097 - EVOLVE AI - DIGITAL TRANSFORMATION SUMMIT 2024
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9 — outubro
> Pavilhão do Conhecimento, Lisboa
#97
Out.
2024
DISRUPÇÃO ESTÁ
EM MARCHA
2024
Da energia à saúde, do turismo ao setor tecnológico, passando pela
área jurídica, retalho, controlo de espécies aquáticas ou produção
de pão… A IA está em todo o lado. Com claras vantagens, como
a automação, costumização, personalização, eficácia, rapidez,
produtividade, qualidade, sustentabilidade ou a redução de custos.
Competitividade é a palavra-chave.
A IA já está a impactar positivamente as empresas
nos mais variados setores de atividade. Embora o
caminho a percorrer ainda seja longo, os exemplos
de utilização da tecnologia multiplicam-se,
comprovando que os seus benefícios são múltiplos.
Com a necessidade de aceleração dos processos de
transformação digital das organizações, abre-se
todo um potencial de criação de valor desta nova
ferramenta disruptiva. A 3ª edição do EVOLVE,
dedicada exclusivamente a casos concretos de
mudança através da IA, já em implementação, teve
como objetivo partilhar conhecimento e inspirar.
Afinal, estamos a entrar num novo paradigma e
não há tempo a perder.
Tal como nas edições anteriores, este EVOLVE AI
– Digital Transformation Summit, que decorreu
em Lisboa a 9 de outubro, teve como objetivo
trazer exemplos de transformação digital. A meta
foi mostrar casos concretos de empresas que já
utilizam tecnologias de inteligência artificial (IA) e
que evidenciam que a mudança está em marcha
no país, para inspirar as demais organizações a
avançarem com os respetivos processos.
“A transformação digital vai recorrer cada vez mais a
ferramentas de IA. Esta tecnologia vai estar presente
em todos os processos, pelo que este foi o primeiro,
mas também o último EVOLVE dedicado apenas
à IA”, referiu na abertura do evento o presidente
da APDC. Não tendo dúvidas de que que a IA tem
um potencial enorme, avisa: “se quisermos que
a Europa não seja, como alguém já disse, aquele
museu onde os americanos e os chineses vêm nas
férias para ver como era o passado, então temos
de inovar e de pôr a inovação na primeira linha. E
temos de perder a ideia de que, quando surge uma
coisa nova, temos logo de pensar como a podemos
proibir”.
Rogério Carapuça referia-se ao nível elevado de
regulação que existe na União Europeia, que
é aprovada mesmo antes das tecnologias se
desenvolverem e sem se perceber o que é que se
pode efetivamente regular. “A regulação serve para
manter as tecnologias dentro de um plano ético,
o level playing field do mercado. Mas não pode
servir como um mecanismo para proibir e para nos
atrasar”, considera.
Por isso, “a melhor forma de ter uma imagem
positiva das coisas é ver o que os outros estão a
fazer, o que resulta e como é que pode funcionar no
futuro. Os riscos existem e vamo-nos apercebendo
deles ao longo do tempo. Há coisas que só se vão
conseguir resolver com tratados internacionais
e não propriamente com regulação local numa
determinada região”. E se com a IA se corre o risco
de até a de se poder “transformar numa máquina
de guerra”, há um risco que “está nas nossas mãos
conseguir evitar: o de não sermos suficientemente
competitivos e avançados como europeus para
podermos concorrer com o resto do Mundo”.
PESSOAS NA BASE DE TUDO
À semelhança da web, a IA já existe há bastantes
anos. Então porque só agora é que está a ser utilizada
e a fazer a diferença? A resposta está, na perspetiva
do Coordenador Científico do EVOLVE, na forma
como se usa a tecnologia, não só para criar valor,
mas para ter sucesso. A IA só passou a ser utilizada
quando surgiu o ChatGPT, que veio demonstrar
que era simples, que comunica com as pessoas
de forma natural e que usa dados estruturados, a
partir de uma base de informação. Mas como é que
se pode criar conhecimento a partir daí? A resposta
está no processo de aprendizagem, que passará
sempre pelas pessoas. Só estas poderão criar valor
e retirar daí uma verdadeira vantagem competitiva,
sendo isto que fará a diferença, na sua perspetiva.
“Olhando para a transformação digital, de que é
que estamos a falar? O que é que muda primeiro?
Muda a relação da pessoa com a máquina, muda
a atividade, muda a função, muda o processo. O
caminho é conhecido, pois já fazemos transformação
digital há muito tempo. A única diferença é que
com a IA terá de haver uma nova abordagem
do que significa saber aprender”, explica Paulo
Cardoso do Amaral. Por isso, recomenda que todas
as organizações tentem obter o melhor processo
de aprendizagem, que “crie conhecimento que é
específico e que não possa ser copiado, para haver
uma vantagem competitiva”.
