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DESTAQUE

Tecnologia: cadeia de custódia é importante aliada para o rastreio da madeira nativa

CAMINHO

PARA O FUTURO

IMPLEMENTO PARA ABERTURA

E MANUTENÇÃO DE ESTRADAS

VICINAIS É NOVA ALTERNATIVA

PARA O SETOR

ROADS FOR THE FUTURE

EQUIPMENT FOR OPENING AND

MAINTAINING SECONDARY ROADS IS

A NEW ALTERNATIVE FOR THE SECTOR




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Versátil para diferentes tipos de

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SUMÁRIO

MARÇO 2025

40

CAMINHO

LIVRE

08 Editorial

10 Cartas

12 Bastidores

14 Notas

26 Frases

28 Entrevista

38 Coluna

40 Principal

46 Manejo

52 Solo

56 Restauração

64 Compostagem

68 Tecnologia

72 Artigo

78 Agenda

80 Espaço Aberto

46

64

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO

09 BKT

11 Bruno

15 Carrocerias Bachiega

63 Composhow

77 D’Antonio Equipamentos

27 Denis Cimaf

02 Dinagro

29 DRV Ferramentas

49 Duffatto Viveiro Florestal

51 Eloforte

31 Emex Brasil

47 Engeforest

84 Envimat

19 Envimat/CBI

67 Envimat/Compostagem

07 Envu

04 Himev

17 Ihara

35 J de Souza

61 Prêmio Referência 2025

55 Remsoft

33 Rocha Facas

13 Rotary-Ax

21 Rotor Equipamentos

81 Show Florestal

59 Sindimade / Floema

82 Sparta Brasil

23 Tecmater

37 Vale do Tibagi

25 Vantec

39 Watanabe

06 www.referenciaflorestal.com.br


O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas

desde o início e em todas as épocas do ano

Aplicação

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desenvolvimento

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em épocas úmidas

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EDITORIAL

Tudo planejado

A logística no segmento florestal é fundamental para garantir

eficiência, sustentabilidade e competitividade. Estradas bem

planejadas, transporte adequado e armazenagem estratégica

reduzem custos, minimizam impactos ambientais e otimizam a

cadeia produtiva. Desde o manejo até a entrega final, cada etapa

depende de um fluxo logístico eficiente. Investir em infraestrutura

e tecnologia melhora a produtividade e a segurança, beneficiando

produtores e o mercado. Com uma logística estruturada, a madeira

e seus derivados chegam com qualidade ao destino, fortalecendo

o setor e impulsionando a economia. Nesta edição, o Leitor

irá conhecer um pouco mais sobre a Watanabe e a nova Thor ST,

implemento ideal para restauração e reciclagem de estradas vicinais,

a tecnologia no monitoramento de regeneração florestal e

da madeira amazônica, os investimentos em manejo florestal indicados

pelo poder público, um artigo sobre a medição de madeira

no processo silvicultural e a segunda parte da entrevista com Italo

Falesi. Excelente leitura!

2

1

Na capa dessa edição a Thor

ST da Watanabe, tecnologia

nacional na abertura e

manutenção de estradas

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

www.referenciaflorestal.com.br

Ano XXVII • Nº271 • Março 2025

DESTAQUE

Tecnologia: cadeia de custódia é importante aliada para o rastreio da madeira nativa

CAMINHO

PARA O FUTURO

IMPLEMENTO PARA ABERTURA

E MANUTENÇÃO DE ESTRADAS

VICINAIS É NOVA ALTERNATIVA

PARA O SETOR

ROADS FOR THE FUTURE

EQUIPMENT FOR OPENING AND

MAINTAINING SECONDARY ROADS IS

A NEW ALTERNATIVE FOR THE SECTOR

EVERYTHING PLANNED

Logistics in the Forest Sector is fundamental to ensuring

efficiency, sustainability, and competitiveness. Well-planned roads,

adequate transportation, and strategic storage reduce costs, minimize

environmental impact, and optimize the production chain.

Each stage depends on an efficient logistics flow, from forest

management to final delivery. Investment in infrastructure and

technology improves productivity and safety, benefiting producers

and the market. Structured logistics ensure that wood and its

derivatives reach their destination with quality, strengthening the

Sector and boosting the economy. In this issue, readers will learn a

little more about Watanabe and the new Thor ST, an ideal tool for

restoring and recycling secondary roads, technology for monitoring

forest regeneration, and Amazonian timber, investments in

forest management indicated by public authorities, an article on

measuring timber in the silvicultural process, and the second part

of the interview with Italo Falesi. Pleasant reading!

EXPEDIENTE

ANO XXVII - EDIÇÃO 271 - MARÇO 2025

Indicadores para monitorar a regeneração

natural de florestas na Amazônia

Segunda parte da

entrevista com

Italo Falesi

3

Diretor Comercial / Commercial Director

Fábio Alexandre Machado

fabiomachado@revistareferencia.com.br

Diretor Executivo / Executive Director

Pedro Bartoski Jr

bartoski@revistareferencia.com.br

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Vinicius Santos

jornalismo@revistareferencia.com.br

Colunista

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dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,

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Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication

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agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself

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themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited

without the written authorization of the holders of the authorial rights.

08 www.referenciaflorestal.com.br



CARTAS

DESTAQUE

Legislação: Mercado de comercialização de créditos de carbono é aprovado no senado

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

CRESCIMENTO SAUDÁVEL

E ACELERADO

FERTILIZANTE DE BIO NPK EM GRÃOS

FORTALECE O SOLO E MELHORA

PRODUTIVIDADE DE FLORESTAS

Capa da Edição 270 da

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,

mês de fevereiro de 2025

www.referenciaflorestal.com.br

Ano XXVII • Nº270 • Fevereiro 2025

EALTHY AND

ACCELERATED GROWTH

BIO NPK FERTILIZER IN GRAINS

STRENGTHENS THE SOIL AND

IMPROVES FOREST PRODUCTIVITY

PRINCIPAL

Por Manoel Cavalcante, São Leopoldo (RS)

Grande trabalho da Nutrir. Essa opção de compostagem é muito importante

para a valorização do solo com produtos orgânicos.

ENTREVISTA

Foto: divulgação

Por Carla Oliveira Lopes, Betim (MG)

Que linda história do entrevistado. Mais de 60 anos dedicados ao solo

e às florestas. Pessoas como essa abriram caminho para que muitos

pudessem avançar hoje.

INCÊNDIO

Por Adriano Lacerda, Campinas (SP)

A importância desse trabalho no combate aos incêndios é cada vez maior.

Esse verão tão quente pode ser sinal de um inverno ainda mais seco e com

mais risco de fogo.

Foto: divulgacão

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enviados também para redação

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BASTIDORES

Revista

Foto: REFERÊNCIA

Foto: REFERÊNCIA

PODCAST

No último dia 24 de Fevereiro, o Podcast REFERÊNCIA transmitiu

no seu canal do Youtube uma excelente entrevista com o diretor

da Francio Soluções Florestais, Pedro Francio Filho, gerando

uma grande audiência no setor florestal. No estúdio da JOTA

Editora, Pedro Francio Filho foi recepcionado pelos diretores Fábio

Machado e Pedro Bartoski Jr.

PERCERIA

O diretor comercial da Revista REFERÊNCIA

FLORESTAL, Fábio Machado, esteve visitando a

empresa Eloforte do diretor André Wedderhoff

em Curitiba (PR), para a continuidade da

parceria na divulgação da marca para 2025.

ALTA

FLORESTA PROTEGIDA

A floresta amazônica teve em 2024 o segundo

ano consecutivo de queda no desmatamento,

após uma sequência de 5 anos com

recordes negativos. De janeiro a dezembro,

foram derrubados 3.739 km², 7% a menos

do que no mesmo período de 2023, quando

a devastação atingiu 4.030 km². Em relação

a 2022, quando a Amazônia teve 10.362 km²

no ano, a área desmatada em 2024 foi 65%

menor. Esse resultado foi conquistado após

dezembro apresentar uma queda de 21%

no desmate. Foram derrubados 85 km² no

último mês de 2024 e 108 km² em 2023.

MARÇO 2025

PREVISÃO DIMINUÍDA

A SPE (Secretaria de Política Econômica do

Ministério da Fazenda) apresentou a projeção de

crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do

país em 2025. A atividade econômica deverá ter

alta de 2,3%. A estimativa anterior, em novembro,

era de um crescimento de 2,5% do PIB. De

acordo com o ministério, a redução da projeção

do PIB para 2025 está baseada principalmente

na elevação dos juros, na desaceleração da atividade

econômica no quarto trimestre de 2024 e

no cenário conjuntural externo.

BAIXA

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NOTAS

Podcast REFERÊNCIA

Durante o mês de fevereiro o estúdio do Podcast REFERÊNCIA teve a honra de receber convidados muito importantes para o

desenvolvimento do segmento de base florestal, no reflorestamento e no manejo florestal sustentável. Os entrevistados desses

episódios foram Ednei Blasius (foto de cima), presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira

do Estado do Mato Grosso), é formado em administração e sócio-proprietário da B2 Madeiras. O outro convidado foi Pedro Francio

Filho (foto de baixo), diretor da Francio Soluções Florestais, formado em agronomia e especialista em produtividade florestal. Os episódios

tiveram o apoio da Máquinas Águia, Crocodilo Empreendimentos Florestais, Poli Fertilizantes e TMA, que atuam oferecendo

soluções para o segmento de base florestal.

Ednei aproveitou o programa para contar sobre sua história que começou muito longe do manejo florestal e caminhou gradativamente

para uma das indústrias mais pujantes do Mato Grosso. “Vendi picolé, trabalhei empacotando café e passei pela engenharia

civil, lidando com AutoCAD muito antes da floresta. Foi quando minha família saiu de Juína (MT) para Cuiabá que minhas primeiras

oportunidades que me levaram ao florestal, de uma migração da

engenharia civil que passei a desenhar plantas de áreas florestais e

não apenas de prédios”, relatou Ednei.

Ednei, que é muito ligado ao associativismo conta que o manejo

florestal no Mato Grosso tem crescido muito, ele mesmo já tem

sete unidades produtivas entre indústrias madeireiras e operações

de biomassa, mas que o trabalho do manejo ainda não tem

o reconhecimento e nem mesmo as aberturas de mercado que

outros segmentos produtivos já recebem. “Hoje quem trabalha no

estado já consegue aproveitar praticamente toda sua produção,

mas o acesso ao crédito, como acontece com o agro, ainda é muito

reduzido, o que trava parte do potencial produtivo que já temos e

podemos alcançar”, destacou Ednei.

Pedro Francio Filho é uma das grandes referências no segmento

de produtividade florestal do Brasil. Paranaense de Engenheiro Beltrão,

Pedro contou que sua família tem uma ligação com o campo

muito forte, o que o levou a fazer agronomia, mas a influência de

Augusto Francio, um grande nome da indústria madeireira, e o professor

José Luiz Stape, que deu o conselho que mudou a sua vida.

“Ele me disse que deveria fazer a agronomia focado no florestal,

pois o florestal precisava dessa visão da agronomia, que o florestal

precisava olhar para o solo e para a produtividade. Eu segui e tenho

certeza que foi a melhor escolha que fiz”, ressaltou Pedro.

Pedro conta sobre uns principais momentos que marcaram sua

história, que ele mesmo não consegue colocar apenas um e aponta

como momentos diferentes marcam situações e oportunidades diferentes.

“Fui convidado a participar de um evento em Buenos Aires

e nem falava inglês ou espanhol, mas os contatos foram feitos mesmo

assim. Participei de todas as ExpoForest, o que me colocou num

lugar de destaque. Em um momento de crise eu trabalhei 18h por

dia, batendo na porta de clientes e correndo atrás. Cada dificuldade

foi uma oportunidade que me abriu caminhos”, celebrou Pedro.

Os episódios completos o Leitor pode conferir

no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:

Fotos: REFERÊNCIA

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NOTAS

Novos desafios

A Bruno, especializada em trituração vegetal. inaugurou seu mais novo Centro de Distribuição de Peças em Sinop

(MT), reforçando seu compromisso com a eficiência logística e o atendimento ágil aos clientes da região. O Centro de

Distribuição de Peças permitirá um suporte ainda mais rápido para as empresas, oferecendo maior agilidade e qualidade,

garantindo sempre a confiabilidade na marca Bruno. Com essa expansão, a empresa, que há 57 anos tem sua

base em Campos Novos (SC), solidifica sua presença nacional e reafirma seu propósito de estar cada vez mais próxima

de seus clientes.

Com essa iniciativa, a Bruno segue investindo na inovação e no crescimento sustentável, mantendo sua posição

de referência no setor de equipamentos industriais e soluções para biomassa.”Sinop é agora uma extensão da Bruno.

Este Centro de Distribuição não é apenas um ponto logístico, mas um marco da nossa missão de garantir excelência,

disponibilidade e suporte técnico de alto nível para nossos parceiros”, destaca Angelo Henz, diretor da Bruno.

