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Entrevista Paula Chaccur aborda a criação do sistema para regular o comércio de GEE
TRANSPORTANDO
ENERGIA
CRESCEM SOLUÇÕES COM
PISO MÓVEL PARA ATENDER
MERCADO NACIONAL DE
BIOMASSA
TRANSPORTING
ENERGY
GROWTH OF LIVE FLOOR
TRAILER SOLUTIONS FOR THE
DOMESTIC BIOMASS MARKET
SUSTENTABILIDADE
ASSOCIAÇÃO APONTA O PELLETS
COMO MELHOR OPÇÃO PARA
AQUECER CASAS NA ESPANHA
MERCADO
FABRICAÇÃO DE PELLETS DE EUCALIPTO É
APOSTA PARA A ESTABILIZAÇÃO DO SETOR
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SUMÁRIO
06 | EDITORIAL
Soluções para o setor
08 | CARTAS
10 | NOTAS
20 | ENTREVISTA
28 | PRINCIPAL
34 | SUSTENTABILIDADE
Pellets é a melhor opção para aquecer casas
40 | INOVAÇÃO
Descoberta pode transformar
resíduos em biocombustível
46 | MERCADO
50 | ARTIGO
56 | AGENDA
58 | OPINIÃO
Eventos e IA: tecnologia
substitui a criatividade?
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL
A capa desta edição traz os
implementos rodoviários para
biomassa da Usicamp
SOLUÇÕES
PARA O SETOR
T
er o transporte adequado para a biomassa é um dos desafios do segmento e tem gerado oportunidades. A Usicamp Implementos
Rodoviários está conquistando o mercado nacional com a produção de implementos para transporte de biomassa, garantindo
qualidade dos seus produtos e entregando soluções que atendem as necessidades específicas do consumidor final. A empresa paranaense
é o tema da reportagem de capa desta nova edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS. Na editoria Entrevista, conversamos
com a advogada Paula Chaccur, especialista em direito empresarial e ambiental, que explicou sobre o recém-criado SBCE (Sistema Brasileiro
de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa). Ainda nesta edição, destacamos outras matérias que abordam a utilização dos pellets
no mercado doméstico da Espanha, o crescimento do mercado de pellets no Brasil e a descoberta de uma molécula que pode transformar
resíduos em biocombustíveis, entre outras notícias relevantes sobre o mercado de biomassa e energias renováveis. Até a próxima!
SOLUTIONS FOR THE SECTOR
T
he adequate transport of biomass is one of the Sector's challenges, which has created opportunities for it. Usicamp Implementos Rodoviários
is conquering the national market by manufacturing equipment for the transportation of biomass, guaranteeing the quality of its
products and delivering solutions that meet the end user's specific needs. This company from Paraná is the subject of the cover story in this
new issue of REFERÊNCIA Biomais. In the Interview Section, we spoke with attorney Paula Chaccur, a business and environmental law specialist,
who explained the recently created Brazilian Greenhouse Gas Emissions Trading System (Sbce). Also, in this issue, we highlight other articles
on the use of pellets in Spain, the growth of the pellet market in Brazil, and the discovery of a molecule that can turn waste into biofuels, among
other relevant news in the biomass and renewable energy market. See you next time!
EXPEDIENTE
ANO XII - EDIÇÃO 68 - MARÇO 2025
Diretor Comercial/Commercial Director:
Fábio Alexandre Machado
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)
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ASSINATURAS
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A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora
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dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas
e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de
energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,
direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS
não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,
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REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed
at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues
used for energy generation and cogeneration, research institutions, university
students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/
or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself
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and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden
without written authorization of the holder of the authorial rights, except for
educational purposes.
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CARTAS
PRINCIPAL
Satisfeito em conhecer um pouco mais sobre a Andritz. É uma empresa referência na área de
pellets.
Silvio Faria – São José do Rio Preto (SP)
Foto: divulgação
ENTREVISTA
Interessante a entrevista com o professor Willian Flores, por proporcionar saber um pouco mais sobre a região amazônica.
Juliano Carrot – São José dos Pinhais (PR)
ESTUDO
Como mostra a matéria, não faltam opções para promover a transição energética.
João Cézar Barroso – Araxá (MG)
INOVAÇÃO
Me enche de orgulho ver resultados de pesquisas de universidades brasileiras
contribuindo para a sustentabilidade.
Graça Souza – Arapoti (PR)
Foto: divulgação
www.revistabiomais.com.br
na
mí
energia
biomassa
dia informação
@revistabiomais
/revistabiomais
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS
PODCAST REFERÊNCIA
Durante o mês de fevereiro o estúdio do Podcast Referência teve a honra de receber convidados muito importantes para o
desenvolvimento do segmento de base florestal, no reflorestamento e no manejo florestal sustentável. Os entrevistados desses
episódios foram Ednei Blasius (foto de cima), presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do
Estado do Mato Grosso), é formado em administração e sócio-proprietário da B2 Madeiras. O outro convidado foi Pedro Francio Filho
(foto de baixo), diretor da Francio Soluções Florestais, formado em agronomia e especialista em produtividade florestal. Os episódios
tiveram o apoio da Máquinas Águia, Crocodilo Empreendimentos Florestais, Poli Fertilizantes e TMA, que atuam oferecendo soluções
para o segmento de base florestal.