O também docente da Católica-Lisbon considera a
IA generativa “uma nova ferramenta absolutamente
incrível”, que está agora democratizada. Ainda
estão a ser dados os primeiros passos, com a sua
utilização para a criação de valor, mas, a prazo, terá
de se pensar em “qual será o equilíbrio competitivo
relacionado com o conhecimento que cada
entidade terá de ter para poder ter sucesso”.
2
Os casos de estudo apresentados neste EVOLVE
AI, que foram dinamizados pelos jornalistas Pedro
Santos Guerreiro (diretor executivo da CNN Portugal
e da TVI) e Ana Sofia Cardoso (CNN Portugal)
mostram que a tecnologia já está em todos os
setores. Estes exemplos, nas mais variadas áreas
e com empresas totalmente distintas, mostram
que a IA generativa representa uma verdadeira
mudança de paradigma. Como diz Pedro Santos
Guerreiro, “a IA é um gatilho económico de criação
de valor, mas também parte de uma sociedade que
se pretende mais justa, inclusiva e próspera”.
Os exemplos apresentados mostram como é
que a IA pode acelerar a transformação digital,
num processo que implica riscos, mas também
oportunidades. Implica saber gerir informação,
capacidade de investir, transformar informação em
conhecimento, ter equipas disciplinares, apostar
na formação de pessoas e estabelecer as parcerias
ganhadoras. Mas traz poupanças de custos,
mais qualidade de serviço e da oferta, inovação,
novos processos, mais competências e maior
competitividade.
Afinal, como afirmou o jornalista e diretor executivo
da CNN Portugal no final do evento, “a IA vai ser
uma ferramenta básica. É a palavra-chave. Não é
um bónus ou uma possibilidade, nem futurologia.
E foi isso que vimos em tantos casos, em que a IA
tanto permite evitar apagões de redes elétricas
como saber qual é o momento certo para acender
um forno e ter pão quente a tempo e horas.
Ou soluções que permitem salvar peixes nos
ecossistemas de barragens, mas também salvar
pessoas que tiveram hemorragias cerebrais. Foi
dito que o impossível só precisa de um pouco mais
de tempo. Mas também precisa de outras coisas,
como trabalho de equipa, parcerias e IA. E isto vai
ser básico”.
NOS | CALL REASON PREDICTOR
DXC TECHNOLOGY & MEO |
CHATGPT FOR LEGAL
DOCUMENTS
2024
Dar resposta ao desafio da equipa jurídica da Altice
na intensa e complexa atividade que resulta da
forte regulação do setor das telecomunicações
foi a base do projeto. A solução encontrada,
assentem em IA generativa sobre um repositório
de dados privados, permite não só uma análise
mais completa, como poupanças de tempo e
de esforços. Nuno Moura Pinheiro, Head of Data
& AI na DXC Technology Portugal, explica que o
desafio exigiu cuidados adicionais: “falamos de
documentos legais, informação confidencial e
restrita. Trabalhámos com todos os requisitos de
segurança e com a equipa legal, assim como com
uma equipa de analistas, para conseguir colocar a
IA a identificar as necessidades, definir as ações e
a partir daí permitir perguntas e respostas”. Júlio
César Ribeiro, Applications & Solutions Architecture
da MEO, acrescenta que se tentou o melhor use
case possível, “que reunisse todas as capacidades do
ChatGPT. Por isso trouxemos a solução para a área
jurídica, que implica um enorme esforço humano
na análise, compilação de texto e geração de
soluções”. Resultado, reduziu-se significativamente
o “esforço humano nesta tarefa de análise de textos
e produção dos mesmos. A prova de conceito
rapidamente se que se pretende. Não é só
tecnologia”
Para poupar tempo e reduzir custos operacionais
no serviço ao cliente e atendimento, apostou-se
na criação de formatos de resolução automática.
Como explica Maria Francisca Pinho, AI Project
Management da NOS, “o projeto partiu da
constatação de que havia um volume de chamadas
de clientes meramente informativo, que não
requeriam interação com um humano para
serem resolvidas. Com esta premissa, trabalhámos
em duas dimensões: uma de analítica, com o
desenvolvimento com IA para prever a necessidade
do cliente; outra, com a criação de mecanismos de
resolução automáticos”.
A solução acabou por ter impactos de várias
naturezas: permite uma previsão proativa do motivo
de contato do cliente, implementando formatos
de resolução automática, para promover a rápida
solução dos problemas, eliminando a necessidade
de intervenção humana Segundo Pedro Brandão,
diretor de Market & Customer Intelligence do
operador, o projeto foi diferenciador:
“foram eliminados os tempos de espera dos
clientes, agora com acesso à informação que
necessitam de forma automatizada. Ficámos mais
eficientes e com poupanças não despicientes. Tem
de se trabalhar de forma diferente e tem de se
mudar muita coisa”. A ambição é agora “continuar
a evoluir, crescendo na capacidade conversacional
automatizada”, e já se está a trabalhar nas soluções
de chatboots, já que a capacidade de atendimento
crescentemente automatizada e conversacional se
assume como um verdadeiro game changer.
