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Março - Casa de Francisco de Assis

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6 - Informativo da <strong>Casa</strong> <strong>de</strong> <strong>Francisco</strong> <strong>de</strong> <strong>Assis</strong> - <strong>Março</strong> 2011<br />

CONSULTÓRIO JURÍDICO<br />

TRAJETÓRIA SOCIAL E POLÍTICA<br />

DA MULHER NO BRASIL<br />

Benedito Calheiros Bomfim *<br />

A Mulher brasileira, até o início do século passado, era<br />

escravizada à autorida<strong>de</strong> do pai e <strong>de</strong>pois, casada, à do marido. Sua<br />

honra residia na virginida<strong>de</strong>. O Brasil foi o único país oci<strong>de</strong>ntal a<br />

estabelecer na Constituição a indissolubilida<strong>de</strong> do casamento (Carta<br />

<strong>de</strong> 1937, Constituição <strong>de</strong> 1946, Cartas <strong>de</strong> 1937 e 1969). Esse preceito<br />

foi alterado na Constituição <strong>de</strong> 1988, com base na lei <strong>de</strong> autoria do<br />

Deputado Nelson Carneiro, aprovada em Junho <strong>de</strong> 1977, que admitia a<br />

dissolução do casamento pelo divórcio. A infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> masculina é vista<br />

com certa complacência, enquanto na mulher é uma mancha em sua<br />

reputação.<br />

A Lei 21.917/A/32, revogada pela Consolidação das Leis do<br />

Trabalho, vedava à mulher trabalho noturno <strong>de</strong> qualquer espécie. Em<br />

sua redação original, a CLT proibia o trabalho noturno da mulher,<br />

exceto em poucas ativida<strong>de</strong>s, inclusive insalubres, em obras <strong>de</strong><br />

construção. Ao fixar o primeiro salário mínimo em 1940, Decreto-lei <strong>de</strong><br />

31.8.40 autorizou a redução <strong>de</strong> seu valor para a trabalhadora. Permitiu<br />

que o marido se opusesse à contratação da esposa, caso em que esta<br />

teria <strong>de</strong> obter a autorização da Justiça. A CLT estabelecia ainda que ela<br />

não se aplicava aos empregados domésticos. Os direitos trabalhistas<br />

<strong>de</strong>stes, contudo, com o tempo, vêm sendo, em gran<strong>de</strong> parte,<br />

gradativamente reconhecidos, e já se equiparam aos dos <strong>de</strong>mais<br />

trabalhadores, inclusive no tocante aos benefícios previ<strong>de</strong>nciários.<br />

Ainda hoje, entretanto, a lei não lhes garante limitação das horas <strong>de</strong><br />

trabalho.<br />

A Carta das Nações Unidas, homologada pelo Brasil em<br />

1984, estabelece a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direitos do homem e da mulher e<br />

obriga seus signatários a assegurar “a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gozo <strong>de</strong> todos os<br />

direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos”. A Organização<br />

dos Estados Americanos aprovou a Convenção Interamericana Para<br />

Erradicar a Violência Contra a Mulher.<br />

Apesar disso e das garantias igualitárias <strong>de</strong> nossa<br />

Constituição, a mulher continua a ser discriminada, discriminação que<br />

só acabará quando lhe for assegurada <strong>de</strong> fato, também, a igualda<strong>de</strong><br />

econômica. Basta lembrar a prostituição <strong>de</strong> meninas <strong>de</strong> 12 a 17 anos<br />

que, nas regiões mais atrasadas, levadas pela pobreza, oferecem<br />

seus corpos em troca <strong>de</strong> migalhas, postando-se até em logradouros<br />

públicos à espera <strong>de</strong> clientes. Meninas e mulheres, mediante falsa<br />

promessa <strong>de</strong> bons empregos, são obrigadas a se prostituir no exterior.<br />

A ONU estima que, em 2001, 785 mil brasileiras, na maioria vindas <strong>de</strong><br />

