da holding na área do marketing de
influência.
Movimento esse que, de certa forma,
acompanha o que alguns dos principais
indicadores do mercado já vêm mostrando:
a influência tem projetado um crescimento
três vezes mais rápido do que
outros canais de mídia.
Fundada em 2012, a BR Media Group
atua em parceria com mais de 500 clientes
globais e locais. A empresa está presente
em todas as etapas da cadeia de
valor, oferecendo soluções completas
de influência que permitem às marcas
planejar e ativar campanhas com 80%
dos principais influenciadores da América
Latina.
Em entrevista ao propmark, a CEO do
Publicis Groupe Brasil, Gabriela Onofre,
explicou que uma das estratégias do
grupo, nos últimos anos, não foi adquirir
outras agências que dariam mais share
de mercado, mas, sim, ter todas as capacidades
dentro da companhia.
Não à toa, o Publicis Groupe vem, ano
a ano, fazendo aquisições de empresas
com algumas capacidades específicas.
Foi assim com a Retargtly, para aumentar
o alcance do CoreID da Epsilon; com
a empresa de tecnologia Practia, para
expandir a expertise da Publicis Sapient;
e agora com a BR Media.
“O mercado de influência é para onde
nossa atenção está indo, é onde está a
audiência”, disse a executiva.
Gabriela afirmou ainda que, com a
aquisição da BR Media Group, os clientes
poderão unir as estratégias de social e
de audiência, gerenciamento de influenciadores
e produção de conteúdo e tecnologia
orientadas por dados.
“Cada vez mais a gente traz a identidade
e os dados para o centro, para
poder te entender como audiência, os
hábitos e, quanto mais eu conseguir conectar
todos os pontos, melhor será para
o cliente”, destacou.
Na prática, a CEO do Publicis Groupe
Gabriela Onofre, CEO do Publicis Groupe Brasil: “Ter a BR Media Group também fará com que nossa criação esteja perto dos creators”
Brasil vê que terá uma maior capacidade
em termos de agilidade, sobretudo do
ponto de vista de criação.
“Ter a BR Media aqui também fará
com que o nosso time criativo esteja
mais perto dos creators. Estamos falando
de mídias diferentes com formatos
diferentes. E estar próximo vai ajudar na
criação”, frisou Gabriela Onofre.
Mesmo com a aquisição, os sócios-
-fundadores da BR Media Group, Celso Ribeiro
e Danilo Basso, seguem à frente da
operação, que tem cerca de 350 colaboradores,
e continuará atuando de forma
independente dentro do Grupo.
InfluentIal
Em julho de 2024, o Publicis Groupe
já havia adquirido a Influential, uma das
principais plataformas de marketing de
“Ter a BR Media
aqui fará com
que o nosso time
criativo esteja
mais perto dos
creators”
Divulgação
influenciadores do mundo.
Arthur Sadoun, chairman e CEO do Publicis
Groupe, disse que a América Latina
é um mercado importante, tanto para
clientes quanto para a Publicis.
“Nossas atividades na região geraram
crescimento de dois dígitos no ano
passado e contribuirão fortemente para
nosso desempenho novamente em 2025.
Juntos, estamos construindo a única solução
de creators end-to-end da região,
impulsionada pelos dados da Epsilon e
integrada em nosso ecossistema de mídia
único”, falou o executivo.
A transação está sujeita à satisfação
das condições usuais de fechamento, incluindo
a aprovação regulatória do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) e sua conclusão está prevista
para o fim de março de 2025.
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 35
agências
Comunidades são a nova forma de
acelerar o engajamento de ações
Estudo ‘A era dos fandoms’ , feito pela Monks em parceria com a Float,
aponta que 38% dos brasileiros se consideram fãs de alguém ou algo
Vitor Kadooka
Na era digital, a conexão emocional
e os interesses em comum transformaram
a interação entre marcas,
influenciadores e seus públicos. O
conceito de comunidade vem se diferenciando
das audiências tradicionais,
que são geralmente definidas por critérios
demográficos. As comunidades,
por sua vez, criam vínculos emocionais
profundos por meio de interesses compartilhados
e senso de pertencimento.
O impacto dessa transformação pode
ser observado em novas estratégias de
marketing voltadas para o engajamento
genuíno dos fãs.
A Monks tem acompanhado esse movimento
com intensidade. Em parceria
com a Float, a agência realizou a pesquisa
‘A era dos fandoms’, que explora as engrenagens
de comunidades altamente
engajadas, muitas vezes com força descomunal
nas redes sociais. A pesquisa revelou
que, em média, um fã investe cerca
de R$ 200 por mês para alimentar sua
relação com o ídolo, seja uma pessoa ou
um “objeto-ídolo”, como explica Quentin
Mahé, diretor de estratégia e conexões
da Monks. Esse investimento inclui desde
produtos até experiências imersivas em
torno da marca ou ídolo.
“Não temos mais nenhuma campanha
que não integre esse pensamento
de comunidade e como ativá-los da melhor
maneira. É como um go-to, assim
como os influenciadores se tornaram
alguns anos atrás. Mas as comunidades,
na minha opinião, são mais vantajosas,
pois expressam menos a individualidade
e fortalecem o senso coletivo”, afirma.
Essa abordagem traz uma grande
vantagem: as estratégias orientadas por
comunidades já contam com vínculos
emocionais estabelecidos antes mesmo
do início das campanhas. O público
engajado sente-se parte da narrativa, o
que amplia o alcance das mensagens e
fortalece a lealdade à marca.
Mahé complementa: “Sabemos que
as redes sociais causam efeitos negativos,
e, quando falamos de comunidades
ou fandoms, tratamos de vínculos humanos
criados em torno de algum tema ou
CCXP reúne milhares de fãs de cultura pop todos os anos em São Paulo
artista. Acho que isso representa uma
evolução positiva. Esse movimento de
polarização e, consequentemente, isolamento,
é uma das maiores epidemias
sociais, e a OMS está estudando como
revertê-lo”.