4
E-REDES | IA AO SERVIÇO DO
OPERADOR DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
HPE & SENSEI | A MUDAR
A FORMA COMO O MUNDO
COMPRA ATRAVÉS DA IA
A opção da E-Redes foi avançar in-house com a
sua transformação digital, através da utilização de
ferramentas de IA. E já tem dois casos concretos:
o PREDIS 3.0, solução que permite a previsão de
séries temporais de energia em grande escala,
para perceber e antecipar os fluxos de potência na
rede e identificar se a tensão se mantém dentro
dos limites regulamentares; e o ARC – Assistente
para Respostas ao Cliente, um assistente virtual
conversacional suportado em IA generativa,
para melhorar, uniformizar e capacitar a rede de
atendimento, reduzindo tempo de resposta e
custos. Catarina Calhau, Data Management and
Analytics Manager da empresa do universo EDP,
adianta que neste segundo exemplo “optámos
por avançar com um assistente de resposta ao
cliente, suportado em IA generativa. Utilizámos os
modelos da OpenAI e aprendemos a trabalhar esta
tecnologia, com um grande investimento na parte
do negócio”. Os impactos diretos foram imediatos:
garantir uma análise mais completa num tempo
mais curto, via assistente conversacional; resposta
com uma maior qualidade e consistência, com
redução do número de reincidências; alavancagem
do conhecimento para as novas iniciativas. Já o
PREDIS 3.0 está na sua 3ª geração. “É um modelo
crítico para a empresa, porque permite antecipar
o que vai acontecer na rede e ter ferramentas
para resolver. Num contexto de transição elétrica,
com um aumento de consumo de energia e
um aumento de produção muito distribuída e
de fontes renováveis, ter a capacidade de saber
o que vai acontecer é crítico. O desafio, mais do
que a componente de machine learning, foi o big
data. Estamos a falar mais de 14 biliões de dados”,
destaca a responsável, que diz que em termos de
perdas da rede já há uma redução de 10%”
A Sensei apostou numa revolução no retalho,
com a criação de lojas automatizadas, tanto
em Portugal como noutros mercados, sem
caixas e impulsionadas por dados, através da
implementação de soluções avançadas de visão
computacional, adaptadas especificamente para
o retalho. Para processar a informação nas lojas,
fez uma parceria com a HPE. Para Rita Ribeirinho,
Marketing Manager da HPE, a solução tecnológica
encontrada não foi simples. Até porque “não é
um caso comum, é um negócio completo que
foi baseado em IA e em engenharia portuguesa,
com criatividade”. O segredo do sucesso assentou
na equipa da Sensei e no trabalho em conjunto,
numa “verdadeira relação de parceria”. É que se
trata de “assegurar computação superpotente e
resiliente, basada em processamento gráfico, com
baixa latência e soberania e privacidade dos dados.
Perante estes requisitos, a solução passa por cada
loja autónoma ter o seu data center dedicado,
com conetividade feita pela HPE”. Na perspetiva
de Vasco Portugal, CEO e co-Founder da Sensei,
o que se fez foi “criar uma tecnologia que permita
ao retalho ser autónomo”. Diz mesmo que “o que
a IA traz é uma mudança de paradigma. Trouxe
duas coisas: visão computacional, que permite
às máquinas conseguirem interpretar e tomar
decisões sobre coisas do dia a dia; e a introdução
dos LLMs, para processar uma quantidade infinita
de dados e a comunicação com as máquinas em
linguagem natural. É a tecnologia ubíqua dentro do
nosso contexto. Estamos a falar de tecnologia que
funciona por si só”. A melhoria da experiência de
compra dos clientes, com pagamentos sem atritos,
precisão de cesto de compras superior a 99% e total
visibilidade das atividades dos clientes em loja,
bem como o aumento da eficiência das operações,
através da monitorização em tempo real do stock
nas prateleiras, foram já resultados alcançados.
CGI | AI HEAD ANALYSIS
NOS & ACCENTURE & PESTANA|
INOVAÇÃO EM HOTELARIA E
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
2024
As hemorragias cerebrais são acidentes vasculares
cerebrais potencialmente fatais, que requerem
tratamento imediato. E os desafios atuais no
diagnóstico incluem a interpretação complexa das
imagens e a escassez de recursos de radiologia,
especialmente em emergências. Para endereçar o
problema, o HUS Helsinki University Hospital juntouse
à CGI e à Planmeca. “A solução encontrada, única
e revolucionária, envolve o tratamento dos dados e
a aprendizagem do algoritmo de IA, o que é um
processo longo e com um vasto ciclo de testes. A
plataforma que foi implementada pretende ter um
diagnóstico rápido e correto deste tipo de problema.