Foto: Bruno

16 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Alinhamento

de ideias

O encontro teve como principal objetivo otimizar processos, padrões

e estruturas de governança das associações estaduais, de modo a buscar

ainda mais alinhamento e eficiência na representação do setor. “O que

fizemos foi a discussão de como melhorar ainda mais os resultados e a

prestação de serviços para o setor e para as nossas empresas associadas e

patrocinadoras. Foi um orgulho para a AMIF sediar o primeiro encontro e

a gente segue aqui também disponível, sempre, para todas as entidades,

para compartilhar experiências dos trabalhos que são realizados na AMIF”,

destacou Adriana Maugeri, presidente da Associação.

Paralelamente ao evento principal, também houve uma reunião específica

para os profissionais de comunicação das entidades, com foco no

fortalecimento da imagem do setor florestal nas redes sociais e no uso

estratégico das novas tecnologias digitais para ampliar o reconhecimento

das ações desenvolvidas.

Entre as entidades presentes estavam a AMIF (MG), ACR (SC), Reflore

(MS), APRE (PR), Cedagro (ES), Florestar (SP), ARE Florestas (MT), ABAF

(BA) Florestar (SP) e IBÁ. O evento também contou com palestras de

especialistas, como o promotor do Ministério Público de Minas Gerais e

Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça

de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto, que

abordou estratégias para o fortalecimento do relacionamento institucional

com entidades críticas. Já Laila Katina, assessora da Presidência da

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), falou sobre

governança colaborativa e compliance.

O sucesso do encontro reafirma a importância da colaboração entre

as Associações Estaduais e sinaliza um novo momento para a atuação conjunta

do setor florestal no Brasil. A AMIF segue comprometida em fomentar

essa sinergia e impulsionar o desenvolvimento sustentável da indústria

florestal brasileira, atenta aos seus objetivos estratégicos.

Foto: AMIF

18 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Foto: BKT

Tendência de mercado

A BKT fabricante de pneus off-highway, analisou as principais tendências que, segundo a empresa, irão moldar o futuro

dos pneus agrícolas, correspondendo às expectativas dos principais fabricantes de tratores e máquinas agrícolas. São elas:

Sustentabilidade e materiais sustentáveis do ponto de vista ambiental: A indústria está a voltar-se cada vez mais para

materiais biodegradáveis ou reciclados, tornando a sustentabilidade uma prioridade para o equipamento de origem. Em

resposta a esta tendência, os fabricantes de pneus concentrar-se-ão mais na utilização de materiais como a borracha natural

ou compostos reciclados para reduzir a pegada ambiental.

Pneus inteligentes e integração da Internet das coisas: Os pneus da próxima geração integrarão gradualmente sensores

IoT para comunicação em tempo real de dados de pressão, desgaste e desempenho, evitando também intervenções de manutenção

para reduzir o tempo de inatividade. Além disso, os sensores serão capazes de fornecer informações relevantes

sobre as condições do solo, a temperatura e a carga, com vista a otimizar o desempenho global e os rendimentos agrícolas.

Resistência e durabilidade: A crescente complexidade operacional exige soluções cada vez mais fortes e duradouras. É

por isso que os compostos, o design do piso e as paredes laterais serão otimizados para melhorar o ciclo de vida do produto

e aumentar a sua adequação às práticas tradicionais e modernas.

Técnicas avançadas de fabrico: Também no que respeita à produção, assistiremos ao avanço de técnicas de ponta, como

a impressão 3D, que aceleraria consideravelmente o tempo de lançamento de um pneu no mercado, aumentando simultaneamente

a sua personalização e satisfazendo assim as necessidades específicas de cada operador de forma direcionada.

Personalização e adaptabilidade: É muito provável que, no futuro, venhamos a assistir a uma flexibilidade e modularidade

crescentes dos pneus, que conseguirão ajustar facilmente as suas características de acordo com a estação do ano, o

tipo de aplicação e as condições do terreno. Os pneus híbridos também ganharão terreno e serão capazes de lidar com uma

vasta gama de tarefas agrícolas, conduzindo a uma maior versatilidade.

20 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Expansão dos negócios

A Armac, referência nacional na prestação de serviços especializados e complexos e locação de equipamentos,

iniciou, neste mês, uma nova operação florestal no Mato Grosso do Sul. O acordo marca o avanço da empresa no setor

após a consolidação e estruturação de uma área exclusiva para atender às demandas deste mercado. A companhia irá

atender em Três Lagoas (MS), um dos principais polos florestais do país na atualidade, com construção e manutenção

de vias e estradas florestais e todo apoio referente a esse serviço, como construção de pontes, bueiros, mata-burros,

etc.

A Armac já é presença importante no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com quatro estruturas de manutenção

nestes dois Estados, que apoiam e dão suporte logístico para todas as operações nas regiões que estão no entorno.

Além disso, a empresa tem o maior complexo de manutenção da América Latina, no interior paulista, com mais de 300

mil m² (metros quadrados). “Operações na região de Três Lagoas são importantes para todo o setor florestal brasileiro.

O mercado reúne boa parte das empresas do segmento em um raio de cerca de 300 km (quilômetros) desta área”, garante

Bruno Damazo, gerente sênior da Unidade de Negócios Florestais da Armac. Engenheiro florestal formado pela

USP (Universidade de São Paulo), tem mais 15 anos de experiência no setor e assumiu a cadeira na empresa há seis

meses.

Mais três estruturas da Armac no Estado de São Paulo estão próximas deste núcleo, uma delas em Araçatuba (SP),

distante apenas 170 km de Três Lagoas. “É fundamental um suporte de manutenção próximo, para atender com agilidade

e eficiência e manter os equipamentos rodando para garantir alta produtividade às operações florestais”, analisa

Damazo.

A entrada em um mercado importante logo no início do ano faz parte da estratégia de uma empresa com um portfólio

de soluções para diversas fases importantes das operações florestais. Com especialistas nas equipes comerciais

e operacionais (mecânicos, operadores e encarregados), a companhia oferece ao segmento os serviços de abertura e

manutenção de vias e estradas, movimentação de eucalipto, toras de madeira e cavaco (biomassa proveniente dos resíduos

de madeira), preparo de solo, carregamento e descarregamento de caminhões e combate a incêndios florestais.

Foto: divulgação

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NOTAS

Encontro marcado

A Remsoft realizará nos dias 9 e 10 de abril, em São José dos Campos (SP), a maior edição de sua Conferência de Usuários

na América do Sul. O evento, que ocorre a cada 2 anos, reunirá empresas do setor florestal e especialistas da Remsoft para

discutir inovações e tendências no planejamento estratégico, tático e operacional.

Com o tema: O poder do planejamento florestal inteligente; a programação inclui apresentações sobre abastecimento de

madeira, otimização de estradas, gestão de carbono, alocação de material genético, inteligência artificial e outras inovações

voltadas à eficiência e sustentabilidade do setor.

Segundo Franc Roxo, diretor-geral da Remsoft Ltda, a edição de 2025 será a maior já realizada. “As conferências da Remsoft

proporcionam um ambiente de intercâmbio técnico e networking entre profissionais e empresas do setor florestal, promovendo

o compartilhamento de experiências e o acesso a novas tecnologias”, destaca.

A última edição, realizada em 2023, reuniu mais de 30 empresas de quatro países da América do Sul e teve grande adesão.

As inscrições para 2025 já estão abertas e as vagas são limitadas, seguindo a ordem de registro. Interessados podem garantir

participação pelo site oficial da Remsoft.

Franc Roxo, Diretor Geral da Remsoft , comenta que as Conferências de Usuários Remsoft são uma tradição consolidada

da empresa e ocorrem a cada dois anos em nível global. Esses encontros reúnem especialistas da Remsoft e diversas empresas

do setor para apresentações de trabalhos, networking profissional, intercâmbio técnico e troca de experiências sobre

planejamento florestal inteligente. “A diversidade das empresas participantes, cada uma com seu contexto e vivência na área,

torna as conferências um ambiente único para a troca de conhecimento e atualização sobre tendências do setor”, aponta

Franc.

Para o diretor, o tema: O poder do planejamento florestal inteligente; foi escolhido devido ao crescente protagonismo do

planejamento florestal e à necessidade de soluções inovadoras em um ambiente cada vez mais competitivo e incerto para as

empresas do setor. Segundo Franc Roxo, diretor-geral da Remsoft Ltda, esta será a maior conferência já realizada pela empresa,

contando com uma programação extensa que abrange todos os níveis de planejamento – longo, médio e curto prazo.

A agenda trará novidades e tendências em primeira mão, dando continuidade à proposta da Remsoft de impulsionar a digitalização

e a eficiência no setor florestal. Entre os temas que serão abordados, destacam-se planejamento florestal integrado,

abastecimento de madeira, otimização de estradas, planejamento na silvicultura, gestão de carbono, uso de inteligência

artificial no planejamento, banco de dados para gestão florestal, entre outros.

A edição anterior, realizada em 2023, contou com a participação de mais de 30 empresas de quatro países da América do

Sul e teve grande adesão, com as vagas esgotadas antes da data do evento. “Para 2025, a expectativa é ainda maior, e a organização

recomenda que os interessados realizem suas inscrições com antecedência, pois as vagas são limitadas e preenchidas

por ordem de registro”, completa Franc.

Foto: Remsoft

24 www.referenciaflorestal.com.br



FRASES

Foto: Sora Maia

As discussões têm sido

bastante produtivas,

pois cada painel conta

com a participação de

representantes do governo,

do setor produtivo e da

academia, de forma que os

debates avançam com a

compreensão de todos os

envolvidos

Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF

(Associação Baiana das Empresas de Base

Florestal), durante o IV congresso do eucalipto

“Se inicialmente conseguimos

detectar o desmatamento

em uma área mínima de 1 ha

(hectare), hoje já são três mil

metros, ou seja, conseguimos

vistoriar áreas cada vez menores.

Os avanços também permitem

que os autos de infração possam

ser emitidos de forma remota,

sem necessidade da presença de

um técnico no local”

“Aí quando bate o sol nas

filhas dela (dá arvore que

foi retirada), elas começam

a crescer, lutam pelo

céu, querem chegar lá e

estender. É nesse momento

que o carbono está sendo

sequestrado. Quando ela está

crescendo e não quando ela

está em equilíbrio”

Everton Souza, secretário estadual do

Desenvolvimento Sustentável do Paraná sobre

a queda de 73% do desmatamento da Mata

Atlântica no Estado

Richard Rasmussen, biólogo e apresentador, em

entrevista ao Marçal Talks, onde fala sobre a

importância do manejo sustentável

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florestais dedicados e exclusivo em pás

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ENTREVISTA

Pioneirismo

FLORESTAL

Parte II

Pioneering Forestry - Part II

Foto: divulgação

ENTREVISTA

N

essa edição da Revista REFERÊNCIA FLO-

RESTAL, vamos mostrar a segunda parte da

entrevista com Italo Claudio Falesi. Caso

queira rever a primeira parte, está na edição

270 do mês de março de 2025.

I

n this edition of REFERÊNCIA FLORESTAL Magazine, we

will show the second part of the interview with Italo

Claudio Falesi. If you want to see the first part again, it

is in issue 270 of March 2025.

Italo Claudio Falesi

ATIVIDADE/ ACTIVITY:

Graduação em agronomia pela UFRA (Universidade Federal

Rural da Amazônia), hoje é pesquisador da Embrapa (Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária), onde atua desde a sua

fundação. Já foi diretor geral no IPEAN (Instituto de Pesquisa

Agropecuária do Norte), presidiu o Emater (Empresa de

Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará). Além

disso, tem experiência na área de agronomia, com ênfase em

Ciência do Solo.

He graduated in Agronomy from the Federal Rural University

of the Amazon (UFRA); he is currently a scientist at the Brazilian

Agricultural Research Corporation (Embrapa), where he

has worked since its inception. He has been General Director

of the Agricultural Research Institute of the North (Ipean)

and President of the Technical Assistance and Rural Extension

Company of the State of Pará (Emater). He also has experience

in agronomy, with an emphasis on soil science.

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ENTREVISTA

>> Quais maiores mudanças percebeu durante sua caminhada

profissional?

Acredito que tenha sido na mentalidade, e isso trouxe

todas as outras transformações. Posso citar a forma como

o produtor passou a entender o plantio. Antes, ao se falar

em plantar árvores, o que vinha à mente eram espécies

amazônicas que levam duas ou três décadas para crescer,

e o desânimo era visível. Porém, quando pesquisas foram

apresentadas e espécies de crescimento mais rápido foram

introduzidas, uma pequena centelha se acendeu nos produtores.

Um exemplo disso é o caso da empresa Concrem.

Ela se destacou ao realizar um plantio amplo e completo

para atender suas demandas, algo que, anos atrás, seria

impensável, mas que hoje se tornou comum. Lembro que,

ainda menino, morando próximo ao porto de Belém, via

a madeira ser exportada quase sempre em toras. Hoje,

grande parte já sai transformada em tábuas. Essa caminhada

foi longa. Essa transformação começou há cerca de 20

anos. Essa mentalidade influenciou diretamente a industrialização,

que cresceu exponencialmente no país. Como

consequência, houve uma transformação na economia da

madeira, que se tornou um item padrão de exportação e

passou a representar uma parte relevante da economia

brasileira.

>> O cuidado com o solo tem sido cada vez mais valorizado

nos plantios florestais. Essa mudança mostra uma

conscientização dos produtores?

