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EMBRIOGÊNESE SOMÁTICA, SUSPENSÕES CELULARES E ...

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<strong>EMBRIOGÊNESE</strong><br />

<strong>SOMÁTICA</strong>, <strong>SUSPENSÕES</strong><br />

<strong>CELULARES</strong> E<br />

SEMENTES SINTÉTICAS<br />

Prof. Miguel Pedro Guerra<br />

FIT/CCA/UFSC<br />

mpguerra@cca.ufsc.br<br />

Seqüência de eventos da embriogênese em Arabidopsis. Laux e<br />

Jürgens (1997), The Plant Cell, 9.<br />

Embriogênese somática<br />

�Exemplo da teoria da TOTIPOTENCIALIDADE e da<br />

PLASTICIDADE do desenvolvimento vegetal.<br />

�Conceito:<br />

É um processo pelo qual, células somáticas haplóides<br />

ou diplóides, se diferenciam em plantas completas<br />

seguindo estádios de desenvolvimento similares<br />

aqueles observados na embriogênese zigótica<br />

Embriogênese animal X Embriogênese vegetal<br />

•Eixo embrionário<br />

•Reversibilidade da programação genética<br />

•Especificação dos órgãos<br />

•Reversibilidade parcial? (Dolly)<br />

<strong>EMBRIOGÊNESE</strong><br />

Raghavan, V. & Sharma, K.K.<br />

�As fanerógamas iniciam seu ciclo de vida a partir de<br />

uma célula simples, o ovo fertilizado ou zigoto;<br />

�A fase da ontogenia associada com a progressiva<br />

divisão é chamada de embriogênese;<br />

�A embriogênese envolve crescimento,<br />

diferenciação, especialização e formação de tecidos;<br />

�Descoberta de que células somáticas e grãos de<br />

pólen podem demonstrar padrões embriogenéticos<br />

de desenvolvimento.<br />

A embriogênese somática é um processo análogo a<br />

embriogênese zigótica, onde uma célula isolada ou um<br />

pequeno grupo de células somáticas são os precursores<br />

dos embriões (Tautorus et al., 1991)<br />

1


<strong>EMBRIOGÊNESE</strong> <strong>SOMÁTICA</strong><br />

A)NATURAL<br />

�1719 – Leewenhoek: poliembrionia em citros;<br />

�1878 – Strassburger: origem nucelar dos<br />

poliembriões;<br />

�Mais de 60 famílias de angiospermas, em 138<br />

gêneros e 239 espécies;<br />

�Rutaceae, Cactaceae, Liliaceae, Mirtaceae,<br />

Orchidaceae, Rosaceae, Solanaceae;<br />

�Regra: Estruturas intra-ovulares.<br />

(Excisão)<br />

Correlação celular<br />

rompida<br />

Dediferenciação Indução Rediferenciação<br />

GANHO EXPLANTE COMPETÊNCIA<br />

CELULAR<br />

Célula embriogênica<br />

com determinação<br />

induzida<br />

GANHO (doador)<br />

TRANSPLANTE<br />

DETERMINAÇÃO DESENVOLVIMENTO<br />

Correlações<br />

restabelecidas<br />

Células determinadas<br />

pré-embriogênicas<br />

Liberação de<br />

Inibidores naturais<br />

Clivagem<br />

RECONSTITUIÇÃO POR<br />

POLIEMBRIOGENESE<br />

EMBRIÕES<br />

ADVENTICIOS/<br />

PLANTAS<br />

Horizontal: Processo morfogenético dependente da excisão, dediferenciação, indução e rediferenciação.<br />

Vertical: Processo morfogenético no qual as células já se encontram pré determinadas. Quando estas células<br />

são transplantadas e cultivadas em ambiente favorável, elas se multiplicam e se desenvolvem de acordo com<br />

a ontogênese embrionária (Adaptado de Durzan, 1989)<br />

Cascata de transdução de sinais ativados por 2,4-D e seus efeitos na reprogramação da<br />

