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Florestal_276 - OPS

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DESTAQUE

LEGISLAÇÃO: Novo código ambiental facilita a criação de novos investimentos florestais

MERCADO EM

MOVIMENTO

INDÚSTRIA DA COLHEITA FLORESTAL

CONTA COM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E

PARCERIAS QUE FORTALECEM O SETOR

MARKET IN MOTION

TECHNOLOGICAL INNOVATION AND

PARTNERSHIPS ARE STRENGTHENING

THE FORESTRY SECTOR




PRIMEIRO TRITURADOR

HIDRÁULICO DO BRASIL

www.himev.com.br


- 1,50M DE LARGURA DE CORTE

- OPERAÇÃO HIDRÁULICA

- FACAS FIXAS EM AÇO

ESPECIAL TEMPERADO

- BRAÇOS AJUSTÁVEIS

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INOVAÇÃO COM O OLHAR PARA O BRASIL:

A VERMEER APOSTA EM TECNOLOGIA, PRODUTIVIDADE E

BAIXO CONSUMO OPERACIONAL PARA O SETOR FLORESTAL

A Vermeer Brasil tem intensificado

sua atuação estratégica em território

nacional, com foco na expansão do

setor florestal, impulsionada por

políticas ambientais e novos mercados

consumidores. A Vermeer oferece

uma linha completa de trituradores

e picadores, que vão de 25 hp até

950 hp, capazes de processar desde

podas urbanas até materiais densos e

altamente contaminados.

Os trituradores Vermeer foram criados

para resistir, entregar e superar.

Com estrutura reforçada, componentes

de alta durabilidade e tecnologia

embarcada, nossos equipamentos

enfrentam os ambientes mais extremos

com potência bruta e inteligência

operacional.

Seja em terrenos irregulares, operações

contínuas ou áreas de difícil acesso, a

Vermeer entrega robustez real.

E QUANDO O ASSUNTO É

PRODUTIVIDADE, NÃO TEM CONVERSA:

• TRITURAÇÃO EFICIENTE com sistemas

inteligentes de alimentação

• BAIXO CUSTO OPERACIONAL: menos

paradas, menos gastos, mais rentabilidade

• MOBILIDADE SEM LIMITES: preparadas

para qualquer terreno

BIOMASSAS

PROCESSADAS NO BRASIL

Palha de arroz

Bambú

Árvore café

Dormente

Palha de cana

Resíduo pinus

Resíduo eucalipto

Casca eucalipto

Árvores de

alta densidade

Árvore limão

Árvore laranjeira

Resíduo e

Reciclagem

Eucalipto para

micro cavaco

Árvore caju

Árvore inteira

álamo/acássia

Árvore inteira

eucalipto

Árvore inteira

pinus

Árvore cerrado

Capim Energético

Madeiras diversas

SUPORTE VERMEER BRASIL:

CONFIANÇA QUE SEGUE JUNTO COM O EQUIPAMENTO

Na Vermeer Brasil, suporte técnico não

é um serviço — é um compromisso.

Compromisso com quem opera no

campo, enfrenta desafios reais e precisa

de respostas rápidas e confiáveis.

Nossa assistência técnica é formada por

especialistas treinados diretamente pela

fábrica, com profundo conhecimento

dos equipamentos e das necessidades

do mercado. Estamos presentes onde

o cliente está — com atendimento em

campo, entrega técnica especializada e

acompanhamento contínuo da operação.


HG6000TX VERMEER

ALCANÇA A INCRÍVEL

MARCA DE 30 MIL HORAS

DE OPERAÇÃO NA

VALE DO TIBAGI

“Nós conseguimos levar essa máquina a 30

mil horas. Isso é um marco histórico, tanto pra

nós quanto pra Vermeer. Com a entrada dos

trituradores móveis, buscamos sempre um

equipamento que entregasse produtividade

real e foi nesse momento que a Vermeer

apareceu. A disponibilidade da máquina, sua

produção e confi abilidade fi zeram toda a

diferença. Ganhamos campo, começamos a

oferecer o serviço para outras unidades e fomos

aprimorando o processo em parceria com a

Vermeer”

– Henrique Nico Janacievicz

Diretor da Vale do Tibagi

HG60000TX NA VALE DO TIBAGI

PICADOR DE ÁRVORES INTEIRAS WC2500TX:

RECALIBRADA. RECONFIGURADA. CONFIÁVEL

A nova confi guração da WC2500TX

representa um avanço signifi cativo no

compromisso da Vermeer com o mercado

brasileiro. Após ouvir atentamente

nossos clientes e analisar as demandas

O RESULTADO IMPRESSIONA:

operacionais do campo, promovemos uma

série de melhorias estruturais, mecânicas e

funcionais que tornam o equipamento ainda

mais efi ciente e confi ável.

• Economia de até 20% de combustível por hora

• Aumento em até 25% na granulometria do cavaco

• Ganho de até 15% na produtividade

“Estamos há dez anos com a Vermeer, e nada

fi cou pendente. Começamos com o Picador de

Árvores Inteiras WC2300XL e hoje operamos

com o Picador de Árvores Inteiras WC2500TX.

O pós-venda da Vermeer é muito diferente do

que vemos em outros parceiros no mercado.

A gente busca qualidade. Não é só o preço

— é o conjunto. Quando a indústria precisa,

o equipamento tem que estar disponível no

campo. E a parceria com a Vermeer tem

atendido todas as nossas expectativas”

– Cleuzimar Lisboa

Supervisor Florestal – Cooperativa Agrária

WC2500TX: COOPERATIVA AGRÁRIA


UM FUTURO SÓLIDO

A Vermeer prepara dois lançamentos Mais do que máquinas, essas soluções

que prometem transformar o cenário foram projetadas com foco total

da trituração no Brasil: o Pré-Triturador nas demandas reais do setor florestal –

LS3600TX (Shredder), e a nova geração onde robustez, baixo custo operacional

do Triturador Horizontal HG4000TX. e segurança são essenciais.

Com tecnologia de ponta e engenharia

pensada para o campo, o LS3600TX

(Shredder) e o novo HG4000TX chegam

para aumentar a produtividade e reduzir

os custos operacionais.

LS3600TX (SHREDDER): A NOVA REFERÊNCIA EM

PRÉ-TRITURAÇÃO PARA RESÍDUOS DESAFIADORES

Projetado para processar resíduos sólidos urbanos, restos de

construção, madeira contaminada e biomassa, ele entrega

desempenho e versatilidade nas mais diversas frentes.

HG4000TX: MAIS QUE POTÊNCIA, INTELIGÊNCIA

QUE TRANSFORMA A SUA OPERAÇÃO

Projetado para preencher uma lacuna estratégica entre

produtividade e mobilidade, o novo modelo chega com inovações

que elevam o desempenho no campo a um novo patamar.

• Processamento de resíduos

contaminados com eficiência

sólidos urbanos e sólidos

orgânicos

• Linha de transmissão de

potência projetada para oferecer

máximo torque ao rotor

• Acesso total ao motor e rotor

facilitando a manutenção

• Opções de rotores

ajustáveis para lidar com

diferentes tipos de materiais

• Motor CAT C13

confiabilidade e força para triturar

qualquer desafio.

• Inteligência operacional

Droop Preditivo, Eco Idle e Trip

Meter: Tecnologias que pensam

com você.

• Monitoramento inteligente,

economia de combustível e

controle total da operação em

tempo real.

• Peneiras otimizadas

melhor separação de materiais

e maior qualidade no produto

final.

• Sistema de trituração

versátil tambor configurável

com martelos ou facas

• Tecnologia LiDAR dados de

produção em tempo real

• Separador magnético integrado

remove metais ferrosos

automaticamente

• Motor CAT C13

confiabilidade e força para

triturar qualquer desafio.

PRÉ-TRITURADOR LS3600TX (SHREDDER)

TRITURADOR HORIZONTAL HG4000TX

SEJA QUAL FOR O DESAFIO, NÓS TEMOS O EQUIPAMENTO CERTO.

A VERMEER TEM A SOLUÇÃO COMPLETA PARA SUA OPERAÇÃO

BIOMASSA

FLORESTAL

TRITURADOR HORIZONTAL

TRITURADOR VERTICAL

PICADOR DE ÁRVORES INTEIRAS

DESBASTADOR FLORESTAL

COMPOSTAGEM

E RECICLAGEM

PRÉ-TRITURADOR (SHREDDER)

TRITURADOR HORIZONTAL

COMPOSTADOR

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TRACBEL NA

SHOW

FLORESTAL

Tecnologia Tigercat TCi,

com suporte Tracbel

Na floresta, cada árvore conta. E cada máquina também.

A Tracbel Florestal e Logística apresenta na Show Florestal 2025

a força de três soluções Tigercat TCi que impulsionam a colheita

com inteligência e cuidado com o ambiente.

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Na Show Florestal 2025,

a Tracbel Florestal e Logística apresenta

máquinas Tigercat TCi que são

referência mundial em desempenho

Forwarder 1085C

Estável e potente, é ideal para

operações de baldeio de alta

produção em terrenos extremos.

Picador 6500

Harvester 1165

Precisão no corte e versatilidade

para diferentes topografias.

Projetado para alto

rendimento com desgaste

reduzido das facas.

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Requer 250 cv e atua com profundidade de até 20 cm

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Estabiliza, recicla e prepara estradas com alto

rendimento, mesmo sob tráfego pesado

As estradas vicinais são o elo

entre a produção e o transporte.

Boas condições significam menos custos,

mais agilidade e eficiência no campo.

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florestal: peças multimarcas, serviços de

customização para máquinas com

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necessidade, manutenção e revitalização

de máquinas e equipamentos. Com

atendimento especializado, suporte

técnico exclusivo e treinamentos

operacionais personalizados, oferecemos

eficiência e confiança do começo ao fim

da sua operação.

REFERÊNCIA NO

MERCADO

Com 11 anos de atuação, a LION é

referência no mercado florestal,

reconhecida pela confiança, qualidade e

inovação. Oferecemos uma linha completa

de produtos de alta performance, como as

garras HSP Gripen e os cabeçotes SP

Maskiner. Agora, ampliamos ainda mais

nosso portfólio com a nova parceria

exclusiva com os equipamentos da Ecolog,

fortalecendo nosso compromisso com

tecnologia e eficiência no campo.


PARCERIA QUE VAI

FAZER HISTÓRIA

Agora a Lion é Distribuidor Homologado Ecolog no Brasil.

ECOLOG

OW

RFORESTRY OF TOMOR




SUMÁRIO

AGOSTO 2025

78

HISTÓRIA DE

EXCELÊNCIA

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO

30 Editorial

32 Cartas

34 Bastidores

36 Notas

62 Frases

64 Entrevista

74 Coluna

78 Principal

84 Legislação

96 Solo

106 Minuto Floresta

108 Internacional

116 Restauração

124 Compostagem

130 Plantio

136 Artigo

142 Agenda

144 Espaço Aberto

116

130

105 Arborgen

131 Belle Suporte

31 BKT

33 Bruno

35 Carrocerias Bachiega

143 Composhow

67 D’Antonio Equipamentos

14 Denis Cimaf

02 Dinagro

89 2Exfire

39 DRV Ferramentas

65 Duffatto Viveiro Florestal

107 Ecoserra

51 Emex Brasil

63 Engeforest

148 Envimat

37 Envimat/CBI

127 Envimat/Compostagem

29 Envu

59 Francio Soluções Florestais

61 Feldermann Forest

69 Felipe Diesel

93 Fex

133 Força Consultoria Florestal

103 Foretoken Digital

109 Fratex

95 Grupo Hidrau Torque

101 Guarany

99 Hallco Piso Móvel

04 Himev

49 J de Souza

137 Kades Forest

24 Lion Equipamentos

75 Lufer Forest

111 Macedo Forest

20 Máquina Solo

121 Mill Indústrias

71 Motocana

139 Movitech Equipamentos

57 Nordtech

73 Planalto Picadores

87 Planflora

123 Polim Agri

145 Prêmio Referência 2025

22 Raptor Florestal

91 Recimac

43 Rocha Facas

41 Rodovale

76 Rotary-Ax

10 Rotor Equipamentos

16 Sergomel

113 Siromat

146 Sparta Brasil

26 Sutil Máquinas

45 Tecmater

141 Terra Solo Seguros

12 Tracbel

53 Unibrás

97 Unifértil

85 Vale do Tibagi

119 Valfer Ferramentas

47 Vantec

06 Vermeer Brasil

08 Vermeer Brasil

135 Vkasta

18 Watanabe

55 WDS Pneumática

115 Woodtech

28 www.referenciaflorestal.com.br


O Herbicida seletivo da Envu para impedir as daninhas

desde o início e em todas as épocas do ano

Aplicação

Pré e Pós-Plantio

Das culturas do

eucalipto e pinus

Seletividade

Não afeta o

desenvolvimento

das culturas do

eucalipto e pinus

Flexibilidade

Permite aplicação

em épocas úmidas

e secas

Efeito Recarga

Promove atividade

residual no controle

de plantas daninhas,

mesmo após longos

períodos sem chuvas

(120 dias)

Aplicação com Drone

Registro para

aplicação com

drone, avião e

aplicação terrestre

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acesse nosso site

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EDITORIAL

Raízes, tronco, futuro

Como uma árvore que germina, cria raízes firmes e cresce em direção

ao céu, o setor florestal brasileiro trilha um caminho de amadurecimento

sólido e sustentável. Alimentado por inovação, pesquisa e compromisso

ambiental, o segmento expande sua base produtiva e projeta novos horizontes.

Cada anel de crescimento revela não apenas os desafios enfrentados,

mas também a força e a resiliência de um setor que se reinventa a

cada ciclo. Celebrar o crescimento, os frutos colhidos até aqui e os que ainda

virão, guiados por um futuro mais verde e promissor é um orgulho que

a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL carrega em sua história. Nessa edição,

o leitor conhecerá um pouco da Lufer, que completa 50 anos de história e

traz, em parceria com a Rotary-Ax, uma nova garra florestal, estudos sobre

a biodiversidade do solo e restauração florestal, as implicações das tarifas

americanas no segmento florestal, mudanças no licenciamento ambiental,

as novidades da compostagem e uma entrevista com a pesquisadora da

Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Susete Chiarello,

especialista em combate a pragas florestais.

2

1

Na capa dessa edição,

a Lufer celebrando 50

anos e seu lançamento

em conjunto com a

Rotary-Ax

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

www.referenciaflorestal.com.br

Ano XXVII • Nº276 • Agosto 2025

DESTAQUE

LEGISLAÇÃO: Novo código ambiental facilita a criação de novos investimentos florestais

MERCADO EM

MOVIMENTO

INDÚSTRIA DA COLHEITA FLORESTAL

CONTA COM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E

PARCERIAS QUE FORTALECEM O SETOR

MARKET IN MOTION

TECHNOLOGICAL INNOVATION AND

PARTNERSHIPS ARE STRENGTHENING

THE FORESTRY SECTOR

ROOTS, TRUNK, FUTURE

Like a tree that germinates, develops strong roots, and grows toward

the sky, the Brazilian Forestry Sector is experiencing solid and sustainable

growth. Driven by innovation, research, and environmental commitment,

the industry is expanding its production base and exploring new possibilities.

Each growth ring reveals the challenges faced and the strength

and resilience of a sector that reinvents itself with each cycle. Guided by

a greener and more promising future, it is with pride that REFERÊNCIA

Florestal celebrates its growth, the fruits harvested so far, and those yet

to come. In this issue, readers will learn about Lufer, which is celebrating

50 years of history and, in partnership with Rotary-Ax, is introducing a

new forestry claw. Readers will also learn about conducting studies on soil

biodiversity, forest restoration, the implications of US tariffs on the forestry

segment, changes in environmental licensing, and the latest developments

in composting. As well, there is an interview with the Brazilian Agricultural

Research Corporation (Embrapa) Research Scientist Susete Chiarello, a

specialist in forest pest control.

Entrevista com

Susete Chiarello,

pesquisadora da

Embrapa

Nova lei de licenciamento

ambiental

3

EXPEDIENTE

ANO XXVII - EDIÇÃO 276 - AGOSTO 2025

Diretor Comercial / Commercial Director

Fábio Alexandre Machado

fabiomachado@revistareferencia.com.br

Diretor Executivo / Executive Director

Pedro Bartoski Jr

bartoski@revistareferencia.com.br

Redação / Writing

Vinicius Santos

jornalismo@revistareferencia.com.br

Colunista

Gabriel Dalla Costa Berger

Depto. de Criação / Graphic Design

Fabiana Tokarski - Supervisão

Ana Paula Vogler

Aime Cristine Lima

criacao@revistareferencia.com.br

Tradução / Translation

John Wood Moore

Depto. Comercial / Sales Departament

Gerson Penkal

comercial@revistareferencia.com.br

fone: +55 (41) 3333-1023

Depto. de Assinaturas / Subscription

assinatura@revistareferencia.com.br

José A. Ferreira

(41) 99203-2091

ASSINATURAS

0800 600 2038

Periodicidade Advertising

GARANTIDA GARANTEED

Veículo filiado a:

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos

direitos autorais, exceto para fins didáticos.

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication

directed at the producers and consumers of the good and services of the

lumberz industry, research institutions, university students, governmental

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited

without the written authorization of the holders of the authorial rights.

30 www.referenciaflorestal.com.br


A LONG WAY

TOGETHER

FORESTLAND

Projetado para as aplicações mais exigentes, o FORESTLAND é o mais recente e inovador

pneu diagonal da BKT para o setor agroflorestal, mas também pode ser utilizado em algumas

operações agrícolas, como paisagismo e silagem. A sua carcaça de poliéster e composto

específico da banda de rodagem tornam-no particularmente resistente a cortes e lacerações,

enquanto a parede lateral robusta garante um longo ciclo de vida do produto. As principais

características do FORESTLAND são excelente tração em terrenos brandos, boa aderência em

qualquer solo graças aos blocos rígidos e reforçados da banda de rodagem, um alto nível de

estabilidade graças à forte construção dos talões e propriedades de autolimpeza superiores.

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CARTAS

DESTAQUE

ENTREVISTA: Jose Mario Ferreira e os desafios de seu novo mandato na presidência da ACR

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

RECEITA COM RESÍDUO

EQUIPAMENTO TRANSFORMA REJEITOS FLORESTAIS

EM BIOMASSA OU INSUMO PARA COMPOSTAGEM

Capa da Edição 275 da

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,

mês de julho de 2025

www.referenciaflorestal.com.br

REVENUE FROM WASTE

EQUIPMENT TRANSFORMS FORESTRY

WASTE INTO BIOMASS OR COMPOST

Ano XXVII • Nº275 • Julho 2025

9 772359 465076 0 0 2 7 5

PRINCIPAL

Por Celso Cavalcante, Campinas (SP)

Essa oportunidade da compostagem vai abrir portas de emprego e renda para

muitos. A Envimat está fazendo muito mais do que imagina.

ENTREVISTA

Foto: divulgação

Por Walter Schiavon, Chapecó (SC)

Muito importante o trabalho feito pela ACR. Santa Catarina é um polo

muito importante para o segmento florestal e a associação tem muito

valor na defesa dos produtores e das indústrias.

PODCAST

Por Dair Kunz, Blumenau (SC)

Passei a assistir os podcasts da Revista REFERÊNCIA no Youtube e estou

muito encantado com a riqueza de conteúdo. Não sei como foi possível não

ter ouvido falar de vocês antes.

Foto: divulgacão

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Revista Referência Florestal

@referenciaflorestal

@revistareferencia9702

E-mails, críticas e sugestões podem ser

enviados também para redação

jornalismo@revistareferencia.com.br

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


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DOMINA QUALQUER FLORESTA

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BASTIDORES

Revista

Foto: REFERÊNCIA

Foto: REFERÊNCIA

PODCAST

Recebemos na sede da JOTA EDITORA, o presidente da

ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Jose

Mario Ferreira e o assessor de imprensa da entidade, Davi

Etelvino para a gravação do Podcast REFERÊNCIA. Eles

foram recepcionados pelos diretores da Revista REFERÊNCIA

FLORESTAL, Fábio Machado e Pedro Bartoski Júnior.

FEIRA

Durante a feira IFAT em São Paulo (SP), o diretor

comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,

visitou os parceiros da Envimat, os diretores

Arnaldo Casselli e Vinícius Casselli.

ALTA

INDÚSTRIA IMPULSIONADA

O P+P (Plano Mais Produção) já disponibilizou mais de

R$ 470 bilhões em 168 mil projetos espalhados por todo

o país, o que significa mais avanços para o desenvolvimento

industrial brasileiro. É o que apresenta o Radar da

Indústria do segundo trimestre de 2025, da CNI (Confederação

Nacional da Indústria). O Radar da Indústria

destaca o lançamento do painel de monitoramento do

P+P, elaborado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento,

Indústria, Comércio e Serviços). Até o primeiro

trimestre de 2025, por exemplo, a Missão 3 – Infraestrutura

foi a que recebeu o maior montante de recursos, de

R$ 198,33 bilhões (41,96% do total) em 38.480 projetos.

Em seguida, aparecem: a Missão 1 – Agroindústria, com

R$ 104,87 bilhões (22,19%) em 81.006 projetos; a Missão

5 – Descarbonização, com R$ 43,97 bilhões (9,30%), em

13.778 projetos.

