MAGAZINE RALIS ONLINE - VODAFONE RALLY DE PORTUGAL
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#1/2025
ralisonline.net
MAIS UMA GRANDE EDIÇÃO
A
edição 2025 ficará
na história do Rally
de Portugal, mais
não seja por toda
a envolvência de
público que acompanhou na
estrada esta tremenda prova
automobilística.
Aliás, o público e a forma como
se comportou foi, sem dúvida,
um dos muitos protagonistas
deste rali, logo a começar pelo
excelente nível organizativo,
com o ACP a realizar
provavelmente o mais “maduro”
evento de sempre, da já longa
história desta prova.
Houve por assim dizer uma
sintonia quase perfeita entre
o público e organizador,
resultante de um grande
trabalho que tem vindo a ser
efetuado nos últimos anos
pelo ACP. Talvez por isso, no
Confurco, no troço de Fafe, com
uma enorme tarja vermelha
onde constava o nome e a
imagem, o público agradeceu
a Carlos Barbosa, Presidente
da Comissão Organizadora do
Vodafone Rally de Portugal.
Do ponto de vista competitivo
foi uma prova interessante,
não a melhor de sempre, mas
uma boa prova, com incerteza
quanto ao vencedor até
quase ao final do segundo
dia. Porém, desportivamente
foi um espetáculo tremendo
aquele a que se assistiu nos
troços de terra deste rali. É
precisamente este espetáculo
que faz o público vir aos troços
e vibrar com a passagem dos
carros de ralis, sobretudo dos
atuais Rally1, verdadeiros
monstros, que conduzidos por
estes pilotos profissionais,
proporcionam sempre muito
espetáculo à sua passagem.
DO MAIOR RALI DO MUNDO
Fala-se em cerca de um milhão
de espetadores, pelo menos
é o que nos vende o ACP, mas
diria que mais importante
que esse número (até pode ser
maior) é sentir nos troços a
enorme emoção que se “vive”
e o extraordinário ambiente
que só estando lá se consegue
perceber. Quer se goste, quer
não se goste, mesmo com
muitos exageros e muita coisa
absurda que se vê nos troços
por parte dos adeptos (alguns
nem veem os carros passar), é
todo esse ambiente que deixa
os estrangeiros que nos visitam
com vontade de regressar de
novo.
Felizmente que o Rally de
Portugal está garantido no
Mundial de Ralis, pelo menos,
por mais três anos, mas diria
que bem poderá manter-se
por muitos mais anos, se a
organização e o público se
continuarem a entender da
mesma forma como o fizeram
este ano.
Bons ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem
paulohomem.ralisonline@gmail.com
DIREÇÃO EDITORIAL+TEXTOS
Paulo Homem
paulohomem.ralisonline@gmail.com
DESIGN E PAGINAÇÃO
Marta Moita
paginacao@posvenda.pt
FOTOS
Paulo Homem
André Ribeiro
ACP
Hyundai (Oficiais)
Toyota (Oficiais)
Ford M-Sport (Oficiais)
AGRADECIMENTOS
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r a l i s o n l i n e . n e t
1 a ETAPA
OTT TÄNAK MARCOU O RITMO
A edição 2025 do Vodafone Rally de Portugal esteve
ao rubro na 1ª etapa! Após 11 classificativas e cerca
de 150 quilómetros disputados ao cronómetro, os
dois primeiros classificados terminaram a primeira
etapa separados por escassos 7 segundos e o top 5
por apenas 32,7 segundos. Ott Tänak (Hyundai) foi o
herói do dia, contrariando o domínio que a Toyota tem
exercido desde o início do ano. Pela primeira vez na
sua carreira, Pedro Almeida (Skoda) foi o melhor entre
os concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis e
o primeiro entre os pilotos nacionais.
OTT TÄNAK
Com sete vitórias
em 11 troços, a
Hyundai entrou em
grande forma na
primeira etapa do
Vodafone Rally de Portugal.
Ott Tänak assumiu a liderança
logo na primeira especial
do dia e, até à chegada a
Matosinhos, conseguiu suster
os ataques da armada da Toyota.
Curiosamente, o tempo mais
rápido do estónio, registado
na última classificativa,
assinalou o 400.º da sua
carreira no WRC. “Foi uma
etapa exigente, especialmente
nas segundas passagens. Nem
sempre consegui encontrar
o ritmo ideal, mas as duas
últimas especiais correram
bem”, afirmou.
Com duas vitórias em troços,
Sébastien Ogier partia para
ELFYN EVANS
KALLE ROVANPERÄ
o segundo dia a apenas sete
segundos do rival da Hyundai
Shell Mobis World Rally Team.
“Hoje foi uma etapa difícil.
Guardei os pneus macios para
amanhã e espero que tenha sido
uma boa decisão”, referiu o
piloto da Toyota Gazoo Racing
WRT.
Nas posições imediatas
terminaram os colegas de
equipa Takamoto Katsuta e o
bicampeão do mundo Kalle
Rovanperä, que conseguiu
manter Thierry Neuville
(Hyundai) à distância nos
quilómetros finais. O belga
perdeu preciosos segundos com
um pião na secção matinal.
“Foi difícil fazer bons tempos.
Os pisos estavam muito
escorregadios. Estou feliz por
termos recuperado a velocidade
e estar mais à vontade com o
carro na parte final.”
