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ENTREVISTA: Júnior Haas destaca a importância da profissionalização do mercado de paletes no país
RESINAS PARA O
SETOR MADEIREIRO
COMPLETANDO 25 ANOS
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WOOD SECTOR
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ITS PRODUCTION TO SERVE
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HIPPO PRESS
PRENSA DE ALTA PRESSÃO 1803
Soluções de desidratação
mecânica até 30 vezes mais
eficiente em termos energéticos
do que a secagem térmica
A Prensa de Alta Pressão 1803
representa a nova geração de
equipamentos de desaguamento
mecânico, projetada para otimizar o
processamento de biomassas fibrosas,
como cavacos de madeira e serragem.
Este equipamento de ponta destaca-se pela sua
capacidade de reduzir significativamente o teor
de umidade das biomassas, oferecendo uma
solução de secagem altamente eficiente e com
baixo consumo de energia. Ideal para diversos
setores industriais, a Prensa não apenas reduz a
umidade das biomassas, mas também melhora
a homogeneidade da matéria-prima, o que facilita
um processo térmico mais eficaz. Durante o
funcionamento, os cavacos de madeira são
parcialmente esmagados, aumentando a superfície
de evaporação e, consequentemente, tornando o
processo de secagem ainda mais eficiente.
H₂O
2,22 toneladas
Recebido como
CAVACO DE MADEIRA
Cavaco de madeira=
biomassa seca e água
55%
1,22t
Biomassa
Seca
45%
1t
1,22 t * 50%
= 0,61 t H2O fora
Cavaco de
madeira
espremido
na Prensa
Saalasti 1803
H₂O
38%
0,61t
Biomassa
Seca
62%
1t
Com a Prensa de Alta
Pressão 1803, as
indústrias podem
alcançar um tratamento
de biomassa mais
sustentável e eficiente,
respondendo às
demandas por soluções
energéticas mais
econômicas e
ambientalmente
responsáveis.
Energia utilizada para
remover 1m³ de água
Secagem
térmica
700–1000
kw/h
Prensa
Saalasti 1803
30–50
kw/h
Indústria de Paletes
eficiente começa com
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SUMÁRIO
INDUSTRIAL
60
2025
40
56
52
MADEIRA
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
Benecke 09
Biotech 59
Bonardi Química 31
Bruno 15
Composhow 37
Contraco 27
Dallabona Máquinas 33
DRV Ferramentas 76
Engecass 19
Feicon 51
H Bremer 13
Impacto 75
J de Souza 69
Máquinas Águia 21
Mendes Máquinas 02
Montana Química 07
MSM Química 23
Omil 29
Pole Cola 39
Prêmio Referência 2025 73
Rotteng 04
SPS Tecnologia Ambiental 71
Top Solid 17
Unesa Máquinas 11
Vantec 25
SUMÁRIO
08 Editorial
10 Cartas
12 Bastidores
14 Notas
30 Aplicação
32 Frases
34 Entrevista
40 Principal Crescendo com o mercado
46 Integração
52 Marcenaria
56 Mercado
60 Balanço
64 Química na Madeira
66 Artigo
72 Agenda
74 Espaço Aberto
06
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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
08
EDITORIAL
EMPREENDER
E PROFISSIONALIZAR
O
mercado madeireiro tem suas especificidades e
também proporciona novas oportunidades para
aqueles que buscam empreender. A Polecola Resinas
e Derivados Químicos é uma empresa que
surgiu no ramo madeireiro, o fundador atuava no
segmento de compensados, e hoje, completando 25 anos, está
em plena expansão, investindo em nova planta e diversificando
sua atuação, atendendo outros mercados de resinas. A empresa
é a matéria de capa desta edição da Revista REFERÊNCIA
MADEIRA INDUSTRIAL. A normatização do mercado de paletes
é outro tema de destaque da edição. Conversamos com o
coordenador do Comitê de Paletes e Embalagens da Abimci
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),
José Carlos Haas Junior, que comentou sobre
a importância da profissionalização do setor. Outras matérias
destacam temas como a construção da Rota Bioceânica, que
representa um avanço logístico para os países do Mercosul; o
crescimento de exportações de MDF, e um balanço do setor
de máquinas e equipamentos nacional, entre outros assuntos
importantes de relevância do segmento. Uma ótima leitura!
ENTREPRENEURSHIP AND
PROFESSIONALIZATION
T
he forest product market has its specificities and
also provides new opportunities for those looking
to become entrepreneurs. Polecola Resinas e Derivados
Químicos is a company that started in the
forest product industry. Its founder worked in the
plywood segment, and today, on its 25th anniversary, it is booming,
investing in a new plant and diversifying its operations,
serving other resin markets. The Company is the cover story of
this issue of REFERÊNCIA Madeira Industrial. The standardization
of the pallet market is another highlight of the issue. We
spoke to the Pallets and Packaging Committee coordinator of
the Brazilian Association of the Mechanically Processed Wood
Industry (Abimci), José Carlos Haas Junior, who commented
on the importance of professionalizing the Sector. Other articles
highlight topics such as the construction of the Bioceanic
Route, which represents a logistical advance for the Mercosur
countries, and the growth of MDF exports. An assessment of
the domestic Machinery and Equipment Sector, among other
important issues relevant to the segment, is also emphasized.
Pleasant reading!
referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
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resultados incríveis!
NA CAPA
A PRODUÇÃO DE RESINAS
PARA O SETOR MADEIREIRO
DA POLECOLA RESINAS E
DERIVADOS QUÍMICOS É O
DESTAQUE DA EDIÇÃO
EXPEDIENTE
ANO XXVII - EDIÇÃO 271 - MARÇO 2025
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.
bartoski@revistareferencia.com.br
ASSINATURAS
0800 600 2038
Periodicidade Advertising
GARANTIDA GARANTEED
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product www.referenciaindustrial.com.br Ano XXVII • Nº271 • Março 2025
ENTREVISTA: Júnior Haas destaca a importância da profissionalização do mercado de paletes no país
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SETOR MADEIREIRO
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RESINS FOR THE
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ANNIVERSARY, A COMPANY IS
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THE MARKET
Redação / Writing
Gisele Rossi
jornalismo@revistareferencia.com.br
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski / Supervisão
Ana Paula Vogler
Maria Soares
criacao@revistareferencia.com.br
Depto. Comercial / Sales Departament
Gerson Penkal
Kauê Angeli
comercial@revistareferencia.com.br
fone: +55 (41) 3333-1023
Tradução / Translation - John Wood Moore
Depto. de Assinaturas / Subscription
assinatura@revistareferencia.com.br
José A. Ferreira
(41) 99203-2091
Veículo filiado a:
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco
de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-
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exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The
use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without
the written authorization of the holders of the authorial rights.
FROM MAINTENANCE TO THE
MANUFACTURE OF CUTTING-EDGE
EQUIPMENT, THE SHARPENING
INDUSTRY GAINS MARKET
RECOGNITION
ENTREVISTA: Maria Paula Velloso, da ApexBrasil, mostra o cenário para exportação de produtos nacionais
CARTAS
CARTAS
CAPA DA EDIÇÃO 270 DA
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE FEVEREIRO DE 2025
PRINCIPAL
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product www.referenciaindustrial.com.br Ano XXVII • Nº270 • Fevereiro 2025
FERRAMENTAS
AFIADAS
DA MANUTENÇÃO À FABRICAÇÃO
DE EQUIPAMENTOS DE PONTA,
O SETOR DE AFIAÇÃO GANHA
RECONHECIMENTO DO MERCADO
SHARP TOOLS
APLICAÇÃO
Por Paulo Gustavo dos
Santos – Passo Fundo (RS)
Por Rafael Godoi –
Icém (SP)
Parabéns pelos 16 anos da ACJ Máquinas, que
com dedicação e aprimoramento vem ganhando
o mercado.
Importante a
normatização do setor de
paletes, contribui para
o desenvolvimento do
mercado.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Foto: divulgação ApexBrasil
ENTREVISTA
Por Rita Soares –
Curitiba (PR)
Muito boa a entrevista
com Maria Paula Velloso
sobre as ações da APEX.
TRANSPORTE
Por João César Mendes –
Naviraí (MS)
A crise dos contêineres é apenas um lado
na questão da logística. Tem que melhorar
as estradas e acesso aos portos também.
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.
10 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:
jornalismo@revistareferencia.com.br
CURTA NOSSAS PÁGINAS
E INSCREVA-SE NO NOSSO
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Referência Madeira Industrial
@referenciamadeira
@revistareferencia9702
BASTIDORES
BASTIDORES
Foto: divulgação
Foto: divulgação
MERCADO
RECEBEMOS NO MÊS DE FEVEREIRO, NA SEDE DA JOTA EDITORA,
A ABIMCI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA
PROCESSADA MECANICAMENTE) PARA ALINHAMENTO DE
INFORMAÇÕES EM PROL DO MERCADO INDUSTRIAL DA MADEIRA. NA
FOTO ESTÃO PAULO ROBERTO PUPO (SUPERINTENDENTE DA ABIMCI),
FÁBIO MACHADO (DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA), EDILANE
MARQUES (ASSESSORA DE IMPRENSA DA ABIMCI) E JULIANO VIEIRA DE
ARAUJO (PRESIDENTE DA ABIMCI).
CAPA
A EDIÇÃO DE FEVEREIRO/25 ABORDOU O TEMA DE
AFIAÇÃO DE FERRAMENTAS PARA MADEIRA, E A ACJ
MÁQUINAS FOI A CAPA DA EDIÇÃO. O COMERCIAL
DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, GERSON PENKAL,
ENTREGOU EM MÃOS A EDIÇÃO PARA O DIRETOR DA
EMPRESA, JÚLIO CÉSAR JUAIS.
ALTA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
CRESCEU EM 2024
A indústria brasileira fechou
2024 com um crescimento
de 3,1% de acordo com um
relatório divulgado pelo Ibge
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística). Este aumento
é o terceiro maior dos últimos
15 anos, superado apenas pelo
aumento de 10,2% em 2010 e
3,9% em 2021, este último no
contexto de recuperação após
a pandemia de Covid-19. O
crescimento foi generalizado
em todos os segmentos da
indústria, com quatro grandes
categorias econômicas (bens
de capital, intermediários, duráveis
e geral).
BAIXA
INTENÇÃO DE CONSUMO
DAS FAMÍLIAS CAI
A pesquisa da CNC (Confederação
Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo)
que apura a ICF (Intenção de
Consumo das Famílias) mostra
queda mensal de 0,2% no
índice em fevereiro, chegando
aos 104,5 pontos. Impactado
principalmente pela redução
do consumo de bens duráveis
(-1,6% mensal e -4,8% no comparativo
anual), o resultado
interrompe a curva ascendente
observada desde dezembro
do ano passado. No comparativo
com fevereiro de 2024,
a variação anual da ICF sofreu
queda de 1,1%.
12 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
NOTAS
PODCAST REFERÊNCIA
Durante o mês de fevereiro o estúdio do Podcast Referência teve a honra de receber convidados muito importantes
para o desenvolvimento do segmento de base florestal, no reflorestamento e no manejo florestal sustentável. Os entrevistados
desses episódios foram Ednei Blasius (foto de cima), presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e
Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso), é formado em administração e sócio-proprietário da B2 Madeiras.
