Diocese Diocese de de F FFrederico
F rederico
Westphalen estphalen acolhe
acolhe
dom dom Antonio Antonio Carlos
Carlos
Fiéis lotaram Catedral Santo Antônio para assistir cerimônia presidida
pelo arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, dom Dadeus Grings
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Bispos presentes na cerimônia de posse
Em missa solene realizada no
dia 31 de agosto, na Catedral
Santo Antônio, dom Antonio
Carlos Rossi Keller tomou posse
como bispo da Diocese
de Frederico
Westphalen. Mais
de três mil fiéis dos
56 municípios integrantes
da diocese
lotaram a igreja
para assistir a cerimônia
presidida pelo
arcebispo Metropolitano
de Porto Alegre,
dom Dadeus
Grings. Também
estiveram presentes
dom Joaquim Justino
Carrera, da Arquidiocese
de São
Paulo; dom Altami-
ro Rossato, bispo emérito de Porto
Alegre; dom Bruno Maldaner, bispo
emérito de Frederico Westphalen;
dom Aloísio Roque Oppermann,
Fiéis participaram de missa na Catedral Santo Antônio
Fotos: Foto Chapa Digital
Antecedendo a celebração, foi realizada
a recepção de dom Antonio e apresentação
do Decreto de Nomeação ao
administrador diocesano, padre Luiz
Dalla Costa, e do crucifixo pelo pároco
de Frederico Westphalen, Leonir Fainello.
Após, dom Antonio aspergiu a si e
aos fiéis com água benta e diante do
sacrário inclinou-se para uma breve
oração silenciosa, dirigindo-se à sacristia
e preparando-se para a celebração.
Dom Antonio apresenta Decreto de Nomeação ao
administrador diocesano, padre Luiz Dalla Costa
Apresentação e beijo ao crucifixo
arcebispo de Uberaba (MG), dom
Aloísio Sinésio Bohn, de Santa Cruz
do Sul; dom Aloísio Dilli, de Uruguaiana;
dom José Mário Stroeher,
de Rio Grande; dom
Girônimo Zanadréa,
de Erechim; dom
Pedro Ercílio Simon, Dom Antonio aspergiu fiéis com água benta,
de Passo Fundo;
dom Urbano José
Allgayer, bispo emérito
de Passo Fundo;
dom José Clemente
Weber, de Santo Ângelo;
dom Zeno
Hanstenteufel, de
Novo Hamburgo;
dom Manoel João
Francisco, de Chapecó
(SC), além de padres
e autoridades locais
e regionais. Dom Antonio inclina-se diante do sacrário e após
realiza uma breve oração silenciosa
A A posse
posse
O rito de posse iniciou com
a leitura da bula pontifícia, que
nomeia dom Antonio Carlos Rossi
Keller como bispo da Diocese
de Frederico Westphalen, pelo
Padre Márcio Preus falou em nome do clero
padre João Ferrari Mânfio, membro
do Colégio de Consultores.
Após, dom Antonio sentou-se na
cátedra – cadeira episcopal símbolo
da sucessão apostólica.
Com o ato, o bispo assume a
missão de ensinar, santificar e
governar o “povo de Deus”.
Representando os municípios
da diocese, em pronunciamento,
o prefeito de Frederico
Westphalen, Luiz Carlos Stefanello
saudou o novo bispo.
“Queremos manifestar aqui a
satisfação de tê-lo como novo
cidadão frederiquense e da região,
na certeza que vossa presença
e trabalho repercutirão
positivamente na agregação de
todos os segmentos da socieda-
Padre João apresentou a bula aos bispos,
sacerdotes e fiéis
de, com reflexos na melhora dos
índices de desenvolvimento humano
e social. O nosso desejo
de um profícuo ministério episcopal,
uma permanência longínqua
e vitoriosa ao
nosso meio e que os
vossos anseios,
com as graças de
Deus, sejam alcançados”,
destacou.