Ednei aproveitou o programa para contar sobre sua história que começou muito longe do manejo florestal e caminhou gradativamente
para uma das indústrias mais pujantes do Mato Grosso. “Vendi picolé, trabalhei empacotando café e passei pela engenharia
civil, lidando com AutoCAD muito antes da floresta. Foi quando minha família saiu de Juína (MT) para Cuiabá que minhas primeiras
oportunidades que me levaram ao florestal, de uma migração da
engenharia civil que passei a desenhar plantas de áreas florestais e
não apenas de prédios”, relatou Ednei.
Ednei, que é muito ligado ao associativismo conta que o
manejo florestal no Mato Grosso tem crescido muito, ele mesmo
já tem sete unidades produtivas entre indústrias madeireiras e
operações de biomassa, mas que o trabalho do manejo ainda não
tem o reconhecimento e nem mesmo as aberturas de mercado que
outros segmentos produtivos já recebem. “Hoje quem trabalha no
estado já consegue aproveitar praticamente toda sua produção,
mas o acesso ao crédito, como acontece com o agro, ainda é muito
reduzido, o que trava parte do potencial produtivo que já temos e
podemos alcançar”, destacou Ednei.
Pedro Francio Filho é uma das grandes referências no segmento
de produtividade florestal do Brasil. Paranaense de Engenheiro Beltrão,
Pedro contou que sua família tem uma ligação com o campo
muito forte, o que o levou a fazer agronomia, mas a influência de
Augusto Francio, um grande nome da indústria madeireira, e o professor
José Luiz Stape, que deu o conselho que mudou a sua vida.
“Ele me disse que deveria fazer a agronomia focado no florestal,
pois o florestal precisava dessa visão da agronomia, que o florestal
precisava olhar para o solo e para a produtividade. Eu segui e tenho
certeza que foi a melhor escolha que fiz”, ressaltou Pedro.
Pedro conta sobre uns principais momentos que marcaram sua
história, que ele mesmo não consegue colocar apenas um e aponta
como momentos diferentes marcam situações e oportunidades diferentes.
“Fui convidado a participar de um evento em Buenos Aires
e nem falava inglês ou espanhol, mas os contatos foram feitos mesmo
assim. Participei de todas as ExpoForest, o que me colocou num
lugar de destaque. Em um momento de crise eu trabalhei 18h por
dia, batendo na porta de clientes e correndo atrás. Cada dificuldade
foi uma oportunidade que me abriu caminhos”, celebrou Pedro.
Os episódios do Podcast
REFERÊNCIA estão disponíveis no
nosso canal do youtube, que o Leitor
pode acessar através do QR Code:
Fotos: REFERÊNCIA
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CERTIFICAÇÃO DE ENERGIA RENOVÁVEL
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), uma associação civil sem fins lucrativos responsável
pelo comércio de eletricidade no país, lançou a primeira plataforma brasileira para centralizar a certificação de
energia renovável. De acordo com a CCEE, o serviço concentrará dados das empresas e entidades certificadoras do
país e terá a capacidade, a partir dessas informações, de fazer o rastreamento da origem da energia utilizada. Uma
das funções da plataforma será de evitar a dupla certificação da mesma energia. A Câmara estima que cerca de
93% da eletricidade produzida no Brasil já vêm de fontes como usinas eólicas, solares, hidrelétricas e de biomassa.
Em 2021, segundo a CCEE, menos de 2% desta energia renovável era certificada. Em 2022, o percentual avançou
para 4% e, em 2023, subiu para 6,9%. De acordo com projeções da Câmara, esse resultado poderia chegar até 50%.
“Vamos contribuir com a atração de investidores, ampliação dos negócios e geração de empregos, além de potencializar
a inserção, no mercado internacional, dos produtos verdes brasileiros”, destacou o presidente do Conselho
de Administração da CCEE, Alexandre Ramos.
Foto: divulgação
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
13
NOTAS
COMITÊ DE MONITORAMENTO
Durante a última reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico),
foi criado um grupo de trabalho para coordenar ações, realizar diagnóstico, avaliar e
propor medidas de planejamento, regulatórias e operacionais para diminuir cortes de
geração renovável. Os cortes de geração renovável ocorrem por razões elétricas, de
confiabilidade do SIN (Sistema Interligado Nacional) e de suas áreas elétricas ou por
insuficiência de consumo para fazer frente à geração instantânea. As ações do grupo
envolverão a ampliação e reforços da rede de transmissão, a indicação de novos
compensadores síncronos para a região nordeste, a antecipação de obras de linhas de
transmissão, os aperfeiçoamentos dos modelos dinâmicos das usinas renováveis e da
metodologia de corte e da programação e avaliações sobre utilização de sistemas de
armazenamento de energia. O grupo será coordenado pela SNEE (Secretaria Nacional
de Energia Elétrica) do MME (Ministério de Minas e Energia).
