Florestal_276 - OPS
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DESTAQUE
LEGISLAÇÃO: Novo código ambiental facilita a criação de novos investimentos florestais
MERCADO EM
MOVIMENTO
INDÚSTRIA DA COLHEITA FLORESTAL
CONTA COM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E
PARCERIAS QUE FORTALECEM O SETOR
MARKET IN MOTION
TECHNOLOGICAL INNOVATION AND
PARTNERSHIPS ARE STRENGTHENING
THE FORESTRY SECTOR
PRIMEIRO TRITURADOR
HIDRÁULICO DO BRASIL
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- 1,50M DE LARGURA DE CORTE
- OPERAÇÃO HIDRÁULICA
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ESPECIAL TEMPERADO
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INOVAÇÃO COM O OLHAR PARA O BRASIL:
A VERMEER APOSTA EM TECNOLOGIA, PRODUTIVIDADE E
BAIXO CONSUMO OPERACIONAL PARA O SETOR FLORESTAL
A Vermeer Brasil tem intensificado
sua atuação estratégica em território
nacional, com foco na expansão do
setor florestal, impulsionada por
políticas ambientais e novos mercados
consumidores. A Vermeer oferece
uma linha completa de trituradores
e picadores, que vão de 25 hp até
950 hp, capazes de processar desde
podas urbanas até materiais densos e
altamente contaminados.
Os trituradores Vermeer foram criados
para resistir, entregar e superar.
Com estrutura reforçada, componentes
de alta durabilidade e tecnologia
embarcada, nossos equipamentos
enfrentam os ambientes mais extremos
com potência bruta e inteligência
operacional.
Seja em terrenos irregulares, operações
contínuas ou áreas de difícil acesso, a
Vermeer entrega robustez real.
E QUANDO O ASSUNTO É
PRODUTIVIDADE, NÃO TEM CONVERSA:
• TRITURAÇÃO EFICIENTE com sistemas
inteligentes de alimentação
• BAIXO CUSTO OPERACIONAL: menos
paradas, menos gastos, mais rentabilidade
• MOBILIDADE SEM LIMITES: preparadas
para qualquer terreno
BIOMASSAS
PROCESSADAS NO BRASIL
Palha de arroz
Bambú
Árvore café
Dormente
Palha de cana
Resíduo pinus
Resíduo eucalipto
Casca eucalipto
Árvores de
alta densidade
Árvore limão
Árvore laranjeira
Resíduo e
Reciclagem
Eucalipto para
micro cavaco
Árvore caju
Árvore inteira
álamo/acássia
Árvore inteira
eucalipto
Árvore inteira
pinus
Árvore cerrado
Capim Energético
Madeiras diversas
SUPORTE VERMEER BRASIL:
CONFIANÇA QUE SEGUE JUNTO COM O EQUIPAMENTO
Na Vermeer Brasil, suporte técnico não
é um serviço — é um compromisso.
Compromisso com quem opera no
campo, enfrenta desafios reais e precisa
de respostas rápidas e confiáveis.
Nossa assistência técnica é formada por
especialistas treinados diretamente pela
fábrica, com profundo conhecimento
dos equipamentos e das necessidades
do mercado. Estamos presentes onde
o cliente está — com atendimento em
campo, entrega técnica especializada e
acompanhamento contínuo da operação.
HG6000TX VERMEER
ALCANÇA A INCRÍVEL
MARCA DE 30 MIL HORAS
DE OPERAÇÃO NA
VALE DO TIBAGI
“Nós conseguimos levar essa máquina a 30
mil horas. Isso é um marco histórico, tanto pra
nós quanto pra Vermeer. Com a entrada dos
trituradores móveis, buscamos sempre um
equipamento que entregasse produtividade
real e foi nesse momento que a Vermeer
apareceu. A disponibilidade da máquina, sua
produção e confi abilidade fi zeram toda a
diferença. Ganhamos campo, começamos a
oferecer o serviço para outras unidades e fomos
aprimorando o processo em parceria com a
Vermeer”
– Henrique Nico Janacievicz
Diretor da Vale do Tibagi
HG60000TX NA VALE DO TIBAGI
PICADOR DE ÁRVORES INTEIRAS WC2500TX:
RECALIBRADA. RECONFIGURADA. CONFIÁVEL
A nova confi guração da WC2500TX
representa um avanço signifi cativo no
compromisso da Vermeer com o mercado
brasileiro. Após ouvir atentamente
nossos clientes e analisar as demandas
O RESULTADO IMPRESSIONA:
operacionais do campo, promovemos uma
série de melhorias estruturais, mecânicas e
funcionais que tornam o equipamento ainda
mais efi ciente e confi ável.
• Economia de até 20% de combustível por hora
• Aumento em até 25% na granulometria do cavaco
• Ganho de até 15% na produtividade
“Estamos há dez anos com a Vermeer, e nada
fi cou pendente. Começamos com o Picador de
Árvores Inteiras WC2300XL e hoje operamos
com o Picador de Árvores Inteiras WC2500TX.
O pós-venda da Vermeer é muito diferente do
que vemos em outros parceiros no mercado.
A gente busca qualidade. Não é só o preço
— é o conjunto. Quando a indústria precisa,
o equipamento tem que estar disponível no
campo. E a parceria com a Vermeer tem
atendido todas as nossas expectativas”
– Cleuzimar Lisboa
Supervisor Florestal – Cooperativa Agrária
WC2500TX: COOPERATIVA AGRÁRIA
UM FUTURO SÓLIDO
A Vermeer prepara dois lançamentos Mais do que máquinas, essas soluções
que prometem transformar o cenário foram projetadas com foco total
da trituração no Brasil: o Pré-Triturador nas demandas reais do setor florestal –
LS3600TX (Shredder), e a nova geração onde robustez, baixo custo operacional
do Triturador Horizontal HG4000TX. e segurança são essenciais.
Com tecnologia de ponta e engenharia
pensada para o campo, o LS3600TX
(Shredder) e o novo HG4000TX chegam
para aumentar a produtividade e reduzir
os custos operacionais.
LS3600TX (SHREDDER): A NOVA REFERÊNCIA EM
PRÉ-TRITURAÇÃO PARA RESÍDUOS DESAFIADORES
Projetado para processar resíduos sólidos urbanos, restos de
construção, madeira contaminada e biomassa, ele entrega
desempenho e versatilidade nas mais diversas frentes.
HG4000TX: MAIS QUE POTÊNCIA, INTELIGÊNCIA
QUE TRANSFORMA A SUA OPERAÇÃO
Projetado para preencher uma lacuna estratégica entre
produtividade e mobilidade, o novo modelo chega com inovações
que elevam o desempenho no campo a um novo patamar.
• Processamento de resíduos
contaminados com eficiência
sólidos urbanos e sólidos
orgânicos
• Linha de transmissão de
potência projetada para oferecer
máximo torque ao rotor
• Acesso total ao motor e rotor
facilitando a manutenção
• Opções de rotores
ajustáveis para lidar com
diferentes tipos de materiais
• Motor CAT C13
confiabilidade e força para triturar
qualquer desafio.
• Inteligência operacional
Droop Preditivo, Eco Idle e Trip
Meter: Tecnologias que pensam
com você.
• Monitoramento inteligente,
economia de combustível e
controle total da operação em
tempo real.
• Peneiras otimizadas
melhor separação de materiais
e maior qualidade no produto
final.
• Sistema de trituração
versátil tambor configurável
com martelos ou facas
• Tecnologia LiDAR dados de
produção em tempo real
• Separador magnético integrado
remove metais ferrosos
automaticamente
• Motor CAT C13
confiabilidade e força para
triturar qualquer desafio.
PRÉ-TRITURADOR LS3600TX (SHREDDER)
TRITURADOR HORIZONTAL HG4000TX
SEJA QUAL FOR O DESAFIO, NÓS TEMOS O EQUIPAMENTO CERTO.
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BIOMASSA
FLORESTAL
TRITURADOR HORIZONTAL
TRITURADOR VERTICAL
PICADOR DE ÁRVORES INTEIRAS
DESBASTADOR FLORESTAL
COMPOSTAGEM
E RECICLAGEM
PRÉ-TRITURADOR (SHREDDER)
TRITURADOR HORIZONTAL
COMPOSTADOR
PENEIRA ROTATIVA
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Tecnologia Tigercat TCi,
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operações de baldeio de alta
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MERCADO
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inovação. Oferecemos uma linha completa
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nosso portfólio com a nova parceria
exclusiva com os equipamentos da Ecolog,
fortalecendo nosso compromisso com
tecnologia e eficiência no campo.
PARCERIA QUE VAI
FAZER HISTÓRIA
Agora a Lion é Distribuidor Homologado Ecolog no Brasil.
ECOLOG
OW
RFORESTRY OF TOMOR
SUMÁRIO
AGOSTO 2025
78
HISTÓRIA DE
EXCELÊNCIA
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
30 Editorial
32 Cartas
34 Bastidores
36 Notas
62 Frases
64 Entrevista
74 Coluna
78 Principal
84 Legislação
96 Solo
106 Minuto Floresta
108 Internacional
116 Restauração
124 Compostagem
130 Plantio
136 Artigo
142 Agenda
144 Espaço Aberto
116
130
105 Arborgen
131 Belle Suporte
31 BKT
33 Bruno
35 Carrocerias Bachiega
143 Composhow
67 D’Antonio Equipamentos
14 Denis Cimaf
02 Dinagro
89 2Exfire
39 DRV Ferramentas
65 Duffatto Viveiro Florestal
107 Ecoserra
51 Emex Brasil
63 Engeforest
148 Envimat
37 Envimat/CBI
127 Envimat/Compostagem
29 Envu
59 Francio Soluções Florestais
61 Feldermann Forest
69 Felipe Diesel
93 Fex
133 Força Consultoria Florestal
103 Foretoken Digital
109 Fratex
95 Grupo Hidrau Torque
101 Guarany
99 Hallco Piso Móvel
04 Himev
49 J de Souza
137 Kades Forest
24 Lion Equipamentos
75 Lufer Forest
111 Macedo Forest
20 Máquina Solo
121 Mill Indústrias
71 Motocana
139 Movitech Equipamentos
57 Nordtech
73 Planalto Picadores
87 Planflora
123 Polim Agri
145 Prêmio Referência 2025
22 Raptor Florestal
91 Recimac
43 Rocha Facas
41 Rodovale
76 Rotary-Ax
10 Rotor Equipamentos
16 Sergomel
113 Siromat
146 Sparta Brasil
26 Sutil Máquinas
45 Tecmater
141 Terra Solo Seguros
12 Tracbel
53 Unibrás
97 Unifértil
85 Vale do Tibagi
119 Valfer Ferramentas
47 Vantec
06 Vermeer Brasil
08 Vermeer Brasil
135 Vkasta
18 Watanabe
55 WDS Pneumática
115 Woodtech
28 www.referenciaflorestal.com.br
O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas
desde o início e em todas as épocas do ano
Aplicação
Pré e Pós-Plantio
Das culturas do
eucalipto e pinus
Seletividade
Não afeta o
desenvolvimento
das culturas do
eucalipto e pinus
Flexibilidade
Permite aplicação
em épocas úmidas
e secas
Efeito Recarga
Promove atividade
residual no controle
de plantas daninhas,
mesmo após longos
períodos sem chuvas
(120 dias)
Aplicação com Drone
Registro para
aplicação com
drone, avião e
aplicação terrestre
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EDITORIAL
Raízes, tronco, futuro
Como uma árvore que germina, cria raízes firmes e cresce em direção
ao céu, o setor florestal brasileiro trilha um caminho de amadurecimento
sólido e sustentável. Alimentado por inovação, pesquisa e compromisso
ambiental, o segmento expande sua base produtiva e projeta novos horizontes.
Cada anel de crescimento revela não apenas os desafios enfrentados,
mas também a força e a resiliência de um setor que se reinventa a
cada ciclo. Celebrar o crescimento, os frutos colhidos até aqui e os que ainda
virão, guiados por um futuro mais verde e promissor é um orgulho que
a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL carrega em sua história. Nessa edição,
o leitor conhecerá um pouco da Lufer, que completa 50 anos de história e
traz, em parceria com a Rotary-Ax, uma nova garra florestal, estudos sobre
a biodiversidade do solo e restauração florestal, as implicações das tarifas
americanas no segmento florestal, mudanças no licenciamento ambiental,
as novidades da compostagem e uma entrevista com a pesquisadora da
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Susete Chiarello,
especialista em combate a pragas florestais.
2
1
Na capa dessa edição,
a Lufer celebrando 50
anos e seu lançamento
em conjunto com a
Rotary-Ax
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXVII • Nº276 • Agosto 2025
DESTAQUE
LEGISLAÇÃO: Novo código ambiental facilita a criação de novos investimentos florestais
MERCADO EM
MOVIMENTO
INDÚSTRIA DA COLHEITA FLORESTAL
CONTA COM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E
PARCERIAS QUE FORTALECEM O SETOR
MARKET IN MOTION
TECHNOLOGICAL INNOVATION AND
PARTNERSHIPS ARE STRENGTHENING
THE FORESTRY SECTOR
ROOTS, TRUNK, FUTURE
Like a tree that germinates, develops strong roots, and grows toward
the sky, the Brazilian Forestry Sector is experiencing solid and sustainable
growth. Driven by innovation, research, and environmental commitment,
the industry is expanding its production base and exploring new possibilities.
Each growth ring reveals the challenges faced and the strength
and resilience of a sector that reinvents itself with each cycle. Guided by
a greener and more promising future, it is with pride that REFERÊNCIA
Florestal celebrates its growth, the fruits harvested so far, and those yet
to come. In this issue, readers will learn about Lufer, which is celebrating
50 years of history and, in partnership with Rotary-Ax, is introducing a
new forestry claw. Readers will also learn about conducting studies on soil
biodiversity, forest restoration, the implications of US tariffs on the forestry
segment, changes in environmental licensing, and the latest developments
in composting. As well, there is an interview with the Brazilian Agricultural
Research Corporation (Embrapa) Research Scientist Susete Chiarello, a
specialist in forest pest control.
Entrevista com
Susete Chiarello,
pesquisadora da
Embrapa
Nova lei de licenciamento
ambiental
3
EXPEDIENTE
ANO XXVII - EDIÇÃO 276 - AGOSTO 2025
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Gabriel Dalla Costa Berger
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Ana Paula Vogler
Aime Cristine Lima
criacao@revistareferencia.com.br
Tradução / Translation
John Wood Moore
Depto. Comercial / Sales Departament
Gerson Penkal
comercial@revistareferencia.com.br
fone: +55 (41) 3333-1023
Depto. de Assinaturas / Subscription
assinatura@revistareferencia.com.br
José A. Ferreira
(41) 99203-2091
ASSINATURAS
0800 600 2038
Periodicidade Advertising
GARANTIDA GARANTEED
Veículo filiado a:
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
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Projetado para as aplicações mais exigentes, o FORESTLAND é o mais recente e inovador
pneu diagonal da BKT para o setor agroflorestal, mas também pode ser utilizado em algumas
operações agrícolas, como paisagismo e silagem. A sua carcaça de poliéster e composto
específico da banda de rodagem tornam-no particularmente resistente a cortes e lacerações,
enquanto a parede lateral robusta garante um longo ciclo de vida do produto. As principais
características do FORESTLAND são excelente tração em terrenos brandos, boa aderência em
qualquer solo graças aos blocos rígidos e reforçados da banda de rodagem, um alto nível de
estabilidade graças à forte construção dos talões e propriedades de autolimpeza superiores.
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CARTAS
DESTAQUE
ENTREVISTA: Jose Mario Ferreira e os desafios de seu novo mandato na presidência da ACR
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
RECEITA COM RESÍDUO
EQUIPAMENTO TRANSFORMA REJEITOS FLORESTAIS
EM BIOMASSA OU INSUMO PARA COMPOSTAGEM
Capa da Edição 275 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de julho de 2025
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REVENUE FROM WASTE
EQUIPMENT TRANSFORMS FORESTRY
WASTE INTO BIOMASS OR COMPOST
Ano XXVII • Nº275 • Julho 2025
9 772359 465076 0 0 2 7 5
PRINCIPAL
Por Celso Cavalcante, Campinas (SP)
Essa oportunidade da compostagem vai abrir portas de emprego e renda para
muitos. A Envimat está fazendo muito mais do que imagina.
ENTREVISTA
Foto: divulgação
Por Walter Schiavon, Chapecó (SC)
Muito importante o trabalho feito pela ACR. Santa Catarina é um polo
muito importante para o segmento florestal e a associação tem muito
valor na defesa dos produtores e das indústrias.
PODCAST
Por Dair Kunz, Blumenau (SC)
Passei a assistir os podcasts da Revista REFERÊNCIA no Youtube e estou
muito encantado com a riqueza de conteúdo. Não sei como foi possível não
ter ouvido falar de vocês antes.
Foto: divulgacão
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS
CURTA NOSSAS PÁGINAS
E INSCREVA-SE NO NOSSO
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32 www.referenciaflorestal.com.br
Revista Referência Florestal
@referenciaflorestal
@revistareferencia9702
E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
jornalismo@revistareferencia.com.br
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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Até 130 toneladas/hora
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(árvore inteira e madeira traçada),
supressão vegetal, tocos e
acácia, galhadas e casca.
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BASTIDORES
Revista
Foto: REFERÊNCIA
Foto: REFERÊNCIA
PODCAST
Recebemos na sede da JOTA EDITORA, o presidente da
ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Jose
Mario Ferreira e o assessor de imprensa da entidade, Davi
Etelvino para a gravação do Podcast REFERÊNCIA. Eles
foram recepcionados pelos diretores da Revista REFERÊNCIA
FLORESTAL, Fábio Machado e Pedro Bartoski Júnior.
FEIRA
Durante a feira IFAT em São Paulo (SP), o diretor
comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
visitou os parceiros da Envimat, os diretores
Arnaldo Casselli e Vinícius Casselli.
ALTA
INDÚSTRIA IMPULSIONADA
O P+P (Plano Mais Produção) já disponibilizou mais de
R$ 470 bilhões em 168 mil projetos espalhados por todo
o país, o que significa mais avanços para o desenvolvimento
industrial brasileiro. É o que apresenta o Radar da
Indústria do segundo trimestre de 2025, da CNI (Confederação
Nacional da Indústria). O Radar da Indústria
destaca o lançamento do painel de monitoramento do
P+P, elaborado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços). Até o primeiro
trimestre de 2025, por exemplo, a Missão 3 – Infraestrutura
foi a que recebeu o maior montante de recursos, de
R$ 198,33 bilhões (41,96% do total) em 38.480 projetos.
Em seguida, aparecem: a Missão 1 – Agroindústria, com
R$ 104,87 bilhões (22,19%) em 81.006 projetos; a Missão
5 – Descarbonização, com R$ 43,97 bilhões (9,30%), em
13.778 projetos.
AGOSTO 2025
DIFICULDADES EXTERNAS
O Brasil enfrenta dificuldades no fortalecimento de seu
posicionamento internacional, em parte devido à manutenção
de tarifas comerciais por parte dos EUA (Estados
Unidos da América) sobre produtos brasileiros, como
aço e alumínio, o que reduz a competitividade nacional
no mercado externo. Ao mesmo tempo, o país busca
ampliar sua atuação global por meio do bloco dos Brics.
No entanto, os laços bilaterais de alguns desses países
com os EUA, como acordos comerciais e cooperação
tecnológica, têm gerado desafios para a coesão interna
do grupo. Esse cenário pode limitar a efetividade das
iniciativas conjuntas e impactar os objetivos brasileiros
de diversificação de parcerias e influência em fóruns
multilaterais.
BAIXA
34 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Podcast REFERÊNCIA
No mês de julho, o Podcast REFERÊNCIA foi marcado por histórias familiares, reflexões sobre gestão empresarial e valorização do
plantio florestal. O primeiro convidado foi Diogo Dias Greca (foto de cima), CEO do Grupo Agrosepac, que atua com reflorestamento,
produção de mudas, madeira e soluções florestais. O segundo convidado foi Jorge Luís Rohden (foto de baixo), CEO do Grupo Rohden,
especializado na fabricação de portas, vidros e esquadrias com foco em exportação e sustentabilidade. Os episódios contaram
com o apoio da Duffatto Viveiro Florestal, Himev Máquinas, Neutraliza, BonDoor, Mafercon e o programa Refloresta Alto Vale.
Diogo Dias Greca falou sobre as origens do Grupo Agrosepac, destacando o forte vínculo da empresa com a região centro-sul
do Paraná e centro-norte de Santa Catarina, considerada, segundo ele, “o melhor lugar do mundo” para o setor florestal. Diogo
também explicou seu parentesco com o ex-prefeito de Curitiba (PR), Rafael Greca: “Ele é primo irmão do meu pai.” A história da
Agrosepac começou com seus avôs. Inspirados pelas florestas da Klabin, os dois decidiram plantar pinus: “Se a Klabin que é grande
está plantando, isso aí nós vamos plantar também”, lembrou Diogo.