Sem dúvida. Já nos referimos anteriormente as atividades

de pesquisa de solo na região Amazônica, identificando as

suas características morfológicas e propriedades físicas e

químicas indispensáveis ao manejo da base de sustentação

das plantas. No caso da identificação da fertilidade do solo

a amostragem deve ser feita representativa dos solos da

área de cultivo. Essas amostras analisadas no laboratório

de solo identificam os teores ou níveis dos macro e micronutrientes

neles contidos. O produtor rural, além de

receber o boletim das análises, é orientado a estabelecer

a calagem e adubação compatíveis com a cultura agrícola

ou florestal. O produtor rural já tem como necessidade

de estabelecer cultivos agrícolas ou florestais seguindo o

manejo adequado. Essa situação atual foi entendida no

decorrer do tempo.

>> Como a tecnologia facilitou o trabalho realizado na

avaliação do solo?

Sem dúvida a tecnologia é fundamental e indispensável

para otimizar as práticas de identificação das propriedades

e características do solo. Os primeiros levantamentos

pedológicos realizados na Amazônia brasileira, por nossa

equipe, os equipamentos utilizados eram o trado holandês,

martelo de pedólogo, bússola manual, altímetro,

máquina fotográfica, caderneta de campo, faca e a tabela

de Munsel Soil Color Chartes, além do mapa geográfico da

área a ser estudada. Com a evolução dos conhecimentos

tecnológicos surgiram equipamentos que facilitaram a

What are the most significant changes you have

noticed professionally?

I think the mentality has brought about all the other

changes. I can mention the way producers have come

to understand planting. Before, when we talked about

planting trees, we thought of Amazonian species that

take two or three decades to grow, and there was

discouragement. But when the research was presented,

and faster-growing species were introduced, a little

spark was lit in the producers. One example is Concrem.

It was characterized by extensive and complete

planting to meet its requirements, which would have

been unthinkable years ago but is now commonplace.

When I was a boy living near the port of Belém, wood

was almost always exported in logs. Today, much of it

is transformed into boards. It has been a long journey.

This transformation started about 20 years ago. This

mentality directly influenced industrialization, which

grew exponentially in the Country. As a result, there

was a transformation in the Forest Product industry,

which became a standard export and a significant part

of the Brazilian economy.

Soil care is becoming increasingly crucial in forest

plantations. Does this change indicate that producers

are becoming more aware?

Absolutely. We have already mentioned the research

activities carried out in the Amazon region to identify

the morphological characteristics of the soil, as well as

the physical and chemical properties essential for managing

the plant’s support base. In the case of soil fertility,

the samples must be representative of the soils in

the growing area. These samples, which are analyzed

in the soil laboratory, identify the contents or levels of

macro- and micronutrients they contain. In addition to

receiving the analysis report, the farmer is instructed to

determine the liming and fertilization compatible with

the agricultural or forestry crop. The rural producer

must already establish agricultural or forestry crops according

to the appropriate management. This current

situation is being understood over time.

Has technology facilitated the work carried out in soil

evaluation?

Undoubtedly, technology is fundamental and indispensable

for optimizing practices for identifying soil

properties and characteristics. In the first pedological

surveys carried out in the Brazilian Amazon by our

team, the equipment used included a Dutch auger, a

pedologist’s hammer, a manual compass, an altimeter,

a camera, a field notebook, a knife, and the Munsell

Soil Color Chart, as well as a geographical map of the

area to be studied. As technology has advanced, we

have seen the development of equipment that has

greatly facilitated the process of describing soil profiles.

This includes tools such as a field potentiometer,

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ENTREVISTA

Ilpf systems have been expanding in Brazil. Could this

be a viable option for the Amazon?

I had the privilege of meeting and collaborating with

the renowned scientist Paulo de Tarso Alvim, who

suggested developing two significant projects: Cpatu

I and Cpatu II. Cpatu, the institution’s original name

that would later become Embrapa Amazônia Oriental,

played a pivotal role in the region’s development.

Alvim implemented the first scientifically validated

agroforestry systems during this period in the Brazilian

Amazon. These studies were later published and sciendescrição

de perfís pedológicos, tais como potenciômetro

de campo, destinado a medir os níveis de acidez e alcalinidade

do solo (pH), penetrômetro destinado a medir a compactação

ou o adensamento, análises rápidas pelo método

colorimétrico para determinar os teores de nutriente do

solo. Recentemente a NASA utilizou equipamento sofisticado

que permite através de raios laser identificar com

precisão os níveis de nutrientes existentes no solo.

>> Quais os maiores desafios da produção florestal no

Brasil?

A silvicultura na Amazônia, embora tenha evoluído através

dos cultivos florestais adotando-se espécies nativas e exóticas,

possui uma lacuna muito importante que é a falta de

uma política clara de incentivo ao reflorestamento - linhas

de crédito. Melhor definição do período de carência para

pagamento de financiamentos por espécie florestal; Otimizar

o sistema de comercialização dos produtos madeireiros;

entre outros, destaca-se a necessidade de maior estabelecimento

de cursos de engenharia florestal com prioridades

de espécies que melhor se adaptam para os plantios

da região amazônica; paralelamente criar mecanismos

destinados a qualificação de mão-de-obra, principalmente

para os técnicos de nível médio, também são importantes.

Na dissertação de mestrado: Diagnóstico de Plantações

dos Projetos de Reposição Florestal no Estado do Pará; defendida

pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental,

engenheiro florestal Ruy Rangel Galeão, pode-se constatar

os detalhes sobre esse tema.

>> Sofreu algum tipo de preconceito dentro do florestal

por ser agrônomo?

Aqueles que não entendem que, no final, o que realmente

importa é o conhecimento, e não o título, acabam ficando

para trás. Uma das verdades que me guia é que somos

alunos enquanto estamos na escola ou universidade, mas

estudantes somos por toda a vida. É isso que sempre disse

aos meus filhos, netos e alunos e que vou carregar comigo

para sempre. Houve preconceito e desconfiança, é claro,

mas quando o conhecimento e a experiência estão do seu

lado, não há como essas barreiras se sustentarem. Acredito

firmemente que o conhecimento deve ser compartilhado

e valorizado. Dessa forma, podemos trabalhar em

conjunto, cada um com sua especialidade, para fortalecer

a silvicultura como um todo.

>> Os sistemas de ILPF tem crescido no Brasil. É uma opção

para a Amazônia?

Tive a felicidade e a honra de conhecer e manter contatos

técnicos e científicos com o cientista Paulo de Tarso Alvim,

e ele me disse que deveríamos desenvolver dois grandes

projetos: CPATU I e CPATU II. CPATU era o nome primitivo

da instituição que viria a se tornar a Embrapa Amazônia

Oriental. Foi nesse momento que foram implantados os

primeiros sistemas agroflorestais conduzidos cientifica-

which measures soil acidity and alkalinity levels (pH), a

penetrometer, which measures compaction or densification,

and rapid analysis using the colorimetric method

to determine soil nutrient levels. Recently, NASA has

employed sophisticated equipment that utilizes laser

beams to measure nutrient levels in soil accurately.

Please describe the most significant challenges facing

Brazil’s forest production.

Forestry in the Amazon, although it has evolved

through the cultivation of native and exotic species,

has a significant gap: the lack of a clear policy to

encourage reforestation — lines of credit. This includes

the need for a better definition of the grace period for

payment of financing by forest species and optimization

of the marketing system for wood products. There

is also a need for greater establishment of forestry

engineering courses with priorities for species best

suited to plantations in the Amazon region. At the

same time, creating mechanisms for the qualification

of labor, especially for mid-level technicians, is also

essential. The master’s thesis, Diagnosis of Forest

Replacement Project Plantations in the State of Pará,

by Embrapa Amazônia Oriental scientist and forestry

engineer Ruy Rangel Galeão, provides detailed insights

on this subject.

Have you encountered any instances of prejudice

within the Forestry Sector due to your background as

an agronomist?

Those who fail to recognize that knowledge is more

significant than credentials often find themselves out

of step with their peers. A guiding principle of mine is

that our education is an ongoing journey, beginning at

school and extending throughout our lives. I have instilled

this value in my children, grandchildren, and students;

it is a principle I will always carry with me. While

acknowledging the presence of prejudice and mistrust,

I firmly believe that knowledge and experience can

overcome these barriers. I am a staunch advocate for

disseminating knowledge and its subsequent valorization.

We can collectively strengthen forestry by working

together and leveraging each other’s strengths.

32 www.referenciaflorestal.com.br



ENTREVISTA

mente na Amazônia brasileira, e tudo isso graças ao doutor

Paulo de Tarso Alvim. Posteriormente, esses estudos foram

publicados e cientificamente comprovados. Esse trabalho

despertou o interesse de produtores, pesquisadores e

extensionistas. Doutor Paulo Alvim era uma referência

tão grande que, se ele recomendasse algo, todos ouviam

com máxima atenção. Brincávamos, que se o doutor Paulo

dissesse para plantar macaxeira de ponta-cabeça, todos

fariam sem questionar. Foi nesse contexto que nasceram

os primeiros programas de ILPF no Brasil. Dentro de tudo

isso que foi desenvolvido, quando olho para minha área

de atuação, gosto de destacar a autofertilização dos solos

gerada por esses sistemas. A própria floresta desempenha

um papel fundamental, renovando o solo e alimentando o

crescimento das plantas, sejam árvores ou outros cultivos.

>> Acredita que a ILPF na florestal nativa possa regenerar

o solo?

Um dos principais botânicos da Amazônia, doutor Murça

Pires, dizia que toda a floresta se renova naturalmente a

cada 500 anos. Esse processo acontece pela absorção dos

nutrientes que ela mesma gera, compostando organicamente

toda a matéria orgânica depositada. Os nutrientes

essenciais — como potássio, magnésio, cálcio, fósforo — e

os micronutrientes que a floresta demanda são produzidos

por ela mesma, tornando o solo muito mais rico. Por isso,

o ILPF tem um potencial tão promissor na floresta amazônica,

aproveitando e respeitando esses processos naturais

para melhorar a sustentabilidade e produtividade.

>> Sua atuação na floresta amazônica é muito relevante.

Como entende o manejo florestal sustentável para a preservação

florestal?

O manejo florestal precisa ser baseado em conhecimento

sólido. Não se trata apenas de chegar na floresta e fazer

escolhas aleatórias, mas sim de selecionar cuidadosamente

as árvores que podem ser cortadas e aquelas que

devem ser preservadas. No entanto, esse cuidado é indispensável

para garantir que o manejo florestal seja sustentável,

economicamente viável e que não cause prejuízos

ao ecossistema da Amazônia. É importante lembrar que o

manejo florestal não se aplica apenas à floresta amazônica

em si, mas também às várzeas do estuário do Amazonas,

que abrangem regiões do Pará e Amapá. Essas áreas possuem

solos extremamente férteis, onde espécies nativas,

como o açaí, são manejadas. Para aumentar a produtividade,

é fundamental realizar o manejo adequado, retirando

espécies que não são aproveitáveis e favorecendo aquelas

que têm maior valor econômico ou ecológico. Além disso,

em áreas onde há clareiras ou desmatamento, é essencial

realizar o replantio de forma estratégica, garantindo que

em 3, 4 ou 5 anos novas árvores estejam estabelecidas.

Esse aprendizado e a prática contínua do manejo sustentável

precisam ser prioridade, mas, infelizmente, ainda

enfrentam desafios significativos, como a falta de recursos,

tifically validated, arousing the interest of producers,

researchers, and extension workers. Alvim was such

a renowned figure that his recommendations were

always given the utmost attention. A notable anecdote

illustrates the esteem in which he was held: if Alvim

recommended planting cassava upside down, it was

considered a scientific fact, and everyone would do it

without question. In this context, the first Ilpf programs

were established in Brazil. In my area of work, I would

like to highlight the self-fertilization of the soil generated

by these systems. The forest plays a pivotal role in

this process by renewing the soil and nourishing plant

growth, whether trees or other crops.

Do you believe that Ilpf can regenerate the soil in

native forests?

One of the leading botanists of the Amazon, Dr. Murça

Pires, said that the entire forest renews itself naturally

every 500 years. This process occurs by absorbing the

nutrients it produces and organically composting all

the organic matter deposited. The forest produces

essential nutrients - such as potassium, magnesium,

calcium, and phosphorus - and the micronutrients that

the forest needs, making the soil much richer. This is

why Ilpf has such promising potential in the Amazon

rainforest, using and respecting these natural processes

to improve sustainability and productivity.

Your work in the Amazon is significant. How do you

understand sustainable forest management to preserve

the forest?

Forest management must be based on solid knowledge.

It is not just a matter of going into the forest and

making random decisions but of carefully selecting

the trees that can be cut down and those that should

be preserved. However, this care is essential to ensure

that forest management is sustainable, economically

viable, and does not damage the Amazon ecosystem.

It is important to remember that forest management

applies not only to the Amazon rainforest itself but also

to the floodplains of the Amazon estuary, which cover

the regions of Pará and Amapá. These areas have

extremely fertile soils where native species such as açaí

are cultivated. To increase productivity, it is essential to

carry out appropriate management, removing species

that are not useful and favoring those that have greater

economic or ecological value. In addition, it is vital

to replant strategically in areas where deforestation

has occurred, ensuring that new trees are established

in 3, 4, or 5 years. This learning and continued practice

of sustainable management must be a priority. Unfortunately,

they still face significant challenges, such

as a lack of resources, technical training, and greater

government interest and commitment to promote

these practices on a large scale.