AGOSTO 2025

DIFICULDADES EXTERNAS

O Brasil enfrenta dificuldades no fortalecimento de seu

posicionamento internacional, em parte devido à manutenção

de tarifas comerciais por parte dos EUA (Estados

Unidos da América) sobre produtos brasileiros, como

aço e alumínio, o que reduz a competitividade nacional

no mercado externo. Ao mesmo tempo, o país busca

ampliar sua atuação global por meio do bloco dos Brics.

No entanto, os laços bilaterais de alguns desses países

com os EUA, como acordos comerciais e cooperação

tecnológica, têm gerado desafios para a coesão interna

do grupo. Esse cenário pode limitar a efetividade das

iniciativas conjuntas e impactar os objetivos brasileiros

de diversificação de parcerias e influência em fóruns

multilaterais.

BAIXA

34 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Podcast REFERÊNCIA

No mês de julho, o Podcast REFERÊNCIA foi marcado por histórias familiares, reflexões sobre gestão empresarial e valorização do

plantio florestal. O primeiro convidado foi Diogo Dias Greca (foto de cima), CEO do Grupo Agrosepac, que atua com reflorestamento,

produção de mudas, madeira e soluções florestais. O segundo convidado foi Jorge Luís Rohden (foto de baixo), CEO do Grupo Rohden,

especializado na fabricação de portas, vidros e esquadrias com foco em exportação e sustentabilidade. Os episódios contaram

com o apoio da Duffatto Viveiro Florestal, Himev Máquinas, Neutraliza, BonDoor, Mafercon e o programa Refloresta Alto Vale.

Diogo Dias Greca falou sobre as origens do Grupo Agrosepac, destacando o forte vínculo da empresa com a região centro-sul

do Paraná e centro-norte de Santa Catarina, considerada, segundo ele, “o melhor lugar do mundo” para o setor florestal. Diogo

também explicou seu parentesco com o ex-prefeito de Curitiba (PR), Rafael Greca: “Ele é primo irmão do meu pai.” A história da

Agrosepac começou com seus avôs. Inspirados pelas florestas da Klabin, os dois decidiram plantar pinus: “Se a Klabin que é grande

está plantando, isso aí nós vamos plantar também”, lembrou Diogo.

Diogo Dias Greca explicou que o Grupo Agrosepac possui 6

mil ha (hectares) totais, com 3.100 de plantio, concentrados num

raio de 45 km em municípios como Rio Azul (PR) e Rebouças (PR).

Segundo Diogo, houve uma onda de fomento nos anos 2000, mas

muitos produtores não deram continuidade ao manejo das florestas.

Isso gerou frustração em quem esperava retorno financeiro:

“O cara fica bravo com você. Você não tem o que fazer pra cá. Tô

passando a realidade”. Diogo contou que, em muitos casos, tentou

orientar os produtores a manterem a floresta e fazerem desbastes:

“Em 3 anos você vai ver, vai estar diferente.” Mas reconhece que a

decisão depende da idade e da realidade de cada agricultor: “Você

vai plantar para ficar mais 15 anos ou vai usar para fazer uma

lavoura, que é receita anualmente?”, relatou Diogo sobre o uso da

terra.

Jorge Rohden, natural de Taió (SC), contou que a história da

empresa começou em 1938, quando seu avô, então com 17 anos,

foi a Blumenau (SC) tratar uma trombose e acabou se encantando

por uma marcenaria local. Sem receber salário, trabalhou em

troca de comida e moradia: “Se tu quiser aprender pela comida

e moradia, está aberta a vaga.” Depois de aprender o ofício ao

longo do ano, voltou para Salete (SC) e passou a fabricar pequenos

artefatos de madeira nos fundos de casa, dando início à trajetória

da família na indústria. “Atrás da casa, na garagem, ele começou

a fazer pequenos artefatos de madeira”, relembrou Jorge. Ele

também contou sobre as exportações da Rohden Portas. Relatou

que a entrada no mercado externo começou pela Inglaterra há 37

anos, onde até hoje os representantes são os mesmos. Apesar da

concorrência do Leste Europeu, ainda mantém 5% das vendas no

país. Atualmente, a maior parte da produção é para o mercado

externo. Segundo Jorge, a Rohden atua no médio e alto padrão e

não compete com grandes construtoras. “Nosso mercado fica em

uma fatia aí de 20%”, revelou Jorge, destacando a aposta no varejo

e na consolidação da Rohden Portas como uma marca forte.

Os episódios completos o Leitor pode conferir

no canal do youtube da Revista REFERÊNCIA:

Fotos: REFERÊNCIA

36 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Benefício econômico

A adoção do Eucalyptus benthamii, espécie de eucalipto

tolerante a geadas severas, resultou em impactos

econômicos expressivos no sul do Brasil, na ordem de

R$ 6 milhões, em especial pelo fator incremento de produtividade

e pela área de adoção. O estudo foi realizado

em 2024 pela Embrapa Florestas, e mostra que a área

plantada com a espécie alcançou 15.600 ha (hectares),

envolvendo empresas, pequenos e médios produtores

rurais nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio

Grande do Sul.

A produtividade da espécie é um dos principais fatores

de impacto: enquanto outras espécies de eucalipto

rendem cerca de 30 m³/ha/ano a 35,3 m³/ha/ano (metros

cúbicos por hectare ao ano) de madeira, o Eucalyptus

benthamii atinge 43 m³/ha/ano. Este desempenho

representa um ganho de produtividade de cerca de 30%

em relação às demais espécies usadas em regiões frias.

A tecnologia beneficia empresas florestais, cooperativas

agrícolas – que utilizam a biomassa para geração

de energia para secagem de grãos e produtores rurais

de diferentes portes, servindo como alternativa de diversificação

de renda e agregação de valor, inclusive em

sistemas de ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta).

Ambientalmente, o cultivo contribui para reduzir a

pressão sobre florestas nativas, sequestrar carbono e

pode ser usado na recuperação de áreas degradadas.

A avaliação também registrou impactos positivos na

manutenção de empregos, além de fortalecer a rede de

pesquisa e transferência de tecnologia. O estudo ressalta

que, apesar das vantagens, a madeira ainda é predominantemente

usada para energia, havendo potencial para

desenvolvimento de usos múltiplos, como serraria. A

adoção da tecnologia, iniciada em 1999, representa uma

alternativa viável para a produção florestal sustentável

em regiões frias do Brasil.

Segundo Emiliano Santarosa, supervisor do Setor

de Implementação da Programação de Transferência de

Tecnologia da Embrapa Florestas e um dos responsáveis

pela análise, pois atualmente o Eucalyptus benthamii é

o material genético de eucalipto com maior tolerância

às geadas, sendo uma alternativa para produção de

madeira em regiões com clima frio. “Além do material

genético, é importante destacar que a qualidade das

mudas e os fatores associados ao planejamento e ao

manejo florestal são essenciais para garantir a produtividade

de madeira. Em plantios florestais puros ou em

sistemas integrados de produção, como o sistema ILPF, o

Eucalyptus benthamii pode ser uma alternativa para os

produtores”, ressalta Emiliano.

Foto: divulgação

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NOTAS

ForestMax 2025

- Curso presencial de Silvicultura em Brasília (DF)

Nos dias 9 a 11 de setembro de 2025, será realizado em Brasília (DF) o ForestMax, um novo evento que nasce com a proposta de se

tornar referência na capacitação técnica e estratégica no setor florestal. A imersão técnica, promovida pela Francio Soluções Florestais,

tem como foco o aperfeiçoamento técnico e prático de produtores e profissionais da área, reunindo conteúdos essenciais para o sucesso

da silvicultura moderna. O evento conta com uma programação estruturada para quem busca produtividade, qualidade, sustentabilidade

e retorno econômico. O evento abordará os fundamentos da silvicultura de alta performance, desde o planejamento, até a colheita.

Entre os temas que serão trabalhados ao longo dos três dias, estão o planejamento, implantação e manutenção de florestas de uso

múltiplo, a escolha correta da área, o preparo do solo e a definição do material genético ideal. Também serão discutidos os fertilizantes e

herbicidas mais indicados para cada fase do cultivo, além da sequência operacional das atividades florestais e o momento certo para cada

intervenção no campo. Toda essa abordagem tem como objetivo capacitar os participantes para uma tomada de decisão segura e embasada

nas melhores práticas.

A programação inclui ainda o compartilhamento do chamado Protocolo Florestal, uma metodologia desenvolvida pela equipe da

Francio Soluções Florestais ao longo de anos de atuação. O conteúdo aborda detalhadamente todas as etapas da silvicultura e dos sistemas

ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), sempre com foco em alta produtividade. A proposta é apresentar esse conhecimento

de forma objetiva e dinâmica, com base em experiências reais, estudos de caso e cases de sucessos já aplicados no Brasil e no exterior.

A Francio Soluções Florestais é reconhecida nacionalmente pela excelência em consultoria, capacitação e projetos de silvicultura e ILPF,

atuando também internacionalmente em alguns países.

A empresa se destaca por sua abordagem, unindo ciência, prática e foco nos resultados do produtor, como destaca Pedro Francio

Filho, diretor e organizador do evento. “Será um evento disruptivo, onde todo o time da Francio Soluções Florestais irá compartilhar experiências

de campo nos detalhes que apenas nossos clientes conhecem, levando o melhor daquilo que fazemos. Vamos apresentar nossos

protocolos e mostrar que a alta produtividade florestal é para todos”, ressalta Pedro.

Entre os principais resultados esperados pelos organizadores estão o aumento da produtividade por hectare, a diversificação da

propriedade rural, a geração de receita com madeira e outros produtos florestais, além da redução de riscos

operacionais. Os participantes sairão do evento preparados para implantar florestas altamente produtivas e

sustentáveis, assumindo o protagonismo na gestão florestal, tornando-se referência em suas respectivas regiões,

bem como contribuir para a melhoria dos índices de produtividade do cenário nacional.

Para mais informações acesse o QR Code ao lado:

9 a 11 de setembro

Fotos: Francio Soluções Florestais

40 www.referenciaflorestal.com.br



NOTAS

Foto: divulgação

Vitória contra o fogo

A área atingida por queimadas no Brasil caiu 65,8% entre janeiro e junho de 2025, em comparação com o mesmo

período de 2024. Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal

do Rio de Janeiro), e reforçam os resultados das condições de seca e risco de incêndios menos severas em 2025, somadas

aos esforços promovidos pelo governo federal por meio da PNMIF (Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo), que

completou um ano em julho. “A lei é um marco importante para a transformação do Brasil em um território resiliente ao

fogo”, destaca o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA

(Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), André Lima.

Criada pela Lei número 14.944/2024, a PNMIF é gerida pelo MMA e busca estabelecer a coordenação entre governo

federal, estados, municípios, setor privado e sociedade civil para fortalecer e ampliar medidas de prevenção, preparação e

controle de incêndios. A política tem o objetivo de reduzir a incidência e os danos causados pelos incêndios florestais, ao

mesmo tempo em que reconhece o papel ecológico do fogo em determinados ecossistemas e valoriza os saberes tradicionais

de manejo.

Considerada um marco na legislação ambiental brasileira, a política prevê investimentos em estudos e projetos tecnológicos

voltados para o manejo sustentável do fogo, a recuperação de áreas atingidas por incêndios e a conscientização sobre

os impactos ambientais e de saúde pública decorrentes do uso indiscriminado do fogo.

Também instituiu o Cimam (Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional Federal), coordenado pelo

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que atua como braço operacional da

PNMIF nas ações de combate a incêndios. Além disso, cria o Sisfogo (Sistema Nacional de Informações sobre Fogo), banco

de dados operado pelo Ibama para monitorar incêndios florestais e queimadas controladas em todo o país.

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NOTAS

Novas oportunidades

A Florestar São Paulo esteve representada no evento de apresentação do Programa Trampolim, na sede da Secretaria

de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. O programa do governo paulista, tem como principal

objetivo promover a inclusão produtiva e a empregabilidade no estado por meio de parcerias com o setor produtivo.

Durante o evento, a Florestar formalizou o compromisso da associação com os objetivos da proposta do governo

estadual, assinando o Pacto pela Inclusão Produtiva e Empregabilidade do Estado de São Paulo. “A Florestar está trabalhando

em ações que possam fomentar a formação e especialização de mão de obra no estado para todos os setores,

em especial para o setor florestal”, afirmou Fernanda Abilio, diretora-executiva da associação.

O Programa Trampolim é uma plataforma digital gratuita que conecta empresas a profissionais em busca de emprego,

promovendo oportunidades e facilitando a divulgação de vagas. A ferramenta desenvolvida pela Secretaria de Desenvolvimento

Econômico do Estado de São Paulo, que tem o intuito de conectar a população residente no estado de São

Paulo ao mercado de trabalho, integrando ações relacionadas à inclusão produtiva e empregabilidade em uma plataforma

única, abrangendo qualificações profissionais, mapeamento de habilidades e competências individuais, preparação

para entrada no mercado de trabalho e intermediação de mão de obra.

O Programa Trampolim, do governo de São Paulo, oferece cursos gratuitos presenciais e online com foco na qualificação

profissional e empregabilidade. São mais de 6.700 vagas em áreas como tecnologia, gestão, saúde, meio ambiente

e turismo, com cargas horárias de 60h a 120h (horas). Também há trilhas formativas curtas, de 5h a 10h. As inscrições

são feitas pela plataforma com login www.gov.br, e todos os cursos oferecem certificado para quem cumpre a frequência

mínima.

Foto: divulgação

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NOTAS

Capacitação garantida

Foto: divulgação

O programa de capacitação e treinamento do IFT (Instituto Floresta Tropical Johan Zweede) promoveu dois cursos de planejamento

e execução operacional na Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. As atividades, destinadas aos colaboradores da

empresa Madeflona, responsável pela concessão florestal na unidade de conservação, localizadas nos municípios de Itapoã do

Oeste e Cujubim, reuniram 35 participantes.

O primeiro curso, de Técnicas de Planejamento e Operação de Arraste em Manejo Florestal, foi realizado nos dias 27 a 30 de

junho e reuniu a maioria dos colaboradores da concessionária. O segundo, o Técnicas de Planejamento e Construção de Pátios,

Estradas e Infraestruturas em Manejo Florestal, ocorreu entre os dias 29 de maio a 3 de junho e capacitou profissionais que são

operadores de trator de esteiras, motoniveladora, motosserras (traçamentos) e colaboradores envolvidos na instalação, em campo,

dos planejamentos das infraestruturas.

PLANEJAMENTO DE ARRASTE

Os treinamentos foram coordenados pelos instrutores técnicos Iran Pires, André Miranda e Paulo Ferreira. No curso de planejamento

de arraste, os instrutores apresentaram metodologias para facilitar o arraste de toras na floresta, além de técnicas de

planejamento e sinalização padronizada para aumentar a produtividade e a diminuir os custos operacionais do arraste.

Segundo Iran Pires, o planejamento pode baixar os custos relativos ao arraste e operações de pátio em até 37% em comparação

a exploração não-planejada. “O planejamento também traz benefícios aos colaboradores que poderão trabalhar em melhores

condições de segurança e praticidade. Esta atividade é uma das mais importantes do manejo florestal, sendo necessário uma

intensa supervisão e avaliação”, alerta Iran.

O objetivo do planejamento e operação de arraste é definir, através de sinais normalizados, a trilha a ser percorrida pelo trator

florestal (skidder), facilitando a orientação do operador durante o arraste das toras e aumentando a produtividade. As diretrizes

curriculares da capacitação preveem a incursão do participante em duas etapas: teoria e prática, cujo os conteúdos perpassam

temáticas como Teoria de Planejamento de Ramais de Arraste e Prática de Planejamento de Ramais de Arraste e a execução do

Arraste pelos diferentes tipos de equipamentos disponíveis.

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QUEM É REALMENTE

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NOTAS

Homenagem merecida

A Alep (Assembleia Legislativa do Estado doParaná) promoveu em julho uma sessão solene em homenagem aos engenheiros florestais.

“Esses profissionais são fundamentais para o desenvolvimento sustentável, para a conservação das florestas e dos rios, e para que o crescimento

possa acontecer gerando prosperidade”, afirmou o deputado Ney Leprevost, propositor da homenagem.

A presidente da Apef (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais), engenheira florestal Lella Regina Curt Bettega, relembrou a

história da profissão no Estado. “Em 1963, o Paraná enfrentou um incêndio florestal de grandes proporções. Como resposta a essa tragédia,

o curso de Engenharia Florestal, que havia sido criado em Minas Gerais por decreto do presidente Juscelino Kubitschek, foi transferido

para o nosso estado durante o governo Ney Braga”, apontou Lella.

Essa mudança, segundo ela, foi fundamental para estruturar a base técnica e científica que alavancou o setor florestal paranaense.

Mas, apesar das conquistas, o desafio atual é a queda no interesse dos jovens pelas engenharias. Por isso, para ela, a valorização da profissão

também passa pela aproximação com o Legislativo. “A presença dos engenheiros florestais na Assembleia é fundamental. Celebrar os

65 anos da Engenharia Florestal com essa agenda parlamentar é uma forma de garantir que os profissionais estejam inseridos no debate

sobre políticas públicas, ajudando a construir um futuro mais sustentável, completou Lella.

PARCERIA FUNDAMENTAL

Clodomir Ascari, presidente do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), afirmou que em um momento em

que temas como sustentabilidade, carbono, madeira engenheirada e preservação ambiental ganham cada vez mais espaço no debate público,

a Engenharia Florestal se destaca como uma profissão essencial para a sociedade”, avaliou Clodomir. O presidente do conselho também

ressaltou a importância da aproximação entre os conselhos profissionais e o Poder Legislativo. “Essa conexão fortalece a elaboração

de políticas públicas mais eficazes, com base em evidências e conhecimentos técnicos”, apontou, ao afirmar logo em seguida, que há uma

agenda parlamentar que envolve os municípios, câmaras municipais e a Alep. “Aqui, contamos com a Frente Parlamentar das Engenharias,

Agronomia e Geociências, que aproxima os legisladores dos profissionais e dos saberes técnicos”, valorizou Clodomir.

Para o coordenador da Ceef (Câmara Especializada de Engenharia Florestal), do Crea (PR), engenheiro florestal Eleandro José Brun, o

encontro reforçou o papel estratégico da categoria no uso sustentável dos recursos naturais e no apoio à formulação de políticas públicas.

“O engenheiro florestal tem atuação direta no manejo dos recursos naturais, no reflorestamento, nas indústrias de base florestal, na arborização

urbana, nas florestas urbanas e em muitos outros setores. É uma profissão essencial para o desenvolvimento sustentável do país”,

enalteceu Eleandro. O coordenador ainda destacou que o reconhecimento institucional da profissão, como o proporcionado pela Assembleia,

é fundamental para que os profissionais sejam valorizados e possam prestar serviços cada vez mais qualificados à sociedade.

“A parceria com a Assembleia Legislativa e com os demais poderes é estratégica. Estar presente, dialogando com os legisladores e com

o governo, é uma forma de garantir que nossas contribuições técnicas ajudem a moldar políticas públicas mais eficientes e sustentáveis”,

completou Eleandro.

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Foto: Orlando Kissner/Alep


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NOTAS

Foto: divulgação

Estratégias de conservação

A conservação florestal no Brasil acaba de alcançar um marco histórico. Pela primeira vez, uma floresta pública foi concedida por

meio de leilão na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. A concessão da Floresta Nacional do Jatuarana, no Amazonas, realizada em maio,

representou não apenas uma inovação no formato, mas também evidenciou o amadurecimento das concessões florestais como

política pública capaz de unir benefícios ambientais, geração de renda e valorização dos territórios amazônicos.

Com 453 mil ha (hectares) divididos em quatro unidades de manejo, toda a área foi arrematada. A estimativa é de arrecadar R$

32,6 milhões por ano e gerar cerca de 2,8 mil empregos diretos e indiretos. O modelo adotado prioriza o uso sustentável da madeira

e de produtos não madeireiros, com compromissos sociais bem definidos, como o direcionamento dos encargos acessórios para

pesquisa, proteção florestal e desenvolvimento de comunidades locais e indígenas.

A operação também marca o início de uma meta mais ambiciosa: expandir a área sob concessão florestal de 1,3 milhão para

20 milhões de ha até 2030. Esse avanço busca conter o desmatamento ilegal e estimular uma economia baseada na floresta em pé,

com foco em geração de riqueza, inclusão social e estabilidade climática. Estudos do Imaflora mostram que essa área poderia produzir

10 milhões de m3 (metros cúbicos) de madeira legal, volume equivalente à produção total atual da Amazônia, e suficiente para

substituir a madeira extraída ilegalmente, que representa 35% da exploração no bioma.

Segundo o SFB (Serviço Florestal Brasileiro), essa expansão pode gerar R$ 1,16 bilhão em arrecadação anual, valor que deve ser

reinvestido na conservação ambiental em diferentes esferas de governo. Estima-se também a criação de 36 mil empregos diretos

e 72 mil indiretos, com forte componente de contratação local, valorização dos saberes tradicionais e fortalecimento de cadeias

produtivas sustentáveis. As concessionárias também devem investir em infraestrutura, bens e serviços para as comunidades beneficiadas.

