13.04.2013 Views

Revista Eu Visto esta Camisa - Família de Caná

Revista Eu Visto esta Camisa - Família de Caná

Revista Eu Visto esta Camisa - Família de Caná

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

www.familia<strong>de</strong>cana.com.br - (31) 34629221<br />

Publicação da Associação FAMÍLIA DE CANÁ - Junho <strong>de</strong> 2011<br />

Rua Henrique Gorceix, 80 - Padre <strong>Eu</strong>stáquio - BELO HORIZONTE<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

Distribuição Gratuita - Venda Proibida<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br


Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

FAZENDO HISTÓRIA...<br />

O Padre Osvaldo Gonçalves pertence à Congregação dos Sagrados Corações.<br />

É o fundador e a mola mestra da Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, que<br />

há 40 anos realiza um importante e meritório trabalho em favor da <strong>Família</strong>.<br />

Com 53 anos <strong>de</strong> sacerdócio, sua vida <strong>de</strong> padre se resume numa total <strong>de</strong>dicação<br />

à causa da <strong>Família</strong> e dos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> álcool e outras drogas.<br />

É autor <strong>de</strong> vários livros, entre eles “Milagre do Casamento” – refl exões<br />

sobre as Bodas <strong>de</strong> <strong>Caná</strong> – e “<strong>Eu</strong> me Envolvi com os Drogados”, em que<br />

narra a saga da recuperação dos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes químicos.<br />

Como surgiu a inspiração para iniciar a obra?<br />

Padre Osvaldo: Fui <strong>de</strong>signado, em 1961, para trabalhar em Belo Horizonte<br />

na Obra da Entronização do Sagrado Coração e dirigir a Editora<br />

Promoção da <strong>Família</strong> e as revistas REINO e TURMA. Pelos caminhos <strong>de</strong><br />

Deus, fui convidado a par cipar do Movimento Familiar Cristão, que, sob<br />

a li<strong>de</strong>rança do casal Leonel e Stella, promovia Encontro <strong>de</strong> Casais, on<strong>de</strong><br />

trabalhei alguns anos. Mo vado pelo trabalho em favor da família, com<br />

um grupo <strong>de</strong> jovens e casais fundamos a Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, para<br />

ter um instrumento e caz <strong>de</strong> Pastoral Familiar. Começamos o trabalho<br />

já no en<strong>de</strong>reço atual; zemos algumas adaptações em barracões velhos<br />

aqui existentes e começamos a usar as <strong>de</strong>pendências para os encontros,<br />

primeiro <strong>de</strong> jovens, mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> casais.<br />

Qual a origem do nome <strong>Caná</strong>?<br />

Padre Osvaldo: <strong>Caná</strong> é o lugar on<strong>de</strong> Jesus realizou o seu primeiro milagre,<br />

numa f<strong>esta</strong> <strong>de</strong> casamento transformando água em vinho. Esta transformação<br />

simboliza a mudança que se realiza no coração e na vida das pessoas,<br />

se Cristo for convidado a par cipar do seu projeto. On<strong>de</strong> o Cristo está<br />

presente, todos os problemas têm solução e todos os males têm remédio.<br />

Na narra va evangélica, a Mãe <strong>de</strong> Jesus oferece a chave <strong>de</strong> solução: “Façam<br />

o que Ele vos mandar”. E a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jesus foi: “Encham as talhas <strong>de</strong><br />

água”. A tradução que eu dou a essas palavras é: “Faça da sua parte, faça<br />

aquilo que está ao seu alcance”. E Deus fará milagres em sua vida.<br />

Como a Instituição adquiriu a dimensão que tem hoje?<br />

Padre Osvaldo: A missão da Ins tuição, expressa no lema “fazer famílias<br />

felizes”, <strong>esta</strong>va centrada, inicialmente, nos encontros <strong>de</strong> m <strong>de</strong><br />

semana. Tudo começou em 1971, com encontros para jovens, visando a<br />

<strong>de</strong>spertar neles o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> SER ÙTIL, na família e na comunida<strong>de</strong>.<br />

2<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa<br />

A m <strong>de</strong> proporcionar aos jovens um ambiente que favorecesse a prá ca<br />

dos i<strong>de</strong>ais aprendidos no encontro, em 1974, o trabalho esten<strong>de</strong>u-se para casais,<br />

inculcando neles a revisão anual da vida conjugal e familiar como instrumento<br />

<strong>de</strong> estruturação do lar, através do diálogo e da espiritualida<strong>de</strong> engajada.<br />

Finalmente, em 1978, criou-se o Encontro <strong>de</strong> Senhoras, com o intuito <strong>de</strong><br />

oferecer ajuda às viúvas ou separadas que estão à frente <strong>de</strong> um lar sem a<br />

presença do esposo e pai.<br />

Com o andar do tempo, para ser el ao nosso i<strong>de</strong>al, surgiu a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ajudar as famílias que encontram, no abuso do álcool e outras drogas,<br />

uma das principais fontes <strong>de</strong> sofrimento e causa <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição do lar.<br />

