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Comitê Histórico

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Guia de Estudos: <strong>Comitê</strong> histórico<br />

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SUMÁRIO<br />

1. CARTA DO SECRETARIADO ................................................................................. 2<br />

2. CARTA DOS DIRETORES ........................................................................................ 4<br />

3. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5<br />

3.1.Precedentes ....................................................................................................................... 5<br />

3.2. A Guerra .......................................................................................................................... 6<br />

3.3. A Crise do Petróleo .......................................................................................................... 7<br />

4. REPRESENTAÇÕES .................................................................................................. 8<br />

4.1. Israel ............................................................................................................................... 8<br />

4.2. Estados Unidos da América.......................................................................................... 10<br />

4.3. União Soviética ............................................................................................................ 10<br />

4.4. Marrocos ...................................................................................................................... 11<br />

4.5. Egito ............................................................................................................................ 11<br />

4.6. Síria............................................................................................................................... 13<br />

4.7. Arábia Saudita .............................................................................................................. 14<br />

4.8. Iraque ............................................................................................................................ 15<br />

4.9. Jordânia......................................................................................................................... 15<br />

4.10. Turquia ......................................................................................................................... 15<br />

5. DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL (DPO) .................................................. 17<br />

5.1. Estrutura e Conteúdo .................................................................................................... 17<br />

5.2. Modelo de Base ............................................................................................................ 18<br />

6. DELEGAÇÕES .......................................................................................................... 19<br />

7. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 20<br />

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1. CARTA DO SECRETARIADO<br />

Caros delegados,<br />

Pelo décimo ano consecutivo, os alunos do Colégio Anglo Cassiano Ricardo realizam as<br />

Simulações Anglo, entre os dias 15 e 18 de junho de 2017.<br />

A SiAn tem o formato das “MUNs”, Model United Nations e tem como objetivo a simulação<br />

de debates sobre os grandes problemas do mundo atual, por meio de comitês de discussão da<br />

ONU. Reconhecida como simulação oficial das Nações Unidas pela ONU, a SiAn atua como<br />

primeiro contato entre o aluno de Ensino Fundamental e Médio e o ambiente das relações<br />

internacionais, apresenta novas realidades que envolvem a abordagem direta da política, da<br />

economia, da sustentabilidade e do fundamentalismo, por exemplo.<br />

A SiAn 2017, ocorrerá nas dependências do colégio Anglo, em São José dos Campos, contará<br />

com sete comitês oficiais de debates, cujos integrantes se investem do papel de representante<br />

diplomático de um país participante e defendem o ponto de vista dessa nação sobre o assunto<br />

proposto pelo comitê. Existe ainda o comitê de imprensa, a ser representado por integrantes<br />

que representam jornalistas de várias partes do mundo, cuja função é o resumo dos principais<br />

acontecimentos do dia no ambiente das simulações, em um treinamento de linguagem, síntese<br />

e edição textual.<br />

Desde já, parabenizamos aqueles que se desafiam e se dispõe a participar do evento com o<br />

intuito de desenvolver a si mesmos e à comunidade que os rodeia. Atividades como a SiAn<br />

tem como principal objetivo contribuir para a formação acadêmica, política e humana dos<br />

indivíduos, trazendo um enorme enriquecimento em forma de experiência.<br />

São esperados alunos do nono ano do ensino fundamental e jovens do ensino médio. Por meio<br />

da prática oferecida pelas simulações, o jovem desenvolverá a capacidade de oratória<br />

articulada, síntese, posicionamento crítico e a exposição de opiniões. Além disso, as<br />

simulações agregam aos estudantes características indispensáveis para o sucesso profissional:<br />

responsabilidade, formação de capacidade de liderança e de trabalho em grupo, na resolução<br />

de conflitos.<br />

Este guia deve orientá-lo, caro participante, para que o melhor possa ser aproveitado desta<br />

atividade. O texto a seguir servirá como um norte para o estudo preparatório dos temas que<br />

serão abordados na simulação, bem como o auxiliará a definir qual o comitê e a representação<br />

mais adequada para a sua atuação, de maneira a lhe proporcionar maior confiabilidade,<br />

produtividade e interesse.<br />

2


Deste modo, o Secretariado da SiAn 2017 deseja que todos façam bom uso deste material e<br />

tenham uma excelente e enriquecedora participação neste projeto de simulação oficial das<br />

Nações Unidas.<br />

Secretariado Geral Administrativo<br />

Leonardo Veri e Pedro Henrique Esteves<br />

Secretariado Geral Acadêmico<br />

Mariana Schmidt e Maria Vitória Morciani<br />

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2. CARTA DOS DIRETORES<br />