Foto: divulgação
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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Peletizadora de alta performance
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As exigências especiais da indústria de biomassa foram incorporadas ao
design da tecnologia Direct Drive incluindo a potência do motor e as configurações
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devido ao menor número de
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• Pellets mais densos e com
mais qualidade devido ao alto
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custo de kilowatt por tonelada
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• Menos custo e mais sustentabilidade
com menor consumo
de graxa
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NOTAS
Foto: divulgação
BRASIL REDUZ EM 12% EMISSÕES DE GEE
O Brasil reduziu em 12% as emissões de GtCO2e (gás carbônico equivalente) em 2023 em relação ao ano anterior,
conforme divulgou o Observatório do Clima. Em 2023 o país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de GEE (gases
do efeito estufa), enquanto que, em 2022, foram emitidas 2,6 bilhões de toneladas. Segundo o observatório,
essa foi a maior queda percentual nas emissões desde 2009, quando o país registrou a menor emissão da série
histórica iniciada em 1990 (1,77 bilhão de GtCO2e). A queda no desmatamento na Amazônia foi a principal razão
para a redução das emissões. As emissões por desmatamento na floresta tropical caíram 37%, de 1,074 bilhão de
toneladas de gás carbônico equivalente para 687 milhões de toneladas. Por outro lado, os dados do SEEG (Sistema
de Estimativas de Emissões de GEE) do observatório mostram que, apesar da desaceleração na Amazônia, a
devastação dos demais biomas resultaram na emissão de 1,04 GtCO2e brutas em 2023.
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS
ENERGIA NO MAR
O projeto de lei número 576/2021, que trata do aproveitamento da geração de energia elétrica no mar, a
chamada offshore foi sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. A lei estabelece diretrizes para o
aproveitamento para a geração de energia em áreas sob domínio da União, como o mar territorial, a zona econômica
exclusiva e a plataforma continental. Entre outros pontos, o texto determina que a exploração offshore
de energia se dará por meio de contratos de autorização ou concessão. Caberá ao Poder Executivo definir os
locais para receber as atividades de geração de energia offshore, chamados de prismas. Segundo o texto, a cessão
pode ocorrer por meio da oferta permanente ou da oferta planejada. As receitas geradas, provenientes de
bônus de assinatura, taxas de ocupação e participação proporcional sobre a energia produzida, serão distribuídas
entre União, Estados e municípios, com investimentos, prioritariamente, destinados à pesquisa, inovação
tecnológica e desenvolvimento sustentável.
Foto: divulgação
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ENTREVISTA
Foto: Divulgação/CGM Advogados
ENTREVISTA
PAULA
CHACCUR
Formação: Direito na PUC/SP (Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo); pós-graduação em Direito Processual e Direito Ambiental
na PUC (SP); mestre em Administração e Sustentabilidade pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas)
Education: Law Degree, Pontifical Catholic University of São Paulo
(PUC/SP); Postgraduate Studies in Procedural Law and Environmental
Law, PUC (SP); Master’s Degree in Administration and Sustainability,
Getúlio Vargas Foundation (FGV)
Cargo: Advogada
Function: Lawyer
MERCADO
DE CARBONO
CARBON CREDITS
O
Brasil já conta com o mercado de créditos de
carbono. Por meio da lei número 15.042, de 11 de
dezembro de 2024, foi instituído o SBCE (Sistema
Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de
Efeito Estufa) que ainda terá regulamentações mais específicas.
O sistema regulamenta o mercado de carbono e contribui para
o controle das emissões de GEE (gases de efeito estufa). Para
entender o que isto representa, a Revista REFERÊNCIA BIOMAIS
conversou com a advogada especialista no tema, Paula Chaccur,
sócia do CGM Advogados, um escritório de advocacia full service,
com expertise nas mais diversas áreas do direito empresarial que
atende mais de 900 clientes. Com 20 anos de experiência em
direito ambiental, Paula tem assessorado empresas nacionais e
estrangeiras dos mais diversos segmentos da indústria, incluindo
energia, agronegócio, químico, automotivo, papel e celulose,
setor madeireiro e de bens de consumo.
B
razil already has a carbon credit market. Law No.
15.042 of December 11, 2024, established the
Brazilian Greenhouse Gas Emissions Trading System
(Sbce), which still needs specific regulations.
The system regulates the carbon market and contributes
to the control of GHG emissions. To understand what this
means, REFERÊNCIA Biomais spoke with Paula Chaccur,
a lawyer specializing in this area and a partner at CGM
Advogados, a full-service law firm with expertise in the most
diverse areas of business law serving more than nine hundred
clients. With 20 years of experience in environmental
law, Chaccur has advised domestic and foreign companies
in a wide range of industries, including energy, agribusiness,
chemicals, automotive, pulp and paper, timber, and
consumer goods.
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
29
PRINCIPAL
O
mercado de biomassa no Brasil tem se mostrado
promissor. Nos últimos anos, o governo e o setor
privado têm investido em tecnologias para melhorar
a eficiência da conversão de biomassa em
energia e na produção de biocombustíveis, utilizando resíduos
agrícolas, florestais e urbanos. Este crescimento abre também
novos mercados como o transporte adequado da biomassa.
A Usicamp Implementos Rodoviários é uma empresa familiar
que vem crescendo com o setor. Surgiu em 1986 dentro do
mercado canavieiro, em Sarandi (PR). Tentando encontrar outras
frentes para manter a rentabilidade da empresa, independente
da cultura de cana-de-açúcar que é sazonal, em 2019,
estimulada pela solicitação de um cliente do setor sucroalcooleiro,
a Usicamp passou a fabricar também implementos com
piso móvel para transporte de biomassa.
“Hoje são dois negócios dentro da empresa. Conseguimos
ajustar a nossa produção e, apesar do mercado retraído atualmente,
pelas dificuldades, falta de crédito, vemos o setor de
biomassa como um mercado muito promissor”, aponta Mauro
Meneguetti, diretor de operações, que atua na empresa desde
2008.
