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Reconhecimento
PROFISSIONAL
Os eletricistas na Cemig, a cada dia trabalhado,
vislumbram menos perspectivas
de melhorias profissionais. Para um grupo
de trabalhadores, a situação é ainda mais
crítica. Vários eletricitários aprovados em
concurso de 2006, após quatro anos e meio
na função, continuam recebendo salário
base de inicio de carreira, não têm direito
ao anuênio e estão estagnados no Plano de
Carreira e Remuneração (PCR).
O Sindieletro acompanhou parte da rotina
de dois eletricistas que, totalmente
desmotivados e angustiados, falam do incômodo
de trabalhar numa empresa que
a cada ano gera mais lucros e não valoriza
os trabalhadores. “Damos um duro danado,
de dia e a noite, faça sol ou faça
chuva, e contribuímos para o crescimento
da Cemig. Mas, para nós, sobra o descaso.
E o que é pior, não acreditamos
nesse PCR direcionado que aí está”. O desabafo
vem dos dois eletricistas que, mesmo
com mais de quatro anos na empresa,
continuam no nível um.
O sentimento prevalece na maioria dos
trabalhadores da Cemig, a “melhor energia
do Brasil” que, pelo quarto ano consecutivo,
não consegue ser classificada para
participar da pesquisa elaborada pela Revista
Exame sobre as melhores empresas
para se trabalhar.
Além de não valorizar a carreira dos
trabalhadores, a Cemig permite que
Num cenário destroçado pela terceirização,
os eletricitários insistem na realização
de concurso público na Cemig.
Nas setoriais que abrem a campanha
para o ACT, os trabalhadores cobram a
criação de empregos de qualidade, sem
remendos na terceirização disfarçada de
emprego público, como acontece na
Cemig S, onde salários, benefícios e condições
de trabalho reproduzem a realidade
das empreiteiras.
eletricistas de nível um trabalhem em
dupla, sem o acompanhamento de trabalhadores
com classificação superior,
negligenciando as medidas de segurança.
Na avaliação do Sindieletro, esses
trabalhadores estão em desvio de
função e deveriam ser enquadrados um
nível acima.
Concurso público pra já!
O que a categoria quer é a volta dos eletricistas,
leituristas e outras funções para a
Cemig D e GT, com os mesmos direitos conquistados
pela categoria eletricitária, que é
uma só.
Para a direção da empresa, mais preocupada
com lucros para acionistas, lembramos
que emprego de qualidade significa
orgulho de trabalhar na Cemig, motivação,
e, consequentemente, produtividade. O Sindieletro
já alertou que, mais caro que man-
zero
A direção do Sindicato considera essas
situações lastimáveis e destaca que elas poderiam
ser resolvidas se a direção da Cemig
tivesse vontade e uma política de RH
que respeitasse e valorizasse o trabalhador.
Aprovados no concurso de 2006 sofrem com a total falta de perspectiva de crescimento profissional dentro
Cemig.Para muitos, a melhor opção acaba sendo apostar as fichas em outra empresa.
ter um quadro próprio qualificado são as
mortes dos trabalhadores e a falta de controle
da Cemig sobre as terceirizadas.
Além do processo seletivo, a categoria
também cobra uma política permanente
para concursos internos, com regras
claras e democráticas. A mudança
é essencial para devolver o horizonte profissional
aos eletricitários e para evitar que
a Cemig continue perdendo talentos para
outras empresas.
CHAVE GERAL - JORNAL DO SINDIELETRO/MG - EDIÇÃO Nº 690 - DE 30/08/11 A 5/09/11
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