Bem vindos às Simulações Anglo 2017!<br />

As Simulações da ONU (MUNs) têm o poderio de aprimorar as virtudes do indivíduo que<br />

nelas se apresenta, convergindo conceitos benéficos como comunicação, leitura, negociação,<br />

estudo e conhecimento ao aperfeiçoamento da retórica, altruísmo e respeito.<br />

Em relação ao comitê histórico, o participante detém um estudo extra, garantindo o<br />

conhecimento de nossa história a partir de ideologias, projetos e realizações. E, portanto, o<br />

estudante deve sentir-se à vontade para mudá-la.<br />

Os delegados incorporarão as mais altas representações no contexto da guerra tratada,<br />

mesclando nações de demasiada importância geopolítica a generais detentores dos maiores<br />

exércitos, arsenais e influências. Com isso, esperamos entendimento e cumprimento<br />

respeitosos aos conceitos vigentes no comitê, abrangendo o tratamento mútuo histórico e<br />

social vivido no período representado, além de tradições e pensamentos da época.<br />

Desejamos a todos os delegados a melhor experiência de suas vidas, garantindo o máximo de<br />

conhecimento e diversão a serem adquiridos.<br />

Atentamente,<br />

Pedro Lino e Felipe Martins – Diretores do <strong>Comitê</strong> <strong>Histórico</strong> SiAn 2017<br />

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3. INTRODUÇÃO<br />

3.1. Precedentes<br />

Propondo uma erradicação à Diáspora Judaica, o movimento sionista defende a manutenção<br />

de uma identidade judia.<br />

Com a descoberta do Holocausto durante a II Guerra Mundial, o mundo volta-se aos judeus.<br />

Denominados um povo sem Estado, são inúmeras as tentativas de líderes mundiais para que<br />

tais remetam sua própria terra, sentimento esse derivado de uma comoção global perante os<br />

judeus posterior a Segunda Grande Guerra.<br />

De acordo com os ideais sionistas, a região da Palestina seria de sua posse, haja vista que a<br />

consideram como habitadas por invasores, pois a consideram parte de seu Estado natural, o<br />

Reino de Israel (Eretz Israel).<br />

Em 1947, com mediação da Organização das Nações Unidas (ONU), o território a oeste da<br />

Jordânia é divido entre dois Estados, sendo um judeu (Israel) e outro árabe (Palestina); a<br />

cidade de Jerusalém seria mantida em controle internacional, cujo poderio dá-se a ONU, algo<br />

visto como de extremo descaso pelas duas nações, visto que ambos os povos reivindicam a<br />

cidade sagrada como de sua legitimidade.<br />

Com conflitos milenares entre árabes e judeus em função de sua terra prometida, vários<br />

ataques foram promovidos por ambos os povos. A ressalva foi dada nas ajudas antagônicas<br />

dadas aos dois povos. Num cenário de Guerra Fria, os EUA vêm apoiando fortemente o<br />

Estado de Israel, enquanto a Palestina e outros países árabes são mantidos com a aberta e<br />

unânime ajuda da URSS.<br />

Em 1967, com a ameaça egípcia de fechar o acesso de Israel ao Mar Vermelho, a nação judia<br />

lança um ataque surpresa, anexando os territórios da Península do Sinai (Egito) ao sul,<br />

Colinas de Golã (Síria) ao norte e as regiões da Faixa de Gaza e Cisjordânia (Palestina), cujo<br />

reconhecimento de uma única nação por Israel é nulo. A ocupação dos territórios tratados<br />

lançou a então Guerra dos Seis Dias.<br />

Em 1973, Egito e Síria visam a retomada de suas terras, promovendo um ataque surpresa e<br />

conjunto contra Israel. A retomada foi dada durante o feriado sagrado judeu de Yom Kippur,<br />

haja vista que a movimentação e labuta de seus crentes dá-se como a mínima possível durante<br />

o dito período, ou seja, as chances de vitória por parte árabe seriam demasiadamente maiores,<br />

visto que Israel encontrava-se desprotegido. Os ataques de Egito e Síria derivam a Guerra do<br />