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ENTREVISTA

de preparo técnico e de um maior interesse e compromisso

governamental para impulsionar essas práticas em larga

escala.

>> Qual o maior legado de sua atuação?

Com 67 anos de atividades na Amazônia, mesmo aposentado,

sinto que nunca trabalhei tanto quanto agora.

Ainda continuo ativo, dedicando meus finais de semana

ao trabalho, e não poderia estar mais satisfeito com isso.

Escolher a maior em toda essa trajetória é um desafio,

mas vou me limitar às mais marcantes. A primeira grande

realização foi ter conhecido e estudado profundamente

os solos da Amazônia. Publicar cerca de 100 trabalhos

técnicos e científicos, incluindo boletins técnicos, livros e

até mesmo alguns materiais em língua inglesa, como o que

foi publicado na Universidade da Flórida, me proporcionou

reconhecimento, não só na Amazônia, mas em todo o

Brasil. Dedicar-me ao estudo do solo amazônico sempre foi

mais do que uma profissão; foi uma paixão. Sabia que esse

conhecimento não poderia ficar só comigo. Transmití-lo foi

uma missão, seja por meio de aulas, palestras ou publicações.

Conhecer a Amazônia não é apenas visitar cidades

como Manaus (AM) ou Santarém (PA). É andar a pé pela

floresta, explorar seus detalhes e realmente se conectar

com ela. Tive a oportunidade de ir para outras partes do

mundo, mas fiz questão de permanecer aqui, estudando

e conhecendo cada canto dessa região. Acredito que foi

uma das melhores decisões da minha vida, uma decisão

abençoada. Outra grande conquista foi a introdução do

mogno africano no Brasil. Confesso que não sabia a importância

disso. No entanto, ela se mostrou extraordinária,

ganhando espaço em todo o país. Essa iniciativa teve o

apoio indispensável da ABPMA, que desempenhou um

papel crucial na disseminação dessa cultura e no aumento

do interesse dos produtores por todo o Brasil. Por fim,

acredito que meu papel como professor também merece

destaque. Transmitir o conhecimento acumulado ao longo

de décadas para novas gerações sempre foi uma das maiores

satisfações da minha vida. Saber que esse aprendizado

continua vivo, sendo aplicado e expandido, é algo que enche

meu coração de orgulho.

What is the greatest legacy of your work?

After 67 years of activity in the Amazon, even though

I am retired, I feel I have never worked as hard as I

do now. I am still active, dedicating my weekends to

work, and I could not be happier. Choosing the greatest

accomplishment of my career is challenging, but I will

limit myself to the most significant. The first major accomplishment

was getting to know and study the soils

of the Amazon. The publication of about 100 technical

and scientific papers, including technical bulletins,

books, and even some materials in English, such as the

one published by the University of Florida, gave me

recognition not only in the Amazon but in all of Brazil.

Dedicating myself to studying the Amazonian soil has

always been more than a profession; it has been a passion.

I knew that this knowledge could not remain with

me alone. Sharing it was a mission, whether through

courses, lectures, or publications. Knowing the Amazon

is not just about visiting cities like Manaus (AM) or

Santarém (PA). It is about walking through the forest,

exploring its details, and connecting with it. I had the

opportunity to go to other parts of the world, but I

made a point of staying here, studying, and getting to

know every corner of this region. I think it was one of

the best decisions of my life, a blessed one. Another

significant achievement was the introduction of African

mahogany to Brazil. I confess that I did not know how

important it was. But it turned out to be extraordinary

and spread throughout the Country. This initiative had

the indispensable support of the Abpma, which played

a crucial role in promoting this crop and stimulating

the interest of producers throughout Brazil. Finally, I

believe that my role as a teacher also deserves to be

highlighted. Passing on the knowledge accumulated

over decades to new generations has always been one

of the greatest satisfactions of my life. Knowing that

this learning is still alive, being applied and expanded,

fills my heart with pride.

Mesmo aposentado, sinto que nunca trabalhei tanto quanto

agora. Ainda continuo ativo, dedicando meus finais de semana

ao trabalho, e não poderia estar mais satisfeito com isso

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Além da obrigação: como

os EPIs fazem a diferença

no manejo de árvores

Gabriel Berger

GB Manejo de Árvores – Educação Profissional

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Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho

gbmanejodearvores.com.br

gabriel@gbmanejodearvores.com.br

Foto: divulgação

O uso correto dos EPIs no manejo de árvores vai além da

obrigação legal, sendo essencial para a segurança, eficiência

e bem-estar no setor florestal

O

setor florestal apresenta riscos diários para os

trabalhadores que atuam no manejo de árvores.

Quedas de galhos, cortes acidentais, exposição ao

ruído e terrenos irregulares são apenas alguns dos

desafios enfrentados no dia a dia.

Diante desse cenário, os EPIs (Equipamentos de Proteção

Individual) são indispensáveis, não apenas como uma obrigação

legal, mas como um investimento na preservação da vida e na

eficiência operacional.

Embora seu uso seja exigido por normas de segurança do

trabalho, muitas empresas ainda os veem como um custo e não

como uma estratégia de proteção e produtividade. No entanto,

organizações que priorizam a segurança percebem benefícios diretos,

como a redução de acidentes, maior bem-estar da equipe

e menor índice de afastamentos.

Mas afinal, quais são os EPIs essenciais no manejo de árvores?

Como eles fazem a diferença no dia a dia do trabalhador

florestal?

EPIS ESSENCIAIS PARA O MANEJO SEGURO DE ÁRVORES

O manejo de árvores exige equipamentos específicos para

proteger os trabalhadores dos riscos envolvidos. Confira os principais:

• Capacete com jugular e protetor facial – protege contra

quedas de galhos e impactos na cabeça.

• Óculos de segurança – evita lesões oculares causadas por

partículas ou fragmentos de madeira.

• Abafadores de ruído ou protetores auriculares – reduzem

a exposição ao ruído intenso de motosserras e máquinas.

• Luvas de proteção anticorte – garantem maior aderência e

reduzem o risco de cortes e abrasões.

• Calça ou perneira anticorte – protege as pernas contra cortes

acidentais, especialmente ao operar motosserras.

• Botas de segurança com biqueira de aço e solado antiderrapante

– protegem contra impactos, perfurações e quedas.

Cada um desses EPIs tem um papel essencial na segurança,

mas seu uso correto exige mais do que a simples obrigatoriedade.

O IMPACTO DOS EPIS NA REDUÇÃO DE ACIDENTES

O uso adequado dos EPIs pode ser a diferença entre um dia

de trabalho seguro e um acidente grave. O setor florestal está

entre os mais perigosos do mundo, com altos índices de quedas,

cortes profundos e lesões.

Estudos mostram que empresas que adotam uma cultura de

segurança sólida registram:

• Redução de até 70% nos acidentes com cortes e lacerações

em atividades que envolvem motosserras.

• Diminuição de 50% nos afastamentos por lesões ocupacionais,

como problemas auditivos e lombares.

• Aumento na produtividade da equipe, pois trabalhadores

protegidos se sentem mais seguros para desempenhar suas funções.

Esses números comprovam que os EPIs vão além do cumprimento

de normas regulatórias — eles salvam vidas e reduzem

custos operacionais.

COMO GARANTIR O USO CORRETO DOS EPIS?

Para que os EPIs realmente façam a diferença, é fundamental

que sejam utilizados corretamente. Muitas vezes, os trabalhadores

não os utilizam por desconforto, falta de treinamento ou

desconhecimento dos riscos. Para evitar isso, as empresas devem

adotar medidas como:

• Treinamento e conscientização – capacitações regulares

sobre a importância dos EPIs.

• Fiscalização e acompanhamento – garantir que todos utilizem

os equipamentos corretamente.

• EPIs de qualidade e ergonomia – investir em equipamentos

confortáveis e eficientes.

• Cultura de segurança – criar um ambiente onde a segurança

seja um valor essencial.

O FUTURO DOS EPIS NO SETOR FLORESTAL

A tecnologia tem impulsionado melhorias nos EPIs. Novos

materiais mais leves e resistentes aumentam o conforto dos

trabalhadores sem comprometer a proteção. Outro ponto de

evolução é a personalização dos EPIs para cada tipo de atividade

dentro do manejo de árvores. Desde modelos específicos de

luvas até botas de segurança, as empresas estão investindo em

inovação para garantir mais segurança e eficiência.

O uso de EPIs no manejo de árvores não pode ser visto

apenas como uma exigência legal. Ele é um fator determinante

para a proteção da vida dos trabalhadores e a eficiência das operações.

Empresas que enxergam os EPIs como um investimento

estratégico colhem benefícios como redução de acidentes, aumento

da produtividade e valorização da equipe.

Mais do que equipamentos, os EPIs representam um compromisso

com a segurança e a qualidade do trabalho no setor

florestal. Afinal, um trabalhador protegido não apenas evita

acidentes, mas também contribui para um ambiente de trabalho

mais eficiente e sustentável.

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garantindo o escoamento ágil da produção e reduzindo

custos logísticos. Um transporte eficiente melhora

a competitividade, preserva a qualidade da madeira

e fortalece toda a cadeia produtiva. Investir em

infraestrutura viária é fundamental para a sustentabilidade e o

crescimento do setor, além de diminuir os custos com manutenção

nos transportes. Indo de encontro à demanda do mercado,

a Watanabe lançou o Thor ST, implemento criado e patenteado

pela empresa, especializada em equipamentos para limpeza e

abertura de áreas.

A Watanabe iniciou suas atividades em 1970, na cidade de

Castro (PR), como revenda de equipamentos. Identificando a

necessidade dos agricultores, desenvolveu a primeira arrancadeira

de batatas de duas linhas, levando à fundação da fábrica

de implementos agrícolas em 1976. Em 1984, a empresa passou

a se chamar Watanabe Máquinas Agrícolas. Expandiu sua atuação

para novos segmentos, incluindo algodão, cana-de-açúcar,

silvicultura, limpeza de solo e movimentação de materiais. Desde

2009, a empresa atende como Watanabe Indústria e Comércio de

Máquinas, que tem crescido continuamente no mercado nacional.

Willian Watanabe, diretor comercial da empresa, explica que

desde a guinada do segmento florestal nos últimos anos, a Watanabe

pôde estabelecer novos objetivos e alcançar lugares que

antes eram impensáveis. “Temos a inovação como um pilar da

empresa, então esse é o objetivo: de sempre oferecer algo melhor

para nossos clientes. A Linha Thor, que começou como um projeto

para a trituração de pedra, é a marca desse trabalho e agora, com

a ST, temos novos objetivos para conquistar”, destaca Willian.

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econdary roads are essential for the forest industry,

ensuring fast production and reducing logistics costs.

Efficient transportation improves competitiveness,

preserves timber, and strengthens the production

chain. Investment in road infrastructure is essential

for the sustainability and growth of the Sector, as well as reducing

transportation maintenance costs. In response to market demand,

Watanabe launched the Thor ST, a tool developed and patented by the

Company that specializes in land clearing and preparation equipment.

Watanabe began its activities in 1970 as an equipment dealer in

Castro (PR). Recognizing the needs of farmers, it developed the first

two-row potato harvester, which led to the creation of the Agricultural

Equipment Factory in 1976. In 1984, the Company changed its name

to Watanabe Máquinas Agrícolas. It expanded into new segments,

including cotton, sugar cane, forestry, land clearing, and material

handling. Since 2009, the Company has been operating as Watanabe

Indústria e Comércio de Máquinas, which has been growing steadily

in the domestic market.

Todo equipamento surge a partir

de uma demanda específica.

No caso da estabilizadora e

recicladora de pavimentos

rurais, essa necessidade foi

identificada na última Expoforest

Milton Watanabe,

diretor industrial

42 www.referenciaflorestal.com.br


THOR ST: ORIGEM E ESPECIFICAÇÕES

“Todo equipamento surge a partir de uma demanda específica.

No caso da estabilizadora e recicladora de pavimentos rurais,

essa necessidade foi identificada na última Expoforest”, explica

Milton Watanabe, diretor industrial da empresa. Milton relata

que essa máquina foi desenvolvida no início de 2024 e, durante

quase seis meses, foi disponibilizada para testes exaustivos em

diferentes tipos de solo e estradas, sob tráfego pesado. Segundo

Milton, esses testes foram conduzidos em parceria com grandes

empresas, que precisavam de uma solução eficiente para manutenção

de estradas utilizadas, tanto para o transporte de madeira,

quanto de cana-de-açúcar. “A máquina foi aprovada e agora está

pronta para o mercado”, valoriza o diretor.

Essa dedicação ao florestal e agora à pavimentação é, segundo

Milton, uma ação natural e um movimento da empresa rumo a

novos campos de atuação. “A empresa sempre foi muito dinâmica,

buscando novas oportunidades sem se limitar a um único segmento.

Inicialmente, desenvolvemos máquinas para hortaliças,

depois, expandimos para o algodão. Em seguida, surgiram as

máquinas de trituração de pedras, essenciais para preparar áreas

agrícolas no Cerrado. A partir dessa experiência com trituração,

a transição para o setor de estabilização e pavimentação foi natural.