Já Elfyn Evans, atual líder do
WRC, “pagou” pelo estatuto de
líder do campeonato, ao ter de
abrir a estrada – tarefa ingrata
que lhe custou tempo precioso
face aos rivais diretos na luta
pelo título. “Foi um dia difícil
e algo frustrante. Esperávamos
THIERRY NEUVILLE
estar mais bem classificados,
mas terminámos. Esperemos
que amanhã corra melhor.”
Sami Pajari, da Toyota,
conseguiu manter-se à frente
dos Ford Puma de Grégoire
Munster e Josh McErlean,
segurando a sétima posição.
Mārtiņš Sesks, da M-Sport
Ford, teve de parar 3,8 km após
o início da primeira especial
para trocar a roda dianteira
esquerda, depois de embater
numa pedra e furar. O incidente
custou ao letão três minutos e
meio, comprometendo qualquer
hipótese de um bom resultado
no dia.
Entre as incidências da
primeira etapa, destaque
para a desistência de Adrien
Fourmaux. O piloto da Hyundai
foi o mais rápido nas quarta e
quinta especiais, aproximandose
a apenas duas décimas de
segundo da liderança da geral,
antes de não conseguir evitar
um pião na segunda passagem
por Arganil. O impacto
danificou a suspensão do seu
Hyundai i20, forçando o francês
a abandonar para o resto do dia.
SÉBASTIEN OGIER
DOMÍNIO TOTAL DE
OLIVER SOLBERG NO WRC2
Na categoria WRC2, Oliver
Solberg dominou ao volante
do Toyota GR Yaris Rally2,
encerrando a etapa entre os dez
primeiros da geral. O piloto
sueco terminou a primeira
etapa com uma vantagem de
53,5 segundos sobre Gus
Greensmith (Skoda), depois
de Yohan Rossel (Citroën)
ter sofrido um furo na última
classificativa, caindo para o
terceiro posto.
A ESTREIA DE PEDRO ALMEIDA NO
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS
A primeira etapa do Vodafone
Rally de Portugal fez parte do
Campeonato de Portugal de Ralis
(CPR) e terminou com a vitória de
Pedro Almeida (Skoda Fabia RS
Rally2), após um verdadeiro golpe
de teatro já depois de concluída a
última classificativa. Kris Meeke
(Toyota GR Yaris Rally2) foi o mais
rápido depois de concluídas as 11
classificativas, mas na ligação
para o parque fechado na Exponor,
a suspensão cedeu e o piloto foi
obrigado a desistir. O azar do piloto
inglês foi a sorte de Pedro Almeida,
que assim conquistou a primeira
vitória no campeonato nacional, com
2,7 s de vantagem sobre Armindo
Araújo (Skoda Fabia RS Rally2) e
59,1s sobre Pedro Meireles (Skoda
Fabia RS Rally2).
DIOGO SALVI
GRÉGOIRE MUNSTER
O MELHOR SHAKEDOWN DE SEMPRE
O Shakedown do Rally de Portugal
2025 foi provavelmente o
melhor de sempre. A organização
estruturou caminhos internos
para os espetadores (para além da
pista de Baltar), que permitiu a
muitos adeptos acompanhar sem
sobressaltos esta especial de
abertura. O nível organizativo está
muito alto no Rally de Portugal!!!
Para além disso, mesmo que os
tempos não contem para nada, o
Shakedown acabou por ser um grande
espetáculo desportivo quer na parte
do troço, quer na pista de Baltar, que
voltou a reunir muitos adeptos.
VÍDEOS
FIGUEIRA DA FOZ DEU INÍCIO AO ESPETÁCULO
O galês Elfyn Evans começou da
melhor forma a 58.ª edição do
Vodafone Rally de Portugal, ao
assinar o melhor tempo na Super-
Especial da Figueira da Foz,
classificativa de abertura da prova.
O piloto da Toyota impôs-se nos
2,94 km do traçado urbano, com
o azul do Atlântico como pano
de fundo, terminando com apenas
duas décimas de vantagem sobre
Ott Tänak (Hyundai) e Sébastien
Ogier (Toyota). O público marcou
presença, mas a enorme lista
de participantes fez com que o
espetáculo acaba-se muito tarde e,
como tal, os últimos concorrentes
tiveram que fazer a especial já
com luz artificial e quase sem
espetadores.
HUGO LOPES EM FUNÇÕES ESPECIAIS
Hugo Lopes / Magda Oliveira
estiverem aos comandos do “carro
zero” na edição 2025 do Vodafone
Rally de Portugal. Antes da prova
o piloto de Viseu dizia: “é uma
honra enorme poder abrir a estrada
num rali com esta importância,
história e dimensão. Estar ao
volante de um Rally2, ao longo de
quatros dias, com condições tão
variadas, vai ser uma aprendizagem
fundamental. Para além da
responsabilidade, cada especial
será uma oportunidade para ganhar
confiança e conhecimento num
Rally2. Quero agradecer ao ACP
pela confiança e pela oportunidade.
Vamos encarar esta missão com o
máximo de profissionalismo e com
o entusiasmo de quem está a viver
um sonho de infância: fazer parte do
Vodafone Rally de Portugal.”