Yom Kippur.<br />

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3.2. A Guerra<br />

Às 14h de 6 de outubro de 1973, enquanto Israel comemorava o Yom Kippur, as forças<br />

egípcias e sírias desfecharam um ataque conjunto contra a nação judia; as primeiras no Sinai,<br />

ao sul, e as últimas nas Colinas de Golã, ao norte. Embora a inteligência israelense tivesse<br />

informações suficientemente precisas sobre os preparativos militares árabes, o ministro da<br />

defesa Moshe Dayan achou que não seria necessário realizar um ataque preventivo como feito<br />

em 1967, inaugurando a Guerra dos Seis Dias. Os egípcios romperam a Linha de Bar-Lev,<br />

uma fortificação que os israelenses haviam construído ao longo da margem leste do Canal de<br />

Suez, que contavam com poucas defesas. Armadas com modernos mísseis soviéticos,<br />

antitanques e antiaéreos, os egípcios impuseram pesadas baixas às forças blindadas e à<br />

aviação israelense. Já nas Colinas de Golã, o avanço sírio foi duramente contido pela FDI.<br />

O curso da guerra começou a mudar em 14 de outubro, quando a ofensiva egípcia avançou<br />

demasiadamente pelo interior do Sinai, sendo contida por um poderoso contra-ataque<br />

israelense. Grande parte das forças blindadas árabes foi destruída, mantendo a FDI na<br />

margem oeste do canal de Suez. A partir de tal, o terceiro exército egípcio ficou isolado na<br />

margem leste do canal Cairo, deixando-se a mercê das tropas israelenses. Simultaneamente, a<br />

FDI conseguiu abrir caminho para a Síria, chegando a ameaçar a capital, Damasco. Com a<br />

intervenção dos Estados Unidos e da União Soviética, preocupados com a generalização do<br />

conflito, foi firmada uma trégua em 22 de outubro.<br />

Apesar de derrotar os atacantes árabes, Israel foi tomado e, pela primeira vez provou-se que a<br />

FDI não era invencível. Em termos militares, pode-se dizer que a guerra terminou empatada.<br />

Os israelenses tiverem perdas consideráveis: 2.838 mortos e 8800 feridos; os árabes somaram<br />

8.528 mortos e 19.549 feridos. O Estado israelense perdeu 103 aviões e 840 tanques; os<br />

árabes 392 aviões e 2.554 tanques. O governo israelense foi obrigado a instaurar uma<br />

comissão de inquérito para examinar as responsabilidades das autoridades civis e militares<br />

pelo desastre. A comissão concluiu que Golda Meir e Moshe Dayan eram responsáveis<br />

diretos pela falta de preparo. Mas a comissão culpou mais os militares que os líderes<br />

propriamente civis.<br />

A guerra também provocou mudanças de atitude no outro lado do Atlântico. Em Washington<br />

D.C., Henry Kissinger, poderoso formulador da política externa da Casa Branca,<br />

compreendeu a necessidade de mudança de enfoque, buscando envolver mais ativamente os<br />

árabes nas negociações. Em janeiro de 1974, foi firmado um acordo de desocupação militar<br />

egípcio-israelense; o acordo sírio- israelense foi executado em maio. A delegação israelense<br />

retirou-se do lado ocidental do Canal de Suez, concordando em dividir uma área de 30<br />

quilômetros ao lado oriental do mesmo em 3 zonas, pertencentes a Israel, Egito e forças<br />

internacionais das Nações Unidas.<br />

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3.3. A Crise do Petróleo<br />

A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é uma organização fundada em<br />

1960, cujos objetivos resumem-se ao fortalecimento dos países participantes frente às grandes<br />

empresas produtoras e exportadoras do mundo.<br />

Durante a Guerra do Yom Kippur, a OPEP desempenhou um papel fundamental para o seu<br />

decorrer. Com uma alta concentração de países árabes participantes no grupo, a Organização<br />

enfraqueceu o Ocidente impondo um embargo petrolífero aos EUA, Europa Ocidental e<br />

Japão, criando uma grave tensão mundial a respeito da crise agora criada.<br />

Com o reconhecimento da necessidade de importação do petróleo árabe pelos EUA, os países<br />

antagônicos a Israel em Yom Kippur aumentaram drasticamente o preço do produto, forçando<br />

um pagamento 15 vezes maior pelo barril de petróleo, derrubando bolsas de valores em todo<br />

o mundo e contribuindo para o desenvolvimento de uma crise capitalista.<br />

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4. REPRESENTAÇÕES<br />

4.1. Israel<br />

Durante a “Guerra dos seis dias” (1967), Israel invadiu e anexou os territórios da Península<br />

do Sinai e das Colinas de Golã, pertencentes aos Estados egípcio e sírio, respectivamente,<br />

além dos territórios de Gaza e Cisjordânia, cujo reconhecimento de uma nação individual<br />