Para que a meta seja atingida, será necessário planejamento de longo prazo, cronogramas transparentes para os editais,

ampliação do crédito verde e monetização de serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono e a preservação da biodiversidade.

O cenário atual é propício: há demanda crescente por ativos sustentáveis, valorização da madeira legal certificada e reconhecimento

internacional a políticas ambientais sérias. O leilão da Flona Jatuarana é um ponto de partida promissor para transformar

a floresta em ativo estratégico de desenvolvimento. Também sinaliza o potencial das concessões voltadas à restauração de áreas

degradadas, criação de créditos de carbono e geração de valor ambiental compartilhado.

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NOTAS

Trabalho

reconhecido

A nova diretoria do Cipem (Centro das Indústrias

Produtoras e Exportadoras de Madeira

do Estado de Mato Grosso) foi eleita por unanimidade

em Assembleia Geral realizada em

Cuiabá (MT). A chapa: Sustentabilidade; única

inscrita no processo eleitoral, terá à frente o

atual presidente Ednei Blasius, reconduzido ao

cargo para o biênio 2025-2027. O empresário

Gleisson Omar Tagliari assume como vice-presidente

da instituição.

Com foco no fortalecimento da base florestal

de Mato Grosso, a diretoria eleita reafirmou o compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor, priorizando ações

voltadas à desburocratização, incentivo à pesquisa e inovação, além da ampliação de mercados para a madeira produzida no

Estado.

Durante a reunião, Ednei Blasius destacou os avanços conquistados nos últimos anos, como a consolidação institucional

do Cipem como referência e porta-voz do segmento, a aproximação com órgãos como Sema e Ibama para aprimorar políticas

públicas, e a realização de eventos estratégicos como o Madeira Sustentável e o Dia da Floresta, voltados à valorização da cadeia

produtiva da madeira nativa. Durante a assembleia, os associados também discutiram temas estratégicos, como a necessidade

de integração eficiente entre os sistemas estadual e federal , atualização da classificação de espécies e a adoção de medidas

para destravar a liberação de cargas nos portos.

Confira a composição da nova diretoria do Cipem:

Diretoria Executiva

Presidente: Ednei Blasius

Vice-Presidente: Gleisson Omar Tagliari

1° Diretor Financeiro: Paulo Roberto Seelend

2° Diretor Financeiro: Flávio Salino Moreira

1° Diretor Administrativo: Frank Rogéri de Souza Almeida

2° Diretor Administrativo: João Carlos Paulino Júnior

1° Conselheiro Consultivo Deliberativo: Carlos Roberto

Torremocha

2° Conselheiro Consultivo Deliberativo: Fernando

Zafonato

3° Conselheiro Consultivo Deliberativo: Felipe Antoniolli

Conselho Fiscal

1° Conselheiro Fiscal Titular: Antônio Luís Benedet

2° Conselheiro Fiscal Titular: Rafael José Mason

3° Conselheiro Fiscal Titular: Dioni Brezovsky Domiciano

1° Conselheiro Fiscal Suplente: Geraldo Bento

2° Conselheiro Fiscal Suplente: Sigfrid Kirsch

3° Conselheiro Fiscal Suplente: Claudinei Melo Freitas

Ednei Blasius, presidente do Cipem

Foto: divulgação Foto: REFERÊNCIA

O Cipem representa o setor produtivo de base florestal de Mato Grosso e reúne oito sindicatos empresariais do segmento. A

entidade atua na organização, fortalecimento e promoção da cadeia produtiva da madeira, incentivando práticas sustentáveis, o

consumo consciente e o respeito à legislação ambiental vigente.

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NOTAS

Desenvolvimento no norte

O Cemaf-AC (Conselho Estadual de Meio Ambiente e Florestas) publicou a Resolução número 04, que estabelece

as diretrizes para o licenciamento ambiental de exploração florestal em florestas públicas do Acre, por meio de manejo

florestal sustentável com cessão onerosa. A nova norma define procedimentos técnicos, responsabilidades e critérios para

empresas ou comunidades que desejam atuar na exploração legal e controlada dos recursos florestais do Estado.

A resolução reconhece a importância do uso sustentável das florestas públicas, desde que realizado com base em um

PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), previamente aprovado e licenciado pelo Imac (Instituto de Meio Ambiente

do Acre). O texto detalha ainda os documentos necessários, prazos para análise, regras para vistorias, zoneamento de uso

e condições especiais para comunidades assentadas em Unidades de Conservação.

Um dos pontos centrais é que empresas vencedoras de concessões florestais só poderão iniciar os trabalhos após a

regularização ambiental junto ao Imac. O órgão terá até 60 dias para analisar os pedidos de licença, prazo que poderá ser

prorrogado em casos justificados. Também foi determinado que qualquer irregularidade identificada durante as vistorias

poderá acarretar notificações e sanções ao empreendedor.

A presidente em exercício do Cemaf, a secretária adjunta do Meio Ambiente, Renata Souza, destacou a importância

da resolução, aprovada por unanimidade, a ser publicada em até trinta dias no Diário Oficial do Estado. “Essa resolução

traz mais clareza para o texto que dispõe sobre o licenciamento ambiental oneroso, trazendo mais efetividade na hora da

interpretação e aplicação prática da resolução”, apontou Renata.

Os conselheiros também deram encaminhamento à criação de um Grupo de Trabalho, composto por instituições

multidisciplinares para tratar sobre futura resolução que venha abordar sobre a coleta e transporte de planta utilizada na

confecção da bebida ayahuasca no território do Acre, estabelecendo regimes de licenciamento.

Foto: divulgação

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NOTAS

Canetada

Foto: divulgação

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a suspensão de todos os processos judiciais

que discutem a validade de uma lei de Santa Catarina, que restringe a proteção de florestas nativas em áreas de serra com

altitudes acima de 1.500m (metros). A decisão afeta ações em andamento em todas as instâncias da Justiça e será submetida

ao Plenário do STF para deliberação.

Segundo Gilmar Mendes, a medida foi tomada para evitar a insegurança jurídica provocada por decisões judiciais e

administrativas conflitantes sobre o tema. A divergência entre interpretações da legislação federal e estadual tem gerado

incertezas quanto à aplicação correta das normas ambientais em áreas de relevo elevado.

A ação que questiona a lei catarinense foi proposta pela PGR (Procuradoria-Geral da República), que argumenta que a

norma estadual entra em conflito com a legislação federal de proteção da Mata Atlântica. De acordo com a PGR, a lei federal

considera a existência de ecossistemas protegidos mesmo em áreas abaixo dos 1.500m, com base em critérios técnicos do

IBGE.

A suspensão dos processos atendeu a um pedido do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que defende

a validade da norma com base em uma decisão anterior do STF, em que a Primeira Turma rejeitou recurso sobre o mesmo

tema. Mello também acusa o Ibama de desrespeitar a legislação estadual ao aplicar sanções a empresas que seguem a norma

catarinense, com base em resoluções do Conama que, segundo ele, entram em conflito com a lei estadual.

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NOTAS

Foco na

Amazônia

Durante a Semana do Clima da Amazônia, realizada

em Belém, a Semas-PA (Secretaria de Estado de

Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade) destacou os

avanços da política estadual no enfrentamento aos incêndios

florestais no Pará. A apresentação ocorreu no

painel:Impacto do fogo no cenário de investimentos na

Amazônia; dentro da programação da atividade autogestionada:

clima, território e governança - condições

pré-competitivas para a Amazônia.

A secretária-adjunta de Gestão de Águas e Clima

da Semas, Renata Nobre, participou da mesa ao lado

de Ane Alencar, diretora de Ciências do Ipam (Instituto

de Pesquisa Ambiental da Amazônia), e Andreia Azevedo,

vice-presidente da Emergent no Brasil.

Renata Nobre apresentou o Programa: Pará Sem

Fogo; lançado em junho de 2025 por meio de decreto

estadual. Essa iniciativa foi criada como uma resposta

estruturante para os focos de calor. A secretária-adjunta

afirmou que a política ambiental do Pará está sendo

reestruturada para enfrentar os desafios climáticos

com ações integradas de prevenção, monitoramento

e combate ao fogo, protegendo as comunidades e

também os investimentos sustentáveis.

O plano ambiental é resultado da articulação entre

a Semas e o Corpo de Bombeiros Militar e baseia-se

em quatro eixos principais: monitoramento em tempo

real, prevenção fundamentada na ciência, resposta

rápida coordenada e capacitação de brigadas locais. O

Estado já identificou 22 zonas com risco médio a alto

de incêndios e dispõe de um centro de monitoramento

que observa simultaneamente o desmatamento

mecânico e os pontos críticos para ocorrência de

queimadas, utilizando tecnologia de satélite e dados

climáticos.

Renata Nobre destacou que as ações do Pará estão

alinhadas à política estadual de REDD+, fortalecendo

políticas públicas e garantindo sustentabilidade

econômica na conservação, além de ressaltar o papel

institucional regional no combate ao fogo por meio

da capacitação contínua de técnicos, integração dos

setores da Semas com planejamento territorial e

ambiental, apoio direto às comunidades locais para

gestão dos recursos naturais e adaptação a eventos

extremos, e o fortalecimento de brigadas comunitárias

em áreas críticas.

Foto: divulgação

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NOTAS

Rumo a liderança

Mato Grosso do Sul vive um novo ciclo de crescimento impulsionado pelo setor florestal, que se consolidou como um dos

principais pilares da economia estadual. Resultado de políticas públicas bem estruturadas, incentivos fiscais, investimentos

em capacitação profissional e responsabilidade ambiental, a silvicultura tem transformado o perfil produtivo e industrial do

Estado, que hoje se destaca nacionalmente na produção de celulose e madeira de eucalipto.

Entre 2010 e 2024, a área de florestas plantadas saltou de 341 mil ha (hectares) para mais de 1,6 milhão de ha — um

avanço de 471%. Nove municípios concentram 87% dessa produção, formando o chamado Vale da Celulose, região reconhecida

internacionalmente pela elevada produtividade, inovação tecnológica e infraestrutura logística integrada.

Atualmente, o Estado ocupa a segunda posição nacional na produção de madeira em tora para papel e celulose, sendo

responsável por 24% da celulose produzida no Brasil. Também é o segundo em área plantada com eucalipto, totalizando 1,4

milhão de hectares, e abriga o maior parque industrial de base florestal do país, com 30 indústrias em operação e mais de 7

mil empregos diretos.

Os resultados do setor têm impacto expressivo na economia estadual. Em 2023, o setor florestal representou 17,8% do

PIB (Produto Interno Bruto) industrial de Mato Grosso do Sul, gerando cerca de 27 mil empregos diretos e indiretos. No mesmo

ano, as exportações superaram US$ 1,49 bilhão, com a China como principal destino, responsável por mais da metade

das vendas externas de produtos florestais do Estado. “Desde 2015, atraímos R$ 125 bilhões em investimentos, sendo R$

65 bilhões apenas nesta gestão. O setor florestal é um dos motores desse crescimento, sustentado por uma política pública

séria, voltada à sustentabilidade e ao alto desempenho produtivo”, destacou Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente,

Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Foto: divulgação

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FRASES

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Temos atuado para apresentar

o nosso modelo produtivo ao

Brasil e ao mundo, evidenciando

os diferenciais do setor

florestal mato-grossense, sua

legalidade, rastreabilidade

e responsabilidade

socioambiental”

Ednei Blasius, presidente reconduzido do

Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e

Exportadores de Madeira do Mato Grosso) para

o biênio 2025/27

“Esse avanço não se deu

apenas no campo da

produção, mas também

no fortalecimento da base

científica e tecnológica do SFB.

O projeto apoiou pesquisas

com resíduos florestais,

viabilizou a aquisição de

equipamentos para o LPF

(Laboratório de Produtos

Florestais) e ampliou a

produção técnica e científica,

com dezenas de publicações”

“Nosso objetivo é despertar

o interesse privado para

iniciar os estudos e o plano

de manejo. Em nosso

país, utilizamos o sistema

de crédito de carbono e

agroflorestais – como o do

dendê e o da borracha –

para o restauro”

Laurent Tchagba, ministro das Águas e Florestas da

Costa do Marfim, sobre parceria com Brasil para

restauração florestal

Garo Batmanian, presidente do SFB (Serviço

Florestal Brasileiro), sobre cooperação do Brasil

com a Alemanha para a gestão florestal

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ENTREVISTA

Pesquisa

com impacto

REAL

Research with real impact

Foto: divulgação

ENTREVISTA

A

paixão pela ciência e o interesse pelos insetos

marcaram o início de uma trajetória dedicada à

proteção das florestas plantadas no Brasil. Com

uma formação sólida em Ciências Biológicas e

foco em Entomologia, a pesquisadora atua no desenvolvimento

de soluções sustentáveis para o manejo de pragas, especialmente

em plantios de pinus. Susete Chiarello, referência nacional

no controle biológico, que lidera programas inovadores e

colabora com o setor produtivo em busca de sanidade e equilíbrio

ambiental, concede entrevista onde conta sua história e

os principais destaques de sua carreira.

A

passion for science and an interest in insects

marked the beginning of a career dedicated

to protecting Brazil’s planted forests. With a

solid background in biological sciences and a

focus on entomology, the scientist develops

sustainable solutions for pest management, particularly in pine

plantations. Susete Chiarello is a national reference in biological

control. She leads innovative programs and collaborates with

the Productive Sector, promoting environmental health and balance.

In this interview, she recounts her journey and highlights

the pivotal moments of her career.

Susete Chiarello

ATIVIDADE/ ACTIVITY:

Possui graduação em Ciências Biológicas pela UFPR (Universidade Federal

do Paraná), mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (área de

concentração - Entomologia) pela UFPR. Atualmente é pesquisadora da

Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Florestas. Tem

atuado em projetos visando o manejo integrado de pragas florestais,

com destaque para o controle biológico. É responsável pela produção

do Nematec®, composto pelo nematoide Deladenus siricidicola, utilizado

no controle da vespa-da-madeira, principal praga de pinus, além de

ser a coordenadora do PNCVM (Programa Nacional de Controle à Vespa-da-madeira).

Foi responsável pelo programa de controle biológico

dos pulgões-gigantes-do-pinus e pelo controle biológico da broca-daerva-mate

(Hedypathes betulinus), com o desenvolvimento, em parceria

com a iniciativa privada, do produto Bovemax®. Também participa do

projeto para o manejo integrado de formigas cortadeiras.

Holds a degree in biological sciences from the Federal University of

Paraná (Ufpr), as well as a Master’s and a Doctorate Degree in Biological

Sciences, with a concentration in Entomology, also from Ufpr. She is

currently a research scientist at the Brazilian Agricultural Research Corporation’s

Forests division (Embrapa). She has primarily worked on projects

focused on integrated forest pest management, with an emphasis

on biological control. She is responsible for producing Nematec®, which

contains the nematode Deladenus siricidicola and is used to control

wood wasps, the main pests of pine trees. She is also the Coordinator

of the National Wood Wasp Control Program (Pncvm). She developed

the biological control program for giant pine aphids and the yerba mate

borer (Hedypathes betulinus). In partnership with the Private Sector, she

created the product Bovemax®. She also participates in the project for

the integrated management of leaf-cutting ants.

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MUDAS DE

Pinus taeda

TEMOS TAMBÉM

• Araucária Enxertada

Produção precoce de pinhão

• Nativas spp.

• Eucalyptus spp.

• Erva-Mate

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BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC


ENTREVISTA

>> Como surgiu o interesse pelas Ciências Biológicas e, mais

especificamente, pela Entomologia?

O meu interesse pelas ciências biológicas começou muito cedo,

pois desde criança gostava de brincar com experiências e pensava

que um dia seria cientista. O interesse pela entomologia

veio durante o curso de biologia, onde tive professores que

despertaram o meu interesse pelos insetos.

>> Quais foram os principais aprendizados e desafios durante

o mestrado e doutorado na UFPR?

Com relação ao mestrado, tive a oportunidade de cursar quando

já era pesquisadora da Embrapa Florestas e posso dizer que

isto foi uma vantagem, pois já tinha alguma experiência em

pesquisa e o tema da minha dissertação foi escolhido baseado

em um problema recém identificado no Brasil, a Sirex noctilio,

conhecida como vespa-da-madeira. A sensação de desenvolver

uma pesquisa que iria gerar resultados para contribuir na solução

de um problema tão importante, era muito gratificante.

No doutorado, da mesma forma, já com mais experiência,

trabalhei com outra praga importante do pinus, os pulgões-gigantes-do-pinus,

onde também pude contribuir para o desenvolvimento

de estratégias para o controle desta praga no Brasil.

Tanto o mestrado como o doutorado, foram experiências muito

enriquecedoras e um período de dedicação exclusivamente ao

estudo e pesquisa. E um ponto bastante importante: sempre

trabalhamos procurando alternativas de controle biológico,

pois já sabia da importância deste tipo de solução.

>> E sobre o início da sua trajetória na Embrapa Florestas?

Ainda como estudante de biologia fui estagiária no laboratório

de entomologia da Embrapa Florestas. Ali pude perceber que

esta era a área que gostaria de atuar. Após um ano como estagiária

surgiu a oportunidade como técnica no mesmo laboratório.

Estava prestes a me formar e assim ingressei na Embrapa.

Naquela época as contratações ainda não eram regidas por

concurso público. Permaneci 6 anos neste cargo e aí, após prestar

concurso, passei para a carreira de pesquisador.

>> Ao longo da sua atuação, quais momentos considera os

mais decisivos para sua carreira na pesquisa florestal?

Considero justamente quando ingressei na carreira de pesquisador.

Na época, foi também feito o primeiro registro da

vespa-da-madeira no Brasil, e passei a integrar a equipe que

implantou o PNCVM (Programa Nacional de Controle da Vespa-

-da-Madeira), no Brasil. Uma experiência única, uma vez que,

além da pesquisa, houve uma interação muito grande com

outras instituições, tanto no Brasil como no exterior, e também

um sinergismo com o setor privado ligado à cadeia produtiva

do pinus, pela criação do Funcema (Fundo Nacional de Controle

de Pragas Florestais).

>> Lidera o PNCVM. Como esse trabalho começou e quais os

principais avanços até aqui?

O PNCVM iniciou logo após o registro da praga no Brasil. Na

época era liderado pelo pesquisador Edson Tadeu Iede, hoje

aposentado. O programa foi estruturado com base principal-

How did your interest in the biological sciences, and more

specifically, entomology, come about?

My interest in the biological sciences began early on. I

enjoyed doing experiments as a child and thought I would

become a scientist one day. My interest in entomology

developed during my biology courses when teachers sparked

my interest in insects.

What were the main lessons and challenges during your

Master’s and Doctoral studies at Ufpr?

During my studies for my Master’s degree, I had the opportunity

to research when I interned at Embrapa Florestas

and I can say that this was an advantage, as I already had

some experience in research and the subject of my dissertation

was chosen based on a problem recently identified in

Brazil, Sirex noctilio, known as the wood wasp. Developing

research that would contribute to solving such a significant

problem was very rewarding. Similarly, during my Doctorate,

I worked with another significant pine pest: the giant pine

aphid. I contributed to the development of control strategies

to control this pest in Brazil. Both my Master’s and Doctoral

programs were enriching experiences, offering a period of

dedicated study and research. One crucial point is that we

consistently sought biological control alternatives, as I recognized

the importance of this type of solution.

What was the beginning of your career at Embrapa Florestas

like?

While I was still a biology student, I interned at the Embrapa

Florestas entomology laboratory. There, I realized that

this was the field in which I wanted to work. After a year,

an opportunity arose to work as a technician in the same

lab. I was about to graduate, so I joined Embrapa. At that

time, hiring was not yet governed by public competition. I

remained in this position for six years, after which I passed

a competitive exam and moved on to a career as a research

scientist.

Throughout your career, what moments do you consider to

be the most decisive for your career in forestry research?

I think it was just when I started my career as a research scientist.

At the time, the first record of the wood wasp in Brazil

was also made and I began to work with the team that

implemented the National Program for the Control of the

Wood Wasp (Pncvm) in Brazil. It was a unique experience, as

it involved not only research but also significant interaction

with other institutions in Brazil and abroad. There was also

synergy with the Private Sector linked to the pine production

chain through the creation of the National Fund for Forest

Pest Control (Funcema).

You led the Pncvm. How did this work begin, and what are

the main advances so far?

The Pncvm began shortly after the pest was recorded in Brazil.

At the time, the program was led by Edson Tadeu Iede,

who is now retired. The program was mainly structured on

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ENTREVISTA

mente em medidas de manejo florestal, ações de monitoramento,

quarentena, controle biológico (pela introdução do

nematoide e parasitoides) e transferência de tecnologia. Houve

a participação de muitas instituições públicas federais e estaduais,

como também um intenso envolvimento do setor privado

pela criação do Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas

Florestais), que congrega as três associações de empresas

florestais do sul do Brasil (Ageflor, ACR e Apre). Muitos estudos

foram desenvolvidos e este ano a parceria completou 47 anos,

resultando no controle desta praga no país.

>> O Nematec® é uma referência no controle biológico da vespa-da-madeira.

Como foi o desenvolvimento desse produto e

quais os seus impactos no setor florestal?