CLASSIFICAÇÕES FINAIS
CLASSIFICAÇÕES
COMPLETAS
1º OTT TÄNAK / MARTIN JÄRVEOJA HYUNDAI I20N RALLY1 1H41M26,2S
2º SÉBASTIEN OGIER / VINCENT LANDAIS TOYOTA GR YARIS RALLY1 +7,0S
3º TAKAMOTO KATSUTA / AARON JOHNSTON TOYOTA GR YARIS RALLY1 +27,1S
4º KALLE ROVANPERÄ / JONNE HALTTUNEN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +28,3S
5º THIERRY NEUVILLE / MARTIJN WYDAEGHE HYUNDAI I20N RALLY1 +32,7S
6º SAMI PAJARI / MARKO SALMINEN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +1M01,4S
7º ELFYN EVANS / SCOTT MARTIN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +1M09,0S
8º GRÉGOIRE MUNSTER / LOUIS LOUKA FORD PUMA RALLY1 +1M50,2S
9º JOSHUA MCERLEAN / EOIN TREACY FORD PUMA RALLY1 +1M54,3S
10º OLIVER SOLBERG / ELLIOTT EDMONDSON TOYOTA GR YARIS RALLY2 +3M38,2S (1.º RALLY2)
27º KRIS MEEKE / STUART LOUDON TOYOTA GR YARIS RALLY2 +9M01,7S (1.º CPR)
29º PEDRO ALMEIDA / ANTÓNIO COSTA SKODA FABIA RS RALLY2 +9M11,2S (1.º PORTUGUÊS)
2 a ETAPA
SÉBASTIEN OGIER
DIREÇÃO ASSISTIDA TRAMOU TÄNAK
Golpe de teatro no Vodafone Rally de Portugal no decorrer da
segunda etapa. Líder desde a segunda classificativa, Ott Tänak
foi traído pela direção assistida do seu Hyundai na segunda
passagem por Amarante (17.ª especial da prova) e caiu para o
terceiro lugar. Com apenas 72,1 quilómetros cronometrados
por disputar, só um imprevisto poderia impedir Sébastien
Ogier de alcançar a sua sétima vitória em Portugal, mantendo a
invencibilidade da Toyota na presente época do Campeonato do
Mundo de Ralis (WRC).
Seis anos após a
sua única vitória
em solo português,
Tänak parecia bem
encaminhado para
repetir o feito e conquistar o
primeiro triunfo do ano para
a Hyundai. Ao longo do dia,
e depois de ver Ogier reduzir
a diferença para apenas
dois segundos, o estónio
voltou a acelerar, reforçando
gradualmente a liderança.
Tudo indicava que terminaria
a etapa com uma vantagem
de pelo menos 15 segundos,
mas um problema na direção
assistida do seu Hyundai
OTT TÄNAK
SAMI PAJARI
traiu-lhe as expectativas.
“Super fácil! Lindo!”, ironizou
Tänak no final da especial,
acrescentando mais tarde, já
mais a frio: “Faz parte do jogo,
acho eu. É muito azar, mas
demos tudo da nossa parte. O
que mais posso dizer?”
Ogier estava assim bem
posicionado para conquistar o
seu sétimo triunfo em Portugal,
mas fez questão de reconhecer:
“Não é a forma como se quer
vencer uma luta. Estávamos
os dois a forçar bastante,
mesmo que ele (Ott) estivesse
um pouco mais rápido.
Precisávamos de manter a
pressão”. O francês partia para
o último dia com 27,6 segundos
de vantagem sobre o colega de
equipa Kalle Rovanperä, mas
sublinha: “O rali ainda não
acabou. Amanhã vai ser um dia
longo.”
Rovanperä, que herdou a
segunda posição, resumiu
assim: “Foi um dia longo e
estamos aqui, por isso é bom.”
O finlandês parte para domingo
com 8,5 segundos de vantagem
sobre Tänak, num duelo que
promete.
ARMINDO ARAÚJO
Takamoto Katsuta mostrou
um ritmo impressionante em
alguns momentos, mas foi
perdendo tempo para Rovanperä
e acabou por ceder à pressão do
campeão do mundo em título,
Thierry Neuville. Apenas 1,9
segundos separavam os dois
após a SS16, mas o belga
passou para a frente na segunda
passagem por Amarante e
terminou o dia em quarto lugar.
O atual líder do WRC, Elfyn
Evans, beneficiou de uma
posição mais favorável na
estrada este sábado, mas
teve dificuldades em ganhar
terreno ao seu colega de equipa
Sami Pajari, terminando o
dia no sétimo lugar, atrás
do jovem finlandês, que tem
impressionado.
Josh McErlean foi o melhor
dos quatro pilotos da M-Sport
Ford Puma. Conseguiu superar
o colega de equipa Grégoire
Munster ao longo do dia,
assegurando o oitavo lugar.
Munster teve dificuldades em
encontrar a afinação ideal
durante a manhã e acabou por
estabilizar na nona posição.
MĀRTIŅŠ SESKS
OLIVER SOLBERG MANTÉM
LIDERANÇA NO WRC2
No décimo lugar da geral,
Oliver Solberg passou grande
parte do dia a gerir pneus,
poupando os de composto
macio para atacar no domingo
e utilizando compostos duros
no seu Toyota GR Yaris. A
estratégia resultou e o sueco
terminou o dia com 50,1
segundos de vantagem sobre
Gus Greensmith (Škoda Fabia
RS) e 55,6 segundos sobre
Yohan Rossel (Citroën C3
Rally2). “Houve troços com
muitas pedras e trilhos. Tentei
conduzir de forma limpa”,
explicou Solberg.