expressão genética e indução da divisão celular<br />

<strong>EMBRIOGÊNESE</strong> <strong>SOMÁTICA</strong><br />

B) ES IN VITRO<br />

�1902 – Haberlandt;<br />

�1958 – Reinert; Steward, Mapes, Mears: ES em<br />

D.carota<br />

�Mais de 50 famílias; 100 gêneros; 150<br />

espécies.<br />

ESTÍMULO<br />

EXTERNO<br />

RECEPTOR<br />

SOLÚVEL<br />

P<br />

Ca 2+ LIGADO<br />

Ca 2+ LIVRE<br />

ATP ADP<br />

P AUXINA<br />

RNA- POL- II P<br />

P<br />

NÚCLEO CITOPLASMA<br />

DIVISÃO<br />

Mecanismo de ação proposto para a divisão<br />

celular induzida pela auxina<br />

Cks<br />

Crescimento e<br />

diferenciação da célula<br />

Célula poliplóide<br />

Célula diplóide<br />

G1<br />

Período de<br />

crescimento<br />

celular antes de<br />

que o DNA se<br />

replique<br />

Reinicia a interfase<br />

telofase<br />

anafase<br />

metafase<br />

profase<br />

Diferenciação<br />

Interfase<br />

S<br />

Período em<br />

que o DNA se<br />

replica<br />

G2<br />

Período posterior a<br />

replicação do DNA;<br />

célula se prepara<br />

para divisão<br />

Finaliza a interfase<br />

Aux.<br />

Diagrama do ciclo celular<br />

2


Amido<br />

Cristais de oxalato de cálcio<br />

Alterações de parede<br />

e membrana Primeiras divisões<br />

0 3 5 15 20<br />

Aquisição da<br />

Competência<br />

In: NEUMANN, 2000<br />

Amido<br />

Cristais de oxalato de cálcio<br />

Determinação Desenvolvimento<br />

Representação esquemática da seqüência de mudanças histológicas e<br />

citológicas ocorridas durante o curso da embriogênese somática direta a<br />

partir de folhas de camélia. (�) aumento; (�) decréscimo (Pedroso e Pais,<br />

1999).<br />

Células do<br />

floema<br />

secundário<br />

Embrióides<br />

Planta<br />

adulta<br />

�Diferentes padrões de origem:<br />

In: PERES, L. (2002)<br />

Conceitos & Histórico<br />

�DIRETO: Proliferação celular anterior à formação do embrião é<br />

nula ou mínima.<br />

�INDIRETO: Requer um período para a proliferação de células<br />

indeterminadas antes da formação do embrião somático.<br />

�Histórico:<br />

�Steward et al (1958) e Reinert (1958) em cenoura<br />

�Merkle (1995) cita Levine (1947) em cenoura com ANA<br />

�Atualmente trabalho de Waris (1957) com Oeanthe avuatica<br />

como sendo a primeira publicação científica relatando esse<br />

processo.<br />

TEORIAS DA <strong>EMBRIOGÊNESE</strong><br />

<strong>SOMÁTICA</strong><br />

1) CHRISTANSON: Células competentes são receptivas a<br />

estímulos - Indução Permissiva – Sítios receptores.<br />

2) OSBORNE (1984): “ TARGET CELLS” -<br />

Reconhecem sinais específicos – Sítios receptores<br />

ativados por sinais (2,4-D)<br />

Sistemas celulares “TARGET” Abcisão foliar<br />

Embriogênese somática<br />

TRAN THAN VAN: Complementariedade celular<br />

Transmissão intercelular do estímulo<br />

3


REG. CRESC.<br />

EXPLANTE<br />

<strong>EMBRIOGÊNESE</strong> <strong>SOMÁTICA</strong><br />

DIRETA INDIRETA<br />

PEDC (Célula simples)<br />

(Determinação durante o<br />

ciclo celular embriogênico)<br />

Permissivo<br />

Inibitório<br />

IEDC (“Clusters”)<br />

(Células reentram<br />

em ciclo mitótico)<br />

Determinativo<br />

Tulecke (1987) – Competência embriogenética<br />

REG. CRESC.<br />

DETERMINATIVO<br />

EXPLANTE<br />

REG. CRESC.<br />

MEIO (N?)<br />

ES DIRETA É MENOS COMUM<br />

�As condições para sua obtenção são mais críticas<br />

do que aquelas necessárias para produzir calos<br />

embriogênicos;<br />

�Busca-se a produção de grandes quantidades de<br />

ES, para os quais calos embriogênicos e suspensões<br />

celulares são mais adequados.<br />

SISTEMAS EMBRIOGENÉTICOS<br />

a) Dois estágios:<br />

1.Indução de calos embriogenéticos;<br />

i2,4-D – mais empregado.<br />

2.Calos embriogenéticos (CMES) são transferidos<br />

para meios para promover a progressão.<br />

i2,4-D substituído por ANA, IAA ou<br />

citocininas, ou meios isentos de fitorreguladores.<br />

TIPOS DE ES<br />

1.DIRETA – Células pré-determinadas antes da<br />

excisão<br />

�Explantes embrionários<br />