pelo Estado de Israel culminava como total e unicamente nulo. E tais davam-se como de<br />

suma importância ao país que os anexara, visto que um controle do Sinai manteria uma visão<br />

litorânea de segurança vital a respeito do Mar Vermelho, cujo limite dá-se em fronteiras de<br />

nações rivais; além de expandir a mesma a respeito do Mar Mediterrâneo. Porém, a visa de<br />

controle da península tratada significava um poderio completo do Canal de Suez, um dos<br />

mais importantes do mundo, cujas rotas interligavam o Mar Mediterrâneo ao Vermelho,<br />

integrando potências europeias ao petróleo árabe e, portanto, o controle da região significaria<br />

ao governo israelense lucros em função de taxas impostas às rotas, além da manutenção do<br />

escoamento de produtos diversos e petróleo ao longo do globo.<br />

Além da Península do Sinai, as Colinas de Golã traziam aos israelenses a nascente de seu<br />

principal rio, o Jordão. Com tal, o controle de algumas das principais fontes fluviais do seco e<br />

árido Oriente Médio dar-se-iam em pleno controle israelense. Já a anexação de terras árabes<br />

relativas à Faixa de Gaza e Cisjordânia formavam um ideal de supremacia e obrigatoriedade<br />

por parte israelense, que mantinha como foco o controle da histórica Jerusalém mesclado ao<br />

conceito da milenar terra prometida judia, cujos assentamentos delineavam e interagiam às<br />

tais regiões muçulmanas.<br />

Com a anexação das terras tratadas, Egito e Síria encontraram-se numa situação cujo<br />

desfavorecer era pleno e unânime e, portanto, clamam por tais, além de visarem uma ajuda de<br />

ganho de autonomia palestina perante o governo israelense. Israel trará alianças de<br />

demasiada força com os EUA para manter-se com a dita soberania sob os países árabes, que<br />

formarão uma aliança conjunta para combatê-los e enfraquecer o imperialismo judeu em<br />

terras árabes. É de grande ressalva que não fora um projeto de fácil alcance árabe, visto que<br />

aliança israelita e estadunidense possuíra, além de poderio monetário, um expressivo arsenal<br />

nuclear, algo de extremo temor aos países que promoveram o ataque à fronteira judia, Egito e<br />

Síria.<br />

Representantes Israelenses:<br />

Moshe Dayan:<br />

“O método de punição coletiva tem há muito se mostrado eficaz... Não há outros métodos<br />

eficazes.”<br />

“[Israel] Ocupará o território necessário e criará um regime que aliar-se-á a Israel. O território<br />

(...) a sul será totalmente anexado por Israel, e tudo quedar-se-á em paz.”<br />

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Ministro da Defesa durante os períodos da “Guerra dos Seis Dias” (1967) e “Guerra do Yom<br />

Kippur” (1973).<br />

Visto com alta popularidade pela população israelense, Dayan participara diretamente da<br />

conquista de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, precedente básico para a Guerra de<br />

Yom Kippur. No começo dos ataques de 1973, Moshe Dayan escolhera não ordenar uma<br />

mobilização completa por parte de seu exército, pois dissera que Israel ganharia facilmente<br />

das tropas egípcias e sírias. Porém, passado certo tempo, assumira que o fizera para que a<br />

nação israelense não fosse vista como agressora, fato demasiadamente importante para o<br />

mantimento de sua popularidade nacional. Entretanto, Dayan surpreendeu-se com as alianças<br />

árabes antagônicas às anexações judias, promovendo perdas históricas para seu exército e,<br />

portanto, a ajuda estadunidense tornou-se sumamente necessária, visto que Moshe reconheceu<br />

a necessidade de maiores projetos, frontarias e armamentos.<br />

Ariel Sharon:<br />

“A ideia foi complexa. (...) A ideia de um combate fechado, noturno, surpresa, o conceito de<br />

tahbouleh. Mas todas estas ideias estavam já maduras. Não havia nada de novo nelas. Foi um<br />

simples arranjo de colocar todos os elementos juntos e fazê-los acontecer.”<br />

General Israelense na “Crise de Suez” (1956), “Guerra dos Seis Dias” (1967) e “Guerra do<br />

Yom Kippur” (1973).<br />

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Sharon é considerado o maior comandante da história israelense, nomeado coloquialmente<br />

como “O Rei de Israel”. Durante o ataque surpresa árabe de Yom Kippur, o comandante<br />

reserva, Zeev Amit, perguntou: “ Como faremos para sair disso?”, e Ariel Sharon respondeulhe<br />

seguramente: “Você não sabe? Cruzaremos o Canal de Suez e a guerra terminará lá”.<br />