Em 1987, foi inaugurada a Fazenda Recanto <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, hoje com três<br />

comunida<strong>de</strong>s. Dez anos <strong>de</strong>pois, a<br />

Comunida<strong>de</strong> Feminina Padre <strong>Eu</strong>stáquio.<br />

E em 2001, com a construção<br />

da Casa <strong>Eu</strong> Quero a Vida, surgiu<br />

a ocasião <strong>de</strong> concre zar o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />

ajudar os menores em situação <strong>de</strong><br />

risco social; a experiência começou<br />

com o Lar das Crianças e <strong>de</strong>pois<br />

com a Casa Dom Bosco, mas teve que ser interrompida por falta <strong>de</strong> pessoas<br />

e recursos nanceiros. Em 2008, retomamos o trabalho, com adolescentes<br />

<strong>de</strong> 12 a 17 anos.<br />

Quais as perspectivas <strong>de</strong> curto, médio e longo prazo?<br />

Padre Osvaldo: No curto prazo, <strong>esta</strong>mos projetando a construção, na<br />

se<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um auditório e salas <strong>de</strong> reuniões, especialmente para o trabalho<br />

da prevenção e recuperação da <strong>de</strong>pendência química. Faremos uma<br />

maior divulgação dos nossos serviços, para o aproveitamento integral das<br />

estruturas sicas e do trabalho generoso dos voluntários.<br />

No médio prazo, queremos revitalizar o trabalho da Entronização. A<br />

proposta é criar um Centro Missionário para evangelizar os ba zados,<br />

através da consagração das famílias ao Coração <strong>de</strong> Jesus. Será uma pastoral<br />

especí ca <strong>de</strong> “famílias consagradas ao amor <strong>de</strong> Cristo”, com o lema<br />

“Quero Jesus na Minha Casa”.<br />

No longo prazo, se as coisas caminharem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um projeto que<br />

vem sendo elaborado, será criada a Pequena Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, para um<br />

trabalho diferenciado com mães <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> drogas e menores<br />

abaixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos.


COMEÇA UMA AVENTURA<br />

Aparece o Marcos<br />

“Um belo dia <strong>de</strong> 1979, apareceu-me a mãe do Marcos, trazendo o problema<br />

do lho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> drogas; achava que eu nha o remédio e<br />

podia fazer um milagre. Pouco <strong>de</strong>pois vem o próprio Marcos. Mulato <strong>de</strong><br />

bom porte, não nha 18 anos, trazia verda<strong>de</strong>iras chagas, muito feias e rebel<strong>de</strong>s,<br />

consequência das picadas <strong>de</strong> algafan nas veias. Havia lugar para o<br />

Marcos, nos barracões velhos on<strong>de</strong> nhamos iniciado o trabalho do <strong>Caná</strong>.<br />

Mesmo não sabendo bem o que fazer com ele, acreditei que o afastamento<br />

dos an gos companheiros <strong>de</strong> vício já po<strong>de</strong>ria ser uma ajuda importante”.<br />

Compasso <strong>de</strong> espera<br />

“Fui me alimentando <strong>de</strong> esperanças.<br />

Fiquei <strong>de</strong> olho em um imóvel<br />

distante 23 km da nossa se<strong>de</strong>,<br />

uma área com pouco mais <strong>de</strong> 17<br />

hectares, com belas paisagens,<br />

bosque muito precioso, com um<br />

riacho <strong>de</strong>slizando em cascatas, sobre<br />

pedras recobertas <strong>de</strong> musgo.<br />

Con nuei esperando chegar a hora. Conversei com pessoas experimentadas.<br />

Fui a congressos sobre drogas. Li livros e preparei palestras.<br />

Comecei a <strong>de</strong> nir melhor os obje vos, a programar etapas <strong>de</strong> trabalho e<br />

a criar estruturas mais sólidas, para evitar fracassos”.<br />

Primeiros passos<br />

“Em 1984, a Congregação dos Sagrados Corações fez uma doação à<br />

nossa en da<strong>de</strong>. Com os seis mil dólares corri ao proprietário do terreno<br />

que eu já vinha namorando. Ele se dispôs a vendê-lo, recebendo aquele<br />

dinheiro como parte do pagamento. Decidimos construir ali uma casa<br />

mod<strong>esta</strong>, para abrigar um caseiro com a família. Começamos a construção,<br />

numa quarta-feira <strong>de</strong> cinzas, 4 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1987.”<br />

En m... o sonho vira realida<strong>de</strong><br />

“Iniciada a construção, apareceu-nos o Artur, com a proposta <strong>de</strong> começar<br />

conosco uma Comunida<strong>de</strong> Terapêu ca. O Artur era um jovem<br />

paulista, que havia passado pela Fazenda Senhor Jesus, <strong>de</strong> Campinas.<br />

Inteligente, falador, entusiasmado, soube nos convencer.<br />

Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

O INFERNO DAS DROGAS E AS DROGAS DO INFERNO<br />

Já estávamos com alguns internos quando terminou a construção da<br />

“casa do caseiro”. Então nos transferimos para lá. Eles mesmos escolheram<br />

o nome: FAZENDA RECANTO DE CANÁ. A inauguração o cial ocorreu<br />

no dia 31 <strong>de</strong> maio. Estávamos no ano <strong>de</strong> 1987”. (Os <strong>de</strong>poimentos são do<br />

Padre Osvaldo, no livro “<strong>Eu</strong> me envolvi com os drogados”)<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

