Vitor_e_Rafa_casamento
Revistavirtual do casamento de Vitor e Rafa no bar Ocidente, em Porto Alegre, no dia 1 de maio de 2025. Edição de Rosane Martins e Design Editorial de Auracebio Pereira. Revistavirtual: criamos uma revista com tudo sobre seu evento, com 24 páginas, editada e publicada em 24 horas.
Revistavirtual do casamento de Vitor e Rafa no bar Ocidente, em Porto Alegre, no dia 1 de maio de 2025. Edição de Rosane Martins e Design Editorial de Auracebio Pereira. Revistavirtual: criamos uma revista com tudo sobre seu evento, com 24 páginas, editada e publicada em 24 horas.
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R E V I S T A V I R T U A L
vitor&rafa
deixe o amor que ele acontece
junte as mãos e ore.
deixe o amor dizer barbaridades,
sacudir paredes, alagar-se.
deixe o amor ser e saber
o que só no amor cabe.
deixe certezas, desastres.
deixe marcas, olhares.
deixe o amor crescer,
deixe o amor sangrar-se,
verter-se em paz, alegrar-se.
deixe, simplesmente.
o que o amor é ninguém sabe.
mas e se o amor for só o amor?
então grite, invoque, desabe.
ele está ali rodeado de flores,
de outros amores, de loucos suores.
o amor resiste com suas garras.
vive nos braços fortes e serenos
de dois meninos – e é lindo.
Alexandre Elmi
Fotos de Fernando Schmitt
Convívios e laços
Foi uma festa linda, amorosa, divertida, mas… também
teve o valor de um objeto antropológico. Quero
crer que não foi por acaso. Quero crer que se pretendia
que fosse esse marco social – e foi –, que nos desse a
entender quem somos e do que nos alimentamos emocionalmente
– e deu. Somos amigos há tanto tempo,
e eles são casados há tanto tempo, e mesmo assim foi
preciso estar ali para entender como é isso de ter laços
de amor e parceria, quer dizer, de convívio. Convívio no
sentido mais largo, o viver junto, que é o levar uma vida
junto, e que é muito mais alargado do que o dentro de
casa. A festa foi a comemoração dos laços e do convívio,
mas, até mais, foi um daqueles momentos do estreitamento
deles. E é assim que o Vítor e o Rafa formam o
centro de laços, de muitos laços, de um convívio muito
alargado, de um Ocidente cheio de convívio e laços.
Que ficam claros na quantidade de afilhados, de pais e
mães de empréstimo, de tantas amigas/irmãs, amigos/
irmãos. Não é uma família, é mais do que isso, porque
não está só dentro de casa, é social, mas o amor
que nos sustenta e alimenta é tão intenso como se
fosse. Isso não é algo que acontece por acaso. Isso requer
dedicação e talento. Requer saber fazer. Requer
saber cuidar. Porque laço é cuidado. Então, estávamos
ali para comemorar todo esse cuidado, pra agradecer
por isso, pra chorar juntos e seguir nesse convívio muito
alargado e estreitado ao mesmo tempo. Obrigada Vitor
e Rafa, mas também Rejane, porque é preciso esforço
para amar. Não vem por acaso.
Inara Zanuzzi
Amor redefinido
Primeiro de maio de 2025. Bar Ocidente. O mesmo
lugar onde, 27 anos antes, dois olhares se cruzaram.
Naquela noite, não haveria casualidade: era
destino marcado em neon, flores e velas.
600 pessoas formaram fila na calçada da João
Telles, invadindo a Osvaldo Aranha até alcançar a
Lancheria do Parque. Os reencontros, os olhares
cúmplices, a felicidade reinava como se fôssemos
entrar num templo. Porque era isso: o Ocidente virou
altar.
E foi baque atrás de baque. Lágrima sobre lágrima.
A cerimônia foi conduzida pelos próprios noivos.
Não havia padre, nem juiz, nem mestre de cerimônias
– havia palavra, presença e poesia. O cortejo
de entrada foi formado pelos afilhados de todas as
idades, que abriram passagem para os noivos sob a
voz à capela de Rodrigo Fischman cantando Nobreza,
de Djavan.
E então, Vitor e Rafael tomaram o microfone.
Fizeram discursos que não cabem nestas páginas,
e que ficaram marcados nas peles, nos olhos, nos
corações dos que escutaram. Entre lágrimas e gargalhadas,
falaram do que construíram, do que perderam,
do que desafiaram para estarem ali, de pé,
no mesmo chão onde tudo começou.
Órfãos de pai e mãe, chamaram – de surpresa
–seus pais do afeto, os pilares emocionais e intelectuais
de suas vidas, para darem a bênção ao
casal. Gente que os viu crescer, amar, aprender.