SEGMENTAÇÃO
Enquanto a audiência tradicional
é definida por critérios demográficos,
comunidades se conectam por paixões
específicas, como música, esportes ou
games. Mahé exemplifica: “No cenário
geral, dentro de uma audiência com mais
de 35 anos, você terá comunidades centradas
em carros e futebol, entre outros
interesses”.
Porém, basta uma busca rápida na
internet, você pode encontrar comunidades
centradas nas mais diversas categorias
de “objetos-ídolo”. Como os busólogos,
que são os apaixonados por ônibus,
além, claro, das comunidades mais co-
Reprodução/Instagram CCXP
38% dos
brasileiros
afirmam ser fãs
de alguém ou algo
muns voltadas à cultura pop, como os fãs
da saga ‘Star wars’. O diretor da Monks
explica: “Artistas são os mais visíveis,
é interessante observar que nos anos
1990 o que comandava era o stardom,
e, hoje em dia, fala-se de fandom. Houve
uma inversão do poder, por exemplo,
a Madonna lançava seu álbum e os fãs
celebravam sem poder argumentar. Hoje
em dia, os fandoms são mobilizados e
conectados entre eles e acabam influenciando
o próprio trabalho do artista, vemos
isso com a criação de canções não
oficiais através da IA. O artista precisa
lidar com isso de alguma forma, assim
como as marcas estão começando a ter
essa inteligência”.
Esses grupos geralmente possuem
perfis de grande alcance e influência
sobre as opiniões dos pares. E as marcas
que fisgam esses nichos específicos conseguem
atrair fandoms expressivos.
O executivo destaca a parceria da
Pringles com o cantor Xand Avião, em
que uma música foi criada especialmente
para o São João. “Ao criar uma música
autoral do artista para a marca, conectamos
os fãs do artista ao produto. Nos
conteúdos, os 200 primeiros comentários
eram claramente de pessoas fanáticas
pelo Xand.”
Para identificar e entender essas comunidades,
a Monks também possui um
time de “estudo de campo”, que mergulha
no cotidiano das comunidades para
identificar suas dores e vontades. Essa
prática ajuda a antecipar demandas e
evitar crises. Mahé explica que comunidades
possuem líderes e figuras de destaque,
que podem ser referências positivas
ou negativas para os fãs.
“Temos um time de social listening,
sempre atento ao que os consumidores
falam sobre nossas marcas e categorias.
Eles listam os influentes, as plataformas
e os locais de discussão. Junto ao time de
influenciadores, analisamos as comunidades
para entender quem puxa as conversas
e a tensão do momento”, explica
Mahé. “Fandoms são como reinos, com
batalhas internas. São necessárias pessoas
sensíveis para mergulhar nesses
universos e trazer o máximo de informações”,
explica.
36 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Munido de informações, o esforço
é guiado para trabalhar cada estratégia
de mídia ou marca de forma específica
para o público e os locais de atuação.
Mahé: “Hoje em dia, é muito fragmentado.
Se quer a atenção de seu público,
tem de ir a diversos lugares e adaptar os
conteúdos. Às vezes, isso significa priorizar
plataformas e focar onde faz mais
sentido”.
Um exemplo dado por ele foi com o
Nubank Ultravioleta, segmento do banco
voltado aos clientes de alta renda. “Decidimos
focar apenas no Instagram, que
tem um visual mais refinado, ao contrário
do TikTok. Adaptamos nossas peças
ao formato da rede social da Meta e trabalhamos
a mídia por lá.”
No passado, campanhas eram mais
simples: bastava investir em algum canal
de grande impacto. Hoje, o processo
é mais detalhado e demanda mais tempo
para criar as peças certas e maquinar
as estratégias.
CASES
A campanha de São João da Pringles,
com o Xand Avião, é um dos casos mais
notáveis. A ação mobilizou os fãs do cantor,
ultrapassando 67 milhões de visualizações
e resultando em uma indicação
ao TikTok Awards.
Outro destaque é o TikTok Magalu,
que ajudou 350 vendedores a se tornarem
influenciadores em ascensão, alcançando
mais de 27 milhões de pessoas.
“Classificamos esse case no TikTok Awards
porque realizamos uma das maiores
branded missions do ano. É um formato
que facilita para os vendedores da plataforma
se transformarem em influenciadores,
criando conteúdo para aumentar
as vendas”, explica Mahé.
Quentin Mahé, diretor de estratégia e conexões da Monks
A campanha mais recente de Pringles
com a Monks também é um exemplo relevante.
Foram lançados três sabores de
pizza para o produto com uma mecânica
de ativação que incentivou debates entre
consumidores sobre qual sabor possui
mais fãs. Após a votação, o escolhido
será mantido como recorrente até o fim
do ano no portfólio da marca.
Essa participação de fãs traz autonomia
para suas experiências, como no
caso do Spotify na Colômbia, que definiu
os setlists dos artistas com base nas
votações dos fãs durante um festival
local. “As pessoas estavam ansiosas para
escutar as músicas ao vivo depois da
pandemia. Foi um dos casos em que deu
para entender muito bem como os fãs se
comportam.”
“Não temos
mais nenhuma
campanha que
não integre as
comunidades”
Campanhas que posicionam os fandoms no centro das decisões fortalecem a conexão e ampliam o engajamento
Divulgação
Divulgação
Por fim, Mahé destacou o filme em
parceria da Serena, geradora de energia
limpa, com a cantora Simone Mendes.
“Você precisa integrar comunidades que
possam se conectar, trazendo o apoio do
fandom da Simone Mendes e também
daqueles voltados à sustentabilidade.