O outro convidado foi Pedro Francio Filho (foto de baixo), diretor da Francio Soluções Florestais, formado em agronomia
e especialista em produtividade florestal. Os episódios tiveram o apoio da Máquinas Águia, Crocodilo Empreendimentos
Florestais, Poli Fertilizantes e TMA, que atuam oferecendo soluções para o segmento de base florestal.
Ednei aproveitou o programa para contar sobre sua história que começou muito longe do manejo florestal e caminhou
gradativamente para uma das indústrias mais pujantes do Mato Grosso. “Vendi picolé, trabalhei empacotando café
e passei pela engenharia civil, lidando com AutoCAD muito antes da floresta. Foi quando minha família saiu de Juína (MT)
para Cuiabá que minhas primeiras oportunidades que me levaram ao florestal, de uma migração da engenharia civil que
passei a desenhar plantas de áreas florestais e não apenas de prédios”, relatou Ednei.
Ednei, que é muito ligado ao associativismo conta que o
manejo florestal no Mato Grosso tem crescido muito, ele mesmo
já tem sete unidades produtivas entre indústrias madeireiras e
operações de biomassa, mas que o trabalho do manejo ainda
não tem o reconhecimento e nem mesmo as aberturas de mercado
que outros segmentos produtivos já recebem. “Hoje quem
trabalha no estado já consegue aproveitar praticamente toda
sua produção, mas o acesso ao crédito, como acontece com o
agro, ainda é muito reduzido, o que trava parte do potencial
produtivo que já temos e podemos alcançar”, destacou Ednei.
Pedro Francio Filho é uma das grandes referências no segmento
de produtividade florestal do Brasil. Paranaense de Engenheiro
Beltrão, Pedro contou que sua família tem uma ligação
com o campo muito forte, o que o levou a fazer agronomia, mas
a influência de Augusto Francio, um grande nome da indústria
madeireira, e o professor José Luiz Stape, que deu o conselho
que mudou a sua vida. “Ele me disse que deveria fazer a agronomia
focado no florestal, pois o florestal precisava dessa visão
da agronomia, que o florestal precisava olhar para o solo e para
a produtividade. Eu segui e tenho certeza que foi a melhor escolha
que fiz”, ressaltou Pedro.
Pedro conta sobre uns principais momentos que marcaram
sua história, que ele mesmo não consegue colocar apenas
um e aponta como momentos diferentes marcam situações e
oportunidades diferentes. “Fui convidado a participar de um
evento em Buenos Aires e nem falava inglês ou espanhol, mas
os contatos foram feitos mesmo assim. Participei de todas as
ExpoForest, o que me colocou num lugar de destaque. Em um
momento de crise eu trabalhei 18h por dia, batendo na porta de
clientes e correndo atrás. Cada dificuldade foi uma oportunidade
que me abriu caminhos”, celebrou Pedro.
Os episódios completos o Leitor pode
conferir no canal do youtube da Revista
REFERÊNCIA:
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14 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
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NOTAS
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TARIFA DO BRASIL
ÀS IMPORTAÇÕES NORTE-AMERICANAS
Um levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que a entrada de produtos norte-americanos
no Brasil estava sujeita a uma tarifa de importação real de 2,7% em 2023. Esse resultado indica que o valor
efetivamente pago nas importações vindas dos Estados Unidos foi quatro vezes menor do que a tarifa nominal
de 11,2% que o Brasil assumiu como compromisso na OMC (Organização Mundial do Comércio). A diferença
entre a tarifa efetiva aplicada pelo Brasil às importações dos EUA (Estados Unidos da Améica) e a tarifa nominal
ocorre devido ao uso de regimes aduaneiros especiais, como drawback e ex-tarifário. O levantamento indica
que produtos como motores e máquinas não elétricas, adubos e fertilizantes químicos, óleos combustíveis de
petróleo e gás natural não têm a incidência de tarifas. O documento foi produzido em um momento em que a
indústria brasileira monitora as atualizações na política comercial dos EUA diante dos anúncios sobre tarifas e
comércio recíproco feitos pela Casa Branca. Os EUA são o principal parceiro da indústria de transformação brasileira.
Entre 2019 e 2024, as vendas do setor para o mercado norte-americano somaram US$ 159,5 bilhões.
16 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
NOTAS
MULHERES NO COMÉRCIO EXTERIOR
Esse ano de 2025 será estratégico para a integração entre a indústria brasileira e os mercados internacionais.
Enquanto o governo brasileiro preside o BRICS 2025, a CNI (Confederação Nacional da Indústria)
exerce o secretariado executivo do Cebrics (Conselho Empresarial do BRICS) e da WBA (Aliança
Empresarial de Mulheres). O tema escolhido pela liderança brasileira para esse período é: Construindo
Pontes Globais: Mulheres Fortalecendo a Integração Econômica do BRICS. Entre os objetivos da liderança
atual para o fórum feminino está o aumento da participação das empresas chefiadas por mulheres
no comércio exterior, hoje de 14%, de acordo com a análise Mulheres no Comércio Exterior, do MDIC
(Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Para a presidente da WBA Brasil, Mônica
Monteiro, a participação das mulheres no comércio exterior vai trazer benefícios significativos para a
economia e para a redução da desigualdade de gênero.
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NOTAS
RECURSOS PARA
CONCESSÕES DE RODOVIAS
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) prevê a aprovação de até R$ 30 bilhões para
financiar concessões de rodovias em 2025. O valor superaria o recorde do banco para o setor que aconteceu no
ano passado, quando foram aprovados R$ 23,5 bilhões. As estimativas para esse ano foram feitas pela diretora de
Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco, Luciana Costa. Ela cita como principal motivo
para esse aumento o mecanismo criado pelo Ministério dos Transportes para destravar os investimentos em estradas
de rodagem. “Havia muitas rodovias cujo prazo de concessão deveria ser estendido, tarifa reequilibrada e
novos investimentos realizados”, diz Luciana. “Então, o ministro Renan Filho, ao invés de relicitar essas concessões,
criou um instrumento em que essas concessões são otimizadas, com todos os players relevantes da mesa renegociando
as novas condições da concessão. Com isso, o país consegue destravar entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões
de investimentos”, afirmou. Neste ano estão previstos 15 leilões de concessão rodoviária.
Foto: divulgação
20 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS /PR
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NOTAS
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EXPORTAÇÕES DE AGLOMERADO
CRESCERAM EM 2024
As exportações brasileiras de painéis de partículas (aglomerado) alcançaram US$ 113,38 milhões em 2024,
um aumento de 40,4% em comparação com os US$ 80,74 milhões exportados em 2023. Esse crescimento
se deve principalmente à expansão de mercados com destaque para China e Colômbia. A China liderou o
crescimento com um aumento de 82,1%, alcançando US$ 33,27 milhões em comparação com os US$ 18,27
milhões de 2023. A forte demanda por produtos de madeira brasileira continua consolidando a China como
o principal destino para as exportações do Brasil. Colômbia registrou um aumento ainda maior, de 128,1%,
totalizando US$ 27,03 milhões, um salto significativo dos US$ 11,85 milhões do ano anterior. O Peru também
experimentou um crescimento de 6,4%, alcançando US$ 18,03 milhões, em comparação com os US$
16,94 milhões de 2023. Embora o aumento tenha sido mais moderado, o Peru continua sendo um mercado
relevante para o aglomerado do Brasil. Em contraste, a Bolívia registrou uma queda de 14,4%, com exportações
somando US$ 13,08 milhões, frente aos US$ 15,29 milhões de 2023.
22 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
CUPIM SUBTERRÂNEO
NORMA ASTM D:3345-74 (1999)
AVALIAÇÃO 10
CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente
estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999)
(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo
resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo
assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso).
• Líder no tratamento inseticida de painéis de
madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros)
por adição à cola e tratamento superficial;
• Indicadores: EC 257-842-9 /
CAS 52315-07-08 / EPA 70506-10;
• Compatível com resinas de última geração;
• Formulado líquido de emulsão concentrada a
base d’água, não contendo Hidrocarbonetos
aromáticos;
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imersão de madeiras serradas.
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NOTAS
FNDIT COMEÇA A OPERAR
COM R$ 1 BILHÃO DO BNDES
O FNDIT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico) começou a operar em fevereiro
com um orçamento inicial de R$ 1 bilhão para investimentos em inovação, descarbonização e
transição energética. Criado pela Lei nº 14.902/2024, que instituiu o MOVER (Programa Mobilidade
Verde e Inovação), o fundo é gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) e tem como foco o financiamento de projetos prioritários da indústria nacional. As empresas
que destinam recursos para políticas industriais agora devem realizar os depósitos diretamente no
FNDIT, por meio do BNDES. Os recursos poderão ser aplicados em duas modalidades: apoio reembolsável,
quando há retorno financeiro ao fundo, e apoio não reembolsável, voltado para projetos
estratégicos. A definição das áreas prioritárias para investimentos caberá ao conselho diretor do FN-
DIT, presidido pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
Foto: divulgação
24 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
NOTAS
Foto: divulgação
CÂMARA APROVA PROJETO
PARA AUMENTAR COMPETITIVIDADE DAS MPES
A Câmara dos Deputados aprovou o PLP (Projeto de Lei Complementar) nº 167/2024 relacionado
ao programa Acredita Exportação, iniciativa do governo federal que objetiva ampliar e fortalecer a
atuação das micro e pequenas empresas no mercado internacional. A proposta legislativa permite
a devolução de tributos pagos ao longo da cadeia produtiva de exportação por essas empresas, incluindo
as optantes pelo regime tributário que simplifica o pagamento de impostos e contribuições,
o Simples Nacional. “O programa vem em boa hora para incentivar as exportações brasileiras dos
pequenos negócios, contribuindo para aumentar a competitividade dessas empresas, ampliar a base
exportadora do Brasil e gerar novas oportunidades de negócio”, afirmou o vice-presidente da República
e ministro do MDIC (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin. O
projeto agora será discutido no Senado.
26 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
NOTAS
FIMMA BRASIL 2025
JÁ ESTÁ 80% COMERCIALIZADA
Há mais de 30 anos a Fimma Brasil (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis)
gera oportunidades de relacionamento e parcerias, aproximando quem tem demandas e quem tem soluções. Faltando
seis meses para a 17ª edição, que será de 04 a 07 de agosto, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS),
o evento já soma 80% da área comercializada e cerca de 200 marcas expositoras. Maior, mais completa e diversa, a
Fimma Brasil 2025 expandiu os segmentos de expositores. Além de máquinas, matérias-primas, ferragens, ferramentas,
tecnologia e demais insumos para produção de mobiliário, neste ano a feira terá a presença de fornecedores de
vidros, empilhadeiras, iluminação e sistemas de armazenagem. Euclides Longhi, presidente da Movergs (Associação
das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), entidade realizadora da Fimma Brasil, explica que a expansão
da feira contribui para competitividade do setor moveleiro. “A Fimma sempre foi uma feira cheia de oportunidades
para indústrias e marcenarias que buscam inovação, mas estudamos o mercado e vimos que seria possível ir
além. Aumentamos a área de exposição e buscamos fornecedores que atendem às mais diversas demandas do setor
moveleiro”, comenta.