PRODUÇÃO AJUSTADA
Consolidada no setor canavieiro, a Usicamp tem crescido
em média 30% ao ano na área de biomassa. Mauro conta que
em 2024 foram produzidos 200 implementos piso móvel. Em
2025 a expectativa é produzir 300 e em 2026, 400.
T
he biomass market in Brazil is promising. In recent years,
the Government and the Private Sector have invested in
technologies to improve the efficiency of converting
biomass to energy and producing biofuels from agricultural,
forestry, and urban waste. This growth is also opening up
new markets, such as the transportation of biomass.
Usicamp Implementos Rodoviários is a family business that
has grown within the Sector. It was founded in 1986, producing
equipment for the sugar cane market in Sarandi (PR). Trying to
find other fronts to maintain the Company’s profitability, regardless
of the seasonal sugarcane harvest, in 2019, stimulated by
a request from a client in the Sugar-alcohol Sector, Usicamp
also started manufacturing equipment with movable floors for
transporting biomass.
“Today, there are two business segments within the Company.
We have managed to adapt our production and, despite
the current market downturn due to difficulties and lack of credit,
we see the Biomass Sector as an up-and-coming market,”
points out Mauro Meneguetti, Operations Manager, who has
been with the Company since 2008.
ADJUSTED PRODUCTION
Consolidated in the sugarcane segment, Usicamp has
grown by an average of 30% per year in the Biomass Sector.
"O sucesso é o nosso
processo produtivo.
Nossa fabricação é em
linha, com padronização
dos processos, hoje
100% otimizado para
sair do processo de
cana-de-açúcar para
a biomassa, que já
responde por quase
30% da rentabilidade da
empresa"
Mauro Meneguetti, diretor de
operações da Usicamp
30
www.REVISTABIOMAIS.com.br
A Usicamp faz um rodízio na produção. “O mercado exige
planejamento. O setor canavieiro trabalha 100% por demanda
e é regionalizado. Já o piso móvel é no âmbito nacional e com
demanda constante ao longo do ano. 2025 foi o primeiro ano
que começamos com estoque, com 50 semirreboques para
atender o mercado durante a safra canavieira. Com o equipamento
em estoque perdemos o mínimo em vendas”, comenta
Mauro. “O sucesso é o nosso processo produtivo. Nossa fabricação
é em linha, com padronização dos processos, hoje 100%
otimizado para sair do processo de cana-de-açúcar para a biomassa,
que já responde por quase 30% da rentabilidade da
empresa”, conta.
Desde 2012 a empresa possui uma filial em Itumbiara (GO).
Somando as duas plantas, são 55 mil m² (metros quadrados)
de área construída. Em 2024 a Usicamp iniciou a produção de
piso móvel na filial, além de outros implementos, e em 2025 a
expectativa é que sejam produzidos 100 semirreboques piso
móvel no local.
A Usicamp também produz a linha prancha carrega-tudo
para transporte de equipamentos, e implementos para o transporte
florestal.
IMPORTANTES PARCERIAS
Quando a Usicamp entrou no setor de piso móvel, começou
em parceria com a Hallco Pisos Móveis, dos EUA (Estados
Unidos da América), e até hoje é o grande parceiro no segmento.
Mas, no desenvolvimento dos projetos a empresa está sempre
buscando o fornecedor que mais se adapta às solicitações
dos clientes. O diretor-geral da Hallco Piso Móvel América do
Sul, Marcus França, diz que a parceria existe desde 2019. “Te-
Meneguetti says two hundred livefloor trailers were produced
in 2024. In 2025, three hundred are expected to be produced,
and in 2026, four hundred.
Usicamp rotates production. “The market requires planning.
The sugarcane segment is 100% demand-driven and
regionalized. 2025 was the first year we started with trailers in
stock, with 50 semitrailers to serve the market during the sugarcane
harvest. We lost the minimum in sales with the equipment
in stock,” says Meneguetti. “Our success lies in our manufacturing
process. We produce in-line, with standardized processes
that are now 100% optimized to adapt from sugarcane to biomass,
which already accounts for almost 30% of the Company’s
profits,” he says.
Since 2012, the Company has had a subsidiary in Itumbiara
(GO). Together, the two plants cover a total area of 55 thousand
square meters. In 2024, Usicamp began producing live
floor trailers at the branch and other equipment and expects to
make one hundred live floor trailers at the site in 2025.
Usicamp also produces an all-cargo flat trailer line for
transporting equipment and implements for forestry transport.
IMPORTANT PARTNERSHIPS
When Usicamp entered the live floor segment, it began with
a partnership with Hallco Industries from the United States, and
to this day, it is the leading partner in this segment. However,
when developing projects, the Company continually looks for
the supplier that best meets the needs of its customers. Marcus
França, the Managing Director of Hallco Piso Móvel América
do Sul, says the partnership has existed since 2019. “We have
a successful partnership, mutual help, and robust integration,
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 31
PRINCIPAL
mos uma parceria de sucesso, de ajuda mútua, uma integração
muito forte, o que traz uma comunicação facilitada e agilidade
nas decisões. A Usicamp é o principal cliente da Hallco na América
do Sul”, exalta Marcus.