• Nucela, óvulos, ovários, embriões, inflorescências<br />

(tecidos florais)......<br />

�Explantes juvenis<br />

• Tecidos e órgãos de plântulas<br />

�Determinação para ES direta pode ocorrer após<br />

exposição em auxinas fortes.<br />

• Expressão e progressão: ausência de auxinas<br />

fortes.<br />

2. INDIRETA -IEDC<br />

TIPOS DE ES<br />

�Clusters celulares, células múltiplas.<br />

�Desdiferenciação – Rediferenciação.<br />

�Calos embriogênicos.<br />

�Explantes juvenis, maduros.<br />

�Auxinas fortes.<br />

b) Três estágios:<br />

1.Estímulo inicial para a indução de calos em<br />

meio com auxinas;<br />

2.Calos sem sinal aparente de ES são sub-cultivados<br />

para meios com menores concentrações de auxinas;<br />

3.Calos embriogênicos ou com ES incipiente são<br />

sub-cultivados para meios que permitam a<br />

progressão, maturação e conversão.<br />

4


ESTÁGIOS<br />

1. Iniciação (Indução)<br />

2. Proliferação (multiplicação)<br />

3. Maturação<br />

4. Conversão<br />

_________________CAPÍTULO __________________________________________<br />

I– INTRODUÇÃO<br />

Embriogênese Somática<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Fonte de explante<br />

Fitorreguladores<br />

Fonte de C e N<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

A<br />

Indução<br />

Suspensões/<br />

Plaqueamento<br />

Embriogênese Somática<br />

Criopreservação<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Clivagem/<br />

Suspensões/<br />

Gemação<br />

Plaqueamento<br />

Fonte de explante<br />

Fitorreguladores<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

Escuro<br />

A<br />

Fonte de<br />

Cultura<br />

C e N Indução Embriogênica<br />

ABA<br />

Sementes<br />

Sintéticas<br />

2,4-D<br />

CONVERSÃO<br />

Estabelecimento<br />

ex vitro<br />

Ciclo de<br />

Maturação<br />

B<br />

-ABA<br />

-Fonte de C<br />

-Agentes osmóticos<br />

Inibição da<br />

Clivagem/<br />

Gemação<br />

Maturação dos<br />

Embriões<br />

Somáticos<br />

Pré-Germinação<br />

Regeneração<br />

de Plântulas<br />

Aquisição da Competência Embriogenética<br />

� Pode ser dividida em duas fases:<br />

� Indução de células competentes<br />

� Desenvolvimento de embriões somáticos<br />

� Fatores que afetam:<br />

� Genótipo do material<br />

� Origem do explante<br />

� Composição do meio de cultura<br />

�auxina: 2,4-D<br />

�Nitrogênio:<br />

�Orgânico (aminoácidos)<br />

�inorgânico: Relação N03 /NH4 Balanço NO 3 - /NH4 + do meio de cultura<br />

Parâmetros Bioquímicos<br />

Biossíntese de<br />

hormônios<br />

Fontes de<br />

carbono<br />

Poliaminas<br />

Adaptado de Taiz e Zeiger (1998)<br />

5


Efeito da fonte de carbono na taxa de indução de culturas<br />

embriogênicas de A. angustifolia.<br />

Fonte de carbono Nº de dados<br />

Média de<br />

Indução (% ) 1<br />

Sacarose 3% 720 56.6 a<br />

Maltose 3% 720 35.4 b<br />

Média 46.0<br />

C.V. (%) 2<br />

33.4<br />

Taxa média de indução de culturas embriogênicas em A. angustifolia<br />

em resposta a diferentes tipos e concentrações de fitorreguladores.<br />

Fitorreguladores (µM)<br />

Número de<br />

Explantes<br />

Média de<br />

Indução (% ) 1<br />

- 480 30,02b<br />

2,4-D (5) + BAP (2) e Kin (2) 960 48,64a<br />

Média 39,33<br />

C.V. (%) 2<br />

18,90<br />

Steiner, N & Guerra, MP (2005)<br />

NEUMANN, 2000<br />

Fertilização e poliembriogênese em coníferas<br />

Aquisição da Competência<br />

Embriogenética<br />

Adaptado de Guerra et. al, 1999<br />

Taxa de indução das culturas embriogênicas de Araucaria<br />

angustifolia a partir de embriões zigóticos em diferentes<br />

estágios de desenvolvimento.<br />

Estágio de<br />

desenvolvimento<br />

Nº de dados<br />

Média de<br />

Indução (% ) 1<br />

Pró-embrião 180 13.3 c<br />

Globular 360 31.3 b<br />

Torpedo 540 52.8 a<br />

Pré-cotiledonar 360 66.7 a<br />

Média 41.09<br />

C.V. (%) 2<br />

32.9<br />

1- Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si<br />

de acordo com o teste de SNK (p


Indução da embriogênese somática em Pinus taeda. A. Extrusão de massa celular suspensor-embrionária através da base<br />