KALLE ROVANPERÄ
Nikolay Gryazin (Škoda Fabia
RS Rally2) foi forçado a
abandonar após sair de estrada
em Cabeceiras de Basto 2,
quando era quarto classificado.
O lugar foi ocupado por Roope
Korhonen (Toyota GR Yaris
Rally2), que chegou a vencer
um troço durante o dia.
No final da etapa, Armindo
Araújo (Škoda Fabia RS Rally2)
era o melhor português em
prova: “Temos a nossa posição
consolidada e queremos mantêla
até ao fim. Não podemos
correr riscos desnecessários.
O carro tem estado muito bem,
sem qualquer problema”,
afirmou. Diogo Salvi (Ford Puma
Rally1) segue como o segundo
melhor português, seguido por
Pedro Meireles e Diogo Marújo,
ambos em Škoda Fabia RS
Rally2.
YOHAN ROSSEL
APOSTA GANHA EM SEVER DO VOUGA
A aposta da organização em
dois novos troços na edição
2025 do Rally de Portugal foi
absolutamente ganha, mesmo
que se tenha tornado o primeiro
dia demasiado longo e duro para
pilotos. Junto à Casa do Guarda,
no troço de Sever / Albergaria,
juntaram-se ao final do dia
milhares e milhares de pessoas.
Aliás, a polícia e os marshall´s
tiveram mesmo dificuldade em
aguentar a multidão que começou
a sair ainda nem 20 carros tinham
passado no troço. Por pouco o rali
não teve que parar.
LOUSADA COM NOVA IMAGEM
A especial de Lousada, no final
da segunda etapa, recebeu uma
verdadeira enchente de adeptos de
rali, que tiveram a oportunidade
de testemunhar in-loco o novo
traçado do circuito, resultante
das obras de remodelação que
recebeu recentemente. Pode-se
dizer que o resultado final foi
excelente, após um desafiante
teste como é este de receber o
Rally de Portugal.
PÚBLICO EM ALTA
A edição 2025 do Vodafone Rally
de Portugal teve cerca de 1
milhão de espetadores na estrada,
segundo dados do ACP, entidade
organizadora. O público mais uma
vez fez a grande festa e quase
não existe registos de problemas,
nem incidências, o que é notável
para uma prova desta dimensão.
Em muitas zonas espetáculo,
as famosas ZE, os adeptos do
rali acorreram em força, mas a
organização montada nessas ZE e
fora delas foi excelente, ao qual
se juntarem polícias e marshall´s
mais colaborantes e com mais bom
senso para estas “coisas” dos
ralis.
CLASSIFICAÇÕES FINAIS
CLASSIFICAÇÕES
COMPLETAS
1º SÉBASTIEN OGIER/VINCENT LANDAIS TOYOTA GR YARIS RALLY1 3H01M04,7S
2º KALLE ROVANPERÄ/JONNE HALTTUNEN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +27,6S
3º OTT TÄNAK/MARTIN JÄRVEOJA HYUNDAI I20N RALLY1 +36,1S
4º THIERRY NEUVILLE/MARTIJN WYDAEGHE HYUNDAI I20N RALLY1 +44,6S
5º TAKAMOTO KATSUTA/AARON JOHNSTON TOYOTA GR YARIS RALLY1 +46,8S
6º SAMI PAJARI/MARKO SALMINEN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +1M58,4S
7º ELFYN EVANS/SCOTT MARTIN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +2M15,9S
8º JOSHUA MCERLEAN/EOIN TREACY FORD PUMA RALLY1 +4M13,2S
9º GRÉGOIRE MUNSTER/LOUIS LOUKA FORD PUMA RALLY1 +4M41,7S
10º OLIVER SOLBERG/ELLIOTT EDMONDSON TOYOTA GR YARIS RALLY2 +7M07,5S (1º RALLY2)
26º ARMINDO ARAÚJO/LUÍS RAMALHO SKODA FABIA RS RALLY2 +17M20,07S (1º PORTUGUÊS)
3 a ETAPA
OGIER GERIU ATÉ À
7ª VITÓRIA EM PORTUGAL
Vitória de Sébastien Ogier no Vodafone Rally de
Portugal 2025 – a sétima do piloto francês na
prova e a 63.ª da sua carreira no Campeonato do
Mundo de Ralis (WRC). Um sucesso que permitiu
à Toyota manter a invencibilidade na presente
temporada. Depois de liderar cerca de dois
terços da prova, o azarado Ott Tänak (Hyundai)
terminou no segundo lugar, ainda assim com o
mérito de ter sido o piloto com mais vitórias
em especiais. O pódio ficou completo com
Kalle Rovanperä (Toyota), em terceiro. Armindo
Araújo (Škoda) foi, pela 14.ª vez, o melhor piloto
português. Com organização do Automóvel Club
de Portugal (ACP), mais uma edição marcada pela
competitividade e pela adesão do público: mais
de um milhão de espetadores distribuídos pelas
regiões Centro e Norte do país.