Porque existem casos que, se não foram detetados
rapidamente, provocam a morte do paciente. É
fundamental ter o apoio ao diagnóstico”, comenta
Paulo Pena, Director Consulting da CGI. Assim a AI
Head Analysis é uma ferramenta de IA que permite
analisar as TAC (tomografias computorizadas da
cabeça) em tempo real, para detetar os tipos mais
comuns de hemorragias cerebrais não traumáticas.
O gestor explica que já deteta três das cinco
tipologias destas hemorragias, “correspondendo
a 99% das hemorragias cerebrais agudas não
traumáticas. Olhando para a solução como um
todo, tem um grau de precisão de 98% nesta fase,
uma deteção de negativos quase a 100% e um grau
de sensibilidade superior a 87%”. Adianta ainda que
“nesta fase, está a correr um piloto de usabilidade
no Hospital de Helsínquia. O próximo passo será
a comercialização aos hospitais e fabricantes
de equipamentos. Mas destaca que o “tempo
de desenvolvimento de projetos de IA na área
médica é bastante prolongado, pela necessidade
de aprendizagem e correção dos algoritmos e
pelo tratamento de dados feita in-house, que são
submetidos a um processo de anonimização e de
despersonalização”.
O Grupo Pestana está presente em 16 países,
detendo mais de 100 hotéis, divididos em quatro
marcas distintas. Com a enorme transformação nos
últimos 20 anos e a transição do analógico para o
digital, tudo está a mudar. João Machado, Executive
Committee Member do grupo, diz que “cerca de
70% das reservas do setor vêm de canais online, seja
através de plataformas mundiais, seja dos canais
diretos do grupo”, realidade que “obrigou a uma
alteração completa na forma de trabalhar. Temos
necessidade de ter competências tecnológicas
muito vincadas e de trabalhar as mesmas
variáveis que as grandes plataformas de turismo,
conseguindo taxas de conversão para aumentar as
receitas”. Acresce a nova dinâmica dos preços, cada
vez mais last minute e em constante mudança, em
função da oferta e da procura. Para transformar o
núcleo de atendimento ao cliente e vendas, através
de uma co-parceria da Accenture com a NOS e a
Talkdesk, implementaram uma implementada
uma nova plataforma omnicanal de atendimento
ao cliente (IVR/telefonia, e-mail, chat) suportada
por uma arquitetura de dados. Em paralelo, foram
revistos e otimizados os processos, com integração
entre front/middle offices e implementado
um Value Realization Office para instalação e
monitorização de iniciativas de melhoria contínua.
À NOS, segundo o seu administrador, Manuel
Eanes, cabe “integrar as diversas componentes da
solução: infraestruturas, comunicações, plataforma
e serviços. Garantimos que estas diferentes peças
funcionam em conjunto”. E não tem dúvidas que
“estamos perante uma revolução”
6
GOOGLE CLOUD & CUF |
MEDLM - GENERATIVE AI
IMPACT ON HEALTHCARE
Agregar a informação dispersa por vários sistemas
corporativos e dos dados dos HR (electronic
health records) dos pacientes, assim como de
assegurar uma melhor gestão da elevada carga
administrativa e da fadiga do pessoal clínico eram
desafios a endereçar na CUF. Que pretendia ainda
assegurar um suporte inteligente à tomada de
decisão e diagnóstico. Feito o diagnóstico, foi
desenvolvida uma solução que utiliza o modelo
de IA generativa da Google, o MedLM. De acordo
com Ana Seabra Brito, Care Solutions Lead and
Specialist da CUF, o grupo “tem vindo a fazer um
projeto grande de transformação, para passar de ter
novas ferramentas que são ‘colegas’ dos médicos
e dos profissionais da CUF. Destaco os projetos
para arrumar a casa, que foram muito importantes
neste processo. Com fichas únicas dos clientes, um
arquivo único e a migração do histórico clínico para
um formato que permite a utilização de algoritmos
de IA”. Mais: era fundamental ter um “algoritmo em
constante atualização. A lógica é descobrir, criar em
conjunto, prototipar e entrar em produção. Dando
aos médicos ferramentas muito potentes para
ajudar nas consultas. Fomos à procura de parceiros
e soluções que nos garantissem a obtenção dos
resultados. Este tipo de ferramentas traz mais
eficiência, exatidão e detalhe clínico”. Renato Gomes,
Account Executive da Google Cloud Portugal,
explica que “a iniciativa-chapéu Google Health visa
pensar a saúde como um todo. É uma das áreas
que será mais impactada pela IA generativa. Temos
aperfeiçoado nos dois últimos anos os modelos e
criado modelos Agregar a informação dispersa
por vários sistemas corporativos e dos dados dos
HR (electronic health records) dos pacientes, assim
como de assegurar uma melhor gestão da elevada
carga administrativa e da fadiga do pessoal clínico
eram desafios a endereçar na CUF. Que pretendia
ainda assegurar um suporte inteligente à tomada
de decisão e diagnóstico. Feito o diagnóstico, foi
desenvolvida uma solução que utiliza o modelo
de IA generativa da Google, o MedLM. De acordo
com Ana Seabra Brito, Care Solutions Lead and
Specialist da CUF, o grupo “tem vindo a fazer um
projeto grande de transformação, para passar de ter
novas ferramentas que são ‘colegas’ dos médicos
e dos profissionais da CUF. Destaco os projetos
para arrumar a casa, que foram muito importantes
neste processo. Com fichas únicas dos clientes, um
arquivo único e a migração do histórico clínico para
um formato que permite a utilização de algoritmos
de IA”. Mais: era fundamental ter um “algoritmo em
constante atualização. A lógica é descobrir, criar
em conjunto, prototipar e entrar em produção.