Três pilares para uma vida saudável.<br />

A proposta <strong>de</strong> tratamento da Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong> adota<br />

como principal instrumento a convivência entre os resi<strong>de</strong>ntes em<br />

espírito <strong>de</strong> ajuda mútua, sem uso <strong>de</strong> medicamentos especí cos, e<br />

tem por base três forças transformadoras:<br />

O TRABALHO serve para a<br />

<strong>de</strong>sintoxicação natural, promove<br />

o senso <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong> da<br />

pessoa e a autoes ma; a va a<br />

consciência <strong>de</strong> cidadania, fazendo<br />

a pessoa sen r-se ú l e<br />

par cipante da comunida<strong>de</strong>.<br />

A DISCIPLINA, disposição interior<br />

e exterior para apren<strong>de</strong>r, não consiste na mera observância<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> normas, mas na consciência <strong>de</strong> que o obje vo<br />

da norma é o bem da comunida<strong>de</strong> e do próprio indivíduo; e visa<br />

sobretudo ao controle da própria vonta<strong>de</strong>, condição para a realização<br />

pessoal e o exercício da verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong>.<br />

A ESPIRITUALIDADE, não como prática <strong>de</strong> um culto religioso<br />

ou recitação <strong>de</strong> orações; mas como consciência do sentido<br />

<strong>de</strong> transcendência, ou seja, <strong>de</strong> que o homem é guiado por<br />

um conjunto <strong>de</strong> valores não apenas materiais, mas também<br />

espirituais e permanentes.<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa 3


Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

A FAZENDA RECANTO DE CANÁ<br />

TEMPO DE ADAPTAÇÃO E DESINTOXICAÇÃO<br />

“Em 1992, a Associação Feminina <strong>de</strong> Assistência Social, por inicia va<br />

<strong>de</strong> sua Presi<strong>de</strong>nte, Maria Ângela <strong>de</strong> Queiroz, doou à <strong>Família</strong> <strong>de</strong> CANÁ<br />

uma área, anexa ao nosso terreno. Havia benfeitorias e uma se<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>,<br />

a<strong>de</strong>quada ao nosso trabalho. Lá instalamos imediatamente a CASA DA<br />

ACOLHIDA.” (Pe. Osvaldo)<br />

Nessa casa, é cumprido o primeiro mês <strong>de</strong> internação. É um tempo<br />

<strong>de</strong> adaptação, em que o resi<strong>de</strong>nte apren<strong>de</strong> as rotinas e normas da<br />

comunida<strong>de</strong> terapêutica. A atenção está centrada na a<strong>de</strong>são ao<br />

tratamento, na promoção da abstinência e na <strong>de</strong>sintoxicação, através do<br />

trabalho, alimentação saudável e em horários regulares, sono em horário<br />

e duração a<strong>de</strong>quados, esportes, estudo e lazer.<br />

TEMPO DE REFORMULAR OS HÁBITOS<br />

Na COMUNIDADE DOM BOSCO, os internos cumprem a segunda<br />

etapa, do segundo ao quinto mês. A meta é conscien zar da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma reformulação radical dos comportamentos contrários ao i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />

uma vida pura, hon<strong>esta</strong> e verda<strong>de</strong>ira. Inicia-se a elaboração <strong>de</strong> um programa<br />

<strong>de</strong> prevenção da recaída, que prepare o resi<strong>de</strong>nte para enfrentar<br />

as situações que encontrará ao retornar ao convívio social: con itos familiares,<br />

pressões do ambiente <strong>de</strong> trabalho, os sen mentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sânimo,<br />

ansieda<strong>de</strong>, culpa, frustração e auto-pieda<strong>de</strong>, o apelo ao prazer, os relacionamentos<br />

afe vos e outros.<br />

HORA DE INICIAR O REGRESSO<br />

“Construímos a Casa Dom Bosco e, aproveitando o projeto arquitetônico<br />

e ‘dinheiro que cai do céu’, construímos ao mesmo tempo a<br />

CASA BEATO DAMIÃO”. (Pe. Osvaldo)<br />

Aí é cumprida a úl ma etapa do tratamento, do sexto ao nono mês,<br />

quando tem início o processo <strong>de</strong> reinserção social, através <strong>de</strong> visitas mensais<br />

aos familiares. A meta é o reforço das estratégias para reformulação do<br />

es lo <strong>de</strong> vida e a progressiva ressocialização, em ambiente que es mule a<br />

autonomia, o interrelacionamento, a busca da felicida<strong>de</strong>, a autoa rmação,<br />

a busca <strong>de</strong> sen do para a vida, a maturida<strong>de</strong>, o livre arbítrio.<br />

4<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

“Meu nome é Márcio. Nasci, pela graça <strong>de</strong><br />

Deus, no conforto <strong>de</strong> um lar cristão, on<strong>de</strong> ve<br />

uma base moral e espiritual que poucos têm a<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber. Ainda assim, em algum<br />

lugar do meu caminho, me perdi. Afun<strong>de</strong>i no<br />

lamaçal da <strong>de</strong>pendência química. Conheci o<br />

“inferno”. Esse <strong>esta</strong>do durou 17 anos.<br />

Até que, ainda resistente e <strong>de</strong>sacreditando da<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação, conheci a <strong>Família</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Caná</strong>. Encontrei a salvação. Cumpri um processo<br />