Diogo Dias Greca explicou que o Grupo Agrosepac possui 6
mil ha (hectares) totais, com 3.100 de plantio, concentrados num
raio de 45 km em municípios como Rio Azul (PR) e Rebouças (PR).
Segundo Diogo, houve uma onda de fomento nos anos 2000, mas
muitos produtores não deram continuidade ao manejo das florestas.
Isso gerou frustração em quem esperava retorno financeiro:
“O cara fica bravo com você. Você não tem o que fazer pra cá. Tô
passando a realidade”. Diogo contou que, em muitos casos, tentou
orientar os produtores a manterem a floresta e fazerem desbastes:
“Em 3 anos você vai ver, vai estar diferente.” Mas reconhece que a
decisão depende da idade e da realidade de cada agricultor: “Você
vai plantar para ficar mais 15 anos ou vai usar para fazer uma
lavoura, que é receita anualmente?”, relatou Diogo sobre o uso da
terra.
Jorge Rohden, natural de Taió (SC), contou que a história da
empresa começou em 1938, quando seu avô, então com 17 anos,
foi a Blumenau (SC) tratar uma trombose e acabou se encantando
por uma marcenaria local. Sem receber salário, trabalhou em
troca de comida e moradia: “Se tu quiser aprender pela comida
e moradia, está aberta a vaga.” Depois de aprender o ofício ao
longo do ano, voltou para Salete (SC) e passou a fabricar pequenos
artefatos de madeira nos fundos de casa, dando início à trajetória
da família na indústria. “Atrás da casa, na garagem, ele começou
a fazer pequenos artefatos de madeira”, relembrou Jorge. Ele
também contou sobre as exportações da Rohden Portas. Relatou
que a entrada no mercado externo começou pela Inglaterra há 37
anos, onde até hoje os representantes são os mesmos. Apesar da
concorrência do Leste Europeu, ainda mantém 5% das vendas no
país. Atualmente, a maior parte da produção é para o mercado
externo. Segundo Jorge, a Rohden atua no médio e alto padrão e
não compete com grandes construtoras. “Nosso mercado fica em
uma fatia aí de 20%”, revelou Jorge, destacando a aposta no varejo
e na consolidação da Rohden Portas como uma marca forte.
Os episódios completos o Leitor pode conferir
no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:
Fotos: REFERÊNCIA
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NOTAS
Benefício econômico
A adoção do Eucalyptus benthamii, espécie de eucalipto
tolerante a geadas severas, resultou em impactos
econômicos expressivos no sul do Brasil, na ordem de
R$ 6 milhões, em especial pelo fator incremento de produtividade
e pela área de adoção. O estudo foi realizado
em 2024 pela Embrapa Florestas, e mostra que a área
plantada com a espécie alcançou 15.600 ha (hectares),
envolvendo empresas, pequenos e médios produtores
rurais nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul.
A produtividade da espécie é um dos principais fatores
de impacto: enquanto outras espécies de eucalipto
rendem cerca de 30 m³/ha/ano a 35,3 m³/ha/ano (metros
cúbicos por hectare ao ano) de madeira, o Eucalyptus
benthamii atinge 43 m³/ha/ano. Este desempenho
representa um ganho de produtividade de cerca de 30%
em relação às demais espécies usadas em regiões frias.
A tecnologia beneficia empresas florestais, cooperativas
agrícolas – que utilizam a biomassa para geração
de energia para secagem de grãos e produtores rurais
de diferentes portes, servindo como alternativa de diversificação
de renda e agregação de valor, inclusive em
sistemas de ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta).
Ambientalmente, o cultivo contribui para reduzir a
pressão sobre florestas nativas, sequestrar carbono e
pode ser usado na recuperação de áreas degradadas.
A avaliação também registrou impactos positivos na
manutenção de empregos, além de fortalecer a rede de
pesquisa e transferência de tecnologia. O estudo ressalta
que, apesar das vantagens, a madeira ainda é predominantemente
usada para energia, havendo potencial para
desenvolvimento de usos múltiplos, como serraria. A
adoção da tecnologia, iniciada em 1999, representa uma
alternativa viável para a produção florestal sustentável
em regiões frias do Brasil.
Segundo Emiliano Santarosa, supervisor do Setor
de Implementação da Programação de Transferência de
Tecnologia da Embrapa Florestas e um dos responsáveis
pela análise, pois atualmente o Eucalyptus benthamii é
o material genético de eucalipto com maior tolerância
às geadas, sendo uma alternativa para produção de
madeira em regiões com clima frio. “Além do material
genético, é importante destacar que a qualidade das
mudas e os fatores associados ao planejamento e ao
manejo florestal são essenciais para garantir a produtividade
de madeira. Em plantios florestais puros ou em
sistemas integrados de produção, como o sistema ILPF, o
Eucalyptus benthamii pode ser uma alternativa para os
produtores”, ressalta Emiliano.
Foto: divulgação
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NOTAS
ForestMax 2025
- Curso presencial de Silvicultura em Brasília (DF)
Nos dias 9 a 11 de setembro de 2025, será realizado em Brasília (DF) o ForestMax, um novo evento que nasce com a proposta de se
tornar referência na capacitação técnica e estratégica no setor florestal. A imersão técnica, promovida pela Francio Soluções Florestais,
tem como foco o aperfeiçoamento técnico e prático de produtores e profissionais da área, reunindo conteúdos essenciais para o sucesso
da silvicultura moderna. O evento conta com uma programação estruturada para quem busca produtividade, qualidade, sustentabilidade
e retorno econômico. O evento abordará os fundamentos da silvicultura de alta performance, desde o planejamento, até a colheita.
Entre os temas que serão trabalhados ao longo dos três dias, estão o planejamento, implantação e manutenção de florestas de uso
múltiplo, a escolha correta da área, o preparo do solo e a definição do material genético ideal. Também serão discutidos os fertilizantes e
herbicidas mais indicados para cada fase do cultivo, além da sequência operacional das atividades florestais e o momento certo para cada
intervenção no campo. Toda essa abordagem tem como objetivo capacitar os participantes para uma tomada de decisão segura e embasada
nas melhores práticas.
A programação inclui ainda o compartilhamento do chamado Protocolo Florestal, uma metodologia desenvolvida pela equipe da
Francio Soluções Florestais ao longo de anos de atuação. O conteúdo aborda detalhadamente todas as etapas da silvicultura e dos sistemas
ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), sempre com foco em alta produtividade. A proposta é apresentar esse conhecimento
de forma objetiva e dinâmica, com base em experiências reais, estudos de caso e cases de sucessos já aplicados no Brasil e no exterior.
A Francio Soluções Florestais é reconhecida nacionalmente pela excelência em consultoria, capacitação e projetos de silvicultura e ILPF,
atuando também internacionalmente em alguns países.
A empresa se destaca por sua abordagem, unindo ciência, prática e foco nos resultados do produtor, como destaca Pedro Francio
Filho, diretor e organizador do evento. “Será um evento disruptivo, onde todo o time da Francio Soluções Florestais irá compartilhar experiências
de campo nos detalhes que apenas nossos clientes conhecem, levando o melhor daquilo que fazemos. Vamos apresentar nossos
protocolos e mostrar que a alta produtividade florestal é para todos”, ressalta Pedro.
Entre os principais resultados esperados pelos organizadores estão o aumento da produtividade por hectare, a diversificação da
propriedade rural, a geração de receita com madeira e outros produtos florestais, além da redução de riscos
operacionais. Os participantes sairão do evento preparados para implantar florestas altamente produtivas e
sustentáveis, assumindo o protagonismo na gestão florestal, tornando-se referência em suas respectivas regiões,
bem como contribuir para a melhoria dos índices de produtividade do cenário nacional.
Para mais informações acesse o QR Code ao lado:
9 a 11 de setembro
Fotos: Francio Soluções Florestais
40 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Foto: divulgação
Vitória contra o fogo
A área atingida por queimadas no Brasil caiu 65,8% entre janeiro e junho de 2025, em comparação com o mesmo
período de 2024. Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro), e reforçam os resultados das condições de seca e risco de incêndios menos severas em 2025, somadas
aos esforços promovidos pelo governo federal por meio da PNMIF (Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo), que
completou um ano em julho. “A lei é um marco importante para a transformação do Brasil em um território resiliente ao
fogo”, destaca o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA
(Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), André Lima.
Criada pela Lei número 14.944/2024, a PNMIF é gerida pelo MMA e busca estabelecer a coordenação entre governo
federal, estados, municípios, setor privado e sociedade civil para fortalecer e ampliar medidas de prevenção, preparação e
controle de incêndios. A política tem o objetivo de reduzir a incidência e os danos causados pelos incêndios florestais, ao
mesmo tempo em que reconhece o papel ecológico do fogo em determinados ecossistemas e valoriza os saberes tradicionais
de manejo.
Considerada um marco na legislação ambiental brasileira, a política prevê investimentos em estudos e projetos tecnológicos
voltados para o manejo sustentável do fogo, a recuperação de áreas atingidas por incêndios e a conscientização sobre
os impactos ambientais e de saúde pública decorrentes do uso indiscriminado do fogo.
Também instituiu o Cimam (Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional Federal), coordenado pelo
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que atua como braço operacional da
PNMIF nas ações de combate a incêndios. Além disso, cria o Sisfogo (Sistema Nacional de Informações sobre Fogo), banco
de dados operado pelo Ibama para monitorar incêndios florestais e queimadas controladas em todo o país.
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NOTAS
Novas oportunidades
A Florestar São Paulo esteve representada no evento de apresentação do Programa Trampolim, na sede da Secretaria
de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. O programa do governo paulista, tem como principal
objetivo promover a inclusão produtiva e a empregabilidade no estado por meio de parcerias com o setor produtivo.
Durante o evento, a Florestar formalizou o compromisso da associação com os objetivos da proposta do governo
estadual, assinando o Pacto pela Inclusão Produtiva e Empregabilidade do Estado de São Paulo. “A Florestar está trabalhando
em ações que possam fomentar a formação e especialização de mão de obra no estado para todos os setores,
em especial para o setor florestal”, afirmou Fernanda Abilio, diretora-executiva da associação.
O Programa Trampolim é uma plataforma digital gratuita que conecta empresas a profissionais em busca de emprego,
promovendo oportunidades e facilitando a divulgação de vagas. A ferramenta desenvolvida pela Secretaria de Desenvolvimento
Econômico do Estado de São Paulo, que tem o intuito de conectar a população residente no estado de São
Paulo ao mercado de trabalho, integrando ações relacionadas à inclusão produtiva e empregabilidade em uma plataforma
única, abrangendo qualificações profissionais, mapeamento de habilidades e competências individuais, preparação
para entrada no mercado de trabalho e intermediação de mão de obra.
O Programa Trampolim, do governo de São Paulo, oferece cursos gratuitos presenciais e online com foco na qualificação
profissional e empregabilidade. São mais de 6.700 vagas em áreas como tecnologia, gestão, saúde, meio ambiente
e turismo, com cargas horárias de 60h a 120h (horas). Também há trilhas formativas curtas, de 5h a 10h. As inscrições
são feitas pela plataforma com login www.gov.br, e todos os cursos oferecem certificado para quem cumpre a frequência
mínima.
Foto: divulgação
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NOTAS
Capacitação garantida
Foto: divulgação
O programa de capacitação e treinamento do IFT (Instituto Floresta Tropical Johan Zweede) promoveu dois cursos de planejamento
e execução operacional na Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. As atividades, destinadas aos colaboradores da
empresa Madeflona, responsável pela concessão florestal na unidade de conservação, localizadas nos municípios de Itapoã do
Oeste e Cujubim, reuniram 35 participantes.
O primeiro curso, de Técnicas de Planejamento e Operação de Arraste em Manejo Florestal, foi realizado nos dias 27 a 30 de
junho e reuniu a maioria dos colaboradores da concessionária. O segundo, o Técnicas de Planejamento e Construção de Pátios,
Estradas e Infraestruturas em Manejo Florestal, ocorreu entre os dias 29 de maio a 3 de junho e capacitou profissionais que são
operadores de trator de esteiras, motoniveladora, motosserras (traçamentos) e colaboradores envolvidos na instalação, em campo,
dos planejamentos das infraestruturas.
PLANEJAMENTO DE ARRASTE
Os treinamentos foram coordenados pelos instrutores técnicos Iran Pires, André Miranda e Paulo Ferreira. No curso de planejamento
de arraste, os instrutores apresentaram metodologias para facilitar o arraste de toras na floresta, além de técnicas de
planejamento e sinalização padronizada para aumentar a produtividade e a diminuir os custos operacionais do arraste.
Segundo Iran Pires, o planejamento pode baixar os custos relativos ao arraste e operações de pátio em até 37% em comparação
a exploração não-planejada. “O planejamento também traz benefícios aos colaboradores que poderão trabalhar em melhores
condições de segurança e praticidade. Esta atividade é uma das mais importantes do manejo florestal, sendo necessário uma
intensa supervisão e avaliação”, alerta Iran.
O objetivo do planejamento e operação de arraste é definir, através de sinais normalizados, a trilha a ser percorrida pelo trator
florestal (skidder), facilitando a orientação do operador durante o arraste das toras e aumentando a produtividade. As diretrizes
curriculares da capacitação preveem a incursão do participante em duas etapas: teoria e prática, cujo os conteúdos perpassam
temáticas como Teoria de Planejamento de Ramais de Arraste e Prática de Planejamento de Ramais de Arraste e a execução do
Arraste pelos diferentes tipos de equipamentos disponíveis.
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QUEM É REALMENTE
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NOTAS
Homenagem merecida
A Alep (Assembleia Legislativa do Estado doParaná) promoveu em julho uma sessão solene em homenagem aos engenheiros florestais.
“Esses profissionais são fundamentais para o desenvolvimento sustentável, para a conservação das florestas e dos rios, e para que o crescimento
possa acontecer gerando prosperidade”, afirmou o deputado Ney Leprevost, propositor da homenagem.
A presidente da Apef (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais), engenheira florestal Lella Regina Curt Bettega, relembrou a
história da profissão no Estado. “Em 1963, o Paraná enfrentou um incêndio florestal de grandes proporções. Como resposta a essa tragédia,
o curso de Engenharia Florestal, que havia sido criado em Minas Gerais por decreto do presidente Juscelino Kubitschek, foi transferido
para o nosso estado durante o governo Ney Braga”, apontou Lella.
Essa mudança, segundo ela, foi fundamental para estruturar a base técnica e científica que alavancou o setor florestal paranaense.
Mas, apesar das conquistas, o desafio atual é a queda no interesse dos jovens pelas engenharias. Por isso, para ela, a valorização da profissão
também passa pela aproximação com o Legislativo. “A presença dos engenheiros florestais na Assembleia é fundamental. Celebrar os
65 anos da Engenharia Florestal com essa agenda parlamentar é uma forma de garantir que os profissionais estejam inseridos no debate
sobre políticas públicas, ajudando a construir um futuro mais sustentável, completou Lella.
PARCERIA FUNDAMENTAL
Clodomir Ascari, presidente do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), afirmou que em um momento em
que temas como sustentabilidade, carbono, madeira engenheirada e preservação ambiental ganham cada vez mais espaço no debate público,
a Engenharia Florestal se destaca como uma profissão essencial para a sociedade”, avaliou Clodomir. O presidente do conselho também
ressaltou a importância da aproximação entre os conselhos profissionais e o Poder Legislativo. “Essa conexão fortalece a elaboração
de políticas públicas mais eficazes, com base em evidências e conhecimentos técnicos”, apontou, ao afirmar logo em seguida, que há uma
agenda parlamentar que envolve os municípios, câmaras municipais e a Alep. “Aqui, contamos com a Frente Parlamentar das Engenharias,
Agronomia e Geociências, que aproxima os legisladores dos profissionais e dos saberes técnicos”, valorizou Clodomir.
Para o coordenador da Ceef (Câmara Especializada de Engenharia Florestal), do Crea (PR), engenheiro florestal Eleandro José Brun, o
encontro reforçou o papel estratégico da categoria no uso sustentável dos recursos naturais e no apoio à formulação de políticas públicas.
“O engenheiro florestal tem atuação direta no manejo dos recursos naturais, no reflorestamento, nas indústrias de base florestal, na arborização
urbana, nas florestas urbanas e em muitos outros setores. É uma profissão essencial para o desenvolvimento sustentável do país”,
enalteceu Eleandro. O coordenador ainda destacou que o reconhecimento institucional da profissão, como o proporcionado pela Assembleia,
é fundamental para que os profissionais sejam valorizados e possam prestar serviços cada vez mais qualificados à sociedade.
“A parceria com a Assembleia Legislativa e com os demais poderes é estratégica. Estar presente, dialogando com os legisladores e com
o governo, é uma forma de garantir que nossas contribuições técnicas ajudem a moldar políticas públicas mais eficientes e sustentáveis”,
completou Eleandro.
48 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Orlando Kissner/Alep
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NOTAS
Foto: divulgação
Estratégias de conservação
A conservação florestal no Brasil acaba de alcançar um marco histórico. Pela primeira vez, uma floresta pública foi concedida por
meio de leilão na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. A concessão da Floresta Nacional do Jatuarana, no Amazonas, realizada em maio,
representou não apenas uma inovação no formato, mas também evidenciou o amadurecimento das concessões florestais como
política pública capaz de unir benefícios ambientais, geração de renda e valorização dos territórios amazônicos.
Com 453 mil ha (hectares) divididos em quatro unidades de manejo, toda a área foi arrematada. A estimativa é de arrecadar R$
32,6 milhões por ano e gerar cerca de 2,8 mil empregos diretos e indiretos. O modelo adotado prioriza o uso sustentável da madeira
e de produtos não madeireiros, com compromissos sociais bem definidos, como o direcionamento dos encargos acessórios para
pesquisa, proteção florestal e desenvolvimento de comunidades locais e indígenas.
A operação também marca o início de uma meta mais ambiciosa: expandir a área sob concessão florestal de 1,3 milhão para
20 milhões de ha até 2030. Esse avanço busca conter o desmatamento ilegal e estimular uma economia baseada na floresta em pé,
com foco em geração de riqueza, inclusão social e estabilidade climática. Estudos do Imaflora mostram que essa área poderia produzir
10 milhões de m3 (metros cúbicos) de madeira legal, volume equivalente à produção total atual da Amazônia, e suficiente para
substituir a madeira extraída ilegalmente, que representa 35% da exploração no bioma.
Segundo o SFB (Serviço Florestal Brasileiro), essa expansão pode gerar R$ 1,16 bilhão em arrecadação anual, valor que deve ser
reinvestido na conservação ambiental em diferentes esferas de governo. Estima-se também a criação de 36 mil empregos diretos
e 72 mil indiretos, com forte componente de contratação local, valorização dos saberes tradicionais e fortalecimento de cadeias
produtivas sustentáveis. As concessionárias também devem investir em infraestrutura, bens e serviços para as comunidades beneficiadas.
Para que a meta seja atingida, será necessário planejamento de longo prazo, cronogramas transparentes para os editais,
ampliação do crédito verde e monetização de serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono e a preservação da biodiversidade.
O cenário atual é propício: há demanda crescente por ativos sustentáveis, valorização da madeira legal certificada e reconhecimento
internacional a políticas ambientais sérias. O leilão da Flona Jatuarana é um ponto de partida promissor para transformar
a floresta em ativo estratégico de desenvolvimento. Também sinaliza o potencial das concessões voltadas à restauração de áreas
degradadas, criação de créditos de carbono e geração de valor ambiental compartilhado.
50 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS
Trabalho
reconhecido
A nova diretoria do Cipem (Centro das Indústrias
Produtoras e Exportadoras de Madeira
do Estado de Mato Grosso) foi eleita por unanimidade
em Assembleia Geral realizada em
Cuiabá (MT). A chapa: Sustentabilidade; única
inscrita no processo eleitoral, terá à frente o
atual presidente Ednei Blasius, reconduzido ao
cargo para o biênio 2025-2027. O empresário
Gleisson Omar Tagliari assume como vice-presidente
da instituição.
Com foco no fortalecimento da base florestal
de Mato Grosso, a diretoria eleita reafirmou o compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor, priorizando ações
voltadas à desburocratização, incentivo à pesquisa e inovação, além da ampliação de mercados para a madeira produzida no
Estado.
Durante a reunião, Ednei Blasius destacou os avanços conquistados nos últimos anos, como a consolidação institucional
do Cipem como referência e porta-voz do segmento, a aproximação com órgãos como Sema e Ibama para aprimorar políticas
públicas, e a realização de eventos estratégicos como o Madeira Sustentável e o Dia da Floresta, voltados à valorização da cadeia
produtiva da madeira nativa. Durante a assembleia, os associados também discutiram temas estratégicos, como a necessidade
de integração eficiente entre os sistemas estadual e federal , atualização da classificação de espécies e a adoção de medidas
para destravar a liberação de cargas nos portos.