Foto: Revista REFERÊNCIA
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Foto: divulgação
Referência no mercado brasileiro de pisos
laminados, a Durafloor obteve certificações
ambientais que reafirmam seu compromisso
com a sustentabilidade e bem-
-estar dos consumidores. A empresa agora
é portadora dos selos Greenguard Gold
e E1, que atestam a qualidade superior
dos seus produtos, garantindo ambientes
internos mais saudáveis e seguros para as
pessoas, e reforçam a responsabilidade
ambiental, refletindo um movimento crescente
nas indústrias de construção e design
para atender às novas demandas de
consumidores mais conscientes.
CERTIFICAÇÕES
AMBIENTAIS
A certificação Greenguard Gold obtida pela
Durafloor atesta a baixíssima emissão de
COVs (compostos orgânicos voláteis) de
seus produtos, garantindo um ambiente
interno mais salubre. Os COVs são gerados
por fontes domésticas e de consumo, como
produtos de limpeza, móveis e equipamentos
eletrônicos e podem ser até cinco vezes
mais prejudicial à saúde do que a poluição
do ar externo. Já a certificação E1 é para
empresas que reduzem voluntariamente as
emissões de formaldeído em seus produtos,
atestando seu compromisso com a saúde
dos consumidores. A Durafloor conseguiu
antecipar para 2023 um compromisso de
transição para a categoria E1 firmado na
estratégia ESG da empresa, inicialmente
previsto para 2025, alinhando-se com as expectativas
de consumidores.
Foto: divulgação
30 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
OS MELHORES RESULTADOS
PARA A INDÚSTRIA
DE COMPENSADOS
FRASES
“A PUBLICAÇÃO DA NORMA FOI UM PRIMEIRO PASSO
IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE
CERTIFICAÇÃO DE PALETES DE MADEIRA PARA O MERCADO,
PROCESSO QUE JÁ ESTÁ SENDO ESTRUTURADO PELA ABIMCI”
PAULO PUPO, SUPERINTENDENTE DA ABIMCI (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA PROCESSADA
MECANICAMENTE)
“A MUDANÇA
PARA A ENERGIA
LIMPA AGORA
É IMPARÁVEL:
POR CAUSA DA
ESCALA COLOSSAL
DE OPORTUNIDADE
ECONÔMICA QUE ELA
APRESENTA”
SIMON STIELL,
SECRETÁRIO DA
CONVENÇÃO-
QUADRO DA ONU
SOBRE MUDANÇA
DO CLIMA
(UNFCCC)
“A INFRAESTRUTURA LEVA À TRANSFORMAÇÕES
ECONÔMICAS, VALORIZA O DESENVOLVIMENTO
LOCAL, ATIVA REGIÕES QUE ESTAVAM ISOLADAS, E
POTENCIALIZA OUTRAS QUE ESTAVAM UM POUCO
ADORMECIDAS. A INFRAESTRUTURA TEM UM
IMPACTO DE TRANSBORDO”
Foto: Simon Walker/FotosPúblicas
COORDENADOR NACIONAL DOS CORREDORES RODOVIÁRIOS
E FERROVIÁRIOS BIOCEÂNICOS PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES
EXTERIORES DO BRASIL, JOÃO CARLOS PARKINSON
“O BRASIL TEM COMPETÊNCIA
CIENTÍFICA RELEVANTE, FORMA
PROFISSIONAIS QUALIFICADOS,
PRODUZ CONHECIMENTO, TEM
INSTALAÇÕES FÍSICAS E DIVERSIDADE
DE INSTITUTOS DE PESQUISA, MAS
AINDA TEM UM LONGO CAMINHO
A TRILHAR NA TRANSFORMAÇÃO
DESSES ATIVOS EM INOVAÇÕES
PELAS EMPRESAS E NA RETENÇÃO DE
TALENTOS”
ALOIZIO MERCADANTE, PRESIDENTE
DO BNDES (BANCO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E
SOCIAL)
32 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
ENTREVISTA
MERCADO
DE PALETES
PALLET MARKET
AAbimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente) tem como foco de
atuação a defesa dos interesses do setor madeireiro
nas esferas política, comercial e institucional. Júnior
Haas é coordenador do Comitê de Paletes e Embalagens
da Abimci e conversou com a Revista REFERÊNCIA MA-
DEIRA INDUSTRIAL sobre desafios e oportunidades no setor, que
envolvem a profissionalização do mercado, a criação de norma
técnica e a importância do diálogo entre diferentes integrantes
da cadeia produtiva. Ele também compartilha as expectativas do
comitê para 2025, destacando ações estratégicas que visam qualificar
o setor e fortalecer a atuação no país
ENTREVISTA
The Brazilian Association of the Mechanically Processed
Wood Industry (Abimci) dedicates itself to defending the
interests of the Forest Product Sector in the political, commercial,
and institutional spheres. José Carlos Haas Júnior,
the coordinator of Abimci’s Pallets and Packaging Committee,
recently shared insights with REFERÊNCIA Madeira Industrial
on the challenges and opportunities in the Sector. He emphasized
the need for professionalization of the market, the establishment of
a technical standard, and enhanced dialogue between stakeholders.
Additionally, Haas outlined the Committee’s strategic plans for 2025,
underscoring initiatives to strengthen the Sector’s qualification and
fortify operational capabilities nationwide.
JOSÉ CARLOS
HAAS JUNIOR
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: MESTRANDO EM GESTÃO E
NEGÓCIOS PELA UNISINOS, MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL
PELA FGV, ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO PELA UNISC,
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO PELO SENAI
CARGO: COORDENADOR DO COMITÊ DE PALETES E
EMBALAGENS DA ABIMCI E DIRETOR EXECUTIVO DA HAAS
MADEIRAS
Foto: divulgação
PROFESSIONAL EDUCATION: MASTER’S IN MANAGEMENT AND BUSINESS AT
UNISINOS, MBA IN BUSINESS MANAGEMENT AT FGV, PRODUCTION ENGINEER AT
UNISC, MAINTENANCE MECHANIC AT SENAI
FUNCTION: COORDINATOR OF ABIMCI’S PALLETS AND PACKAGING COMMITTEE
AND EXECUTIVE DIRECTOR OF HAAS MADEIRAS
34 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
POR QUE A HAAS MADEIRAS ENTROU NO MERCA-
DO DE PALETES?
Meu pai sempre foi visionário. Em uma viagem que ele
fez para os EUA (Estados Unidos da América), nos anos 80,
ele estava abastecendo em um posto de gasolina quando
chegou um caminhão da coca-cola. O motorista desceu
da cabine e da parte de trás do caminhão tirou um palete,
colocou na frente da conveniência e foi embora. Aquilo
marcou meu pai. Ele pensou: “Estamos em um posto no
meio do nada e existe esse tipo de operação de logística?”
Depois disso, ele percebeu que os paletes estavam em
todos os lugares. Também naquele período, as empresas
multinacionais começavam a usar paletes e traziam isso
para as filiais do Brasil. Não existiam fabricantes de paletes
por aqui. Eles entravam em contato com madeireiras e encomendavam.
Meu pai percebeu a ligação com o que viu
nos EUA e entendeu que esse era o caminho.
COMO SE TORNOU COORDENADOR DO COMITÊ
DE PALETES E EMBALAGENS DA ABIMCI?
Há tempos sentimos falta de uma associação representativa
para o setor. Sempre fomos comprados e apanhamos
de influenciadores em vez de vender e influenciar. No Brasil,
já existiram outras associações de paletes, mas nunca
teve a envergadura que o setor merece. Enquanto isso, a
Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada
Mecanicamente) é uma associação que tem experiência
e pessoal capacitado. Então não depende do presidente
também ser o CEO, tesoureiro e secretário como
acontece em associações pequenas. Existe uma equipe
que consegue colocar as coisas em prática. Quando discutimos
os caminhos que deveríamos seguir na associação
que tínhamos antes, esse assunto veio à tona e pensamos:
“Quem sabe a gente não encerra este capítulo e começa
uma vida nova dentro da Abimci?” As empresas que estavam
conosco entenderam que era um bom caminho, extinguimos
a associação anterior e começamos esse comitê
dentro da Abimci. Faz 2 anos que estamos neste capítulo e
por votação fui escolhido como coordenador.
QUANTAS EMPRESAS FAZEM PARTE DO COMITÊ?
Hoje são 12 empresas, que são as maiores e as mais representativas.
Entendemos que em um primeiro momento
o que deveríamos fazer é organizar minimamente a casa e
discutir o que faríamos depois de ganhar escala. Uma associação
não é um clubinho, não é para poucos. A associação
tem que ser isônoma e todo mundo precisa ter um voto.
EXISTE UM MAPEAMENTO DAS EMPRESAS DE PA-
LETES DO BRASIL?
Este é um grande desafio do setor porque o palete é
um produto que tem muita demanda. Fechamos um estudo
de mercado com uma estimativa de 108 milhões de
paletes utilizados em 2023. Isso representa 50% de toda
a madeira serrada de pinus, tropical e eucalipto que ficou
dentro do Brasil. Só que a barreira de entrada do produto
é praticamente nula. Quem tem um martelo e um saco
WHY DID HAAS MADEIRAS ENTER THE PALLET
MARKET?
My father has always been a visionary. During a trip to
the United States in the 1980s, while filling his vehicle with
gasoline, he witnessed a Coca-Cola truck driver delivering a
pallet to the convenience store. This inspired him to explore
new opportunities in the pallet market. “We were at a gas
station in the middle of nowhere, and is there this kind of
logistics operation?” After that, he realized that pallets were
everywhere and that multinational companies were starting
to use them and import them for their operations in Brazil,
where there were no pallet manufacturers. He, therefore,
contacted forest product producers and ordered pallets. My
father saw the connection with what he had seen in the United
States and realized this was the way to go.
COULD YOU PLEASE ELABORATE ON HOW YOU
BECAME THE COORDINATOR OF ABIMCI’S PALLETS
AND PACKAGING COMMITTEE?
Representation of the Sector has been lacking for a considerable
period. Historically, the Sector has been subject
to influencers rather than direct sales and marketing. While
there are other pallet associations in Brazil, none possess
the comprehensive scope that the Sector merits. The Brazilian
Association of the Mechanically Processed Wood Industry
(Abimci) is an association that has extensive experience
and a trained staff. In contrast to more minor associations,
which often have a president who also serves as CEO, treasurer,
and secretary, our Association has a dedicated team
responsible for implementing decisions. During a previous
discussion about the Association’s future direction, the
topic of merging with Abimci was raised. The companies
with us understood this was a good way forward, so we
extinguished the previous association and started this committee
within Abimci. We have been within this structure for
two years, and a vote chose me as coordinator.
HOW MANY COMPANIES ARE ON THE COMMIT-
TEE?
Today, 12 companies are the most prominent and most
representative. Initially, our approach was to organize the
association at a minimum while discussing our plans as we
sought to achieve greater scale. An association is not a private
club; it is intended for the benefit of all members and
must be autonomous, with each individual having a voice in
decision-making.