<strong>de</strong> nove meses e quei mais quatro meses<br />

como voluntário. Pretendo passar o resto da vida trabalhando nessa área.<br />

Sou um escolhido <strong>de</strong> Deus. Graças à Fazenda Recanto <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, pu<strong>de</strong> resgatar<br />

os meus valores, minha dignida<strong>de</strong>, e tomar nas mãos as ré<strong>de</strong>as da<br />

minha vida, segundo a vonta<strong>de</strong> do Pai.<br />

COMUNIDADE FEMININA PADRE EUSTÁQUIO<br />

“Por muito tempo sonhávamos<br />

com a criação <strong>de</strong> uma Casa <strong>de</strong> Recuperação<br />

para mulheres <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Até que um dia, uma jovem<br />

advogada, que se entusiasmou com<br />

a idéia, se ofereceu para assumir a<br />

coor<strong>de</strong>nação. Tínhamos, junto à<br />

se<strong>de</strong>, em Belo Horizonte, uma casa,<br />

e no dia 29 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1997, cou<br />

<strong>de</strong> nida a instalação ali da Comunida<strong>de</strong><br />

Feminina Padre <strong>Eu</strong>stáquio. No<br />

dia 16 <strong>de</strong> junho recebemos a primeira candidata e até o m <strong>de</strong> junho estávamos<br />

com três internas.<br />

Caminhávamos cheios <strong>de</strong> esperança, quando a Coor<strong>de</strong>nadora, pouco<br />

experiente no trato com <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, não resis u ao <strong>de</strong>sa o e entregou<br />

o cargo. Haviam passado alguns meses e já nhamos pessoas com<br />

experiência na comunida<strong>de</strong>; resolvemos escolher, entre as internas, uma<br />

responsável pelo andamento da casa.<br />

Tivemos ainda muitos problemas, por falta <strong>de</strong> uma coor<strong>de</strong>nação mais<br />

rme, até que <strong>de</strong>cidimos contratar coor<strong>de</strong>nadoras que nunca foram <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> drogas. Tudo melhorou e <strong>esta</strong>mos numa fase boa”. (Pe. Osvaldo)<br />

“Quero agra<strong>de</strong>cer <strong>de</strong> coração a todos os que me ajudaram nessa mudança<br />

<strong>de</strong> caminho, a conquistar uma VIDA NOVA. Vou rezar por todos”. Ao<br />

terminar a caminhada, sen ndo-se ‘forte e <strong>esta</strong>bilizada”, a Viviane sai da<br />

Comunida<strong>de</strong> com um projeto <strong>de</strong> vida: “montar e trabalhar a sua fazenda”,<br />

que se encontrava meio abandonada. Para reconstruir a vida, leva da comunida<strong>de</strong><br />

“as ferramentas da disciplina,oração e trabalho, o amor à vida e à<br />

natureza, valores que a droga <strong>de</strong>strói”. No nal<br />

do processo, sente “emoção pela lembrança <strong>de</strong><br />

quando chegou,sem con ança e <strong>de</strong>sestruturada”.<br />

A rma que foi importante para a sua recuperação<br />

a acolhida da Comunida<strong>de</strong>, “a solidarieda<strong>de</strong>,<br />

o apoio das companheiras, que, com o<br />

próprio exemplo, abriram para as novatas uma<br />

nova perspec va e mostraram que é possível<br />

superar o problema da <strong>de</strong>pendência “.<br />

Antes da internação, os candidatos são subme dos a uma<br />

TRIAGEM através <strong>de</strong> avaliação médica, psicológica e social, em<br />

que se apura se preenchem as condições para a internação.


A inquietação<br />

“Leio em uma reportagem: “O menino <strong>de</strong> rua é um ‘grito na cida<strong>de</strong>’,<br />

constante apelo às nossas consciências. São muitos. Não se sabe <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

vêm. Sem pai, sem mãe, sem assistência, estão em toda parte, sempre<br />

sujos e com fome. Seu caminho é a marginalida<strong>de</strong>. Sua formação é a malandragem<br />

e o crime. Nos grupos ou gangues viram bandidos, perturbam<br />

a paz das pessoas e apavoram a socieda<strong>de</strong>”.<br />

Primeira tenta va<br />

“Comecei a sonhar com uma casa para abrigar menores. Compar lhando<br />

esse i<strong>de</strong>al com um empresário simpá co às minhas idéias, ele se dispôs<br />

a ajudar nanceiramente sob três condições: dar à casa o nome <strong>de</strong> Dom<br />

Bosco, preservar o seu anonimato e apressar a construção. A essa altura,<br />

me julgo autorizado a revelar, para que o seu exemplo encontre imitadores<br />

e para que o nome <strong>de</strong> Deus seja glori cado: nosso gran<strong>de</strong> benfeitor é<br />

Carlos Augusto Magalhães, da EMBRASIL. Pouco mais tar<strong>de</strong> ele nanciou<br />

inteiramente uma capela, com bancos e tudo, para 100 pessoas, que aten<strong>de</strong><br />