Confira a composição da nova diretoria do Cipem:
Diretoria Executiva
Presidente: Ednei Blasius
Vice-Presidente: Gleisson Omar Tagliari
1° Diretor Financeiro: Paulo Roberto Seelend
2° Diretor Financeiro: Flávio Salino Moreira
1° Diretor Administrativo: Frank Rogéri de Souza Almeida
2° Diretor Administrativo: João Carlos Paulino Júnior
1° Conselheiro Consultivo Deliberativo: Carlos Roberto
Torremocha
2° Conselheiro Consultivo Deliberativo: Fernando
Zafonato
3° Conselheiro Consultivo Deliberativo: Felipe Antoniolli
Conselho Fiscal
1° Conselheiro Fiscal Titular: Antônio Luís Benedet
2° Conselheiro Fiscal Titular: Rafael José Mason
3° Conselheiro Fiscal Titular: Dioni Brezovsky Domiciano
1° Conselheiro Fiscal Suplente: Geraldo Bento
2° Conselheiro Fiscal Suplente: Sigfrid Kirsch
3° Conselheiro Fiscal Suplente: Claudinei Melo Freitas
Ednei Blasius, presidente do Cipem
Foto: divulgação Foto: REFERÊNCIA
O Cipem representa o setor produtivo de base florestal de Mato Grosso e reúne oito sindicatos empresariais do segmento. A
entidade atua na organização, fortalecimento e promoção da cadeia produtiva da madeira, incentivando práticas sustentáveis, o
consumo consciente e o respeito à legislação ambiental vigente.
52 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS
Desenvolvimento no norte
O Cemaf-AC (Conselho Estadual de Meio Ambiente e Florestas) publicou a Resolução número 04, que estabelece
as diretrizes para o licenciamento ambiental de exploração florestal em florestas públicas do Acre, por meio de manejo
florestal sustentável com cessão onerosa. A nova norma define procedimentos técnicos, responsabilidades e critérios para
empresas ou comunidades que desejam atuar na exploração legal e controlada dos recursos florestais do Estado.
A resolução reconhece a importância do uso sustentável das florestas públicas, desde que realizado com base em um
PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), previamente aprovado e licenciado pelo Imac (Instituto de Meio Ambiente
do Acre). O texto detalha ainda os documentos necessários, prazos para análise, regras para vistorias, zoneamento de uso
e condições especiais para comunidades assentadas em Unidades de Conservação.
Um dos pontos centrais é que empresas vencedoras de concessões florestais só poderão iniciar os trabalhos após a
regularização ambiental junto ao Imac. O órgão terá até 60 dias para analisar os pedidos de licença, prazo que poderá ser
prorrogado em casos justificados. Também foi determinado que qualquer irregularidade identificada durante as vistorias
poderá acarretar notificações e sanções ao empreendedor.
A presidente em exercício do Cemaf, a secretária adjunta do Meio Ambiente, Renata Souza, destacou a importância
da resolução, aprovada por unanimidade, a ser publicada em até trinta dias no Diário Oficial do Estado. “Essa resolução
traz mais clareza para o texto que dispõe sobre o licenciamento ambiental oneroso, trazendo mais efetividade na hora da
interpretação e aplicação prática da resolução”, apontou Renata.
Os conselheiros também deram encaminhamento à criação de um Grupo de Trabalho, composto por instituições
multidisciplinares para tratar sobre futura resolução que venha abordar sobre a coleta e transporte de planta utilizada na
confecção da bebida ayahuasca no território do Acre, estabelecendo regimes de licenciamento.
Foto: divulgação
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NOTAS
Canetada
Foto: divulgação
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a suspensão de todos os processos judiciais
que discutem a validade de uma lei de Santa Catarina, que restringe a proteção de florestas nativas em áreas de serra com
altitudes acima de 1.500m (metros). A decisão afeta ações em andamento em todas as instâncias da Justiça e será submetida
ao Plenário do STF para deliberação.
Segundo Gilmar Mendes, a medida foi tomada para evitar a insegurança jurídica provocada por decisões judiciais e
administrativas conflitantes sobre o tema. A divergência entre interpretações da legislação federal e estadual tem gerado
incertezas quanto à aplicação correta das normas ambientais em áreas de relevo elevado.
A ação que questiona a lei catarinense foi proposta pela PGR (Procuradoria-Geral da República), que argumenta que a
norma estadual entra em conflito com a legislação federal de proteção da Mata Atlântica. De acordo com a PGR, a lei federal
considera a existência de ecossistemas protegidos mesmo em áreas abaixo dos 1.500m, com base em critérios técnicos do
IBGE.
A suspensão dos processos atendeu a um pedido do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que defende
a validade da norma com base em uma decisão anterior do STF, em que a Primeira Turma rejeitou recurso sobre o mesmo
tema. Mello também acusa o Ibama de desrespeitar a legislação estadual ao aplicar sanções a empresas que seguem a norma
catarinense, com base em resoluções do Conama que, segundo ele, entram em conflito com a lei estadual.
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NOTAS
Foco na
Amazônia
Durante a Semana do Clima da Amazônia, realizada
em Belém, a Semas-PA (Secretaria de Estado de
Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade) destacou os
avanços da política estadual no enfrentamento aos incêndios
florestais no Pará. A apresentação ocorreu no
painel:Impacto do fogo no cenário de investimentos na
Amazônia; dentro da programação da atividade autogestionada:
clima, território e governança - condições
pré-competitivas para a Amazônia.
A secretária-adjunta de Gestão de Águas e Clima
da Semas, Renata Nobre, participou da mesa ao lado
de Ane Alencar, diretora de Ciências do Ipam (Instituto
de Pesquisa Ambiental da Amazônia), e Andreia Azevedo,
vice-presidente da Emergent no Brasil.
Renata Nobre apresentou o Programa: Pará Sem
Fogo; lançado em junho de 2025 por meio de decreto
estadual. Essa iniciativa foi criada como uma resposta
estruturante para os focos de calor. A secretária-adjunta
afirmou que a política ambiental do Pará está sendo
reestruturada para enfrentar os desafios climáticos
com ações integradas de prevenção, monitoramento
e combate ao fogo, protegendo as comunidades e
também os investimentos sustentáveis.
O plano ambiental é resultado da articulação entre
a Semas e o Corpo de Bombeiros Militar e baseia-se
em quatro eixos principais: monitoramento em tempo
real, prevenção fundamentada na ciência, resposta
rápida coordenada e capacitação de brigadas locais. O
Estado já identificou 22 zonas com risco médio a alto
de incêndios e dispõe de um centro de monitoramento
que observa simultaneamente o desmatamento
mecânico e os pontos críticos para ocorrência de
queimadas, utilizando tecnologia de satélite e dados
climáticos.
Renata Nobre destacou que as ações do Pará estão
alinhadas à política estadual de REDD+, fortalecendo
políticas públicas e garantindo sustentabilidade
econômica na conservação, além de ressaltar o papel
institucional regional no combate ao fogo por meio
da capacitação contínua de técnicos, integração dos
setores da Semas com planejamento territorial e
ambiental, apoio direto às comunidades locais para
gestão dos recursos naturais e adaptação a eventos
extremos, e o fortalecimento de brigadas comunitárias
em áreas críticas.
Foto: divulgação
58 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Rumo a liderança
Mato Grosso do Sul vive um novo ciclo de crescimento impulsionado pelo setor florestal, que se consolidou como um dos
principais pilares da economia estadual. Resultado de políticas públicas bem estruturadas, incentivos fiscais, investimentos
em capacitação profissional e responsabilidade ambiental, a silvicultura tem transformado o perfil produtivo e industrial do
Estado, que hoje se destaca nacionalmente na produção de celulose e madeira de eucalipto.
Entre 2010 e 2024, a área de florestas plantadas saltou de 341 mil ha (hectares) para mais de 1,6 milhão de ha — um
avanço de 471%. Nove municípios concentram 87% dessa produção, formando o chamado Vale da Celulose, região reconhecida
internacionalmente pela elevada produtividade, inovação tecnológica e infraestrutura logística integrada.
Atualmente, o Estado ocupa a segunda posição nacional na produção de madeira em tora para papel e celulose, sendo
responsável por 24% da celulose produzida no Brasil. Também é o segundo em área plantada com eucalipto, totalizando 1,4
milhão de hectares, e abriga o maior parque industrial de base florestal do país, com 30 indústrias em operação e mais de 7
mil empregos diretos.
Os resultados do setor têm impacto expressivo na economia estadual. Em 2023, o setor florestal representou 17,8% do
PIB (Produto Interno Bruto) industrial de Mato Grosso do Sul, gerando cerca de 27 mil empregos diretos e indiretos. No mesmo
ano, as exportações superaram US$ 1,49 bilhão, com a China como principal destino, responsável por mais da metade
das vendas externas de produtos florestais do Estado. “Desde 2015, atraímos R$ 125 bilhões em investimentos, sendo R$
65 bilhões apenas nesta gestão. O setor florestal é um dos motores desse crescimento, sustentado por uma política pública
séria, voltada à sustentabilidade e ao alto desempenho produtivo”, destacou Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente,
Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Foto: divulgação
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FRASES
Foto: REFERÊNCIA
Temos atuado para apresentar
o nosso modelo produtivo ao
Brasil e ao mundo, evidenciando
os diferenciais do setor
florestal mato-grossense, sua
legalidade, rastreabilidade
e responsabilidade
socioambiental”
Ednei Blasius, presidente reconduzido do
Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e
Exportadores de Madeira do Mato Grosso) para
o biênio 2025/27
“Esse avanço não se deu
apenas no campo da
produção, mas também
no fortalecimento da base
científica e tecnológica do SFB.
O projeto apoiou pesquisas
com resíduos florestais,
viabilizou a aquisição de
equipamentos para o LPF
(Laboratório de Produtos
Florestais) e ampliou a
produção técnica e científica,
com dezenas de publicações”
“Nosso objetivo é despertar
o interesse privado para
iniciar os estudos e o plano
de manejo. Em nosso
país, utilizamos o sistema
de crédito de carbono e
agroflorestais – como o do
dendê e o da borracha –
para o restauro”
Laurent Tchagba, ministro das Águas e Florestas da
Costa do Marfim, sobre parceria com Brasil para
restauração florestal
Garo Batmanian, presidente do SFB (Serviço
Florestal Brasileiro), sobre cooperação do Brasil
com a Alemanha para a gestão florestal
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ENTREVISTA
Pesquisa
com impacto
REAL
Research with real impact
Foto: divulgação
ENTREVISTA
A
paixão pela ciência e o interesse pelos insetos
marcaram o início de uma trajetória dedicada à
proteção das florestas plantadas no Brasil. Com
uma formação sólida em Ciências Biológicas e
foco em Entomologia, a pesquisadora atua no desenvolvimento
de soluções sustentáveis para o manejo de pragas, especialmente
em plantios de pinus. Susete Chiarello, referência nacional
no controle biológico, que lidera programas inovadores e
colabora com o setor produtivo em busca de sanidade e equilíbrio
ambiental, concede entrevista onde conta sua história e
os principais destaques de sua carreira.
A
passion for science and an interest in insects
marked the beginning of a career dedicated
to protecting Brazil’s planted forests. With a
solid background in biological sciences and a
focus on entomology, the scientist develops
sustainable solutions for pest management, particularly in pine
plantations. Susete Chiarello is a national reference in biological
control. She leads innovative programs and collaborates with
the Productive Sector, promoting environmental health and balance.
In this interview, she recounts her journey and highlights
the pivotal moments of her career.
Susete Chiarello
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Possui graduação em Ciências Biológicas pela UFPR (Universidade Federal
do Paraná), mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (área de
concentração - Entomologia) pela UFPR. Atualmente é pesquisadora da
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Florestas. Tem
atuado em projetos visando o manejo integrado de pragas florestais,
com destaque para o controle biológico. É responsável pela produção
do Nematec®, composto pelo nematoide Deladenus siricidicola, utilizado
no controle da vespa-da-madeira, principal praga de pinus, além de
ser a coordenadora do PNCVM (Programa Nacional de Controle à Vespa-da-madeira).
Foi responsável pelo programa de controle biológico
dos pulgões-gigantes-do-pinus e pelo controle biológico da broca-daerva-mate
(Hedypathes betulinus), com o desenvolvimento, em parceria
com a iniciativa privada, do produto Bovemax®. Também participa do
projeto para o manejo integrado de formigas cortadeiras.
Holds a degree in biological sciences from the Federal University of
Paraná (Ufpr), as well as a Master’s and a Doctorate Degree in Biological
Sciences, with a concentration in Entomology, also from Ufpr. She is
currently a research scientist at the Brazilian Agricultural Research Corporation’s
Forests division (Embrapa). She has primarily worked on projects
focused on integrated forest pest management, with an emphasis
on biological control. She is responsible for producing Nematec®, which
contains the nematode Deladenus siricidicola and is used to control
wood wasps, the main pests of pine trees. She is also the Coordinator
of the National Wood Wasp Control Program (Pncvm). She developed
the biological control program for giant pine aphids and the yerba mate
borer (Hedypathes betulinus). In partnership with the Private Sector, she
created the product Bovemax®. She also participates in the project for
the integrated management of leaf-cutting ants.
64 www.referenciaflorestal.com.br
MUDAS DE
Pinus taeda
TEMOS TAMBÉM
• Araucária Enxertada
Produção precoce de pinhão
• Nativas spp.
• Eucalyptus spp.
• Erva-Mate
viveiro_florestal_duffatto
BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC
ENTREVISTA
>> Como surgiu o interesse pelas Ciências Biológicas e, mais
especificamente, pela Entomologia?
O meu interesse pelas ciências biológicas começou muito cedo,
pois desde criança gostava de brincar com experiências e pensava
que um dia seria cientista. O interesse pela entomologia
veio durante o curso de biologia, onde tive professores que
despertaram o meu interesse pelos insetos.
>> Quais foram os principais aprendizados e desafios durante
o mestrado e doutorado na UFPR?
Com relação ao mestrado, tive a oportunidade de cursar quando
já era pesquisadora da Embrapa Florestas e posso dizer que
isto foi uma vantagem, pois já tinha alguma experiência em
pesquisa e o tema da minha dissertação foi escolhido baseado
em um problema recém identificado no Brasil, a Sirex noctilio,
conhecida como vespa-da-madeira. A sensação de desenvolver
uma pesquisa que iria gerar resultados para contribuir na solução
de um problema tão importante, era muito gratificante.
No doutorado, da mesma forma, já com mais experiência,
trabalhei com outra praga importante do pinus, os pulgões-gigantes-do-pinus,
onde também pude contribuir para o desenvolvimento
de estratégias para o controle desta praga no Brasil.
Tanto o mestrado como o doutorado, foram experiências muito
enriquecedoras e um período de dedicação exclusivamente ao
estudo e pesquisa. E um ponto bastante importante: sempre
trabalhamos procurando alternativas de controle biológico,
pois já sabia da importância deste tipo de solução.
>> E sobre o início da sua trajetória na Embrapa Florestas?
Ainda como estudante de biologia fui estagiária no laboratório
de entomologia da Embrapa Florestas. Ali pude perceber que
esta era a área que gostaria de atuar. Após um ano como estagiária
surgiu a oportunidade como técnica no mesmo laboratório.
Estava prestes a me formar e assim ingressei na Embrapa.
Naquela época as contratações ainda não eram regidas por
concurso público. Permaneci 6 anos neste cargo e aí, após prestar
concurso, passei para a carreira de pesquisador.
>> Ao longo da sua atuação, quais momentos considera os
mais decisivos para sua carreira na pesquisa florestal?
Considero justamente quando ingressei na carreira de pesquisador.
Na época, foi também feito o primeiro registro da
vespa-da-madeira no Brasil, e passei a integrar a equipe que
implantou o PNCVM (Programa Nacional de Controle da Vespa-
-da-Madeira), no Brasil. Uma experiência única, uma vez que,
além da pesquisa, houve uma interação muito grande com
outras instituições, tanto no Brasil como no exterior, e também
um sinergismo com o setor privado ligado à cadeia produtiva
do pinus, pela criação do Funcema (Fundo Nacional de Controle
de Pragas Florestais).
>> Lidera o PNCVM. Como esse trabalho começou e quais os
principais avanços até aqui?
O PNCVM iniciou logo após o registro da praga no Brasil. Na
época era liderado pelo pesquisador Edson Tadeu Iede, hoje
aposentado. O programa foi estruturado com base principal-
How did your interest in the biological sciences, and more
specifically, entomology, come about?
My interest in the biological sciences began early on. I
enjoyed doing experiments as a child and thought I would
become a scientist one day. My interest in entomology
developed during my biology courses when teachers sparked
my interest in insects.
What were the main lessons and challenges during your
Master’s and Doctoral studies at Ufpr?
During my studies for my Master’s degree, I had the opportunity
to research when I interned at Embrapa Florestas
and I can say that this was an advantage, as I already had
some experience in research and the subject of my dissertation
was chosen based on a problem recently identified in
Brazil, Sirex noctilio, known as the wood wasp. Developing
research that would contribute to solving such a significant
problem was very rewarding. Similarly, during my Doctorate,
I worked with another significant pine pest: the giant pine
aphid. I contributed to the development of control strategies
to control this pest in Brazil. Both my Master’s and Doctoral
programs were enriching experiences, offering a period of
dedicated study and research. One crucial point is that we
consistently sought biological control alternatives, as I recognized
the importance of this type of solution.
What was the beginning of your career at Embrapa Florestas
like?
While I was still a biology student, I interned at the Embrapa
Florestas entomology laboratory. There, I realized that
this was the field in which I wanted to work. After a year,
an opportunity arose to work as a technician in the same
lab. I was about to graduate, so I joined Embrapa. At that
time, hiring was not yet governed by public competition. I
remained in this position for six years, after which I passed
a competitive exam and moved on to a career as a research
scientist.
Throughout your career, what moments do you consider to
be the most decisive for your career in forestry research?
I think it was just when I started my career as a research scientist.
At the time, the first record of the wood wasp in Brazil
was also made and I began to work with the team that
implemented the National Program for the Control of the
Wood Wasp (Pncvm) in Brazil. It was a unique experience, as
it involved not only research but also significant interaction
with other institutions in Brazil and abroad. There was also
synergy with the Private Sector linked to the pine production
chain through the creation of the National Fund for Forest
Pest Control (Funcema).
You led the Pncvm. How did this work begin, and what are
the main advances so far?
The Pncvm began shortly after the pest was recorded in Brazil.
At the time, the program was led by Edson Tadeu Iede,
who is now retired. The program was mainly structured on
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ENTREVISTA
mente em medidas de manejo florestal, ações de monitoramento,
quarentena, controle biológico (pela introdução do
nematoide e parasitoides) e transferência de tecnologia. Houve
a participação de muitas instituições públicas federais e estaduais,
como também um intenso envolvimento do setor privado
pela criação do Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas
Florestais), que congrega as três associações de empresas
florestais do sul do Brasil (Ageflor, ACR e Apre). Muitos estudos
foram desenvolvidos e este ano a parceria completou 47 anos,
resultando no controle desta praga no país.
>> O Nematec® é uma referência no controle biológico da vespa-da-madeira.
Como foi o desenvolvimento desse produto e
quais os seus impactos no setor florestal?
Logo após o registro da vespa-da-madeira no Brasil iniciamos
as buscas por alternativas para o controle da praga. Por ser um
inseto exótico, como o seu hospedeiro, o pinus, a busca foi direcionada
para os locais onde a praga já estava presente. Muitos
trabalhos para controle da vespa-da-madeira foram desenvolvidos
na Austrália, onde Sirex noctilio havia sido detectada
na ilha da Tasmânia em 1952 e posteriormente no continente,
em Vitória, em 1961. O pesquisador do CSIRO (Commonwealth
Scientific and Industrial Research Organisation), doutor Robing
Bedding, nematologista, pesquisou por muitos anos um nematoide,
Deladenus siricidicola, que foi encontrado na Nova Zelândia.
Como resultado da sua pesquisa, definiu uma metodologia
para multiplicar este nematoide em laboratório, um processo
bastante complexo. Assim, foi contratada a consultoria do
doutor Bedding, o qual também trouxe as culturas do nematoide
para o Brasil e deu-se início à criação massal na Embrapa
Florestas. O desafio foi grande para realizar a adaptação do
método às nossas condições, desde coisas básicas, como concentração
de meios de cultura e os materiais utilizados, até a
estrutura física do laboratório que era inadequada. Mesmo assim,
iniciamos o envio de doses do nematoide aos produtores
no mesmo ano e continuamos trabalhando no aprimoramento
do método e também na implantação do: sistema de qualidade
da criação massal do nematoide. Como resultado de uma
equipe dedicada e bem integrada, hoje o nematoide, que teve
seu registro aprovado pelo Ministério da Agricultura em 2018,
com o nome Nematec®, é distribuído para produtores de pinus
com a presença da praga em seus plantios nos Estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Ge-
forest management measures, monitoring actions, quarantine,
and biological control through the introduction of
nematodes and parasitoids, as well as technology transfer.