Logo após o registro da vespa-da-madeira no Brasil iniciamos

as buscas por alternativas para o controle da praga. Por ser um

inseto exótico, como o seu hospedeiro, o pinus, a busca foi direcionada

para os locais onde a praga já estava presente. Muitos

trabalhos para controle da vespa-da-madeira foram desenvolvidos

na Austrália, onde Sirex noctilio havia sido detectada

na ilha da Tasmânia em 1952 e posteriormente no continente,

em Vitória, em 1961. O pesquisador do CSIRO (Commonwealth

Scientific and Industrial Research Organisation), doutor Robing

Bedding, nematologista, pesquisou por muitos anos um nematoide,

Deladenus siricidicola, que foi encontrado na Nova Zelândia.

Como resultado da sua pesquisa, definiu uma metodologia

para multiplicar este nematoide em laboratório, um processo

bastante complexo. Assim, foi contratada a consultoria do

doutor Bedding, o qual também trouxe as culturas do nematoide

para o Brasil e deu-se início à criação massal na Embrapa

Florestas. O desafio foi grande para realizar a adaptação do

método às nossas condições, desde coisas básicas, como concentração

de meios de cultura e os materiais utilizados, até a

estrutura física do laboratório que era inadequada. Mesmo assim,

iniciamos o envio de doses do nematoide aos produtores

no mesmo ano e continuamos trabalhando no aprimoramento

do método e também na implantação do: sistema de qualidade

da criação massal do nematoide. Como resultado de uma

equipe dedicada e bem integrada, hoje o nematoide, que teve

seu registro aprovado pelo Ministério da Agricultura em 2018,

com o nome Nematec®, é distribuído para produtores de pinus

com a presença da praga em seus plantios nos Estados do Rio

Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Ge-

forest management measures, monitoring actions, quarantine,

and biological control through the introduction of

nematodes and parasitoids, as well as technology transfer.

Many federal and state public institutions, as well as the

Private Sector, participated, establishing the National Forest

Pest Control Fund (Funcema). Funcema brings together three

forestry company associations in southern Brazil: Ageflor,

ACR, and Apre. Numerous studies have been conducted, and

this year, the partnership celebrated its 47th anniversary,

marking a significant milestone in controlling this pest in the

Country.

Nematec® is the gold standard for the biological control of

wood wasps. How was this product developed, and what

impact has it had on the Forestry Sector?

Soon after the wood wasp was identified in Brazil, we started

looking for ways to control the pest. Since the wood wasp

and its host, the pine tree, are both exotic insects, the search

was directed to places where the pest was already present.

A significant amount of research on wood wasp control

has been conducted in Australia, where S. noctilo was first

detected in Tasmania in 1952 and later on the mainland in

Victoria in 1961. Commonwealth Scientific and Industrial

Research Organization (Csiro) scientist Dr. Robing Bedding, a

nematologist, spent many years studying a nematode called

Deladenus siricidicola that was found in New Zealand. As a

result of his research, Dr. Bedding defined a methodology for

multiplying this nematode in the laboratory, a very complex

process. Dr. Bedding was then hired as a consultant and

brought the nematode cultures to Brazil. Mass production

began at Embrapa Florestas. Adapting the method to our

conditions posed a significant challenge, ranging from fundamental

aspects such as the concentration of culture media

and the materials used, to the inadequate physical structure

of the laboratory. Nevertheless, we began sending doses of

the nematode to producers that same year. We continued

working on improving the method, as well as implementing

a quality system for the mass production of nematodes.

Thanks to a dedicated and well-integrated team, the

nematode was approved by the Ministry of Agriculture in

2018 under the name Nematec®. It is now distributed to

pine producers in states where the pest is present, including

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, and

A sensação de desenvolver uma pesquisa que iria gerar

resultados para contribuir na solução de um problema

tão importante, era muito gratificante

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ENTREVISTA

rais, com um controle médio de 70%, podendo em alguns casos

chegar próximo a 100%.

>> Recentemente foi identificada uma nova variante da vespa-

-da-madeira. Quais os desafios que essa descoberta impõe ao

manejo da praga?

A nova espécie de vespa-da-madeira, Sirex obesus, foi registrada

pela primeira vez no Brasil em 2023 no Estado de São

Paulo, causando severos danos principalmente em plantios de

pinus resinados. Tem origem distinta de Sirex noctilio (originária

da Europa, Ásia e norte da África), sendo nativa da América

do Norte. Sirex obesus é uma espécie comum nos países de

origem, onde não é considerada praga, e, desta forma, as informações

disponíveis são escassas. Os sintomas de ataque são

parecidos aos de Sirex noctilio, porém uma característica biológica

tem sido um fator muito importante associado ao controle

desta praga, que é a espécie do fungo simbionte. As duas

espécies de Sirex apresentam uma simbiose com um fungo.

Porém, são espécies diferentes, sendo que o nematoide tem

também associação com um fungo, que é o mesmo de Sirex

noctilio e diferente do fungo de Sirex obesus. Assim, a tentativa

de controlar Sirex obesus com o Nematec® não foi eficiente. O

desafio agora está na estratégia definida para o controle desta

nova praga, que está sendo a introdução de uma nova espécie

de nematoide que tem associação com o mesmo fungo de Sirex

obesus. A Embrapa Florestas está trabalhando para viabilizar a

introdução deste nematoide, realizar testes de eficiência e, o

mais breve possível, ter à disposição dos produtores de pinus

um inimigo natural eficiente no controle da praga.

>> O controle biológico tem sido uma aposta em vários projetos

de sua autoria. O que torna essa abordagem tão eficaz e

sustentável?

Em plantios florestais, a utilização do controle biológico apresenta

vantagens quando comparado a uma cultura agrícola

anual, por ser um ambiente mais estável, favorecendo o

estabelecimento dos inimigos naturais. Além disso, há uma

tendência mundial da substituição do controle químico por um

controle mais adequado ambientalmente, como o uso de parasitoides,

fungos entomopatogênicos, extratos botânicos, entre

outros.

>> Também atuou no desenvolvimento do Bovemax®, voltado

ao controle da broca-da-erva-mate. Como se dá a articulação

entre pesquisa pública e setor privado nesses projetos?

Para o desenvolvimento do Bovemax® foi firmado um contrato

de cooperação técnica com uma empresa privada, produtora

de bioinsumos. A empresa financiou a pesquisa e na Embrapa

Florestas realizamos os estudos de laboratório e campo com

várias espécies e isolados de fungos entomopatogênicos. Quando

foi definido o mais eficiente, foi iniciado o processo para

obtenção do registro junto ao Ministério da Agricultura. Após

a aprovação do registro a Embrapa firmou um contrato com a

empresa de bioinsumos para a produção e distribuição do inseticida

biológico, e neste caso, a Embrapa recebe royalties pela

comercialização do produto.

Minas Gerais. On average, it controls the pest 70% of the

time, and in some cases, it controls the pest nearly 100% of

the time.

A new species of wood wasp has recently been identified.

What challenges does this discovery pose for pest management?

The new species of wood wasp, Sirex obeosus, was first

recorded in Brazil in 2023 in the State of São Paulo. It has

caused severe damage, primarily to resinous pine plantations.

Unlike S. noctilio, which is native to Europe, Asia, and

North Africa, S. obesus is native to North America. Sirex

obesus is a common species in its countries of origin, where

it is not considered a pest; therefore, available information is

scarce. The symptoms of an attack are similar to those of S.

noctilio. However, one biological characteristic has been an

essential factor in controlling this pest: the species of symbiotic

fungus. Both Sirex species have a symbiotic relationship

with a fungus. However, they are different species. The

nematode also has a symbiotic relationship with a fungus

that is similar to S. noctilio but distinct from S. obesus. Thus,

attempts to control S. obesus with Nematec® were ineffective.

The challenge now lies in devising a strategy for managing

this new pest: introducing a new species of nematode

that associates with the same fungus as S. obesus. Embrapa

Florestas is working to introduce this nematode, conduct

efficiency tests, and make it available to pine producers as a

natural pest control agent as soon as possible.

Biological control has been a focus in several of your projects.

What makes this approach so effective and sustainable?

In forest plantations, biological control has advantages over

annual agricultural crops because it is a more stable environment

that favors the establishment of natural enemies. Additionally,

there is a global trend toward replacing chemical

control methods with more environmentally friendly ones,

such as using parasitoids, entomopathogenic fungi, and

botanical extracts.

You also worked on developing Bovemax®, which is designed

to control the yerba mate borer. How does coordination

between the public research sector and private

companies work in these projects?

For the development of Bovemax®, we signed a technical

cooperation agreement with a private company that produces

bio-inputs. The Company financed the research, and

at Embrapa Florestas, we conducted laboratory and field

studies with various species and isolates of entomopathogenic

fungi. Once the most efficient fungus was identified,

we initiated the process to obtain registration with the

Ministry of Agriculture. After registration was approved,

Embrapa signed a contract with the bio-input company to

produce and distribute the biological insecticide. In this case,

Embrapa receives royalties for commercializing the product.

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ENTREVISTA

>> Além da vespa-da-madeira, se dedica ao manejo de outras

pragas, como pulgões e formigas cortadeiras. Quais os maiores

desafios dessas frentes?

A estratégia adotada para o controle dos pulgões-gigantes-do-

-pinus foi muito parecida com a adotada para a vespa-da-madeira,

ou seja, a busca de inimigos naturais nos locais de origem

da praga. Assim, em uma parceria com instituições públicas no

Brasil e também EUA (Estados Unidos da América), e com apoio

do setor privado, pelo Funcema, foi introduzido uma espécie

de parasitoide específico da praga. Os desafios foram o estabelecimento

da criação em laboratório e a produção em grandes

quantidades para liberação em campo. Isso envolveu muitos

estudos, observações e adaptações para viabilizar a criação.

Posteriormente, a liberação em campo e avaliação da eficiência

exigiram também muitos estudos. Mas como resultado, hoje o

controle desta praga está estabelecido, não causando mais perdas

econômicas nos plantios de pinus. Com relação às formigas

cortadeiras, a abordagem tem sido pela utilização de extratos

botânicos. Porém, os desafios são bem maiores e exigem um

tempo maior de dedicação, principalmente pela característica

das formigas em reconhecer os componentes das iscas e muitas

vezes, devolvê-las.

>> Que características considera essenciais para os jovens

cientistas que desejam atuar com entomologia florestal?

Uma é a curiosidade, que os instiga a explorar, investigar e

aprender. Com estas características, é necessário ele ingressar

em uma equipe de pesquisa bem estruturada e que atue em

diferentes aspectos da entomologia florestal. Dessa forma, imagino

que as chances de sucesso profissional serão grandes.

>> Por fim, há algum sonho que ainda deseja realizar na área?

Vendo a minha trajetória como pesquisadora, me sinto feliz

por estar contribuindo para a sanidade dos plantios florestais e

espero que cada vez mais o controle químico possa ser substituído

por alternativas menos impactantes ao meio ambiente.

In addition to wood wasps, you are also responsible for

managing other pests, such as aphids and leaf-cutting

ants. What are the biggest challenges in this area?

The strategy adopted to control giant pine aphids was very

similar to the approach adopted for the wood wasp: searching

for natural enemies in the pests’ places of origin. In

partnership with public institutions in Brazil and the United

States, and with support from the Private Sector through

Funcema, we introduced a species of parasitoid that is specifically

targeted at the pest. The challenges were establishing

laboratory breeding and producing large quantities for

release in the field. This required many studies, observations,

and adaptations to make breeding feasible. Field release

and efficiency assessment also required many studies. As a

result, the control of this pest is now well-established and no

longer causes economic losses in pine plantations.

Regarding leaf-cutting ants, the approach has been to use

botanical extracts. However, this approach presents greater

challenges, requiring more time and dedication. This is

mainly due to the ants’ ability to recognize the components

of the baits and often do not ingest them.

What characteristics do you consider essential for young

scientists who wish to work in forest entomology?

One is curiosity, which drives them to explore, investigate,

and learn. Along with this characteristic, they need to join a

well-structured research team that works on various aspects

of forest entomology. I imagine that the chances of professional

success will be significant that way.

Finally, is there a dream you still want to fulfill in this field?

Reflecting on my career as a research scientist, I am pleased

to contribute to the health of forest plantations. I hope environmentally

friendly alternatives can increasingly replace

chemical control.

A Embrapa Florestas está trabalhando para viabilizar a

introdução deste nematoide, realizar testes de eficiência

e, o mais breve possível, ter à disposição dos produtos de

pinus um inimigo natural eficiente no controle da praga

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COLUNA

Motosserra

certa na colheita

semimecanizada

Gabriel Berger

GB Manejo de Árvores – Educação Profissional

e Corporativa

Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho

gbmanejodearvores.com.br

gabriel@gbmanejodearvores.com.br

Foto: divulgação

Na colheita semimecanizada, a motosserra adequada garante segurança,

produtividade e continuidade operacional na supressão vegetal

M

esmo com o avanço da mecanização, a colheita

semimecanizada ainda é realidade em muitas

operações florestais. Seja por características de

relevo, tipo de floresta ou limitações de acesso,

há situações em que a supressão vegetal continua

sendo realizada com motosserra.

Nessas frentes, a motosserra deixa de ser apenas uma ferramenta

complementar e assume papel central no desempenho da

equipe. A escolha correta do equipamento impacta diretamente

o ritmo da produção, a segurança dos operadores e os custos

operacionais. Por isso, tratá-la como uma simples decisão de

compra é um erro estratégico.

DECISÃO TÉCNICA QUE SUSTENTA A PRODUÇÃO

Na colheita semimecanizada, a motosserra opera sob alta

exigência: supressão vegetal de árvores de médio ou grande

porte, em ambientes severos e com jornadas prolongadas. O

equipamento precisa ser tecnicamente adequado à vegetação, à

estrutura da operação e ao perfil dos operadores.

Quando subdimensionada, a motosserra exige esforço excessivo

e compromete a segurança. Quando superdimensionada,

aumenta o desgaste físico da equipe e reduz a mobilidade. O

equilíbrio entre potência, ergonomia e robustez é fundamental.

CRITÉRIOS TÉCNICOS ESSENCIAIS PARA A ESCOLHA

1. Potência compatível com a exigência da atividade

A motosserra utilizada na supressão vegetal deve oferecer

potência proporcional ao tipo de vegetação, considerando o

diâmetro médio das árvores e a densidade da madeira. Potência

inadequada compromete o desempenho e aumenta o esforço

físico do operador.

2. Sabre proporcional ao diâmetro médio da árvore

O comprimento do sabre deve ser compatível com o porte da

vegetação e o diâmetro dos troncos a serem suprimidos. Sabres

desproporcionais — curtos demais ou excessivamente longos —

comprometem a precisão do corte, reduzem a produtividade e

aumentam o risco de acidentes.

3. Rede de assistência técnica confiável

A escolha da motosserra deve considerar a disponibilidade

de peças de reposição e a presença de uma rede de assistência

técnica eficiente e acessível. Equipamentos sem suporte adequado

tendem a gerar paradas prolongadas e comprometer a continuidade

da operação.

4. Motorização: combustão ou bateria

Embora as motosserras a bateria tenham avançado em eficiência

e ergonomia, ainda não atendem às exigências da colheita

semimecanizada, especialmente em frentes com uso contínuo,

alta exigência de torque e ambientes de difícil acesso.

A motosserra a combustão segue sendo a escolha mais viável

para a supressão vegetal nesse tipo de operação. Oferece maior

potência, autonomia prolongada e independência de infraestrutura

para recarga, características indispensáveis em áreas remotas

e de alta demanda operacional.

A decisão pela motorização deve considerar o volume de trabalho,

o perfil da frente e a autonomia necessária para manter a

produtividade sem interrupções.

CONSEQUÊNCIAS DA ESCOLHA INADEQUADA

• Baixa produtividade por operador

Motosserras ineficientes reduzem o volume diário e atrasam

a frente.

• Manutenção corretiva recorrente

Falhas mecânicas aumentam paradas, geram custos e comprometem

o cronograma.

• Fadiga e insegurança operacional

Máquinas mal ajustadas exigem esforço maior e elevam o

risco de acidentes.

• Descompasso com a extração e o transporte

Atrasos na supressão desorganizam a logística da colheita e

aumentam o tempo de ciclo.

GESTÃO TÉCNICA DO FERRAMENTAL: UMA PRÁTICA

DE EXCELÊNCIA

Líderes técnicos que tratam a motosserra como variável estratégica

adotam processos estruturados de padronização, testes

práticos e capacitação. Algumas boas práticas incluem:

• Definir modelos-padrão por tipo de atividade;

• Incluir reserva técnica dimensionada por equipe;

• Implantar checklists de inspeção preventiva e manutenção

programada;

• Capacitar operadores para uso adequado e conservação do

equipamento;

• Realizar testes em campo antes de decisões de aquisição

em escala.

Na colheita semimecanizada, a motosserra é uma extensão

da estratégia operacional. A escolha do equipamento certo não é

uma questão de preferência ou conveniência, mas de produtividade,

segurança e sustentabilidade técnica da frente.

É no detalhe da especificação que se evitam perdas invisíveis

e se protege o ritmo da produção. Escolher a motosserra certa

é garantir que a supressão vegetal aconteça com precisão, constância

e responsabilidade.

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DO BRASIL

PARA O MUNDO

dentes de corte

sabres

ponteiras substituíveis

acessórios

disco de feller

coroas de tração

Facas para picadores

rotaryax

rotaryaxoficial


PRINCIPAL

HISTÓRIA DE

EXCELÊNCIA

Indústria celebra 50 anos de história focada

em inovação e engenharia sob medida para

atender às exigências do setor florestal

78 www.referenciaflorestal.com.br


A History of

Excellence

The industry celebrates 50 years of a history

focused on innovation and custom-made

engineering to meet the demands of the

Forestry Sector

Fotos: Emanoel Caldeira

As engrenagens do setor florestal giram com força

e precisão. Do plantio à colheita, passando pelo

transporte e processamento da madeira, cada

etapa exige equipamentos robustos, confiáveis

e eficientes. É um universo em que a tecnologia

avança lado a lado com a produtividade, e onde a engenharia

se torna peça-chave para superar os desafios do campo. Nesse

cenário, empresas especializadas em soluções para máquinas

pesadas ganham protagonismo, oferecendo inovação e desempenho

a um setor em constante evolução.

Fundada em 1975 por Luiz Carlos Slivak, a empresa surgiu

com o objetivo de suprir uma necessidade urgente no setor de

máquinas pesadas: a falta de peças de reposição nacionais. Na

época, a maioria dos componentes precisava ser importada, o

que gerava atrasos e paradas prolongadas nos equipamentos,

comprometendo toda a operação. A proposta inicial foi desenvolver

alternativas de reposição para os equipamentos da marca

Caterpillar no Brasil.

Luciano Slivak, CEO da Lufer, relata que com o tempo, o

portfólio se expandiu para outras grandes marcas dos segmentos

de mineração, construção, florestal, ferroviário e portuário,

ampliando a atuação e atendendo setores estratégicos da

economia. “Desde o início, nosso propósito sempre foi garantir

que nossos clientes não ficassem reféns da espera por peças

importadas. E, mais do que isso, queríamos criar soluções duráveis,

seguras e adaptadas à realidade brasileira”, afirma Luciano.

T

he gears of the Forestry Sector turn with strength

and precision. From planting to harvesting and

transporting to processing wood, each stage requires

robust, reliable, and efficient equipment. It is a

universe in which technological advances go hand in

hand with productivity, and engineering is key to overcoming the

field’s challenges. Companies that specialize in heavy machinery

solutions take center stage in this scenario, offering innovation

and performance to a constantly evolving Sector.

Luiz Carlos Slivak founded the Company in 1975 to meet

an urgent need in the Heavy Machinery Sector: the lack of

domestic spare parts. At the time, most components had to be

imported, causing delays and prolonged equipment downtime

and compromising the entire operation. The initial proposal

was to develop replacement alternatives for Caterpillar brand

equipment in Brazil.

Luciano Slivak, Lufer’s Chief Executive, reports that, over

time, the portfolio expanded to include other major brands in

the Mining, Heavy Construction, Forestry, Railway, and Port

Sectors. The Company has expanded its operations to serve these

strategic economic sectors. “From the beginning, our purpose

has always been to ensure that our customers are not held hostage

waiting for imported parts. More than that, we wanted to

create durable, safe solutions adapted to the Brazilian reality,”

Luciano Slivak says.

Today, the Company’s activities go far beyond replacement

Agosto 2025

79


PRINCIPAL

Hoje, a atuação vai muito além da reposição. A empresa desenvolve

peças, acessórios, kits personalizados e serviços como

recuperação estrutural para os setores onde a empresa atua.

Importante lembrar também que a Lufer faz parte da cadeia de

fornecimento das maiores montadoras de caminhões do Brasil,

provendo serviços de tratamento térmico. “A capacidade de

entender as demandas do mercado e responder com engenharia

aplicada consolidou seu nome como referência no segmento”,

valoriza Luciano.