SÉBASTIEN OGIER
Os oito títulos e
as 63 vitórias no
WRC conferemlhe
o estatuto de
lenda do desporto
mundial, mas nem os sucessos
e muito menos a idade afetam a
motivação ou mesmo a rapidez
de Sébastien Ogier. Quinze
anos depois de ter conquistado
a primeira vitória no WRC,
OTT TÄNAK
precisamente em Portugal, o
francês de 41 anos (nasceu a 17
de dezembro de 1983) somou
o 63.º triunfo da carreira e o
sétimo na prova organizada
pelo ACP. Ou seja, em década e
meia, ganhou quase metade das
edições em que participou e,
este ano, de novo com uma das
menores margens da história:
8,7 segundos. “Acho que é
algo de que me posso orgulhar:
continuar competitivo depois
de todos estes anos. O carro
esteve ótimo durante todo o
fim de semana. Mostrámos mais
uma vez que a gestão de corrida
é uma arte que dominamos.
Feliz… ganhar sete vezes em
Portugal não é nada mau. O
público empurrou-me desde os
reconhecimentos. Foi uma luta
difícil com o Ott e não foi justo
com o problema que ele teve”,
admitiu Ogier.
Na segunda posição, a escassos
8,7 segundos, terminou o piloto
que venceu maior número de
classificativas – 12 – mas
também o grande azarado da
edição deste ano do Vodafone
Rally de Portugal: Ott Tänak.
SAMI PAJARI
O estoniano liderou a prova da
segunda à 16ª classificativa, até
a direção assistida do Hyundai
o trair e o obrigar a perder umas
boas dezenas de segundos. Uma
infelicidade que o impediu de
lutar por uma vitória no WRC,
que lhe escapa desde 2022,
mas também à Hyundai quebrar
a invencibilidade da Toyota.
“Hoje (sábado), foi sempre no
limite. Depois da deceção de
ontem, ou regressava a casa
com o segundo lugar ou com
o volante na mão! Pelo menos
o desempenho deixa boas
perspetivas para o futuro”,
afirmou.
Com apenas dois melhores
tempos em classificativas, o
campeão do mundo em título,
o jovem Kalle Rovanperä, foi
o terceiro classificado, com o
piloto da Toyota Gazoo Racing
a confessar que o resultado
“não é uma surpresa. Foi um
fim de semana longo e difícil
para nós. Não conseguimos
encontrar ritmo. Faltou-nos
muita velocidade. Simplesmente
não tivemos aderência, nem
andamento. Temos de trabalhar
nisso”.
AMBIENTE
O campeão do mundo em título,
Thierry Neuville (Hyundai),
foi o quarto classificado,
nunca tendo estado em posição
de lutar pela vitória: “Não
foi divertido, pois estive
sempre em luta com o carro.
Estou feliz por terminar,
mas desiludido pela equipa.
Merecíamos mais. Vamos
continuar a lutar”.
O japonês Takamoto Katsuta
(Toyota) fechou o quinteto da
frente, seguido do colega de
equipa e atual líder do WRC,
Elfyn Evans. “Não foi um fim
de semana fácil. A sexta-feira
foi dura e tornámos as coisas
ainda mais difíceis para
nós depois disso. Estamos
desiludidos com o resultado
e temos de melhorar na
Sardenha”, afirmou o galês.
O jovem Sami Pajari (Toyota)
foi o sétimo classificado,
precedendo a dupla da M-Sport
Ford, Josh McErlean e Grégoire
Munster.
SÉTIMA VITÓRIA NO WRC2
DE OLIVER SOLBERG
O sueco Oliver Solberg estreouse
a vencer na categoria
WRC2, no Vodafone Rally de
Portugal. O piloto do Toyota
GR Yaris Rally2 dominou a
prova desde o início e terminou
com 51,8 segundos de avanço
sobre Yohan Rossel. O sueco
imprimiu um andamento
fortíssimo na primeira etapa e
ganhou uma vantagem que lhe
permitiu gerir o andamento até
final e vencer a categoria pela
segunda vez este ano, repetindo
o triunfo da Suécia. “Na sextafeira,
dei o máximo. Foi um fim
de semana longo, o feeling foi
bom e a equipa entregou-me um
carro impecável. Os fãs aqui
são incríveis, nunca vi tantas
pessoas nas especiais em toda
a minha vida”, referiu Solberg.
A terceira etapa viveu da luta
pelo segundo lugar entre Gus
Greensmith (Skoda Fabia RS
Rally2) e Yohan Rossel (Citroën
C3 Rally2). O francês ascendeu
ao segundo lugar no troço de
Felgueiras, venceu as duas
classificativas seguintes e
garantiu a posição com 16,4
segundos de avanço para
Gus. “Era impossível bater o
Solberg. Aproveitamos para
perceber como se comportavam
os pneus Hankook no Citroën C3
e foi importante para preparar
o Rali da Sardenha”, afirmou
Rossel, que mantém o primeiro
lugar no campeonato.
OLIVER SOLBERG
MĀRTIŅŠ SESKS
UM AUSTRALIANO VENCE
NO FIA JUNIOR WRC
O australiano Taylor Gill
sentiu a pressão do sueco
Mille Johansson na derradeira
etapa, mas conseguiu segurar
a liderança e conquistar a
segunda vitória na categoria
FIA Junior WRC. O turco Kerem
Kazaz terminou em terceiro.
Gill venceu também na
categoria WRC3.