O coordenador
da pastoral presbiteral,
padre Márcio
Preus, acolheu dom
Antonio em nome do
clero. “Esperamos
que possas ter este
elo de unidade em
nossa diocese. Que, sob o vosso
pastoreio, possamos todos
juntos comungar de um mesmo
projeto de evangelização. Que sejas
nosso pai, nosso amigo e irmão,guiandonos,encorajando-nos
e nos
corrigindo sempre
que necessário,
mas que
tudo isso seja realizado
através
do diálogo fraterno
e do amor
que Cristo nos
ensinou, para
que Ele, o Cristo
ressuscitado,
cresça. Nós nos
comprometemos
em sermos
zelosos discípu-
Padre Luiz Dalla Costa agradeceu colaboração
recebida no período em que esteve à frente da diocese
Ignácio Bernardi deu às boas-vindas a dom
Antonio, representando os leigos da diocese
los missionários,
levando a boa
nova de Cristo a
todas as comunidades que nos
forem confiadas. Comprometemo-nos
também em estarmos
sempre abertos aos diálogos
como verdadeiros filhos, irmãos
e amigos”, ponderou o padre.
Representando os leigos da
diocese, o ministro extraordinário
da Comunhão Eucarística Catedral
Santo Antônio, Ignácio
Bernardi, cumprimentou o novo
bispo. “Toda a Igreja católica frederiquense
volta os olhos para
vós, com confiança e esperança,
pois já sabemos que por mais
difíceis que se apresentem as diversas
situações, poderemos
contar sempre com o auxílio espiritual
do nosso pastor. Dom
Antonio, o coração de cada fiel
da diocesano é terreno fértil capaz
de produzir e frutificar, mas
que necessita de constantes cuidados,
incentivo e correção, pois
muitas vezes se apresenta tosco
e rebelde. É nestes corações que
vossa excelência reverendíssima
foi chamado a fazer crescer, o
Cristo tão bem
expresso em vosso
Lema e Brasão
episcopais”,
afirmou Bernardi.
Após os pronunciamentos,
em uma manifestação
de obediência
e respeito,
os padres,
seminaristas e
alguns membros
do Conselho
Comunitário de
Pastoral da Catedral Santo Antônio
saudaram o novo bispo.
Durante um ano e cinco meses,
a Diocese de Frederico
Westphalen ficou sob a administração
do padre Luiz Dalla Costa.
Em mensagem, o administrador
diocesano demonstrou gratidão
pela colaboração recebida
neste período. “Agradecer é
uma das mais belas atitudes que
enobrecem a pessoa humana.
Quero agradecer a todos os que
neste período de um ano, cinco
meses e três dias de vacância da
Diocese de Frederico Westphalen
colaboraram de todas as formas
no andamento da vida da
diocese. Deveria agradecer a
muitas pessoas, mas para não
me prolongar e não ser injusto,
confio a todos a bênção de Deus.
Ele que conhece pessoalmente a
Dom Justino recebeu a relíquia dos beatos Manuel e
Adílio, do padre Alexander Mello Jaeger
Padres da diocese saúdam dom Antonio numa demonstração de
obediência e respeito
cada um saberá recompensá-los
pelo
bem que fizeram
em favor da diocese.
A dom Antonio
Carlos desejo um
fecundo ministério
episcopal nesta grei
do Senhor a ti confiado.
Não lhe faltará
o apoio do
presbitério, das lideranças,
das comunidades,
enfim,
do povo de Deus
desta diocese. Esperamos,
sim um
bispo que seja um
pai, um irmão maior,
um orientador,
um amigo. Numa
palavra: um pastor”,
frisou padre Luiz.
A solenidade
Padre Luiz recebe placa
Dom Dadeus Grings, dom Antonio Carlos
Rossi Keller e dom Joaquim Justino Carrera
teve seqüência com
uma homenagem ao
padre Luiz, realizada
pelo padre Márcio
Preus. Além disso,
o administrador
diocesano recebeu
das mãos do padre
Valmor Tomazi, reitor
do Seminário
Menor, uma placa
em consideração ao
trabalho realizado
pela diocese.
Encerrando a
celebração e já empossado,
dom Antonio
proferiu algumas
palavras, reiterando
como será
seu episcopado.
Padre Leonir Fainello entregou a dom Antonio a relíquia
dos beatos Manuel e Adílio
Meus queridos diocesanos de Frederico Westphalen,
aqui presentes em nossa Igreja Catedral Santo Antônio e
que nos acompanham através dos meios de comunicação
social, especialmente, através da Rádio Luz e Alegria...
Venho a vós como vosso pastor, em nome do
Senhor Jesus.