Many federal and state public institutions, as well as the
Private Sector, participated, establishing the National Forest
Pest Control Fund (Funcema). Funcema brings together three
forestry company associations in southern Brazil: Ageflor,
ACR, and Apre. Numerous studies have been conducted, and
this year, the partnership celebrated its 47th anniversary,
marking a significant milestone in controlling this pest in the
Country.
Nematec® is the gold standard for the biological control of
wood wasps. How was this product developed, and what
impact has it had on the Forestry Sector?
Soon after the wood wasp was identified in Brazil, we started
looking for ways to control the pest. Since the wood wasp
and its host, the pine tree, are both exotic insects, the search
was directed to places where the pest was already present.
A significant amount of research on wood wasp control
has been conducted in Australia, where S. noctilo was first
detected in Tasmania in 1952 and later on the mainland in
Victoria in 1961. Commonwealth Scientific and Industrial
Research Organization (Csiro) scientist Dr. Robing Bedding, a
nematologist, spent many years studying a nematode called
Deladenus siricidicola that was found in New Zealand. As a
result of his research, Dr. Bedding defined a methodology for
multiplying this nematode in the laboratory, a very complex
process. Dr. Bedding was then hired as a consultant and
brought the nematode cultures to Brazil. Mass production
began at Embrapa Florestas. Adapting the method to our
conditions posed a significant challenge, ranging from fundamental
aspects such as the concentration of culture media
and the materials used, to the inadequate physical structure
of the laboratory. Nevertheless, we began sending doses of
the nematode to producers that same year. We continued
working on improving the method, as well as implementing
a quality system for the mass production of nematodes.
Thanks to a dedicated and well-integrated team, the
nematode was approved by the Ministry of Agriculture in
2018 under the name Nematec®. It is now distributed to
pine producers in states where the pest is present, including
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, and
A sensação de desenvolver uma pesquisa que iria gerar
resultados para contribuir na solução de um problema
tão importante, era muito gratificante
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ENTREVISTA
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chegar próximo a 100%.
>> Recentemente foi identificada uma nova variante da vespa-
-da-madeira. Quais os desafios que essa descoberta impõe ao
manejo da praga?
A nova espécie de vespa-da-madeira, Sirex obesus, foi registrada
pela primeira vez no Brasil em 2023 no Estado de São
Paulo, causando severos danos principalmente em plantios de
pinus resinados. Tem origem distinta de Sirex noctilio (originária
da Europa, Ásia e norte da África), sendo nativa da América
do Norte. Sirex obesus é uma espécie comum nos países de
origem, onde não é considerada praga, e, desta forma, as informações
disponíveis são escassas. Os sintomas de ataque são
parecidos aos de Sirex noctilio, porém uma característica biológica
tem sido um fator muito importante associado ao controle
desta praga, que é a espécie do fungo simbionte. As duas
espécies de Sirex apresentam uma simbiose com um fungo.
Porém, são espécies diferentes, sendo que o nematoide tem
também associação com um fungo, que é o mesmo de Sirex
noctilio e diferente do fungo de Sirex obesus. Assim, a tentativa
de controlar Sirex obesus com o Nematec® não foi eficiente. O
desafio agora está na estratégia definida para o controle desta
nova praga, que está sendo a introdução de uma nova espécie
de nematoide que tem associação com o mesmo fungo de Sirex
obesus. A Embrapa Florestas está trabalhando para viabilizar a
introdução deste nematoide, realizar testes de eficiência e, o
mais breve possível, ter à disposição dos produtores de pinus
um inimigo natural eficiente no controle da praga.
>> O controle biológico tem sido uma aposta em vários projetos
de sua autoria. O que torna essa abordagem tão eficaz e
sustentável?
Em plantios florestais, a utilização do controle biológico apresenta
vantagens quando comparado a uma cultura agrícola
anual, por ser um ambiente mais estável, favorecendo o
estabelecimento dos inimigos naturais. Além disso, há uma
tendência mundial da substituição do controle químico por um
controle mais adequado ambientalmente, como o uso de parasitoides,
fungos entomopatogênicos, extratos botânicos, entre
outros.
>> Também atuou no desenvolvimento do Bovemax®, voltado
ao controle da broca-da-erva-mate. Como se dá a articulação
entre pesquisa pública e setor privado nesses projetos?
Para o desenvolvimento do Bovemax® foi firmado um contrato
de cooperação técnica com uma empresa privada, produtora
de bioinsumos. A empresa financiou a pesquisa e na Embrapa
Florestas realizamos os estudos de laboratório e campo com
várias espécies e isolados de fungos entomopatogênicos. Quando
foi definido o mais eficiente, foi iniciado o processo para
obtenção do registro junto ao Ministério da Agricultura. Após
a aprovação do registro a Embrapa firmou um contrato com a
empresa de bioinsumos para a produção e distribuição do inseticida
biológico, e neste caso, a Embrapa recebe royalties pela
comercialização do produto.
Minas Gerais. On average, it controls the pest 70% of the
time, and in some cases, it controls the pest nearly 100% of
the time.
A new species of wood wasp has recently been identified.
What challenges does this discovery pose for pest management?
The new species of wood wasp, Sirex obeosus, was first
recorded in Brazil in 2023 in the State of São Paulo. It has
caused severe damage, primarily to resinous pine plantations.
Unlike S. noctilio, which is native to Europe, Asia, and
North Africa, S. obesus is native to North America. Sirex
obesus is a common species in its countries of origin, where
it is not considered a pest; therefore, available information is
scarce. The symptoms of an attack are similar to those of S.
noctilio. However, one biological characteristic has been an
essential factor in controlling this pest: the species of symbiotic
fungus. Both Sirex species have a symbiotic relationship
with a fungus. However, they are different species. The
nematode also has a symbiotic relationship with a fungus
that is similar to S. noctilio but distinct from S. obesus. Thus,
attempts to control S. obesus with Nematec® were ineffective.
The challenge now lies in devising a strategy for managing
this new pest: introducing a new species of nematode
that associates with the same fungus as S. obesus. Embrapa
Florestas is working to introduce this nematode, conduct
efficiency tests, and make it available to pine producers as a
natural pest control agent as soon as possible.
Biological control has been a focus in several of your projects.
What makes this approach so effective and sustainable?
In forest plantations, biological control has advantages over
annual agricultural crops because it is a more stable environment
that favors the establishment of natural enemies. Additionally,
there is a global trend toward replacing chemical
control methods with more environmentally friendly ones,
such as using parasitoids, entomopathogenic fungi, and
botanical extracts.
You also worked on developing Bovemax®, which is designed
to control the yerba mate borer. How does coordination
between the public research sector and private
companies work in these projects?
For the development of Bovemax®, we signed a technical
cooperation agreement with a private company that produces
bio-inputs. The Company financed the research, and
at Embrapa Florestas, we conducted laboratory and field
studies with various species and isolates of entomopathogenic
fungi. Once the most efficient fungus was identified,
we initiated the process to obtain registration with the
Ministry of Agriculture. After registration was approved,
Embrapa signed a contract with the bio-input company to
produce and distribute the biological insecticide. In this case,
Embrapa receives royalties for commercializing the product.
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ENTREVISTA
>> Além da vespa-da-madeira, se dedica ao manejo de outras
pragas, como pulgões e formigas cortadeiras. Quais os maiores
desafios dessas frentes?
A estratégia adotada para o controle dos pulgões-gigantes-do-
-pinus foi muito parecida com a adotada para a vespa-da-madeira,
ou seja, a busca de inimigos naturais nos locais de origem
da praga. Assim, em uma parceria com instituições públicas no
Brasil e também EUA (Estados Unidos da América), e com apoio
do setor privado, pelo Funcema, foi introduzido uma espécie
de parasitoide específico da praga. Os desafios foram o estabelecimento
da criação em laboratório e a produção em grandes
quantidades para liberação em campo. Isso envolveu muitos
estudos, observações e adaptações para viabilizar a criação.
Posteriormente, a liberação em campo e avaliação da eficiência
exigiram também muitos estudos. Mas como resultado, hoje o
controle desta praga está estabelecido, não causando mais perdas
econômicas nos plantios de pinus. Com relação às formigas
cortadeiras, a abordagem tem sido pela utilização de extratos
botânicos. Porém, os desafios são bem maiores e exigem um
tempo maior de dedicação, principalmente pela característica
das formigas em reconhecer os componentes das iscas e muitas
vezes, devolvê-las.
>> Que características considera essenciais para os jovens
cientistas que desejam atuar com entomologia florestal?
Uma é a curiosidade, que os instiga a explorar, investigar e
aprender. Com estas características, é necessário ele ingressar
em uma equipe de pesquisa bem estruturada e que atue em
diferentes aspectos da entomologia florestal. Dessa forma, imagino
que as chances de sucesso profissional serão grandes.
>> Por fim, há algum sonho que ainda deseja realizar na área?
Vendo a minha trajetória como pesquisadora, me sinto feliz
por estar contribuindo para a sanidade dos plantios florestais e
espero que cada vez mais o controle químico possa ser substituído
por alternativas menos impactantes ao meio ambiente.
In addition to wood wasps, you are also responsible for
managing other pests, such as aphids and leaf-cutting
ants. What are the biggest challenges in this area?
The strategy adopted to control giant pine aphids was very
similar to the approach adopted for the wood wasp: searching
for natural enemies in the pests’ places of origin. In
partnership with public institutions in Brazil and the United
States, and with support from the Private Sector through
Funcema, we introduced a species of parasitoid that is specifically
targeted at the pest. The challenges were establishing
laboratory breeding and producing large quantities for
release in the field. This required many studies, observations,
and adaptations to make breeding feasible. Field release
and efficiency assessment also required many studies. As a
result, the control of this pest is now well-established and no
longer causes economic losses in pine plantations.
Regarding leaf-cutting ants, the approach has been to use
botanical extracts. However, this approach presents greater
challenges, requiring more time and dedication. This is
mainly due to the ants’ ability to recognize the components
of the baits and often do not ingest them.
What characteristics do you consider essential for young
scientists who wish to work in forest entomology?
One is curiosity, which drives them to explore, investigate,
and learn. Along with this characteristic, they need to join a
well-structured research team that works on various aspects
of forest entomology. I imagine that the chances of professional
success will be significant that way.
Finally, is there a dream you still want to fulfill in this field?
Reflecting on my career as a research scientist, I am pleased
to contribute to the health of forest plantations. I hope environmentally
friendly alternatives can increasingly replace
chemical control.
A Embrapa Florestas está trabalhando para viabilizar a
introdução deste nematoide, realizar testes de eficiência
e, o mais breve possível, ter à disposição dos produtos de
pinus um inimigo natural eficiente no controle da praga
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COLUNA
Motosserra
certa na colheita
semimecanizada
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gabriel@gbmanejodearvores.com.br
Foto: divulgação
Na colheita semimecanizada, a motosserra adequada garante segurança,
produtividade e continuidade operacional na supressão vegetal
M
esmo com o avanço da mecanização, a colheita
semimecanizada ainda é realidade em muitas
operações florestais. Seja por características de
relevo, tipo de floresta ou limitações de acesso,
há situações em que a supressão vegetal continua
sendo realizada com motosserra.
Nessas frentes, a motosserra deixa de ser apenas uma ferramenta
complementar e assume papel central no desempenho da
equipe. A escolha correta do equipamento impacta diretamente
o ritmo da produção, a segurança dos operadores e os custos
operacionais. Por isso, tratá-la como uma simples decisão de
compra é um erro estratégico.
DECISÃO TÉCNICA QUE SUSTENTA A PRODUÇÃO
Na colheita semimecanizada, a motosserra opera sob alta
exigência: supressão vegetal de árvores de médio ou grande
porte, em ambientes severos e com jornadas prolongadas. O
equipamento precisa ser tecnicamente adequado à vegetação, à
estrutura da operação e ao perfil dos operadores.
Quando subdimensionada, a motosserra exige esforço excessivo
e compromete a segurança. Quando superdimensionada,
aumenta o desgaste físico da equipe e reduz a mobilidade. O
equilíbrio entre potência, ergonomia e robustez é fundamental.
CRITÉRIOS TÉCNICOS ESSENCIAIS PARA A ESCOLHA
1. Potência compatível com a exigência da atividade
A motosserra utilizada na supressão vegetal deve oferecer
potência proporcional ao tipo de vegetação, considerando o
diâmetro médio das árvores e a densidade da madeira. Potência
inadequada compromete o desempenho e aumenta o esforço
físico do operador.
2. Sabre proporcional ao diâmetro médio da árvore
O comprimento do sabre deve ser compatível com o porte da
vegetação e o diâmetro dos troncos a serem suprimidos. Sabres
desproporcionais — curtos demais ou excessivamente longos —
comprometem a precisão do corte, reduzem a produtividade e
aumentam o risco de acidentes.
3. Rede de assistência técnica confiável
A escolha da motosserra deve considerar a disponibilidade
de peças de reposição e a presença de uma rede de assistência
técnica eficiente e acessível. Equipamentos sem suporte adequado
tendem a gerar paradas prolongadas e comprometer a continuidade
da operação.
4. Motorização: combustão ou bateria
Embora as motosserras a bateria tenham avançado em eficiência
e ergonomia, ainda não atendem às exigências da colheita
semimecanizada, especialmente em frentes com uso contínuo,
alta exigência de torque e ambientes de difícil acesso.
A motosserra a combustão segue sendo a escolha mais viável
para a supressão vegetal nesse tipo de operação. Oferece maior
potência, autonomia prolongada e independência de infraestrutura
para recarga, características indispensáveis em áreas remotas
e de alta demanda operacional.
A decisão pela motorização deve considerar o volume de trabalho,
o perfil da frente e a autonomia necessária para manter a
produtividade sem interrupções.
CONSEQUÊNCIAS DA ESCOLHA INADEQUADA
• Baixa produtividade por operador
Motosserras ineficientes reduzem o volume diário e atrasam
a frente.
• Manutenção corretiva recorrente
Falhas mecânicas aumentam paradas, geram custos e comprometem
o cronograma.
• Fadiga e insegurança operacional
Máquinas mal ajustadas exigem esforço maior e elevam o
risco de acidentes.
• Descompasso com a extração e o transporte
Atrasos na supressão desorganizam a logística da colheita e
aumentam o tempo de ciclo.
GESTÃO TÉCNICA DO FERRAMENTAL: UMA PRÁTICA
DE EXCELÊNCIA
Líderes técnicos que tratam a motosserra como variável estratégica
adotam processos estruturados de padronização, testes
práticos e capacitação. Algumas boas práticas incluem:
• Definir modelos-padrão por tipo de atividade;
• Incluir reserva técnica dimensionada por equipe;
• Implantar checklists de inspeção preventiva e manutenção
programada;
• Capacitar operadores para uso adequado e conservação do
equipamento;
• Realizar testes em campo antes de decisões de aquisição
em escala.
Na colheita semimecanizada, a motosserra é uma extensão
da estratégia operacional. A escolha do equipamento certo não é
uma questão de preferência ou conveniência, mas de produtividade,
segurança e sustentabilidade técnica da frente.
É no detalhe da especificação que se evitam perdas invisíveis
e se protege o ritmo da produção. Escolher a motosserra certa
é garantir que a supressão vegetal aconteça com precisão, constância
e responsabilidade.
74 www.referenciaflorestal.com.br
DO BRASIL
PARA O MUNDO
dentes de corte
sabres
ponteiras substituíveis
acessórios
disco de feller
coroas de tração
Facas para picadores
rotaryax
rotaryaxoficial
PRINCIPAL
HISTÓRIA DE
EXCELÊNCIA
Indústria celebra 50 anos de história focada
em inovação e engenharia sob medida para
atender às exigências do setor florestal
78 www.referenciaflorestal.com.br
A History of
Excellence
The industry celebrates 50 years of a history
focused on innovation and custom-made
engineering to meet the demands of the
Forestry Sector
Fotos: Emanoel Caldeira
As engrenagens do setor florestal giram com força
e precisão. Do plantio à colheita, passando pelo
transporte e processamento da madeira, cada
etapa exige equipamentos robustos, confiáveis
e eficientes. É um universo em que a tecnologia
avança lado a lado com a produtividade, e onde a engenharia
se torna peça-chave para superar os desafios do campo. Nesse
cenário, empresas especializadas em soluções para máquinas
pesadas ganham protagonismo, oferecendo inovação e desempenho
a um setor em constante evolução.
Fundada em 1975 por Luiz Carlos Slivak, a empresa surgiu
com o objetivo de suprir uma necessidade urgente no setor de
máquinas pesadas: a falta de peças de reposição nacionais. Na
época, a maioria dos componentes precisava ser importada, o
que gerava atrasos e paradas prolongadas nos equipamentos,
comprometendo toda a operação. A proposta inicial foi desenvolver
alternativas de reposição para os equipamentos da marca
Caterpillar no Brasil.
Luciano Slivak, CEO da Lufer, relata que com o tempo, o
portfólio se expandiu para outras grandes marcas dos segmentos
de mineração, construção, florestal, ferroviário e portuário,
ampliando a atuação e atendendo setores estratégicos da
economia. “Desde o início, nosso propósito sempre foi garantir
que nossos clientes não ficassem reféns da espera por peças
importadas. E, mais do que isso, queríamos criar soluções duráveis,
seguras e adaptadas à realidade brasileira”, afirma Luciano.
T
he gears of the Forestry Sector turn with strength
and precision. From planting to harvesting and
transporting to processing wood, each stage requires
robust, reliable, and efficient equipment. It is a
universe in which technological advances go hand in
hand with productivity, and engineering is key to overcoming the
field’s challenges. Companies that specialize in heavy machinery
solutions take center stage in this scenario, offering innovation
and performance to a constantly evolving Sector.
Luiz Carlos Slivak founded the Company in 1975 to meet
an urgent need in the Heavy Machinery Sector: the lack of
domestic spare parts. At the time, most components had to be
imported, causing delays and prolonged equipment downtime
and compromising the entire operation. The initial proposal
was to develop replacement alternatives for Caterpillar brand
equipment in Brazil.
Luciano Slivak, Lufer’s Chief Executive, reports that, over
time, the portfolio expanded to include other major brands in
the Mining, Heavy Construction, Forestry, Railway, and Port
Sectors. The Company has expanded its operations to serve these
strategic economic sectors. “From the beginning, our purpose
has always been to ensure that our customers are not held hostage
waiting for imported parts. More than that, we wanted to
create durable, safe solutions adapted to the Brazilian reality,”
Luciano Slivak says.
Today, the Company’s activities go far beyond replacement
Agosto 2025
79
PRINCIPAL
Hoje, a atuação vai muito além da reposição. A empresa desenvolve
peças, acessórios, kits personalizados e serviços como
recuperação estrutural para os setores onde a empresa atua.
Importante lembrar também que a Lufer faz parte da cadeia de
fornecimento das maiores montadoras de caminhões do Brasil,
provendo serviços de tratamento térmico. “A capacidade de
entender as demandas do mercado e responder com engenharia
aplicada consolidou seu nome como referência no segmento”,
valoriza Luciano.
EXPANSÃO PARA O FLORESTAL
A entrada no setor florestal não foi por acaso. Clientes que já
utilizavam os produtos da empresa em outras frentes passaram
a solicitar soluções específicas para suas operações florestais. A
robustez exigida pelas atividades florestais encontrou resposta
na experiência da empresa com equipamentos para ambientes
extremos. “O setor florestal pede força, resistência e tecnologia.
É um ambiente onde os equipamentos são constantemente
desafiados, e nós temos o conhecimento técnico para entregar
desempenho com durabilidade”, explica Luciano.
Desde o início, a Lufer pensou em produtos que atendessem
de forma ampla e estratégica as demandas do mercado florestal
em todas as etapas do processo de colheita como: corte,
extração, baldeio, transporte e descarregamento. Para isso,
foram desenvolvidos rotatores, garras, bielas, engates rápidos,
ponteiras, removedores de toco, ancinhos, carregadores frontais
parts. Lufer develops parts, accessories, and customized kits,
as well as services such as structural recovery for the sectors
where the company operates.Luciano Slivak points out that it
is also important to remember that Lufer is part of the supply
chain of the largest truck manufacturers in Brazil, providing heat
treatment services. Luciano Slivak points out, “The ability to understand
market demands and respond with applied engineering
has established Lufer as a leader in the industry.”
EXPANSION INTO FORESTRY
The Company’s entry into the Forestry Sector was no accident.
Customers who were already using the Company’s products
in other areas began requesting specific solutions for their forestry
operations. The Company’s experience with equipment for
extreme environments met the robustness required by forestry
activities. “The Forestry Sector demands strength, durability, and
technology. It is an environment where equipment is constantly
challenged, and we have the technical knowledge to deliver
durable performance,” Luciano Slivak explains.