às comunida<strong>de</strong>s da Acolhida, Dom Bosco e Padre Damião”.<br />

Por falta <strong>de</strong> recursos nanceiros e <strong>de</strong> pessoal preparado, nossas tenta<br />

vas eram muito midas. Atendíamos a poucos menores, que nos pediam<br />

socorro em necessida<strong>de</strong> extrema.<br />

Mesmo assim, entre 94 e 99, contrariando um pouco o Estatuto da<br />

Criança e do Adolescente, sob o olhar benevolente das autorida<strong>de</strong>s, chegamos<br />

a receber mais <strong>de</strong> 100<br />

menores.” A experiência<br />

acabou sendo suspensa.<br />

Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

A COMUNIDADE “EU QUERO A VIDA”: CRIANÇAS, UMA OBSESSÃO<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

A ajuda dos Irmãos Maristas<br />

“Em 2001, o INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE ajudou-nos a dar<br />

novo impulso ao trabalho. Ofereceram uma doação para construir uma<br />

casa para 30 internos. Recebemos a oferta com alegria e entusiasmo,<br />

sempre com o sonho <strong>de</strong> criar uma comunida<strong>de</strong> exclusiva para menores.<br />

A construção foi feita. Demos à casa o nome <strong>de</strong> «<strong>Eu</strong> quero a vida», mas<br />

a criação da comunida<strong>de</strong> foi sendo adiada, pela di culda<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar<br />

pessoas para dirigir e recursos para manter”.<br />

Nova tenta va<br />

“Em março <strong>de</strong> 2008, zemos parceria com a Prefeitura <strong>de</strong> Ribeirão das<br />

Neves, para manter na Casa “<strong>Eu</strong> Quero a Vida” um abrigo <strong>de</strong> menores<br />

não infratores que vivem na rua, iniciados nas drogas, em situação <strong>de</strong><br />

risco. Contrariando os termos do contrato, nos mandaram menores infratores.<br />

Trabalhar com esses menores é um <strong>de</strong>sa o maior do que se po<strong>de</strong><br />

imaginar. <strong>Eu</strong> me sen incapaz e <strong>de</strong>cidimos <strong>de</strong>sis r do convênio com a<br />

Prefeitura; mas o apelo con nuava e era preciso fazer alguma coisa”.<br />

Atualmente, na Casa “<strong>Eu</strong> Quero a Vida” está funcionando uma comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s nada a menores <strong>de</strong> 12 a 17 anos, <strong>de</strong>ntro do programa terapêu co da<br />

<strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>. Nas instalações que já existem é possível acolher 20 menores.<br />

Prevenir é melhor que remediar...<br />

“O trabalho mais e caz contra as drogas é a prevenção. É mais<br />

fácil e mais seguro. A prevenção começa em casa, e a recuperação<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da vida em casa, com a família. É ali que se <strong>esta</strong>belece a<br />

melhor <strong>de</strong>fesa contra o apelo das drogas. É evi<strong>de</strong>nte que a escola<br />

também tem papel importante na prevenção, mas quando o lho<br />

ou lha está usando drogas, é porque faltou a prevenção inicial no<br />

próprio lar.” (Padre Osvaldo)<br />

O PROJETO “CUCA LEGAL” é responsável pelo trabalho <strong>de</strong><br />

prevenção ao uso in<strong>de</strong>vido e ao abuso <strong>de</strong> drogas em escolas,<br />

empresas e comunida<strong>de</strong>s.<br />

Adota um método cons tuído <strong>de</strong> seis etapas: sensibilização da<br />

direção da escola, empresa ou li<strong>de</strong>rança da comunida<strong>de</strong>; informação<br />

dos professores, funcionários, pais e alunos do ensino fundamental<br />

e médio sobre o problema das drogas; capacitação dos<br />

professores, funcionários e pais <strong>de</strong> alunos, sobre a prevenção e<br />

tratamento da <strong>de</strong>pendência; adaptação do projeto à realida<strong>de</strong> da<br />

escola, empresa ou comunida<strong>de</strong>; criação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> apoio<br />

para trabalhar di culda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong> socialização e <strong>de</strong><br />

aceitação <strong>de</strong> limites e para prevenção, orientação, acompanhamento<br />

e encaminhamento <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> abuso <strong>de</strong> álcool e outras<br />

drogas; acompanhamento, através <strong>de</strong> relatórios trimestrais, por<br />

um ano a par r da implantação do projeto<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa 5


Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

RECUPERAÇÃO DAS DROGAS:<br />

A família é fundamental<br />

É <strong>de</strong> fundamental importância para o sucesso da recuperação da <strong>de</strong>pendência<br />

química que os candidatos se enquadrem no per l <strong>de</strong> tratamento<br />

em Comunida<strong>de</strong> Terapêu ca, estejam bem informados sobre o<br />

tratamento e tenham um acompanhamento após o término da internação.<br />

Igualmente necessário é que as famílias recebam ajuda, a m <strong>de</strong> se<br />

reestruturar e promover as mudanças necessárias para enfrentar a situação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência, e assistência antes, durante e <strong>de</strong>pois da internação.<br />

O <strong>Caná</strong> tem um setor para isso na se<strong>de</strong> da Ins tuição, o GRUPO DE<br />