O grupo Comber (Companhia Brasileira de Energia Renovável),
com sede em Rio Verde (GO) é outro parceiro importante
na trajetória da Usicamp, que proporcionou a oportunidade de
desenvolver outros implementos. “Temos uma parceria muito
positiva. Nós conseguimos fazer uma sinergia de customização.
Tínhamos demanda da biomassa e o transporte de farelo,
e nessa parceria a Usicamp conseguiu adequar para nos atender
da melhor forma. Isso trouxe para o nosso negócio a flexibilização
de segmentos. Passamos a operar nas duas pontas”,
destaca Felipe Comelli, CEO do grupo Comber um ecossistema
que abrange logística, biomassa, coleta florestal, indústrias, floresta
plantada e seminovos.
A parceria com a Madeplant Transportes, que atua com
produção, transporte e comércio de cavaco e biomassa, sediada
em Campo Grande (MS), foi fortalecida no último ano
com aquisição de carretas com nova configuração, com apoio
da Hallco. O gerente de logística, Gustavo Lobo Leite, salienta
que os projetos são de muito boa qualidade. “Principalmente
a estrutura de travamento das carretas, visto que temos algumas
há mais de 4 anos e até o momento não tivemos que fazer
nenhum tipo de intervenção, o que demonstra a qualidade e
resistência dos insumos por eles utilizados, bem como a qualidade
da equipe de projetos. Em especial os implementos piso
móvel. A facilidade no desenvolvimento do projeto e a possibilidade
de conseguir melhoria nos implementos foram fundamentais
para desenvolver um novo mercado para a Madeplant
e também para a Usicamp”, elogia Gustavo.
"Os gargalos que tínhamos
nós conseguimos resolver
para garantir a capacidade de
produção. A nossa engenharia
hoje é 100% focada na busca de
melhorias para garantir menor
peso, maior cubagem para os
equipamentos atenderem de
forma eficiente o consumidor final"
Mauro Meneguetti, diretor de
operações da Usicamp
which makes communication easier and decisions faster,” he
says. Usicamp is Hallco’s primary customer in South America,”
says França.
The Comber Group (Companhia Brasileira de Energia Renovável),
based in Rio Verde (GO), is another important partner
in Usicamp’s development, allowing the development of other
equipment. “We have a very positive partnership. We have been
able to create a synergy in adaptation. We needed biomass and
the transportation of bran, and in this partnership, Usicamp
was able to adapt to us in the best way. This made our business
more flexible in terms of segments. We now operate at both
ends,” says Felipe Comelli, CEO of the Comber Group, an ecosystem
that includes logistics, biomass, forest collection, industry,
planted forest, and used vehicles.
The partnership with Madeplant Transportes, which produces,
transports, and sells chips and biomass and is based in
Campo Grande (MS), was strengthened last year by purchasing
newly configured trailers with the support of Hallco. Gustavo
Lobo Leite, Logistics Manager, points out the designs are very
high quality. “Especially the locking structure of the trailers. We
have used some of them for over four years, and so far, we have
not had to make any intervention, demonstrating the quality
and resistance of the inputs they use and the quality of the design
team. Especially the live floor trailers. The ease with which
the project was developed and the possibility of improving the
32 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MERCADO E FUTURO
Os Estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
São Paulo e Goiás são os principais mercados da Usicamp. Mas
existe demanda em todas regiões do Brasil. “Temos clientes espalhados
em todo o país. E estamos trabalhando para firmar
parcerias com possíveis distribuidores, representantes, oficinas
que nos dêem segurança para atuar e estar mais próximos dos
clientes”, planeja o diretor da empresa.
“Os gargalos que tínhamos conseguimos resolver para garantir
a capacidade de produção. O mercado compra um equipamento
com volume padrão. Porém, estamos trabalhando, e
nossa engenharia hoje é 100% focada na busca de melhorias
para garantir menor peso, maior cubagem para os equipamentos
atenderem de forma eficiente o consumidor final”, salienta
Mauro. “Gostamos muito de desenvolver novos projetos entendendo
as aplicações do consumidor final. Quando eles nos trazem
a demanda, sentamos e desenvolvemos juntos para achar
a solução para o transporte de um produto específico, para ser
mais eficaz na operação, e por entender que o sistema piso
móvel tem muito espaço ainda para crescer dentro do Brasil”,
enaltece. “E também estamos com um projeto bem avançado
para entrar no mercado florestal para justamente fechar todo
esse ciclo, fazendo o transporte de cana-de-açúcar e madeira,
e o transporte de biomassa. Além da linha complementar, que
é o carrega-tudo para o transporte das máquinas que movimentam
esses dois segmentos”, adianta Mauro Meneguetti.
tools have been fundamental in developing a new market for
Madeplant and Usicamp,” says Leite.
MARKET AND FUTURE
The States of Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São
Paulo, and Goiás are Usicamp’s main markets. But there is demand
in all regions of Brazil. “We have clients all over the Country.
And we are working to establish partnerships with possible
distributors, agents, and workshops that will give us the security
to operate and be closer to our customers,” says Meneguetti.
“The bottlenecks we had have been eliminated to guarantee
production capacity. The market buys equipment with a
standard volume. However, we are working, and our engineering
today is 100% focused on finding improvements to ensure
less weight and greater capacity for the equipment to serve the
end user efficiently,” the Company Director points out. “We like
to develop new projects by understanding the end user’s applications.
When they bring the demand, we develop it together to
find the solution to transport a specific product more efficiently.