Essas comunidades funcionam como
aceleradoras das suas mensagens.”
FANDOMS
A Monks também explora o potencial
dos produtos exclusivos com comunidades,
especialmente com o expressivo
interesse por produtos fanmade. Na pesquisa
‘A era dos fandoms’, 52% dos fãs
demonstraram interesse por itens customizados
pelos próprios fãs, ou seja, não
oficiais. Além de que 30% dos respondentes
dizem consumir produtos oficiais de
edição limitada pelo menos uma vez por
ano. “Estamos trabalhando em diversos
projetos que consideram desdobramentos
em produtos colecionáveis. Fandoms
de música e esporte sempre fizeram isso
muito bem. E não é só sobre o produto.
Um exemplo que eu sempre cito é o da
Skol nas Olimpíadas de 2016, com milhares
de produtos, ativações e conteúdos.
No entanto, o que ficou mais marcado
foram os copos colecionáveis com as
modalidades dos atletas. Todo mundo
queria ter todos os esportes possíveis.
Esses copos ainda estão lá, no cantinho
do churrasco, como lembrança de que a
pessoa estava presente nesse evento, reforçando
esse senso de pertencimento”,
explica Mahé.
No Brasil, o terreno é fértil para comunidades
engajadas. Na pesquisa da
Monks, 71% dos fãs brasileiros se declararam
como os mais dedicados na internet.
Quentin observa essa força com um olhar
externo: “Como francês, tenho um distanciamento
que me permite observar
como o Brasil quer dominar as conversas
na internet – sobre o Oscar, por exemplo,
com a campanha feita pelos fãs do filme
‘Ainda estou aqui’ – e está conseguindo.
A paixão dos fãs brasileiros é intensa. Alguns
anos atrás, houve uma briga de memes
com Portugal, e o Brasil venceu de
10 a 0. É um país grande e muito conectado,
talvez até demais. A velocidade com
que criam conteúdo e inundam as redes
é absurda. As marcas precisam considerar
isso com cuidado. Se caírem do lado
errado, terão o Brasil contra elas”.
Ele ainda compara o Brasil com outros
países. “Na visão ocidental, o Brasil certamente
lidera nesse engajamento. Talvez,
na Ásia, existam nações tão engajadas
quanto, mas dentro da nossa perspectiva,
o Brasil se destaca e isso está muito
claro”, reforça o executivo.
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 37
marcas
Pluralidade das regiões do Brasil rege
ações da Riachuelo para o Carnaval 2025
Cathyelle Schroeder, CMO da marca, explica ideia da nova ação ‘Mistura
e vem’, que patrocina eventos e ativações em diferentes cidades do país
Bruna Nunes
Com o Carnaval à vista, a Riachuelo
iniciou suas ações para a data. A
marca, que tem origem nordestina,
apostou na campanha ‘Mistura e vem’ e
realizou um evento - de mesmo nome -,
em Salvador, na Bahia. A festa aconteceu
em parceria com o escritório criativo
Arara, no último dia 31.
Além da comemoração própria na
capital baiana, a Riachuelo investiu em
patrocínios, como ao camarote Expresso
2222, onde os foliões vão receber abadás
sustentáveis feitos de algodão agroecológico,
‘Baile da arara’, no Rio de Janeiro,
e ‘Samba do Pretinho da Serrinha’ e bloco
‘Tarado ni você’, esses em São Paulo.
“Escolhemos estar presentes em três cidades
muito importantes para o circuito
carnavalesco, além de serem polos de
cultura e economia criativa”, explica Cathyelle
Schroeder, CMO da Riachuelo.
A rede declara que se posiciona com o
ideal de democratizar a moda e valorizar
a cultura brasileira através dessas ações.
Cathyelle comenta que a ideia para a
folia de 2025 é levar experiências e ativações
para as diferentes culturas do
Brasil. “A campanha ‘Mistura e vem’ nasce
da exaltação da pluralidade do nosso
país: O Carnaval é um grande encontro
de ritmos, estilos e culturas, e a moda é
uma importante ferramenta de expressão
e valorização dessa diversidade”, diz
a executiva.
A CMO avalia o Carnaval como uma
grande oportunidade para que marcas
se conectem emocionalmente com seus
clientes, principalmente pela diversidade
de possibilidades que a data carrega.
“São manifestações culturais que falam
com públicos diversos e têm enorme
relevância no cenário carnavalesco.
Essas parcerias são pensadas para gerar
conexão emocional, ampliar nosso alcance
e nos posicionar como referência
nos momentos mais importantes para o
brasileiro”, ressalta ela, que ainda reflete
como cada cidade traz sua personalidade
para a ação: “Salvador, com seus trios
elétricos icônicos e energia contagiante,
tem um significado especial para nós,
por sermos uma marca nordestina. O Rio
Marca, que tem origem nordestina, apostou na campanha ‘Mistura e vem’ para a folia
Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo
Fotos: Divulgação
“São Paulo é
estratégico
para
qualquer
marca se
conectar com
o público”
de Janeiro, com o ‘Baile da arara’ e sua
tradição de blocos e desfiles, é um verdadeiro
polo de tendências e inspiração.
Já São Paulo, cujo Carnaval de rua tem
crescido exponencialmente nos últimos
anos, tornou-se um território estratégico
para qualquer marca que queira se conectar
com o público”, aponta.
E-COMMERCE
O Carnaval é uma data de festa, principal
e especialmente, uma festa que
acontece nas ruas. Por isso, em uma era
digital, é preciso desdobrar as ativações
para que a campanha converse entre
os diferentes mundos. A diretora de
marketing conta que a Riachuelo investiu
em uma landing page no e-commerce,
e ativações nas redes da marca. “Estamos
com uma LP dedicada ao tema no
e-commece e com toda a comunicação
integrada nos canais oficiais da marca.