EXPANSÃO PARA O FLORESTAL

A entrada no setor florestal não foi por acaso. Clientes que já

utilizavam os produtos da empresa em outras frentes passaram

a solicitar soluções específicas para suas operações florestais. A

robustez exigida pelas atividades florestais encontrou resposta

na experiência da empresa com equipamentos para ambientes

extremos. “O setor florestal pede força, resistência e tecnologia.

É um ambiente onde os equipamentos são constantemente

desafiados, e nós temos o conhecimento técnico para entregar

desempenho com durabilidade”, explica Luciano.

Desde o início, a Lufer pensou em produtos que atendessem

de forma ampla e estratégica as demandas do mercado florestal

em todas as etapas do processo de colheita como: corte,

extração, baldeio, transporte e descarregamento. Para isso,

foram desenvolvidos rotatores, garras, bielas, engates rápidos,

ponteiras, removedores de toco, ancinhos, carregadores frontais

parts. Lufer develops parts, accessories, and customized kits,

as well as services such as structural recovery for the sectors

where the company operates.Luciano Slivak points out that it

is also important to remember that Lufer is part of the supply

chain of the largest truck manufacturers in Brazil, providing heat

treatment services. Luciano Slivak points out, “The ability to understand

market demands and respond with applied engineering

has established Lufer as a leader in the industry.”

EXPANSION INTO FORESTRY

The Company’s entry into the Forestry Sector was no accident.

Customers who were already using the Company’s products

in other areas began requesting specific solutions for their forestry

operations. The Company’s experience with equipment for

extreme environments met the robustness required by forestry

activities. “The Forestry Sector demands strength, durability, and

technology. It is an environment where equipment is constantly

challenged, and we have the technical knowledge to deliver

durable performance,” Luciano Slivak explains.

Initially, products aimed at the forestry market were used for

felling, extracting, and moving wood. The Company developed

rotators, connecting rods, quick couplers, and other accessories

for grapples, harvester heads, and loaders. Over time, the

forestry line expanded to serve a broader range of operations,

covering everything from felling and extraction to loading,

transportation, and unloading.

80 www.referenciaflorestal.com.br


Victor Shinohara, Rotary-Ax, e Luciano Slivak, Lufer, ao lado

da garra florestal desenvolvida em conjunto pelas empresas

e demais peças e acessórios aplicados em garras, cabeçotes

harvester e carregadores.

A Lufer Forest também oferece a recuperação estrutural

dos equipamentos e kits personalizados com proteção para

mangueiras e roletes, elevação de sapatas, telas, dog house,

chapas inferiores, longarinas, muretas, cilindros e braços. Além

de variedade, a empresa aposta na personalização. “Nosso papel

é adaptar a engenharia à realidade da operação. Entendemos

que cada floresta, cada solo e cada máquina tem suas peculiaridades”,

ressalta Luciano.

INOVAÇÃO E PARCERIAS

A inovação é movida pela escuta atenta do cliente. A empresa

investe em engenharia própria para desenvolver soluções

sob medida, aliando conhecimento técnico à experiência e à

prática operacional. Os produtos são projetados para suportar

condições severas e prolongar a vida útil dos equipamentos,

com uso de materiais de qualidade assegurada e um elevado

nível de verticalização, incluindo nesta seara o processo de

tratamento térmico. “Possuímos um elevado grau de verticalização,

pois entendemos que isto é decisivo em termos de

controle de processos, conhecimento e prazos diferenciados em

relação à concorrência”, expõe Luciano. “O diferencial está na

customização. Desenvolvemos exatamente aquilo que o cliente

precisa, com foco em produtividade, segurança e durabilidade”,

complementa o executivo.

Foi deste foco em inovação que a Lufer desenvolveu para o

segmento florestal, no ano de seu cinquentenário, a sua garra

traçadora de 0,80 m2. Marco Sampaio, gerente de fábrica, destaca

a capacidade de trabalho e robustez do implemento. “É uma

garra desenvolvida 100% dentro da Lufer, focada em aumentar o

desempenho e produtividade na operação florestal. Um produto

que carrega o DNA da Lufer em cada detalhe”, destaca Marco.

Uma das características desse novo implemento é o seu

desenvolvimento em parceria com a Rotary-Ax, especialista

na fabricação de sabres, coroas de tração e dentes de feller

buncher há mais de 25 anos, que idealizou o projeto do sabre e

o novo conceito de coroa de tração quádrupla, que é utilizado

The portfolio includes rotators, various models of grapples,

quick couplers, tips, stump removers, connecting rods, rakes,

and front-end loaders. The Company also offers customizable

kits that include protection for hoses and rollers, shoe lifts,

screens, crew housing, bottom plates, stringers, walls, cylinders,

and arms. In addition to variety, the Company is committed to

customization. “Our role is to adapt engineering to the reality

of the operation. We understand that each forest, soil type, and

machine has its own peculiarities,” Luciano Slivak emphasizes.

INNOVATION AND PARTNERSHIPS

Innovation is driven by carefully listening to customers. The

Company invests in its engineering to develop custom solutions

that combine technical knowledge, experience, and operational

practice. Products are designed to withstand harsh conditions

and extend the equipment’s useful life using quality-assured

materials and a high level of vertical integration, including the

heat treatment process. “Our high degree of vertical integration

sets us apart from the competition in terms of process control,

knowledge, and deadlines,” Luciano Slivak explains. “The difference

lies in customization. We develop exactly what the customer

needs with a focus on productivity, safety, and durability,”

adds the Executive.

Lufer developed its 0.80 m² tracer grapple for the forestry

segment this remarkable year, driven by its focus on innovation.

Plant Manager Marco Sampaio highlights the implement’s work

capacity and robustness. “It is a grapple that was developed entirely

within Lufer and is focused on increasing the performance

and productivity of forestry operations. It is a product that carries

Lufer’s DNA in every detail,” says Sampaio.

This new implement was developed in partnership with

Rotary-Ax, a company that has specialized in manufacturing

sabers, traction crowns, and feller buncher teeth for over 25

years. Rotary-Ax designed the saber and the new quadruple

traction crown concept used in the tracking grapple. Victor Hugo

Shinohara, Rotary-Ax’s Industrial Director, values the opportunity

to be part of this project and how it enhances both companies’

ability to provide forestry solutions. “We were pleased with the

Agosto 2025

81


PRINCIPAL

na garra traçadora. Victor Hugo Shinohara, diretor industrial

da Rotary-Ax, valoriza a oportunidade de estar nesse projeto

e como isso engrandece as duas empresas no fornecimento

de soluções florestais. “Ficamos muito felizes com o convite.

Isso não impulsiona apenas a Rotary-Ax e a Lufer, e sim todo

o mercado florestal brasileiro, que caminha em conjunto para

suprir demandas cada vez maiores e clientes mais exigentes”,

exalta Victor. Segundo ele, a linha de sabres florestais da Rotary-Ax

tem conquistado espaço no mercado interno e externo

devido à qualidade dos seus produtos, que se obtém através da

seleção de matérias-primas, que ampliam a vida útil e o constante

foco em inovação e criação de soluções que a Rotary-Ax

carrega. “Temos diversas patentes de componentes-chave e

possibilidade de personalizar ou mesmo inovar de acordo com

as demandas. Para a P80 trouxemos um sabre de 63 polegadas

de comprimento e o novo conceito de coroa de tração de 4

linhas, que permite utilizar 4 vezes a mesma peça, isso faz com

que aumente a produtividade da operação, além da vida útil da

peça”, explica Victor. Para o diretor da Rotary-Ax, essa parceria

é um reflexo do compromisso contínuo com a inovação, que

só é possível através de um diálogo direto com o campo. “A

interação com clientes e parceiros é fundamental para garantir

que os novos produtos atendam às reais necessidades do setor.

Estamos sempre em busca de materiais mais resistentes, criação

de produtos compatíveis com diversos equipamentos, redução

da necessidade de manutenção e um equilíbrio entre leveza e

ergonomia”, garante Victor.

Atentos aos preceitos da

economia circular, acreditamos

que é possível aliar performance

e responsabilidade ambiental.

Equipamentos duráveis geram

menos descarte, menos

manutenção e menor impacto

no meio ambiente

Luciano Slivak, CEO da Lufer

invitation. This boosts not only Rotary-Ax and Lufer but also

the entire Brazilian forestry market, which is working together

to meet ever-increasing demands from ever-more-demanding

customers,” says Shinohara. He says that Rotary-Ax’s line of

forestry saw sabers has gained ground in domestic and foreign

markets due to the quality of its products. This quality is achieved

through the selection of raw materials that extend the

useful life of the products and a constant focus on innovation

and the creation of solutions. “We have several patents for key

components, and we can customize or innovate according to

demand. For the P80, we introduced a 63-inch saw saber and

a new concept: a four-line traction crown that allows the same

part to be used four times, increasing the operation’s productivity

and the part’s useful life,” Shinohara explains. For the Rotary-Ax

Director, this partnership reflects the Company’s commitment to

ongoing innovation, made possible through direct dialogue with

the field. “Interacting with customers and partners is essential

to ensuring that new products meet the Sector’s real needs. We

are always looking for more durable materials to create products

that are compatible with various equipment, reduce the need

for maintenance, and strike a balance between lightness and

ergonomics,” says Shinohara.

82 www.referenciaflorestal.com.br


PRODUTIVIDADE, SUSTENTABILIDADE E FUTURO

A busca por produtividade é constante e ela vem acompanhada

de novas responsabilidades. O setor florestal exige

cada vez mais segurança para os operadores e menor impacto

ambiental no processo. A Lufer responde a essas demandas com

equipamentos mais inteligentes, eficientes e duráveis. “Acreditamos

que é possível aliar performance e responsabilidade

ambiental. Equipamentos mais duráveis geram menos descarte,

menos manutenção e menor impacto no meio ambiente”,

reforça Luciano.

A restauração e recuperação de máquinas tem se mostrado

uma estratégia eficiente para estender a vida útil dos equipamentos

e reduzir custos operacionais. Por meio de processos

rigorosos de revisão, substituição de componentes e atualização

tecnológica, é possível devolver ao mercado uma máquina que,

antes considerada obsoleta, volta a operar com desempenho

próximo ao de um equipamento novo, sem contar o ótimo custo

benefício proporcionado. “Quando feita com critérios técnicos

e peças de qualidade, a recuperação entrega uma performance

que surpreende. Muitas vezes, o cliente volta a enxergar valor

em uma máquina que já tinha dado como perdida”, sublinha

Luciano.

Com cinco décadas de trajetória e atuação em setores estratégicos

da economia, a empresa segue contribuindo para o

crescimento da indústria florestal brasileira com soluções que

combinam engenharia, experiência e inovação. “Seguimos à

risca o saber fazer e fazer bem-feito. Assim construímos 50 anos

e caminhamos para os 100 anos com segurança e focados em

oferecer o melhor para nossos clientes em todos os campos de

atuação”, orgulha-se Luciano.

PRODUCTIVITY, SUSTAINABILITY, AND THE FUTURE

The quest for productivity is constant and comes with new

responsibilities. The Forestry Sector demands greater safety for

operators and a smaller environmental footprint. Lufer responds

with more innovative, more efficient, and more durable equipment.

“We believe it is possible to combine performance and

environmental responsibility. More durable equipment generates

less waste and requires less maintenance, resulting in less

environmental impact,” Luciano Slivak emphasizes.

Restoring and recovering machines has proven to be an efficient

strategy for extending equipment’s useful life and reducing

operating costs. Through rigorous review processes, component

replacement, and technological upgrades, it is possible to return

a machine to the market that was previously considered obsolete.

The machine can operate again with performance close to

that of new equipment, not to mention the excellent cost-benefit

ratio it provides. “When done with technical expertise and

quality parts, recovery delivers surprising performance. Often,

customers see value again in machines they had already given

up on,” Luciano Slivak emphasizes.

With five decades of experience in strategic economic sectors,

the Company continues to contribute to the growth of the

Brazilian forestry industry by providing solutions that combine

engineering, knowledge, and innovation. “We strictly follow

the principles of know-how and doing things well. This is how

we have built our business over the past 50 years, and we are

confidently moving towards our 100-year milestone, focused

on offering the best to our customers in all fields of activity,”

Luciano Slivak proudly states.

Agosto 2025

83


LEGISLAÇÃO

Mudanças

IMPORTANTES

Nova lei de licenciamento

ambiental retira

burocracia e deixa

informações mais claras

Fotos: divulgação

84 www.referenciaflorestal.com.br



LEGISLAÇÃO

ACâmara dos Deputados aprovou o projeto de

lei que estabelece regras gerais de licenciamento

ambiental. A proposta também cria novos

tipos de licença, como para empreendimentos

estratégicos e de adesão por compromisso com

procedimentos simplificados e prazos menores para análise.

O texto será enviado à sanção presidencial. O substitutivo

aprovado pela Câmara dos Deputados incorpora 29 emendas

do Senado ao Projeto de Lei 2159/21, com parecer favorável

do relator, deputado Zé Vitor (PL-MG).

Zé Vitor afirmou que as emendas do senado contribuem

para estabelecer regras claras e objetivas para o licenciamento

ambiental. “Após amplo debate com todos os setores interessados

que buscaram um diálogo construtivo em prol de

um texto equilibrado e que contribua com o desenvolvimento

sustentável do País, o projeto se mostra apto”, apontou o

deputado.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB),

afirmou que o relator da proposta atendeu cerca de 70% das

demandas do governo. Segundo ele, houve negociação até o

último momento e buscou-se construir uma convergência de

um projeto bom para o país. “A primeira a ser visitada pelo

deputado Zé Vitor foi a ministra do Meio Ambiente, Marina

Silva”, destacou Hugo.

De acordo com o projeto do licenciamento ambiental (PL

2159/21) aprovado nesta madrugada pela Câmara dos Deputados,

não precisarão de licença ambiental: as atividades

militares; as atividades e empreendimentos considerados não

utilizadores de recursos ambientais; as atividades que não

forem potencial ou efetivamente poluidoras; as atividades

incapazes de causar degradação do meio ambiente; as obras e

intervenções emergenciais de resposta a colapso de obras de

infraestrutura, a acidentes ou a desastres.

O texto aprovado excluiu o trecho que deixava claro que a

dispensa de licença ambiental não isenta o empreendedor de

obter autorização para desmatar vegetação nativa ou de outras

licenças como de outorga de direitos de uso de recursos

hídricos.

ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS

Da mesma forma, o substitutivo dispensa o licenciamento

ambiental para certas atividades agropecuárias, desde que

a propriedade esteja regular no CAR (Cadastro Ambiental

Rural), em processo de regularização ou com termo de compromisso

firmado para recompor vegetação suprimida ilegalmente.

Nesse caso estão incluídos o cultivo de espécies de

interesse agrícola, temporárias, semiperenes e perenes; a

pecuária extensiva e semi-intensiva; a pecuária intensiva de

pequeno porte; e a pesquisa de natureza agropecuária que

não implique risco biológico. Entretanto, a falta de licença

para essas atividades não elimina a necessidade de licença

para desmatamento de vegetação nativa ou uso de recursos

hídricos, nem impede a fiscalização ambiental.

O produtor também deverá cumprir as obrigações de uso

alternativo do solo, conforme a legislação ou os planos de

manejo de unidades de conservação. Já os empreendimentos

de pecuária intensiva de médio porte poderão ser licencia-

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LEGISLAÇÃO

ser usada para atividades ou empreendimentos considerados

estratégicos pelo Conselho de Governo, órgão de assessoramento

do presidente da república quanto à política ambiental.

A definição das prioridades será bianual, e uma equipe

técnica deverá se dedicar permanentemente à função. Com

prazo de 12 meses para conclusão da análise e decisão sobre

o pedido de licença, a LAE terá prazo de validade de 5 a 10

anos, e a autoridade licenciadora dará prioridade à análise

dos pedidos de LAE em detrimento de outras licenças.

Segundo o texto, a análise da LAE deverá ocorrer em

uma única fase, e a autoridade licenciadora poderá solicitar

informações adicionais uma única vez. Outros órgãos que

precisem emitir licenças deverão dar prioridade à emissão

de anuências, licenças, autorizações, certidões, outorgas e

demais documentos necessários em qualquer esfera administrativa.

Um LAC (Licenciamento Ambiental Simplificado por Adesão

e Compromisso) poderá ser pedido pelo interessado sem

necessidade de estudos de impacto. Cada ente federativo,

conforme a competência concorrente de licenciamento ambiental,

definirá quais atividades de pequeno ou médio porte

e baixo ou médio potencial poluidor poderão usar a LAC,

cuja vigência será de 5 a 10 anos. O uso dessa licença poderá

ocorrer se forem atendidas, de forma cumulativa, certas condos

com a LAC. Quando atividades ou empreendimentos de

infraestrutura pública forem instalados em propriedade ou

posse rural, e não tiverem relação com as atividades agropecuárias

desenvolvidas, a inscrição no CAR não será exigida

como requisito para licença ambiental ou autorização de desmatamento.

NOVAS REGRAS APROVADAS

De acordo com o texto aprovado, são criados o procedimento

simplificado e o procedimento corretivo. O primeiro

permite a fusão de duas licenças em uma, como a prévia e a

de instalação. A aplicação desses procedimentos será determinada

pelos órgãos ambientais, com base no enquadramento

da atividade ou empreendimento conforme critérios de

localização, natureza, porte e potencial poluidor. Se a autoridade

licenciadora considerar que a atividade ou empreendimento

não causará significativa degradação ambiental, não

será exigido EIA (Estudo de Impacto Ambiental) ou Rima (Relatório

de Impacto no Meio Ambiente).

Uma das emendas aprovadas cria um novo tipo de licenciamento

ambiental, chamado de LAE (Licença Ambiental

Especial), que poderá ser concedida mesmo se o empreendimento

for efetiva ou potencialmente causador de significativa

degradação do meio ambiente. Esse tipo de licença poderá

88 www.referenciaflorestal.com.br



LEGISLAÇÃO

dições, como conhecimento prévio das características gerais

da região e de como se darão a instalação e a operação da atividade,

os impactos ambientais do tipo de empreendimento

e as medidas de controle ambiental necessárias. Além disso, a

intervenção não poderá derrubar vegetação se isso depender

de autorização ambiental.

Para obter a licença, o empreendedor deverá apresentar

o RCE (Relatório de Caracterização do Empreendimento), mas

devido a emenda aprovada a análise por amostragem dessas

informações será facultativa em vez de obrigatória. Já as vistorias

por amostragem no local passam a ser anuais para conferir

a regularidade de atividades autorizadas por meio da LAC.

A LAC poderá ser utilizada para serviços e obras de duplicação

de rodovias ou pavimentação naquelas já existentes ou

em faixas de domínio; e ampliação e instalação de linhas de

transmissão nas faixas de domínio. Entretanto, outra emenda

aprovada incluiu em trecho diferente do texto dispositivo que

dispensa de licenciamento ambiental serviços e obras de manutenção

e melhoramento de infraestrutura em instalações

existentes ou em faixas de domínio e de servidão, incluídas

rodovias anteriormente pavimentadas e dragagens de manutenção.

O PL 2159/21 regulamenta o LOC (licenciamento ambiental

de operação corretivo). Ele se aplica a atividades ou empreendimentos

que estejam operando sem licença ambiental

válida na data da publicação da futura lei. Esse tipo de licenciamento

poderá ser por adesão e compromisso, mas, caso o

órgão ambiental não considere essa opção viável, o empreendedor

deverá assinar um termo de compromisso, apresentando

documentos como o RCA (relatório de controle ambiental)

e o PCA (plano de controle ambiental). Se o LOC for solicitado

espontaneamente, o crime de falta de licença será extinto

após o cumprimento de todas as exigências. Para atividades

ou empreendimentos de utilidade pública, um regulamento

próprio definirá o processo de regularização.

O projeto também cria a LAU (Licença Ambiental Única).

Por meio dela, a instalação, a ampliação e a operação de

atividades ou empreendimentos, juntamente com suas condicionantes

ambientais (incluindo as de desativação), serão

analisadas em uma única etapa. Quanto aos prazos, a LP (Licença

Prévia), a LI (Licença de Instalação) e a LP associada à

LI devem ter validade de 3 a 6 anos. A validade da LI emitida

junto à LO (licença de operação), da LOC e da LAU será de 5 a

10 anos. Esse prazo será ajustado para o tempo de finalização

do empreendimento, caso seja inferior. Essas licenças não poderão

ser por período indeterminado.

PRAZOS DIFERENCIADOS

Se o empreendedor adotar novas tecnologias, programas

voluntários de gestão ambiental ou outras medidas que com-

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LEGISLAÇÃO

provem resultados ambientais mais rigorosos que os padrões

legais, o órgão licenciador poderá até dobrar os prazos de

validade das licenças de operação, sejam elas únicas ou conjuntas

(LI/LO).

Quanto aos prazos de análise para emissão de licenças

pelo órgão ambiental, eles variarão de 3 a 10 meses: 3 meses:

para as licenças de instalação, de operação, de operação corretiva

e única; 4 meses: para as licenças conjuntas sem estudo

de impacto; 6 meses: para a licença prévia; 10 meses: para a

licença prévia se o estudo exigido for o EIA. Se esses prazos

não forem cumpridos, não haverá licença automática, mas o

empreendedor poderá pedir a licença a outro órgão do Sisnama

(Sistema Nacional do Meio Ambiente).