Goiás, Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo, foram obrigadas a se prostituírem<br />

fora do Brasil. Para atendimento e proteção das mulheres vitimas <strong>de</strong><br />

violência doméstica foram criados Conselhos dos Direitos da Mulher e<br />

Delegacias Especializadas.<br />

À mulher é negado o direito <strong>de</strong> interromper a gravi<strong>de</strong>z,<br />

quando paises católicos como Portugal, Espanha e Itália, permitem o<br />

aborto. Estima-se que no mundo existem anualmente 75 milhões <strong>de</strong><br />

gravi<strong>de</strong>z in<strong>de</strong>sejadas, 70 mil dos quais terminam com a morte das<br />

mães. No Brasil é frequente, inclusive em famílias abastadas, a prática<br />

<strong>de</strong> abortos inseguros, clan<strong>de</strong>stinos.<br />

Apenas 5 das 100 maiores empresas brasileiras em receita<br />

têm mulheres na Presidência, um avanço se se consi<strong>de</strong>rar que em<br />

2000 só homens ocupavam tal cargo. Embora constituam 51% da<br />

população, as mulheres têm somente 31% no quadro funcional, 26,8%<br />

na supervisão, 22,15% na gerência, 13,7% no executivo, 8,9% nos<br />

Conselhos <strong>de</strong> Administração.<br />

Na longa e sofrida trajetória, as mulheres livraram-se da<br />

servidão doméstica, da submissão ao marido, conquistaram o direito<br />

<strong>de</strong> voto, igualda<strong>de</strong> conjugal, divorcio, liberda<strong>de</strong> sexual, controle <strong>de</strong> sua<br />

fertilida<strong>de</strong>, mercado <strong>de</strong> trabalho, ascensão social, cidadania. A eleição<br />

da primeira mulher a Presi<strong>de</strong>nte constitui um marco na conquista social<br />

e política do Brasil. Com ela, 24 mulheres ocupam a chefia <strong>de</strong> Estado<br />

no mundo. Dos 37 ministros <strong>de</strong> Dilma Rousseff, 9 são mulheres. Nas<br />

Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Direito, a maioria dos alunos são mulheres. Elas<br />

representam 50% dos advogados. Quase meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> juizas do<br />

trabalho é constituída também <strong>de</strong> mulheres. A ascenção feminina a<br />

altos cargos executivos, empresariais, magistratura, magistério,<br />

ciência, literatura, arte, economia, advocacia, <strong>de</strong>sfaz o mito da<br />

fragilida<strong>de</strong> e da inferiorida<strong>de</strong> da mulher, <strong>de</strong> sua incapacida<strong>de</strong> política,<br />

<strong>de</strong> competir com o homem intelectualmente e no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Como se vê, ficou para trás o tempo em que eram privativos <strong>de</strong> homens<br />

ativida<strong>de</strong>s ou profissões, tais como advocacia, magistratura,<br />

economia, política, jornalismo, literatura, artes, esporte, medicina,<br />

chefia <strong>de</strong> família, administração empresarial.<br />

*Benedito Calheiros Bomfim é membro da Aca<strong>de</strong>mia Nacional <strong>de</strong><br />

Direito do Trabalho, ex-Presi<strong>de</strong>nte do Instituto dos Advogados<br />

Brasileiros e ex-Conselheiro Fe<strong>de</strong>ral da OAB<br />

O PRAZER DA BOA COZINHA<br />

HAMBÚRGUER DE COUVE-FLOR<br />

Ingredientes<br />

3 xícaras (chá) <strong>de</strong> couve-flor em florzinha com 1 cm <strong>de</strong> talo<br />

1/3 <strong>de</strong> xícara (chá) <strong>de</strong> leite<br />

9 fatias <strong>de</strong> pão <strong>de</strong> forma, sem casca, esmigalhadas<br />

Queijo parmesão ralado a gosto (opcional)<br />

1 gema<br />

1 ovo<br />

Modo <strong>de</strong> fazer<br />

Cozinhar a couve-flor em água fervente até ficar macia. Escorrer e picar bem. Colocar a<br />

couve-flor em uma tigela e juntar o pão, o leite, o ovo, a gema, e o queijo ralado. Misturar<br />

bem e temperar com sal. Formar os hambúrgueres com ¼ <strong>de</strong> xícara da mistura. Untar uma<br />

frigi<strong>de</strong>ira antia<strong>de</strong>rente e levar ao fogo até esquentar bem. Fritar os hambúrgueres aos poucos<br />

em fogo baixo até dourarem dos dois lados.<br />

HAMBÚRGUER VEGETARIANO<br />

Ingredientes<br />

2 colheres <strong>de</strong> (sopa) <strong>de</strong> molho <strong>de</strong> soja<br />