Dando aos médicos ferramentas muito potentes
para ajudar nas consultas. Fomos à procura
de parceiros e soluções que nos garantissem a
obtenção dos resultados. Este tipo de ferramentas
traz mais eficiência, exatidão e detalhe clínico”.
Renato Gomes, Account Executive da Google
Cloud Portugal, explica que “a iniciativa-chapéu
Google Health visa pensar a saúde como um todo.
É uma das áreas que será mais impactada pela IA
generativa. Temos aperfeiçoado nos dois últimos
anos os modelos e criado modelos altamente
especializados de saúde, porque têm um impacto
brutal. Tudo se baseia em modelos precisos,
baseados em dados que são relevantes no tempo.
O que é que vem a seguir? O facto de serem
modelos multi-modais permite uma vasta gama
de aplicações”.
AWS & OUTSYSTEMS |
SALES.AI - ACTIONABLE
SALES INSIGHTS GENERATED
IN CRM THRU GEN AI
Aumentar a produtividade das equipas de vendas,
ajudando a identificar melhor as oportunidades e
a criar uma maior interação com os clientes, era o
objetivo da Outsystems. “Temos um ecossistema
gigante de software na empresa, o que torna dificil
saber tudo o que se passa internamente. Para
endereças o problema criámos o myOutsystems:
permite pedir ajuda, com o sistema a fornecer
toda a informação disponível, para o vendedor
dar uma resposta o mais certa e rápida possível. É
um dos casos que estamos agora a experimentar
com cerca de 100 pessoas”, explica Rodrigo Sousa
Coutinho - AI Product Manager da Outsystems. A
implementação do Sales.AI trouce “personalização
e costumização. Garantir uma experiência única
ao cliente, baseada nas suas preferências. Para
tudo isto funcionar, é impossível assentar apenas
em pessoas. Temos de ter os mais avançados
mecanismos de IA para garantir a automatização”,
2024
acrescenta André Rodrigues, Country Lead
Portugal da AWS. Para quem a aprendizagem
retirada dos “clientes que usam tecnologia de IA
em cima da AWS é que todos nos pedem escolha.
Não há um modelo único que enderece todos os
use cases”. No caso Outsystems, usa a IA para use
cases internos, mas também para dotar os seus
produtos de IA de forma embebida”. Depois de
implementada a solução, que foi incorporada nos
processos de venda da tecnológica, já é visível uma
melhoria da qualidade dos dados, estando entre
70% e 90% das oportunidades centralizadas e com
informações de alta qualidade. Agora, a Ousystems
está a experimentar a IA em várias áreas, com os
modelos da AWS.
CAPGEMINI & E-REDES |
METADATA COLLECTOR – PVNO
SALESFORCE & PORTA DA
FRENTE (CHRISTIES) |
OTIMIZAR GESTÃO DE
CLIENTES E PROCESSOS
O objetivo da Porta da Frente, imobiliária com
um serviço personalizado, foi otimizar a gestão
de clientes e os processos internos. Recorreu à
Salesforce para encontrar uma solução para uma
integração mais eficiente entre as diferentes áreas,
melhorando comunicação e gestão de dados.
Esta visão unificada permitiu obter um impacto
significativo na forma de lidar com clientes e na
gestão de imóveis, além do reforço da eficiência
operacional. “O projeto tem três anos e já está
implementado. Implicou uma transformação
cultural e processual que ainda está a decorrer.