Obedeço à vontade do Santo Padre, o Papa Bento
XVI, que escolheu-me e enviou a vós. Vejo aí a vontade
de Deus. Por isso, consciente de minha incapacidade,
aceitei com toda a confiança em Deus, que capacita aos
que chama, a cruz do episcopado. Não é por acaso que
meu brasão episcopal tenha uma única cruz como sinal.
Não tenho títulos de honra, não possuo riquezas materiais,
minhas origens são aquelas das mais comuns e
simples: sou, assim como Jesus o é, “filius fabri” (filho
de um operário). Minha única riqueza é Cristo, a quem
amo e sirvo, como padre, há mais de 30 anos, e a quem
pretendo continuar a amar e servir, agora como bispo,
até o fim de minha vida.
Dirijo-me a vós com a saudação que usamos na liturgia:
“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”.
Não vos escondo o sofrimento que custou-me aceitar
esta nomeação: não por vós, Igreja Diocesana de
Frederico Westphalen, que sempre foste a alegria de
vossos pastores, mas pelo que significou deixar aquilo
que, durante todos estes anos, constituiu-se em minha
alegria de padre: a Arquidiocese de São Paulo, a Paróquia
Santo Antonio do Limão, a Assistência da Federação
das Congregações Marianas de São Paulo, o atendimento
da direção espiritual dos seminaristas de Filosofia,
as aulas de Liturgia e Pastoral do Seminário Propedêutico,
o acompanhamento dos Diáconos Permanentes,
as aulas no curso de Filosofia e de Teologia dos
Arautos do Evangelho, o contato fraterno com meus
irmãos do presbitério da Região Episcopal Santana,
especialmente, os do setor Casa Verde.
Por pouco mais de 30 anos estas foram as realidades
de meu ministério presbiteral. Agora, a Igreja pedeme
que dedique minha vida a vós, como vosso bispo: é
uma mudança radical, que só pude aceitar com espírito
de fé, na obediência à vontade do Senhor.
Assim, deixo minha terra e venho para o lugar e
para a realidade para a qual Deus me chama. Daqui
para frente, sou gaúcho!
Venho para amar-vos de todo o meu coração e para
entregar por vós minha vida, colocando minhas capacidades
humanas e espirituais, minha fé, minha esperança,
enfim, todo o meu ser a vosso serviço.
Dei o passo na fé. É só por isso que venho a vós com
toda a serenidade, humildade e alegria, consciente de meus
limites, mas totalmente abandonado nas mãos de Deus.
Venho para vos servir e servir em vós, a Jesus
Cristo, meu Senhor e Mestre. Ele é a fonte da minha
força, a luz de minha vida, o objeto de meu anúncio,
nossa comum meta e nossa esperança. O que mais ar-
dentemente desejo, é o que está expresso em meu lema
episcopal, frase tirada do Evangelho de São João: “Illum
oportet crescere” (É necessário que Ele cresça). Quero e
vou dedicar toda a minha vida e meu Ministério Episcopal
a fazer com que Cristo cresça em vós.
Consciente de minha indignidade e fraqueza,
peço-vos a caridade de vossas orações e a acolhida
em vossos corações.
Dirijo-me a vós, irmãos bispos do Rio Grande do Sul:
acolham-me com caridade. Quero ser um entre vós. Quero
aprender de vosso zelo e de vossa caridade pastoral. Trago
comigo a riqueza de 31 anos de sacerdócio, vividos todos
eles no trabalho pastoral que a Igreja me pediu.
Dirijo-me, de uma maneira toda especial a vós,
presbíteros desta Santa Igreja de Frederico Westphalen,
herdeiros do sangue do bem aventurado mártir,
padre Manuel Gonzáles, meus irmãos na graça sacerdotal
que tanto amamos: sem vossa colaboração, nada
poderei fazer daquilo que me é pedido.
De todos é conhecida vossa generosidade e fidelidade.
Sois apaixonados pela causa do Reino de Deus, e
é para isso que dedicais vossa vida. Peço-vos de todo
meu coração: ajudai-me em meus limites. Sede sempre
meus irmãos. Façamos tudo para sermos santos: o bispo
e seu presbitério. É só isso que conta. Nossa Igreja
Diocesana merece isto. Cristo, que nos chamou e nos
ungiu, merece isso: a nossa generosidade de vida, nossa
entrega sem limites. Dar a Deus e aos irmãos nossas
vidas, até o último momento: a santidade fruto da generosidade,
da entrega incondicional.