micrópila (seta). B. Proliferação da cultura embriogênica com aspecto friável, clara e translúcida (seta). C. Indução e<br />

proliferação diretamente sobre o explante formando uma cultura embriogênica friável e translúcida. D. Megagametófito em<br />

estágio inicial de desenvolvimento (seta) (SILVEIRA, 2001).<br />

ES em palmiteiro (Guerra, MP & Handro, W. 1998)<br />

ES em palmiteiro (Guerra, MP & Handro, W. 1998)<br />

Aquisição da Competência<br />

Embriogenética<br />

Adaptado de Guerra et. al, 1999<br />

7


Aquisição da Competência<br />

Embriogenética<br />

Adaptado de Guerra et. al, 1999 Adaptado de Guerra et. al, 1999<br />

pE4cells<br />

8


Repetitive embryogenesis<br />

(budding) Embriogênese Somática<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Embrião zigótico<br />

Fitorreguladores<br />

Fonte de carbono<br />

Embriogênese Somática<br />

Ausência<br />

Fitorreguladores<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

A<br />

Indução<br />

Suspensões/<br />

Plaqueamento<br />

Morfologia celular<br />

Fonte de carbono<br />

Indução e Multiplicação<br />

celular<br />

Pró-embriões aptos para<br />

entrar no ciclo B<br />

Ciclo de<br />

Maturação<br />

B<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Embrião zigótico<br />

Fitorreguladores<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Fonte de carbono<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

A<br />

Ausência<br />

Fitorreguladores<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

A<br />

Indução<br />

Fonte de carbono<br />

Suspensões/<br />

Plaqueamento<br />

Suspensões celulares<br />

Curva de crescimento celular típica, na qual se relaciona o<br />

número de células nas diferentes fases (lag, exponencial, linear,<br />

de desaceleração e estacionária) com o tempo de cultivo.<br />

Pró-embriões<br />

Conversão em plantas<br />

Embriogênese Somática<br />

Pré-maturação<br />

2,4-D<br />

ABA<br />

Fontes de<br />

carbono<br />

Ciclo de<br />

Maturação<br />

B<br />

Maturação dos<br />

Embriões<br />

Somáticos<br />

Agentes<br />

Osmóticos<br />

Inibição da<br />

Clivagem/<br />

Gemação<br />

10


Papel da auxina exógena durante a histodiferenciação na ES.<br />

Embriogênese Somática<br />

Criopreservação<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Clivagem/<br />