APOIO À FAMÍLIA GRAFA, e grupos <strong>de</strong> apoio em pontos estratégicos<br />

da Gran<strong>de</strong> BH. O trabalho do GRAFA se baseia na loso a do AMOREXI-<br />

GENTE. É <strong>de</strong>senvolvido através <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> informação e formação,<br />

palestras, grupos <strong>de</strong> ajuda mútua, grupos <strong>de</strong> seguimento e <strong>de</strong>poimentos<br />

<strong>de</strong> internos sobre sua experiência na Comunida<strong>de</strong> Terapêu ca.<br />

As reuniões acontecem todas as:<br />

terças, quartas e quintas-feiras<br />

<strong>de</strong> 19:30 às 21:30 horas.<br />

Maria José <strong>de</strong> Souza Marinho é voluntária<br />

há 10 anos. Conheceu o <strong>Caná</strong>,<br />

quando veio buscar ajuda para seu lho.<br />

Durante três anos, ela freqüentou as<br />

reuniões, antes que o lho aceitasse tratar-se.<br />

Há <strong>de</strong>z anos ele con nua sóbrio.<br />

“É urgente se mobilizar para ajudar<br />

os que vivem o problema das drogas. Foi<br />

triste <strong>de</strong>scobrir isso através da <strong>de</strong>pendência<br />

do meu lho. Minha proposta era<br />

retribuir tudo o que recebi do <strong>Caná</strong>, mas acabei <strong>de</strong>scobrindo que mais ganho<br />

do que doo. Me consi<strong>de</strong>ro mãe <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Adotei-os como -<br />

lhos. Eles são uma con nuação da minha família. Não basta a recuperação<br />

do <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte; é preciso recuperar toda a família, que vai ser a força para o<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte após o tratamento. Ter paz, olhar a todos como seres humanos,<br />

como irmãos, ter respeito pela pessoa, ensinar a disciplina, são princípios que<br />

norteiam o trabalho do GRAFA e da <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong> como um todo”.<br />

Procurei a <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong> há 8 anos<br />

para resolver o problema <strong>de</strong> envolvimento<br />

do meu lho com as drogas. Foi então<br />

que a <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong> entrou na minha<br />

vida. Logo vi que o <strong>Caná</strong> não é um lugar<br />

somente para <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes químicos, ele<br />

tem várias funções. <strong>Eu</strong> aprendi que meu<br />

lho precisava, sim, <strong>de</strong> ajuda, mas quem<br />

<strong>esta</strong>va mais doente na minha casa era eu.<br />

Por isso, fui me envolvendo com o <strong>Caná</strong>,<br />

até que vi que ser voluntária seria e está sendo a melhor escolha. Estou me<br />

ajudando e ajudando o meu lho. Isto foi pra mim um presente <strong>de</strong> Deus.<br />

Minha mo vação é ver que é possível a recuperação e receber o carinho<br />

dos familiares, sem contar que recarrego minhas baterias a cada vida salva.<br />

(A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Guimarães Teixeira)<br />

6<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa<br />

Encontros para famílias <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

“A vida é uma escola, e viver é apren<strong>de</strong>r. É impossível falar das drogas<br />

sem falar da família. O resgate da juventu<strong>de</strong>, com toda a certeza, passa<br />

pela recuperação da família. Geralmente quem nos procura é o pai e a<br />

mãe. Muitas vezes um o ou uma a, ou até mesmo uma prima. A família<br />

é a gran<strong>de</strong> prejudicada pelo abuso das drogas.” (Padre Osvaldo)<br />

O Encontro cria oportunida<strong>de</strong> para re e r sobre a realida<strong>de</strong> pessoal<br />

e familiar, em busca <strong>de</strong> uma vida com mais harmonia, amor e felicida<strong>de</strong>.<br />

É ocasião, também para aprofundar o conhecimento do Amorexigente,<br />

programa <strong>de</strong> educação para prevenção e solução <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> comportamento<br />

em pessoas envolvidos ou não com as drogas. Como conseqüência,<br />

há um reforço dos laços<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> nascidos nas<br />

reuniões do GRAFA, es -<br />

mulando a dar sequência<br />

às re exões, troca <strong>de</strong> experiências<br />

e ajuda mútua.<br />

PRODES: O “filho” mais velho<br />

O PRODES é um grupo <strong>de</strong> jovens cristãos que surgiu há 40 anos como<br />

primeiro movimento da <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong> com o nome <strong>de</strong> Jovens PRÓ-Desenvolvimento.<br />

A sigla PRODES correspon<strong>de</strong> à palavra la na que signi ca<br />

“você é ú l”. Passou então a <strong>de</strong> nir o obje vo do grupo: ser ú l à Igreja.<br />

A atuação e vivência do grupo tem como fundamento o tripé da Fé cristã:<br />

ação, oração e estudo.<br />

O PRODES oferece, nos nais <strong>de</strong> semana, as seguintes a vida<strong>de</strong>s:<br />

1. Encontros para Pré-adolescentes <strong>de</strong> 13 e 14 anos;<br />

2. Parada Pro<strong>de</strong>s, para jovens a par r dos 15 anos;<br />

3. Encontros <strong>de</strong> Aprofundamento, para os que par ciparam da Parada Pro<strong>de</strong>s;<br />

4. Eventos <strong>de</strong> confraternização para os jovens, como Vigília <strong>de</strong> Natal e<br />

Arraiá do <strong>Caná</strong>.<br />

Os encontros favorecem a re exão e troca <strong>de</strong> experiências sobre o papel<br />

e a ação do jovem na realida<strong>de</strong> em que vive e <strong>de</strong>ntro e para a Igreja.<br />

Aborda também questões sobre a própria juventu<strong>de</strong>, fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas,<br />

crescimento e formação da personalida<strong>de</strong>. O Arraiá do <strong>Caná</strong>, f<strong>esta</strong><br />

junina, reúne pessoas <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s: familiares, colaboradores e a<br />

comunida<strong>de</strong> em geral, para um momento <strong>de</strong> diversão e confraternização.