A campanha está ativa nas redes sociais,
site e lojas físicas, destacando as novidades
da coleção e das nossas ativações”,
destaca.
COLEÇÃO
A rede decidiu dividir sua coleção do
Carnaval 2025 em três categorias, que
buscam conversar com as propostas que
podem surgir na folia e com a ideia da
campanha ‘Mistura e vem’.
“Nós dividimos a coleção exclusiva
para a data em três categorias, cada uma
trazendo diferentes estilos e ideias para
que o folião arrase nos vários tipos de
Carnavais que temos no país. Trouxemos
uma curadoria fashionista e apostamos
fortemente em conforto e funcionalidade,
com peças leves, e modelagens
que permitem liberdade de movimento.
Sabemos que o Carnaval acontece no período
de calor, então materiais frescos e
cortes estratégicos foram pensados para
garantir que o folião curta ao máximo”,
analisa Cathyelle, que finaliza: “É muito
legal poder usar a criatividade e expressar
a sua personalidade através de um
look que te faz sentir única e especial.
Esse foi o ponto de partida para a criação
da coleção de Carnaval da Riachuelo, que
convida todos a celebrarem as misturas
da moda com liberdade e autenticidade”.
38 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
Out of Home
A MÍDIA QUE MAIS CRESCE NO BRASIL
JCDecaux propõe às marcas experiências
sensoriais para investimento em OOH
Cases para Comfort Boom, Gladiador 2, Rexona, Britania e H20 mostram
como paladar, tato, visão, audição e olfato podem ser usados no canal
A
publicidade programática já é
incorporada em um quarto (25%)
das campanhas de DOOH no Brasil,
aproximando-se da média global de
27%, segundo dados da VIOOH. Portanto,
quanto mais diversas forem as campanhas,
melhor será o engajamento das
marcas exibidas pelo canal.
Essa é a conclusão da JCDecaux, uma
das empresas do segmento que investe
na personalização dos projetos e tem
cases de sucesso, com os 5 sentidos humanos
para chamar a atenção dos brasileiros.
A empresa ilustra a aplicabilidade.
Olfato, visão e audição foram usados
para o lançamento do Comfort Boom. Foram
instalados relógios de rua e adesivos
laterais no túnel da estação Paulista do
Metrô, em São Paulo, além da aromatização
de fragrâncias do produto para os
clientes sentirem e obterem uma experiência
sensorial. Outro exemplo foi um
relógio de rua personalizado como uma
air fryer, da Britânia, que emitia sons de
‘quando a comida está pronta’ e exalou
aroma de pão de queijo.
Visão e tato fizeram parte da estretégia
para lançar o filme ‘Gladiador 2’.
A estação Fradique Coutinho do metrô
paulistano recebeu adesivos que produziram
um cenário da Roma Antiga para
proporcionar interação com o uso de realidade
aumentada, por meio de totem
touchscreen que aplicava virtualmente
na pessoa os trajes de um gladiador.
Audição e visão marcaram presença
no Carnaval de Salvador em 2024: campanha
da marca Rexona fez ativação no
metrô local ao envolver os passageiros
com adesivos sobre o produto e com um
spot publicitário com a voz de Anitta.
Paladar, tato e visão foi o tripé usado
no lançamento do sabor Pitaya e Limão
do refrigerante H20, disponibilizado na
estação Pinheiros do metrô/SP, espaço
usado pelos usuários para degustar o
Audição e visão marcaram presença no Carnaval de Salvador em 2024: campanha da marca Rexona para os foliões
Silvia Ramazzotti é diretora de marketing da empresa de mídia OOH JCDecaux
produto, além de receberem um brinde.
Com a brincadeira “tiro ao alvo”, Cheetos
chamou a atenção dos passageiros
da linha amarela do metrô de São Paulo,
também na estação Pinheiros, para conhecerem
os sabores e diferenciais do
lanchinho, além de ganharem os aperitivos
para a viagem.
“O OOH tem o poder de proporcionar
experiências que engajam e conectam
marcas e pessoas. Ativações, campanhas
e projetos especiais transformam
Fotos: Divulgação
espaços urbanos em plataformas de interação,
alcançando milhões de pessoas
todos os dias, seja nas ruas, no metrô, em
aeroportos ou PDVs”, frisa a executiva Silvia
Ramazzotti, diretora de marketing da
JCDecaux no mercado brasileiro, que vai
adiante na sua exposição:
“O que torna esse meio ainda mais
poderoso é a capacidade de personalizar
e contextualizar cada projeto/campanha
em parceria com agências e clientes.
Combinamos insights criativos, inteligência
de dados, pesquisas pós-venda,
métricas de audiência e tendências do
setor para entregar campanhas que realmente
fazem a diferença. Acreditamos
que as melhores experiências são aquelas
que despertam os cinco sentidos e
criam conexões entre marcas e consumidores.
Ao entender as expectativas do
mercado e as preferências da audiência,
fortalecemos as estratégias dos anunciantes
e o relacionamento entre marcas
e consumidores.”
PATROCÍNIO
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 39
appsFlyer
CoNTeúDo De marCa
Divulgação
Uma Nova Troca de Valor
Depende da Colaboração de Dados
Por Renata Altemari, Country Manager, AppsFlyer Brasil
Quando Eric Seufert cunhou o termo “tudo pode
ser uma plataforma de anúncios” em 2021, parecia
algo provocativo. Na época, a maioria das
redes existentes eram de varejistas, dominadas por
nomes como Walmart e Amazon, ao invés de plataformas
criadas por empresas mais especializadas, como
vimos surgir nos últimos anos. Hoje, essa afirmação
parece visionária. Marcas de diversos setores estão
se transformando em redes de anúncios, aproveitando
os dados dos consumidores não apenas para vender
produtos, mas para criar novas fontes de receita.
