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Clique aqui para baixar o pdf das animações - Anna Barros

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STILLS E Backlights<br />

ANNA BARROS


Toda mensagem é revelada pela luz e é um produto da luz<br />

física conjugada à luz interior do espirito, a imaginação<br />

A primeira pergunta: o que é isto? Estas obras são<br />

fotografia?<br />

São stills de <strong>animações</strong> computadoriza<strong>das</strong> com saída em<br />

papel fotográfico. São, portanto, semelhantes às fotos<br />

digitais em aparência, mas não em técnica.<br />

São imagens híbri<strong>das</strong> como a maioria do que se entende<br />

por imagem, hoje.<br />

Origem na minha obra: documentação de <strong>animações</strong><br />

envia<strong>das</strong> <strong>para</strong> registro em catálogos e afins. Na<br />

história <strong>das</strong> imagens anima<strong>das</strong>, os stills têm a mesma<br />

função desde seu início uma vez que não é possível<br />

imprimir a imagem em movimento.<br />

Nestes trabalhos, os stills vão além de registro <strong>para</strong><br />

assumirem o papel da obra mestra.


Referência semiótica<br />

As imagens apresenta<strong>das</strong> não têm referente no real, nem são frutos de<br />

uma câmara seja analógica, seja digital, são atualizações visuais de<br />

um programa: 3D Max.<br />

Qualidades<br />

Imagens Híbri<strong>das</strong>.<br />

Origem - Animação em 3D, portanto realidade virtual não imersiva.<br />

Tornando-se stills, <strong>para</strong><strong>das</strong>, guardam a memória de um instante, e ao<br />

contrário da fotografia já existiam em sua completude ao serem<br />

memoriza<strong>das</strong>, pois não são representações do real. O instante<br />

eternamente em mutação quando visto no monitor, recebe agora, a<br />

qualidade do registro que torna a imagem memória.


Soulegg - Plotter de frames de animação<br />

computadorizada em 3D<br />

Dream Centenary CG Grand Prix99 Aizu Aizu, Japão<br />

Junho de 1999


MAHAMAHA<br />

2002<br />

Nesta primeira série foi dada saída às imagens de<br />

<strong>animações</strong> no programa 3D Max em Iris Print<br />

(impressas em Nova York) em papel e tinta de museu.


POÉTICA<br />

Estes trabalhos encaixam-se na minha obra na<br />

busca de uma realidade imaterial caracterizada<br />

pelas transparências dentro do imaterial da<br />

imagem digital. Buscam no abstrato<br />

manifestação de algo tão tênue e frágil como o<br />

próprio sentimento.<br />

Surgem e são trabalha<strong>das</strong> respeitando sua própria<br />

identidade.<br />

Dimensões – 70x56,02cm a 0,90X0,70 cm<br />

ANNA BARROS


it may not be true that one myth cancels another<br />

“...as seis fotos de colméias azula<strong>das</strong> trazem o texto it may not be<br />

true that one myth cancels the other.<br />

Uma chave <strong>para</strong> a obra de <strong>Anna</strong> <strong>Barros</strong> pode estar na série de<br />

imagens desse conjunto. Talvez seja verdade que a divindade<br />

revele o mundo todos os dias com seu olhar, mesmo depois do<br />

artista entender que é do seu olhar que nascerá sua criação.”<br />

Maria Izabel Branco Ribeiro<br />

Diretora do Museu de Arte Brasileira, FAAP


it may not be true<br />

0,90X0,70 cm


it may not be true<br />

3<br />

0,90X0,70 cm


ART<br />

70cmx56,02


NONAMENAMENO<br />

As três imagens azuis de NONAMENAMENO trazem<br />

um enigma. Imagens dinâmicas e poéticas, raios<br />

diagonais com movimento intenso em nuances<br />

cromáticas delica<strong>das</strong> à semelhança da luz atravessando<br />

a estrutura dos cristais, em contraste franco com seu<br />

título, misto da complexidade do fenômeno com o<br />

sentido desconexo do acúmulo de letras que tomam o<br />

lugar <strong>das</strong> palavras nas manchas destina<strong>das</strong> aos textos,<br />

em projetos de design gráfico.<br />

Maria Izabel Branco Ribeiro<br />

Diretora do Museu de arte Brasileira, FAAP


Lightseeds<br />

Lightseeds compreende seis pranchas fotográficas em<br />

tons alaranjados, traz formas arredonda<strong>das</strong> e oblongas<br />

translúci<strong>das</strong> deixando aparentes suas estruturas<br />

internas, meio termo entre engenhos mecânicos e<br />

estruturas orgânicas. Encerram um <strong>para</strong>doxo. Embora já<br />

sejam formas luminosas plenas, são referências<br />

explícitas a formas em gestação, que eclodirá após<br />

certo tempo de maturação <strong>para</strong> se tornarem plenamente<br />

formas luminosas.<br />

Maria Izabel Branco Ribeiro<br />

Diretora do Museu de Arte Brasileira<br />

FAAP


Lightseeds<br />

0,90X0,70 cm


ANIMAÇÕES<br />

Computadoriza<strong>das</strong><br />

Podem ser vistas no Youtube: annamcbarros


MAHAMAHA<br />

2002


Mahamaha, é um titulo fazendo uma blague com Mahabharata, pois maha em<br />

sânscrito é grande e bharata o nome do escritor. O trabalho não se propõe em<br />