2 colheres <strong>de</strong> (sopa) <strong>de</strong> salsinha<br />

2 colheres <strong>de</strong> (sopa) <strong>de</strong> manteiga<br />

3/4 xícara <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> rosca<br />

400 gramas <strong>de</strong> champignon<br />

1 cebola pequena picada<br />

1 xícara <strong>de</strong> lentilha<br />

1 cenoura ralada<br />

½ xícara <strong>de</strong> aveia<br />

pimenta-do-reino<br />

1 clara <strong>de</strong> ovo<br />

Modo <strong>de</strong> fazer<br />

Lave bem as lentilhas e cozinhe-as por cerca <strong>de</strong> 30 minutos em 2 xícaras <strong>de</strong> água até que<br />

estejam macias. Escorra e reserve. Pique os champignons. Coloque a manteiga em uma<br />

frigi<strong>de</strong>ira e refogue a cebola até que esteja dourada. Acrescente os champignons e refogue<br />

até que todo o líquido seque. Deixe esfriar. Misture em uma tigela as lentilhas, a mistura <strong>de</strong><br />

champignons, a aveia, cenoura e salsinha. Acrescente a clara batida levemente com o molho<br />

<strong>de</strong> soja. Salpique com sal e pimenta-do-reino e junte a farinha <strong>de</strong> rosca aos poucos para dar<br />

liga. Coloque a massa na gela<strong>de</strong>ira por 1 hora. Mol<strong>de</strong> os hambúrgueres e grelhe. Arrume no<br />

pão e sirva com o acompanhamento <strong>de</strong>sejado.<br />

HAMBÚRGUER DE FRANGO<br />

ngredientes<br />

1 peito <strong>de</strong> frango gran<strong>de</strong> sem osso (300 gramas)<br />

Sal e pimenta do reino a gosto<br />

4 <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> alho amassados<br />

2 fatias <strong>de</strong> bacon<br />

Óleo para untar<br />

Modo <strong>de</strong> fazer<br />

Passar o peito <strong>de</strong> frango, junto com o alho e o bacon, na máquina <strong>de</strong> moer ou no<br />

processador. Temperar com sal e pimenta. Formar os hambúrgueres com ¼ <strong>de</strong> xícara da<br />

mistura. Untar uma grelha ou uma frigi<strong>de</strong>ira antia<strong>de</strong>rente e levar ao fogo até esquentar bem.<br />

Fritar os hambúrgueres até dourarem dos dois lados.<br />

RESENHA LITERÁRIA<br />

DIMENSÕES ESPIRITUAIS<br />

DO CENTRO ESPÍRITA<br />

A autora reúne nesta obra sua ampla experiência <strong>de</strong> trabalhadora<br />

da seara espírita e <strong>de</strong> pesquisadora e expositora <strong>de</strong> reconhecidos<br />

méritos. Demonstra, com base em extensa e rica bibliografia, que<br />

o Centro Espírita não é apenas uma construção física, a<strong>de</strong>quada<br />

às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza educativa, mas é, sobretudo, “uma<br />

edificação espiritual, cujas bases <strong>de</strong>vem estar fincadas na rocha<br />

da Espiritualida<strong>de</strong>, da qual nascem as legítimas realizações para<br />

o engran<strong>de</strong>cimento moral das criaturas humanas”. Ao abordar,<br />

<strong>de</strong>ntre outros temas <strong>de</strong> relevância, os alicerces e a direção<br />

espiritual, os recursos magnéticos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do ambiente, as reuniões pública e<br />

mediúnica, a doutrinação, o <strong>de</strong>sdobramento em serviço mediúnico, evi<strong>de</strong>ncia a<br />

importância do Centro Espírita na sua condição <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> prece, lar, hospital, oficina e<br />

escola.

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