Suspensões/<br />

Gemação<br />

Plaqueamento<br />

Embrião zigótico<br />

Fitorreguladores<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

Escuro<br />

A<br />

Fontes de<br />

Cultura<br />

carbono Indução Embriogênica<br />

Sementes<br />

Sintéticas<br />

2,4-D<br />

CONVERSÃO<br />

Estabelecimento<br />

ex vitro<br />

Ciclo de<br />

Maturação<br />

B<br />

-Pré-maturação<br />

-ABA<br />

-Fontes de carbono<br />

-Agentes osmóticos<br />

Inibição da<br />

Clivagem/<br />

Gemação<br />

Maturação dos<br />

Embriões<br />

Somáticos<br />

Pré-Germinação<br />

Regeneração<br />

de Plântulas<br />

FONTE<br />

Explante<br />

Clivagem<br />

gemação<br />

Indução<br />

Ciclo<br />

repetitivo<br />

A<br />

Embriogênese Somática<br />

Embriogênese<br />

Embriogênese<br />

repetitiva<br />

Cultura<br />

Embriogênica<br />

Sementes<br />

sintéticas<br />

Ciclo de<br />

maturação<br />

B<br />

Conversão<br />

Regeneração de<br />

plantas<br />

Inibição de<br />

clivagem e<br />

gemação<br />

Maturação de<br />

embriões<br />

11


ES em palmiteiro (E. edulis)<br />

j,k,l) Embriogênese<br />

em rizoma de<br />

bananeira (Cv. Grand<br />

Naine)<br />

m) Estágios<br />

embrionários de<br />

desenvolvimento<br />

n,o,p,q,r,s) Conversão à<br />

plântulas de bananeira<br />

(Cv. Grand Naine)<br />

PLANTA<br />

MATRIZ<br />

Embrião<br />

zigótico<br />

2,4-D (5 µM)<br />

BAP e Kin (2 µM)<br />

Maltose ou<br />

sacarose(3%)<br />

Escuro<br />

Criopreservação<br />

Ciclo de<br />

Maturação<br />

Sementes<br />

Sintéticas<br />

2,4-D,BAP, Kin<br />

Estabelecimento<br />

ex vitro<br />

- ABA (150µM)<br />

- Maltose (9%)<br />

- PEG (7%)<br />

- Carvão ativado (0,15%)<br />

Regeneração<br />

de Plântulas<br />

Figura 2. Processo de dois ciclos para a indução e modulação da embriogênese somática de A.angustifolia. A) Estabelece condições<br />

para a obtenção de ciclos repetitivos de divisão celular em meio de cultura BM suplementado ou não com 2,4- D (5 µM), BAP e Kin (2<br />

µM cada); B) Estabelece condições para a progressão e maturação dos embriões somáticos em meio de cultura BM suplementado<br />

com PEG (7%), Maltose (9%) e ABA (150µM). Adaptado de Durzan (1988) e Guerra et al., (1999).<br />