Initially, products aimed at the forestry market were used for
felling, extracting, and moving wood. The Company developed
rotators, connecting rods, quick couplers, and other accessories
for grapples, harvester heads, and loaders. Over time, the
forestry line expanded to serve a broader range of operations,
covering everything from felling and extraction to loading,
transportation, and unloading.
80 www.referenciaflorestal.com.br
Victor Shinohara, Rotary-Ax, e Luciano Slivak, Lufer, ao lado
da garra florestal desenvolvida em conjunto pelas empresas
e demais peças e acessórios aplicados em garras, cabeçotes
harvester e carregadores.
A Lufer Forest também oferece a recuperação estrutural
dos equipamentos e kits personalizados com proteção para
mangueiras e roletes, elevação de sapatas, telas, dog house,
chapas inferiores, longarinas, muretas, cilindros e braços. Além
de variedade, a empresa aposta na personalização. “Nosso papel
é adaptar a engenharia à realidade da operação. Entendemos
que cada floresta, cada solo e cada máquina tem suas peculiaridades”,
ressalta Luciano.
INOVAÇÃO E PARCERIAS
A inovação é movida pela escuta atenta do cliente. A empresa
investe em engenharia própria para desenvolver soluções
sob medida, aliando conhecimento técnico à experiência e à
prática operacional. Os produtos são projetados para suportar
condições severas e prolongar a vida útil dos equipamentos,
com uso de materiais de qualidade assegurada e um elevado
nível de verticalização, incluindo nesta seara o processo de
tratamento térmico. “Possuímos um elevado grau de verticalização,
pois entendemos que isto é decisivo em termos de
controle de processos, conhecimento e prazos diferenciados em
relação à concorrência”, expõe Luciano. “O diferencial está na
customização. Desenvolvemos exatamente aquilo que o cliente
precisa, com foco em produtividade, segurança e durabilidade”,
complementa o executivo.
Foi deste foco em inovação que a Lufer desenvolveu para o
segmento florestal, no ano de seu cinquentenário, a sua garra
traçadora de 0,80 m2. Marco Sampaio, gerente de fábrica, destaca
a capacidade de trabalho e robustez do implemento. “É uma
garra desenvolvida 100% dentro da Lufer, focada em aumentar o
desempenho e produtividade na operação florestal. Um produto
que carrega o DNA da Lufer em cada detalhe”, destaca Marco.
Uma das características desse novo implemento é o seu
desenvolvimento em parceria com a Rotary-Ax, especialista
na fabricação de sabres, coroas de tração e dentes de feller
buncher há mais de 25 anos, que idealizou o projeto do sabre e
o novo conceito de coroa de tração quádrupla, que é utilizado
The portfolio includes rotators, various models of grapples,
quick couplers, tips, stump removers, connecting rods, rakes,
and front-end loaders. The Company also offers customizable
kits that include protection for hoses and rollers, shoe lifts,
screens, crew housing, bottom plates, stringers, walls, cylinders,
and arms. In addition to variety, the Company is committed to
customization. “Our role is to adapt engineering to the reality
of the operation. We understand that each forest, soil type, and
machine has its own peculiarities,” Luciano Slivak emphasizes.
INNOVATION AND PARTNERSHIPS
Innovation is driven by carefully listening to customers. The
Company invests in its engineering to develop custom solutions
that combine technical knowledge, experience, and operational
practice. Products are designed to withstand harsh conditions
and extend the equipment’s useful life using quality-assured
materials and a high level of vertical integration, including the
heat treatment process. “Our high degree of vertical integration
sets us apart from the competition in terms of process control,
knowledge, and deadlines,” Luciano Slivak explains. “The difference
lies in customization. We develop exactly what the customer
needs with a focus on productivity, safety, and durability,”
adds the Executive.
Lufer developed its 0.80 m² tracer grapple for the forestry
segment this remarkable year, driven by its focus on innovation.
Plant Manager Marco Sampaio highlights the implement’s work
capacity and robustness. “It is a grapple that was developed entirely
within Lufer and is focused on increasing the performance
and productivity of forestry operations. It is a product that carries
Lufer’s DNA in every detail,” says Sampaio.
This new implement was developed in partnership with
Rotary-Ax, a company that has specialized in manufacturing
sabers, traction crowns, and feller buncher teeth for over 25
years. Rotary-Ax designed the saber and the new quadruple
traction crown concept used in the tracking grapple. Victor Hugo
Shinohara, Rotary-Ax’s Industrial Director, values the opportunity
to be part of this project and how it enhances both companies’
ability to provide forestry solutions. “We were pleased with the
Agosto 2025
81
PRINCIPAL
na garra traçadora. Victor Hugo Shinohara, diretor industrial
da Rotary-Ax, valoriza a oportunidade de estar nesse projeto
e como isso engrandece as duas empresas no fornecimento
de soluções florestais. “Ficamos muito felizes com o convite.
Isso não impulsiona apenas a Rotary-Ax e a Lufer, e sim todo
o mercado florestal brasileiro, que caminha em conjunto para
suprir demandas cada vez maiores e clientes mais exigentes”,
exalta Victor. Segundo ele, a linha de sabres florestais da Rotary-Ax
tem conquistado espaço no mercado interno e externo
devido à qualidade dos seus produtos, que se obtém através da
seleção de matérias-primas, que ampliam a vida útil e o constante
foco em inovação e criação de soluções que a Rotary-Ax
carrega. “Temos diversas patentes de componentes-chave e
possibilidade de personalizar ou mesmo inovar de acordo com
as demandas. Para a P80 trouxemos um sabre de 63 polegadas
de comprimento e o novo conceito de coroa de tração de 4
linhas, que permite utilizar 4 vezes a mesma peça, isso faz com
que aumente a produtividade da operação, além da vida útil da
peça”, explica Victor. Para o diretor da Rotary-Ax, essa parceria
é um reflexo do compromisso contínuo com a inovação, que
só é possível através de um diálogo direto com o campo. “A
interação com clientes e parceiros é fundamental para garantir
que os novos produtos atendam às reais necessidades do setor.
Estamos sempre em busca de materiais mais resistentes, criação
de produtos compatíveis com diversos equipamentos, redução
da necessidade de manutenção e um equilíbrio entre leveza e
ergonomia”, garante Victor.
Atentos aos preceitos da
economia circular, acreditamos
que é possível aliar performance
e responsabilidade ambiental.
Equipamentos duráveis geram
menos descarte, menos
manutenção e menor impacto
no meio ambiente
Luciano Slivak, CEO da Lufer
invitation. This boosts not only Rotary-Ax and Lufer but also
the entire Brazilian forestry market, which is working together
to meet ever-increasing demands from ever-more-demanding
customers,” says Shinohara. He says that Rotary-Ax’s line of
forestry saw sabers has gained ground in domestic and foreign
markets due to the quality of its products. This quality is achieved
through the selection of raw materials that extend the
useful life of the products and a constant focus on innovation
and the creation of solutions. “We have several patents for key
components, and we can customize or innovate according to
demand. For the P80, we introduced a 63-inch saw saber and
a new concept: a four-line traction crown that allows the same
part to be used four times, increasing the operation’s productivity
and the part’s useful life,” Shinohara explains. For the Rotary-Ax
Director, this partnership reflects the Company’s commitment to
ongoing innovation, made possible through direct dialogue with
the field. “Interacting with customers and partners is essential
to ensuring that new products meet the Sector’s real needs. We
are always looking for more durable materials to create products
that are compatible with various equipment, reduce the need
for maintenance, and strike a balance between lightness and
ergonomics,” says Shinohara.
82 www.referenciaflorestal.com.br
PRODUTIVIDADE, SUSTENTABILIDADE E FUTURO
A busca por produtividade é constante e ela vem acompanhada
de novas responsabilidades. O setor florestal exige
cada vez mais segurança para os operadores e menor impacto
ambiental no processo. A Lufer responde a essas demandas com
equipamentos mais inteligentes, eficientes e duráveis. “Acreditamos
que é possível aliar performance e responsabilidade
ambiental. Equipamentos mais duráveis geram menos descarte,
menos manutenção e menor impacto no meio ambiente”,
reforça Luciano.
A restauração e recuperação de máquinas tem se mostrado
uma estratégia eficiente para estender a vida útil dos equipamentos
e reduzir custos operacionais. Por meio de processos
rigorosos de revisão, substituição de componentes e atualização
tecnológica, é possível devolver ao mercado uma máquina que,
antes considerada obsoleta, volta a operar com desempenho
próximo ao de um equipamento novo, sem contar o ótimo custo
benefício proporcionado. “Quando feita com critérios técnicos
e peças de qualidade, a recuperação entrega uma performance
que surpreende. Muitas vezes, o cliente volta a enxergar valor
em uma máquina que já tinha dado como perdida”, sublinha
Luciano.
Com cinco décadas de trajetória e atuação em setores estratégicos
da economia, a empresa segue contribuindo para o
crescimento da indústria florestal brasileira com soluções que
combinam engenharia, experiência e inovação. “Seguimos à
risca o saber fazer e fazer bem-feito. Assim construímos 50 anos
e caminhamos para os 100 anos com segurança e focados em
oferecer o melhor para nossos clientes em todos os campos de
atuação”, orgulha-se Luciano.
PRODUCTIVITY, SUSTAINABILITY, AND THE FUTURE
The quest for productivity is constant and comes with new
responsibilities. The Forestry Sector demands greater safety for
operators and a smaller environmental footprint. Lufer responds
with more innovative, more efficient, and more durable equipment.
“We believe it is possible to combine performance and
environmental responsibility. More durable equipment generates
less waste and requires less maintenance, resulting in less
environmental impact,” Luciano Slivak emphasizes.
Restoring and recovering machines has proven to be an efficient
strategy for extending equipment’s useful life and reducing
operating costs. Through rigorous review processes, component
replacement, and technological upgrades, it is possible to return
a machine to the market that was previously considered obsolete.
The machine can operate again with performance close to
that of new equipment, not to mention the excellent cost-benefit
ratio it provides. “When done with technical expertise and
quality parts, recovery delivers surprising performance. Often,
customers see value again in machines they had already given
up on,” Luciano Slivak emphasizes.
With five decades of experience in strategic economic sectors,
the Company continues to contribute to the growth of the
Brazilian forestry industry by providing solutions that combine
engineering, knowledge, and innovation. “We strictly follow
the principles of know-how and doing things well. This is how
we have built our business over the past 50 years, and we are
confidently moving towards our 100-year milestone, focused
on offering the best to our customers in all fields of activity,”
Luciano Slivak proudly states.
Agosto 2025
83
LEGISLAÇÃO
Mudanças
IMPORTANTES
Nova lei de licenciamento
ambiental retira
burocracia e deixa
informações mais claras
Fotos: divulgação
84 www.referenciaflorestal.com.br
LEGISLAÇÃO
ACâmara dos Deputados aprovou o projeto de
lei que estabelece regras gerais de licenciamento
ambiental. A proposta também cria novos
tipos de licença, como para empreendimentos
estratégicos e de adesão por compromisso com
procedimentos simplificados e prazos menores para análise.
O texto será enviado à sanção presidencial. O substitutivo
aprovado pela Câmara dos Deputados incorpora 29 emendas
do Senado ao Projeto de Lei 2159/21, com parecer favorável
do relator, deputado Zé Vitor (PL-MG).
Zé Vitor afirmou que as emendas do senado contribuem
para estabelecer regras claras e objetivas para o licenciamento
ambiental. “Após amplo debate com todos os setores interessados
que buscaram um diálogo construtivo em prol de
um texto equilibrado e que contribua com o desenvolvimento
sustentável do País, o projeto se mostra apto”, apontou o
deputado.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB),
afirmou que o relator da proposta atendeu cerca de 70% das
demandas do governo. Segundo ele, houve negociação até o
último momento e buscou-se construir uma convergência de
um projeto bom para o país. “A primeira a ser visitada pelo
deputado Zé Vitor foi a ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva”, destacou Hugo.
De acordo com o projeto do licenciamento ambiental (PL
2159/21) aprovado nesta madrugada pela Câmara dos Deputados,
não precisarão de licença ambiental: as atividades
militares; as atividades e empreendimentos considerados não
utilizadores de recursos ambientais; as atividades que não
forem potencial ou efetivamente poluidoras; as atividades
incapazes de causar degradação do meio ambiente; as obras e
intervenções emergenciais de resposta a colapso de obras de
infraestrutura, a acidentes ou a desastres.
O texto aprovado excluiu o trecho que deixava claro que a
dispensa de licença ambiental não isenta o empreendedor de
obter autorização para desmatar vegetação nativa ou de outras
licenças como de outorga de direitos de uso de recursos
hídricos.
ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
Da mesma forma, o substitutivo dispensa o licenciamento
ambiental para certas atividades agropecuárias, desde que
a propriedade esteja regular no CAR (Cadastro Ambiental
Rural), em processo de regularização ou com termo de compromisso
firmado para recompor vegetação suprimida ilegalmente.
Nesse caso estão incluídos o cultivo de espécies de
interesse agrícola, temporárias, semiperenes e perenes; a
pecuária extensiva e semi-intensiva; a pecuária intensiva de
pequeno porte; e a pesquisa de natureza agropecuária que
não implique risco biológico. Entretanto, a falta de licença
para essas atividades não elimina a necessidade de licença
para desmatamento de vegetação nativa ou uso de recursos
hídricos, nem impede a fiscalização ambiental.
O produtor também deverá cumprir as obrigações de uso
alternativo do solo, conforme a legislação ou os planos de
manejo de unidades de conservação. Já os empreendimentos
de pecuária intensiva de médio porte poderão ser licencia-
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LEGISLAÇÃO
ser usada para atividades ou empreendimentos considerados
estratégicos pelo Conselho de Governo, órgão de assessoramento
do presidente da república quanto à política ambiental.
A definição das prioridades será bianual, e uma equipe
técnica deverá se dedicar permanentemente à função. Com
prazo de 12 meses para conclusão da análise e decisão sobre
o pedido de licença, a LAE terá prazo de validade de 5 a 10
anos, e a autoridade licenciadora dará prioridade à análise
dos pedidos de LAE em detrimento de outras licenças.
Segundo o texto, a análise da LAE deverá ocorrer em
uma única fase, e a autoridade licenciadora poderá solicitar
informações adicionais uma única vez. Outros órgãos que
precisem emitir licenças deverão dar prioridade à emissão
de anuências, licenças, autorizações, certidões, outorgas e
demais documentos necessários em qualquer esfera administrativa.
Um LAC (Licenciamento Ambiental Simplificado por Adesão
e Compromisso) poderá ser pedido pelo interessado sem
necessidade de estudos de impacto. Cada ente federativo,
conforme a competência concorrente de licenciamento ambiental,
definirá quais atividades de pequeno ou médio porte
e baixo ou médio potencial poluidor poderão usar a LAC,
cuja vigência será de 5 a 10 anos. O uso dessa licença poderá
ocorrer se forem atendidas, de forma cumulativa, certas condos
com a LAC. Quando atividades ou empreendimentos de
infraestrutura pública forem instalados em propriedade ou
posse rural, e não tiverem relação com as atividades agropecuárias
desenvolvidas, a inscrição no CAR não será exigida
como requisito para licença ambiental ou autorização de desmatamento.
NOVAS REGRAS APROVADAS
De acordo com o texto aprovado, são criados o procedimento
simplificado e o procedimento corretivo. O primeiro
permite a fusão de duas licenças em uma, como a prévia e a
de instalação. A aplicação desses procedimentos será determinada
pelos órgãos ambientais, com base no enquadramento
da atividade ou empreendimento conforme critérios de
localização, natureza, porte e potencial poluidor. Se a autoridade
licenciadora considerar que a atividade ou empreendimento
não causará significativa degradação ambiental, não
será exigido EIA (Estudo de Impacto Ambiental) ou Rima (Relatório
de Impacto no Meio Ambiente).
Uma das emendas aprovadas cria um novo tipo de licenciamento
ambiental, chamado de LAE (Licença Ambiental
Especial), que poderá ser concedida mesmo se o empreendimento
for efetiva ou potencialmente causador de significativa
degradação do meio ambiente. Esse tipo de licença poderá
88 www.referenciaflorestal.com.br
LEGISLAÇÃO
dições, como conhecimento prévio das características gerais
da região e de como se darão a instalação e a operação da atividade,
os impactos ambientais do tipo de empreendimento
e as medidas de controle ambiental necessárias. Além disso, a
intervenção não poderá derrubar vegetação se isso depender
de autorização ambiental.
Para obter a licença, o empreendedor deverá apresentar
o RCE (Relatório de Caracterização do Empreendimento), mas
devido a emenda aprovada a análise por amostragem dessas
informações será facultativa em vez de obrigatória. Já as vistorias
por amostragem no local passam a ser anuais para conferir
a regularidade de atividades autorizadas por meio da LAC.
A LAC poderá ser utilizada para serviços e obras de duplicação
de rodovias ou pavimentação naquelas já existentes ou
em faixas de domínio; e ampliação e instalação de linhas de
transmissão nas faixas de domínio. Entretanto, outra emenda
aprovada incluiu em trecho diferente do texto dispositivo que
dispensa de licenciamento ambiental serviços e obras de manutenção
e melhoramento de infraestrutura em instalações
existentes ou em faixas de domínio e de servidão, incluídas
rodovias anteriormente pavimentadas e dragagens de manutenção.
O PL 2159/21 regulamenta o LOC (licenciamento ambiental
de operação corretivo). Ele se aplica a atividades ou empreendimentos
que estejam operando sem licença ambiental
válida na data da publicação da futura lei. Esse tipo de licenciamento
poderá ser por adesão e compromisso, mas, caso o
órgão ambiental não considere essa opção viável, o empreendedor
deverá assinar um termo de compromisso, apresentando
documentos como o RCA (relatório de controle ambiental)
e o PCA (plano de controle ambiental). Se o LOC for solicitado
espontaneamente, o crime de falta de licença será extinto
após o cumprimento de todas as exigências. Para atividades
ou empreendimentos de utilidade pública, um regulamento
próprio definirá o processo de regularização.
O projeto também cria a LAU (Licença Ambiental Única).
Por meio dela, a instalação, a ampliação e a operação de
atividades ou empreendimentos, juntamente com suas condicionantes
ambientais (incluindo as de desativação), serão
analisadas em uma única etapa. Quanto aos prazos, a LP (Licença
Prévia), a LI (Licença de Instalação) e a LP associada à
LI devem ter validade de 3 a 6 anos. A validade da LI emitida
junto à LO (licença de operação), da LOC e da LAU será de 5 a
10 anos. Esse prazo será ajustado para o tempo de finalização
do empreendimento, caso seja inferior. Essas licenças não poderão
ser por período indeterminado.
PRAZOS DIFERENCIADOS
Se o empreendedor adotar novas tecnologias, programas
voluntários de gestão ambiental ou outras medidas que com-
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LEGISLAÇÃO
provem resultados ambientais mais rigorosos que os padrões
legais, o órgão licenciador poderá até dobrar os prazos de
validade das licenças de operação, sejam elas únicas ou conjuntas
(LI/LO).
Quanto aos prazos de análise para emissão de licenças
pelo órgão ambiental, eles variarão de 3 a 10 meses: 3 meses:
para as licenças de instalação, de operação, de operação corretiva
e única; 4 meses: para as licenças conjuntas sem estudo
de impacto; 6 meses: para a licença prévia; 10 meses: para a
licença prévia se o estudo exigido for o EIA. Se esses prazos
não forem cumpridos, não haverá licença automática, mas o
empreendedor poderá pedir a licença a outro órgão do Sisnama
(Sistema Nacional do Meio Ambiente).
AUMENTO DE PENA
Na lei de crimes ambientais, a pena para quem operar atividade
ou empreendimento sem licença ambiental passa de
detenção de 1 a 6 meses para 6 meses a 2 anos, podendo incluir
multa ou ambas as penas cumulativamente. A pena será
dobrada se o licenciamento depender de estudo de impacto
ambiental. Outra mudança nessa lei é a exclusão da pena de
crime culposo (detenção de 3 meses a 1 ano e multa) para o
funcionário público que conceder licença em desacordo com
as normas ambientais.
AUTORIDADES ENVOLVIDAS
Uma das emendas aprovadas retira de outras autoridades
envolvidas no licenciamento ambiental o poder de definir os
tipos de atividades ou empreendimentos de cujos licenciamentos
deverão participar. Isso envolve órgãos que devem se
manifestar sobre impactos em terras indígenas, como a Funai
(Fundação Nacional dos Povos Indígenas) ou quilombolas
(Ministério da Igualdade Racial), sobre o patrimônio cultural
acautelado (Iphan) ou sobre as unidades de conservação da
natureza, como o Icmbio Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade).