Gente que os sustentou.
E, como redefinidores das regras do amor, decretaram
que seus 13 afilhados estavam, naquele mo-
mento, compulsoriamente transformados em padrinhos.
Uma família redesenhada ao vivo, com traço
firme e riso aberto.
Houve flores exuberantes, velas tremeluzindo
entre os arcos, e uma plateia em silêncio sagrado.
Mas o que arrebatou mesmo foi o que não se vê: o
pulso de um amor que esperou quase três décadas
para ser celebrado com o brilho que merece.
O Ocidente nunca foi apenas um bar, mas agora, ganhou
uma outra dimensão. Virou portal para uma noite
de rito, revolução e redenção do mais profundo amor.
Rejane Martins
O significado do eterno
2001
2025
Vitor e Rafa, o Rafa e o Vitor: esses sintagmas são tão
consolidados na minha vida que, quando vêm separados,
não sei de quem estão falando. Se se tratasse de um casal
qualquer, esse fato seria, na melhor das hipóteses, um clichê;
na pior, motivo de preocupação. Mas quando o casal é
feito de um amor tão imediatamente evidente, isso não causa
ruído algum. É como um dado da natureza, que a gente
costuma chamar de casal perfeito, entre outras cafonices de
hétero que devem estar arrepiando o Vitor.
Supostamente houve um momento em que conheci os
dois individualmente. Dizem até que foram solteiros, mas
nisso já não sei se acredito. Desde o inesquecível discurso
do Rafa, que levou o Ocidente aos prantos, estou convencido
de que a união ali é eterna, precede o mero encontro
material. E inspirado pela grandiosa fala do Vitor, arrisco
dizer que num tempo em que tanto se preza pela suposta
soberania do indivíduo, afirmar uma união assim, sem a necessidade
de convenções arbitrárias, é por si um ato radical.
Compartilhá-lo, então, já é ato político.
Foi amor o que eu vi no Dia dos Trabalhadores de 2025 no
Ocidente. Vi uma multidão suspirar e chorar ao som de discursos
para um lugar tão cheio que comportava subtramas:
o ruído de uma briga; drinques sendo preparados; gente tão
longe que não conseguia nem ouvir o que era dito. Mas o
propósito de cada pessoa naquele espaço era o mesmo.
E embora o encontro no espaço seja bonito e simbolize
esse amor compartilhado, o encontro de tempos foi o que
mais marcou essa data. Dias antes do casamento, eu e eles,
meus padrinhos-afilhados, reproduzíamos uma foto de mais
de vinte anos atrás: éramos os três de boné e óculos escuros,
eu criança no meio deles. Tudo e nada mudou entre
as duas fotos; tudo e nada mudou desde que os dois se
conheceram.
Em 1998 e em 2025, Vitor e Rafa se encontram no bar
Ocidente numa noite que nenhum dos dois vai esquecer.
O Rafael de 1998 se encanta com um Vitor que se encanta
com ele de novo em 2025. Esse talvez seja o significado
do eterno. A diferença é que, no 1º de maio deste ano,
quem estava lá pôde ver e partilhar do encanto. Tive a sorte
de estar lá.
Rodrigo Bittencourt
Mistério
O amor é um mistério e o Vítor e o Rafa são um
mistério claro, nítido como um girassol, um abraço
apertado que me faz sentir parte do universo deles. O
universo deles: um mundo de amor e música, presença
e amizade, lealdade antes e nas palavras. Amo vocês e
me sinto mais viva porque vocês existem, juntos. A festa
foi um presente a mais. Um abraço de novo.
Katarina Peixoto
Orgulho
Foi pura emoção! Sinto-me orgulhosa de conhecer
e conviver (mesmo que pouco) com o Vitor e o Rafael,
pessoas de um amor lindo e comprometido.
Morayma Ferreira
Vitória
Quando era um adolescente tentando sobreviver
na atmosfera tóxica dos corredores do colégio Anchieta,
jamais poderia imaginar que um dia na minha vida
presenciaria um casamento entre dois homens, muito
menos acompanhado da minha mãe numa casa noturna,
menos ainda que os noivos seriam amigos queridos
e padrinhos da minha filha. Obrigado, compadres, por
serem a prova de que, apesar de tudo, é possível fazer
a sociedade evoluir e o amor vencer.
Marcelo Träsel
Pra sempre
Foi muito legal. Mais legal do que a festa em si, foi
ser uma das aias. Vou lembrar pra sempre.