c<br />

Clivagem<br />

Indução<br />

Ciclo<br />

Repetitivo<br />

A<br />

2,4-D (2 µM)<br />

BAP e Kin (0,5 µM)<br />

Maltose ou sacarose(3%)<br />

Escuro<br />

A<br />

Suspensões/<br />

Plaqueamento<br />

Cultura<br />

Embriogênica<br />

ES em Lilium spp (Alves et al., 2003).<br />

g<br />

c<br />

a<br />

B<br />

Inibição da<br />

Clivagem<br />

Maturação dos<br />

Embriões<br />

Somáticos<br />

Luz<br />

Sacarose<br />

(3%)<br />

Germinação<br />

a,b,c) Embriogênese<br />

em base de bainha<br />

foliar de bananeira<br />

(Cv. Grand Naine)<br />

d,e,f) Embriogênese<br />

em raíz de bananeira<br />

(Cv. Grand Naine)<br />

g,h,i) Embriogênese<br />

em ápice floral<br />

masculino de<br />

bananeira (Cv. Grand<br />

Naine)<br />

b<br />

d e<br />

f g h<br />

t<br />

14


a b Figura 2. Efeito dos diferentes<br />

tratamentos de maturação nas<br />

culturas embriogênicas de A.<br />

angustifolia. a) cultura<br />

c d<br />

embriogênica em meio de cultura<br />

com sacarose (9%) e ABA (150µM)<br />

com aspecto granular e embriões<br />

somáticos com a superfície rugosa;<br />

b) cultura embriogênica em meio de<br />

cultura com maltose (9%) e ABA<br />

(150µM); c,d) embriões somáticos<br />

e f globulares na superfície da cultura<br />

embriogênica; e,f) embriões<br />

somáticos globulares, torpedo e<br />

cotiledonares na superfície da<br />

g<br />

h<br />

cultura embriogênica; g) embrião<br />

somático cotiledonar; h) embrião<br />

somático cotilédones clorofilados<br />

em meio de cultura BM (Gupta &<br />

Pullman, 1991) suplementado com<br />

carvão ativado 1,5 g.L-1. (Bars<br />

=1mm).<br />

Curva de crescimento celular<br />

<strong>SUSPENSÕES</strong> <strong>CELULARES</strong><br />

SISTEMAS DE CULTIVO<br />

A) Cultivo fechado: Até fase estacionária, frações para subcultivo.<br />

- Micropropagação<br />

B) Cultivo contíuo fechado: Meio de cultura fresco é adicionado,<br />

células permanecem.<br />

- Metabólitos secundários extracelulares<br />

C) Cultivo contínuo aberto: Adição de meio, saída de meio e células.<br />

- Metabólitos intracelulares<br />

MÉTODOS PARA MEDIR O CRESCIMENTO<br />

1. Número de células<br />

-Dispersão dos agregados, contagem em microscópio<br />

2. Volume celular<br />

-Centrífuga por 3 min a 200g (PCV)<br />

-Sedimentação celular<br />

3. Peso Fresco<br />

4. Peso Seco<br />

-60 o C por 12 h<br />

5. Índice Mitótico (IM)<br />

-Fixação em FAA (2ml fixador/5 ml suspensão), 30 min a 3<br />

horas;<br />

-Coloração: Carbolfucsina, carmim acético, feuelgen;<br />

-Leitura em microscópio: 1.000 células<br />

IM = células em mitose x 100<br />

total de células<br />

15


CRIOCONSERVAÇÃO DE <strong>SUSPENSÕES</strong> <strong>CELULARES</strong><br />

1. Concentrar a suspensão 3 a 4 vezes;<br />

2. Agregar gradualmente um volume igual de solução crioprotetora;<br />

-DMSO: 5 a 10%<br />

-Glicerol, Prolina, Glicose (1 a 2 M)<br />

-Sacarose e Manitol<br />

3. Dispensar em ampolas de polietileno de 2 ml;<br />

4. Congelar até - 40 o C ou - 70 o C a uma velocidade de congelamento de 1-<br />

2 o C/min;<br />

5. Transferir para N líquido a – 196 0 C;<br />

6. Descongelamento da ampola em água a 37 0 C;<br />

7. Viabilidade depende:<br />

-Tipo de célula e estado fisiológico, tipo do crioprotetor,<br />

velocidade de congelamento, temperatura final de congelamento,<br />

temperatura de armazenamento, processo de descongelamento.<br />

BIORREATORES<br />

Os biorreatores foram incialmente utilizados para a<br />

micropropagação nos EUA, Japão, Taiwan, Coreia, Cuba,<br />

Costa Rica, Holanda, Espanha, Belgica e França (Ziv,<br />

2000);<br />

Propagação de plantas ornamentais, bulbosas, abacaxi,<br />

batata, café, cana de açúcar, florestais, ...;<br />

Redução no custo por propágulo de<br />

U$ 0,17 para U$ 0,06-0,07 (Ziv, 2000);<br />

Um dos maiores problemas da propagação em larga escala<br />

via esta tecnologia é a contaminação;<br />

APLICAÇÕES DAS <strong>SUSPENSÕES</strong> <strong>CELULARES</strong><br />

1. Estudos sobre o ciclo celular<br />

a. Tempo e distribuição das diferentes fases<br />

b. Sincronia ou assincronia<br />

2. Índices de atividade celular e pontos de controle do ciclo celular<br />

3. Fitohormonios e regulação do ciclo celular<br />

- Auxinas: transição entre as fases G1 e S;<br />

- Citocininas: transição entre as fases G2 e M<br />

