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CGTP CULTURA N.º 6.pdf - Centro de Arquivo e Documentação da ...

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6<br />

cultura<br />

DEPARTAMENTO DE <strong>CULTURA</strong> E TEMPOS LIVRES DA <strong>CGTP</strong>-IN<br />

MEMÓRIA SINDICAL<br />

1.<strong>º</strong> Maio 1980<br />

Este meu<br />

testemunho como<br />

trabalhadora e<br />

sindicalista<br />

começa pelas<br />

origens.<br />

Intervir na <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> classe trabalhadora,<br />

foi sempre uma motivação que<br />

me acompanhou, em gran<strong>de</strong> parte,<br />

resultado <strong>da</strong> educação sobre os valores<br />

<strong>de</strong>mocráticos, transmiti<strong>da</strong> pelo<br />

meu pai, que foi um gran<strong>de</strong> lutador na<br />

sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral, pelas 8 horas <strong>de</strong><br />

trabalho e <strong>de</strong>mais condições <strong>de</strong> trabalho<br />

em plena ditadura.<br />

“Uma nota <strong>de</strong> registo, para participar nessas reuniões<br />

eu trocava <strong>de</strong> turno com a minha ain<strong>da</strong> colega Ai<strong>da</strong>,<br />

que <strong>da</strong>va todo o apoio, mas sempre receosa que algo<br />

me acontecesse <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagradável.”<br />

Maria do Carmo Tavares<br />

Mas foi no trabalho que <strong>de</strong>senvolvi<br />

e fui solidificando a minha consciência<br />

social e política e, felizmente, li<strong>de</strong>i sempre<br />

em ambientes <strong>de</strong> trabalho que também<br />

contribuíram para isso.<br />

Pela dignificação <strong>da</strong> minha profissão<br />

comecei a <strong>da</strong>r os primeiros passos<br />

como militante sindical. Com o <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

nomea<strong>da</strong>mente <strong>da</strong> indústria<br />

química no país, na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60,<br />

os analistas químicos tornaram-se um<br />

grupo profissional significativo e reivindicativo<br />

que levou à realização <strong>de</strong><br />

várias movimentações e reuniões para<br />

que houvesse uma regulamentação<br />

para a profissão. Para isso, contribuiu<br />

<strong>de</strong>cisivamente o ter havido eleições no<br />

Sindicato dos Químicos do <strong>Centro</strong>, em<br />

1972, que “correu” com os dirigentes<br />

comprometidos com o regime fascista,<br />

tendo em 1973 sido criado um<br />

grupo <strong>de</strong> trabalho com analistas, no<br />

qual me incluía, que começou a elaborar<br />

os alicerces dum instrumento <strong>de</strong><br />

trabalho, que foi publicado já <strong>de</strong>pois<br />

<strong>da</strong> Revolução <strong>de</strong> Abril sob a forma <strong>de</strong><br />

Portaria, assina<strong>da</strong> pelo então Secretário<br />

<strong>de</strong> Estado Carlos Carvalhas.<br />

Uma nota <strong>de</strong> registo, para participar<br />

nessas reuniões eu trocava <strong>de</strong> turno<br />

com a minha ain<strong>da</strong> colega Ai<strong>da</strong>, que<br />

<strong>da</strong>va todo o apoio, mas sempre receosa<br />

que algo me acontecesse <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagradável.<br />

Com a Revolução <strong>de</strong> Abril, comecei<br />

uma intensa activi<strong>da</strong><strong>de</strong> sindical, tendo<br />

sido eleita como dirigente em Março<br />

<strong>de</strong> 1975. O seu início foi logo <strong>de</strong> uma<br />

gran<strong>de</strong> exigência com a negociação<br />

do contrato colectivo vertical, <strong>de</strong> que<br />

me orgulho muito, para a indústria quí-

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