Download - Associação de Futebol do Algarve

Estádio Algarve - a linha
demarcadora
Desde 1836, há portanto 176 anos, que existe uma disputa por
via da linha divisória entre os concelhos de Faro e Loulé, na
parte sul deste último, com elevados prejuízos e transtornos
sobretudo para cerca de um milhar de habitantes dos sítios de
São João da Venda, Ludo, Arneiro, Mata Lobos, etc.
Tem pairado uma indefinição, cada um daqueles municípios reivindica
a posse administrativa das zonas abrangidas, e segundo
os respectivos Planos Directores Municipais, levando a dupla tributação,
aprovação ou rejeição de projectos (para Faro aquela
área é industrial, para Loulé é reserva agrícola).
Ora, finalmente, e ao cabo de tentativas múltiplas ao longo
dos tempos, parece que se vai chegar a um acordo, tendo sido
elaborado um minucioso estudo por uma comissão presidida
pelo vilarrealense Professor Doutor António Rosa Mendes (Universidade
do Algarve), aproximando o limite do concelho de
Loulé do Aeroporto de Faro e indo parte da linha divisória para
o Estádio Algarve, que foi construído pelas duas autarquias no
Parque das Cidades, na freguesia de Almancil, para receber o
Campeonato da Europa de Futebol, em 2004.
Se a acordo se chegar, e depois da consulta pública a que o
documento esteve sujeito, das votações das Assembleias de
Freguesia e Municipais e aprovação na Assembleia da República,
teremos o Estádio Algarve a ser um marco neste local
– “Tratado das Tordesilhas – século XXI”.
Roubaram as balizas...
Insólito mas bem significativo da crescente insegurança de pessoas
e bens que se vive no país, e com uma especial relevância
na nossa região, que tinha nesse seu conhecido clima de tranquilidade
um dos grandes elementos de referência no mundo
turístico (“Algarve, a região turística mais segura do mundo…”),
como se promocionava em tempos idos, está o ocorrido no
velinho, e há uns anos remodelado, Campo Horta da Areia, em
Faro.
Tudo se rouba e rouba-se de tudo, como aconteceu neste recinto
desportivo, donde os larápios levaram, calcule-se, as balizas
e as respectivas grelhas de ferro, tudo avaliado em cerca de 25
mil euros.
Trata-se de uma zona problemática da cidade, não obstante
se situar bem perto do Comando Distrital da PSP, e, neste caso,
os larápios actuaram com um alto exponencial de ousadia. As
autoridades policiais identificaram prontamente o receptador/
comprador do metal das balizas e grelhas.
Insólito mas verdadeiro, neste tempo difícil em que vivemos, o
estranho caso do roubo no Campo Horta da Areia!
João Leal
Jornalista, professor e ex-dirigente da AF Algarve
23