4. Estudos fisiológicos e bioquímicos<br />

4.1. Absorção de nutrientes<br />

4.2. Eventos metabólicos em suspensões celulares<br />

- Vinca rosea<br />

- Taxus brevifolia<br />

5. Indução e isolamento de mutantes<br />

- Toxinas de agentes fitopatogênicos<br />

- Altas concentrações de sais<br />

- Estresses bióticos e abióticos<br />

6. Embriogênese Somática<br />

Four kinds of bioreactor which might be used for micropropagation<br />

16


Agitação<br />

mecânica<br />

Propulsão de ar<br />

(borbulhamento)<br />

Sem agitação<br />

Emissão de luz<br />

FONTE<br />

Explante<br />

Escuro<br />

2,4-D<br />

Fonte de Carbono<br />

Nitrogênio - Gln<br />

Clivagem<br />

gemação<br />

Ciclo<br />

repetitivo<br />

A<br />

BIORREATORES<br />

Embriogênese<br />

repetitiva<br />

ABA (?)<br />

PEG (?)<br />

2,4-D Maltose<br />

Gln (?)<br />

Ciclo de<br />

maturação<br />

B<br />

Indução Cultura<br />

Embriogênica Sementes<br />

sintéticas<br />

Conversão<br />

Regeneração de<br />

plantas<br />

Aerador- girador<br />

Tambor giratório<br />

Filtro giratório<br />

Aeração simples<br />

Coluna de bolhas<br />

Levantamento de ar<br />

Inibição de<br />

clivagem e<br />

gemação<br />

Maturação de<br />

embriões<br />

Fase gasosa<br />

Membrana porosa<br />

Sobre aeração<br />

Honda et al., 2001<br />

�Citocinina<br />

�Luz<br />

CA<br />

GA 3<br />

CKs<br />

SEMENTES SINTÉTICAS – UNIDADES ENCAPSULÁVEIS<br />

�Grandes volumes em pequeno espaço;<br />

�Fixação e ganho genético - criopreservação;<br />

�Semeadura direta a campo;<br />

�Sementes recalcitrantes;<br />

�Adição de nutrientes, microorganismos, pesticidas,<br />

reguladores de crescimento; carvão ativo; ...<br />

TECNOLOGIA DE SEMENTES<br />

SINTÉTICAS<br />

Emprego de embriões somáticos como<br />

sementes verdadeiras, combinado a<br />

eficiência e baixo custo do “sistema<br />

semente” com a produção clonal massal em<br />

CT.<br />

TÉCNICAS EMPREGADAS<br />

1. DESSECAÇÃO EM RESINA SOLÚVEL<br />

�Polietileno óxido (Kitto e Janick, 1985)<br />

2. DESSECAÇÃO E REHIDRATAÇÃO (Gray<br />

et al., 1980)<br />

�Quiescência induzida (75% - 13%);<br />

�Germinação após 21 dias;<br />

�Soja, Videira, gramíneas.<br />

17


3. ENCAPSULAMENTO ES<br />

HIDRATADOS/DESIDRATADOS EM GEL<br />

�Alginato de sódio (Redenbaugh et al., 1986,<br />

Calgene) Baixo custo, facilidade de uso,<br />

propriedades geleificantes, ausência de<br />

toxicicidade.<br />

�Reconstituição de endosperma sintético;<br />

�Adição de microorganismos benéficos, pesticidas,<br />

reg. crescimento;<br />

�Alfafa, aipo, brassicas, algodão, alface, milho;<br />

�Trocas gasosas (?).<br />

SEMENTES SINTÉTICAS – UNIDADES ENCAPSULÁVEIS<br />

Semente sintética é análoga à semente verdadeira ou<br />

botânica, e consistem de um embrião somático envolto por<br />

uma ou mais camadas de compostos artificiais, formando<br />

uma cápsula;<br />

Unidade encapsulável é qualquer propágulo capaz de ser<br />

convertido em plântulas normais, com tamanho de até 8 mm,<br />

livre de tecido do explante materno; vigorosa habilidade de<br />

conversão em condições ambientais normais, tolerância ao<br />

estresse (Sakamoto et al., 1995);<br />

SEMENTES SINTÉTICAS – UNIDADES ENCAPSULÁVEIS<br />

Seleção do explante<br />

Indiviualização<br />

Solução de Alginato de<br />

Sódio (2%) + Componentes<br />

1000<br />

1000<br />

Captura com<br />

micropipeta<br />

H 2 O<br />

Complexação em<br />

(CaCl 2 ) (50 mM)<br />

por 15 minutos<br />

Germinação em bandejas com substrato<br />

FITOTRON – CASA DE VEGETAÇÃO<br />

Descomplexação em KNO 3<br />

(100 mM) por 30 minutos<br />

4. GEL PROTETOR FLUIDO (Fluid drilling)<br />

�Currah et al. (1974) EZ; Drew (1979) ES –<br />

Cenoura;<br />

�Acrilamida – amido – potássio;<br />

�Argila de magnésio-silicato;<br />

�Sementes (ES) pequenas/pré germinadas.<br />

SEMENTES SINTÉTICAS – UNIDADES ENCAPSULÁVEIS<br />

A cápsula serve de proteção ao explante, contra danos<br />

mecânicos durante a armazenagem, transporte e semeadura<br />

(Gray & Purohit, 1991; Onishi et al., 1994); além de funcionar<br />

como um endosperma sintético contendo nutrientes, ...;<br />

O alginato de sódio apresenta boas características para o<br />

encapsulamento por causa de suas propriedades<br />

geleificantes, do baixo custo, da facilidade de uso e da<br />

ausência de toxicidade (Guerra et al., 1998);<br />