Aos religiosos e religiosas, que constituem com
seus carismas próprios, uma verdadeira riqueza para
a Igreja Diocesana, peço a caridade de vossa acolhida
e de vossas orações, vossa colaboração preciosa a
esta Igreja Diocesana, acompanhadas da fidelidade
ao vosso carisma fundacional.
Peço a vós, seminaristas e aspirantes ao sacerdócio,
dedicação, seriedade em vossa preparação para o Ministério
Presbiteral. Conto com vossa oração. Vós, que sois a
esperança desta Igreja particular, contai com meu amor e
dedicação. Serei vosso pai, vosso amigo e confidente.
Darei o melhor de meus esforços para que vossa formação
seja a melhor possível. O seminário e as vocações
serão sempre os objetos da predileção do vosso bispo.
Comprometo-me a fazer tudo o que for possível para vos
oferecer a melhor preparação humana, espiritual, pastoral
e intelectual, para que sejais santos e zelosos presbíteros
a serviço da Igreja e do Povo de Deus.
Peço também a ajuda especial dos jovens, que tem
diante de seus olhos o exemplo generoso de amor a
Cristo até o derramamento do sangue do jovem mártir
bem aventurado Adílio Daronch: sabei que já ocupais
um lugar todo especial no meu coração de Pai. Conto
convosco para que construamos juntos um futuro brilhante
para nossa querida Igreja de Frederico Westphalen.
Lanço já hoje um apelo a vós, jovens desta diocese,
que deve ressoar como um grito dirigido às vossas almas
e à vossa generosidade: jovens da Diocese de Frederico
Westphalen, a Igreja precisa de mais padres. Há
paróquias em nossa diocese com mais de 40 comunidades.
Além disso, nossa Igreja Diocesana, sendo capaz de
suprir suas necessidades, deve abrir-se para este imenso
Brasil e para o mundo. Devemos e podemos ser uma
Igreja Missionária. Assim, precisamos de muitas e dedicadas
vocações para o sacerdócio ministerial.
Jovens da Diocese de Frederico Westphalen,
a Igreja precisa também de bons pais e
mães de família, formados na generosidade, no
aprendizado do verdadeiro amor, sem transigir nos
princípios e na realidade de uma vida obediente a
Deus. Formareis as futuras famílias da diocese, assim,
acolhei com generosidade o ensinamento autêntico
da moral cristã sobre o namoro, sobre o casamento,
sobre o respeito à vida, dom de Deus.
Peço a ajuda das famílias, pais e filhos, adultos,
anciãos, jovens e crianças: quero inserir-me em vossas
famílias, ser um de vós, dividindo convosco vossas alegrias
e tristezas. Quero ser vosso Pai e Pastor, para
guiar-vos com firmeza e amor pelos caminhos de Deus.
Quero, neste momento, pedir, a todos os numerosos
coroinhas das paróquias e comunidades da diocese, meninos
e meninas, que oferecem com alegria e generosidade
seu serviço à Igreja, que continueis a ser generosos, como
o foi o coroinha Adílio Daronch. O bispo estará de forma
muito especial, sempre perto de todos vós, para ajudarvos
a descobrir o que Deus espera de vossas vidas e assim
possais responder com amor ao chamado de Deus, seja
ele qual for. Será que entre vós já não existem aqueles
que sentem este chamado especial, para dedicar a Deus
suas vidas como padres? Neste dia, nesta celebração, digam
sim ao Senhor. Não tenhais medo de oferecer vossas
vidas a serviço de Cristo e dos irmãos.
Muito especialmente, peço o auxílio dos enfermos e de
todos aqueles que podem oferecer a Deus a ajuda do sofrimento
e da cruz: não me faltem com vossas orações, por mim
e por toda a nossa Igreja. Dela, vós sois a riqueza e o orgulho.
Discurso de posse
Peço a ajuda às paróquias de nossa Diocese, às
comunidades, às diversas realidades pastorais, associações
e movimentos, aos grupos específicos, com seus
carismas próprios: a vossa oração e a vossa dedicação
são bens preciosos para o crescimento comum. Conto
convosco. Vivamos em comunhão.