Num primeiro momento, a frontaria de Sharon obteve sérias perdas, porém, após uma<br />

manutenção nos planejamentos, Ariel promoveu a primeira vitória do Estado de Israel na<br />

Guerra de Yom Kippur, ainda no Sinai.<br />

4.2. Estados Unidos da América<br />

Durante um primeiro momento, os EUA mantiveram-se numa situação observadora e<br />

relativamente exclusa à Guerra do Yom Kippur. Porém, após dias de perdas israelenses e,<br />

principalmente pelo aberto envolvimento soviético de ajuda ao Egito e outros países árabes,<br />

os EUA responderam com alto envio de forças e equipamentos militares a Israel, além de um<br />

grande financiamento monetário para que Israel retomasse o controle das terras antes<br />

anexadas e agora perdidas no ataque surpresa promovido por países árabes cujo envio de<br />

ajuda convergia aos soviéticos.<br />

Por conta de um consumo estadunidense histórico do petróleo árabe, a OPEP promoveu uma<br />

resposta em relação à ajuda americana à nação judia com um fim pifiamente prejudicial ao<br />

mercado norte-americano, isto é, manuseando um embargo petrolífero aos EUA, promovendo<br />

uma grave crise de petróleo.<br />

Em 25 de Outubro de 1973, a União Soviética anunciou o envio de suas tropas ao Egito para<br />

salvar o mesmo do cerco israelense. Com isso, os EUA declararam alerta nuclear, criando<br />

uma tensão global de uma guerra sem precedentes ante menção.<br />

4.3. União Soviética<br />

Com uma visa declarada ao financiamento árabe antagônico a Israel, a União Soviética<br />

mantém grande envolvimento no conflito de Yom Kippur.<br />

Com a ascensão de Israel em 1967 e anexação de terras árabes, juntamente com apoio dos<br />

EUA, a URSS vê-se na função de intermediar os ataques Egípcios e Sírios contra os<br />

territórios agora judeus. Num breve começo, os soviéticos culminam sua ajuda ao Egito,<br />

concentrando-se majoritariamente na retomada do Sinai, visto que benefícios futuros<br />

relacionados ao Canal de Suez são de suma importância a URSS, haja vista que sua<br />

manutenção petrolífera com os árabes tornou-se mais escassa comparada à americana nos<br />

últimos anos, além de garantir uma ajuda estratégica de navegação do Mar Vermelho e<br />

Mediterrâneo, cujas importâncias dão-se como demasiadas a qualquer nação que visa uma<br />

alta relação geopolítica e imperialista num contexto ideológico e mundial. Além do dito, o<br />

envio de tropas, treinamentos, armamentos e financiamento por parte dos soviéticos foi em<br />

grande escala derivado de uma conduta de antagonismo aos EUA, pois, como estes vêm<br />

10


apoiando durante as últimas décadas os serviços do Estado de Israel, a URSS obriga-se como<br />

mantedora dos ideais bilaterais presentes no auge da guerra fria.<br />

4.4. Marrocos<br />

Com a adesão marroquina à Liga Árabe em Outubro de 1958, Marrocos vai à Guerra do Yom<br />

Kippur com intuito básico de mantimento de ajuda aos países de sua mesma liga agora<br />

afetados diretamente pela guerra, cujas nações são as egípcia e síria.<br />

Durante Outubro de 1973, a força aérea de Marrocos fora responsável, juntamente à esquadra<br />

egípcia, pelo sobrevoo e segurança do delta do Rio Nilo, fato de extrema importância à<br />

manutenção da segurança local, nacional e árabe perante os israelenses e americanos, cujo<br />

arsenal era temido e o interesse pelo delta do então maior rio do mundo era inerente.<br />

Totalizando a maior ajuda exterior à guerra, Marrocos entende e preza pelo ideal árabe, e<br />

permeia junto a tais uma extradição de condutas ocidentais predominantemente<br />

estadunidenses e, portanto, israelenses. Com tal, a nação marroquina visa o mantimento do<br />

Canal de Suez em domínio egípcio para que o sul do Mar Mediterrâneo permaneça<br />

majoritariamente árabe, isto é, para que acordos referentes às importações, exportações, taxas,<br />

navegações e influências como um tudo continuem com ideais árabes e benéficos para tais.<br />