A tecnologia empregada na limpeza de áreas agrícolas se

mostrou eficiente também para a recuperação de estradas rurais,

facilitando a adaptação da máquina para essa nova aplicação”,

assegura Milton.

Willian Watanabe, Director of Sales for the Company, explains

that since the turnaround in the Forest Sector in recent years, Watanabe

has been able to set new goals and go places that were previously

unthinkable. “We have innovation as a pillar of the Company, so that

is the goal: always to offer something better to our customers. The

Thor line, which began as a stone-crushing project, is the hallmark

of this work, and now, with the ST, we have new goals to achieve,”

says the Director of Sales.

THOR ST: ORIGIN AND SPECIFICATIONS

“Each piece of equipment is the result of a specific need. In

the case of the secondary road stabilizer and recycler, this need

was identified at the last Expoforest,” explains Milton Watanabe,

Industrial Director for the Company. The Director says this machine

was developed at the beginning of 2024 and, for almost six months,

was made available for extensive testing on different types of soil

and roads under heavy traffic. According to the Director, these tests

were conducted in partnership with large companies that needed an

efficient solution for maintaining roads used for both timber logs and

sugar cane transportation. “The machine has been approved and is

now ready for the market,” says Industrial Director Milton Watanabe.

This commitment to forestry and now road surfacing is a natural

progression for the Company, according to the Industrial Director.

“The Company has always been very dynamic, looking for new

opportunities without limiting itself to a single segment. First, we

developed machines for vegetables and expanded into cotton. Then

Março 2025

43


PRINCIPAL

A Thor ST é um complemento à linha Thor, lançada há 2 anos,

que já se tornou um grande sucesso dentro do segmento florestal,

preparando o solo para uma nova cultura a ser implantada. A Thor

ST é acionada através da tomada de força do trator e exige 250 cv

(cavalo-vapor) de potência para sua atuação, gerando resultados

expressivos para o campo. “Essa máquina possui todas as ferramentas

necessárias para que a estrada seja reciclada e estabilizada

de forma correta, otimizando a logística do transporte florestal e

reduzindo custos na operação”, aponta Willian.

A Thor ST é usinada e montada 100% dentro da própria

Watanabe, que desenvolveu o implemento de ponta a ponta,

carregando toda sua expertise para o projeto. É um implemento

robusto, com mais de 5 toneladas de peso total e 2,5 metros de

largura. Seu rotor funciona a 1000 rpm (rotações por minuto)

com 104 ferramentas (bits) feitos em aço especial, que realizam

o trabalho no solo a até 20 cm de profundidade, oferecendo ao

cliente uma atuação personalizada e eficiente.

Um dos principais diferenciais da Thor ST está no seu sistema

acoplado para a pulverização de água ou outro líquido no solo

durante sua operação, a fim de que o solo atinja a umidade ótima

para a manutenção da estrada. “A Thor ST atua em conjunto com

outro implemento dedicado a aplicação do cimento na estrada;

este vai à frente do trator e assim, o conjunto torna a operação

muito mais simples, rápida e eficiente. Isso só foi possível graças

ao trabalho do nosso time de engenharia e das grandes parcerias

que temos realizado em nossa caminhada no setor florestal que

nos proporcionam essas oportunidades”, exalta Willian.

Willian Watanabe, diretor comercial da Watanabe e

Milton Watanabe, diretor industrial da Watanabe

A Linha Thor, que começou como

um projeto para a trituração de

pedra, é a marca desse trabalho

e agora, com a ST, temos novos

objetivos para conquistar

William Watanabe,

diretor comercial

44 www.referenciaflorestal.com.br

came stone crushers, essential for preparing agricultural land in the

Cerrado. From this experience in crushing, the transition to road

stabilization and surfacing was natural. The technology used to clear

agricultural land also proved efficient for rehabilitating secondary

roads, so it was easy to adapt the machine to this new application,”

says Milton Watanabe.

The Thor ST complements the Thor line, which was introduced

two years ago and has already become very successful in the forestry

segment, where it prepares the ground for planting new crops.

Powered by the tractor’s power take-off, the Thor ST requires 250

horsepower to operate and deliver significant field results. “This

machine has all the tools needed to properly recycle and stabilize

the road, which optimizes forest transportation logistics and reduces

operating costs,” says Industrial Director Milton Watanabe.

The Thor ST is a 100% nationally produced product, developed

from start to finish, with all the expertise in the Country. It is a robust

machine with a weight of over 5 tons and a width of 2.5 meters. Its

rotor rotates at 1000 rpm with 104 tools (bits) made of special steel

that work in the soil up to 20 cm deep, offering the customer personalized

and efficient performance.

One of the main features of the Thor ST is its coupled system for

spraying water or another liquid on the ground during operation so

that the soil reaches the optimum moisture for road maintenance.

“The Thor ST works in conjunction with another machine designed to

spread cement on the road, with the Thor ST installed in front of the

tractor, making the operation much easier, faster, and more efficient.

This has only been possible thanks to the work of our engineering

team and the great partnerships we have made in our journey in


Por ser desenvolvida e fabricada no Brasil, a Thor tem mais

um diferencial que Willian não cansa de valorizar: facilidade de

manutenção e velocidade para reposição de peças. “Desenvolver

tudo dentro de nossa fábrica nos coloca um passo à frente dos

nossos concorrentes. Temos tudo que um cliente possa solicitar

com prontidão, soluções únicas e personalizadas e, claro, um

custo-benefício sem comparação: a Thor ST tem um valor de

mercado muito abaixo de suas concorrentes”, ressalta Willian.

FUTURO

“Somos uma empresa familiar, que começou com meu avô

há 55 anos e mantemos presente em nossas atividades tudo que

ele ensinou para meu pai e minha tia, e que agora eles repassam

para a terceira geração da empresa: eu e meus primos”, destaca

Willian. Essa essência de empresa pequena é algo que se mantém

dentro daquilo que a Watanabe acredita, que coloca Willian

e seu pai, Milton, sempre à disposição de clientes em todos os

cantos do Brasil.

Nos últimos anos, a empresa expandiu seu parque fabril,

triplicando a área de produção, chegando a 10 mil m² (metros

quadrados), dobrou o corpo de funcionários e reforçou seu

compromisso em oferecer soluções nacionais e exclusivas para

seus clientes. “Mudamos o slogan da Watanabe para: Forjados

na Terra; para sempre lembrarmos de onde viemos e o que nos

fez fortes através dos anos: dedicação máxima, trabalho pesado

e cuidado com os clientes”, orgulha-se Willian.

the Forestry Sector that have given us these opportunities,” says

Willian Watanabe.

Designed and built in Brazil, the Thor has another difference that

the Director of Sales never tires of appreciating: ease of maintenance

and speed of parts replacement. “Developing everything in our factory

puts us one step ahead of our competitors. We have everything

a customer could ask for: unique and customized solutions and, of

course, unparalleled value for money: the Thor ST has a sales value

far below that of our competitors,” Willian Watanabe points out.

THE FUTURE

“We are a family business that started with my grandfather 55

years ago, and we keep in mind everything he taught my father and

aunt, which they have now passed on to the third generation of the

Company: my cousins and myself,” says the Director of Sales. This

essence of a small company is something that Watanabe believes

in, which makes Willian and his father, Milton, always available to

customers in every corner of Brazil.

In recent years, the Company has expanded its industrial park,

tripling its production area to 10 thousand square meters, doubling

its workforce, and strengthening its commitment to providing national

and exclusive solutions for its customers. “We have changed

Watanabe’s slogan to: Forged in the Earth; to always remember

where we come from and what has made us strong over the years:

maximum dedication, hard work, and care for customers,” says

Willian Watanabe proudly.

Março 2025

45


MANEJO

Novas áreas

DE ATUAÇÃO

Concessões de manejo florestal

sustentável marcam 2025 do

Estado do Pará e Amazonas

Foto: divulgação

46 www.referenciaflorestal.com.br



MANEJO

O

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social) firmou em

Belém (PA), o contrato de estruturação

de projetos com o Ideflor-Bio (Instituto

de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade

do Estado do Pará). Pelo contrato, o banco vai

prestar serviços técnicos de apoio, avaliação, estruturação

e implementação de projetos de concessões florestais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador

Hélder Barbalho, participam da cerimônia de assinatura

do contrato.

Uma das unidades de conservação a serem objeto de

concessão é a Floresta Estadual do Paru (Flota do Paru).

Ela ocupa uma área de mais de 3,6 milhões de ha (hectares),

distribuída pelos municípios de Alenquer, Almeirim,

Monte Alegre e Óbidos, no Baixo Amazonas, sendo 305

mil ha de área de efetivo manejo.

A outra floresta pública a ser concedida é a Flota do

Iriri, no município de Altamira (PA), no Sul do Estado.

Com área total de 440 mil ha, a unidade de conservação

conta com cerca de 222 mil ha de área de efetivo

manejo. As duas florestas públicas ocupam, juntas, uma

área próxima ao tamanho do Estado do Rio de Janeiro,

distribuída em cinco municípios paraenses. “As concessões

que terão o modelo estruturado pelo BNDES têm

como objetivo permitir a prática de atividades de manejo

florestal sustentável voltado à exploração de produtos

florestais madeireiros e não madeireiros e serviços florestais.

Além de proteger a biodiversidade, mantém o

equilíbrio ecológico, promove o desenvolvimento sustentável

das comunidades locais, reduz o desmatamento e

ajuda a mitigar as mudanças climáticas”, explica o diretor

de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES,

Nelson Barbosa.

Em relação ao Amazonas, foi realizado o lançamento

de edital para concessão do manejo florestal sustentável

na Floresta Nacional do Jatuarana, localizada no sul do

Estado. O lançamento ocorreu na sede do Ministério do

Meio Ambiente e Mudança do Clima, com a presença da

ministra Marina Silva e do diretor-geral do SFB (Serviço

Florestal Brasileiro), Garo Joseph Batmanian.

O BNDES estruturou o modelo de concessão da

Jatuarana para o SFB, com manejo florestal que adota

práticas sustentáveis de exploração de impacto reduzido,

com o controle para a regeneração natural das florestas.

O projeto está qualificado no PPI (Programa de Parcerias

de Investimento) do governo federal.

Contratos de concessão para manejo florestal têm a

duração de até 40 anos, e valorizam a preservação florestal

como atividade econômica e desenvolvimento social.

Foto: Tarcisio Schnaider

48 www.referenciaflorestal.com.br


MUDAS DE

ARAUCÁRIA

ENXERTADA

(produção precoce do pinhão)

Variedades;

BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428

Porte mais baixo;

Maior produtividade;

Mudas com produção precoce

(média de 6 a 8 anos de idade).

BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC


MANEJO

O projeto da Jaturana prevê investimentos em infraestrutura

de mais de R$ 430 milhões e de R$ 3,4 bilhões nos

serviços de operação, ao longo do período de concessão.

A estimativa é de criação de 1,5 mil empregos diretos e

indiretos.

“O manejo florestal sustentável é essencial para a

preservação da Amazônia porque protege a biodiversidade,

mantém o equilíbrio ecológico, promove o desenvolvimento

sustentável das comunidades locais, reduz o

desmatamento e ajuda a mitigar as mudanças climáticas.

Essas práticas garantem que a exploração dos recursos

naturais ocorra de forma responsável, assegurando a

regeneração das espécies e a continuidade dos serviços

ecossistêmicos vitais, como a regulação do clima e a oferta

de água potável”, explicou Nelson Barbosa.

Além de proteger a

biodiversidade, mantém

o equilíbrio ecológico,

promove o desenvolvimento

sustentável das comunidades

locais, reduz o desmatamento

e ajuda a mitigar as

mudanças climáticas

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

A licitação será realizada em 21 de maio de 2025, na

sede B3 em São Paulo (SP), e será dividida em quatro lotes,

as chamadas UMFs (Unidades de Manejo Florestal).

A área em que será realizado o manejo corresponde a

453 mil ha e representa isoladamente um aumento de

34% na área já concedida atualmente (1,3 milhão de ha).

O projeto destina uma série de compartilhamentos

de benefícios com os atores da região. As outorgas, previstas

em aproximadamente R$ 1 bilhão, ao longo dos 40

anos da concessão, são divididas com o estado (30%) e

os municípios abrangidos (30%).

Além disso, o projeto prevê a destinação de R$ 70

milhões para encargos acessórios, que são obrigações

adicionais que os concessionários devem cumprir, além

das atividades principais de manejo florestal. Envolvem a

realização de investimentos em projetos socioambientais

especificados em cada contrato de concessão. No caso da

Flona do Jatuarana, 15% dos valores devem ser investidos,

necessariamente, no apoio a comunidades indígenas

no entorno das UMFs.