KALLE ROVANPERÄ
ARMINDO ARAÚJO O MELHOR
PORTUGUÊS PELA 14.ª VEZ
Apenas quatro pilotos
nacionais concluíram o Rally
de Portugal. Armindo Araújo
(Skoda) foi o melhor português
ao terminar na 26ª posição. “É
um orgulho enorme conseguir,
pela décima quarta vez,
terminar o Rali de Portugal
como o melhor piloto nacional
e voltar a subir ao pódio do
que considero ser o melhor
rali do mundo. Foram quatro
dias muito exigentes, mas
conseguimos sempre impor um
ritmo seguro que nos permitiu
gerir a prova sem qualquer
problema mecânico. Apenas um
furo na sexta-feira impediu que
pudéssemos juntar a vitória no
CPR a este excelente resultado,
mas estamos muito satisfeitos
com o desfecho deste rali”,
sublinhou o piloto de Santo
Tirso.
Pedro Meireles concluiu a
prova no 28.º lugar e venceu
a Masters Cup, competição
destinada a pilotos com mais
de 50 anos, enquanto Diogo
Salvi (Ford) foi 29º e o terceiro
melhor português. “Que festa
— adorei! Fui muito lento,
mas foi fantástico. Obrigado
ao Axel (navegador), que para
além de ter feito um trabalho
magnífico, teve uma paciência
incrível para me aturar. Também
obrigado a toda a equipa da
M-Sport, que fez um trabalho
tremendo! Por fim, mas não
menos importante, a minha
família: sempre a reclamar,
por estar à minha espera e,
sobretudo, ao amor da minha
JOSHUA MCERLEAN
vida por cuidar das crianças.
Ela odeia ralis, mas esta
noite vai ter um jantar tête-àtête
com champanhe” afirmou
este empresário da área das
tecnologias da informação, que
decidiu realizar o sonho de
conduzir um carro da categoria
Rally1 no Vodafone Rally de
Portugal.
Diogo Marújo (Skoda) foi o
quarto melhor português,
terminando o rali na 33ª
posição.
Sébastien Ogier
Vencedor
“
Sabe muito bem voltar a
vencer aqui em Portugal. Foi
uma semana muito exigente e
cansativa, mas conseguir esta
vitória para a equipa e para nós
próprios valeu realmente todo
o esforço. Foi uma luta difícil
com o Ott e, sinceramente,
não acho que tivéssemos a
velocidade pura para vencer sem
o problema dele, mas os ralis
não são só sobre ser rápido.
Houve condições muito duras
nas segundas passagens das
especiais e, com um carro forte
e uma abordagem inteligente,
conseguimos aproveitar a
oportunidade. Por isso, um
grande obrigado à equipa.
“
De certa forma, este fim de
semana foi muito frustrante.
Detesto perder assim,
especialmente numa prova que
é tão especial para mim. Foi a
primeira vez, em muito tempo,
que conseguimos realmente
desfrutar da condução, e foi
muito divertido, mas apesar
de termos tido velocidade, o
carro talvez esteja a faltar um
pouco da robustez necessária
para vencer. Ainda assim,
foi claramente uma grande
melhoria em relação ao Rally
Islas Canarias e estamos
definitivamente de volta à luta
— agora é continuar a trabalhar
a partir daqui. Até agora, só
Ott Tänak
2º Classificado
tivemos Toyotas a vencer ralis esta
temporada e está na altura de mudar
isso.
tendo em conta a limpeza
de estrada que tivemos de
fazer ao partir em segundo
na sexta-feira. No final,
conseguimos somar bons
pontos para o campeonato.
Fiquei um pouco desiludido
por não termos conseguido
um ritmo um pouco melhor
hoje, na luta pelo segundo
“
Kalle Rovanperä
3º Classificado
Foi um fim de semana longo e
difícil, mas terminar no pódio é
sempre positivo, especialmente
lugar, com uma posição de
partida mais favorável.
Ainda nos falta qualquer
coisa e temos de continuar
a trabalhar para os próximos
ralis.
“
É um enorme orgulho voltar
a subir ao pódio, no final de
mais um Rali de Portugal,
com o título de melhor
português. Assumimos que
o nosso grande objetivo era
conseguir este resultado
e não podíamos estar mais
satisfeitos depois de quatro
dias muito desafiantes e
exigentes. A equipa fez um
grande trabalho e estamos
todos de parabéns. Este
continua a ser o melhor rali
do mundo e a maior festa
Armindo Araújo
Melhor português
do automobilismo no nosso pais,
organizado de forma exemplar pelo
ACP.
RALLY DE PORTUGAL PODE MUDAR RUMO DO WRC
O Rally de Portugal tem um
histórico enorme no Mundial
de Ralis e, por vezes, marcou
mesmo o rumo desta competição.
A edição 2025 poderá vir a
ter o mesmo efeito no que diz
respeito à estrutura dos troços. O
primeiro dia, com 10 especiais
de classificação, foi para muitos
pilotos mundialistas demasiado
longo, cansativo e penoso. Ogier,
o vencedor da prova, disse mesmo
que tinha chegado ao seu limite
físico nesta prova durante a 1ª
etapa. Tanak, foi mais duro nas
declarações, e deu a entender
que os pilotos não podem ser
tratados como “animais”. Seja
como for, a FIA já está a tomar
conta da ocorrência, embora não
se saiba como poderá uma prova
como o Rali de Portugal reduzir
a sua estrutura, quando são as
Câmaras Municipais, que integram
o itinerário, a pagar grande parte
do espetáculo.
COIMBRA TEM MAIS ENCANTO
Em Coimbra também se viveu um
grande ambiente de arranque de mais
uma edição do Rally de Portugal,
nomeadamente com a chegada dos
carros nos camiões. Um excelente
momento para ver e tocar nos carros,
sobretudos os Rally1, de muito
perto e sonhar com as emoções que
os pilotos vivem a bordo destas
máquinas. A sessão de autógrafos,
a partida simbólica do rali com
Coimbra atrás e a foto com os pilotos
oficiais, são o mote para um grande
início do Rally de Portugal.