Haja vista que o estreito de Gibraltar, de parte litorânea marroquina, mantém papel<br />

fundamental nas navegações mediterrâneas tratadas, Marrocos desempenha grande papel e<br />

influência na Guerra de Yom Kippur.<br />

4.5. Egito<br />

Com a invasão da Península do Sinai por Israel em 1967, o Egito vê-se na obrigação de<br />

retomada de suas antigas terras e, juntamente aos sírios, invade os territórios judeus em 1973,<br />

dando início ao confronto. Sendo de extrema importância à região, a delegação egípcia<br />

acelera quanto a anexação de sua antiga península e, principalmente, quanto ao<br />

reestabelecimento do controle do Canal de Suez e do Mar Vermelho.<br />

Convergindo ao fato de ser um dos membros fundadores da Liga Árabe, e de a capital da<br />

mesma encontrar-se em seu território (Cairo), o Egito encontra ampla e unânime ajuda de<br />

seus países fronteiriços, que contemplam do compartilhamento de uma cultura muçulmana.<br />

Com tal, a nação egípcia mantém boas relações com as delegações do Grande Oriente Médio,<br />

cuja presença dá-se, também, num comprometimento de recuo imperialista israelense, a fim<br />

de promover os ideais básicos antagônicos tão vigentes na Guerra Fria, isto é, a ajuda<br />

soviética torna-se de suma importância ao Egito, necessitando-a e utilizando-a acima de<br />

qualquer outra delegação.<br />

A labuta do Estado Egípcio deu-se, maleficamente, na necessidade de vistoria marinha, haja<br />

vista que seu litoral servira como facilidade às invasões judias e estadunidenses, ampliada<br />

11


pelo fato de Suez encontrar-se em domínio rival, isto é, os limites entre as duas nações aqui<br />

inimigas, Egito e Israel, eram controlados militar e unicamente pela delegação judia, algo<br />

demasiadamente perigoso para a iniciativa e retomada dos ideais egípcios e sírios.<br />

Representantes Egípcios:<br />

Anwar Sadat:<br />

“Coloquemos um fim às guerras, remodelemos a vida numa base sólida de justiça e verdade.”<br />

Presidente do Egito (1971-1981) e ganhador do Prêmio Nobel da Paz (1978).<br />

Comprometido com o nacionalismo egípcio, atuou como militar e político, além de participar<br />

em 1952 do golpe de Estado que retirou o então Rei Farouk I. Participou plenamente da<br />

liderança de ataque ao Estado de Israel em 1973, criando vários acordos com a Síria em<br />

função da guerra. Primeiro líder árabe a visitar Israel, Sadat inaugurou um período de<br />

tentativas de paz entre Israel e o Mundo Árabe, sendo laureado com o Prêmio Nobel da Paz<br />

anos após a Guerra de Yom Kippur por tentar estabelecer o Acordo de Camp David.<br />

Saad El Shazly:<br />

Chefe das Forças Armadas Egípcias durante a Guerra dos Seis Dias (1967) e Guerra de Yom<br />

Kippur (1973).<br />

Durante a Guerra dos Seis Dias, Saad El Shazly demonstrou grandioso mérito. Já em Yom<br />

Kippur, promoveu uma das mais difíceis façanhas de toda história dos conflitos entre Israel e<br />

Egito; uma marcha noturna em pleno deserto, entre as zonas inimigas. Mesmo sem nenhum<br />

12


suporte aéreo no momento ou inteligência externa, El Shazly fora capaz de chegar a Suez<br />

com quase zero baixas egípcias. Durante os anos seguintes, Saad foi altamente respeitado<br />

entre os meio militar.<br />

4.6. Síria<br />

Com a tomada das terras relacionadas às Colinas de Golã pelos israelenses na Guerra dos Seis<br />

Dias (1967), a Síria vê-se na obrigação de retomada de poderio de suas regiões árabes e,<br />

juntamente com a delegação egípcia, detém um grande cerco ao norte das terras agora<br />

israelitas, cujo montante militar soma mais de 150 mil homens por parte síria.<br />

As Colinas de Golã somam incontáveis benefícios a quem possuí-las. Com a nascente do Rio<br />

Jordão, os sírios, por inúmeras gerações, mantiveram-se com recursos hídricos básicos, algo<br />

de suma importância numa região cujo desfavorecer populacional em relação à água é de<br />

demasia escassez, promovido pelo clima árido e seco da região.<br />

Com sua adesão à Liga Árabe em Março de 1945, a nação síria detém fortíssimo apoio dos<br />

membros de seu mesmo grupo, multiplicando forças e projetos ao antagonismo vigente entre<br />