Foto: divulgação

50 www.referenciaflorestal.com.br


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SOLO

Uso do Anel de Nelder

na silvicultura:

HISTÓRICO, APLICABILIDADE E CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS

Por

Jhuan Lucas Melo Maciel - Consultor Florestal | Doutor em Ciência Florestal

Pedro Francio Filho - Consultor Florestal | Engenheiro Agrônomo | Diretor Francio Soluções Florestais

Fotos: Francio Soluções Florestais

O

setor florestal desempenha um papel estratégico

na economia global, sendo essencial

para a produção de madeira, celulose e

produtos derivados. Sabendo-se desta

importância em todas as implantações das

novas áreas florestais, precisamos definir o melhor espaçamento

de forma parametrizada, analisando com cautela,

pois existem diversos aspectos que devem ser considerados

na tomada de decisão, como as condições edafoclimáticas

do local, o objetivo do plantio, o formato da copa da variedade

testada, além das análises de modelos de crescimento

ao longo do ciclo, garantindo assim, a máxima eficiência e

sustentabilidade da produção.

A definição do espaçamento ideal entre árvores é um

fator crítico para maximizar a produtividade florestal, impactando

diretamente o crescimento das plantas, a eficiência

no uso dos recursos e a qualidade final da madeira. O ajuste

adequado da distribuição das plantas permite reduzir a competição

por água, luz e nutrientes, otimizando a produção e

garantindo maior sustentabilidade aos plantios. Além disso,

fatores ambientais, genéticos e operacionais devem ser

considerados durante escolha do espaçamento. Por exemplo,

em regiões com solos pobres e baixa disponibilidade

hídrica, um espaçamento maior pode reduzir a competição

entre as árvores, favorecendo seu desenvolvimento. Já

em áreas com solo fértil e alta umidade, um espaçamento

menor pode maximizar a produtividade sem comprometer

o crescimento das plantas.

No Brasil, a maioria dos espaçamentos utilizados nas

plantações de Eucalyptus sp., resultam em densidades

que variam de 900 a 2500 árvores por hectare. Embora

esses valores sejam amplamente utilizados, a escolha do

espaçamento ideal pode impactar significativamente a

produtividade e a sustentabilidade do plantio. Por isso, a

realização de experimentos é essencial para compreender

os efeitos de diferentes arranjos espaciais no crescimento

das árvores, permitindo a definição de estratégias mais

Vista aérea do Anel de

Nelder (implantação),

durante a subsolagem das

linhas de plantio

eficientes para cada condição específica. Nesse contexto, o

Anel de Nelder, um método experimental de disposição de

plantas em formato radial, tem sido amplamente utilizado

para avaliar a interação entre densidade e crescimento.

Esse método, tem se mostrado eficaz em diversas regiões

do mundo, incluindo o Brasil, otimizando a definição do

melhor espaçamento para diferentes materiais genéticos

em distintas condições edafoclimáticas.

HISTÓRICO DO ANEL DE NELDER

Na década de 1960, o estatístico John Nelder, propôs

pela primeira vez o método para estudos agrícolas. No

entanto, rapidamente, encontrou aplicação na silvicultura

nacional e foi adaptado por Stape, especialmente para espécies

de rápido crescimento, como o eucalipto. A estrutura

concêntrica do anel permite que diferentes espaçamentos

sejam testados em uma única unidade experimental, otimizando

o uso da área e proporcionando uma melhor avaliação

da resposta das plantas à densidade de plantio.

O desenho do Anel de Nelder é composto por um formato

de leque, com o espaçamento entre árvores variando com

52 www.referenciaflorestal.com.br


Detalhe da estrutura radial

do Anel de Nelder aplicada à

silvicultura de eucalipto

Vista superior do Anel de Nelder,

detalhes para os diferentes

espaçamentos no experimento

a distância radial de um ponto central, e a amplitude dos espaçamentos

por planta variando de 0,94 a 63,62 m²/árvore,

sendo fornecedor das mesmas informações do bloco clássico

de parcelas retangulares. É bastante recomendado para ser

implementado no auxílio da tomada de decisão, pelo fato de

uma área pequena fornecer parâmetros úteis para definir o

espaço apropriado, com o objetivo de aumentar questões

silviculturais, como operações e testes de novos genótipos

além de testar uma ampla gama de espaçamentos.

ESCOLHA DO ESPAÇAMENTO IDEAL

A definição do espaçamento ideal para plantios florestais

depende de múltiplos fatores, incluindo:

Objetivo do plantio: produção de madeira para celulose

e biomassa, madeira para serraria e laminação e sistemas

silvipastoris, ou integração ILPF.

Fatores edafoclimáticos: regiões com déficit hídrico, demandam

espaçamentos maiores para reduzir a competição

por água; solos pobres exigem menor densidade para evitar

competição excessiva; áreas com ocorrência de ventos fortes

necessitam de espaçamentos que favoreçam a estabilidade

mecânica das árvores.

Prática de instalação do experimento

no campo, utilização de corda e

transferidor para formação dos raios

Características genéticas e fenotípicas: genótipos mais

vigorosos, podem requerer espaçamentos maiores para evitar

competição intensa; espécies e híbridos de crescimento

acelerado, podem se beneficiar de ajustes no espaçamento

inicial, havendo a necessidade de conhecer o espaçamento

ideal para cada material genético. Manejo e colheita

florestal: a mecanização da colheita, exige espaçamentos

compatíveis com a passagem de máquinas e a possibilidade

de desbastes planejados.

TRABALHOS DESENVOLVIDOS COM ANEL

DE NELDER NO BRASIL E NO MUNDO

No Brasil, o uso do Anel de Nelder tem crescido significativamente,

principalmente em empresas de base florestal

e instituições de pesquisa. Estudos conduzidos por universidades

e centros de pesquisa, como a EMBRAPA e o IPEF,

demonstram que essa metodologia é altamente eficiente na

determinação da densidade ideal de plantio para maximizar

o volume de madeira e a qualidade dos produtos florestais.

Fora do Brasil, países como Paraguai, Austrália, África

do Sul e Chile utilizam essa abordagem para entender como

diferentes materiais genéticos respondem às variações de

espaçamento, possibilitando, desta forma, ajustes na silvicultura

clonal e na condução florestal. A flexibilidade do

método permite sua aplicação em diferentes tipos de solos

Anel de Nelder ideal, testes de diferentes

genótipos e suas respostas ao espaçamento

Croqui para instalação do experimento, detalhando

o número de linhas e o espaçamento entre clones

avaliados, utilizando subsolagem georreferenciada

com o auxílio do GPS no maquinário

Março 2025

53


SOLO

Anel de Nelder após a atividade de

plantio, visão do núcleo mais adensado

com 6 meses de idade

Espaçamento ideal escolhido, específico para aquela região, após a

definição de um anel de Nelder instalado anteriormente, mostrando o

espaçamento ideal conforme o desenvolvimento das copas e dos fustes

e regimes de manejo, tornando-o uma ferramenta valiosa

para a otimização do cultivo de eucalipto.

USO E APLICAÇÃO PRÁTICAS

O Anel de Nelder é especialmente útil em programas

de melhoramento genético e estudos da Ecofisiologia florestal.

Entre suas principais aplicações na silvicultura com

eucalipto, destacam-se:

• Determinação do espaçamento ideal para maximizar

o crescimento e reduzir a competição por luz,

água e nutrientes.

• Avaliação do desempenho de clones sob diferentes

condições de manejo e regimes hídricos.

• Estudos de interação entre genótipos e ambiente,

fundamentais para recomendações de plantio em

regiões com restrições edafoclimáticas.

• Otimização da produtividade florestal, reduzindo

custos de insumos e manejo, além de melhorar a

qualidade da madeira produzida.

climáticas e pela demanda crescente por madeira, o uso do

Anel de Nelder torna-se ainda mais relevante, permitindo o

desenvolvimento de florestas mais resilientes e produtivas.

A adoção desse método por empresas e pesquisadores

continuará a impulsionar a inovação no setor florestal,

contribuindo, desta forma, para um manejo mais eficiente

e fundamentado em bases científicas sólidas. Assim, o uso

estratégico do Anel de Nelder, consolida-se como uma

prática essencial na busca por maior competitividade e sustentabilidade

na silvicultura de eucalipto. O anel de Nelder,

normalmente é composto de 432 plantas, sendo 360 plantas

para avaliação de espaçamentos, variedades e/ou tratamentos;

e 72 utilizadas para efeito de borda (interno e externo).

A área necessária é de aproximadamente 0,6 hectares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Anel de Nelder, apresenta-se como uma ferramenta

de grande valor na silvicultura moderna, permitindo uma

abordagem experimental eficiente para definir estratégias

de manejo e espaçamento. Sua aplicação em pesquisas e no

setor produtivo, tem contribuído significativamente para o

aprimoramento da silvicultura, fornecendo subsídios científicos

para o aumento da produtividade e sustentabilidade

dos plantios. Diante dos desafios impostos pelas mudanças

54 www.referenciaflorestal.com.br


Participe da Conferência

de Usuários Remsoft da

América do Sul 2025

A Conferência de Usuários REMSOFT da América do Sul 2025 será realizada dias 09 e 10 de Abril em

São José dos Campos-SP. O evento ocorre somente a cada 02 anos, em 2023 reuniu mais de 30 empresas

de 04 países de nosso continente. Esta de 2025 será a maior de todas já realizadas pela Remsoft.

As Conferências Remsoft reúnem empresas florestais

de diversos portes e segmentos para apresentações

de trabalhos, networking profissional, intercambio

técnico e experiências na área de planejamento

florestal. A Remsoft também traz novidades

e tendências em primeira mão.

A diversidade das empresas florestais presentes,

cada qual com seu contexto de aplicação e vivência

em planejamento florestal, constituem uma riqueza

única das Conferências da Remsoft, sendo um

incrível encontro em planejamento florestal.

As inscrições estão abertas (por ordem de inscrição),

porém poucas vagas ainda estão disponiveis.

Na última edição (ano 2023), as vagas se esgotaram

bem antes do evento.

Para maiores informações:

https://remsoft.com/events/remsoft-south-american-user-group-conference-2025/

9 a 10 de abril de 2025

Novotel de São José dos Campos - SP

Brasil

Inscreva-se

agora!


RESTAURAÇÃO

FLORESTA

que se recupera

56 www.referenciaflorestal.com.br


Cientistas criam indicadores para

monitorar a regeneração natural

de florestas na Amazônia

Fotos: divulgação

Março 2025

57


RESTAURAÇÃO

U

m estudo inovador realizado por pesquisadores

brasileiros e publicado na última

edição da revista britânica Communications

Earth & Environment, do grupo Nature,

apresenta indicadores ecológicos e valores

de referência para avaliar a efetividade da regeneração natural

como forma de restaurar florestas na Amazônia.

A pesquisa revela que a integridade ecológica, ou seja,

a capacidade de restauração ecológica das florestas secundárias,

diminui com a duração do uso anterior do solo e o

nível de desmatamento da paisagem. A regeneração natural

é mais eficiente como método de restauração ecológica

em áreas que foram pouco usadas para agricultura ou pastagem

no passado, que possuam quantidade expressiva de

floresta no entorno e que tenham sofrido poucos eventos

de corte e queima.

O trabalho é resultado do projeto Regenera, financiado

pelo CNPq e desenvolvido no âmbito do programa Sinbiose

(Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos),

estrutura de pesquisa inovadora no cenário

nacional, criada para integrar informações de diferentes

disciplinas para gerar conhecimento novo e relevante, dos

pontos de vista científico e social.

Ao alinhar ciência básica e aplicação prática, o estudo

reforça o papel da regeneração natural como uma solução

eficiente e de baixo custo para restaurar ecossistemas florestais

e apresenta ferramentas para garantir uma restauração

ecológica eficiente. A aplicação de indicadores ecológicos

também permite um monitoramento mais preciso

e garante que o Brasil avance em direção ao cumprimento

de suas metas ambientais globais.

Para avaliar se uma floresta em regeneração está

realmente sendo capaz de restaurar o ecossistema nativo,

o estudo propôs indicadores e valores de referência, que

incluem medidas de diversidade, função e estrutura da vegetação.

Para cada indicador, foram estimados os valores

mínimos que uma floresta deve ter para ser considerada

eficiente na restauração ecológica.

Esses valores de referência foram modelados com

base no maior banco de dados de florestas regenerantes

da Amazônia, que inclui 448 florestas em regeneração na

Amazônia brasileira. Os autores da publicação estimaram

que uma floresta em regeneração com 20 anos de idade,

por exemplo, deve ter no mínimo 14 m2/ha (metros

58 www.referenciaflorestal.com.br


Grupo

Sindimade/Floema

União de ideias em prol da classe madeireira.

Desde 2009 os associados buscam

estratégias para alavancar a economia

local, regional e mundial com a busca de

tecnologias e ferramentas de gestão para

ampliar o setor madeireiro do Alto Vale do

Itajaí, em Santa Catarina.

Uma das dores do setor é a busca por

matéria-prima de qualidade, muitas vezes

se deslocando para outros Estados.

Em 2022 criou o

Programa Refloresta Alto Vale.

Seu objetivo é disseminar informações

técnicas em parceria com a EPAGRI

mostrando como obter uma floresta

comercial de Pinus e Eucaliptus rentável,

com alta liquidez e com sua venda

garantida para uma empresa próxima da

sua propriedade.