IS THERE A COMPREHENSIVE LIST OF PALLET
COMPANIES IN BRAZIL?
Given the large pallet demand, this is a significant challenge
for the Sector. We concluded a market study that an
estimated 108 million pallets would be used in 2023, representing
50% of all pine, tropical, and eucalyptus lumber in
Brazil. However, the barrier to entry is virtually non-existent,
as anyone with a hammer and a bag of nails can make a pallet,
democratizing the process and resulting in a great deal
of informality. All these companies are difficult to list due to
MARÇO 2025 35
ENTREVISTA
de pregos faz um palete. Isso democratiza, mas propicia
muita informalidade. Essas empresas são difíceis de serem
mapeadas porque muitas vezes são pequenas, muito pulverizadas
e informais. Então o nosso primeiro estudo foi
referente à estimativa de consumo de paletes no país e a
partir de agora podemos começar a avançar.
EXISTEM DADOS DE INSTITUIÇÕES GOVERNA-
MENTAIS SOBRE ISSO?
Infelizmente o governo não providencia tantos dados
estratificados, diferente dos EUA. Acabamos de fazer um
acordo com uma associação norte-americana, que nos dá
acesso aos estudos deles. Quando eles fazem estudo de
mercado, o governo oferece tudo que imaginar. O órgão
dos EUA que se equipara ao nosso IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) tem relatórios para tudo. São
dados do governo, uma fonte acreditada. Aqui no Brasil,
alguns dados vêm do governo, mas não são claros. São
poucos dados e em números macros. É mais difícil para nós
do que para eles.
É VÁLIDO TRABALHAR EM CONJUNTO COM FA-
BRICANTES DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA
AVANÇAR NESSE MAPEAMENTO?
Pessoalmente entendo que sim. Quando se fala da floresta,
estamos falando de muitos atores. Uma associação
para promover a floresta não está promovendo só quem
tem a floresta, estamos falando do técnico, do agrônomo,
do engenheiro florestal, de quem vende a máquina para
plantio, de quem vende a máquina para colheita, de quem
vende os insumos, da indústria que consome e que processa,
quem consome a biomassa. Todo mundo se beneficia
de uma base florestal organizada com políticas públicas.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO ENTRE DIFE-
RENTES INTEGRANTES DA CADEIA DE PRODUÇÃO
DO SETOR MADEIREIRO?
É válido existir uma associação só de quem tem floresta
e outra dos industriários, porque às vezes eles podem ter
interesses divergentes. Mas no momento que a gente coloca
os dois em uma mesma mesa e se tem uma sinergia é
muito mais frutífero. A nossa atividade é de médio e longo
prazo e precisa de planejamento. É preciso alinhar todo
mundo nessa cadeia. Não adianta fazer uma floresta com
características que não interessam para a indústria, assim
como não adianta a indústria fazer um produto de uma forma
que o cliente final não vai querer.
QUAL É O GRANDE DESAFIO DO SETOR DE PALE-
TES?
Sabemos que os dados dos estudos de mercado dos
EUA estão alinhados com o que acontece aqui no Brasil e
há muito tempo eles mostram que quando aumenta o PIB
(Produto Interno Bruto), o consumo de paletes cresce. Não
existe hoje economia industrial sem paletes. O setor não
é responsável por aumentar a demanda, mas podemos
their small size, dispersed nature, and informal character;
small and medium-sized enterprises (SMEs) represent a significant
yet under-researched Sector. Our initial study focused
on the estimated consumption of pallets in the Country,
and the results have provided a solid foundation for future
collaboration.
PLEASE LET US KNOW IF ANY RELEVANT DATA IS
AVAILABLE FROM GOVERNMENT INSTITUTIONS?
Unfortunately, government data is often limited in terms
of its level of detail, in contrast to the extensive data sets
typically available in the United States. We have recently
partnered with an American association, which has granted
us access to their extensive studies. In the United States,
government support for market studies is vast, providing
comprehensive data sets. In the United States, a comparable
institution to our Brazilian Institute of Geography and
Statistics (Ibge) is the source of all government data. Here
in Brazil, some data is provided by the government, but its
reliability is not guaranteed. The paucity of data available
hinders our efforts, as it is difficult to find reliable macro-level
statistics.
WOULD IT BE BENEFICIAL TO COLLABORATE
WITH MACHINERY AND EQUIPMENT MANUFACTU-
RERS TO ADVANCE THIS SURVEY INITIATIVE?
I believe so. When discussing the forest, it is essential to
consider the various stakeholders involved. An association
promoting the forest benefits not only the owners of the
forest but also technicians, agronomists, forestry engineers,
machinery sellers, harvesting machine sellers, industry consumers,
and biomass processors. A well-organized forestry
base, supported by public policies, benefits all these parties.
CAN THE IMPORTANCE OF EFFECTIVE COMMUNI-
CATION BETWEEN VARIOUS STAKEHOLDERS NOT BE
OVERSTATED IN THE CONTEXT OF FOREST PRODUCT
PRODUCTION?
While it is understandable to have separate organizations
representing the interests of forest owners and industrialists,
integrating these entities into a unified body can
significantly enhance collaboration and outcomes. Our industry
operates on a medium to long-term basis, necessitating
strategic planning. It is essential for all parties involved
to share a common vision and strategy. It is unproductive to
invest in forestry projects that do not align with the Sector’s
needs, just as it is unproductive for the industry to produce
goods that do not appeal to consumers.
WHAT ARE THE SIGNIFICANT CHALLENGES CUR-
RENTLY FACING THE PALLET SECTOR?
Research data from the United States indicates that pallet
consumption growth is directly linked to increased GDP,
as in Brazil. In today’s industrial economy, pallets are indispensable,
though the Sector is not responsible for driving
36 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
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ENTREVISTA
qualificar. Aqui, o consumo é nivelado por baixo e isso gera
uma falta de profissionalização. Todo mundo sai perdendo
com isso, então buscamos profissionalizar nosso mercado.
Queremos trabalhar com produtos de melhor qualidade e
com um padrão. É preciso separar quem são os fabricantes
organizados, quem paga os funcionários, quem tem uma
cadeia de abastecimento segura, quem usa florestas legais
certificadas de quem faz um mau trabalho.
ESTÃO TRABALHANDO NA CRIAÇÃO DA NORMA
TÉCNICA. COMO ESTÁ ESTE PROCESSO?
O ano de 2024 foi dedicado quase exclusivamente à
criação dessa norma técnica dentro do Brasil e como acreditávamos
foi publicada no primeiro trimestre de 2025. A
publicação é o ponto zero para fazermos um desenrolar
imenso de ações. A partir da norma, podemos pensar em
um programa de certificação de paletes, comunicação do
setor, indicadores e diversas ações comerciais e técnicas
para a orientação do cliente, do produtor, do fornecedor e
do mercado como um todo.
QUAIS SÃO OS PRÓXIMOS PASSOS EM 2025?
Com a norma publicada, é possível operacionalizar
ela e tornar aderente à sociedade. O palete de madeira já
tem uma adesão gigantesca na economia mas carece de
profissionalização. Por isso o ponto base é a norma, porque
a partir daí podemos trabalhar nesse desenvolvimento do
mercado.
QUAIS AS EXPECTATIVAS PARA 2025?
Em 2024, fechamos o acordo de cooperação com a
associação norte-americana, National Wooden Pallet and
Container Association, que nos dá acesso a todos os estudos,
conhecimento e ações que eles fazem. Estamos realizando
intercâmbios nesse sentido e é uma porta que se
abre. Ter acesso aos estudos deles, encurta nosso caminho.
Muitas pesquisas são referências que podemos adaptar
para o nosso mercado e legislação. Observar quem já fez
e entender o que acertaram e erraram traz uma velocidade
muito grande para o nosso desenvolvimento. Então temos
certeza que essa troca de informações vai acelerar bastante
o processo de profissionalização do mercado de paletes no
Brasil.
demand. However, it is possible to qualify the Sector. Here,
consumption remains low due to a lack of professionalization,
resulting in all stakeholders losing. We are working
to professionalize our market, focusing on better quality
products and standards. We aim to distinguish between
organized manufacturers who demonstrate commitment to
their employees, maintain reliable supply chains, and utilize
certified legal forests different from those who may not
adhere to the same standards.
THE CREATION OF A TECHNICAL STANDARD
IS UNDERWAY, AND WE WOULD LIKE TO INQUIRE
ABOUT THE CURRENT STATUS OF THIS PROCESS?
The year 2024 was dedicated almost exclusively to
creating this technical standard within Brazil, and it was published
in the first quarter of 2025, as expected. Publication
marks the beginning of a significant range of actions. The
standard will form the basis for a pallet certification program,
communication in the Sector, indicators, and various
commercial and technical actions to guide customers, producers,
suppliers, and the market as a whole.
WHAT ARE THE FOLLOWING STEPS TO BE TAKEN
IN 2025?
Once the standard has been published, it will be operationalized
and adhered to by society. The wood pallet is
already a significant part of the economy, but production
needs to be professionalized. The standard is the base
point from which we can develop the market.
WHAT ARE YOUR EXPECTATIONS FOR 2025?
In 2024, we signed a cooperation agreement with the
National Wooden Pallet and Container Association in the
United States, which gives us access to all their studies,
knowledge, and actions. We exchange information, and
a door opens. Having access to their studies shortens our
work. Many studies are references we can use to adapt
to our market and legislation—observing those who have
already done it and understanding what they did right and
wrong speeds up our development. So, we are sure that this
exchange of information will speed up the process of professionalizing
the pallet market in Brazil.
A PARTIR DA NORMA PODEMOS PENSAR EM UM PROGRAMA DE
CERTIFICAÇÃO DE PALETES, COMUNICAÇÃO DO SETOR,
INDICADORES E DIVERSAS AÇÕES COMERCIAIS E TÉCNICAS PARA O
CLIENTE, O PRODUTOR, O FORNECEDOR E O MERCADO COMO UM TODO
38 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
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MARÇO 2025 41
PRINCIPAL
U
m espírito empreendedor é caracterizado
por uma série de qualidades e atitudes
que impulsionam a inovação e a criação
de novos negócios. A Polecola Resinas e
Derivados Químicos é um exemplo que
surgiu do empreendedorismo da família Polesello.
O fundador, Idair Polesello, atuava no setor madeireiro
e viu a oportunidade de empreender no setor químico,
na fabricação de resinas para madeiras. Em fevereiro de
2000 deu início ao novo empreendimento e algum tempo
depois deixou o setor madeireiro para focar nas resinas.
Passados 25 anos, a Polecola hoje conta com duas
unidades: a sede em Vitorino (PR), e uma planta em expansão
em Campo Largo (PR), na região metropolitana
de Curitiba (PR). O grupo ainda possui o braço logístico
para transporte dos produtos de derivados químicos,
a Brisa Log, criada em 2010; e uma nova frente na área
química, a Idapol Química, que iniciou as atividades
em fevereiro de 2023 visando atender os mercados de
frigoríficos, laticínios, tratamento de água e indústrias
de detergentes.