Violeta Rosa Träsel
Chipi-Chipi
Diários de Motocicleta é um dos poucos filmes que
me destroçaram em uma sala de cinema. Terminei chorando
convulsivamente, a ponto de esperar todos saírem
da sala para eu ter coragem de me erguer. O filme
tocou num ponto de humanidade muito profundo que,
até hoje, tenho medo de revê-lo. Precisei buscar artifício
para lembrar do filme sem me desmontar a cada vez.
E nós registramos a festa, um bailinho de final de
semana, em que eles estão felizes no filme. Na festa,
toca Chipi-Chipi. E passamos a usar a palavra a cada vez
que um chama o outro no WhatsApp. Não dizemos “oi”.
E não dizemos eu te amo – dizemos “Chipi”. (Ok,
mais ou menos. Quando a coisa é séria mesmo, o “ eu te
amo” vem com veemência).
Então, Chipi-Chipi é o nosso cotidiano particular.
Pensamos em dividir com os convivas. E gostamos
da ideia. Só depois fui me dar conta, que é uma música
de casamento:
“Amor, eu vou comprar um aviãozinho para voar, na
nossa lua de mel…” Talvez a música não tenha tido o
alcance para todos, mas para nós fez todo o sentido.
Rafael Daudt
Talento
No meio da celebração, exclamei, arrebatada, para a
Katarina: “Era sobre isso! Era o tempo todo sobre isso!”.
O que? O sentido da vida, apenas. O sentido das vidas
do pequeno grupo que nos une ao Rafa e ao Vitor. Somos
uma família de irmãos eleitos e, entre nós, os guris
– esta foi outra frase que me veio na festa, dita para a
Inara – são os que mais tem talento para noivos. Fiquei
com a impressão de que, como de hábito, me expressei
mal. Era a tentativa de dizer que são o Rafa e o Vitor
que têm o talento e tamanho para a plenitude das emoções,
para as celebrações que vão pontuando as nossas
vidas e para trilhar a estrada do companheirismo como
uma arte. Estamos numa altura do trajeto em que já temos
uma ideia boa do tamanho das nossas realizações
e do que nos cabe ser. Nunca pensei que seria tão linda
e plena de significado a noite que deu dimensão
ao que veio e ao que virá. E aposto que esse arco deu
sentido para a vida de muitas das seiscentas pessoas
que comemoraram junto.
Tatiana Rosa
Afeto
Quando chegamos ao casamento
dos queridos Vitor e Rafa, a Anita, a Karine
e eu não sabíamos que seríamos arrebatados
por tanta afetividade. Suas
histórias de vida demonstram a grande
parceria de inteligência, humor e
principalmente de afeto, não um afeto
qualquer, mas um afeto forjado por artesãos
que se moldam na cumplicidade
e no carinho de uma apaixonada e apaixonante
relação de vida e amor.
Marcelo Restori com Anita e Karine
O óbvio negado
Rafa e Vitor, o amor de vocês vem como um milhão de
fagulhas no breu. Pequenas centelhas que aquecem o nosso
peito quando parece que tudo ficou frio e sem graça. Testemunhar
a celebração desse amor foi um desses momentos
que nos fazem reavivar algo que o mundo árido e careta teima
em apagar. Vocês mostraram não só o óbvio negado,
mas também a beleza que pode reaprender a se mostrar
ao outro e, especialmente a si mesmo. Obrigado pelo
exemplo de amor, amizade e companheiros que vocês são.
E obrigado por me permitirem fazer parte dessa data tão
especial para vocês!
Fred Linard
Comunhão
Eram eles. Mas também éramos nós. Cada um. Celebrações
são narrativas. A vida deles. Suas escolhas e as
escolhas da vida. E precisamos celebrar quando muito
do que se viveu merece ser compartilhado para o tempo
do sempre. Celebrar é uma homenagem ao vivido,
mas também se projeta para o futuro, para o que quisermos
ser.
E o que vivemos no Ocidente, em 01/05/2025, no
casamento do Rafa e do Vítor, foi uma celebração de
rara vivência. Houve uma comunhão de sentidos e sentimentos.
E, em um momento em que não se soube
exatamente – e isso pouco importa –, nós éramos
eles, e eles eram todos nós. E todos, mais que sabíamos:
sentíamos isso.
Os abraços, os sorrisos, os encontros, os brindes, a
música. Nossas almas. A celebração nos levou à sua essência.
À memória do eterno. Pois sempre aqueles momentos
estarão em mim, neles, em nós. O amor somos
todos. Celebrar nos faz pertencer.
Cláudio Ribeiro
Dindos
Vitor foi meu professor, meu amigo, meu confidente
e compadre. Rafa, o presente que ganhei por conhecer
o Vitor há tanto tempo. Lembro como se fosse
ontem da noite em que Eduardo e eu convidamos Vitor
e Rafa para serem os dindos do Matias, depois de
terem atuado como padrinhos emprestados tão especiais
do Sebastião.