Conheça o programa Refloresta Alto Vale, acesse:

www.reflorestaaltovale.com.br

@reflorestaaltovale no Facebook,

Instagram e Youtube

(47) 3521-2870

contato@sindimadefloema.com.br

Rua Prefeito Wenceslau Borini, 2690 - Sala 02F

Canta Galo - Rio do Sul - SC - CEP: 89.163-026

Apoio:


RESTAURAÇÃO

quadrados por hectare) de área basal, 34 espécies a cada

100 indivíduos amostrados, um valor de 0,27 de índice de

heterogeneidade estrutural, que é a variação no tamanho

dos troncos das árvores, e, pelo menos, 123 megagramas

por hectare de biomassa viva acima do solo. Florestas

regenerantes na Amazônia que apresentem indicadores

abaixo desses valores estão aquém do potencial de restauração

da região, indicando a necessidade de intervenções

para acelerar a restauração.

A informação é considerada pelos pesquisadores como

um grande passo para permitir o monitoramento adequado

da restauração florestal e para definir o cumprimento

de obrigações legais, como a Lei de Proteção da Vegetação

Nativa do Brasil e compensações por danos ambientais.

Com um compromisso ambicioso de restaurar 12 milhões

de ha (hectares) até 2030, em conformidade com o Acordo

de Paris, o Brasil enfrenta o desafio de transformar até

60 milhões de ha de áreas degradadas em ecossistemas

restaurados. Nesse contexto, a regeneração natural das

florestas destaca-se como uma estratégia promissora por

garantir a recuperação da vegetação nativa local com baixo

custo. Esse método é empregado em 67,5% dos projetos

de restauração no Brasil, de acordo com o Observatório da

Restauração.

Para o autor principal do estudo, o pesquisador de

pós-doutorado da UFSC (Universidade Federal de Santa

Catarina), André Giles, a incerteza sobre a efetividade do

processo de restauração gera insegurança para proprietários,

investidores e órgãos ambientais. “Nosso trabalho dá

o primeiro passo para enfrentar essa subjetividade, oferecendo

ferramentas claras para a tomada de decisões sobre

quando atestar que a regeneração natural cumpriu seu

papel como método de restauração”, aponta André.

Primeiros anos da regeneração natural após a prática

de agricultura de corte e queima. Ao fundo, destaca-se

uma floresta em regeneração com mais de vinte anos,

evidenciando diferentes estágios sucessionais no mesmo

ambiente.

Segundo uma das autoras do artigo, a pesquisadora

do Inpa (Instituto Nacional da Amazônia) e secretária de

Projetos de síntese científica

com apoio, que integram

gestores públicos, como

este, são essenciais para

a definição de melhores

políticas públicas e para

informar a tomada de decisão

Catarina Jakovac, autora sênior do

estudo e vice-coordenadora do projeto

Regenera

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VEM AÍ!

01 DE DEZEMBRO DE 2025

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RESTAURAÇÃO

Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA (Ministério

do Meio Ambiente). Rita Mesquita, o estudo representa

um marco para restauração na Amazônia. “Agora

temos parâmetros científicos precisos para avaliar a saúde

de nossas florestas em regeneração, o que é fundamental

para o sucesso de nossos compromissos com a restauração

da vegetação nativa, conservação da biodiversidade e metas

de enfrentamento à mudança do clima”, afirma Rita.

Na Amazônia, florestas regenerantes cobrem aproximadamente

18,9 milhões de ha do bioma. A pesquisadora

do Museu Paraense Emílio Goeldi e bolsista de Produtividade

em Pesquisa do CNPq, Ima Vieira, também coautora

do estudo, complementa a opinião de Mesquita, ressaltando

as contribuições da pesquisa. “Não se trata apenas de

plantar árvores, mas de reconstruir ecossistemas complexos.

Nossos indicadores mostram exatamente como fazer

isso de forma eficiente e mensurável”, observa Ima.

Professora da UFSC e bolsista de Produtividade em

Pesquisa do CNPq, Catarina Jakovac, cientista apoiada

pelo Instituto Serrapilheira, autora sênior do estudo e

vice-coordenadora do projeto Regenera, ressalta que o

estudo representa uma ponte importante entre a ciência,

as práticas de restauração ecológica e a implementação

das políticas públicas de recuperação da vegetação nativa

no Brasil. “Projetos de síntese científica com apoio, que

integram gestores públicos, como este, são essenciais para

a definição de melhores políticas públicas e para informar

a tomada de decisão”, observa Catarina.

“Os resultados do projeto Regenera são um ótimo

exemplo do que pretende em última análise o programa

SinBiose como modelo inovador de fomento à pesquisa:

disponibilizar a melhor informação científica disponível

para a tomada de decisão e políticas públicas na área de

Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos”, explica a secretária

executiva do Sinbiose, Marisa de Araújo Mamede.

Segundo Marisa, a abordagem de síntese inter e transdisciplinar

tem se mostrado muito eficaz, e seus impactos

devem ser compreendidos não somente na academia,

mas também na sociedade. “Sobretudo na área de gestão

ambiental, no caso do Sinbiose”, completa. Além da publicação,

o estudo gerou uma nota técnica que detalha os

indicadores para cada estado brasileiro do bioma amazônico.

A nota, realizada em colaboração com o Ibama, o MMA

(Ministério do Meio Ambiente) e o ICMBIO (Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade), está disponível

no site do projeto Regenera.

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DE 07 A 09

DE OUTUBRO DE 2025

3°encontro técnico de compostagem

2025

feira brasileira de compostagem

LOCAL: ENGENHO CENTRAL EM PIRACICABA (SP)

MAIS INFORMAÇÕES: www.composhow.com.br

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LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

O QUE É UM ADUBO ORGÂNICO:

BENEFÍCIOS E APLICAÇÕES

Uma abordagem sustentável para a agricultura

Fotos: divulgação

64 www.referenciaflorestal.com.br


O

adubo orgânico, também conhecido

como fertilizante orgânico, é um composto

natural derivado de materiais de origem

vegetal ou animal. Esses fertilizantes

são amplamente utilizados na agricultura

regenerativa por seus múltiplos benefícios ao solo e às

plantas, promovendo uma produção agrícola mais saudável

e ambientalmente amigável.

Existem vários tipos de adubos orgânicos, cada um

com características específicas que atendem a diferentes

necessidades agrícolas.

Atualmente são considerados compostos orgânicos

todos as misturas de resíduos orgânicos independente

da sua característica ou origem (urbana ou rural), que

passam por um processo de decomposição controlada.

Este tipo de adubo melhora a estrutura do solo, aumenta

a capacidade de retenção de água e fornece nutrientes

essenciais.

Lembre-se de que

a aplicação de

adubo orgânico é

apenas uma parte

do processo de

manutenção do solo

Março 2025

65


COMPOSTAGEM

Popularmente alguns resíduos orgânicos sem pré-tratamento

também são conhecidos como adubo orgânico:

a) O esterco é um dos adubos orgânicos mais

antigos e usados, proveniente de fezes de animais como

vacas, galinhas e cavalos. Ele é rico em nitrogênio, fósforo

e potássio, nutrientes cruciais para o crescimento das

plantas.

b) A farinha de ossos é feita a partir de ossos

moídos de animais e é uma excelente fonte de fósforo e

cálcio, ajudando no desenvolvimento das raízes e na floração.

c) A turfa é um material esponjoso extraído de

pântanos, muito eficaz em melhorar a capacidade de

retenção de água do solo e em fornecer nutrientes de

forma lenta e sustentada.

A utilização de adubos orgânicos oferece uma série

de vantagens, tanto para o agricultor quanto para o meio

ambiente.

A produção de adubos orgânicos utiliza resíduos que,

de outra forma, seriam descartados. Isso ajuda a reduzir

a quantidade de lixo e a promover um ciclo sustentável

de nutrientes.

Os fertilizantes orgânicos promovem a biodiversidade

do solo ao criar um ambiente propício para a proliferação

de organismos benéficos, como minhocas e microrganismos,

que ajudam na decomposição da matéria orgânica

e na disponibilização dos nutrientes para as plantas. Ao

contrário dos fertilizantes químicos, os adubos orgânicos

não causam a lixiviação de nutrientes para os lençóis

freáticos, reduzindo assim a poluição da água.

COMO APLICAR ADUBO ORGÂNICO

A aplicação correta do adubo orgânico é crucial para

maximizar seus benefícios.

• O adubo orgânico deve estar completamente

decomposto antes de aplicá-lo, pois isso ajudará a evitar

a competição por nutrientes com as plantas.

• Aplicar adubo orgânico em excesso, pode causar

danos às plantas e ao solo quando os nutrientes tiverem

taxas elevadas na sua composição.

• A análise do solo antes de aplicar adubo orgânico

para determinar as necessidades nutricionais específicas

do solo.

Lembre-se de que a aplicação de adubo orgânico é

apenas uma parte do processo de manutenção do solo. É

importante também manter o solo bem drenado, arejado

e com uma boa estrutura para promover o crescimento

saudável das plantas.

O futuro da agricultura depende de práticas que

respeitem e preservem a natureza, e o adubo orgânico

desempenha um papel central nesta missão. Adotar fertilizantes

orgânicos é um passo importante para garantir

a sustentabilidade e a produtividade agrícola a longo

prazo.

Pergunte ao Tomita

Caso tenha alguma dúvida sobre

o sistema de compostagem,

envie sua pergunta para o e-mail

jornalismo@revistareferência.com.br e

saiba tudo sobre compostagem florestal.

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TECNOLOGIA

Cadeia de custódia

GANHA FORÇA

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Integração de dados ajuda a

conter desmatamento ilegal

na Amazônia

Fotos: divulgação

Março 2025

69


TECNOLOGIA

O

desmatamento na Amazônia já foi considerado

uma situação fora de controle. Índices

recentes, porém, indicam tendência de

redução, devido principalmente aos mecanismos

de controle implementados e às

pesquisas científicas que viabilizaram um monitoramento

eficaz das florestas. São várias vertentes de soluções nascendo

dentro das universidades e uma delas, a que auxilia

a conter a extração ilegal de madeira no Brasil, foi destacada

na revista Nature Sustainability.

Um dos autores do artigo e coordenador do projeto

é o professor Luis Gustavo Nonato, do ICMC (Instituto de

Ciências Matemáticas e de Computação) da USP (Universidade

de São Paulo) e pesquisador do Cepid-CeMEAI.

Segundo ele, a base do estudo está na análise da rede de

comércio madeireiro no Brasil. “Ao implementar mecanismos

de controle e regulamentações, o governo brasileiro

conseguiu impactos positivos nas taxas de desmatamento”,

valorizou Luis. “Ao mesmo tempo, produziu dados importantes

sobre o comércio madeireiro, uma vez que todo

produto resultante da extração de madeira, desde toras

brutas até madeira processada, que devem ser registrados

nos sistemas de controle a fim de serem transportados e

Mostramos ainda como

a análise da cadeia de

suprimentos pode aumentar

consideravelmente a

confiança de consumidores

na legalidade dos produtos

de madeira adquiridos

Luis Nonato, coordenador do

projeto

70 www.referenciaflorestal.com.br


comercializados, permitindo a modelagem e análise da

rede madeireira ao longo do tempo”, complementou o

pesquisador.

Luis observa que o grande desafio foi a integração de

dados oriundos dos três principais sistemas de controle

operando no Brasil, pois este estudo integra dados desses

sistemas para criar redes de comércio de madeira, que ajudam

a identificar empresas ou grupos que operam fora dos

padrões esperados. “Também propomos um método para

rastrear prováveis cadeias de suprimentos de empresas

madeireiras, abordando preocupações governamentais de

longa data sobre a rastreabilidade da madeira”, explicou

Luis.

Entre os resultados, o estudo demonstra que certos

componentes da rede de comércio de madeira operam

sem conexões com florestas licenciadas, sugerindo que

madeira não registrada é inserida nesses componentes, o

que é ilegal. “Mostramos ainda como a análise da cadeia

de suprimentos pode aumentar consideravelmente a

confiança de consumidores na legalidade dos produtos de

madeira adquiridos”, apontou Luis.

O trabalho publicado na Nature Sustainability foi

desenvolvido em parceria com Victor Russo, Bernardo

Costa, Felipe Moreno Vera, Guilherme Toledo, Osni Brito

de Jesus, Robson Vieira, Marco Lentini e Jorge Poco. O

pesquisador explica que a abordagem faz uso de dados já

existentes nos sistemas de controle, evitando o emprego

de tecnologias economicamente custosas e de difícil implementação,

considerando que sistemas de rastreamento

mais eficientes tendem a reduzir fraudes.

Para ele, além da redução do desmatamento ilegal em

si e da preservação da biodiversidade, a confiabilidade sobre

a origem dos produtos adquiridos aumenta a competitividade

da madeira amazônica no mercado global, atraindo

investimentos sustentáveis que fortalecem o setor. “Estamos

contribuindo ainda com a melhoria nas condições

de trabalho e beneficiando as comunidades locais, uma

vez que a extração e o comércio ilegal fomentam conflitos

sociais que impactam principalmente as populações mais

vulneráveis”, complementou Luis.

Outro fator importante a ser destacado, segundo o

pesquisador, é o fato de o modelo proposto ser adaptável

a outros contextos, viabilizando soluções para problemas

semelhantes que envolvam a modelagem e análise de redes

comerciais e cadeias de suprimentos, abrindo caminho

para projetos novos.