AUMENTO DE PENA

Na lei de crimes ambientais, a pena para quem operar atividade

ou empreendimento sem licença ambiental passa de

detenção de 1 a 6 meses para 6 meses a 2 anos, podendo incluir

multa ou ambas as penas cumulativamente. A pena será

dobrada se o licenciamento depender de estudo de impacto

ambiental. Outra mudança nessa lei é a exclusão da pena de

crime culposo (detenção de 3 meses a 1 ano e multa) para o

funcionário público que conceder licença em desacordo com

as normas ambientais.

AUTORIDADES ENVOLVIDAS

Uma das emendas aprovadas retira de outras autoridades

envolvidas no licenciamento ambiental o poder de definir os

tipos de atividades ou empreendimentos de cujos licenciamentos

deverão participar. Isso envolve órgãos que devem se

manifestar sobre impactos em terras indígenas, como a Funai

(Fundação Nacional dos Povos Indígenas) ou quilombolas

(Ministério da Igualdade Racial), sobre o patrimônio cultural

acautelado (Iphan) ou sobre as unidades de conservação da

natureza, como o Icmbio Instituto Chico Mendes de Conservação

da Biodiversidade).

No entanto, o prazo total de prorrogação para que as entidades

envolvidas no licenciamento ambiental apresentem

seu parecer passa de 10 para 15 dias a mais do prazo padrão

de 30 dias. Essa prorrogação precisará de justificativa. Como

o novo texto, a manifestação dessas autoridades deverá ser

considerada pela autoridade licenciadora apenas se apresentada

no prazo fixado.

Ao mesmo tempo, autoridade ambiental licenciadora não

precisará mais avaliar e decidir motivadamente sobre a justificativa

da autoridade envolvida quanto ao impacto do empreendimento.

Sobre terras indígenas, por exemplo, o projeto

permite a manifestação da Funai apenas sobre aquelas com

demarcação já homologada. Nota técnica da organização não

governamental ISA (Instituto Socioambiental) indica que há

pelo menos 259 terras indígenas em processo de demarcação

(equivalente a 32% da área total desse tipo de terra) que ficariam

de fora da análise por ainda não estarem homologadas.

MAIOR IMPACTO

Quando o empreendimento ou atividade sob licenciamento

tiver de apresentar EIA ou Rima as outras autoridades envolvidas

deverão se manifestar em 90 dias, prorrogáveis por

mais 30 dias, caso houver nas proximidades: terras indígenas

com demarcação homologada; área interditada em razão da

presença de indígenas isolados; áreas tituladas de remanescentes

das comunidades dos quilombos; bens culturais ou

92 www.referenciaflorestal.com.br



LEGISLAÇÃO

tombados ou unidades de conservação, exceto APA (Áreas de

Proteção Ambiental).

As condicionantes para o funcionamento do empreendimento

(uma usina hidrelétrica, por exemplo), tais como

proteção ambiental de determinadas áreas ou realocação de

pessoas afetadas (pela barragem, por exemplo), deverão ser

fiscalizadas pelo próprio órgão consultado.

FEDERAL OU ESTADUAL?

Outra mudança feita pelos senadores e acatada pela

câmara determina que, se órgãos ambientais fiscalizarem

atividades sob licença não expedida por eles, deverão apenas

comunicar ao órgão licenciador as medidas para evitar a

degradação ambiental verificada em autuação. O órgão licenciador

poderá inclusive decidir que não houve infração, o que

tornaria sem efeito as multas aplicadas por aquele órgão que

fiscalizou.

Assim, por exemplo, quando o Ibama (Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que

é federal, fiscalizar e multar empreendimento licenciado por

órgão ambiental estadual, o texto prevê que sempre a versão

deste último prevalecerá. Quanto ao processo administrativo,

em vez da lei federal serão aplicadas subsidiariamente as leis

dos outros entes federativos sobre o assunto.

RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA

O texto permite ainda a renovação automática da licença

ambiental por igual período a partir de declaração on-line do

empreendedor na qual ele ateste o atendimento da legislação

ambiental e das características e porte do empreendimento

e das condicionantes ambientais aplicáveis. Isso será válido

para empreendimentos de baixo ou médio potencial poluidor

e de pequeno ou médio porte.

Um relatório assinado por profissional habilitado deverá

ser apresentado para atestar o atendimento das condicionantes

ambientais. Em relação a qualquer tipo de licença, se o

requerimento for apresentado com antecedência mínima de

120 dias do fim da licença original, o prazo de validade será

automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva da

autoridade licenciadora.

Após amplo debate com todos

os setores interessados que

buscaram um diálogo construtivo

em prol de um texto equilibrado

e que contribua com o

desenvolvimento sustentável do

país, o projeto se mostra apto

Zé Vitor, deputado do PL e relator

do projeto

94 www.referenciaflorestal.com.br



SOLO

Olhando

PARA BAIXO

Proposta de observatório

mundial do solo é apresentada

por pesquisadores

Fotos: divulgação

96 www.referenciaflorestal.com.br



SOLO

Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária), em parceria com

a ONU/FAO (Organização das Nações Unidas

para Alimentação e Agricultura) e outras instituições

internacionais, propõem a criação de

um observatório global da biodiversidade do solo, o Glosob

(Observatório Global da Biodiversidade do Solo, em inglês). A

proposta, publicada na revista Nature Ecology and Evolution,

pretende estabelecer um sistema unificado e padronizado

de monitoramento da biodiversidade do solo - elemento

essencial para a vida no planeta e que abriga 59% da biodiversidade

mundial, mas ainda pouco observado e altamente

vulnerável às mudanças climáticas e ao mau uso da terra.

A intenção é padronizar indicadores e aprimorar as capacidades

nacionais de monitoramento da biodiversidade do

solo, de modo a apoiar a formulação de políticas baseadas

em evidências, facilitando avaliações globais. O pesquisador

George Brown, da Embrapa Florestas, explica que, atualmente,

há dois indicadores nas convenções internacionais

que abordam os solos: um índice de agrobiodiversidade e

outro de mudanças nos estoques de carbono orgânico do

solo. “Eles não consideram a biodiversidade do solo nem as

interações biológicas, que regulam os ciclos biogeoquímicos

e outras funções ecossistêmicas essenciais para a vida na terra”,

alerta o cientista.

A intenção do Glosob é identificar pontos críticos de

biodiversidade do solo e áreas de monitoramento chave, garantindo

uma coleta de dados mais representativa e estratégica.

Para isso, pretende priorizar os esforços de capacitação,

de modo que todos os países, independentemente de seus

recursos técnicos e financeiros, possam contribuir. “Hoje,

nem todos têm capacidade para monitorar os organismos do

solo, e diversas análises globais revelam que muitas regiões

permanecem subestimadas”, aponta a pesquisadora Maria

Elizabeth Correia, da Embrapa Agrobiologia, que também

assina o artigo no periódico.

ATUAÇÃO DO GLOSOB

A estruturação do Glosob, segundo os cientistas, deve estar

apoiada em cinco pilares: padronização dos métodos para

medir os indicadores da biodiversidade do solo; integração

da biodiversidade em levantamentos convencionais do solo e

sistemas nacionais de informação do solo; aumento no apoio

financeiro, institucional e de capacitação aos países; conscientização

sobre o papel e o valor dos organismos do solo

e suas funções para a prestação de serviços ecossistêmicos;

e melhora na interação sobre biodiversidade e indicadores,

com informações sobre melhores práticas e modelos econômicos

e estruturas políticas e legais projetadas para proteger

e restaurar o ecossistema solo.

98 www.referenciaflorestal.com.br


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SOLO

Além de padronizar os indicadores e variáveis, o monitoramento

da biodiversidade do solo a partir do Glosob

deve permitir análises e avaliações mais acuradas sobre a

situação desses ecossistemas em todo o mundo, permitindo

a construção de mapas globais de distribuição da biodiversidade

e de um banco de dados unificado. “A partir desse

observatório será possível identificar melhores práticas para

a conservação do solo e uso de sua biodiversidade, bem

como das suas contribuições para os serviços ecossistêmicos.

Além disso, poderá ser um importante incentivo ao desenvolvimento

de políticas públicas que abordem a saúde do solo,

também garantindo que essa permaneça uma prioridade na

governança ambiental global”, acredita Maria.

Outro diferencial da proposta é a abordagem colaborativa,

envolvendo povos indígenas e o conhecimento tradicional,

formuladores de políticas públicas, produtores agrícolas

e especialistas técnicos. As iniciativas nacionais deverão ser

acompanhadas por um comitê diretor de especialistas, de

modo a avaliar realidades específicas de cada local. Segundo

os autores, os esforços de capacitação, as salvaguardas legais

e o alinhamento com os compromissos nacionais e internacionais

aumentarão o engajamento, enquanto a colaboração

contínua por meio de conselhos consultivos, plataformas

digitais e gerenciamento adaptativo garantirá o sucesso a

longo prazo.

PROCEDIMENTO

A proposta do Glosob foi aprovada em 2024, durante a

XII reunião do Global Soil Partnership da FAO, da qual participaram

mais de 900 pessoas de 143 instituições parceiras.

“Com a publicação do artigo na Nature, a divulgação será

muito mais ampla, alcançando muitos atores nos âmbitos

científico e político. Espera-se que isso provoque um efeito

cascata de discussão sobre a importância da avaliação e do

monitoramento da biodiversidade nos solos mundiais, e que

os países signatários da CDB (Convenção da Biodiversidade)

e participantes da reunião se organizem para colocar em

prática a implementação do GLOSOB local e regionalmente”,

aponta George.

Segundo ele, a expectativa é que na próxima COP 17, a

ser realizada em 2026, todos os países já apresentem uma

proposta de como irão implementar as decisões relacionadas

à iniciativa da biodiversidade do solo, incluindo o Glosob. O

plano de ação para a efetiva implementação da iniciativa envolve

quatro etapas, com finalização prevista até 2030.

Para a pesquisadora Cintia Carla Niva, da Embrapa Suínos

e Aves, a entidade pode ser importante aliada no estabelecimento

e escolha de locais para a implementação do

monitoramento do Glosob no Brasil. “Nosso país se destaca

entre os de clima tropical com expertise em biodiversidade

100 www.referenciaflorestal.com.br



SOLO

do solo, e vários dos cientistas especialistas são da Embrapa”,

argumenta.

BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Um dos resultados da COP15, realizada em 2022 em

Montreal, no Canadá, foi a implementação do Marco Global

de Biodiversidade Kunming-Montreal, cujo objetivo é enfrentar

a perda da biodiversidade, restaurar ecossistemas e

proteger os direitos indígenas.

A intenção é deter e reverter a perda natural, colocando

30% do planeta e 30% dos ecossistemas degradados sob

proteção até 2030. Relatório da Ipbes (Plataforma Intergovernamental

sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos),

órgão independente apoiado pela ONU, estima que um

milhão de espécies vegetais e animais estejam sob risco de

extinção. E o ritmo da extinção das espécies está cada vez

mais acelerado: segundo a organização WWF, na publicação

Planeta Vivo 2024, o tamanho médio das populações de mais

de 5 mil espécies monitoradas foi reduzido em 73% nos últimos

50 anos.

A biodiversidade do solo é apenas um dos ecossistemas

afetados, e é extremamente sensível ao cenário atual de

mudanças climáticas (variações de temperatura e padrões

de precipitação) e degradação ambiental, muitas vezes em

A partir desse observatório

será possível identificar

melhores práticas para a

conservação do solo e uso de

sua biodiversidade, bem como

das suas contribuições para os

serviços ecossistêmicos

Maria Elizabeth Correia, da Embrapa

102 www.referenciaflorestal.com.br



SOLO

consequência de práticas agrícolas insustentáveis, desmatamento,

espécies invasoras, poluição, entre outras causas. “A

grande preocupação é que essa biodiversidade fornece serviços

ecossistêmicos vitais para os seres humanos, como produção

de alimentos, água limpa, armazenamento e ciclagem

de materiais, energia e nutrientes”, defende Cíntia.

Segundo os cientistas, o monitoramento padronizado da

biodiversidade do solo nos países por meio do Glosob permitirá

a identificação das melhores práticas para a conservação

e o uso sustentável dessa biodiversidade.

ESFORÇO INTERNACIONAL

Ao todo, 29 cientistas de nove países se uniram em um

esforço conjunto para elaborar a proposta do Glosob. Essa

foi uma demanda dos signatários da Convenção da Biodiversidade,

a partir da COP15 de 2022. Na ocasião, como parte

do Plano de Ação 2020-2030 da Iniciativa Internacional para

a Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Solo,

a FAO/ONU foi convidada a estabelecer um observatório

para identificar indicadores padrão para o monitoramento

da biodiversidade do solo e fortalecer sua operacionalização

nos países.

Participaram da construção do artigo: Combining science

and policy for a unified global soil biodiversity observatory;

pesquisadores, analistas e bolsistas de quatro unidades da

Embrapa. São eles: George Gardner Brown, Lucília Maria

Parron Vargas e Talita Ferreira (Embrapa Florestas); Maria Elizabeth

Fernandes Correia, Ederson Conceição Jesus, Márcia

Reed Coelho, Guilherme Montandon Chaer e Luiz Fernando

de Souza Antunes (Embrapa Agrobiologia); Ieda Mendes,

Juaci Malaquias e Maria Inês Oliveira (Embrapa Cerrados);

Cintia Carla Niva (Embrapa Suínos e Aves); e Ozanival Dario

Silva (hoje chefe da Assessoria de Auditoria Interna, então da

Embrapa Cerrados).

OBJETIVOS

A implementação do Glosob, o desenvolvimento de políticas

e a adoção de práticas de conservação da biodiversidade

do solo estão em consonância com os ODS (Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável) da ONU, particularmente os

objetivos 2 Fome Zero; 3 Boa saúde e Bem-estar; 6 Água limpa

e Saneamento; 13 Ação climática e 15 Vida na Terra.

A iniciativa também atende aos objetivos da Década da

Restauração de Ecossistemas, instituída pela ONU para os

anos de 2021-2030. Com liderança do Onuma (Programa da

ONU para o Meio Ambiente) e da FAO/ONU, a Década tem

como objetivo inspirar e apoiar governos, organizações multilaterais,

sociedade civil, empresas do setor privado, jovens,

grupos de mulheres, povos indígenas, agricultores, comunidades

locais e indivíduos em todo o mundo para colaborar,

desenvolver e catalisar iniciativas de restauração em nível

global.

104 www.referenciaflorestal.com.br



MINUTO FLORESTA

Nova COMUNICAÇÃO

Empresa apresentará nova campanha de comunicação focada no setor florestal

durante a Show Florestal

AEnvu Brasil dá um passo estratégico ao lançar uma

nova campanha de comunicação voltada exclusivamente

ao setor florestal. O anúncio será feito

oficialmente durante a Show Florestal 2025, um dos

principais eventos do segmento no país, escolhido

por sua representatividade e conexão direta com o público-alvo da

marca. Com essa iniciativa, a empresa pretende reforçar seu posicionamento

como parceira confiável e técnica para silvicultores

empresas e agentes da cadeia florestal.

Com o mote: Unindo forças para florestas mais produtivas; a

nova comunicação conecta a identidade global da Envu com as demandas

específicas do mercado brasileiro, um dos mais relevantes

para a companhia em todo o mundo. A mensagem traduz o compromisso

de atuar lado a lado com os clientes, somando inovação,

soluções eficazes e suporte técnico de ponta. “Queremos que nossos

clientes tenham clareza sobre como, juntos, podemos superar

desafios e alcançar florestas mais saudáveis e produtivas”, afirma

Luciana Freitas, gerente de Marketing da Envu Brasil.

A nova identidade visual e discursiva foi desenvolvida a partir

de um processo colaborativo que envolveu os times de marketing,

técnico e comercial, além da escuta ativa de clientes estratégicos

em diferentes regiões do país. A proposta é comunicar com clareza

e relevância, usando uma linguagem simples, visual e conectada

à realidade do campo. “O mercado florestal brasileiro é muito específico

e competitivo. Por isso, fizemos questão de ouvir nossos

clientes e parceiros sobre a clareza das mensagens, os diferenciais

de nossos produtos e os elementos visuais que mais se conectam

à realidade do campo”, explica Luciana.

Com base nesse diálogo, a Envu Floresta estabeleceu três

pilares para guiar a nova campanha: clareza no posicionamento,

valorização dos benefícios tangíveis e proximidade com o cliente.

O objetivo é que cada peça de comunicação, em materiais impressos,

digitais ou em campo deixe claro o papel da empresa como

parceira estratégica do setor florestal. Entre os destaques da comunicação

estão os produtos do portfólio florestal, como Fordor®

Flex e Esplanade®, que ganham protagonismo com mensagens

diretas sobre seus diferenciais técnicos. O Fordor® Flex, por exemplo,

será apresentado com o conceito: Tudo que sua floresta precisa

para começar bem; destacando sua aplicação terrestre, aérea

e via drone, além da seletividade e eficiência na cobertura total

da área. Já o Esplanade® carrega o mote: Exatamente o que sua

floresta precisa para crescer forte; reforçando sua ação com baixa

dosagem, uso único e residual prolongado, que são características

ideais para quem valoriza tecnologia, previsibilidade e custo-benefício.

“Queremos que nossos materiais comuniquem de forma

simples e visual como nossas soluções podem apoiar o sucesso

das florestas comerciais, desde a fase inicial, até o pleno desenvolvimento

dos plantios”, reforça Luciana.

A comunicação da Envu Floresta não se limita à divulgação

de produtos. Ela também valoriza a oferta de serviços técnicos,

consultorias personalizadas, treinamentos e o suporte pós-venda

oferecido pela equipe da empresa em todas as regiões onde atua.

“Mais do que produtos, a Envu Floresta entrega soluções completas

com serviços técnicos e proximidade com o campo. Atuamos

como parceiros dos nossos clientes para garantir que as decisões

de hoje gerem as florestas produtivas de amanhã”, destaca a gerente.

LANÇAMENTO

Durante a Show Florestal 2025, o estande da Envu oferecerá

uma experiência diferenciada para os visitantes, com ativações

interativas, demonstrações de uso e contato direto com especialistas.

A ideia é mostrar, na prática, como a empresa atua em cada

etapa do ciclo florestal: do planejamento ao manejo.

A nova campanha da Envu Floresta será implementada de

forma ampla, contemplando todos os pontos de contato com o

público. Isso inclui materiais promocionais em distribuidores, conteúdos

técnicos, eventos, além dos canais digitais da marca. O site

da empresa e o Linkedin, por exemplo, contarão com conteúdos

exclusivos para o segmento florestal, reunindo vídeos explicativos,

informações detalhadas sobre soluções e materiais de apoio.

“Nossa proposta é que o cliente perceba a Envu Floresta como um

parceiro especializado no setor florestal brasileiro, com soluções

adaptadas à nossa realidade e canais que entreguem conteúdo

relevante de forma contínua”, comenta Luciana.

Apesar de sua atuação internacional em diferentes mercados

e países, a Envu tem um olhar especial para o Brasil. O país concentra

uma das maiores áreas plantadas de eucalipto do mundo

e se destaca como líder global na produção de celulose. “Embora

tenhamos operações em diversos países, sentimos que era fundamental

criar uma comunicação adaptada ao nosso público no

Brasil. É uma maneira de reforçar que conhecemos profundamente

a realidade do setor florestal brasileiro e estamos prontos para

contribuir com seu crescimento”, afirma a diretora de Marketing.

“Temos um portfólio robusto e soluções reconhecidas no mercado.

Agora, queremos que cada cliente e parceiro perceba com

clareza todo o valor que a Envu pode agregar ao seu negócio”,

completa Luciana.

106 www.referenciaflorestal.com.br



INTERNACIONAL

Risco

ECONÔMICO

Associações se manifestam

mediante perdas

relacionadas a taxação

imposta pelos EUA

Fotos: divulgação

Fotos: divulgação

108 www.referenciaflorestal.com.br



INTERNACIONAL

As recentes movimentações dos EUA (Estados

Unidos da América) em relação à imposição

de novas taxações sobre produtos estrangeiros

acenderam um alerta no setor florestal

brasileiro, especialmente nas regiões sul do

país. Diante desse cenário, associações florestais do Paraná,

APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base

Florestal) e de Santa Catarina, ACR (Associação Catarinense

de empresas Florestais), se manifestaram publicamente,

destacando os potenciais impactos dessas medidas para

a competitividade das exportações de base florestal. As

entidades apontam riscos ao desempenho de cadeias produtivas

como a de madeira serrada, painéis, papel e celulose,

além de enfatizarem a importância de uma resposta

estratégica por parte do Brasil para preservar mercados e

fortalecer a posição do setor no comércio internacional.

Confira abaixo a nota da APRE, assinada por Fabio

Brun, presidente da associação:

MANIFESTO DA APRE AO PODER PÚBLICO

BRASILEIRO

Pelo setor florestal do Paraná e pela preservação de

empregos, investimentos e renda

A APRE manifesta sua profunda preocupação com a

recente imposição de uma tarifa de 50% pelos EUA sobre

produtos brasileiros, medida que impacta gravemente o

setor florestal paranaense, um dos principais pilares econômicos

e exportadores do país.