Por trás de cada nova plataforma de ads existe um
contrato implícito: uma troca de valor, onde os consumidores
aceitam compartilhar seus dados em troca de
benefícios tangíveis. Essa troca depende de dois pilares
fundamentais: privacidade e personalização, ambos
sustentados pela colaboração segura de dados.
1. Tudo Pode Ser uma
PlaTaforma de anúncioS
O crescimento das redes de mídia no varejo (as retail
media networks), da mídia no comércio e dos ecossistemas
apoiados por anúncios está transformando
indústrias inteiras. Gigantes do varejo foram os pioneiros
ao criar ecossistemas publicitários muito rentáveis,
alimentados por dados primários (first-party data).
Mas nos últimos anos, essa tendência se espalhou
para outros setores. Hoje, redes de supermercados,
academias e companhias aéreas estão monetizando
os dados dos consumidores, criando novas fontes de
receita. Além disso, empresas da indústria financeira
têm se tornado players de destaque, com nomes
como PayPal, Chase e Mastercard lançando suas próprias
redes de anúncios nos últimos 18 meses.
Essas transformações representam um enorme
potencial financeiro para as marcas que constroem
essas plataformas e criam uma oportunidade única
para empresas que tradicionalmente possuem poucos
dados, como marcas de bens de consumo.
2. a Troca de Valor: PriVacidade,
PerSonalização e conSenTimenTo
Neste novo cenário, monetizar dados não é mais
tão simples quanto apenas coletá-los. Agora, os consumidores
precisam consentir com o compartilhamento
de suas informações. Mas o consentimento, por si só,
não basta. Eles esperam benefícios reais em troca.
Os consumidores não são contra anúncios personalizados,
mas rejeitam anúncios ruins, que parecem
aleatórios e não fazem sentido para eles.
Renata Altemari, Country Manager, AppsFlyer Brasil
Divulgação
40 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
appsFlyer
coNteúdo de marca
Divulgação
Redes como United Airlines e PayPal não estão
apenas usando dados para gerar receita, mas também
para melhorar a experiência do consumidor
dentro de limites bem definidos. Um exemplo são os
anúncios dentro de apps, que podem sugerir lojas ou
restaurantes relevantes no destino de viagem de um
usuário – uma experiência muito mais valiosa do que
anúncios genéricos.
Esse benefício é a personalização. Seja por meio de
anúncios segmentados ou serviços aprimorados, isso
tudo é a base da nova troca de valor. Ela gera confiança,
pois mostra que os dados do consumidor estão
sendo utilizados de forma inteligente, respeitando
sua privacidade e, ao mesmo tempo, melhorando sua
experiência.
3. EntrEgando PErsonalização
Por MEio da Colaboração
Para alcançar uma personalização realmente eficaz,
as empresas precisam colaborar no uso de dados.
Nenhuma empresa sozinha tem acesso a todos os
dados necessários para atender às expectativas dos
consumidores.
Parcerias entre setores tradicionalmente pobres
em dados e redes ricas em dados, como as plataformas
de mídia no varejo, tornaram-se essenciais.
Esse tipo de colaboração permite melhorar a
experiência do consumidor sem comprometer
“Nenhuma empresa
sozinha tem acesso
a todos os dados
necessários para atender
às expectativas dos
consumidores.”
a privacidade. Por exemplo:
•Bancos podem analisar hábitos de compra para oferecer
cartões de crédito personalizados.
•Companhias aéreas podem sugerir restaurantes ou
eventos com base nos destinos dos viajantes.
•Marcas de bens de consumo (CPG) podem estabelecer
parcerias estratégicas de dados para impactar os
consumidores no momento certo da jornada de compra.
Esse modelo colaborativo beneficia todos
os envolvidos:
•Os consumidores recebem um valor personalizado.
•As marcas desbloqueiam novas oportunidades de receita.
•As redes de dados monetizam ainda mais seus ativos.
Independentemente do objetivo das marcas, o acesso
a dados mais ricos permite segmentações mais precisas
e campanhas mais eficazes. Isso ajuda as empresas
a se conectarem com o público certo no momento certo,
otimizando suas estratégias e, consequentemente, melhorando
suas métricas de receita.
A colaboração é o motor que
impulsiona esse novo ecossistema.
4. tECnologia E PadrõEs dE
PrivaCidadE são EssEnCiais
Para a Colaboração
Para que essa colaboração aconteça, ela precisa ser
suportada por tecnologias robustas de privacidade e padrões
transparentes.
Soluções como data clean rooms, privacidade diferencial
e computação multipartidária segura permitem
que empresas combinem e analisem dados sem expor
identidades individuais.
Essas tecnologias também possibilitam parcerias antes
inimagináveis, como:
•Colaboração entre concorrentes de forma segura.
•Parcerias inovadoras entre setores distintos.
Essas soluções garantem que a colaboração ocorra
de maneira segura, respeitando a confiança dos consumidores,
enquanto desbloqueiam insights valiosos.
No entanto, nem todas as soluções de privacidade
são confiáveis. Para evitar práticas enganosas, são
essenciais padrões claros e aplicáveis, que transmitam
segurança tanto para consumidores quanto para
parceiros.
À medida que o modelo de rede de anúncios se
expande, a próxima geração dessas redes será definida
não apenas pela capacidade de monetizar dados,
mas pela habilidade de preservar a confiança dos
consumidores.
As empresas que priorizarem a colaboração de
dados com foco em privacidade terão uma vantagem
competitiva, enquanto os consumidores estarão mais
dispostos a compartilhar informações com marcas que
consideram confiáveis.