Because we understand that the live floor system still has a lot
of room to grow in Brazil,” he says. “We are also working on a
very advanced project to enter the forestry market to close the
whole cycle, transporting sugar cane, timber, and biomass. In
addition to the complementary line, the all-rounder is used to
transport the machines that move these two segments,” says
Meneguetti.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
33
SUSTENTABILIDADE
PELLETS
É A MELHOR OPÇÃO
PARA AQUECER CASAS
34 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PUBLICAÇÃO DE
ASSOCIAÇÃO ESPANHOLA
DESTACA O USO DE PELLETS
COMO OPÇÃO MAIS
BARATA E SUSTENTÁVEL
PARA AQUECIMENTO E
GERAÇÃO DE CALOR
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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INOVAÇÃO
DESCOBERTA PODE
TRANSFORMAR RESÍDUOS EM
BIOCOMBUSTÍVEL
MOLÉCULA DESCOBERTA
POR PESQUISADORES
BRASILEIROS ESTÁ EM FASE
DE LICENCIAMENTO PARA
APLICAÇÃO NA INDÚSTRIA
FOTOS DIVULGAÇÃO
40 www.REVISTABIOMAIS.com.br
A DISCOVERY
COULD TURN WASTE
INTO BIOFUEL
A MOLECULE DISCOVERED BY
BRAZILIAN SCIENTISTS IS NOW BEING
LICENSED FOR INDUSTRIAL USE
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
41
INOVAÇÃO
P
esquisadores do CNPEM (Centro Nacional de
Pesquisa em Energia e Materiais) divulgaram
recentemente, em uma conceituada revista
científica, o processo e potencial de um
biocatalisador isolado a partir de bactérias do solo
brasileiro, chamado de CelOCE (do inglês, Cellulose
Oxidative Cleaving Enzyme). Os cientistas brasileiros
descobriram uma enzima que pode revolucionar a
produção de biocombustíveis.
O estudo revela que a metaloenzima CelOCE
melhora a conversão da celulose, matéria-prima
essencial para o etanol de segunda geração, usado em
veículos e aviação. Além disso, a enzima soluciona um
dos maiores desafios do setor: a quebra eficiente da
biomassa de celulose.
Segundo a Agência Fapesp (Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São Paulo), a celulose é o
polímero vegetal mais abundante do planeta, mas
sua estrutura resistente dificulta a degradação. A nova
enzima introduz um mecanismo inédito de clivagem
oxidativa, aumentando a eficiência do processo de
decomposição de 60% a 70%, para até 80%. Além
disso, os cientistas destacam que a CelOCE utiliza um
S
cientists from the National Center for Research
in Energy and Materials (Cnpem) recently
announced in a prestigious scientific journal
the process and potential of a biocatalyst
isolated from Brazilian soil bacteria called Cellulose
Oxidative Cleaving Enzyme (CelOCE). Brazilian scientists
have discovered an enzyme that could revolutionize the
production of biofuels.
The study shows that the CelOCE metalloenzyme
improves the conversion of cellulose, an essential
feedstock for second-generation ethanol used in vehicles
and aviation. In addition, the enzyme solves one of the
industry’s biggest challenges: the efficient degradation of
cellulosic biomass.
According to the São Paulo State Research Foundation
(Fapesp), cellulose is the most abundant plant
polymer on the planet, but its resistant structure makes
it difficult to degrade. The new enzyme introduces an
unprecedented oxidative degradation mechanism that
increases the efficiency of the degradation process from
60% to 70% to up to 80%. In addition, the scientists point
out that CelOCE uses a less complex enzyme system,
making the process more sustainable.
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MERCADO
AQUECIMENTO
COM PELLETS
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EMPRESA BRASILEIRA
PIONEIRA NA FABRICAÇÃO
DE PELLETS DE EUCALIPTO
APOSTA NA ESTABILIZAÇÃO
DO MERCADO
FOTOS DIVULGAÇÃO
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
47
MERCADO
O
s últimos 2 anos foram desafiadores para o
mercado de pellets mas, isso não impede o
crescimento da fabricação no Brasil, tendo
como principal foco o mercado internacional.
O uso do pellet para aquecimento de casas na Europa, em
substituição a outras formas para geração de aquecimento,
tem sido o destino da produção nacional.
A Haas Madeiras, empresa sediada em Venâncio Aires
(RS), desenvolveu o pellet com 100% de eucalipto, aproveitando
os resíduos gerados na sua produção de paletes.
Foram cerca de 8 anos de pesquisa até chegar ao produto
final adequado. “Muitas empresas criam um mix de pinus
e eucalipto, mas é diferente trabalhar 100% com eucalipto
porque não temos o pinus para contrabalancear. Nosso
diferencial é o tamanho e a qualidade da produção. Fazer
pellets qualquer um consegue, o difícil é fazer um grande
volume numa qualidade alta e constante”, alerta José Carlos
Haas Junior, diretor executivo da Haas Madeira.
“Quando se fala em pinus brasileiro tem dois tipos,
com densidade da fibra bastante similar. Já o eucalipto é
um gênero com mais de 700 espécies no Brasil. Hoje na
Haas, não temos uma base florestal regular, não somos
autossuficientes. Por isso, não dá para garantir que o
abastecimento será sempre da mesma espécie. O nosso
desafio foi entender sobre todas as espécies, idades, e
diferenças para descobrir como fazer um produto regular
todos os dias e épocas”, explica o diretor sobre a pesquisa
para produção do pellet de eucalipto.