Naquele período, em que era difícil entender a
transformação profunda que a maternidade trazia
para a minha vida, Vitor e Rafa vinham em casa, faziam
companhia, e, quando o barulho da conversa ficava
mais alto, com um sorriso diziam: “Shhh, estamos aqui
amamentando.” Eu estava amamentando, sim, mas ter
a presença deles naquele momento íntimo e delicado
foi um acolhimento importante que a vida me ofereceu
durante a maternidade.
Na noite em que contamos ao Vitor que eles seriam
dindos do Matias, ligamos para o Rafa e choramos
juntos ao telefone. Teve um dia em que o Sebastião
perguntou: “E os dindos, quando vão ter filhos?” E
os guris, com o coração aberto, responderam: “Vocês
são nossos filhos. Cada afilhado nosso é um filho
emprestado”.
Meus amores, vocês são família emprestada. O
amor de vocês contagia e transforma todos ao redor.
Vivemos um tanto de tudo ao longo desses anos de
amizade: nos apoiamos, nos afastamos, nos reconectamos,
nos cuidamos, nos despedimos e também nos
demos abraços de boas-vindas. Agradeço muito por
dividir tanto da vida – e das crianças – com vocês. Parabéns,
com desejo de felicidade imensa ao jovem casal.
Clarissa Pont
Quando o amor se faz festa
Desde sempre, pra mim, Vitor e Rafa são nomes que
andam de mãos dadas, como se o mundo só fizesse sentido
quando eles estão juntos. Nunca vi um sem o outro,
e talvez por isso, nunca duvidei que o amor é real.
Estar ali, naquela que foi, sem exagero, a maior festa
que o Ocidente já viu, foi como assistir ao amor se
tornando matéria, dança, riso, lágrima e luz. Foi ver o
invisível se tornar concreto.
Na presença deles, aprendi que vínculos se
constroem no silêncio dos olhares, nos gestos pequenos,
nas escolhas diárias de permanecer. Que o
companheirismo é uma forma de poesia, e o amor,
uma constância que atravessa o tempo.
Hoje, aos 28 anos, eu posso dizer: eu vi o amor acontecer.
Vi ele crescer, resistir, florescer.
E por isso, eu acredito.
Eu amo o Vitor e eu amo o Rafa, mas eu também
amo muito o Vitor e o Rafa. Obrigado por serem exemplo
do que o amor pode e deve ser.
Amandah Claverie
Ele é
É preciso desinterditar o verbo amar.
E com o Rafa, eu conjugo amar em todas as pessoas,
porque ele me torna múltiplo, e em todos os tempos,
porque ele subverte cronos.
Rafa me encanta.
Rafa me tira do buraco.
Rafa é solar, não há trevas em torno dele.
Rafa é sensível e me emociona.
Nos braços do Rafa, eu desabo quando meus demônios
internos se agigantam, mas é nesses mesmos braços
que me fortaleço.
Rafa tem um novelo infinito de onde desenrolo
o fio de Ariadne que me tira do labirinto, antes que
o Minotauro chegue.
Rafa faz eu esquecer da brutalidade da vida.
Rafa me dá vontade de viver.
E eu preciso viver para honrá-lo, celebrá-lo, enaltecê-lo
e, sobretudo, preciso viver para preparar o Negroni
dele. Preciso viver para que ele saiba, sempre,
enquanto eu tiver cognição ou vida, que ele é o amor
da minha vida.
Vitor Necchi
vitor&rafa
Cada vez que ouço ou leio algo sobre a festa e que
não é exatamente sobre a festa, mas sobre amor, me alivia
perceber que ele existe. E está entre nós!
Não lembro de tudo que falei naqueles “votos”. Pensei
por semanas e acabei não lembrando na hora. Lembro
daquilo que não falei... E uma das coisas que eu queria
ter falado era: passei a vida toda prospectando o
amor, romanceando, idealizando. E toda vez que eu
chegava perto eu me punha em dúvida: será que é
isto, então? E nunca acreditava ser.
Mas quando eu entendi “hum… Arram…. Isto é
amor!” Quando enfim eu encontrei com convicção, eu
pensei… PQP…. Ele é tão mais simples e é tão melhor
do que eu imaginava!!!!
E é lindo!
Rafael Daudt
REVISTAVIRTUAL MAIO 2025 :: EDIÇÃO REJANE MARTINS DESIGN EDITORIAL AURACEBIO PEREIRA FOTOS GUSTAVO NEUMANN E CARLOS MACEDO