DUAS AUSÊNCIAS NO CPR
Entre os portugueses do CPR duas
baixas para esta prova. Lucas Simões
continua lesionado de um braço
e, como tal, adiou o seu regresso,
enquanto Ricardo Felipe também
esteve ausente desta edição da
maior prova de estrada portuguesa.
Desta forma o CPR ficou circunscrito
ao “espetacular” número de 12
concorrentes inscritos.
VÍDEOS
CLASSIFICAÇÕES FINAIS
CLASSIFICAÇÕES
COMPLETAS
1º SÉBASTIEN OGIER/VINCENT LANDAIS TOYOTA GR YARIS RALLY1 3H48M35,9S
2º OTT TÄNAK/MARTIN JÄRVEOJA HYUNDAI I20N RALLY1 +8,7S
3º KALLE ROVANPERÄ/JONNE HALTTUNEN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +12,2S
4º THIERRY NEUVILLE/MARTIJN WYDAEGHE HYUNDAI I20N RALLY1 +38,5S
5º TAKAMOTO KATSUTA/AARON JOHNSTON TOYOTA GR YARIS RALLY1 +1M41,9S
6º ELFYN EVANS/SCOTT MARTIN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +2M31S
7º SAMI PAJARI/MARKO SALMINEN TOYOTA GR YARIS RALLY1 +2M38,3S
8º JOSHUA MCERLEAN/EOIN TREACY FORD PUMA RALLY1 +5M12,3S
9º GRÉGOIRE MUNSTER/LOUIS LOUKA FORD PUMA RALLY1 +5M57,5S
10º OLIVER SOLBERG/ELLIOTT EDMONDSON TOYOTA GR YARIS RALLY2 +9M15,1S (1º RALLY2)
26º ARMINDO ARAÚJO/LUÍS RAMALHO SKODA FABIA RS RALLY2 22M42,2S (1º PORTUGUÊS)
CLASSIFICAÇÃO POWER STAGE
CLASSIFICAÇÃO SUPER SUNDAY
CPR
PEDRO ALMEIDA ESTREIA-SE
A VENCER NO CPR
Com apenas 12 participantes o Campeonato de
Portugal de Ralis, no Rally de Portugal, foi uma prova
com desfecho insólito e inesperado, atendendo a que
a vitória foi “justamente” parar às mãos de Pedro
Almeida, que fez uma excelente prova.
PEDRO ALMEIDA
ARMINDO ARAÚJO
A
quarta prova do
CPR foi totalmente
imprevisível. Ao
todo foram 150
quilómetros de
especiais, carregados de
peripécias e acontecimentos,
que ditaram um vencedor
inédito nesta competição:
Pedro Almeida.
Contando a história desde
início, Kris Meeke foi
claramente, mais uma vez,
o piloto do rali. Liderou
da primeira à derradeira
classificativa, mesmo com um
furo a meio do rali, mas não
ganhou!!! Ao partir a suspensão
traseira do Toyota Yaris Rally2
no último troço, que ainda viria
a terminar, Meeke saía dessa
especial na frente do rali,
porém, não conseguiu arranjar a
suspensão, tendo que desistir
na ligação final, provandose
que os ralis só terminam
mesmo no fim.
PEDRO MEIRELES
Outro dos protagonistas,
mesmo não tendo conseguido
aguentar o ritmo de Meeke,
foi Dani Sordo. A meio do
rali estava a apenas 15,1s de
Meeke, mas na 6ª especial
o Hyundai i20 Rally2 teve
problemas elétricos (já depois
de uma saída de estrada) e o
piloto espanhol foi obrigado a
abandonar.
GONÇALO HENRIQUES
RICARDO TEODÓSIO
Armindo Araújo, sempre muito
sólido nas suas atuações no
Rally de Portugal, ficou com o
segundo lugar nas mãos, que
foi gerindo bem apesar da forte
ameaça de Pedro de Almeida
que não descolava muito do
seu adversário. Porém, na 9ª
especial, Pedro Almeida, nesta
luta entre pilotos da Skoda,
aproveita da melhor forma
um furo no Fabia RS Rally2
DIOGO MARUJO
de Armindo Aráujo, passando
dessa forma para o segundo
lugar. A verdade é que Armindo
Araújo ainda aumentou o ritmo
nos dois derradeiros troços
e por pouco, apenas 2,7s,
não conseguiu superar Pedro
Almeida.
Por isso, e pela excelente
exibição que fez, muito
consistente, Pedro Almeida
conseguiu obter a sua primeira
vitória, quando ficou a saber
que Kris Meeke já não faria a
ligação final.
ANTON KORZUN
Com Pedro Almeida a vencer
e Armindo Araújo em segundo,
o pódio acabou por ser
totalmente preenchido por
pilotos que tripulam os Skoda
Fabia RS Rally2, já que Pedro
Meireles, também ele com uma
prova rápida e muito segura,
ficou no terceiro lugar, a menos
de um minuto do vencedor.
Gonçalo Henriques no seu
primeiro Rally de Portugal de
Rally2, conseguiu subir ao
quatro lugar, embora não tenha
sido tão exuberante como foi
no Algarve fruto de uma prova
cheia de incidências, ficando
mesmo assim à frente de
Ricardo Teodósio, que continua
a sua “maldição” no Rally de
Portugal.