Dirijo-me também, com respeito e atenção, às autoridades
públicas constituídas e aos representantes das
instituições civis: no pleno reconhecimento das recíprocas
competências e autonomias, una-nos a busca pelo
bem comum e o desejo de servir, especialmente aos
mais fracos, aos mais excluídos de nossa sociedade.
Dirijo uma saudação cheia de simpatia e amizade
aos homens e mulheres da cultura, e, em particular,
àqueles que dedicam-se ao mundo da educação e da
pesquisa, do pensamento e da arte, da escola e da
universidade: podeis contar com a Igreja. Também, conto
convosco e com vossa preciosa colaboração, na busca
de soluções sempre mais humanas e éticas para os
problemas e dificuldades que afligem nossos irmãos.
Saúdo as comunidades que professam crença diversa
daquela católica: sejamos, antes de tudo, irmãos que
se respeitam e se amam, e que buscam construir a
unidade desejada pelo Senhor: as portas da Igreja são
as mesmas das do coração do bispo. Elas estão abertas
para acolher-vos!
Saúdo a todos os trabalhadores dos campos e das
cidades: vosso empenho cotidiano constitui o tecido que
impulsiona a feliz convivência civil. Acolham-me como
quem crê, vive e prega a dignidade do trabalho, expressão
de cada pessoa humana que colabora com o Criador
para continuar a obra da criação. O trabalho é também
expressão autêntica de cada ser humano, que nele investe
suas energias de mente, de alma, de corpo e de
coração. O trabalho é fonte de santificação, o caminho
que nos leva para o céu.
Quero saudar também as comunidades indígenas de
nossa diocese, comprometendo-me a estar pessoalmente
muito próximo de vós e também a fazer muito presente a
Igreja Diocesana, da qual quase todos vós fazeis parte pelo
Batismo, sempre no respeito à vossa identidade cultural.
Finalmente, quero dirigir alguns agradecimentos:
primeiro, a Deus, fonte de cada dom, e a aquele que
interpretou e manifestou a vontade de Deus em relação
a mim, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, que elevandome
ao episcopado, expressa-me sua confiança e benevolência.
Manifesto ao Santo Padre o meu afeto filial,
minha obediência sem reservas, minha comunhão sincera
na fé e no ministério pastoral.
Agradeço, de modo muito particular, ao excelentíssimo
e reverendíssimo senhor Núncio Apostólico, dom
Lorenzo Baldisseri, que tanta bondade e amabilidade
me demonstrou. Sua excelência é um verdadeiro pai e
amigo. Através dele, agradeço aos diversos colaboradores
da Nunciatura Apostólica, em Brasília.
Um obrigado sincero e agradecido à minha igreja de
origem, a Arquidiocese de São Paulo, na pessoa da vossa
eminência senhor arcebispo Metropolitano, o cardeal dom
Odilo Pedro Scherer, aqui representado muito dignamente
por sua excelência, dom Joaquim Justino Carreira, meu
querido amigo e irmão, responsável pela Região Episcopal
Santana, na qual durante 22 anos prestei meus serviços
sacerdotais. Saúdo meus irmãos presbíteros de São Paulo,
em especial, os da Região Santana, e muito especialmente,
meus irmãos padres do Setor Casa Verde. Saúdo, cheio de
afeto e sincero agradecimento, meus antigos paroquianos
de Santo Antonio do Limão. Nunca os esquecerei.
Agradeço também todos os demais sacerdotes e
seminaristas, diocesanos e religiosos, bem como os leigos
e leigas e consagrados e consagradas aos quais,
durante meu ministério presbiteral, de alguma maneira,
pude oferecer minha amizade, meus serviços sacerdotais
ou dos quais tenha recebido algo. De forma especial,
agradeço meus ex-alunos. Obrigado por terem enriquecido
espiritualmente e humanamente meu Ministério.
Aprendi muito com todos.
Agradeço também a meus predecessores, dom João
Hoffman, que já partiu deste mundo para a casa definitiva
do Pai, a quem peço a intercessão. Saúdo muito afetuosamente
a sua excelência reverendíssima, dom Bruno Maldaner,
nosso querido bispo emérito e também a meu
predecessor dom Zeno Hastenteufeul, bispo de Novo Hamburgo,
que tanto bem realizaram com seus abençoados
ministérios entre vós. Sei que poderei valer-me do conforto
de seus conselhos e de suas orações, como também
dos demais bispos do Brasil, especialmente os bispos da
Província Eclesiástica e do Regional Sul 3 da CNBB.