CASAL FELIZ: FAMÍLIA FELIZ<br />

Para conseguir esse obje vo, a vida mo<strong>de</strong>rna impõe paradas <strong>de</strong> revisão,<br />

para o reequilíbrio das emoções e das relações familiares e comunitárias.<br />

Com essa nalida<strong>de</strong>, oferecemos várias modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> encontro.<br />

Eles começam no sábado às 7 horas e terminam no domingo às 19 horas.<br />

1. PARADA PARA AVALIAR A CAMINHADA<br />

O Encontro <strong>de</strong> REVISÃO MATRIMONIAL oferece aos casais oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer uma avaliação da vida conjugal. O obje vo é oferecer ajuda<br />

para a (re)estruturação da família, orientando na solução <strong>de</strong> problemas<br />

e proporcionando uma espiritualida<strong>de</strong> conjugal e familiar mais profunda.<br />

A convivência <strong>de</strong> dois dias cria laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> entre os casais, es mulando-os<br />

a dar con nuida<strong>de</strong> às re exões, troca <strong>de</strong> experiências e ajuda<br />

mútua após o Encontro.<br />

2. RENOVAR É PRECISO<br />

Os casais que já par ciparam do Encontro <strong>de</strong> Revisão Matrimonial<br />

têm, no ENCONTRO RENOVAR, ocasião <strong>de</strong> nova revisão da vida familiar e<br />

<strong>de</strong> aprofundar os temas relacionados com a vivência conjugal e familiar.<br />

3. O CASAMENTO 25 ANOS DEPOIS...<br />

O ENCONTRO DE OUTONO, para casais a par r <strong>de</strong> 25 anos <strong>de</strong> vida conjugal,<br />

retoma os temas básicos da Revisão Matrimonial, na perspec va própria<br />

<strong>de</strong>ssa etapa da vida conjugal: relacionamento com lhos adultos, genros, noras<br />

e netos, renovação <strong>de</strong> obje vos <strong>de</strong> vida, afe vida<strong>de</strong> e sexualida<strong>de</strong>.<br />

Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

PELA FAMÍLIA, PASSA O FUTURO DA HUMANIDADE (João Paulo II)<br />

Encontro <strong>de</strong> Senhoras<br />

Segundo análise do IPEA sobre os dados da Pesquisa Nacional por<br />

Amostragem <strong>de</strong> Domicílio, do IBGE, as famílias nas quais a mulher é a chefe<br />

totalizam hoje 21.933.180. Quase meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>las, ou seja 10.842.637, é<br />

composta por mulheres sem o cônjuge, o que representa 17,3% do total<br />

das famílias brasileiras.<br />

O Encontro tem por obje vo oferecer às senhoras viúvas ou separadas<br />

ajuda para solução das situações <strong>de</strong> vida familiar especí cas <strong>de</strong> um lar<br />

sem a presença do marido.<br />

Elas enfrentam muitas vezes, além da di culda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conduzir sozinha<br />

o grupo familiar, a discriminação da socieda<strong>de</strong> e dos familiares. Em clima<br />

<strong>de</strong> oração e re exão, ocorre um<br />

rico crescimento espiritual. A convivência<br />

e a troca <strong>de</strong> experiências<br />

nos dois dias do Encontro acabam<br />

criando laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e a nida<strong>de</strong><br />

com outras senhoras em igual<br />

situação, visando à ajuda mútua<br />

após o Encontro.<br />

Porque ves mos <strong>esta</strong> camisa? Queremos<br />

ver as famílias felizes! Para isso é preciso lutar<br />

pela paz nas famílias, por um mundo sem<br />

drogas, por um i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> vida cristã. Há trinta<br />

anos, par cipamos do Encontro <strong>de</strong> Revisão<br />

Matrimonial. Ficamos pelo apostolado que<br />

aqui se faz pela família. Decidimos par cipar<br />

para sempre. Somos membros <strong>de</strong>dicados <strong>de</strong><br />

corpo e alma à <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>. Acreditamos<br />

e vivemos esse i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> “fazer famílias felizes.” Se antes do <strong>Caná</strong> já conhecíamos<br />

a felicida<strong>de</strong>, nesses trinta anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a esse apostolado, somos<br />

ainda mais felizes. Pedimos a Deus que todas as famílias <strong>de</strong>scubram o prazer<br />

<strong>de</strong> servir e viver o obje vo da família <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>. (José e Lilia)<br />

