Abril / 11 - Diocese de Presidente Prudente

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02 Anúncio Ano XV 121 Abril 2011 Anúncio Ano XV 121 Abril 2011 15 Primeira Leitura Padre Sandro Rogério dos Santos Setor Diocesano de Comunicação Twitter @padre_sandro Blog http://padresandro.blog.uol.com.br 3 O BRASIL, OS “BRASILEIRINHOS” E OS VALORES “Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem” (Jr 31,15; Mt 2,18) Rio de Janeiro, quinta-feira, 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 23, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste), e matou a tiros 12 alunos – morreram dez meninas e dois meninos. Outras 12 pessoas ficaram feridas. O atirador, baleado pela polícia, cometeu suicídio. O Brasil se comoveu e acompanhou relatos de dor e estupefação de crianças e familiares. Conforme constatou a filósofa Viviane Mosé no quadro “liberdade de expressão” – com Carlos Heitor Cony e Artur Xexeo – da Rádio CBN na sexta-feira (8) “o Brasil cresce e perde os seus valores”. Assistimos ao Brasil progredir no cenário mundial em variadas frentes de ação. A população ascende social- mente. E mesmo com muita pobreza e resquícios de miséria, o Brasil é o país do momento. O futuro chegou. O Papa Bento XVI, em solo brasileiro, disse em 2007 que a América Latina não era mais o “continente da esperança”, mas o “do Amor”. E, nela, o Brasil de modo especial. Ou seja, somos o futuro no presente. Estamos bem posicionados na nova geografia mundial. Temos grandeza e progresso, sim, senhor. E com eles, os sintomas e as suas consequências. A sociedade brasileira anda sofrendo grandemente com a violência, cada vez mais gratuita. A vida perde o valor e o sentido. A sociedade de consumo não consegue saciar a todos, pois o “deus” consumo é insaciável. Há muitos filhos dessa sociedade adoecidos e agindo como tais. Não percebemos, ou o individualismo não nos tem permitido enxergar, o quanto o círculo de exclusão continua crescente. Hoje, são novas as aparências da exclusão, mas a forma e a os “frutos” são sempre semelhantes e os mesmos: desagregação, dor e morte. Herodes, nos tempos do nascimento de Jesus, mandou matar as criancinhas. O acontecido no Rio guarda alguma semelhança. Um jovem, perturbado, armado e “religioso” mata crianças indefesas em sala de aula. O que nos leva a perguntar: que anjo é esse, meu Deus? Está a serviço de quem? Mas somos incapazes de responder a tantas perguntas que nossa razão nos apresenta. Diante de tanta incompreensão me lembrei de uma historieta. Um homem zangado com Deus reclamava das misérias, das mortes estúpidas (!) e das violências da vida. Deus, bem humorado, dizia que os “anjos” que Ele tinha enviado à Terra não estavam fazendo a sua parte, por isso, tanta tragédia. Esses anjos enviados à Terra somos nós, homens e mulheres. Deus nos enviou para fecundar a terra de vida, de esperança, de justiça, de paz... entretanto, agimos de modo diferente e divergente da proposta original. E com tantos progressos técnico-científicos o “homem” continua desconhecedor de si. Dominamos as máquinas, mas não nos conhecemos. O que nos resta além de perguntar “Até quando?”, é rezar pelos nossos “brasileirinhos’ subtraídos da vida nessa brutal estupidez e manter a serenidade no passo da vida. Senhor, volta! Antes que pereçamos, volta! Vem, Senhor, não tardes mais! Pela vida, sempre! Agenda ABRIL 18 Via Sacra - 19h30 - Morada de Deus 20 Reun. do Cons. de Presbítero-09h00-Cúria 20 Reunião Geral do Clero-14h00-Cúria 20 Missa dos Santos Óleos-19h30-Catedral 23 e 24 Preparação Matrimônio-N. Sra. Fátima-Salão do Oras-Pres. Venceslau 24 Legião de Maria-Reunião Coord.-Sant. N. Sra. Aparecida 24 Pastoral Sobriedade-Reun. Coord. de Grupos-08h00-Salão Paroquial N. Sra. Mãe da Igreja 30 4ª Região Pastoral-Formaçãopara Catequistas-Teodoro Sampaio 30 Pastoral Catequética-Pedagogia da Iniciação-4ª Região-08h00-Teodoro Sampaio 30 Pastoral Catequética-Iniciação a Vida Cristã-Estudo CNBB, 97-3ª Região-13h00-Pres. Epitácio 30 Pastoral da Criança-Reunião 6ª área-15h00- Sandovalina Expediente – Jornal Anúncio Órgão informativo da Diocese de Presidente Prudente Rua Padre João Goetz, 400 – Jd Esplanada / Fone (18) 3918-5000, atendimento de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h30min às 17h. Bispo Diocesano: Dom Benedito Gonçalves dos Santos. SETOR COMUNICAÇÕES - responsável: Padre Sandro Rogério dos Santos. Jornalista Responsável: Padre Antonio Sergio Girotti (Pe. Tuti) Mtb 47.754. Editoração eletrônica: Tota. Impressão: Oeste Notícias Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 25 mil exemplares – distribuição gratuita e dirigida. Edição finalizada: 15/04/2011 / As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. SETOR DIOCESANO DE COMUNICAÇÕES compreende: Rádio Onda Viva, Jornal Anúncio, Portal na Internet, Colunas Semanais nos periódicos locais, Pastoral da Comunicação e Secretaria de Pastoral (Cúria Diocesana); Reuniões da PASCOM no terceiro sábado do mês na Cúria Diocesana, das 14h às 17h. Participe! Assim como o corpo humano tem necessariamente fome de pão e sede de água, para não cair na exaustão, o espírito humano, criado à imagem e semelhança de Deus, tem sede de Deus: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sal 42 (41), 2). (João Paulo II, 13/10/1991) anos no ar Rádio Onda Viva Sempre uma Boa Palavra ANIVERSARIANTE CLUBE DO OUVINTE SANTA TERESINHA MÊS ABRIL 1- José Rodrigues da Costa, P. Prudente; 2- Neusa Pereira Castro Ildelfoso, P. Prudente; 3- Francisca dos Santos Gregório, P. Bernardes, Fátima Maria Tenório Ajalla, P. Prudente; 4- Francisca da Silva Lucas, Ivonete de Souza Santos Moura, Piquerobi; Padre Sandro Rogério dos Santos, Rádio Onda Viva; 5- Maria de Lourdes Aparecida Silva, Nair Novaes Colombari, P. Prudente; 7- Ilma Alves da Silva Carvalho, Lindalva Vieira do Nascimento, P.Prudente; 9- Elizabete Menezes Vieira, Álv.Machado; 10- Angela Paris Teixeira, Eva Alves Gomes, Helena Maria Leite da Silva, Luzia Pereira de Aquino Sena, Maria Vilma da Silva, P. Prudente; 11- João Zeferino Barbosa Filho, Mirante do Parapanema, Leonides Siqueira de Souza Marchiori, P. Prudente; Maria de Lourdes Andrade, Dracena; 12- Cícera Chaves Soares, Daine Maria Oliveira Sampaio, P. Prudente, Wilson Souza de Moraes, Santo Anastácio; 13- Edna Maria de Aquino, Lucilene Paulina da Rocha, Ribeirão dos Índios; Lourdes Simões Ferreira da Cunha, P. Prudente; Maria de Fatia Pinhal Padovan, Piquerobi; 14- Alessandro José dos Santos, P. Prudente; Dirce Aparecida de Oliveira, Pirapozinho; Raquel Garcia de Oliveira, Flora Rica; 15- Catarina Ramos Bento Moreira, Regente Feijó; 16- Maria Lucia dos Santos, P.Prudente; 17- Ligia Cristina Fernandes, P. Prudente; 19- José Aparecido Garcia, Santo Anastácio; 20- Josefa Sutil da Silva, Santo Anastácio, Suzele Tavares Coutinho, Mirante do Parapanema; 21- Edneusa Cordeiro da Silva, Josina N. Chavier, P. Prudente; 22- Janete Biz Japecanga, Ribeirão dos Índios; 24- Claudia Silva de Oliveira, Pirapozinho; 26- Nadir Branquinho Scalon Pacagnela, P. Prudente; 27- Geni da Costa Pavani, Álvares Machado; 29- Fátima das Graças Lima, Pirapozinho, Joel Turino, P. Prudente; 30- Sirley Aparecida Leite da Silva, P. Prudente. Rua Padre João Goetz, 390 - Cx. Postal 3040 CEP 19061-460 - Presidente Prudente - SP Fone 18 3918 5300 nossa programação respeita a sua fé, a sua inteligência e a sua família. A melhor pregação que podem os bispos, o serviço mais frutuoso que podem prestar à sua gente, o gesto mais eficaz que podem realizar será certamente a demonstração veraz e visível que puderem dar de comunhão entre eles. Ao contrário, sem essa comunhão, o resto se revela perigosamente precário. (João Paulo II, 10/7/1980)
14 Anúncio Ano XV 121 Abril 2011 Anúncio Ano XV 121 Abril 2011 03 O MISTÉRIO DA PÁSCOA A Páscoa é ao mesmo tempo uma passagem através da paixão. Este é o verdadeiro Mistério da Páscoa. Estas são, podemos dizer, as duas faces da Páscoa. Então, iniciemos falando a respeito da primeira face da Páscoa: Passagem. Também este termo “passagem” possui dois significados: a passagem de Deus e a passagem do homem. A passagem de Deus é a seguinte: a festa da Páscoa, em primeiro lugar, recorda a passagem de Deus; indica uma ação de Deus que passa sobre, que salta, que resguarda, que protege. E isso é bem verdade, pois todos sentimo-nos protegidos por Deus. Será que, na verdade, Ele não é o nosso protetor? A quem recorremos quando precisamos de ajuda, a quem suplicamos quando as dificuldades da vida aparecem a nós, quando a doença chega, quando a morte aproxima- -se, quando a força já não existe, quando a limitação aparece! Vejamos que, nesse sentido, o conteúdo ou o evento que a Páscoa comemora é, pois, a passagem salvífica de Deus: Páscoa, porque passou! Aqui, o protagonista é Deus; o acento está todo na iniciativa divina, isto é, na causa, mais que no efeito, da salvação. Quando, por sua vez, dizemos que a Páscoa é a passagem do homem da escravidão para a liberdade, dizemos que aqui, o protagonista “não é” mais Deus que passa e salva, mas o homem ou o povo que passa e é salvo. Mas, também aqui, o homem é visto na dependência de Deus; isso quer dizer que o Êxodo é para a aliança do Sinai! O povo torna-se livre para servir a Deus; podemos ver isso em tantas passagens bíblicas. Em relação ao termo Páscoa- -Paixão, devemos dizer que seja “simplesmente” (não no sentido de simplório) uma comemoração, sobretudo, a respeito da “grande imolação”, isto é, da Paixão de Cristo, a ponto de a própria palavra “Páscoa” ter derivado do verbo que, em grego, significa sofrer. Assim, celebrar a Páscoa vem, de fato, do haver sofrido; é o sofrimento, mas não um sofrimento qualquer, senão, aquele que nos educa a entendermos o fato de a Páscoa ser a comemoração de toda a história da salvação, que tem como ponto culminante Jesus Cristo, e se prolonga na espera do seu retorno final, entendido como o termo escatologia. Daí, podemos afirmar que a morte de Cristo é vista na sua irrompante “vitalidade” e na sua força de salvação, de tal modo que a sua paixão foi a nossa ressurreição. Bonito isso, não! E também, uma Verdade dada a nós, por esse Deus que nos ama incondicionalmente e quer que vivamos, experienciemos, transmitamos esse mesmo amor aos irmãos e irmãs, doando-nos até que chegue, também, de uma certa forma, a nossa páscoa, a nossa passagem. Deste modo, possuímos, conforme acima citado, o termo “co- nexo” Páscoa, passagem através da paixão. Assim, podemos entender o primeiro como que uma resposta do homem a Deus (passagem) e o segundo uma iniciativa de Deus (paixão). Isso leva-nos a entender que a iniciativa Divina está na Pessoa de Cristo, que deve ser vivenciada por todos nós, pois Ele toma consciência e realiza a passagem deste mundo para o Pai (cf. Jo 13,1). A partir deste texto é finalmente alcançado o equilíbrio e a síntese entre paixão e passagem, entre Páscoa de Deus e Páscoa do homem, entre paixão e ressurreição de Cristo, entre Páscoa litúrgica e sacramental, e Páscoa moral e ascética. A passa- passar é preciso. E se não passamos para Deus que permanece, passaremos com o mundo que passa. Mas quão melhor é passar “do mundo”, antes que passar “junto com o mundo”; passar para o Pai, antes que para o inimigo. Páscoa é passar aquilo que não passa! gem de Jesus deste mundo ao Pai abrange, em uma unidade estreitíssima, paixão e ressurreição: foi através da sua paixão que Jesus chegou à glória da ressurreição. Isso quer dizer que através da paixão, o Senhor passou da morte para a vida. Paixão e passagem já não são, pois, duas explicações contrapostas, mas conjugadas entre si; a Páscoa cristã é uma passagem pela paixão. Por isso, em Jesus, os dois protagonistas da Páscoa, Deus e o homem, deixam de ser alternativos ou justapostos e tornam-se um só, porque em Cristo humanidade e divindade são uma mesma pessoa! Autor e destinatário da salvação encontraram-se; graça e liberdade abraçaram-se. Nasceu a “nova e eterna Aliança”; eterna, porque agora ninguém poderá mais separar os dois contraentes, tornados em Cristo uma só pessoa. Isso não quer dizer que é somente Cristo que faz a Páscoa, que passa desse mundo para o Pai. A partir do momento (isso é muito importante para a nossa vida de fé), de fato, em que ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou pela nossa justificação (cf. Rm 3,24), na paixão e ressurreição do Senhor é consagrada a nossa passagem da morte para a vida. Vejamos a solidariedade de Cristo para com a humanidade. Por Ele, com Ele e n,Ele, fazemos a passagem ao Pai. Todos, portanto, já passamos com Cristo para o Pai e “a nossa vida já está escondida com Cristo em Deus”, todavia, devemos ainda passar. Passamos “em esperança” e “em sacramento”, na esperança e pelo batismo, mas devemos passar na realidade da vida cotidiana, imitando a sua vida e sobretudo o seu amor: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (cf. Lv 19,18; Mt 22,37-39; Mc 12,30-31; Lc 10,27). Concluindo, podemos dizer que, e de fato deve ser assim, passar é preciso. E se não passamos para Deus que permanece, passaremos com o mundo que passa. Mas quão melhor é passar “do mundo”, antes que passar “junto com o mundo”; passar para o Pai, antes que para o inimigo. Páscoa é passar aquilo que não passa! Uma feliz e Santa Páscoa a todos! Deus nos ilumine e nos ajude a vivenciarmos, verdadeiramente, a Páscoa, e completarmos, de verdade, esta “santa passagem”. Assim seja. Pe. Edcarlos Amorim Moreira Administrador da Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Tarabai Na nossa atividade de ministério terão de prevalecer sempre as coisas concernentes a Deus, se quisermos que permaneça com toda a sua vitalidade a nossa condição de constituídos a favor dos homens (cf. Mt 6, 32). (João Paulo II, aos bispos, 10/7/1980)
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