KRIS MEEKE
DANI SORDO
Diogo Marujo fez o 6º lugar
e Anton Kurzan ficou na
sétima posição. Mais nenhum
concorrente do CPR terminou
esta prova, já que José Pedro
Fontes desistiu com problemas
mecânicos no Citroen e Ernesto
Cunha teve uma saída de
estrada.
JOSÉ PEDRO FONTES
FRANCISCO TEIXEIRA
PEDRO ALMEIDA
Vencedor Rally de Portugal CPR
“
Estou muito feliz por esta
vitória, especialmente porque
desde o início do ano temos
feito um bom trabalho, com
bom andamento, mas por esta
ou aquela razão não temos
conseguido os resultados que
ambicionamos. Fizemo-lo aqui, no
“Melhor Rali do Mundo” e estou
muito feliz por isso.Para nós foi
um rali muito regular, andamos
sempre num ritmo muito bom, a
lutar com os nossos adversários
por um lugar no pódio, e no final,
acabar no lugar mais alto foi um
prémio pela persistência que temos
tido, e acreditem, está aqui muito
trabalho e de muita gente, a quem
quero agradecer esta conquista. O
carro esteve muito bom, divertimonos
muito nos troços e sentimos a
adrenalina do público, o que torna
esta vitória ainda mais saborosa.
É certo que hoje tocou-nos a sorte,
que também nos faltou noutras
ocasiões, mas isto são os ralis.
DIOGO SALVI AO VOLANTE DE UM RALLY1
Já há alguns anos que um piloto
português não conduzia um carro da
categoria maior dos ralis mundiais,
neste caso, um Rally1. Quem o
conseguiu foi o empresário das
novas tecnologias e piloto Diogo
Salvi. Filho de uma antiga glória
dos ralis nacionais (Giovanni Salvi),
o “jovem” de 55 anos decidiu que
estava na altura de cumprir um sonho
e alugou um carro à M-Sport para o
Rally de Portugal. Ninguém estava
à espera de grandes prestações
desportivas, nem o piloto, mas a
verdade é que se terá divertido
imenso ao volante de uma das
máquinas de ralis mais poderosas
da atualidade, o Ford Puma Rally1. O
que será também inesquecível na sua
performance foi a prestação no final
de cada troço, sobretudo ao nível das
declarações efetuadas, revelando
o piloto um humor contagiante
que acabou por conquistar muitos
adeptos e chamar para si alguns dos
momentos altos desta prova.
RALLY DE PORTUGAL NO MUNDIAL ATÉ 2028
O Vodafone Rally de Portugal está
confirmado até 2028. Quem o disse
(à agência Lusa), foi o presidente
da Comissão Organizadora do rali,
Carlos Barbosa. Já em 2024, a
prova tinha ficado vinculada até
2026, mas agora o promotor do
Mundial de Ralis e o ACP firmaram
novo acordo para que a prova fique,
pelo menos, até 2028. Excelentes
notícias para os adeptos da
modalidade em Portugal, que assim
vão poder ver in-loco a transição
tecnológica no Mundial de Ralis
que deverá surgir para a temporada
de 2027.
RTP PLAY EM ALTA
Uma nota positiva para a RTP que
voltou, através da RTP Play, a ter
diretos contínuos sobre ralis.
Uma modalidade que a televisão
pública poderia perfeitamente
explorar para os ralis do
Campeonato de Portugal através da
RTP Play. Fica a dica.
VÍDEOS
CLASSIFICAÇÕES FINAIS
VENCEDORES DE TROÇOS
KRIS MEEKE (8) ARMINDO ARAÚJO (2) DANI SORDO (1)
LÍDERES SUCESSIVOS
KRIS MEEKE (PEC 1 A 11) PEDRO ALMEIDA (APÓS PEC 11)
CLASSIFICAÇÕES
COMPLETAS
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º PEDRO ALMEIDA/ANTÓNIO COSTA SKODA FABIA RS RALLY2 1H50M37.4S
2º ARMINDO ARAÚJO/LUÍS RAMALHO SKODA FABIA RS RALLY2 +2,7S
3º PEDRO MEIRELES/MÁRIO CASTRO SKODA FABIA RS RALLY2 +59,1S
4º GONÇALO HENRIQUES/INÊS VEIGA HYUNDAI I20 N RALLY2 +2M12,0S
5º RICARDO TEODÓSIO/JOSÉ TEIXEIRA TOYOTA GR YARIS RALLY2 +2M14,2S
6º DIOGO MARUJO/JORGE CARVALHO SKODA FABIA EVO RALLY2 +5M07,3S
7º ANTON KORZUN / PAVLO KONONOV PEUGEOT 208 RALLY4 +16M36,3S
CAMPEONATO (CLASSIFICAÇÃO OFICIOSA)
POSIÇÃO PILOTOS PONTOS
1º KRIS MEEKE 81
2º ARMINDO ARAÚJO 76
3º DANI SORDO 66
4º RICARDO TEODÓSIO 50
5º PEDRO ALMEIDA 37
6º PEDRO MEIRELES 36
7º GONÇALO HENRIQUES 31
8º JOSÉ PEDRO FONTES 29
9º RÚBEN RODRIGUES 18
10º ERNESTO CUNHA 17