Descobri aqui que posso e <strong>de</strong>vo escolher o que quero. Escolho ser feliz,<br />

e a felicida<strong>de</strong> vem, mostrando a beleza que brota dos nossos corações,<br />

transborda e conquista o outro. Tenho sonhos e esperanças, pois o mundo<br />

é lindo quando Deus está presente. A oração para a vida espiritual é como<br />

o oxigênio para o pulmão. Orando nós <strong>de</strong>scobrimos que o possível eu faço<br />

agora; o impossível <strong>de</strong>mora um pouco mais. Volto para casa reabastecida.<br />

Com este reabastecimento peço: Abençoa- me, Senhor, nesse novo<br />

<strong>de</strong>sa o, nessa nova jornada <strong>de</strong> vida. Agra<strong>de</strong>ço a Deus por exis r o <strong>Caná</strong>.<br />

(Rosimeire <strong>de</strong> Fá ma Cançado)<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa 7


Informe Publicitário<br />

Um homem, cinco paixões...<br />

Wan<strong>de</strong>rley Antunes Torres.<br />

Por esse nome, nem ele mesmo<br />

se reconhece. Chamem Tesourinha<br />

e aí o contato é imediato,<br />

a empatia se <strong>esta</strong>belece e você<br />

ganhou um amigo, extrovertido<br />

e pr<strong>esta</strong>tivo. Simples e transparente,<br />

cultiva muitas paixões.<br />

A família.<br />

Querem ver olhos brilhando<br />

e sorriso iluminando o rosto<br />

é vê-lo falar da Edivânia, sua<br />

esposa, e do fi lho Heitor, <strong>de</strong> 5<br />

anos. Eles é que dão sentido à<br />

sua vida e às suas lutas.<br />

A pro ssão <strong>de</strong> cabeleireiro.<br />

Tanta paixão que ela lhe emprestou<br />

a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, Tesourinha.<br />

No Salão Mo<strong>de</strong>lo, - mais<br />

conhecido como Salão do Tesourinha<br />

- Rua Padre <strong>Eu</strong>stáquio,<br />

2923, mais que clientes,<br />

cultiva amigos fi éis.<br />

O bairro Padre <strong>Eu</strong>stáquio.<br />

Há 25 anos <strong>esta</strong>belecido na<br />

região, <strong>de</strong>dica o seu entusiasmo<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Henrique Gorceix, 80 - Padre <strong>Eu</strong>stáquio - BELO HORIZONTE<br />

CEP 30720-360– MG Telefone: (31) 34629221<br />

e-mail: familiacana@ig.com.br Site: www.familia<strong>de</strong>cana.com.br<br />

a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as causas do Padre <strong>Eu</strong>stáquio. Especial preocupação<br />

nutre pela segurança. Por isso mantém contato permanente com a<br />

Companhia da Polícia Militar e outras autorida<strong>de</strong>s responsáveis pelo<br />

monitoramento da área.<br />

A ação social.<br />

Faz questão <strong>de</strong> participar fi nanceiramente <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s que<br />

dão assistência a pessoas carentes, tais como Caminhos para<br />

Jesus, APAC e a <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, entre outras. Para melhor se<br />

integrar na área, está cursando o 4º período <strong>de</strong> Serviço Social na<br />

Faculda<strong>de</strong> UNOPAR.<br />

A <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>.<br />

Des<strong>de</strong> que conheceu a Associação,<br />

através <strong>de</strong> clientes<br />

amigos que ali pr<strong>esta</strong>m serviço<br />

voluntário, <strong>de</strong>ixou-se contagiar<br />

pela causa da recuperação dos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> drogas e “vestiu<br />

a camisa” do <strong>Caná</strong>. Além<br />

da ajuda fi nanceira, faz questão<br />

<strong>de</strong> participar dos eventos,<br />

encaminhar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que<br />

procuram ajuda e divulgar, no<br />

contato pessoal e nos meios <strong>de</strong><br />

comunicação, as ativida<strong>de</strong>s da<br />

<strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>.<br />

Tesourinha, um amigo à sua<br />

disposição!<br />

Contato: wan<strong>de</strong>rley.tesourinha@yahoo.com.br<br />

EXPEDIENTE<br />

EU VISTO ESTA CAMISA Junho <strong>de</strong> 2011<br />

Publicação da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ<br />

CNPJ nº 16.881.294/0001-48<br />

En da<strong>de</strong> lantrópica <strong>de</strong> u lida<strong>de</strong> pública<br />

Decreto Fe<strong>de</strong>ral – Proc. MJ 2042/97 <strong>de</strong> 20/06/97 -<br />

Lei Estadual 9.073 <strong>de</strong> 11/12/84<br />

Lei Municipal 6.372 <strong>de</strong> 18/08/93 (Belo Horizonte)<br />

Lei Municipal 2.958, <strong>de</strong> 30/11/06 (Ribeirão das Neves<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Assistência Social – Cer cado nº 28.984.016095/94-01<br />

Presi<strong>de</strong>nte: José Afonso Pinto <strong>de</strong> Assis<br />

Diretor: Padre Osvaldo Gonçalves<br />

Redator: José Wagner Leão<br />

Diagramação: Samuel <strong>de</strong> Freitas Rodrigues<br />

Tiragem: 10.000 exemplares<br />

Impressão: ZAP Grá ca e Editora

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!