Estamos a meio do processo, tendo em conta
todo o potencial de coisas que podemos fazer
em cima desta solução. Há custos de mudança,
pois as próprias lideranças têm medo e falta
de informação, quando o processo tem de ser
liderado por elas e ser estratégico”, refere João
Cília, CEO da Porta da Frente (Christies). Num
mercado altamente competitivo e com clientes
mais exigentes, “é fundamental as mediadoras
serem as primeiras a chegar ao cliente. É aí que se
centra a competição”, acrescenta,
O desafio era ultrapassar as ineficiências e falhas
nas comunicações que impactam negativamente
o abastecimento de energia elétrica e reforçar a
digitalização da cadeia de valor do Sistema Elétrico
Nacional. Para João Galamba Oliveira, Mission
Critical Platform Advisor da E-REDES, “a resiliência
da rede elétrica é cada vez mais essencial, para
garantir o equilíbrio entre produção e consumo.
E já é possível, com redes inteligentes com
capacidade para gerir a situação. São sistemas que
falam entre si para permitir uma gestão equilibrada
de um sistema de gestão avançado e conectado”.
Assim, foi criado um PVNO (Private Virtual
Network Operator), num modelo inclusivo, que
permite a participação simultânea dos operadores
nacionais do serviço móvel terrestre. “A verdade é
que a rede elétrica e de telecomunicações estão
profundamente interligadas. Com a transição
que queremos fazer para o 5G também estão
envolvidos com este caso de uso muito particular
que é a gestão da rede elétrica. Queremos uma
rede para ambientes industriais, tudo a funcionar
em 5G, com garantia de fiabilidade de resiliência”,
acrescenta o responsável da E-REDES. Para Pedro
Corista, Technical Coordinator for Energy and
Utilities da Capgemini, o que se construiu foi uma
plataforma aberta para “fazer a monitorização de
todos os insights que chegam à rede elétrica. O que
implica colocar uma camada analítica em cima dos
dados e saber como endereçar um grande volume
de dados. Utilizamos IA e algoritmos de machine
learning sem nenhuma interação humana, que
detetam padrões de mudança e problemas na
rede. Este é um sistema resiliente, que garante
que tudo funciona corretamente. Conseguimos
saber o que está bem e mal, dando a informação às
equipas do terreno para os resolver”.
8
AXIANS & PANIKE |
INDÚSTRIA 4.0 POWERED BY IA
NTT DATA & EDP | IDENTIFYING
FISH WITH DEEP LEARNING IN
PORTUGUESE DAMS
A solução de manutenção preditiva, assente em
IA, identifica pontos de melhoria, sustentabilidade,
qualidade do produto e menos paragens na
produção nas linhas da Panike. Daniel Teixeira,
Operations Director da empresa que fabrica
produtos de padaria e pastelaria congelada, destaca
que num cenário de um mercado altamente
competitivo, foram realizados investimentos em
linhas de produção automáticas e em sistemas
de monitorização. “Já temos uma plataforma a
nível de dados muito fiável e importante, com
controlo da gestão e da operação. A parceria com
a Axians deu-nos a oportunidade de ir mais longe:
através da IA, analisar toda a informação recolhida
online para entender melhor as oportunidades
de melhoria que nos escapam. O projeto focase
essencialmente em linhas de produção, para
ganhar qualidade e garantir menos consumo
energético”. Nuno Antunes, Account Manager
Manufacturing and Services da Axians, considera
que “a Panike simboliza o que é a inovação na
indústria. Tudo se deve ao investimento que tem
vindo a fazer nas linhas de produção e na inovação
nos processos. Renovou o mercado do pão, com a
necessária capacitação em tecnologias”. Sobre o
projeto em concreto, João Domingues, Innovation
Lead da Axians, explica que tudo começou com
a linha de produção que tinha mais maturidade:
“identificámos que havia 42 dias onde não se
produzia. Olhando para os dados e trabalhando
com modelos, conseguiu-se um aumento de
capacidade produtiva de 15%. Estamos a falar de
uma linha e a Panike tem 15”. Foi também criado
“um digital twin para, em ambiente de simulação,
ser usado diariamente em iniciativas de poupança
energética. E identificámos a necessidade de ter
uma visão holística da performance das linhas,
sendo desenvolvida uma aplicação que mede
em tempo real a informação, para avaliar a sua
performance, produção e centros de trabalho.
Trará uma grande capacidade de decisão em
tempo real”.
Digitalizar o processo de monitorização da
passagem de espécies aquáticas que anualmente
sobem o rio Douro e atravessam barragens já
é uma realidade, através do FishNet. O projeto
utiliza aprendizagem automática e algoritmos de
IA para detetar e contar automaticamente cada
espécie e reportar as populações aquáticas que
vivem no rio e está alinhado com o compromisso
de promover soluções inovadoras e sustentáveis.
