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Reformadoras de pneus - Associação Brasileira dos Recauchutadores

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OUT<br />

2012<br />

Pércio Schnei<strong>de</strong>r<br />

ARTIGO<br />

42<br />

Pedro Celso<br />

Vilões<br />

<strong>dos</strong><br />

O QUE SE ESPERA<br />

DE UM PNEU, SEJA ELE<br />

NOVO OU REFORMADO,<br />

É OBTER OS MELHORES<br />

RESULTADOS POSSÍVEIS<br />

em durabilida<strong>de</strong>, rendimento<br />

e custo quilométrico, e isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> fatores e condições.<br />

Sabe-se que o pneu <strong>de</strong>ve exercer<br />

diversas funções: a<strong>de</strong>rir ao piso, respon<strong>de</strong>r<br />

às frenagens e acelerações,<br />

transmitir a força motriz, suportar a<br />

carga, garantir a dirigibilida<strong>de</strong>, proporcionar<br />

conforto e, acima <strong>de</strong> tudo, segurança.<br />

Mas existem inúmeras variáveis<br />

que po<strong>de</strong>m comprometer uma ou<br />

várias <strong>de</strong>ssas funções, parcial<br />

ou totalmente.<br />

Costumo dizer que o<br />

pneu é a gran<strong>de</strong> vítima <strong>de</strong><br />

tudo o que existe embaixo<br />

<strong>de</strong>le, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le e em<br />

cima <strong>de</strong>le. Como? É o que<br />

veremos a seguir.<br />

Embaixo do pneu temos<br />

o piso por on<strong>de</strong> irá<br />

trafegar. Não cabem aqui<br />

discussões sobre o estado<br />

<strong>de</strong> conservação das vias,<br />

urbanas ou rodoviárias,<br />

isso é fator secundário. O<br />

que <strong>de</strong>vemos saber é que<br />

a simples mudança do piso<br />

irá alterar os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho.<br />

O gráfico acima, divulgado<br />

no site da Pirelli, nos<br />

<strong>pneus</strong><br />

TIPO DE PISO<br />

Asfalto liso<br />

Asfalto <strong>de</strong> baixa abrasivida<strong>de</strong><br />

Superfície concretada<br />

Paralelepípedo<br />

Asfalto <strong>de</strong> alta abrasivida<strong>de</strong><br />

Asfalto em más condições<br />

Estradas <strong>de</strong> terra<br />

Cascalho<br />

dá essa dimensão. Não<br />

importa a quilometragem<br />

obtida. Foi adotado<br />

como referência<br />

o resultado obtido sobre<br />

asfalto liso e a ele<br />

atribuído um índice <strong>de</strong><br />

100%. Rodando sobre<br />

outros pisos, os resulta<strong>dos</strong>,comparativamente,<br />

proporcionaram a<br />

perda <strong>de</strong> quilometra-<br />

gem.<br />

E não é com qualquer pneu ou banda<br />

que irá obter os melhores números.<br />

Caminhões zero km saem <strong>de</strong> fábrica, na<br />

maior parte <strong>dos</strong> casos, com <strong>pneus</strong> genéricos<br />

pois a fabricante, ainda na linha <strong>de</strong><br />

montagem, não sabe qual aplicação será<br />

dada ao veículo, exceção feita aos chama<strong>dos</strong><br />

vocacionais, com aplicações específicas.<br />

Um mesmo chassi po<strong>de</strong> ser equipado<br />

com baú, prancha, báscula, etc.<br />

Uma empresa na Gran<strong>de</strong> São Paulo<br />

que atua na coleta <strong>de</strong> resíduos industriais,<br />

adquiriu novos veículos que vieram<br />

<strong>de</strong> fábrica com <strong>pneus</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado fabricante<br />

e o <strong>de</strong>sempenho, quando novos,<br />

foi sofrível. Ao reformar com bandas do<br />

mesmo fabricante, mas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho diferente<br />

e sugeridas pelo reformador, os resulta<strong>dos</strong><br />

foram muitíssimo superiores.<br />

VIDA ÚTIL DA BANDA DE RODAGEM (%)<br />

20<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

Dentro do pneu temos principalmente<br />

a calibragem e os consertos aplica<strong>dos</strong>.<br />

Calibragem incorreta é o maior vilão.<br />

Em excesso, causa <strong>de</strong>sgaste no centro<br />

da banda <strong>de</strong> rodagem e, se for baixa,<br />

o <strong>de</strong>sgaste será maior nas extremida<strong>de</strong>s,<br />

além <strong>de</strong> contribuir para o aumento do<br />

consumo <strong>de</strong> combustível.<br />

O mesmo fabricante traça um gráfico<br />

com a influência da variação da pressão<br />

sobre quilometragem. Seja ela acima ou<br />

abaixo do especificado, o resultado sempre<br />

será abaixo do melhor possível.<br />

Uma diferença <strong>de</strong> 5 libras na pressão<br />

entre dois <strong>pneus</strong>, em montagem dupla,<br />

provoca um arrasto <strong>de</strong> quase 3 metros a<br />

cada quilômetro rodado no pneu que estiver<br />

com menor pressão, e consequentes<br />

<strong>de</strong>sgastes irregulares.<br />

Os consertos aplica<strong>dos</strong>, especialmente<br />

os manchões, são necessários para reparar<br />

um dano e cumprem essa função.<br />

Mas, por outro lado, provocam uma situação<br />

secundária, geralmente <strong>de</strong>sprezada<br />

por quem utiliza os <strong>pneus</strong>.<br />

Um manchão, quando aplicado num<br />

<strong>de</strong>terminado ponto da carcaça, resulta<br />

em acréscimo <strong>de</strong> peso neste local, provocando<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio, sendo necessário<br />

fazer o balanceamento para restaurar<br />

o equilíbrio perdido. O problema é que,<br />

<strong>de</strong> modo geral, isso só é feito nos <strong>pneus</strong><br />

90<br />

100

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