Em 2024, os Estados do sul – Paraná, Santa Catarina

e Rio Grande do Sul – responderam por 86,5% das exportações

brasileiras de produtos de madeira para os EUA,

totalizando US$ 1,37 bilhão. O Paraná, líder na produção

de pinus e de produtos industrializados de alto valor agregado,

como compensados, madeira serrada, molduras,

portas, painéis e móveis, é extremamente afetado por

essa decisão. A taxação, inesperada e desproporcional,

compromete a competitividade do setor, gera insegurança

jurídica e comercial, e ameaça milhares de empregos diretos

e indiretos, além de impactar a renda de famílias em

pequenos e médios municípios paranaenses. Os produtos

florestais lideram as exportações do agronegócio brasileiro

para os EUA (US$ 3,7 bilhões), superando café (US$ 2 bilhões),

carnes (US$ 1,4 bilhão), sucos (US$ 1,1 bilhão) e o

complexo sucroalcooleiro (US$ 791 milhões).

IMPACTOS DA TAXAÇÃO NO SETOR FLORESTAL:

EUA como principal mercado:

• Maior importador de madeira serrada de pinus do

Brasil (37,15%) e segundo maior do Paraná (30,79%);

• Maior destino de compensado de pinus, madeira serrada

de folhosas, painéis reconstituídos, portas, molduras

e móveis do Brasil;

• Segundo maior importador de celulose (14,32%) e

papel (10,26%) do Brasil.

Consequências imediatas:

• Suspensão de contratos, cancelamento de embarques

e contêineres retidos em porto;

• Empresas forçadas a rever estratégias em tempo re-

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INTERNACIONAL

corde, com risco de fechamento de unidades e demissões

em massa.

A cadeia produtiva florestal, essencial para a economia

paranaense, enfrenta um cenário crítico. A continuidade

dessa tarifa, que entra em vigor a partir de agosto de 2025,

pode inviabilizar negócios e causar prejuízos irreversíveis.

APELO AO GOVERNO BRASILEIRO:

Diante da gravidade da situação, a APRE solicita ações

urgentes e coordenadas do governo federal:

1. Negociação diplomática imediata: engajar os EUA

para suspender ou revisar a tarifa, buscando uma solução

que preserve a competitividade do setor;

2. Evitar retaliações comerciais: impedir medidas que

escalem conflitos comerciais, protegendo o ambiente de

negócios;

3. Apoio à preservação de empregos e investimentos:

garantir políticas que sustentem a cadeia produtiva florestal;

4. Articulação política em alto nível: mobilizar esforços

conjuntos entre governo, setor produtivo e entidades

representativas para reverter os impactos da medida.

O setor florestal paranaense tem contribuído com dados

técnicos e colaboração ativa, mas a solução depende

de uma resposta governamental rápida e eficaz. Cada dia

sem ação representa maior risco de fechamento de empresas

e perda de empregos. A APRE reitera que o setor

florestal do Paraná não pode arcar sozinho com os impac-

tos de uma decisão internacional. Exigimos uma atuação

firme, diplomática e imediata do poder público para proteger

a economia local, os trabalhadores e a competitividade

do Brasil no mercado global.

NOTA CATARINENSE

A associação que representa Santa Catarina também

se manifestou através de nota assinada por seu presidente,

Jose Mario de A. Ferreira, presidente da ACR:

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais),

há 50 anos defensora do setor de florestas plantadas

em Santa Catarina, vem manifestar profunda inquietação

diante da decisão do governo dos EUA de aplicar uma

tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — medida que

ameaça diretamente a sobrevivência de um dos pilares da

economia catarinense.

A madeira proveniente de florestas plantadas é mais

do que uma matéria-prima: ela sustenta cadeias produtivas

inteiras, gera empregos e consolida Santa Catarina

como um dos protagonistas do comércio internacional de

madeira.

Ao longo das últimas décadas, empresas catarinenses

investiram pesado em inovação, sustentabilidade e qualidade

para atender com excelência às exigências do mercado

norte-americano. Hoje, colhem frutos dessa dedicação

— frutos que correm sério risco de serem ceifados.

Só em 2024, os EUA se destacaram como principais

compradores de produtos catarinenses:

Produto

Total do valor exportado por (SC)

Participação dos EUA*

Portas de madeira US$ 291 milhões 87%

Molduras de madeira

US$ 128 milhões

87%

Móveis de madeira

US$ 229 milhões

47%

Compensado de coníferas

(pinus)

US$ 239 milhões

35%

Madeira serrada de

coníferas (pinus)

US$ 331 milhões

24%

Painéis reconstituídos de

madeira

US$ 137 milhões

14%

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* A taxa de porcentagem é sobre o volume total exportado por Santa Catarina em 2024.


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A nova tarifa imposta coloca em xeque a competitividade

desses produtos. Caso entre em vigor, Santa Catarina

poderá assistir à retração ou até à paralisação de empresas

que hoje sustentam mais de 103 mil postos de trabalho,

espalhados por 11,4 mil estabelecimentos no Estado. O

impacto será devastador, atingindo não apenas o setor florestal,

mas toda a economia catarinense.

Não se trata apenas de números, mas de histórias,

famílias e comunidades inteiras que dependem dessa atividade.

Por isso, fazemos um apelo urgente às autoridades

brasileiras e norte-americanas: é essencial que o diálogo

prevaleça. Que se busquem soluções justas, que respeitem

os acordos comerciais e valorizem o esforço contínuo por

práticas produtivas responsáveis e sustentáveis.

Preservar esse comércio é proteger empregos, fortalecer

parcerias históricas e garantir que décadas de trabalho

sério não sejam comprometidas por decisões unilaterais.

O Paraná, líder na produção

de pinus e de produtos

industrializados de alto valor

agregado, como compensados,

madeira serrada, molduras, portas,

painéis e móveis, é extremamente

afetado por essa decisão

Fabio Brun, presidente da APRE

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Estudo aponta onde e com

quais espécies reflorestar

a Amazônia com base na

ciência e como isso auxilia

na economia

Fotos: divulgação

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RESTAURAÇÃO

U

ma nova pesquisa publicada na revista científica

internacional Forests traz avanços significativos

para a gestão e soluções florestais

sustentáveis na Amazônia brasileira. O estudo,

liderado pela pesquisadora Lucieta Martorano,

da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)

Amazônia Oriental, utilizou uma metodologia de sua autoria,

o zoneamento topoclimático, a qual permite mapear áreas e

indicar as espécies nativas mais adequadas para a silvicultura

e restauração florestal na região amazônica. A publicação na

Forests foca em 12 espécies nativas de alto valor ecológico e

econômico.

Realizado por pesquisadores da Embrapa, da UFC (Universidade

Federal do Ceará) e de outras instituições, o trabalho

revela que a silvicultura com espécies nativas influencia

positivamente no combate às mudanças climáticas, além de

promover geração de renda, recuperar a biodiversidade e fortalecer

a resiliência das áreas frente a desastres naturais.

As descobertas enfatizam a importância do zoneamento

topoclimático como uma ferramenta para estratégias de

conservação e uso sustentável. Os resultados estão alinhados

à Lei de PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) do Brasil,

abordagem capaz de incentivar práticas agroflorestais, melhorar

a conservação da biodiversidade e fortalecer a bioeconomia

amazônica.

MÉTODO É APLICÁVEL A QUALQUER BIOMA

A metodologia de zoneamento topoclimático visa subsidiar

estratégias de conservação e uso sustentável de espécies

florestais nativas, podendo ser aplicada a qualquer bioma. O

estudo utilizou mais de 7,6 mil registros georreferenciados de

espécies florestais nativas, como angelim-vermelho, ipê-amarelo,

copaíba e mogno-brasileiro e cruzou essas informações

com dados climáticos, topográficos e geográficos coletados

entre 1961 e 2022. A partir disso, os pesquisadores criaram

mapas que mostram o grau de adequação ambiental (alto,

médio ou baixo) de diferentes áreas da Amazônia para o plantio

e manejo de cada espécie.

A análise estatística, não hierárquica, gerou modelos e

mapas que indicam áreas com alto, médio e baixo potencial

topoclimático para o plantio e manejo de cada espécie. “É

uma metodologia de planejamento com enorme potencial

para embasar políticas públicas voltadas à restauração florestal,

bioeconomia e adaptação climática. É ciência aplicada ao

território”, declara Martorano.

Entre os resultados, o estudo demonstra que espécies

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RESTAURAÇÃO

como o angelim-vermelho (Dinizia excelsa) apresentaram

até 81% de alta aptidão topoclimática em áreas antropizadas

(degradadas ou alteradas pelo homem), revelando um vasto

potencial para restauração produtiva. Além disso, espécies

com maior plasticidade ambiental, como o marupá (Simarouba

amara), podem atuar como coringas em locais de menor

adequação climática, desde que acompanhadas de manejo

adaptativo.

CONECTANDO BIODIVERSIDADE, CLIMA E ECONOMIA

Mais do que apenas mapear onde plantar, o zoneamento

permite alinhar e subsidiar políticas públicas aos compromissos

internacionais do Brasil no Acordo de Paris, como o

reflorestamento de milhões de hectares e o combate à perda

de biodiversidade. A silvicultura de nativas, impulsionada por

essa ferramenta, integra bioeconomia e clima, gerando oportunidades

econômicas sustentáveis.

Essa abordagem possui forte aderência à Lei de PSA do

Brasil, podendo ser a base para atrair fontes financiadoras e

fomentar práticas agroflorestais e a silvicultura de nativas,

como embasam os dados do estudo. A metodologia foca em

espécies florestais e, somada a outros zoneamentos, tem a

capacidade de melhorar a conservação da biodiversidade e

fortalecer a bioeconomia amazônica, garantindo resiliência

ecológica e desenvolvimento sustentável.

O PSA é uma ferramenta cada vez mais estratégica para

a conservação e a restauração dos ecossistemas no Brasil. Ao

reconhecer financeiramente quem protege, recupera ou melhora

o ambiente natural, o PSA impulsiona práticas que beneficiam

toda a sociedade — da preservação da biodiversidade

e do patrimônio genético à regulação do clima e à redução

do desmatamento. Trata-se de um caminho promissor para

dar escala à recuperação de florestas e paisagens, gerando ganhos

sociais, econômicos e ambientais para produtores rurais

e populações urbanas.

Hoje, o Brasil possui pelo menos 50 milhões de ha (hectares)

de pastagens degradadas, com potencial de restauração.

Soluções como sistemas agroflorestais e silvicultura com

espécies nativas apresentam boa rentabilidade e viabilidade

técnica. Nesse contexto, o PSA surge como um importante

motor de transformação. Ao oferecer remuneração imediata

por ações que, muitas vezes, exigem retorno de longo prazo,

esse instrumento estimula investimentos sustentáveis e contribui

para a adequação ambiental das propriedades rurais.

Com o PSA, quem protege os recursos naturais passa a

receber por esse trabalho, que historicamente foi feito sem

reconhecimento financeiro. É um incentivo direto às boas

práticas no campo, que se soma aos esforços para combater

o desmatamento ilegal e viabilizar o cumprimento do Código

Florestal.

Uma das grandes forças do PSA está na sua flexibilidade.

A legislação nacional permite que os pagamentos venham de

múltiplas fontes, como empresas privadas, pessoas físicas,

instituições financeiras e organismos de cooperação internacional.

O marco legal também criou o Programa Federal de

Pagamento por Serviços Ambientais, que amplia a segurança

120 www.referenciaflorestal.com.br



RESTAURAÇÃO

jurídica e a capacidade de atrair investimentos. Os recursos

podem ser repassados de diferentes formas: dinheiro direto,

benefícios sociais a comunidades, compensações ambientais,

títulos verdes, Cotas de Reserva Ambiental ou mesmo receitas

da cobrança pelo uso da água, sob responsabilidade dos Comitês

de Bacias Hidrográficas.

A construção de um arcabouço legal sólido e transparente

faz do PSA um dos principais instrumentos para o cumprimento

das metas ambientais brasileiras — como a restauração de

12 milhões de ha de áreas degradadas até 2030. Além disso,

o uso do PSA para geração de créditos de carbono abre uma

nova fronteira de oportunidades. Em um cenário global de

busca por soluções climáticas e valorização dos ativos ambientais,

o Brasil tem potencial para liderar. Com um mercado

de carbono bem estruturado, o PSA pode ser um elo essencial

entre os compromissos internacionais de mitigação e a

realidade do campo. Valorizar quem cuida da terra é investir

em um futuro sustentável — e o PSA é um passo firme nessa

direção.

O estudo também abre portas para programas de recuperação

de áreas nativas e o mercado de crédito de carbono.

O pesquisador Silvio Brienza Junior, da Embrapa Florestas e

coautor do artigo, destaca que espécies bem adaptadas, identificadas

pelo zoneamento, maximizam a oferta de serviços

ambientais como sequestro de carbono, regulação hídrica

e térmica, e preservação da biodiversidade. “Quando o país

identifica com precisão onde e como reflorestar, cria melhores

condições para atrair investimentos climáticos internacionais”,

complementa Silvio.

AMAZÔNIA NO CENTRO DO DEBATE GLOBAL

Com a COP 30 em Belém (PA), a ser realizada em novembro

deste ano, o Brasil ganha uma ferramenta robusta para

mostrar que a ciência nacional pode liderar soluções climáticas

globais. Os dados trazidos pelo artigo fortalecem a imagem

da Amazônia não apenas como bioma ameaçado, mas

como fonte de soluções concretas, baseadas na natureza e na

inteligência territorial. O modelo de zoneamento topo climático

poderá ser usado para direcionar recursos de restauração,

orientar projetos financiados por fundos verdes e contribuir

com as metas de neutralidade de carbono, conforme acordos

globais.

Segundo os autores, o modelo de zoneamento pode ser

ampliado para outras regiões e escalado com tecnologias

como sensoriamento remoto e inteligência artificial. A proposta

também estimula a conservação de espécies de alto

valor econômico e ecológico, contribuindo para um reflorestamento

inteligente — que combina restauração ambiental com

geração de renda e inclusão social.

O artigo Topoclimatic Zoning in

the Brazilian Amazon: Enhancing

Sustainability and Resilience of Native

Forests in the Face of Climate Change

está disponível gratuitamente no site

da revista científica Forests (MDPI)

através do QR Code:

122 www.referenciaflorestal.com.br


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da mortalidade das mudas, evitando a aquisição de

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a quebra da tensão superficial da água. Esse processo melhora o

seu movimento no fluido e seu escoamento em áreas de menor

coesão entre partículas sendo hidrossemeado.


LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES

Compostagem com resíduos

orgânicos da biomassa e da

queima da biomassa

Fotos: divulgação

124 www.referenciaflorestal.com.br


Abusca por práticas sustentáveis de gestão de

resíduos é um dos grandes desafios contemporâneos,

especialmente com o avanço da produção

agrícola, florestal e industrial no mundo.

Entre as soluções mais promissoras, destaca-se

a compostagem, um processo biológico que transforma resíduos

orgânicos em composto, um adubo natural de grande

valor agronômico.

Neste documento, exploraremos a compostagem utilizando

resíduos orgânicos provenientes, tanto da biomassa,

quanto da queima da biomassa, analisando suas vantagens, limitações

e potencial de contribuição para a economia circular

e a sustentabilidade ambiental.

BIOMASSA: DEFINIÇÃO E FONTES DE RESÍDUOS

ORGÂNICOS

Biomassa refere-se à matéria orgânica de origem vegetal

ou animal, utilizada como fonte de energia ou matéria-prima

para diferentes processos industriais. Entre as principais

fontes de biomassa estão resíduos agrícolas (palha, restos de

cultura, bagaço de cana-de-açúcar, cascas de frutas), resíduos

florestais (serragem, galhos, folhas), resíduos industriais (lodo

de papel e celulose, restos alimentares da agroindústria) e resíduos

urbanos (restos de alimentos, podas urbanas).

A decomposição natural da biomassa pode gerar emissões

de GEE (gases de efeito estufa) e ocupar grandes áreas

de aterro. Por isso, a valorização desses resíduos por meio da

compostagem promove a redução de impactos ambientais e

gera produtos úteis para fertilização do solo.

O QUE É COMPOSTAGEM?

A compostagem é um processo biológico aeróbio (presença

de oxigênio) em que microorganismos — como bactérias,

fungos e actinomicetos — transformam a matéria orgânica

em um composto estável e rico em nutrientes. O produto

final, chamado composto orgânico, é utilizado para melhorar

a estrutura, fertilidade e capacidade de retenção de água do

solo.

COMPOSTAGEM COM RESÍDUOS ORGÂNICOS DA

BIOMASSA

Na compostagem tradicional, aproveita-se os resíduos

vegetais e animais oriundos da biomassa bruta. Exemplos

incluem:

• Restos de culturas agrícolas (folhas, talos, raízes)

• Bagaço de cana-de-açúcar, palha de milho, casca de

arroz

• Resíduos de poda e jardinagem

• Estercos animais e resíduos de criação

• Restos da indústria alimentícia de origem vegetal

Agosto 2025

125


COMPOSTAGEM

Por isso, a valorização

desses resíduos por meio

da compostagem promove

a redução de impactos

ambientais e gera produtos

úteis para fertilização do solo

O procedimento envolve a fragmentação dos resíduos,

formação de leiras ou pilhas, monitoramento da umidade

(ideal entre 50% e 60%), aeração periódica e acompanhamento

da temperatura (temperaturas acima de 50°C (graus

Celsius) na fase termofílica). Ao fim de algumas semanas ou

meses, o material se transforma em composto orgânico.

O composto produzido é rico em matéria orgânica, macro

e micronutrientes, melhora a atividade microbiológica do

solo, reduz a necessidade de fertilizantes químicos e contribui

para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.

RESÍDUOS DA QUEIMA DA BIOMASSA: CINZAS E SEU

POTENCIAL NA COMPOSTAGEM

A queima da biomassa, empregada para geração de

energia ou descarte, resulta principalmente em cinzas e, em

menor proporção, em carvão vegetal (biochar). As cinzas são

ricas em minerais, especialmente potássio, cálcio, magnésio e

fósforo, mas pobres em carbono orgânico.

O uso de resíduos da queima na compostagem é possível,

porém exige cautela. As principais características das cinzas

são:

• Alto teor de minerais e pH elevado (alcalino)

• Baixo teor de nitrogênio e matéria orgânica

• Possível presença de metais pesados, dependendo da

origem da biomassa

Ao serem incorporadas à compostagem, as cinzas podem

atuar como corretivo de acidez do solo e favorecer a disponibilização

de nutrientes, especialmente potássio. Contudo,

seu excesso pode inibir a atividade microbiana ou elevar o pH

acima do ideal para a compostagem (entre 6 e 8).

CUIDADOS NO USO DAS CINZAS NA COMPOSTAGEM

Para garantir o sucesso da compostagem com resíduos da

queima da biomassa, recomenda-se:

• Adicionar cinzas em proporção controlada (geralmente

até 10% do volume total da pilha de compostagem)

• Monitorar o pH do composto periodicamente

• Evitar cinzas provenientes de queima de resíduos tratados

com produtos químicos ou contaminantes

• Combinar cinzas com resíduos ricos em carbono (folhas,

palha, serragem) e nitrogênio (esterco, restos de cozinha)

para equilibrar nutrientes

O biochar (carvão vegetal pirolisado) também pode ser

incorporado à compostagem. Ele ajuda a reter nutrientes,

melhora a estrutura do composto e atua como casa para microorganismos

benéficos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A compostagem de resíduos orgânicos da biomassa,

associada ao uso criterioso das cinzas provenientes da sua

queima, constitui uma estratégia eficiente para transformar

passivos ambientais em ativos de grande valor agronômico e

ecológico. Esta abordagem contribui para a redução de resíduos,

a fertilidade dos solos e a promoção de sistemas produtivos

mais sustentáveis e resilientes.

O sucesso dessa prática depende do conhecimento técnico,

do monitoramento constante e da integração com programas

de educação ambiental. Ao transformar resíduos em

recursos, a compostagem representa um caminho promissor

para a transição ecológica e o fortalecimento da economia

circular.

Pergunte ao Tomita

Caso tenha alguma dúvida sobre

o sistema de compostagem,

envie sua pergunta para o e-mail

jornalismo@revistareferência.com.br e

saiba tudo sobre compostagem florestal.

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Especial

LODOS INDUSTRIAIS, RESÍDUOS ORGÂNICOS, COMPOST BARN E ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

AÇÃO PRÁTICA

Fotos: divulgação Vermeer

Reviramento das leiras é chave

para eficiência e qualidade

na compostagem, aponta

especialista Vermeer

Acompostagem se destaca como uma solução

sustentável e consolidada para o tratamento

de resíduos orgânicos, trazendo benefícios ambientais,

agronômicos e econômicos essenciais

para o desenvolvimento de práticas agrícolas e

ambientais mais conscientes. Para o engenheiro de aplicação

da Vermeer para a América Latina, Luís Gustavo Balzan, que

atua nos segmentos de compostagem e florestal, a chave para

o sucesso desse processo está no reviramento das leiras —

uma técnica simples, mas crucial para garantir a qualidade do

composto orgânico.