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 41
opinião
Divulgação
Beatles no Grammy
indica risco aos
direitos autorais
Rodrigo Calabria
é sócio da CCLA Advogados
Rodrigo Calabria
Em 2025, os Beatles ganharam um Grammy por
uma canção inédita, que foi feita por meio de
gravações antigas da música ‘Now and then’. Um
quinto beatle ajudou na produção musical. Enganou-se
quem pensou em George Martin, que contribuiu com
a composição do icônico ‘Sgt. Peppers, Loleny Hearts
Club Band’. Fez-se com o auxílio de uma inteligência artificial
generativa, a qual recriou a voz de John Lennon.
Levantam-se, contudo, questões éticas e fundamentais
sobre direitos autorais e propriedade intelectual. Há
sérias dúvidas quanto ao uso da IA para as criações do
âmbito ontológico. Nem sequer os neurocientistas sabem
o que significa a palavra inteligência. Medem-se aspectos
que a definem em partes, não em sua totalidade.
O zero e um, dos computadores, não se aproximam de
uma função contínua. E à vasta maioria dos fenômenos
naturais não se aplicam funções que as expliquem.
Nesse sentido, a palavra inteligência foi sequestrada.
Teremos um futuro sem futuro, cuja ferramenta para
criá-lo, em todos os momentos, coleta dados do passado
para fazer uma composição do presente. A inovação
pode ser, para a contemporaneidade, um apanhado de
informações que se organizam num terceiro elemento.
Mozart, Beethoven e os próprios Beatles inovaram,
organicamente, a percepção da arte em uma sociedade,
que está sempre em ebulição. O uso da IA para construir
uma composição usando a voz de John Lennon pode nos
servir como fonte histórica; mas, na medida em que se
estabelece uma relação mercantilizadora, levando-a a
concorrer a um Grammy, flagra-se a inversão pela qual
enxergamos o conceito de produção artística.
‘Now and then’ ainda é um caso único. Os direitos
autorais ainda pertencem aos detentores originais:
Paul McCartney, Ringo Starr e os herdeiros de Lennon e
George Harrison, com as gravadoras envolvidas. Neste
contexto, usou-se a IA para “melhorar” e “finalizar” um
material existente. Ou seja, a ferramenta não é um substituto
integral da criatividade humana.
Mas a vitória de uma das maiores bandas de todos os
tempos, com uma faixa reconstruída por IA, certamente,
abre precedentes para outras mídias, como o cinema e
a televisão, se locupletarem, pasteurizando-se. A recriação
de vozes e imagens de artistas falecidos tende a ser
explorada para fins nostálgicos e para novas produções.
É aceitável usar a imagem de artistas que não deram
consentimento para isso em vida? O caso dos Beatles teve
a aprovação dos integrantes sobreviventes e das famílias
envolvidas, o que já é uma prática duvidosa. Isso nos remete
a um outro caso, que é o da obra ‘Cem anos de solidão’,
que virou série, com a autorização da família, mas
apesar da vontade do escritor Gabriel García Márquez.
Seria ainda pior se tal fosse feito por um terceiro
(uma empresa ou pessoa) que utilizasse IA para desenvolver
uma performance de um artista sem o aval dos
seus herdeiros. Isso ocorre porque o sistema precisa
continuar pulsante, sempre vivo, aquecido, visando exclusivamente
ao lucro das suas produções.
Questões como essas precisam ser discutidas e, obviamente,
regulamentadas. Muito se fala da substituição
dos humanos pelas máquinas. Esta é obra da atualização
histórica dos nossos tempos, a qual financeiriza os processos
e a mão de obra. O sindicato dos profissionais
do entretenimento se mobilizou contra o uso indiscriminado
da tecnologia. Compromete-se a sustentabilidade
da indústria, prejudicando profissionais que empenham
força de trabalho nessas funções.
A greve dos roteiristas e atores em Hollywood reivindicou
regulamentação do uso da IA no cinema e na televisão.
A arte sempre foi uma expressão da experiência
humana. Introduzi-la nesse processo despersonaliza o
objeto, o produto dos nossos trabalhos.
Os Beatles no Grammy nos desperta para a fragilização
que há em nossas legislações quanto aos direitos
autorais e ao futuro da criatividade como obra da operação
humana. É essencial que o poder público e o privado
trabalhem para a manutenção de direitos dos criadores.
A arte está em jogo.
“É essencial que o
poder público e o
privado trabalhem
para a manutenção de
direitos dos criadores”
42 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
click do alê
Toninho Izidoro se torna imortal
O publicitário Antonio Izidoro Filho é o mais novo imortal
na Academia Brasileira de Eventos e Turismo. O diretor-
-presidente da Izidoro Marketing Promocional e diretor
da APP há mais de 20 anos sucede João de Simoni, o
maior nome da história da promoção comercial no
Brasil, considerado “o pai do marketing promocional”, na
Cadeira 4, que tem como patrono Abelardo Figueiredo.
A cerimônia contou também com a posse de Juan Pablo
De Vera, sucedendo Eduardo Sanovicz, na Cadeira 12,
que tem como patrono Roberto Gheler. A solenidade
de posse aconteceu na noite do dia 17 de fevereiro, na
Academia Paulista de Letras, e contou com a presença
de amigos, familiares e importantes personalidades da
indústria de eventos e turismo.
