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iii FEBRE REUMÁTICA

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GUILHERME L<br />

e cols.<br />

Etiopatogenia da<br />

febre reumática<br />

díacas características da<br />

febre reumática em ratos<br />

Lewis por meio da imunização<br />

desses animais<br />

com proteína M recombinante<br />

e com miosina cardíaca<br />

humana (39, 40) . Observou-se<br />

a presença de infiltrado<br />

por células mononucleares<br />

no miocárdio e<br />

na válvula mitral de aproximadamente<br />

50% dos<br />

animais imunizados. Células de Anitschikow e nódulos<br />

de Aschoff foram encontrados na válvula mitral. A reprodução<br />

da doença com o uso da proteína M, bem<br />

como da miosina cardíaca humana, reforça o papel da<br />

auto-imunidade desencadeada por mimetismo molecular<br />

no desenvolvimento das lesões reumáticas.<br />

CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />

Em função do conhecimento adquirido nos inúmeros<br />

trabalhos já publicados, podemos concluir que a<br />

patogênese da febre reumática/doença reumática cardíaca<br />

é formada por uma rede complexa de interações<br />

imunes desencadeadas por um agente infeccioso (S.<br />

pyogenes), que leva a lesões órgão-específicas progressivas<br />

e permanentes. Os principais eventos participantes<br />

da patogênese da doença reumática estão sumarizados<br />

na Figura 4.<br />

Figura 3. Células produtoras de IL-4 em fragmentos de tecido cardíaco de pacientes<br />

com doença reumática cardíaca. A determinação de células produtoras de IL-4<br />

foi realizada em cortes histológicos de tecido valvular (mitral e/ou aórtico) e miocárdio<br />

(átrio esquerdo, átrio direito e músculo papilar) por imuno-histoquímica, conforme<br />

trabalho realizado por Guilherme e colaboradores (38) . Foram analisados 20 fragmentos<br />

de tecido cardíaco (11 amostras de tecido valvular e 9 de miocárdio). Raras<br />

células mononucleares (< 10%) produtoras de IL-4 foram detectadas em 82% dos<br />

fragmentos de tecido valvular (p = 0,02) quando comparadas com células mononucleares<br />

do miocárdio (22%). Inversamente, no miocárdio, 78% dos fragmentos apresentam<br />

inúmeras células (> 10%) produtoras de IL-4. O baixo número de células<br />

produtoras de IL-4 no tecido valvular contribui para a progressão da doença reumática<br />

cardíaca, levando ao dano valvular progressivo e permanente (OR = 15,8).<br />

Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Vol 15 — N o 1 — Janeiro/Fevereiro de 2005 13

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