Não poderia deixar de agradecer, de modo muito
especial, ao reverendíssimo padre Luiz Dalla Costa, que
durante o período de “sede vacante”, carregou, junto com
o Colégio dos Consultores, o peso das responsabilidades
pastorais da diocese, como administrador diocesano. Que
Deus lhe retribua a dedicação. Vou contar sempre com sua
preciosa ajuda no ministério que apenas estou iniciando.
À minha família sobrenatural que é o Opus Dei, de
quem tanto tenho recebido nos meus anos de ministério
sacerdotal, minha sincera e sentida gratidão. Obrigado
por sempre estarem junto comigo. Agradeço a dom
Javier Echevarria, Prelado do Opus Dei, que carinhosamente,
com paternal carinho, enviou-me uma carta de
Roma, e que tanto gostaria de poder estar aqui, entre
nós. Que São Josemaría, do céu, interceda por todos
nós, para que saibamos sempre corresponder à vocação
recebida. Aos meus irmãos padres da obra, numerários,
adscritos, supernumerários e cooperadores, minha
eterna gratidão, e o pedido de que continuemos sempre
muito unidos na vocação recebida. Rezem por mim,
pedindo a intercessão de dom Álvaro, que com tanta
generosidade carregou também a cruz do Ministério
Episcopal. Peçam que, do céu, ele seja um intercessor.
À minha família de sangue: que Deus lhes pague
tanto amor e carinho que sempre recebi. Obrigado por
tudo o que sempre fizeram por mim. Quero, de um
modo muitíssimo especial, agradecer àquela que no
silêncio de suas orações e súplicas a Deus, pela intercessão
de Nossa Senhora e de São Josemaría, tem-me
sustentado em meu ministério, que é minha mãe. Obrigado
por seu amor, por suas orações e por seu carinho
por este seu filho.
Algumas pessoas perguntaram-me sobre qual seria
o meu “programa pastoral” como bispo de Frederico
Westphalen.
Não tenho nenhum programa pastoral, senão aquele
que é o programa de vida para todos os cristãos.
Parafraseando Santo Agostinho, digo-vos: “Para vós,
sou bispo, convosco, sou um cristão”. Assim, meu “programa
pastoral” será sempre o de: ler e meditar convosco
a Palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras;
escutar e ensinar-vos a escutar, na obediência da
fé, a Santa Igreja de Deus, especialmente a voz de
Pedro, que fala através do Santo Padre, o Papa; realizar
e ensinar a realizar, para a glória a Deus, as celebrações
litúrgicas, sempre com dignidade, respeito e
segundo as normas estabelecidas pela Igreja, bem como
dedicar-me e ajudar a dedicar-vos a dar glória a Deus
com toda a nossa existência; junto de vós, socorrer a
quem é necessitado espiritualmente e materialmente,
fugindo de todo o verticalismo alienante e de todo o
horizontalismo irrealizável. A cruz de meu Brasão Episcopal
expressa a síntese de sentido e de direção que
desejo para meu Ministério Episcopal; colocar-me junto
a vós e ajudar-vos a interpretar aquilo que o Espírito de
Deus sugerir à nossa Igreja Diocesana (Apoc 2,7).
Se posso dizer que tenho uma prioridade, posso
então afirmar que, de uma maneira muito especial, mas
muito mesmo, como bispo, devo cuidar e o farei, da
colaboração com os presbíteros, os nossos padres, porque
são estes os que sustentam a fadiga cotidiana do trabalho
na vinha do Senhor, e são os principais artífices da nova
evangelização. Para eles, incluindo neste “eles” também
aqueles que se preparam para o ministério presbiteral,
ou seja, os seminaristas diocesanos e os vocacionados ao
seminário, para eles, pois, a atenção prioritária do bispo,
no cuidado com sua formação inicial e permanente
(sua capacitação espiritual, humana, intelectual e pastoral),
do exercício de seu ministério. Quero ser o pai e o
pastor desta Igreja Diocesana, mas especialmente um
bispo zeloso e cuidadoso dos padres, dos seminaristas e
dos vocacionados. Juntos, vamos inaugurar um tempo novo
para nossa Igreja Diocesana, suscitando com a nossa oração
e com o nosso empenho generoso no Ministério, muitas
e santas vocações para o sacerdócio e para a vida
religiosa. Quero priorizar especialmente a formação dos
futuros padres diocesanos, buscando todos os meios possíveis
para que recebam sempre o melhor, segundo os
critérios estabelecidos pela Santa Igreja.