EMPRESA FAMILIAR
Idair lembra que o novo negócio começou sendo
administrado pelo filho Adavi Polesello, atual diretor
presidente da Polecola, quando ainda estavam em São
Lourenço do Oeste (SC), onde teve início as atividades da
fábrica de resinas. “Começamos produzindo 5 toneladas/
dia e testando no compensado”, conta Idair Polesello.
An entrepreneurial spirit is characterized by
qualities and attitudes that drive innovation
and the creation of new businesses.
Polecola Resinas e Derivados Químicos is
an example of the entrepreneurial spirit of
the Polesello family.
The founder, Idair Polesello, worked in the Forest
Product Sector and saw an opportunity to start a Chemical
Sector business producing wood resins. In February
2000, he started a new company and left the Forest
Product Sector sometime later to focus on resins.
After 25 years, Polecola now has two units: the
headquarters in Vitorino (PR) and an expanding plant
in Campo Largo (PR) in the metropolitan region of
Curitiba (PR). The Group also has a logistics arm for the
transportation of chemical derivatives, Brisa Log created
in 2010, and a new front in the Chemical Sector,
Idapol Química, which began operations in February
2023, to serve the meat processing, dairy, water treatment,
and detergent industries.
A FAMILY BUSINESS
Idair Polesello recalls that his son Adavi, Polecola’s
current CEO, started the new business when they were
still in São Lourenço do Oeste (SC), where the resin
factory began its activities. “We started by producing 5
tons a day and testing plywood,” says Idair Polesello.
Today, the Company produces 50 thousand tons
of resin annually and more than 20 million m²/year of
Sede em Vitorino (PR)
42 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
Adavi Polesello, presidente da Polecola e
Ronald Souza, diretor de resinas e madeira da Polecola
VISAMOS UM
FUTURO DE
VERTICALIZAÇÃO COM A
PLANTA DE FORMOL,
ATUALIZAÇÃO DA PLANTA
DE RESINAS E
DIVERSIFICAÇÕES QUE JÁ
OCORREM DENTRO DO
GRUPO
Hoje, a empresa produz 50 mil toneladas/ano de resina
e mais de 20 milhões de m²/ano (metros quadrados
por ano) de papel impregnado com resina fenólica (tego
filme). “É uma satisfação comemorar 25 anos da Polecola.
Começamos com três funcionários, hoje o grupo conta
com 150. É uma empresa familiar. Gostamos muito do
que a gente faz. Passamos por vários momentos difíceis,
mas só temos a agradecer por todos que estão conosco”,
enaltece Adavi Polesello. Atualmente o fundador já não
está no negócio e outros membros da família também
estão na administração da Polecola.
MELHORIA CONSTANTE
O aprimoramento, a pesquisa, o desenvolvimento
para melhoria dos processos, a busca por técnicas
avançadas, o investimento nas pessoas e na qualificação
são aspectos cultivados e que fazem a diferença da
Polecola. A empresa produz resinas para madeira, para
papel fenólico, para painéis de madeira, impregnação de
papéis e tecidos, resinas fenólicas industriais, resinas de
fundição, entre outras, atendendo diversos segmentos
como a indústria moveleira, indústria de compensados,
de portas, revestimentos, isolantes térmicos e acústicos.
A Polecola atende todas as regiões do Brasil e países do
Mercosul como Argentina, Paraguai e Bolívia.
Com uma área de mais de 60 mil m², e área construída
de aproximadamente 20 mil m² nas unidades de Vitorino
e Campo Largo, a Polecola segue em expansão. A fábrica
de Campo Largo está passando por obras para iniciar a
produção de formol, além de resinas, a partir do próximo
mês de maio. O formol é importante matéria-prima para
a indústria química, e a produção própria vai garantir
maior participação no mercado. “Há 4 anos iniciamos
esse projeto de ampliação. É uma planta pensada, desde
ADAVI POLESELLO,
PRESIDENTE DA POLECOLA
paper impregnated with phenolic resin (Tego film). “It
is a pleasure to celebrate Polecola’s 25th anniversary.
We started with three employees, and today, the group
has 150. It is a family business. We love what we do. We
have been through some difficult times, but we must
thank everyone with us,” says Adavi Polesello. The
founder is no longer with the Company; other family
members also run Polecola.
CONTINUOUS IMPROVEMENT
Improvement, research, development to improve
processes, the search for advanced techniques, and
investment in people and qualifications are all aspects
that Polecola cultivate and make a difference. The
Company produces resins for wood, phenolic paper
for wood panels, impregnation of paper and fabrics,
industrial phenolic resins, and foundry resins, among
others, serving different segments such as the furniture
industry, plywood industry, doors, coatings, thermal
and acoustic insulation. Polecola serves all regions of
Brazil and Mercosur countries, such as Argentina, Paraguay,
and Bolivia.
With a surface area of more than 60 thousand m²
and a built-up area of approximately 20 thousand
m² in the Vitorino and Campo Largo plants, Polecola
continues to expand. The Campo Largo plant is
currently under construction and will start producing
formaldehyde and resins next May. Formaldehyde is an
essential raw material for the chemical industry, and in-
-house production will ensure a more significant market
MARÇO 2025 43
PRINCIPAL
o começo, para operação com segurança e respeitando
o meio ambiente, que vai proporcionar mais independência
para nosso negócio, além de nos aproximar de
clientes e fornecedores”, garante Adriano Polesello,
diretor industrial.
Focada na melhoria dos processos, na qualidade,
na performance dos produtos, a empresa hoje tem as
certificações ISO 9.001 e 14.001, que contribuíram para
aprimorar as rotinas e a ter melhor rastreabilidade dos
processos. A empresa possui laboratórios próprios para
realização de testes e parcerias com instituições de ensino.
“Temos uma história empreendedora de crescimento,
graças ao meu pai. Começamos com a madeira, hoje
estamos presentes em outros mercados de resina e temos
a proposta de diversificar ainda mais”, projeta Adriano.
Foi dentro da proposta de diversificar ainda mais que
surgiu a Idapol, resultado do conhecimento em produtos
químicos dos diretores, das parcerias nacionais e internacionais,
e de fornecedores da Polecola. A Idapol Química
é uma empresa de revenda de produtos químicos que
tem atuado na região do sudoeste e oeste do Paraná e
oeste de Santa Catarina.
share. “We began this expansion project four years
ago. It is a plant designed from the outset to operate
safely and with respect for the environment, making
our business more independent and bringing us closer
to customers and suppliers,” says Industrial Director
Adriano Polesello.
Focused on improving processes, quality, and product
performance, the Company is now ISO 9.001 and
14.001 certified, which has helped enhance routines
and make processes more traceable. The Company has
its own laboratories for testing and partnerships with
educational institutions. “We have a history of entrepreneurial
growth, thanks to my father. We started with
wood and today, we are present in other resin markets.
We want to diversify even more,” says Adriano Polesello.
Within this proposal of further diversification, Idapol
was born due to the Directors’ knowledge of chemical
products, national and international partnerships, and
Polecola’s suppliers. Idapol Química is a chemical resale
company operating in the southwestern and western
regions of Paraná and western Santa Catarina.
44 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
QUALITY GUARANTEED
VW Indústria e Comércio de Madeiras, located in
Coronel Vivida (PR), has followed Polecola’s growth.
“We have been with them since the beginning. We
were wood suppliers for plywood and became customers
for resins,” says Valmor José Andreoni, one of
VW’s managing partners. “In the beginning, we had
other suppliers, but for some time now, 100% of the resins
we use come from Polecola,” says Andreoni.
Another VW managing partner, Valter Munareto
Junior, emphasizes the quality of the products. “We
also use Tego film, and I can say that Polecola delivers
quality products as well as serious service, answers, and
after-sales assistance,” Munareto Junior testifies.
As it celebrates its 25th anniversary, Polecola is preparing
to increase production and secure its primary
raw material. “We are looking to a future of verticalization
with the formaldehyde plant, the updating of the
resins plant, and the diversifications that are already
taking place in the resins segment,” says CEO Adavi
Polesello.
QUALIDADE GARANTIDA
A VW Indústria e Comércio de Madeiras, localizada
em Coronel Vivida (PR), acompanhou o crescimento da
Polecola. “Estamos com eles desde o início. Éramos
fornecedores de madeira para o compensado e nos tornamos
clientes das resinas”, conta Valmor José Andreoni,
um dos sócios-diretores da VW. “No início tínhamos outros
fornecedores, mas já faz tempo que 100% das resinas
que usamos é da Polecola”, exalta Valmor.
Outro sócio-diretor da VW, Valter Munareto Junior,
destaca a qualidade dos produtos. “Usamos também o
tego filme e posso dizer que a Polecola entrega produtos
de qualidade, além da seriedade no atendimento, nas
respostas, e assistência pós-venda”, atesta Valter.
Ao comemorar os seus 25 anos, a Polecola se prepara
para aumentar a produção e garantir sua principal
matéria-prima. “Visamos um futuro de verticalização com
a planta de formol, atualização da planta de resinas e diversificações
que já ocorrem dentro do setor de resinas”,
vislumbra o diretor presidente Adavi Polesello.
TEMOS UMA HISTÓRIA
EMPREENDEDORA DE
CRESCIMENTO. COMEÇAMOS COM
A MADEIRA, HOJE ESTAMOS
PRESENTES EM OUTROS MERCADOS
DE RESINA E TEMOS A PROPOSTA
DE DIVERSIFICAR AINDA MAIS
ADRIANO POLESELLO, DIRETOR
INDUSTRIAL DA POLECOLA
MARÇO 2025 45
INTEGRAÇÃO
CORREDOR
BIOCEÂNICO
Foto: Bruno Rezende
46 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
EVENTO DEBATEU AÇÕES
ENTRE OS PAÍSES QUE
SERÃO CORTADOS PELA
ROTA QUE VAI AGILIZAR O
TRANSPORTE DE CARGAS
ENTRE O ATLÂNTICO E O
PACÍFICO
MARÇO 2025 47
INTEGRAÇÃO
Foto: Álvaro Rezende
Acapital do Mato Grosso do Sul, Campo
Grande (MS), sediou em fevereiro
o Seminário Internacional da Rota
Bioceânica - VI Foro de los Gobiernos
Subnacionales del Corredor Bioceánico
-, que reuniu autoridades, empresários e
sociedade civil de diferentes partes do mundo. Representantes
do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile,
países cortados pela nova rota discutiram, por
meio das comissões técnicas, temas como: logística,
infraestrutura e segurança, além da integração,
comércio e irmandade entre os países vizinhos.
O trajeto da Rota Bioceânica começa no município
de Porto Murtinho (MS) em direção ao
Paraguai, Argentina e Chile como opção de trajeto
mais curto até o Oceano Pacífico, facilitando o
acesso aos mercados asiáticos, chegando até países
como China, Japão e Índia. A proposta é para
que este corredor/rota funcione como um centro
de conexão entre diferentes modais de transporte,
como rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, permitindo
uma movimentação ágil e otimizada dos
produtos.