“Fomos desafiados a desenvolver a solução pela
EDP Produção, que detém dentro do grupo EDP
as barragens. Estas têm as eclusas de peixes,
mecanismo que assegura que a biodiversidade
de todo o ecossistema está garantida. A empresa
tem a obrigação legal de monitorizar e de reportar
que tudo está a funcionar, sendo que o trabalho
era feito por biólogos de forma manual, a partir de
vídeos de muitas horas do fundo das barragens,
que implicava ainda categorização de espécies”,
explica Tiago Moura Antunes, Head of Global Digital
Factory da EDP. Mas como é que se iria olhar para os
dados, automatizar o processo e torná-lo eficiente?
Para José Varela, AI Evangelist da NTT DATA
Portugal, “um dos desafios foi a dificuldade dos
dados em si, muito variados, as diferentes câmaras
que existiam e as características de cada barragem.
A análise por IA tornava-se muito complexa. O
projeto funcionou com dados específicos fechados,
para os quais foi criado um robô que os converteu,
seguido de um processo de preparação. O passo
seguinte foi encontrar o modelo correto e treinálo,
porque havia que processar muitas horas de
vídeo. Depois, passou-se à implementação do
modelo no ecossistema e ao treino das equipas. A
solução está já em três barragens, com o objetivo
de catalogar e identificar peixes e ver se está tudo
bem. A IA é usada como analítica de vídeo, sendo
altamente exponencial a sua utilização para escalar
para outras barragens. É uma solução que nos dá
asas, para encontrar outras utilizações”, remata o
responsável da EDP.
MEO EMPRESAS &
UNIVERSIDADE LUSÓFONA |
ASSISTENTES VIRTUAIS NO
ATENDIMENTO
CTT | ASSISTENTE VIRTUAL
HELENA
2024
Libertar os assistentes humanos de algumas
tarefas, reduzir custos e disponibilizar atendimento
24/dia aos alunos foi a visão que a MEO Empresas
apresentou à Universidade Lusófona. “Todos os
players estão a desenvolver com a IA conceitos
e análises, para trazer ao país mais-valias e
competitividade. E colocar a tecnologia ao serviço
dos clientes. Desafiámos proactivamente a Lusófona
para uma prova de conceito com assistentes
virtuais, para ganhar maior capacidade de resposta
em atividades rotineiras”, explica Rui Felício, diretor
comercial da MEO Empresas. “O desafio da MEO
surgiu numa altura de reorganização de serviços.
Percebemos que perdíamos muitas chamadas
em certas alturas do ano, mesmo com reforço da
equipa. Era complicado dar resposta a candidatos
e alunos. A escolha foi óbvia, com a implementação
do use case de informação de candidaturas.
Libertámos os operadores para outras tarefas mais
complexas que requerem a intervenção humana. O
boot facilita muito, liberta-nos e dá uma resposta
muito mais rápidas. Há 40% de taxa de sucesso”,
explica Rita Freitas da Costa, coordenadora do
SIGA (Serviço Integrado de Gestão de Alunos) da
universidade. Agora, “estamos no caminho usar o
use case na otimização de outros processos. Ainda
estamos numa fase muito embrionária, pois foi
uma prova de conceito. Mas já temos uma equipa
multidisciplinar. O grande objetivo vai ser a MEO
ensinar-nos a treinar os boots de atendimento.
Será um processo longo e de forma faseada, seja
no canal de voz, seja para avançar para o chatboot,
com uma ligação através de APIs à nossa central de
ajuda”, acrescenta.
Chama-se Helena e é novo assistente virtual dos
CTT. É ainda um “caso de uso, live há 11 meses
para apoio direto ao cliente final. A solução tem 4
componentes: recurso ao ChatGPT, um knowledge
base específico, promping e orquestração, para
garantir a transacionalidade, com pesquisa aos
sistemas na resposta”, afirma Diogo Oliveira, Diretor
de Transformação do operador postal. “Queríamos
ser os primeiros na IA generativa. É um novo
paradigma que se abre, com um assistente que
permite mais produtividade. O desafio foi saber
como testar a solução, pois tínhamos milhares de
perguntas formuladas e respostas, e de saber como
dar resposta a clientes que fazem questões muito
incompletas”, acrescenta. Cláudia Serra, diretora de
Apoio e Voz do Cliente dos CTT, não tem dúvidas de
que “a Helena veio marcar a diferença no volume
de procura por parte dos clientes. Há mais de 2,5 mil
interações por dia de assistência virtual. Tivemos
ainda melhorias imensas em termos de satisfação
dos clientes. E internamente, nas equipas, houve
ganhos enormes. Até recorrem à Helena para
darem respostas mais completas aos clientes,
tornando mais célere o atendimento humano”.