“O Senhor que guia seu povo com a suavidade e a
força de seu amor, dê o espírito de sabedoria àqueles
que colocou como mestres e guias na Igreja, para que o
progresso dos fiéis seja a alegria eterna dos pastores”
(Liturgia da Festa de São Gregório Magno).
Igreja Santa de Frederico Westphalen, aqui tens
diante de ti teu pai e teu pastor. Saiba que já és por ele
amada entranhadamente. Saiba que por ti, ele dará sua
própria vida, se sacrificará, gastará seus dias! Nada
poderá separá-lo de ti! Não há riqueza do mundo que
possa desviar o seu olhar de ti. Tu já és e serás sempre
o anelo de seu coração. Sua vida, de hoje em diante,
será dedicada a te amar e a te servir!
Que a intercessão materna da Santíssima Virgem
Maria, aqui venerada e amada nas paróquias, nas comunidades
urbanas e rurais, nas famílias e, especialmente,
no Santuário Diocesano de Nonoai, sob o título de “Nossa
Senhora da Luz”, nos acompanhe e nos guarde.
Rezem por mim.
A todos abençôo com imenso afeto, na fé do Deus
que é Trindade Santa, na comum fidelidade a Jesus, luz
de nossas vidas. “Lumen vitae Christus”: A luz da vida é
Cristo! A Ele seja a glória hoje e sempre, pelos séculos
dos séculos. Amém.
Antonio Antonio Antonio Carlos Carlos Rossi Rossi Keller Keller
Keller
Bispo Bispo de de Frederico Frederico Westphalen
Westphalen
Biografia Biografia de de dom dom Antonio Antonio Carlos Carlos R RRossi
R ossi K KKeller
K eller
Dom Antonio Carlos Rossi Keller
nasceu em São Paulo, em 23
de fevereiro de 1953. Cursou o
primário no Colégio Agostiniano São
José, no bairro do Belém;
freqüentou o Seminário
Menor junto aos
padres agostinianos, em
Bragança Paulista e Engenheiro
Schmidt, e o
Seminário Médio da Arquidiocese,
na Freguesia
do Ó e Penha. Residindo
no Seminário de
Filosofia “Santo Cura
d’Ars”, freqüentou o
curso de Filosofia nas
Faculdades Associadas
do Ipiranga, na Freguesia
do Ó e no Seminário Arquidiocesano
de Teologia, e cursou Teologia na
Pontifícia Faculdade “Nossa Senhora da
Assunção”. Como aluno do Pontifício
Colégio Pio Brasileiro de Roma, alcan-
çou a Licença (mestrado) em Teologia Espiritual,
pela Pontifícia Universidade Gregoriana.
É diplomado no curso para Formação
de Formadores nos Seminários
(CIFS), promovido pela
Pontifícia Universidade Gregoriana
e pela Congregação
da Educação Católica.
Dom Antonio foi ordenado
sacerdote no Santuário
Nossa Senhora da Penha,
em 24 de junho de
1977, e exerceu diversos
encargos “pastorais”. Desde
1986, foi pároco de Santo
Antonio do Limão, Região
Episcopal Santana da
Arquidiocese de São Paulo.
Em 11 de junho 2008, o
então sacerdote Antonio Carlos Rossi Keller
foi nomeado pelo Papa Bento XVI como
novo bispo da Diocese de Frederico Westphalen,
sendo ordenado em 2 de agosto,
na Catedral da Sé, em São Paulo.
Brasão Brasão Brasão episcopal episcopal de de dom dom dom Antonio
Antonio
O brasão pretende indicar a marca da missão
episcopal. O fundo em vermelho expressa a caridade
pastoral (munús pascendi) do bispo, que
deve ser o pano de fundo de toda a sua vida e
ministério. Representa também o amor de Deus,
que em Jesus Cristo oferece a todos a comunhão
de seu amor infinito.