“A compostagem não é simplesmente empilhar resíduos

e esperar a decomposição. Ela exige um manejo técnico e

controlado para que os materiais, como restos de alimentos,

podas e resíduos agroindustriais, se transformem em um

composto orgânico rico, capaz de devolver nutrientes ao solo

e melhorar suas propriedades físicas, químicas e biológicas”,

explica Luiz.

O diferencial dessa técnica está na movimentação periódica

das leiras, as pilhas onde a massa orgânica é acumulada

para decomposição. Essa operação, que pode ser feita com pá

carregadeiras ou com máquinas específicas, visa principalmente

a aeração da massa, fundamental para a ação dos microrganismos

aeróbicos — os principais agentes da decomposição

eficiente. “Garantir o oxigênio no interior das leiras evita que o

processo se torne anaeróbico, o que além de prejudicar a qualidade

do composto, pode gerar odores desagradáveis e emissões

de gases nocivos, como o metano”, destaca o engenheiro.

128 www.referenciaflorestal.com.br


Além da oxigenação, o reviramento das leiras permite a

uniformização da temperatura e da umidade em toda a massa

orgânica. Durante a fase termofílica, quando a temperatura da

massa orgânica se eleva devido à intensa atividade dos microrganismos,

as temperaturas podem ultrapassar os 60°C (graus

Celsius), o que é fundamental para a sanitização do material,

eliminando patógenos e sementes que poderiam comprometer

o uso final do composto. “A redistribuição da umidade

também é vital. Se a massa ficar seca, a atividade microbiana

diminui; se ficar encharcada, há o risco de processos indesejados

e perda de nutrientes”, completa Luiz.

A operação do reviramento precisa ser ajustada para cada

realidade: o tipo de resíduo tratado, o sistema de compostagem

adotado - seja aerado ou mecanizado - e as condições

climáticas locais influenciam diretamente na frequência e na

técnica utilizada. Para isso, a utilização de tratores com implementos

específicos, sistemas automatizados ou compostadores

de maior porte, como o CT1718 Vermeer, pode otimizar o

processo, garantindo revolvimento homogêneo, maior controle

e redução de custos operacionais.

O resultado final desse manejo cuidadoso é um composto

orgânico estável e maduro, apto a ser usado como fertilizante,

condicionador de solo ou insumo para substratos. “Ao usar o

composto, as operações reduzem a dependência de fertilizantes

minerais, melhoram a retenção de água do solo e estimulam

a vida biológica no ambiente agrícola, tornando seus sistemas

mais resilientes e sustentáveis”, conclui o engenheiro.

Transformar resíduos em um recurso valioso por meio da

compostagem vai além da simples disposição dos materiais.

Requer conhecimento técnico, controle rigoroso dos parâmetros

e, sobretudo, atenção à dinâmica biológica promovida

pelo reviramento das leiras — é nessa operação que reside

grande parte do sucesso do processo.

SOBRE

LUÍS GUSTAVO BALZAN é engenheiro

mecânico formado pela Faculdade de

Engenharia Industrial da FEI (Fundação

Educacional Inaciana) e possui

especialização em Gestão da Engenharia

e Logística Industrial pela Universidade

de Franca. Com 12 anos de experiência

na Vermeer, atua como engenheiro de

aplicação para a América Latina, focando em

tecnologias e soluções para compostagem,

biomassa e manejo florestal, além de prestar

suporte técnico no pós-venda em diversos

países da região.

Agosto 2025

129


PLANTIO

Entendimento

CLARO

Mudanças na abordagem

sobre silvicultura abrem

portas para o crescimento

das atividades no Rio

Grande do Sul

Fotos: divulgação

130 www.referenciaflorestal.com.br



PLANTIO

O

Consema-RS (Conselho Estadual do

Meio Ambiente do Rio Grande do Sul)

aprovou importante atualização da

Resolução 498/2023, que redefine os

critérios para o plantio de florestas no

Rio Grande do Sul. A medida traz mudanças significativas

no ZAS (Zoneamento Ambiental da Silvicultura),

reforçando a proteção da biodiversidade, o uso racional

da água e o planejamento territorial inteligente.

O ZAS é uma ferramenta de gestão ambiental criada

para orientar a atividade da silvicultura, o plantio de

árvores como eucalipto e pinus, de forma equilibrada

com a natureza. Ele define onde é possível plantar,

quanto pode ser plantado e quais cuidados devem ser

tomados para proteger o meio ambiente.

A principal inovação é a adoção da metodologia

de Conectividade e Permeabilidade da paisagem, que

substitui os antigos critérios baseados apenas no tamanho

e na distância entre os plantios. O novo modelo

busca garantir que os plantios não interrompam corredores

ecológicos, áreas naturais essenciais para o deslocamento

da fauna e o equilíbrio dos ecossistemas.

Ao substituir critérios de

tamanho e distância entre

plantios por uma abordagem

baseada em conectividade e

permeabilidade da paisagem,

o Estado passa a considerar a

dinâmica real dos ecossistemas

Marcelo Camardelli, presidente do

Conselho e secretário adjunto da SEMA

132 www.referenciaflorestal.com.br


A nova diretriz é resultado de um trabalho técnico

de 3 anos, desenvolvido no âmbito da Câmara Técnica

de Biodiversidade do Consema, e incorpora modelos

utilizados internacionalmente na criação de corredores

ecológicos. O Rio Grande do Sul é um dos principais

produtores de florestas plantadas do Brasil e o único

estado com zoneamento específico para a atividade.

Agora, com essa nova atualização, o estado reforça seu

compromisso com o desenvolvimento sustentável do

setor.

MUDANÇA

A principal novidade é a substituição de regras

antigas, baseadas apenas em tamanho e distância

entre os plantios, por uma abordagem mais moderna:

a metodologia de conectividade e permeabilidade da

paisagem. O foco agora se tornou garantir que os plantios

não interrompam os corredores ecológicos áreas

naturais que permitem o deslocamento de animais e a

troca genética entre espécies.

Isso incorpora uma ferramenta

moderna e globalmente utilizada

para modelagem e criação

de corredores ecológicos ao

instrumento que orienta a

implantação da atividade de

silvicultura no território gaúcho

Diogo Heck, técnico da Assessoria do

Clima da Sema e presidente da câmara

técnica de Biodiversidade do Consema

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Agosto 2025

133


PLANTIO

Com a atualização do ZAS, o

Rio Grande do Sul dá mais um

passo na modernização da

sua política ambiental, e traz

garantia para diversos setores

produtivos que dependem da

matéria-prima das florestas

plantadas para crescerem

Carlos Búrigo, presidente da Frente

Parlamentar da Silvicultura da

Assembleia Legislativa do Rio Grande

do Sul

Para aplicar essas regras, o Estado passa a usar um

recorte geográfico chamado UPN (Unidade de Paisagem

Natural ou BH (Bacia Hidrográfica). Esse cruzamento

permite uma análise mais precisa da capacidade ambiental

de cada região, levando em conta o solo, a vegetação,

a fauna e a disponibilidade de água.

O recorte UPN/BH é usado como referência espacial

para definir limites de ocupação do solo por atividades

de silvicultura. Ele permite avaliar a capacidade de

suporte ambiental de uma região, estabelecer limites

máximos de plantio, tamanhos de maciços florestais

e distâncias mínimas entre eles e aplicar diretrizes específicas

de licenciamento conforme as características

ambientais locais.

Segundo Diogo Heck, técnico da Assessoria do

Clima da Sema e presidente da câmara técnica de Biodiversidade

do Consema, a aprovação da metodologia de

análise da permeabilidade e conectividade da paisagem

ao ZAS é resultado de um trabalho amplo. “Isso incorpora

uma ferramenta moderna e globalmente utilizada

134 www.referenciaflorestal.com.br


para modelagem e criação de corredores ecológicos ao

instrumento que orienta a implantação da atividade de

silvicultura no território gaúcho”, explica Diogo.

REALIDADE LOCAL

O Rio Grande do Sul é um dos principais estados

produtores de florestas plantadas no Brasil e o único

estado a contar com um zoneamento específico para a

atividade. O primeiro ZAS foi implementado no Estado

pela Resolução 187/2008. Em 2023, o Consema aprovou

a atualização que tratava sobre a disponibilidade

hídrica dos empreendimentos.

Com a atualização, o Estado busca conciliar desenvolvimento

econômico com responsabilidade ambiental,

garantindo que o crescimento do setor florestal

ocorra de forma sustentável e planejada. “Ao substituir

critérios de tamanho e distância entre plantios por uma

abordagem baseada em conectividade e permeabilidade

da paisagem, o Estado passa a considerar a dinâmica

real dos ecossistemas. Isso é mais inteligente e mais

justo ambientalmente”, destaca o presidente do conselho

e secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli.

A Frente Parlamentar da Silvicultura da Assembleia

Legislativa, presidida pelo deputado Carlos Búrigo

(MDB), teve papel relevante nesse processo. A atuação

da Frente foi decisiva para articular os interesses do setor

produtivo com o governo estadual, garantindo que

o novo regramento contemplasse tanto a conservação

ambiental quanto a viabilidade econômica da silvicultura

no Estado.

O Rio Grande do Sul possui um dos maiores polos

moveleiros da América Latina, responsável pela geração

de milhares de empregos, e diversos polos industriais

do setor de base florestal, como nos casos das regiões

dos Campos de Cima da Serra e da Zona Sul do Estado.

“Com a atualização do ZAS, o Rio Grande do Sul dá mais

um passo na modernização da sua política ambiental, e

traz garantia para diversos setores produtivos que dependem

da matéria-prima das florestas plantadas para

crescerem”, ressalta Carlos.

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ARTIGO

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ARTIGO

RESUMO

Aprodutividade florestal é um indicador

muito utilizado na silvicultura para medir

a eficiência da produção em uma determinada

área de terra. Seu monitoramento

permite aos produtores, aos empresários

e aos investidores avaliar o desempenho de suas plantações

e identificar possíveis gargalos e oportunidades

de melhorias. Como a produtividade é altamente dependente

do material genético utilizado, do ambiente

de plantio e da interação destes dois fatores, nota-se

que existem diversos desafios inerentes à produtividade.

No que tange ao material genético, deve haver

uma adequada escolha da espécie e da procedência,

seja no material seminal ou clonal a ser plantado, de

acordo com a sua adaptação às condições ambientais

do sítio. Além da boa adaptação e da produtividade, é

fundamental que o material genético escolhido tenha

resistência ou tolerância a fatores bióticos (patógenos

e insetos-pragas) e abióticos (geadas, ventos, déficit

hídrico, distúrbio fisiológico, fogo etc.) de importância

econômica. O material genético também deve possuir

adequadas propriedades da madeira, da resina, do látex,

do óleo essencial, dentre outras condizentes com o

uso final do produto, haja vista que essas propriedades

podem afetar a produtividade industrial.

Os fatores ambientais que influenciam direta ou

indiretamente na sobrevivência, no crescimento e,

consequentemente, na produtividade florestal podem

ser climáticos, edáficos, fisiográficos e bióticos. Alguns

exemplos de fatores climáticos são: incidência solar,

temperatura, precipitação pluviométrica (quantidade,

distribuição e frequência), umidade e incidência de

ventos. Os fatores edáficos estão ligados à origem e ao

tipo de solo, além de suas propriedades físicas (estrutura,

textura, temperatura e porosidade), propriedades

químicas (pH, minerais, capacidade de troca catiônica

– CTC e compostos orgânicos) e propriedades bióticas

(matéria orgânica, plantas e animais). Os fatores fisiográficos

dizem respeito ao relevo dos talhões de plan-

138 www.referenciaflorestal.com.br


tio. Os fatores bióticos estão relacionados não somente

a ataques de pragas, mas também incluem aqueles aspectos

que podem ser controlados pelo homem como

as atividades de manejo silvicultural: data de plantio,

densidade populacional/espaçamento, método de preparo

do solo, correção e adubação, desramas, desbastes,

monitoramento e controle de plantas invasoras e

formigas, método de colheita, dentre outros.

Gargalos relevantes que também podem impactar

na produtividade florestal, em diferentes graus, são:

ausência de treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários

para condução das atividades de campo e

nos maquinários; condições ambientais adversas em

decorrência das mudanças climáticas; elevação nos

custos de implantação e manutenção das plantações

florestais e ausência de valorização da pesquisa e do

conhecimento científico (adaptação de materiais genéticos,

compreensão da influência de fatores bióticos e

abióticos, da nutrição florestal, dentre outros). Neste

cenário, é fundamental que haja planejamento e gestão

eficientes das plantações florestais. O planejamento florestal

busca maximizar o lucro do negócio e racionalizar

o uso dos ativos, minimizando os custos de produção e

O planejamento florestal busca

maximizar o lucro do negócio

e racionalizar o uso dos ativos,

minimizando os custos de

produção e de distribuição

dos produtos florestais e

assegurando o suprimento

sustentável de madeira, no

curto e no longo prazos

Agosto 2025

139


ARTIGO

No contexto de plantios

com eucalipto, o cenário

atual de expansão para

áreas com menor aptidão

trouxe um novo conjunto

de desafios, o que

consequentemente afetou

a produtividade média

nacional

de distribuição dos produtos florestais e assegurando

o suprimento sustentável de madeira, no curto e no

longo prazo.

No Brasil, os avanços históricos na produtividade

de madeira de eucalipto não aconteceram por acaso.

Eles foram resultantes de um esforço colaborativo em

pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de

tecnologias promovido por diferentes instituições públicas

e privadas. Esses ganhos expressivos podem ser

observados abaixo na série histórica de produtividade

média de madeira do eucalipto obtida em anuários da

antiga Abraf (Associação Brasileira de Produtores de

Florestas Plantadas) e da atual IBÁ (Indústria Brasileira

de Árvores).

No contexto de plantios com eucalipto, o cenário

atual de expansão para áreas com menor aptidão

trouxe um novo conjunto de desafios, o que consequentemente

afetou a produtividade média nacional.

O rápido crescimento das plantações nas regiões com

ocorrência de déficit hídrico acentuado, temperaturas

elevadas (inclusive noturnas), solos mais pobres e com

elevada variação ambiental entre sítios são condições

que têm demandado esforços relevantes, sobretudo, na

140 www.referenciaflorestal.com.br


elaboração de novas estratégias de produção. Além dos

desafios edafoclimáticos, o aumento na ocorrência de

insetos-pragas e doenças emergentes tem impactado

no desempenho das plantações de eucalipto.

Neste caso, destaca-se a ocorrência de pragas

como o percevejo bronzeado, o psilídeo-de-concha, a

vespa-da-galha, as lagartas desfolhadoras, as formigas

cortadeiras (sobretudo com as iminentes limitações no

uso de moléculas importantes no controle desta praga).

A escassez de materiais genéticos plenamente adaptados

tem sido um problema recorrente, principalmente

nas novas fronteiras, onde as condições edafoclimáticas

têm-se mostrado desafiadoras.

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pode ser acessada em: http://www.

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Agosto 2025

141


AGENDA

AGENDA 2025

Imagem: reprodução

XXXIX Congresso Brasileiro de Solos

Data: 21 a 27

Local: São Luís (MA)

Informações:

https://solos2025.com.br/

SETEMBRO

2025

SETEMBRO

2025

SET

2025

XXXIX CONGRESSO BRASILEIRO DE SOLOS

O Congresso Brasileiro de Ciência do Solo é realizado

bianualmente, congregando pessoas de todo o país e do exterior,

sendo um evento científico tradicional e consolidado com temas

atuais e direta ou indiretamente relacionados à Ciência do Solo.

O XXXIX Congresso Brasileiro de Ciência do Solo será realizado

entre 21 e 27 de setembro de 2025, e terá como tema: Uso

do Solo e as Mudanças Climáticas. O evento será realizado no

Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão. O

congresso prevê diversas atividades, que serão cuidadosamente

preparadas para atender aos interesses de um público variado,

incluindo visitas técnicas, minicursos, palestras, mesas redondas,

vitrine tecnológica, apresentações de trabalhos científicos, feira

de empresas, além de atividades culturais.

VII Mensuflor

Data: 24 a 26

Local: Lavras (MG)

Informações:

https://www.mensuflor.com.br/

Imagem: reprodução

Composhow

Data: 7 a 9

Local: Piracicaba (SP)

Informações:

https://composhow.com.br/

OUTUBRO

2025

SET

2025

VII MENSUFLOR

O VII Mensuflor (Encontro Brasileiro de Mensuração Florestal)

será realizado na Ufla (Universidade Federal de Lavras) em 2025

e reunirá especialistas para debater as principais tendências e

avanços da mensuração e biometria florestal. O evento contará

com palestras de renomados pesquisadores do setor público

e privado, além da apresentação de trabalhos científicos. Mais

do que um espaço de discussão acadêmica, o Mensuflor visa

promover a troca de experiências entre diferentes gerações de

alunos, professores e profissionais, fortalecendo a integração

entre a comunidade acadêmica e as organizações privadas. Esse

ambiente de colaboração busca impulsionar novas parcerias,

fomentar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e

ampliar a aplicação prática dos conhecimentos gerados,

contribuindo para o avanço da mensuração florestal no Brasil.

142 www.referenciaflorestal.com.br


DE 07 A 09

DE OUTUBRO DE 2025

3°encontro técnico de compostagem

2025

feira brasileira de compostagem

LOCAL: ENGENHO CENTRAL EM PIRACICABA (SP)

MAIS INFORMAÇÕES: www.composhow.com.br

ORGANIZAÇÃO:

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ESPAÇO ABERTO

AIA (inteligência artificial) já deixou de ser apenas uma promessa distante.

Ela redefine a forma como trabalhamos, tomamos decisões

e impulsionamos a inovação. Mais do que automatizar tarefas, a

inteligência artificial vem se tornando uma aliada estratégica para

empoderar pessoas e organizações a fazer mais com menos. Ao transformar

dados em decisões, esforço em resultados e complexidade em clareza, a

IA libera tempo, amplia capacidades e cria espaço para o que realmente importa:

inovar, planejar e conquistar. Esse não é apenas um salto de produtividade, mas

uma oportunidade real de crescimento para quem souber se antecipar. Tudo indica

que estamos entrando em uma nova fase. Um momento em que a IA se torna ainda

mais colaborativa, aprendendo com contextos, interagindo com pessoas e ampliando

nossa capacidade de gerar impacto com mais foco, agilidade e criatividade.

Empresas que entenderem essa transformação e se anteciparem a ela terão mais

chances de se destacar.

Foto: divulgação

Facilitador

AUTOMÁTICO

Por Pedro Bocchese, formado

em administração e análise e

desenvolvimento de sistemas, é

especialista em IA, Cibersegurança

e Tecnologia da informação.

Atua como Head de inovação e

tecnologia

O futuro da IA é

colaborativo e está

moldando uma nova era

de produtividade

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DECISÕES MAIS INTELIGENTES COM MAIS VELOCIDADE

Com modelos cada vez mais sofisticados, a IA já consegue processar grandes

volumes de dados, identificar padrões ocultos e antecipar cenários. Ferramentas

que aplicam inteligência artificial estão sendo usadas para análise preditiva e prescritiva,

otimização de recursos e tomada de decisão baseada em evidências. Isso

não significa abrir mão da intuição ou da experiência humana, mas sim dar mais

contexto e precisão para quem decide. O que antes levava dias para ser analisado,

hoje pode ser feito em minutos, com mais segurança.

Vale lembrar que para alcançar esse nível, é fundamental investir nas pessoas.

A tecnologia só faz sentido quando há domínio humano por trás. Capacitar times

para lidar com IA é uma das decisões mais estratégicas que uma empresa pode

tomar. A automação baseada em IA já deixou para trás o modelo engessado de

tarefas repetitivas. Com o uso de modelos treinados e engenharia de prompts

adequada, é possível contar com soluções que aprendem com o uso, se adaptam

ao contexto e entregam sugestões alinhadas ao objetivo do usuário. Com isso, os

profissionais conseguem delegar atividades operacionais para a IA e focar em tarefas

mais estratégicas, como análise crítica, planejamento e inovação. O tempo de

quem pensa e cria passa a ser respeitado.

COLABORAÇÃO AUMENTADA

Um dos impactos mais transformadores da IA está na forma como ela potencializa

a colaboração entre pessoas e equipes. Com assistentes inteligentes e agentes

autônomos, já é possível automatizar tarefas que antes demandavam horas,

como resumir reuniões, conectar informações entre diferentes sistemas, organizar

ideias soltas e transformar documentos dispersos em conhecimento acessível. Esses

agentes não apenas executam comandos, mas aprendem com o contexto, antecipam

necessidades e atuam de forma proativa para facilitar o fluxo de trabalho.

Ao estarem integrados às plataformas corporativas, tornam o acesso à informação

mais fluido e intuitivo, reduzindo drasticamente o tempo perdido com buscas, retrabalho

ou desalinhamento. O resultado é propositivo focando no que realmente

importa e em um novo patamar de produtividade coletiva.

O FUTURO JÁ COMEÇOU

A IA não veio para substituir ninguém. Ela veio para potencializar talentos,

eliminar desperdícios e criar novas formas de pensar e produzir. É a união entre a

inteligência humana e a artificial que vai definir os próximos anos. Por isso, mais

do que acompanhar essa revolução, é hora de se posicionar de forma estratégica.

Como a sua empresa está se preparando para transformar a IA em aliada da produtividade?


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