O TRAJETO DA ROTA
BIOCEÂNICA
COMEÇA EM PORTO
MURTINHO (MS) EM DIREÇÃO
AO PARAGUAI, ARGENTINA E
CHILE COMO OPÇÃO DE
TRAJETO MAIS CURTO ATÉ O
OCEANO PACÍFICO,
FACILITANDO O ACESSO AOS
MERCADOS ASIÁTICOS
48 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
AGILIDADE NA ALFÂNDEGA
Com a estruturação dos projetos aduaneiro e
de segurança para a Rota Bioceânica, Mato Grosso
do Sul inicia a preparação para o funcionamento
do sistema que deve reduzir em 90% o período de
espera dos processos de importação e exportação,
a partir de Porto Murtinho, cidade onde está
sendo erguida a ponte do corredor bioceânico,
sobre o rio Paraguai, com previsão de conclusão
no primeiro trimestre de 2026.
Atualmente o serviço alfandegário para entrada
e saída de mercadorias entre o Mato Grosso
do Sul e o Paraguai ocorre em Ponta Porã (MS),
município na fronteira com Pedro Juan Caballero
(Paraguai), e já registrou espera de 20 dias. Com
a integração feita por meio da Rota Bioceânica,
a previsão é de que o intervalo para formalização
deve ocorrer em até dois dias.
Professor de direito aduaneiro da UEMS (Universidade
do Estado de Mato Grosso do Sul),
Lúcio Flávio Sunakozawa, atua nos estudos para
instalar um modelo para o projeto estratégico
operacional do Estado. “Como a Rota não está
concluída, ainda não existe nenhuma normativa
em relação a aduana, até porque vamos construir
uma Central de Alfândega em Porto Murtinho.
Neste local serão instaladas a Receita Federal,
Anvisa, Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal e outros que se fizerem necessários. Ainda
estamos na fase das tratativas com os países vizinhos,
principalmente o Paraguai, além da Argentina
e do Chile”, explicou.
INTERESSE INTERNACIONAL
O encontro realizado em Campo Grande recebeu
visitantes de 22 países, das Américas, Europa,
África e Oceania, e contou com mais de 1,6 mil
inscritos. O evento, promovido pelo governo do
Mato Grosso do Sul, gerou conexões para as empresas
locais e apresentou oportunidades de negócio
entre os quatro países, com expectativa de
fechar quase R$ 29 milhões em novas parcerias.
Foto: Saul Schramm
MARÇO 2025 49
INTEGRAÇÃO
Foto: Álvaro Rezende
A Rota Bioceânica integra o projeto Rotas de
Integração Sul-Americana, do Governo Federal,
que visa mapear e impulsionar obras estratégicas
nas regiões fronteiriças do Brasil. O Corredor via
Porto Murtinho percorre um trajeto de 2.396 km
(quilômetros), sendo 430 km de Campo Grande
a Porto Murtinho, 559 km no Paraguai, 977 km na
Argentina e 430 km no Chile. Até a China, serão
18.677 km — 5.479 a menos que os atuais 24.156
km. Além disso, viabilizará o acesso a potenciais
mercados da Oceania e da Costa Oeste das Américas.
O coordenador nacional dos Corredores Rodoviários
e Ferroviários Bioceânicos pelo Ministério
das Relações Exteriores do Brasil, João Carlos
Parkinson, destaca que a Rota Bioceânica inaugura
um novo modelo de logística colaborativa entre os
países. “Atualmente, os caminhões saem cheios
e retornam vazios, o que eleva o custo do frete.
No corredor, as empresas formarão parcerias e as
cargas serão armazenadas em áreas específicas,
permitindo uma redistribuição mais eficiente. O
cruzamento dos Andes, por exemplo, será feito
por motoristas argentinos ou chilenos, especializados
nessa rota. Isso é o que chamamos de logística
colaborativa”, explica Parkinson.
VAMOS CONSTRUIR
UMA CENTRAL DE
ALFÂNDEGA EM PORTO
MURTINHO, ONDE SERÃO
INSTALADAS A RECEITA
FEDERAL, ANVISA, IBAMA,
POLÍCIA FEDERAL, POLÍCIA
RODOVIÁRIA FEDERAL E
OUTROS QUE SE FIZEREM
NECESSÁRIOS. AINDA ESTAMOS
NA FASE DAS TRATATIVAS COM
OS PAÍSES VIZINHOS
LÚCIO FLÁVIO SUNAKOZAWA, PROFESSOR DE
DIREITO ADUANEIRO
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MARCENARIA
52 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
SUSTENTABILIDADE
NA PRODUÇÃO
A MARCENARIA SUSTENTÁVEL VEM GANHANDO MERCADO COM A
PRODUÇÃO AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEL
Fotos: divulgação
MARÇO 2025 53
MARCENARIA
Aprodução de móveis e objetos de madeira
de forma responsável e consciente,
levando em consideração o impacto
ambiental e social de suas práticas tem
direcionado o trabalho com a marcenaria
sustentável. Essa forma de marcenaria busca não
apenas a estética e a funcionalidade, mas também a
preservação dos recursos naturais e a promoção de
um ciclo de vida mais sustentável para os produtos.
Um dos princípios da marcenaria sustentável é
a utilização de madeira proveniente de fontes responsáveis
e madeiras certificadas com o FSC (Forest
Stewardship Council), que garante que a madeira
utilizada provém de florestas manejadas de forma
responsável; ou o PEFC (Programme for the Endorsement
of Forest Certification), que promove a gestão
sustentável das florestas, com foco em incentivar
os pequenos proprietários florestais e as práticas
adaptadas às condições locais.
A utilização de madeiras de demolição, madeiras
recicladas e o reaproveitamento de resíduos, são
outras características dessa marcenaria que proporciona
nova vida a materiais que, de outra forma, poderiam
ser descartados.
54 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
PENSANDO NO AMBIENTE
Outros aspectos importantes são o uso de
máquinas que geram menor consumo de energia,
a escolha de acabamentos e adesivos que sejam
menos prejudiciais ao meio ambiente e a redução
de desperdícios durante todo o processo. Muitos
marceneiros sustentáveis utilizam produtos à base de
água, que emitem menos COVs (Compostos Orgânicos
Voláteis), contribuindo para a saúde do ambiente
e reduzindo a poluição.
O uso de tecnologias que otimizam o corte também
ajudam as marcenarias a planejar melhor o uso
de suas chapas de madeira ou outros materiais. No
contexto sustentável, essa é uma tecnologia que traz
ganhos como a redução significativa de resíduos, diminuição
do consumo de matéria-prima e economia
de custos.
Outro aspecto importante, é a durabilidade e a
qualidade dos produtos. Móveis e objetos de madeira
tratada e bem feitos resistem ao tempo e ao uso,
e são uma forma de reduzir o desperdício e o consumo
excessivo.
A MARCENARIA
SUSTENTÁVEL BUSCA
NÃO APENAS A ESTÉTICA E A
FUNCIONALIDADE, MAS
TAMBÉM A PRESERVAÇÃO DOS
RECURSOS NATURAIS E A
PROMOÇÃO DE UM CICLO DE
VIDA MAIS SUSTENTÁVEL PARA
OS PRODUTOS
MARÇO 2025 55
MERCADO
EXPORTAÇÕES
DE MDF
CATARINENSE EM ALTA
Fotos: divulgação
56 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
FIESC APONTA
CRESCIMENTO DE 45%
NAS EXPORTAÇÕES DO
PRODUTO EM 2024
O
ano de 2024 registrou uma alta de
0,7% nas exportações de Santa Catarina,
em comparação com 2023,
totalizando US$ 11,7 bilhões em 2024.
Foi o terceiro ano consecutivo em
que as vendas externas do estado superaram US$
11 bilhões.
“Em 2024 conseguimos manter o dinamismo
das exportações, apesar de alguns produtos relevantes
na nossa pauta exportadora terem apresentado
recuo, como a soja. Por outro lado, alguns
segmentos como o de madeira e de máquinas e
equipamentos, que exportam produtos de maior
valor agregado, tiveram um bom desempenho, especialmente
nas vendas para os Estados Unidos”,
explica o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias
de Santa Catarina), Mario Cezar de Aguiar.
Análise do Observatório Fiesc mostra que o
setor madeireiro foi um dos destaques de 2024. O
MDF foi o produto com maior crescimento entre
os 20 primeiros com maior volume de exportação:
madeira MDF, com alta de 45,1% frente a 2023, somando
US$ 90,6 milhões. Madeira serrada cresceu
9,4%, para US$ 340,6 milhões, obras de carpintaria
para construções apresentou aumento de 12,9%,
alcançando US$ 331,4 milhões, e as vendas de ma-
MARÇO 2025 57
MERCADO
deira compensada somaram US$ 253,5 milhões, um
incremento de 18,9% sobre 2023.
O segmento de máquinas e equipamentos também
apresentou um bom desempenho. A exportação
de motores elétricos foi destaque, com alta
de 21,2% no período, atingindo US$ 674 milhões
em 2024. O crescimento foi o terceiro maior entre
os 20 principais produtos catarinenses exportados.
Também apresentaram incremento as vendas externas
de compressores de ar (6,2%), para US$ 201,1
milhões, e de transformadores elétricos (5,8%), para
US$ 174,4 milhões.
As exportações de frango lideraram o ranking
do acumulado do ano, apesar do ligeiro recuo de
1% frente a 2023, e atingiram US$ 1,9 bilhão. As
vendas de carne suína, na segunda posição do
ranking, foram responsáveis por US$ 1,6 bilhão,
uma alta de 8,1% frente a 2023.
ORIGENS E DESTINOS
Os EUA (Estados Unidos da América) foram o
principal destino das exportações catarinenses. No
ano passado, as vendas ao país somaram US$ 1,7
bilhão, o que representou um incremento de 3,3%
em relação ao acumulado de 2023.
A China foi o segundo destino, com US$ 1,3 bilhão
importados de Santa Catarina. O México ultrapassou
a Argentina e se posicionou como terceiro
principal destino das vendas externas catarinenses.
Em 2024, o país comprou US$ 781,8 milhões do
Estado, um aumento de 13% frente ao ano anterior.
As vendas do Estado para a Argentina, quarto no
ranking, caíram 8% no ano passado, para US$ 750,2
milhões.
Do lado das importações, a China lidera como
principal origem dos produtos adquiridos pelo
Estado, com US$ 14,6 bilhões, uma alta de 24,6%
sobre 2023. Os EUA estão na segunda posição,
com vendas de US$ 2,2 bilhões, o que demonstra
um aumento de 6,7% nas compras catarinenses. As
importações do Chile, de US$ 2,1 bilhão, colocam
o país como o terceiro do ranking. O montante representa
um incremento de 17,9% na comparação
com 2023.
CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES
DO SETOR MADEIREIRO EM SANTA
CATARINA EM 2024
• MDF aumento de 45%
• Madeira compensada aumento de 18,9%
• Madeira serrada aumento de 9,4%
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BALANÇO
DESEMPENHO
DA INDÚSTRIA
BRASILEIRA DE MÁQUINAS
E EQUIPAMENTOS
60 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
O ANO DE 2024 FOI MARCADO
PELA CONTINUIDADE DA
RECUPERAÇÃO DAS ATIVIDADES
ECONÔMICAS, COM AUMENTO NA
IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS
Fotos: divulgação
MARÇO 2025 61
BALANÇO
D
e acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) o consumo
das famílias registrou crescimento
de 5,1% e a FBCF (Formação Bruta de
Capital Fixo) acumulou um crescimento
de 6,6% nos três primeiros trimestres de 2024. Dentre
os fatores que compõem a taxa de investimento do
país, a construção civil cresceu 4,2% e os bens de capital
registraram expansão de 14,5%.