No entanto, o prazo total de prorrogação para que as entidades
envolvidas no licenciamento ambiental apresentem
seu parecer passa de 10 para 15 dias a mais do prazo padrão
de 30 dias. Essa prorrogação precisará de justificativa. Como
o novo texto, a manifestação dessas autoridades deverá ser
considerada pela autoridade licenciadora apenas se apresentada
no prazo fixado.
Ao mesmo tempo, autoridade ambiental licenciadora não
precisará mais avaliar e decidir motivadamente sobre a justificativa
da autoridade envolvida quanto ao impacto do empreendimento.
Sobre terras indígenas, por exemplo, o projeto
permite a manifestação da Funai apenas sobre aquelas com
demarcação já homologada. Nota técnica da organização não
governamental ISA (Instituto Socioambiental) indica que há
pelo menos 259 terras indígenas em processo de demarcação
(equivalente a 32% da área total desse tipo de terra) que ficariam
de fora da análise por ainda não estarem homologadas.
MAIOR IMPACTO
Quando o empreendimento ou atividade sob licenciamento
tiver de apresentar EIA ou Rima as outras autoridades envolvidas
deverão se manifestar em 90 dias, prorrogáveis por
mais 30 dias, caso houver nas proximidades: terras indígenas
com demarcação homologada; área interditada em razão da
presença de indígenas isolados; áreas tituladas de remanescentes
das comunidades dos quilombos; bens culturais ou
92 www.referenciaflorestal.com.br
LEGISLAÇÃO
tombados ou unidades de conservação, exceto APA (Áreas de
Proteção Ambiental).
As condicionantes para o funcionamento do empreendimento
(uma usina hidrelétrica, por exemplo), tais como
proteção ambiental de determinadas áreas ou realocação de
pessoas afetadas (pela barragem, por exemplo), deverão ser
fiscalizadas pelo próprio órgão consultado.
FEDERAL OU ESTADUAL?
Outra mudança feita pelos senadores e acatada pela
câmara determina que, se órgãos ambientais fiscalizarem
atividades sob licença não expedida por eles, deverão apenas
comunicar ao órgão licenciador as medidas para evitar a
degradação ambiental verificada em autuação. O órgão licenciador
poderá inclusive decidir que não houve infração, o que
tornaria sem efeito as multas aplicadas por aquele órgão que
fiscalizou.
Assim, por exemplo, quando o Ibama (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que
é federal, fiscalizar e multar empreendimento licenciado por
órgão ambiental estadual, o texto prevê que sempre a versão
deste último prevalecerá. Quanto ao processo administrativo,
em vez da lei federal serão aplicadas subsidiariamente as leis
dos outros entes federativos sobre o assunto.
RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA
O texto permite ainda a renovação automática da licença
ambiental por igual período a partir de declaração on-line do
empreendedor na qual ele ateste o atendimento da legislação
ambiental e das características e porte do empreendimento
e das condicionantes ambientais aplicáveis. Isso será válido
para empreendimentos de baixo ou médio potencial poluidor
e de pequeno ou médio porte.
Um relatório assinado por profissional habilitado deverá
ser apresentado para atestar o atendimento das condicionantes
ambientais. Em relação a qualquer tipo de licença, se o
requerimento for apresentado com antecedência mínima de
120 dias do fim da licença original, o prazo de validade será
automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva da
autoridade licenciadora.
Após amplo debate com todos
os setores interessados que
buscaram um diálogo construtivo
em prol de um texto equilibrado
e que contribua com o
desenvolvimento sustentável do
país, o projeto se mostra apto
Zé Vitor, deputado do PL e relator
do projeto
94 www.referenciaflorestal.com.br
SOLO
Olhando
PARA BAIXO
Proposta de observatório
mundial do solo é apresentada
por pesquisadores
Fotos: divulgação
96 www.referenciaflorestal.com.br
SOLO
Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária), em parceria com
a ONU/FAO (Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura) e outras instituições
internacionais, propõem a criação de
um observatório global da biodiversidade do solo, o Glosob
(Observatório Global da Biodiversidade do Solo, em inglês). A
proposta, publicada na revista Nature Ecology and Evolution,
pretende estabelecer um sistema unificado e padronizado
de monitoramento da biodiversidade do solo - elemento
essencial para a vida no planeta e que abriga 59% da biodiversidade
mundial, mas ainda pouco observado e altamente
vulnerável às mudanças climáticas e ao mau uso da terra.
A intenção é padronizar indicadores e aprimorar as capacidades
nacionais de monitoramento da biodiversidade do
solo, de modo a apoiar a formulação de políticas baseadas
em evidências, facilitando avaliações globais. O pesquisador
George Brown, da Embrapa Florestas, explica que, atualmente,
há dois indicadores nas convenções internacionais
que abordam os solos: um índice de agrobiodiversidade e
outro de mudanças nos estoques de carbono orgânico do
solo. “Eles não consideram a biodiversidade do solo nem as
interações biológicas, que regulam os ciclos biogeoquímicos
e outras funções ecossistêmicas essenciais para a vida na terra”,
alerta o cientista.
A intenção do Glosob é identificar pontos críticos de
biodiversidade do solo e áreas de monitoramento chave, garantindo
uma coleta de dados mais representativa e estratégica.
Para isso, pretende priorizar os esforços de capacitação,
de modo que todos os países, independentemente de seus
recursos técnicos e financeiros, possam contribuir. “Hoje,
nem todos têm capacidade para monitorar os organismos do
solo, e diversas análises globais revelam que muitas regiões
permanecem subestimadas”, aponta a pesquisadora Maria
Elizabeth Correia, da Embrapa Agrobiologia, que também
assina o artigo no periódico.
ATUAÇÃO DO GLOSOB
A estruturação do Glosob, segundo os cientistas, deve estar
apoiada em cinco pilares: padronização dos métodos para
medir os indicadores da biodiversidade do solo; integração
da biodiversidade em levantamentos convencionais do solo e
sistemas nacionais de informação do solo; aumento no apoio
financeiro, institucional e de capacitação aos países; conscientização
sobre o papel e o valor dos organismos do solo
e suas funções para a prestação de serviços ecossistêmicos;
e melhora na interação sobre biodiversidade e indicadores,
com informações sobre melhores práticas e modelos econômicos
e estruturas políticas e legais projetadas para proteger
e restaurar o ecossistema solo.
98 www.referenciaflorestal.com.br
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SOLO
Além de padronizar os indicadores e variáveis, o monitoramento
da biodiversidade do solo a partir do Glosob
deve permitir análises e avaliações mais acuradas sobre a
situação desses ecossistemas em todo o mundo, permitindo
a construção de mapas globais de distribuição da biodiversidade
e de um banco de dados unificado. “A partir desse
observatório será possível identificar melhores práticas para
a conservação do solo e uso de sua biodiversidade, bem
como das suas contribuições para os serviços ecossistêmicos.
Além disso, poderá ser um importante incentivo ao desenvolvimento
de políticas públicas que abordem a saúde do solo,
também garantindo que essa permaneça uma prioridade na
governança ambiental global”, acredita Maria.
Outro diferencial da proposta é a abordagem colaborativa,
envolvendo povos indígenas e o conhecimento tradicional,
formuladores de políticas públicas, produtores agrícolas
e especialistas técnicos. As iniciativas nacionais deverão ser
acompanhadas por um comitê diretor de especialistas, de
modo a avaliar realidades específicas de cada local. Segundo
os autores, os esforços de capacitação, as salvaguardas legais
e o alinhamento com os compromissos nacionais e internacionais
aumentarão o engajamento, enquanto a colaboração
contínua por meio de conselhos consultivos, plataformas
digitais e gerenciamento adaptativo garantirá o sucesso a
longo prazo.
PROCEDIMENTO
A proposta do Glosob foi aprovada em 2024, durante a
XII reunião do Global Soil Partnership da FAO, da qual participaram
mais de 900 pessoas de 143 instituições parceiras.
“Com a publicação do artigo na Nature, a divulgação será
muito mais ampla, alcançando muitos atores nos âmbitos
científico e político. Espera-se que isso provoque um efeito
cascata de discussão sobre a importância da avaliação e do
monitoramento da biodiversidade nos solos mundiais, e que
os países signatários da CDB (Convenção da Biodiversidade)
e participantes da reunião se organizem para colocar em
prática a implementação do GLOSOB local e regionalmente”,
aponta George.
Segundo ele, a expectativa é que na próxima COP 17, a
ser realizada em 2026, todos os países já apresentem uma
proposta de como irão implementar as decisões relacionadas
à iniciativa da biodiversidade do solo, incluindo o Glosob. O
plano de ação para a efetiva implementação da iniciativa envolve
quatro etapas, com finalização prevista até 2030.
Para a pesquisadora Cintia Carla Niva, da Embrapa Suínos
e Aves, a entidade pode ser importante aliada no estabelecimento
e escolha de locais para a implementação do
monitoramento do Glosob no Brasil. “Nosso país se destaca
entre os de clima tropical com expertise em biodiversidade
100 www.referenciaflorestal.com.br
SOLO
do solo, e vários dos cientistas especialistas são da Embrapa”,
argumenta.
BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Um dos resultados da COP15, realizada em 2022 em
Montreal, no Canadá, foi a implementação do Marco Global
de Biodiversidade Kunming-Montreal, cujo objetivo é enfrentar
a perda da biodiversidade, restaurar ecossistemas e
proteger os direitos indígenas.
A intenção é deter e reverter a perda natural, colocando
30% do planeta e 30% dos ecossistemas degradados sob
proteção até 2030. Relatório da Ipbes (Plataforma Intergovernamental
sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos),
órgão independente apoiado pela ONU, estima que um
milhão de espécies vegetais e animais estejam sob risco de
extinção. E o ritmo da extinção das espécies está cada vez
mais acelerado: segundo a organização WWF, na publicação
Planeta Vivo 2024, o tamanho médio das populações de mais
de 5 mil espécies monitoradas foi reduzido em 73% nos últimos
50 anos.
A biodiversidade do solo é apenas um dos ecossistemas
afetados, e é extremamente sensível ao cenário atual de
mudanças climáticas (variações de temperatura e padrões
de precipitação) e degradação ambiental, muitas vezes em
A partir desse observatório
será possível identificar
melhores práticas para a
conservação do solo e uso de
sua biodiversidade, bem como
das suas contribuições para os
serviços ecossistêmicos
Maria Elizabeth Correia, da Embrapa
102 www.referenciaflorestal.com.br
SOLO
consequência de práticas agrícolas insustentáveis, desmatamento,
espécies invasoras, poluição, entre outras causas. “A
grande preocupação é que essa biodiversidade fornece serviços
ecossistêmicos vitais para os seres humanos, como produção
de alimentos, água limpa, armazenamento e ciclagem
de materiais, energia e nutrientes”, defende Cíntia.
Segundo os cientistas, o monitoramento padronizado da
biodiversidade do solo nos países por meio do Glosob permitirá
a identificação das melhores práticas para a conservação
e o uso sustentável dessa biodiversidade.
ESFORÇO INTERNACIONAL
Ao todo, 29 cientistas de nove países se uniram em um
esforço conjunto para elaborar a proposta do Glosob. Essa
foi uma demanda dos signatários da Convenção da Biodiversidade,
a partir da COP15 de 2022. Na ocasião, como parte
do Plano de Ação 2020-2030 da Iniciativa Internacional para
a Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Solo,
a FAO/ONU foi convidada a estabelecer um observatório
para identificar indicadores padrão para o monitoramento
da biodiversidade do solo e fortalecer sua operacionalização
nos países.
Participaram da construção do artigo: Combining science
and policy for a unified global soil biodiversity observatory;
pesquisadores, analistas e bolsistas de quatro unidades da
Embrapa. São eles: George Gardner Brown, Lucília Maria
Parron Vargas e Talita Ferreira (Embrapa Florestas); Maria Elizabeth
Fernandes Correia, Ederson Conceição Jesus, Márcia
Reed Coelho, Guilherme Montandon Chaer e Luiz Fernando
de Souza Antunes (Embrapa Agrobiologia); Ieda Mendes,
Juaci Malaquias e Maria Inês Oliveira (Embrapa Cerrados);
Cintia Carla Niva (Embrapa Suínos e Aves); e Ozanival Dario
Silva (hoje chefe da Assessoria de Auditoria Interna, então da
Embrapa Cerrados).
OBJETIVOS
A implementação do Glosob, o desenvolvimento de políticas
e a adoção de práticas de conservação da biodiversidade
do solo estão em consonância com os ODS (Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável) da ONU, particularmente os
objetivos 2 Fome Zero; 3 Boa saúde e Bem-estar; 6 Água limpa
e Saneamento; 13 Ação climática e 15 Vida na Terra.
A iniciativa também atende aos objetivos da Década da
Restauração de Ecossistemas, instituída pela ONU para os
anos de 2021-2030. Com liderança do Onuma (Programa da
ONU para o Meio Ambiente) e da FAO/ONU, a Década tem
como objetivo inspirar e apoiar governos, organizações multilaterais,
sociedade civil, empresas do setor privado, jovens,
grupos de mulheres, povos indígenas, agricultores, comunidades
locais e indivíduos em todo o mundo para colaborar,
desenvolver e catalisar iniciativas de restauração em nível
global.
104 www.referenciaflorestal.com.br
MINUTO FLORESTA
Nova COMUNICAÇÃO
Empresa apresentará nova campanha de comunicação focada no setor florestal
durante a Show Florestal
AEnvu Brasil dá um passo estratégico ao lançar uma
nova campanha de comunicação voltada exclusivamente
ao setor florestal. O anúncio será feito
oficialmente durante a Show Florestal 2025, um dos
principais eventos do segmento no país, escolhido
por sua representatividade e conexão direta com o público-alvo da
marca. Com essa iniciativa, a empresa pretende reforçar seu posicionamento
como parceira confiável e técnica para silvicultores
empresas e agentes da cadeia florestal.
Com o mote: Unindo forças para florestas mais produtivas; a
nova comunicação conecta a identidade global da Envu com as demandas
específicas do mercado brasileiro, um dos mais relevantes
para a companhia em todo o mundo. A mensagem traduz o compromisso
de atuar lado a lado com os clientes, somando inovação,
soluções eficazes e suporte técnico de ponta. “Queremos que nossos
clientes tenham clareza sobre como, juntos, podemos superar
desafios e alcançar florestas mais saudáveis e produtivas”, afirma
Luciana Freitas, gerente de Marketing da Envu Brasil.
A nova identidade visual e discursiva foi desenvolvida a partir
de um processo colaborativo que envolveu os times de marketing,
técnico e comercial, além da escuta ativa de clientes estratégicos
em diferentes regiões do país. A proposta é comunicar com clareza
e relevância, usando uma linguagem simples, visual e conectada
à realidade do campo. “O mercado florestal brasileiro é muito específico
e competitivo. Por isso, fizemos questão de ouvir nossos
clientes e parceiros sobre a clareza das mensagens, os diferenciais
de nossos produtos e os elementos visuais que mais se conectam
à realidade do campo”, explica Luciana.
Com base nesse diálogo, a Envu Floresta estabeleceu três
pilares para guiar a nova campanha: clareza no posicionamento,
valorização dos benefícios tangíveis e proximidade com o cliente.
O objetivo é que cada peça de comunicação, em materiais impressos,
digitais ou em campo deixe claro o papel da empresa como
parceira estratégica do setor florestal. Entre os destaques da comunicação
estão os produtos do portfólio florestal, como Fordor®
Flex e Esplanade®, que ganham protagonismo com mensagens
diretas sobre seus diferenciais técnicos. O Fordor® Flex, por exemplo,
será apresentado com o conceito: Tudo que sua floresta precisa
para começar bem; destacando sua aplicação terrestre, aérea
e via drone, além da seletividade e eficiência na cobertura total
da área. Já o Esplanade® carrega o mote: Exatamente o que sua
floresta precisa para crescer forte; reforçando sua ação com baixa
dosagem, uso único e residual prolongado, que são características
ideais para quem valoriza tecnologia, previsibilidade e custo-benefício.
“Queremos que nossos materiais comuniquem de forma
simples e visual como nossas soluções podem apoiar o sucesso
das florestas comerciais, desde a fase inicial, até o pleno desenvolvimento
dos plantios”, reforça Luciana.
A comunicação da Envu Floresta não se limita à divulgação
de produtos. Ela também valoriza a oferta de serviços técnicos,
consultorias personalizadas, treinamentos e o suporte pós-venda
oferecido pela equipe da empresa em todas as regiões onde atua.
“Mais do que produtos, a Envu Floresta entrega soluções completas
com serviços técnicos e proximidade com o campo. Atuamos
como parceiros dos nossos clientes para garantir que as decisões
de hoje gerem as florestas produtivas de amanhã”, destaca a gerente.
LANÇAMENTO
Durante a Show Florestal 2025, o estande da Envu oferecerá
uma experiência diferenciada para os visitantes, com ativações
interativas, demonstrações de uso e contato direto com especialistas.
A ideia é mostrar, na prática, como a empresa atua em cada
etapa do ciclo florestal: do planejamento ao manejo.
A nova campanha da Envu Floresta será implementada de
forma ampla, contemplando todos os pontos de contato com o
público. Isso inclui materiais promocionais em distribuidores, conteúdos
técnicos, eventos, além dos canais digitais da marca. O site
da empresa e o Linkedin, por exemplo, contarão com conteúdos
exclusivos para o segmento florestal, reunindo vídeos explicativos,
informações detalhadas sobre soluções e materiais de apoio.
“Nossa proposta é que o cliente perceba a Envu Floresta como um
parceiro especializado no setor florestal brasileiro, com soluções
adaptadas à nossa realidade e canais que entreguem conteúdo
relevante de forma contínua”, comenta Luciana.
Apesar de sua atuação internacional em diferentes mercados
e países, a Envu tem um olhar especial para o Brasil. O país concentra
uma das maiores áreas plantadas de eucalipto do mundo
e se destaca como líder global na produção de celulose. “Embora
tenhamos operações em diversos países, sentimos que era fundamental
criar uma comunicação adaptada ao nosso público no
Brasil. É uma maneira de reforçar que conhecemos profundamente
a realidade do setor florestal brasileiro e estamos prontos para
contribuir com seu crescimento”, afirma a diretora de Marketing.
“Temos um portfólio robusto e soluções reconhecidas no mercado.
Agora, queremos que cada cliente e parceiro perceba com
clareza todo o valor que a Envu pode agregar ao seu negócio”,
completa Luciana.
106 www.referenciaflorestal.com.br
INTERNACIONAL
Risco
ECONÔMICO
Associações se manifestam
mediante perdas
relacionadas a taxação
imposta pelos EUA
Fotos: divulgação
Fotos: divulgação
108 www.referenciaflorestal.com.br
INTERNACIONAL
As recentes movimentações dos EUA (Estados
Unidos da América) em relação à imposição
de novas taxações sobre produtos estrangeiros
acenderam um alerta no setor florestal
brasileiro, especialmente nas regiões sul do
país. Diante desse cenário, associações florestais do Paraná,
APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base
Florestal) e de Santa Catarina, ACR (Associação Catarinense
de empresas Florestais), se manifestaram publicamente,
destacando os potenciais impactos dessas medidas para
a competitividade das exportações de base florestal. As
entidades apontam riscos ao desempenho de cadeias produtivas
como a de madeira serrada, painéis, papel e celulose,
além de enfatizarem a importância de uma resposta
estratégica por parte do Brasil para preservar mercados e
fortalecer a posição do setor no comércio internacional.
Confira abaixo a nota da APRE, assinada por Fabio
Brun, presidente da associação:
MANIFESTO DA APRE AO PODER PÚBLICO
BRASILEIRO
Pelo setor florestal do Paraná e pela preservação de
empregos, investimentos e renda
A APRE manifesta sua profunda preocupação com a
recente imposição de uma tarifa de 50% pelos EUA sobre
produtos brasileiros, medida que impacta gravemente o
setor florestal paranaense, um dos principais pilares econômicos
e exportadores do país.
Em 2024, os Estados do sul – Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul – responderam por 86,5% das exportações
brasileiras de produtos de madeira para os EUA,
totalizando US$ 1,37 bilhão. O Paraná, líder na produção
de pinus e de produtos industrializados de alto valor agregado,
como compensados, madeira serrada, molduras,
portas, painéis e móveis, é extremamente afetado por
essa decisão. A taxação, inesperada e desproporcional,
compromete a competitividade do setor, gera insegurança
jurídica e comercial, e ameaça milhares de empregos diretos
e indiretos, além de impactar a renda de famílias em
pequenos e médios municípios paranaenses. Os produtos
florestais lideram as exportações do agronegócio brasileiro
para os EUA (US$ 3,7 bilhões), superando café (US$ 2 bilhões),
carnes (US$ 1,4 bilhão), sucos (US$ 1,1 bilhão) e o
complexo sucroalcooleiro (US$ 791 milhões).
