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Lista de las 100 especies amenazadas ... - Interreg Bionatura

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pt<br />

É suficiente uma análise superficial da lista das espécies em perigo dos Açores para,<br />

imediatamente, percebermos a consequência imediata: é preciso agir. É preciso <strong>de</strong>terminar<br />

quais os factores que provocam o perigo e <strong>de</strong>linear estratégias para os minimizar<br />

ou, quando possível, os eliminar.<br />

Claro que, num mundo perfeito, o gran<strong>de</strong> objectivo seria po<strong>de</strong>r concluir que nos Açores<br />

não se conseguiam <strong>de</strong>terminar os <strong>100</strong> taxa em maior perigo, e que esta impossibilida<strong>de</strong><br />

não resultasse da inexistência <strong>de</strong> espécies, claro está. Mas, antecipando<br />

que haverá sempre ameaças sobre os organismos naturais, mesmo que potenciais, é<br />

nosso <strong>de</strong>ver, pelo menos, não admitir que constem na listagem espécies com funções<br />

cruciais nos nossos ecossistemas como as lapas (Género Patella), emblemáticas para<br />

parte da população, como os cagarros (Calonectris diome<strong>de</strong>a borealis), importantes<br />

na história natural dos Açores, como a Azorina vidalii, ou essenciais para a nossa<br />

gastronomia tradicional como o cavaco (Scyllari<strong>de</strong>s latus).<br />

Tomando também as espécies aqui referidas como ponto <strong>de</strong> partida, ir-se-ão fortalecer<br />

os processos <strong>de</strong> erradicação <strong>de</strong> espécies invasoras em áreas sensíveis – talvez<br />

a maior ameaça da flora natural dos Açores – tornar mais eficientes e aliciantes os<br />

programas <strong>de</strong> diversificação agrícola e dinamizar parcerias <strong>de</strong> pesquisa científica<br />

protocoladas com as instituições <strong>de</strong> investigação com acção nas terras e mares açorianos.<br />

Esta já tem sido a nossa postura no passado e é esse o caminho que queremos<br />

continuar a trilhar no futuro.<br />

Esta estratégia sequencial que inclui a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> problemas, a sua análise, a<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> metodologias para a sua erradicação, o confronto com as expectativas<br />

dos cidadãos (através <strong>de</strong> processos participativos), a passagem à acção, a<br />

monitorização <strong>de</strong> resultados e, finalmente, mas ciclicamente, a afinação do método,<br />

tem produzido interessantes resultados. Estamos em crer que foi assim que chegámos<br />

ao nível da excelência, como é reconhecido recorrentemente. Iremos trabalhar<br />

para o manter e, sempre que possível, melhorar.<br />

Fre<strong>de</strong>rico Cardigos<br />

Biólogo<br />

Director Regional do Ambiente e do Mar do Governo Regional dos Açores

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