Agora, garante que “queremos que vá muito além,
com novos serviços. Dando a mesma experiência
aos clientes nos vários canais. Começámos pelo
chatboot, mas não por voz. Queremos avançar para
a voz e expandir ao Facebook e Instagram, pois já
estamos no WhatsApp. Há um potencial enorme
e muito caminho pela frente”, assegura. Diogo
Oliveira remata: “Nos CTT, queremos apostar muito
em IA. Este ano, definimos uma estratégia para
construir as fundações, como ter uma arquitetura
de referência e garantir a qualidade dos dados,
pois não há IA sem dados. Estamos também com a
componente das novas regras do IA Act, para o qual
temos de nos preparar. E a apostar na capacitação
das pessoas, para terem um pensamento mais
disruptivo, para tirarem todo o proveito da
tecnologia”.
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PROGRAMA LISBOA, 9 OUTUBRO 2024
9:30
9:40
BOAS-VINDAS
Rogério Carapuça, Presidente APDC
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E IA:
APRENDIZAGEM E INOVAÇÃO NA CADEIA DE
VALOR
Paulo Cardoso do Amaral, Coordenador Científico
EVOLVE
CASOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
10:00
10:20
10:40
11:00
11:20
CALL REASON PREDICTOR
Pedro Brandão – Diretor de Market & Customer
Intelligence, NOS
Maria Francisca Pinho – AI Project Management,
NOS
CHATGPT FOR LEGAL DOCUMENTS
Nuno Moura Pinheiro – Head of Data & AI na DXC
Technology Portugal
Júlio César Ribeiro – Applications & Solutions
Architecture, MEO
IA AO SERVIÇO DO OPERADOR DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
Catarina Calhau – Data Management and Analytics
Manager, E-REDES
A MUDAR A FORMA COMO O MUNDO COMPRA
ATRAVÉS DA IA
Rita Ribeirinho – Marketing Manager, Hewlett
Packard Enterprise
Vasco Portugal – CEO e Co-Founder, Sensei
INTERVALO PARA CAFÉ
CASOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
11:50
AI HEAD ANALYSIS
Paulo Pena – Director Consulting, CGI
13:10
INTERVALO PARA ALMOÇO (almoço livre)
CASOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
14:30
14:50
15:10
15:30
15:50
16:10
OTIMIZAR GESTÃO DE CLIENTES E PROCESSOS
Tiago Machado – Sales Manager, Salesforce
João Cília – CEO, Porta da Frente
METADATA COLLECTOR - PVNO
Pedro Corista – Technical Coordinator for Energy
and Utilities, Capgemini
João Galamba Oliveira – Mission Critical Platform
Advisor, E-REDES
INDÚSTRIA 4.0 POWERED BY IA
João Domingues – Innovation Lead, Axians
Nuno Antunes – Account Manager Manufacturing
and Services, Axians
Daniel Teixeira – Operations Director, Panike
IDENTIFYING FISH WITH DEEP LEARNING IN
PORTUGUESE DAMS
José Varela – AI Evangelist, NTT DATA Portugal
Tiago Moura Antunes – Head of Global Digital
Factory, EDP
ASSISTENTES VIRTUAIS NO ATENDIMENTO
Rui Felício – Diretor Comercial, MEO EMPRESAS
Rita Freitas da Costa – Coordenadora, SIGA (Serviço
Integrado de Gestão de Alunos), Universidade
Lusófona
HELENA, ASSISTENTE VIRTUAL DOS CTT
Cláudia Serra – Diretora de Apoio e Voz do Cliente,
CTT
Diogo Oliveira – Diretor de Transformação, CTT
ENCERRAMENTO
12:10
INOVAÇÃO EM HOTELARIA E TRANSFORMAÇÃO
DIGITAL
Vasco Costa – Managing Director, Accenture
Manuel Eanes – Administrador, NOS
João Machado – Executive Committee Member,
Pestana Group
12:30
12:50
MEDLM - GENERATIVE AI IMPACT ON
HEALTHCARE
Renato Gomes – Account Executive, Google Cloud
Portugal
Ana Seabra Brito – Care Solutions Lead and
Specialist, CUF
SALES.AI - ACTIONABLE SALES INSIGHTS
GENERATED IN CRM THRU GEN AI
André Rodrigues – Country Lead Portugal, AWS
Rodrigo Sousa Coutinho – AI Product Manager,
Outsystem
Reportagem
2024
Veja o vídeo
do evento aqui
Reportagem
fotográfica
digital business
community
o UPDATE tem como objetivo disponibilizar informação estruturada sobre cada uma das iniciativas promovidas pela APDC.
Pretemde-se facilitar, a todos os interessados, um arquivo com os conteúdos mais relevantes de cada evento, que poderá ser
consultado em www.apdc.pt
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