IMPACTOS DA TAXAÇÃO NO SETOR FLORESTAL:
EUA como principal mercado:
• Maior importador de madeira serrada de pinus do
Brasil (37,15%) e segundo maior do Paraná (30,79%);
• Maior destino de compensado de pinus, madeira serrada
de folhosas, painéis reconstituídos, portas, molduras
e móveis do Brasil;
• Segundo maior importador de celulose (14,32%) e
papel (10,26%) do Brasil.
Consequências imediatas:
• Suspensão de contratos, cancelamento de embarques
e contêineres retidos em porto;
• Empresas forçadas a rever estratégias em tempo re-
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SAIBA MAIS:
INTERNACIONAL
corde, com risco de fechamento de unidades e demissões
em massa.
A cadeia produtiva florestal, essencial para a economia
paranaense, enfrenta um cenário crítico. A continuidade
dessa tarifa, que entra em vigor a partir de agosto de 2025,
pode inviabilizar negócios e causar prejuízos irreversíveis.
APELO AO GOVERNO BRASILEIRO:
Diante da gravidade da situação, a APRE solicita ações
urgentes e coordenadas do governo federal:
1. Negociação diplomática imediata: engajar os EUA
para suspender ou revisar a tarifa, buscando uma solução
que preserve a competitividade do setor;
2. Evitar retaliações comerciais: impedir medidas que
escalem conflitos comerciais, protegendo o ambiente de
negócios;
3. Apoio à preservação de empregos e investimentos:
garantir políticas que sustentem a cadeia produtiva florestal;
4. Articulação política em alto nível: mobilizar esforços
conjuntos entre governo, setor produtivo e entidades
representativas para reverter os impactos da medida.
O setor florestal paranaense tem contribuído com dados
técnicos e colaboração ativa, mas a solução depende
de uma resposta governamental rápida e eficaz. Cada dia
sem ação representa maior risco de fechamento de empresas
e perda de empregos. A APRE reitera que o setor
florestal do Paraná não pode arcar sozinho com os impac-
tos de uma decisão internacional. Exigimos uma atuação
firme, diplomática e imediata do poder público para proteger
a economia local, os trabalhadores e a competitividade
do Brasil no mercado global.
NOTA CATARINENSE
A associação que representa Santa Catarina também
se manifestou através de nota assinada por seu presidente,
Jose Mario de A. Ferreira, presidente da ACR:
A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais),
há 50 anos defensora do setor de florestas plantadas
em Santa Catarina, vem manifestar profunda inquietação
diante da decisão do governo dos EUA de aplicar uma
tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — medida que
ameaça diretamente a sobrevivência de um dos pilares da
economia catarinense.
A madeira proveniente de florestas plantadas é mais
do que uma matéria-prima: ela sustenta cadeias produtivas
inteiras, gera empregos e consolida Santa Catarina
como um dos protagonistas do comércio internacional de
madeira.
Ao longo das últimas décadas, empresas catarinenses
investiram pesado em inovação, sustentabilidade e qualidade
para atender com excelência às exigências do mercado
norte-americano. Hoje, colhem frutos dessa dedicação
— frutos que correm sério risco de serem ceifados.
Só em 2024, os EUA se destacaram como principais
compradores de produtos catarinenses:
Produto
Total do valor exportado por (SC)
Participação dos EUA*
Portas de madeira US$ 291 milhões 87%
Molduras de madeira
US$ 128 milhões
87%
Móveis de madeira
US$ 229 milhões
47%
Compensado de coníferas
(pinus)
US$ 239 milhões
35%
Madeira serrada de
coníferas (pinus)
US$ 331 milhões
24%
Painéis reconstituídos de
madeira
US$ 137 milhões
14%
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* A taxa de porcentagem é sobre o volume total exportado por Santa Catarina em 2024.
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CONTRA QUEBRA
INTERNACIONAL
A nova tarifa imposta coloca em xeque a competitividade
desses produtos. Caso entre em vigor, Santa Catarina
poderá assistir à retração ou até à paralisação de empresas
que hoje sustentam mais de 103 mil postos de trabalho,
espalhados por 11,4 mil estabelecimentos no Estado. O
impacto será devastador, atingindo não apenas o setor florestal,
mas toda a economia catarinense.
Não se trata apenas de números, mas de histórias,
famílias e comunidades inteiras que dependem dessa atividade.
Por isso, fazemos um apelo urgente às autoridades
brasileiras e norte-americanas: é essencial que o diálogo
prevaleça. Que se busquem soluções justas, que respeitem
os acordos comerciais e valorizem o esforço contínuo por
práticas produtivas responsáveis e sustentáveis.
Preservar esse comércio é proteger empregos, fortalecer
parcerias históricas e garantir que décadas de trabalho
sério não sejam comprometidas por decisões unilaterais.
O Paraná, líder na produção
de pinus e de produtos
industrializados de alto valor
agregado, como compensados,
madeira serrada, molduras, portas,
painéis e móveis, é extremamente
afetado por essa decisão
Fabio Brun, presidente da APRE
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LogMeter
BulkMeter
Volume Sólido
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Volume da Carga
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Volume Residual
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RESTAURAÇÃO
Reflorestar
DO JEITO CERTO
Estudo aponta onde e com
quais espécies reflorestar
a Amazônia com base na
ciência e como isso auxilia
na economia
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RESTAURAÇÃO
U
ma nova pesquisa publicada na revista científica
internacional Forests traz avanços significativos
para a gestão e soluções florestais
sustentáveis na Amazônia brasileira. O estudo,
liderado pela pesquisadora Lucieta Martorano,
da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
Amazônia Oriental, utilizou uma metodologia de sua autoria,
o zoneamento topoclimático, a qual permite mapear áreas e
indicar as espécies nativas mais adequadas para a silvicultura
e restauração florestal na região amazônica. A publicação na
Forests foca em 12 espécies nativas de alto valor ecológico e
econômico.
Realizado por pesquisadores da Embrapa, da UFC (Universidade
Federal do Ceará) e de outras instituições, o trabalho
revela que a silvicultura com espécies nativas influencia
positivamente no combate às mudanças climáticas, além de
promover geração de renda, recuperar a biodiversidade e fortalecer
a resiliência das áreas frente a desastres naturais.
As descobertas enfatizam a importância do zoneamento
topoclimático como uma ferramenta para estratégias de
conservação e uso sustentável. Os resultados estão alinhados
à Lei de PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) do Brasil,
abordagem capaz de incentivar práticas agroflorestais, melhorar
a conservação da biodiversidade e fortalecer a bioeconomia
amazônica.
MÉTODO É APLICÁVEL A QUALQUER BIOMA
A metodologia de zoneamento topoclimático visa subsidiar
estratégias de conservação e uso sustentável de espécies
florestais nativas, podendo ser aplicada a qualquer bioma. O
estudo utilizou mais de 7,6 mil registros georreferenciados de
espécies florestais nativas, como angelim-vermelho, ipê-amarelo,
copaíba e mogno-brasileiro e cruzou essas informações
com dados climáticos, topográficos e geográficos coletados
entre 1961 e 2022. A partir disso, os pesquisadores criaram
mapas que mostram o grau de adequação ambiental (alto,
médio ou baixo) de diferentes áreas da Amazônia para o plantio
e manejo de cada espécie.
A análise estatística, não hierárquica, gerou modelos e
mapas que indicam áreas com alto, médio e baixo potencial
topoclimático para o plantio e manejo de cada espécie. “É
uma metodologia de planejamento com enorme potencial
para embasar políticas públicas voltadas à restauração florestal,
bioeconomia e adaptação climática. É ciência aplicada ao
território”, declara Martorano.
Entre os resultados, o estudo demonstra que espécies
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RESTAURAÇÃO
como o angelim-vermelho (Dinizia excelsa) apresentaram
até 81% de alta aptidão topoclimática em áreas antropizadas
(degradadas ou alteradas pelo homem), revelando um vasto
potencial para restauração produtiva. Além disso, espécies
com maior plasticidade ambiental, como o marupá (Simarouba
amara), podem atuar como coringas em locais de menor
adequação climática, desde que acompanhadas de manejo
adaptativo.
CONECTANDO BIODIVERSIDADE, CLIMA E ECONOMIA
Mais do que apenas mapear onde plantar, o zoneamento
permite alinhar e subsidiar políticas públicas aos compromissos
internacionais do Brasil no Acordo de Paris, como o
reflorestamento de milhões de hectares e o combate à perda
de biodiversidade. A silvicultura de nativas, impulsionada por
essa ferramenta, integra bioeconomia e clima, gerando oportunidades
econômicas sustentáveis.
Essa abordagem possui forte aderência à Lei de PSA do
Brasil, podendo ser a base para atrair fontes financiadoras e
fomentar práticas agroflorestais e a silvicultura de nativas,
como embasam os dados do estudo. A metodologia foca em
espécies florestais e, somada a outros zoneamentos, tem a
capacidade de melhorar a conservação da biodiversidade e
fortalecer a bioeconomia amazônica, garantindo resiliência
ecológica e desenvolvimento sustentável.
O PSA é uma ferramenta cada vez mais estratégica para
a conservação e a restauração dos ecossistemas no Brasil. Ao
reconhecer financeiramente quem protege, recupera ou melhora
o ambiente natural, o PSA impulsiona práticas que beneficiam
toda a sociedade — da preservação da biodiversidade
e do patrimônio genético à regulação do clima e à redução
do desmatamento. Trata-se de um caminho promissor para
dar escala à recuperação de florestas e paisagens, gerando ganhos
sociais, econômicos e ambientais para produtores rurais
e populações urbanas.
Hoje, o Brasil possui pelo menos 50 milhões de ha (hectares)
de pastagens degradadas, com potencial de restauração.
Soluções como sistemas agroflorestais e silvicultura com
espécies nativas apresentam boa rentabilidade e viabilidade
técnica. Nesse contexto, o PSA surge como um importante
motor de transformação. Ao oferecer remuneração imediata
por ações que, muitas vezes, exigem retorno de longo prazo,
esse instrumento estimula investimentos sustentáveis e contribui
para a adequação ambiental das propriedades rurais.
Com o PSA, quem protege os recursos naturais passa a
receber por esse trabalho, que historicamente foi feito sem
reconhecimento financeiro. É um incentivo direto às boas
práticas no campo, que se soma aos esforços para combater
o desmatamento ilegal e viabilizar o cumprimento do Código
Florestal.
Uma das grandes forças do PSA está na sua flexibilidade.
A legislação nacional permite que os pagamentos venham de
múltiplas fontes, como empresas privadas, pessoas físicas,
instituições financeiras e organismos de cooperação internacional.
O marco legal também criou o Programa Federal de
Pagamento por Serviços Ambientais, que amplia a segurança
120 www.referenciaflorestal.com.br
RESTAURAÇÃO
jurídica e a capacidade de atrair investimentos. Os recursos
podem ser repassados de diferentes formas: dinheiro direto,
benefícios sociais a comunidades, compensações ambientais,
títulos verdes, Cotas de Reserva Ambiental ou mesmo receitas
da cobrança pelo uso da água, sob responsabilidade dos Comitês
de Bacias Hidrográficas.
A construção de um arcabouço legal sólido e transparente
faz do PSA um dos principais instrumentos para o cumprimento
das metas ambientais brasileiras — como a restauração de
12 milhões de ha de áreas degradadas até 2030. Além disso,
o uso do PSA para geração de créditos de carbono abre uma
nova fronteira de oportunidades. Em um cenário global de
busca por soluções climáticas e valorização dos ativos ambientais,
o Brasil tem potencial para liderar. Com um mercado
de carbono bem estruturado, o PSA pode ser um elo essencial
entre os compromissos internacionais de mitigação e a
realidade do campo. Valorizar quem cuida da terra é investir
em um futuro sustentável — e o PSA é um passo firme nessa
direção.
O estudo também abre portas para programas de recuperação
de áreas nativas e o mercado de crédito de carbono.
O pesquisador Silvio Brienza Junior, da Embrapa Florestas e
coautor do artigo, destaca que espécies bem adaptadas, identificadas
pelo zoneamento, maximizam a oferta de serviços
ambientais como sequestro de carbono, regulação hídrica
e térmica, e preservação da biodiversidade. “Quando o país
identifica com precisão onde e como reflorestar, cria melhores
condições para atrair investimentos climáticos internacionais”,
complementa Silvio.
AMAZÔNIA NO CENTRO DO DEBATE GLOBAL
Com a COP 30 em Belém (PA), a ser realizada em novembro
deste ano, o Brasil ganha uma ferramenta robusta para
mostrar que a ciência nacional pode liderar soluções climáticas
globais. Os dados trazidos pelo artigo fortalecem a imagem
da Amazônia não apenas como bioma ameaçado, mas
como fonte de soluções concretas, baseadas na natureza e na
inteligência territorial. O modelo de zoneamento topo climático
poderá ser usado para direcionar recursos de restauração,
orientar projetos financiados por fundos verdes e contribuir
com as metas de neutralidade de carbono, conforme acordos
globais.
Segundo os autores, o modelo de zoneamento pode ser
ampliado para outras regiões e escalado com tecnologias
como sensoriamento remoto e inteligência artificial. A proposta
também estimula a conservação de espécies de alto
valor econômico e ecológico, contribuindo para um reflorestamento
inteligente — que combina restauração ambiental com
geração de renda e inclusão social.
O artigo Topoclimatic Zoning in
the Brazilian Amazon: Enhancing
Sustainability and Resilience of Native
Forests in the Face of Climate Change
está disponível gratuitamente no site
da revista científica Forests (MDPI)
através do QR Code:
122 www.referenciaflorestal.com.br
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LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES
Compostagem com resíduos
orgânicos da biomassa e da
queima da biomassa
Fotos: divulgação
124 www.referenciaflorestal.com.br
Abusca por práticas sustentáveis de gestão de
resíduos é um dos grandes desafios contemporâneos,
especialmente com o avanço da produção
agrícola, florestal e industrial no mundo.
Entre as soluções mais promissoras, destaca-se
a compostagem, um processo biológico que transforma resíduos
orgânicos em composto, um adubo natural de grande
valor agronômico.
Neste documento, exploraremos a compostagem utilizando
resíduos orgânicos provenientes, tanto da biomassa,
quanto da queima da biomassa, analisando suas vantagens, limitações
e potencial de contribuição para a economia circular
e a sustentabilidade ambiental.
BIOMASSA: DEFINIÇÃO E FONTES DE RESÍDUOS
ORGÂNICOS
Biomassa refere-se à matéria orgânica de origem vegetal
ou animal, utilizada como fonte de energia ou matéria-prima
para diferentes processos industriais. Entre as principais
fontes de biomassa estão resíduos agrícolas (palha, restos de
cultura, bagaço de cana-de-açúcar, cascas de frutas), resíduos
florestais (serragem, galhos, folhas), resíduos industriais (lodo
de papel e celulose, restos alimentares da agroindústria) e resíduos
urbanos (restos de alimentos, podas urbanas).
A decomposição natural da biomassa pode gerar emissões
de GEE (gases de efeito estufa) e ocupar grandes áreas
de aterro. Por isso, a valorização desses resíduos por meio da
compostagem promove a redução de impactos ambientais e
gera produtos úteis para fertilização do solo.
O QUE É COMPOSTAGEM?
A compostagem é um processo biológico aeróbio (presença
de oxigênio) em que microorganismos — como bactérias,
fungos e actinomicetos — transformam a matéria orgânica
em um composto estável e rico em nutrientes. O produto
final, chamado composto orgânico, é utilizado para melhorar
a estrutura, fertilidade e capacidade de retenção de água do
solo.
COMPOSTAGEM COM RESÍDUOS ORGÂNICOS DA
BIOMASSA
Na compostagem tradicional, aproveita-se os resíduos
vegetais e animais oriundos da biomassa bruta. Exemplos
incluem:
• Restos de culturas agrícolas (folhas, talos, raízes)
• Bagaço de cana-de-açúcar, palha de milho, casca de
arroz
• Resíduos de poda e jardinagem
• Estercos animais e resíduos de criação
• Restos da indústria alimentícia de origem vegetal
Agosto 2025
125
COMPOSTAGEM
Por isso, a valorização
desses resíduos por meio
da compostagem promove
a redução de impactos
ambientais e gera produtos
úteis para fertilização do solo
O procedimento envolve a fragmentação dos resíduos,
formação de leiras ou pilhas, monitoramento da umidade
(ideal entre 50% e 60%), aeração periódica e acompanhamento
da temperatura (temperaturas acima de 50°C (graus
Celsius) na fase termofílica). Ao fim de algumas semanas ou
meses, o material se transforma em composto orgânico.
O composto produzido é rico em matéria orgânica, macro
e micronutrientes, melhora a atividade microbiológica do
solo, reduz a necessidade de fertilizantes químicos e contribui
para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
RESÍDUOS DA QUEIMA DA BIOMASSA: CINZAS E SEU
POTENCIAL NA COMPOSTAGEM
A queima da biomassa, empregada para geração de
energia ou descarte, resulta principalmente em cinzas e, em
menor proporção, em carvão vegetal (biochar). As cinzas são
ricas em minerais, especialmente potássio, cálcio, magnésio e
fósforo, mas pobres em carbono orgânico.
O uso de resíduos da queima na compostagem é possível,
porém exige cautela. As principais características das cinzas
são:
• Alto teor de minerais e pH elevado (alcalino)
• Baixo teor de nitrogênio e matéria orgânica
• Possível presença de metais pesados, dependendo da
origem da biomassa
Ao serem incorporadas à compostagem, as cinzas podem
atuar como corretivo de acidez do solo e favorecer a disponibilização
de nutrientes, especialmente potássio. Contudo,
seu excesso pode inibir a atividade microbiana ou elevar o pH
acima do ideal para a compostagem (entre 6 e 8).
CUIDADOS NO USO DAS CINZAS NA COMPOSTAGEM
Para garantir o sucesso da compostagem com resíduos da
queima da biomassa, recomenda-se:
• Adicionar cinzas em proporção controlada (geralmente
até 10% do volume total da pilha de compostagem)
• Monitorar o pH do composto periodicamente
• Evitar cinzas provenientes de queima de resíduos tratados
com produtos químicos ou contaminantes
• Combinar cinzas com resíduos ricos em carbono (folhas,
palha, serragem) e nitrogênio (esterco, restos de cozinha)
para equilibrar nutrientes
O biochar (carvão vegetal pirolisado) também pode ser
incorporado à compostagem. Ele ajuda a reter nutrientes,
melhora a estrutura do composto e atua como casa para microorganismos
benéficos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A compostagem de resíduos orgânicos da biomassa,
associada ao uso criterioso das cinzas provenientes da sua
queima, constitui uma estratégia eficiente para transformar
passivos ambientais em ativos de grande valor agronômico e
ecológico. Esta abordagem contribui para a redução de resíduos,
a fertilidade dos solos e a promoção de sistemas produtivos
mais sustentáveis e resilientes.
O sucesso dessa prática depende do conhecimento técnico,
do monitoramento constante e da integração com programas
de educação ambiental. Ao transformar resíduos em
recursos, a compostagem representa um caminho promissor
para a transição ecológica e o fortalecimento da economia
circular.
Pergunte ao Tomita
Caso tenha alguma dúvida sobre
o sistema de compostagem,
envie sua pergunta para o e-mail
jornalismo@revistareferência.com.br e
saiba tudo sobre compostagem florestal.
126 www.referenciaflorestal.com.br
Especial
LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
AÇÃO PRÁTICA
Fotos: divulgação Vermeer
Reviramento das leiras é chave
para eficiência e qualidade
na compostagem, aponta
especialista Vermeer
Acompostagem se destaca como uma solução
sustentável e consolidada para o tratamento
de resíduos orgânicos, trazendo benefícios ambientais,
agronômicos e econômicos essenciais
para o desenvolvimento de práticas agrícolas e
ambientais mais conscientes. Para o engenheiro de aplicação
da Vermeer para a América Latina, Luís Gustavo Balzan, que
atua nos segmentos de compostagem e florestal, a chave para
o sucesso desse processo está no reviramento das leiras —
uma técnica simples, mas crucial para garantir a qualidade do
composto orgânico.
“A compostagem não é simplesmente empilhar resíduos
e esperar a decomposição. Ela exige um manejo técnico e
controlado para que os materiais, como restos de alimentos,
podas e resíduos agroindustriais, se transformem em um
composto orgânico rico, capaz de devolver nutrientes ao solo
e melhorar suas propriedades físicas, químicas e biológicas”,
explica Luiz.
O diferencial dessa técnica está na movimentação periódica
das leiras, as pilhas onde a massa orgânica é acumulada
para decomposição. Essa operação, que pode ser feita com pá
carregadeiras ou com máquinas específicas, visa principalmente
a aeração da massa, fundamental para a ação dos microrganismos
aeróbicos — os principais agentes da decomposição
eficiente. “Garantir o oxigênio no interior das leiras evita que o
processo se torne anaeróbico, o que além de prejudicar a qualidade
do composto, pode gerar odores desagradáveis e emissões
de gases nocivos, como o metano”, destaca o engenheiro.