Israel e o Mundo Árabe.<br />

Promovendo graves perdas ao exército israelense, a Síria invade o Norte do Estado rival,<br />

criando amplas expectativas entre os árabes a respeito de uma derrota definitiva do Estado<br />

Judeu, mantendo esperanças, principalmente, à conquista de Jerusalém, cidade que detém um<br />

papel vital na Guerra do Yom Kippur. Em função dos profundos e bilaterais movimentos<br />

ideológicos da Guerra Fria, a Síria encontra na URSS força suficiente para seu mantimento de<br />

inimizade a Israel e, portanto, seu papel de promoção da luta indireta entre EUA e URSS é<br />

elevado ao maior dos patamares.<br />

Representantes Sírios:<br />

Hafez al-Assad:<br />

“Ataque os assentamentos do inimigo, transforme-os em pó, pavimente as estradas árabes<br />

com os crânios judeus.”<br />

Presidente da Síria (1971-2000), Primeiro Ministro (1970-1971) e Ministro da Defesa (1966 -<br />

1972).<br />

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Militar sírio e disseminador do islamismo, Hafez al-Assad chegou a alcançar certa apoio civil<br />

com medidas populistas, como a diminuição de preços dos produtos alimentícios em 15%.<br />

Abertamente favorável aos ideais de Pan-arabismo, al-Assad participou e ajudou fortemente<br />

partidos de esquerda, a exemplo do “Partida Comunista Sírio”, “Partido Socialista<br />

Nacionalista Sírio” e o “ Partido Ba’ath Árabe”.<br />

Mustafa Tlass:<br />

“(...) ao soldado de Aleppo, que matou 28 soldados judeus. Ele não utilizou armamentos<br />

militares para matá-los, utilizou um machado para decapitá-los. Ele então devorou o pescoço<br />

de um deles e o comeu na frente do povo.” – Relato de Mustafa Tlass, Yom Kippur.<br />

Ministro de Defesa da Síria (1972-2004).<br />

Comandante durante a era de Hafez e nascido numa família sunita, Tlass logo se identificou e<br />

alistou-se no “Partido Árabe Socialista Ba’ah”. Conhecido por seu alto grau intelectual<br />

promoveu uma imagem de homem cuja cultura era eclética, sendo um dos maiores nomes de<br />

difusão da literatura síria.<br />

4.7. Arábia Saudita<br />

Sendo uma das principais potências do Oriente Médio, a Arábia Saudita fora um grande<br />

integrante na Guerra do Yom Kippur. Mesmo sendo de um histórico aliado aos EUA, os<br />

sauditas juntaram-se plenamente aos países árabes, antagonizando Israel.<br />

A delegação enviou cerca de 3000 homens à luta nas Colinas de Golã, mas o dito não fora sua<br />

única participação na guerra; os sauditas deram um grande suporte financeiro e militar a todos<br />

seus aliados, como o envio carros de combate, que foram usados pelas forças sírias, sempre<br />

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em prol de uma conduta ideal de pan-arabismo e inimizade aos conceitos dicotômicos<br />

presentes na Guerra Fria.<br />

A Arábia Saudita mantém-se como o maior exportador de petróleo do mundo e tem como um<br />

de seus maiores compradores os EUA. Isso coloca o país árabe numa posição de sumo<br />

destaque no Oriente Médio, visto que se trata de um aliado do mundo ocidental que lutou<br />

contra o poderio de Israel, a favor dos muçulmanos.<br />

4.8. Iraque<br />

Sendo um dos fundadores da Liga Árabe, o Iraque sempre manteve uma atitude de<br />

hostilidades a Israel, sendo um dos maiores agressores durante a guerra de independência de<br />

1948.<br />

Na guerra do Yom Kippur (1973), o Iraque participa de todo o planejamento militar e<br />

econômico vigente, além de enviar cerca de 60 mil homens, 700 tanques e 500 veículos<br />

blindados para reforçar as tropas sírias durante a retomada das Colinas de Golã, cujo domínio<br />

israelense era pleno desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.<br />

Nutrindo um grande sentimento de revanchismo aos israelenses pelas derrotas árabes nas<br />

guerras anteriores, os iraquianos lutam pelos interesses árabes na região, opondo-se ao<br />

expansionismo israelense e imperialismo estadunidense na região, mantendo-se piamente a<br />

favor da criação de um Estado palestino para solucionar os conflitos da região.<br />

4.9. Jordânia<br />

Membro fundador da Liga Árabe, a Jordânia participou de todas as guerras que os países<br />