Alê Oliveira
aleoliveira@propmark.com.br
Fotos: Alê Oliveira
Toninho Izidoro, em
discurso de posse
Toninho Izidoro é empossado por Sergio Junqueira
Arantes, presidente da Academia
Ibrahim Tahtouh, o imortal Toninho Izidoro, Sergio
Junqueira Arantes e Andréa Ferracciú
Toninho celebra com o filho MM Izidoro, a mulher
Simone e a filha Mahyara Izidoro
Toninho Izidoro com João de Simoni Ferracciú e
familiares
Juan Pablo De Vera e Toninho Izidoro: os mais recentes
imortais
Paulo Gregoraci, Afonso Abelhão, José Maurício,
Toninho Izidoro, Heloísa Santana e Silvio Soledade
Enio Vergeiro, José Estevão Cocco, Alceu Gandini e
Antonio Calil Cury
José Maurício, Maria da Graça, Paulo Gregoraci, Renato
Pereira, Sandra Stecca e Simone Izidor
Antoninho e Estela Rossini, com José Francisco Queiroz
Nilo Frateschi, José Francisco Queiroz, Toninho Izidoro,
Raul Nogueira e Silvio Soledade
Celso Vergeiro e Silvio Soledade
Toninho Izidoro com familiares
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 43
esg no mkt
Alê Oliveira
A educação em
tempos de IA
A performance dos estudantes brasileiros no PISA
e outros testes educacionais internacionais é pífia
Alexis Thuller Pagliarini
não vai perder seu emprego para a tecnologia,
mas para alguém que saiba lidar com
“Você
ela melhor do que você”. Ouvi essa no Cannes
Lions Festival, anos atrás, quando ainda não se falava
em IA, mas já com a tecnologia ocupando grande espaço
nas discussões do festival.
Falava-se de algoritmos, de martech, soluções digitais,
coisas assim... Se a capacitação tecnológica já era
um ponto-chave naquela época, hoje ela determina
definitivamente a empregabilidade e a capacidade de
crescimento profissional em qualquer área.
E o triste da história é que o Brasil continua patinando
na qualidade de educação em todos os níveis. Temos
recursos naturais como poucos outros países, mas se
não tivermos inteligência para lidar com eles, ficaremos
para trás.
Nossos sistemas educacionais estão muito aquém
dos países mais desenvolvidos e isso poderá se agravar.
Agora ainda mais.
Com a crescente presença da inteligência artificial em
diversos setores, a educação certamente precisa evoluir.
Ensinar os alunos a pesquisar e a desenvolver habilidades
críticas de análise e síntese pode ser uma abordagem
muito eficaz. Isso não só os prepara para um mundo
onde a informação está amplamente disponível, mas
também os capacita a discernir entre fontes confiáveis
e não confiáveis.
Nesse novo modelo, o papel do professor como moderador
e facilitador do aprendizado se torna ainda mais
importante.
Em vez de apenas transmitir informações, os educadores
podem guiar os alunos na exploração de temas,
incentivando a curiosidade e o pensamento crítico.
Isso pode criar um ambiente de aprendizado mais
dinâmico e interativo, onde os alunos se tornam protagonistas
da própria educação.
Além disso, a integração da tecnologia e da IA nas
salas de aula pode oferecer ferramentas que ajudam os
alunos a acessar e processar informações de maneira
mais eficiente.
Assim, a educação pode não apenas acompanhar
as mudanças trazidas pela IA, mas também se beneficiar
delas, preparando os alunos para um futuro
em constante transformação. Mas, lamentavelmente,
nosso estágio ainda está bem abaixo, no esforço básico
da mera alfabetização.
Segundo o último censo do IBGE (2022), o Brasil
ainda tem mais de 10 milhões de analfabetos (pessoas
com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever).
O fosso social tende a se alargar num país que
não privilegia a educação.
Apenas um exemplo de oportunidade: por ter uma
matriz energética favorável, com a participação substancial
de fontes renováveis, o Brasil pode ser uma excelente
opção para a instalação de grandes datacenters,
cada vez mais necessários para o processamento
do enorme volume de dados que a IA demanda.
Mas se não tivermos técnicos habilitados a atuar
nesses datacenters, podemos perder essa oportunidade.
Segundo o relatório Google for Startups, devemos
ter um déficit de mais de 500 mil técnicos de TI
neste ano de 2025.
Emprego não falta para quem tem base educacional
e está capacitado. Diversos setores da economia
relatam dificuldade de preencher vagas. Mesmo para
funções mais básicas.
Estamos todos encantados – e assustados – com os
rumos da inteligência artificial, mas deveríamos estar
mais interessados no gap educacional existente no Brasil.
A performance dos estudantes brasileiros no PISA
e outros testes educacionais internacionais é pífia.
Em 2024, o Brasil ficou em 44º lugar entre 56 países
participantes do PISA.
Ficamos atrás de outros países latino-americanos,
como Uruguai, Colômbia e Peru. E isso não será resolvido
com um bom prompt submetido a uma plataforma
de IA.
O buraco é mais embaixo. Será necessário um projeto
consistente e duradouro para levar a educação
no Brasil a um patamar minimamente aceitável. Sem
isso, continuaremos a desperdiçar as imensas oportunidades
de desenvolvimento sustentável que se
apresentam ao nosso país.
Alexis Thuller Pagliarini
é sócio-fundador da ESG4
alexis@criativista.com.br
44 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
supercenas
Paulo Macedo
paulo@propmark.com.br
Fotos: Divulgação
Os funcionários da Filadélfia agora ocupam um prédio metálico em Belo Horizonte devido ao processo de crescimento da agência, agora com unidades no Rio de Janeiro e no DF
ESPAÇO
A mineira Filadélfia vive um novo tempo com a inauguração
da sua nova sede em Belo Horizonte (MG), no
bairro Concórdia, que, segundo o CEO Rodrigo Rocha,
é “o maior prédio em estrutura metálica da América
Latina, com 170 metros de altura”. O novo espaço, com
área de 900 m², tem vista para as montanhas que
cercam a capital mineira. Essa mudança predial também
se justifica pela recente expansão da agência
para o Rio de Janeiro e Brasília, onde atende a conta
digital do Ministério das Comunicações. “Já que esta-
mos inaugurando uma nova fase da agência, nada
melhor do que marcar esse momento em uma nova
casa, pronta para receber nossa equipe, clientes e
fornecedores”, destaca Rocha, que também tem no
seu portfólio as contas do Ministério dos Portos e Aeroportos,
Governo/MG, Prefeitura de Belo Horizonte,
Controladoria Geral da União, São Salvador Alimentos,
Batatas Bem Brasil, Grupo Anima, Câmara de Comércio
de Energia Elétrica, Siamig Bioenergia e Santa Casa
BH. O CEO diz ainda que a Filadélfia oferece planejamento
estratégico “que é um dos grandes pilares da
agência”, criação e produção de conteúdo (vídeos,
lives e podcasts), monitoramento e B.I. (análise de
dados, menções, saúde de marca, inbound, mídia de
performance) e projetos digitais (apps e sites, entre
outros). “Nos últimos anos, vimos uma corrida desenfreada
por ferramentas digitais e uma guinada para a
performance e os resultados de curto prazo, em detrimento
do awareness e do equity das marcas”, finaliza
o executivo-chefe da Filadélfia.