O artigo completo pode ser lido aqui:

https://www.nature.com/articles/

s41893-024-01491-8

Março 2025

71


ARTIGO

Métodos de mensuração

da altura de clones de

EUCALIPTO

Fotos: divulgação

72 www.referenciaflorestal.com.br


NATÁLIA CÁSSIA DE FARIA FERREIRA

UEG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

GABRIEL VENÂNCIO PEREIRA MARIANO

UESB (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA)

VANUZA PEREIRA GARVIA DA SILVA

UEG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

LILIAN CRISTINA DA SILVA SANTOS

UEG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

ERIKSON LEONARDO SANTOS MIRANDO

UEG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

ISADORA LOPES PIRES

UEG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

VAGNER SANTIAGO DO VALE

UEG (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

Março 2025

73


ARTIGO

RESUMO

Aaltura total das árvores refere-se a um dos

componentes de maior custo na realização

de inventários florestais, o que revela a

necessidade de novas ferramentas que auxiliem

na economia de tempo e capital. O

objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência, praticidade

e tempo no processo de mensuração de árvores de eucalipto

através da aplicabilidade de distintos métodos. O

experimento foi realizado em plantio de Eucalyptus urograndis

dispostos em três renques, situado no município

de Ipameri, Goiás. O plantio possuía sete anos de idade

plantados em linhas duplas (3m x 2m x 17m - metros).

Foram mensuradas 55 árvores, com a avaliação da altura

total (H). As aferições foram realizadas através do aplicativo

telemóvel Smart Measure v. 1.6, clinômetro digital

Haglof e o método da vareta. Com base nas avaliações,

não houve diferença estatística para a mensuração da

altura total de árvores de eucalipto para as avaliações

realizadas com clinômetro e aplicativo, com destaque a

utilização do aplicativo telemóvel Smart Measurev. 1.6,

em função a redução no tempo da mensuração realizada.

Deste modo sendo considerado como um método

alternativo viável, prático, versátil e gratuito.

INTRODUÇÃO

Diante das crescentes questões socioambientais

referentes as florestas tropicais e reflorestamento, a

produção de eucaliptos recebe cada vez mais espaço no

mercado madeireiro, pois as florestas plantadas garantem

o suprimento de matéria-prima para as indústrias

de base florestal, assim como colaborar com o estoque

de carbono atmosférico em sua biomassa, de modo contribuir

com a redução das alterações climáticas (Miguel

et al., 2014). A partir da quantificação estrutural do dossel

é possível ter a estimativa da biomassa acima do solo

assim como estoque de carbono das florestas (Ribas;

Elmiro, 2013).

As florestas plantadas respondem por mais 85% da

74 www.referenciaflorestal.com.br


madeira consumida no país, com representatividade de

6,1% no PIB industrial, o que revela grande impacto na

economia brasileira (Ibá, 2018). A mensuração florestal

é um importante elemento no manejo florestal de florestas

plantadas, pois disponibiliza dados quali-quantitativos

da floresta, contribuindo com maior precisão na

tomada de decisões e melhoria do planejamento das

atividades que fornecem informações essenciais a esta

área (Silva et al., 2012).

O inventário florestal é fonte de dados para o planejamento

correto do plantio, a partir daí é possível obter

dados referentes ao incremento em biomassa e produção

florestal, uma vez que em florestas plantadas, a aferição

da altura total junto a idade do plantio são dados

essenciais para a realização de cálculos que determinam

a produção madeireira (Silva et al.,2017). A altura das

árvores refere-se a um dos componentes de maior custo

e dificuldade na realização de inventários florestais, em

relação aos erros cometidos na aferição, sendo considerada

como uma atividade onerosa, uma vez que requer

novas ferramentas que auxiliem na economia de tempo

e capital de modo a facilitar e maximizar as atividades

O objetivo deste estudo

foi avaliar a eficiência,

praticidade e tempo no

processo de mensuração

de árvores de eucalipto

através da aplicabilidade de

distintos métodos

Março 2025

75


ARTIGO

de mensuração florestal (Mendonça et al., 2015; Binoti

et al., 2017).

A altura total de uma árvore refere-se a distância

partindo do solo até o topo da árvore, o que pode inviabilizar

tal atividade, devido ao elevado custo e tempo

gasto. Deste modo, a busca de novos métodos é um

desafio ao setor florestal, para garantir maior exatidão e

menor esforço na coleta de dados (Matias et al., 2018).

Em plantios florestais são utilizados arranjos espaciais

que possibilitam melhor ponto de enquadramento, deste

modo, ferramentas de medição de altura alternativa

(Mayrinck et al., 2016) com princípios simples de funcionamento

podem produzir estimativas seguras de altura,

podem ser empregadas como uma opção de baixo custo

(Lauro et al., 2018).

O desenvolvimento tecnológico dos aparelhos celulares

possibilitou a oferta aos usuários de opções que facilitam

a vida moderna (Silva; Santos, 2014). O mercado

de aplicativos apresenta atualizações constantes, disputado

por diferentes plataformas tecnológicas, incluindo

A utilização dos aplicativos

móveis representa uma redução

dos custos por não precisar

de mão de obra qualificada

e nem de equipamentos

especializados, além da

facilidade de uso permitir

mensurações menor tempos

comparado aos equipamentos

76 www.referenciaflorestal.com.br


plataformas de desenvolvimento e sistemas operacionais,

criando soluções para os usuários (Magnuson et

al., 2024). Dentre os aplicativos que surgiram a partir

dos avanços da tecnologia, estão aqueles voltados para

auxiliar na execução das tarefas nas empresas (Liang et

al., 2018; Lopes, 2011), fato que pode representar uma

alternativa mais viável nas atividades das organizações.

A utilização dos aplicativos móveis representa uma

redução dos custos por não precisar de mão de obra

qualificada e nem de equipamentos especializados,

além da facilidade de uso permitir mensurações menor

tempos comparado aos equipamentos. O proposito

deste estudo é comparar o tempo de mensuração e a

eficiência no uso de um equipamento típico para coleta

de altura, com um método simples de mensuração (independente

de equipamentos caros) e um aplicativo disponível

no Google Play, 2019, clinômetro digital Haglof,

aplicativo telemóvel Smart Measure v. 1.6, instalado

gratuitamente em smartphone e o método alternativo

da vareta.

O clinômetro é um instrumento que realiza medições

precisas de ângulos e alturas, tomadas a qualquer

distância, mas desde que seja informada ao mesmo com

auxílio dos botões presentes, e com relações aos ângulos:

o primeiro é feito visado na base e o segundo no

topo do objeto, desta maneira os cálculos são feitos pelo

aparelho e mostrado na tela a altura total do mesmo

(Machado; Filho, 2009). A medição da altura com vara

graduada é feita manualmente, colocando a ferramenta

ao lado da árvore desejável, porém para o resultado

final utiliza-se a medição visual (Snif, 2017). Enquanto

o Smart Measure é um aplicativo para Android, que ao

apontar a câmera para árvore realizará seus cálculos as

curtas distâncias, onde é primeiro oferecida a distância

da base, e em seguida, conduzindo de maneira horizontal

ao topo da copa, assim obtendo a altura total, com o

registro fotográfico (Uptodown, 2019).

Essa é uma versão parcial deste artigo,

o material completo pode ser acessado

em: https://ojs.revistadelos.com/ojs/

index.php/delos/article/view/3794/2177

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AGENDA

AGENDA 2025

ABRIL

2025

Imagem: reprodução

Florestal UAI

Data: 10 e 11

Local: Belo Horizonte (MG)

Informações:

https://www.florestasuai.com.br/

MAIO

2025

MAI

2025

10º WORKSHOP PCMF

O evento pretende aprofundar o conhecimento e

promover as pesquisas com espécies de Corymbia spp.,

apresentando alguns trabalhos realizados pelo IPEF,

abrangendo aspectos como importância econômica,

qualidade da madeira, manejo, nutrição, melhoramento

genético e resistência a pragas e doenças. Além disso,

discutirá o estado da arte de Corymbia em países como

Austrália e África do Sul, discutindo avanços na clonagem

e hibridação, avaliando o potencial para o uso industrial.

Congresso de Plantações Florestais

Data: 12 a 16

Local: Porto Alegre (RS)

Informações: https://www.ipef.br/noticias/

congresso_plantacoes_florestais_2025_

save_the_date.aspx

Imagem: reprodução

10º Workshop PCMF

Data: 20 a 22

Local: Piracicaba (SP)

Informações:https://www.ipef.br/eventos/

evento.aspx?id=577

MAIO

2025

AGO

2025

SHOW FLORESTAL

O Show Florestal tem como objetivo impulsionar

o crescimento do mercado industrial de florestas

plantadas, fomentar a inovação e gerar novos

negócios. A edição de 2025 já conta com mais de 120

expositores confirmados. O estado de Mato Grosso

do Sul vem recebendo investimentos significativos

por grandes empresas que atuam no setor florestal.

Atualmente, o estado tem a segunda maior área

plantada com eucalipto no Brasil. São 1.329.132

hectares atrás apenas de Minas Gerais.

78 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA 2025

JUNHO

2025

Elmia Wood

Data: 5 a 7

Local: Bratteborg (Suécia)

Informações:

https://www.elmia.se/en/wood/

AGOSTO

2025

ASSINE AS PRINCIPAIS

REVISTAS DO SETOR

E FIQUE POR DENTRO

DAS NOVIDADES!

Show Florestal 2025

Data: 19 a 21

Local: Três Lagoas (MS)

Informações:

https://www.showflorestal.com.br/

INFORMAÇÃO

A ALMA DO NEGÓCIO!

FLORESTAL

INDUSTRIAL

PRODUTOS

BIOMAIS

OUTUBRO

2025

CELULOSE

Composhow

Data: 7 a 9

Local: Piracicaba (SP)

Informações:

https://composhow.com.br/

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Março 2025

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ESPAÇO ABERTO

Foto: divulgação

O que o mercado

ESPERA

Por Jênifer Moreira, formada em psicologia

e tem MBA pelo Centro Universitário UNA

(União de Negócios e Administração). Há 6

anos trabalha como gestora de carreiras

na JM Carreira e Negócios

Tendências de recolocação

e habilidades em alta para

2025

O

mercado de trabalho está passando por mudanças

significativas, impulsionadas pela tecnologia,

novas demandas do consumidor e a evolução

das práticas empresariais. Se está em busca de

recolocação ou simplesmente deseja se manter

à frente no seu campo, é crucial entender essas tendências e as

habilidades que estão em alta. Aqui estão alguns pontos-chave,

apoiados por dados, para SE considerar:

• Trabalho híbrido e flexibilidade - a pesquisa da McKinsey &

Company revelou que 70% dos trabalhadores preferem ter a opção

de trabalhar remotamente pelo menos uma parte do tempo.

Com essa tendência em alta, os candidatos precisam demonstrar

sua capacidade de trabalhar de forma autônoma e em equipe,

independentemente da localização. Habilidade em alta: gerenciamento

do tempo e autodisciplina. Ser capaz de gerenciar seu

tempo de forma eficaz e manter a produtividade no ambiente de

trabalho remoto será essencial.

• Adoção de tecnologias avançadas - um relatório da World

Economic Forum indicou que 85 milhões de empregos podem

ser deslocados pela automação até 2025, mas também espera-se

que 97 milhões de novos papéis surjam, focados em tecnologias

como inteligência artificial e análise de dados. Profissionais que

conseguirem integrar essas tecnologias ao seu trabalho terão

uma vantagem competitiva. Habilidade em alta: análise de dados

e pensamento crítico. A capacidade de interpretar dados e tomar

decisões informadas com base nessas informações será cada vez

mais valorizada. Profissionais que souberem usar ferramentas de

análise de dados estarão em alta.

• Sustentabilidade e responsabilidade social - de acordo

com uma pesquisa da Deloitte, 64% dos consumidores afirmam

que as marcas que apoiam causas sociais têm maior chance de

atraí-los. As empresas estão cada vez mais comprometidas com

práticas sustentáveis e responsabilidade social, e os candidatos

que demonstrarem essa compreensão terão vantagem. Habilidade

em alta: conhecimento em sustentabilidade e gestão de

projetos sociais. Profissionais com experiência ou formação em

práticas sustentáveis e que possam implementar projetos sociais

nas organizações serão altamente valorizados.

• Habilidades interpessoais e inteligência emocional - a

Harvard Business Review destacou que a inteligência emocional

é responsável por 58% do desempenho em todos os tipos de

trabalhos. Em um ambiente de trabalho dinâmico e diversificado,

habilidades interpessoais se tornarão cruciais. Habilidade em

alta: comunicação e colaboração eficazes. Ser capaz de trabalhar

bem em equipe e comunicar ideias claramente será essencial,

especialmente em ambientes híbridos.

À medida que o mercado de trabalho evolui, estar ciente das

tendências de recolocação e das habilidades em alta para 2025

pode fazer toda a diferença na sua carreira. Invista no desenvolvimento

dessas habilidades e mantenha-se atualizado com as mudanças

no seu setor. Ao fazer isso, estará não apenas preparado

para a próxima oportunidade, mas também se destacará como

um candidato desejado.

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A Feira da Indústria do Eucalipto

Três Lagoas - MS

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Agosto

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