árabes travaram contra Israel.<br />

Durante a guerra de independência (1948-1949), a Jordânia ocupara a região da Cisjordânia e<br />

de Jerusalém Oriental, contudo, ao fim da guerra, ao invés apoiar a criação de um Estado<br />

palestino, a Jordânia anexou formalmente tais regiões, opondo-se às lideranças palestinas e<br />

fazendo com que alguns países exigissem a expulsão da Jordânia da Liga Árabe.<br />

Durante a Guerra do Yom Kippur, com embates ocorrendo inclusive ao longo da linha de<br />

cessar fogo do rio Jordão, a Jordânia enviou uma brigada para a Síria a fim de atacar unidades<br />

israelenses dentro do território árabe, sendo de demasiada importância.<br />

4.10. Turquia<br />

Em 1955, a Turquia ingressou na OTAN, sendo o único país do Oriente Médio a fazer parte<br />

da organização. Isso fez com que a Turquia virasse um grande aliado estadunidense, e com<br />

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que fosse o país mais amigável a Israel dentro do Grande Oriente Médio, tornando-se o<br />

primeiro país de maioria islâmica reconhecer sua independência.<br />

A Turquia, apesar de não envolver-se direta e fortemente conflitos externos, sofre com alguns<br />

problemas internos, muitos deles causados por uma grande população curda que vive ao sul<br />

do país, algo de extrema relevância quando considerado que a etnia curda mantém-se em<br />

diversos países do Oriente Médio.<br />

Durante os conflitos entre árabes e israelenses, a nação turca manteve uma conduta de<br />

paralelismo, coloquialmente denominada “em cima do muro”, haja vista que seus interesses<br />

mútuos entre ocidente e oriente a fizera, durante a Guerra dos Seis Dias, condenar Israel e,<br />

portanto, juntar-se aos países árabes e requerer a retirada das regiões ocupadas, apoiando-os<br />

durante Yom Kippur.<br />

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5. DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL (DPO)<br />

5.1. Estrutura e Conteúdo<br />

Como o nome indica, o Documento de Posição Oficial (DPO) é uma declaração sintetizada a<br />

respeito do posicionamento de cada país frente ao tema do comitê. Buscando a padronização<br />

dos papéis, deve ser seguida a seguinte estruturação dos parágrafos:<br />

• 1°§: Introdução: dados relevantes sobre o país e breve apresentação do posicionamento com<br />

relação aos tópicos pertinentes.<br />

• 2°§: Desenvolvimento: exposição mais detalhada sobre os pontos de vista do país, com<br />

argumentos justificados por dados e fatos.<br />

• 3°§: Conclusão: citação dos objetivos que o país espera alcançar com a resolução criada<br />

durante as discussões e menção a potenciais parceiros.<br />

O DPO deve ser apresentado impresso em lauda única, com letra Times New Roman,<br />

tamanho ‘12’, espaçamento 1,5 e norma culta. Além disso, deve conter o nome oficial do país<br />

e a bandeira, bem como eventuais brasões e/ou selos imperiais. Cada delegado deve assinar<br />

seu documento, que deverá ser entregue à mesa diretora no primeiro dia da simulação.<br />

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5.2. Modelo de Base<br />

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6. DELEGAÇÕES<br />

• Israel:<br />

- Moshe Dayan<br />

- Ariel Sharon<br />

• Egito:<br />

- Anwar Sadat<br />

- Saad El Shazly<br />

• Síria:<br />

- Hafez al-Assad<br />

- Mustafa Tlass<br />

• Iraque<br />

• Jordânia<br />

• Marrocos<br />

• Arábia Saudita<br />

• Turquia<br />

• EUA<br />

• URSS<br />

Total: 13 participantes<br />

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7. BIBLIOGRAFIA<br />

https://www.google.com.br/amp/www.infoescola.com/historia/guerra-do-yom-kippur/amp/<br />

http://www.jewishvirtuallibrary.org/u-s-state-department-summary-of-the-yom-kippur-war<br />

https://www.google.com.br/amp/am.zerohora.com.br/amp/5728497/relato-de-medico-judeuque-atendia-em-hospital-israelense-inimigos-arabes-feridos-na-guerra-do-yom-kipur<br />

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Yom_Kippur<br />

https://www.google.com.br/amp/www.infoescola.com/historia/guerra-do-yom-kippur/amp/<br />

http://www.historiasiglo20.org/GLOS/yomkippur.htm<br />

https://www.herodote.net/6_octobre_1973-evenement-19731006.php<br />

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Moshe_Dayan<br />

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Ariel_Sharon<br />

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Anwar_Sadat<br />

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Hafez_al-Assad<br />

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Mustafa_Tlass<br />

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