128 www.referenciaflorestal.com.br
Além da oxigenação, o reviramento das leiras permite a
uniformização da temperatura e da umidade em toda a massa
orgânica. Durante a fase termofílica, quando a temperatura da
massa orgânica se eleva devido à intensa atividade dos microrganismos,
as temperaturas podem ultrapassar os 60°C (graus
Celsius), o que é fundamental para a sanitização do material,
eliminando patógenos e sementes que poderiam comprometer
o uso final do composto. “A redistribuição da umidade
também é vital. Se a massa ficar seca, a atividade microbiana
diminui; se ficar encharcada, há o risco de processos indesejados
e perda de nutrientes”, completa Luiz.
A operação do reviramento precisa ser ajustada para cada
realidade: o tipo de resíduo tratado, o sistema de compostagem
adotado - seja aerado ou mecanizado - e as condições
climáticas locais influenciam diretamente na frequência e na
técnica utilizada. Para isso, a utilização de tratores com implementos
específicos, sistemas automatizados ou compostadores
de maior porte, como o CT1718 Vermeer, pode otimizar o
processo, garantindo revolvimento homogêneo, maior controle
e redução de custos operacionais.
O resultado final desse manejo cuidadoso é um composto
orgânico estável e maduro, apto a ser usado como fertilizante,
condicionador de solo ou insumo para substratos. “Ao usar o
composto, as operações reduzem a dependência de fertilizantes
minerais, melhoram a retenção de água do solo e estimulam
a vida biológica no ambiente agrícola, tornando seus sistemas
mais resilientes e sustentáveis”, conclui o engenheiro.
Transformar resíduos em um recurso valioso por meio da
compostagem vai além da simples disposição dos materiais.
Requer conhecimento técnico, controle rigoroso dos parâmetros
e, sobretudo, atenção à dinâmica biológica promovida
pelo reviramento das leiras — é nessa operação que reside
grande parte do sucesso do processo.
SOBRE
LUÍS GUSTAVO BALZAN é engenheiro
mecânico formado pela Faculdade de
Engenharia Industrial da FEI (Fundação
Educacional Inaciana) e possui
especialização em Gestão da Engenharia
e Logística Industrial pela Universidade
de Franca. Com 12 anos de experiência
na Vermeer, atua como engenheiro de
aplicação para a América Latina, focando em
tecnologias e soluções para compostagem,
biomassa e manejo florestal, além de prestar
suporte técnico no pós-venda em diversos
países da região.
Agosto 2025
129
PLANTIO
Entendimento
CLARO
Mudanças na abordagem
sobre silvicultura abrem
portas para o crescimento
das atividades no Rio
Grande do Sul
Fotos: divulgação
130 www.referenciaflorestal.com.br
PLANTIO
O
Consema-RS (Conselho Estadual do
Meio Ambiente do Rio Grande do Sul)
aprovou importante atualização da
Resolução 498/2023, que redefine os
critérios para o plantio de florestas no
Rio Grande do Sul. A medida traz mudanças significativas
no ZAS (Zoneamento Ambiental da Silvicultura),
reforçando a proteção da biodiversidade, o uso racional
da água e o planejamento territorial inteligente.
O ZAS é uma ferramenta de gestão ambiental criada
para orientar a atividade da silvicultura, o plantio de
árvores como eucalipto e pinus, de forma equilibrada
com a natureza. Ele define onde é possível plantar,
quanto pode ser plantado e quais cuidados devem ser
tomados para proteger o meio ambiente.
A principal inovação é a adoção da metodologia
de Conectividade e Permeabilidade da paisagem, que
substitui os antigos critérios baseados apenas no tamanho
e na distância entre os plantios. O novo modelo
busca garantir que os plantios não interrompam corredores
ecológicos, áreas naturais essenciais para o deslocamento
da fauna e o equilíbrio dos ecossistemas.
Ao substituir critérios de
tamanho e distância entre
plantios por uma abordagem
baseada em conectividade e
permeabilidade da paisagem,
o Estado passa a considerar a
dinâmica real dos ecossistemas
Marcelo Camardelli, presidente do
Conselho e secretário adjunto da SEMA
132 www.referenciaflorestal.com.br
A nova diretriz é resultado de um trabalho técnico
de 3 anos, desenvolvido no âmbito da Câmara Técnica
de Biodiversidade do Consema, e incorpora modelos
utilizados internacionalmente na criação de corredores
ecológicos. O Rio Grande do Sul é um dos principais
produtores de florestas plantadas do Brasil e o único
estado com zoneamento específico para a atividade.
Agora, com essa nova atualização, o estado reforça seu
compromisso com o desenvolvimento sustentável do
setor.
MUDANÇA
A principal novidade é a substituição de regras
antigas, baseadas apenas em tamanho e distância
entre os plantios, por uma abordagem mais moderna:
a metodologia de conectividade e permeabilidade da
paisagem. O foco agora se tornou garantir que os plantios
não interrompam os corredores ecológicos áreas
naturais que permitem o deslocamento de animais e a
troca genética entre espécies.
Isso incorpora uma ferramenta
moderna e globalmente utilizada
para modelagem e criação
de corredores ecológicos ao
instrumento que orienta a
implantação da atividade de
silvicultura no território gaúcho
Diogo Heck, técnico da Assessoria do
Clima da Sema e presidente da câmara
técnica de Biodiversidade do Consema
Com 25 anos de trajetória, Força Consultoria Florestal
consolida liderança em inventário técnico e apoio estratégico
para os setores de papel, resina e celulose.
Excelência reconhecida
Responsabilidade social
Respeito ao meio ambiente
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planejamento e a gestão de florestas produtivas. A empresa aplica
metodologias consolidadas e tecnologias atualizadas para mensurar com
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Agosto 2025
133
PLANTIO
Com a atualização do ZAS, o
Rio Grande do Sul dá mais um
passo na modernização da
sua política ambiental, e traz
garantia para diversos setores
produtivos que dependem da
matéria-prima das florestas
plantadas para crescerem
Carlos Búrigo, presidente da Frente
Parlamentar da Silvicultura da
Assembleia Legislativa do Rio Grande
do Sul
Para aplicar essas regras, o Estado passa a usar um
recorte geográfico chamado UPN (Unidade de Paisagem
Natural ou BH (Bacia Hidrográfica). Esse cruzamento
permite uma análise mais precisa da capacidade ambiental
de cada região, levando em conta o solo, a vegetação,
a fauna e a disponibilidade de água.
O recorte UPN/BH é usado como referência espacial
para definir limites de ocupação do solo por atividades
de silvicultura. Ele permite avaliar a capacidade de
suporte ambiental de uma região, estabelecer limites
máximos de plantio, tamanhos de maciços florestais
e distâncias mínimas entre eles e aplicar diretrizes específicas
de licenciamento conforme as características
ambientais locais.
Segundo Diogo Heck, técnico da Assessoria do
Clima da Sema e presidente da câmara técnica de Biodiversidade
do Consema, a aprovação da metodologia de
análise da permeabilidade e conectividade da paisagem
ao ZAS é resultado de um trabalho amplo. “Isso incorpora
uma ferramenta moderna e globalmente utilizada
134 www.referenciaflorestal.com.br
para modelagem e criação de corredores ecológicos ao
instrumento que orienta a implantação da atividade de
silvicultura no território gaúcho”, explica Diogo.
REALIDADE LOCAL
O Rio Grande do Sul é um dos principais estados
produtores de florestas plantadas no Brasil e o único
estado a contar com um zoneamento específico para a
atividade. O primeiro ZAS foi implementado no Estado
pela Resolução 187/2008. Em 2023, o Consema aprovou
a atualização que tratava sobre a disponibilidade
hídrica dos empreendimentos.
Com a atualização, o Estado busca conciliar desenvolvimento
econômico com responsabilidade ambiental,
garantindo que o crescimento do setor florestal
ocorra de forma sustentável e planejada. “Ao substituir
critérios de tamanho e distância entre plantios por uma
abordagem baseada em conectividade e permeabilidade
da paisagem, o Estado passa a considerar a dinâmica
real dos ecossistemas. Isso é mais inteligente e mais
justo ambientalmente”, destaca o presidente do conselho
e secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli.
A Frente Parlamentar da Silvicultura da Assembleia
Legislativa, presidida pelo deputado Carlos Búrigo
(MDB), teve papel relevante nesse processo. A atuação
da Frente foi decisiva para articular os interesses do setor
produtivo com o governo estadual, garantindo que
o novo regramento contemplasse tanto a conservação
ambiental quanto a viabilidade econômica da silvicultura
no Estado.
O Rio Grande do Sul possui um dos maiores polos
moveleiros da América Latina, responsável pela geração
de milhares de empregos, e diversos polos industriais
do setor de base florestal, como nos casos das regiões
dos Campos de Cima da Serra e da Zona Sul do Estado.
“Com a atualização do ZAS, o Rio Grande do Sul dá mais
um passo na modernização da sua política ambiental, e
traz garantia para diversos setores produtivos que dependem
da matéria-prima das florestas plantadas para
crescerem”, ressalta Carlos.
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ARTIGO
RESUMO
Aprodutividade florestal é um indicador
muito utilizado na silvicultura para medir
a eficiência da produção em uma determinada
área de terra. Seu monitoramento
permite aos produtores, aos empresários
e aos investidores avaliar o desempenho de suas plantações
e identificar possíveis gargalos e oportunidades
de melhorias. Como a produtividade é altamente dependente
do material genético utilizado, do ambiente
de plantio e da interação destes dois fatores, nota-se
que existem diversos desafios inerentes à produtividade.
No que tange ao material genético, deve haver
uma adequada escolha da espécie e da procedência,
seja no material seminal ou clonal a ser plantado, de
acordo com a sua adaptação às condições ambientais
do sítio. Além da boa adaptação e da produtividade, é
fundamental que o material genético escolhido tenha
resistência ou tolerância a fatores bióticos (patógenos
e insetos-pragas) e abióticos (geadas, ventos, déficit
hídrico, distúrbio fisiológico, fogo etc.) de importância
econômica. O material genético também deve possuir
adequadas propriedades da madeira, da resina, do látex,
do óleo essencial, dentre outras condizentes com o
uso final do produto, haja vista que essas propriedades
podem afetar a produtividade industrial.
Os fatores ambientais que influenciam direta ou
indiretamente na sobrevivência, no crescimento e,
consequentemente, na produtividade florestal podem
ser climáticos, edáficos, fisiográficos e bióticos. Alguns
exemplos de fatores climáticos são: incidência solar,
temperatura, precipitação pluviométrica (quantidade,
distribuição e frequência), umidade e incidência de
ventos. Os fatores edáficos estão ligados à origem e ao
tipo de solo, além de suas propriedades físicas (estrutura,
textura, temperatura e porosidade), propriedades
químicas (pH, minerais, capacidade de troca catiônica
– CTC e compostos orgânicos) e propriedades bióticas
(matéria orgânica, plantas e animais). Os fatores fisiográficos
dizem respeito ao relevo dos talhões de plan-
138 www.referenciaflorestal.com.br
tio. Os fatores bióticos estão relacionados não somente
a ataques de pragas, mas também incluem aqueles aspectos
que podem ser controlados pelo homem como
as atividades de manejo silvicultural: data de plantio,
densidade populacional/espaçamento, método de preparo
do solo, correção e adubação, desramas, desbastes,
monitoramento e controle de plantas invasoras e
formigas, método de colheita, dentre outros.
Gargalos relevantes que também podem impactar
na produtividade florestal, em diferentes graus, são:
ausência de treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários
para condução das atividades de campo e
nos maquinários; condições ambientais adversas em
decorrência das mudanças climáticas; elevação nos
custos de implantação e manutenção das plantações
florestais e ausência de valorização da pesquisa e do
conhecimento científico (adaptação de materiais genéticos,
compreensão da influência de fatores bióticos e
abióticos, da nutrição florestal, dentre outros). Neste
cenário, é fundamental que haja planejamento e gestão
eficientes das plantações florestais. O planejamento florestal
busca maximizar o lucro do negócio e racionalizar
o uso dos ativos, minimizando os custos de produção e
O planejamento florestal busca
maximizar o lucro do negócio
e racionalizar o uso dos ativos,
minimizando os custos de
produção e de distribuição
dos produtos florestais e
assegurando o suprimento
sustentável de madeira, no
curto e no longo prazos
Agosto 2025
139
ARTIGO
No contexto de plantios
com eucalipto, o cenário
atual de expansão para
áreas com menor aptidão
trouxe um novo conjunto
de desafios, o que
consequentemente afetou
a produtividade média
nacional
de distribuição dos produtos florestais e assegurando
o suprimento sustentável de madeira, no curto e no
longo prazo.
No Brasil, os avanços históricos na produtividade
de madeira de eucalipto não aconteceram por acaso.
Eles foram resultantes de um esforço colaborativo em
pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de
tecnologias promovido por diferentes instituições públicas
e privadas. Esses ganhos expressivos podem ser
observados abaixo na série histórica de produtividade
média de madeira do eucalipto obtida em anuários da
antiga Abraf (Associação Brasileira de Produtores de
Florestas Plantadas) e da atual IBÁ (Indústria Brasileira
de Árvores).
No contexto de plantios com eucalipto, o cenário
atual de expansão para áreas com menor aptidão
trouxe um novo conjunto de desafios, o que consequentemente
afetou a produtividade média nacional.
O rápido crescimento das plantações nas regiões com
ocorrência de déficit hídrico acentuado, temperaturas
elevadas (inclusive noturnas), solos mais pobres e com
elevada variação ambiental entre sítios são condições
que têm demandado esforços relevantes, sobretudo, na
140 www.referenciaflorestal.com.br
elaboração de novas estratégias de produção. Além dos
desafios edafoclimáticos, o aumento na ocorrência de
insetos-pragas e doenças emergentes tem impactado
no desempenho das plantações de eucalipto.
Neste caso, destaca-se a ocorrência de pragas
como o percevejo bronzeado, o psilídeo-de-concha, a
vespa-da-galha, as lagartas desfolhadoras, as formigas
cortadeiras (sobretudo com as iminentes limitações no
uso de moléculas importantes no controle desta praga).
A escassez de materiais genéticos plenamente adaptados
tem sido um problema recorrente, principalmente
nas novas fronteiras, onde as condições edafoclimáticas
têm-se mostrado desafiadoras.
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Agosto 2025
141
AGENDA
AGENDA 2025
Imagem: reprodução
XXXIX Congresso Brasileiro de Solos
Data: 21 a 27
Local: São Luís (MA)
Informações:
https://solos2025.com.br/
SETEMBRO
2025
SETEMBRO
2025
SET
2025
XXXIX CONGRESSO BRASILEIRO DE SOLOS
O Congresso Brasileiro de Ciência do Solo é realizado
bianualmente, congregando pessoas de todo o país e do exterior,
sendo um evento científico tradicional e consolidado com temas
atuais e direta ou indiretamente relacionados à Ciência do Solo.
O XXXIX Congresso Brasileiro de Ciência do Solo será realizado
entre 21 e 27 de setembro de 2025, e terá como tema: Uso
do Solo e as Mudanças Climáticas. O evento será realizado no
Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão. O
congresso prevê diversas atividades, que serão cuidadosamente
preparadas para atender aos interesses de um público variado,
incluindo visitas técnicas, minicursos, palestras, mesas redondas,
vitrine tecnológica, apresentações de trabalhos científicos, feira
de empresas, além de atividades culturais.
VII Mensuflor
Data: 24 a 26
Local: Lavras (MG)
Informações:
https://www.mensuflor.com.br/
Imagem: reprodução
Composhow
Data: 7 a 9
Local: Piracicaba (SP)
Informações:
https://composhow.com.br/
OUTUBRO
2025
SET
2025
VII MENSUFLOR
O VII Mensuflor (Encontro Brasileiro de Mensuração Florestal)
será realizado na Ufla (Universidade Federal de Lavras) em 2025
e reunirá especialistas para debater as principais tendências e
avanços da mensuração e biometria florestal. O evento contará
com palestras de renomados pesquisadores do setor público
e privado, além da apresentação de trabalhos científicos. Mais
do que um espaço de discussão acadêmica, o Mensuflor visa
promover a troca de experiências entre diferentes gerações de
alunos, professores e profissionais, fortalecendo a integração
entre a comunidade acadêmica e as organizações privadas. Esse
ambiente de colaboração busca impulsionar novas parcerias,
fomentar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e
ampliar a aplicação prática dos conhecimentos gerados,
contribuindo para o avanço da mensuração florestal no Brasil.
142 www.referenciaflorestal.com.br
DE 07 A 09
DE OUTUBRO DE 2025
3°encontro técnico de compostagem
2025
feira brasileira de compostagem
LOCAL: ENGENHO CENTRAL EM PIRACICABA (SP)
MAIS INFORMAÇÕES: www.composhow.com.br
ORGANIZAÇÃO:
APOIO INSTITUCIONAL:
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ESPAÇO ABERTO
AIA (inteligência artificial) já deixou de ser apenas uma promessa distante.
Ela redefine a forma como trabalhamos, tomamos decisões
e impulsionamos a inovação. Mais do que automatizar tarefas, a
inteligência artificial vem se tornando uma aliada estratégica para
empoderar pessoas e organizações a fazer mais com menos. Ao transformar
dados em decisões, esforço em resultados e complexidade em clareza, a
IA libera tempo, amplia capacidades e cria espaço para o que realmente importa:
inovar, planejar e conquistar. Esse não é apenas um salto de produtividade, mas
uma oportunidade real de crescimento para quem souber se antecipar. Tudo indica
que estamos entrando em uma nova fase. Um momento em que a IA se torna ainda
mais colaborativa, aprendendo com contextos, interagindo com pessoas e ampliando
nossa capacidade de gerar impacto com mais foco, agilidade e criatividade.
Empresas que entenderem essa transformação e se anteciparem a ela terão mais
chances de se destacar.
Foto: divulgação
Facilitador
AUTOMÁTICO
Por Pedro Bocchese, formado
em administração e análise e
desenvolvimento de sistemas, é
especialista em IA, Cibersegurança
e Tecnologia da informação.
Atua como Head de inovação e
tecnologia
O futuro da IA é
colaborativo e está
moldando uma nova era
de produtividade
144 www.referenciaflorestal.com.br
DECISÕES MAIS INTELIGENTES COM MAIS VELOCIDADE
Com modelos cada vez mais sofisticados, a IA já consegue processar grandes
volumes de dados, identificar padrões ocultos e antecipar cenários. Ferramentas
que aplicam inteligência artificial estão sendo usadas para análise preditiva e prescritiva,
otimização de recursos e tomada de decisão baseada em evidências. Isso
não significa abrir mão da intuição ou da experiência humana, mas sim dar mais
contexto e precisão para quem decide. O que antes levava dias para ser analisado,
hoje pode ser feito em minutos, com mais segurança.
Vale lembrar que para alcançar esse nível, é fundamental investir nas pessoas.
A tecnologia só faz sentido quando há domínio humano por trás. Capacitar times
para lidar com IA é uma das decisões mais estratégicas que uma empresa pode
tomar. A automação baseada em IA já deixou para trás o modelo engessado de
tarefas repetitivas. Com o uso de modelos treinados e engenharia de prompts
adequada, é possível contar com soluções que aprendem com o uso, se adaptam
ao contexto e entregam sugestões alinhadas ao objetivo do usuário. Com isso, os
profissionais conseguem delegar atividades operacionais para a IA e focar em tarefas
mais estratégicas, como análise crítica, planejamento e inovação. O tempo de
quem pensa e cria passa a ser respeitado.
COLABORAÇÃO AUMENTADA
Um dos impactos mais transformadores da IA está na forma como ela potencializa
a colaboração entre pessoas e equipes. Com assistentes inteligentes e agentes
autônomos, já é possível automatizar tarefas que antes demandavam horas,
como resumir reuniões, conectar informações entre diferentes sistemas, organizar
ideias soltas e transformar documentos dispersos em conhecimento acessível. Esses
agentes não apenas executam comandos, mas aprendem com o contexto, antecipam
necessidades e atuam de forma proativa para facilitar o fluxo de trabalho.
Ao estarem integrados às plataformas corporativas, tornam o acesso à informação
mais fluido e intuitivo, reduzindo drasticamente o tempo perdido com buscas, retrabalho
ou desalinhamento. O resultado é propositivo focando no que realmente
importa e em um novo patamar de produtividade coletiva.
O FUTURO JÁ COMEÇOU
A IA não veio para substituir ninguém. Ela veio para potencializar talentos,
eliminar desperdícios e criar novas formas de pensar e produzir. É a união entre a
inteligência humana e a artificial que vai definir os próximos anos. Por isso, mais
do que acompanhar essa revolução, é hora de se posicionar de forma estratégica.
Como a sua empresa está se preparando para transformar a IA em aliada da produtividade?
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