18


(ONISHI et al., 1994) (ONISHI et al., 1994)<br />

(ONISHI et al., 1994) (ONISHI et al., 1994)<br />

19


a<br />

b<br />

(ONISHI et al., 1994)<br />

c d<br />

a) ES em estádio torpedo de Feijoa sellowiana b) unidades<br />

encapsuladas c) semente sintética germinando d) conversão a<br />

plântula de F. sellowiana.<br />

Indução das<br />

culturas<br />

PBZ<br />

Plantas matrizes<br />

Estabelecimento<br />

em vasos<br />

Introdução in vitro<br />

Multiplicação<br />

ANA BAP PBZ<br />

Indução AIB<br />

Individualização<br />

MICROPROPAGAÇÃO MASSAL<br />

MICROBROTOS-UNIDADES<br />

ENCAPSULÁVEIS -<br />

BROMÉLIAS<br />

82% de<br />

sobrevivência<br />

Wittrockia superba<br />

Rompimento da cápsula e crescimento – Fitotron – Casa de vegetação<br />

Encapsulamento<br />

Alginato de sódio<br />

+ MS/2<br />

20


TECNOLOGIAS ASSOCIADAS A PROPAGAÇÃO MASSAL<br />

BIORREATORES<br />

SEMENTES SINTÉTICAS / UNIDADES ENCAPSULÁVEIS<br />

BIORREATORES<br />

SEMENTE GEMA<br />

PLANTAS MATRIZES ESTABELECIMENTO IN VITRO<br />

ACLIMATIZAÇÃO<br />

CRESCIMENTO<br />

ENRAIZAMENTO<br />

MULTIPLICAÇÃO<br />

Embriogênese somática em Vriesea reitzii<br />

Indução<br />

Culturas embriogênicas<br />

MS básico MS básico<br />

MS + AG3 (10µM) 140 dias<br />

120 dias<br />

Desenvolvimento<br />

150 dias<br />

Airlift bioreactor<br />

Proliferação Conversão<br />

Aclimatização<br />

em Substrato<br />

65 dias<br />

60 dias<br />

Alongamento<br />

MS Básico<br />

21


Imersão temporária<br />

Doble RITA<br />

Principais vantagens dos biorreatores de imersão temporária<br />

Fonte: CIRAD<br />

•Redução nos custos de laboratório<br />

através de manipulação simplificada de<br />

plantas e meio de cultura;<br />

•Melhoramento da nutrição: o meio entra<br />

em contato direto com os explantes<br />

durante a imersão;<br />

•Diminuição da asfixia e hiperidricidade;<br />

•Completa renovação da atmosfera;<br />

•Divisão de tecidos ocorre durante a<br />

agitação;<br />

•Diminuição da variação somaclonal<br />

(Feuser, 2000).<br />

CIRAD<br />

22


Biorreator de imersão temporária (LFDGV/ CCA/UFSC).<br />

MOTOCROMPRESSOR<br />

TEMPORIZADOR<br />

1 MANGUEIRAS DE SILICONE<br />

2 VÁLVULAS SOLENÓIDES<br />

3 FILTROS DE AR 0,2 micras<br />

4 ROLHAS DE SILICONE<br />

5 TUBOS DE VIDRO<br />

6 RESERVATÓRIO DE MEIO<br />

DE CULTURA<br />

7 RECIPIENTE DE CULTIVO<br />

6<br />

3<br />

2<br />

4<br />

5<br />

1<br />

A B<br />

Integração de embriogênese somática em um programa conservação<br />

e ou melhoramento genético.<br />

Polinização controlada<br />

Indução da embriogênese somática<br />

e proliferação das culturas embriogênicas<br />

Maturação germinação dos<br />

embriões somáticos<br />

Conversão em plantas<br />

Teste de progênie<br />

Seleção das melhores<br />

culturas embriogênicas<br />

testadas<br />

1<br />

Populações Naturais (Remanescentes)<br />

Criopreservação<br />

1<br />

7<br />

Parentais<br />

Selecionados<br />

Multiplicação das culturas<br />

embriogênicas<br />

selecionadas<br />

Maturação dos embriões<br />

somáticos<br />

Germinação do embrião<br />

somático<br />

Estabelecimento do<br />

reflorestamento clonal<br />

Biorreator de imersão temporária (LFDGV/ CCA/UFSC).<br />

Aplicações da Embriogênese<br />

Somática<br />

� Alto rendimento biológico (embriões somáticos)<br />

� Alto grau de automatização<br />

� Sincronismo, uniformidade e pureza genética;<br />

� Programas de melhoramento genético;<br />

� Fixação do ganho genético<br />

� Conservação da espécie<br />

� Modelo biológico para estudos fisiológicos e bioquímicos<br />

durante o metabolismo celular e morfogênese vegetal<br />

23


Embriogênese somática<br />

• Alto rendimento biológico (embriões somáticos)<br />

• Alto grau de automatização<br />

• Sincronismo, uniformidade e pureza genética;<br />

• Programas de melhoramento genético florestal;<br />

• Modelo biológico metabolismo celular e morfogênese<br />

vegetal<br />

Micropropagação comercial: rápida proliferação, produção<br />

em grande escala na fase de multiplicação (Ziv, 2000);<br />

A mecanização e automação: ferramentas chaves;<br />

Os biorreatores: promotores da micropropagação;<br />

Sementes sintéticas – unidades encapsuláveis: aplicação<br />

em protocolos de micropropagação comercial;<br />

24

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