Porém, a análise fragmentada apontou para um
cenário menos positivo, parte importante dos investimentos
foram realizadas por meio de máquinas e
equipamentos importados que cresceram quase 25%,
e o crescimento da produção doméstica de bens de
capital se explicou efetivamente por três segmentos:
os bens de capital de transporte; os equipamentos
de informática e produtos eletrônicos; e as máquinas,
aparelhos e materiais elétricos. Por sua vez, o segmento
máquinas e equipamentos, setor representado
pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos) encerrou o ano em patamar
inferior ao observado em 2023.
IMPORTAÇÕES EM ALTA
Dados da Abimaq revelam que o consumo aparente
de máquinas e equipamentos encolheu 0,2%
em 2024 e que a receita liquida interna caiu 11%,
recuando para 54% a sua participação no consumo
O CRESCIMENTO DAS
IMPORTAÇÕES DE
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
ATINGIRAM EM 2024 O
SEGUNDO MAIOR NÍVEL DA
HISTÓRIA. O MAIOR RESULTADO
SE DEU EM 2013
nacional, uma perda de 6 pontos percentuais do mercado
em relação ao ano de 2023.
Durante 2024 as importações de máquinas e equipamentos
cresceram 16,6%, o segundo maior nível
de crescimento da história. O maior resultado se deu
em 2013, ano no qual o país registrou a maior taxa
de investimento (cerca de 21% do PIB). O consumo
aparente de máquinas e equipamentos na ocasião foi
de R$ 568 bilhões, destes 70,6% em bens produzidos
localmente.
A receita total de máquinas e equipamentos, resultado
das receitas de vendas no mercado interno
acrescido das exportações também encolheu e encerrou
o ano com queda de 8,6% ante o ano de 2023,
a terceira queda consecutiva.
Nas exportações também ocorreu queda (-5,5%),
mas, ainda assim, o setor registrou o segundo maior
nível de exportação da história, abaixo apenas do
resultado de 2023 quando o setor exportou US$ 14
bilhões em máquinas e equipamentos.
62 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
PERSPECTIVAS PARA 2025
O ano de 2025 será de grandes desafios. No
mercado doméstico os efeitos da política monetária
contracionista, já em curso, num ambiente de inflação
acima da meta, devem refletir em desaceleração.
Neste ambiente, atividades dependentes exclusivamente
de crédito, como o setor imobiliário e bens de
consumo semi e não duráveis tendem a ser os mais
impactados negativamente.
A expectativa para a indústria de máquinas e
equipamentos é de pequena recuperação. A previsão
é de crescimento de 3,7% na receita liquida de
vendas após três quedas consecutivas: 8,6% em 2024,
11,0% em 2023 e 5,8% em 2022. No mercado doméstico
a expectativa é de crescimento de 2,3%.
Nas exportações, que se encontram em níveis
historicamente elevados, a previsão é de estabilidade
nos valores em dólares. Mas o real relativamente
desvalorizado (R$/US$ 5,9 em 2025 contra R$/US$ 5,4
em 2024) contribuirá para uma receita total maior no
período.
Olhando para os mercados de atuação do setor
fabricante de máquinas e equipamentos a expectativa
é de aumento da receita liquida de máquinas para
agricultura, petróleo e energia renovável, infraestrutura
e construção civil. Por outro lado, deve haver desaceleração
nas receitas com máquinas para a indústria
de transformação e de bens de consumo.
A pesquisa da Abimaq, sobre investimentos realizados
e previstos pelos fabricantes de máquinas
e equipamentos identificou uma intenção de investimentos
em 2025 da ordem de R$ 8,4 bilhões, um
crescimento de 4% sobre os investimentos realizados
em 2024 (R$ 8 bi).
EM COMPARAÇÃO COM
2023, O SETOR DE
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM
2024 REGISTROU CRESCIMENTO
DE 16,6% NA IMPORTAÇÃO E
QUEDA DE 5,5% NA
EXPORTAÇÃO
MARÇO 2025 63
QUÍMICA NA MADEIRA
MADEIRA GANHA ESPAÇO
NAS GRANDES CONSTRUÇÕES
E SE CONSOLIDA COMO ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL
Fotos: divulgação
64 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
Amadeira tem se destacado como um
material promissor para grandes construções,
combinando estética, resistência e
sustentabilidade. Com uma ampla disponibilidade
no Brasil, que conta com aproximadamente
10,3 milhões de ha (hectares) de florestas
plantadas, o setor de construção civil tem cada vez mais
explorado as vantagens desse recurso, especialmente em
sistemas de madeira engenheirada, como a CLT (madeira
lamelada colada cruzada), ou MLC (madeira laminada
cruzada).
O país possui uma capacidade produtiva superior à
de colheita, o que reforça o potencial do uso da madeira
em larga escala na construção civil. Entre as espécies
cultivadas, o eucalipto representa 76,1% das plantações,
seguido pelo pinus, com 18,7%, e outras espécies, com
5,2%, segundo dados disponibilizados pelo Ministério da
Agricultura e Pecuária referentes ao ano de 2023.
Essa base florestal favorece o avanço de soluções
construtivas em madeira, como o sistema Light Wood
Framing, reconhecido desde 2017 pelo Sinat (Sistema Nacional
de Avaliações Técnicas), que regulamenta métodos
estruturados em peças leves de madeira maciça serrada
com fechamentos em chapas.
A madeira engenheirada tem se consolidado como
um dos principais sistemas para construções de grande
porte. O destaque fica por conta da CLT, composta por
várias camadas de madeira coladas e dispostas perpendicularmente
entre si. “Essa estrutura confere elevada resistência
mecânica e estabilidade dimensional, sendo aplicada
em pisos, paredes, telhados, fachadas e lajes. Além
disso, seu uso reduz a pegada de carbono, consumindo
menos energia e água em comparação ao concreto e ao
aço, e permite construções rápidas, limpas e seguras”,
explica Jackson Vidal, químico pesquisador da Montana
Química, multinacional especialista no tratamento, proteção
e preservação de madeira.
Apesar de suas vantagens, o uso da madeira em
construções ainda enfrenta desafios culturais no Brasil.
“A madeira ainda é vista como um material construtivo
utilizado pelas camadas mais carentes ou pelas classes
mais abastadas, de elevado poder aquisitivo. Estamos trabalhando
para inserir no país a cultura de que a madeira
pode e deve ser amplamente utilizada pela classe média,
estando presente nas construções da maioria dos lares
brasileiros”, aponta Vidal.
“Com os avanços tecnológicos e uma produção florestal
sustentável, a madeira ganha espaço como uma
solução viável para o setor da construção civil, trazendo
benefícios ambientais e econômicos que podem transformar
positivamente o mercado nos próximos anos”, destaca
o profissional.
SOBRE A MONTANA QUÍMICA
A Montana Química construiu a reputação de especialista
no tratamento, proteção e preservação de madeira
no mercado graças ao seu principal valor, presente no
coração da empresa desde 1953: preservar para o futuro.
A multinacional investe continuamente em pesquisa e
desenvolvimento, parque industrial e capacitação do seu
capital humano para desenvolver produtos e serviços de
alta qualidade. A Montana possui duas unidades de negócios:
industrial, que abrange a linha de preservação e
produtos de alto desempenho para a indústria moveleira,
e varejo, que abrange a linha de acabamentos e complementos.
A MADEIRA
ENGENHEIRADA TEM SE
CONSOLIDADO COMO UM SISTEMA
PARA CONSTRUÇÕES DE GRANDE
PORTE. O DESTAQUE FICA POR
CONTA DA CLT, COMPOSTA POR
VÁRIAS CAMADAS DE MADEIRA
COLADAS E DISPOSTAS
PERPENDICULARMENTE ENTRE SI
JACKSON VIDAL
QUÍMICO PESQUISADOR DA MONTANA
QUÍMICA, É GRADUADO EM QUÍMICA
PELA UEPG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
PONTA GROSSA), POSSUI MBA EM GESTÃO
ESTRATÉGICA EMPRESARIAL, E MESTRADO
EM CIÊNCIAS - TECNOLOGIA DE PRODUTOS
FLORESTAIS PELA ESALQ/USP (ESCOLA
SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ)
MARÇO 2025 65
ARTIGO
PAINÉIS
COMPENSADOS
FABRICADOS COM LÂMINAS
DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO
Fotos: divulgação
SANDRA KAZMIERCZAK
UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CENTRO-OESTE DO PARANÁ)
EVERTON HILLIG
UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
CENTRO-OESTE DO PARANÁ)
SETSUO IWAKIRI
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)
66 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
MARÇO 2025 67
ARTIGO
RESUMO
MATERIAIS E MÉTODOS
Os painéis confeccionados variaram com os fatores
composição de lâminas e teor de sólidos de ade-
O
objetivo foi analisar a qualidade de painéis
compensados produzidos com lâminas
de Eucalyptus saligna, Eucalyptus
dunnii e o híbrido Eucalyptus urophylla x
Eucalyptus grandis, em diferentes composições
de misturas. Foram produzidos painéis com
500 mm × 500 mm × 14 mm (milímetros) e sete camadas
de lâminas, coladas com FF (fenol-formaldeído),
na gramatura de 360 g. m- 2 em linha dupla e teores
de sólidos de 28% e 32%. A prensagem dos painéis
foi realizada a 130°C (graus Celsius), 12 kgf. cm- 2 e 15
min (minutos). Analisaram-se as propriedades massa
específica, umidade, absorção d’água, inchamento
em espessura, cisalhamento na linha de cola e flexão
estática. Os resultados foram comparados aos requisitos
do catálogo técnico da Abimci (Associação
Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)
e das normas EN 314-2 e DIN 68792. Os
painéis de Eucalyptus dunnii apresentaram menores
valores de propriedades mecânicas, com tendência
de aumento quando em misturas. Os painéis de Eucalyptus
saligna e do híbrido Eucalyptus urophylla x
Eucalyptus grandis apresentaram bons resultados,
tanto puros como em mistura com as outras espécies.
INTRODUÇÃO
São vários os atributos que tornam importantes
as mais diferentes espécies de eucalipto como fonte
de matéria-prima fabril, dentre elas a sua capacidade
produtiva, a adaptabilidade a diversos ambientes e
a diversidade de espécies, possibilitando atender diversos
segmentos da produção industrial madeireira
(Assis, 1999).
De acordo com Interamnense (1998), os motivos
mais relevantes que restringem a sua utilização para
algumas finalidades são a existência de certas características
indesejáveis, sendo as mais importantes a
ocorrência de colapso durante a secagem e a presença
das tensões de crescimento.
Guimarães et al. (2009) avaliaram 15 procedências
advindas de espécies de Eucalyptus cloeziana, Eucalyptus
grandis e Eucalyptus saligna, para confecção
de painéis compensados multilaminados. Concluíram
que o material estudado apresentou potencial para
manufatura de painéis de madeira compensada.
