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versão para imprimir 1.0 - cassiano ricardo geromel

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— Rabicho? falou Voldemort, sem mudar o seu tom baixo e sóbrio, e sem tirar os olhos do corpo que<br />

girava acima, — Eu já não te falei sobre manter o nosso prisioneiro quieto?<br />

— Sim, M-Milorde, engasgou um pequeno homem na metade da mesa, que estava sentado tão<br />

profundamente em sua cadeira que esta, a princípio, parecia desocupada. Agora ele saltava de cadeira e<br />

dis<strong>para</strong>va da sala, deixando nada mais atrás dele que um curioso brilho de prata.<br />

— Como eu estava falando — continuou Voldemort, olhando mais uma vez <strong>para</strong> as tensas faces de seus<br />

seguidores. Eu entendo agora, eu posso precisar, por exemplo, emprestar uma varinha de um de vocês antes de<br />

ir matar Potter.<br />

As faces à sua volta entraram em choque, ele pareceu ter anunciado que queria um braço de um deles<br />

emprestado. — Sem voluntários? disse Voldemort, — Vamos ver... Lúcio, eu não vejo razão <strong>para</strong> você ainda<br />

ter uma varinha.<br />

Lúcio olhou <strong>para</strong> cima, sua pele parecia amarela e feita de cera sob a luz do fogo, seus olhos eram<br />

profundos e sombrios. Quando ele falou, sua voz estava embargada.<br />

— Milorde?<br />

— Sua varinha, Lúcio. Eu estou requisitando a sua varinha.<br />

— Eu...<br />

Malfoy olhou de lado <strong>para</strong> sua esposa. Ela estava <strong>para</strong>da logo à frente, quase tão pálida quanto ele, seu<br />

longo cabelo loiro caído em suas costas. Através da mesa os dedos finos de sua esposa fecharam brevemente<br />

em seu punho. Ao toque dela, Malfoy pôs a mão em seu robe, sacou uma varinha e a passou <strong>para</strong> Voldemort,<br />

que a segurou em frente aos seus olhos vermelhos, examinando-a atentamente.<br />

— Do que ela é feita?<br />

— Ulmeiro, Milorde — sussurou Malfoy.<br />

— E o núcleo?<br />

— Dragão, cordas de coração de dragão.<br />

— Bom — disse Voldemort. Ele sacou sua própria varinha e comparou os comprimentos. Lúcio Malfoy<br />

fez um movimento involuntário. Por uma fração de segundo, pareceu que ele esperava receber a varinha de<br />

Voldemort em troca da sua. O gesto não foi ignorado por Voldemort, cujos olhos apertaram maliciosamente.<br />

— Te dar a minha varinha, Lúcio? Minha varinha? — Alguns dos presentes deram risadinhas.<br />

— Eu lhe dei sua liberdade, Lúcio, isso não é o suficiente <strong>para</strong> você? Mas... eu tenho notado que você e a<br />

sua família parecem menos que felizes. O que há na minha presença em sua casa que o incomoda tanto, Lúcio?<br />

— Nada — nada, milorde.<br />

— Tais mentiras Lúcio...<br />

A voz suave parecia continuar a sair como um chiado de cobra, mesmo depois da boca cruel ter <strong>para</strong>do de<br />

se movimentar. Um ou dois dos bruxos quase não seguraram um tremido assim que o chiado começou a ficar<br />

mais alto. Alguma coisa pesada pôde ser ouvida deslizando através da mesa, embaixo dela.<br />

Uma cobra imensa emergiu e escalou lentamente a cadeira de Voldemort. Ela se levantou, aparentemente<br />

sem fim, e veio a descansar nos ombros de Voldemort. Seu pescoço da espessura da coxa de um homem; seus<br />

olhos, com seus orifícios verticais no lugar de pupilas, não piscavam. Voldemort tocava a criatura<br />

distraidamente com seus longos dedos, ainda olhando <strong>para</strong> Lúcio Malfoy.<br />

— Porquê os Malfoy parecem tão infelizes com seu bando? Não é o meu retorno, minha ascenção ao<br />

poder, o que eles sempre proclamaram desejar por tantos anos?<br />

— Mas é claro Milorde, disse Lúcio Malfoy. Sua mão tremia enquanto ele secava o suor de seu lábio<br />

superior. Nós desejávamos isso — nós ainda desejamos!<br />

À esquerda de Malfoy, sua mulher fez um estranho gesto de afirmação, seus olhos desviados de<br />

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