Com base em pesquisas, Natura desenvolveu a linha Tododia Energia, que propõe harmonia e equilíbrio à mulher
EMOCIONAL
Segundo a Worth Global Style Network (WSGN), a relação entre mente e corpo deve se tornar a base do desenvolvimento
de produtos, a chamada “beleza emocional”. Essa é uma das bases da Natura para o lançamento da linha
Tododia Energia, cujo foco é cuidado integral do corpo e da mente. “É um pilar essencial quando falamos na promoção
do bem-estar”, afirma Tatiana Ponce, vice-presidente de marketing, líder de pesquisa e desenvolvimento
da Natura e Avon. Criação é da Africa Creative.
Carlinhos Brown é atração da campanha da Neoenergia
FOLIA
Carnaval requer dose extra de energia. Não só física
como a elétrica, para ativar o conforto dos muitos camarotes.
A Neoenergia, na sua campanha, tem a voz
de Carlinhos Brown no jingle do projeto sobre segurança
na rede elétrica durante os dias de folia.
jornal propmark - 24 de fevereiro de 2025 45
última página
Alê Oliveira
Stalimir Vieira
é diretor da Base de Marketing
stalimircom@gmail.com
Nunca se latiu tanto
Stalimir Vieira
Desde criança, fui educado a me interessar por
política. Nos anos 1960, sintonizava, pelas ondas
curtas do rádio Semp da minha avó, as emissoras
que propagavam sistemas antagônicos, pelo mundo.
Em português, chegavam a norte-americana Voz da
América, a rádio China Internacional, a rádio Moscou e a
BBC, de Londres. Eram especialistas em difundir doutrinas,
à esquerda e à direita. Vivíamos a guerra fria, uma
guerra de informações, principalmente.
No Brasil, sob ditadura e censura à imprensa, foi pela
BBC, por exemplo, que fiquei sabendo, em primeira mão,
da morte do ex-presidente Castello Branco, num acidente
aéreo suspeito. Quando o mundo entrou em distensão,
e a liberdade de expressão voltou, abandonei as
ondas curtas.
Hoje, com o advento da internet, o acesso à informação,
apesar de todo o seu cipoal de interesses, ficou
relativamente franco. O que percebo, de uns anos para
cá, pelo dinamismo que os novos meios permitem, é a
substituição da formalidade e da elegância por uma urgência
deselegante e malcriada.
A serenidade, o equilíbrio e à sujeição aos rituais do
poder e da diplomacia foram abandonados e substituídos
pelos “latidos”, em nome dos governos e das nações.
Durante o governo Bolsonaro, o presidente reunia,
diariamente, fieis seguidores num cercadinho, e ali vociferava
o que bem entendia contra seus desafetos, falava
barbaridades e ainda atiçava seus fãs contra repórteres
que estivessem por perto. Veio Lula e os latidos continuaram,
agora, naturalmente com outros objetivos, mas
com pontos de confluência, na forma e no conteúdo.
No Poder Legislativo, os latidos, de lá e cá, se repetem
cotidianamente, cada vez mais raivosos. Pelo mundo, latem
todos. De Putin a Milei; de Macron a Netanahyu; de
Trump a Zelensky; de Maduro a Orban. Quem late mais
grosso e mais alto consegue impressionar mais. Putin
não apenas latiu, como mordeu e arrancou um pedaço
da Ucrânia. Trump ameaça morder e engolir o Canal do
Panamá, o Canadá e a Groenlândia.
Netanahyu, para vingar-se do Hamas, que mordeu e
engoliu 1.200 cidadãos israelenses, já mordeu e engoliu
uns 50.000 palestinos. Maduro latiu e ameaça morder e
engolir um pedaço da Guiana.
Cada dia, os latidos pelo mundo carregam mais ameaças
de mordidas. A mídia, sem alternativa, vive de reproduzir
latidos e mordidas em seus noticiários.
Num dia, informa que alguém latiu mais forte; no outro,
que o latido teve outros latidos como resposta. Estamos
formando uma geração que vai ter muita dificuldade
para compreender os ritos que regiam a política e a
diplomacia. O que diriam Churchill ou Truman ou mesmo
Stalin, diante disso? Talvez se perguntassem onde foram
parar os estadistas.
Se observarmos bem, vamos ver que as notícias de
política internacional estão cada vez mais parecidas
com as do noticiário policial, não apenas pelos crimes
que trazem, mas pelo padrão de linguagem dos principais
personagens. Parece que o conceito de civilização
vai se perdendo.
O curioso é que isso não significa, necessariamente,
que estamos às vésperas de uma terceira guerra
mundial, agora atômica, e de consequência inimagináveis.
Significa, acima de tudo, que o nível dos políticos
nunca esteve tão baixo, em tantos lugares, ao
mesmo tempo. Ou seja, vivemos uma espécie de era
da mediocridade política.
“O nível dos
políticos nunca
esteve tão baixo,
em tantos lugares,
ao mesmo tempo”
46 24 de fevereiro de 2025 - jornal propmark
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