68 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
sivo, configurando assim um experimento fatorial incompleto.
Foram utilizados três teores de sólidos de
adesivo e seis composições de espécies. No entanto,
por problemas técnicos na prensa, não foi possível
produzir os painéis de três dos tratamentos com teor
de sólido do adesivo de 36%. Dessa forma, o arranjo
fatorial foi incompleto, mas permitiu a análise dos três
teores de sólido de adesivo e das seis composições
de espécies, além da interação entre os fatores.
O material utilizado neste trabalho foi obtido de
plantios na região centro-sul do Estado do Paraná.
Foram colhidas duas árvores de cada espécie, sendo
usadas as duas primeiras toras de cada árvore, com
1,85 cm (centímetros), para o processo de laminação.
Das extremidades de cada tora foram retirados
discos, com cinco cm de espessura, para determinação
da massa específica básica da madeira. Dos
discos, foram retiradas duas cunhas opostas entre si e
com ângulo de 30º (graus), para uso na determinação
da massa específica básica. Essa determinação foi
realizada com base na norma NBR 11941 (Abnt, 2003)
empregando o método da balança hidrostática para
obtenção do volume saturado.
GARFO FRONTAL
CARREGADORES FRONTAIS
MATRIZ
J de Souza Indústria Metalúrgica LTDA
BR 116 - Nº 5828, KM 247
Área Industrial
+55 49 3226 0511 I +55 49 3226 0722
Lages - Santa Catarina - Brasil
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UNIDADE 01
SETE LAGOAS - MG
Av. Prefeito Alberto Moura, Nº 2051A - Vale das Palmeiras
UNIDADE 02
IMPERATRIZ - MA
Av. Moacir Campos Milhomem, Nº 12 - Colina Park
UNIDADE 03
LAGES - SC
BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
E TESTES
SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC
Localidade de Bom Jesus
MARÇO 2025 69
ARTIGO
Todos os ensaios foram realizados com base nas
normas da Abnt para madeiras compensadas (Abnt,
1986a, b, c, d, e, 2006). Realizaram-se os ensaios físicos
de teor de umidade, massa específica, absorção
d’água, inchamento e inchamento mais recuperação
em espessura e os ensaios mecânicos de flexão estática
e cisalhamento na linha de cola.
Os ensaios mecânicos foram realizados em máquina
universal de ensaios da marca Emic, modelo
DL 30000, eletromecânica, capacidade 300 kN. Neste
trabalho calculou-se o inchamento e o inchamento
mais recuperação da espessura, após a absorção de
água pelo compensado. Para isso, utilizou-se a norma
NRB 9535 (Abnt, 1986e), adaptada. Essa adaptação
foi necessária, pois a equação de recuperação de
espessura citada na referida norma não coincide com
a definição dada na mesma norma. Assim, a equação
de recuperação de espessura citada nesta norma foi
usada para expressar o inchamento em espessura.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo os parâmetros do PNQM (Programa
Nacional de Qualidade da Madeira – Abimci, 2009),
as toras com massa específica menor que 0,50 g.
cm- 3 são classificadas na classe I, que não necessita
cozimento. Walker (1993), citado por Almeida (2002),
comenta que as espécies adequadas para laminação
tendem a apresentar massa específica básica entre
0,38 e 0,70 g. cm- 3 . Assim, pode-se dizer que as espécies
utilizadas apresentaram médias de massa específica
básica de madeira dentro do recomendado para
laminação.
Verificou-se que todas as lâminas apresentaram
boa qualidade, no entanto, as lâminas de Eucaliptus
dunnii, por serem provenientes de reflorestamento
onde não foi realizada desrama, apresentaram uma
quantidade considerável de nós.
A pressão de prensagem provoca a redução de
espessura das lâminas individuais ou do próprio
painel que elas compõem, bem como o aumento
da massa específica do compensado em relação à
da madeira que lhe originou. Isso explica o fato de
os painéis apresentarem massa específica aparente
(Mea) superior à esperada em função da madeira e
do adesivo usado.
Confrontados os resultados encontrados para teor
de umidade dos painéis (U%), verifica-se que as médias
encontram-se de acordo com o requisito máximo
exigido pelo catálogo técnico do PNQM, que é de
18% (Abimci, 2009).
70 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2025
O FATOR COMPOSIÇÃO
DOS PAINÉIS
INFLUENCIOU TODAS AS
PROPRIEDADES MECÂNICAS
ANALISADAS, SENDO QUE, DE
FORMA GERAL E NAS
CONDIÇÕES DESTE TRABALHO,
VERIFICOU-SE UM DESEMPENHO
INFERIOR DAS LÂMINAS DA
ESPÉCIE EUCALYPTUS DUNNII
CONCLUSÕES
Na estabilidade dimensional, os painéis produzidos
com lâminas de madeira de Eucalyptus dunnii
tiveram destaque, devido ao menor inchamento em
relação às outras composições.
O fator composição dos painéis influenciou todas
as propriedades mecânicas analisadas, sendo que, de
forma geral e nas condições deste trabalho, verificou-
-se um desempenho inferior das lâminas da espécie
Eucalyptus dunnii.
Os valores das propriedades de cisalhamento da
linha de cola, MOR e MOE foram superiores para painéis
de Eucalyptus saligna puros ou em misturas.
Os painéis produzidos com lâminas de Eucalyptus
saligna e do híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus
grandis apresentaram bons resultados tanto no
uso individual como em mistura entre eles e com Eucalyptus
dunnii.
Essa é uma versão parcial
desse conteúdo, acesse o texto
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MARÇO 2025 71
AGENDA
AGENDA
2025
MAIO 2025
26 A 30
AGOSTO 2025
4 A 7
SETEMBRO 2025
9 A 12
LIGNA HANNOVER 2025
LOCAL: HANNOVER (ALEMANHA)
INFORMAÇÕES:
HTTPS://WWW.LIGNA.DE/EN/
FIMMA BRASIL 2025
LOCAL: PARQUE DE EVENTOS
DE BENTO GONÇALVES - BENTO
GONÇALVES (RS)
INFORMAÇÕES:
HTTPS://FIMMA.COM.BR/
WMF (WOOD WORK FAIR)
LOCAL: XANGAI (CHINA)
INFORMAÇÕES: HTTP://WWW.
WOODWORKFAIR.COM/
XVIII EBRAMEM – ENCONTRO BRASILEIRO EM
MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRA
5 A 9 DE MAIO DE 2025
LOCAL: CURITIBA (PR)
INFORMAÇÕES:
HTTPS://EBRAMEM18.WIXSITE.
COM/EBRAMEM
A REALIZAÇÃO DO XVIII EBRAMEM (ENCONTRO
BRASILEIRO EM MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE
MADEIRA) PROCURA ATENDER DEMANDAS DA
SOCIEDADE BRASILEIRA, SENDO CONSIDERADO
O MAIS IMPORTANTE FÓRUM NACIONAL DE
DISCUSSÃO, ATUALIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE INFORMAÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS
VOLTADAS PARA AS CIÊNCIAS APLICADAS À
MADEIRA. O EVENTO É ORGANIZADO PELAS INSTITUIÇÕES IBRAMEM (INSTITUTO BRASILEIRO DA MADEIRA E DAS ESTRUTURAS
DE MADEIRA), UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) E APRE (ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE EMPRESAS DE BASE
FLORESTAL), COM O APOIO DE DIVERSAS INSTITUIÇÕES.
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ESPAÇO ABERTO
GESTÃO DOCUMENTAL
NO APOIO ÀS ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIO
Até pouco tempo, era normal nos depararmos
com grandes espaços dentro das empresas
que eram destinados ao armazenamento
de arquivos físicos. Uma verdadeira
montanha de papéis que precisavam estar
milimetricamente organizados - afinal, perdê-los poderia
significar um alto prejuízo. Mesmo nos dias de hoje, esta
ainda é uma cena comum no universo corporativo.
Para se ter uma ideia da relevância do tema, em
2020, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) realizou um
diagnóstico sobre a gestão de documentos na Justiça
Brasileira, e os números chamam a atenção: cerca de
84,7% do espaço dos tribunais é ocupado com processos
judiciais e 15,3% com processos administrativos. O mesmo
ocorre com o arquivo digital, no qual 78,5% dos terabytes
são utilizados para a guarda de ações judiciais.
Seja no mundo físico ou no virtual, é preciso contar
com ferramentas de gestão documental alinhadas às estratégias
de negócios. Afinal, enfrentar desafios, aproveitar
oportunidades e liderar mercados está diretamente ligado
a manter-se atualizado e na posição de vanguarda.
Para compreender o papel da gestão documental
no contexto estratégico, é preciso considerar que ela
compreende a criação, o armazenamento, a organização,
a recuperação e a segurança de informações essenciais
para a empresa. Quando bem estruturada, ela garante
acesso rápido à informação (já que a decisão de negócios
depende de dados organizados), conformidade
regulatória (em tempos de LGPD) e redução de custos (já
que ter os documentos organizados elimina redundâncias
e otimiza recursos).
QUANDO BEM
ESTRUTURADA, A
GESTÃO DOCUMENTAL GARANTE
ACESSO RÁPIDO À INFORMAÇÃO,
CONFORMIDADE REGULATÓRIA E
REDUÇÃO DE CUSTOS
POR
MARCELO
ARAÚJO
DIRETOR COMERCIAL
DA EBOX
DIGITAL, EMPRESA
ESPECIALIZADA EM
GESTÃO E PROTEÇÃO
DE DOCUMENTOS
FÍSICOS E DIGITAIS
No entanto, o verdadeiro impacto ocorre quando a
gestão documental se alinha diretamente à estratégia
de negócio. E um dos primeiros passos para isso é compreender
profundamente as prioridades da organização
e se fazer algumas perguntas. Entre elas, quais são os
principais desafios, as principais metas e as perspectivas
em médio prazo.
Além disso, a implementação de tecnologias como
IA (inteligência artificial) e automação de processos pode
transformar a gestão documental em um ativo estratégico.
Essas ferramentas permitem a categorização automática
de documentos, a análise de grandes volumes de
dados e a geração de insights que facilitam a tomada de
decisão. Por exemplo, um sistema automatizado pode
identificar padrões em contratos antigos para otimizar a
negociação de novos termos comerciais, contribuindo
diretamente para o sucesso do negócio.
Outro ponto importante é a integração da gestão documental
com outras áreas estratégicas, como TI, compliance
e marketing. Essa sinergia garante que as informações
críticas sejam compartilhadas de maneira segura
e eficiente, possibilitando ações mais ágeis e conectadas.
Empresas que conseguem aliar uma gestão documental
robusta com o uso inteligente de dados estão melhor
preparadas para responder rapidamente às mudanças de
mercado e se destacar perante a concorrência.
Alinhar a gestão documental com a estratégia de
negócios não é apenas uma questão de eficiência operacional,
mas de visão de futuro. Quando os processos
de documentação são tratados como parte integrante
das metas organizacionais, a empresa não só preserva
seu histórico e conformidade, como também abre caminho
para inovação, crescimento e liderança no mercado.
Afinal, no mundo corporativo, informação organizada é
sinônimo de poder.
Foto: divulgação
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