VENCENDO BARREIRAS
Devido a um padrão internacional, baseado em estudo
de engenharia reversa, o pellet de eucalipto teve uma
certa resistência para entrar no mercado europeu, pois
tem um padrão químico de cloro um pouquinho superior
ao que a norma padrão permite. “Nossa serragem tem um
índice de 0,026 e a norma deles permite 0,020 de cloro.
É um número irrisório de acordo com todos os técnicos
e pesquisadores que consultamos”, lembra Haas Junior.
Apesar dessa diferença, a venda de cerca de 80% da
produção de pellets da Haas é destinada para a Itália, seu
principal mercado.
O diretor destaca que tem ocorrido um aumento
na demanda por pellets no mercado nacional, mas o
mercado externo ainda é o principal. “É um cliente 100%
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARTIGO
ESTADO DA ARTE NA
QUANTIFICAÇÃO DE
BIOMASSA EM RAÍZES DE
FORMAÇÕES FLORESTA
FOTOS DIVULGAÇÃO
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
LUIS CARLOS RATUCHNE
Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná)
HENRIQUE SOARES KOEHLER
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
LUCIANO FARINHA WATZLAWICK
Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná)
CARLOS ROBERTO SANQUETTA
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
PRISCILA ANTUNES SCHAMNE
Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná)
FOTOS DIVULGAÇÃO
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
51
ARTIGO
RESUMO
O
objetivo do presente trabalho é apresentar
uma visão geral sobre o estado da arte na
obtenção de estimativas de biomassa e de
carbono nas raízes de formações florestais.
Inicialmente, realizou-se uma abordagem sobre a
biomassa florestal, o ciclo do carbono na atmosfera e
o papel das florestas nesse contexto. Sobre biomassa
e carbono florestal, foram apresentadas definições, as
metodologias citadas na literatura para a determinação
e estimativa da biomassa florestal subterrânea, sendo
realizado um apanhado geral dos métodos diretos e
indiretos para sua quantificação. Na sequência, fez-se
uma abordagem sobre as variáveis e os modelos utilizados
nos ajustes de equações para estimativa de biomassa
de raízes em formações florestais, como também
foram relacionados alguns dos modelos mais utilizados
e equações propostas na literatura.
INTRODUÇÃO
As florestas cobrem cerca de 30% da superfície da
terra e estocam em torno de 85% do carbono orgânico
disponível no meio ambiente (Houghton, 1994). Devido
à importância das florestas no ciclo do carbono global,
tem sido crescente o interesse de muitos pesquisadores
sobre o assunto. Houghton (1994) destaca, ainda, que
com a perda da cobertura florestal, perde-se também
a maior fonte de carbono do solo, a serapilheira e as
raízes, que também são responsáveis pela fixação do
carbono disponível na atmosfera.
Na literatura, observa-se que não há consenso sobre
a definição da biomassa. Martinelli et al. (1994) definem
biomassa como sendo a quantidade expressa em
massa do material vegetal disponível em uma floresta.
Brigadão (1992) refere-se ao termo fitomassa como
sendo o material seco da planta, que combinado com
a zoomassa corresponde à biomassa. Sanquetta (2002)
considera que o termo biomassa florestal pode significar
toda a biomassa existente na floresta ou apenas a
fração arbórea da mesma, podendo-se também utilizar
o termo fitomassa florestal ou fitomassa arbórea.
52 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Os estudos de biomassa florestal são feitos com
objetivos diversos, dentre os quais destacam-se a quantificação
da ciclagem de nutrientes, a quantificação
para fins energéticos e como base de informação para
estudos de sequestro de carbono. Esses estudos são
de grande importância para a tomada de decisões no
manejo dos recursos florestais (Páscoa et al., 2004).
O interesse na completa utilização da árvore (raízes,
tronco, ramos), o uso dos resíduos da manufatura de
produtos florestais, a quantificação de material combustível
em relação ao potencial de incêndio de uma floresta
e outras abordagens aumentam a importância dos
estudos de biomassa (Hush et al., 1982; Philip, 1994).
METODOLOGIAS PARA QUANTIFICAÇÃO DA
BIOMASSA E DO CARBONO FLORESTAL
As metodologias usadas atualmente para se obter
estimativas de biomassa em áreas florestais são baseadas,
principalmente, em dados de inventário florestal,
empregando-se fatores e equações de biomassa que
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na quantificação de biomassa das raízes em
formações florestais observa-se que as metodologias
ainda estão em desenvolvimento, visto que não existe
uma padronização metodológica e protocolos bem
definidos. No entanto, os trabalhos desenvolvidos são
precursores e já representam referências sólidas para o
desenvolvimento de estudos com a biomassa florestal
subterrânea.
Os métodos diretos de quantificação, apesar de
trabalhosos, demorados e limitados, devem vir acompanhados
de um processo de amostragem bem elaborado,
visto que a maioria dos autores destaca a importância
dos fatores edafoclimáticos no desenvolvimento
das raízes, o que afeta, consequentemente, a biomassa
desse componente arbóreo.