A cruz dourada com as pontas em flecha expressa
a universalidade da missão evangelizadora,
como ensino da boa nova para todos os povos,
especialmente àqueles que lhe forem particularmente
confiados (munús docendi). Representa
também o sacrifício do Senhor na cruz,
que atinge a cada pessoa, na obra da santificação,
através da celebração dos sacramentos, especialmente,
o da Santíssima Eucaristia (munús
santificandi). Ao mesmo tempo, a riqueza da cruz
expõe o amor que o bispo deve ter até a morte se
preciso, no exercício do serviço de conduzir o
Povo Santo de Deus pelos caminhos da terra até
a meta definitiva que é o céu (munús regendi).
Nascimento: 14 de junho de 1946.
Ordenação sacerdotal:
8 de julho de 1972.
Nomeação episcopal:
12 de dezembro de 2001.
Ordenação episcopal:
8 de março de 2002.
Posse: 17 de março de 2002.
Transferência: 28 de março de 2007.
O O O escudo escudo episcopal
episcopal
Descrição – escudo
eclesiástico tradicional,
vermelho, contendo
uma cruz dourada em
pontas de flechas e repartida
ao meio.
Ornamentos – chapéu
prelatício, com forro
em goles, duas séries
de seis borlas, pendentes
dos flancos do escudo,
tudo em sinople.
Timbre – apóia-se em
uma cruz trifoliada em
ouro, com pedras.
Listel – Em ouro com
reverso em vermelho,
contendo o lema, em latim,
tirado de João 3,30:
“Illum oportet crescere”
(Importa que ele cresça).
Os Os bispos bispos e e a a Diocese Diocese de de F FFrederico
F rederico W WWestphalen
W estphalen
Criada em 21 de maio de 1961,
pelo Papa João XXIII, através
da bula “Haud Parva”, a Diocese
de Frederico Westphalen foi canonicamente
instalada em 24 de junho de
1962. Desde a instalação, já atuaram
na diocese três bispos – dom João
Hoffmann, dom Bruno Maldaner (bispo
emérito) e dom Zeno Hastenteufel.
Dom Antonio Carlos Rossi Keller é o
quarto bispo a assumir a diocese.
Atualmente, a diocese compreende
56 municípios e integra 38 paróquias;
destas, oito são atendidas por
religiosos presbíteros e 30 pelo clero
diocesano, totalizando 60 sacerdotes.
A população atendida soma
370 mil habitantes.
Primeiro
bispo –
dom João
Hoffmann Dom João Hoffmann
Nascimento: 24 de junho de 1919.
Ordenação sacerdotal: 19 de dezembro de 1943.
Nomeação episcopal: 26 de março de 1962.
Ordenação episcopal: 10 de junho de 1962.
Posse: 24 de junho de 1962.
Transferência: 2 de junho de 1971.
Segundo bispo –
dom Bruno Maldaner
Nascimento: 4 de agosto de 1924.
Ordenação sacerdotal:
8 de dezembro de 1950.
Nomeação episcopal: 15 de abril de 1966.
Ordenação episcopal: 29 de junho de 1966.
Posse: 31 de julho de 1971.
Renúncia: 12 de dezembro de 2001.
Eleito pelo Colégio de Consultores
da Diocese de Frederico Westphalen,
padre Luiz Dalla Costa
assume como administrador
diocesano em 30 de abril de 2007,
permanecendo no cargo até 31 de
agosto de 2008.
Dom Bruno
Maldaner
Tempo de vacância da Diocese
de Frederico Westphalen – padre
Luiz Dalla Costa
Padre Luiz
Dalla Costa
Arquivo AU
Terceiro bispo – dom
Zeno Hastenteufel
Nascimento:
23 de fevereiro de 1953.
Ordenação sacerdotal:
24 de junho de 1977.
Nomeação episcopal:
11 de junho de 2008.
Ordenação episcopal:
2 de agosto de 2008.
Posse: 31 de agosto de 2008.
Dom Zeno
Hastenteufel
Quarto bispo – dom
Antonio Carlos Rossi Keller
Dom Antonio
Carlos Rossi
Keller
Arquivo AU