nenhum momento a ilustrar algo mas sim criar algo novo com a memória de<br />

algo tão antigo.<br />

Este trabalho gira em torno de luz, sombra e transparência<br />

A gênese de meus trabalhos está muito freqüentemente ligada à excitação da<br />

imaginação pela memória de algum episódio ou narrativa arquetípica sob a<br />

forma de lenda ou de mitologia.<br />

Mahamaha, animação no 3d Max 3, nasce de um processo de anamnese<br />

semelhante.<br />

A rica história sagrada vedanta da Índia, é narrada no épico sânscrito<br />

Mahabharata, cujo episódio mais conhecido é o Bhagavad - gita. O que<br />

interessa <strong>para</strong> nós é o episódio do nascimento dos 100 filhos de Dhrtarastra<br />

com sua esposa Gandhari. O rei era cego de nascença o que fez com que sua<br />

esposa ve<strong>das</strong>se seus próprios olhos <strong>para</strong> poder compartilhar sua percepção<br />

do mundo. Gandhari, pelas bençãos <strong>das</strong> divindades, gera uma bola de carne a<br />

qual, durante cem anos, ela não dá a luz, foi preciso que Yasa-deva, uma<br />

expansão de Krisna, bata em seu ventre <strong>para</strong> que essa bola saia e então seja<br />

dividida em pedaços e colocados em recipientes onde foi colocada uma<br />

matéria nutriente. Desse método artificial nascem 100 filhos e uma filha.


Em Mahamaha, tomei as crianças como mundos individuais que deveriam dar<br />

origem a tudo o que é, e me ative a cinco indivíduos, os quais associei aos<br />

cinco elementos primordiais na herança védica: terra, água, fogo, ar e éter.<br />

Durante o transcorrer da criação de Mahamaha, essa informação inicial foi se<br />

distanciando <strong>para</strong> dar lugar às exigências da própria obra que terminou por se<br />

concentrar em mundos divididos pela cor, cada um com características<br />

próprias de objetos alados, aéreos, aquáticos ou terrestres.<br />

Na arte, o corpo, também é o campo de atividades e é composto pelos<br />

sentidos, pelas emoções, pela psique (alma e diz-se mesmo ele tem alma de<br />

artista), que se apoiam na mente (espirito), buscando na atualização da arte<br />

em uma obra, sua completude.<br />

A luz externa ausente na visão de Dhrtarastra torna-se nesta animação o<br />

elemento principal de criação, portanto unindo a luz interna à externa.<br />

Também é importante a conscientização do mundo globalizado em que<br />

vivemos, onde o local - a Índia antiga, nesta investigação a memória do épico<br />

sânscrito, é transportado <strong>para</strong> o lugar e época onde e em que vivemos e se<br />

atualiza num espaço outro que o mundo onde vivemos, o virtual. As cores<br />

escolhi<strong>das</strong> no trabalho devem contribuir com grande peso <strong>para</strong> a linguagem<br />

visual. O Azul é o universo alado, o Branco o da luz, os outros serão o<br />

Amarelo, o fonético, o Vermelho, o ctônico, e o Roxo, o onírico. Cada um com<br />

suas características próprias onde a iluminação ditará um pathos.<br />

ANNA BARROS<br />

Música Fernando Iasetta


TI-AMA-TI<br />

2003


A inspiração <strong>para</strong> Ti-ama-ti foi o texto Enuma Elish, épico<br />

babilônico que narra o assassinato de Tiamat, Grande-mãe<br />

do Mar, por Marduk, seu filho, <strong>para</strong> sentar em seu trono e<br />

conquistar seu poder. Ele inicia assim:<br />

Mother of all mothers,<br />

She who gave birth to all,<br />

A animação não se atem ao texto (embora ele esteja<br />

presente), não é de forma alguma uma ilustração; é sim<br />

uma dança cósmica entre o feminino e o masculino.<br />

Sempre me atrai essa fusão de algo tão antigo e<br />

arquetípico com as novas tecnologias.<br />

A música foi criada por Anselmo Guerra num diálogo com<br />

a animação.


ME-UNI-VERSE<br />

2004


LA HECHICERA<br />

2005


LA HECHICERA é uma criação poética usando um<br />

poema de Safo, Grécia séc. VII, (tradução espanhol de<br />

Octavio Paz) traduzido em código Morse, unindo<br />

elementos de três eras históricas.<br />

Música- Anselmo Guerra


MAVIE<br />

ADIV<br />

2007


ANIMAÇÃO<br />

2009


VERDAMOR<br />

2009


Verdamor,<br />

meu sempre amor pela natureza, o feminino, o<br />

contingente, o abrigo.<br />

As formas abstratas têm no final texturas de fotos da<br />

artista, dos jardins de Leonardo, no Loire e de Monet, em<br />

Giverny.


Stills 2010


Quando em Marte...a lua é azul<br />

2010


BACKLIGHTS<br />

As imagens digitais <strong>das</strong> <strong>animações</strong> foram<br />

transpostas <strong>para</strong> duratrans e coloca<strong>das</strong><br />

em backlights.


Como Pegar um Saci-si, 1998<br />

Backlights<br />

Valu Ória Galeria de Arte


ANNA BARROS<br />

2009<br />

©

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