Para as estimativas de biomassa de raízes utilizando
equações de regressão, fica evidente na literatura que
variáveis ambientais têm importância significativa no
desenvolvimento de modelos matemáticos que produzam
boas estimativas. Pois, assim como nos métodos
diretos de quantificação e em se tratando de uma
relação alométrica, os componentes ambientais podem
ser variáveis altamente explicativas.
Cabe ressaltar que as equações de regressão sempre
apresentam incertezas, que aumentam com a extrapolação.
Uma vez que diferentes ambientes são dominados
por diferentes espécies, as relações alométricas
também são, consequentemente, diferentes, cabendo
ao pesquisador uma análise das condições de extrapolação
das equações.
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Localidade de Bom Jesus
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AGENDA
MARÇO 2025
DESTAQUE
BIOTECH FAIR
Data: 26 a 28 de março
Local: Porto Alegre (RS)
Informações: https://biotechfair.com.br/
MAIO 2025
EXPOBIOMASA 2025
Data: 6 a 8 de maio
Local: Valladolid (Espanha)
Informações: https://expobiomasa.com/
INTERNATIONAL GREEN
ENERGY EXPO KOREA 2025
OUTUBRO 2025
Data: 23 a 25 de abril
Local: Daegu (Coreia do Sul)
Informações:
http://www.greenenergyexpo.co.kr/eng/
COMPOSHOW 2025
Data: 7 a 9 de outubro
Local: Piracicaba (SP)
Informações: https://composhow.com.br/
OUTUBRO 2025
Evento organizado pela Associação Coreana
de Energia Nova e Renovável, Associação Coreana
da Indústria Fotovoltaica, Associação Coreana da
Indústria de Energia Eólica, Associação Coreana da
Indústria de Hidrogênio apresenta equipamentos,
materiais e novidades na área para todo segmento
de energia renovável.
BIOMASS AND BIOENERGY
CONFERENCE | BBC BRAZIL 2025
Data: 28 a 31 de outubro
Local: Sorocaba (SP)
Informações: https://www.bbcbrazil.com.br/
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
VEM AÍ!
01 DE DEZEMBRO DE 2025
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OPINIÃO
Foto: divulgação
EVENTOS E IA:
TECNOLOGIA
SUBSTITUI A
CRIATIVIDADE?
O
uso de IA (inteligência artificial) está redefinindo
o setor de eventos e impulsionando transformações
que vão muito além da eficiência operacional.
Já estamos vivendo a realidade dos super
telões, cinemas 4D, escape room e outras propostas multissensoriais
com muita hiperpersonalização, cenários dinâmicos e
possibilidades interativas que antes pareciam ficção científica.
E toda transformação vem com uma caixinha de interrogações
e uma delas é: com tantas tecnologias, como fica a
criatividade? O setor de eventos já está experimentando IA
para analisar dados culturais com agilidade e implementar
uma série de ferramentas como assistentes virtuais, receptivos
com reconhecimento facial e emocional, personalização de
conteúdo e, até mesmo, gerir fluxo de pessoas dentro de um
estande em tempo real.
Essas e outras tecnologias já fazem parte do repertório do
nosso mercado, permitindo que eventos sejam cada vez mais
conectados e com os objetivos estratégicos das marcas e com
o público. Com certeza podemos e iremos entregar um outro
nível de impacto com a IA e, junto com isso e mais valioso, a
criatividade irá redefinir como as pessoas sentem um evento.
A criatividade essencialmente humana nasce da intuição,
da empatia e das nossas experiências. Ela é o diferencial que
transforma eventos em um acontecimento memorável. A IA é
uma ferramenta poderosa para potencializar essa criatividade,
estimulando sentidos, gerando sensações e criando vínculos.
Também está agilizando o trabalho ao automatizar processos,
fornecer insights valiosos e fazer com que as equipes foquem
no que realmente importa: ideias autênticas e impactantes.
Já é possível pensar em ambientes que respondem às
emoções do público em tempo real. A empresa Polygon LIVE
está testando sensores hápticos e aromas para potencializar
o impacto multissensorial. Esses sensores são dispositivos
que permitem a interação tátil entre o usuário e um ambiente
virtual ou real. Eles são capazes de fornecer feedback sensorial,
como sensações de toque, textura e temperatura.
Outra potência da IA está em melhorar a comunicação das
marcas com públicos globais considerando melhor a localidade
e a cultura, segmentando conteúdos a partir de tendências
regionais e ganhando então mais fluidez e relevância para
audiências diversas.
Eventos híbridos também ganham protagonismo nesse
contexto. Avatares e assistentes virtuais ajudam a tornar a
interação mais fluida entre participantes presenciais e virtuais,
criando uma experiência coesa independentemente da localização.
O uso de IA também possibilita experiências acessíveis,
com legendas automáticas, interpretação em libras e ajustes
dinâmicos conforme as necessidades dos participantes.
Uma reflexão que precisa estar na mesa é que a adoção da
IA nos eventos precisa vir acompanhada de responsabilidade
e transparência. O uso de dados deve ser feito de forma ética,
garantindo a segurança e a privacidade do público. Além disso,
as marcas devem se preocupar com a aplicação da IA para
criar eventos cada vez mais sustentáveis e inclusivos.
O desafio para agências e marcas é equilibrar a eficiência e
precisão da IA com as emoções que unem as pessoas.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Por Cissa Borges
Gerente de Planejamento e Criação da MCM Brand Experience
Foto: divulgação
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A FACA
GIGANTE
DO AGRO
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS