CARTA MENSAL - Distrito 4540
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INFORMAÇÕES DO DISTRITO<br />
fiz com a ajuda do Rotary foi com meu<br />
compadre Luis Gustavo Toledo, que<br />
conheci durante meu intercâmbio<br />
nos Estados Unidos, e que fiz questão<br />
de homenagear dando minha<br />
única filha, Laura Rizzo, para ele batizar;<br />
todos os meus companheiros de<br />
Clube, que hoje considero meus melhores<br />
amigos; alguns líderes de IGE;<br />
intercambiários recebidos e enviados<br />
pelo Pinhal; meu pai americano,<br />
Thomas Redington, que, em função<br />
de seu empenho no desenvolvimento<br />
de projetos em prol da nossa comunidade,<br />
recebeu o título de cidadão<br />
sãocarlense, e, principalmente,<br />
minha noiva Denise Fernandes Britto,<br />
que conheci graças ao Rotary. Destaco,<br />
ainda, como Momento Rotary,<br />
meu privilégio semanal de poder participar<br />
das reuniões ao lado de meu<br />
pai, Fernando Celso Rizzo, e de meu<br />
irmão, Julio Rizzo, pois, na correria<br />
dos tempos modernos, não disponho<br />
das horas que gostaria para ficar<br />
com eles e, assim, o Clube nos<br />
une ainda mais. E, por que não dizer<br />
das experiências rotárias em outros<br />
países, quando os rotarianos sempre<br />
me receberam com tanta atenção?<br />
Diante do exposto, que considero<br />
um pequeno exemplo da relevância<br />
de Rotary em minha vida, acredito ter<br />
um débito muito grande com Rotary<br />
Internacional e, para saldá-lo, tento<br />
divulgar nossa instituição, trazer novos<br />
companheiros para dentro dela<br />
e, principalmente, encarar os novos<br />
desafios rotários com entusiasmo e<br />
comprometimento.<br />
Celso Rizzo<br />
Governador Assistente – Grupo 15<br />
D. <strong>4540</strong><br />
MEU MOMENTO ROTARY40<br />
No ano 1997<br />
chegamos de<br />
Santanésia, do<br />
interior do estado<br />
de Rio de<br />
Janeiro, para<br />
Sertãozinho.<br />
Santanésia: a<br />
vila onde mo-<br />
ramos durante<br />
25 anos. Construída pala fábrica de<br />
papel onde trabalhava. Trabalhava<br />
muito, não tinha hora. Lá tínhamos<br />
muitos amigos. Amigos do trabalho,<br />
amigos devido à escola das crianças e<br />
muitos outros. A vida era muito agitada.<br />
Frequentes festas no clube da empresa,<br />
aniversários, comemorações, natal, carnaval,<br />
festa junina e assim por adiante.<br />
Não tínhamos tempo para nada. Dia começava<br />
e terminava sem percebermos.<br />
Minha esposa Shanta às vezes dava em<br />
um dia só três voltas de Santanésia ate a<br />
Barra do Piraí, a cidade vizinha, para levar<br />
e buscar as crianças de escola, aula<br />
de inglês, academia, compras etc., era<br />
uma correria constante e interminável.<br />
Sertãozinho: Um contraste. Eu trabalhava<br />
na Smar e dedicava longas horas ao<br />
trabalho. Mas a Shanta além de cuidar<br />
da casa não tinha muitas atividades uma<br />
vez que os filhos ficaram no Rio de Janeiro<br />
começando suas carreiras profissionais.<br />
Isso criou-se um grande vazio<br />
para ela. Não conhecia ninguém, não<br />
tinha amiga, tudo estranho: a cidade, as<br />
lojas etc. Para agravar a situação, além<br />
de trabalhar muito eu viajava para exterior<br />
com muita frequência, às vezes duas<br />
ou três vezes em um mês. E a Shanta<br />
ficava sozinha num lugar totalmente<br />
novo e desconhecido. Isto a incomodava<br />
muito. Explicava que devia manter a<br />
calma, pois aos poucos as coisas iriam<br />
melhorar. Tentamos fazer amizade com<br />
vizinhos etc., mas não tivemos muito<br />
sucesso, pois amigos surgem naturalmente<br />
e não se pode “fabricar” amigos.<br />
Aos poucos as consequências inevitáveis<br />
começaram a surgir. A Shanta<br />
começou a reclamar de dor de cabeça<br />
com frequência, dor nas costas, mal estar,<br />
desânimo, etc. Reclamava que os<br />
filhos não ligavam para ela, que eu só<br />
preocupava com meu trabalho, ninguém<br />
quer saber dela etc. etc. Ela queria voltar<br />
para Santanésia, pois lá era muito bom.<br />
Começou tomar remédios, mas nada<br />
adiantava. Eu comecei a ficar muito preocupado.<br />
Não podia concentrar no meu<br />
trabalho, que também demandava dedicação<br />
maior, pois envolvia uma área<br />
nova. Era uma situação difícil e preocupante<br />
que precisava uma ação rápida e<br />
enérgica para resolvermos. Coincidentemente<br />
um dia um rotariano (Sertãozinho<br />
tem dois Rotary Clubes) nos procurou.<br />
Disse que soube que somos indianos e<br />
que eles receberão um grupo da Índia<br />
(o IGE) e queria a nossa ajuda para receberem<br />
o grupo. Aceitamos o convite.<br />
O grupo passou quatro dias na cidade<br />
13 | Carta Mensal | <strong>Distrito</strong> <strong>4540</strong> | Outubro 2012<br />
<strong>CARTA</strong><br />
<strong>MENSAL</strong><br />
e nós fizemos tudo para que o mesmo<br />
sentisse bem. Ficaram muito felizes. Fizemos<br />
amizade com os visitantes e com<br />
os rotarianos dos dois clubes também.<br />
Os quatro dias passaram rapidamente e<br />
nós adoramos cada minuto do evento.<br />
Neste período a Shanta não sentiu nenhuma<br />
dor de cabeça e passou muito<br />
bem. Assim ficou claro, qual era o remédio<br />
que ela estava precisando. Nas<br />
semanas seguintes os rotarianos dos<br />
dois clubes nos convidaram algumas<br />
vezes para participarmos nas reuniões<br />
deles e logo quiseram que entrássemos<br />
no clube deles. Isto criou uma situação<br />
difícil, pois nós gostamos dos dois clubes<br />
e entrando em um deles magoaria o<br />
outro. Então, recusamos. Embora sabíamos<br />
que o mais que a gente queria em<br />
aquele momento era entrar no Rotary. Algumas<br />
semanas depois dois membros<br />
do Rotary Sertãozinho Aparecida chegaram<br />
ao nosso apartamento e disseram<br />
que eu teria que tomar posse no Rotary<br />
deles naquela noite, pois tinham uma<br />
reunião festiva importante. Ficamos sem<br />
graça para negar, mas disse-lhes que a<br />
única condição que teria é que levasse a<br />
Shanta em todas as reuniões, pois não<br />
gostaria de deixar ela sózinha em casa.<br />
Eles aceitaram. Enquanto eles esperaram<br />
na sala, nós nos vestimos e fomos<br />
à reunião e tomei a posse. Entramos no<br />
Rotary com toda vontade e conseguimos<br />
as duas coisas que estávamos procurando<br />
naquele momento: ocupação e<br />
a amizade (companheirismo). O pessoal<br />
do Rotary nos recebeu de braços abertos,<br />
com carinho e respeito e logo a vida<br />
monótona de Shanta deu uma virada de<br />
180 graus. Agora ela não tinha tempo<br />
para nada (nem para mim !!!). Quase<br />
todos os dias tinha alguma atividade da<br />
Casa da Amizade do Rotary. Era só felicidade!<br />
O Rotary mudou a nossa vida.<br />
Hoje, após 15 anos quando olhamos<br />
para trás não acreditamos quanto próximo<br />
cegamos a uma crise que podia mudar<br />
o rumo da nossa vida, mas o Rotary<br />
salvou a situação.<br />
Rajendra Kumar Mehta<br />
Presidente 2012-13<br />
RC de Sertãozinho Aparecida<br />
Presidente Comissão do<br />
Conselho Fiscal<br />
D. <strong>4540</strong>